Jornal Terceira Visão - Ed 1113 - 28/05/2014 - Caderno Especial 1

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014 Edição 1113 - Ano XXII 21 Fundação: 06 de março de 1993 Visão Valinhos Jornal Terceira Especial Aniversário de Valinhos Cópia da Lei nº 383 de 28 de maio de 1896 que “creou” o Districto de Paz de Vallinhos

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Caderno Especial do Aniversário de Valinhos publicado no Jornal Terceira Visão de Valinhos/SP em 28/05/2014.

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXII 21

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

Especial Aniversário de Valinhos

Cópia da Lei nº 383 de 28 de maio de 1896 que “creou” o Districto de Paz de Vallinhos

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXI22

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

ASSERUTILValinhos

FUNDAÇÃO 1999

Associação Complete VidaBandas Jovens de ValinhosCasa da Criança e do AdolescenteCentro Infantil Tia NairCírculo de Amigos dos PatrulheirosClube de MãesComunidade Cristo Redentor e Sta LuziaConferência Cristo Redentor e Sta LuziaConferência Imaculado Coração de MariaConferência São CristóvãoConferência São MarcosEntidade Assistencial Espírita Casa do CaminhoGrupo Espírita Os PeregrinosGrupo Fraterno Amor e CaridadeGrupo Escoteiro ValinhosRecanto dos Velhinhos de ValinhosSanta Casa de Valinhos

Parabéns VALINHOSNossas entidades comemora seu progresso.

Em entrevista ao JTV, Mauro Barbosa narra a história de 1954 onde tomava o posse o primeiro prefeito de Valinhos: Jerônymo Al-ves Corrêa com seu vice Anésio Ca-povilla. Praticamente um ano de depois era proclamada a indepen-dência da cidade. A primeira cam-panha eleitoral desenvolveu-se no ano de 1954. Começava oficial-mente em 1º/05 do ano. Eram os principais concorrentes para o car-go de prefeito.

“Eram comícios e mais comí-cios. Eram as visitas às residências. Eram cadastramentos de eleitores e os jornais publicando as propostas dos candidatos. Era um ano movi-mentado. Os comícios destacavam-

-se pelo público presente. Comí-cios animados por conjuntos musi-cais. Candidatos a prefeito e verea-dores sucedendo-se nos discursos. No bairro Vera Cruz, por exemplo, quando das realizações de comícios (era um dos bairros com maior nú-mero de paragatas) havia intenso barulho de “meninos” batendo la-tas e gritarias animadas. Orestes Previtali, que era do bairro, um dos mais aplaudidos em seus discur-sos”, discorreu.

Passado aquele período de campanha, que animava a cidade, chegado o dia da eleição, 3 de ou-tubro de 1954 - outro grande mo-vimento. Ninguém dormia. Passa-va a noite em claro, programando e relacionando eleitores e bairros para serem transportados. Ou seja, um período simples sem maldade e sem objetivo de “compras” de votos. Os dois principais partidos exer-ciam as mesmas práticas.

“A sede matriz da campanha de Jerônymo centrava-se em seu es-critório sito à Rua Antônio Carlos, nº 18. E tudo isto era muito agitado. Muita correria. Muito cansaço e en-cerrado o período de votação as ur-nas eram fechadas e transportadas para Campinas. Valinhos era a 34ª zona eleitoral. Apuração, que come-çava no dia seguinte, quando nova-mente candidatos – filiados – sim-patizantes lotavam o ginásio do Ta-quaral, onde a contagem era acom-panhada milimetricamente. Nesta primeira eleição para prefeito fora

Jerônymo Alves Corrêa

eleito JERÔNYMO ALVES CORRÊA, que era do PTB. e Anésio Capovilla vice-prefeito. Bepe Spadáccia era da Arena”.

Com Jerônymo foram elei-tos vereadores para a 1ª legisla-tura: Germano Brandini, Antônio de Oliveira, José Pedro Said, Wal-ter Obmer Woelzke, Antônio Palá-cio Neto, Albino Bonon, João Antu-nes dos Santos, Dr. Altino Gouveia, Maurício Aristides Milanezi, Osval-do Conte, Alberto Rôvere e Guilher-me Mamprim. “Vê-se, que era uma Câmara – maioria paragata – e for-mada por elementos de peso – in-dustriais, comerciantes, médicos, que realmente tinham condições de começar a escrever a história da autonomia de Valinhos”. Tomaram posse em 1ª de janeiro de 1955 Je-rônymo Alves Corrêa como prefeito; Anésio Capovilla como vice-prefeito e os vereadores relacionados, sen-do que o 1º presidente da Câmara fora Oswaldo Conte. Mandatos en-cerrados em 01.12.58.

Começa-se a instalação do neo-município. Tarefa não fácil. Porque Valinhos vinha de distrito de Campinas. Iniciava-se a vida útil

- material - contábil – funcional do município e tudo isto a cargo, prin-cipalmente do 1º prefeito eleito, que tinha que organizar o recém-nasci-do. Entre a data e eleição e de pos-se Jerônymo já tinha alugado o pré-

dio, que era do Sr. Samuel Fragoso Coimbra, que dantes fora “fiscal” indicado pelo Prefeito de Campinas, do então distrito de Valinhos.

“Móveis - pessoal burocráti-co e de mãos de obras de tudo. E tudo fora cumprido e dava-se início à história, que hoje comemora-se, passando Valinhos por essa evolu-ção, que hoje a coloca como um dos melhores municípios de qualidade de vida e com imóveis mais valori-zados da região. Na posse de Jerô-nymo – Anésio – Jerônymo propôs e Guilherme Mamprim e Antônio Ge-raldo Capovilla aderiram à cotiza-ção para a compra da 1ª moto-nive-ladora de Valinhos, que foi condu-zida dezena de anos, pelo Ernesto, vulgo baiano”, conta o advogado.

Para o advogado, é claro, que apesar das dificultosas tarefas de montar um Município e sua Câmara

- Valinhos destacou-se. “No primei-ro mês já estava quase tudo funcio-nando. Funcionários - engenheiros - advogados - contadores - auxiliares administrativos – pessoal de rua e dentro desse clima, iniciado estava o 1º ano do hoje 59 anos, município de Valinhos, que amamos – e que Valinhos também tem em seu cora-ção todos aqueles que participaram de sua história, que deveriam ser relembrados como os motivantes e participantes da vitória que se co-memora”, encerrou.

