Jornal Semente - 2ª edição

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Semente Informativo do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro Preto Integrar o homem do campo e sua família, com a produção agropecuária, tecnologia e sociedade Ano 1 nº 2 Julho de 2011 Sonhar... um sonho possível Onivaldo Ramos Leão, secretário suplente do Sindicato A tarde cai… solene, com a elegância e delicadeza que reveste todo cair de tardes nestas montanhas, neste manso ou- tono de 2014. As lembranças chegam de mansinho. É impossível não pensar no passado. São elas que hoje povoam meu universo. Lembro-me… tempos remotos aqueles... quando ainda não havia a “Fofoqueira” (apelido dado à moto dos correios). Hoje ela chega cedinho, fazendo-me sentir como parte do mundo civilizado. É a Fofoqueira que permite que minha filha me atualize remetendo- me CDs novos, que eu receba minha revista semanal, o catálogo de mercadoria, propagandas eleitorais, convocações de reuniões... O ônibus “Direito-de-Ir-e-Vir”, nos colocou no século XX. Hoje ele passa às oito horas, trazendo minha cozinheira que mora na cidade, percorrendo toda a área rural e serpenteando nossa região, antigamente tão abandonada. Naquela época, para nós não existia o artigo 1º da Carta Magna, nossa Lei maior, nossa Constituição. Pois todo cidadão tem o direito de ir e vir, mas este artigo só beneficiava os eleitores lá da cidade de Itabirito. Tempos bravos aqueles de 2010. Mas desde que foi licitado o transporte público rural pagamos o preço justo desse serviço essencial que, se não exercido, fere nossos mais elementares direitos. Foi um belo trabalho. Afinal somos 1.200 sítios. Hoje Dona Isabel e seu Aristides têm como se deslocar para a consulta mensal, o Lili desce confor- tavelmente para a reunião do Conselho Desenvolvimento Rural Sustentável. Foi a “Fofoqueira” que trouxe a carta convocatória da reunião, com duas semanas de antecedência. O burburinho das pessoas dentro do ônibus indo para cur- sos de culinária, de computação, de inglês, catecismo, afinal per- mitindo aos moradores da zona rural buscar as oportunidades e a liberdade que o conhecimento trás. Parece pouco? Mas foi este transporte público rural que colocou nossos filhos, empregados e a nós mesmos em pé de igualdade com o restante dos eleitores. Foi ele também que possibilitou o escoamento de nossos produtos, queijos, doces, verduras, legumes, frutas, palmito, ovos, peixes, etc. Todos certificados pelo Serviço de Inspeção Municipal, o SIM. Naquela época isso era um sonho. E dizem que quando sonhamos sozinho é só um sonho, mas quando sonhamos jun- tos ele vira realidade. Então o sonho coletivo concretizou-se no exercício de cidadania. Civilização para todos indiscriminadamen- te, independente do espaço geográfico! Naquela época já não era uma utopia: comunicação e transporte. Imaginem se isso estives- se ocorrendo nos dias de hoje, em pleno século XXI! Tínhamos todo o planejamento: filiamos ao Sindicato Rural. Autorizamos a Prefeitura afastar as nossas cercas para alargar as estradas rurais para torná-las compatíveis com as normas de execução das rodo- vias modernas, com obras de arte, drenagem, respeitando o meio ambiente. Eu e meu retireiro temos um contrato de parceria para fornecimento à merenda escolar. Hoje depende dos produtores rurais o atendimento de mais de 30% da merenda escolar, com qualidade, com produtos da nossa região, certificados. É dinheiro que fica no município. Passaram-se os anos e as lembranças ficam... Agora que carteiro e o ônibus passaram, o dia se consagrou. Vou tirar uma pestana porque, afinal, foram muitas vitórias. Mais benefícios para o produtor rural Goiaba é opção de renda para região Pág. 3 Pág. 4

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Jornal do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro Preto

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SementeInformativo do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro PretoIntegrar o homem do campo e sua família, com a produção agropecuária, tecnologia e sociedade

