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R aras são as cidades que misturam contrastes tão grandes entre urbanismo e natureza como Manaus que, além de estar situada em plena Floresta Amazônica, possui uma estrutura condizente com as grandes metrópoles do país. A harmonia entre a natureza exuberante, as atividades culturais e a riquíssima culinária regional, fazem da capital amazonense uma parada que agrada a todos os gostos. A arquitetura da cidade já é uma atração à parte. Seus prédios históricos construídos na áurea época da borracha, com inspirações européias, são pontos turísticos imperdíveis, com destaque para o Prédio da Alfândega, de arquitetura inglesa e o famoso Teatro Amazonas. Mensagem do Presidente Pág. 3 Andando pelo Mundo... Pág. 10 Banco de Dados da SBCT. Pág. 7 Vídeolobectomia 19 anos. Pág. 6 Manaus: palco do Tórax 2011 JORNAL Ano 2 - Edição 1 - Março de 2011 A Escola Cirúrgica de Edmundo Vasconcelos A Cirurgia, após vencer os grandes obstáculos que através dos séculos limitaram sua prática e evolução, constituiu-

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Raras são as cidades que misturam contrastes tão grandes entre urbanismo e natureza como Manaus que, além de estar situada em plena Floresta Amazônica, possui uma estrutura condizente com as

grandes metrópoles do país. A harmonia entre a natureza exuberante, as atividades culturais e a riquíssima culinária regional, fazem da

capital amazonense uma parada que agrada a todos os gostos.A arquitetura da cidade já é uma atração à parte. Seus prédios históricos construídos na áurea época da

borracha, com inspirações européias, são pontos turísticos imperdíveis, com destaque para o Prédio da Alfândega, de arquitetura inglesa e o famoso Teatro Amazonas.

Mensagem do

Presidente

Pág. 3

Andando

pelo Mundo...

Pág. 10

Banco de Dados

da SBCT.

Pág. 7

Vídeolobectomia

19 anos.

Pág. 6

Manaus: palco do Tórax 2011

JORNAL Ano 2 - Edição 1 - Março de 2011

A Escola Cirúrgica de Edmundo Vasconcelos

A Cirurgia, após vencer os grandes obstáculos que através dos séculos limitaram sua prática e evolução, constituiu-

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E d i t o r i a l -l a n o 2 e d i ç ã o 1

Página 2 - Março de 2011

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Mensagem do

Presidente

Março de 2011 - Página 3

Fábio Biscegli Jatene

Caros colegas,

Oexercício como presidente da nossa Sociedade, nestes últimos dois anos, me permitiu viver uma experiência muito enriquecedora, convivendo com as suas necessi-

dades e acompanhando o encaminhamento de soluções para as mesmas.

O que pude observar é que temos crescido, de forma con-sistente, nos últimos anos. Hoje somos mais numerosos que no passado. Crescemos em números totais e em relação ao número de especialistas. Nunca fizemos tantos transplantes de pulmão no país, como no ano anterior. Incorporamos novas técnicas e fortalecemos serviços em várias regiões.

Entretanto, este crescimento expôs algumas necessidades que precisam ser entendidas e atendidas de forma urgente, para adequar a SBCT a este novo perfil, maior e mais forte. Isto significa principalmente que temos que melhorar a nossa estrutura funcional como Sociedade. São vários itens, a seguir, destaco alguns deles.

O fortalecimento da especialidade deve se dar de forma organizada e coletiva e isto é verdadeiro tanto para os centros mais quanto para os menos ativos. Neste sentido, é indispensá-vel o fortalecimento das atuais regionais, bem como a criação de novas, com participação ativa e envolvimento real dos nossos membros. Isto permitirá mais intercâmbio, proximidade e possibilidade de buscar o bem comum, com mais facilidade.

Outro ponto importante é a possibilidade dos departamentos assumirem as suas funções, principalmente na difusão do co-nhecimento e no desenvolvimento de novas técnicas operatórias. É indispensável que a Sociedade, por meio de seus departamen-tos, supervisione e participe do treinamento de seus membros, nestas novas modalidades. É necessário que cursos avançados, que estão em processo de implantação, sejam rapidamente efetivados, para permitir que os cirurgiões torácicos brasileiros tenham acesso a eles, de forma organizada e democrática. O ideal seria que os vários centros, universitários ou não, pudes-sem se reunir, sob o interesse comum de prover treinamento de

alta qualidade, de forma estruturada e sob supervisão da SBCT para tal.

