Jornal Quinze - Out 09

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AUTORIZAÇÃO Nº DE01892009SNC/GSCCS Mensal | www.15Quinze.com | Ano I | Número 15 | Outubro 2009 | Director: Hugo Aguiar | Edição: Pedro Dias | Redacção: Raúl Testa Gente da minha terra “O Professor e Dirigente Associativo José Vitorino Guerra abre o jogo e confessa-se um apaixonado pela História do país e da cidade. Com a frontalidade que se lhe reconhece, falou, sem papas na língua, de questões pertinentes como os problemas da nossa cidade, ontem e hoje, e o estado actual do ensino português.” Foto: Cristóvão Teles IPL a Universidade de Leiria? Nuno Mangas em entrevista ao Quinze conversou acerca do assunto e avançou que «Começam a estar reunidas as condições para no futuro próximo virmos a ter uma instituição que tenha todas as competências de uma universidade.» Raul Castro vence as autárquicas contra todas as sondagens e coloca o PS no poder após 35 anos Iniciou-se projecto “Eu Desportivo” Na prossecução do seu objecto social, a Associação Fazer Avançar levou este sábado 30 crianças a praticarem desporto no Centro Internacional de Ténis de Leiria (CITL) no âmbito do “Eu Desportivo”. foto: Cristóvão Teles

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Jornal Quinze - Ediçao Outubro 2009

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Page 1: Jornal Quinze - Out 09

AUTORIZAÇÃO Nº DE01892009SNC/GSCCS

Mensal | www.15Quinze.com | Ano I | Número 15 | Outubro 2009 | Director: Hugo Aguiar | Edição: Pedro Dias | Redacção: Raúl Testa

Gente da minha terra“O Professor e Dirigente Associativo José Vitorino Guerra abre o jogo e confessa-se um apaixonado pela História do país e da cidade. Com a frontalidade que se lhe reconhece, falou, sem papas na língua, de questões pertinentes como os problemas da nossa cidade, ontem e hoje, e o estado actual do ensino português.”

Foto: Cristóvão Teles

IPL a Universidade de Leiria?

Nuno Mangas em entrevista ao Quinze conversou acerca do assunto e avançou que «Começam a estar reunidas as condições para no futuro próximo virmos a ter uma instituição que tenha todas as competências de uma universidade.»

Raul Castro vence as autárquicas

contra todas as sondagens e coloca o PS no poder após 35 anos

Iniciou-se projecto “Eu Desportivo”

Na prossecução do seu objecto social, a Associação Fazer Avançar levou este sábado 30 crianças a praticarem desporto no Centro Internacional de Ténis de Leiria (CITL) no âmbito do “Eu Desportivo”.

foto: Cristóvão Teles

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2 | Quinze Outubro . 2009

Parabéns QuinzeComemoramos este mês um ano de Jornal Quinze e o fecho de um ciclo. Primeiro o medo, a tomada de decisão e a construção do projecto. Num ápice o medo torna-se na vertigem da liberdade, a vertigem cria vontades e energias e assim cresce o Quinze, um jornal sempre autêntico, imparcial, gratuito e por tudo isso, inovador.Ao longo deste ano lutámos sempre para que o Quinze fosse conhecido pela irreverência e excelência dos seus conteúdos. Edição após edição saiu para a rua, fruto do árduo trabalho da nossa equipa e do apoio dos nossos leitores, foi produzindo humildemente os seus frutos e plantando sementes de motivação. Assim, foi com agrado que vimos aparecer novas publicações na região e outras a acordarem de hibernação. Foi-nos dito que fizemos acreditar que era possível desafiar a hegemonia do Região de Leiria e do Jornal de Leiria e avançar com novos projectos.Além disso, o Jornal deu um apoio fundamental para a criação da Associação Fazer Avançar, uma associação sem fins lucrativos, constituída por jovens dinâmicos cuja atitude participativa e sentido de intervenção tem vindo a mostrar-se em tão curto tempo de existência.

Fecha-se o ciclo e seguimos para novos projectos, novas ideias com o orgulho natural em termos contribuído para a mudança.

Um obrigado a todos os leitores por nos terem acompanhado nesta viagem. Obrigado às instituições e empresas que acreditaram em nós na fase inicial do projecto e a todas aquelas que nos escolheram já na fase de desenvolvimento. Obrigado a todas as Associações e personalidades que colaboraram connosco. E por último um bem-haja a todos os actores-membros da nossa equipa.

“Alguém disse que não poderia ser feito, e ele, com uma risada, respondeu que aquilo talvez não poderia ser feito, mas que não diria isso, até que tivesse tentado.” Edgard A. Guest

Editorial

Hugo [email protected]

Região

As Caldas da Rainha vão receber a 1ª Mostra Erótica-Paródica, organizada pela Confraria do Príapo. Este evento vai dar a conhecer aos visitantes canecas, bonecos e outros artigos de porcelana eróticos, puxando pela marotice de todos os turistas. A novidade será a inclusão de alimentos nessas exposições, contudo, para a infelicidade de muitos, a Carolina Salgado estará muito ocupada para poder ir para uma das vitrinas.

Seguranças de Leiria foram presos por obrigarem, através da violência, empresários da noite a contratarem os seus homens e serviços. Então, faço aqui um aviso a todos os donos de bares a ganhar resistência à dor, porque se quiserem segurança, primeiro têm que saborear uns bons selos nas bochechas.

Quem também anda a fazer mal às pessoas é a Gripe A. Ao que parece, alunos de Leiria

e Pombal já apanharam esse vírus, e lá para o Natal a coisa estará muito pior. Bem não faz de certeza, mas será que esta gripe não é apenas uma gripe? Para uns é o Apocalipse, para outros é o novo Ébola, mas, no final de contas, esta gripe acaba por se transformar numa receita choruda para a empresa farmacêutica que há uns meses atrás não conseguia vender o seu Tamiflu! Como o elefante do Jumbo diria: “tu és macaco!”. E não é mesmo?

As autárquicas já acabaram e, enquanto escrevo esta crónica, vejo as notícias que dão como certa a vitória do senhor Raúl Castro. Mas será que é importante? A luta era entre Raúl Castro do PS e Isabel Damasceno do PSD, mas será que a vitória de um e a derrota do outro trarão novidade para

a nossa cidade? É certo que a Câmara já precisava de uma mudança de ares mas serão tão diferentes? As políticas são as mesmas, o desleixo para com as pessoas também e as promessas são abafadas pelo nosso rico estádio (que nos deixa de mãos atadas). A única diferença estará mesmo no partido que representam e no sexo de cada um. Sendo que, mesmo nesse último item, tenho as minhas dúvidas porque tem que se duvidar de um homem que escolhe o roxo como cor da sua campanha...

E é nisto que nós andamos. Gripes produzidas em laboratório, seguranças que batem nos seus patrões, canecas com pilas e umas autárquicas que nada irão mudar na nossa cidade. E depois ainda dizem que o mundo não está louco... Quem me dera ser um alien!

João Gaspar

Um Mês e Algumas Palavras

por André Pereira

Hasta siempre, Isabel!

Dor Crónica

Provavelmente este é o último artigo de opinião que escrevo enquanto leiriense. Não por iniciativa própria, mas porque agora o presidente da Câmara é Raul Castro. E toda a gente sabe a inclinação que os Raul Castro têm para a liberdade de expressão. Mas até acho positiva a sua escolha, porque é o primeiro passo para Leiria ficar mais parecida com Cuba (o que faz com que se poupe um dinheirão em férias). Agora, se a Isabel Damasceno ganhasse, colocava-se uma questão importante: “quanto custa mais um estádio?”

Gostaria de felicitar a SIC que fez dezassete anos.

Isto significa que para o ano o Carlos Cruz já pode voltar a apresentar um programa. No âmbito do processo Casa Pia, vários jornalistas estão a ser acusados de terem violado o segredo de justiça. O que os distingue dos outros arguidos é o facto de terem violado apenas o segredo de justiça.

No futebol, o Benfica está imparável e tem já o ataque mais mortífero da Europa, logo a seguir ao Gangue da Ribeira. Não é fácil com-petir com profissionais... Notícia é também a dieta que Pinto da Costa está a fazer, praticando agora uma alimentação à base daquilo que passou a vida a

dar: fruta.

O que está a marcar a agenda mediática é, sem dúvida, a entrega do Nobel da Paz a Barack Obama. Depois de se tornar no primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, Obama torna-se agora no primeiro homem a receber o Nobel da Paz sem ter feito nada por isso. Já o Nobel da Química foi atribuído a dois norte-americanos e uma israelita. Este é, seguramente, um prémio que Cavaco Silva e José Sócrates nunca poderiam ganhar. Nunca houve grande química entre eles…

Não posso terminar esta crónica sem dar os parabéns ao Quinze, um jornal que – só pelo nome – captou a atenção de muitos deputados e apresentadores de televisão no nosso país.

[email protected]

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Quinze | 3 Outubro . 2009

“Expresso com destino a Coimbra, Viseu e Porto: autocarro 3045, no final da gare, e vai sair!”

Esta é uma expressão-tipo de quem entra numa rodoviária, no caso a mostrar sinais de decadência, como é a de Leiria. E, à medida que vemos as camionetas partirem em direcção a “cortes” e “azóias” ou a paragens mais distantes, os que vão por algum tempo experimentam a saudade sortida de um “tirem-me daqui”. Porquê?! Não é difícil.