Ano 1 • nº 2Julho de 2011

Sonhar... um sonho possível Onivaldo Ramos Leão, secretário suplente do Sindicato

A tarde cai… solene, com a elegância e delicadeza que reveste todo cair de tardes nestas montanhas, neste manso ou-tono de 2014. As lembranças chegam de mansinho. É impossível não pensar no passado. São elas que hoje povoam meu universo. Lembro-me… tempos remotos aqueles... quando ainda não havia a “Fofoqueira” (apelido dado à moto dos correios). Hoje ela chega cedinho, fazendo-me sentir como parte do mundo civilizado. É a Fofoqueira que permite que minha filha me atualize remetendo-me CDs novos, que eu receba minha revista semanal, o catálogo de mercadoria, propagandas eleitorais, convocações de reuniões...

O ônibus “Direito-de-Ir-e-Vir”, nos colocou no século XX. Hoje ele passa às oito horas, trazendo minha cozinheira que mora na cidade, percorrendo toda a área rural e serpenteando nossa região, antigamente tão abandonada. Naquela época, para nós não existia o artigo 1º da Carta Magna, nossa Lei maior, nossa Constituição. Pois todo cidadão tem o direito de ir e vir, mas este artigo só beneficiava os eleitores lá da cidade de Itabirito. Tempos bravos aqueles de 2010. Mas desde que foi licitado o transporte público rural pagamos o preço justo desse serviço essencial que, se não exercido, fere nossos mais elementares direitos. Foi um belo trabalho.

Afinal somos 1.200 sítios. Hoje Dona Isabel e seu Aristides têm como se deslocar para a consulta mensal, o Lili desce confor-tavelmente para a reunião do Conselho Desenvolvimento Rural Sustentável. Foi a “Fofoqueira” que trouxe a carta convocatória da reunião, com duas semanas de antecedência.

O burburinho das pessoas dentro do ônibus indo para cur-sos de culinária, de computação, de inglês, catecismo, afinal per-mitindo aos moradores da zona rural buscar as oportunidades e a liberdade que o conhecimento trás. Parece pouco? Mas foi este transporte público rural que colocou nossos filhos, empregados e a nós mesmos em pé de igualdade com o restante dos eleitores. Foi ele também que possibilitou o escoamento de nossos produtos, queijos, doces, verduras, legumes, frutas, palmito, ovos, peixes, etc. Todos certificados pelo Serviço de Inspeção Municipal, o SIM.

Naquela época isso era um sonho. E dizem que quando sonhamos sozinho é só um sonho, mas quando sonhamos jun-tos ele vira realidade. Então o sonho coletivo concretizou-se no exercício de cidadania. Civilização para todos indiscriminadamen-te, independente do espaço geográfico! Naquela época já não era

uma utopia: comunicação e transporte. Imaginem se isso estives-se ocorrendo nos dias de hoje, em pleno século XXI! Tínhamos todo o planejamento: filiamos ao Sindicato Rural. Autorizamos a Prefeitura afastar as nossas cercas para alargar as estradas rurais para torná-las compatíveis com as normas de execução das rodo-vias modernas, com obras de arte, drenagem, respeitando o meio ambiente.

Eu e meu retireiro temos um contrato de parceria para fornecimento à merenda escolar. Hoje depende dos produtores rurais o atendimento de mais de 30% da merenda escolar, com qualidade, com produtos da nossa região, certificados. É dinheiro que fica no município.

Passaram-se os anos e as lembranças ficam... Agora que carteiro e o ônibus passaram, o dia se consagrou. Vou tirar uma pestana porque, afinal, foram muitas vitórias.