Por fim, um ponto que é cada vez mais sensível e que deve ser tratado com muita responsabilidade refere-se à defesa profissio-nal e de honorários. A forma como o exercício da Medicina atual vem sendo praticada, com interferência e agressividade das fontes pagadoras, afeta de tal maneira a prática diária, que para fazer frente a estes obstáculos, só com muita organização e união. Assim, temos acompanhado muitas sociedades médicas fortalecerem estes setores e com a SBCT não pode ser diferen-te. Na nossa Sociedade, o empenho de alguns colegas abnega-dos, pelo bem comum, aliados à consultoria de profissionais afeitos a estas questões, como advogados e consultores, tem proporcionado seguir a caminhada e solidificar a nossa posição, nesta luta cada vez mais difícil e trabalhosa. A possibilidade da SBCT lutar pelo interesse de cada um de seus membros é uma iniciativa que obrigatoriamente tem que ser lembrada a cada dia, através do fortalecimento e suporte dos setores que cuidam especificamente destes assuntos.

Portanto, em tempos de grandes mudanças, dentro da área médica e na nossa especialidade, o papel de uma sociedade não é outro senão dar suporte a seus membros em todas as interfaces, técnica, científica e profissional, com uma estratégia cuidadosamente planejada. Sob o ponto de vista prático, estes ajustes deverão culminar em reformas pontuais do estatuto, que quando finalizadas darão respaldo à nova dimensão da SBCT, para garantir seu futuro, perpetuando os princípios que nos têm norteado, mas abrindo espaço para que as novas metas sejam atingidas.

Nosso desejo mais genuíno é que todas estas ações efetivadas contaminem e entusiasmem, cada vez mais, os membros da SBCT, para que participem ativamente do crescimento da nossa Sociedade!

Abraços a todos,

Fabio Jatene

“Temos de nos ajustar à mudança dos tempos e ainda assim conservar princípios imutáveis”

Jimmy Carter

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Acirurgia, após vencer os grandes obstáculos que através dos séculos limitaram sua prática

e evolução, constituiu-se numa especialidade médica apoiada em sólidos fundamentos científicos. Surgiram as chamadas escolas cirúrgicas, grupos de médicos, geralmente em serviços universitários, liderados por um chefe carismático, disciplinador e intelectualmente superdotado, que impunha o aprimoramento técnico desta especialidade e influenciava gerações através de um trabalho profícuo e inovador.

No Brasil, muitos médicos que tiveram notável influência na formação e aprimoramento da cirurgia e no desenvolvimento de suas diversas especialidades poderiam ser citados. Entre eles, Edmundo Vasconcellos (1905 – 1990), Professor Catedrático por varias décadas na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em seu modelar Serviço de Cirurgia geral, notadamente doenças do aparelho digestivo, a partir dos anos 50.

Professor catedrático muito jovem, era ele dotado de sólida cultura geral, a par de uma extraordinária habilidade e inclinação inatas para os misteres da cirurgia, onde foi proeminente e soberbo. Decididamente autoritário ao impor a disciplina e normas em seu serviço de cirurgia, o prof. Vasconcellos era igualmente exigente no cumprimento das atividades médicas no ambulatório, na enfermaria e principalmente na sala de operações, onde observava o máximo rigor nos detalhes da técnica cirúrgica.

Foram inúmeras as suas realizações e inovações no âmbito da cirurgia. Assim, a Metodização Cirúrgica, que ele publicou em detalhes, divulgando-a para os diversos serviços universitários do país. A importância dessa metodização era especificar as atribuições e tarefas da equipe cirúrgica, com os tempos técnicos do ato operatório sincronizado, sempre numa sequência perfeita, um trabalho que, ao lado da função artesanal, tinha muito de artístico e harmonioso. Sua influência marcante se fazia igualmente através dos cursos de férias, onde anualmente compareciam cirurgiões de todo o país para atualização e reciclagem.

Foi um pioneiro na Cirurgia Torácica criando, em 1938, o primeiro Centro de Cirurgia Torácica em Campos do Jordão (SP). Nessa especialidade fez igualmente inovações criando alguns instrumentos

cirúrgicos, como o afastador de omoplata e a rugina para desperiostização costal, ainda hoje em pleno uso.

O ilustre professor participou ativa e ininterruptamente de mais de 150 congressos médicos nacionais e internacionais, tendo visitado importantes Serviços de cirurgia nos Estados Unidos, Europa e América Latina, onde era recebido com honrarias, tendo sido “Doutor Honoris Causae” de varias Universidades.

Pela sua relevante atuação em prol da Medicina, a ele foi oferecido um bisturi de ouro, sendo considerado por muitos o cirurgião dos cirurgiões. Nas suas muitas viagens, ele levava esse bisturi, sempre com a promessa de entregá-lo ao melhor profissional que conhecesse. Curiosamente, sempre o trazia de volta, comentava ele, de modo irônico e divertido!

