jornal SINTRA DESPORTIVO

Sintra Desportivo

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JORNAL MENSAL DE DESPORTO DO CONCELHO DE SINTRA • DIRETORA: GRAÇA TRACANAANO V • N.º 71 • FEVEREIRO // GRATUITO

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Dificuldades financeiras comprometem clubeO clube de Monte Abraão assinalou 39 anos. O cenário traçado para este ano é hostil devido à crise económica que o clube atravessa. pág. 2

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progresso Clube promove modalidadeO coletividade de Mem Martins realizou um seminário "Defesa de ameaça de faca" com a participação de dezenas de pessoas. pág. 14

KrAv MAgA

real Sport ClubeDepois de ter celebrado seis décadas de história, o Sintra Desportivo foi desvendar o clube de Massamá, património desportivo e emblemático da cidade de Queluz. pág. 7-10

SupleMentO

pág. 6

passeio pedestre

Descobrir a Vila 1.º Maio recebe "Amigos do Akwá"A equipa de Agualva vai ser a anfitriã do encontro amigável entre as duas nações. Acompanhe esta iniciativa desde o primeiro minuto. pág. 3-5

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2 FEVEREIROSintra Desportivo DESPORTO DO CONCELHO DE SINTRA

São quase quatro décadas de história, associativismo e muito desporto. A JOMA celebrou 39 anos mas 2012 afigura-se um ano decisivo para a continuidade do clube que está com falta de liquidez e apoios.

O alerta foi, mais uma vez, dado pelo pre-sidente, João Cardoso, na sessão solene que assinalou a data no dia 27 de janeiro. «Apesar da crise atual, a JOMA tenta sobreviver com toda a oferta desportiva o que significa um imenso esforço», disse o ex-atleta do clube de Monte Abraão e atual presidente da dire-ção, distinguido como “dirigente do ano” em 2011. «Nos últimos 20 anos, procurámos ser a melhor coletividade de formação, apesar de

Novo ano é, desta vez, sinónimo de novos desafios e estratégias. Este é o momento ideal para mudar de

pensamento e, acima de tudo, de postura. Os suspeitos do costume continuam a ostentar riqueza e a insultar dissimula-damente aqueles que com muito suor e sacrifício vão sobrevivendo. Não é tempo para baixar os braços e desesperar. Há que encontrar alternativas ao mais negro dos cenários. O português, na sua génese, assu-me-se como um lutador sem medo das difi-culdades. Deixamo-nos, por algumas anos, cair no deslumbramento daquilo a que os analistas chamam classe média e hoje não se compreende onde está essa ténue linha

que separa a classe operaria da, suposta, média. Também no desporto vemos isto acontecer. As realidades mais diminuídas, mas de igual ou maior valor e mérito des-portivo, estão agora, mais do que nunca, ameaçadas com a falta de apoio. Porque enquanto há show-off os apoios e patrocí-nios não faltam. Mas quando o medo e a insegurança se instalam, aqueles que nos abriram as portas são os primeiros a fechar todas as janelas…Vamos erguer a cabeça e continuar. É crucial não perder a esperança num dia melhor e para vós, atletas e clubes sintrenses, a equipa do SINTRA DESPOR-TIVO deseja um excelente ano com muitas alegrias e bons resultados! ■

editorial

Austeridade e pensamento positivo

FICHA TÉCNICA

Diretora: Graça TracanaRedação: Verónica Ferreira ([email protected])Colaboradores: Alexandre Castanhas, António Bandeira de Oliveira, Carlos Garcia, Nuno Pimenta, Soraia Brito e Victor Martins.Tlfs.: 219 205 525 / 219 205 329sintradesportivo.blogspot.comFotografia: Alexandre Castanhas, Nuno Pimenta, Ramiro Farrolas e Verónica Ferreira. Conceção gráfica: Rita Fialho, Vera TracanaPaginação: Silas Ferreira, Liliana FariaPeriodicidade: MensalServiços administrativos: Alexandra DiasDireção Comercial: Paula Vidal.Equipa comercial: Alexandre Castanhas, Sónia Almeida e

Ramiro Farrolas.E-mail publicidade: [email protected]: Lançar Ideias, Lda.Av. dos Bombeiros Voluntários, n.º19, Loja 12725-592 Mem MartinsNIF: 507 922 093Registo da ERC n.º (em fase de registo)Depósito legal: 266837/07 Tiragem média: 35000Impressão: Gráfica Funchalense.INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS, IMAGENS E ANÚNCIOS DE PUBLICIDADE SEM DEVIDO CONSENTIMENTO DO SINTRA DESPORTIVO

AS NOTÍCIAS DESTE JORNAL FORAM REDIGIDAS AO

ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Juventude Operária de Monte Abraão

39.º Aniversário e muitas dificuldades

Susana Estriga e Fátima Campos.

AGENDA DESPORTIVA4 FEVEREIROVeteranos Ginásio Clube 1º de Maio de Agualva VS Amigos de Akwá Parque Desportivo Engenheiro Leonardo de Carvalho.

4 E 5 FEVEREIROTroféu CRO1.ª Prova, Clube radiomodelismo de Sintra.

5 FEVEREIROEstágio karate UNAMUnião Nacional de Artes Marciais, Pavilhão Esc- eb2.3 Egas Moniz, Massamá, a partir das 10h00.

Passeio pedestre: " Sintra – Vila de Palácios"Portela de Sintra (Praça D. Afonso Henriques/junto ao edifício do Departamento de Urbanismo), 9h00.

5, 12, 19 FEVEREIROMem Martins Sport Club: Baile convívioGrupos Renascer, Sons Lá e Enigma 3, 15h00.

No final, a direção partilhou um bolo de aniversário com os presentes.

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6 FEVEREIROKickboxing: Gala Show Fight 11Casino do Estoril, 20h00.

