Jornal Santuário de Aparecida - 20 de janeiro de 2013

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VIDA PASTORAL DA SOBRIEDADE | PARA TRATAR DEPENDENTES, ESPIRITUALIDADE É INDICADA POR ESPECIALISTAS Pastoral cumpre papel importante no Brasil Eduardo Gois [email protected] Não é de agora que os diversos tipos de drogas são um verdadeiro pesadelo na vida das pessoas. Em um mundo com valores cada vez mais deturpados é muito difícil se livrar das garras do vício, principalmente quando se está sozinho. O bom é que ainda existem iniciati- vas transformadoras capazes de mudar rumos, modificar histórias e salvar famí- lias. Em 1996, o Papa João Paulo II lançou um desafio: lutar contra o flage- lo da dependência química. De lá para cá foram inúmeras as iniciativas pelo mundo, em busca de tempos melhores, sem as manchas e as feridas causadas pelas drogas. Inspirado no pedido do Papa, em aceitar construir uma nova jornada, e na morte de dois sobrinhos dependentes químicos, o bispo da Diocese de Lins, dom Irineu Danelon, foi instigado em concretizar o desafio do Papa aqui no Brasil. Era a semente que um dia viria a germinar e dar vida à respeitada Pastoral da Sobriedade, que luta de maneira ativa pela melhoria de vida dos dependentes. “O apelo do Papa mexeu comigo, mas as mortes de meus sobrinhos foram responsáveis por um ímpeto, uma espé- Saiba como implementar a pastoral De acordo com dom Irineu, é essencial que o pároco apoie e que o grupo vá em busca de pessoas que estejam dispostas a fazer um curso de forma- ção básica, porque não basta ter boa vontade, pois a problemática é tão variada que necessita de estudo e formação prévia. Atualmente existem cursos de formação para agentes de Pastoral. No Brasil já são mais de 200 mil agentes formados. Um segundo passo é a escolha de um local para os encontros. Normal- mente são escolhidos locais desco- nhecidos, neutros, pois normalmente, no início, os participantes sentem-se envergonhados e constrangidos e não querem se identificar. A média de participantes por grupo é de 25 pessoas. “Somente no ano passado resga- tamos 70 mil vidas, mas muitas foram perdidas. Estamos fazendo aquilo que está ao nosso alcance. Deixar alguém morrer quando se pode salvar é tão culposo quanto matar. Eu apelo para que não tenham medo, porque quem tem medo de morrer acaba morrendo de medo”, dialoga o fundador da pastoral. Siga as dicas: O pároco ou o responsável pela comunidade eclesial, por recomenda- ção do Conselho Pastoral, por inicia- tiva própria ou por sugestão de algum leigo, convida um grupo de pessoas para trabalhar a favor da vida, a fim de formar na paróquia uma equipe, de quatro pessoas, interessadas na implantação do Grupo de autoajuda da Pastoral da Sobriedade, priorizan- do novas lideranças. O segundo passo é encaminhar os componentes da equipe à partici- pação no Curso de Capacitação de Agentes da Pastoral da Sobriedade. Depois articula-se entre agentes e o pároco o local, dia e horário das reuniões do Grupo de autoajuda da Pastoral da Sobriedade. Envia-se a cópia da Ata