Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

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EDIÇÃO Nº 169 - ANO 5 - 11 DE JUNHO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

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PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

Baixe o leitor de QR Code em seu celular ou acesse:https://www.facebook.com/billy.mao.50/videos/10206126514871312/ Veja as declarações da prefeita na CEI da Enchente.

Reportagem percorreu mais de 40 ruas em um dia para apurar estado de preser-vação; além de buracos, saliências são problemas

Fotos: Billy Mao

Confira - pag 2

Hoje tem

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Rua Silvio Capelari é exemplo deabandono das vias de Lençóis

ENCHENTE EM LENÇÓIS PAULISTA

Neste sábado, dia 11, a rua 15 de No-vembro será interditada, a partir de 9h, para as ações promocionais da campanha do Mês dos Namorados, intitulada “À Luz de Velas”, a terceira da Acilpa no ano de 2016. Como já é de costume, a principal via comercial da cidade fica fechada e recebe as tendas com prestação de serviços e distribuição de brindes, além de atrações culturais.

Segundo o presidente da Acilpa, Anderson Prado, a expectativa é de que a campanha de Mês dos Namorados repita o sucesso das ações anteriores. Para participar, o consumidor deve preencher os cupons que recebe ao comprar no comércio local. A campanha “À Luz de Velas” vai sortear doze jantares românti-cos para o prêmio principal. O segundo prêmio dá seis jantares românticos e o terceiro, três. Cada jantar será no valor de R$ 120 para o casal. O sorteio está marcado para o dia 30 de junho.

Acilpa interdita rua pelo Mês dos Namorados

A festa em comemoração a Santo Antônio continua neste final de semana, com programação festiva e religiosa. O tríduo, que começou nesta sexta-feira, dia 10, quando foi realizada também a Santa Missa seguida de show de prêmios, no Lions Clube, terá conti-nuidade hoje, às 18h, na Capela Santo Antônio. Após a Santa Missa será reali-zada Festa Junina e Quermesse, com a apresentação de dança Pau de Fita, com grupo da Casa da Cultura. Página 8

Santo Antônio tem festa hoje e amanhãno Corvo Branco

Um capotamento na avenida Jáco-mo Nicolau Paccola, na noite de sá-bado, dia 4, ocorrido, supostamente, quando o motorista tentou desviar de dois buracos, levou a reportagem do jornal Sabadão do Povo a fazer levan-tamento sobre as condições gerais do asfalto das vias de acesso rápido e de maior fluxo de veículos da cidade. O que mais chama a atenção são pontos aonde o SAAE efetua reparos em sua rede. A pior rua para se trafegar é a rua Silvio Capelari, no Jardim Príncipe. Com apenas três quadras, a rua tem 68 buracos abertos no as-falto, ondulações e irregularidades, contados pela reportagem entre as ruas Humberto Pelegrino e Emílio Pelegrin. Página 5

Pré-candidatos pensamem administração popular para a cidade

Depois de 16 anos do mesmo grupo político administrando Lençóis Pau-lista, com políticas próprias do perfil conservador, os pré-candidatos que se apresentaram até agora como opções ao grupo que detêm o poder, Anderson Prado, Cláudio Aguiar e Humberto Pita demonstram interesse por uma administração popular, que aproxime o cidadão lençoense. A prerrogativa de administrar é exclusiva do prefeito, no entanto, a abertura para novas ideias e como o dinheiro público, que sai do bolso do contribuinte, pode ser inves-tido, por exemplo, são ações que não fazem parte do perfil do atual governo, há quase 20 anos. Página 2

Órgão responsável por represas diz queapenas chuva causou inundação em janeiro

Em relatório enviado ao Ministério Público, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão do Governo do Estado, concluiu que o rompimento das represas da região de Borebi pouco contribuiu para a enchente que devastou parte de Lençóis Paulista e de Borebi, em

janeiro deste ano. A avaliação foi criticada pelos vereadores, durante a sessão da Câmara, na segunda-feira, dia 6. Alguns chegaram a questionar a legitimidade do órgão para avaliar assunto de sua responsabilidade.

O DAEE fiscalizou e apontou no laudo 11 represas de Borebi, das

quais cinco se romperam, sendo que quatro tinham outorgas e uma não. Uma represa não se rompeu e outras duas estavam desativadas, segundo o departamento.

Nenhuma barragem ou represa de Lençóis Paulista foi fiscalizada pelo DAEE, segundo o laudo. Página 6

CHEIO | Na foto, um dos incontáveis buracos constatados pela reportagem espalhados pelas ruas da cidade

2LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

Anseio por governo com interesses voltados à população é sentido por prés

C a f é c o m P o l í t i c a Ta n i a M o r b i

No vermelho - Na semana passada, a reportagem do jor-nal Sabadão do Povo fez conta-to com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Lençóis Paulista para confirmar o aumento da tarifa da área azul, que constava em um texto no site, e que teria sido reajustada em 2 de maio

Túnel do tempo - A assesso-ria confirmou que o reajuste já tinha mais de um mês, mesmo sendo questionada pela re-portagem, que estranhou o fa-to. Eis que no sábado, em jor-nais da cidade, foi publicada a informação de que o reajuste tinha ocorrido no dia 2 de ju-nho, como havia percebido a reportagem.

Quem manda! - Das duas uma, ou a assessoria de im-prensa da Prefeitura está mal

informada, ou atribulada (sem conseguir dar conta de limpar a imagem da administração, diante de tantos problemas) ou foi uma desinformação inten-cional, obedecendo ordens su-periores que teriam o propósito de prejudicar o jornal. Será?

Amigos do rei - Não é de hoje que, vez ou outra, a reportagem encontra dificuldades em che-car informações, é preterida na divulgação de pautas da Prefei-tura, ou tem seus pedidos de in-formações usados paras emba-sar pautas que são divulgadas para outros veículos

Fome - Não se pode dizer, até agora, que há uma ação or-questrada para prejudicar o jor-nal Sabadão do Povo também através da assessoria, uma vez que a Prefeitura já tenta fazer

isso com o corte sistemático de toda a verba publicitária que poderia ser destinada, legal-mente, para o jornal, em uma decisão clara de prejudicar o jornal financeiramente.

1X0 - Sem a confirmação do reajuste da Área Azul, o jornal deixou de publicar informa-ções para seu leitor sobre o assunto, sendo prejudicado diretamente, mesmo quan-do tentou se certificar de que ele ocorria, deixou de ouvir os usuários e ampliar o debate, como prega o jornalismo. Ao que parece, a Prefeitura con-seguiu o que queria.

Tapa o quê? - Esta semana a reportagem do Sabadão percor-reu as principais ruas da cidade para registrar as condições de tráfego. Toda a cidade poderia ser recapeada devido as irregu-

laridades do asfalto.

Buraco 1 - A constatação mais relevante é que as irregularida-des se dão devido os remendo feitos pelo SAAE para sanar pro-blemas de água ou esgoto.

Buraco 2 - Mas não é só isso que causa as irregularidades no piso. A deterioração do asfalto coopera com a formação de bu-racos e desníveis.

Buraco 3 - Também durante a semana a Prefeitura realizou uma operação tapa buracos relâmpago, no centro da cida-de. Enquanto a Prefeitura vai tapando o ‘sol com a peneira’, ruas como a Silvio Capellari, no Jardim Príncipe, vão fican-do cada vez mais intransitável.

Quase 100 - Apenas nesta via

a reportagem do Sabadão con-tou 68 buracos. A rua não tem mais condição de receber ape-nas os tapa buracos. Logo será necessário fazer o recape ou então, interditá-la.

Uma vergonha que pesa no bolso do cidadão - Um mecânico ouvido pela re-portagem disse que os pro-blemas constantes que seus clientes buscam resolver em sua oficina são todos relacio-nados aos solavancos devido as condições das ruas da ci-dade. São suspensões e com-ponentes que se soltam dos veículos. Para o mecânico, a péssima condição das ruas é boa para seu negócio, já que os veículos precisam passar por manutenção, no entanto, como cidadão ele entende que a cidade está abandona-

da e não concorda em deixar a situação da mesma forma. “Ficam 10, 20 anos à frente da administração, ai come-çam a mandar de fato, se dando ao luxo de arrumar so-mente aquilo que interessa. Infelizmente a cidade inteira está precisando de atenção”, disse, em off.

De onde pra onde - Mais uma rotatória poderá ser construída ainda antes da elei-ção, em outubro. O suposto dispositivo poderá fomentar a imagem da administração, que está bem arranhada com as dificuldades que vem enfren-tando. A rotatória constaria de um projeto de desenvolvimen-to urbano, que também deve-rá ser usado na estratégia das propagandas políticas da atual administração.