12 FEVEREIRO5.º GP de Algueirão-Mem Martins 3.ª Caminhada das GeraçõesPiscina de Ouressa, 10h00.

18 A 21 FEVEREIRO3.º Open de carnavalLamosa Pool Club.

25 FEVEREIROAulas gratuitas de judoProgresso Clube, Algueirão, 9h30.

ATÉ 3 DE MARÇOTorneio de FutsalPraia das Maças, sábados e domingos, 16h00 às 19h00.

17 MARÇOIniciação à Escalada em Parede Artificial + Escalada em Rocha Natural Serra de Sintra, 9h30.

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não termos espaço desportivo próprio, o que diminui em muito a receita e aumenta a des-pesa», explicou acrescentando que «a JOMA, nas atuais condições, não aguentará mais um ano devido às restrições com que se depara diariamente». O vereador do desporto, Marco Almeida, deixou uma promessa no ar na ex-pectativa da CM Sintra conseguir encontrar uma solução para a situação crítica da JOMA seja pelo regresso à pista inativa do Real Sport Clube de Massamá ou pela criação de outra no concelho. Recorde-se que está prevista, dentro de 18 meses a dois anos, a realização do complexo desportivo municipal no terre-no do Ginásio Clube 1.º e maio de Agualva. A cerimónia solene contou com a presença de vários representantes do poder local e empre-sarial como Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, Marco Almeida, vice-presidente e vereador do des-porto da CM Sintra, Rui Caçador, em nome da Federação Portuguesa de Futebol, José Morais, empresário de São João das Lampas apoiante das coletividades e clubes do con-celho, entre outros. No final dos discursos, foram homenageadas algumas das atletas que têm orgulhado e perpetuado o nome da

JOMA, da freguesia e do concelho nas mais distintas provas nacionais e estrangeiras. Carla Salomé, participante na prova interna-cional de corta-mato sub23 e no campeonato europeu de pista, e Andreia Felisberto, repre-sentante lusa na Taça das Nações, receberam medalhas de mérito internacional pelas pres-tações realizadas no ano passado.

■ REDAÇÃO

3 Sintra DesportivoJORNAL MENSAL

No próximo dia 4 de fevereiro, o Ginásio Clube 1.º de Maio de Agualva, mais propriamente no Parque Desportivo Engenheiro Leonardo Carvalho, irá receber o jogo de confraternização entre as equipas de Veteranos do “Agualva” e os Amigos do Akwá (antigo internacional angolano).

A liderar a equipa angolana estará aque-le que é o mais internacional de sempre da seleção dos palancas negras. Fabrice Alce-biades Maieco, mais conhecido por Akwá, jogava como atacante na seleção de Angola e no seu currículo constam clubes como o Benfica, o Alverca, a Académica e 8 anos no Qatar, tendo terminado a carreira no Petro

de Luanda em 2008. Um dos momentos al-tos da sua carreira está, indubitavelmente, ligado ao apuramento histórico de Angola para o Campeonato do Mundo de 2006, onde na última ronda das eliminatórias africanas, foi o autor do golo que originou a vitória sobre o Ruanda, por 1 a 0, dando assim acesso a esse certame do desporto mundial.

O principal objetivo deste jogo é o con-vívio entre estes dois povos irmãos, o por-tuguês e o angolano, consequência da liga-ção de muitos anos. Entre a comitiva que irá chegar de Angola estão alguns jogado-res que pisaram os nossos relvados nalgu-mas equipas nacionais.

A primeira comitiva, de cerca de 100 pessoas, provenientes de Angola, aterrou no aeroporto da Portela no dia 2 de feverei-ro. De entre alguns acontecimentos relati-vos às celebrações do 4 de fevereiro, des-

Ginásio Clube 1.º de Maio de Agualva

1.º de Maio de Agualva recebe comitiva angolana

O campo do Ginásio Clube 1.º de Maio de Agualva vai ser o palco do encontro entre as duas nações.

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Ginásio Clube 1.º de Maio de Agualva

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Equipa de veteranos do Ginásio Clube 1.º de Maio de Agualva.

Equipa Amigos do Akwá.

tacam-se a chegada da comitiva, a receção dos jogadores e um passeio pelo concelho de Sintra num autocarro. O jogo está mar-cado para as 16h45, seguindo-se um jantar/convívio entre as duas equipas e restantes elementos que compõem as comitivas.

Iniciativa históricaEste evento está inserido nas comemo-

rações do 4 de fevereiro, dia histórico e marcante para as gentes de Angola. Nesse dia, no ano de 1961, iniciava-se a luta arma-

da que ia originar a Independência desse grandioso país, Angola, nove meses mais tarde, em novembro. No nosso país desde a segunda quinzena de janeiro, Akwá re-cebeu o Sintra Desportivo, de uma forma amável e disponível para nos dar a conhe-

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cer o projeto em que está envolvido. Além do nome da equipa (Amigos do Akwá), esta vinda ao nosso país está associada a uma organização especial, a Associação Kan-dengue Habilidoso, uma organização vi-rada para apoiar as crianças carenciadas, onde o principal objeto social é o despor-to. Nos seus quadros diretivos constam o Presidente Fabrice Maieco (Akwá) e o Vice-Presidente Lopes Andrade.

Existe um projeto que já está na sua fase inicial de execução, onde se destacam a construção de uma escola e uma academia, com vista à melhoria das condições de vida das crianças, com direito ao estudo e ao desporto. A futura academia irá ser cons-truída no município de Cacuaco, numa ex-tensão de dois hectares podendo o projeto ser alterado para que a academia adquira

mais espaço territorial. Em novembro de 2011, foi colocada a primeira pedra, acon-tecimento que foi “apadrinhado” pelo in-ternacional camaronês e atual jogador do Anzhi (Rússia), Samuel Eto’o. Este astro do futebol mundial presenteou a Associação Kandengue Habilidoso com 50 mil dólares americanos para apoiar o projeto, nome-adamente, o desenvolvimento da futura academia.