Autor prolífico, além de inúmeros artigos médicos, publicou livros de Medicina, entre os quais “úlcera péptica” em inglês, Métodos modernos de amputação, em espanhol, Cirurgia do Megaesôfago, Psicologia da Aprendizagem médica, Oração aos médicos, etc

Edmundo Vasconcellos também era versátil nas lides intelectuais, possuindo apreciável cultura humanística. Em prosa e poesia abordou vários temas, além de demonstrar talento como conferencista e prosador, o que lhe valeu a indicação para a Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira de número 10. Por conta desta sua inclinação ao universo das artes, chegou a conhecer e receber em sua própria casa grandes nomes da arte brasileira e internacional, como Jorge Luis Borges, Di Cavalcanti, Guilherme de Almeida,Flávio de Carvalho,Flexon e muitos outros.

Edmundo Vasconcellos foi Membro Emérito do Colegio Brasileiro de Cirurgiões, do Colegio Internacional de Cirurgiões e Membro da Academia Nacional de Medicina. Faleceu em 11 de novembro de 1990, aos 85 anos. Seu nome é honrado com um importante hospital na capital paulista, situado na Vila Clementino.

Gladstone F. MachadoSócio-fundador da SBCTEspecialista em Cirurgia TorácicaMembro Emérito do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

A Escola Cirúrgica de Edmundo Vasconcelos

Página 4 - Março de 2011

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O desejo de prolongar a vida segue, ao longo da história do próprio homem, desde antes da própria Medicina, que surge e se de-senvolve, exatamente na tentativa de satisfazer o desejo da vida eterna e sem sofrimentos. Assim queriam os alquimistas que buscavam a Pedra Filosofal” e o “Elixir da Longa Vida”. Assim querem muitas das pessoas que vivem hoje. Só que a Medicina mudou, prolongou muito as expec-tativas de vida, mas tem falhado no alívio do sofrimento.

A situação de equilíbrio existe quando a Medicina oferece exa-tamente o que o paciente deseja. Quando o doente quer muito mais do que podemos oferecer, precisamos lidar com o sentimento de frustra-ção e desespero. Mas há também outro lado que tornou-se ainda mais perigoso: quando a Medicina pode oferecer muito mais do que o pacien-te deseja e o cuidar do ser humano se desvirtua no mero exercício da técnica pela técnica.

A morte foi isolada do convívio familiar e, muitas vezes, até mesmo do social. O desenvolvimento psico-lógico ficou mais lento, a procriação e as realizações foram adiadas, as pessoas ficam cada vez mais ape-gadas aos bens materiais. Perdidas, muitas vezes, não sabem nem como fazer suas escolhas e optam por se submeterem a tudo o que está disponível. Só que, com a atual tecnologia, quase tudo é permitido, mas nem tudo convém.

Ver pessoas permanecerem meses em um leito de terapia intensiva, mesmo com prognóstico reserva-do, incomodou muita gente. Casos emblemáticos como Terry Schiavo e Eliana Englaro ganharam a mídia e acaloraram os debates.

Em 2006, o Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução Nº 1805 que tornava explícito o que muitos já praticavam, a possibilidade de médicos, pacientes e familiares poderem abdicar de medidas extra-ordinárias na tentativa de adiar a morte a todo custo. A Resolução foi suspensa por liminar e os membros do Conselho foram ameaçados de processo por indução ao homicídio!

Deixou lição maior o Papa João Paulo II ao declarar: “Se, por um lado, a vida é um dom de Deus, por outro, a morte é inevitável; é neces-sário, portanto, que, sem antecipar de algum modo a hora da morte, se saiba aceitá-la com toda a digni-dade. Na iminência de uma morte inevitável, apesar dos meios usados, é lícito, em consciência, tomar a decisão de renunciar a tratamentos que dariam somente um prolonga-mento precário e penoso da vida, sem, contudo, interromper os cuida-dos normais devidos aos doentes em casos semelhantes.”

O debate acalorado e a exposição pública do tema levaram o assunto ao foro legislativo onde circulou por nove anos em, pelo menos, três projetos de lei, depois fundidos em um só. No início de dezembro de 2010 o Senado Federal finalmente encerrou a votação do projeto do senador Gerson Camata (PL 1161), que exclui de ilicitude a ortotaná-sia. De acordo com o relatório do projeto, “não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente ates-tada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente, ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descen-dente ou irmão”.