de Abertura do Grupo de autoajuda para a Coordenação Diocesana Regio- nal / Nacional, assinada pelo pároco, coordenador paroquial, secretário e tesoureiro, para efeito de registro. Antes de abrir o Grupo de AutoAjuda é necessário vivenciar um Ciclo dos 12 Passos. Abrir o Grupo para a comu- nidade no 1º Passo, respeitando o Calendário Nacional. Desafio lançado pelo Papa João Paulo II, em 1996, foi inspiração para criação da Pastoral da Sobriedade no Brasil Dom Irineu Danelon é bispo da Diocese de Lins (SP) e fundador da Pastoral da Sobriedade Conheça a definição da Pastoral da Sobriedade É a ação concreta da Igre- ja que evangeli- za pela busca da Sobriedade como um modo de vida. É uma atuação especial em resposta ao problema social e de saúde pública do uso de drogas. A Pastoral vai além da depen- dência química. Pela Terapia do Amor trata todo e qualquer tipo de dependência. Propõe mudança de vida. Vem para resgatar e reinserir os excluídos. Enfrenta de maneira real o problema da exclusão social, da misé- ria e da violência. Valoriza a pessoa humana. cie de inspiração divina e profética”, conta dom Irineu Danelon. O bispo, que na ocasião (1997) era assessor nacional da Pastoral da Juventu- de e da Educação, enxergou uma oportu- nidade, formou grupos com pessoas que partilhavam dos mesmos sonhos e ideais e levantou um abaixo-assinado, em nível nacional, solicitando que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovasse uma Campanha da Fraterni- dade (CF) sobre a questão da droga. E assim foi feito: em 2001, Vida sim, droga não! foi o tema motivador da CF. No mesmo ano, durante a Assem- bleia Geral, os bispos aprovaram a cria- ção da Pastoral Sobriedade. Ainda que achassem que as pastorais da educação, da juventude ou da saúde pudessem ser as responsáveis, foram convencidos de que a melhor solução seria uma pastoral específica, diante de temas tão urgentes e difíceis. Já são 15 anos de trabalho, mais de dois mil grupos espalhados por todo o país, quase cinco milhões de pesso- as assistidas, subsídios traduzidos para outras línguas e possibilidades de imple- mentação da Pastoral em outros países. Metodologia em 12 passos Os 12 Passos da Pastoral da Sobrie- dade são vivenciados periódica e cicli- camente, traduzindo um Programa de Vida Nova que cumpre a primeira missão da Igreja: a evangelização. Admitir, confiar, entregar, arre- pender-se, confessar, renascer, repa- rar, professar a fé, orar e vigiar, servir, celebrar, festejar. São passos propostos pelos Alcoólicos Anônimos (AA), que na Pastoral da Sobriedade carregam um diferencial, que é o conteúdo reli- gioso. Os 12 passos da Pastoral da Sobrie- dade direcionam que não basta libertar- -se do vício, é preciso ser uma pessoa nova, nascer novamente para entrar no Reino de Deus. “O sucesso é devido ao empréstimo da pedagogia usada há mais de 80 anos pelo AA e pelo acréscimo que fizemos da palavra de Deus em cada um dos passos”, conta o bispo. Reprodução Leonardo Meira/ JS JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 20 DE JANEIRO DE 2013 8