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Pré - Pastor Cláudio deverá estar na disputa eleitoral que começará em breve

Andrés - Emerson e Cagarette: projetos para os cidadãos lençoenses

Os vereadores aprovaram três projetos de autoria de Emerson Carrit Coneglian e André Paccola Sasso, ambos do PSDB, que tinham pareceres desfavoráveis da Comissão de Constituição, Justiça e Reda-ção, e da Assessoria Jurídica da Câmara. Para isso, rejeitaram os pareceres, na noite de segun-da-feira, dia 6, e aprovaram os projetos em regime de urgência.

Foram aprovados os proje-tos que instituem a campanha permanente de conscientização contra o “cyberbullying” no município e a educação finan-ceira como tema transversal na grade curricular das escolas públicas de Lençóis Paulista. Também o projeto que trata do recebimento e depósito de so-bras de materiais de construção para doação às pessoas carentes e entidades beneficentes ou habitacionais da cidade.

A avaliação do Assessor Jurídico da Câmara, Antônio Carlos Rocha, foi de que, nos três casos, as iniciativas eram inconstitucionais por inter-

Tucanos conseguem aprovar projetos com pareceres de inconstitucionalidade

ferirem nas ações que são de competência exclusiva do Exe-cutivo, já que a implementação de campanhas ou programas é vista como inconstitucional, quando parte dos vereadores, por envolverem gestão pública. A CCJR acompanhou o pare-cer jurídico.

Porém, a maioria dos ve-readores decidiu ignorar os pareceres e votou pela derruba-da da análise e aprovação dos projetos. Apenas Francisco de Assis Naves (PDT), que desde que os projetos entraram em discussão havia sido favorável aos pareceres, e Gumercindo Ticianelli Jr (DEM), que é vice-presidente da CCJR, votaram a favor dos pareceres.

Com a aprovação na Câ-mara, os projetos seguem para sanção da prefeita Izabel Loren-zetti (PSDB), que pode acatar a decisão ou vetar as propostas.

A prefeita tem barrado pra-ticamente todos os projetos apresentados por vereadores, especialmente os que perten-cem ao grupo oposicionista ao

governo. E o argumento usado para vetar as propostas tem sido exatamente a apresentada pelo Assessor Jurídico e pela Comis-são de Justiça - a interferência dos legisladores em poderes ex-clusivos do Executivo. Um caso clássico foi o projeto que dava isenção a academias de ginástica do município, que mantivessem alunos pertencentes à Terceira

idade, apresentado por Chico naves, vetado pela prefeita e que só se tornou lei após o su-premo Tribunal Federal acatar a legalidade da proposta, contra a defesa do Executivo.

Mesmo assim, os Emerson Carrit e André Sasso mostra-ram confiança de que Izabel não irá vetar os projetos apro-vados esta semana.

Pré-candidatos pensam em administração popular para Lençóis depois de 16 anos

Depois de 16 anos do mesmo grupo político administrando Lençóis Paulista, com políticas próprias do perfil conservador, os pré-candidatos que se apre-sentaram até agora como opções ao grupo que detêm o poder, Anderson Prado e Cláudio Aguiar , demonstram desejo por uma administração popular, que aproxime o cidadão lençoense. Dr. Pita foi procurado mas não quis falar sobre sua pré--candidatura.

A prerrogativa de adminis-trar é exclusiva do prefeito, no entanto, a abertura para novas ideias e como o dinheiro pú-blico, que sai do bolso do con-tribuinte, pode ser investido, por exemplo, são ações que não fazem parte do perfil do atual governo, há quase 20 anos.

A falta dessa política próxi-ma do povo foi sentida no epi-sódio da enchente que atingiu o município. Para as vítimas ou-vidas pela reportagem do jornal Sabadão na época, a ausência nas ruas da prefeita e de seu vice (coordenador da Defesa Civil), é a constatação de quê os anseios do povo não constam na agenda do Executivo.

Faltou, segundo as declara-ções, a solidariedade - não do povo lençoense ou da região - mas do poder público muni-cipal. Posteriormente, a falta de humildade em reconhecer erros, ainda persiste nos depoi-mentos feitos à CEI, que apura possíveis responsabilidades,

como a tentativa de incutir às vítimas parte das responsabili-dades por suas perdas.

Cláudio Aguiar, o Pastor Cláudio, não tem nenhum car-go eletivo, no entanto, depois de perceber o distanciamento da atual administração em relação aos fatos ocorridos na cidade, resolveu que disponibi-lizaria seu nome para pré-can-didatura a prefeito. Pelo PEN (Partido Ecológico Nacional), pastor Cláudio buscará nos bairros e na comunidade evan-gélica a força para entrar na disputa oficialmente. “Quando o PEN acenou que eu poderia representar o partido em Len-çóis Paulista fiquei lisonjeado. Como pré-candidato vislum-

bro várias possibilidades para a cidade e nossa população e pretendo buscar nos bairros as informações que preciso para formar um plano de governo coerente e concernente ao anseio do cidadão lençoense”.

Pastor Cláudio afirma que tem entrada não apenas na comunidade evangélica, mas também em outros seguimen-tos sociais. “Não posso dizer que minha entrada é apenas no nicho evangélico. Tenho inúmeros amigos nas empresas e por toda a cidade. Quando for o momento oportuno colo-caremos a campanha na rua, se ela for viável, sem atropelar o que manda a Lei”. Mesmo sem experiência política, o pastor se

diz preparado para uma possível candidatura. “Temos a experiên-cia da vida. Em todo momento, temos que saber administrar tudo ao nosso redor, mas tenho certeza que contarei com apoios importantes para uma possível administração”, disse.

O vereador e presidente da Câmara Municipal, Anderson Prado de Lima, pré-candidato pela REDE, disse ao Sabadão do Povo que pretende conti-nuar seu trabalho baseado no diálogo. “Sou pré-candidato a prefeito de Lençóis Paulista porque acredito em mudança, em renovação e, antes de reno-vação, eu acredito na oxigena-ção do poder. O poder precisa ser aberto a novas perspectivas e diálogo com setores da cida-de. O que me leva a aceitar a possibilidade de candidatura é a vontade de oferecer para a cidade uma nova opção”.

Prado falou que na condi-ção de pré-candidato depende do resultado das convenções partidárias para fidelizar seu nome, enquanto espera as datas limites, o vereador vai traçando seus planos para be-neficiar a população.

Outro pré-candidato a pre-feito de Lençóis Paulista pelo PRB, é o vice-presidente da Câmara, o médico Humberto José Pita, que já declarou que a cidade precisa de mudanças na forma de governo, precisa de uma administração voltada para os interesses da população.

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Fotos: Billy Mao

Antigamente, era mais fácil ser professor. Profissionais no quadro, cadernos dos alunos repletos de anotações. Mais an-tigamente ainda, nem cadernos havia, devendo os estudantes assimilar o conteúdo para não mais esquecer. O tempo se suce-de. A geração de ontem, limitada pelo seu tempo, foi substituída por tantas outras que se acos-tumaram a derrubar limites e a construir um novo mundo.

Há alguns anos, desconhecia o conceito de ‘Geração Y’, mas descobri que ela representa todos os que vieram à luz em meados da década 80. Por nas-cer em 1988, achava estar na vanguarda do alfabeto, até que a classificação da Geração Z,

daqueles que nasceram com o advento da internet nos anos 90, deixou-me para trás. Após essa sinergia da natalidade, não encontrei mais clas-sificação alguma. O que viria depois da geração Z? A geração IPad? A geração Iphone? Que tal a geração Facebook?

Sabe por que antiga-mente era mais fácil ser pro-fessor? Pois não havia tantos concorrentes paralelos. Cole-ções inteiras de livros podem ser carregadas em um mísero pen drive. Conceitos desconhe-cidos desnudam-se a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo. O conhecimento aparecer em uma simples pes-

quisa no Google. Em razão das inovações tecnológicas, terá o ensino tradicional sofrido com a

obsolescência programa-da do capitalismo?

Se a Geração Z é com-plicada em termos de foco, cumpre aos do-centes quebrar este pa-radigma. De fato, não é simples competir com

tantos recursos à disposição dos alunos. Não se trata de uma questão que impera apenas em maquinários eletrônicos, mas da inserção antropológica da internet em nosso meio. De um celular, por exemplo, é possível falar com alguém no Japão. De um celular, entretanto, não é possível absor-ver o conhecimento prático de

uma aula perdida.Estar conectado 24 horas pode

ser uma faca de dois gumes. Há um mundo real – material – pronto para ser descoberto. Às ve-zes vale mais ver com os próprios olhos do que observar através de uma telinha de cristal líquido. Às vezes vale mais ouvir de fato do que escutar por um fone de ouvi-do. Geração XYZ – a mistura de todas, como eu decidi chamá-la –, o futuro da humanidade está em suas mãos. Use o conhecimento do agora para aprimorar o relacio-namento entre as pessoas. Jamais para distanciá-las.

