Jornal Repórter Local

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PUBLICIDADE JOANE | p. 070 Feira das Velharias no Largo 3 de Julho, em Abril - Dez milhões de euros para renovar escola secundária VERMIL | p. 10 Pais e Junta criam ATL RONFE I| p. 08M | p Câmara quer Centro Escolar em 2012 REGIÃO | p. 11 Censos 2011 entre o normal e o confuso OLEIROS | p. 09 Autarca faz Parque de Lazer da freguesia OPINIÃO | p. 17 Luís Santos, Miguel Azevedo e Fernando Martins Nº 144 • ANO XIII • MARÇO 2011 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE ANIVERSÁRIO págs. 13 a 15 NOVAS RUBRICAS pág. 11 O que fazer com este Património? nesta edição Casa de Vila Boa RL MAGAZINE pág. 10 ATC liga Lourdes a Santiago de Compostela Junta de Joane propõe serviços da Câmara em loja do Largo 3 de Julho Autarcas e jornalistas falam do Repórter WWW.FACEBOOK.COM/REPORTERLOCAL/ EXCLUSIVO RL pág. 07 ‘Fernando Moniz permitiu todos os atropelos urbanísticos cometidos em Joane’ Nuno Melo defende que o actual momento de crise obriga a repensar o projecto de construção da Cidade Desportiva de Famalicão ENTREVISTA • pág. 03 e 04 Bárbara Rodrigues, premiada em concurso nacional

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Edição de Março

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JOANE | p. 070Feira das Velharias no Largo 3 de Julho, em Abril-Dez milhões de euros para renovar escola secundária

VERMIL | p. 10Pais e Junta criam ATL

RONFE I| p. 08M | pCâmara quer Centro Escolar em 2012

REGIÃO | p. 11

Censos 2011 entre o normal e o confuso

OLEIROS | p. 09Autarca fazParque de Lazer da freguesia

OPINIÃO | p. 17 Luís Santos, Miguel Azevedo e Fernando Martins

Nº 144 • ANO XIII • MARÇO 2011 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

ANIVERSÁRIO • págs. 13 a 15

NOVAS RUBRICAS • pág. 11O que fazer com este Património?nesta edição Casa de Vila Boa

RL MAGAZINE • pág. 10ATC liga Lourdes a Santiago de Compostela

Junta de Joane propõe serviços da Câmara em loja do

Largo 3 de Julho

Autarcas e jornalistas falam do Repórter

www.fACeBOOk.COM/REPORTERLOCAl/

EXCLUSIVO RL • pág. 07

‘Fernando Moniz permitiu todos os

atropelos urbanísticos cometidos em Joane’

Nuno Melo defende que o actual momento de crise obriga a repensar o projecto de construção da Cidade

Desportiva de Famalicão

ENTREVISTA • pág. 03 e 04

Bárbara Rodrigues, premiada em concurso nacional

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 3

viTÓRiA dO Psd | PP EM JOAnE dEPEndE dA uniãO dAs PEssOAs dOs dOis PARTidOs

Poderemos ter a oportunidade de pla-near bem com o que da ex-estamparia vai nascer?Naquele terreno é preciso saber gerir bem as expectativas legítimas de privados e o interesse público. espero que haja pon-deração no que dali nascerá naquele que é, porventura, o coração de Joane. Nota ainda para um ribeiro do qual é ladeado o centro e que merecia melhor tratamento. Temos aqui uma oportunidade.O que o envergonha na vila?Nada. Custa-me é perceber que apesar de todo o dinamismo que congrega, tenha sido alvo de um desordenamento que está à vista, fruto de uma governação ca-marária errada de outros tempos, de be-tão pelo betão, sem critério e sem visão.Conhece Miguel Ribeiro (PSD) e Antó-nio Oliveira (PS)?Conheço, embora não tenha conheci-mento pessoal suficientemente forte para poder avaliar com justiça. O PP tem concorrido no concelho co-ligado com o PSD. O que tem falhado em Joane para o centro-direita não co-lher a confiança dos joanenses?No dia em que em Joane, depois de feitas escolhas, todas as pessoas envolvidas nes-te processo se unirem verdadeiramente e acreditarem na vitória, ela acontecerá. Se, feitas as escolhas, parte das pessoas que se poderiam envolver baixarem os braços, darão maior vantagem ao adversário.Se lhe pedisse para escolher um ilus-

tre joanense da actualidade, quem elegeria e porquê?É muito difícil escolher um único

joanense. Há várias referências, do passado e do presente, depen-dendo das suas áreas de activi-dade. Ocorrem-me vários que com toda a justiça mereciam ser destacados, e por isso, prefiro

não eleger uma única pessoa.

“Fernando Moniz é o principal responsável pelo crescimento desordenado de Joane”

NUNO MelO

eurodeputado do CDS-PP fala da sua terra natal, Joane, e afasta, “pelo menos para já”, candidatura à Câmara de famalicão

Lamenta que Joane não t e n h a , e m t e m p o s , r e u n i d o e s f o r ç o s e v o n t a d e s p o l í t i c a s

que lutassem por uma auto-nomia?J o a n e é u m a v i l a s i n g u l a r p e l a d i m e n s ã o s o c i a l , d i v e r s i d a d e produtiva, uma terra com gente dinâmica. Foi, mesmo vila, forte-mente depreciada por muitos anos de gestão social ista que permitiu o seu cresc imento desordenado que marcará por muitas décadas o seu futuro. Fernando Moniz já foi anunciado como candidato à Câmara, pois é precisamente ele q u e r e s p o n s a b i l i z o p a r t i c u l a r -m e n t e p o r t e r p e r m i t i d o t o d o s o s a t r o p e l o s u r b a n í s t i c o s e m Joane. É o principal responsável pe lo cresc imento desordenado, l icenciando tudo e mais a lguma c o i s a , i n c a p a z d e d e f i n i r z o n a s residenciais, de serviços e zonas industr ia i s . Joane hoje tem fá -bricas no meio de casas e campos no meio das fábricas. Não houve nem critério nem visão. Quanto à autonomia, o país precisa de uma reforma administrativa mas sou absolutamente contra a extinção de freguesias. Sou favorável, isso sim, à fusão de serviços, dando-lhes massa crít ica. Por exemplo, uma Junta deveria servir um nú-mero mínimo de habitantes, mes-mo que i sso impl icasse agregar administrativamente freguesias. F a z q u e s t ã o d e m e n c i o n a r sempre a sua origem joanen-se. Porquê?P o r q u e s o u j o a n e n s e . E h a v e r á pessoas que gostem tanto quan-t o e u d e J o a n e , m a s d e c e r t e z a a b s o l u t a q u e n ã o h á n i n g u é m que goste mais do que eu. Pelas m i n h a s f u n ç õ e s s o u o b r i g a d o a r e p a r t i r o m e u t e m p o e n t r e B r u x e l a s , E s t r a s b u r g o , L i s b o a , Porto, Braga e Joane. Mas só em Joane me sinto verdadeiramente em casa. Posso até dizer-lhe que até hoje, o resultado eleitoral que mais me marcou foi o obtido em Joane aquando da minha eleição para eurodeputado (venceu com 29,19%) .

Concorda com a construção de raiz, na ordem dos 2 milhões de euros, de um novo campo de Barreiros?N ã o c o n h e ç o o p r o j e c t o , l o g o não o posso avaliar. Nos tempos que correm é preciso parar para pensar. Manda o bom senso que, p e l o m e n o s a t é s e p e r c e b e r o q u e v a i a c o n t e c e r a P o r t u g a l , os grandes investimentos sejam b e m p o n d e r a d o s . O t e m p o d a s faci l idades acabou.J o a n e t e m a g o r a o c e n t r o cívico que merecia?

H á q u e s t õ e s d e p o r m e n o r q u e para mim não são irrelevantes. Eu nunca t iraria dali o cruzeiro. Foi o local que c idadãos, há muitos séculos, escolheram para erguer um monumento à nossa escala. O projecto deveria ter sido adaptado ao que já estava implantado. Fa-lamos de um bocado de Joane que já sangrou num passado recente. N o t o p o d a a v e n i d a h á a t o r r e da igreja que, sendo património n o s s o , f o i d e m o l i d a c o m o f o i e com marcas que subsistem. Que terra é esta que para evoluir tem que destruir ou mudar o que antes de nós f izeram e f izeram bem?! O p a s s a d o é l e g a d o e d e v e s e r respeitado. Do ponto de vista estético, todos os projectos são discutíveis. Nem se pode dizer que seja o projecto possível , eu não mexeria no cru-zeiro; do ponto de vista comercial, t e r i a p o n d e r a d o o u t r a s c o i s a s . M a s e u n ã o s o u p r e s i d e n t e d e J u n t a n e m d e C â m a r a , s o u u m munícipe.

Luís Pereira

AUTáRqUICAS

EnTREvisTA

Que terra é esta que para evoluir tem que destruir ou mudar o que antes de nós fizeram e fizeram bem?

DÊ-NOS A SUA SUGESTÃO

Se acha que há pessoas que deveriam ser

entrevistadas pelo RL, envie-nos a sua

sugestão [email protected]

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4 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

“A MinhA vERdAdEiRA CAsA sERá sEMPRE EM JOAnE”Como passa os tempos livres?Nos últimos dois anos, entre estrasburgo, Bruxelas, lisboa, Porto, Guimarães, Joane e Braga. A minha vida tem estado concen-trada na política e cada vez tenho menos tempo para pequenos prazeres, como os carros antigos e a agricultura.A colecção de carros vai em quantos?Não vai em muitos. Compro carros muito velhos que vou restaurando aos bocadi-nhos. No mínimo, demoro dois anos a concluir o restauro. Mas talvez uns 6, 7 carros.É homem de pegar numa enxada?Toda a vida fui! Sou advogado porque, a dado passo, depois de ponderação fami-liar, decidi que não tirava o curso de agro-nomia mas o de direito.Vai trocar Joane por Leitões?Não, nunca. O único investimento que fiz até hoje foi adquirir uma terra em leitões com uma casa que está a ser restaurada. Tenciono ter ali um sítio onde possa re-tirar-me e fazer coisas que gosto. No que de mim depender, a minha verdadeira casa será sempre em Joane.Que ideia tem da CEC Guimarães?Algumas notícias recentes não foram bons exemplos do ponto de vista da gestão pú-blica, desde logo pelos vencimentos que me parecem absurdos. Ter sido necessá-rio ir buscar gente de fora quando temos tanta gente qualificada não me parece correcto nem suficientemente justificado.Casa das Artes ou Vila Flor?Ambas. Vila flor pela recuperação notá-vel de um património que de outra for-ma poderia ser hoje um centro comercial. Casa das Artes pela capacidade de se ter conseguido, em famalicão, criar um cen-tro cultural de referência nacional. Porta Larga ou Café Central?Sem nada contra o Porta larga, escolho o Central porque cresci indo lá, como ainda hoje o faço.Uma coisa que lhe dê prazer fazer mas que, por ser figura pública, não pode fazer, pelo menos com frequência?Não me posso dar ao luxo, por exemplo, de ter um excesso num jantar ou almoço porque facilmente poderia ser explorado num jornal ou no facebook.Quantos amigos tem no FB?Mais de 10.000! Tenho duas contas, a pri-meira atingiu os 5.000, agora tenho outra que também já vai nesse número.