Se um pintor captasse o castelo pela esguelha de quem está no parque do avião,

certamente o quadro seria ambíguo. Ao cimo, o charme de estampa entre as ameias; mais em baixo, a fachada de um caco oco de estética, dissonante do parque à sua volta. Caco velho e feio.

As imediações deste cartão-de-visita que é a rodoviária foram recuperadas, é certo, e hoje temos uma continuação do Jardim arejada, em vez dos espantalhos que recebiam moedas a troco de mais um carro para a vala comum. Devolveu-se vida à zona. Mas, para quem vem de expresso, é óbvio, quando chegam, que a entrada arranjada esconde uma “morgue” na cidade…é mau de se ver: aquele lugar ali enfiado, que antecede a viagem, torna-se sofrido e cinzentão como as cores que o pintam, e o artista inspira-se na natureza morta. Já para o escritor, “corvos estarão lá fora”, pressente, julgando ver relâmpagos por entre as janelas partidas.

Do ponto de vista do utente, ele entra pela bilheteira e, no raio de luz, antevê uma espera tranquila. É que “falta meia hora para o autocarro”, pensa, “o que não me chega para fazer algo lá fora”. Acomoda-se. Porém, a luz vai-se escapando nos passos do corredor e ele, afunilado num entulho de autocarros, vê a noite chegar mais cedo do que no norte da Europa. Agora, sente-se desconfortável e inventa uma ida à casa de banho. Má ideia.

O chão, gasto e resignado, cansado de ser pisado, como que afasta as pessoas para fora, em uníssono com o microfone do pastor, que aconselha os rebanhos à saída daquele lugar. O tecto, caquético, com barbas do sujo, faz o derradeiro ultimato e quase ameaça cair, pelo que é melhor porem-se todos a andar. E as paredes encolhem, zangadas, sufocando quem se senta e faz tenção de ficar.

O fotógrafo só quererá a rodoviária, por dentro e do lado do rio, se for a preto e branco. O atleta que leva, do IPL ao estádio, 20 minutos, antecipa o desvio para não passar lá. Os peixes, embora a recente restauração do sítio, nadam enfadonhos na sombra da rodoviária. As famílias passeiam, mas prefeririam não ter a degradação daquela margem. Os candeeiros, cerrada a noite, avariam por vezes, com malícia...e a fachada vandalizada das traseiras fundiu-se já com o escuro.

Leiria pode acolher, mas a gare não suspira saudade. A recepção e o adeus a quem cá vem não fazem jus ao que também temos de bom. Digamos que é a ponta de uma avenida plena de confusão. Creio que, se os guerreiros visassem, lá do cume gracioso das muralhas, uma coisa assim caduca, flechadas teriam há muito sobrevoado o território. O canhão fixou o alvo...”com destino à gare, e vai sair!”

Assim não, LeiriaRodoviária decadenteFernando Sá Pessoa

Após várias décadas de poder social--democrata, Raul Castro conseguiu a primeira vitória de sempre para o Partido Socialista em Leiria. Após duas derrotas autárquicas contra Isabel Damasceno, Raul Castro conquistou a Câmara de Leiria por alguns milhares de votos. Embora tenha sido ajudado pelas guerras internas que dividiram o PSD a nível distrital e pela pouca vontade de Isabel Damasceno em se voltar a candidatar, Raul Castro conseguiu a maior vitória da sua carreira política por ter feito uma campanha incansável, visitando todas as pequenas localidades, atacando os bastiões do PSD no concelho de Leiria.

Na edição passada, o jornal Quinze entrevistou todos os candidatos (5) à Câmara Municipal de Leiria e mostrou aos leirienses as opiniões e projectos de todas as candidaturas. Pesados os prós e os contras, os leirienses fizeram a sua escolha e puseram termo ao poder social-democrata. Agora, Raul Castro tem pela frente o maior desafio da sua vida, resolver os problemas (alguns bem graves) da cidade de Leiria e cumprir algumas promessas que foi fazendo na campanha eleitoral.

Relativamente à vereação, o candidato António Martinho (CDS/PP) conseguiu ser eleito, ficando assim 5 vereadores para o PS, outros 5 para o PSD e 1 para o CDS/PP.

Castro destrona Damasceno

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4 | Quinze Outubro . 2009

É o novo presidente do IPL. Quais são os objectivos para um futuro próximo? Sou o presidente eleito do Instituto. Ainda falta a homologação das eleições pelo senhor Ministro.Apresentei no âmbito da minha candidatura um programa de acção, para os próximos quatro anos, centrado em seis orientações programáticas.A primeira é uma acção centrada nos estudantes, nos docentes e nos funcionários não docentes.A segunda é uma orientação das nossas actividades para a aprendizagem ao longo da vida. As pessoas têm necessidade de aprender de forma contínua. Voltar à escola, à universidade ou ao politécnico tem de ser cada vez mais uma realidade do nosso dia-a-dia. O IPL tem essa preocupação e reflexo disso mesmo é o ensino a distância, o ensino pós-laboral, o M23, os CETs e os mestrados. São um conjunto de actividades pensadas não só para o estudante que faz um percurso normal mas também para as pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho e que têm necessidade de actualizar e incrementar os seus conhecimentos.Uma terceira orientação tem o seu enfoque na internacionalização. Estamos muito empenhados na mobilidade internacional dos membros da comunidade académica e na realização de projectos em conjunto com parceiros internacionais.A quarta orientação relaciona-se com a empregabilidade de todos os que fazem a sua formação no Instituto e também com a ligação ao tecido empresarial, quer ao nível dos estágios e da procura do primeiro emprego, quer da realização de projectos, de prestações de serviços e do desenvolvimento de novas áreas do saber que sejam do interesse para as empresas.A quinta orientação relaciona-se com a investigação, a inovação e a transferência de conhecimentos. O meu objectivo é impulsionar ainda mais as actividades já existentes. O IPL é das instituições, na região centro, que tem mais vales de Inovação e de Investigação e Desenvolvimento. É o nosso objectivo continuar com a política que consiste em prestar serviço às empresas e em realizar projectos conjuntos.A última orientação do meu programa é a preocupação com a qualidade, monitorizando e avaliando tudo aquilo que fazemos. Devemos estimular a melhoria contínua.

No início deste ano, o IPL pediu ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para se abrir o processo de discussão prévia necessário para averiguar a possibilidade de transformação do IPL em Fundação. Na sua opinião, o futuro passa mesmo pela Fundação IPL? Vai depender do que resultar das negociações com o Ministério. Só depois de uma avaliação rigorosa do que implica a passagem a Fundação, poderemos ter uma opinião formada. Posso dizer que relativamente às três instituições que já passaram a Fundação, parece uma opção muito interessante de um ponto de vista dos resultados obtidos. No caso do IPL, o meu compromisso é ser rigoroso e ambicioso

nessa negociação. Depois disso, apresentarei os resultados à comunidade académica e ao órgão competente, o Conselho Geral, que decidirá a passagem, ou não, a Fundação. Enquanto não conhecermos os resultados da negociação, não é possível dizer que vamos por este caminho. Acha que a diferença entre universidade e instituto esbater-se-á? Noto que há cada vez mais uma tentativa de diferenciar politécnicos e universidades em termos legislativos. Hoje as competências são limitadas pela lei mas são um pouco forçadas. Actualmente, há um esbatimento cada vez maior entre o que distingue um bom politécnico e uma boa universidade. Não vejo como necessária essa diferenciação. Em certos países, nem existe. Não deve ser o nome a limitar a actuação do Instituto. É uma situação que vai ter que ser alterada. Acho que quando as instituições tiverem competências para o exercício de determinadas funções, devem exercê-las independentemente da sua designação.

Ao nível de estruturas físicas, as escolas do IPL já são superiores a muitas universidades portuguesas. O que queremos saber é se há condições ao nível da investigação para termos uma universidade em Leiria? Começam a estar reunidas as condições para no futuro próximo virmos a ter uma instituição que tenha todas as competências de uma universidade. A parte mais importante é a qualificação do corpo docente e o desenvolvimento de projectos e de unidades de investigação. Quando estiverem reunidos os requisitos que a lei exige, defendo que o IPL deve transformar-se em universidade. No entanto, é bom que tenhamos presente que não podemos fazer isso antes de estarmos preparados para o efeito.

A ESTG é a “menina dos olhos” do IPL? É uma escola importante mas todas as escolas são importantes no Instituto. Fazem todas parte de um conjunto que se complementa ao nível da formação e da investigação. Cada uma das nossas escolas desempenha o seu papel, complementando-se. A ESTG, pela sua dimensão e pelo seu número de alunos, talvez tenha um maior destaque nas actividades do IPL mas, na minha perspectiva, todas as escolas estão em pé de igualdade. Faz sentido potenciar cada uma das suas valências e dar-lhes condições para o seu desenvolvimento. Não há uma menina dos olhos do IPL mas sim cinco escolas de qualidade nas suas áreas de intervenção.