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Editoria: Comportamento

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VIDA

PASTORAL DA SOBRIEDADE | PARA TRATAR DEPENDENTES, ESPIRITUALIDADE É INDICADA POR ESPECIALISTAS

Pastoral cumpre papel importante no BrasilEduardo Gois

[email protected]

Não é de agora que os diversos tipos de drogas são um verdadeiro pesadelo na vida das pessoas. Em um mundo com valores cada vez mais deturpados é muito difícil se livrar das garras do vício, principalmente quando se está sozinho.

O bom é que ainda existem iniciati-vas transformadoras capazes de mudar rumos, modificar histórias e salvar famí-lias.

Em 1996, o Papa João Paulo II lançou um desafio: lutar contra o flage-lo da dependência química. De lá para cá foram inúmeras as iniciativas pelo mundo, em busca de tempos melhores, sem as manchas e as feridas causadas pelas drogas.

Inspirado no pedido do Papa, em aceitar construir uma nova jornada, e na morte de dois sobrinhos dependentes químicos, o bispo da Diocese de Lins, dom Irineu Danelon, foi instigado em concretizar o desafio do Papa aqui no Brasil. Era a semente que um dia viria a germinar e dar vida à respeitada Pastoral da Sobriedade, que luta de maneira ativa pela melhoria de vida dos dependentes. “O apelo do Papa mexeu comigo, mas as mortes de meus sobrinhos foram responsáveis por um ímpeto, uma espé-

Saiba como implementar a pastoral

De acordo com dom Irineu, é essencial que o pároco apoie e que o grupo vá

em busca de pessoas que estejam dispostas a fazer um curso de forma-ção básica, porque não basta ter boa vontade, pois a problemática é tão variada que necessita de estudo e formação prévia.

Atualmente existem cursos de formação para agentes de Pastoral. No Brasil já são mais de 200 mil agentes formados.

Um segundo passo é a escolha de um local para os encontros. Normal-mente são escolhidos locais desco-nhecidos, neutros, pois normalmente, no início, os participantes sentem-se envergonhados e constrangidos e não querem se identificar. A média de participantes por grupo é de 25 pessoas.

“Somente no ano passado resga-tamos 70 mil vidas, mas muitas foram perdidas. Estamos fazendo aquilo que está ao nosso alcance. Deixar alguém morrer quando se pode salvar é tão culposo quanto matar. Eu apelo para que não tenham medo, porque quem tem medo de morrer acaba morrendo de medo”, dialoga o fundador da pastoral.

Siga as dicas:

– O pároco ou o responsável pela comunidade eclesial, por recomenda-ção do Conselho Pastoral, por inicia-tiva própria ou por sugestão de algum leigo, convida um grupo de pessoas para trabalhar a favor da vida, a fim de formar na paróquia uma equipe, de quatro pessoas, interessadas na implantação do Grupo de autoajuda da Pastoral da Sobriedade, priorizan-do novas lideranças.

– O segundo passo é encaminhar os componentes da equipe à partici-pação no Curso de Capacitação de Agentes da Pastoral da Sobriedade.

– Depois articula-se entre agentes e o pároco o local, dia e horário das reuniões do Grupo de autoajuda da Pastoral da Sobriedade.

– Envia-se a cópia da Ata de Abertura do Grupo de autoajuda para a Coordenação Diocesana Regio-nal / Nacional, assinada pelo pároco, coordenador paroquial, secretário e tesoureiro, para efeito de registro.

– Antes de abrir o Grupo de AutoAjuda é necessário vivenciar um Ciclo dos 12 Passos.

– Abrir o Grupo para a comu-nidade no 1º Passo, respeitando o Calendário Nacional.

Desafio lançado pelo Papa João Paulo II, em 1996, foi inspiração para criação da Pastoral da Sobriedade no Brasil

Dom Irineu Danelon é bispo da Diocese de Lins (SP) e fundador da Pastoral da Sobriedade

Dom Irineu Danelon é bispo da Diocese de Lins (SP) e fundador da Pastoral

Conheça a definição da Pastoral da Sobriedade

– É a ação concreta da Igre-ja que evangeli-za pela busca da Sobriedade

como um modo de vida.– É uma atuação especial em

resposta ao problema social e de saúde pública do uso de drogas.

– A Pastoral vai além da depen-

dência química. Pela Terapia do Amor trata todo e qualquer tipo de dependência.

– Propõe mudança de vida.– Vem para resgatar e reinserir os

excluídos. – Enfrenta de maneira real o

problema da exclusão social, da misé-ria e da violência.

– Valoriza a pessoa humana.

cie de inspiração divina e profética”, conta dom Irineu Danelon.

O bispo, que na ocasião (1997) era assessor nacional da Pastoral da Juventu-de e da Educação, enxergou uma oportu-nidade, formou grupos com pessoas que partilhavam dos mesmos sonhos e ideais e levantou um abaixo-assinado, em nível nacional, solicitando que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovasse uma Campanha da Fraterni-dade (CF) sobre a questão da droga. E assim foi feito: em 2001, Vida sim, droga não! foi o tema motivador da CF.