“Projecto da Cidade Desportiva de Famalicão deve ser ponderado”

NUNO MelO

O C D S t e m l u t a d o contra as Parcerias P ú b l i c o - P r i v a d a s ( P P P ) e p e d i d o o

adiamento de grandes obras como o TGV. Em Famalicão, a Cidade Desportiva deve ser adiada?Não reclamo para Famalicão me-nos do que rec lamo para o país . O g r a u d e e n d i v i d a m e n t o é t r e -mendo e todos têm obrigação de o restringir. Projectos municipais que impliquem um grau de endivi-damento considerável devem ser reponderados. Duvido até que haja p o s s i b i l i d a d e d e f i n a n c i a m e n t o na banca.O que falta fazer no concelho?Imenso. Famalicão tem um dina-mismo de tal ordem que faz com que permanentemente haja necessida-des. Como muitos investimentos estruturais foram feitos, em tempo de cr ise a questão soc ia l deverá ser determinante. Assim como o ambiente , o urbanismo, o apoio ao tec ido produt ivo industr ia l e comercial, e à actividade agrícola.Havia uma conta no Facebook u s a n d o o s e u n o m e e a s u a imagem assumindo uma can-d i d a t u r a s u a à p r e s i d ê n c i a da Câmara de Famalicão. Que leitura faz disto?Mesmo não sabendo quem eram o s a u t o r e s d a p á g i n a , p e d i - l h e s q u e p a r a s s e m p o r q u e n ã o f a z i a q u a l q u e r s e n t i d o . N ã o v o u s e r n e m t e n c i o n o s e r , p e l o m e n o s nos próx imos anos , candidato à C â m a r a d e F a m a l i c ã o . N ã o f a z sentido. P a u l o C u n h a d a r i a u m b o m presidente da Câmara? Não me antecipo a anúncios for-mais que devem ser fe i tos pe los partidos. Tenho a melhor opinião de Paulo Cunha, trabalhador, ho-nesto e excelente vereador.E Leonel Rocha? Se há vantagem nesta coligação é que formou muitos e bons quadros. Não cometo a indelicadeza de fazer análises por comparação.Já agora, Sá Machado?Por maior simpatia que as pessoas me possam merecer, não signif ica q u e d a r i a m b o n s c a n d i d a t o s à Câmara.As sondagens dão a vitória ao PSD de Passos Coelho e já se fala de uma coligação com o PP. Não teme que a imagem do partido “muleta” f ique para

sempre ligada ao CDS-PP?As pessoas percebem as diferen-ç a s e n t r e C D S e P S D . P S e P S D são diferentes mas têm polít icas semelhantes. O país colapsaria se a alternativa governativa fosse a extrema esquerda. A solução de-verá passar por escolhas dentro do arco da governabilidade, mas seria agora muito importante o reforço do CDS em votos e mandatos.É possível uma governação a três sem José Sócrates?S ó s e r i a p o s s í v e l s e m S ó c r a t e s e no seu tempo que, entretanto, já foi ultrapassado. Há um ano o presidente do meu partido adian-tou essa hipótese, ainda íamos a t e m p o . A g o r a o c e n á r i o s ó s e r á p o s s í v e l d e d e s e n h a r , c o n t a d o s que estejam os votos. Já se sente na pele de ministro?N ã o , s i n t o - m e n a p e l e d e e u r o -d e p u t a d o n o m a n d a t o p a r a q u e fui eleito.“Portas é o PM que Portugal p r e c i s a ” . E N u n o M e l o é o presidente que o PP necessita?De todo! E tenho a certeza que o novo cargo que haverá no partido, caso cheguemos ao Governo, não foi desenhado para mim.H o j e é m a i s c l a r o p a r a o s a n a l i s t a s q u e a s u c e s s ã o d e

Paulo Portas passará por si…Isso é s impat ia . A especulação que fo i c r iada tem a ver com o n o v o c a r g o d e p r e s i d e n t e e x e -cutivo. E como já disse, o cargo não foi criado a pensar em mim. Quem escolhe o presidente são os mil i tantes. Tenho as minhas ambições bem def in idas e e las n ã o p a s s a m n e m p e l o g o v e r n o nem pela presidência do partido. De Sócrates diz-se que é um “animal político”. Que rótulo lhe cairia bem a si?Não sou dado a rótulos, mas no dia em que for a enterrar nesta nossa terra (Joane), gostaria de ser recordado pelo trabalho, pela honestidade e pelo idealismo.E m B r u x e l a s , q u e i m a g e m r e c o l h e d e P o r t u g a l j u n t o das instituições europeias?É conhecido pelo país que gasta mais do que tem e muito acima daquilo que é a sua capacidade de pagar. Em seis anos de Sócrates a d í v i d a p o r t u g u e s a p a s s o u d e 8 2 m i l m i l h õ e s d e e u r o s p a r a 155 mil milhões. Os mercados ava l iam Portuga l t a l e q u a l u m b a n c o a v a l i a u m c l i e n t e q u e p e d e d i n h e i r o , e o l h a m h o j e p a r a n ó s c o m o u m cl iente de alto risco.

“Não vou ser nem tenciono ser, pelo

menos nos próximos anos, candidato à Câmara de

Famalicão. Não faz sentido”.

Luís Pereira

ENTREVISTA

Nuno Melo defende que “projectos municipais que impliquem grau de endividamento considerável devem ser ponderados”

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 5

Qual é o principal património edif i-cado digno de interesse existente na vi la de Joane? E na Vila de Ronfe? Em Castelões? E nas restantes loca-l idades cobertas pelo Repórter? As questões têm pertinência e justi-f icam uma nova secção deste jornal . O RL começa hoje um conjunto de trabalhos para tentar “radiografar” o património edif icado da nossa região (e espera poder responder a essas questões): casas e solares, igrejas, capelas, marcos mil iários, e outros espalhados por ruas, montes e vales. Será, também - assim o esperamos - uma forma de alertar para o esta-do em que muitos desses elementos patrimonais se encontram. Não é dif íci l dar “de caras” com al-guma dessas casas, desses marcos, em preocupante estado de degrada-ção e até de abandono. Esperamos com este pequeno exem-plo de serviço público e cidadania, e numa altura em que assinalamos 13 anos de actividade, alertar e mobil i-zar as entidades competentes e com uma palavra a dizer no que toca a salvaguarda do património.Vale a pena, a propósito, pegar em declarações de Nuno Melo, joanen-se, eurodeputado do PP, na entre-

vista publicada nesta edição e pro-feridas a propósito da deslocação do cruzeiro do largo 3 de Julho: “Que terra é esta que para evoluir tem que destruir ou mudar o que an-tes de nós f izeram e f izeram bem?! O passado é legado e deve ser res-peitado”.

O presidente da Junta de Oleiros, Joaquim Pereira,é o que se pode chamar um autarca “terra-a-terra”. E daqueles exemplos de autarcas que não se l imitam a lançar obra, eles próprios as fazem! Actualmen-te está empenhado, com outros vo-luntários, em construir o Parque de Lazer que vai nascer na freguesia ainda este Verão. É claro que não é nenhuma obra “de vulto”, daquelas que costumam der-rapar ao nível das contas, mas não deixa de ser um bom exemplo de como numa altura de crise (em que os famosos mercados andam nervo-sos) se pode contribuir para contro-lar as contas.

O país vive dias conturbados. À cri-se que povoa os noticiários junta-se a troca de acusações entre partidos. O presidente da República marcou eleições para o dia 5 de Junho.

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Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( [email protected]) | Redacção Luís Pereira ([email protected]) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Analisa Neto; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; João Monteiro; Luís Santos; Miguel Azevedo; Luciano Silva; Sérgio Cortinhas | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

Património e bons exemplos

JOAQUIM FORTE

PAG. 09 | PRESIDENTE MÃOS-À-OBRAO presidente da Junta é daqueles autarcas que não se limitam a lançar obra, eles próprios as fazem!

ReguiLa

À ESPERA DE UM ARRANJOHá três anos, um acidente com uma ambulância na VIM, em Joane (zona do Vau ao fundo), deixou a protecção no estado que a foto documenta. Os rails ainda lá estão no mesmo estado. Não há uns cobres para arranjar isto, senhores autarcas?

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Page 6: Jornal Repórter Local

6 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O qUE SE DIzA FRASE DO MÊS

“Presidente de Junta de Pevidém foi vítima de ten-tativa de assalto por esti-cão. A autarca comunista Balbina Pimenta não ga-nhou para o susto e o caso levou o deputado do PCP, Agostinho Lopes, a expor a situação e a endereçar um pedido de explicações ao ministro da Adminis-tração Interna”.

Notícia do Diário do Minho. É tão elevada a taxa de assaltos naquela vila que nem a autarca da CDU escapa!