Quais as grandes dificuldades do IPL? Sendo uma instituição jovem, temos apostado muito na qualificação do nosso corpo docente. O facto de muitos professores estarem a fazer o doutoramento limita um pouco a nossa actividade. No entanto, se hoje é uma dificuldade, amanhã será seguramente um ponto forte. Obviamente do ponto de vista financeiro, temos sempre limitações. Se tivéssemos mais recursos, evidentemente faríamos mais. Precisávamos,

em Leiria e não só, de mais instalações. Actualmente as que temos já são escassas face a todas as áreas de intervenção. Porém, procuramos não deixar de fazer nada por termos essas limitações.

O que é que um estudante garante ao optar pelo IPL? Ao entrar no Instituto, o estudante tem logo a promessa de muito trabalho. Só assim conseguirá ter uma formação sólida que lhe permita estar preparado para aceder ao mercado de trabalho e ter uma carreira profissional interessante. O IPL tem a sorte de estar inserido numa região muito dinâmica do ponto de vista empresarial e onde se criam oportunidades de trabalho que não se limitam apenas a esta zona do país. Hoje temos diplomados pelo IPL praticamente em todo o mundo. Concorda que a praxe é a melhor opção para a integração dos alunos? Depende do sentido que damos ao termo praxe. Se nos referirmos de facto a um conjunto de acções integradoras, faz sentido. Porém, se for uma prática vexatória que coloca em causa a dignidade do estudante, não faz sentido nenhum.Da nossa parte procuramos sensibilizar os estudantes mais velhos para esta vertente da praxe académica e estabelecemos os limites temporais em pode acontecer de forma a prejudicar o menos possível o percurso lectivo. Não sei se a praxe é a melhor via

para a integração dos estudantes, mas é uma via se for bem exercida e bem praticada.

Na sua opinião, a ligação entre a cidade de Leiria e o IPL poderia ser mais forte? Pode ser sempre mais forte. Já se deram passos muito significativos nessa área. Sinto que o Instituto está cada vez mais inserido na cidade. Basta circular por Leiria em Agosto e durante o período de aulas para percebermos que estamos perante diferentes realidades. Lançámos há pouco tempo o programa «Geracções», que é mais um passo nesse sentido. É um projecto-piloto, que procura que os estudantes fiquem alojados em casa de pessoas de idade e que incentiva a entreajuda entre gerações. Temos também a iniciativa do 60+ que promove a inserção de pessoas, na maioria já aposentada, nas nossas actividades. Há portanto uma ligação já muito grande entre a instituição e o dia-a-dia da cidade. Porém, podemos sempre fazer mais.

O que pode a região esperar do IPL nos próximos anos? A nossa área de influência vai para além do distrito de Leiria e já abrange concelhos circundantes. O nosso compromisso com a região é que o Instituto seja um agente activo no seu desenvolvimento sócio-económico e cultural. Enquanto única instituição de ensino superior público na região, sentimos que temos uma responsabilidade adicional nesse processo.

Entrevista a Nuno Mangas, Presidente do IPLpor Sandra Duarte

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Quinze | 5 Outubro . 2009

?Estará o IPL preparado para ser Universidade

Por Pedro Pereira

O Quinze lançou-se mais uma vez pelas ruas de Leiria à procura de opiniões. Analisámos novamente Leiria à Lupa e desta vez tentámos saber o que alunos, ex-alunos e professores pensam do ensino superior na nossa cidade. Há muito que se fala que Leiria já merecia uma Universidade e que o IPL tem dado cartas não só a nivel nacional mas também internacional. Necessidade ou prestigío, seria muito bom que o IPL se tornasse Universidade, mas estará preparado?

Leiria à Lupa

Como ex-aluno do IPL, a minha opinião é a de que está preparado para fazer essa passagem, não só pelas excelentes condições ao nível das infra-estruturas (auditórios, biblioteca, cantinas, etc...) mas também pela diversidade e qualidade nos materiais de apoio às Unidades Curriculares práticas (nomeadamente nos cursos de Engenharia).

Esta minha opinião ficou consolidada ao entrar no mundo do trabalho, visto que

em conferência com alguns colegas de trabalho, verifiquei que apesar de ter tido formação num denominado “Politécnico”, esta encontra-se ao nível de formações como as de universidades tão prestigiadas, como é o caso do Instituto Superior Técnico de Lisboa, visto que a componente prática que nos é incutida no IPL (consolidada também com a parte teórica necessária) dá-nos mais algum “Know-How” prático, o que nos permite no mundo do trabalho estar ao mesmo nível de pessoas com

formações tiradas numa Universidade.

Julgo que com a conclusão do processo de reestruturação do Campus Universitário de Leiria (onde se encontram neste momento a ESTG e Escola de Enfermagem) o IPL ficará com todas as condições necessárias para se tornar Universidade, um objectivo há muito desejado por docentes e alunos do Instituto.

Nélson AlvesRecém-Licenciado IPL

«Em meu parecer está decididamente a caminhar nessa direcção.

O IPL compreende um conjunto de Escolas Superiores para especialização profissional e científica, designadamente: ESECS, ESTG, ESAD, ESTM e ESSLEI (à semelhança de qualquer Universidade e suas Faculdades).

Enquanto aluna do instituto devo testemunhar as óptimas condições de trabalho que nos são dadas, os laboratórios altamente equipados, a exemplar Biblioteca José Saramago preparada e estruturada de forma a garantir-nos um bom espaço de estudo/pesquisa, e ainda os serviços de acção social destinados os estudantes mais carenciados. Para ser Universidade falta somente

que 50% dos docentes possuam o grau de Doutor. Acrescendo aos que já o detêm, a grande maioria encontra-se presentemente a frequentar/concluir programas de doutoramento, o que me leva a crer que, até ao próximo ano, o instituto já terá ultrapassado essa barreira. Nessa altura o IPL estará finalmente preparado para ser a Universidade de Leiria. »

Tânia SousaEstudante do IPL

Sendo docente do IPL tenho constatado de perto o investimento feito no apoio à formação do seu corpo docente na obtenção do grau de Doutor. O empenhamento de todos naquele objectivo tem contribuído para os níveis de qualidade do ensino ministrado e para a investigação realizada - elementos fundamentais para a missão de qualquer instituição de ensino superior.

A questão da dicotomia Universidade/Politécnico é uma discussão que, a meu ver,

deve estar centrada menos na nomenclatura e mais nas condições objectivas que devem ser cumpridas pelas instituições para que possam conceder títulos académicos e acederem a recursos financeiros, independentemente de serem Universidades ou Politécnicos. E, a esse nível, penso que estamos bem posicionados para enfrentar os desafios futuros que vierem a ser colocados atendendo à qualidade dos recursos humanos, aos recursos físicos existentes e à qualidade da gestão do Instituto. A par

dos recursos internos atrás referidos é importante referir que o IPL se insere numa região com forte dinamismo económico e que lhe reconhece um papel determinante para o seu desenvolvimento futuro, constituindo elementos adicionais a ter em conta para o futuro desenvolvimento do próprio IPL.

Rui PatrícioProfessor do IPL

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6 | Quinze Outubro . 2009

"Há uma perda de

memória pela história de

Leiria"

Sabemos que é um apaixonado pela História. Mas o que é que lhe dá mais prazer, transmitir o gosto pela História ou estudá-la? Não se pode fazer uma coisa sem a outra. Ou seja, não se pode ter gosto por alguma coisa sem a estudar. A não ser que seja uma relação meramente intuitiva. Para se ensinar História é preciso conhecer a História, portanto, é preciso investigá-la para a poder transmitir e divulgar . É preciso ter informação e poder geri-la. Sem se conhecer a História é impossível ensiná-la.

Assume-se um contador de histórias? Um contador de histórias não é um historiador. Contá-las é apenas o primeiro passo dentro da divulgação histórica, por isso é que todos nós gostamos de histórias, filhas da tradição oral, quando somos pequeninos. Mas para além das histórias infantis, gosto sobretudo da História que permite compreender o Homem, a sua tragédia e a sua grandeza, na sua vivência pessoal e colectiva, e não propriamente as histórias da carochinha, apesar de a sua interpretação também ser fundamental. Ou seja, estou mais interessado na história enquanto ramo do conhecimento humano, enquanto ciência do ponto de vista político, estrutural, económico e geográfico. Isso é o que me interessa na História, tornar inteligível e aprender com o passado da existência humana.

O que é que faz de Leiria interessante no panorama histórico? Temos algum episódio que o fascine particularmente? Há muitos... Leiria está integrada num País com mais de oito séculos de história e, naturalmente, viveu diferentes acontecimentos e participações, desde a Idade Média, nas guerras civis, nas lutas liberais, nas lutas contra os invasores, como nas invasões francesas. Por outro lado, Leiria também participou no nosso frustrado processo de industrialização, no século XIX. Tem uma imprensa multissecular. Existe muita história, mesmo antes da formação da nacionalidade, desde a pré-história, como o documentam diversos achados.

A presença romana foi muito importante. Por aqui viveram árabes e judeus, estes com um importante contributo na difusão da tipografia. Tivemos o mais antigo moinho de papel, industriais inovadores, militares e políticos de dimensão nacional, monumentos diversos, muitos dos quais em estado de abandono. O drama é que não se conhece muito. Há uma certa perda de memória, como, também, se verifica a nível nacional. As pessoas não conhecem a sua própria memória colectiva e, quando assim é, passam pelas coisas sem as reconhecer, perdem identidade. Ora, Leiria viveu a história nacional como outras comunidades. Temos uma história rica, tal como outras cidades portuguesas.