Mais benefícios para o produtor rural

Goiaba é opção de renda para região

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Diretoria 2011-12Presidente: Roberto A. M. CavalcantiVice-presidente: Ramon de Paula BragaSecretário: José Alexandre FerreiraSuplente: Onivaldo Ramos LeãoTesoureiro: Érico Otávio Diniz CoutoSuplente: Edmundo Quintão dos Santos

Conselheiros efetivos

Getúlio Teodoro CostaManoel Ferreira PedrosaCelina Rodrigues da Cunha Oliveira

Conselheiros suplentes

Renato Augusto BretasCláudio Couland da Costa CruzRenato M. Figueiredo

sinDiCato filiaDo à

enDereço

Rua Dr. Eurico Rodrigues, nº 486Bairro Praia - Itabirito/MG Tel.: (31) [email protected]

Jornalista responsável:Agnaldo Montesso - MG-15.903-JPSite: agnaldomontesso.tumblr.com

proJeto GráfiCo e DiaGramação: Agnaldo Montesso

Semente

ralmente a Holandesa, contribui com ge-nes para produção de leite, enquanto as raças zebus, geralmente a Gir ou Guzerá, contribuem para adaptação e resistência.

Por outro lado,o uso de animais de uma segunda raça européia(Parda Suíça/Jersey), nos animais F1(ex: Girolando),é uma alternativa que muitos produtores tem utilizado com o objetivo de obter animais mais produtivos e com maior precocidade reprodutiva.

Portanto,a heterose se manifesta em diversas características, principalmen-te nas de produção, reprodução, e resis-tência a doenças e parasitas, fazendo com que esses animais tenham maior veloci-dade de crescimento, redução da taxa de mortalidade, maior eficiência reprodutiva e maior precocidade nos mestiços, quando comparados aos animais de raças puras.

Recomendações práticas

A utilização de animais F1, é uma alternativa recomendada para aqueles produtores cujo manejo não é suficiente para se explorar as raças puras especiali-zadas. E mais, a própria instabilidade do mercado do leite impõe ao produtor con-dições de manejo e alimentação que, na maioria das vezes, precisa se ajustar aos baixos preços pagos ao produtor por litro de leite produzido.

A maior vantagem para o produtor de leite é a boa produtividade e lucrati-vidade das fêmeas F1, principalmente no nível “baixo” de manejo. Uma desvanta-gem pode ser a dificuldade na reposição

Opções de cruzamento bovino para gado de leite

O Estado de Minas Gerais pos-sui um rebanho bovino com cerca de 20 milhões de cabeças, produzindo anual-mente 6 bilhões de litros de leite . Esta bovinocultura está presente em 330 mil propriedades rurais, gerando cerca de 700 (setecentos) mil empregos diretos. Isto representa uma média de 60 cabeças por propriedade, o que caracteriza para Minas Gerais, uma predominância de pequenos pecuaristas, e que, na maioria dos casos se enquadram na chamada “agricultura familiar”.

As raças especializadas para gado de leite

As principais raças européias es-pecializadas para leite são a Holandesa, a Pardo Suíça e a Jersey. Elas também apresentam uma alta produção de leite no Brasil, desde que recebem manejo adequado.

Por outro lado, as raças zebuínas são mais resistentes e adaptáveis às con-dições adversas de manejo, mas, em ge-ral, apresentam um potencial menor de produção, exceto naqueles criatórios em que se vêm fazendo criteriosos trabalhos de seleção.

O teste de progênie consiste em avaliar o potencial produtivo e reprodu-tivo das filhas dos touros testados. Nas raças Gir e Guzerá este procedimento tem sido a principal ferramenta para se obter uma população zebuína de maior poten-cial para a produção de leite.

Por que o cruzamento europeu e zebu?

O cruzamento é o termo utilizado

para o acasalamento entre indivíduos de raças diferentes e os produtos resultan-tes são chamados de “mestiços cruzados”. Geneticamente, os cruzamentos são fei-tos com o objetivo de explorar os bene-fícios da HETEROSE: a superioridade dos mestiços em relação à média das raças puras que lhes deram origem.

Neste caso, as raças européias, ge-

expeDiente

Semente • Informativo do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro Preto • MG

Poliana Mendes VilelaMédica VeterináriaEmater-MG - Escritório Itabirito

destas fêmeas, tornando-se necessária a sua aquisição de terceiros. Entretanto, o seu bom desempenho justifica econo-micamente o seu maior custo na aquisi-ção. Existem também os riscos sanitários devido à comercialização intensa, o que pode ser contornado por meio de uma vigilância sanitária efetiva nos rebanhos produtores de F1.