“Jorge Sampaio descontente com orga-nização da Capital Europeia da Cultura 2012. “É preciso transformar o aconte-cimento em algo que os vimaranenses sintam também que é deles”, disse Jorge Sampaio”Público

“Um homem de Famalicão foi detido pela GNR por ocupar ilegalmente uma casa de férias no Gerês, que não era sua”Opinião Pública

“Câmara de Guimarães vai utilizar cabras na limpeza de terrenos”Título, Guimarãesdigital.com

“20 por cento dos jovens portugueses com menos de 30 anos compra carros novos, bastante acima da média euro-peia de 11 por cento”Notícia, jornal Sol

“GNR deteve mais de uma dezena de sus-peitos por tráfico de droga em Guima-rães”Título do jornal O Povo de Guimarães

“Programa de governo do PSD mexe em saúde e pensões”Título do jornal Público

“Benfica proíbe a entrada de adereços por-tistas no Estádio da Luz”Público on-line

A morte no alto de Santa TeclaHomem de Castelões, natural de Airão S. João, foi encontrado morto, em adiantado estado de decomposição

O corpo de Júlio Forte Ferrei-ra, de 45 anos, desaparecido h á 1 4 d i a s , f o i e n c o n t r a d o na mata de monte de Santa T e c l a , e m O l i v e i r a S a n t a Maria. O cadáver do homem, residente em Castelões, foi e n c o n t r a d o p o r u m e x - c o -l e g a d e t r a b a l h o . O c o r p o encontrava-se entre rochas, a c e r c a d e c e m m e t r o s d o local onde foi encontrada a motorizada. A GNR de Riba de Ave esteve no local com i n v e s t i g a d o r e s d a P J , u m médico legista e mais tarde os bombeiros Famalicenses.

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Se TIVeR fOTOGRAfIAS qUe MOSTReM ASPeCTOS qUe Já DeSAPAReCeRAM OU efeITOS DAS AlTeRAÇõeS NA PAISAGeM DA SUA TeRRA , e Se AS qUISeR PARTIlHAR COM OS leITOReS, eNVIe POR MAIl , GeRAl@RePORTeRlOCAl .COM, OU POR CORReIO.

DIAS DE ONTEM

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JOANE, 1992em 1992, v is to do a l to , era este o a s p e c t o d e u m a d a s z o n a s centrais de Joane. A estamparia V. C a r n e i r o e A . R a f a e l , c o m os seus pav i lhões , e ao lado a C a s a d e Te l h a d o , j á “ q u a r t e l -genera l ” da Assoc iação Teatro Construção. A f á b r i c a j á n ã o ex i s t e ( n e s t e l o c a l ) ; f o i a b a i x o co m a p ro -messa de a l i nascer uma urba-nização “em grande” capaz de t ra n s f o r m a r o c e n t ro d a v i l a . D a u r b a n i z a ç ã o s ó e x i s t e u m projecto e da ta l revolução no centro a inda não exis te s inal . Não chegaremos ao ponto de sent i rmos saudades des te ce-nár io , mas só se a intervenção não demorar mais uma dezena de anos . Joane espera .

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 7

A Junta de Freguesia de Joane quer ocu-par a quarta loja do Largo 3 de Julho com um posto avançado de serv iços municipais. A Câmara de Famalicão,

a q u e m c o m p e t e d e l i b e r a r s o b r e o d e s t i n o a dar àque le espaço , já tem conhec imento das intenções e, segundo apurámos, mostrou aber-tura para dar seguimento à proposta. Segundo o vice-presidente da Junta, António Oliveira, a ideia passa por concentrar na lo ja serviços só disponíveis em Famalicão.“Contratos e pagamento de água e saneamento, l icenciamento de obras particulares, certidões

LOCALidAdEs

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Luís Pereira

PáSCOA, SABORES E SABERES A escola Secundária de Joane promove, nos dias 19 e 20 de Abri l , a of ic ina de trabalho “Páscoa , t rês sabores , vár ios saberes” , no âmbito de um pro-jecto de um grupo de a lunos do 12º ano.

e documentação sob alçada da Câmara podem ser tratados em Joane sem necessidade de fazer 11 quilómetros”, refere.O destino a dar à quarta loja tem sido tratado com algum secretismo. Foram avançadas algu-mas hipóteses que geraram debate: café com esplanada e sede de uma associação desportiva foram algumas delas.O RL sabe também que a assinatura da cedência do espaço do Largo 3 de Julho, tão fa lada na campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2009, a inda não es tá concret izada , o que pode vir a ser um trunfo da Junta para pres-s ionar a Câmara a seguir a sua opção quanto ao destino a da à quarta loja do Largo.

Serviços camarários no Largo 3 de Julho

JOANE • PROJeCTOS

JOANE

FEiRA dE vELhARiAs nO diA 25 dE AbRiL, nO LARgO 3 dE JuLhO Real iza-se no próximo dia 25 de Abri l , no largo 3 de Ju lho, a pr imeira feira de Ant iguidades e Velhar ias de Joane. A in ic iat iva é da Junta de freguesia , que pretende, desta forma , começar a di-namizar o centro da v i la que está mais parado desde que a fe i ra semanal foi t ransfer ida .“Será a pr imeira de outras fe i ras a rea-l izar sempre nos fer iados c iv is ao longo do ano. queremos trazer a Joane expo-s i tores de numismática , se los , ve lhar ias e ant iguidades” , expl ica , ao Rl , António Ol iveira , v ice-pres idente da Junta .De forma a revi ta l izar o comércio local , António Ol iveira assegura estarem ainda previstas outras in ic iat ivas promovidas por associações . “queremos dar v ida e movimento ao centro e por i sso estamos a estudar a forma de apoiar outras in i-c iat ivas que possam vir a ser cr iadas pe-los comerciantes do largo 3 de Ju lho de modo a trazer pessoas ao centro. Haja vontade, ideias e cá estaremos para as estudar e apoiar” , garante o v ice-pres i-dente da autarquia .

Page 8: Jornal Repórter Local

8 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

BREVE

LOCALIDADES

No próximo ano, a Escola Secun-dária Padre Benjamim Salgado, de Joane, vai entrar em obras, numa intervenção de fundo que ultrapas-sa os 10 milhões de euros. Segundo a c a l e n d a r i z a ç ã o p r e v i s t a p e l a Parque Escolar (entidade de direito público de natureza empresarial que tem como principal função a requalificação e modernização de 370 secundárias do país até 2015),

o lançamento do concurso público para o projecto será entre Junho e Dezembro, seguindo-se, em 2012, a execução da obra.Das 303 escolas já seleccionadas, 90 (entre as quais a secundária de Joane) só este ano foram conhecidas; 75 já estão concluídas, 68 estão com as obras a decorrer e 24 encontram-se na fase de adjudicação. Recorde-se que na edição de Agosto, a propósito do regresso às aulas, Alfredo Mendes, director da escola, já falava

desta necessidade. “Uma escola que tem 26 anos está desadequada ao nível das infra-estruturas, às necessidades educativas actuais. Queremos tirar proveito da iniciativa do governo de requalificação do parque escolar”, disse então este responsável.Contactado pelo RL, Alfredo Mendes salientou a importância do investimen-to - “uma grande notícia para a escola e para Joane” -, ficando agora a aguardar “que tudo decorra dentro dos prazos que estão estipulados”.

Dez milhões para a secundáriaescola joanense abrangida pelo programa de modernização do Parque escolar

Luís Pereira

JOANE • eDUCAÇãO

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JOANE: CONVÍVIO Só PARA hOMENS DE 1961Convív io para todos os homens de Joane nascidos em 1961. O programa inclui passeio com dest ino à Mealhada , v is i ta às águas do luso e Palácio do Buçaco. Inscr ições : fernando Si lva e fernando Abreu.

CEnTRO EsCOLAR: COnCuRsO PúbLiCO ATé FinAL dE AgOsTO

RONfe

A Câmara Municipal de Guima-rães vai abr ir, até f inal do mês de Agosto, concurso públ ico para a empreitada de construção do Centro escolar de Ronfe .O projecto (na imagem) já foi aprovado pelo município , que reuniu, recentemente, com a Jun-ta de freguesia de Ronfe para dar conta das suas intenções quanto à obra .Segundo apurou o Rl , a Câmara Municipal v imaranense pretende ter a obra concluída até ao f inal do ano de 2012.Recorde-se que o Centro escolar de Ronfe será insta lado num ter-reno junto à escola eB 2/3 Abel Salazar.

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 9

Março

Um dos ta lentos de Bárbara Rodrigues é a poesia . está- lhe na a lma . e no sangue. esta a luna do 12.º C da escola Secundária Padre Benja-mim Salgado, de Joane, obteve o terceiro prémio do concurso “faça lá um poema” , lançado no âmbito do Plano Nacional de lei tura .O JOGO É o nome do poema que conquistou o júr i e que valeu a Bárbara o terceiro prémio, no escalão do ens ino secundár io . Um desaf io nada fáci l , já que estavam “em jogo” poemas de centenas de estudantes de todo o país . O concurso resul ta de uma inic iat iva conjunta do Plano Nacional de lei tura e do Centro Cultural de Be-lém. A entrega dos prémios decorreu no passado dia 20 de Março, no CCB, em l i sboa , numa cer imónia apresentada por Margar ida Pinto Correia . este evento integrou o programa comemorat ivo do Dia Mundial da Poesia .B Á R BA R A fo i se lecc ionada para representar a esco la de Joane , no seu escalão, por ter vencido o concurso l i terár io daquele esta-belec imento de ens ino. O projecto tem levado à part ic ipação de dezenas de a lunos e até ex-alunos da escola . (No próximo número, o talento de Sandra Ferreira)

BÁRBARA RODRIGuES

VISITAS DE ESTUDO: LONDRES E BATALhANo âmbito dos Cursos EFA da secundária de Joane, os formandos dos Cursos de nível secundário, Técnico de Cozinha e Pastelaria, e nível Básico 3, Cozinheiros, visitaram a feira TecniPão, na Expo-Salão Batalha. Entretanto, um grupo de formandos visitou Londres, de 19 a 21 de Março, no âmbito da área de formação da Língua Inglesa.