Foi Presidente da Comissão Instaladora da Associação de Defesa do Centro Histórico de Leiria. Na sua opinião, quais as requalificações prioritárias no Centro Histórico? Há duas questões fundamentais no centro histórico. A primeira é o repovoamento e, para ele existir, tem de haver recuperação do edificado e um plano estratégico para a sua revitalização. O Centro Histórico deve continuar a ser um centro plural, como foi no passado. Os centros das cidades sempre foram plurais, onde habitava uma população heterogénea, havia serviços, comércio, artesanato, jovens, velhos, ricos e pobres. Por

isso, os centros não podem ser destinados apenas a um determinado tipo de núcleo populacional. Por outro lado, é preciso que haja incentivos para atrair novos moradores que o povoem. A base da insegurança que, muitas vezes, as pessoas sentem, está no despovoamento. E, nos nossos dias, muitas cidades portuguesas apresentam diversos sinais de desertificação e de degradação do edificado. Por outro lado, existem muitos proprietários descapitalizados e é muitas vezes mais fácil, e com menores custos, adquirir casa nos subúrbios. As pessoas abandonaram os centros. Até porque muitas vezes estes não lhes ofereciam condições adequadas de vida.

E acha que a câmara podia assumir essa responsabilidade? Naturalmente, a Câmara tem um papel fundamental na recuperação do edificado. Tem de definir um plano estratégico, elaborar planos de pormenor, linhas de intervenção e recuperação, de acordo com a lei geral do país. Para além da Câmara é preciso o apoio do Estado e, ainda, seduzir investimentos privados e criar novos pólos de atractividade. É preciso repovoar, resolver os problemas do estacionamento e das acessibilidades, inovar e recuperar com gosto e bom senso. Torna-se, ainda, necessário um plano de recuperação do património arquitectónico e monumental. Existem diversos monumentos que estão abandonados e em adiantado estado de degradação. Têm de ser protegidos e acarinhados, dando-lhes até novas funcionalidades. É preciso instalar novos serviços, dinamizar o comércio local, criar linhas de crédito, definir regras e desburocratizar. Portanto, tudo isto é uma questão política e uma questão prioritária para a vida da cidade e da sua própria imagem. Acho que é uma vergonha Leiria ter um Centro Histórico nas condições em que está. A política deve orientar-se pela resolução dos problemas e este tarda em encontrar uma solução. Há muita coisa para fazer e muitos bons exemplos a seguir, a nível nacional e internacional. Tem é que

se fazer alguma coisa, não se pode deixar que as coisas corram por si próprias.

Acha então que temos crescido mal? A maior parte das cidades portuguesas cresceram mal, de forma anárquica, sem grandes planos de pormenor, sem grande estratégia de desenvolvimento urbano, sem atender à qualidade de vida das populações. Cresceram muito mais pela força da pressão do imobiliário do que, propriamente, ao serviço da qualidade de vida dos cidadãos. Daí que as cidades se tenham tornado, muitas vezes, inóspitas. Agora, existe a obrigação de melhorar a qualidade de vida e de definir uma estratégia de desenvolvimento urbano para o futuro.

E quanto ao aproveitamento da Casa do Bispo pela Zara, acha que isso é a deturpação dos valores históricos? Hum...não sou grande simpatizante da estética da obra, mas acho que os edifícios devem e podem ter, ao longo da sua história, diferentes funcionalidades. E, portanto, não me choca nada que o edifício seja recuperado para uma funcionalidade completamente diferente daquela para que foi criado. Agora, tem de haver um diálogo entre a qualidade estética do que se quer construir e aquilo que existe. E isso nem sempre tem sido assegurado em Leiria.

O Professor e Dirigente Associativo José Vitorino Guerra abre o jogo e confessa-se um apaixonado pela História do país e da cidade. Com a frontalidade que se lhe reconhece, falou, sem papas na língua, de questões pertinentes como os problemas da nossa cidade, ontem e hoje, e o estado actual do ensino português. Para quem o ensino da História deve estar na génese de uma sociedade, o cidadão José Vitorino (pois fez questão de falar enquanto tal) aponta críticas ao poder, que não a tem fomentado ao longo dos anos: o desinteresse da população pela História é mito.

Saiba o que pensa um cidadão activo cujas ideias, prontas e afiadas, lhe valem o respeito e reconhecimento em Leiria.

Gente da minha terraEntrevista com Professor VitorinoPor Fernando Sá Pessoa e João Gaspar

"Os povos que não conhecem

a sua história tornam-se

mais frágeis"

Page 7: Jornal Quinze - Out 09

Quinze | 7 Outubro . 2009

Qual é, para si, o “patinho feio” de eleição da cidade?[risos] Tem muitos... não quero distinguir nenhum pato dentro do lago. Há muitos patos feios dentro da cidade. Patos feios e patos bravos [risos]... não vale a pena estar a distingui-los.

No que toca às pessoas leirienses, confirma o mito de que somos uma cidade elitista, algo virada para o culto das aparências? E encontra algum fundamento histórico para esse mito? Todas as pequenas cidades, num determinado momento da sua história cultivaram esse mal português que dá pelo nome de provincianismo. As suas elites eram frágeis, rurais e muito ligadas a mecanismo formais e informais de domínio. Em Leiria, durante a 1ª República apelidava-se de “Borges” os que para aqui vinham viver e trabalhar, num sinal com conotações políticas e algum sabor a discriminação. Portugal também não era um país tão aberto há cem ou quarenta anos, como é hoje. Durante muito tempo, em Leiria não houve uma grande renovação das elites e dos seus hábitos, do ponto de vista cultural, social e político. Por outro lado, talvez tenha havido um certo sentimento de alguma incapacidade de traçar o futuro e viver o desenvolvimento, alguma frustração marcada pelo atraso económico, cultural e a escassa mobilidade social. É evidente que Leiria beneficiou muito da vinda de homens que para aqui vieram viver, desde Ernesto Korrodi a Tito Larcher, Correia Mateus e tantos outros, até aos dias de hoje. E, portanto, acho que, se, ainda, há alguém em Leiria que vive amarrado a preconceitos, tem de os ultrapassar. Devemos ser uma cidade aberta e disponível para aqueles que aqui querem viver e trabalhar, bem como acolher a sua capacidade transformadora e de iniciativa. Acho que isso do bairrismo provinciano, do pequeno regionalismo, muitas vezes serôdio, não é benéfico. Se Leiria, socialmente, não assume isso apenas está a perder o futuro.

Já é professor há largos anos. Tem notado retrocessos no interesse dos alunos pela História? Eu noto um retrocesso, não tanto do interesse dos alunos, mas mais dos governantes, que não dão hoje uma grande à importância ao estudo da História, enquanto factor de identidade e de conhecimento da própria nacionalidade e da sua evolução ao longo do tempo. Parece-me que há um certo desprezo, ou embaraçada vergonha, nos programas oficiais, sobretudo, em relação à História de Portugal. Acho que qualquer jovem sai da escola a saber muito pouco da nossa história e nós não temos de ter vergonha nenhuma dela, antes pelo contrário. Temos até de ter a capacidade de a utilizar para nos ajudar a resolver os problemas com que nos deparamos. Naturalmente, quando hoje falamos nas nossas carências estruturais, no endividamento externo, ou na construção de uma visão estratégica para o País, isso são problemas que se arrastam, com altos e baixos, desde o século XIX e mesmo antes, por causa deles caíram regimes e fizeram-se revoluções. Alguns políticos podiam-se dedicar a estudar as páginas da História de Portugal para poderem agir de forma mais correcta, no sentido da defesa do interesse nacional. Os países têm interesses nacionais permanentes a defender. Por exemplo: para nós, o mar é de uma importância decisiva para

reforçar a independência, para a economia e a criação de emprego. Nas últimas décadas, abandonámo-lo. Se muitos políticos tivessem estudado a História, se calhar tinham tido um melhor conhecimento, uma outra forma de compreender os assuntos, teriam sido mais cautelosos e avisados. Quem não conhece e não compreende os problemas, também não os resolve. É preciso agir em política alicerçada na História. Os povos que não conhecem a sua história tornam-se mais frágeis em período de acelerada globalização. Talvez esse desinteresse pela História tenha a ver com o desprezo, um bocado português, por nós próprios. Eu não sei se hoje há desinteresse pela História. Do ponto de vista político é que não se privilegiou o ensino da História em Portugal...do ponto de vista dos programas e dos manuais. Hoje vendem-se muitos mais livros de História, de política e romances históricos, do que alguma vez se venderam. Logo, há, por ela, um interesse bastante forte. Esse interesse não tem é espaço dentro da escola, do ensino. E isso para mim é um erro crasso.Mas também é verdade que somos um povo que passa muito tempo a questionar a sua razão de ser e a olhar com desconfiança para si próprio, como se o nosso presente não tivesse passado nem futuro. Esse é um dos males resultantes do nosso atraso estrutural e das nossas dificuldades em vencer, definitivamente, a pobreza social, cultural e económica. As nossas elites políticas, demasiadas vezes, deixam de ser capazes de consubstanciar um projecto nacional. O sentimento colectivo de descrença colectiva é mais forte em períodos de crise e quando ganhamos consciência do nosso atraso endémico em relação a outros países que tomamos como referência. Nada disto é novo, apenas tem cambiantes diferentes. Um País com mais de oito séculos, que já sofreu todo o tipo de vicissitudes e sobreviveu, devia ter maior auto-estima colectiva e orgulho nacional. Devíamos aprender com os nossos erros e, aqui, de novo, entra a capacidade de saber interpretar e aprender com a história.

