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http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas Nota do Editor Eng. Guilherme Covas Após a grande turbulência econômica vi- vida no começo do ano, as coisas vão tomando seu caminho, a grande “onda”, que antes era “marola”, voltou a ser “ma- rola”, e a economia mostra sinais claros de recuperação nos últimos meses. Reestruturações ocorreram, a produtivi- dade aumentou, os quadros de funcioná- rios estão mais enxutos, parece que todos os setores exageravam, gerando grandes desperdícios! Na construção civil brasileira, os sinais parecem ser mais fortes ainda, os pro- gramas de incentivo e desenvolvimento do governo aceleram a retomada, os lançamentos voltam a aparecer, as em- presas que enxergaram na crise um mo- mento de grandes oportunidades já estão colhendo valiosos frutos. Acompanhando esse cenário, a TQS não parou e investimos pesado na rees- truturação de toda a empresa: nossas instalações foram remodeladas, novos servidores e softwares foram instalados, uma nova central telefônica digital foi implantada. Mantivemos nossa equipe e investimos constantemente na atualiza- ção e valorização de nosso pessoal para melhor atender a todas as exigências de nossos parceiros e clientes. O objetivo de todo esse investimento é um só! É estar preparado para o futuro, é nos mantermos atualizados, em constante transformação, acompa- nhando todas as exigências do merca- do de softwares para projeto estrutural e construção civil. O grande problema é que quanto mais investimos, estuda- mos, desenvolvemos softwares e ad- quirimos novos conhecimentos, mais percebemos o quão longe estamos do ideal e o quanto essa evolução deverá ser feita por todos com muita precisão e rapidez. É dessa forma que nós, da TQS, esta- mos nos preparando, apesar de todas as dificuldades que encontramos no ca- minho, para fornecer a vocês, nossos clientes, um produto com alto grau de confiabilidade que auxilie, gerencie e acelere o desenvolvimento (análise, di- mensionamento, detalhamento e acaba- mento) do projeto estrutural. E vocês? Já pararam para pensar nisso? Invistam no seu pessoal, in- vistam em seus equipamentos, co- nheçam as ferramentas a sua dispo- sição por completo, valorizem seus projetos, atualizem seus conheci- mentos, façam cursos! Dessa forma, as novas exigências do mercado serão vencidas com muito mais faci- lidade. Pode parecer caro no inicio, mas, lá na frente, se a escolha for realizada com discernimento e preci- são, o retorno profissional, pessoal e financeiro será grande! Acompanhe nesta edição do TQS News uma esclarecedora entrevista com o en- genheiro Carlos Melo, especialista em estruturas pré-fabricadas de concreto e nosso consultor no desenvolvimento do TQS Preo. Outra interessante seção é o artigo “Processos de Projeto, Sistemas CAD e Modelagem de Produto para Edifica- ções” dos engenheiros Sérgio Scheer e Fabíola Azuma que nos esclarece a ori- gem e funcionamento do BIM, Building Information Modeling, que auxilia de forma integrada e simultânea na con- cepção e desenvolvimento de projetos de edificações. Aproveitem a leitura! Destaques Entrevista Eng. Carlos Melo da Carlos Melo & Associados Página 3 Lançamento TQS Steel Página 8 Espaço Virtual - Comunidades Página 10 Desenvolvimento - Software CAD/TQS Página 23 CAD/TQS nas Universidades Página 34 Artigo - Vibradores de Concreto: equipamento do passado? Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos Página 37 Artigo - A questão do preço (3) Eng. Ênio Padilha Página 39 Artigo - Processos de projeto, sistemas CAD e modelagem de produto para edificações Engenheiros Sérgio Scheer e Fabíola Azuma Página 40 Artigo - Métricas para aumentar a produtividade José Pires Alvim Neto Página 44 Notícias Página 45 Gerenciador CAD/TQS v15 – Menu Ribbon + Visualização 3D – Edifício CAMP LIFE – C.E.C. Cia De Engenharia Civil Ltda., São Paulo, SP TQ S N EWS Ano XIII - Nº 29 Agosto de 2009

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http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas

Nota do Editor

Eng. Guilherme Covas

Após a grande turbulência econômica vi-vida no começo do ano, as coisas vãotomando seu caminho, a grande “onda”,que antes era “marola”, voltou a ser “ma-rola”, e a economia mostra sinais clarosde recuperação nos últimos meses.Reestruturações ocorreram, a produtivi-dade aumentou, os quadros de funcioná-rios estão mais enxutos, parece quetodos os setores exageravam, gerandograndes desperdícios!

Na construção civil brasileira, os sinaisparecem ser mais fortes ainda, os pro-gramas de incentivo e desenvolvimentodo governo aceleram a retomada, oslançamentos voltam a aparecer, as em-presas que enxergaram na crise um mo-mento de grandes oportunidades jáestão colhendo valiosos frutos.

Acompanhando esse cenário, a TQSnão parou e investimos pesado na rees-truturação de toda a empresa: nossasinstalações foram remodeladas, novosservidores e softwares foram instalados,uma nova central telefônica digital foiimplantada. Mantivemos nossa equipe einvestimos constantemente na atualiza-ção e valorização de nosso pessoal paramelhor atender a todas as exigências denossos parceiros e clientes.

O objetivo de todo esse investimento éum só! É estar preparado para o futuro,é nos mantermos atualizados, em

constante transformação, acompa-nhando todas as exigências do merca-do de softwares para projeto estruturale construção civil. O grande problemaé que quanto mais investimos, estuda-mos, desenvolvemos softwares e ad-quirimos novos conhecimentos, maispercebemos o quão longe estamos doideal e o quanto essa evolução deveráser feita por todos com muita precisãoe rapidez.

É dessa forma que nós, da TQS, esta-mos nos preparando, apesar de todasas dificuldades que encontramos no ca-minho, para fornecer a vocês, nossosclientes, um produto com alto grau deconfiabilidade que auxilie, gerencie eacelere o desenvolvimento (análise, di-mensionamento, detalhamento e acaba-mento) do projeto estrutural.

E vocês? Já pararam para pensarnisso? Invistam no seu pessoal, in-vistam em seus equipamentos, co-nheçam as ferramentas a sua dispo-sição por completo, valorizem seusprojetos, atualizem seus conheci-mentos, façam cursos! Dessa forma,as novas exigências do mercadoserão vencidas com muito mais faci-lidade. Pode parecer caro no inicio,mas, lá na frente, se a escolha forrealizada com discernimento e preci-são, o retorno profissional, pessoal efinanceiro será grande!

Acompanhe nesta edição do TQS Newsuma esclarecedora entrevista com o en-genheiro Carlos Melo, especialista emestruturas pré-fabricadas de concreto enosso consultor no desenvolvimento doTQS Preo.

Outra interessante seção é o artigo“Processos de Projeto, Sistemas CAD eModelagem de Produto para Edifica-ções” dos engenheiros Sérgio Scheer eFabíola Azuma que nos esclarece a ori-gem e funcionamento do BIM, BuildingInformation Modeling, que auxilia deforma integrada e simultânea na con-cepção e desenvolvimento de projetosde edificações.

Aproveitem a leitura!

DestaquesEntrevistaEng. Carlos Melo da Carlos Melo & AssociadosPágina 3LançamentoTQS SteelPágina 8Espaço Virtual - ComunidadesPágina 10Desenvolvimento - Software CAD/TQSPágina 23CAD/TQS nas UniversidadesPágina 34Artigo - Vibradores de Concreto:equipamento do passado?Eng. Augusto Carlos de VasconcelosPágina 37Artigo - A questão do preço (3)Eng. Ênio PadilhaPágina 39Artigo - Processos de projeto, sistemas CAD e modelagem de produto para edificaçõesEngenheiros Sérgio Scheer e FabíolaAzumaPágina 40Artigo - Métricas para aumentar aprodutividadeJosé Pires Alvim NetoPágina 44NotíciasPágina 45

Gerenciador CAD/TQS v15 – Menu Ribbon + Visualização 3D – EdifícioCAMP LIFE – C.E.C. Cia De Engenharia Civil Ltda., São Paulo, SP

TQSNEWSAno XIII - Nº 29Agosto de 2009

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REPRESENTANTES TQSNEWS

2 TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009

Paraná

Eng. Yassunori HayashiRua Mateus Leme, 1.077, Bom Retiro80530-010 • Curitiba, PRFone: (41) 3253-1748

(41) 3013-3585E-mail: [email protected]

Bahia

Eng. Fernando Diniz MarcondesAv. Tancredo Neves, 1.222, sala 11241820-020 • Salvador, BAFone: (71) 3341-1223

(71) 9177-0010E-mail: [email protected]

Rio de JaneiroCAD Projetos Estruturais Ltda.Eng. Eduardo Nunes FernandesAvenida Almirante Barroso, 63, Sl. 80920031-003 • Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2240-3678

(21) 2262-7427E-mail: [email protected]

Eng. Livio R. L. RiosAv. das Américas, 8.445, Sl. 916, Barra da Tijuca22793-081 • Rio de Janeiro, RJFone: (21) 7870-7878

(21) 2429-5171E-mail: [email protected]

Sistemas CAD/TQS através do portal BNDES

Informamos a todos clientes e potencias clientes que agora os sis-temas CAD/TQS podem ser adquiridos através do CARTÃOBNDES, bandeira VISA, pelo portal www.cartaobndes.gov.br.

Adquirindo os sistemas no portal, com o cartão, os mesmospoderão ser financiados em até 48 vezes, com taxas de jurosmuito convidativas.

Para mais informações sobre essa nova modalidade devenda, entre em contato com a equipe TQS, através do e-mail:[email protected] ou do telefone 0 XX 11 3883-2722.

Finalidade do Cartão BNDES

Financiar os investimentos das micro, pequenas e médiasempresas.

Vantagens para as micro, pequenas e médias empresas

- Crédito rotativo pré-aprovado para aquisição de bens de pro-dução;

- Financiamento automático em 12, 18, 24, 36 ou até 48 mesese com prestações fixas;

- Taxas de juros atrativas.

Quem pode obter o Cartão BNDES?

Empresas de micro, pequeno e médio porte (com faturamentobruto anual de até R$ 60 milhões), que estejam em dia comsuas obrigações junto ao INSS, FGTS, RAIS e demais tributosfederais. Caso o emissor seja a Caixa Econômica Federal, o fa-turamento bruto anual não poderá ultrapassar R$ 7 milhões.

Quais os bancos emissores?

Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.

Como solicitar o Cartão BNDES? (deve ser feito pelo cliente)

Pode ser solicitado através do Portal de Operações do BNDES -Cartão BNDES, conforme roteiro abaixo, ou ainda ser solicitadodiretamente com o Gerente de sua Agência Bancária.

1. Acessar o Cartão BNDES no endereço https://www.cartaobndes.gov.br;

2. Clicar no botão “Solicite seu Cartão BNDES”;3. Selecionar o emissor do Cartão;

4. Preencher a proposta de solicitação do Cartão e enviá-la aobanco emissor, conforme instruções constantes no Portal deOperações do BNDES - Cartão BNDES.

Após solicitar o Cartão BNDES, a empresa terá seu pedidoanalisado pelo banco emissor, que irá definir seu limite decrédito.

O que pode ser comprado com o Cartão BNDES?

Bens de fabricação nacional ou que recebam agregação devalor econômico em território nacional, aí incluídos os bens decapital e outros bens que, a critério do BNDES, estejam rela-cionados à realização de investimentos. Estes bens devemestar cadastrados no site.

Onde posso comprar utilizando o Cartão BNDES?

Exclusivamente no Portal de Operações do BNDES - CartãoBNDES, a partir dos catálogos dos fornecedores credencia-dos, nas modalidades de compra direta e indireta, como des-crito a seguir:

Compra direta

É a compra realizada diretamente pelo cliente (on-line), atravésdo Portal de Operações do BNDES - Cartão BNDES, e quitadacom a utilização do Cartão BNDES.

Compra indireta

É a compra tradicionalmente realizada mediante o contato entrefornecedor e cliente, finalizada pelo fornecedor através do Portalde Operações do BNDES - Cartão BNDES e quitada pelo clientecom a utilização do Cartão BNDES.

Quais as condições financeiras em vigor?

- Limite de crédito até R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais);- Prazo de parcelamento em 12, 18, 24, 36 ou até 48 meses;- Prestações fixas e iguais;- Taxa de juros de 0,97% ao mês (taxa em agosto de 2009).