Aquando da sua visita a Angola, Eto re-cebeu de Akwá um convite para a realiza-ção de um jogo de solidariedade entre uma equipa constituída por jogadores africanos a atuar na Europa e os amigos do Akwá (As-sociação Kandengue Habilidoso).

■ ALEXANDRE CASTANHAS


Samuel Eto'o e Akwá.

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Alguns dos nomes que formarão a equipa dos amigos do Akwá

Bany (ex-internacional angolano/Oriental)•Paulo Tomás (ex-internacional angolano /ASA)•Mateus (ex-internacional angolano/Libolo)•Paulo Silva (ex-internacional angolano / Desportivo de Chaves e Petro Luan-•da)Luisinho (ex-internacional angolano/Sporting de Braga)•João Ricardo (ex-internacional angolano/Moreirense/presente no mundial •2006)Jacinto Pereira (ASA)•Paulo Figueiredo (ex-internacional angolano/Santa Clara/Belenenses/ pre-•sente no mundial 2006)Rats (ex-internacional angolano/ASA)•Suca (ex-internacional angolano/Petro)•Miloi (ex-internacional angolano/Inter de Luanda/presente no mundial •2006)Bodu (Benfica do Huambo)•Dário Araújo (Empresário)•Adilson Pimenta (F. Público)•


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Victor [email protected] & vuvuzelas

Dizem que é nos períodos de maior crise que a arte aguça o engenho provocando as soluções para a sua

resolução, bem como faz criar as condições para um elevado desenvolvimento da área afetada Ora, a crise que se vive é, sem dúvi-da, de origem financeira com base numa sobre produção de dinheiro inexistente. Se juntarmos à utopia dos meios financeiros uma igual crise de valores éticos e morais da sociedade estão encontrados os ingredien-tes para o fabrico de uma autêntica bomba de napalm de grande potência incendiária. A ganância, a soberba, a vaidade e a into-lerância muito praticada pelos dirigentes desportivos, com os do futebol na primeira linha, são outras misturas que contribuem para a implosão de uma modalidade fecha-da onde predominam as bolsas de valores das sociedades desportivas, dos jogadores, dos treinadores e até dos empresários dos atletas. Os principais dirigentes do futebol assustados que estão com esta ameaça já começam a modificar os seus discursos chamando a atenção para as preocupações da falta de liquidez, principalmente quan-do o sistema bancário iniciou o fecho da torneira. Vêm estas reflexões a propósito das propostas de três grupos de trabalho nomeados pelo atual governo para o estu-do das Sociedades Desportivas, da Profis-sionalização dos Árbitros e das Seleções e dos Jovens Praticantes. O trabalho sobre as Sociedades Desportivas aponta para que as competições profissionais sejam dispu-tadas somente por entidades com os mes-mos regimes jurídicos e fiscais e opinam para contemplação da figura sociedade

unipessoal por quotas destinada a clubes como proprietário único. A constituição de uma entidade reguladora e de controlo sobre transferências de jogadores e do seu movimento financeiro é outra ação sugeri-da. Neste âmbito os empresários dos joga-dores já avançaram com um projeto que de-nominaram “Casa de Transferências”. Um outro tema sobre a Profissionalização dos Árbitros não nos parece ao momento de grande relevância. Consideramos até que para os árbitros de futebol que integram a Liga, a profissionalização na verdade já existe. Resta saber se a arbitragem é o pri-meiro ou segundo emprego.Em relação às recomendações sobre Sele-ções e sobre Jovens Praticantes sublinha-se, na nossa ótica, a necessária revisão da legislação que facilita a saída de praticantes do clube formador e a exigência de critérios na quantidade e qualidade de imigração de atletas estrangeiros. De grande importân-cia são as medidas de combate às taxas de inscrição de clubes e atletas nas respetivas federações inibidoras da prática desportiva. Não podem ser os clubes e atletas a paga-rem os custos do sistema das (des)organi-zações federativas agora acrescidos com os revezes de uma crise há muito anunciada, mas de reconhecimento tardio. Para afas-tar as ameaças que a crise faz pairar sobre o desporto em conjunto com as transfor-mações que carece, estes três passos têm o maior significado no panorama global desportivo português. Assim, torna-se ne-cessário o recurso a muitas flexões para o endurecimento que se destina a uma luta profícua ■

Reflexões e flexões PUB

Dezenas rumam ao centro de SintraPasseio pedestre

Sob o mote de proporcionar uma manha diferente de desporto e descoberta, a Câmara Municipal, através da divisão de juventude e desporto, promoveu um passeio pedestre intitulado Sintra – Vila de Palácios.

O percurso uniu a Portela ao centro da vila, incluindo o palácio da Pena, na ma-nhã de domingo dia 29 de janeiro. A ade-são à iniciativa superou todas as expectati-vas com a taxa máxima de participação de 75 pessoas completamente preenchida. Tal sucesso levou a autarquia a agendar um novo passeio para dia 5 de fevereiro no-vamente pelas 9h00. Nessa data, as vagas já

estão igualmente preenchidas porque foram contactados os munícipes que quiseram participar no primeiro pas-seio mas ficaram excluídos visto terem sido preenchidas as vagas. O passeio pe-

destre Sintra – Vila de Palácios é o primeiro evento de 2012 no âmbito do projeto Sin-trAventura. É um circuito fechado e circu-lar que parte da Portela de Sintra, junto ao edifício do departamento de urbanismo da autarquia, rumo ao palácio nacional de Sintra, Quinta da Regaleira, Seteais, Cas-telo dos Mouros, Palácio da Pena, Capela de Santa Eufémia, São Pedro de Penafer-rim e, novamente, Portela de Sintra, com duração aproximada de 2h30 numa exten-são de dez quilómetros. Aos participantes na iniciativa, a Câmara Municipal de Sin-tra, entidade organizadora, recomenda a utilização de roupa e calçado confortável que permita a realização do passeio sem problemas de maior. Na primeira edição, os participantes regozijaram a paisagem e tiveram ainda a oportunidade de degustar uma ginja em copo de chocolate no centro da vila. Os percursos e trilhos utilizados até chegar ao Castelo dos Mouros e ao palácio da Pena permitiu, a todos, redescobrir a beleza e singularidade da paisagem da ser-ra de Sintra e da vila histórica.