Vale lembrar que,o uso de tou-ros mestiços facilita em muito o manejo reprodutivo,porém,só será vantojoso se forem utilizados touros mestiços compro-vadamente superiores, o que significa, touros provados e positivos por meio de testes de progênie.

Cerca de 60 pessoas participaram do encontro na Fazenda Chaparral

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Informativo do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro Preto

O Sindicato Rural, em parceria com a Caprileite, realizou um encontro técni-co sobre as possibilidades de desenvolvi-mento da criação de caprinos e ovinos na Região dos Inconfidentes. O evento acon-teceu no dia 7 de maio, no Hotel Fazenda Chaparral, com a participação de cerca de 60 participantes, a maioria vinculada aos produtores e interessados nas atividades de criação de ovinos e caprinos.

Temas técnicos e econômicos foram debatidos e um protocolo de in-tenções foi preparado para servir de embasamento para uma política de ação destas criações capazes de oferecer óti-mas opções para o desenvolvimento ru-ral da região.

Encontro discute caprinocultura

O Sindicato dos Produtores Ru-rais de Itabirito e Ouro Preto, em par-ceria com o Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar) contratou o técnico José Flávio Vítor para exercer a função de mobilizador dos cursos de treinamento de mão-de-obra rural. O técnico possui muita experiência neste setor por ter executado diversas ações nesta área no município de Rio Piraci-caba, no Vale do Aço. Após um período de treinamento, começará a ser desen-volvido um trabalho de mobilização para concretização dos cursos planeja-dos para o ano de 2011.

Novo mobilizador do Senar em Itabirito e Ouro Preto

O Sindicato Rural quer estar sempre atuante em diversas frentes de trabalho, com o objetivo de desenvolver cada vez mais o agronegócio em nossa região. Para qualificar a mão-de-obra rural, foi feita a reestruturação do convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que passa a disponibilizar gratuitamente cursos de aperfeiçoamento do produtor para a nova produção tecnificada, essen-cial no desenvolvimento da agricultura.

Para resolver o problema de ob-tenção de recursos e financiar a produção rural, o Sindicato está trabalhando junto ao Banco do Brasil, requerendo para o pro-dutor rural os recursos do Governo Federal no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em condi-ções acessíveis ao pequeno produtor.

Para solucionar o problema de transporte e comercialização de fru-tas, legumes, verduras, queijos, ovos e etc., produzidos em nossa região, o Sindicato dos Produtores Rurais está propondo realizar, em parceria com a Prefeitura de Itabirito, a Câmara Mu-nicipal e outros, o projeto descrito em forma de diagrama (abaixo). Alcançado este objetivo, com certeza, o produtor rural terá sua renda multiplicada várias vezes, sendo criados centenas de em-pregos diretos, aumentando a arrecada-ção municipal por meio do incentivo da produção interna bruta do município e do fluxo do comércio.

Estas atividades relacionadas ao Pronaf e ao transporte e comercializa-ção de produtos são algumas das nossas principais atuações, por meio do con-vênio Prefeitura – Sindicato.

Feira livreConsumidores Escolas

BH Sacolões

Projeto, Produção, Transporte e Comércio de Legumes e Verduras

Sindicato RuralControle de vendas

- Córrego do Bação

- Macedo-Teixeira

- São Gonçalo do Bação

- Portões- Bom Sucesso

- Acuruí- Calado

- Codorna- Água Limpa- Ribeirão do

Eixo

- Cardoso- Serra da Jaguara

- Marzagão

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5

Mais beneficios para o produtor rural

Cerca de 60 pessoas participaram do encontro na Fazenda Chaparral

Lembro-me de uma agenda cujo tema das fotos era águas. Tinha uma foto que eu amava: um velho com um balde molhando uma planta ainda jovem no chão. A planta era de um verde forte que contrastava com a pureza da água. E eu tinha a impressão de que era água que brotava do chão. Linda Foto! Mas voltemos ao velho com um sorriso nos lábios que esqueci dizer.