Arquivo | JTV

Por Horacio Marana

A origem do nome da ci-dade não está plenamente es-clarecida: seriam os vales ao pé dos morros ou os pequenos va-los, sulcos no chão que marca-vam as divisas de chácaras, sí-tios, lotes e fazendas? O nome do fundador do vilarejo tam-bém é um mistério. E outra in-cógnita é o número de seus ha-bitantes em 1896.

Levantamentos de his-toriadores da Unicamp dão a Campinas 44 mil habitantes em 1890. São números que englo-bam também a vida rural e que, portanto, também consideram Valinhos, Joaquim Egídio, Sou-sas e Barão Geraldo. O cálcu-lo da população do Districto de Vallinhos precisaria considerar as 15 fazendas que então cer-cavam o povoado, com o núme-ro de pessoas empregadas na lavoura de café mais as famí-lias residentes.

Mas, considerado apenas o povoado valinhense, isto é, a pequena vila que crescia nas imediações da estação ferrovi-

ária, e descartada a população das fazendas, é possível imagi-nar-se o número de seus habi-tantes. O jornalista Gedeão Me-negaldo publicou em seu Jornal de Valinhos, de 1948, o número de comerciantes que o povoado teria no ano de sua elevação a districto. Eram 13 comercian-tes no ramo de gêneros alimen-tícios, 6 no ramo de tecidos e armarinhos, mais seis (selaria, carpintaria, padaria, ferraria e outros negócios).Além desses comerciantes, Gedeão reacio-nou mais 15 nomes de proprie-tários de residências. A pequena vila poderia ter, então, no máxi-mo, cerca de 40 construções, en-tre comerciais e residenciais. Na época, as famílias tinham pro-les numerosas, muitos filhos. Mas, não se pode imaginar mais que 400 habitantes. A mão de obra empregada em sítios e fa-zendas é um mistério.

CENSO MAL PLANEJADONos tempos coloniais,

isto é, antes da Independên-cia do Brasil em 1822, a con-tagem da população brasileira

era confiável. Os recenseamen-tos eram verdadeiros, porque feitos pelos capitães-mores das vilas sob ameaça de severas punições a quem se recusasse a prestar informações. Mas após a Independência, os serviços do censo se relaxaram. Os resulta-dos dos censos de 1870 e 1900 tornaram-se incompletos ou im-prestáveis, porque feitos por pes-soas sem o devido preparo e tam-bém (velha história!...) por falta de verba. Em São Paulo, esque-ceram-se de recensear o governa-dor (Presidente do Estado), sua família e secretários. E municí-pios inteiros não foram visitados.

Diante desse caos, alguém tomou a iniciativa de fazer pe-nosos exercícios de cálculo para projetar a população do Esta-do e do País. Toledo Piza, dire-tor de Estatística do Estado de São Paulo, publicou seus cálcu-los no 'Almanaque Popular Bra-sileiro', de 1903, Segundo Piza, em 1900 a população paulista deveria totalizar 2 milhões e 520 mil habitantes. A popula-ção provável do Brasil seria de 21.278.000.

1896 • Qual a população do Districto de Vallinhos? Os recenseamentos da época eram um verdadeiro fracasso

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXII 23

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

5 Anos em Valinhos, 11 Anos de Experiência!

R. Dr. Candido Ferreira, 144 - Centro - Valinhos

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Temos orgulho

de fazer

parte

dessa cidade.

Parabéns Valinhos!

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Parabéns Valinhos!

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dessa cidade.

Parabéns Valinhos!

Por Horacio Marana

Em 1896, quando chegava à noite, os candeeiros com óleo de mamona, dotados de pavio de al-godão, eram acesos nas residên-cias do Districto de Vallinhos. Ha-via também as chamadas lampa-rinas de querosene. As lâmpadas elétricas que hoje conhecemos, já tinham sido criadas em 1879, por Thomas Alva Edson, mas não te-riam serventia no povoado vali-nhense porque a iluminação elétri-ca só chegou à região em 1909, em Campinas.

Estações de rádio, nem pen-sar. Só no século seguinte. Os sons noturnos certamente vinham ape-nas das conversas dentro de casa. Os mais endinheirados, como os 15 fazendeiros, poderiam ter, se qui-sessem, um piano, que começou a ser importado em 1838 pelo co-merciante campineiro José Mendes Ferraz. De resto, a noite poderia ter uma viola, um organetto, a peque-na sanfona dos italianos, e o apito da maria-fumaça. Só.

CONFORTO – Geladeira não existia nem na imaginação. Só se-ria lançada no mercado em 1929, pelo francês Clarence Birdseye. Car-nes eram conservadas em latas com banha de porco. O filtro do-méstico para limpeza e esteriliza-ção de água só chegou ao Brasil a partir de 1925. A água para con-sumo era guardada em talhas, de cerâmica. Já a máquina de costura não era um bem impossível. Utili-dade de berço incerto, tinha sido mostrada em 1851 na Exposição Internacional de Londres.

FUTEBOL – O futebol chegou ao Brasil um ano antes da elevação de Valinhos a distrito. Mas até che-gar ao povoado, certamente demo-rou. Provavelmente, o jogo de ma-lha e o de bochas, paixões dos imi-grantes, deveriam preencher os mo-

Assim era a vida no pequeno povoado

Futebol, água filtrada, energia elétrica... Nada disso existia. Veículo de luxo era a carruagem dos fazendeiros

mentos de lazer.A primeira bola de futebol chegou ao Brasil em 1895, trazida pelo Sr. Charles Miller, que apesar de descendente de ingleses era um paulistano nascido no bair-ro do Brás. Miller trouxe com a bola, redes e chuteiras. O primeiro campe-onato paulistano foi disputado em 1902 e o campeão foi o São Paulo Athletic. E Miler, o dono da bola, foi o artilheiro, com 10 gols.