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Real Sport Clube

60 Anos de história e conquistas

Clube nascido pela fusão de dois outros: Desportivo de Massamá e Desportivo de Queluz, é hoje um ícone para a cidade de Queluz. O Sintra Desportivo foi conhecer o Real Sport Clube de Massamá.

José Manuel Libório, presidente da direção, recebeu-nos no gabinete e re-lembrou o “nascimento” daquele em-blemático clube sintrense. O Real Sport Clube (RSC) «foi uma fusão especial pela extinção de um clube, o de Massamá, e

a integração no Queluz que entretanto mudou de nome», disse explicando que o aniversário celebrado de seis décadas de vida é resultado dessa fusão. «Estamos a comemorar 60 anos porque o Real é um processo de sequência da história dos dois clubes e que em termos práticos e formais ficou com toda a historia do Des-portivo de Queluz, o mesmo número de contribuintes, o mesmo número na AFL e com o mesmo dia de aniversário porque o Desportivo de Queluz era, à data, o clu-be que tinha um processo de validação e constituição mais antigo, o Massamá era na prática mais antigo mas formalmente era mais recente», clarificou. Este pro-cesso de fusão e consequente formação do RSC aconteceu em 1995.

Ex-presidente homenageado no aniversário

A 16 de dezembro último, o clube ce-lebrou 60 anos de história. A cerimónia contou com a presença de várias perso-nalidades míticas na vida do clube de Massamá entre as quais constavam Gil-berto Madaíl, naquela que seria a sua última aparição pública enquanto pre-sidente da Federação Portuguesa de Fu-tebol, e José Pereira Libório, ex-dirigente do clube e um dos membros que mais contribuiu para solidificação do Real. Como reconhecimento pelo empenho e trabalho desportivo concretizado, a Câmara Municipal de Sintra (CMS) dis-tinguiu o ex-presidente do RSC com a medalha de ouro municipal de mérito. Marco Almeida, vice-presidente da au-tarquia e vereador do pelouro do des-porto, também esteve na cerimónia. «O presidente Honorário do Real Sport Clu-be ficará na história do nosso concelho por tudo aquilo que lhe deu», afirmou. José Manuel Libório, atual presidente, faz um «balanço positivo» do aniversário e da «homenagem a alguém a quem este clube deve bastante».

Pista de atletismo contínua sozinha

Está sem utilização regular desde a ex-tinção dos treinos da Juventude Operaria de Monte Abraão (JOMA) no Real Sport Clube, em 2009. Conforme explica José Libório numa «reposição da verdade». «A pista foi feita aquando da construção do relvado principal e na altura foi elabora-do e assinado entre o clube e a CMS um protocolo de construção e manutenção do complexo. Quanto à pista a ideia era, na altura, que a JOMA pudesse utilizar a pista. O que aconteceu entre 1997 até ju-nho de 2009», disse e revelou que «nesse período, 12 anos, ninguém compartici-pou com as despesas inerentes à utiliza-ção da pista. O Real assumiu as despe-sas na íntegra, excecionando o período de 2005 a 2007, em que elaboramos um novo protocolo com a Câmara, visto o outro nunca ter sido cumprido, e nessa altura a autarquia pagou metade das des-pesas sendo que o protocolado era que a JOMA, como utilizador, pagasse a outra metade, infelizmente isso não aconte-ceu e pagaram somente quatro meses nos dois anos e meio que utilizaram a pista de atletismo ao abrigo desse proto-

colo que terminou a 31 de dezembro de 2007». Mas a utilização da JOMA esten-deu-se até junho de 2009. «Continuaram sem pagar e na altura em que decidimos que não podíamos continuar a suportar sozinhos a despesa, não permitimos que a JOMA regressasse à pista», explicou. O RSC nunca teve atletismo apesar do Desportivo de Massamá ter tido a moda-lidade na sua história. Neste momento, a questão em torno da pista de atletismo está a ser discutida com a CMS. «É uma pena ter a infraestrutura aqui sem ser utilizada mas também não é o Real que não uso dela a ter de suportar as des-pesas. Quem usa tem de pagar e se não pagar não usa. É simples!», reiterou José Manuel Libório.

Grandes sacrifícios de manutenção

Questionado sobre as novidades para 2012 e a situação financeira do clube, o presidente da direção revelou que este ano o desafio e objetivo principal é garantir a continuidade da oferta des-

portiva existente e o não abandono dos projetos que já existem. «Neste momen-to confrontamo-nos com uma questão muito forte, temos de fazer um esforço muito grande para manter o que temos e dificilmente podemos almejar muito mais porque em termos de infraestru-turas estamos limitados à oferta que te-mos», explicou. Na sede, as instalações são limitadas e nos campos de futebol também há condicionantes. O campo relvado, principal, está encerrado para utilização por necessitar de manuten-ção da relva. Desde outurbo que já está ao serviço do clube uma importante in-fraestrutura: o novo relvado sintético no campo 2, inaugurado oficialmente em janeiro pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida. O novo tapete representou um investimen-to suportado pela autarquia na ordem dos 140 mil euros, acresce a taxa de IVA em vigor a cargo do clube. «Era um equi-pamento essencial para pudermos man-ter a qualidade de oferta no futebol», fin-cou o presidente do RSC revelando que a grande ambição do clube é ver

Apresentação de ginástica do Real num sarau.