Natureza Alcione Marta Ribeiro

Aloísio Braga, técnico agropecuário

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Semente

Cultura da goiaba, fonte de renda na Região dos Inconfidentes

Planta originária da América Tropi-cal (sul da América Central e norte da América do Sul) se adapta muito bem na Região dos Inconfidentes (Ouro Preto Itabirito e Mariana). O Brasil é terceiro produtor mundial de goiaba; São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco responderam juntos, por 74% da produção anual.

Fruto (goiaba): in natura e maduro é saboreado fresco, sob forma de refres-cos, de sucos, sorvetes; processada a polpa entra na confecção de doces (de corte, em calda, em pasta), sucos con-centrados, polpa congelada, geléias e compotas. O fruto tem grande impor-tância alimentar e elevado teor de vi-tamina C.

Principais Cultivares: KUMAGAI: pol-pa branca para mesa, SASSAOKA: polpa rosada dupla aptidão (mesa e indús-tria), OGAWA Nº 1: polpa vermelha du-pla aptidão (mesa e indústria), RICA: polpa vermelha dupla aptidão (mesa e indústria), SÉCULO XXI: polpa verme-lha dupla aptidão (mesa e indústria), PEDRO SATO: polpa vermelha dupla ap-tidão (mesa e indústria) Paluma: para indústria.

Implantação do Pomar

Solo: profundos e bem drenados, de preferência com elevado teor de maté-

ria orgânica e topografia plana ou leve-mente inclinada;Solo ideal: areno-argilosoClima: Temperatura média de 25 ºC.Precipitação: mínimo de 600 mm/ano;Topografia que permite mecanização.Plantio: Prepare o solo. Faça uma ara-ção profunda e, então, uma ou duas gradeações. Caso necessário, espalhe calcário após a aração. Recomenda-se cultivar mudas reproduzidas vegetativa-mente, pois elas apresentam produção precoce e geram frutos com mais quali-dade. O plantio feito por sementes pode manter-se anos apenas vegetando, sem frutificação, além de apresentar um pa-drão muito heterogêneo, com frutos de qualidade duvidosa.Propagação: Existem dois métodos para a propagação da goiaba: a vegetativa, com a enxertia e a estaquia entre as técnicas mais comuns; e a assexuda, que deve ser evitada pelo seu grau de complexidade.Adubação de Plantio: 20l de esterco de curral, 500g de super fosfato simples, 70g de FTE BR 12 (micronutrientes);Irrigação: Pomares de goiaba para mesa é imprencindivel (produçao o ano todo)Controle das ervas daninhas (Mato): manter no limpo toda a área da copa das plantas ,usar cobertura morta sob as plantas,o restante fazer o controle com roçadas;Poda de formação: Existem, basica-mente, três tipos de podas em goiabei-ras: poda de formação, poda de limpeza e poda de frutificação.

É dividida em duas fases: na primei-ra, deve-se fazer a poda do ramo apical

quando o local do corte, à altura de 40 a 60 cm, dependendo da variedade, es-tiver lenhoso.

Nesta fase, a casca tem coloração acastanhada. Na segunda fase, após ramificação abundante ocasionada pela poda apical, escolhem-se de três a cin-co ramos bem distribuídos, saindo de pontos diferentes do tronco.Poda: Faça podas de formação, condu-ção e de limpeza na goiabeira. É uma medida de controle natural contra pra-gas e doenças. Mantenha a copa da ár-vore de modo a favorecer a insolação e o arejamento.Poda de produção: Consiste no encurta-mento dos ramos que já produziram de modo a manter a unidade de produção em atividade, pelo estímulo à nova bro-tação.Poda Contínua: Poda escalonada na planta; planta produz ano todo. Proble-mas: Controle fitossanitários.Colheita: Ocorre de janeiro a abril e é realizada manualmente. Como o fruto se desenvolve rápido, colha três ve-zes por semana. De manhã é o melhor horário, mas confira antes se as goia-bas não estão cobertas por orvalho da noite. Apanhe do pé apenas as frutas recém-desenvolvidas e com coloração verde-mate.Principais Pragas e DoençasDoenças:Ferrugem, antracnose e bacteriosePragas:Mosca das frutas, gorgulho, largatas, broca dos ramos e troncosControle deve ser feito com orientação de técnico habilitado.