UM PRÉMIO DO PLANO NACIONAL DE LEITURAALUNA DO 12º ANO DA SECUNDáRIA DE JOANE ALCANçOU TERCEIRO LUGAR DO CONCURSO “FAçA Lá UM POEMA”

Joaquim Pereira é daqueles exemplos de autarcas que não se l imitam a lançar obra, eles próprios as fazem! Actualmente está empenhado, com outros voluntár ios , em construir o Parque de Lazer que va i nascer na freguesia ainda este Verão.Presidente da Junta de Oleiros há cerca de uma década, Joaquim Pereira está concentrado agora na construção do Parque de Lazer que idealizou para a localidade. Vai nascer junto ao rio Pele, num terreno com 900 metros , adquir ido por 10 mi l euros . Depois de re lvado, o loca l va i ter mesas e bancos debaixo de boas f rescas , aproveitando o curso de água que, também ele, será alvo de l impeza. A Junta prevê gastar cerca de 16 mi l euros no parque e conta já com o compromisso de apoio da Câmara de Guimarães.“A ideia já existe há algum tempo mas só agora foi possível comprar o terreno. Vai ser uma coisa s imples porque o terreno é , para já , pequeno. Numa fase seguinte queremos alargar, para cima ou para a outra margem do rio, com a aquisição de mais terreno”, explica o autarca.A reportagem do RL encontrou Joaquim Pereira, juntamente com o tesoureiro da autarquia e um outro voluntário, a construir os muros de l imitação do terreno. De mangas arregaçadas e de enxada na mão. “Não pedi nenhum orçamento para fazer os muros. Comprámos a pedra e a mão-de-obra é dada por mim e pelo tesoureiro. Como temos um bocado de tempo e gostamos de trabalhar, entretemo-nos aqui um bocado”, conta o autarca.E s t a n ã o é a p r i m e i r a o b r a d a f r e g u e s i a q u e s u r g e d a s m ã o s d o autarca. Em tempos reconstruiu a fonte ve lha, junto da igreja , e mais recentemente, requalif icou a zona junto ao campo de futebol em terra batida. L.Pereira

Presidente mãos-à-obraPresidente da Junta de Oleiros e voluntários estão a construír o Parque de lazer da freguesia

ASSEMBLEIA GERAL SeSSãO eXTRAORDINáRIA DA CASA DO POVO De RONfe

Nos termos da lei e dos estatutos, convoco a Assembleia Geral para reunir, em Sessão extraordinária, no próximo dia 17 de Abril de 2011, pelas 10H00, na sede da casa do

Povo de Ronfe, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS PONTO ÚNICO – Deliberação sobre a cedência do direito de superfície sobre o

edifício de cave e andar, actualmente a funcionar como sede da Casa do Povo de Ronfe, sito na Rua de S. Tiago, inscrito na matriz urbana de Ronfe com o artigo n.º 313

e descrito na conservatória do registo predial de Guimarães com o artigo n.º 1413 – Ronfe, a favor da Junta de freguesia de Ronfe, a constituir pelo período de 50 anos.

Ronfe, 28 de Março de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral | Arsélio Ribeiro

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10 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

VeRMIl

E n t r e 9 e 1 9 d e J u n h o , 4 0 pessoas vão percorrer, a pé, a primeira de três fases do caminho de Santiago entre Lurdes (França) e Compos-tela (Espanha), num total de mil quilómetros. Este ano, a partida é dada em Lurdes, e a meta será a cidade espanhola de Pamplona.A A T C d e c i d i u t o r n a r o s “Caminhos de Santiago” num projecto para dois anos. Na apresentação da Caminhada, em conferência de imprensa no dia 28, esteve também Leonel Rocha, vereador da Câmara de Famalicão, que apoia logisticamente a iniciativa.“É um projecto pertinente que reúne vertentes culturais, desportivas e espirituais. Serve para muitos como uma revisão de vida”, referiu o vereador.Cada inscrição custa 550 euros, com tudo in-cluído. Custódio Oliveira admite que “é cara”

mas que mesmo assim “a ATC terá de fazer uma boa gestão das inscrições para a iniciativa não dar prejuízo”.Até porque a ATC fechou 2010 com um prejuízo de 3 2 m i l e u r o s , m u i t o p o r c a u s a d o s 2 7 m i l e u r o s g a s t o s e m i n t e r v e n ç õ e s inicialmente não previstas na requalif icação da Casa de Telhado.

“O valor é elevado, estamos a reunir esforços para inverter. Mas as obras eram necessárias. O défice é nas despesas extraordinárias, não nas correntes, que estão equilibradas”, referiu. Em jeito de balanço, Custódio Oliveira salien-tou que no ano que passou a ATC reforçou o apoio social que presta, tendo distribuído 39 358 unidades al imentares que benefic iaram 1 3 3 f a m í l i a s , e s a l i e n t o u a c e r t i f i c a ç ã o d e qualidade e a aposta na Academia de Basque-tebol, “o projecto mais bonito que temos”.

A Associação de Pais da escola do pr imei-ro c ic lo de Vermi l cr iou , em Março , o seu p r ó p r i o s e r v i ç o d e a c t i v i d a d e s d e t e m p o s l ivres (ATL) . Desta forma, as cr ianças em vez de saírem do edif íc io às 17h30, no f im das aulas, permanecem até às 19h00. Sem recursos financeiros, a associação pediu a c o l a b o r a ç ã o d a J u n t a , q u e p a g a a d u a s monitoras . Ao serv iço ader iram os encar-regados de educação de 25 das 41 crianças, que pagam cinco euros por mês (o transporte para casa é pago à parte). “Uma das exigências dos pais é que o ATL sirva para as crianças fazerem os trabalhos de casa. Os pais têm cada vez menos tempo l ivre e é muito complicado acompanhar os f i lhos nos trabalhos de casa. Assim, f icam descansados” , re fere José Peixoto , da As -sociação de Pais.“ O d e b a t e e m t o r n o d o e n c e r r a m e n t o d a escola só se decide caso não esteja garantida a qualidade e condições de ensino, e nunca p o r f a l t a d e a l u n o s . E o n o s s o a r g u m e n t o pr imordia l é garant ir essa qual idade que , por efeito, cativará os pais” , refere Marçal Mendes, secretário da Junta de Freguesia.

Pais e Junta criam ATL

EDNA CARDOSO, 1950 | 2011Edna Cardoso, ex-vereadora na Câmara Municipal de Famalicão no primeiro mandato de Armindo Costa, sindicalista, jornalista, morreu no dia 27 de Março. Tinha 61 anos.

PROCISSÃO DOS PASSOS EM JOANECumpriu-se a tradição. A procissão do Senhor dos Santos Passos desenrolou-se entre a capela de Celorico e a igreja, numa iniciativa coordena-da pela Fraternidade Nuno álvares, com ajuda dos escuteiros e Guias. A imagem volta à Capela de Celorico no domingo de ramos.

Ao contrário de edições anteriores, este ano os Caminhos de Santiago c o m e ç a m e m L u r d e s , França, e dividem-se em três fases distribuídas ao longo de dois anos.

Junta de freguesia prevê gastar 2800 euros no projecto. Das 41 crianças, 25 frequentam o ATl

ATC a Caminho de Santiago

Luís Pereira

Primeira de três fases da Caminhada decorre entre 9 e 19 de Junho

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 11

JUDOCA DE RONFE EM QUARTO NA ANADIAA secção de Judo da Casa do Povo de Ronfe participou em Sangalhos - Anadia, nos campeonatos nacionais Seniores e de Cadetes, com Rui Rodrigues, Carlos Dias, Ricardo Rodrigues e Paulo Lopes. Em Cadetes, Paulo Lopes ficou em 4.º lugar, apurando-se para o Campeonato da Europa (Abril em Coimbra).

O QuE FAZER COM EsTE PATRiMÓniOCASA DE VILA BOA, JOANEImóvel com origem no século XVI

O Re p ó r t e r L o c a l i n i c i a n e s t a e d i ç ã o u m co n j u n t o d e t ra-balhos sobre o património existente nas nossas freguesias. Pretende-se, mais do que um trabalho de cunho académico, dar a conhecer imóveis ou outros elementos patrimonais de relevo e, acima de tudo, alertar para o estado de degradação e abandono em que se encontram muitos deles.Vários lei tores do RL chamaram a atenção para a importância d a C a s a d e V i l a B o a , s i t u a d a n o l u g a r co m o m e s m o n o m e , na Vi la de Joane. E la vem referenciada em diversos l ivros e s í t ios na Internet dedicados ao Patr imónio. No caso de Joane, será dos poucos “ves t íg ios” de um cer to “Centro his tór ico” e dos poucos elementos patr imonais que importa preservar (destruída que foi a Igreja Velha) .No últ imo numero, o RL já fez referência a esta casa , na sec-ção ReguiLa , e o tema foi um dos mais comentados na nossa página do Facebook. Vários lei tores lamentaram o estado de degradação da casa e do casario em volta , no mesmo lugar. Segundo se lê no s í t io da Câmara de Famalicão na Internet , “a casa foi adquirida em 1682 pelos trisavós de Francisco Jerónimo de Vasconcelos e Castro , adminis trador do concelho à data da sua fundação em 1835. É uma casa em L do t ipo solarenga característ ica da região do Minho, com capela e escadaria de entrada de um só lanço, de est i lo barroco” .

A resposta aos quest ionár ios pela Internet decorre até 10 de Abri l . De acordo co m o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e e s t a t í s t i c a ( I N e ) , “ s e , p o r a c a s o , a l g u é m n ã o t i ve r receb ido os ques t ionár ios em sua casa , jun tamente com o enve lope com os códigos de acesso à Internet , deve dir ig i r-se à sua junta de f reguesia ou contactar a l inha de apoio (800 22 20 11)” . O preenchimento dos Censos reveste-se de carácter obrigatório. A recusa ou o fornecimento de informações inexactas , insuf ic ientes ou suscept íveis de induzir em erro são puníveis com coimas de 250 a 3740,98 euros .

sensibilidade e bom Censo(s)

ReGIãO

O Censos 2011 (XV Recenseamento Geral da População e o V Recense-amento Geral da Habitação) está a decorrer dentro da normalidade na nossa região. “Não tem havido problemas de maior. Nos primeiros d i a s h o u v e a l g u m a d i f i c u l d a d e no acesso à Internet, mas depois normalizou. Até agora já f izemos mais de 50 por cento dos inqué-ritos”, disse ao RL o coordenador do Censos em Airão Santa Maria.O que corre mal , adianta, “é que nalgumas freguesias foram recru-tados recenseadores sem grande disponibil idade e agora têm gran-d e s d i f i c u l d a d e s d e r e s p o s t a ” , adianta Carvalho. Em Ronfe, António Sousa, coorde-nador dos Censos 2011, mostra-se preocupado com os problemas no preenchimento online. “As pessoas sentem-se defraudadas porque vão à Junta para fazer o recenseamen-

to onl ine e f i cam muito tempo à espera”, refere.Desde 21 de Março que o recen-seamento pode ser efectuado pela I n t e r n e t o u e m p a p e l . A p a r t i r de 10 e até 24 de Abri l apenas se aceitam formulários em papel.Face aos problemas informáticos, em Ronfe, quem se deslocar à sede da Junta para preencher onl ine , acaba grande parte das vezes por ter de o fazer em papel, diz Sousa.“A esmagadora maioria das pessoas chega à Junta com os impressos por preencher, obrigando a redobrados trabalhos que, face às limitações de pessoal, torna o processo moroso”, avança aquele coordenador.T e r m i n a d o o p r a z o d e e n t r e g a online, os responsáveis têm acesso a q u e m n ã o r e s p o n d e u e m c a d a loca l idade, des locando-se nova-mente a essas residências para o levantamento.