Gabriel Bocorny Guidotti Jornalista e escritor -Porto Alegre – RS

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

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Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

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Caminhar juntospr. Antônio CArlos CAbrAl

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Reflexão

CHARGE ONLINE - AROEIRA

EDITORIAL

GAbriEl boCornY

De todos os males que acome-tem a sociedade, a questão da res-trição de liberdade é uma das que mais causa pavor tanto em mim quanto em muitos cidadãos. Por mais que se veja muita bobagem ventilada pelas redes sociais e de fofocas “pseudo-politizadas” em relação ao famoso (e desconhecido) auxílio reclusão.

Quero iniciar a reflexão aos que nunca se perguntaram: Todos são inocentes até que se prove o contrá-rio? Ou você acredita no fantástico mundo do sensacionalismo, onde qualquer acusação vazia dá ao ci-dadão o status de culpado?

Ao menos para o sistema penal brasileiro (e de todos os países minimamente razoáveis) somos todos inocentes até que se prove o contrário. Contudo, na condição de advogado (e mesmo antes de ser advogado) já observei muitos casos em que se prende o indivíduo sob uma alegação sem provas incisivas e mesmo após pedidos de liberdade expondo a ausência de provas, o sujeito é mantido preso.

Para exemplificar, cito o caso de Rafael Braga, preso no Rio de

Janeiro em 2013 portando “Pi-nho Sol”. Apanhou dos policiais, e quando chegou à delegacia o conteúdo dos dois frascos de “Pinho Sol” já tinham outra coloração. Quem provaria que anteriormente era apenas “Pinho Sol”? E quem provaria que não era? Se a regra é a presunção de inocência, como incriminá-lo e prendê-lo?

Nesse caso, é possível que se Rafael fosse branco e seus pais tivessem comparecido à delegacia com boas roupas e um advogado, Rafael teria assinado um Termo e sido liberado. Contudo, Rafael Braga é negro e pobre, e está cumprindo pena há dois anos. Atualmente encontra-se em regi-me fechado.

Agora proponho que você se imagine preso, seja por porte de “Pinho Sol”, seja por ter sido con-fundido com alguém, por ter sido meramente citado em um grampo telefônico para investigação de um crime que você sequer tenha envolvimento, ou ainda, por ser confundido com outra pessoa.

Isso pode acontecer a qualquer momento. Talvez, em uma cidade menor, essa ainda não seja uma

realidade tão recorrente, mas acontece, e estamos sujeitos a uma prisão mes-mo sem crime algum.

Há o ditado de que para morrer basta estar vivo, e diante dos fatos, para ser preso basta estar em liberdade. E isso nos

faz repensar os riscos do sensa-cionalismo na mídia, e, inclusive, deve servir para aqueles que gritam por aí que Direitos Humanos são para bandidos. Não! Eles são para humanos. Luis Carlos Valois, Pro-fessor Doutor de Direito Penal e Juiz da Vara de Execuções Penais em Manaus escreveu:

“Dizer que policiais, promotores e juízes, durante um processo, per-mitem amplo espaço para a ideia de inocência, é inocência de quem afirma tal crença.

Um réu é presumidamente culpado sempre, preso ou solto, e tem que dar o jeito dele de não ser condenado, essa é a mais pura verdade.

A única maneira de alguém se sentir inocente tendo um processo nas costas é se o processo for es-quecido em alguma gaveta por aí, embora, nesse caso, a angústia pode vir a ser maior do que o medo de ser condenado.

No mais, tudo é constrangedor e contrário a quem se defende nesses corredores hostis dos fóruns e dele-gacias. O mais grave, entretanto, é que a maioria das pessoas comuns, acusadas, estão presas”.

Pessoas comuns! Em 2009, o Ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu liminar, para o médico Roger Abdelmassih, con-denado a 278 anos de prisão por violentar 37 mulheres e abusar se-xualmente de muitas outras. Esse médico tirou passaporte, a Polícia pediu ao STF para prendê-lo novamente, e isso não foi feito, assim Abdelmassih fugiu para o Líbano e não foi mais capturado. Enquanto isso, o rapaz do “Pinho Sol” está atrás das grades.

Railson Rodrigues é Advogado, pós-graduando em Direito Muni-cipal, Assessor Legislativo.

rAilson roDriGUEs

Pessoas comuns

Gerações futuras

Sobre laudos eágua muito suja

Corria o ano de 1966 e um jovem rapaz que ocupava um cargo de au-xiliar de almoxarifado e usava como transporte para ir ao seu trabalho uma bicicleta usada que havia ganho para esse fim, em razão de não haver con-dução para o bairro onde trabalhava e era distante de sua casa. A cada segun-da feira quando o dia ainda não estava totalmente claro se encontrava com uma moça que caminhava em sentido contrário também para o seu trabalho. Isso foi criando no tímido rapaz uma expectativa e certa ansiedade pela segunda feira, pois era o único dia em que a encontrava, pois nos demais dias ficava hospedada em uma casa fami-liar mais próxima do seu trabalho. O tempo foi passando, até que certa ma-nhã arriscou um “Bom Dia”, mas não obteve resposta. Na semana seguinte uma nova tentativa e apenas um olhar como resposta. Até que finalmente a tão esperada resposta chegou como se fosse uma grande porta se abrindo para um relacionamento saudável que se iniciou em novembro do mesmo ano culminando em setembro do ano

seguinte com o casamento.No início da caminhada juntos

enfrentaram muitas dificul-dades. Da parte dos parentes da moça, em razão de ser de religião diferente e que a faria sofrer e também por ser um “play boy” irresponsável. Da parte do rapaz, por ela ser pobre e ainda por cima ser “protestante”. Um mês antes do casamento o rapaz foi demitido do seu trabalho por justa causa, por assumir sozinho um erro que não foi seu, mas para proteger um colega, pai de família. Mas ele era honesto, responsável, trabalhador, perseverante e se amavam de verdade. E assim de-cidiram caminhar juntos com auxílio de pessoas amigas (e foram muitas). Aos poucos as dificuldades foram se superando, conquistando a confiança daqueles que não acreditavam naquela união. Ele passou a frequentar a Igreja que ela pertencia recebendo o apoio, carinho e consideração de todos. Os filhos começaram a nascer e a despeito das limitações nada faltava e o casal

caminhava feliz com seus quatro filhos não formados em universida-

de, mas criados dentro dos princípios morais e a mesma linha de honestidade e ca-ráter recebidos de seus pais. A família cresceu e hoje são quatro filhos, duas noras, um genro e oito netos que amam seus avós.

A frase usada: “casados, eternos namorados pode ser aplicada a esse casal, pois durante sua vida conjugal nunca tiveram uma discussão ou de-sentendimento, quando havia, logo a harmonia era restabelecida. As finan-ças sob controle e os gastos sempre dentro das condições. Nas enfermi-dades, juntos na busca dos recursos para o tratamento e recuperação. As raras separações, em casos de grande necessidade. Os cuidados mútuos sempre foram notórios e nesse clima de respeito e companheirismo, aguar-damos a celebração dos cinquenta anos dessa feliz união, sempre debaixo da graça de Deus. Aquele romantismo demonstrado através dos vasos de

violetas, kalanchuês, da sorveteria ou das bandejas de “maria mole”, deram lugar a uma parceria, auto depen-dência e palavras mais brandas, mas carregadas de paciência e disposição para servir, sem abrir mão do amor que nos uniu para vivermos juntos a melhor idade como uma forma de receber a recompensa e o privilégio na vida que Deus nos concedeu para caminhar juntos.

Nesta simples antologia, quero homenagear essa simples mulher que, pela imensidão do seu amor, tem um pouco de Deus. Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo, que sendo moça, pensava como anciã e como idosa age com as forças da juventude, como iletrada, melhor que qualquer sábio, conhece os segredos da vida. Pobre sabe enriquecer-se com as riquezas eternas e eu desfruto de tudo isso ao seu lado. Obrigado, meu Deus por essa vida juntos.

Antônio C. Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teo-lógica Batista Grande ABC.

“O pacto que vinha des-de a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto den-tro de gabinete. Acredito que a população seja consultada.”