Obs: o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelobanco emissor do cartão, após a respectiva análise decrédito

Ed

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Eng

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Escritório Carlos Melo & Associadosaproveita brecha para crescer naárea industrial aproveitando edifundindo a aplicação dopré-moldado de concreto.

Desde pequeno, Carlos Eduardo E.Melo decidiu-se pela engenharia.Vindo de uma família composta porprofessores de matemática,percebeu, logo de início, sua vocaçãopara o Cálculo Estrutural. O destino olevou a experimentar caminhosparalelos inserindo-se no universodos pré-moldados, em queliteralmente pôs a mão na massa. Avivência nessa área rendeu um livro evirou o principal fator competitivo deseu escritório, a Carlos Melo &Associados, gerando inclusive umsoftware em parceria com a TQS paracalcular empregando o pré-moldado.

Como surgiu a engenharia na suavida?

Meu pai sempre foi um apaixonadopela engenharia civil. Desde a épocado colegial, eu já sabia que iria para aengenharia. Mas a engenharia civilnão foi a minha primeira opção, e sima engenharia elétrica, que estava namoda. Mas não passei e fui para a se-gunda opção. Eu entrei na Escola Po-litécnica da Universidade de SãoPaulo (USP) e me formei em 1990.

E como foi o primeiro contatocom a Engenharia de Cálculo?

No começo do quarto ano, eu conhe-ci o professor França (Ricardo Leo-poldo Silva e França) e solicitei a eleum estágio. Na época, o escritórioainda se chamava França & Ungaret-ti, hoje é França & Associados. Eu en-trei como estagiário, em fevereiro de1989, fazendo verificação de projeto.

Somente em 1990, é que comecei afazer trabalhos de cálculo estrutural.

Foi um caminho natural?

Eu já sabia que iria para essa áreade projeto, de cálculo de estrutura,pois minha família toda, tias e minha

TQSNEWSENTREVISTA

Engenheiro Carlos Eduardo E. Melo,diretor do escritório Carlos Melo &Associados Ltda.

Ritmo industrial

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Carlos Melo & Associados, Edificio 3D Carlos Melo & Associados, Elevações e Cortes

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TQSNEWS

mãe, eram professoras de matemá-tica. Existe uma ligação minha comessa coisa do cálculo, de se dedicaraos estudos. Eu já estagiava no es-critório e, com o fim do estágio,acabei sendo efetivado, permane-cendo lá por 11 anos. Mas depoisdisso, comecei a procurar por coi-sas novas, ver como estava o mer-cado. Foi então que surgiu o convi-te da Munte Construções Industria-lizadas, uma empresa de pré-mol-dados, para ser gerente de projetos.

Estar no dia-a-dia de umafábrica é diferente de

apenas executar o projeto.Isso permite ver o projeto de

outro ângulo, pois o papelaceita muita coisa, mas às

vezes elas não se encaixam.

Foi uma reviravolta na sua vida?

A empresa estava passando por umareestruturação, deixando de ser pe-queno de porte para transformar-seem grande porte, aproveitando osventos de industrialização da cons-trução. Ela queria expandir o merca-do e contratou além de mim umaequipe, focando os projetos de pré-moldado. Foi assim que eu pude co-nhecer esse sistema mais de perto,pois, no escritório do França, o pré-moldado não era o foco principal.Pude ter uma vivência rara de projetoe de execução, e uma grande oportu-nidade de desenvolvimento. Todosnós crescemos junto à empresa.

Você acompanhava a fabricação?

Eu estava na área de projeto, mastinha muito contato com a fábrica,com a execução da peças. Talvez até

menos do que eu gostaria. Estar nodia-a-dia de uma fábrica é diferentede apenas executar o projeto. Issopermite ver o projeto de outro ângu-lo, pois o papel aceita muita coisa,mas às vezes elas não se encaixam.Acompanhar isso de perto permite oaprendizado mais real, ver de fatoum projeto em que você colaborou, eesse feedback é muito importante.

Isso não é muito comum, não émesmo?

No Brasil, o projetista fica em geralmuito dissociado da obra. O retornoé muito pequeno. Os problemas queocorrem na obra são resolvidos porlá mesmo e o projetista nem fica sa-bendo. Quem resolve também é umengenheiro, também é um profissio-nal com competência para resolveresses problemas, mesmo que nãotenha se especializado nisso. Mas obom senso em engenharia é omesmo, o problema é que o projetis-ta não tem retorno sobre seu projeto.

Quanto tempo você ficou por lá?

Trabalhei por quase dois anos na fá-brica em Itapevi, tendo contato,principalmente, com projetos paraobras industriais, que exigem rapi-dez. Isso mudou muito a minhavisão, porque o projeto de pré-fabri-cado tem de ser rápido, ele só é viá-vel se tiver um prazo curto. E issogera um certo estresse em funçãoda quantidade de trabalho, de pra-zos apertados de entrega de proje-tos e das peças, de diferenças deprojeto. Não é aquele processolento de encaminhar o projeto parao cliente e aguardar o retorno. Alémdisso, o projeto em si também é di-ferente, pois tem muitos detalhes,alguns da experiência do processo;é diferente do moldado in loco.

O pré-moldado requer umaespecialização?

Se a ciência do cálculo estrutural jáé uma especialidade, o projeto depré-moldado é uma especialidadedentro da especialidade. Trata-sede um segmento muito restrito e euacabei enveredando por esse cami-nho naturalmente, me aprofundan-do no assunto sem ter planejadoisso. Fiquei na empresa por quatroanos trabalhando como gerente eisso foi fundamental para o experti-se que tenho hoje nessa área.

Se a ciência do cálculoestrutural já é uma

especialidade, o projeto depré-moldado é uma

especialidade dentro daespecialidade.

Como você voltou para a área deprojeto?

Mais uma vez o destino guiou o meucaminho. Estávamos com problemasem uma obra, que tinha o prazomuito apertado, a ampliação doshopping Aricanduva. As coisas esta-vam meio complicadas e os projetostinham de sair, mas não estávamosconseguindo atender aos prazos. Foientão que eu e a empresa adotamosuma solução de comum acordo: eusaí da gerência da empresa especifi-camente para cuidar desse projeto,colocando a mão na massa, fazendoparte do projeto. Na mesma época,meu filho tinha acabado de nascer, euma das condições propostas é queeu fosse trabalhar em casa. Foi umaboa maneira que encontramos paraagilizar o projeto, e ao mesmo tempo,me permitir ficar mais tempo em

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Carlos Melo & Associados, Edificio 3D Carlos Melo & Associados, Elevações, formas e cortes

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casa, cuidando do meu filho juntocom minha esposa. Esse foi realmen-te um momento divisor na minhavida, pois depois disso percebi quequeria realmente me dedicar à áreade cálculo estrutural; era isso que eurealmente gostava de fazer.

No Brasil muito se faz, masem geral esse conhecimento

não é catalogado, não érepassado. Ele fica

confinado a algumaspessoas, ou a empresas.

Você abriu um escritório após aconclusão do projeto?

Depois de terminado esse trabalhodo shopping, percebi que não queriamais voltar à gerência na fábrica, masa empresa convidou-me para desen-volver um trabalho diferente – dereorganizar todo o seu acervo técnicocriando os procedimentos do Depar-tamento Técnico de Qualidade. Eraum processo de normatização inter-na, que levaria um ano, sendo o iníciodo escritório. O trabalho ganhou umvolume surpreendente de informa-ções e acabou tornando-se um livro.

A empresa e eu decidimos, então,desenvolver e lançar no mercadouma publicação mostrando o passoa passo de um projeto de pré-mol-dado, à maneira da Munte.

Isso ajudaria a difundir a técnica?

Justamente. Nessa época, também anorma técnica dos pré-moldados es-tava sendo revista, eu me candidatei efui eleito presidente da comissão derevisão da norma pela AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT).Isso me ajudou também a reunir essematerial, embasando o livro.

Não havia essa informaçãodisponível?

Percebemos que havia essa falta deinformação. De disponível, na época,só uma publicação do professorMunir, que é mais teórico, sobre opré-fabricado. O nosso livro tinha oteor de manual prático e os procedi-mentos de como utilizar o pré-fabri-cado de maneira simplificada. Esselivro foi lançado em 2004 e, nessaépoca, eu já estava trabalhando emcasa. Assim, ele encerrou minhaatuação na Munte. Depois disso, fi-quei desenvolvendo projetos emcasa, algumas vezes em escritóriosde pessoas amigas, até efetivamentemontar meu próprio escritório.

Como projetista, seu foco desdeo início era atuar com pré-moldados?

Quando eu terminei o livro, pratica-mente eu encerrei a minha contrata-ção exclusiva e, assim, abriria meuescritório para o mercado. Então,desde o início, pensei em utilizar oconhecimento técnico e prático dospré-moldados como fator diferencialnos meus projetos. No Brasil muito sefaz, mas em geral esse conhecimen-to não é catalogado, não é repassa-do. Ele fica confinado a algumas pes-soas, ou a empresas. Além disso,tem essa característica do mercado,de terceirização dos projetos, seja emqualquer área, ou seja, muito desseconhecimento fica preso aos escritó-rios. Mesmo assim, atuando comoterceirzado, no projeto de pré-molda-do é preciso atuar como se estivesselá dentro da fábrica e, ao mesmotempo, no canteiro de obras.

Hoje o sistema é seu focoprincipal?

Ele representa 80% do core busi-ness do meu escritório, e às vezes

chega a 100%. O pré-fabricado mui-tas vezes pede obras complementa-res em que não é interessante usaras peças prontas, sendo adequadoo uso do moldado in loco, mas averdade é que naturalmente somosescolhidos para projetar obras queestão associadas com o pré-fabrica-do, mesmo sendo moldadas in loco.

Nós concorremos porquenos enquadramos, poistemos o acervo técnico

exigido para a realizaçãodessas obras. Obras de

licitação pública, onde asconstrutoras efetivamente

entram nessa licitação, noscontratam exatamente por

termos este acervo técnico.

Como se caracterizam essasobras?

Geralmente são obras industriais, degrandes empresas, o que pode variarconforme a época. Até setembro de2008, estávamos com muitas obrasindustriais, mas depois da crise, elaspraticamente se foram. Antes amaior parte eram os projetos de in-dústrias e alguns de varejo (shop-pings). Depois da crise, percebemosque as obras de varejo não só conti-nuaram como se acentuaram.

Pode citar alguns projetos?

Desenvolvemos o shopping Diade-ma/Praça da Moça, e estamos como shopping Via Brasil, no Rio de Ja-neiro, de aproximadamente 155 milm2, localizado na esquina da aveni-da Brasil com a rodovia PresidenteDutra. Fechamos esse contrato emoutubro de 2008 e ele está na mon-tagem dos pré-fabricados, estamos

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Carlos Melo & Associados, Edificio 3D Carlos Melo & Associados, Modelo no Revit

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também na obra do shopping LargoTreze de Maio, em Santo Amaro edesenvolvemos uma primeira fasedo shopping da Savoy em Osasco,que foi inaugurado recentemente.Também atuamos em um conjuntode obras da Companhia Paulista deTrens Metropolitanos (CPTM).

Mas a desvalorização denosso trabalho e a queda de

preços afastou por muitotempo o interesse dos

profissionais pela área decálculo.

Que tipo de projetos estão sendorealizados?

Trata-se do plano de expansão do go-verno do Estado de São Paulo, com aconstrução de estações novas, queoriginalmente tinham sido pensadasem concreto moldado in loco, masmudou para pré-fabricados. Já fize-mos quatro estações. Em algunscasos, o pré-fabricado não é a solu-ção ideal, então foi utilizado o molda-do in loco mesmo. Podemos citar asestações Jardim Romano, Comenda-dor Ermelino, Vila Clarice e agoraestou trabalhando na Linha 9, na es-tação Ceasa, Estação Villa Lobos eEstação Cidade Universitária. O tra-balho inclui passarelas sobre a linha,algumas reformas de estação, salasde apoio, enfim, é um volume grande.

Como vão as obras industriaishoje?

Estamos com a reforma de um gal-pão, que pegou fogo, da fábrica daSanter. E estamos executando oprojeto de um piperack e edificaçõesde laboratórios em estrutura pré-fa-bricada para a Petrobrás. Alémdisso, temos sido muito chamados afazer a verificação de projetos.

