Jornal selva 13

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Ministra da Educação visita a Escola Ferreira de Castro Microoft Data do boletim Nesta edição: Balanço ao ano lectivo 2-4 Visita da Ministra da Educação 5 Dia da Escola e Festa da Escola 7-8 Novas Oportunidades 9 Ser Português 11-13 Opinião 15 Desporto 16-17 Novo logótipo 18 A Selva Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 13 Junho 2011 No passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, visitou as novas instalações da escola. A recebê-la, além de representantes da escola estavam também diversas outras entidades, entre as quais dos órgãos autárquicos concelhios. “A Selva” acompanhou a visita e dá conta dos registos do acontecimento na página 5. O Dia da Escola, comemorado no dia 24 de Maio, foi preenchido por múltiplas iniciativas culturais e desportivas, nas quais se destacaram as mostras dos trabalhos desenvolvidos em Área de Projecto. Ver mais na página 7 Dia da Escola No jantar de Natal de 2008 a professora Ivone, como era conhecida, foi homenageada por toda a comunidade educativa da Ferreira de Castro, como “A Selva” nº 8 na altura noticiou. Aposentou-se nesse ano lecti- vo, depois de acompanhar várias gerações de alunos desta escola, embora considerasse que não era possível deixar de ser professora quando lhe estava na alma a paixão de ensinar. Nesta sua nova partida, dizemos-lhe: até sempre, professora Ivone! Ivone Ferreira 2010-2011 Um balanço ao ano lectivo (Pág. 2) (P. 8)

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Page 1: Jornal selva 13

Ministra da Educação visita a Escola Ferreira de Castro

Microoft

Data do boletim

Nesta edição:

Balanço ao ano lectivo 2-4

Visita da Ministra da

Educação

5

Dia da Escola e Festa

da Escola

7-8

Novas Oportunidades 9

Ser Português 11-13

Opinião 15

Desporto 16-17

Novo logótipo 18

A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 13 Junho 2011

No passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel

Alçada, visitou as novas instalações da escola. A recebê-la, além

de representantes da escola estavam também diversas outras

entidades, entre as quais dos órgãos autárquicos concelhios.

“A Selva” acompanhou a

visita e dá conta dos

registos do acontecimento

na página 5.

O Dia da Escola,

comemorado no dia

24 de Maio, foi

preenchido por

múltiplas iniciativas

culturais e

desportivas, nas

quais se destacaram

as mostras dos

trabalhos

desenvolvidos em

Área de Projecto.

Ver mais na página 7

Dia da Escola

No jantar de Natal de 2008 a professora Ivone, como era conhecida, foi

homenageada por toda a comunidade educativa da Ferreira de Castro,

como “A Selva” nº 8 na altura noticiou. Aposentou-se nesse ano lecti-

vo, depois de acompanhar várias gerações de alunos desta escola,

embora considerasse que não era possível deixar de ser professora

quando lhe estava na alma a paixão de ensinar. Nesta sua nova partida,

dizemos-lhe: até sempre, professora Ivone!

Ivone Ferreira

2010-2011

Um balanço

ao ano lectivo (Pág. 2)

(P. 8)

Page 2: Jornal selva 13

Escola em obras

O ano lectivo de

2010/2011 da Escola Básica

e Secundária de Ferreira de

Castro foi marcado, como o

anterior, pelas obras de

remodelação e moderniza-

ção do edifício escolar. Em

quase todo o primeiro perío-

do, a escola ainda estava

muito limitada em número

de salas disponíveis, preci-

sou de recorrer a monoblo-

cos e teve de conviver com

obras nem sempre compatí-

veis com a prática lectiva:

barulho e pó ou lama quan-

do chovia. E não choveu

pouco! No dia 4 de Outubro

foi mesmo necessário fechar

a escola devido ao temporal

do fim de semana anterior

que derrubou tapumes de

obras, levantou coberturas

provisórias e inundou os

actuais gabinetes de directo-

res de turma, parte da secre-

taria e corredores adjacentes.

Apesar dos contratempos,

as obras foram correndo

bem e despedimo-nos do

último bloco das antigas

instalações com a saída da

biblioteca do Bloco A para o

espaço do actual auditório/

polivalente, em Outubro de

2010.

Houve anúncios (não ofi-

ciais) da conclusão das obras

até ao fim do ano de 2010,

mas isso não aconteceu. Só

no dia 2 de Dezembro é que

foi aberto o novo espaço do

bufete e da cantina (embora

as refeições continuassem a

ser servidas em regime de

catering). Conheceu-se nes-

sa altura o corredor cor-de-

rosa, onde passaram a fun-

cionar 4 salas de aula para

além das cerca de 50 salas

novas que já nos tinham sido

disponibilizadas pela empre-

sa que realizou a obras, a

Mota-Engil, mas ainda ficou

por concluir grande parte da

obra. Foi, portanto, pouco

antes do Natal que os mono-

blocos, também conhecidos

por “contentores”, deixaram

de ser utilizados, finalmente.

A sala de professores (que

desde o início do ano lectivo

funcionou, provisoriamente,

na sala de expressões), a

biblioteca, a papelaria/

reprografia, o átrio principal

e o patamar para estudo

informal por cima do átrio,

as salas do que será o átrio

de exposições e do corredor

vermelho sangue de boi

(ainda, por certo, desconhe-

cido de alguns alunos e pro-

fessores) só foram entregues

pela Páscoa. Mobiliário,

computadores, vídeo-

projectores e outros equipa-

mentos foram sendo instala-

dos, sobretudo durante o

segundo período. O fim pre-

visto da empreitada estava

marcado para o dia 14 de

Março de 2011, mas as

obras continuaram e, neste

momento, ainda decorrem

alguns pequenos trabalhos.

Contamos todos, que esteja

tudo terminado até ao fim do

próximo mês de Agosto e

tudo o que se tenha de fazer

depois sejam apenas traba-

lhos de manutenção.

Escola viva

A escola é o espaço onde

estamos, mas é sobretudo a

vida que esse espaço propor-

2010-2011 - um balanço ao ano lectivo

Página 2

Propriedade: Escola Básica e Secundária Fer-

reira de Castro - Rua Dr. Silva

Lima

3720-298 Oliveira de Azeméis

Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314

Directora: Ilda Ferreira

http://www.esfcastro.net

[email protected]

Responsabilidade pela edição,

redacção e composição

Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gas-

par, Mónica Pereira, Sílvia Chou-

peiro, Vanessa Lima (edição);

Diana Conceição, Diogo Silva,

Miguel Teixeira, Rosa Silva

(redacção); Ana Carvalho, Sara

Agostinho, Tânia Paiva, Yhony

Alves (composição).

Professores: Artur Ramísio

(Área de Projecto) e Maria João

Moreira (Português).

Impressão: Escola B. e Secundá-

ria Ferreira de Castro

Tiragem da versão impressa: 200 ex.

Ficha Técnica

ciona e a sua projecção para

a comunidade educativa.

Mesmo condicionados pelas

obras, tanto alunos como

professores, pais e assisten-

tes operacionais se empe-

nharam na dinamização de

múltiplas iniciativas inscri-

tas no Plano Anual e Pluria-

nual de Actividades que

fazem desta escola um cen-

tro de estudos e de encami-

nhamento quer para a uni-

versidade, quer para cursos

técnico-profissionais e de

preparação da integração no

mundo do trabalho.

O Plano Anual de Activi-

dades (PAA) é o meio privi-

legiado que a escola tem ao

seu dispor para a concretiza-

ção do seu Projecto Educati-

vo. Pretende-se enriquecer e

ampliar conhecimentos, esti-

mular a curiosidade e desen-

volver valores, nomeada-

mente o respeito mútuo, a

honestidade, a criatividade,

a democracia e a ética. E o

PAA deste ano foi rico na

diversidade e na qualidade

das propostas e das concreti-

zações, algumas delas bas-

tante originais.

O ano lectivo começou

praticamente com a entrega

de Diplomas aos alunos que

concluíram o ensino secun-

dário no ano anterior, a que

se associou a entrega tam-

bém do Prémio de Mérito

aos melhores alunos do ano

passado. Foi ainda neste dia

que se procedeu à apresenta-

ção e distribuição aos alunos

finalistas do Anuário da

escola, referente ao ano lec-

tivo de 2009/2010 – uma

publicação realizada pela

primeira vez nesta escola,

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo

Page 3: Jornal selva 13

que só será verdadeiramente

apreciada quando quisermos

recordar o momento passado.