Dilma Rousseff

Um dos desfechos possíveis em relação à en-chente de janeiro deste ano, em Lençóis Paulista, agradou em cheio o governo municipal tucano, com o laudo emitido pelo DAEE, afirmando que o estouro das represas contribuiu pouco com a inundação que assolou parte da cidade. O que não aconteceu foi o convencimento dos vereadores em relação à avaliação do departamento ligado ao go-verno do PSDB, principalmente porque antes dele, laudo do CAEX, ligado ao Ministério Público já havia apontado importante contribuição das represas na enchente e nas perdas materiais.

Para as vítimas, trata-se de voltar a ver o mesmo cenário começando a ser desenhado, como em anos anteriores, quando prejuízo e trauma ficaram mesmo na conta dos atingidos, com a eliminação antecipada de quaisquer responsáveis. Com isso, ganha importância o trabalho desenvolvido pela CEI (Comissão Especial de Inquérito), que apura responsabilidades no ocorrido e parece ser a única opção restante de que seja feita alguma justiça.

A prefeita Izabel afirmou, em seu depoimento à CEI, que para a administração municipal seria melhor que os donos das represas fossem res-ponsabilizados pelo que aconteceu em Lençóis e em Borebi, mas se a culpa for taxada na conta de “São Pedro”, onde as vítimas vão se apoiar para buscar por possíveis direitos lesados? Já que, na opinião da prefeita, as vítimas que se dispuseram em dar depoimento no processo de apuração,te-riam procurado a Comissão apenas para garantir ressarcimentos dos danos que sofreram.

O DAEE é o órgão estadual responsável por fiscalizar a construção das represas e dar outorga de uso, assim, toda vez que encontrar alguma irre-gularidade, por uma conta simples, pode-se pensar que estará dando tiros nos próprios pés. Mas, não se trata de questionar o departamento estadual, apenas de conflitar com outro documento emiti-do, há pelo menos dois meses atrás, por técnicos acionados diretamente pelo Ministério Público, que atesta que o impacto do estouro das represas no nível das águas da enchente foi muito maior do que sugere o órgão governamental.

O laudo do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução), órgão de apoio do Ministério Público de São Paulo, foi assinado por dois geólogos e por uma engenheira civil, que prestam assistência técnica ao MP, e para eles, as rupturas das repre-sas em Borebi tiveram um “efeito potencial de agravamento significativo da enchente de 2016 em Lençóis Paulista”, além de ter contribuído com as perdas de bens materiais.

Na mesma época em que os técnicos acionados pelo MP deram a informação acima, a Prefeitura divulgou levantamento feito por seu próprio pes-soa, pelo qual o impacto das águas das represas na enchente foi de 2,7%.

Como em 2006 e 2011, ao que parece, para a Prefeitura continua sendo importante jogar a culpa pelo ocorrido em quem não pode se defender, neste caso, São Pedro. Com qual interesse e com qual reflexo social e político, não se sabe.

Agora é acompanhar o desenrolar da apuração da CEI e ver seu desfecho, que pode dar às vítimas da enchente uma perspectiva de que a água suja não será apenas empurrada porta fora, à espera de que o tempo faça esquecer tudo o que aconteceu, ficando assim, novamente tudo “sob controle”.

Moradores das Chácaras São Judas Tadeu voltam areclamar da escuridão e falta de manutenção no bairro

Clonagem de veículos leves já ocorre no país, no entanto, clonar caminhões passa ser a nova modalidade de crime

Abandono - Falta luz e cacimbas entu-pidas

Caminhão clonado é usado para transporte de drogas

Chuvas causam mais erosão e assoreamento no córrego da Prata, acima do lago, no São Cristóvão

Abriu - Parte do aterro feito pela Prefeitura já começa a mostrar sinais de erosão: assoreamento

4LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Divulgação Polícia Federal

A clonagem de veículos de passeio já é conhecida pelos lençoenses há muito tempo, no entanto, a clonagem de caminhões surgiu como nova modalidade para a prática de crimes, principalmente, em capitais do país.

Esta semana, um caminhão do Grupo Lwart, de Lençóis Paulista, foi clonado com a identidade visual e dispositi-vos de coleta de óleo usado, no Rio de Janeiro. Com o motorista, foram encontrados porções de drogas e R$65 mil em dinheiro.

Em nota, a assessoria da empresa informou que o ca-minhão original, que foi clo-nado está legalmente traba-lhando no estado do Paraná.

A assessoria afirma que o motorista, que não faz par-te do Grupo, assumiu que utilizava a falsificação para transportar drogas e evitar que fosse interpelado pela polícia

“Informamos que um caminhão clonado, com as características de um veículo de coleta de óleo lubrifican-te usado (OLUC) da Lwart Lubrificantes, foi apreen-dido contendo dinheiro e drogas durante uma blitz da Polícia Rodoviária Fe-deral (PRF) na noite do dia 06 de junho, em Três Rios (RJ). De acordo com a PRF, o motorista que conduzia o caminhão confessou usar o veículo para transportar drogas. Ele foi levado para a 108ª Delegacia de Polícia (Três Rios) e autuado por associação ao tráfico, recep-tação de veículo roubado e uso de documento falso. A Lwart Lubrificantes esclare-ce que se trata de um veículo clone, com semelhança dos seus, mas que não lhe per-tence, e que o motorista não possui qualquer vínculo

com a empresa. Todos os veículos da empresa tem autorização da Agência Na-cional de Petróleo – ANP, de órgãos ambientais e não devem ser confundidos com ilegais que circulam sem licenças, mas que se asseme-lham aos de sua frota. As au-toridades têm demonstrado iniciativas de fiscalização em diversas regiões do país para combater a prática de coleta e destinação ilegal do óleo usado. A Lwart Lubrificantes prestou todas as informações necessárias à Justiça e está à disposição para colaborar com as investigações”.

Como é feita a clonagemO fenômeno da clonagem

de veículos já vem de várias décadas (há registros certos já na década de 1970, sendo possível a existência de casos anteriores), e nunca parou de crescer. Se trata de um crime tipificado no Art. 311 do Código Penal Brasileiro, mas dependendo dos casos podem ser aplicados, entre outros, também os Artigos 171 (estelionato), 180 (recep-tação) e 297 (falsificação de documento público), sempre do C.P. Brasileiro.

Hoje em dia existem várias modalidades de clonagem (desde as mais refinadas até as grosserias) e várias finalidades para as quais cada tipo de clo-nagem é normalmente feita, vamos sintetizar os principais casos:

Clonagem Completa ou Perfeita.

Se trata de clonagem de um veículo com outro idên-tico em todas suas caracterís-ticas (modelo, cor, interiores etc...), que inclui a adultera-ção do número do chassis, da placa e muitas vezes também

de outros detalhes (números nos vidros, acessórios, rodas etc...), além da documen-tação completa do veículo. Pode ocorrer essencialmente em duas modalidades:

1) carro que sofreu aci-dente com PT (Perda Total), que é clonado em novo veículo idêntico, roubado, aproveitando a documenta-ção original do carro dani-ficado, o qual, por sua vez, é parcialmente aproveitado em desmanche. O carro clo-nado é usado normalmente e/ou revendido no mercado interno ou externo.

2) Carro, normalmente de categoria alta, roubado e clonado integralmente, aproveitando informações obtidas (através de despa-chantes, concessionárias, cúmplices no Detran etc...) sobre carro com as mes-

mas características, para revenda no Brasil ou, mais provavelmente, no exterior (Paraguai). Neste caso a documentação é falsificada.

Clonagem Parcial.Se trata de clonagem de

veículos iguais em suas ca-racterísticas principais (mo-delo, cor etc...), mas que não chega a adulterar o número do chassis, se limitando a adulteração/clonagem da placa e da documentação. Esta modalidade é frequen-temente adotada para carros roubados, de todas as catego-rias, que são sucessivamente revendidos em outros esta-dos ou, as vezes, no exterior. Em alguns casos é o sistema usado por criminosos que querem se locomover em carros roubados sem correr grandes riscos.

Os documentos são fal-sificados por completo, ou, em alguns casos, falsificados adulterando documentos originais roubados ou ex-traviados.

Clonagem de Placa.Consiste na simples clona-

gem da placa de um veículo sem problemas num veícu-los roubado ou com outras restrições. Em alguns casos até em veículos sem pro-blema algum, com a única finalidade de evitar multas e pontuação na CNH.

Há vários graus de refino nesta operação sendo que se passa da simples troca de pla-ca, sem atenção ao modelo e cor do veículo, até a troca de placa em veículos com carac-terísticas similares ou iguais. Sistema usado sobretudo por criminosos para circular com

mais facilidade em veículos roubados, além de outras pessoas sem escrúpulos para evitar multas e pontuação.