A Petrobrás é um campo para oseu escritório?

A Petrobrás pede um projeto com mui-tas exigências. Já tínhamos feito ou-tros piperacks para a indústria quími-ca, conhecemos bem esse campo, esendo de pré-moldados, não tem pro-blema. Mas, sem dúvida, as especifi-cações da Petrobras são diferentes,pois exigem maior detalhamento noprojeto do que normalmente é pedidopelo mercado, além de diferençastambém na apresentação do projeto.

Alguns desses contratos foramatravés de concorrência?

Sempre existe uma concorrência. Éclaro que, na área de Engenharia,também é comum a indicação decliente para clientes, uma vez que jáconhecem o nosso trabalho, e o escri-tório de projeto não deve ser escolhi-do apenas pelo seu preço. Nós con-corremos porque nos enquadramos,pois temos o acervo técnico exigidopara a realização dessas obras. Obrasde licitação pública, onde as constru-

toras efetivamente entram nessa lici-tação, nos contratam exatamente portermos este acervo técnico. Comoexemplo, as arquibancadas do Autó-dromo de Interlagos, da Empresa Mu-nicipal de Urbanização (Emurb), queexige qualificação para o desenvolvi-mento de projetos.

Não há nada de mais emouvir um outro profissional.

Na Europa, a verificaçãochega a ser obrigatória,

confere segurança equalidade ao usuário.

O mercado é carente deprofissionais especializadosnessa área?

Sem dúvida, a área de pré-moldadosexige uma especialização maior. Masa desvalorização de nosso trabalho ea queda de preços afastou por muitotempo o interesse dos profissionaispela área de cálculo. O boom queocorreu entre o ano passado e o ante-rior fez ressurgir nos jovens profissio-nais o interesse pelo projeto, e nesseperíodo, chegou a faltar tudo, até pro-jetista. Também teve um outro lado,com muita gente sem boa formaçãoque acabou entrando no mercado, oque acaba gerando projetos de baixaqualidade e por isso começaram asurgir muitos trabalhos na área de ve-rificação de projeto. Temos sido muitoprocurados para esse tipo de traba-lho, pois um projeto ruim pode gerarmuitos problemas depois no canteiro,por isso as empresas optam por umtrabalho de verificação.

Isso representa uma queda dequalidade do mercado?

Não há nada de mais em ouvir umoutro profissional. Na Europa, a verifi-cação chega a ser obrigatória, confe-re segurança e qualidade ao usuário.Não falo somente em termos de aci-dentes, mas de se evitar patologiasque levam a retrabalho e custo, pe-quenos detalhes de flecha ou de fis-suras que vão se refletir no desempe-nho da estrutura e nem sempre é porculpa dos profissionais. Há casos emque a construtora recebe um projetosem procedência e ela precisa anali-sar a sua viabilidade. Isso tem aconte-cido em diversos segmentos, residen-ciais, comerciais, hotéis, indústrias. Aprocura por verificação tem crescido.

TQSNEWS

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Carlos Melo & Associados, Plantas e cortes

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Através da verificação ocorretambém uma seleção natural?

Através da verificação, vai ocorreruma seleção natural do mercado, mastambém vai acontecer um aperfeiçoa-mento natural, um incentivo aos pro-fissionais para se especializarem. Amelhora do mercado é um incentivoaos novos profissionais. Infelizmente,a crise modificou um pouco o cenárioe alguns escritórios voltaram a demitir.Eu preferiria que houvesse um cresci-mento sustentável, menor e constan-te, para permitir a evolução gradualdos profissionais e dos escritórios.

Essa renovação tem acontecido,então?

Hoje eu sou um profissional jovem domercado, principalmente se pensar-mos em projetos de ponta. Fico felizpor estar atuando ao lado de concor-rentes de muita experiência e depeso técnico, e, para isso, destaco aminha formação, a atuação no escri-tório do professor França e também omeu arrojo pessoal, de montar umnegócio num segmento tão especiali-zado como o dos pré-moldados.

Mas para montar um escritório, nãobasta apenas ter conhecimento técni-co. É preciso também correr atrás dosclientes. Geralmente este não é o per-fil de um projetista calculista, e acredi-to que tenho um pouco desse lado.Mesmo assim, muitos reclamam,acham que somos inflexíveis demaisna parte comercial. Ainda guardo acultura do cálculo exato, do pão-pão,queijo-queijo, mas é muito difícil man-ter um escritório, ter funcionário apagar, impostos, custos, e é precisoter um lado empresarial bem agressi-vo para sobreviver no mercado.

Que ferramentas informatizadassão usadas no seu escritório?

Durante muito tempo, não havia inte-resse em desenvolver softwares paraessa área, dos projetos em pré-mol-dados, pois trata-se de algo muitoespecífico. Existem programas es-trangeiros, mas é algo muito caro, in-viável para a nossa realidade. Muitosescritórios acabaram desenvolvendoprogramas com suas rotinas, o quetambém não servia para outros usuá-rios. Só era possível fazer manual-

mente, utilizando no máximo o pro-grama de Pórticos e planilhas emExcel. Assim, comecei a desenvolverjunto com a TQS um software paraprojeto de cálculo com pré-molda-dos. O desenvolvimento levou umano e agora estamos implantando osistema no escritório. Hoje nós jáconseguimos calcular um projeto in-teiramente com o software. Eu achoque agora o programa da TQS vai su-prir essa necessidade do mercado,não somente nossa, e vai permitir umgrande ganho de produtividade.

Trata-se de algo genéricoque pode ser implantado em

outros escritórios. Oimportante é que permitirá a

automação de váriosprocedimentos, aumentando

a produtividade.

O sistema poderá ser utilizadopor outros escritórios também?

Sem dúvida. Eu não acredito nessahistória de esconder o conhecimento,pois ele precisa ser difundido. Jápensava assim quando participei dolivro da Munte e agora no software daTQS. Trata-se de algo genérico quepode ser implantado em outros escri-tórios. O importante é que permitirá aautomação de vários procedimentos,aumentando a produtividade. E isso éfundamental para os escritórios, pois,com a crise no mercado, os preçostambém caíram. Então trata-se demais uma evolução e acho que todosque quiserem podem aproveitá-la.

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Carlos Melo & Associados, Modelo no Revit

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O programa TQS Steel tem comoobjetivo colocar à disposição dosusuários do Sistema CAD/TQS umaferramenta que lhes permita verificarperfis metálicos adotados em seusmodelos estruturais de edifícios deconcreto armado, segundo as nor-mas brasileiras NBR 8800:Abr/2006e NBR 14761:2001.

Esse programa, distribuído exclusi-vamente pela TQS InformáticaLtda., é parte do Sistema Mix® e uti-liza rotinas de verificação de perfismetálicos desenvolvidos pela Stabi-le Engenharia Ltda.

A seguir, apresentamos, de forma su-cinta, como se realiza a verificaçãode perfis metálicos lançados noCAD/TQS® através do programa TQSSteel®. Basicamente, esse processoenvolverá as seguintes etapas:

1. Lançamento dos elementos ecargas da estrutura através doModelador Estrutural do CAD/TQS®

Figura 1. Lançamento estrutural noCAD/TQS®

2. Processamento global daestrutura no CAD/TQS®

Este processamento cria o arquivo como modelo estrutural do edifício (*.POR).

Figura 2. Resultados iniciais no CAD/TQS®

3. Importação do modelo geradono CAD/TQS® para o TQS Steel®

No programa TQS Steel®, existeuma opção que possibilita a leiturade modelos gerados no CAD/TQS®.Através dessa opção, o modelo es-trutural híbrido (concreto-aço) e osdiversos casos de carregamentos

nele atuantes, já definidos noCAD/TQS®, podem ser importados.

Figura 3. Modelo estrutural

4. Análise do modelo estrutural

Com a execução do comando ANÁ-LISE do programa TQS Steel®, osdeslocamentos e os esforços solici-tantes para os diferentes casos decarregamentos e suas combinaçõessão calculados. Nesse processo deanálise, pode-se considerar a não-linearidade geométrica.

Figura 4. Resultados no TQS Steel®

5. Definição dos grupos deelementos estruturais

A verificação dos perfis metálicos érealizada por grupo de elementosestruturais.

Um elemento estrutural tantopode ser constituído por uma barrado modelo como por uma sériedelas conectadas uma a uma porseus nós extremos. Um grupo deelementos estruturais é um con-junto de elementos estruturais commesmas seções transversais. Porexemplo, um pilar de um pórticopode ser considerado como um ele-mento estrutural e os vários pilaresdo mesmo pórtico como um grupo.

Figura 5. Grupo de elementos estruturais

Nesta etapa, as barras da estruturaque constituem cada elemento es-trutural devem ser apontadas. Alémdas barras, o tipo de aço, o perfilmetálico e os parâmetros de cálcu-los dos grupos de elementos estru-turais devem ser definidos.

Os parâmetros de cálculo Kx, Ky, Lx,Ly, Cb, Lb, Cmx e Cmy de cadagrupo de elementos estruturais sãoespecificados através da entidadedenominada de categoria, que é umconjunto desses parâmetros previa-mente definidos e armazenadosnum banco de dados pelo usuário.

Figura 6. Exemplo de categorias

Uma vez definida uma categoria, osvalores dos seus parâmetros Kx, Ky,Lx, Ly, Cb, Lb, Cmx e Cmy podem seratribuídos a diversos grupos de ele-mentos estruturais simplesmente re-ferenciando-se ao título a ela associa-da. Na figura 6, são mostrados algunsexemplos fictícios de categorias.

Para modelos importados doCAD/TQS®, a maneira mais rápida eeficiente de se gerar os diversos gru-pos de elementos estruturais é atra-vés dos tipos de seções transver-sais. Para tal, existe uma opção noprograma TQS Steel®, cujo aciona-mento implicará no reconhecimentodos tipos de seções transversais domodelo correspondentes aos perfismetálicos e na geração automáticado grupo de elemento estrutural as-sociado a cada um deles.

6. Verificação dos perfis

Figura 7. Verificação de perfis deelementos estruturais

Para a verificação dos perfis metáli-cos dos grupos de elementos estru-turais, os esforços solicitantes nas

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barras dos elementos estruturaisdevem ser selecionados dentre osobtidos na análise da estrutura paraos diferentes casos de carregamen-tos e suas combinações.

Se os resultados da verificação nãoforem satisfatórios, o usuário pode-rá modificar o perfil metálico detodas as barras de um grupo ou detodas as barras de um elemento es-trutural ou, ainda, de apenas algu-mas barras e repetir o processo. Fi-nalmente, os dados da estruturacorrente podem ser atualizados au-tomaticamente, considerando-se osnovos perfis, e uma nova análise domodelo realizada.

Figura 8. Calculadora de perfis metálicos

Quando necessárias, as modificaçõesdos perfis são executadas a partir deuma calculadora de perfis. Ao ser ati-vada, essa calculadora apresentarános seus campos os seguintes dadoscorrespondentes ao grupo, elementoou barra selecionada: perfil metálico eseu tipo de aço; os esforços solicitan-tes mais desfavoráveis para o dimen-sionamento da peça; os parâmetrosde cálculo do elemento estrutural. Al-terando o perfil atual e acionando aopção de cálculo, repetidamente, ousuário poderá encontrar o perfil mais

eficiente a ser adotado. Com o fecha-mento da calculadora, o último perfilatual será automaticamente atribuídoàs barras do grupo ou do elementoestrutural selecionado, dependendoda opção ativa quando do aciona-mento da calculadora.

As rotinas para verificação de perfis ea calculadora de perfis utilizada peloprograma TQS Steel® foram criadaspela Stabile Engenharia Ltda.

7. Apresentação dos resultados

Figura 9. Taxas de trabalho por elementoestrutural

Após o processo de verificação, astaxas de trabalho (relação entre asolicitação e a resistência de cálcu-lo) são listadas por: grupo de ele-mentos estruturais, elemento estru-tural ou barra. O sistema também re-presenta as taxas de trabalho grafi-camente através de cores (figura 9).

Além disso, o sistema ainda forne-ce uma memória de cálculo conten-do o formulário utilizado na verifica-ção do perfil da barra selecionadapelo usuário.