RELIGIÃO E ESCOLA - Va-linhos já tinha uma capela, cons-truída em 1875, e dedicada à San-ta Cruz de Cristo. O Papa era Leão XIII (batizado Gioacchino Pecci). Seu pontificado se realizou de 1878 a 1903. A pequena vila rezava, mas pouco estudava. No ano da eleva-ção a distrito, Valinhos não tinha um grupo escolar, que só surgiria em 1925. Porém, o professor Chris-tiano Wolkart dava aulas em salas improvisadas, inclusive dentro de estrebarias. Quem pudesse, estuda-ria em Campinas, no Colégio Culto à Ciência, inaugurado em 1874.

TRANSPORTE – Cavalos, charretes, carroças e carruagens eram os meios de transporte. Além

do trem. Possivelmente, também a bicicleta, que surgiu em 1861, cria-da por Pièrre Michaux. Para viagens mais longas, podia-se utilizar, além do trem, de uma empresa de dili-gências que começou a operar em 1869, entre Campinas e Jundiaí. Ha-via troles para Itu, Rio Caro e San-ta Bárbara. A Companhia Paulista de Estrada de Ferro já tinha sua es-tação em Valinhos desde 1872 e em 1894 foi criado um ramal li-gando Campinas a Sousas e Joa-quim Egídio. O primeiro automó-vel que se viu na região apareceu em Campinas, em 1909, dirigido por uma mulher, na rua Barão de Jaguara. Tratava-se de um Fiat, modelo 1901. Consta que a mu-lher fez furor, porque desceu do carro e entrou num bar para com-prar cigarros.

DINHEIRO – As moedas que circulavam eram de níquel (20, 50, 100 e 200 réis), cobre (40 réis), bronze (20 e 40), prata (500, 100 e 2000) e ouro (10 mil e 20 mil). O Banco do Brasil foi fundado em 1808 e a dívida externa do País era de 30 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 108 milhões).

Por Horacio Marana

Valinhos está comemo-rando também os 60 anos de sua primeira eleição munici-pal. Naquele ano de 1954, a cidade contava 3.834 elei-tores e, segundo o Departa-mento Estadual de Estatísti-ca, 10.601 habitantes. Jerô-nimo Alves Correa ganhou as eleições, por cerca de 350 vo-tos a mais que José Spadac-cia. Na primeira Legislatura, em 1955, a Câmara Municipal teve 13 vereadores, que não recebiam salários, e nove su-plentes, entre os quais Nestor Pisciotta, 84, o remanescen-te de todo o grupo.Os verea-dores que compunham a Câ-mara em 1955 eram Alberto Rovere, Albino Bonon, Altino Gouveia, Amélio Borin, Antô-nio de Oliveira, Antônio Palá-cio Neto, Germano Brandini, José Pedro Said, João Antunes dos Santos, Maurício Aristi-des Milanese, Osvaldo Conte e Walter Obmer Woetzke.

TUDO POR FAZER“Eu, o Samuel Fragoso

Coimbra e o Alcides Concon éramos os suplentes da co-ligação que apoiou o PTB. O Samuel Fragoso tinha uma casa que alugaria para a ins-talação da Câmara. É a mes-ma casa que até recentemen-te permaneceu como sede da Câmara, na Rua José Milani.. Uma casa ampla, com várias dependências. O plenário ocu-pou o que era o salão de fes-tas.”, lembra Nestor Pisciotta.

As sessões na Câmara eram quinzenais. O vereador Guilherme Mamprim, em ra-zão de seus inúmeros afazes, inclusive a administração do Restaurante Frango Assado,

Trânsito, hoje, é um grande problema

Nestor Pisciotta, que foi suplente de vereador na primeira Legislatura, lembra o ano em que Valinhos deixou de ser distrito para

se tornar município. E compara os problemas de ontem com os de hoje

nem sempre podia comparecer às sessões. Por isso, Nestor Pisciot-ta o substituiu alternadamente entre julho de 1956 e dezembro de 1958.

“Quando a cidade se tornou município, naturalmente a legis-lação era a de Campinas, inclu-sive o Código Tributário. Tudo era um começo. Ninguém tinha sido vereador, alguns tinham até medo do cargo e se candidata-ram meio sem querer. As primei-ras preocupações no novo muni-cípio eram achar um lugar para instalar a Prefeitura e a Câmara. Feito isso, as primeiras medidas do prefeito Jerônimo estavam re-lacionadas à pavimentação e ao ensino, que era estadual” recor-da Nestor.

PROBLEMAS ATUAISHoje, Valinhos é uma ci-

dade endividada. Uma dívida de cerca de R$ 300 milhões. Natu-

ralmente, por ter sido distrito de Campinas, ao emancipar-se Vali-nhos não tinha dívidas. “E o Je-rônimo dizia que iria comprar só o que pudesse pagar. Ele nunca fez empréstimo em banco, não atrasou pagamentos e nem pa-gou juros”, diz Nestor. Para ele, o crescimento inevitável da cidade e o progresso trazem problemas.

“Educação, Saúde e Trânsito acre-dito que sejam as principais áre-as a serem cuidados, hoje e sem-pre. O trânsito hoje é problema sério e eu lembro que o gover-nador Adhemar de Barros já di-zia que governar é abrir estradas. Temos que ter vias que se comu-nicam com facilidade, para que o trânsito não engarrafe. E quanto à saúde, vamos torcer para o pre-feito Clayton ter sucesso. Porque se a gente for depender do gover-no federal, do SUS, estaremos perdidos. Quem hoje recebe aten-ção, que agradeça ao prefeito”.

Aloysio MorAes | JTVAcervo HAroldo PAzinAtto

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXI24

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

118 anos se passaram desde quando Valinhos foi elevada à Categoria de Distrito de Paz. Hoje a cidade é considerada uma das melhores para se investir. Os índices de qualidade de vida também são um dos mais altos do Brasil. Mas muito ainda precisa ser feito. E estou do lado da população para lutar por uma Valinhos cada vez melhor. Sinto-me

privilegiado por viver nessa cidade que sempre me acolheu tão bem. Que os

próximos anos sejam ainda mais prósperos.

Parabéns Valinhos querida!

Dr. Moysés Abujadi

Dr. Moysés Abujadi

Vamos juntos, semear ações e colher

conquistas, em busca de um futuro melhor

para todos nos.

Léo Godói

Parabéns a VALINHOSe a POPULAÇÃO que

constroem nossomunicípio!