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12 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

Sentada há já uns bons minutos em cima dos joelhos no chão da sala, num tapete de bambu, eu conseguia sentir as pernas a f icar dormentes. Aquela era uma casa t ipicamente japonesa, onde não existiam camas nem móveis altos – nem sequer grandes luxos, num país onde a tecnologia de ponta era uma das suas grandes bandeiras. “Para uma ce-rimónia de chá”, disse-me o meu pai de acolhimento, no seu inglês enferruja-do, “é preciso paciência”. Torci o na-riz. Paciência nunca t inha sido uma das minhas virtudes. Nem minha, nem da população latina em geral , sempre tão apaixonada, explosiva e repentina. Mas estar no Japão, a viver com uma família japonesa, era o mesmo que estar num universo paralelo. As convenções com as quais cresci e aprendi a viver não se aplicavam lá.Por isso mantive-me assim, o peso do corpo sobre os joelhos, enquanto me questionava porque deveria uma ceri-mónia de chá ser dolorosa. Enquanto isso, o meu pai de acolhimento expli-cava-me todos os passos. “Quando ser-ves o chá, tens de ser delicada e suave. Ombros relaxados, olhar sereno. Tens de esperar que o teu convidado se le-vante para te levantares também, ou se-ria má-educação. Quando dói, temos de ignorar a dor”, disse-me.Quando aproximei a t igela dos lábios e as minhas papilas gustativas se aperce-beram do sabor do chá verde e pastoso, não consegui evitar uma careta. O meu pai de acolhimento soltou uma garga-lhada, visivelmente divertido pela visão de uma estrangeira sem o auto-controle tão caracterist icamente nipónico. Per-guntei- lhe, ainda a braços com a tosse, porque t inha o chá de cerimónia de ser

tão amargo. “O sabor pode não ser bom, mas se o fazes em honra de um convi-dado, para o fazeres sentir bem-vindo, tens de fazer o sacrif ício”. A minha mãe de acolhimento, uma se-nhora pequena e frágil que não falava mais do que umas palavras básicas de inglês, questionou o marido sobre a mi-nha reacção. A resposta que ele lhe deu, eu obviamente não entendi – o meu ja-ponês era tão rudimentar como o inglês dela. Mas quando se voltou para mim, com um sorriso compreensivo e doce, disse apenas algumas palavras – as su-ficientes para eu perceber a essência da cultura japonesa. “Primeiro, inverno. Depois, verão. Primeiro, estudo, depois resultados. Primeiro, sacrif ício, de-pois recompensa. Primeiro mau, depois bom”. Enquanto ainda absorvia as suas pala-vras, ela atirou-me uma outra. “Gam-bare!”, disse. Aquela, eu conhecia. Não há tradução f iel para tal expressão, mas será algo como “esforça-te, puxa-te até ao teu l imite”. Quando a cerimónia acabou, a minha mãe nipónica levou-me até à estação de comboio. No caminho, feito a pé, pas-sava por um parque. Espaços verdes no Japão são como um oásis no deserto, e por isso são adorados. A conversa, ape-sar de dif íci l devido às complicações l inguísticas, não parou de surgir. Não me recordo bem como, mas ela ensi-nou-me a história do parque, contou-me histórias da sua vida, e eu ria com ela e deixava-me envolver na conversa, que não era feita nem em japonês, nem em inglês, mas sim num misto das duas coisas – com mais alguns ingredientes à mistura. “Comunicamos com o cora-ção”, dir-me-ia ela, uns dias mais tarde. “Sakuras”, disse ela, apontando para as árvores. Eram cerejeiras. O símbolo do Japão. “Primavera. Flor. Renascer”. Eu sabia, antes de pisar solo nipónico, da importância das cerejeiras em flor para os japoneses. As ruas pintavam-se de cor-de-rosa a partir de Março, num cenário oriental de cortar a respiração. “E se chover muito em Março e a f lor cair antes de terem tempo de apreciar a sua beleza?”, questionei-a, com recurso a mímica, desenhos num bloco de notas e algum japonês básico. Ela encolheu os ombros e, com uma simplicidade avas-saladora que só agora compreendo, dis-se: “Renascerá”.

“ S a k u r a s ” , d i s s e e l a , apontando para as árvores. Eram cerejeiras. O símbolo do Japão. “Primavera. Flor. Renascer”. Eu sabia, antes de pisar solo nipónico, da importância das cerejeiras em flor para os japoneses.

CeReJeIRA eM flOR

O peditório da paróquia de Joane para restaurar o Salão Paroquial foi um dos temas mais comentados no Facebook do RL. Aqui ficam alguns dos muitos contributos.

Edna Carvalho Só se for 1€ a cada habitante do planeta. O salão está completamente degradado desde o meu tempo de escola primária! Nem sei como isso ainda é possível! Miguel Miranda Ainda hoje serve várias instituições, como o CNe e a catequese frequentada por centenas de crianças, o que é preocupante pelo adiantado estado de degradação.César Rodrigues Colocar à venda, permutar, o que quiserem, mas é lamentável chegar a este ponto.Fátima Fonseca Machado Por estas e por outras é que o meu filho não vai à catequese quando está mau tempo e quando está bom tempo, vai mas deixa-me sempre com o coração nas mãos!Maria das Dores Oliveira existe um projecto para o salão paroquial desde o ano 2000. Só que ficou na gaveta. Há outros interesses, nomeadamente interesses pessoais de determinadas pessoas. A quem de direito, investiguem para bem das crianças.Luis Filipe Magalhães Antes de renovarem o salão estudem o que será melhor para Joane: um restauro total ou a demolição e construção de uma infraestrutura moderna e mais funcional (os custos não devem ser muito diferentes). Mais importante que isso: como rentabilizar o investimento no futuro. quanto ao peditório, acho que seria desnecessário se não se tivesse gasto tanto dinheiro mal gasto.

FÓRUM RL facebookO novo recinto da feira semanal de Joane tem servido para a realização da feira (ao sábado) e para uma ou outra actividade (como o salão automóvel). De que forma poderia Joane dinamizar melhor este espaço? Aceitam-se ideias para o debate.

Luís Miguel Duarte Porque não negociar a realização de feiras de emprego, de artesanato e gastronomia (em vez de as realizar no Parque da Ribeira)? Porque não juntar todas as festas religiosas de Joane, e fazer uma só, grande e que chame gente de todo o lado, com muitos atractivos e que envolva toda a zona da actual feira e a zona circundante? Há freguesias como Pousada e Ronfe com menos potencial e mais pequenas que Joane com festas muito maiores e muito mais famosas.

Adelaide Machado e porque não (neste tempo de crise) disponibilizar o local para as pessoas venderem os vegetais que cultivam nos seus quintais e também os seus animais (galinhas, coelhos, etc) mas exclusivamente produtos directamente dos produtores, não revendas. Seria um incentivo à pequena produção e uma ajuda às familias que doutra forma não têm como escoar os seus produtos. álém de que animava o local e os consumidores teriam produtos mais saudáveis à disposição.

SIGA-NOS!

PREçOS DE COMBUSTÍVEIS: ERRATANa peça da última edição sobre os preços dos combustíveis, alguns preços não estavam correctos, nomeadamente os do Jumbo de Silvares e da Cepsa de Joane. Tal aconteceu porque o RL foi induzido em erro por um site que fornece os preços de todos os postos de abastecimento de combustíveis do país. Aos lesados e aos leitores o RL apresenta desculpas.

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 13

Desde 1998

O Repórter Local é hoje um jornal reconhecido na região - e referi-mo-nos ao grupo de freguesias dos concelhos de Famalicão e de Gui-marães . Vários autarcas sol ic i ta-dos pelo RL sal ientam isso mesmo nesta edição, a par de outras ca-racteríst icas que tornam este jor-nal num meio fundamental para as nossas local idades.O últ imo número do RL é a prova desse reconhecimento e de como um “ jornal pequeno” consegue chegar longe. A notíc ia sobre o projecto da Casa Mortuária de Joane saiu em pri-meiro lugar neste jornal e foi , pos-teriormente, tratada pelos jornais de Famalicão. A “Carta Aberta” do Comendador Aparecido, dir igida ao presidente

da Câmara Municipal de Guima-rães , a lertando para eventuais pe-rigos (além da ferida na paisagem) da exploração de pedreiras em Ai-rão S . João, motivou a deslocação àquela freguesia de uma patrulha da Pol íc ia Municipal de Guima-rães . Para averiguar.Por últ imo, o Governo Civi l de Braga , através do Conselho Coor-denador de Segurança Rodoviária Distr i tal , respondeu à direcção do RL por causa de um art igo de Opi-nião sobre a Via Inter-Municipal . São alguns exemplos do reconhe-cimento de que goza este “peque-no jornal” que agora completa 13 anos. Os parabéns são, em primeiro lu-gar, para os lei tores - os de sempre - e para os anunciantes .

EsPECiAL

Parabéns ao Repórter local , pela c lareza da informação que leva até aos le i tores . I sso mostra o comprometimento do Jornal que é um ópt imo veículo de comuni-cação e surpreende pela qual ida-de que melhora a cada edição.