Figura 10. Memória de cálculo

8. Exportação das alterações deperfis para o TQS

As alterações dos perfis metálicos,realizadas durante o processo de di-mensionamento, podem ser repassa-das ao Sistema CAD/TQS®. Acionan-do-se uma opção, o TQS Steel® gra-vará um arquivo com todas as modi-ficações realizadas na definição dosperfis metálicos do modelo. Este ar-quivo será utilizado pelo CAD/TQS®

para atualização do Modelador Estru-tural e demais dados do projeto.

Atualmente, o sistema TQS Steel®trabalha apenas com perfis metáli-cos, não sendo possível a utilizaçãopara perfis mistos metálica-concre-to, mas futuramente pretendemosatender também esse tipo de seção.

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Para maiores informações, acesse: Comerciais: http://tqs.com.br/index.php/noticias/686Vídeos: http://tqs.com.br/index.php/videos-demonstrativos/720-tqs-steel

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Cálculo Estrutural

Olá,

Sou Engenheiro Civil recém formado, formei-me em BeloHorizonte e tenho a seguinte dúvida: Como posso pre-parar-me (se é que existe alguma forma para isso) paraingressar na área de cálculo estrutural?

Somente no QI?

Atenciosamente,

Eng. Rodrigo Castro, Belo Horizonte, MG

Caro Rodrigo Castro,

Seja bem vindo ao Universo dos Calculistas!

Vamos ver se poderei ajudá-lo!

Inicialmente lhe sugeriria que assinasse sua mensagem comnome completo, cidade e, no seu caso, telefone e e-mailpara contato. Se observar as mensagens desta comunida-de, todos assinam. Isso confere profissionalismo à pessoa eao grupo. No seu caso, propiciaria que algum escritório queesteja necessitando de recém-formado o contate...

Quanto a preparar-se... Penso que a maneira mais eficazé buscar um estágio ou um trabalho num escritório de cál-culo estrutural ou com um profissional do ramo, para pas-sar a conviver no meio e ir assimilando a especialidade.Como fazer isso da melhor maneira? Vamos ver:1. Tenha certeza de que essa é a sua vocação! Aprecie

construções arrojadas... Visite-as! Procure saberquem é o calculista. Pergunte sobre o projeto, sobre atécnica, converse com o mestre de obras, pesquise...envolva-se... apaixone-se pelo tema!

2. Estude a biografia de grandes expoentes nessa espe-cialidade. Procure conhecer e saber a história de quemcalculou e calcula para Oscar Niemayer. Quem calcu-lou a Ponte Rio-Niterói, a Usina Nuclear de Angra dosReis, grandes pontes e viadutos, edifícios de desta-que... (você os encontrará nas comunidades Yahoo).

3. Separe, compile e reestude todo o material de facul-dade pertinente ao assunto, desde resistência dosmateriais. Tenha-os organizados e à mão.

4. Comece a investir numa boa biblioteca. Desde o pue-ril mas soberbo “Concreto Armado Eu te Amo”, até napossibilidade de ter uma coleção completa do Guerrin(se possível capa dura, comprado num sebo, comnome de algum calculista de destaque assinado)

5. Trace um projeto de vida profissional. Tenha a humil-dade de “começar do zero”, mas tenha metas, objeti-vos pessoais e profissionais para 3, 5, 10, 20 anos.Veja-se hoje como um estagiário, mas projete-se em15/20 anos como líder de uma equipe (ou seu próprionegócio) projetando grandes empreendimentos! Issofará com que sempre mantenha o foco e transpasseas pequenas adversidades!

6. Não questione “se é que existe alguma forma para isso”.Ela existe e é a mais elementar possível, como descreviacima! A forma é: Vocação e Determinação! Isso depen-de tão somente de você e de ninguém mais! Você é quetem de saber o que quer da vida e que esforço pessoalestá disposto a despender para conquistá-lo! Ninguémvai fazer a lição de casa por você na sua vida profissio-nal! Creio que essa fórmula é universal! Vale para tudona vida. Agora... se tem em mente uma “fórmula” parasimplificar a entrada nessa especialidade e facilitar a as-censão profissional...começa equivocado!

7. Se sua referencia à QI é o popular “Quem Indique”,está também equivocado! Ser Calculista é uma espe-cialidade que exige competência! Você será reconhe-cido como bom profissional por sua capacidade téc-nica, conhecimento, dedicação e caráter. Não conhe-ço nenhum calculista sério e competente que tenhaprecisado de “apadrinhamento”, assim como não co-nheço nenhum calculista “apadrinhado” que tenharompido a barreira da mediocridade.

Abraços e seja bem vindo! Precisamos de bons calculistas.

Eng. Afonso Pires Archilla - Etapa Engenharia, Sorocaba, SP

Nesta seção, são publicadas mensagens que se destacaram nos grupos Comunidade TQS e Calculistas-Ba ao longo dos últimos meses.

Para efetuar sua inscrição e fazer parte dos grupos,basta acessar http://br.groups.yahoo.com/, criar um ID noYahoo, utilizar o mecanismo de busca com as palavras“Calculistas-ba” e “ComunidadeTQS” solicitando suainscrição nos mesmos.

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Lajes Steel Deck

Olá a todos,

Recentemente fui contratado para fazer o projeto estrutu-ral de uma edificação térrea com área de mais de 500 m2

para uma empresa. Mas uma das lajes da edificação temum vão livre de 14 m x 14 m. Conversando com um dosengenheiros responsáveis pela divisão de obras da empre-sa, este me informou que eles estavam usando lajes steeldeck. Infelizmente não disponho de muitas informaçõessobre esse tipo de laje. Gostaria de saber dos colegas quejá têm experiência em projeto desse tipo de laje sobre suasindicações e solicitar sugestões de literatura a respeito.

Desde já agradeço a atenção e ajuda.

Eng. Nelson Codato de Deus Lima - Infinity Engenharia,Maringá, PR

Nelson; Bom dia!

A METFORM já indicada pelo amigo Godart, é uma dasmelhores fontes de consulta e fornecimento para estetipo de laje.

Vale lembrar que você não conseguirá vencer este panode forma bi-direcional. Precisará subdividir este pano empanos de (14,0 x X,0). Sendo X algo entre 1,5 e 3,0 m.

Sendo membro da comunidade TQS, imagino que vocêtenha o software da mesma. Assim sendo, você tem umexcelente “brinquedinho” para verificar diversas possibi-lidades estruturais.

Acredito que consiga boas soluções estruturais (menorcusto x prazo de execução) fazendo uso de lajes nervu-radas. Faça alguns modelos no software e avalie os con-sumos, deformações e esforços.

Se a solução pede agilidade de execução, e grandesáreas sem escoramento, aí sim, a solução recairia numasteel-deck.

É uma ótima solução estrutural, mas na maioria dasvezes o cliente não quer pagar por ela.

É a minha humilde opinião.

Boa sorte e sucesso no seu trabalho.

Eng. Sandro Colonese, Macaé, RJ

Prezado Nelson,

Sem querer complicar mais o assunto, e entendendoque se pretende vencer os 14 m com subdivisões cria-das por vigas intermediárias, alguns aspectos devem serconsiderados no cálculo da estrutura:

1. Lajes tipo steel deck para vencer os 3,5 m citados (4partes iguais) têm altura de 15cm (7,5+7,5) o que podeser um limitante arquitetônico. Uma laje pré-moldadacom EPS ou similar pode vencer este vão com altura umpouco menor (5+7?) e mantendo a vantagem de se evi-tar escoramentos, formas, etc.

Mas cuidado, pois a laje no ELU (situação final) podevencer o vão, mas para a carga durante a montagempode precisar sim de escoramentos provisórios (sugere-se consultar o fabricante).

2. Em se optando pelo steel deck, pode-se aproveitar

a forma metálica para travar as vigas à flambagem la-teral, por meio de ponteamento de solda. Mas trava-mentos provisórios para a montagem, antes da curada laje, também são bem vindos (note que você terávigas de 14 m de vão, de altura razoável e que podemter problemas durante a montagem em função deeventuais cargas excêntricas. Por exemplo, se optarpor pré-lajes, imagine se o apoio das placas não for si-métrico na viga...)

3. Ao calcular os conectores do sistema misto, atenteaos parâmetros Rg e Rp (anexo O da NBR8800:2008),em especial no caso em que se deve verificar se o co-nector é soldado diretamente na aba do perfil ou na laje!

4. Para steel deck, veja mais informações no anexo Q daNBR8800:2008.

Atenciosamente,

Eng. Jairo Fruchtengarten, São Paulo, SP

Caro Nelson,

Outra alternativa pode ser uma laje alveolar de 25 cmde altura mais capa de 5 ou 6 cm. Para vão de 14 mbi-apoiada, ela resiste a 500 kg/m2 de sobrecargaacima da capa. Com continuidade nas duas extremi-dades, uma laje alveolar de 20cm também resiste àmesma sobrecarga.

Abraços,

Eng. Eduardo Barros Millen - Zamarion e MillenConsultores, São Paulo - SP

Saiba mais:

http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/27683

http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/27685

http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/27686

http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/27693

http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/27695

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Torção em Vigas

Caros colegas,

A modelagem, esse artifício que fazemos para buscar demaneira digital o funcionamento puramente analógico dasestruturas, tem uma série de defeitos, uns maiores e outrosmenores. Antigamente avaliavam-se os esforços nas lajesconsiderando os apoios indeslocáveis e isso é uma apro-ximação que só chega perto da realidade se a estrutura formuito bem pré-dimensionada, senão fica a quilômetros.Agora, com essas máquinas maravilhosas pode-se mode-lar de várias formas muito mais realistas que as antigas.

Todo mundo que trabalha com estrutura deve saberdisso e também que, por mais que bem elaborado queseja o método de modelagem e análise, não é mais queum sofisticado processo em busca da verdade.

Vamos a um caso interessante: modela-se no TQS umaestrutura em grelha e as lajes são imaginadas como umamalha de vigas funcionando em conjunto. Acontece queaparecem barras (trechos), dessas vigas muito perto deapoios (pilares). Aí, devido à grande rigidez daquele local,a viga recusa-se a torcer e o momento torçor dispara, astensões combinadas de torção e cortante ficam maioresque o permitido por norma e o TQS inteligentemente,diga-se de passagem, inventa uma bitola 50 mm e trepauma tarja vermelha, (colocada a pedido), indicando quetem algo muito errado com a viga. A seguir, um desenhomostrando o trecho de uma grelha como exemplo disso:

Acontece que aquela barra juntinha do apoio não exis-te, é tudo contínuo e o modelo peca feio: aquele picode torçor não acontece e se mudarmos o espaçamen-to da malha da grelha os novos resultados serão muitodiferentes.

Gostaria que os colegas, principalmente os da TQS,mostrassem com tratam, na prática, esse tipo específicode problema.

Abraços

Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA

Caro Palmeira

Caros Amigos da Comunidade TQS

O assunto levantado pelo Palmeira é vasto e muito im-portante.

Vamos tentar dividir em duas partes: 1. Critérios sobreas considerações sobre torção e 2. Critérios sobre ageração modelos de lajes planas/convencionais porgrelha.

1. Critérios sobre as considerações sobre torção

O item 14 da NBR6118 estabelece que, em análises es-truturais por modelos de pórtico e grelha, deve-se con-siderar no mínimo 15% da inércia integral a torção.

Para explicar esse item da norma, devo fazer um relatopessoal, como observador atento do decorrer dos acon-tecimentos.

Era “praxe” em análises de modelos de pavimentos con-vencionais de concreto armado desprezar-se a inércia atorção de vigas, porque a rigidez torsional de vigas depequena espessura, em geral, é pequena. Seguindo estasistemática, até a versão 10 dos sistemas a opção de-fault dos sistemas era de desprezar a inércia a torção emvigas em modelos de grelha e pórtico espacial, deixan-do como opção ao usuário escolher “lucidamente” asvigas que estariam submetidas a esforços de torção eligar/declarar no modelador estrutural que estas vigasdeveriam ter as inércias à torção consideradas.

Durante anos, quando tinha contato com um grande enge-nheiro que fez parte da comissão de revisão da norma, de-vido às experiências passadas em análises de situaçõesreais de patologias originadas por sistemas estruturaisonde surgiram fissuras por torção, ele sempre demonstroupreocupação em relação à necessidade de se considerarum mínimo da rigidez torsional nas análises estruturais –sendo que este mínimo deveria representar a rigidez a tor-ção para seções já no estádio II, ou seja, já uma inércia fis-surada, daí surgiu os 15% do item 14 da NBR6118.