VEREADOR

Valinhos 118 anos!Aperfeiçoando a nossa história rumoa um futuro melhor.Parabéns Valinhos.Parabéns para cada valinhensede nascimento e de coraçãopor essa construção e históriahonrosa e de sucesso.

Valinhos 118 anos!Aperfeiçoando a nossa história rumoa um futuro melhor.Parabéns Valinhos.Parabéns para cada valinhensede nascimento e de coraçãopor essa construção e históriahonrosa e de sucesso.

Valinhos 118 anos!Aperfeiçoando a nossa história rumoa um futuro melhor.Parabéns Valinhos.Parabéns para cada valinhensede nascimento e de coraçãopor essa construção e históriahonrosa e de sucesso.

Rodrigo Fagnani POPÓ[email protected]

118 ANOS

Aquele que respeita e trabalha pela

“Terra sem igual”!

“Em busca de um ideal”!

“Meu torrão natal”!

FELIZ

CIDADE

VALINHOS

Quem não se lembra do sor-riso largo, a simplicidade e da ale-gria contagiante de Mario Garcia, que foi um dos primeiros pipoquei-ros de Valinhos. Conhecido como Mario Pipoqueiro. Seu filho Marce-lo, o quinto dos sete irmãos, esteve na redação do Jornal Terceira Visão e contou um pouco da história des-ta personalidade que fez história e perpetua sua marca junto aos seus filhos que continuam trabalhando com vendas e como ambulantes em nossa cidade.

Seu Mário, segundo Marce-lo, nasceu em Vinhedo, era um ho-mem trabalhador e soube com seu modo simples educar seus sete fi-lhos. Sempre brincalhão seu Mário trabalhava nas portarias das esco-las, nas principais festas culturais de Valinhos. Ele acompanhou de perto o crescimento de Valinhos.

Ele começou a trabalhar mui-to cedo, aqui em Valinhos começou

vendendo amendoim com casca no campo do Rigesa, nos dias de jo-gos. Depois atuou com seu carrinho na venda de raspadinha, pipoca e amendoim. “Na época não existia a diversidade de balas, chicletes, milho verde,... mas, ele se mante-ve forte na sua caminhada e sem-pre com a ajuda da minha mãe Ma-ria Conceição Piera e dos filhos que iam crescendo e trabalhando junto”, afirma o filho.

“Tenho guardado comigo uma plaquetinha que servia de licença para meu pai atuar na área de 45 anos atrás”, diz Marcelo.

Ele trabalhou por anos na frente do SESI 102, 299, 404, Alves Aranha, Cyro e na Escola de Comér-cio. Mas, a última escola que esteve antes do seu falecimento foi no SESI 299. Seu Mario faleceu há sete anos, e deixou para todos nós lembranças boas e uma lição de vida, como pai, comerciante e batalhador.

O saudoso Mário Pipoqueiro

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Na Festa do Figo entre 1972-1973A simpatia de um trabalhador que fez de sua vida um exemplo para todos

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXII 25

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

Moysés Abujadi

Recebidos em seu consultó-rio, o médico e também vereador Dr. José Moysés Abujadi relatou sua contribuição desde o inicio, quando veio para Valinhos em 1975, como estagiário da San-ta Casa. Atualmente ele é médi-co cirurgião, médico do trabalho, médico perito credenciado pelo DETRAN e também médico peri-to do INSS, porém sua luta por uma saúde de qualidade come-çou antes.

Ele foi diretor Clínico da Santa Casa por três vezes, Secre-tário da Saúde de Valinhos, Pre-sidente da Comissão Interinstitu-cional Municipal de Saúde, Presi-dente do COMEN - Conselho Muni-cipal de Entorpecentes, Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Valinhos, Prefeito Municipal de Valinhos e Presidente do Consór-cio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari.

Dr. Moysés conta que a von-tade de ajudar as pessoas, princi-palmente na área da saúde, o des-pertou a ser prefeito. E se sente extremamente orgulhoso em gerir a cidade de Valinhos como prefei-to, ocorrido de 1993 a 1996. “Tive uma satisfação grande. Até por-que gosto de ver o povo, a cidade,

conversar. Gosto de ver o progres-so. E tudo que planejamos, nós colocamos em prática. A única di-ficuldade que encontrei com a pre-feitura sem dinheiro. Estava zera-da. A partir daí fiz parcerias para que a prefeitura caminhasse”.

Para ele, atuar como vere-ador não é continuar na políti-ca. “Você fica amarrado. Depois de prefeito, você torna a traba-lhar para prestar satisfação, con-tas. Continuar sua transparência”. Dr. Moyes foi eleito vereador para o mandato 2005-2009, sendo o ve-reador mais votado. Foi presidente da Câmara Municipal de Valinhos de 2007 a 2008 e segue para seu terceiro mandato como vereador.

O vereador finaliza dizendo estar muito contente com o ani-versário da cidade, pois partici-pou do centenário, viu a evolução da cidade. “Valinhos é modelo de cidade, tem muito que fazer, mas já fez muito. Todo mundo que mora aqui se sente orgulhoso. A cidade tem condições e qualidade de vida que oferecem um bem es-tar ideal. É difícil lembrar o passa-do, de Valinhos há 30 anos. Cada época tem a sua peculiaridade. Ti-nha, por exemplo, tranquilidade, mas não era desenvolvida”.

Aloysio MorAes | JTV

JTV - Fale um pouco sobre a sua trajetória política.

Clayton - Eu exerci, ao longo de 20 anos, com muita honra, man-datos parlamentares. Ou seja, dis-putei cinco eleições para a Câmara e, com a graça de Deus, obtive ex-celentes resultados. Também dispu-tei uma eleição para a Prefeitura, na qual consegui ser bem sucedido de-pois de uma campanha propositiva, respeitando a sociedade valinhense. Nesta trajetória de mais de duas dé-cadas, uma coisa importante e que pouca gente sabe é que nunca havia passado pela minha cabeça o ingres-so na vida pública. Um amigo, hoje secretário de Planejamento de nosso governo, Paulo Bandina, foi quem me convidou para disputar uma ca-deira do Legislativo. No primeiro momento, não aceitei. Ele convidou outras duas vezes. E somente no terceiro convite, resolvi aceitar. Des-de cedo, também, entendi que polí-tica é sinônimo de serviço. Alguns imaginam que política significa au-toridade. Essas pessoas, infelizmen-te, se enganam. Política é exatamen-te o contrário de autoridade. Política significa se colocar a serviço do ou-tro, a serviço de sua comunidade. Se bem utilizada, a política transforma vidas, auxilia na formação profis-sional dos jovens, na concretização do sonho da casa própria de muitas famílias, na execução de obras que ampliam o desenvolvimento social e econômico da cidade como um todo.