Na modalidade de clona-gem completa e, as vezes, também na modal idade de clonagem parcial, há a possibilidade que os carros sejam roubados sob enco-menda (quanto ao modelo e características) para serem clonados, muitas vezes são “comprados” diretamente em concessionárias através de financiamentos frauda-dos, usando documentos falsos, e depois simples-mente desaparecem.

Quem tiver seu carro clo-nado (normalmente isso se descobre na hora em que iniciam a aparecer multas não reconhecidas), tem que se preparar para enfrentar alguns transtornos. Primei-ramente é fundamental fazer um B.O. numa delegacia, de preferência especializada em roubo de veículos. Logo depois precisa entrar com recursos no Detran relati-vamente a todas as multas não reconhecidas, anexando o B.O. e todo tipo de prova possível de que o carro ori-ginal não estava no local e horário indicados na multa. Em alguns estados o Detran permite a troca de placa uma vez comprovado legalmente que existe um carro clonado em circulação. Nos demais é aconselhável entrar com uma ação na Justiça pedindo que seja deferida a troca da placa por causa da existência de um carro clonado em circulação.

A título de curiosidade estatística, existem estima-tivas que calculam os carros clonados como sendo aproxi-madamente 10% dos carros roubados. (com http://www.fraudes.org/)

Moradores das chácaras São Judas Tadeu voltaram a re-clamar com a reportagem do jornal Sabadão sobre a escuri-dão do bairro e a falta de ma-nutenção da rede elétrica e das inúmeras lâmpadas queimadas.

“Muita gente pensa que aqui é só área de lazer, mas moram muitas famílias aqui e estão de-sassistidas”, disse um morador da rua São Raphael.

Em alguns pontos onde há postes próximos a área verde, o mato está tomando conta desses postes e fios. Para a população do bairro, que já sofre com o abandono, o descaso com a ilu-minação coloca em risco quem vive diariamente no lugar.

“Aqui é muito bom de se morar pela proximidade com a cidade, no entanto, temos o

Liberada a pouco mais de dois meses, a passagem reconstruída sobre o córrego da Prata, na região do São Cristóvão, já sofre com a erosão e coopera com o assoreamento, tanto do córrego, quanto do Lago da Prata. A cons-tatação foi feita esta semana pela reportagem do Sabadão.

O serviço realizado pelo município na passagem deverá ter que passar por manutenção. A terra colocada no local, sem proteção de alvenaria facilita a criação da erosão e devido

problema da lama constante, quando chove e essa iluminação precária. Precisamos de atenção para o bairro”, disse o morador.

Outro problema que ocorre no São Judas é o despejo inde-vido de entulhos e lixo. Vários pontos do bairro aonde existe declive na rua e teriam sido feitos “cacimbas” - buracos na margem da rua para escoar a água da chuva - para evitar o acúmulo de água nas ruas, es-tão sendo usados como ponto de despejo de entulho, lixo e galhos de árvores.

Para o morador que apontou o problema, pessoas de outros bairros e até mesmo das cháca-ras estariam “entupindo” esses escoadouros com o despejo ir-regular. “A Prefeitura precisa vir aqui e ver esse problema”, disse.

as chuvas, caso continuem, a passagem poderá novamente ser interditada.

A transposição sobre o córrego facilita o tráfego en-tre a região do jardim Caju e Itamaraty com a região das chácaras São Judas Tadeu e estrada de Santa Bárbara.

O assoreamento do Lago da Prata já vem ocorrendo há vários anos e até o momento não há projeto de revitaliza-ção do lago pelo setor am-biental municipal.

Lençóis Serviços Contábeis - Av. Brasil , 872 - CentroLençóis Paulista - SP - TEL: ( 14 ) 3269-4400

A gente olha o mundo de forma diferente.

Não deu - Clonagem é rotineira em grandes centros. No Rio, motorista é preso com drogas e dinheiro

Fotos: Billy Mao

GERAL 5LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Com 68 buracos, rua Silvio Capelari é quase intransitável e coloca motoristas em riscoRua de apenas três quadras, no J. Príncipe, desafia motoristas, mas situação é grave em todos os bairros da cidade

Billy Mao - Especial para o Sabadão do povo

Um capotamento na avenida Jacomo Nicolau Paccola, na noite de sábado, dia 4, ocor-rido, supostamente, quando o motorista tentou desviar de pelo menos dois buracos da via, levou a reportagem do jornal Sabadão do Povo a fazer um levantamento das condições de tráfego pelas principais vias da cidade.

Toda a cidade de Lençóis Paulista tem suas ruas asfalta-das. Com exceção das Cháca-ras são Judas Tadeu e Corvo Branco, consideradas perímetro urbano, que ainda tem ruas de terra. Apesar da maioria dos bairros terem asfalto, todos os bairros da cidade precisam de reparos em algumas ruas.

A reportagem priorizou vias de acesso rápido e de maior flu-xo de veículos, tanto nos bair-ros, como no centro da cidade e constatou irregularidades di-versas no solo. De todos os pro-blemas constatados, o que mais chama a atenção são os pontos aonde o SAAE efetua reparos em sua rede e, posteriormente, realiza o tapa buraco. Nesses pontos a diferença com o asfalto original chega próximo de um redutor de velocidades, só que sem sinalização, afetando o es-tados dos veículos que trafegam por esses locais.

A pior rua para se trafegar em Lençóis Paulista, de acordo com o levantamento, é a rua Silvio Capelari, no Jardim Príncipe. Com apenas três quadras, a rua tem 68 buracos abertos no asfalto, ondulações e irregularidades, contados pela reportagem entre as ruas Humberto Pelegrino e Emílio Pelegrin. Segundo uma mora-dora do Jardim Carolina, que trafega pela via todos os dias, a deterioração de seu veículo está sendo percebida devido às irregularidades nas vias que a levam até o trabalho. “Essa rua precisa ser recapeada urgente. Uma operação tapa buracos ali não vai resolver”, disse.

A rua Lafaiette Muller Leal, que liga o Parque Residencial Rondon até o Núcleo, apre-senta irregularidades em todo seu trecho, porém, na altura do Jardim América dois buracos na via forçam o motorista a desviar. Seguindo pela avenida Adriano Foganholli, marginal da rodovia, na alça de saída da rodovia Marechal Rondon, mais dois enormes buracos atrapalham a vida do cidadão que trafega por ali. A compli-cação do calçamento aumenta quando pela avenida, o moto-rista alcança o trevo de acesso à Marechal Rondon e ao Distrito Empresarial. As alças de acesso estão em estado crítico e só mesmo um recape para resolver o problema.

Na mesma região, a rua Al-vino dos Santos, uma pequena avenida que liga a Rondon com a avenida Jácomo Nicolau Pac-cola é quase que intransitável. O asfalto está deteriorado e o tráfego pela via atinge direta-mente a suspensão dos veículos.

No Núcleo Habitacional Luiz Zillo, em frente ao Gi-násio “Toniquinho” o asfalto também começa a apresentar rompimento em sua camada formando buracos na via. Na Jácomo Nicolau Paccola, aonde houve o acidente de sábado, citado acima, a Prefeitura tapou os dois buracos ainda na manhã de segunda-feira, dia 6. Apesar do serviço, devido ao tráfego, já estão se formando novamente.

Outro trecho observado pela reportagem é a rua 28 de Abril. Trafegável e considerada via de acesso rápido pela Prefeitura, a rua sofre com os mesmos pro-blemas da maioria das ruas da cidade. Toda sua extensão entre a Anita Garibaldi e a avenida Brasil está com o solo totalmen-te irregular. Ainda na 28, um buraco no asfalto já começou a incomodar os motoristas que passam pela via.

A avenida 9 de Julho sofre um tráfego intenso diariamente e apesar de estar “remendada” do começo ao fim, e possível transi-tar sem maiores problemas, pe-quenos buracos podem ser sen-tidos em toda sua extensão mas, uma irregularidade no asfalto na esquina com a rua Geraldo Pe-reira de Barros pode facilmente estourar uma suspensão ou cau-sar um acidente, principalmente se for uma motocicleta que passa pelo local. Essas irregularidades são causadas devido ao fluxo de veículos sobre os “remendos” deixados pelo SAAE ou pela própria Prefeitura.

Ainda no centro, outros dois pontos com o mesmo tipo de irregularidade no asfalto estão na esquina da Cel. Joaquim Gabriel, no cruzamento da Geraldo Pereira de Barros, bem em frente ao posto da CPFL e na Ignácio Anselmo, abaixo da rua XV de Novembro. O asfalto formou ‘rugas’ nestes pontos que causam solavancos consi-deráveis nos veículos e podem causar quedas de motociclis-tas. Na Joaquim Gabriel uma “obra” na via deixou o asfalto irregular por alguns metros e com bastante pedrisco solto.