Cabe ressaltar que tal lei ainda não foi promulgada. A proposta, aprova-da pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguirá para análise da Câmara dos Deputados. O objeti-vo é acrescentar dois parágrafos ao artigo 121 do Código Penal (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), com a seguinte redação:

“Exclusão de ilicitude” §6º Não constitui crime deixar de

manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente, ou em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descen-dente ou irmão.

§ 7º A exclusão de ilicitude a que se refere o parágrafo anterior faz referência à renúncia ao excesso te-

rapêutico, e não se aplica se houver omissão de meios terapêuticos ordinários ou dos cuidados normais devidos a um doente, com o fim de causar-lhe a morte”.

Muitas pessoas ainda veem a recusa de aceitar os tratamentos disponíveis como uma forma ativa de antecipar a morte, ou seja, uma forma de eutanásia. Cabe ressal-var que a ortotanásia distingue-se da eutanásia, pois esta última se caracteriza pelo fato de que a morte advém do cometimento de ato que a provoca, enquanto que na orto-tanásia não há a prática de tal ato, resultando a morte da abstenção de procedimentos médicos considera-dos invasivos e inadequados.

Ainda é possível ver casos em que pacientes, declarados como em estado de morte encefálica, não sendo doadores de órgãos, perma-necendo ligados a aparelhos que mantém as funções vitais. Esse é o extremo! A preservação do cadáver!

Há que haver um limite, individual, em que se possa dizer que o uso da tecnologia se justifica pela qualida-de de vida e esperança. Mas, para reconhecer esse limite, é necessário ter vivido bem, de forma significa-tiva. A tentativa de adiar a morte é, muitas vezes, o desejo de recuperar o não vivido, o não dito, o tempo que passou sem se viver...

Diziam os poetas: “Para isso temos braços longos para os adeuses” (Vinícius de Morais) e “Lembra que o sono é sagrado / e alimenta de horizontes o tempo acordado / de viver” (Beto Guedes). É nossa função e nosso dever, como bons médicos, entender os desejos e sofrimentos de nossos doentes, e orientá-los em suas escolhas, não para abreviar a vida, mas para não adiar inutilmente a morte, fim inevitável de tudo o que vive.

Ricardo CaponeroOncologista Clínico e

Membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos

Março de 2011 - Página 5

Qual o melhor modo de morrer: o bom, o normal ou o sofrido?

Bioética

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Oprimeiro relato de videolobectomia foi publicado em 1992, descrevendo a técnica e o primeiro sucesso do

acesso operatório para grandes ressecções pulmonares. Os defensores do procedimento enalteceram suas potenciais vantagens como menor morbidade, rápida recuperação e melhor sobrevida, enquanto os críticos argumentavam que a operação não era equivalente, em termos oncológicos, aos procedimentos realizados por toracotomia.

A comunidade cirúrgica torácica internacional, entretanto, aceitou que havia benefício para os pacientes com doenças benignas e malignas em estádios iniciais, por evidências científicas favoráveis à videolobectomia, mas ainda havia controvérsias e especulações de toda ordem. Quinze anos depois, uma metanálise constatou resultados significante-mente favoráveis à videolobectomia, no que dizia respeito à morbidade (perda sanguínea, dor torácica, função pulmo-nar, complicações, internação e recuperação funcional), aos tratamentos oncológicos adjuvantes e à mortalidade.

Pontuar padrões técnicos (táticas, perigos, armadilhas,

problemas e suas soluções), factibilidade, segurança e eficácia são, então, fundamentais para aceitação e popula-rização da videolobectomia, ainda mais que procedimentos não-ortodoxos, como segmentectomias anatômicas e/ou estendidas, lobectomias “em manga”, arterioplastia e broncoplastia dão seus passos iniciais.

As estratégias para o acesso intercostal são a video-assistida, a videotoracoscópica, a robótico-assistida e não se afastam os arcos costais. No tratamento dos elementos do hilo lobar, a técnica padrão é aquela na qual se realiza a ligadura individualizada das estruturas vasculares e brôn-quicas.

Evidências cientificas, exigência da sociedade médica, foram apresentadas por estudos prospectivos e randomi-zados. O CALGB 39802 definiu a videolobectomia como factível, com tempo operatório de 130 minutos, internação 3 dias, complicações de 7,4% no grau 3 e mortalidade operatória de 2,7%(2); o ACOSOG Z0030 encontrou, em uma análise inicial, 38% de taxa de complicação operatória e mortalidade operatória geral média de 1,4%, sugerindo ainda a videolobectomia como novo padrão de referência para o manejo operatório do NSCLC em estádio inicial; em análise secundária, o mesmo estudo apontou como significantes menor tempo operatório, menos complicações respiratórias e menor tempo de internação; além disso, também demonstrou que a dissecação linfonodal mediasti-nal não aumentou a sobrevida dos doentes com NSCLC em estádio inicial, quando a amostragem pré-ressecção dos linfonodos foi negativa e indicou que a dissecação também não diminuiu a incidência de recorrência local ou a distân-cia. Morbidade estatisticamente significante baixa (16,4% x 31,2%) e melhora da taxa de sobrevida (88,4% x 71,4%), quando comparada à toracotomia ,foram evidentes em revisão sistemática de estudo com 6270 doentes.