JTV - O senhor se sente privile-giado por administrar Valinhos?

Clayton - Com toda a certeza. Primeiro porque é a minha cidade. É onde nasci, onde constitui famí-lia, onde construí a minha ativida-de empresarial e onde pretendo mo-rar pelo resto de minha vida. Em se-gundo lugar porque acredito muito no que está nas Escrituras Sagrada. Toda autoridade vem de Deus. Por-tanto, tenho a certeza absoluta de que recebi uma missão e, portanto, pretendo realizá-la da melhor for-ma possível. Desde janeiro de 2013, inauguramos um novo tempo em

nossa Valinhos. O tempo do diálo-go, do respeito às pessoas, da polí-tica propositiva. Valinhos não per-tence mais a um único grupo polí-tico. Esse tempo já passou e nossa cidade já perdeu muito tempo com essa visão tacanha. Hoje, adminis-tro para todos os grupos políticos, com portas abertas e disposto a ou-vir todas as pessoas que queiram so-mar nesta nova forma de gestão. É assim, sem revanchismo, que nossa Valinhos começa a recuperar a sua posição de prestígio na Região Me-tropolitana de Campinas.

JTV - Para o senhor, qual é o principal desafio?

Clayton - No caso da nossa cidade, o principal desafio é equa-cionar as questões financeiras. O ta-manho e a quantidade de problemas que nos deixaram realmente nos assustou no início de 2013. Depois das eleições de 2012, exigimos um governo de transição para conhecer a real situação que encontraríamos no Executivo. No entanto, os pro-blemas que encontramos eram mui-to maiores do que aqueles que nos foram apresentados na transição. Obras inacabadas, R$ 48 milhões de restos a pagar, muitas leis nacionais desrespeitadas... Enfim, não adian-te ficar reclamando. O jeito foi arre-gaçar as mangas e trabalhar. Com-pletamos as obras inacabadas, pa-gamos cerca de R$ 20 milhões em dívidas de curtíssimo prazo (ainda faltam R$ 28 milhões) e estamos colocando em prática uma série de leis que simplesmente eram ignora-das, como a “Lei do Piso” na Educa-ção, que foi criada em 2008 e que só começou a vigorar este ano em Vali-nhos. Fizemos muito, mas ainda há muito a ser feito.

JTV - Tem orgulho de ser cida-dão valinhense? Por quê?

Clayton - Todas as pessoas que nascem em Valinhos sentem-se orgulhosas. Vivemos em uma cida-de que no mês de maio foi eviden-ciada em duas edições da revista Exame. Aliás, é outro orgulho para

“Recebi uma missão e, portanto, pretendo realizá-la da melhor forma possível”, diz prefeito Clayton Machado

nós, valinhenses. No mês em que comemoramos 118 anos, nossa ci-dade é exaltada por uma das pu-blicações mais respeitadas do país. Primeiro, por figurar na lista das melhores cidades do país para re-ceber investimentos da iniciativa privada. Depois, por sermos uma das 15 “estrelas do interior”, onde o mercado imobiliário está sempre aquecido, muito acima da inflação. Também temos excelentes indica-dores de qualidade. Figuramos, a partir de 2013, no topo do ranking do IDH-M da ONU. Somos a cidade com melhores indicadores de lon-gevidade, saúde e educação da Re-gião Metropolitana de Campinas. Temos muitos motivos de nos or-gulharmos por sermos cidadãos valinhenses.

JTV - Como valinhense, o que mais te marcou positivamente na cidade?

Clayton - Toda a história de Valinhos foi escrita por pessoas que reuniram muitas qualidades e que nos deixaram, como legado, uma extensa folha de serviços prestados à comunidade. Esses nomes marca-ram de forma muito positiva a mi-nha vida. Posso citar, como exemplo, o fotógrafo Haroldo Pazinatto (in memorian); o ex-prefeito Luís Bis-soto, o qual considero o meu “pai” na vida pública; o ex-prefeito Vitó-rio Antoniazzi, que levou Valinhos ao desenvolvimento, com a amplia-

ção das redes de saúde e educação. Enfim, uma cidade que respeita o seu passado, comete menos erros no presente e se prepara de uma forma mais segura para o futuro. Toda construção começa com um sólido alicerce. Todo bom profissio-nal, antes de tudo, precisa ser uma boa pessoa. Portanto, eu procuro, o tempo todo, buscar referências nes-sas pessoas que emprestaram os melhores de suas vidas na constru-ção de nossa história.

JTV - O que o senhor prioriza-rá nos próximos dois anos na gestão da cidade?

Clayton - A austeridade com as contas públicas é uma das me-tas dos próximos anos. O saudoso comandante Rolim Amaro, funda-dor da TAM, nos ensinou que para ganhar mais é preciso gastar me-nos. Na esfera pública, para somar é preciso deixar de diminuir. Recu-perar a arrecadação da Prefeitura é tarefa fundamental. Na última dé-cada, perdemos mais de 200 em-presas. Primeiro, precisamos parar de perder empresas. Nosso gover-no age para atrair novos empre-endimentos à cidade e, ao mesmo tempo, para valorizar quem já está em Valinhos e produz em Valinhos. Esse é o segredo: respeitar aquele que acredita em Valinhos e atrair aquele que busca uma cidade com qualidade de vida para ampliar seus investimentos.

DivulgAção

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Valinhos, quarta-feira, 28 DE MAIO de 2014Edição 1113 - Ano XXI26

Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

Valinhos - 118 anos

A Chem-Trend

parabeniza e

agradece esta

cidade tão

acolhedora!

O Cartonifício Valinhos

parabeniza Valinhos

pelos seus 118 anos.