O objetivo deste item é de se evitar que engenheiros de-satentos elaborassem modelos equivocados, despre-zando a inércia a torção em situações que são importan-tes, tais como:- Vigas curvas (lembra, Palmeira, do projeto elaborado

antes da NBR6118:2003 que você me questionou queestava cheio de vigas curvas desequilibradas?)

- Marquises formadas por lajes engastadas em vigasentre pilares;

- Vigas engastadas em outras vigas;- Vigas de borda de sacadas, engastadas em outras

vigas, gerando torção nas vigas de apoio, mesmo nafase escorada da obra;

- Vigas de grandes vãos apoiando engastadas em outrasvigas;

- Viga entre lajes em desnível.

Já observei, em várias situações reais, fissuras origina-das por torção nas situações citadas.

Para se ter idéia de que os engastes de vigas de bordade lajes em balanço, já observei também fissuras em pi-lares que recebiam vigas engastadas de grande altura.

Voltando ao relato, com o tempo, passei a observar queos usuários dos sistemas TQS, em geral, não “atentam”às corretas considerações sobre os pontos chaves daestrutura onde ocorre torção.

Quando foi lançada a versão 11, que atendia as prescri-ções da NBR6118, optou-se em considerar a torção mí-nima de 15% como default em vigas nos modelos degrelha e pórtico. Porém, continuamos a ter toda a liber-dade de analisar os resultados e “lucidamente” escolhera rigidez a torção ideal em cada viga.

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Vamos rever os recursos do sistema dedicados ao con-trole de torção disponíveis no CAD/TQS:

Dentro do Modelador, nos dados de cada viga, item Mo-delo, podemos escolher:

Trabalha predominantemente à torção= NÃO:

Se escolhermos não, o sistema adota o divisor de torçãodefinido nos critérios de grelha e pórtico, sendo a opçãodefault 6,67 (1/6.67=0,15).

Trabalha predominantemente à torção=SIM:

Se escolhermos sim, o programa lê o divisor de torçãodefinido no modelo e se for 0, adota o definido nos cri-térios de grelha e pórtico.

Vejamos as opções de critérios para controle de rigidezde vigas de pórtico:

Reparem que o divisor/redutor de inércia à torção paravigas sem predominância de torção neste projeto é 20.No caso, lucidamente, depois de alguns processamen-tos, escolhi no modelador as vigas com predominânciade torção e lá defini os redutores/divisores de torçãopara cada uma delas, sendo que, em alguns casos, omotivo seja o equilíbrio e em outros casos, compatibili-zação de esforços entre os elementos estruturais.

Para as vigas sem predominância de torção, podemosainda, dentro do Modelador, ativar a verificação de capa-cidade plástica no detalhamento de cada trecho de viga:

Os esforços de torção são transferidos ao CAD/Vigasnos arquivos TEV, em uma envoltória de máximos e mí-nimos, e, para evitar que pequenos resíduos de esfor-ços, comuns em modelos com qualquer rigidez à tor-ção, ativem o detalhamento de torção, ainda temos umimportante recurso no dimensionamento de vigas, quepermite desprezar pequenos percentuais de TRd2, deno-minado Limite mínimo de momento de torção, para ati-var a consideração de torção no dimensionamento.Este critério de projeto esta no menu Cisalhamento/tor-ção no item:

O grande legado deixado pela introdução daNBR6118:2003 no nosso dia a dia foi alcançado. Atual-mente projetamos com uma qualidade muito melhor,com modelos muito mais refinados, e hoje, em 2009 (sé-culo 21), passados 6 anos desde então, já deveríamosestar dominando melhor os conceitos, principalmente detorção, um tanto desprezado até então, mas nunca étarde... E devemos estar sempre procurando desenvol-ver a nossa intuição sobre o comportamento estrutural ea capacidade de interpretação sobre o “funcionamento”a torção de nossas estruturas.

Os sistemas CAD/TQS são apenas excelentes (e aber-tas) ferramentas de projeto, mas nós, como projetistas(esqueçam que sou da equipe da TQS), devemos sem-pre comandar os sistemas computacionais e os siste-mas estruturais que estamos projetando (com eles).

Não é admissível, em pleno século 21, um engenhei-ro estrutural não conhecer plenamente as suas ferra-mentas de projeto, sejam elas softwares de CAD,calculadoras, planilhas ou sistemas integrados.

Dicas para avaliação de esforços de torção:

Realizem análises de grelha e pórtico e avaliem os esfor-ços de torção.

Para avaliar as rigidezes efetivas a torção, a análisenão-linear de grelha (GNL) é a ferramenta mais apropria-da. A partir das inércias obtidas no GNL, podemos de-finir no modelador estrutural redutores de inércia à tor-ção coerentes.

Quando a torção for de equilíbrio, se desprezarmos a ri-gidez à torção, ocorrerão bons deslocamentos nas re-giões e também pode até ocorrer hipostaticidade nosmodelos, principalmente quando utilizamos análisesnão lineares.

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2. Critérios sobre a geração modelos de lajes planas/convencionais por grelha

Os comentários do eng. Palmeira sobre a proximidadede barras de laje aos contornos (vigas e apoios) são bas-tante pertinentes.

Agora vamos revisar alguns critérios de geração de mo-delos de grelha de lajes planas que podem nos auxiliarna formação de bons modelos:

No item distância mínima de barras a contorno, assim,podemos evitar barras muito próximas a vigas e dentrode pilares pequenos.

Este critério deve ajudar na dúvida do Eng. Palmeira,onde deve-se adotar uma distância um pouco maior quemeia espessura das vigas.

Em lajes convencionais, evitem também espaçamentosentre barras muito pequenos, sendo que utilizo em pavi-mentos convencionais 40cm. Assim, tento evitar picosde cortante e torção nas proximidades dos apoios.

Apenas na hora de avaliar punção em lajes planas, façoum modelo à parte com espaçamentos menores, paraanalisar melhor as tensões de punção, obtidas a partirdas cortantes nas barras dos modelos de grelha.

No item apoios, quase sempre é ideal a utilização deapoios elásticos independentes para vigas e lajes. Paraos apoios de barras de laje, temos ainda uma limitaçãode profundidade de apoio, para evitar que barras queisoladamente se apoiam em pilares de muita rigidez ab-sorvam esforços “elásticos” exagerados.

No item malha temos os critérios BÁSICOS mais importan-tes para uma boa geração de modelo de grelha, que são

a definição do espaçamento entre barras e de uma boaORIGEM DA MALHA DE BARRAS DE LAJE:

Escolham sempre uma origem que proporcione uma boamalha. Façam testes, defasando a origem em φ espaça-mento, para ver se a malha gerada passa por pontos in-teressantes, sempre procurando evitar grande proximi-dade de barras aos contornos.

Bom, por hoje é só. Um abraço a todos,

Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva - Suporte técnico TQS,São Paulo, SP

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Redução de Cargas Acidentais em Edifícios

Uma colega, residente na bela Aracaju, questiona se asáreas destinadas a garagens, que hoje ocupam andaresinteiros, devem ou não devem ser classificadas comoáreas destinadas a depósitos, para efeito da redução decargas acidentais prevista na NBR 6120:1980, 2.2.1.8,no cálculo de pilares e fundações.

Para tornar mais clara a pergunta, transcrevo o que ditao citado item da NBR 6120:

“No cálculo dos pilares e das fundações de edifíciospara escritórios, residências e casas comerciais nãodestinados a depósitos, as cargas acidentais podemser reduzidas de acordo com os valores indicados na Ta-bela 4”. (o grifo é meu)

O que está pois por trás da pergunta é, na prática, o se-guinte: se área de garagem não é depósito, posso fazer

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a redução de sobrecarga; mas se, ao contrário, é classi-ficada como área de depósito, não posso fazer a redu-ção prevista na NBR 6120.

Uma leitura ao pé-da-letra do texto normativo não inclui-rá as áreas destinadas a garagens entre as áreas “desti-nadas a depósitos”, já que a própria NBR 6120 trata di-ferenciadamente na Tabela 2 os “Depósitos” das “Gara-gens e Estacionamentos” e o projeto arquitetônico cos-tuma identificar, separadamente, as áreas de Garagensdas áreas de Depósitos. Portanto, é lícito entender quese a Norma diferencia, explicitamente, as Garagens dosDepósitos na Tab. 2, mas não exclui as garagens, e simapenas os depósitos da redução do item 2.2.1.8, é por-que faz isso deliberadamente e não por esquecimentoou omissão.

Salvo se nós - no uso de nossa autonomia em decisõesa favor da segurança - identificarmos entre as áreas degaragens e de depósitos semelhanças irmãs entre suascaracterísticas de uso e sobrecargas, que aconselhemexcluir também as garagens das reduções de sobrecar-gas, no cálculo de pilares e fundações.

Diria, sem receio de errar, que as garagens são de fatodepósitos de veículos, pois os mesmos lá permanecem,geralmente, por longo período de tempo; que as sobre-cargas de garagens (3 kN/m2), representam o peso dosveículos armazenados e têm as mesmas característicasdas sobrecargas dos depósitos.

Portanto, a resposta objetiva à pergunta é que as áreasdestinadas a garagens, para efeito da redução de cargasacidentais prevista na NBR 6120, devem ser entendidascomo áreas destinadas a depósitos, não cabendo poisessa redução de cargas nas mesmas.

Abraços,

Eng. Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA

A colega de Aracaju tinha mais uma pergunta:

A NBR 6120, pela sua Tabela 4, permite reduzir, no cál-culo de pilares e fundações, 60% das cargas acidentaisaté o 6º piso - contado de cima para baixo (incluindo,nessa contagem, a cobertura). Isso quer dizer que, emum edifício de 20 andares, do 1º até o 15º, pode-se apli-car apenas 40% das cargas variáveis. Em que se baseiaa Norma para permitir essa grande redução?

Vamos à resposta:

Como a NBR 6120 não oferece nenhum esclarecimentoa respeito, a resposta a essa pergunta será intuitiva.

O cálculo dos esforços nos diversos elementos de umamesma estrutura pressupõe que sua probabilidade deocorrência é a mesma, independentemente de ser pilar,viga ou laje. Realmente, os coeficientes de segurança (γf)da Norma são sempre de mesmo valor, indistintamente,para lajes, vigas ou pilares. Acontece porém que a grande-

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za da força normal (N) nos pilares, em um dado andar, de-pende do carregamento nos vários pisos que lhe ficamacima, enquanto que a grandeza dos esforços (M e V), naslajes e vigas, só dependem, praticamente, do carregamen-to no seu respectivo andar (se omitir a ação do vento).

Dito isso, é intuitivo constatar que a probabilidade de acarga variável atuar com seu valor característico, simul-taneamente, em todos os pisos que carregam um pilar, émenor do que a probabilidade de ter essa carga atuan-do em apenas um piso. (Elementar, meu caro Watson!).Logo, só teremos a mesma probabilidade nessas duassituações, se, ao considerar diversos pisos carregados,simultaneamente, para cálculo de N, adotarmos a cargavariável com valor menor do que o característico.

Portanto, bem pode ser essa a razão da redução preconi-zada na NBR 6120 para as cargas variáveis, no cálculo depilares e fundações, e esta é a minha resposta à pergunta.

Devo frisar, porém, que os pilares não são solicitadosapenas por força normal (N), mas também por momentosfletores. Estes, ao contrário da força normal, dependemapenas, praticamente, das cargas atuantes no andar, nãose deixando influenciar tão fortemente, como acontececom N, pelos carregamentos nos pisos acima. Portanto,o procedimento da NBR 6120 de fazer a redução naspróprias cargas variáveis do andar não é próprio, poisassim ficam reduzidos simultaneamente todos os esfor-ços, N e M. Correto seria aplicar as cargas variáveis comseu valor característico em todos os andares, e fazer a re-dução diretamente nas cargas N, devido às cargas variá-veis. Desse modo, preserva-se o valor integral de M, quesó depende da carga do andar e reduz-se N, que depen-de da carga em todos os andares superiores.

A pergunta classifica a redução de 60% como sendo“grande” e eu também sou da mesma opinião. Exagera-damente grande. Senão vejamos. Reduzir a sobrecargade 60% significa dizer que basta de fato aplicar apenas40% do valor característico da mesma. Ora, 40% da so-brecarga é também, coincidentemente, a parcela quase-permanente da carga variável nos edifícios, segundo aNBR 6118, Tabela 11.2.