Já na Cel. Joaquim Anselmo Martins, as irregularidades na pista de rolamento são percep-tíveis em toda sua extensão. Po-rém, no início da avenida José Antônio Lorenzetti, na Vila Contente, a situação está pior. O piso do lugar está deteriorado e completamente irregular.

Outras vias no centro da cidade, como a Piedade, Tre-ze de Maio, Anita Garibaldi, apresentam irregularidades na

pista de rolamento com asfalto danificado ou irregularidades que afetam diretamente os veículos que por elas circulam.

Também considerada via rá-pida pela Prefeitura, para aliviar o trânsito no centro da cidade as ruas Cristóvão Colombo, Tomé de Souza, Avenida Orígenes Lessa, todas apresentam proble-mas. Na Cristóvão Colombo a situação fica gravíssima com a falta de manutenção na ponte que faz a ligação entre os bairros.

BairrosA reportagem também tran-

sitou pelos bairros para saber como estão as ruas de menor fluxo e constatou que também na região periférica da cidade existem irregularidades no as-falto, mesmo em bairros novos.

No jardim Itamaraty estão os maiores problemas de asfalto, juntamente com o Jardim Caju.

No Itamaraty existem ruas em pior situação que estradas de terra de nossa zona rural.

Na avenida Orígenes Lessa o tráfego se complica, mas não por irregularidade na pista, mas pelo confusão no cruzamento com a Henrique Lozinkas. Ali, todos os mo-torista são obrigados a parar, enquanto a preferencial de-veria - se fossem respeitadas as leis nacionais de trânsito - ser daquele que trafega pela avenida no sentido centro - bairro, que é subida.

O mini trevo construído no local ‘desconstrói’ a tendencia natural do motorista que per-gunta: quem será o responsável em um possível acidente no local? A Prefeitura ou quem planejou a mini - rotatória?

Mais problemasOutra situação não ligada

ao solo, mas que incomoda os motoristas ouvidos é a falta de abertura para passagens na ex-tensão da rua Pelegrino e Jáco-mo Augusto Paccola. Nos dois casos os motoristas precisam trafegar por maiores distâncias para poder acessar, seja o bairro Santa Terezinha ou o Grajaú.

Pode parecer um trecho pequeno, no entanto, para os moradores as aberturas nas avenidas poderiam cooperar na economia de combustível.

Já no centro da cidade no que diz respeito a mobilidade urbana, existe proibição de estacionamento em inúmeros locais irregulares. São centenas de faixas amarelas distribuídas por todo o centro da cidade. Por outro lado, locais aonde o estacionamento poderia ser proibido, justamente para faci-litar a locomoção, é franqueado.

Um exemplo é a região da

rodoviária, na avenida 25 de Janeiro. Se houver um carro, um ônibus e logo atrás mais dois carros e o seu veículo, no sentido centro - bairro, dependendo da quantidade de

veículos no sentido contrário, quando o semáforo abre, o carro e o ônibus seguem, só que o ônibus é obrigado a parar para entrar na rodoviá-ria, proporcionando que vem atrás fique parado no meio do cruzamento sob o semáforo.

Quem já passou por essa situação sabe o quanto é desa-gradável. Uma solução seria a proibição de estacionamento em todo o trecho da avenida. Mas não é apenas naquele local que o estacionamento liberado atravanca o trânsito.

RemendoDurante a semana a Pre-

feitura realizou uma operação tapa buracos no centro de Lençóis Paulista minimizando o problema que deverá ser sa-nado apenas com recapes.

Curiosamente, a operação ocorreu depois que um fiscal da Prefeitura presenciou o re-pórter fotográfico registrando as irregularidades do asfalto na região central da cidade.

Buracos? - Na rua 28 de Abril, cratera começa a se formar. Irregularidades por todo lado

Inteira - Na rua Silvio Capelari a reportagem contou 68 buracos abertos no asfalto. Operação tapa buracos não resolve mais problema

Todas - É quase impossível encontrar uma rua sem irregularidade no solo ou buracosNo bolso - Maior causador de danos nos veículos são os buracos

Fotos: Billy Mao

6LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Já começou a maior festa do milho da nossa região!

Na avenida Jácomo Nicolau Paccola,no Bairro Rondon

Apesar de pe-queno e uma aparente falta de áreas de conser-vação e biodiver-sidade, o muni-cípio de Lençóis Paulista abriga uma enorme ri-queza e abundân-cia de espécies da fauna e flora de dois dos biomas mais importantes e ameaça-dos do mundo, o Cerrado e a Mata Atlântica.

A Mata Atlântica em especial, é encontrada em nossa região em uma forma (fitofisionomia) conheci-da cientificamente como Floresta Estacional Semi-decidual ou Mata Atlântica de interior. Esse tipo de vegetação é encontrada por toda a região interiorana do estado de São Paulo, inclusive no município de Lençóis Paulista.

Apesar disso, muitas das espécies registradas em nos-sa região estão tentando resistir nesses poucos frag-mentos, às pressões agrope-cuárias e crescimento urba-no desordenado, causados pelo ser humano. E uma das espécies de primatas, ou seja, “macacos do novo mundo” – que são macacos encontrados no continente americano – mais ameaça-das de extinção no mundo, o Mico-leão-preto (Leon-topithecus crysopygus), pode ser encontrado, em grupos muito pequenos em indivíduos, em uma faixa contínua ainda preservada na zona rural de nosso mu-nicípio, sobre posse duas propriedades particulares.

No sábado (28/05) eu registrei um grupo de 4 in-divíduos em um fragmento em nosso município, foi uma emoção indescritível, poder admirar essa espé-cie que é tão incomum e extremamente ameaçada e difícil de encontrar, até mesmo por pesquisadores especialistas que trabalham com a espécie. Os animais ficaram bastante curiosos e alterados, vocalizando bem alto. Depois disso, contatei alguns pesquisadores que são referência na conser-vação da espécie para que possamos dar mais atenção a esses animais que estão

praticamente es-quecidos em nos-sa região.

Ma s a f i n a l , “q u e b i c h o é esse?”, vocês me perguntam. O Mico-leão-preto é um macaco da família dos Cal-

litrichidae, que engloba todos os micos encontrados no país. Ele é um animal de pequeno porte com peso médio de 550g e se alimenta de frutos, fungos, artrópo-des, pequenos vertebrados e ovos de outros animais. Estes animais vivem em pequenos grupos, monogâ-micos (tendo um parceiro para toda a vida) e poliân-dricos (tendo mais de um parceiro durante sua vida). Nas florestas, os indivíduos dificilmente descem ao solo, sendo observados somente nos dosséis das árvores, en-tre 5 e 15 metros de altura.

A espécie que ocorria em todo o Planalto Paulista, atualmente está restrita a fragmentos no centro e oeste do estado de São Paulo e extremo norte do Paraná, ocorrendo somente em 4 pequenas regiões, sendo elas: Parque Estadual Morro do Diabo e fragmentos de entorno, Parque Estadual Carlos Botelho, Estação Ecológica de Caetetus e em outros pequenos fragmentos de Mata Atlântica, sendo um deles, o encontrado em Lençóis Paulista. A espécie é considerada como “Em perigo”, conforme lista ver-melha de animais ameaça-dos de extinção no mundo, pela International Union for Conservation of Nature (IUCN) e como “Vulnerável à extinção” no estado de São Paulo pela lista do Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

É de suma importância que mais estudos sejam feitos sobre a ecologia da espécie para poder preser-var e conservar um bicho tão carismático e que pode, futuramente, desaparecer da natureza.

Leonardo Henrique da Sil-va, graduando em Ciências Biológicas e Pesquisador Am-biental.

lEonArDo HEnriqUE DA silvA

Lençóis Paulista abriga uma dasespécies de primatas mais

ameaçadas de extinção do mundo

Foto: Zoológico de Bristol

DAEE é responsável por conceder autorização para construção e uso de represas, mas não incluiu no laudo nenhuma área de Lençóis; vereadores questionam fato do departamento ser ligado ao governo do PSDB

Órgão responsável por represas diz queapenas chuva causou inundação em janeiro

Tânia MorbiEm relatório enviado ao

Ministério Público, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão do Governo do Estado, concluiu que o rompimento das repre-sas da região de Borebi pouco contribuiu para a enchente que devastou parte de Lençóis Paulista e de Borebi, em janeiro deste ano. A avaliação foi criti-cada pelos vereadores, durante a sessão da Câmara, na segunda-feira, dia 6. Alguns chegaram a questionar a legitimidade do órgão para avaliar assunto de sua responsabilidade.