Em conclusão, a videolobectomia tem se mostrado factível, segura e eficaz alternativa para o tratamento do câncer de pulmão em estádio inicial, bem como de doenças benignas, a despeito das preocupações relacionadas à sua eficácia oncológica, determinada por critérios como res-secção completa, dissecação linfonodal mediastinal siste-mática, recorrência e taxa de sobrevida, que ainda não tem evidência demonstrada por estudos prospectivos randomi-zados de grande número de doentes. Portanto, ela pode ser superior em termos de morbidade reduzida, resposta biológica inflamatória menos intensa, melhor tolerabilidade em idosos de alto risco, melhor qualidade de vida, mortali-dade baixa e tratamentos adjuvantes permissíveis.

Página 6 - Março de 2011

Luis Carlos Losso Diretor do Centro de Medicina Torácica Minimamente Invasiva do Hospital Edmundo Vasconcelos de São Paulo

COTA BRONZE

Videolobectomia:19 anos

Para Saber Mais...Video-assisted thoracic surgery (VATS) lobectomy–report of CALGB 39802: a prospective, multi-institutional feasibility study.

Morbidity and Mortality of Major Pulmonary Resections in Patients With Early-Stage Lung Cancer: Initial Results of the Randomized, Prospective

Video-assisted thoracic surgery versus open lobectomy for lung cancer: A secondary analysis of data from the American College of Surgeons Oncology

Surgery for Early-Stage Non-Small Cell Lung Cancer: A Systematic Review of the Video-Assisted Thoracoscopic Surgery Versus Thoracotomy Approaches to Lobectomy.

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Em NÚMEROS . . .

Mario GhefterDiretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

Tórax 2011 marca lançamento do livro “Tópicos de Atualização em Cirurgia Torácica”

O Congresso Brasileiro de Cirurgia Torácica - Tórax 2011, que acontece de 25 a 28 de maio em Manaus (AM) trará, entre suas tantas atividades, o lançamento oficial do livro “Tópicos de Atualização em Cirurgia Torácica”, editado pelos doutores José J. Camargo, Secretário Científico da SBCT e Darcy Ribeiro Pinto Filho, membro da Comissão de Ensino da SBCT.

Disponibilizada inicialmente na versão online, a obra foi totalmente revisada e atualizada. Contando com a participação de quase 80 colaboradores, todos especialistas renomados pela sua atuação acadêmica e pro-fissional, representa uma nova e significativa fonte de consulta bibliográfica para a cirurgia torácica no Brasil.Composto por mais de 500 páginas divididas em 11 secções que abrigam 69 capítulos, abrange os mais diversos temas da cirurgia torácica contemporânea: Riscos e Complicações em Cirurgia Torácica, Anestesia e Analgesia, Cirurgia da Traquéia, Pleura, Mediastino, Pulmão, Esôfago, Parede Torácica, Trauma Torácico, Simpatectomia e Técnica Operatória.

Segundo os editores, o livro se caracteriza pelo formato de atualização periódica dos temas pertinentes ao trabalho cotidiano do cirurgião torácico. Sua concepção, neste sentido, projeta reedições regulares, bianuais, sem necessariamente estarem atreladas aos capítulos já editados, buscando novos temas e revisão de con-ceitos em contínua progressão.

Março de 2011 - Página 7

A Importância de um Banco de Dados da SBCT

Ocapítulo I do estatuto da SBCT reporta-se, no artigo 2o, às finalidades desta

sociedade. Em quatro de seus parágrafos identificamos formas de atuação referentes ao desenvolvimento do ensino e da pesquisa na área da Cirurgia Torácica (parágrafos f, g, h, e i).

f- Incentivar a obtenção de recursos para

o desenvolvimento da pesquisa e do ensino

em Cirurgia Torácica.

g – Sugerir, para os órgãos oficiais,

fundações ou outras entidades, os temas de

pesquisa prioritários, indicando, sempre que

possível, os centros em condições de abordar

com propriedade o assunto;

h- Dar parecer, quando solicitado, para

fundações ou institutos de auxílio à pesquisa,

sobre a distribuição de recurso para

investigação;

i – Elaborar estudos, sempre atualizados,

sobre condições materiais para o exercício da

especialidade e fornecê‐los

O ser humano é movido através de estímulos que, quando adequados, fazem com que caminhemos na direção correta (isto vale para a grande maioria dos indivíduos!!!). Funciona assim em todas as áreas, sejam elas pessoais ou profissionais. Desta forma, precisamos do estímulo certo para fazer cumprir esses parágrafos.