“O Rl só pode estar de parabéns por se t ratar de um órgão de comunicação socia l p lural , da nossa terra que dá uma dimensão informativa a factos que de outra forma nem sequer ser iam co-nhecidos . É um patr imónio de Joane e da região. longevidade, é o que desejo ao Rl” .

nunO MELOPReSIDeNTe DA ASS. MUNICIPAl De VNf

FRAnCisCO sáPReSIDeNTe DA JUNTA De CASTelõeS

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14 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

IMPRENSA LOCAL: E O FUTURO?

Caiu a árvore que não foi notícia?

quando se estuda comunicação é normal ouvir-se repet i r o conceito : o que não é comunicado não exis te . O exemplo c láss ico é da árvore que terá caído no meio do bosque. Alguém pode dizer que a árvore caiu , se ninguém tem conhecimento, se ninguém viu , se ninguém divulgou o facto?que força e importância têm factos , pessoas , re-al izações , organizações , comunidades e c idades que não são objecto de not íc ia? O di tado popular diz-nos : o que não é v is to não é lembrado.Sabemos, como expl ica Paul watz lawick da escola de Palo Al to , que em sociedade é imposs ível não comunicar, porque palavra ou s i lêncio , presen-ça ou ausência têm sempre valor de mensagem. Contudo, comunicar de forma proact iva através do s is tema mediát ico determina os temas que a opinião públ ica debate , inf luencia as opções dos decisores pol í t icos , económicos e socia is e mos-tra o grau sociocultural de uma comunidade. O Rl ao longo de 13 anos marcou a agenda das comunidades s i tuadas no coração do Vale do Ave. Naturalmente, umas vezes de uma forma mais in-tensa , outras passando despercebido. Serviu para not ic iar, informar e af i rmar pessoas , inst i tu ições , empresas , acontecimentos que de outro modo corr iam o r isco de ser esquecidos . É prova do grau de desenvolv imento sociocultural da comu-nidade, ao mesmo tempo que contr ibuiu para o seu crescimento. Inf luenciou directa ou indirec-tamente as opções de decisores pol í t icos , econó-micos e socia is a favor da comunidade onde está inser ido. Pode aqui e a lém ter cometido um ou outro erro. Mas só não erra quem nada faz .É por estas razões que estão de parabéns os que sonharam, projectaram, f izeram e fazem o Repórter local .

A época que v ivemos é part icularmente exi-gente para os jornais , especia lmente para os locais . As redes socia is e a fac i l idade de acesso à informação parecem tornar cada vez mais dispensáveis os órgãos de comu-nicação socia l e os jornal is tas . Mas as tecnologias da informação e comu-nicação são também a maior oportunidade para os jornais locais e regionais , que de-vem ser capazes de entender que com essas ferramentas podem reforçar aquela a sua pr incipal mais-val ia : a capacidade de en-tenderem os anseios de populações a que habitualmente os grandes meios de comu-nicação dão muito pouca atenção.Não há como os jornais locais para ouvir os anseios das populações e a lertar quem tem esse poder para mudar o que está er-rado. Porque estão mais próximos, ouvem mais cedo e conhecem melhor os proble-mas e as poss íveis soluções para aqui lo que cada um enfrenta . e porque estão em po-s ição pr iv i legiada para dar a conhecer os bons exemplos que podem motivar-nos co-lect ivamente em momentos de di f iculdade como este .

Aos 13 anos , o Rl soube conquistar a sua “matur idade” , assumindo-se como órgão de referência no concelho e na região, l iderando temas, pondo “o dedo na fer i-da” , promovendo a discussão e o debate de ideias sobre os assuntos com impacto sobre a comunidade que serve. e tudo is to é o que deve ser um órgão de informação, porque a responsabi l idade jornal ís t ica vai bem para a lém da s imples tarefa de re latar factos .Sobretudo nos tempos conturbados que v ivemos, importa cr iar uma sociedade c iv i l com espír i to cr í t ico, atenta e interessada . e i sso só se consegue com uma imprensa l ivre e responsável , consciente da sua im-portância na informação, e sobretudo na formação. Nesse patamar o Rl sabe estar à a l tura do desaf io de informar. Parabéns , e que o futuro seja construído sobre a sol i-dez da sua “matur idade” enquanto projec-to jornal ís t ico.

CUSTóDIO OLIVEIRAConsultor de Comunicação

RL 13 ANOS

Que importância tem a imprensa local no desenvolvimento das comunidades em que está inserida, e de que forma pode vencer as dificuldades que enfrenta?

O Rl tem fe i to um serviço meri tór io em prol da divulgação das act iv idades desenvolv idas por todos e para todos , na nossa região. Desejo que este t rabalho, do qual são pioneiros no nosso meio, perdure no tempo, u l t rapassando di f iculdades e que cont inue a est imular o sent ido cr í t ico das nossas gentes , de forma a inf luenciar posi t ivamente o desenvolv imento destas f reguesias .

RICARDO FERNANDESDIReCTOR DO JORNAl O POVO De GUIMARãeS

JOÃO FERNANDESDIReCTOR DO JORNAl OPINIãO PÚBlICA

Aproveitamos esta oportunidade para fe-l ic i tar o Rl pelo seu 13º aniversár io e pelo importante contr ibuto que tem dado à re-gião onde está inser ido e em part icular à Vi la de Joane. Nesta conjuntura económica di f íc i l , hoje mais do que nunca é um de-saf io permanente manter um jornal local

e mais di f íc i l se torna quando os projectos são encarados de uma forma sér ia e prof is-s ional . espero que nesta árdua caminhada o Rl se mantenha por muitos anos como nosso concorrente .

SANDRA GONçALVESDIReCTORA DO JORNAl O POVO fAMAlICeNSe

AnTÓniO CARvALhOPReSIDeNTe DA JUNTA De AIRãO STª MARIA

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 15

RefeRÊNCIA

PROXIMIDADe

PROJeCÇãO

“O Rl acompanhou-me ao longo dos nove anos em que exerço o cargo de pres idente de Junta , sou uma das testemunhas do trabalho desenvolv ido por este jornal . Como todos os projec-tos , teve a l tos e baixos , fo i amadurecendo e hoje é um jornal de referência na nossa região. Há quem diga que o 13 é um número de azar, neste caso penso que é de sorte porque revela um passado de trabalho e de implementação junto dos seus le i tores” .

“A Junta de freguesia de Vermil fe l ic i ta o Rl e reconhece o tra-balho desenvolv ido ao longo de 13 anos . A sua acção const i tui um meio de veiculação de informação e consagra um trabalho de proximidade que contr ibui para a coesão das comunidades locais que abrange. Apesar das di f iculdades e constrangimen-tos vár ios , a sua di fusão deverá sempre pautar-se pela defesa do interesse públ ico e da ordem democrát ica” .

“Orgulho-me de ter fe i to parte da equipa que assegurou os pr imeiros anos de v ida do Rl . Graças a este jornal , f reguesias como Airão S . João passaram a ter outra projecção e até um meio de defesa . O Rl marcou - e cont inua cada vez mais a mar-car - as comunidades locais que serve, com a sua informação, opiniões e debates . Passa também por cada um de nós - le i to-res - contr ibuir para que o projecto pross iga” .

DANIEL RODRIGUESPReSIDeNTe DA JUNTA De RONfe

ARMANDO VIDALPReSIDeNTe DA JUNTA De VeRMIl

DOMINGOS FORTEPReSIDeNTe DA JUNTA De AIRãO

BALCÃO ÚNICO DO SOLICITADOR EM JOANEAbre segunda-feira , 4 de Abri l , o pr imeiro Balcão Único do Sol ic i tador de Joane. Com ainsta lação deste serv iço, agora será poss ível comprar e vender uma casa , um automóvel , cr iar uma empresa , ou cert i f icar fotocópias e t raduções , bem como autent icar documentos sem a necess idade da des locação a famal icão ou Guimarães .O so l ic i tador Paulo Branco, responsáve l pe lo ba lcão que tem sede no edi f íc io Cruzeiro , na Avenida 25 de Abri l , expl icou ao Rl que “o balcão surge no âmbito das novas competências dos sol ic i tadores que passaram a ter competências até agora exc lus ivas dos notár ios , como compras e vendas , os mútuos , as part i lhas e hipotecas” . Paulo Branco realça que “o grande object ivo dos balcões passa pela desformal ização e s impl i f icação de vár ios actos” , esperando que o de Joane venha a serv ir, não só a Vi la mas toda a região da área de inf luência do Rl . Re g i s t o p r e d i a l , r e g i s t o a u t o m óve l e a c t o s d e s o c i e d a d e ( a l t e ra ç õ e s , const i tu ição, d issolução) passarão a ser poss íveis de real izar agora em Joane no Balcão Único.

RL EMPRESAS

RL 13 ANOS

Durante os meses de Abri l e Maio a Renault leva o seu programa de educação e sens ib i l i zação r o d o v i á r i a - S e g u r a n ç a p a r a To d o s - p a r a a e s t ra d a . S ã o d e z a s c i d a d e s q u e vã o a co l h e r nos concess ionários da Renault o SPT Tour, uma acção que, através de vár ias act iv idades ( teatro de fantoches “A Revol ta dos S ina i s ” , jogos de P u z z l e “ e n co n t ra o S i n a l ” e o a t e l i e r “ O m e u conse lho de segurança rodov iár ia ” ) , tem por o b j e c t i vo p ro m o v e r j u n t o d a s c r i a n ç a s u m a cultura de segurança nas estradas .

RENAULT PROMOVE SEGURANÇA PARA TODOS

hOSPITAL DE RIBA D´AVE ASSINA ACORDO COM MINISTÉRIOO Ministér io da Saúde vai pagar 22 mi lhões de euros a 12 hospita is das Miser icórdias para prestação de cuidados de saúde. entre e les conta-se o hospita l de Riba de Ave.

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16 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

ÚLTIMA HORA*CRuZEIRO DE JOANE VAI SER VENDIDOA feira de Joane vai aproveitar a pr imeira feira de Ant iguidades de Joane, no dia 25 de Abri l , no largo 3 de Ju lho, para vender o Cru-zeiro . Depois de ter s ido des local izado com a renovação do largo, o Cruzeiro perdeu a sua função de rotunda e a Junta entende que, sendo ass im, mais vale vendê-lo . Resta aguardar pelas melhores propostas de preço!