Muitos professores queixam-se da perda de autoridade perante os alunos. Sente isso na pele?Há uma perda global da autoridade democrática dentro da nossa sociedade. E essa perda geral de autoridade democrática tem imenso reflexo na escola. Começa até na família e nos hábitos comportamentais, ou na falta deles, que as famílias consentem e que depois são reproduzidos dentro da escola. Por outro lado, não há muitos mecanismos de intervenção ao acesso do professor face

a certas atitudes e comportamentos. A sociedade mudou e, agora, há uma maior tendência para as pessoas considerarem os seus direitos mais do que os seus deveres. Há um caldo cultural geral que se reflecte dentro da escola e para o qual a escola ainda não tem os mecanismos adequados de resposta.

Foi um dos principais impulsionadores do Movimento em Defesa da Escola Pública. Julga que, com a saída da Ministra da Educação, será possível um diálogo entre o Governo e os professores?A Ministra Maria de Lurdes Rodrigues é o braço instrumental da política educativa de José Sócrates. Só mudando a política é que se podem resolver os problemas que, neste momento, atravessam a Educação do País. Aliás, a grande maioria dos pressupostos políticos em que assentou a acção da Ministra não favoreceu o Ensino em Portugal, criou inúmeras injustiças e ofendeu demasiados profissionais dedicados e competentes. Na minha perspectiva, a política educativa de Sócrates é errada e apenas visa objectivos de curto prazo. Assim, vai gerar efeitos perversos no futuro. Tentou-se usar os professores como bode expiatório de uma política populista e demagógica.

Acha que haverá mudanças?Se não houver mudanças, quem continua a perder é o País!

Acha que a introdução das novas tecnologias, como o Magalhães e o E-Escola, são benéficos para a Educação?A informática e as tecnologias da informação revolucionaram a maneira das pessoas se relacionarem e pensarem, representam um salto qualitativo fantástico. Todavia, não tenho certezas sobre as vantagens pedagógicas das crianças de tenra idade terem um computador, para além do aspecto lúdico, como centro da sua formação e aprendizagem. Por outro lado, as crianças precisam de conviver, de falar, de socializar e não sei se dar um computador a cada criança é uma medida, que do ponto de vista pedagógico, possa resolver problemas ou trazer problemas. Há uma certa demagogia, hoje, em volta das novas tecnologias, como houve no passado em relação a outras tecnologias. Tudo deve ser relativizado! As tecnologias devem ser utilizadas de acordo com aquilo que se quer transmitir e não se deve condicionar a evolução do discurso ou o processo da aprendizagem ao meio. Em torno do uso das novas tecnologias há um certo provincianismo e deslumbramento. As tecnologias são fundamentais para o desenvolvimento da instrução e da educação, mas devem ser colocadas no seu ponto preciso, sem mistificações.

Pelas escolas por onde passou, recorda alguma ou algumas que não lhe tenham dado as condições necessárias para leccionar?Eu recordo o tempo em que grande parte dos materiais didácticos eram comprados e pagos pelos professores para leccionar nas aulas. O professor sempre adquiriu materiais que pudesse transmitir aos seus alunos e para se actualizar. Fê-lo por uma simples razão, quem tem alguma dignidade no processo de ensino-aprendizagem gosta de estar à frente dos seus alunos, não só com informação, mas, acima de tudo, com qualidade de informação. E, muitas vezes,

isso era pago do bolso dos professores e não pelo Estado.

Está feliz com a vida política e social portuguesa?Não estou feliz com a vida política e social portuguesa. Se estou satisfeito com o estado da democracia portuguesa? Também não estou satisfeito. E lamento profundamente o estado a que as coisas chegaram. Acho que a responsabilidade é, sobretudo, de quem dirige os mecanismos do poder e, muitas vezes, se revela incapaz de assumir plenamente as suas responsabilidades cívicas e políticas ao serviço do país. Portanto, não estou feliz, nem satisfeito, assim como demasiados portugueses. Não estou satisfeito com muitas das medidas tomadas em diversos sectores, não estou satisfeito com a miséria social, o desemprego, com o alastramento da corrupção, com o desgaste das instituições, com a descrença colectiva. Não estou satisfeito, nem conformado, com a pobreza e muito menos com o nosso atraso económico e social. Não gosto do jogo de sombras em que se transformou a vida pública, nem da enorme falta de pudor cívico que anda por aí. As democracias são regimes frágeis e generosos, por isso algumas consagram o direito à felicidade. É certo que a felicidade é um estado de alma muito fugaz, mas o regime democrático não se alicerça na descrença, no desespero e numa vida pública cada vez mais doentia. As coisas não podem continuar como são, caso contrário corremos o risco de ver surgir tensões insustentáveis e mesmo o colapso deste modelo de regime. É preciso falar claro sobre os problemas graves que afectam o país, desde o combate à miséria social, à corrupção e ao enorme endividamento externo, que hipoteca o futuro. Precisamos de políticos credíveis e responsáveis e não de técnicos de marketing e ilusionistas.

E gosta da sua cidade? De Leiria?Eu gostava de viver numa Leiria diferente. Quem nasce numa cidade, trabalha e vive nela, e a conhece relativamente bem, ambiciona sempre mais. Acho que tem faltado alguma ambição e capacidade de visão em termos da construção do futuro de Leiria. Podia-se fazer muita coisa, Leiria tem ainda problemas graves que não deveria ter e nem sempre se tem sabido acautelar o futuro. Precisamos de congregar vontades e energias. Os recursos têm de ser melhor aproveitados e é preciso potencializar as nossas capacidades. Leiria tem de ser uma cidade inovadora, acolhedora e com qualidade de vida. Se as actuais eleições vão alterar as coisas? Não reparei em nenhum projecto capaz de alterar o modo de estar e de ser das coisas. Por outro lado, a curto prazo, escasseiam os recursos.

"Não gosto do jogo de sombras

em que se transformou a

vida pública"

"Precisamos de políticos

credíveis e não de técnicos de

marketing"

Page 8: Jornal Quinze - Out 09

www.fazer-avancar.com | [email protected]

Iniciou-se projecto “Eu Desportivo”

Na prossecução do seu objecto social, a Associação Fazer Avançar levou este sábado 30 crianças a praticarem desporto no Centro Internacional de Ténis de Leiria (CITL) no âmbito do “Eu Desportivo”. Projecto que tem como objectivo desenvolver acções que contribuam para promover o direito de igualdade dos jovens no acesso a experiências na área do desporto fundamentais para o seu crescimento pessoal e para um desenvolvimento do “eu” harmonioso e saudável,

fomentando desde cedo o gosto pelo desporto e pela prática de um estilo de vida saudável

A Associação Fazer Avançar agradece às entidades parceiras CITL e Equipa Rendimento Social de Inserção da Associação Lar Emanuel, à CML pelo apoio, bem como a todas as pessoas presentes que ajudaram a marcar esta primeira etapa do projecto num ambiente divertido e agradável.

8 | Quinze Outubro . 2009

Paintbué

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Page 9: Jornal Quinze - Out 09

Quinze | 9 Outubro . 2009

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Carlos Alberto MotaMédico Dentista

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Page 10: Jornal Quinze - Out 09

10 | Quinze Outubro . 2009

Vai nascer em Leiria um novo espaço com o objectivo de dinamizar a arte e a produção artística. Intitula-se de MovDesign e pretende “abrir as portas a iniciativas que queiram dinamizar a cultura leiriense”, afirma Rúben Ginja, mentor do projecto, juntamente com a sua namorada Joana Correia. O espaço contará com um show room, um gabinete de design e alguns ateliers.

O espaço da MovDesign começou a ser desenhado em 2005 na mente de Rúben Ginja. Em 2007, o projecto passou literalmente para as suas mãos, estando há dois anos a remodelar o maltratado nº 21 da Rua Tenente Valadim. Agora, é altura de fazer os últimos arranjos, elaborar um catálogo e preparar a festa de abertura no Chico Lobo, para que, a meados de Outubro, a casa esteja pronta para receber exposições de fotografia, de design, de pintura e de

artes plásticas, para além de workshops relacionados com a criação artística.

O principal objectivo da MovDesign é apoiar jovens artistas e, apesar de já haver muita gente a mostrar interesse no espaço, Rúben Ginja afirma que não teve apoios de ninguém, tendo apenas parcerias com a Nivel3 (engenharia e design), a QTavares (arquitectura) e a Stylmovel (empresa de mobiliário).

A despeito de todos os problemas que teve de ultrapassar, Rúben Ginja sente-se confiante e optimista, apesar de considerar que “em Leiria, a nível cultural, é muito difícil chegar às pessoas”. O espaço estará de portas abertas para os leirienses, para as ideias, para a arte, para a cultura, para Leiria. Falta saber se a cidade vai entrar…

MovDesign Portas abertas para a cultura

Espaço Cultural

backstreetboys

skunkanansie rammstein

DepechemoDe

massiveattack

musemarilynmanson

franzferDinanD

theproDigy eDitors

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Quinze | 11 Outubro . 2009

B Fachada não é apenas mais um dos excelentes artistas que reúnem a peculiar editora FlorCaveira. O músico de Cascais mostra-se num som que tem tanto de misticismo como de cumplicidade. Uniu o folk e o pop, enredou-se em letras eruditas que tocam no popular e ainda teve a coragem de cantar num timbre sem jeito, que, apesar de não ser voz de gente, tem identidade, furando os conceitos editoriais de vozes aceitáveis.