Tendo como objectivo a

promoção e motivação dos

alunos para a aprendizagem

das Línguas Portuguesa e

Estrangeiras, o desenvolvi-

mento das suas competências

culturais, gerais e específicas

e estimular o gosto pelo

saber, foram previstas e reali-

zadas várias actividades,

nomeadamente o Hallowe‟en,

Sarau de Inglês, Semana das

Línguas, o Spelling Bee…

Não faltou a feira do livro,

o corta-mato escolar, que se

realizou fora da escola pelo

segundo ano consecutivo por

motivo de obras, o desporto

escolar – fomos, por exem-

plo, campeões de voleibol

juvenil feminino entre as

escolas do Entre Douro e

Vouga.

As diversas visitas de estu-

do calendarizadas, abrangen-

do todos os anos de escolari-

dade, reflectiram interdisci-

plinaridade, demonstraram

trabalho cooperativo e visa-

ram o sucesso dos alunos.

Todas as Áreas Disciplina-

res se envolveram activamen-

te na execução de mostras dos

trabalhos realizados ao longo

do ano, dando um colorido à

escola e demonstrando que

temos uma escola viva e dinâ-

mica.

O S. Martinho, o Jantar de

Natal, o Almoço da Páscoa,

entre outras celebrações, con-

gregaram, em momentos de

alegre convívio, professores e

demais comunidade educati-

va.

A saúde, o bem-estar e uma

alimentação correcta foram

uma preocupação constante e

não faltaram actividades que

mobilizaram um elevado

número de pessoas, entre as

quais a Dádiva de Sangue e a

Semana da Fruta.

O Centro Novas Oportuni-

dades realizou a já habitual

sessão de Entrega de Diplo-

mas aos adultos que concluí-

ram o seu processo de reco-

nhecimento de competências

e certificação de nível básico

ou secundário. Houve tam-

bém iniciativas doutro género,

nomeadamente uma muito

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2010-2011 - um balanço ao ano lectivo

participada acção de esclare-

cimento sobre a “A Nova

Ortografia” da Língua Portu-

guesa.

A Associação de Pais e

Encarregados de Encarrega-

dos de Educação, bastante

dinâmica e sempre presente

na vida da escola, dinamizou

acções de formação/

esclarecimento, um encontro/

debate sobre o rumo do ensi-

no em 12 anos de escolarida-

de obrigatória e, em colabora-

ção com alunos da nossa

escola, teve uma participação

activa na iniciativa “Mercado

à Moda Antiga”.

No passado dia 24 de Maio

realizou-se, mais uma vez, o

Dia da Escola, dia aberto da

escola à comunidade. A

divulgação da oferta educati-

va e formativa para o próxi-

mo ano lectivo e a aproxima-

ção dos pais e da comunidade

à escola foram os objectivos

primordiais, num dia que

contou com inúmeras activi-

dades, elevada participação

de todos e grande qualidade

dos trabalhos expostos.

A culminar um ano de

intensa actividade, a Festa da

Escola aqueceu a noite fria

do dia 9 de Junho. Nem o frio

foi capaz de impedir que as

estrelas da nossa escola bri-

lhassem em todo o seu

esplendor.

E tantas outras acções se

realizaram, não foram aqui

nomeadas, mas foram igual-

mente importantes para a

demonstração do empenho de

todos num trabalho continua-

do de ensino/formação tanto

formal como não formal.

Uma aposta estratégica O novo edifício escolar

veio trazer novas e melhores

condições de trabalho e estu-

do. A biblioteca e centro de

recursos, bem como o auditó-

rio/polivalente com lugar

para mais de duzentas pes-

soas sentadas, o espaço de

estudo informal por cima do

átrio central, o espaço do

refeitório que também pode

servir para o estudo, todos os

equipamentos informáticos e

multimédia, a rádio escolar

que está prestes a reentrar em

funcionamento com a conclu-

Entrega de

diplomas Magusto

Semana

das Línguas

Recolha de

sangue

Sessão do

CNO Dia da

Escola

Dia da Ali-

mentação

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo

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2010-2011 - um balanço ao ano lectivo

são da instalação sonora, a

informação e comunicação

por vídeo no bufete e no átrio

principal da escola, prestes a

acontecer também, entre tan-

tas outras coisas.

No dia 18 de Maio, a

Senhora Ministra da Educa-

ção, Isabel Alçada, visitou as

novas instalações da escola e

procedeu, em cerimónia sim-

ples, à entrega de um papiro,

que assinala essa visita. Em

breves palavras que dirigiu

aos convidados presentes,

mostrou a sua surpresa com

as instalações que considerou

corresponderem «aos desafios

para o século XXI com salas

de aula equipadas com as

novas tecnologias e laborató-

rios também devidamente

equipados».

Há, contudo, um esforço

que se pede a toda a comuni-

dade escolar: é que colaborem

na organização e na manuten-

ção do espaço e dos equipa-

mentos, que dêem o seu con-

tributo real para uma escola

limpa e asseada. Um edifício

agradável, bem equipado e

funcional, onde exista confor-

to e harmonia física certa-

mente contribuirá para

melhores resultados escola-

res. Esperemos que todos

quantos estão ligados à Fer-

reira de Castro venham, de

facto, a tirar o melhor provei-

to deste investimento. Tal

como lembrou Hermínio

Loureiro, aquando da visita

de Isabel Alçada, a educação

é uma «aposta estratégica do

município porque só com

pessoas mais qualificadas é

que o concelho poderá ser

mais competitivo». Que esta

escola possa ser uma peça

importante na estratégia do

município oliveirense.

Junho de 2011

A Direcção

Sarau de Inglês Festa da Escola

Visita da

Senhora Ministra

da Educação

Projecto Escola com Saúde

A o longo deste ano lectivo, e de acordo

com a planificação inicial, o Projecto

Escola com Saúde organizou e dinamizou um

conjunto de actividades, sempre com o objecti-

vo de promover o bem-estar físico, mental e

social da comunidade escolar. Destacam-se as

seguintes actividades: Semana da Fruta, Dia do

Pão, Palestra “Nutrição e Saúde”, Comemora-

ção do Dia do Não Fumador, Palestra “Falar de

Amor com…”, Palestra “A importância do

sono na aprendizagem”, recolha de sangue,

Palestra “A importância da Dança na Saúde do

indivíduo” e “Feira da Saúde”.

Para além da realização destas actividades em

dias específicos, o Projecto, em parceria com o

Centro de Saúde, através do Enfermeiro Sera-

fim Andrade e da psicóloga Mónica Leal, reali-

zou sessões de Educação Sexual, de acordo

com o artigo 10 da Lei n.º 60/2009, tendo a

funcionar um espaço que pretende dar continui-

dade a estas temáticas desenvolvidas e que

constituí o Gabinete de Informação e Apoio

ao Aluno.

As Professoras dinamizadoras do Projecto

Escola com Saúde

Teresa Valente e Tânia Gonçalves

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo

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Page 5: Jornal selva 13

N o passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel

Alçada, visitou as novas instalações da escola! Contraria-

mente ao que se falava, o objectivo da sua visita não era inaugurar a

nova escola, tratou-se apenas de uma simples visita. A chegada foi

preparada minuciosamente e à espera da escritora estavam entidades

responsáveis do concelho: Hermínio Loureiro, Presidente da Câma-

ra; Presidentes da Junta de várias freguesias e outras autoridades

competentes. Com a duração de uma hora, o percurso de Isabel

Alçada fez-se na companhia do seu Comité e contou com a presença

constante do arquitecto responsável pelo projecto da Parque Escolar.

Antes do início da visita propriamente dita, a orquestra da escola

presenteou os convidados com uma actuação bastante aplaudida por

todos. De seguida, a Sra. Ministra visitou toda a escola acompanhada

pela Directora, Ilda Ferreira, que a ia contextualizando acerca dos

espaços visitados: biblioteca, bar, papelaria, serviços administrativos

(onde assinou o Livro de Honra), sala de professores e respectiva

sala de convívio, todos os espaços exteriores e ainda uma sala de

oficina de artes.

Depois de ter percorrido as novas instalações, Isabel Alçada fez

um breve discurso antecedido pelas palavras do Presidente da Câma-

ra da cidade. Este agradeceu a vinda da Sra. Ministra ao concelho e

aproveitou para salientar a importância do ensino em Oliveira de

Azeméis, referindo vários desenvolvimentos que têm sido feitos

neste âmbito. Finalmente, a responsável pelo sistema de ensino

nacional elogiou, exaustivamente, todo o investimento da Parque

Escolar neste estabelecimento e realçou que este programa de

modernização das escolas reflecte a nova visão que o Governo pre-

tende dar ao ensino: um novo dinamismo que permita aos alunos

estudar em “escolas do século XXI”. Foi assim que caracterizou o

produto final desta modernização.