OS RECADOS DO SENHOR COMENDADORO Comendador Aparecido, colega de coluna , no úl t imo número es-creveu ao Pres idente da Câmara de Guimarães por causa da “pis-c ina” de Airão S . João “construída” pelas empresas que a l i extraem pedra hà anos . enviada ao terreno uma patrulha da Pol íc ia Munici-pal de Guimarães para aver iguar da local ização da refer ida “pisc ina” e para agir em conformidade. espanta que tenha s ido necesssár ia uma Carta Aberta do Comendador Aparecido para a Câmara v ima-ranense mostrar a lguma acção. O cenár io no a l to de Airão S . João e f reguesias v iz inhas - dos concelhos de famal icão e de Braga - é por demais conhecido.

CARTAs AbERTAsComendador aPareCIdo

Meu caro e i lustre autarca. Como sabe, sou um apaixonado pelo mundo rural. Nada como o aroma de um campo acabado de frezar! Fiquei, pois claro, deveras entusiasmado - den-tro dos l imites que um velho coração como o meu aguenta - quando l i na imprensa a ideia peregrina da edil idade vma-ranense de incumbir um grupo de cabras da dil igente tarefa de l impar terrenos maninhos de várias localidades. Ora aí está uma daquelas ideias que, se importada de um qualquer país da Europa civi l izada, re-ceberia os maiores encómios de todos, incluindo daqueles que, desconhecedores, porven-tura, da singularidade da vida campestre, logo desataram a apoucá-la!Plenamente cônscio de que afronto as recomendações

do meu médico, ouso, caro e i lustre autarca, humildemen-te, pedir-lhe que no próximo Natal tenha a amabil idade de me enviar, pelo Chico taxista, dois queij inhos maneirinhos e um avantajado cântarinho de leite de cabra para enri-jecer a musculatura. Afora o vinho verde t into carrascão, é do queij inho de cabra que eu mais gosto! Bem haja quem em boa hora teve a ideia de colocar cabras em vez de brigadas de canto-neiros a l impar bermas e va-lados das ervas daninhas. E se acaso necessitar de poiso aonde albergar as ditas ca-brinhas, não hesite, pois lá na minha quinta o que mais há é espaço. Aceite os melhores cumpri-mentos deste que se assina Comendador Aparecido.

por D. VIRINhA

eXmo Sr. PreSIdenTe da JUnTa de aIrÃo S. JoÃo

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REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 2011 • 17

José Sócrates estava à espera da m e l h o r o p o r t u n i d a d e p a r a p r o -v o c a r a c r i s e . C o m o o p r i n c i p a l partido da oposição se comportava com sentido de responsabil idade e d e e s t a d o , v i a b i l i z a n d o o P E C I, II , III e o orçamento de estado para 2011, havia que montar uma estratégia.Eis que se lembra em comprometer P o r t u g a l e m B r u x e l a s c o m o I V pacote de medidas de austeridade (PEC IV) sem falar como o Presi-dente, a Assembleia da República nem com o PSD com quem t inha u m a c o r d o . C o m o s e i s s o n ã o bastasse torna público que se não t i v e r a p o i o n ã o e s t á d i s p o n í v e l

para continuar a governar.A a r r o g â n c i a q u e s e t o r n o u s u a principal imagem de marca, tradu-zida na incapacidade de reconhecer um só erro , a mani fes ta incapa -c i d a d e d e e s t a b e l e c e r p o n t e s , imprescindíveis para um governo m i n o r i t á r i o , t i n h a o s e u ú l t i m o episódio neste acto que só t inha c o m o o b j e c t i v o p r o v o c a r a s u a demissão. Conseguiu.A p o s t u r a d o P r i m e i r o M i n i s t r o não foi de quem quer estabil idade e revelou o seu sentido de estado e de conveniência polít ica.Está por explicar porque sendo o actual PEC para vigorar até 2013, o que sucedeu para ser agravado? Porque, segundo o governo, estan-d o o o r ç a m e n t o a s e r e x e c u t a d o e o s o b j e c t i v o s a s e r a t i n g i d o s , porquê apresentar um novo PEC? A s m e d i d a s a n u n c i a d a s n o P E C IV insistem em não diminuir um Estado cada vez mais despesista e sacrif icam os mesmos de sempre, em resultado da incompetência do Governo, e contrar iam o acordo com o pr inc ipal part ido da opo -sição que permitiu a viabil ização d o O r ç a m e n t o d o E s t a d o p a r a este ano.

Por esse motivo o PSD não podia viabil izar mais este PEC. O governo social ista caiu porque escolheu essa via. Fê-lo de forma consciente.A estratégia de José Sócrates que insiste em enganar os portugue-ses, nunca esquecer que em 2009 apenas para ganhar e le ições, em plena cr i se f inance ira d isse que ia aumentar empregos, aumentar o r d e n a d o s , m e l h o r a r p e n s õ e s , o f e r e c e r m e d i c a m e n t o s , c o n d u z agora o discurso e o debate para a a l e g a d a r e s p o n s a b i l i z a ç ã o d o P S D p o r e s t a c r i s e p o l í t i c a . É a estratégia da vit imização.José Sócrates tenta i ludir os Por-t u g u e s e s t e n t a n d o c r i a r a i d e i a q u e a a l t e r n a t i v a é m u i t o m á , é uma alternativa que vai privatizar o País e que nos vai t i rar tudo o que temos. Nada mais falso. O que é v e r d a d e é q u e f a c e à s i t u a ç ã o que José Sócrates nos deixa não se podem prometer faci l idades.O q u e é v e r d a d e é q u e o n o v o Governo que virá não tem espaço para errar. Ninguém conhece ao certo a verda-deira situação f inanceira do Esta-do. Sem a conhecer não é possível

aos partidos criar soluções de fun-do, com objectivos a longo prazo que reso lvam a s i tuação em que nos encontramos. Por este motivo para que os programas eleitorais dos partidos que se apresentem às próximas legislativas sejam sérios, ser ia de todo út i l uma auditor ia às contas públicas.Seria mais fáci l decidirmos tendo os partidos a apresentar soluções partindo do mesmo pressuposto de forma a que quem ganhe as eleições não tenha como desculpa o “real” estado das contas públicas.A campanha eleitoral que se avi-zinha vai ser longa, dura e pelos sinais, provavelmente suja. Da parte do PS já se sabe o inacei-tável discurso da vit imização está em marcha, mais do que ensaiado. Da parte do PSD apresentará uma alternativa capaz de criar condi-ções para que Portugal possa ter um novo rumo. Apresentará uma pol í t ica de r igor e seriedade que proporcione aos Portugueses olhar para o futuro com esperança. Claro q u e é f u n d a m e n t a l c o n h e c e r o “real” estado das contas públicas.Os portugueses já se iludiram duas vezes, à terceira cai quem quer.

OPINIÃO

Numa das minhas últ imas visitas pela internet, encontrei um texto, que l i com afinco. E lembro-me de ter pensado, que aquela escr i ta representava com exact idão um sonho que t ivera dias antes. Por tamanha coincidência não posso d e i x a r d e o p a r t i l h a r . P o r i s s o e s t e m ê s d e c i d i f u g i r u m p o u c o da polít ica caseira e centrar-me num problema que nos afecta cer-tamente a todos, mas em especial a quem é pai ou mãe.

“Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa vida abastada, protegendo-os de d i f i c u l d a d e s e e s c o n d e n d o - l h e s as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a l idar com frustrações.A i r o n i a d e t u d o i s t o é q u e o s

j o v e n s q u e a g o r a s e d i z e m ( e também estão) à rasca são os que mais t iveram tudo.Nunca uma geração foi, como esta, tão pr iv i leg iada na sua in fânc ia e n a s u a a d o l e s c ê n c i a . E n u n c a a sociedade exigiu tão pouco aos s e u s j o v e n s c o m o l h e s t e m s i d o exigido nos últ imos anos.D e s l u m b r a d a s c o m a m e l h o r i a significativa das condições de vida, a m i n h a g e r a ç ã o e a s s e g u i n t e s (actualmente entre os 30 e os 50 a n o s ) v i n g a r a m - s e d a s d i f i c u l -dades em que foram cr iadas , no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus f i lhos o melhor.Os pais investiram nos seus des-cendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a ge-ração mais qualif icada de sempre, mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão, cartas de con-dução e 1º automóvel , depósi tos de combustível, dinheiro no bolso. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a f a m í l i a c o n t i n u o u p r e s e n t e , a garantir aos f i lhos cama, mesa e roupa lavada.Durante anos, acreditaram estes p a i s e e s t a s m ã e s e s t a r a f a z e r o me l h o r ; o d inh e i ro ia c h e g an-

d o p a r a c o m p r a r ( q u a s e ) t u d o , q u a n t a s v e z e s e m s u b s t i t u i ç ã o de princípios e de uma educação p a r a a q u a l n ã o h a v i a t e m p o , j á que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se c o m p r a ( q u a s e ) t u d o . E é r a m o s (quase) todos felizes. Depois, veio a c r i s e , o a u m e n t o d o c u s t o d e vida, o desemprego. Foi então que os pais f icaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões At lânt icos e fest ivais de música, b a r e s e d i s c o t e c a s o n d e n ã o s e e n t r a à b o r l a n e m s e c o n s o m e f iado. Os pais à rasca deixaram de i r ao restaurante , para poderem continuar a pagar restaurante aos f i lhos , num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada aos pais.São pais que contam os cêntimos p a r a p a g a r à r a s c a a s c o n t a s d a água e da luz e do resto, e que ab-dicam dos seus pequenos prazeres para que os f i lhos não prescindam da internet de banda larga a alta v e l o c i d a d e , n e m t e l e m ó v e i s d e últ ima geração.São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer “não”. Um “não” que

nunca ensinaram os f i lhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, n e m c o m p r e e n d e m , p o r q u e e l e s t ê m d i r e i t o s , t ê m n e c e s s i d a d e s , t ê m e x p e c t a t i v a s , p o r q u e l h e s disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!A soc iedade co lhe ass im hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.Eis uma geração que, de repente, s e ap e rc e be u qu e não mand a no mundo como mandou nos pa is e que agora quer ditar regras à socie-dade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe t o r n o u i n d i s p e n s á v e l . E i s u m a geração consumista, insaciável e completamente desorientada.A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa q u e m o r r e s o l t e i r a , p o r q u e é d e todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.Pode ser que nada/ninguém seja assim.. .” .