B Fachada é algo que nos prende pela singularidade com que constrói e redefine a música, num misto de contradições, não-conceitos e uniões surpreendentemente belas. O delicioso LP “Um Fim-de-Semana No Pónei Dourado” fê-lo saltar dos ateliers caseiros da FlorCaveira e pintar o espectro musical português com cores nunca antes vistas...

Made in Portugal

B Fachada

João Gaspar

http://www.myspace.com/bfachada

A música começa a explodir, irreverentemente, em terras marcadas por czares e bolcheviques. As influências internacionais e a globalização são, agora, presença assídua numa Rússia cada vez mais ocidental.

Um bom exemplo dessa bem-vinda explosão musical são os criativos e energéticos Cheese People, uma banda de Samara, que se envolve no electrónico experimental virtuoso.

Apesar de estarem localizados numa região europeizada e pertencerem a uma vaga com claras tendências ocidentais, os Cheese People brincam com a sua música com modos pouco comuns, tocando no enigmático, muito por culpa das suas origens (e que boa culpa!). O seu som, obviamente electrónico, torna-se interessante por estar próximo do

habitual sem deixar de ser completamente diferente. Electrizantes, distantes e incomuns. Uma banda a não perder de vista.

Volta ao mundo

Cheese People (Rússia)

João Gaspar

http://www.myspace.com/cheesepeopleband

Calendáriopor Sandra Duarte

CinemaSinédoque, New York15 a 17 Outubro | 21h3018 Outubro | 15h30 e 21H30

Teatro Miguel Franco

M/12

Cinema

4 Copas19, 20 e 22 Outubro | 21H3021 Outubro | 18h30 e 21h30

Teatro Miguel Franco

M/12

Teatro

Canção do Vale22 e 23 Outubro | 21H30

CCC Caldas da Rainha

M/12

MúsicaCoro Juvenil de Mozart17 Outubro | 17h00

Teatro José Lúcio da Silva

M/3

Dança

3 Companhias Portuguesas de reportório15 Outubro | 21H30

Teatro José Lúcio da Silva

M/3

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Nelson Cascais “Guruka”16 Outubro | 22h00

Galeria Municipal da Marinha Grande

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Zé Eduardo Unit17 Outubro | 22h00

Galeria Municipal da Marinha Grande

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Orquestra do Festival de Jazz de Estremadura ( Concerto de encerramento do workshop)18 Outubro | 18h30

Galeria Municipal da Marinha Grande

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Mingus Big Band23 Outubro | 21h30

Teatro José Lúcio da Silva

MúsicaDazkarieh24 Outubro | 21H30

CCC Caldas da Rainha

TeatroRevista - Isto agora... ou vai ou marcha30 e 31 Outubro | 21h301 Novembro | 16h30

Teatro José Lúcio da Silva

M/12

CinemaDoclisboa 2009 - Extensão Leiria26 e 27 Outubro | 21h30Teatro José Lúcio da Silva

28 Outubro | 18h30Teatro Miguel Franco

Teatro

O Deus da Matança6 e 7 Novembro | 21h30

CCC Caldas da Rainha

CinemaMichael Jackson - This is it28 Outubro | 15h30 e 21H30

Teatro Miguel Franco

M/12

Cinema

Michael Jackson -This is it29 Outubro | 21h301 a 4 Novembro | 21h30

Teatro José Lúcio da Silva

M/12

MúsicaÓpera - La Traviata28 Outubro | 21H30

Teatro José Lúcio da Silva

M/6

MúsicaGlenn Miller Orchestra6 Novembro | 21H30

Teatro José Lúcio da Silva

M/6

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Bassdrumbone24 Outubro | 22h00

Teatro Miguel Franco

MúsicaFestival de Jazz da Alta Estremadura - Liebman/Eskelin Quartet ‘different but the same’25 Outubro | 22h00

Teatro Miguel Franco

Page 12: Jornal Quinze - Out 09

12 | Quinze Outubro . 2009

CeGAMo-noS De PADRõeS QUe jULGAMoS UnIveRSALMente CeRtoS, BeBeMoS De LUGAReS- -CoMUnS e ABRAçAMoS RotInAS. CoPIAMoS o vULGAR MAIS PoR MeDo Do RIDíCULo Do QUe PoR AFInIDADe e CAíMoS nA BAnALIDADe DAS MoDAS e tenDênCIAS ALheIAS. SUPRIMIMoS ContRASteS, evItAMoS RotURAS e FeChAMo-noS nA MULtIDão, ACInzentAnDo oS tonS Do InDIvIDUAL QUe Dão CoR Ao CoLeCtIvo.

MAS SoMoS SeReS únICoS e PenSAnteS, oU não? DIFeRenteS!

A MAD SUBCULtURe CeLeBRA A DIveRSIDADe, A exPReSSão SoB QUALQUeR FoRMA e ALIMentA A Fonte DA exCentRICIDADe De onDe BeBeM oS SeDentoS De MUDAnçA e novIDADe. ALGUéM Se ACUSA?

o SACUDIR De MentALIDADeS QUe o MAD SUBCULtURe PRovoCA teM-Lhe vALIDo UMA MASSIvA e CReSCente ACeItAção Do PúBLICo, tenDo já UMA enoRMe LeGIão De SeGUIDoReS e SIMPAtIzAnteS. MoDA oU neCeSSIDADe CoLeCtIvA De ALteRnAtIvAS à BAnALIDADe?

FILIPe MACeDo De 23 AnoS, o MentoR DeSte MovIMento, ConveRSoU ConnoSCo nUMA entRevIStA exCLUSIvA Ao QUInze.

www.maDsubculture.com

por Pedro Dias

O que é a Mad Subculture e como surgiu? MAD SubCulture surgiu da necessidade de expressar ideias e partilhar conteúdos relacionados com a vida urbana que, na minha opinião, são interessantes e que não vejo muito divulgados. Portanto, a ideia inicial (e que se mantém apesar de algumas evoluções) é partilhar conteúdos originais, criativos, diferentes.

Que tipo de conteúdos podemos encontrar no blog?Actualmente, a MAD SubCulture celebra a criativida-de em todas as suas manifestações modernas (cultura urbana, moda, design, artes gráficas, estilo, cinema, música, entretenimento, vida nocturna, fotografia, personalidades, etc.) Não tentamos estabelecer ou prever tendências, apenas seleccionamos e partilhamos o que achamos original e interessante.

O site pode ser um lugar para encontrar inspiração e, claro, um guia para planear uma semana cheia de diversão nocturna, de excelente música, grandes filmes e muito mais.

Que resumo fazes do percurso da Mad Subculture até este momento e quais consideras terem sido os seus pontos mais altos? No início não tinha grandes pretensões para este blog/projecto, apenas ia partilhando coisas que do meu ponto de vista eram interessantes. No entanto, o blog teve um crescimento algo inesperado. Talvez porque existem muito mais pessoas que partilham dos meus gostos, ou porque sentem a falta de algo novo em Lisboa, ou simplesmente porque acharam divertido ou diferente.

Como o feedback foi sendo bastante positivo eu dediquei mais tempo ao projecto, melhorei bastante o aspecto, funcionalidade e conteúdos e comecei a promovê-lo através da redes sociais na web. O passo seguinte foram as festas que começámos a organizar, que acabaram por ajudar o projecto a crescer ainda mais. O que diferencia estas festas das outras a que já estamos acostumados é a música (que tem recebido bastantes elogios vindos de quem esteve nas festas) e principalmente o incentivo à originalidade e criatividade. Como o próprio nome do blog indica «MAD SubCulture differentiates itself from the larger culture through stylistic ties to excess and exaggeration and a refusal of

the banalities of ordinary life and massification», gostamos de ter nas nossas festas pessoas que se diferenciem, que sobressaiam, que fujam do comum. No caso das festas, a originalidade e criatividade que incentivamos é normalmente expressa através do que se veste. A promoção das festas e feita apenas através do blog, da rede social Facebook e passando a palavra. Nunca houve flyers, posters nem qualquer tipo de promoção “física”, digamos.

As festas MAD SubCulture permitiram-me ser DJ com muito mais regularidade e ajudaram-me imenso a aprender e melhorar como DJ. O facto de tocar com mais regularidade deu-me uma maior exposição o que, por sua vez, levou a que surgissem outras oportunidades para mim como DJ.

Uma dessas oportunidades levou-me a Leiria para tocar no Suite. A recepção por parte dos leirienses foi muito positiva. Hei-de voltar brevemente, certamente.