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José Manuel Libório, presidente da direção.


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Real Sport ClubeIII Divisão Série E 2011/2012

Jornada 16


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Real Sport ClubeIII Divisão Série E 2011/2012

Jornada 16

Capitão: Dino

Equipa: André Martins, Bruno Lourenço, Jibril, Ventura, Alcides, Kikas, Michael, Caramelo, Paulinho e Miguel Gonçalves.

Suplentes: João Ascenço, Luís Carlos, Luís Mota, João Paulo, Tiago Gonçalves, Ladei-ras e David Rosa.

Equipa na foto

Treinador: Tiago Teixeira.

Delegado: Eduardo Pires.

2.º Delegado: João Silva.

Massagista: Joaquim Costa.

Equipa técnica na foto

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Real Sport Clube

construído um pavilhão desportivo, bal-neários e bar de apoio no campo 2.

O futebol não é rentávelAs equipas de futebol do RSC compe-

tem nos campeonatos nacionais o que eleva os custos de participação. «O fu-tebol não é rentável. Neste momento, o

futebol é o nosso grande problema. Nas outras modalidades estamos mais ou menos equilibrados no que respeita à receita, no futebol ainda não consegui-mos esse equilíbrio», explicou o dirigen-te. Só no ano passado, o clube conseguiu reduzir em 75 por cento o investimento no futebol mas ainda assim as despesas

são muitas. José Manuel Libório revelou que uma das maiores ambições do clube é consolidar o futebol como um pilar de referência no concelho e também no dis-trito de Lisboa. «Estamos bem cotados e ganhámos alguma reputação nos últimos anos. Agora apesar de não conseguirmos manter o investimento, queremos criar

bons jogadores e melhores equipas para continuarmos a ser falados pelas melho-res razoes», concluiu afirmando que o objetivo é «tentar manter a atividade que se tem» porque os tempos são complica-dos e não há apoios.

■ VERÓNICA FERREIRA

José Pereira Libório, ex-presidente do RSC, foi homenageado no aniversário do clube. Exibição durante sarau.

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João Duarte (à esquerda), Sensei Dinamérico Fernandes (centro), Nuno Dias (à direita).

Instrutores da Rinchoa sagram-se campeões regionais

4.º Torneio de Judo “Memorial António Matias”

Campeão do mundo aposta no torneio do Estoril

Dojo Samurai

Judo

Kickboxing no Casino

João Duarte atleta e instrutor do Dojo Samurai e Nuno Dias instrutor, ambos na Rinchoa, sagraram-se campeões regionais de karate a 22 de janeiro de 2012.

O primeiro, João Duarte, venceu pela terceira vez na categoria de - 60kg. Nuno Dias por sua vez conquistou o seu 19º titulo de campeão regional na catego-

ria +84kg. Atualmente o karateca treina no Clube Nacional de Ginástica (CNG), clube que se fez representar ainda pelo atleta Pedro Lopes que obteve o quinto lugar ao perder na disputa da medalha de bronze, num combate disputado até ao último segundo.A prova foi organi-zada pela Federação Nacional de Karate Portugal e realizou-se no Pavilhão Muni-cipal Quinta do Conde do Barreiro.

■ REDAÇÃO

O pavilhão da União Mucifalense vol-tou a receber mais uma edição do torneio de judo que visa recordar o professor António Matias, que enquanto foi atleta se destacou em Portugal em várias com-petições e também no estrangeiro como por exemplo no jogo olímpicos de 1992 decorridos em Barcelona. À parte destes, António Matias foi ainda seleccionador

nacional senior feminina de judo desde 1997 onde também conquistou diversos títulos nacionais e estrangeiros. Este torneio que o homenageia é promovido anualmente pela Associação Distrital de Judo de Lisboa e União Mucifalens e conta com o apoio autarquia sintrense e da Junta de Freguesia de Colares.

■ REDAÇÃO

Depois de se sagrar campeão do mundo em 2009 na Rússia, o “super-homem” centra agora os seus objetivos na vitória no torneio de kickboxing que irá acontecer no Casino Estoril, dia 6 de fevereiro pelas 20h00.

Este torneio conta com a presença dos melhores atletas mundais e, com detentor do título mundial, o atleta sintrense Ricar-do Fernandes. São 16 atletas em competi-ção por um único prémio, um automóvel. Confiante e otimista, Ricardo considera o torneio «de qualidade muito elevada» mas a sua meta só para na final, «seria menti-

roso se dissesse, que não espero ganhar. No mínimo chegar aos quatro primeiros e, obviamente perto da final, farei para ga-nhar!»

Detentor de títulos nacionais e estran-geiros, com especial destaque ao mundial, conta com alguns seguidores jovens que o admiram e, se deslocam de torneio em tor-neio para ver o craque em combate. Quase a completar 27 anos, sente-se numa boa altura da sua vida e, este ano quer apostar na sua carreira. «Espero voltar à copa do Mundo, ganhar o título Europeu e, tenho um novo objetivo, o Boxe», disse.

O Campeão de pesos médios tem uma referência, o atleta José Reis mas a sua for-ça e determinação está no apoio do seu treinador Inocêncio Ramos. «A importân-cia do treinador é total. Costumo dizer que o treinador faz 80 por cento do trabalho e nós os restantes 20 por cento.Considero o Ramos um Pai, uma figura importante na minha vida. Não é apenas um treinador de ginásio, acima de tudo é um amigo que me liga, que me pergunta se estou bem todos os dias da semana, que se mostra preocu-pado», afirma orgulhoso. Ricardo Fernan-des conta com poucos apoios mas tal não o impediu de se tornar campeão mundial. «Nunca ninguém foi à Rússia ganhar o títu-lo do Mundo, o sabor da vitória é algo que não se explica mas foi uma experiência fa-bulosa», salientou.