Possivelmente existem vários mecanismos para se atingir esses objetivos, alguns mais pesarosos que outros, exigindo do sócio uma dedicação e tempo que ele já não tem. Deveríamos então buscar formas leves e factíveis.

Por outro lado, sempre nos lembramos (às vezes ou muitas vezes parcialmente...) dos “casos” por nós atendidos, pois representam parte dos alicerces do nosso conhecimento, nos fazendo tomar decisões em casos presentes. Não é incomum numa reunião de discussão de casos, aparecer aquele “caso raro” e, quando nos deparamos durante a discussão, verificamos a existência de vários outros “casos raros” semelhantes àquele apresentado. Assim, a discussão se enriquece e todos aprendem mais. Aqui apareceram os fundamentos básicos de um banco de dados. A disponibilização dos dados discutidos, transformados em informação e consolidados como conhecimento.

Dentro desta confluência de objetivos (societários e pessoais), vejo a criação de um banco de dados na SBCT não apenas como necessária, mas urgente. Permitiria-nos, além do aprendizado,

uma autocrítica constante, ao compararmos nossos resultados com o restante da comunidade da SBCT como um todo. Incentivaria a pesquisa em áreas mais necessitadas dentro do nosso meio. Indo além do científico, poderia ser usada inclusive como ferramenta de negociação com as fontes pagadoras.

Deveria, ao meu ver, seguir os moldes do já consagrado “National Database” da Society of Thoracic Surgery. Este banco de dados foi criado em 1990, com o objetivo de melhorar a qualidade de atendimento aos pacientes. Tinha já o potencial para ser uma ferramenta usada em pesquisa clínica e cresceu de maneira exponencial, tanto em termos de participantes, como de conteúdo (informação). Tornou-se um dos instrumentos mais importantes de tomada de decisão daquela sociedade.

Enfim...“Quem detém o conhecimento,

detém o poder”. O que Mark Zuckerberg, criador da rede social Facebook, com mais de 540 milhões de usuários, diria desta frase?

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Página 8 - Março de 2011

ASociety of Thoracic Surgeons e a American Association for Thoracic

Surgery promoveram, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2011, em San Diego (California), o seu congresso anual STS/AATS Tech-Con 2011. O evento é, sem dúvida, uma das melhores opções de se ver in loco os avanços na Cirurgia Torácica no mundo, bem como os resultados finais de trabalhos iniciados vários anos atrás, sendo evidente a forte – e quase asfixiante - presença da indústria, para os nossos padrões. Mas, sem ela e sem os pesquisadores, não há evolução.

Desde a minha primeira STS, tenho procurado frequentar os STS University Courses. Neste ano, em especial, tivemos um membro do Serviço de Cirurgia Torácica da PUC-PR em três dos 12 cursos oferecidos. Pessoalmente, frequentei o Advances in VATS Lobectomy: Improved Simulation and use de Energy Devices. Foram disponibilizados, em profusão, os staplers dos dois maiores fabricantes, bem como os já conhecidos

bisturi harmônico e o sonisurg. No entanto, no meu modo de ver, teve grande impacto o modelo utilizado de pulmão e coração “funcionando” a custa de compressor, com uma simulação perfeita. Havia introdução de “sangue artificial” que, no caso de lesão, simulava com perfeição as condições durante a lobectomia vídeoassistida, dispensando o uso de animais vivos ou apenas o bloco coração-pulmão resfriado.

O Dr. Paulo Guimarães participou do Advances in Chest Wall Ressection and Reconstruction. Há uma forte pressão no sentido de se fazer o tratamento cirúrgico das fraturas de costelas com fixação através de placas e parafusos. Pessoalmente, acredito que possa ser feito, no caso de Cirurgia Torácica por outra indicação e no caso de fratura escalonada de costelas com tórax instável com grande afundamento, preferencialmente com a utilização de placas absorvíveis. A nosso ver, não é necessário fixar todas as fraturas das costelas e sim, a fixação em costelas alternadas. Foram apresentadas técnicas de ressecção e reconstrução da parede torácica.