Que projectos podemos esperar da Mad Subculture num futuro próximo?As ideias para o futuro são muitas. Mas vou tentar pô-las em práctica a pouco e pouco, sem pressas. Neste momento as prioridades são tornar as festas regulares em vez de esporádicas (idealmente uma por mês), começar a comercializar as várias t-shirts MAD SubCulture que já receberam vários elogios, e também ter ainda mais e melhores conteúdos no blog, com o objectivo de apoiar as artes, criatividade e originalidade dentro e fora do país. MAD SubCulture é um espaço digital aberto a todos, sem quaisquer preconceitos ou julgamentos! Queremos apoiar as artes criativas, e esperamos que no futuro encontrem o vosso trabalho exibido no nosso site.

Se os leirienses inundarem o blog com elogios, poderemos contar com uma festa Mad Subculture em Leiria nos próximos tempos? Claro! Teria todo o gosto. Vou ficar à espera desses elogios então. [risos]

MAD SubCulture é um espaço digital aberto a todos, sem quaisquer preconceitos ou julgamentos!

Page 13: Jornal Quinze - Out 09

Quinze | 13 Outubro . 2009

Foi inaugurada no passado dia 19 de Setembro uma nova loja Ballet Shop em Lisboa. A loja havia aberto duas semanas antes da inauguração oficial, pelo que muitos clientes sabiam já da sua existência e prova disso foi o forte movimento de clientela que se pôde verificar neste dia. Entre o atendimento aos clientes e a azáfama de acompanhar as actividades preparadas para a inauguração, a proprietária Ana Caseiro partilhou algum do seu precioso tempo com o Quinze, mostrando como se comemorava a abertura do seu novo espaço Ballet Shop. Para além da intensa actividade comercial que se fazia sentir, decorriam paralelamente dois outros preparos de boas-vindas para acolher os convidados: de um lado uma mostra de hair- -dressing e maquilhagem, cortesia dos estúdios Serge Louis Alvarez, onde jovens bailarinas recebiam os mimos das experientes cabele ire iras -maqui lhadoras que davam a presenciar os seus dotes profissionais para quem quisesse aprender, anunciando um Workshop que viria a acontecer posteriormente. Do outro lado o ilustre bailarino espanhol Frederico Bosch partilhava a sua experiência e conhecimento de causa com outras jovens bailarinas que por ali passavam à procura do par de sabrinas ideal. Avaliando pelo pé e pelo nível técnico das clientes, Frederico argumentava com convicção a sua escolha justificando-se como um verdadeiro profissional, deixando mais culto

- no que a sabrinas diz respeito - quem o observava. O que é certo é que ninguém saiu da Ballet Shop sem encontrar a sabrina que melhor cuidará do seu pé no exercício do tão exigente ballet. Presente esteve também Valdemir Gibin, o representante da marca "Só Dança" na Europa, referência mundial a nível de material de dança, que acompanhou Frederico Bosch na divulgação da marca. Como boa anfitriã, Ana Caseiro garantiu que a Ballet Shop oferecia aos seus convidados um pequeno banquete, pelo que nada faltou para que este fosse um dia agradável nas instalações da nova Ballet Shop.Ganha-se assim um novo espaço comercial para os amantes do ballet, na Rua do Século, nº 48 A em Lisboa, podendo assim, mesmo fora de Leiria, contar com o ambiente familiar a que a Ballet Shop já acostumou os Leirienses.

O ballet ganhou uma nova shop

Entre os próximos dias 16 e 25 de Outubro tem lugar mais uma edição do Festival de Jazz da Alta Estremadura, uma iniciativa de sucesso da Associação Desenvolvimento e Cooperação Atlântida e dos municípios de Leiria e Marinha Grande. Conta com a participação de artistas conceituados da cena jazzística nacional e internacional.

Mantendo a tradição, o Festival também propõe este ano um workshop, aberto a todos os interessados mas destinado em especial aos jovens músicos, que acontece entre os dias 15 e 18 de Outubro nas instalações do Museu do Vidro da Marinha Grande. É dirigido pelos músicos Zé Eduardo (contrabaixo), Jesus Santandreu (saxofone) e Bruno Pedroso (bateria). A inscrição é de apenas 5 anos.

Paralelamente, de forma a divulgar o jazz decorrerá, nos locais de espectáculo, uma feira do disco.

Consulte as datas no nosso calen-dário cultural.

Festival de Jazz

da Alta Estremadura

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14 | Quinze Outubro . 2009

Desporto

Arlindo Medeiros, massagista do GD Pelariga, salvou a vida a Piaf, futebolista do Ramalhais, após este ter perdido os sentidos depois de uma colisão com o guarda-redes adversário, tendo visto assim reconhecido o seu esforço.

No futebol, a distinção de futebolista do ano foi entregue a Ricardo Silva (62 golos pelo Pedroguense nessa época). Rui Bandeira (Portomosense) foi eleito o melhor treinador, tendo Vítor Marques (Caldas) sido considerado o dirigente do ano. A U. Leiria destacou-se pelo trabalho feito ao nível do futebol juvenil.

No futsal, destacou-se Saúl Borges (Arnal) no dirigismo. Gabi Fernandes (Nadadouro) recebeu o prémio de técnico do ano, tendo Ricardo Loja (Caldas) arrebatado o troféu relativo ao melhor jogador. O Centro Cultural Desportivo e Social Casal Velho (Alcobaça) foi considerado o clube «excelência na formação».

No sector feminino, Teresa Jordão e Liliana Salema (ambas do CR Golpilheira) receberam os galardões para melhor treinadora e jogadora, respectivamente. O Núcleo do Oeste destacou-se na arbitragem. O prémio carreira foi atribuído a João Rocha, tendo o mesmo sido entregue por Júlio Vieira, presidente da AF Leiria.

Os clubes vencedores das diversas competições distritais não foram esquecidos, tal como os jogadores do distrito que já passaram pelas selecções de Portugal, tendo os alunos que terminaram os cursos de técnicos de futebol e futsal com êxito recebido os respectivos diplomas, havendo ainda espaço para saudar os árbitros e observadores promovidos às categorias nacionais. O presidente da AF Leiria destacou o elevado número de jogadores inscritos (cerca de 10000), equipas (aproximadamente 700) e partidas organizadas ao fim-de-semana (cerca de 200), numa altura em que se nota a marginalização do movimento associativo, afirmando que «a Gala veio valorizar o trabalho de todos aqueles que

dão corpo» ao mesmo, tendo ele, segundo Júlio Vieira, «um papel relevante na sociedade».

II Gala do Futebol Distrital de LeiriaRealizou-se no passado dia 18 de Setembro no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a II Gala do Futebol Distrital leiriense, tendo esta como finalidade premiar as pessoas que mais se destacaram ao longo da temporada 2008/2009.

por João Gouveia

As equipas da U. Leiria (juniores e iniciados A) e do Marrazes (iniciados A) estão a superar todas as expectativas neste início da temporada 2009/2010.

Os juniores leirienses, orientados pelo antigo jogador do clube Michael Kimmel, depois de em 2008/2009 somente terem garantido a permanência na 1ª Divisão Nacional do escalão na última ronda, estão actualmente no quinto lugar da Zona Sul, com 14 pontos conquistados, tendo à frente Marítimo (quarto com 16), E. Amadora (terceiro com os mesmos pontos dos madeirenses), Sporting (segundo com 17) e Benfica (líder com 19 pontos) ao final de 7 jornadas, apesar de o Nacional (sexto com 13 pontos) poder ultrapassar a equipa da cidade do Lis caso vença o jogo que tem em atraso frente ao V. Setúbal.

Até ao momento, os unionistas derrotaram em casa o Alverca (7-0), o Odivelas (3-1), tendo empatado ainda com o Belenenses (1-1). Fora de portas, venceram o Atlético (4-2), o Farense (6-0), e empataram com o E. Amadora (3-3), tendo sofrido o primeiro desaire nesta última jornada frente ao Marítimo, na Madeira (2-5). Outro ponto

que merece destaque é a veia goleadora da equipa, com 26 golos marcados até ao momento.

No entanto, o treinador, em entrevista ao site «Academia de Talentos», não entra em ilusões, afirmando que o objectivo passa pela realização de uma época tranquila «O nosso objectivo é garantir a manutenção o mais rápido possível. Também temos de ver que as condições que temos são inferiores às das primeiras oito equipas do campeonato, uma vez que, quando começarem todas as equipas da União de Leiria, vamos ter apenas um campo disponível» sem, no entanto, deixar de elogiar os seus jogadores «A equipa tem trabalhado muito bem nos treinos e o trabalho durante a semana reflecte-se nos jogos», reafirmando a importância de todos os elementos da equipa «Temos um plantel de 23 jogadores e todos eles são importantíssimos. Todos os atletas estão preparados para em qualquer altura serem chamados para a equipa titular. Este é também um grupo muito unido e isso é muito importante», antevendo ainda uma carreira promissora a alguns atletas «existem quatro ou cinco jogadores no plantel que podem ter um bom futuro pela frente», tendo no final

repetido que a meta passa novamente pela permanência «O nosso principal objectivo é mesmo garantir a manutenção o mais rapidamente possível».

Os iniciados A, orientados por Frederico Biel, estão inseridos na Série D, tendo ganho as 5 partidas realizadas até ao momento: triunfos forasteiros com o Portalegrense (2-0), o Marinhense (3-0) e o Marrazes (1-0). Os caseiros foram com o CADE, formação do Entroncamento (3-0) e ainda com o Fátima (4-0). Tal como nos juniores, salienta-se a grande produtividade atacante, com 13 golos apontados, sem esquecer a solidez defensiva: os adversários ainda não conseguiram marcar qualquer golo à equipa leiriense.