A poucos dias do torneio e, confrontado com a pergunta, o que diria a um menino de doze anos que ambicionasse ser cam-peão do Mundo? O “super-homem “ ga-rante que «dizia que era maluco…risos… dizia acima de tudo para se divertir, treinar muito, brincar e crescer como homem. Para ser atleta é preciso muito esforço e sa-crifício. Quem sabe lá para os vinte anos».

■ SORAIA BRITO

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Natural de Almargem do Bispo, o jovem piloto é novamente motivo de orgulho para o concelho de Sintra e para o país depois de voltar ao pódio da maior prova de rali TT do globo pelo segundo ano consecutivo.

Apesar da ambição de conseguir me-lhorar o resultado de 2011, Hélder Rodri-gues volta ao terceiro lugar do pódio do mundo dos ralis. «Terminar um Dakar é excelente, subir ao pódio é extraordi-nário. Terminaram à minha frente dois grandes pilotos. Eu tive a infelicidade de perder 20 minutos na quarta etapa e outros 20 dois dias depois o que tornou quase impossível conseguir melhor que o 3º lugar, como eu tanto ambicionava. Tenho uma excelente moto, mas neces-sito de um maior apoio financeiro, para poder ter uma estrutura que me permi-ta lutar pela vitória», afirmou o piloto sintrense após a edição do mais duro rali todo-o-terreno do mundo. O piloto da Red Bull Yamaha TMN Team venceu duas etapas do Rali Dakar Argentina Chile Peru 2012 e terminou a prova com uma diferença de 17m57s para o espa-nhol Marc Coma e de cerca de 1h20m do primeiro lugar ocupado pelo francês

Seis vitórias em etapas do Dakar

Hélder Rodrigues

Em 2012, o piloto sintrense voltou a subir ao pódio do maior desafio de rali TT do mundo.

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O piloto e também navegador de Sintra Alexandre Ramos está a ultimar os preparativos para alinhar na edição de 2012 do Sata Rally Açores, prova pontuável para o IRC (Intercontinental Rally Challenge) e para o Campeonato de Portugal de Ralis.

Alexandre Ramos é o habitual nave-gador de Luís Mota, marcando também presença em algumas provas do Regio-nal Sul, com o Peugeot 106 Gti, sendo navegado por Sandra Ramos, navegado-ra que o irá acompanhar também neste novo desafio. Como nos afirmou o piloto «esta é uma prova já algo carismática dos ralis e pelo que demonstra, é sem dúvida um rali fantástico em todos os aspetos.

Estamos a tentar garantir a nossa pre-sença, tentando reunir os apoios neces-sários para viabilizar a nossa participa-ção no rali. O nosso principal objetivo será fazer o melhor resultado possível e essencialmente terminar o rali. A prova tem um grande impacto em termos de retorno na comunicação social, sobre-tudo por pertencer a uma ronda do IRC com a cobertura televisiva, sendo uma boa aposta para dar visibilidade a todos que apostaram no nosso projeto».

Alexandre Ramos e Sandra Ramos irão apostar num Peugeot 206 Gti do de-safio ModelStand, que ao que tudo indi-ca estará a cargo da estrutura Campeã do Open de Ralis 2011, a SFR Motorsport. O Sata Rally Açores 2012 disputa-se nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro, em pisos de terra, na Ilha de São Miguel, com o cen-tro nevrálgico em Ponta Delgada.

■ NUNO PIMENTA

Alexandre e Sandra Ramos.

Alexandre e Sandra Ramos vão participarSata Rally Açores

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Cyril Despres. Com estes dois triunfos, Hélder Rodrigues passou a ser o por-tuguês com maior número de vitórias alcançadas em etapas do Dakar, num total de 19 obtidas por pilotos lusos na prova. Depois do regresso a Portugal, o piloto almargense fez umas férias para descansar, recuperar forças e pensar nas próximas provas e títulos a conquistar.

■ VF


Amaral e Nunes em segundo da geralRally Montelongo

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A dupla Daniel Nunes e Daniel Amaral fez uma excelente exibição no arranque da época de ralis.

Em Fafe decorreu a primeira prova do Campeonato Open de ralis, com mais uma edição do Rali Montelongo, que marcou assim o arranque da temporada desportiva em termos de desporto motorizado.

O rali que foi pontuável para o Cam-peonato Open de Ralis, Campeonato Regional Ralis Norte, Campeonato de Portugal Júnior Ralis e ainda Campeo-nato Regional Ralis Nordeste, marcou da melhor forma a estreia da Dupla Da-niel Nunes e Daniel Amaral, com a equi-pa a ter uma notável prestação durante toda a prova. «O balanço do rali é muito positivo. Entramos bastante confian-tes, andamos rápido e sempre com uma grande margem de segurança, pois era essencial garantir o máximo de pontos nesta prova. Na parte da tarde do rali tentámos manter a toada, mas não era fácil ir buscar o primeiro lugar no Open,

pelo que optamos por garantir já este se-gundo lugar, que se traduziu em Vitória no Regional Norte e também no Júnior. Um especial agradecimento a todos os nossos patrocinadores, por mais uma vez apostarem na nossa equipa», con-cluiu o piloto de Sintra. Terminadas as oito provas especiais de classificação, a equipa de Sintra ascendeu a um mere-cido segundo lugar da geral, vencendo a prova no que diz respeito ao Campeona-to Júnior e Regional Norte.

Luís Mota e Alexandre Ramos acaba-ram as oito provas especiais de classifi-cação na terceira posição da geral e em segundos no Regional Norte. Outra par-ticipação sintrense na prova esteve aos pés de Gil Antunes acompanhado por Diogo Correia. Entre os carros de apenas duas Rodas Motrizes a dupla sintrense garantiu a terceira posição.