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CARTONIFÍCIO

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CARTONIFÍCIO

Cartonifício Valinhos S/A1934-2014

Há mais de 40 anos, precisamente em 1967, Dé-cio Maróstica, atual vice-pre-sidente do Conselho Tutelar, acompanhou muita coisa no que diz respeito à evolução e progresso de Valinhos. “Eu vim para Valinhos na função de sacerdote e trabalhei por nove anos ajudando na Paró-quia São Cristóvão, na qual ajudei a erguer, até porque quando cheguei à paróquia tinha apenas seis meses de constituída”. Décio também foi candidato a vereador por gostar de ajudar o próximo e amar a cidade. À reportagem, ele narra que viu várias eta-pas, mas o momento marcan-te foi na década de 70, onde presenciou a cidade ganhar uma rede de esgoto. “A cidade não tinha saneamento básico e quando o prefeito Luís Bis-soto resolveu colocar, a cidade virou um verdadeiro cantei-ro de obras. Ficou polvorosa.

Décio Maróstica

Não tinha onde andar, mas todos entendiam sabiam que aquela gi-gantesca obra era benéfica, pois todos usavam fossa”. Ele ain-da se orgulha em dizer que Vali-nhos é uma cidade privilegiada, tem um clima mais ameno, mes-mo sendo perto de Campinas. É aconchegante. “Você conhece o

prefeito, o vereador, encontra-os no mercado, tem uma aproxima-ção mais fácil, mais humana. Te-mos uma vida, não diga provin-ciana, mas familiar. Você sabe quem conserta seu fogão, sua geladeira. Este estilo de vida é o que mais me atraiu e daqui não saio mais”, termina.

Antônio Conti é clínico ge-ral e exerceu a profissão em Vali-nhos em 1966 a convite de outros médicos, seus amigos, para aju-dá-los na Santa Casa, pois esta-va inaugurada há poucos meses, além de conciliar a imensa von-tade em morar no interior. “Re-sultado: vim, gostei e aqui estou e daqui nunca sai. A partir daí me despertou a paixão pela cida-de, pois eu já era muito interes-sado em questões políticas, aca-dêmicas, conselhos, enfim, uni o útil ao viés da participação políti-ca. Luís Bissoto me convidou em sua gestão para assumir a pasta de saúde e como sempre me de-diquei à área, fiquei 18 anos tra-balhando como secretário, initer-ruptamente”. Junto com os pre-feitos criaram e adicionaram fer-ramentas para melhorar a saú-de de Valinhos, tudo com a par-ticipação popular. Como cidadão, destaca com orgulho, sem falsa modéstia, a evolução da saúde, sendo considerado um municí-

Antônio ContiAloysio MorAes | JTV Aloysio MorAes | JTV

Ruy Meirelles dos Santos é mé-dico, mas foi também como político que fez muito por Valinhos e faz parte da história da cidade. Foi vice-prefeito na primeira administração de Vitório Antoniazzi, de 1982 a 88. Sua paixão em ajudar o próximo foi despertada ainda na juventude, quando partici-pava da política estudantil na Facul-dade de Medina da USP, entre outros, mas sem nenhum objetivo político, no sentido de carreira política. “Sou cam-pineiro, e fui estimulado pelo amigo Dr. Antônio Contia vir para Valinhos. Foi então em 1965, que passei a traba-lhar na Santa Casa e fui me engajando em atividades comunitárias, com fa-mílias, grupos de casais etc. Em 1982, Vitório Antoniazzi me convidou para ser seu candidato a vice-prefeito, eu aceitei".

Sua atividade nos postos de saúde dos bairros me aproximou da comunidade. Os postos passaram a ter eleições para a escolha dos candidatos ao curso de enfermeiro. Eles residiam

no próprio bairro do posto de saúde e eram escolhidos pela comunidade lo-cal. “Desta forma, como vice-prefeito passei a ter uma visão mais ampla da saúde pública, do atendimento hos-pitalar e do tipo de atendimento que cada posto de saúde deveria ter”.

Por ter uma filha com necessi-dades especiais, Meireles se viu cha-mado para ajudar mais ainda. Foi em 1990 que começou a ajudar de diver-sas formas a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, in-clusive trazendo um projeto para a construção de uma sede própria da entidade em Valinhos. “Em março de 1998, reuni 112 proeminentes vali-nhenses para apresentar-lhes o proje-to. Dessa reunião surgiu também uma primeira diretoria da entidade, cujos integrantes mantém desde então o há-bito de se reunir todas as terças-feiras. Com apoio de empresas da cidade e de particulares, conseguimos executar o projeto e concluí-lo quatro anos antes do prazo”.

pio modelo e que pode, não sozi-nho, contribuir para essa evolu-ção. “E com isso, fecho mais 12 anos como legislador, somando-

-se 30 anos na ajuda para com a população valinhense. Parei em termos, pois meu filho (Henrique Conti) seguiu os caminhos polí-ticos, pois com apenas 16 anos

começou a assistir as sessões e não me engano ele assistiu qua-se 100% das sessões da Câmara. E passo muitos ensinamentos a ele, inclusive dizer que a político tem que entrar, dar sua contribui-ção e depois dar lugar a outros que possam também contribuir com a cidade”.

Doutor Ruy Meireles

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Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

Dentre as empresas, que há muitos anos vem gerando empre-gos e levam o nome de Valinhos ao exemplo de comprometimento com o progresso está a tão famosa fá-brica de papeis e papelões, a Carto-nifício Valinhos, fundada em 1934 por Ferruccio Celani, que já estava no setor papeleiro do Brasil desde 1920. Naquele ano Ferruccio Ce-lani projetou a fábrica de papelão reciclado em Valinhos, numa anti-ga cerâmica que havia adquirido. Completando 80 anos de funciona-mento em Valinhos, a fábrica tem muita contribuição com progresso valinhense.