Como Gumercindo Ticia-nelli Jr (DEM), que pontuou o fato do DAAE pertencer ao governo estadual, que também é do PSDB, mesmo partido da administração municipal. “Só para lembrar, o DAEE é comandado pelo PSDB, que é o governo. Ele vai dar o parecer que a prefeita (Izabel Lorenzet-ti) quer, porque é do mesmo partido”, disse, ao fazer uso da tribuna na sessão.

Já o presidente da Câma-ra, Anderson Prado de Lima (REDE) lembrou que é o pró-prio DAEE o responsável pela autorização para que os pro-prietários construam e usem as represas, ou seja, é ele que garante a qualidade da obra e se está dentro dos parâmetros exigidos. “Como eu posso confiar no laudo de quem tem a obrigação de fiscalizar as re-presas. O DAAE jamais diria que a causa (da enchente) são as represas. Jamais o órgão que é o responsável pelo rompi-mento das represas devido à sua incompetência na observância da manutenção das mesmas admitiria isso”.

Uma das críticas mais con-tundentes foi feita pelo verea-

dor Francisco de Assis Naves (PDT). Chico citou partes do relatório que, em sua análise, contradizem a avaliação de que as represas tiveram pouca parti-cipação na enchente, por indi-carem que a água proveniente das represas contribuíram para que o nível do rio aumentassem em cerca de um metro. “A men-sagem passa que as represas não têm culpa nenhuma”, e citou ponto do laudo que afirma que as represas contribuíram para que o nível da água subisse em, pelo menos, um metro. “Se não fossem as represas, casas com dois metros de água teriam um só, nível abaixo dos anos anteriores. Se contribuiu em um metro, a casa que encheu em um metro, não teria sido atingida”, disse Chico.

O vereador pedetista tam-bém questionou outro ponto do laudo, que afirma que todas as represas tinham outorga e licença, mas como romperam, segundo o DAEE, não dá para

garantir se a construção estava de acordo com os projetos aprovados. “O laudo diz que depois do estouro não pode ver se as represas estavam corretas”.

Para o vice-presidente da Mesa, Humberto José Pita (PRB), o fato dos governos do Estado e do município serem do PSDB precisa ser conside-rado ao se analisar o laudo do DAEE, mas independentemen-te disso, a administração da cidade falhou no atendimento posterior à enchente. “O laudo diz que as represas não tiveram participação. Mas, in-felizmente, o PSDB tem tudo na mão, tem laudo, quem fis-caliza as represas e tem jornal também. Já comerciantes e moradores estão esperando. E a solução, senhora prefeita? O povo está com medo. Que solução deram? Nada, nada”, lamentou Pita.

A enchente que atingiu Len-çóis nos dias 12 e 13 de janeiro afetaram pelo menos 250 imó-veis, deixando 800 desalojados e outros 100 desabrigados. Em razão dos estragos, foi decretado estado de emergência. Além da limpeza, desde então, a recupe-ração do município por parte da Prefeitura basicamente é a recuperação de pontes da zona rural. Nenhuma ponte afetada na área urbana foi recuperada.

O DAEE é o órgão responsá-vel pela outorga e fiscalização de represas. O laudo apresentado agora foi emitido a partir de

vistoria realizada por técnicos em 18 de janeiro. A visita a represas apenas de Borebi foi foi feita a pedido do Ministé-rio Público. Na avaliação do DAEE, o rompimento das bar-ragens contribuiu para a cheia histórica, mas não foi decisivo para que ela ocorresse. O órgão atribuiu o fato à quantidade de chuva que caiu sobre a cidade.

Ministério PúblicoCom base no laudo, a pro-

motora de Justiça Débora Orsi Dutra, que instaurou inquérito civil para investigar as causas da enchente e propor ações para evitar novas inundações, explicou que proprietários das represas que romperam não serão responsabilizados. O MP realiza, no dia 5 de julho, no lIons Clube, a partir das 9h, audiência pública para apresen-tar à população o resultado do IC. Na sequência, segundo a promotora, será elaborado um plano de prevenção a enchentes.

Porém, a Débora Orsi Du-tra ainda aguarda a vinda dos técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que irão fazer o mapeamento das áreas de risco e apontar quais deverão ser as ações, que podem incluir a retirada das famílias dos locais de risco, indenização e demolição dos imóveis.

Uma parceria entre o Lions Clube de Lençóis Paulista e a diretoria municipal de Edu-cação leva para os alunos do sétimo ano da escola Philomena Briquesi Boso, de Alfredo Gue-des, o programa “Lions Quest”. Com foco em habilidades para vida e prevenção do uso de drogas, o programa é imple-mentado pela Fundação de Lions Clubs International em

Programa internacional Lions Questchega aos alunos de Alfredo Guedes

mais de 50 países para ensinar aos jovens comportamentos necessários para conquistar o sucesso pessoal e profissional.

O trabalho, que vai até o ano qaue vem, foi lançado na sexta-feira, dia 3, por repre-sentantes do Lions de Lençóis, mas divulgado apenas na sex-ta-feira, dia 10, pel assessoria da Educação. 26 alunos vão participar do programa que

oferecerá 36 encontros para trabalhar habilidades como aprender a assumir responsabi-lidades, comunicar-se de modo eficaz, estabelecer metas, tomar decisões responsáveis e resistir à pressão para o uso de drogas ou álcool. O trabalho também tem como objetivo envolver a família e a comunidade para desenvolver jovens saudáveis. “Aproximada-mente 12 milhões de adolescen-

tes se beneficiam desse programa hoje no mundo e os alunos da escola de Alfredo Guedes agora também estão tendo esta opor-tunidade”, disse Cristiane Dutra Pagan, esposa do presidente do Lions Clube de Lençóis, Nelson Antônio Pagan. “A parceria do Lions é oferecer todo o material didático, que é apostilado, e outros investimentos para ações que sejam necessárias”, explica.

O SAAE (Serviço Autô-nomo de Água e Esgotos) de Lençóis Paulista iniciou nesta semana mais uma etapa do programa de controle de pra-gas urbanas com aplicação de inseticida e raticida na rede de esgoto. A orientação é para que os moradores anotem a data da aplicação no seu bairro e mantenham tampados os ralos, vasos sanitários, pias e saídas de água da máquina de lavar. Este procedimento evita que

baratas entrem nas residências. É importante deixar portas e janelas abertas para facilitar a ventilação. Confira a seguir, o cronograma de aplicação.

No dia 13 de junho será aplicado inseticida no Resi-dencial Santa Terezinha I e II; Jardim Carolina, Residencial Antônio Lorenzetti, Jardim Príncipe, Jardim Maria Luíza I e II; em 14 de junho, nos bair-ros Vila Cachoeirinha, Jardim Monte Azul, Residencial Açaí

I e II, Jardim Maria Luíza III, Jardim Europa, Residencial Athenas e Jardim Sant’Anna. No dia 15 de junho Grajaú, Jardim Caju I e II e Ibaté. No dia 16 de junho, na região do Jardim Itamaraty, Jardim Lago da Prata, Facilpa, Núcleo Habitacional Bela Vista e Jardim Village, e no dia 17 de junho na Vila Irerê, Vila Nova Irerê, Vila São Judas Tadeu, Vila Paccola, Vila Maestra Amélia; Vila Antonieta e parte

do Centro Alto (rua Treze de Maio para cima).

No dia 20 de junho será a vez dos bairros Parque An-tártica, Jardim Humaitá; Vila Marimbondo, Vila Ubirama, Gleba Marco, Jardim Ipê, Jardim Granville, Jardim Mo-rumbi, Vila Sta Cecília, Vila Virgilio Capoani e Centro, e no dia 21 de junho no Centro baixo (rua Anita Garibaldi para baixo) e Alfredo Guedes (inseticida + raticida).

SAAE inicia nova etapa de programa de controle de pragas

Lembrança triste - Lama que escorreu com a inundação: chuva?

Ué? - Represa no Bom Jardim e Corvo Branco não foram visitadas pelo DAEE

Fotos: Billy Mao

A unidade foi inaugurada no dia 22 de maio; atendimento gradual foi no dia 27

7SAÚDELENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO

UPA completa um ano com mais de 65 mil atendimentos médicos

A UPA de Lençóis Paulista completou um ano de funcio-namento com a marca de mais de 65 mil atendimentos médi-cos, além de milhares de outros procedimentos como exames, hidratações e inalações reali-zados, segundo divulgou esta semana a diretoria de Saúde. A Unidade foi inaugurada no dia 22 de maio de 2015 e iniciou o atendimento de forma gradual a partir do dia 27.