A próxima prova da equipa é o Rali de Barcelos, a decorrer nos dias 17 e 18 de fe-vereiro, novamente em pisos de asfalto.

■ NUNO PIMENTA/REDAÇÃO

Ao contrário dos rapazes da sua idade, que se esmeram no mundo dos vídeo jogos ou numa futebolada na escola ou na sua rua, Vladimiro Oliveira de 12 anos aventura-se em cima da sua moto 4 que o pai lhe ofereceu. O Sintra Desportivo foi conhecer melhor este promissor piloto.

A paixão pela velocidade começou cedo e por volta dos 7 anos de idade deu a sua primeira volta numa moto – 50 de cilindrada – de um poderoso fabricante japonês. A responsabilidade de ter um motor potente a seu cargo não lhe retira a inquietude e a rebeldia de um menino com a sua idade. Interessado e apaixo-nado por este mundo das velocidades, revê-se no seu ídolo, o italiano Valentino Rossi, vencedor do MotoGP (a prova mais importante do motociclismo) por 6 ve-zes.

Porquê as motas?Desde sempre acompanhei o meu ir-

mão Fábio e o meu pai nestas andanças. Onde eles estavam, lá estava eu e por isso foi fácil gostar deste desporto.

Mas houve uma altura em que pensas-te que era isto que querias?

O meu pai tem um negócio na Carre-gueira e naquela zona há uma imensa

área onde podemos desfrutar da veloci-dade… Aos fins de semana, é raro falhar algum, comecei a entrosar-me melhor na prática deste desporto, até ao dia em

que o meu pai me presenteou com uma mota… foi uma alegria! Desde esse dia, até aos dias de hoje, nunca mais deixei as motas.

Com essa garra e essa energia, não tens vontade de competir?

Sim e como acredito em mim e nas mi-nhas qualidades (modéstia à parte) que-ro mostrar aos outros o que sei fazer. No entanto existem prioridades que os meus pais estabeleceram e que querem que as concretize… Sempre me apoiaram e con-tinuam a fazê-lo, no entanto não querem que eu vacile na escola.

Qual o teu maior sonho enquanto pra-ticante desta modalidade?

O meu sonho imediato ou a curto prazo é o de começar a competir. Após a competição era ser conhecido a nível eu-ropeu, mas sei que não é fácil e terei de trabalhar muito e querer mesmo cum-prir esse objetivo

Como aceleração final, o Vladimiro confidenciou-nos que se pudesse rece-ber algo, a sua escolha recairia para uma moto de maior cilindrada (125 ou 250cc), de preferência uma moto de motocross. Numa conversa agradável, constatámos a imensa entrega desta criança neste des-porto de velocidade, mas com uma sensa-tez e coerência de um adulto, no que toca à segurança. De metas bem definidas, mas com uma supervisão dos progenito-res imaculada, deseja singrar no mundo escolar, sabendo que isso lhe abrirá, por partes dos pais, as portas para fazer aqui-lo que tanto gosta: andar na sua moto.

■ ALEXANDRE CASTANHAS

Velocidade de palmo e meioMoto 4


Krav maga é uma atividade de combate corpo a corpo eclética, desenvolvida em Israel, que envolve técnicas de luta, imobilização e golpe.

O krav maga vem de habilidades de conflito de rua, desenvolvidas por Imi Li-chtenfeld, que fez uso da sua preparação como praticante de boxe e lutador pro-fissional, como um modo de defender o quarteirão Judeu durante o período de ativismo antissemita em Bratislava nos anos 20. No fim de 1940, após a sua imi-gração para Israel, introduziu estas téc-nicas no treino das Forças de Defesa de Israel, desenvolvendo as técnicas que se tornaram conhecidas como krav maga.

Atualmente o Krav maga é utilizado pe-las Forças Especiais de Defesa de Israel e várias variantes intimamente relaciona-das, foram desenvolvidas e adotadas por organizações como a Mossad, Shabak, FBI, unidades SWAT do departamen-to de polícia de Nova Iorque e forças de operações especiais dos Estados Unidos. Existem várias organizações ensinando

krav maga internacionalmente. No krav maga todos os golpes são permitidos e treinados de forma a ultrapassar todo e qualquer tipo de situação de violência do modo mais rápido e eficaz possível.

Mestre israelita Gabi Noah no Pro-gresso Clube

Foi no dia 4 de dezembro, nas instala-ções do Progresso Clube, em Algueirão Mem Martins, o Seminário Internacional “Defesa de Ameaça de Faca”. Casa cheia, mais de 60 participantes (64 mais pre-cisamente) vindos de todo o País. «Gabi Noah é uma referência mundial» afirma o responsável em Portugal pela organiza-ção Gabi Noah Internacional Krav Maga (IKM), Moisés Frutuoso, acrescentando que o mestre Gabi Noah «respira Krav Maga e foi um dos principais discípulos do mestre Imi Sede-Or (Lichtenfeld) que fundou» este sistema israelita de defesa pessoal e combate. Gabi Noah, que na tarde do mesmo dia, ainda supervisio-nou 15 exames de graduação disse ao Sintra Desportivo: «o Krav Maga está atu-almente em todo o mundo. Modalidade de origens militares é muito procurada

pela população civil no âmbito da de-fesa pessoal. Até por crianças, com as devidas adaptações claro». Sobre a sua receção no Progresso Clube, o mestre Gabi Noah disse estar «maravilhado com a receção que me fizeram». A coletivida-de de Algueirão Mem Martins realizou uma cerimónia em sua honra e foi com emoção que o mestre descerrou uma placa que assinalou a sua passagem no Progresso Clube. Para João Paulo Mar-tins, presidente da Direção do Progresso «foi uma grande honra receber o mestre Gabi Noah. Somos uma associação fun-dada em 1942, que, foge aos tradicionais desportos de multidões, mas muito con-ceituada em artes marciais, desportos de combate e de defesa pessoal e queremos estar sempre a evoluir. No nosso dojo já estiveram mestres com referências in-ternacionais, nomeadamente de Bu Jut-su, Muay Thai e Kickboxing», afirmou. Nas modalidades marciais o Clube tem