A visita de Isabel Alçada à nossa escola terminou com uma troca

de lembranças entre a Sra. Ministra, o Presidente da Câmara e a

Directora da Escola, mas não antes de o grupo responsável pela edi-

ção do jornal escolar ter entregue pessoalmente um exemplar da

última edição de “A Selva” a Isabel Alçada!

A visita da Ministra da Educação à Ferreira de Castro

Os repórteres d“A Selva” com a Ministra

da Educação, Isabel Alçada.

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A nova Escola

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Page 6: Jornal selva 13

Página 6

Apontamentos da mudança

Da antiga para a nova Escola...

...o que mudou e como agora se faz

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A nova Escola

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Page 7: Jornal selva 13

fui jogar à sala das bolinhas

pequenas e perdi contra o

Carlos da minha turma.

Não gostei da parte da

professora Sofia porque não

esteve cá de manhã. Mas

esteve à tarde e ela foi ver os

cães.

À tarde fui ajudar no peddy

-paper. Havia muitos alunos

trapalhões.

Ajudei a carimbar uns

papéis brancos e assinava a

O dia da escola

O dia da escola foi

pouco divertido porque não

houve karaoke e pinturas da

cara e gatos. Na parte da

manhã, no piso 1, vi as

actividades de Área de Pro-

jecto da minha turma que

era chamar pessoas para

jogar com a gente: jogo do

pensamento.

Ninguém quis jogar. Fui

ver as professoras a dançar,

professora Susana Rainho.

Lanchei aqui na escola,

deram sumo, rebuçados,

pão com fiambre e queijo.

Às quatro horas já estava

em casa e voltei a lanchar.

Bebi dois iogurtes e comi

dois pães com fiambre e

manteiga.

~

Vanessa Marques, 8º B

Dia da Escola

Um ponto de vista sobre o Dia da Escola

Decorreu no passado dia 24 de Maio o Dia Escola, o qual foi preenchido com diversas

actividades culturais e desportivas, com particular destaque para a exposição de

trabalhos dos alunos das disciplinas de Área de Projecto.

Como uma imagem vale por 1000 palavras, aqui ficam alguns dos registos fotográficos

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Dia da Escola

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Page 8: Jornal selva 13

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A Festa da Escola

Teve lugar no dia 9 de Junho a tradicional Festa da Escola, na qual

participou de forma entusiástica a comunidade educativa, com

especial destaque para os alunos. As imagens registadas dão conta do

sucesso da iniciativa.

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Festa da Escola

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Page 9: Jornal selva 13

N o Cineteatro Caracas,

os adultos foram recebi-

dos pela equipa técnico pedagó-

gico do Centro Novas Opor-

tunidades, pela sua Coorde-

nadora, Dra. Paula Catela, e

pela Diretora da Escola e do

Centro, Dra. Ilda Ferreira.

Ambas, no seu discurso de

boas-vindas, elogiaram a

iniciativa e o empenho dos

formandos que, com muito

esforço e dedicação, concre-

tizaram esta nova etapa de

revalorização escolar e pes-

soal, incentivando-os a dar

continuidade ao seu percur-

so formativo através da via

mais adequada ao seu caso

porque “aprender compensa”.

A cerimónia foi abrilhantada

pela Orquestra de Sopros da

Escola Ferreira de Castro, pelo

artista Luís Oliveira, também

certificado pelo Centro, e por

um coro constituído pela equi-

pa técnica e alguns formandos,

acompanhados ao acordeão

pelo professor Abílio Santos,

que entoaram um hino, espe-

cialmente composto para a

ocasião pela profissional de

RVCC Ana Sofia Oliveira e por

Amadeu Neves, Celeste Gon-

çalves, Teresa Teixeira, Goreti

Santos e Lucília Vieira, adultos

certificados com o nível Básico.

Após o discurso de incentivo

do Dr. Isidro Figueiredo, repre-

sentante da Câmara Municipal

neste evento, os adultos foram

presenteados com um objecto

artesanal acompanhado pelo

poema vencedor do 1º Concur-

so Literário do CNO Ferreira de

Castro: “Juventude”.

Em tempos de crise, eventos

de homenagem àqueles que

procuram novos caminhos para

o seu futuro são extrema-

mente importantes porque

demonstram que, com

esforço e perseverança,

podemos chegar mais

longe.

Um futuro com mais opor-

tunidades passa pela quali-

ficação de cada um e,

aproveitando a diversidade

de percursos de qualifica-

ção disponíveis, todos

podem contribuir para um

país mais competitivo,

mais desenvolvido e mais

qualificado.

Entrega de diplomas das Novas Oportunidades

Actuação da Orquestra da Escola

Ferreira de Castro

Cumprindo a tradição, no

passado dia 29 de Abril, no

Cineteatro Caracas, o Centro

Novas Oportunidades

Ferreira de Castro organizou

a 3ª Cerimónia de Entrega de

Diplomas para homenagear

230 adultos que, no ano de

2010, concluíram o processo

de certificação e validação de

competências de nível Básico

e Secundário.

1, 2, 3, Castro na escola outra vez!, 2010-2011

O «1, 2, 3, Castro na

escola outra vez!», é

um programa destinado a

estimular a leitura da obra e o

conhecimento da vida de

Ferreira de Castro nas crian-

ças do 4º ano do 1º Ciclo da

Escola de Ossela.

Este projecto foi autorizado

pelo Agrupamento Vertical de

Escolas Bento Carqueja; da

responsabilidade do Centro de

Estudos Ferreira de Castro, é

aplicado pela terceira vez

consecutiva.

Durante o ano lectivo os

alunos leram a obra “Não há

borracha que apague o

sonho”, escrita para a infância

por Luísa Ducla Soares e que

descreve a vida do romancista

de modo cativante, e o dossier

do Roteiro Literário “Caminhos de Ferreira

de Castro”; também visitaram a Casa –

Museu onde nasceu o escritor, a Biblioteca

de Ossela e o Museu e

túmulo do romancista em

Sintra. Nesta última visita

tiveram a companhia de

Gracinda Leal, Vereadora

da Cultura do Município de

Oliveira de Azeméis.

Com a imprescindível cola-

boração do seu professor,

Miguel Silva, executaram

trabalhos individuais e

colectivos alusivos à temá-

tica e que culminou com a

sua exposição, inaugurada

às 10h da passada segunda-

feira, 20 de Junho, na

Biblioteca de Ossela. Entre

outros, estiveram presentes os

alunos protagonistas, a citada

Vereadora da Cultura e José

Alves da Silva, Presidente da

Junta de Freguesia de Ossela.

A todos os alunos foi entregue, com a

pompa e circunstância que a sua dedicação

mereceu, um certificado de participação no

projecto.

A exposição poderá ser visitada de terça-feira

a sábado, das 9h/12h30 e das 14h/18h, e até

sábado, 9 de Julho.

NOTA: para esclarecimento de qualquer

dúvida, sugerimos o contacto para: 912 216 448

Um dos trabalhos expostos

Professores e alguns alunos

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Novas Oportunidades

Página 9

Page 10: Jornal selva 13

N o novo auditório

polivalente da

Escola Secundária com 3º

ciclo de Ferreira de Castro,

no dia 15 de Junho, decor-

reu a Sessão de Esclareci-

mento sobre a Nova Orto-

grafia resultante da

implementação do Acordo

Ortográfico de 1990 que

contou com presença de

cerca de 120 formandos do

Centro Novas Oportunida-

des Ferreira de Castro, os

quais revelaram grande

interesse pela temática em

questão.

A sessão foi dinamizada

pelas formadoras de Lin-

guagem e Comunicação e

Cultura Língua e Comuni-

cação, Alice Matos, Bárba-

ra Guerra, Eduarda Cardoso

e Elisabete Tavares e teve

como principal objetivo dar

a conhecer, de forma

sucinta, o essencial das

modificações trazidas pelo

Acordo Ortográfico de

1990 que entrará em vigor

no Sistema educativo a

partir do próximo ano leti-

vo.