No dia 3 de junho do ano passado, estava em pleno fun-cionamento , inclusive com a realização de raio x. A aquisi-ção do equipamento digital é considerada um dos principais ganhos com a inauguração do novo serviço de urgência e emergência, visto que possibi-litou a presença de técnico 24 horas por dia. “O paciente só espera pelo raio x caso exista recomendação médica para um outro procedimento antes deste exame. Por exemplo, se o médico recomendar que o paciente faça uma inalação antes de passar por um raio x dos pulmões. Esperar pelo raio x no horário em que os técnicos estavam de plantão é uma quei-xa que conseguimos extinguir. Com isso ganhamos agilidade no diagnóstico e mais conforto para as pessoas que necessitam do serviço”, ressalta o diretor de Saúde, Márcio Caneppele Santarém.

Entre 3 de junho de 2015 a 3 de junho de 2016 14.078 pacientes passaram pelo raio x da UPA. Nesse período foram realizados 18.379 exames. Esse número pode subir para mais de 25 mil se forem consideradas as incidências, que é quando é necessário tirar mais de uma chapa da mesma parte do corpo para ser possível o diagnósti-co. Mais de 70% dos raios x realizados na UPA tiveram

resultado normal.Com uma equipe de aproxi-

madamente 120 profissionais - incluindo o pessoal do Samu e do Resgate Integrado – a inau-guração da UPA possibilitou um espaço mais adequado para os atendimentos de urgência e emergência, e também para o serviço ambulatorial.

CONFIRA AL-GUNS NÚMEROS DE

ATENDIMENTO:Atendimento médico –

65.238Eletrocardiograma – 2. 938Administração de medica-

mentos na atenção especializa-da – 44.925

Aferição de pressão arterial – 46.963

Inalação/ nebulização – 1.534

Atendimento de urgência em pequeno queimado – 35

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

CARNE NO MOLHO DE CERVEJA PRETA

INGREDIENTES1 kilo paleta bovina em cubosQuanto baste sal Qb pimenta do reino Qb óleo vegetal 05 cebolas cortadas em quartos02 colheres açúcar mascavo Qb água o suficiente para cozinhar600 ml cerveja escura100 g mostarda tipo dijon20 ml Vinagre de vinho branco 140 gr extrato de tomate3 colheres salsinha picadaMODO DE FAZER:1.Tempere a carne com sal e pimenta e sele (frite rapidamente a carne

de ambos os lados em óleo muito quente em uma panela grande). - 2.Retire a carne e o excesso de gordura; adicione cebolas e caramelize-as. - 3.Adicione o extrato de tomate, cozinhe por alguns minutos, adicione a água e o açúcar mascavo. - 4.Ferva muito bem. - 5.Acrescente a cerveja, reduza pela metade. Volte as carnes na panela. - 6.Adicione a mostarda e o vinagre , tampe e cozinhe em fogo brando até que se torne tenro (tempo aproximado de cozimento 1 hora).Ajuste o sal se necessário e jogue por cima a salsinha picada. BOM APETITE!

Equipe - Parte dos funcionários da Ocas que atuam na UPA, em Lençóis Paulista: atendimento não para, mesmo com atrasos e reclamações

Divulgação/Internet

8LENÇÓIS PAULISTA, 11 DE JUNHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOSUA IMAGEM

PROCURA-SE e GRATIFICA-SEEsta cachorrinha atende pelo nome de LUNA

Desapareceu da Vila São JoãoQuem estiver com ela ou encontra-la, por favor,

entre em contato imediatamente pelos tele-fones: 3263.3735 ou 9977.68644, com Katya.

Obs.: Esta cachorrinha precisa tomar medicamentos, e ela se encontra vestindo uma Blusinha de onça e uma outra da cor Azul.

Ela tem 11 anos e tem problema de saúde como: baço inchado, doença hepática no fígado, gravidez psicológico

e precisa ser levado diariamente em veterinários.

Amanhã - Almoço com costelão de chão será o prato principal amanhã na Festa do Milho

Nós somos a energia para o futuro.

Honramos as conquistas do passado,trabalhamos para criar o presentee inovamos para o futuro.

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Neste final de semana pros-segue no Núcleoi Luiz Zillo a 41ª Festa do Milho Verde, que acontece nas barracas montadas na Avenida Prefeito Jácomo Nicolau Paccola, na altura do número 503. A festa vai até o dia 26 deste mês.

Todos os pratos produzidos com milho serão servidos neste sábado e domingo, quando também será oferecido, a partir das 12h, o almoço costelão no chão. Quem quiser pode pedir pelo disk entrega, que este ano está funcionando pelo telefone 3264-1916 e 99717-1916.

Nos próximos finais de se-mana, além dos pratos típicos, será servido almoço mineiro

Festa do Milho vai até final do mês(dia 19) e almoço com costelão no milho (dia 26). Antes, no dia 24, será realizado show de prêmios. A festa é organizada pela paróquia São Pedro e São Paulo, do Núcleo.

A festa do milho verde ante-cipa as comemorações por um dos padroeiros da paróquia, São Pedro, comemorado em 3 de julho. Por isso, neste dia será realizada missa com com procis-são da imagem dos padroeiros pelas ruas da cidade. Também haverá tríduo em homenagem aos santos no final do mês.

No dia 2, dentro da pro-gramação festiva, será rea-lizado show com o grupo Adoração e Vida.

A festa em comemoração a Santo Antonio continua neste final de semana, com progra-mação festiva e religiosa.

O tríduo, que começou nesta sexta-feira, dia 10, quando foi realizada também a Santa Missa seguida de show de prêmios, no Lions Clube, terá continuidade hoje, às 18h, na Capela Santo Antônio. Após a Santa Missa será realizada Festa Junina e Quermesse, com a apresentação de dança Pau de Fita, com gru-po da Casa da Cultura.

No domingo, dia 12, o ter-

“Santo dos namorados” é comemorado neste fim de semana no Corvo Branco

ceiro dia do tríduo, será tam-bém realizado na capela Santo Antônio, a partir das 11h, e será seguido de procissão. Após a missa, será servido almoço (churrasco), na barraca do Cor-vo Branco. Às 13h será servido o bolo com a medalha de Santo Antônio e realizado o sorteio de uma televisão, às 13h.

Na segunda-feira, dia 13, Dia do Padroeiro dos Namorados, às 19h30 haberá missa solene de Santo Antônio com benção dos pães na Matriz Nossa Sra. Aparecida, na Vila Cuzeiro.

Lençóis Serviços Contábeis - Av. Brasil , 872 - CentroLençóis Paulista - SP - TEL: ( 14 ) 3269-4400

A gente olha o mundo de forma diferente.

ALUGA-SE QUITINETELocalizada na Vila São João Av. José Antonio Lorenzetti

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Quase pronta - Segue a construção da sede definitiva da OAB/Lençóis Paulista, obra que vem sendo realizada no bairro Virgílio Capoani. Esta semana, o presidente da Ordem local, advogado José Moraes Salles Neto, recebeu as paredes, que são painéis cerâmicos, construí-dos sob medida para o projeto da casa. Os painéis ou paredes são formadas por duas camadas de concreto armado com o preen-chimento interno de elementos cerâmicos. O chamado Sistema Construtivo em Painéis Cerâ-micos acelera o andamento da

obra e torna a construção mais barata, ao evitar o desperdício, com a garantia de redução de 85% na geração de resíduos, o que garante menor impacto ambiental. Apesar da instabi-lidade do clima, a expectativa de Salles é que a obra possa ser concluída entre os meses de outubro e novembro. “Na sede atual, não temos condição de abrigar bem as pessoas, as vezes cerca de 30 ou 40 que procuram a OAB por dia. Lá o espaço foi pensado para este atendimento, que vai melhorar muito”, disse o presidente.

A LwarceL ceLuLose convidA você A descobrir A

beleza escondida em nossas florestaspelA lente dos jovens de lençóis pAulistA

Para comemorar os 30 anos da Lwarcel Celulose e celebrar o mês do Meio Ambiente, apresentamos o Projeto BeLezA esCondidA - A Arte nA FLorestA.o projeto cultural realizou oficinas gratuitas de fotografia para 140 jovens de Lençóis Paulista, cujas obras apresentaram as florestas repletas de cores, movimentos e curiosidades, por meio da técnica da macrofotografia.

InspIrados pelos desafios, preparados para o futuro!

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Venha conferIr a exposição projeto fotográfico

“Beleza escondida - a arte na floresta”c o n h e ç a o s d e ta l h e s da s f l o r e s ta s r e p l e ta s d e c o r e s ,

m o V I m e n t o s e c u r I o s I da d e s .

de 9 a 19 de junho, das 8h às 22h, na casa da cultura – entrada gratuita.