nos seus quadros campeões do mundo e campeões da Europa. Mas o Progres-so é um Clube com outros horizontes. Preste a comemorar 70 anos no próximo ano, estamos também a evoluir em áreas como a segurança e a solidariedade so-cial. Temos 1534 sócios, dos quais 400 são praticantes de várias modalidades o Progresso Clube é uma associação de direito privado, fundada por alvará em 24 de junho de 1942, a quem foi conce-dido o estatuto de Utilidade Pública em 18 de abril de 1985. Sedeado na fregue-sia de Algueirão Mem Martins, concelho de Sintra, o Progresso Clube conta, atu-almente, com mais de 30 modalidades desportivas, culturais e de bem-estar. A terminar disse-nos o Presidente cheio de orgulho: «somos uma associação sem dí-vidas, com um crescimento de cerca de 17% …num período de crise».

■ CARLOS GARCIA

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Krav Maga

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Fase final do Torneio de Abertura de Equipas de Pool Português.

A equipa do Sport Lisboa e Benfica foi o vencedor da prova.

Realizou-se nos dias 21 e 22 de janeiro na Academia Paloco’s – Associação Desportiva, na Rinchoa, a Fase Final do Torneio de Abertura de Equipas de Pool Português.

Esta Prova, inserida no calendário de provas da Federação Portuguesa de Bilhar, é disputada por todas as equipas do Cam-peonato Nacional da 1.ª e 2.ª Divisões na época de 2011/2012 e que nela se inscre-

vam. A competição realiza-se em sistema de Grupos (Séries) de entre quatro a seis equipas, sendo a organização das séries re-gida por critérios de ordem geográfica, mas considerando a distribuição das equipas de acordo com a Divisão a que pertencem. A Prova é composta por duas fases: Fase de Grupos – disputada em sistema de “Poule” a duas voltas, cujo critério de apuramento para a fase seguinte é o previamente regu-lamentado pela FPB; e Fase Final – disputa-da em sistema de eliminação direta, sendo o sorteio livre. No Distrito de Lisboa/Setú-bal competiram 21 Equipas, distribuídas

Fase Final na Rinchoa Torneio de Abertura Equipas Pool Português – Época 2011/2012

por cinco Séries, tendo sido apuradas para a Fase Final, as seguintes Equipas: - AB Fonte Luminosa A, Amavita Pool A, Ama-vita Pool Neptus, Café Retiro Pool Team, Café Retiro Pool Team A, Inferno da Bica Pool CRCFC, SL Benfica e UPVN. Foram finalistas as equipas SL Benfica e UPVN, tendo saído vencedora do Torneio de Aber-tura de Equipas de Pool Português – Época 2011/2012, a equipa SL Benfica, ficando assim, em 2.º lugar, a equipa UPVN. Esta Prova, muito agradável de acompanhar, decorreu num saudável convívio entre os atletas participantes, tendo denotado um grande desportivismo e sentido ético, alia-dos a uma grande qualidade desportiva das equipas participantes. A organização, a cargo da Academia Paloco’s, foi inexce-dível no acolhimento a todos quantos nela participaram e irrepreensível nas condi-ções que pôs à disposição das Equipas em competição. Estão de parabéns a Federa-ção Portuguesa de Bilhar, os responsáveis pelos Clubes e os Atletas envolvidos nesta modalidade, pela qualidade ética e des-portiva que aqui esteve patente, demons-trando todo o seu empenho em dignificar o desporto português e valorizar as quali-dades humanas dos seus atletas.

■ ANÍBAL CRUZ

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BREVES

A celebre maratona que liga Sintra ao Cabo da Roca que tem decorrido todos os anos em Janeiro não aconteceu este ano por falta de verba. Alguns dos amantes do atletismo e assíduos da prova, não se sen-tiram conformados com o cancelamento da mesma e promoveram, no mesmo dia em que se deveria ter realizado a corrida, um Treino Fim da Europa. O percurso foi idêntico e, ainda que lúdico e sem qual-quer competição ou prémios, teve bas-tante adesão juntando dezenas de mara-tonistas, uns mais amadores que outros, no largo da vila para correrem até à Roca. Ficou a fruição da paisagem e a esperança de ver a prova regressar no próximo ano.

GP Fim da Europa

A ideia surgiu há cerca de três anos a partir do vice-presidente, Carlos Portela, e Luís Matias, responsável pela formação. A realização do jogo para a Taça de Portugal frente ao FC Porto atrasou o arranque do projeto mas não o deixou esquecimento. Durante a pausa de inverno, o Pero Pinhei-ro deu corpo à ideia e as jovens sintrenses responderam ao repto. «Em todos os trei-nos têm comparecido uma média de 30 atletas entre os 15 e os 38 anos», avançou Luís Matias ao Sintra Desportivo. A cons-tituição da formação feminina naquela localidade tem como objetivo «proporcio-nar a todas a prática do futebol, uma vez que muitas nunca tiveram contacto com uma bola e outras a experiência que têm é do futsal», explicou o responsável. «Em relação á próxima época vamos ver qual a evolução, mas claro que sendo nós um Clube de Futebol o espírito da competi-ção está sempre presente», acrescentou. Os treinos decorrem às terças e quintas feiras das 18h30 às 19h40 horas e está aberto a todas as que quiserem fazer parte do Clube Atlético de Pero Pinheiro.

Futebol Feminino em Pero Pinheiro

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