A sessão contou com a

presença da Diretora do

Escola e do Centro Novas

Oportunidades, Dra. Ilda

Ferreira, da Coordenadora

do Centro, Dra. Paula

Catela, de alguns membros

da direção, de alguns pro-

fessores e da equipa técni-

ca do Centro, ultrapassan-

do largamente as expetati-

vas, o que revela que este é

um assunto atual que preo-

cupa a nossa comunidade

educativa, justificando,

provavelmente, o desen-

volvimento de outras ini-

Este tradutor fez uma excelente disser-

tação sobre a importância da Escola na

aprendizagem e no domínio de diver-

sas línguas, materna e estrangeira,

trazendo este Saber vantagens acresci-

das para os jovens cidadãos integrantes

da União Europeia, pertencentes a um

mundo cada vez mais globalizado e

onde as competências comunicacionais

assumem um papel cada vez mais

importante na interacção cultural e

sócio-económica.

P erante uma

vasta plateia de

alunos e docentes da

nossa Escola, o

tradutor da Repre-

sentação da Comis-

são Europeia em

Portugal, Luís

Moreira, apresentou

os novos projectos

didáctico-pedagógicos de aquisição e

domínio das competências linguísticas.

Sessão de esclarecimento sobre a nova ortografia teve grande adesão

Sessão sobre multilinguismo dinamizada pelo Grupo de Francês

Página 10

Uma plateia bastante participada na sessão sobre a

Nova Ortografia

ciativas de formação e

esclarecimento.

Como preparação e com-

plemento para esta sessão

as formadoras têm vindo a

dinamizar o blogue Para

Saberes http://

cnoesfcastro.blogspot.com/

onde exploram a nova

grafia das palavras confor-

me o Acordo Ortográfico

de 1990, apresentando

sempre a base teórica que

justifica as alterações.

A todos os participantes

foi oferecido um paginador

com as principais altera-

ções que irão marcar a

nova ortografia formal dos

portugueses a partir de

2015, prazo limite para a

implementação do Acordo

de 1990.

N o passado dia 5 de

Maio, durante a

manhã, os alunos da turma

B do 9º ano tiveram a opor-

tunidade de visitar as

empresas MDA-Simoldes e

Saludães, ambas do conce-

lho de Oliveira de Azeméis.

Esta visita foi promovida

pela Câmara Municipal de

Oliveira de Azeméis, no

âmbito do Projecto Novas

Oportunidades OAZ, com o

objectivo de proporcionar

aos jovens contactos com o

mundo do trabalho e a reali-

dade empresarial, numa altu-

ra de tomada de decisões em

relação ao percurso formati-

vo e/ou profissional de alu-

nos que estão prestes a con-

cluir o 3º ciclo.

Na MDA-Simoldes, os

alunos contactaram com as

várias fases de construção de

um molde, desde o projecto

até à sua execução. Na Salu-

dães, após o visionamento de

um pequeno documentário

sobre o cultivo do arroz, os

alunos puderam conhecer as

várias transformações que o

arroz sofre até ser embalado e

vendido.

Alunos do 9º B visitam empresas do concelho

L ê e d i v u l g a

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Iniciativas

Página 10

Page 11: Jornal selva 13

Hoje vivo e sinto devido a ti

És o forte pilar da minha vida

Contudo de uma forma sempre unida

Sempre me amparaste quando sofri.

Porquê pensar o pior, se tu estás aqui

Realidade? Isso ninguém duvida

Breve ausência, mas nunca despedida

Juntos, recordando aquilo que vivi.

Olho p‟ra ti, buscas o interminável

Com a força de que não vais desistir

Não te assumes, mas és reconhecido…

Transmites uma emoção inexplicável

Num caminho constante por adquirir

Em qualquer espaço, nunca esquecido!

Sónia Barcelos, 12º A

Herói

No ADN do “Português”...

No ADN do “Português”

está gravada a palavra crise.

Crise é a palavra que todos

devemos ouvir com mais fre-

quência após o nosso nasci-

mento. Actualmente, estamos

mergulhados numa supra-

crise: crise já reconhecida

pelos bancos e agências de

“rating” internacionais, mas

ainda mais importante, crise

reconhecida pelas nossas enti-

dades governamentais.

Ser Português é ter um pas-

sado glorioso recheado de

conquistas e triunfos sobre os

demais povos mundiais.

Outrora, havemos sido uma

potência mundial… O que nos

resta hoje em dia? Crise, a

“nossa” crise... E o nosso belo

lugar na cauda da Europa.

Ser Português é também ver

o vizinho comprar um belo

carro e, se não tivermos possi-

bilidades económicas, empe-

nharmo-nos até ao pescoço

para comprar um melhor… É

ver alguém “bem” na vida e

pensarmos que ele apenas o

conseguiu com esquemas e

fraudes; e esses mesmos que

criticam e acusam os mais

afortunados usam esquemas e

mais esquemas para infringir a

lei e poupar mais uns cênti-

mos.

Contudo, o Português não

apresenta apenas característi-

C om o objectivo de participar e angariar verbas para

dinamizar e apoiar a realização de actividades da

Escola, a Associação de Pais da Ferreira de Castro estever

presente no Mercado à Moda Antiga realizado nos dias 10,

11 e 12 de Junho.

A participação nas equipas da Tasquinha e da Tendinha,

foi uma das iniciativas que a Associação procurou dinami-

zar, na perspectiva de que também desta forma se apoia a

Escola.

Ser Português,

É falar Inglês com sotaque

Francês,

Chegar ao banco, pedir emprés-

timos por três,

Não pagar, dizer que foi ele que

os fez.

Ser de Portugal,

É ter um trabalho entre o mau e

o banal,

É aproveitar-se da reforma esta-

tal

E dizer que em Portugal tudo

está mal.

Mas isto não era assim,

Eu antes queria era viver aqui…

Ser Português,

É trabalhar menos de um terço

do Chinês,

É andar à larga até ao último dia

do mês,

E depois andar a correr como

um Ganês.

Ser Português,

É falar Inglês...

cas negativas.

Orgulhamo-nos do nosso belo

passado e das nossas importan-

tes conquistas e vitórias nos

Descobrimentos que impulsiona-

ram a Europa para o caminho do

desenvolvimento. Somos conhe-

cidos pelo mundo fora como

sendo um povo simples, simpáti-

co e acolhedor. Somos referen-

ciados como um dos destinos

predilectos dos europeus. Temos

fantásticas universidades que

formam alguns dos profissionais

mais competentes do mundo;

relacionado directamente com

este facto, temos feito bastantes

descobertas nos campos da físi-

ca, medicina, e biologia nas

nossas universidades e seus

laboratórios. Por exemplo,

recentemente na Universidade

de Aveiro um grupo de cientis-

tas conseguiu desvendar um dos

maiores mistérios da Física e

Astronomia do Séc. XX: a ano-

malia da Sonda Pioneer 10.

Podemos orgulhar-nos de

sermos o 1º país europeu com

fronteiras definidas, que ainda

perduram na actualidade.

Em suma, Ser Português tem

muita história e, na minha opi-

nião, todos devíamos orgulhar-

nos da nossa nacionalidade, da

nossa história, dos nossos traços

culturais e das nossas diferenças

enquanto povo.

Rui Gomes, 12ºA

Portugal não era assim,

Tenho de encontrar algo bom

para mim.

Senão não vou viver aqui,

Vou fazer as malas, tenho mais

para onde ir.

Ser de Portugal,

É ser parte de um grande expor-

tador de sal.

É estar fora da ameaça mundial

É ter muito ser vegetal e animal.

Sejam bem-vindos à selva!

Onde só ganha quem andar na

Relva,

Rebolar na Relva, Comer a

Relva, Fumar Relva!

Rebolar na Relva, Comer a

Relva, Fumar Relva!

Vasco Martins, 12ºC

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português

Lê e d i v u l g a

Página 11

Page 12: Jornal selva 13

Ser português é um nada que

é quase nada,

É ter sempre marisco em

preços de saldo,

É cuspir no Messi e idolatrar

o Ronaldo.

É guiar como um maníaco e

ninguém se importar com isso,

É poupar na comida mas não

largar o vício.

É não ser espanhol.

É não ser espanhol, livra!

É gritar "viva a democracia" e

pedir outro Salazar.

É chorar pelas finanças e

comprar um descapotável para

brincar.

É guardar cuecas velhas para

limpar o carro,

Que ao fim de semana tem de

estar sempre lavado.

Ser português é ser explora-

dor,

É navegar até ao café e embe-

bedar-se por amor...

...(À cevada).

É procurar esperar por D.

Sebastião,

"Quer ele venha ou não".

Ser português é ser livre,

É largar a norma e inovar sem

sentido,

Ser português é um nada que é quase nada

O meu herói

têm medo de nada, e são os que

estão lá sempre para ajudar os

outros…

Os meus heróis não são de

banda desenhada, não são do

tipo dos que temos em criança.