Em conversa com o Terceira Visão o atual herdeiro da fábrica, Sr. Segismundo Romano José Celani é presidente do Cartonifício Valinhos e autoridade em reciclagem de pa-pel. Ele recebeu o título honorário de Valinhos em 2006. “Não nas-ci aqui, mas estou aqui desde que nasci. Estudei em diversas cidades, viajei, chefiei escritórios, tive várias residências, mas Valinhos sempre disse que era minha cidade. Não há dúvida que de que muitas pessoas, as mais importantes, conheci aqui e tenho inúmeros nomes. Antiga-mente, eu trabalhava na fábrica e ia a pé até em casa, um quilome-tro de distância e nesta caminhada,

José Celani

cumprimentava e conhecia todos”.Ele ainda brinca que a evolu-

ção da cidade se fez perder algumas raízes na qual somos escravos da tecnologia, das quatro rodas. “Deve se tomar cuidado pra não perder-mos o figo roxo, pois as chácaras estão sumindo e dando lugar aos condomínios que não dão oportu-nidade de conhecer vizinhos”. Ele ainda relembra as viagens de trem, que era lazer e ao mesmo tempo um excelente meio de transporte, pois respeitava os usuários. Até porque foi com 20 anos que José adquiriu um carro para a família Celani.

Sobre os momentos marcan-tes, Celani lembra lucidamente da

emancipação, do plebiscito, da cons-trução da Igreja Matriz nova. “O que gostei muito sempre foram as fes-tas, quermesses, chamada de Festa do Figo, feita sempre ao lado da ma-triz. Ela foi criada pelo Padre Bruno que tinham como objetivo arrecadar fundos para as comunidades. Em seguida, veio então a famosa Festa do Figo, que com certeza, é um dos carros chefes da cidade”.

Ele termina aconselhando que não percam as amizades, os la-ços, as visitas sempre pacíficas. “Eu ainda acredito que Valinhos tem a crescer, mas calmamente para que todos acompanhem sua evolução e para que as raízes não se percam”.

Aloysio MorAes | JTV

Estivemos na empresa Rápido Luxo Campinas com o Sr. Adriano dos Anjos Ma-çaira, uma grande persona-lidade política e social. Ele nasceu na cidade de Ervedo-sa, em Portugal. Veio para o Brasil com 12 anos de idade para a cidade de São Caetano do Sul. Depois de um tempo mudou-se para São Paulo no bairro Vila Bela. Conheceu sua esposa, Alzira, numa festa na Portuguesa de des-portos. Casou-se aos 20 anos, teve dois filhos, Ariovaldo e Aderlene. Ele nos contou que desde os 12 anos, quando ainda morava na Europa, já trabalhava regando a hor-ta de seus pais. Foi ajudan-te de borracheiro, trabalhou no botão de camisa, meta-lúrgico na Lorenzetti, na fei-ra vendendo tomates, no CE-AGESP onde trabalhou até 1978 e se orgulha muito da sua trajetória.

“Cheguei em Valinhos no dia 05 de agosto de 1978 e estou aqui até hoje. Para mim, Valinhos represen-ta muito para minha vida, pois metade dela, vivi e criei raízes. Estou aqui há

Adriano Maçaira

36 anos e nunca tive uma dis-cussão por ter um lado huma-no bastante destacado", dis-se o empresário. Ele nos disse que adquiriu a empresa Rápido Luxo que foi fundada em 1972.

"Somos o maior grupo de transporte em geral urbano de fretamentos e intermunici-pal (EMTU) e rodoviário. Isso é uma grande satisfação para a empresa", afirma Adriano Ma-çaira.Quando questionado so-bre o seu lado social, ele des-tacou o seu lema: "Se hoje eu puder fazer por quem não tem, estarei sempre ao lado dos

mais pobres, pois vim de ori-gem pobre"."Fui vereador de 1992 a 2004. Disputei três ve-zes as eleições para Deputado Estadual e sempre me dediquei às causas sociais defendendo o bem estar social.

Também se orgulha de ser cidadão honorário de Valinhos, pois aqui ele encontrou mui-ta alegria, saúde e bem estar social."São 36 anos de história conjunta com Valinhos. E hoje a cidade está com porte médio social altíssimo e torço para que ela cresça cada vez mais", finaliza o empresário.

Márcio Luiz Fagnani é o atu-al vice-presidente da Associação de Muladeiros de Valinhos que pro-movem há 20 anos, viagens, ro-marias, apresentações, reuniões e principalmente levam a cidade de Valinhos aos cantos do Brasil. Ele conta que é natural de Valinhos e sua paixão por cavalos nasceu desde pequeno. Sempre seguindo conselhos dos mais velhos, princi-palmente de seu pai, a associação hoje conta com mais de 30 asso-ciados, porém quando se reúnem, organizam ou participam de festas, o número de adeptos se estende a quase 400 muladeiros e cavaleiros.Segundo Fagnani, o desfile não atrai somente pessoas de Valinhos e das cidades próximas, mas de

toda RMC (Região Metropolitana de Campinas) e de cidades distan-tes, como São João da Boa Vista, Pedreira, Amparo, Americana, Mo-rungaba, Lindóia, Jundiaí, Nazaré Paulista e Campo Limpo Paulista.

A festa que sempre tem ponto marcado há tantos anos é a tradi-cional Festa do Figo, que oferecem ao povo desfile de cavaleiros, mu-ladeiros e charreteiros e a expecta-tiva sempre é reunir mais de 700 participantes, que juntos fazem um bonito passeio pelas ruas cen-trais da cidade. Ele ainda explica que o sucesso do grupo veio atra-vés de grandes parcerias, inclusi-ve do Adriano Maiçara, de pesso-as comprometidas, pois Associa-ção dos Muladeiros de Valinhos,

da qual foi fundador, é pessoa jurí-dica de direito privado, constituída na forma de sociedade civil de fins não lucrativos, com autonomia ad-ministrativa e financeira.

Para Márcio, o que mais lhe marcou foi o crescimento da cida-de. Ele ainda conta que em 1970, quando Luís Bissoto era prefei-to, conseguiram um pedaço den-tro da Festa do Figo, o “redondel”, na qual usavam para se apresen-tar, trazendo pessoas de todos os lugares do país. “Uma das provas era cavalo contra moto e num ano, o sucesso de nossas apresenta-ções foi tamanha que o ronco da moto trouxera mais atenção que um show de artista famosa que se apresentava no mesmo horário”.