Paulo Márcio da Silva, engenheiro agro-nômo - Prefeitura de Ouro Preto

Produtores do Distrito de Santa Rita de Ouro Preto comemoram a boa produção da goiaba

Goiabeira antes da poda no Sítio Sapé, em Enge-nheiro Côrrea

In natura e maduro é saboreado fresco, sob forma de refrescos, de sucos, sorvetes.

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- Confira o período de incubação de diversas espécies de aves: • Avestruz - 42 dias • Angola - 28 dias • Canária - 14 dias • Faisã - 22 dias • Galinha - 22 dias • Gansa - 30 dias • Pata - 28 dias • Perua - 26 dias

Dicas Técnicas

Os associados Érico Otávio Diniz Couto e Edmundo Quintão dos Santos to-maram posse respectivamente como Tesou-reiro e Suplente da diretoria, cumprindo o término do mandato desta atual gestão. Da mesma forma Cláudio Couland da Costa Cruz e Renato M. Figueiredo assumiram a suplência do conselho para o período.

Alteração da diretoria

A Leishmaniose Canina é uma do-ença parasitária, transmitida pelo mos-quito palha infectado pelo protozoário do gênero leishmania, afetando tanto os animais quanto o homem. Pode provocar dois tipos de doença: cutânea e visceral. Cerca de 60% dos casos são assintomáti-cos, ou seja, a ausência de sintomas per-ceptíveis. É uma doença grave, de curso lento e crônico. Os sintomas podem se manifestar após um ou mais meses após infectados. Trata-se de uma zoonose, por-tanto a Leishmaniose canina do ponto de vista epidemiológico é considerada mais importante que a doença humana, porque apresenta um grande contingente de ani-mais infectados com parasitismo cutâneo, tornando o cão o principal reservatório do parasito.

Os principais sintomas são perda de peso acelerado e/ou falta de apetite, seborreia, feridas na pele, ao redor dos

olhos e que não cicatrizam, crescimento rápido das unhas, aumento dos linfono-dos, diarreias persistentes, vômitos, den-tre outros.

Como prevenir: por meio da vaci-na (consulte um médico veterinário) ou uso de coleiras apropriadas e repelentes à base de citronela. Por se tratar de zo-onose, a eutanásia nos animais (cães) é uma forma de eliminar o foco da doença, evitando assim o contágio de outros cães e até mesmo humanos.

Saiba mais sobre a Leishmaniose Canina

Maquete mostra área de cerca de 40 mil m2 onde será instalado o Parque Ecoagropecuário

Uma área de 40 mil m2, no distrito do Córrego do Bação, está se transforman-do no novo parque Ecoagropecuário de Itabirito, um espaço que unirá todas as associações ligadas à área rural, com in-fraestrutura para a realização de eventos e potencial para o desenvolvimento susten-tável das entidades.

O local já possui galpões que serão re-formados e abrigarão as sedes do Clube do Cavalo, dos Tropeiros da Estrada Real, do Sindicato Rural, da Associação do Córrego do Bação, além de uma estrutura para um Centro de Conveniência, espaços para baias, pistas e a instalação do Viveiro Municipal.

Uma organização cível, gestora de to-dos os interesses, já foi eleita, e as ins-

Novo espaço para o desenvolvimento rural

tituições coparticipantes preparam seus projetos para concretização do referido Parque. O Sindicato como órgão repre-sentante da classe produtora rural estará

sempre presente, atento e de mãos dadas às demais organizações para ter ali o seu braço rural, e muitas atividades serem de-senvolvidas.