No mesmo ano, durante a Assem-bleia Geral, os bispos aprovaram a cria-ção da Pastoral Sobriedade. Ainda que achassem que as pastorais da educação, da juventude ou da saúde pudessem ser as responsáveis, foram convencidos de

que a melhor solução seria uma pastoral específica, diante de temas tão urgentes e difíceis.

Já são 15 anos de trabalho, mais de dois mil grupos espalhados por todo o país, quase cinco milhões de pesso-as assistidas, subsídios traduzidos para outras línguas e possibilidades de imple-mentação da Pastoral em outros países.

Metodologia em 12 passos Os 12 Passos da Pastoral da Sobrie-

dade são vivenciados periódica e cicli-camente, traduzindo um Programa de Vida Nova que cumpre a primeira missão da Igreja: a evangelização.

Admitir, confiar, entregar, arre-pender-se, confessar, renascer, repa-rar, professar a fé, orar e vigiar, servir, celebrar, festejar. São passos propostos pelos Alcoólicos Anônimos (AA), que na Pastoral da Sobriedade carregam um diferencial, que é o conteúdo reli-gioso.

Os 12 passos da Pastoral da Sobrie-dade direcionam que não basta libertar--se do vício, é preciso ser uma pessoa nova, nascer novamente para entrar no Reino de Deus. “O sucesso é devido ao empréstimo da pedagogia usada há mais de 80 anos pelo AA e pelo acréscimo que fizemos da palavra de Deus em cada um dos passos”, conta o bispo.

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JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 20 DE JANEIRO DE 20138

Profissionais de psicologia aprovam espiritualidade como metodologia em tratamentos

A entrada no mundo das drogas se dá por múltiplos fatores, mas geralmente está associada a uma tentativa de lidar com as situações problemáticas da vida.

Na avaliação do psicólogo e pesquisador na área de saúde mental em interface com a reli-gião, Maviael Filipe Lopes, o indi-víduo, ao enfrentar uma situação--problema, muitas vezes vivencia um vazio existencial, que por não saber como enfrentá-lo, busca a solução na droga, que por sua vez

atua como uma espécie de fuga

dos proble-

solução na droga, que por sua vez atua como uma

espécie de fuga dos proble-

mas, dando ao usuário uma sensação temporária de prazer e liberdade.

Ele indica que a família e amigos ocupam um papel fundamental em todos os estágios. A família pode contri-buir tanto para a inserção do indivíduo nas drogas, quanto para o seu tratamen-to, implicando, assim, uma necessidade de conduta saudável de todos os seus membros. “A família é o primeiro refe-rencial de vida da pessoa e é através dela que o indivíduo se insere em diversas esferas da sociedade. Já no tratamento, familiares e amigos precisam se mostrar presentes, para que o dependente sinta--se aceito, acolhido e passível de restau-ração”, explica.

Ele conta que a forma como o indi-víduo se relaciona consigo e com a religião, suas doutrinas, crenças e formas de cultuar podem determinar o rumo do tratamento. “A busca espiritual tende a remodelar a vida da pessoa, atribuin-do novos significados, novos hábitos e novas formas de se relacionar social-mente. Estas mudanças só se tornam possíveis quando a pessoa, de fato, passa a acreditar que pode ter uma nova vida,

sem drogas”, indica.Na opinião do psicólogo, o

tratamento, quando aplicado em um grupo que vivencia a mesma problemática, assim como é na Pastoral da Sobriedade, pode ser um grande aliado terapêutico, pois pressupõe o acolhimento como o ponto de partida. “O comparti-lhamento de suas experiências com os demais participantes pode fazer com que o usuário sinta-se aceito, diferente da sociedade que tende a excluir e marginalizar os dependentes químicos”, observa.