O caso do Marrazes ainda é mais surpreendente, devido ao facto do clube ter sido promovido depois de ter vencido o campeonato distrital na temporada transacta. A equipa orientada por Gonçalo Moleirinho e Pedro Felizardo, estando na mesma Série D, venceu os primeiros 4 jogos: fora com o Fátima (5-1) e com a AD Poiares (3-1). As vitórias em casa foram com o Caldas (6-0) e com a Académica (1-0). No

entanto, o primeiro desaire surgiu nesta jornada, em casa, frente à U. Leiria (0-1). Não fugindo à regra, os 15 golos marcados até agora pelos marrazenses mostram também que as equipas de Leiria deste escalão estão com a pontaria bem afinada nestas primeiras jornadas, dando indicações de que poderão ser agradáveis surpresas da edição 2009/2010 desta competição.

Na classificação, a U. Leiria assumiu a liderança isolada com 15 pontos, enquanto o Marrazes, apesar de ter perdido, manteve a segunda posição, beneficiando da derrota da Académica de Santarém no reduto do Marinhense por 1-2. No entanto, a Académica, com a vitória caseira sobre a AD Poiares (5-0), alcançou a equipa marrazense, estando agora os três mais directos perseguidores da formação unionista a partilhar o segundo lugar, somando ambos 12 pontos.

Na próxima jornada, a U. Leiria recebe a Académica, em mais um «derby» da Região Centro que se prevê emocionante, enquanto o Marrazes terá de se deslocar à Figueira da Foz para medir forças com a Naval, actual sexta classificada da Série D, com 9 pontos.

Equipas de Leiria em destaque no futebol jovem por João Gouveia

O AC Sismaria está de regresso com o andebol sénior depois de alguns anos de ausência das competições, tendo adoptado uma parceria com a Farmácia Lis que resultou no novo nome de Farmácia Lis/Sismaria.

A equipa compete na Zona Sul da 2ª Divisão Nacional de andebol e teve uma excelente entrada no campeonato, com vitórias nos 3 primeiros jogos: fora frente ao Almada (28-24), tendo ainda ganho no

pavilhão do Évora por 31-23. Em casa jogou o sempre apetecido «derby» com a Juve Lis, tendo vencido por esclarecedores 27-17.

No entanto, o ataque à liderança falhou quando teve pela frente o primeiro classificado: o Camões (Lisboa). Apesar do muito apoio que teve, com o pavilhão da Gândara cheio, o AC Sismaria não logrou levar a melhor sobre um adversário que beneficiou da sua maior experiência para conquistar a vitória, por 28-25. Na última jornada,

disputada este sábado, a equipa gandarense deslocou-se ao pavilhão do Ginásio do Sul, tendo perdido tangencialmente por 23-24.

Com estes resultados mais recentes, o clube ocupa agora o sexto posto da tabela classificativa, com 11 pontos em 5 jogos, estando a 4 de distância do ainda invicto líder Camões, que venceu em casa os Empregados do Comércio por 27-24. Convém salientar que o sistema de pontuação é diferente do habitual, valendo a vitória 3 pontos, o empate

2 e a derrota 1. Na próxima jornada, a formação de Pedro Violante jogará novamente fora de portas, no reduto do Alto do Moinho, equipa que está actualmente no quarto lugar da classificação desta competição que engloba 10 equipas: Camões, Empregados do Comércio, Alavarium, Farmácia Lis/Sismaria, Juve Lis, Alto do Moinho, Almada, Passos Manuel, Évora e Ginásio do Sul.

Farmácia Lis/Sismaria de volta com o andebol sénior por João Gouveia

Page 15: Jornal Quinze - Out 09

Quinze | 15 Outubro . 2009

Sudoku! Coloque em cada espaço um algarismo de 1 a 9 de forma a que, em cada linha, em cada coluna e em cada quadrado em destaque de 3x3 espaços, estejam todos os algarismos de 1 a 9, sem repetições.

deScubra aS diferençaS!Aparentemente as duas imagens são iguais, mas na realidade têm 5 diferenças. Consegue descobri-las?

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HoróscopoCarneiroCarta do Mês 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, Ilusão.Amor Avalie os prós e os contras de uma relação que se mostra saturada. Não se deixe manipular pelos seus próprios pensamentos!Saúde Relaxe. Deixe as coisas fluírem naturalmente.Dinheiro Possíveis mudanças no sector profissional.Número da Sorte 32Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11

TouroCarta do Mês O Mágico, que significa Habilidade.Amor Uma crise conjugal poderá fazer com que a sua relação seja reforçada. Domine a sua agitação, permaneça sereno e verá que tudo lhe sai bem!Saúde Período marcado pela alegria e boa disposição.Dinheiro Concentre-se nos planos que traçou para este mês. Caso contrário corre o risco de prejudicar o bom desempenho do seu trabalho.Número da Sorte 1Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12

GéMeoSCarta do Mês O Louco, que significa Excentricidade.Amor Se desconfia de algo, fale abertamente sobre as suas dúvidas com a pessoa que tem a seu lado. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida.Saúde Imponha um pouco mais de disciplina alimentar a si próprio.Dinheiro Deve ter mais atenção com a forma como gere as suas economias.Número da Sorte 22Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13

CaranguejoCarta do Mês Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático.Amor Prepare um jantar romântico com a sua cara--metade e desfrute cada momento que estejam juntos. Que o Amor e a Felicidade sejam uma constante na sua vida!Saúde Proteja o seu sistema imunitário através daquilo que come.Dinheiro Iniciará um momento de viragem na sua vida profissional, imponha as suas ideias e faça com que as respeitem.Número da Sorte 78Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14

LeãoCarta do Mês Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.Amor Deixe que a sua cara--metade tenha uma palavra a dar na forma como a vossa relação se tem desenvolvido. Seja menos autoritário. Que a leveza de espírito seja uma constante na sua vida!Saúde Psicologicamente, estará um pouco instável. Não acumule dentro de si tantas preocupações.Dinheiro Trabalhe com determinação e afinco mas de forma que não prejudique o seu bem-estar. Não seja tão obcecado pela perfeição.Número da Sorte 49Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15

VirGeM Carta do Mês 4 de Paus, que significa Ocasião Inesperada, Amizade.Amor A sua cara-metade poderá dar-lhe uma notícia muito agradável. A vida é uma surpresa, divirta-se!Saúde Aproveite o tempo livre e vá dar um passeio ao fim do dia. O contacto com a Natureza fará com que se sinta revigorado.Dinheiro Dedique mais tempo ao descanso e não pense tanto nos problemas profissionais. Lembre-se que amanhã é um novo dia.Número da Sorte 26Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16

BALANçA Carta do Mês O Mundo, que significa Fertilidade.Amor Deixe a timidez de lado para conquistar a pessoa que ama. Fale a verdade, de modo carinhoso.Saúde Está sujeito a pequenos acidentes domésticos.Dinheiro Seja perspicaz e poderá obter bons resultados num negócio rentável.Número da Sorte 21Horóscopo Diário Ligue já!760 30 10 17

eSCorpiãoCarta do Mês A Força, que significa Força, Domínio.Amor Os seus amigos vão dar-lhe toda a atenção de que precisa. Cultive o relacionamento interpessoal e verá que obterá benefícios.Saúde Perigo de fracturas. Atenção a degraus.Dinheiro Uma actividade extra poderá estabilizar as suas finanças.Número da Sorte 11Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18

SagiTárioCarta do Mês 9 de Espadas, que significa Mau Pressentimento, Angústia.Amor É possível que sofra uma desilusão. Convide os seus amigos para sair, espaireça, não fique em casa. Trate-se com amor!Saúde poderá cometer um pequeno excesso de vez em quando. Não se prive sempre das delícias de que mais gosta. Satisfaça a sua gula, desde que seja com conta, peso e medida.Dinheiro Esqueça as tristezas dedicando-se no trabalho. Mãos à obra, tem muito trabalho pela frente.Número da Sorte 59Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19

CapriCórnioCarta do Mês 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.Amor Viva romanticamente e demonstre à pessoa amada que pode acreditar nas suas intenções. Que a alegria de viver esteja sempre na sua vida!Saúde Aproveite ao máximo a vitalidade que sentirá nestes dias.Dinheiro Poderá ser-lhe atribuída uma tarefa de grande responsabilidade.Número da Sorte 52Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20

aquárioCarta do Mês A Roda da Fortuna, que significa que a sua sorte está em movimento.Amor Demonstre ao máximo o seu romantismo, deixe-se conduzir pela intuição. Permita-se a si próprio a visão da alegria e sinta-a diariamente.Saúde Em vez de ter pensamentos negativos, consulte o seu médico e seja mais optimista.Dinheiro Seja astuto e conseguirá aquela promoção que deseja.Número da Sorte 10Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21

peixeSCarta do Mês Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.Amor Evite uma relação amorosa que já não o faça feliz. O seu bem-estar depende da forma como encara os problemas.Saúde Alguns problemas familiares poderão fazer com que se sinta triste. Cuide da sua saúde. Não é uma questão de querer, é um dever.Dinheiro Deverá evitar ter problemas com identidades bancárias.Número da Sorte 61Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22

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Setembro . 2009 Outubro | 16

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