Qual o significado físico dessa parcela quase-permanen-te da sobrecarga? É a parcela da sobrecarga represen-tada por móveis, armários, mesas, pias, geladeira, peçassanitárias, etc. que atuam por grande parte da vida daestrutura, como se permanente fossem. Portanto, porexclusão, o peso das pessoas não se inclui como parce-la quase-permanente. Óbvio!

Pelo visto então, em um prédio de 20 andares, como napergunta, por exemplo, os primeiros 15 andares só estãocarregados com carga equivalente à parcela quase-per-manente da sobrecarga. Será que isso quer dizer, que, emum dia normal de serviço no edifício comercial, ou em umahora qualquer da noite em um edifício residencial, não háuma viva alma, ninguém, em 15 dos seus 20 andares, jáque a sobrecarga foi reduzida para 40%?? Se estou sofis-mando, alguém estará exagerando: ou nos 40% da quase-permanente ou nos 40% da carga reduzida para os pilares.

Essa inconsistência ainda fica maior quando considera-mos a combinação de sobrecarga com vento, e reduzi-mos a sobrecarga para 70%. Se a mesma já estiver redu-zida para 40%, teremos, nessa combinação: 0,7 x 0,4 =

0,28. Só restam agora 28% do valor característico da so-brecarga! Abaixo da parcela quase-permanente!!

Abraços,

Eng. Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA

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NBR 6118 17.2.4.3.2 Verificação Simplificada

Prezados colegas,

Eu estava verificando a segurança em vazio de uma vigaprotendida (cordoalhas aderentes) e surgiu-me a seguin-te dúvida: o item b do parágrafo transcrito abaixo signifi-ca o limite da tração para a viga não precisar ser armadaou é o limite extremo de tração para a viga ser armada?

Pergunto isso pelo simples fato de que uma tensão a partirde 3 MPa, por este item, obriga-nos a exigir um fckj no mo-mento da protensão superior a 24 MPa o que implica emtempo de maturação da peça sobre a pista de protensão.Todos sabem que, às vezes, é difícil conseguir tensões bai-xas na extremidade da peça protendida no processo de pré-tensão, mesmo isolando-se nas extremidades uma partedas cordoalhas. A limitação da tensão no cálculo de arma-dura adicional indicada no item c já não seria o suficiente?

17.2.4.3.2 Verificação simplificada

Admite-se que a segurança em relação ao estado li-mite último no ato de protensão seja verificada no es-tádio I (concreto não fissurado e comportamentoelástico linear dos materiais), desde que as seguintescondições sejam satisfeitas:a) a tensão máxima de compressão na seção de con-

creto, obtida através das solicitações ponderadasde γp = 1,1 e γf = 1,0 não deve ultrapassar 70% daresistência característica fckj prevista para a idadede aplicação da protensão;

b) a tensão máxima de tração do concreto não deveultrapassar 1,2 vez a resistência à tração fctm cor-respondente ao valor fckj especificado;

c) quando nas seções transversais existirem tensõesde tração, deve haver armadura de tração calcula-da no estádio II. Para efeitos de cálculo, nessa faseda construção, a força nessa armadura pode serconsiderada igual à resultante das tensões de tra-ção no concreto no estádio I.

Antecipadamente grato,

Eng. Paulo Assis, Salvador, BA

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Prezado Paulo,

Eu entendo que essa é a máxima tensão de tração per-mitida, quando se opta pelo processo simplificado.

De qualquer forma, seria interessante você dar uma olha-da no exemplo 2 do Manual Prático para a Correta Utili-zação dos Aços no Concreto Protendido em Obediênciaàs Normas Atualizadas, escrito pelo Prof. Vasconcelosem 1980 para a Cia. Siderúrgica Belgo Mineira.

Apesar do tempo decorrido, os conceitos permanecem.

Atenciosamente,

Eng. Márcio Capetinga - MC Técnica de EngenhariaEstrutural, Belo Horizonte, MG

Prezado Paulo e colegas da Comunidade

Peço desculpas pela demora na resposta. Entendo que,no Ato da Protensão, podemos realizar dois tipos de ve-rificações:I. Verificação simplificada apresentada abaixo.II. Verificação completa dimensionando-se a seção no ELU.

A verificação simplificada, que está reproduzida abaixo,precisa que três condições distintas sejam satisfeitas, si-multaneamente. Se uma delas não for atendida, a verifi-cação simplificada não é válida.

Uma destas condições é a do item b) limite de tração paraa viga. Note então que por este item, ainda dentro do limi-te, a viga pode ou não ter tração. O item b) apenas esta-belece um limite de tração para a verificação simplificada.

O item c) abaixo diz como deve ser calculada a armadu-ra para esta verificação simplificada quando existemtensões de tração na seção. Note que o item b) permiteuma certa tração na seção.

Logo, entendo que o limite do item b) não é o limite paraa viga ser ou não armada. Ela apenas limita as tensõesde tração. Quem vai determinar se a viga é armada ounão é o aparecimento de tração na viga (neste caso a ar-madura é calculada pelo item c).

Então podemos ter o atendimento a estas três condi-ções, nesta verificação simplificada, com a necessidadede armaduras ou não.

A alternativa a esta verificação simplificada é o própriodimensionamento no ELU - Ato da Protensão. É assimque procedemos no sistema de Lajes Protendidas aban-donando esta verificação simplificada.

Saudações,

Eng. Nelson Covas - TQS, São Paulo, SP

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Normas - Seguir ou não seguir?

Caros colegas,

Volta e meia surge uma discussão nos nossos grupossobre normas e, como sou um defensor do seguimen-to das normas, sou acusado de radical. Não sou radi-cal, sou precavido. Afirmo aos colegas mais jovens quejá fui muito contestador de normas só que, durante osmeus 35 anos de formados e 37 de projetos de estru-tura, já vi de tudo. Já tive que resolver problemas deestruturas quase caindo motivados por não cumpri-mento de pequenos detalhes das normas. Já salvei co-legas que desconheciam esses detalhes. E, o maissério ainda, em quantas enrascadas já me meti por nãoter cumprido a norma, por esquecimento, falta de ex-periência ou por não considerar aquela determinaçãouma coisa importante. E o pior disso é que a totalidadedesses problemas aconteceram em obras pequenas,onde se acha sempre que as normas são exageradas.

Graças a Deus nunca tive um problema tão sério queme fizesse algum mal maior, mas já tive problemas quepoderiam ser, se maiores, indefensáveis em juízo. Eestou confessando isso para provar aos colegas quenão me considero infalível, que não sou radical e não

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defendo as normas simplesmente por achá-las acimade qualquer discussão.

Apesar de o “Código de Defesa do Consumidor” terdado às normas força de lei, (e, não se enganem, osjuízes vêem assim), como qualquer lei, elas podemmudar. E como mudam: Comecei a projetar estruturasusando a saudosa NB1-1960, que falava em Sigma-R,flambagem e dimensionava pilar pelo método ômega.Isso hoje é um total absurdo e a norma mudou. Aí medisse um colega: “- Quer dizer que os edifícios calcu-lados pela norma antiga só estão esperando a mudan-ça da norma para cair?!”. Lógico que não é isso, eu di-rigi automóveis anos a fio sem usar cinto de seguran-ça não morri, apesar de ter me envolvido em algunsacidentes. Isso significa que cinto de segurança não énecessário? Claro que não!

As normas mudam. Mas eu, pessoalmente, não meconsidero competente e experiente o suficiente paramudá-las; sou um técnico e considero que as normasdevem ser mudadas por cientistas. As minhas mensa-gens, que parecem radicais, são escritas por causadisso: fico com pena de ver colegas, com muito menoshoras de vôo que eu, querer fazer uma coisa que seiser perigosa. Sei disso, e não tenho vergonha de dizer,por ter sentido na pele quando era mais afoito e maiscorajoso.

O fato é que, quanto mais experiência adquiro, maisconsidero necessário não atravessar as normas.

Abraços fraternais,

Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA

Prezado Palmeira,

Suas colocações, claras e concisas são testemunhoadequado de sua lucidez profissional.

Também creio assim e tão antigo quanto você, porémcom um tanto menos de experiência, peço-lhe licençapara afiançar aos colegas que prudência e caldo de ga-linha, não fazem mal a ninguém.

Atenciosamente,

Eng. Vicente Paula de Queiroz Garcia - Stavel Engenhariade Estruturas, Belo Horizonte, MG

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Ancoragem de vigas com uso de grampos

Caros colegas,

No critério de projeto de vigas (K74), encontramos a expli-cação do uso de grampos para auxiliar na ancoragem dearmaduras com recomendação da NBR 6118 (1980).Onde se encontra esta exigência na antiga NBR 6118, (vá-rias bibliografias nem comentam o uso desses grampos)?

Desde já obrigado.

Eng. Mario Ritter, Chapecó, SC

Prezado Mário e colegas,

O cálculo da ancoragem das armaduras positivas nosapoios extremos de uma viga é, de certa forma, traba-lhoso e com muitos, muitos casos particulares. No pro-grama que dimensiona a flexão positiva do Vigas, diriaque metade das linhas de programação trata exclusiva-mente das ancoragens em apoios extremos.

Temos muitos pontos a analisar nesta ancoragem tais como:- largura do apoio;- diâmetro das barras longitudinais a ancorar;- armadura necessária que deve chegar no apoio para

equilibrar a biela de compressão;- número de camadas das barras;- raio minimo de dobramento das barras;- número de barras longitudinais existentes para a flexão;- cobrimento;- fck;- etc, etc, etc.

Em função dos fatores acima, em alguns casos torna-seimpossível realizar o cálculo da ancoragem das barras lon-gitudinais nos apoios extremos. Vou citar um caso clássico:- O apoio extremo da viga é curto. O diâmetro da barra

longitudinal é grande (φ de 20 mm, por exemplo). Acondição da largura do apoio (descontando o cobri-mento) ser maior do que o valor (raio de dobra + 5.5 φ),item 18.3.2.4.1 da NBR 6118, não pode ser atendida.

Com o impasse acima, temos duas opções. Ou aumen-tamos a armadura longitudinal da viga com barras adi-cionais de menores diâmetros de tal forma que a condi-ção acima possa ser obedecida ou, caso mais aconse-lhável, adicionamos armaduras longitudinais de menoresdiâmetros com dobras no plano horizontal.

Esta solução de dobra na horizontal é a famosa soluçãocom “grampos”. Uma grande vantagem dela é que como grampo em forma de “U” podemos contar para a an-coragem com os dois trechos do “U”. Como a dobra daarmadura é feita na horizontal, fugimos da condição res-tritiva acima descrita (raio de dobra + 5.5 φ). Evidente-mente que esta armadura deve ser disposta de formaconveniente para chegar até o extremo do apoio, fican-do “por fora” dos ferros longitudinais.

Portanto, na verdade, nem a NBR6118:2003 e nem a de1980 fala explicitamente de “grampos”. Eles são umasolução prática, objetiva e necessária para ancoragemdos ferros positivos em certos casos. Esta solução foi aadotada nos sistemas CAD/TQS por ser a mais indica-da no caso.

Estes grampos geram uma certa polêmica, mas eusempre digo que não há condição de se realizar a an-coragem dos ferros positivos, em certos casos, sem autilização de grampos. Outras soluções possíveis ousão muito onerosas ou são impraticáveis do ponto devista técnico.

Já recebi inúmeros pedidos de usuários para retirar dodesenho das vigas estes “grampos” através de critériosde projeto. Sou radicalmente contra essa retirada, pois oprojeto estrutural, neste caso onde o grampo é necessá-rio e imprescindível, não fica correto e fica indefensávelcorrendo sério risco para a sua segurança.

Voltando ao detalhe do programa, resumidamente, o cri-tério que determina a ancoragem com grampos (que re-comendo fortemente) é o K4=1. O critério K74=1 a quevocê se refere é apenas um critério de ancoragem des-tes mesmos ferros positivos de forma muito mais con-servadora. O K74=1 foi introduzido no programa a pedi-do de engenheiros com mais tempo de atuação no mer-cado e que sempre fizeram a ancoragem destas arma-duras com maiores comprimentos. Recomendo oK74=0, critério correto tecnicamente e mais econômico.

Espero ter respondido a sua questão.

Saudações

Eng. Nelson Covas - TQS, São Paulo, SP

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Dúvida tabela 13.2 - limites aceitáveis

Prezados colegas,

Gostaria de saber como o TQS avalia/considera as res-trições de deslocamentos de uma estrutura.