Os meus heróis são os bombei-

ros.

Os bombeiros sujeitam-se a

todos os riscos para nos ajudar

nas situações mais difíceis,

(como nos incêndios, acidentes

ou por doenças que tenhamos, e

que precisemos de ir ao hospital

de urgência) pondo em causa a

sua própria vida, como compro-

vamos através da notícia da

morte de vários bombeiros que

morreram a apagar fogos. Bom-

beiros que muitos deles são

voluntários, dão o seu tempo

para estar ao serviço da comu-

nidade, ao serviço dos outros

sem receberem algo em troca,

algo material.

Estes têm as mesmas caracte-

rísticas dos heróis que todos

nós conhecemos dos desenhos

animados e das bandas dese-

nhadas. Ajudam sempre os que

Heróis, reais ou fictícios,

todos devemos ter um, nem que

seja no tempo de infância.

Heróis são aqueles que nos

inspiram, são aqueles que nos

fazem sentir seguros, são aque-

les que em histórias lutam pelo

bem dos mais fracos, acabando

mesmo por vencer o mal.

Em crianças, os nossos

heróis, geralmente são os de

banda desenhada ou dos dese-

nhos animados que vemos na

televisão (ex. Super-homem,

Batman…) pois são fortes, não

Página 12

mais necessitam sem quererem

algo em troca, são corajosos e

fortes, apenas só não voam nem

têm poderes especiais como os

heróis fictícios têm, mas são

reais e são os que nos inspiram

e ajudam de verdade.

Bombeiros: estes são sem

dúvida os meus heróis.

Miguel Teixeira 12ºE

Ser Português é saber ser

político,

É saber inventar num momen-

to crítico.

E agora que dei esta desculpa,

já posso terminar este texto

como me apetecer,

Posso justificar toda esta

informalidade e sair-me com

mais alguma,

Mas isso dá muito trabalho,

eu quero é acabar com o poe-

ma de vez.

No fim de contas (eheh), eu

sou português!

Rafael Garcia, 12ºC

Ser Português é nascer para

morrer,

É conviver a lutar,

É ganhar para glorificar,

É viver a sofrer.

Ser Português é ser pobre e

amado,

É ser aventureiro no mar

salgado,

É ter estofo para os que ama

deixar

E ir à procura do que há por

desvendar.

Ser Português é ter corpo e

alma,

É ter raiva e calma,

É ser destemido e corajoso,

Ser português é nascer para morrer

Ou então ser louvado e vaido-

so.

Ser Português é ter orgulho

na pátria,

É fazer de tudo por „abençoá-

la‟,

É ter compaixão por amá-la

E viver a respeitá-la.

Ser Português é ser glorifica-

do

Pelos feitos dos outros,

Sem preocupação de ser dis-

criminado;

É só querer ficar com os

„louros‟.

Ser Português é ser invejoso.

É ter cobiça e preguiça,

Não ter vontade de fazer nem

„chouriça‟,

Mas mesmo assim, ser-se

poderoso.

Mas todo este Ser Português

Era antes de a Monarquia

„apodrecer‟.

Agora, com a República

implantada,

Este Ser tem, sobretudo, a

alma „virada‟.

Ser Português, agora,

É ser o que não era outrora.

É ser ladrão por roubar pão,

Ou ser rico por ser „ladrão‟.

Agora, este ser Português

Só quer dinheiro sem traba-

lhar,

Só quer luxos sem os pagar,

Só quer viver, sem se preocu-

par.

Este Ser Português,

Vive para desprezar,

Para gastar e roubar

E para nada governar.

Andreia Oliveira 12ºC

Numa sociedade em rápida

transformação, uma das dificul-

dades é a de acompanhar as

mudanças que se vão fazendo na

educação, nomeadamente na

utilização das TIC.

Para acompanhar este desafio,

realiza-se na Batalha, há 12

anos, um Encontro sobre as TIC

na Educação e o tema deste ano

é sobre a pertinência da utiliza-

ção das TIC no ensino e o debate

sobre as mais-valias que trouxe-

ram.

Para mais informações consulte

o site: http://eventos.ccems.pt/default.aspx

XII Encontro das

TIC na Educação

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português

Página 12

Page 13: Jornal selva 13

Eu que me aguente

Com os comigos de mim

Será que todos o sentem?

Absolutamente que sim

Com os comigos de mim

O quanto que eu os sinto

Com certeza, com um fim

Sobre isto eu não minto

Serei eu tão diversificado

Com os comigos de mim

Que terei de ser tão sacrificado?

Creio eu que terá que ser assim

E os outros como serão

Com os comigos de mim

Tão depressa se fartarão

Que julgarão que nunca terá fim

Comigos de mim, tantos são

Como poderei eu saber?

Dar ordem a este batalhão

Terei eu de melhor o conhecer

Mas será que tenho que aguentar

Todos esses comigos?

Não será melhor partilhar

E de adversários fazer amigos?

Não, ainda não é hora

De estes comigos difundir

Antes que me vá embora

Tenho que os definir.

Ana Catarina Marques 12ºC

Álvaro de Campos

desabafou assim...

Com tantos séculos de existência, ser português...

“ Eu que me aguente comigo

e com os comigos de mim” e

em verso esta frase, eu

comento assim:

Com tantos séculos de exis-

tência, ser português nunca

poderia ter significado sempre

o mesmo. Assim como as men-

talidades mudaram, mudou

também a definição de “Ser

Português”, e isto é perfeita-

mente compreensível. Porém, o

que não é compreensível é que

o povo português esteja a per-

der o seu significado quando,

séculos depois de se ter forma-

do, deveria acumular cada vez

mais sentido.

No princípio da existência de

Portugal, ser português não

tinha grande valor, uma vez

que a nação acabara de surgir.

Contudo, muitos foram os que

deram, com a sua vida, sentido

à sua nova pátria, lutando pela

sua independência (como D.

Afonso Henriques). E Portugal

começou a significar coragem e

luta e “português” começou a

significar algo concreto!

Com os Descobrimentos, ser

português adquiriu um signifi-

cado ainda maior: já não se

valorizava Portugal enquanto

nação, mas Portugal enquanto

Império. O português era o

homem visionário, destemido e

astuto que não se intimidava

com o desconhecido e ia onde

nenhuma outra nação ia! O

português fazia a diferença! O

Português escrevia-se com

maiúscula e era tão respeitado

pelo aliado como temido pelo

inimigo!

Muito mais tarde, Salazar

tentou trazer de novo essas gló-

rias passadas para dar sentido ao

ser-se português. Não obstante,

já Portugal se encontrava de tal

forma que ser-se português sig-

nificava muito pouco. Essas

valorosas figuras do passado

foram ficando cada vez mais

longe, mais esbatidas, e começá-

mos a notar as diferenças entre

um passado brilhante e um pre-

sente cada vez mais cinzento. E

começámos a questionar-nos

sobre onde é que andam esses

Afonsos Henriques que vêm

enaltecer o nosso país. E triste-

mente nos apercebemos de que

realmente não há ninguém que

venha dar sentido à nossa pátria.

Nada nos distingue de outras

nações, nada nos faz sentir orgu-

lhosos a não ser acontecimentos

que já se passaram noutros tem-

pos que não os nossos. E ouvi-

mos os avós contarem as suas

histórias e pensamos que não

teremos nenhuma nossa que

possamos contar aos nossos

netos. E pensamos, tristes, que o

Afonso Henriques e os seus

companheiros devem estar a

pensar por que raio é que deram

as suas vidas por uma causa tão

inglória!

Nos dias de hoje há uma espé-

cie de escárnio interior geral

quando se fala em ser-se portu-

guês. É ser-se pobre, pensa uma

boa parte das pessoas, é ser-se

corrupto, pensa outra, é ser-se

uma coisa indefinida, penso eu.

O português de hoje não sabe

bem o que quer e o que não quer

(parece andar à espera que outros

lho digam). Não pensa por si, não

segue um rumo definido, é como

uma folha ao vento. Pior do que

isso, deixa-se estar à sombra de

glórias passadas para as quais em

nada contribuiu, e pensa que isso

é suficiente para se sentir mini-

mamente orgulhoso de si mesmo.

É no geral egoísta, é burro e mui-

to malandro, ficando-se sempre

pela mediocridade em vez de

procurar a excelência. E continua

assim, nesta inacção pestilenta e

inútil, à espera não sabe do quê,

mas teimosa e estupidamente à

espera…

Chega! Basta de comodismo!