O Dr. Rui Kuenzer Silva observou o Tracheobronquial Interventions, no qual foram apresentados o ultrassom endoscópico, a

laringoscopia de suspensão e a broncoscopia rígida. A utilização do ultrassom endoscópico em larga escala no Brasil esbarra no velho problema do custo do equipamento e sua manutenção. Seu papel no estadiamento do câncer de pulmão tem sido definido nos últimos congressos e vários trabalhos comprovaram sua utilidade. A utilização do laser e a crioterapia têm sua indicação no tratamento das estenoses e neoplasias laringo-traqueais. Foi incentivada, o que a maioria dos nossos serviços já fazem, a broncoscopia rígida no tratamento das estenoses laringo-traqueais, seja na aplicação de stents, seja nas dilatações.

Concluindo, a participação no STS/AATS Tech-Con 2011 e A STS 47th Annual Meeting e nos STS University Courses é de grande utilidade e contribui para a prática da Cirurgia Torácica de alto nível.

Professor Titular de Cirurgia e Chefe do Serviço de Cirurgia Torácica e Endoscopia Respiratória da Pontifícia Universidade Católica do ParanáPresidente da Sociedade Paranaense de Cirurgia Torácica

Avaliações da STS/AATS Tech-Con 2011por Marlos de Souza Coelho

E S PA Ç O C I E N T Í F I C O

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I N F O R M E - S E

Cirurgia Torácica Geral

Randomized trial of mediastinal lymph node sampling versus complete lympha-denectomy during pulmonary resection in the patient with N0 or N1 (less than hilar) non–small cell carcinoma: Results of the American College of Surgery Oncology Group Z0030 Trial. J Thorac Cardiovasc Surg 2011;141:662-70

O Grupo de Oncologia do Colégio Ame-ricano de Cirurgiões (ACOSOG) apresenta, neste artigo, um estudo randomizado, multicêntrico e prospectivo, que analisa os resultados da linfadenectomia versus amostragem linfática do mediastino em pacientes submetidos à ressecção do câncer de pulmão em seus estágios iniciais. É avaliada criticamente a possibi-lidade de que a sobrevida fosse maior em pacientes submetidos à linfadenectomia do que a esperada nos casos de amostra-gem linfática.

Durante cinco anos, mais de 1000 pacientes oriundos de 63 instituições e 102 cirurgiões, foram elencados para o estudo. Destes, 498 pacientes foram randomizados para amostragem linfática e 525 para linfadenectomia. Num período médio de acompanhamento de oito anos, não se observou diferenças entre o tempo de sobrevida e os índices de recidiva local, regional ou sistêmica entre os dois grupos. Concluem que, se a avaliação por amostragem pré-ressecção dos linfonodos mediastinais e hílares for negativa para malignidade, a linfadenectomia medias-tinal não melhora a sobrevida dos pa-cientes nos estágios iniciais do câncer de pulmão. Enfatizam que estes resultados não podem ser generalizados para pacien-tes estagiados apenas radiologicamente ou para aqueles que se apresentam nos estágios mais avançados

Procedimentos Minimamente Invasivos

Minimally invasive repair of pectus excavatum deformity. Eur J Cardiothora Surg 39 (2011) 149—159

Passados doze anos da introdução da técnica de Nuss para correção do pectus excavatum, uma grande quantidade de publicações é ofereci-da, muitas vezes sem uma adequada análise editorial. O artigo se propõe a revisar a efetividade do método, sua sustentabilidade técnica e identificar possíveis pontos sujeitos à correção e melhorias.

Baseado numa criteriosa revisão de mais de 80 publicações (Medline), incluindo mais de 4000 pacientes, excluiu trabalhos com menos de 10 casos ou que representassem curva de aprendizado. As variáveis são apresen-tadas com seus níveis de evidência e graus de recomendação.

Os resultados desta revisão são apresentados através da análise das seguintes variáveis: indicações da cirur-gia, resultados cosméticos sob a visão do cirurgião, resultados cosméticos sob a visão do paciente, melhora da autoestima, melhora no convívio social, capacidade pulmonar, parâmetros car-diovasculares, capacidade de exercício, qualidade de vida, resultados após a remoção da barra metálica e nos casos de reoperação.

Nas conclusões são apontadas as necessidades de normatização dos resultados na literatura e uma mais detalhada análise sócioeconômica a respeito dos benefícios e custos rela-tivos ao tratamento cirúrgico minima-mente invasivo do pectus excavatum.