Em particular, como este item se relaciona com todos osvalores impostos pela tabela 13.2 da NBR6118 (limitespara deslocamento) - quais itens e como são considera-dos - uma vez que não há referência explícita na normaa qual combinação de carregamentos (estado limite deutilização) deve ser utilizada.

Eng. Jairo Fruchtengarten, São Paulo, SP

Caros Amigos da Comunidade TQS,

Caro Jairo,

Muito boa a sua questão! Este tema mereceria um cursoespecial.

No seu texto você diz:“Gostaria de saber como o TQS avalia/considera asrestrições de deslocamentos de uma estrutura.”

Vou considerar que RESTRIÇÕES corresponderiam a INDICA-ÇÕES, AVISOS, porque o sistema não deve RESTRINGIR ummodelo, e sim, se possível dar informações sobre a es-trutura projetada, lembrando que no processo de cria-ção do projeto temos etapas onde o projeto ainda nãoestá bem concebido e se o sistema CENSURAR/RESTRINGIRum processamento, não podemos analisar os resultadose evoluir na melhoria da estrutura projetada até conse-guirmos uma estrutura resolvida.

Vamos dividir esta mensagem em duas partes:

1ª Parte: Boas diretrizes de projeto

Em anexo (ver link no final), segue um arquivo com boasdiretrizes de projeto voltadas às análises de comporta-mento global e dos pavimentos. Este arquivo/documen-to talvez seja o mais importante que já tenha enviadopara a Comunidade TQS e espero que todos o conside-rem, porque formam uma boa coletânea de parâmetrosque resultam em estruturas bem projetadas.

2ª Parte: Aplicabilidade do CAD/TQS nas análises decomportamento estrutural

Devemos utilizar bastante as seguintes ferramentas dosistema: 1. Resumo estrutural, 2. Visualizador de avisose erros, 3. Análise global e 4. Análise dos pavimentos.

1. Resumo estrutural

Apresenta, em um primeiro estágio, resultados para:a. estabilidade global;b. parâmetros de instabilidade: São apresentados so-

mente os valores máximos dos coeficientes. Parauma avaliação mais detalhada, devemos consultar orelatório de parâmetros de estabilidade global;

c. análise em serviço – ELS- deslocamentos horizontais- conforto perante a ação do vento – Aceleração con-

forme a NBR6123- flechas nos pavimentos – apresentam os valores má-

ximos e o relatório já indica que as flechas nos pavi-mentos DEVEM ser verificadas de forma mais con-sistente através dos visualizadores de grelha. Nocaso de análise linear, as flechas estão multiplicadaspelo coeficiente definido nos critérios gerais de gre-lha para consideração simplificada da fluência.

- vibrações nos pavimentos - neste relatório a freqüên-cia crítica default de referência (Hz). As vibrações nospavimentos devem ser verificadas de forma mais con-sistente através do visualizador de análise dinâmica.

2. Mensagens e avisos

Apresenta informações extraídas do processamento deestabilidade global

3. Análise global

Relatório de parâmetros de estabilidade global, onde po-demos observar:CTot Somatória de cargas verticais (tf - característico)M1 Momento de 1ª ordem das cargas horizontais (tfm -

característico)Mig Momento de desaprumo por imperfeições globais (tfm-

característico)GamaZ Coeficiente de avaliação da importância dos

esforços de 2ª ordem globais para estruturasreticuladas com pelo menos 4 andares.(1/(1-M2/M1*GamaF/GamaF3))

FAVt Fator de amplificação de esforços horizontais(vento) de 1ª ordem para consideração simplificadade esforços de 2ª ordem.Calculado como GamaZ, mas leva em consideração odeslocamento horizontal das cargas verticais.

MultH Multiplicador de esforços horizontais derivado de FAVtAlfa Parâmetro de instabilidade para estrutura

reticulada simétricaRM2M1 Relação 1+(M2/M1*GamaF/GamaF3) p/cálculo por P-DeltaDeslH Máximo deslocamento horizontal absoluto (cm)Relat1Valor relativo à altura total do edifícioPiso Piso de deslocamento máximo relativoDeslHpMáximo deslocamento horizontal entre pisos (cm)Relat3Valor relativo ao pé-direito do pavimento

3.1. Visualizador de pórtico espacial, ELU e ELS

No visualizador de pórtico ELS, devemos analisar ocomportamento global, principalmente os deslocamen-tos, tanto os verticais quanto horizontais, sendo que osoriginados por ações de vento podem ser analisados nomodelo ELS, por se tratarem de ações de curta duração.

3.2. Visualizador de análise dinâmica

Neste visualizador, podemos observar os modos de vibra-ção naturais da estrutura, sendo que se estivermos anali-sando conforto devido às ações horizontais de vento, os pri-meiros modos de vibração devem provocar movimentaçõesglobais da estrutura, de preferência nas direções X ou Y glo-bais, sendo que o terceiro modo pode ser torsional global.

Abaixo seguem exemplos para grelha e pórtico espacialcom primeiros modos de vibração que são interessantespara as analises globais e nos pavimentos:

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Pórtico espacial:

3.3. Análise dos pavimentos

Devemos sempre analisar o comportamento dos pavi-mentos com modelos discretizados, e levar em conside-ração os deslocamentos do conjunto apoios+vigas+lajes.

Hoje, não é aconselhável a aplicação de qualquer resul-tado obtido por processos simplificados de cálculo delajes e de vigas, por não levar em consideração a defor-mação do conjunto, o que só podemos observar em mo-delos discretizados.

Revisando a questão levantada pelo Jairo, em edifíciosresidenciais e comerciais, os principais limites citados natabela 13.2 são:- Para os pavimentos inferiores, em regiões onde não

temos alvenarias sobre as lajes, deve-se adotar, comodeslocamento limite para flecha total L/250 e para aflecha devida às cargas variáveis L/350.

- Nos pavimentos que recebem alvenarias ou estão sobrealvenarias, deve-se adotar, para a flecha total a longoprazo, o deslocamento limite L/350 e para as deformaçõesdiferidas após a introdução das alvenarias, o limite L/500.

Considera-se como vão teórico o dobro da distânciaentre o ponto de máximo deslocamento da laje e o pontoindeslocável mais próximo.

Vamos utilizar um exemplo muito simples para demonstrarpor que devemos utilizar sempre modelos discretizados:

No exemplo acima, a V2 tem um vão de 784 cm com va-riações de seção entre 19/53 e 19/63.

3.3.1. Visualizador de grelha

Esta é a principal ferramenta de análise dos resulta-dos. No menu Parâmetros de visualização, temos umagrande gama de controles sobre os diagramas apre-sentados. Um exemplo de parâmetro interessante,que foi implementado na V12, assinalado na figura aseguir, permite a visualização do máximo desloca-mento por laje:

3.3.2. Isodeslocamentos:

A figura a seguir mostra os isodeslocamentos para a com-binação ELS CQPERM, boa opção para uma primeira aná-lise de deformações. Observem que na L2, a máxima defor-mação na laje, indicada com um círculo, está próxima a V2.Sinal que a viga deforma e as lajes deformam em conjunto.

3.3.3. Vistas espaciais

Podemos montar vistas interessantes, sendo uma delasa VISTA DE TOPO, que podemos observar abaixo:

As vistas em perspectiva permitem que possamos per-ceber melhor a deformada do nosso pavimento, onde

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L2

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fica claro que a V2 deforma e provoca uma deformaçãoconjunta das lajes L1 e L2.

Nos diagramas apresentados, estamos aplicando ocoeficiente amplificador de deslocamentos correspon-dente ao Alfa do item 17.3 da NBR6118, que pode sercontrolado nos critérios gerais de grelha, no item DE-FORMAÇÃO LENTA

Este exemplo é importante para esclarecer que é muitodifícil o sistema interpretar completamente os resultadosem relação a análise qualitativa das deformações.

Nós, engenheiros usuários, é que devemos interpretar osresultados e chegar à conclusão de que o problema estána rigidez da V1, e tomar as decisões de projeto neces-sárias a otimizar o sistema estrutural.

3.3.4. Visualizador de grelha não-linear:

O visualizador de grelha não-linear é uma ferramenta pode-rosa voltada à análise dos resultados, na avaliação de inér-cias reais, fissuração e deformações. Solicito a todos queleiam o manual do Grelha não-linear, dentro do manual deAnálise Estrutural (pag. 189 a 226), que está bem completo.

Conclusão

Como um bom roteiro para uma rápida análise do com-portamento estrutural seria:- Avaliar os parâmetros de estabilidade global e os des-

locamentos globais pelo relatório de parâmetros de es-tabilidade e pelo visualizador de pórtico espacial.

- Avaliar as deformações nos pavimentos tentando atenderos limites de deslocamentos pelo visualizador de grelha.

Buscar sempre atender aos limites citados no texto anexo.

http://www.tqs.com.br/downloads/resultadosdasanalises.pdf

Um abraço a todos,

Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva - Suporte técnico TQS,São Paulo, SP

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Interface de usuário do Gerenciador TQS

Adotamos para o gerenciador a mesma interface deusuário usada no Office 2007® e no novo Windows 7®.Esta interface, denominada RIBBON (em forma de tira),distribui os comandos em categorias e painéis com íco-nes grandes, de fácil localização. Ela substitui de manei-ra amigável menus laterais, menus suspensos e barrasde ferramentas. Programamos uma combinação de in-terfaces que permite tanto ao usuário experiente quantoao novato se localizarem facilmente.

Os principais elementos da janela do gerenciador são:- botão principal, que embute comandos que afetam os

dados de um projeto;- submenus e painéis de comando, que embutem a lógi-

ca de cada subsistema CAD/TQS, mais os comandoscomuns em EDIFÍCIO, FERRAMENTAS e PLOTAGEM;

- a lista de desenhos e um botão com submenus;- o botão de ajuda com todos os comandos correspon-

dentes;

- a nova janela de mensagens, que é redimensionável, euma barra de ferramentas com os botões de edição;

- uma barra de ferramentas semelhante à anterior, masque pode ser modificada;

- um menu lateral opcional, que embute todo o menu an-terior, com todos os comandos.

Embora seja necessário muito pouco tempo de adapta-ção para a nova interface, aqueles que preferirem conti-nuar com a interface anterior podem desligar o RIBBON

através da configuração do gerenciador. Em FERRAMEN-TAS, GERENCIADOR, a seguinte janela controla o RIBBON:

Outras melhorias

Acesso à biblioteca digital TQS no botão AJUDA. Ela con-siste em uma série de textos relacionados com a enge-nharia de estruturas: artigos técnicos, respostas a per-guntas freqüentes e dicas de nosso suporte técnico, queformam uma extensa e sólida base de informações.

O painel direito com desenhos agora permite a ediçãodo desenho visualizado por duplo-clique.

O rolete do mouse permite alterar o desenho da lista dedesenhos quando o mouse está em qualquer posiçãosobre o Ribbon;

Novos tooltips em todos os comandos do gerenciador.

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DESENVOLVIMENTOA versão 15 do CAD/TQS já está começando a ganharforma, com nossa equipe de desenvolvimento trabalhan-do para que possa ser distribuída ainda este ano. Novas

facilidades de uso do sistema, melhorias na modelageme detalhamento, assim como a nova verificação de In-cêndio (NBR-15200) estão sendo programadas.

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Modelos 3D no gerenciador

O Gerenciador TQS tem agora capacidade de visualizarmodelos 3D no painel direito:

Os modelos tridimensionais são armazenados em arqui-vos tipo .E3D, que são usados pelo Visualizador 3D. Porpadrão, os modelos 3D são gerados na pasta Espacial,quando se chama este visualizador. Agora estes arqui-vos não são mais apagados na saída do visualizador, eos últimos critérios de visualização definidos são osmesmos usados pelo gerenciador.

Para visualizar um modelo 3D, selecione a pasta Espa-cial de um edifício. Os arquivos .E3D aparecerão nalista de desenhos da barra de ferramentas e poderãoser selecionados como se fossem desenhos comuns.O botão de edição de desenhos, neste caso, chama avisualização 3D.

A posição de visualização pode ser alterada, como noVisualizador 3D, através do rolete do mouse (afastar /aproximar janela) e com o rolete apertado sem a tecla<SHIFT> (mover janela) ou com (movimento orbital).