miguel azevedomembro da Comissão Política do nú-cleo de Joane do PSd

OPiniãO

Geração à rasca

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

À terceira cai quem quer

Luís Santosmembro da Junta de Freguesia de Joane | PS

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18 MARÇO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

E se todos os leitores do Repórter Local “na diáspora” desatassem a escrever para o seu jornal? É v e r d a d e q u e a s d i v e r s i f i c a d a s exper iênc ias de quem está fora ; s o m a d a s c o m o a m o r c o m u m a o t o r r ã o n a t a l í c i o , g a r a n t i r i a m , com toda a certeza, um enrique-cimento contínuo a todos os que s ã o f o r m a d o s e i n f o r m a d o s p o r esta incontornável instituição de papel e t inta.Então, se assim é, e aproveitando a amabil idade do director, eu dou j á o p o n t a p é d e s a í d a . E n e s t e p r i m e i r o t e x t o c o m e ç o p o r m e

apresentar.E u n a s c i e m J o a n e , o n d e v i v i os pr imeiros 25 anos , res id indo agora, há 29, na cidade de Braga. A mais forte herança que trouxe da minha terra, para além da na-tural influência familiar, reuni-a nesse velhinho salão paroquial, em centenas de reuniões da Juventude O p e r á r i a C a t ó l i c a ( J O C ) , s e n d o m i n h a s r e f e r ê n c i a s p r i n c i p a i s o C u s t ó d i o R o d r i g u e s , o A m a r o S i m õ e s , o C u s t ó d i o O l i v e i r a , a Olívia Lopes. Foi esta excepcional organização de jovens t rabalha-dores que acabou por me ret irar da terra, pois acabei por assumir, s u c e s s i v a m e n t e , q u a s e t o d o s o s c a r g o s d i r e c t i v o s n o s p l a n o s diocesano e nacional , repetindo, mais tarde , idê nt icas tare fas na L i g a O p e r á r i a C a t ó l i c a ( L O C ) . Ora, uma vez saído de Joane para me insta lar , pr imeiro em Braga, depois em Lisboa, no exercício das minhas funções dirigentes, acabei p o r m e f i x a r p o s t e r i o r m e n t e n a

capital do Minho.A minha formação cristã moldou-m e p r o f u n d a m e n t e a o p o n t o d e entender que a vida e a inteligência que nos foram dadas são tempo e instrumento de missão, no sentido de um mundo melhor, mais justo, mais sol idário, mais l ivre e mais igualitário, ou seja, em l inguagem mais teológica, meios de constru-ção do Reino de Deus entre nós.F o i ne s t a c o nvi c ç ão qu e s e mp re conduzi a minha vida, tendo enri-quecido humanamente e procuran-do distribuir os lucros imateriais do percurso.Agora, aos 54 anos, fel iz da vida, dou-me conta do quanto devo às m i n h a s o r i g e n s j o a n e n s e s . E d o quanto gosto de Joane. É verdade que a nossa f regues ia p a r e c e p r o g r e d i r a p a s s o d e c a -racol . Levou 50 anos a construir uma igreja e uma noite a derrubar o u t r a ; t e m u m c e n t r o c í v i c o e m intermináveis obras de S. Torcato; u m s a l ã o p a r o q u i a l h á d é c a d a s

em ruínas; uma casa mortuária só agora em projecto; uma economia s e m c h a m a ; u m a p a r t e d o p o v o sem esperança.T u d o i s t o s e v ê a o l h o n u , e s e v a i l e n d o , t a m b é m , n a s p á g i n a s d o R e p ó r t e r L o c a l . N ã o d á p a r a entender. Até porque conhecemos freguesias bem mais pequenas a c r e s c e r e m h a r m o n i a e o n d e a s infra-estruturas vão aparecendo à m e d i d a e a o s u r g i r d a s n e c e s -sidades. Mas este jornal é um extraordiná-rio motor de desenvolvimento. Sem ele , estou certo, tudo ser ia pior . P o r q u e i n f o r m a , p o r q u e a l e r t a , porque forma, porque inquieta. Esta chama não pode esmorecer. Prec isa do combust íve l das opi-niões diversif icadas, das notícias e x a c t a s , d a p u b l i c i d a d e p r o m o -tora.Um bem-haja à equipa que elabora este órgão precioso, a quem ofereço a minha colaboração à medida das suas opções editoriais.

Joane a passo de caracol

Fernando Castro [email protected]

DIReITO De ReSPOSTA

“A VIM e o Governo Civil de Braga”

Exmo. Sr. Director do RL, Joaquim Forte.

Com o pedido de publicação em futura edição do jornal que dirige, e no sentido de repor a verdade dos factos que mereceram o texto de opinião em epígrafe, cumpre-me informar o seguinte:1.Por delegação do Sr. Governador Civi l , sou eu que presido ao Con-selho Coordenador de Segurança Rodoviár ia Distr i ta l de Braga e por isso responsável directo por todas as questões re lac ionadas com as delicadas questões da Se-gurança Rodoviária no Distrito;2 .Como é reconhec ido no texto p e l o S r . M i g u e l A z e v e d o , f o i a AMAVE que procedeu à constru-ção da VIM, e é ela a responsável pela sua manutenção, e só deixará d e o s e r q u a n d o n e g o c i a r c o m qualquer outra entidade essa com-petência, o que al iás tem tentado fazer . Mas a verdade é que , a té e s s e m o m e n t o , e s e r e a l m e n t e a c o n t e c e r , a r e s p o n s a b i l i d a d e p e l a m a n u t e n ç ã o d a q u e l a v i a intermunicipal cabe inteiramente à AMAVE;3.Sabemos que a par de di l igen-c i a s p a r a r e s o l v e r n o f u t u r o a

questão chave da manutenção da VIM, os Municípios abrangidos d e c i d i r a m , n o s e i o d a A M A V E , proceder por sua conta aos tra-balhos de manutenção nas áreas q u e l h e s c o m p e t e , d e f o r m a a travar a efectiva degradação que tem at ingido aquela Via ; e i sso já está a ser feito por alguns dos municípios, mas é indispensável que seja por TODOS;4 .A s p e s s o a s m e r e c e m e l e g i t i -mamente exigem, que aquela via tenha uma manutenção mínima q u e a s s e g u r e c o n d i ç õ e s d e s e -gurança para quem nela circula, o q u e i n f e l i z m e n t e n ã o e s t á a acontecer de forma uniforme;5.É pois indispensável que todos os munic ípios envolv idos assu-mam as suas responsabil idades, e t ra t e m d e a s s e g u ra r n a s s u a s áreas a manutenção daquela via, até encontrarem uma solução glo-bal para o problema; as pessoas, os cidadãos em geral , é que não podem ser vítimas desta indefini-ção, em que são responsáveis os respect ivos municípios , e nesta área em concreto , o Munic íp io de Famalicão;6.É pena que o autor da Opinião em questão fale de coisas que não sabe, designadamente: o que é em termos legais um “ponto negro”? Poderia e deveria saber que um “ p o n t o n e g r o ” é u m l a n ç o d e

e s t r a d a c o m o m á x i m o d e 2 0 0 metros de extensão, no qual se re-gistaram, pelo menos, 5 acidentes com v í t imas , no per íodo de um ano, e cuja soma de indicadores de gravidade é superior a 20; P o d e r i a e d e v e r i a s a b e r q u e a competência legal para identif i-car os “pontos negros” não cabe a o G o v e r n a d o r C i v i l , m a s s i m à A N S R ( A u t o r i d a d e N a c i o n a l d e S e g u r a n ç a R o d o v i á r i a ) , q u e anualmente os publicita.E aí s im. Já cabe ao Governador Civil, ou em quem delegou compe-tências (como é o caso presente), que deve desenvolver todos os esforços, em colaboração com as diversas entidades responsáveis nesta área, para a rápida elimina-ção dos factores que possibil itam a existência de pontos negros nas nossas estradas.7.E é isso que tem acontecido. 8.Não sabe, mas poderia saber que no Distrito de Braga tem vindo, fel izmente, a baixar nos últ imos anos, o número de “pontos negros” identificados pela ANSR. Em 2007 foram 7; em 2008 foram 5; e em 2009 foram 4. Aguarda-se para muito breve o anúncio dos even-tualmente existentes em 2010.9.Sabia que nos últ imos 2 anos, dos “pontos negros” ident i f ica-d o s , 3 d e l e s s e r e g i s t a r a m n o c o n c e l h o d e F a m a l i c ã o ? E q u e

f o r a m i m e d i a t a m e n t e e l i m i n a -dos por acção do Governo Civ i l d e B r a g a e p a r c e r i a a c t i v a d a s Estradas de Portugal , do Muni-cípio e das 3 Juntas de Freguesia a b r a n g i d a s ? É e s s e o t r a b a l h o concreto que é feito, sem aparato mas com a ef icácia que se requer, para melhoria das condições de circulação nas nossas estradas. Em resumo, na VIM, e pelas ra-zões descritas, não existe nenhum “ponto negro” , ao contrário do que disse o Sr. Miguel Azevedo, mas há, isso sim, troços perigosos cujas causas é prec iso urgente-mente el iminar, e aí deve estar o trabalho atento e empenhado do respectivo Município e da própria AMAVE.1 0 . P a r a f i n a l i z a r , ( . . . ) e p a r a que não esteja a divulgar dados incorrectos sobre a sinistralidade naquela via, dentro do Municí-p i o d e F a m a l i c ã o , i n f o r m o q u e a sinistral idade foi a seguinte:2 0 0 7 - 8 A c i d ; 2 0 0 8 - 1 2 a c i d ; 2009- 13; 2010 - 14 acid.Já agora, fica com a informação de que a maior parte desses acidentes ocorreu na freguesia de Oliveira Santa Maria , razão para que os responsáveis do Município e da própria freguesia reforcem os seus cuidados tendentes à melho-r ia das condições de segurança naquela importante via.

José Ferreira LopesChefe de Gabinete do Governador Civ i l de Braga

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