Basta de contemplar os livros de

história! Somos nós hoje, eu e tu,

que fazemos a história! É hoje

que temos a oportunidade de

fazer a diferença e de nos sentir-

mos orgulhosos de ser portugue-

ses. De que mais iremos orgulhar-

nos se nem em nós próprios senti-

mos orgulho? Ninguém nos vai

dar razões para acreditarmos em

nós. É tempo de nos erguermos e

proclamarmos o nosso valor

enquanto nação! É tempo de sair-

mos do nosso conforto e lutarmos

pelo que somos, por nós e pelos

nossos filhos que um dia gover-

narão! É tempo de demonstrar-

mos que o sacrifício de tantos não

foi em vão e que “Ser Português”

é ser algo mais!

É tempo!

Ana Pinho, Portuguesa, 12ºE

H oje é um dia, amanhã

haverá um outro dia,

hoje sou um “eu” e amanhã?

Haverá um outro “eu”? Os dias

são diferentes, as pessoas são

diferentes, os animais são dife-

rentes, tudo é diferente.

Eu sou eu, mas dentro do meu

“eu” existem vários “eu‟s”, por-

que a maneira como hoje vejo o

mundo pode não ser a maneira

como amanhã o irei ver, a forma

como hoje amo uma pessoa não

...e amanhã? Haverá um outro “eu”? “Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim:”

Álvaro de campos

é a mesma de amanhã, porque o

amor cresce e cada dia que passa

ama-se mais. Hoje, ainda de

manhã, posso estar aborrecida,

mas à tarde quem sabe se não

estarei feliz e sorridente?!

Do mesmo modo que a vida é

inconstante, a personalidade de

um indivíduo também o é, porque

cada um de nós é capaz de reflec-

tir sobre um assunto de várias

maneiras diferentes, tem a capa-

cidade de viver de formas dife-

rentes, com condições distintas e

até mesmo opostas e, porque

reagimos de formas diferentes a

situações semelhantes, basta

variar o momento, o sitio, as

pessoas que nos rodeiam, tudo o

que essa situação pode envolver

porque o mundo influencia o

“eu” e todos os “eu‟s” que cons-

tituem o mesmo indivíduo.

A variedade de “eu‟s” que

pode constituir um “eu” leva-

nos a pensar que cada um de nós

pode ser várias pessoas diferen-

tes e, é verdade… Afinal Álvaro

de Campos tinha razão: “Eu que

me aguente comigo e com os

comigos de mim.”

Inês Nogueira 12ºA

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português

Página 13

Page 14: Jornal selva 13

flora” foi, de todos, o mais direc-

tamente relacionado com a sua

área de estudos. Eles, juntamente

com as professoras de Biologia e

Geologia e Física e Química,

procederam, no final do mês de

Julho nos laboratórios da Escola,

à extracção de pigmentos de cor

vermelha em plantas. Na Norue-

ga apresentaram o vídeo sobre o

trabalho desenvolvido. Foi um

prazer acompanhar as apresenta-

ções dos diversos países, mas da

EBSFC em particular. Neste

encontro também se apresenta-

ram ilustrações de provérbios

portugueses onde entra a cor

vermelha, por exª “ Vermelho

que nem um tomate”.

Em Zonguldak, na Turquia, no

mês de Março, decorreu o quinto

encontro subordinado ao tema

“O vermelho, no amor e na

sociedade”. Para este encontro

prepararam-se dois trabalhos: um

powerpoint sobre a influência de

uma família nobre da região de

cada Escola, e a sua influência

na nossa sociedade (no caso da

EBSFC escolheu-se Dom

Manuel Correia de Bastos Pina –

Bispo Conde de Arganil, e tio-

avô dos actuais proprietários da

Quinta da Costeira); o outro

trabalho apresentado foi sobre

uma história de amor – os alunos

desta Escola apresentaram um

filme por eles produzido e ence-

nado sobre a História de Pedro e

Inês de Castro. Este filme fez

enorme sucesso pois a história

apesar de triste, tornou-se bas-

tante cómica com a actuação do

bobo da corte.

O tema desenvolvido na

mobilidade em Portugal foi a

“Arte”. O encontro decorreu na

EBSFC entre os dias 3 e 7 de

Maio, e incluiu visitas a Aveiro,

considerada a capital da Arte

Nova, e outra ao Porto, onde

predomina o Barroco.

De manhã, a recepção na

Escola decorreu com a presença

da Directora da Escola, o Presi-

dente da Associação de Pais e

um representante da Câmara

Municipal. Aí decorreu uma

troca de lembranças!

Seguiu-se uma visita guiada à

Escola, onde os alunos do 12º

ano de Artes tinham uma expo-

sição dos seus trabalhos.

À tarde os professores reuni-

ram-se para a elaboração do

relatório final e os alunos tive-

ram uma actividade surpresa.

No final da tarde apresentaram

aos professores o trabalho

desenvolvido – diversas coreo-

grafias de músicas, em cuja

letra entra a palavra “red”.

Seguiu-se o sorteio de peças

de arte elaboradas pelas diver-

sas Escolas. A EBSFC ficou

com uma peça de arte elaborada

pela Escola da Bélgica e o qua-

dro da EBSF, com o Galo de

Barcelos, típico do Norte de

Portugal, foi para a Turquia.

Passou-se a uma actuação da

Orquestra de Sopros Ferreira de

Castro que muito encantou os

visitantes.

Antes do jantar houve ainda

um momento para outra activi-

dade surpresa, uma dança, à luz

de velas vermelhas!

No final do jantar, a actuação

do Grupo Foclórico de Cidacos,

ao qual fica aqui um agradeci-

mento especial, constituiu um

ponto alto! Alunos, professores,

bem como funcionários da

EBSFC, divertiram-se imenso a

dançar folclore - uma outra

forma de Arte tipicamente por-

tuguesa!

Professores e alunos dos

diversos países agradeceram

imenso todos os momentos que

lhes foram proporcionados, e

partiram com saudade, para o

Sul, rumo a Cuba!...

Projecto Comenius

Página 14

P ela última vez, no âmbito

de uma parceria multilate-

ral do Projecto Comenius intitula-

da “The colour red”, alunos do

11º A e respectivos professores

da Escola Básica e Secundária de

Ferreira de Castro participaram

num encontro desta vez na nossa

cidade. Este Projecto visou essen-

cialmente o intercâmbio de cultu-

ras e o aperfeiçoamento da comu-

nicação em Língua Inglesa.

Em cada encontro, cada um dos

seis países participantes (Portugal

– EBSFC e Agrupamento de

Escolas de Cuba; Alemanha;

Bélgica; Itália; Noruega e Tur-

quia) apresentou os trabalhos

desenvolvidos por alunos e pro-

fessores, subordinados a um tema

específico. Puderam assim ser

comparados os resultados de cada

país com os dos países parceiros.

O primeiro encontro decorreu

em Novembro de 2009, em Itália,

onde os parceiros apresentaram

as suas escolas, regiões, bem

como o Sistema Educativo do seu

país.

Na segunda sessão, em Geel, na

Bélgica, em Março de 2010,

foram apresentados powerpoints

sobre o significado da cor verme-

lha na bandeira de cada país par-

ticipante, e sobre a violência nas

Escolas envolvidas no Projecto.

Foi também em Geel que se criou

a bandeira deste Projecto.

A terceira mobilidade decorreu

em Rüdersdorf, na Alemanha, e

cada Escola dramatizou a

“História do Capuchinho Verme-

lho” segundo a versão do seu

país.

Em Setembro/Outubro de 2010,

o encontro decorreu em Skogn,

na Noruega, e, para os alunos da

EBSFC, a elaboração e apresenta-

ção deste trabalho foi muito espe-

cial pois sendo alunos de Ciên-

cias e Tecnologias, o tema

“Extracção de pigmentos de cor

vermelha a partir da fauna ou da

Mais informações sobre o Projecto

“The colour red” em:

http://www.comeniusonline.info/new/

A escola secundária Ferrei-

ra de Castro foi a vencedora

do concurso ambiental «A

escola», destinado a sensibili-

zar e a premiar o trabalho das

escolas na conservação e

limpeza do espaço escolar, na

utilização eficiente da energia

e da água e no reencaminha-

mento dos resíduos.

O concurso, promovido no

âmbito do plano de activida-

des da divisão de ambiente da

autarquia, distinguiu a

«secundária» Ferreira de Cas-

tro como o estabelecimento

que apresentou «melhor

desempenho ambiental».

A autarquia considera que a

escola premiada reúne «todas

as sinergias necessárias para

melhorar ainda mais, quer a

nível de infra-estruturas, quer

a nível de motivação».