Lopes também cita que a metodologia dos 12 Passos pode promover o exercício da disci-plina e superação do indivíduo, através da conscientização. “Quem antes se via escravo da droga, pode agora expe-rimentar uma nova vida”,

aponta.O especialis-

ta também indica e salienta que, segundo

estudos, é na adoles-cência a fase de vida

mais fértil para o

uso indevido de drogas. É neste momen-to que o jovem pode ser influenciado por familiares, escola e grupos de amigos, vivenciando também situações de risco, tais como delinquência, precocidade nas atividades sexuais e abandono dos estudos. “É neste cenário que vemos a necessidade de se tratar o sistema fami-liar para a transformação da adicção em produção de saúde”, reflete.

Psicóloga e educadora, Shirley C. Martins de Oliveira relata que, compro-vadamente, a boa formação religiosa contribui na recuperação de dependen-tes químicos e no aumento da capacida-de de discernimento do indivíduo. Além disso, por meio da orientação e forma-ção dada pela família ou parte de seus cuidadores, pode fazer com que tornar o indivíduo livre e responsável pelas suas escolhas, de uma forma mais consciente, deixando-o menos vulnerável. 

mente à dependência, que é deter-minada por fatores de ordem gené-tica, psicológica e social.

O potencial que uma droga tem para produzir abuso e dependên-cia psicológica depende de vários fatores, como a autoadministração, os efeitos que irá provocar, como as sensações de prazer, alívio da ansie-dade e desinibição.

Também vale lembrar que em cada organismo as drogas podem apresentar diferentes efeitos, de maior ou menor intensidade.

O tempo para o início dos efeitos também é um fator muito importan-te, além da duração de ação da droga, ou seja, quanto menos tempo a dro-ga agir no organismo, mais depen-dência psicológica pode gerar.

Uma pessoa torna-se dependen-te quando apresenta di� culdade de controlar o comportamento de auto-administração da droga.

Os motivos que mais levam as pessoas a essa dependência frequen-temente estão associados ao prazer produzido pela droga, o que a faz passar a procurá-la cada vez mais.

Ambientes, pessoas associadas ao abuso de drogas, exposição a situa-ções estressantes, con� itos familia-res, separações e perdas apresentam--se como os principais motivos que justi� cam essa busca.

O apoio Segundo a psicóloga, o apoio e

o acompanhamento da família e de amigos no processo de recuperação desse indivíduo são fundamentais. “A presença da família traz o amor, o afeto e segurança, fazendo a pessoa sentir-se protegida e forte, capaz de superar todos os efeitos provocados pela droga, principalmente os efeitos desagradáveis quando se desenvolve a terapia de manutenção”, explica.

Shirley acredita que a busca por Cristo pode propiciar o encontro consigo. “O indivíduo que está em crise consigo mesmo precisa encon-trar um caminho, uma saída”, diz.

Para ela, tornar-se mais religioso pode ser, neste momento da vida, a ferramenta necessária, aquela para tornar-se imbatível diante de todas as ameaças e perigos que se apresen-tam.

“A fé pode estar associada ao processo de cura, quando consiste na crença de uma renovação. O indiví-duo que se renova é aquele que passa a acreditar que é capaz de chegar à plena satisfação, felicidade e alegria de viver a sua liberdade”, pontua.

Shirley comenta sobre a Pasto-ral da Sobriedade como um meio de atuação que vem de acordo com a missão da Igreja. “Transmite a pa-lavra do Evangelho, como forma de oferecer às pessoas um sentido de vida, contribuindo com o crescimen-to humano e espiritual”, elogia.

Lopes: “O compartilhamento de experiências com os demais pode fazer com que o usuário sinta-se aceito, diferente da sociedade que tende a excluir”

“A busca por Cristo pode propiciar o encontro consigo, dessa forma o indivíduo que está em crise precisa encontrar um caminho, uma saída”

Entendendo o universo das drogasShirley aponta que, primeiramente,

é muito importante entender que nem todo tipo de droga produz abuso e de-pendência. Por exemplo, o uso de uma droga psicoativa não leva necessaria-

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