Associação de Muladeiros de Valinhos

Aloysio MorAes | JTV

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Fundação: 06 de março de 1993Visão Valinhos

Jornal Terceira

Engenheiro e V ice-Prefeito Luiz Mayr Neto

São 118 velinhas a iluminar o progresso

e o desenvolvimento de Valinhos.

Parabéns aos que contribuem para construir nossa cidade!

Parabéns Valinhos!!!

Conversamos com Dona Ivone, Dona Maria José e Dona Irene, co-cunhadas, pois todas se casaram os Mayr, que chegaram a Valinhos por volta de 1926. José era esposo de Dona Ivone, Valdo-miro era casado com Dona Maria José e Oscar com Irene. O sogro delas tinha uma adega de vinho em Vinhedo, e de lá veio para a terra do figo roxo onde constituiu família na Avenida Paulista.

Para Irene, com 86 anos, Va-linhos é a melhor cidade que exis-te e ela relata a mudança gigan-tesca que a cidade passou nos úl-timos anos. Nascida em Valinhos, ela conta que na sua atual casa era um sítio. “Antes era venda, hoje é supermercado. Lembro da Rua Sete, uma rua estreita, local onde todo mundo passeava. Os moços ficavam na calçada e as moças iam e voltavam para pa-querar. Uma época boa, sem car-ro. Na época, havia um carro só, do Dr. Aníbal Lellis de Miranda. O trem também era uma atração e quando ele chegava corríamos na beirada da linha do trem pra ver quem vinha chegando”.

Dona Maria José, a “Tia Zezé”, faz uma comparação e diz que Valinhos progrediu muito, principalmente na parte da edu-cação e saneamento básico. Isso foi excelente, porém, ela sente muita saudade da época de sua juventude. “Os jovens hoje vão passear em baladas, e nós, de an-tigamente adorávamos ir ao clu-be dançar, paquerar, mas de uma forma diferente da atual. Diver-tíamos nos bailinhos, no cinema e principalmente no jardim que reunia todos os jovens”. Ela se emociona quando conta do mo-mento que conheceu seu mari-do, no jardim. “Lá havia roman-tismo, além disso, o respeito era a principal qualidade das pesso-as”. Professora, Dona Maria con-ta que em virtude de trabalhar em diversos lugares, ela e seu fu-turo marido trocavam cartas ro-mânticas todos os dias. “Eu rece-bia e já respondia, ele recebia e já respondia. Tudo via correio. E quando eu mudei para Jaú, meu marido ia toda semana de trem

Família Mayr

para me ver. Ele trabalhava na Rigesa”.

Dona Ivone com 86 anos é de uma alegria e for-taleza que dispensa comen-tários. Italiana e filha de profissionais da cerâmica, conta que sempre foi dona de casa, “caçula” era prote-gida da família. Esposa do Sr. José Mayr, ela relata que antes o gostoso era conhe-cer o vizinho. “Do lado de lá da linha do trem eu conhe-cia todo mundo. Eu amo Va-linhos, minha cidade queri-da, jamais a trocaria. Mãe de quatro filhos e moradora da Avenida Dom Nery, Ivo-ne conta que o bairro sem-pre foi aconchegante, pois há mais 40 anos anda pela calçada e conhece ainda muita gente. “Antigamen-te adorava ir paquerar na Rua Sete e ver o trem pas-sar na estação. Eu namo-rei apenas um homem por 12 anos e este meu namo-rado foi meu marido. Sinto muita saudade e se pudes-se voltar naquela época, eu voltaria com toda certeza”.

No centro de Valinhos, fo-mos até o escritório do discre-to e grande ex-prefeito de Vali-nhos, Luiz Bissoto. Com orgu-lho ele conta da instalação de Valinhos como município, em 1953, na qual a comunidade criou uma comissão de emanci-pação, onde havia nomes como Padre Bruno Nardini, Dr. Altino Gouveia, José (Bepe) Spadac-cia, entre outros. Esta comis-são organizou então um ple-biscito que tinha como objetivo votar se queria ou não a inde-pendência de Valinhos, ou seja, a emancipação política e admi-nistrativa. “Em 1954 foi reali-zada então as primeiras elei-ções municipais escolhendo Je-rônymo como prefeito e em ja-neiro de 1955 foi a instalada a primeira composição da Câma-ra Municipal de Valinhos que ti-nha com vereadores, por exem-plo, Altino Gouveia, João Antu-nes do Santos, Osvaldo Conte, entre outros”, relatou.

Depois de tomar a sua própria independência, Vali-nhos precisou aos poucos se re-estruturar. Os sítios de café, por exemplo, foram desmembrados e tornaram-se os primeiros lo-tes para os futuros bairros. Sen-do vereador, Bissoto decidiu concorrer às eleições, ganhou e tomou posse em janeiro de 1970 como prefeito de Valinhos com Arildo sendo vice-prefeito.

Bissoto teve dois mandatos le-gislativos antes de ser prefeito e quatro depois. Somam-se ain-da dois mandatos como prefeito e por fim elegeu seus dois vices como prefeito também. “O amor por Valinhos é enorme e entrei na vida pública por amor à co-munidade, por acreditar no pro-gresso da cidade e diante disso minha maior recompensa foi o respeito dos valinhenses”.

Ele também relembra que há 70 anos era inaugura-da a Matriz de Valinhos, e sua família participou desde o iní-cio, pois seus tios Vitório Bis-soto e Vicente doaram o terre-no à comunidade católica e seu pai colaborou em erguê-la. Vale ressaltar que o engenheiro que escolheu o terreno foi o famoso Lix da Cunha, de Campinas.

Bissoto trouxe a Vali-nhos o que muitos citam como o marco da cidade. Colocar uma rede de esgoto. “As pesso-as tinham uma fossa negra no quintal e esse foi um dos meus maiores compromissos. Tenho orgulho e sei que fiz um bom trabalho. Tal obra está escon-dida debaixo da terra, porém ela foi e é muito importante para a cidade”. Bissoto acre-dita que Valinhos não precisa-va crescer muito rápido, pois o poder público não conseguiu atender a demanda como deve-ria, no sentindo de estruturas.

Luiz BissotoAloysio MorAes | JTV

Aloysio MorAes | JTV

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Sentimos orgulho de fazer parte destes 118 anos e contribuir para seu crescimento cada vez mais.

Parabéns Valinhos!