Sustentam que o método é seguro, melhora a aparência e autoestima dos pacientes e pode promover bem estar e reintegração social

Tecnologias Inovativas

Endobronchial Valve Treat-ment for Prolonged Air Leaks of the Lung: A Case Series. Ann Thorac Surg 2011;91:270 –3

Uma nova aplicação das válvulas endobrônquicas, costumeiramente indicadas no tratamento do enfisema grave com hiperinsuflação pulmonar severa, é mostrada em uma série consecutiva de sete pacientes com vazamento de ar prolongado pós-ressecção pulmonar. Através de broncos-copia com balões oclusivos, utilizados para localizar os pontos de vazamento de ar, (ao insuflar o balão observa-se a redução ou desaparecimento do vazamento de ar pelos drenos) as válvulas foram colocadas de maneira precisa. O tempo médio de vazamento de ar pré-colocação das válvulas, foi de quatro semanas e a resolução, após a instalação do dispositivo, ocorreu, em média, no 4º dia. Mais da metade dos pacien-tes recebeu alta em 3 dias e nenhuma complicação referente ao procedimento ou às válvulas foi relatada.

Mesmo num pequeno grupo de pacientes, os autores susten-tam que a utilização de válvulas endobrônquicas removíveis, pode representar um método efetivo e seguro para tratamen-to intervencionista nos casos de vazamento prolongado de ar pelos drenos pleurais

Darcy Ribeiro Pinto Filho

Prof. de Cirurgia Torácica da Uni-versidade de Caxias do Sul, Chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Geral-Fundação Universi-dade de Caxias do Sul, Cirurgião

torácico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica.

Março de 2011 - Página 9

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Em meio a toda essa mudança, o saber médico continua, em muito,

De qualquer forma, a moral em que a maior parte de nós foi criada,

pela ausência de nuance: ou é certo ou é errado, ou recomendável,

Uma moral mais pertinente à diversidade atual do mundo, talvez

Observe-se que o discurso de tolerar a diferença – multiculturalismo -

apreensão da realidade é, além de rara, fruto de um cultivo – pode

Estados, pode-se optar por tolamente comparar os costumes locais

Página 10 - Março de 2011

ESPAÇO CULTURAL

André TrajanoCirurgião Torácico

Andando pelo mundo: turista ou peregrino?

superioridade dos nossos costumes àqueles outros, a depender de ser esse País ou Estado mais ou menos

Nessa viagem, pode-se optar também - e essa é uma

e valores diferentes, incorporando o que nos é interessante e registrando, ao menos, aquelas formas

Aos primeiros, podemos dar o nome de turistas; aos

Como os nossos pacientes, podemos agir de forma análoga: interagir com o que nos é apresentado, ampliar nosso repertório, confrontar formas de

respostas naqueles momentos de crise – que todos necessariamente passamos ou passaremos - em que

Para Saber Mais

Livros

Pequeno tratado das grandes virtudes - André Comte-

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Março de 2011 - Página 11

NONO VICENTINHOA

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Raras são as cidades que misturam contras-tes tão grandes entre urbanismo e natureza

como Manaus que, além de estar situada em plena --

culturais e a riquíssima culinária regional, fazem da capital amazonense uma parada que agrada a

pontos turísticos imperdíveis, com destaque para

boca, pintado por Crispim do Amaral, faz referên--

da bandeira brasileira, impressiona por suas cores

A cidade apresenta efervescência cultural durante o ano inteiro, com destaque para o Car-

-

Ainda nos limites da cidade, nos deparamos

praia da Ponta Negra, com seu calçadão, bares e

-za é nosso maior referencial e proporciona desde o turismo ecológico, até o turismo de aventura,

-

-

-

regional ao conforto e segurança, oferecendo um

O ecoturismo pode ser realizado na Reserva de Desenvolvimento de Mamirauá, no município de

que representa um quinto de toda a reserva de água

-cunaré, considerado o troféu da pesca esportiva do

apreciar as belezas naturais do Estado, em especial

-ção por percursos em altura instalados em árvores gigantescas e a visita a grutas e cavernas deslum-

-

-

é especial com as tapiocas salgadas e doces e o

As frutas, além de saborosas e ricas em vitami-nas, também podem ser consumidas nas formas de

Luiz Fernando WestphalPresidente do Congresso

Que medo, que

responsabilidade. Minha primeira

apresentação de tema livre no

Congresso de Cirurgia Torácica

amanhã !!!

Muito obrigado !!!

Dia lindo, céu azul, sol.

Que alívio, o dia está maravilhoso

e minha apresentação será às 7hs.

Não vai ter ninguém assistindo !!!

Quantos

doentes em

cada subgrupo

da tabela 32 foram

operados ?

Eu li um

trabalho em 1960,

outro em 2002 e outro

o ano passaso com as

mesma conclusões

Que fio você

usou para a sutura

do subramo posterior

esquerdo do duto?

Você leu a

tese do Angelo ? é

fundamental para

sua literatura.

Boa filho !!!

Parabéns pela

apresentação !!!

Manaus 2011

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