O concurso foi lançado

junto das escolas-sede dos

agrupamentos e secundárias

do concelho que apresenta-

ram um relatório ambiental

que serviu de base à decisão. In: http://www.esfcastro.net/

Escola Ferreira de

Castro vence

concurso

“A escola”

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Comenius

Página 14

Page 15: Jornal selva 13

Levantam-se por vezes vozes

ainda mais radicais que, de for-

ma demagógica, aludem à neces-

sidade imperiosa da vinda de um

salvador, leia-se, ditador, como

forma de garantir a ordem e a

esperança no futuro.

A democracia e a forma como

funciona é antes de mais reflexo

dos cidadãos que serve e da sua

vontade e capacidade de inter-

venção política.

O termo política deriva do

grego “polis”, associação de

homens livres que devia garantir

o governo da cidade de forma

rotativa, para que nenhum cida-

dão se pudesse furtar à responsa-

bilidade da tomada de decisões

necessária à sua governação.

Não se deve, pois, confundir o

regime democrático, que neces-

sariamente apresenta algumas

imperfeições, mas ainda é de

longe o melhor sistema político

conhecido, com a recente prática

partidária.

E seguramente só a ingenuida-

de ou a falta de vivência política

num regime ditatorial poderá

justificar a hipótese de substi-

tuição da democracia por qual-

quer outro regime supostamente

mais benéfico para os seus

cidadãos.

Pela simples razão de que

todos aqueles que eventualmen-

te se lamentam têm neste regi-

me a possibilidade única de o

fazer livremente, podendo ainda

promover todas as formas de

reunião e contestação que pre-

tendam.

A democracia é um sistema

político que, apesar das imper-

feições que possa apresentar,

não tem ainda qualquer outro

sistema que a possa substituir,

garantindo, de forma compro-

vada, a liberdade dos cidadãos.

Mas a democracia é em si

mesmo um sistema político

exigente que desde a sua funda-

ção tem apenas nos cidadãos o

garante do seu funcionamento:

não é por si mesma garante de

nada ou abstracção que se assu-

ma como panaceia para todos

os males – é um sistema que

vive da intervenção dos cida-

dãos e da sua capacidade de

entrega e exigência perante a

causa pública.

A democracia pode estar

desvirtuada, mas essa situação

não resulta do sistema em si

mesmo: a responsabilidade da

sua adulteração resulta da falta

de intervenção responsável do

cidadão. E quando alguém se

lamenta do estado que a demo-

cracia poderá ter atingido lasti-

ma-se em primeiro lugar da sua

própria demissão da responsa-

bilidade que lhe cabe no seu

funcionamento.

Tarefa fácil é desfrutar de

todos os enormes direitos que a

democracia nos permite, mais

difícil é assumir as responsabi-

lidades que diariamente um

sistema tão exigente como este

espera dos cidadãos.

Mário Luís Melo Ferreira

(professor de Artes Visuais)

força e fizeram valer os seus

princípios.

Contudo, já lá vão 37 anos...

já lideramos, já fomos submis-

sos, já protestamos! E agora?

Como é ser português?

Agora somos mais um povo

no meio de muitos: vivemos

numa democracia aparente,

temos uma sociedade estratifi-

cada em classes, somos forma-

tados pela religião, educados

com determinados padrões.

Sabemos que o país vive

situações desagradáveis, sabe-

mos sussurrar críticas a quem

consideramos culpados e, ironi-

camente, sabemos tapar as feri-

das discreta e silenciosamente.

Ser português deveria signifi-

car ser Portugal! Assim, não

actuaríamos enquanto indiví-

duos, mas sim enquanto nação,

nação essa que em tempos sou-

be reagir…

Ser português deveria ser

afirmar, tanto quanto fosse

Numa sociedade em constan-

te mudança todo o conceito de

nação, país, cidadão e, conse-

quentemente, português se tor-

na relativo e dependente dos

factores tempo e espaço.

Se, há uns séculos atrás, ser

português significava ter a lide-

rança da Europa e até do mundo

- conquistada através dos feitos

resultantes dos descobrimentos

- actualmente esta visão não

prevalece.

Decorridas centenas de anos o

povo português foi perdendo a

confiança na nação que havia

sido líder na navegação, nas

conquistas e nas trocas comer-

ciais. Ainda bem presente estão

os anos em que mergulhámos

na ditadura implantada por

Salazar e à qual se deve um

profundo atraso.

Também lembrados estão,

certamente, os dias da Revolu-

ção de Abril... aí sim os portu-

gueses voltaram a afirmar a sua

necessário, os

valores pelos quais

nos regemos!

Assim, lutaríamos

pela igualdade e

não pelas desigual-

dades sociais que

se acentuam de

forma galopante…

Ser português

deveria ser ter

orgulho em tudo o que construí-

mos! Assim, não diríamos leve-

mente que o futuro está no

estrangeiro…

Acima de tudo, ser português

deveria ser o espelho das nossas

crenças, dos nossos valores, das

coisas que nos tornam descon-

tentes, daquilo que temos ver-

gonha de assumir que somos:

resumindo, deveria ser activo!

Ao povo português falta acção,

vive escondido por trás de um

sorriso pouco convicto de que

tudo vai bem, “engole” aquilo

que desperta revolta e continua

A Democracia somos nós

A importância de ser português

A ausência de participação

política de parte significativa dos

cidadãos tem frequentemente sido

atribuída à forma como os parti-

dos actuam, acusados de se apro-

ximarem apenas dos eleitores em

períodos de escrutínio, procuran-

do desta forma conquistar os

votos necessários para atingir ou

garantir a permanência no poder.

Esta situação tem conduzido ao

alargamento abusivo de críticas

que passam da forma como os

partidos políticos de forma mais

ou menos generalizada actuam à

incapacidade da própria democra-

cia se regenerar.

a viver numa passividade inútil.

Porque não mostrar que

somos capazes? Porque não

fazermo-nos ouvir e dizermos

“Não!” às coisas com que não

concordamos? Porque não afir-

marmos que ainda somos uma

nação, que ainda somos capazes

de vencer e de honrar o que

ficou para trás?

“Deus quer, o Homem sonha,

a obra nasce”... Portugal ainda

há-de renascer!

Sim, sou portuguesa!

Ana Filipa, 12E

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Opinião/Reflexão

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Page 16: Jornal selva 13

O ex-jogador Carlos Secretá-

rio realçou durante a pales-

tra que por vezes é difícil conciliar a

actividade desportiva com os estu-

dos, mas que com vontade e esforço

isso é possível. No entanto, partilha

da opinião de que quando a falta de

tempo inviabiliza essa concilia-

ção, a prioridade deve ir para os

estudos. A este propósito Car-

los Secretário deu como teste-

munho a sua própria experiên-

cia: “queria estudar para médi-

co mas desisti no 8ºano. Agora,

Página 16

Palestra com Carlos Secretário:

“O segredo de um jogador para chegar ao sucesso”

estou, com orgulho, num Cen-

tro Novas Oportunidades para

fazer o 9º e o 12º ano, mas teria

sido bem melhor se o tivesse

feito noutra altura.”

O professor Luís Pedro, que

assistiu à sessão de Carlos

Secretário, afirmou que é

essencial a conciliação das

actividades desportivas com o

estudo para se assegurar um

melhor futuro.

Diogo Ferreira, Joel Costa e Jorge Barbosa com Carlos Secretário

No dia 18 de Maio, no Ginásio da nossa Escola, foi realizada uma

importante palestra sobre “O segredo de um desportista para chegar ao

sucesso”, com a participação do ex-jogador da selecção nacional de futebol,

Carlos Secretário. A iniciativa partiu do grupo de Área de Projecto do 12º E

que tinha o Desporto como tema de trabalho.

Márcio Barra, autor do logótipo do anterior jornal “A Selva”, desde cedo evidenciou

grandes aptidões artísticas, tendo chegado a autopropor-se para o exame nacional de

Desenho A, no qual obteve a classificação de 17,5 valores.

Apesar disso, considerou sempre que queria seguir ciências e que o desenho apenas

seria para si um passatempo.

Seguiu Ciências e Tecnologias e actualmente frequenta o 2º ano de Ciências Biomédi-

cas na Universidade de Aveiro, mas continua a fazer belos desenhos, como nesta pági-

na alguns dos seus trabalhos evidenciam.