Informativo do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito e Ouro Preto

Sintomas se manifestam após alguns meses

Teula Costa Pedrosa, médica veterinária

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Remetente:Sindicato dos Produtores RuraisRua Dr. Eurico Rodrigues, 486 - Praia35.450-000 - Itabirito/MG

Semente

A aglome-ração de animais em recintos fe-chados é fator p r e p o nd e r a n t e para o afloramen-to e transmissão

de agentes infecciosos, entre eles, mesmo que, aparentemente não mostrem quaisquer sintomas de doenças.

Por isso, é necessário que animais destinados a eventos agropecuários estejam acompa-nhados de atestados sanitários, capaz de identificar suas perfeitas condições de saúde.

O Instituto Mineiro de Agro-pecuária (IMA), órgão responsável pela manutenção sanitária dos animais, em Minas Gerais, exige que estes estejam plenamente do-cumentados para serem introduzi-dos no recinto dos eventos.

A responsabilidade técni-ca deste evento proporciona uma segurança ao animal e consequen-temente ao criador. Assim os re-banhos estão de alguma forma, sendo protegidos sanitariamente.

O Sindicato, entidade de defesa da classe produtora, bata-lha para que nestes eventos, o res-ponsável técnico exija do produtor uma perfeita condição de saúde do animal, para ele ter condições de participação.

Controle sanitário nos eventos agropecuários

Novo Código Florestal é aprovado pela CâmaraO projeto de lei do novo Código Florestal, aprovado pela Câma-

ra, altera a lei ambiental que estava em vigor desde 1965. Entre as principais mudanças que podem ocorrer caso o projeto seja transformado em lei, estão definições sobre reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APP).

Enquanto o código atual exige reserva legal mí-nima em todas as propriedades, variando de 80% na Amazônia a 35% no Cerrado e 20% nas outras regi-ões, o novo texto aprovado dispensa aquelas de até quatro módulos fiscais (medida que varia de 20 a 400 hectares) de recompor a área de reserva legal desmatada.

Prorrogado o prazo para averbação da reserva legalO Diário Oficial da União publicou, na edição de 10 de junho de 2011, o Decreto

7.497, que prorrogou o prazo para a averbação da reserva legal, para até 11 de dezembro de 2011. Esta prorrogação não somente era necessária, para a conclusão da definição das regras gerais do novo Código Florestal Brasileiro, como também significa o deferi-mento a insistentes e eiterados pedidos da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, desta Federação e dos Sindicatos de Produtores Rurais ao Governo Federal.

O Sindicato dos Produtores Rurais de Itabirito, por meio do Serviço Nacional de Aprendizado Rural, vem disponibilizando gratuitamente cursos de aperfeiçoamen-to para produtores rurais, trabalhadores e seus familiares. São mais de 80 cursos de Formação Profissional Rural e Promo-ção Social, com o objetivo de melhorar o desempenho do setor agropecuário, por meio da melhoria da qualificação da mão-de-obra e geração de renda no campo.

Para Itabirito já estão agendados para atender a Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação os seguintes cursos:

• Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas com implementos;

• Produção Artesanal de Alimentos;• Curso Preparatório para Inseminação

Artificial;• Inseminação Artificial;• Qualidade do Leite;

• Implantação e Manutenção de jardins;Esses cursos serão realizados para dar

apoio a projetos implantados na região, como o de turismo rural, inseminação arti-ficial e projeto de paisagismo. Estes proje-tos foram implantados pela Prefeitura, em conjunto com a Emater-MG.

Os produtores da comunidade de Pie-dade, em Ouro Preto, receberam o curso de Administração de Empreendimentos Co-munitários, entre 20 e 22 de junho. Eles foram capacitados para administrar os pro-jetos de fabricação de rapadura e açúcar mascavo e produção artesanal de quitan-das, com objetivo de atender a demanda da merenda escolar.

Produtor e Associações Comunitárias Rurais, não percam a oportunidade! O Sindicato e o Senar estão prontos para atendê-los. Mais informações: (31)3561 1708.

Novos cursos para os produtores rurais

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