Márcio enviou ao jornal “A Selva” a seguinte mensagem: “foi com grande orgulho que vi o meu trabalho ter sido aceite para o jornal "A

Selva". Se ainda estou a dar os primeiros passos no mundo da arte (à medida que vou trabalhando num curso que nada tem a ver), esse foi

dos primeiros passos. Hoje em dia o trabalho em si (ainda este sábado vi um exemplar guardado) já me faz pensar que é deveras amador,

mas há toda uma inocência que me agrada. E saudosismo, claro. Ainda não sei se é esse o usado no jornal, se continuar a ser fico conten-

te, mas eventualmente deixem alguém que quer provar o seu valor fazer algo para o jornal: ). Beijos para as minhas professoras e professo-

res todos, saudades: ) continuo a desenhar e a tentar que saia alguma coisa disto, nunca desisti.”

Márcio Barra está na Internet em:

http://www.facebook.com/pages/M%C3%

A1rcio-Barra/115208438562857

http://marciopk.deviantart.com/

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Desporto e Arte

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Page 17: Jornal selva 13

“A Selva” : Que modalidades

praticam?

Ambas: Atletismo, as duas.

“A Selva”: E há quanto tem-

po é que praticam esse despor-

to?

Diana: Há 5 anos, as duas.

“A Selva” : Quais são os vos-

sos hobbies?

Diana: Ver televisão…

Isa : Computador, internet…

os normais.

“A Selva” : Antes de partici-

parem no corta mato quais eram

as vossas expectativas? Eram

boas?

Diana : Estávamos conscien-

tes de que, se calhar, ganháva-

mos, digo eu.

Isa : Nesse momento andava

a treinar menos, mas tinha a

expectativa de ficar nos 3 pri-

meiros porque sabia que muitos

dos participantes só faziam

parte da escola e não pratica-

vam atletismo.

“A Selva”: Então as vossas

expectativas foram mais que

cumpridas?

Ambas: Sim …

“A Selva” : E porque é que

participaram? Foi só para

melhorar o empenho da disci-

plina, ou foi porque realmente

gostam de desporto?

Diana : Participar no corta

mato nacional de escolas.

Isa: Concordo.

“A Selva”: Era esse o objec-

tivo principal?

Isa : Era …

“A Selva” : Então o desporto

é bastante importante na vossa

vida?

Isa : Bastante mesmo.

“A Selva” : Põem a hipótese

de seguir a vida profissional

como atletas?

Isa : Sim, com algumas difi-

culdades, mas sim.

Diana : É preciso muitos

sacrifícios para chegar lá.

“A Selva” : Mas achas que és

capaz de seguir por esse cami-

nho?

Diana: Se me esforçar,

talvez.

“A Selva” : A participação

no corta mato mudou alguma

coisa na vossa vida? Ficaram

conhecidas? ou alguém foi ter

convosco ? Fizeram comentá-

rios?

Isa : Não, em relação a mim

ganhei mais motivação, ajudan-

do-me em algumas provas.

Diana: Concordo.

“A Selva” : Conseguem com-

patibilizar os estudos com os

treinos?

Isa: Às vezes é complicado

porque os treinos demoram

imenso tempo e acaba por ser

um bocado difícil.

“A Selva” : Acham que no

futuro vão conseguir conciliar?

Quando chegarem ao 12º e à

universidade?

Diana: Sim, é provável.

“A Selva” : Querem seguir o

atletismo como carreira?

Ambas: Sim.

“A Selva” : Porque é que

acham que estas iniciativas

escolares são importantes: con-

tribuem para a visibilidade da

escola? São importantes para os

alunos?

Isa: Quando começam a reali-

zar estes corta-matos é que

alguns começam a ganhar o

gosto de correr.

Diana : Eu, por exemplo,

iniciei este desporto quando

participei num corta-mato

escolar .

“A Selva” : Então inscreveste

-te em que ano?

Diana : No 5º ano. E foi aí

que comecei a gostar do atletis-

mo , mas foi no 6º que decidi

mesmo ir competir.

“A Selva” : Já agora, onde é

que competem?

Ambas : NAC.

“A Selva” : Querem deixar

alguma mensagem àqueles

alunos que hesitam sempre em

participar no corta mato ou em

algum tipo de desporto ?

Isa : Acho que devem partici-

par, pois é necessário não desis-

tirem como eu, por exemplo,

que sou federada.

Diana: É bastante importante

para a saúde e não é só para

serem atletas, mas quem pratica

desporto é muito saudável.

“A Selva” : Obrigado pela

colaboração.

Entrevista às atletas do Corta-Mato

Como prometemos na anterior edição, fomos à

conversa com as alunas da Ferreira de Castro

apuradas para a prova de Corta-Mato nacional, a

Diana Aguiar, de 16 anos, e a Isa Maria, de 14 anos.

A equipa de reportagem d”A Selva” com as atletas Diana e Isa.

Isa Maria, do 9º ano.

Diana Costa, do 11º ano.

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Desporto Escolar

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Page 18: Jornal selva 13

O rganizei e dei relevo a quatro elementos figurativos que

representam as principais áreas do saber: as ciências

humanas, as artes e as letras.

Tal como os seres vivos, que coexistem nos seus habitats e lutam

pela sobrevivência, as cores que escolhi para esta solução gráfica

pretendem homenagear os homens e as mulheres que nas selvas

das suas vidas, lutaram sem tréguas pelo conhecimento e pela

verdade no mundo. Manuel José

O jornal “A Selva” tem a partir deste

número um novo logótipo, da autoria de

Manuel José Ferreira da Silva,

professor de Artes Visuais na nossa

Escola.

O novo logótipo sucede ao que foi criado

por Márcio Correia Barra, ex-aluno da

Ferreira de Castro, quando no 9º ano

venceu o concurso

para o logótipo do

jornal.

Nesta mudança de visual, “A Selva” dá

conta aos seus leitores do significado

atribuído pelo professor Manuel Silva ao

novo logótipo do jornal e homenageia

Márcio Barra mostrando na página 16

algumas das suas criações artísticas.

Página 18

Memória descritiva do novo logótipo d”A Selva”

Manuel José Ferreira da Silva

Professor de Artes Visuais

consideravam ser importante,

apelativo, dinâmico e jovem!

Foi pensando sempre em

dinamismo que quiseram

divulgar este projecto, apelar

à participação da comunida-

de escolar e aceitar as suges-

tões que fossem chegando!

Muito foi o trabalho neces-

sário para que o jornal vos

chegasse da melhor forma

possível, muito foi o tempo

ocupado com “A Selva”, mas

muitas foram também as aju-

das para que nada falhasse e,

sobretudo, muitas foram as

palavras de apoio e de incen-

tivo. Sim, este foi, de facto, o

projecto de 13 alunos, projec-

to ao qual será atribuída uma

classificação! No entanto,

não foi esse o único motivo

que obrigou estes jornalistas

a esforçarem-se... a oportu-

nidade que teriam de deixar

uma marca na escola, neste

último ano, e de mostrar o

seu trabalho a todos, preva-

leceu acima de tudo!

Por último, conseguimos

também cumprir com a nos-

sa vontade de renovação do

visual do jornal, mudando o

formato do seu cabeçalho.

Todos estes factores per-

mitem aos “selváticos”

fazer um balanço bastante

positivo desta experiência!

É verdade que o trabalho e

o tempo desgasta e ocupa

cada um destes

“jornalistas”, mas verdade

é também que ver-vos ler o

resultado deste trabalho

compensa!

Antes de abandonar o jor-

nal, os alunos que até agora

foram responsáveis pelo

mesmo gostariam de deixar

uma mensagem: por muito

que vos pareça rebuscada a

ideia de estarem à frente de

uma iniciativa como esta,

embarquem nesta aventura e

façam com que este jornal

tenha um pouco de todos os

que fazem desta infra-

estrutura gigante uma ver-

dadeira escola!

Se, no início, parecia uma

autêntica loucura, no fim há

a recompensa de todo o

esforço!

C omo sabem, A Selva

foi “atirada” para as

mãos de alguns alunos do

12ºE que aceitaram o desafio

de se tornarem jornalistas

durante um ano lectivo!

Este desafio foi motivo de

muitas discussões, receios,

hesitações... Afinal, não era

brincadeira fazer um jornal

que fosse visto por todos

vocês! Contudo, ainda que

não estivessem bem certos do

que os esperava, havia que

começar a organizar ideias e,

claro, pô-las em prática.

Assim, e cada vez com mais

entusiasmo, os

”selváticos” (como o grupo

se auto-denomina) procura-

ram fazer passar, através do

jornal escolar, aquilo que

Editorial

A aventura de ser jornalista

III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 O novo logótipo

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