Eventos de geração do modelo 3D

O modelo visualizado é atualizado nas seguintes condições:- Chamada do visualizador 3D através do comando AR-

QUIVO, EDIFÍCIO, ESQUEMA, VISUALIZADOR 3D, ou botão dabarra de ferramentas

A visualização agora permite salvar o arquivo .E3D comqualquer nome:

- Sempre que um modelo estrutural é salvo pelo Mode-lador, a atualização do modelo 3D é feita em paralelo.

A visualização do modelo 3D e a atualização pelo Mode-lador consomem recursos adicionais do computador.Esta visualização pode ser desativada através das con-figurações de edição gráfica:

Visualização na pasta raiz

A pasta raiz do edifício é a que tem o nome do tipo\TQS\edificio. Esta pasta é selecionada na árvore de edi-fícios com o cursor sobre o nome do edifício:

Caso o modelo 3D já tenha sido gerado na pasta espa-cial, a seleção da pasta raiz faz com que o modelo possaser visualizado no painel direito. Assim, é possível visua-lizar o modelo 3D do edifício antes mesmo que os ramosda árvore sejam abertos no Modelador.

Para visualizar o modelo 3D de qualquer edifício da árvo-re atual, é possível de uma vez só atualizar todos os mo-delos de todos os edifícios, através de novo comando:

Estimativa de custos de projeto

O desenho de resumo de plantas e materiais, RESEST.DWGagora pode incluir uma estimativa de custos de projeto.

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Essa estimativa é habilitada nos critérios de geração deplantas:

Naturalmente trata-se de uma estimativa pouco detalha-da, que não considera particularidades da execução. Oengenheiro deve ter isto em mente quando definir valo-res de insumos usados no cálculo, no painel EDIFÍCIO, CRI-TÉRIOS GERAIS, PREÇOS PARA ESTIMATIVAS:

O quantitativo de aço usado neste resumo é o mesmo doresumo de plantas, e pode ser das plantas emitidas oudos desenhos do edifício, conforme critério de geração deplantas. Os insumos com preços cadastrados atualmentesão o aço, concreto (por fck) e formas de madeira.

Melhorias na edição gráfica

Foram implementados novos tipos de edição gráfica,que passam a permitir diversos tipos de alteração degeometria com precisão praticamente sem o aciona-mento de comandos de menu ou teclado. Estes recur-sos não modificam o modo atual de funcionamento doeditor, e podem ser personalizados. Todas as operaçõesfuncionam igualmente no Modelador, que seguem osprincípios de edição do EAG.

Pré-seleção

Até agora a seleção de objetos no editor gráfico era feitaapós o acionamento de comandos. A pré-seleção con-siste em selecionar antes de acionar o comando de edi-ção. Os objetos selecionados são mostrados com ressal-to, e o próximo comando acionado usa estes objetos au-tomaticamente. Os modos de seleção são os seguintes:

Ponto sobre objeto:

Janela W, da esquerda para a direita (objetos completa-mente contidos na janela):

Janela C, da direita para a esquerda (objetos parcial-mente contidos na janela):

Adição de um objeto à seleção (seleção com <CTRL>):

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Remoção de um objeto da seleção (seleção com <SHIFT>):

Na figura acima, se acionarmos a seguir o comando MO-DIFICAR, APAGAR, APAGAR ELEMENTO, o pilar P6 será imedia-tamente apagado.

Menu de contexto

Quando há objetos pré-selecionados, fica disponível omenu de contexto. Este menu é acionado com o botãodireito do mouse, e disponibiliza algumas operações co-muns de edição de objetos gráficos:

Propriedades de objetos

Um novo comando que aparece no menu de contexto eno menu dos editores gráficos é o de propriedades(menu: EDITAR, PROPRIEDADES). No modelador, este coman-do aciona a janela de dados dos objetos selecionados. János editores gráficos de desenho, uma nova janela per-mite alterar algumas propriedades de um objeto gráfico:

Pontos de edição

Nos objetos pré-selecionados, acendem-se pequenosquadrados chamados de Pontos de Edição. A idéia é queos pontos podem ser selecionados e movimentados, afe-tando o objeto com o ponto. No exemplo abaixo, apósselecionarmos a viga em A, movimentaremos o ponto deB para C fazendo com que o título da viga mude de lugar:

Pontos de edição foram programados nos pontos notáveisde cada objeto gráfico, permitindo alterações geométricaspraticamente sem o acionamento de outros comandos.Nos editores gráficos de desenho, 7 tipos de objetos gráfi-cos foram programados com mais de 12 tipos de pontosde edição. Os objetos de desenho externos, como as cota-gens associativas e as seções catalogadas pré-moldadas,também receberam estes pontos. No Modelador, 21 obje-tos diferentes receberam pontos em locais estratégicos.

Critérios de pré-seleção

O funcionamento da pré-seleção pode ser controlado nogerenciador, através do comando ARQUIVOS, CONFIGURAÇÕES,EDIÇÃO GRÁFICA, aba PRÉ-SELEÇÃO:

Linha elástica

A linha elástica é um recurso comum que se acende nainserção de elementos lineares (linhas, vigas, faces, etc),medições de distâncias e alteração de coordenadas.

Ajuda visual da linha elástica

Criamos dois tipos de ajuda visual na linha elástica. En-quanto a linha se move, dinamicamente são cotadosdeslocamento X e Y, distância e ângulo entre os pontosda linha elástica:

O segundo tipo mostra as mesmas informações próxi-mas ao cursor:

A ajuda pode funcionar com um dos tipos ou ambos si-multâneos.

Grade de linha elástica

O uso de grade nos editores gráficos em geral é possí-vel quando trabalhamos com projetos modulados.Quando não há modulação, a grade é inútil.

Agora a grade pode ser alterada para funcionar de ma-neira relativa somente com a linha elástica. Assim, pode-mos trabalhar com elementos lineares de comprimentomodulado. Esta definição é feita no EAG através do co-mando EDITAR, MODOS, ALTERAR:

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A grade para a linha elástica desativa a grade geral, commodulação definida pelo espaçamento X. Considerandouma modulação de 10 cm por exemplo, para criar um ba-lanço de 200 cm à direita da viga abaixo, selecionaremosa viga em A, e moveremos o ponto de edição B até o pontoC, quando a linha elástica apresentar a medida de 200 cm:

resultando em:

Note que a operação foi toda feita somente com o usodo mouse, sem outros comandos ou uso do teclado.

Imã de linha elástica

Além da grade, foi implementado um tipo de imã para a linhaelástica, que faz com que ela “grude” exatamente em ângu-los múltiplos de um ângulo principal, como 45° ou 90°. A to-lerância padrão para que isto aconteça é de ±5°, podendoser modificada. Se a linha elástica não estiver em modo or-togonal, nem com grade geral, e nem capturando elementos,então ela poderá ser modificada próxima a estes ângulos.

Controlando a linha elástica

A grade de linha elástica funciona no lugar da gradegeral. Uma vez definida, pode ser ligada e desligadapelos meios comuns, como a tecla <ALT><F10> ou oícone de grade no canto inferior direito da tela.

Outros parâmetros de funcionamento da linha elásticapodem ser modificados através do gerenciador, menu AR-QUIVOS, CONFIGURAÇÕES, EDIÇÃO GRÁFICA, aba LINHA ELÁSTICA:

Outras melhorias

- Vigas, pilares e lajes passaram a apresentar uma ajudatipo tooltip no modelador, quando o cursor fica paradopor um certo tempo em cima de um elemento:

- A tecla <DEL> pode ser usada para apagar elementos.

- Na mudança de piso, uma mensagem na área de status doeditor mostra os dados do piso atual (cota, repetição, etc.)

Modo de visualização de linhas fora deesquadro

Para projetos com elementos tipicamente ortogonais, umnovo modo de visualização permite enxergar de maneiraressaltada, todas as linhas que não sejam exatamente para-lelas a X ou Y globais. O objetivo é permitir encontrar rapi-damente pequenos erros de fechamento de geometria vin-dos da arquitetura, e que tanto atrapalham a modelagem:

Neste exemplo, a viga horizontal na parte superior da plan-ta de formas aparece em vermelho. Trata-se de um peque-no erro de fechamento, como mostra o detalhe. Esta vi-sualização pode ser acionada através do parâmetro:

Janela 3D de visualização de planta noModelador

Um novo comando permite abrir simultaneamente umajanela de visualização em planta e outra em 3D. Este co-mando está na barra de ferramentas geral, ao lado doscomandos para divisão de janelas:

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O acionamento do comando abrirá uma nova janela 3Dcom a representação do pavimento:

A janela 3D se comporta com os aceleradores de tecla-do da mesma maneira que o visualizador 3D do edifício.O principal modo de manipular a vista é através dobotão do meio do mouse, com ou sem a tecla <SHIFT>apertada (movimento orbital ou de translação da vista).Tanto a janela quanto os parâmetros de visualização 3Dpodem ser controlados através de uma nova barra deferramentas, acionada pelo botão abaixo:

A nova barra tem os seguintes comandos:

São os mesmos comandos do Visualizador 3D do edifí-cio para vistas padrão, movimentação e rotação devista, e parâmetros de visualização 3D

Sincronia na mudança de pavimento

A janela 3D está sempre associada a uma janela de planta.Ao alterar o pavimento atual, altera-se tanto a planta quan-to a vista 3D. O Modelador mantém a direção da câmera 3De suas coordenadas em planta, mas faz a translação Z cor-respondente à mudança do piso. Assim é possível enxergarum detalhe na mesma posição em pisos diferentes.

Fazendo seleções em planta

A janela 3D acompanha as pré-seleções em planta, demaneira que os elementos selecionados são ressaltadosem ambas as janelas. Para facilitar a localização em 3D,

os elementos são ressaltados com possível sobreposi-ção em outros elementos.

Interpretação de poligonais preenchidas

As poligonais preenchidas passaram a ser consideradasautomaticamente com hachura de 100% e cor da penacorrespondente ao elemento gráfico durante a plotagem.

Plotagem de hachuras complexas

Um novo tipo de hachura foi introduzido no sistema de plo-tagem: são as hachuras complexas, as mesmas que podemser definidas a partir dos editores gráficos. Elas podem serselecionadas na edição das tabelas de plotagem:

Uma hachura complexa tem como parâmetros o seu tí-tulo, ângulo e uma escala relativa. A janela de escolha éa mesma usada nos editores gráficos:

As hachuras complexas são interpretadas em todos ostipos de plotagem: TQS-HPGL2, DXF, em desenho DWGe com drivers de plotagem Windows.

Edição gráfica com visualização de hachurasplotadas

As hachuras que serão efetivamente usadas na plota-gem podem ser mostradas na edição gráfica. No geren-ciador um novo critério permite ativar esta opção:

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O resultado é que diversos editores gráficos, incluindo oModelador, mostrarão os elementos gráficos com as hachu-ras usadas na plotagem, incluindo as hachuras complexas:

Estas hachuras não são elementos gráficos do editor,não podendo ser editadas. O Modelador permite desli-gá-las independentemente dos outros editores, para quenão interfiram com outros modos de visualização (comopor exemplo, cargas ou área de formas). Isto pode serfeito pelo novo parâmetro de visualização:

Inércia à torção em pilares parede de perfilaberto no modelo espacial

No modelo espacial dos sistemas TQS, não se considerainércia à torção nos pilares, porque não está previsto o di-mensionamento com flexão composta oblíqua combinadacom torção. O resultado é que os esforços no modelo sãoredistribuídos na forma de esforços normais e de flexão.

Este modelo funciona bem na grande maioria dos casos,mas pode se mostrar conservador em edifícios com inér-cia distribuída de maneira muito assimétrica e pilares-parede formados por perfis abertos de parede fina. Emcasos assim, o edifício pode torcer mais do que o neces-sário, exigindo por parte do engenheiro alteração no mo-delo para aumento da rigidez com o objetivo de limitaros efeitos de 2ª ordem.

Para refinar o modelo nestes casos e considerar melhoro item 17.5.2 da NBR6118:2003 que trata de pilares comeste formato, o sistema permite considerar de maneirasimplificada a inércia à torção em pilares-parede. Inicial-mente, marcamos o pilar-parede para cálculo aproxima-do de inércia à torção laminar, dentro do Modelador:

O cálculo da inércia à torção será feito através de ummodelo de pórtico espacial temporário, formado por

uma malha de barras representando a seção discretiza-da do pilar. Esta discretização pode ser observada ligan-do-se o parâmetro de visualização:

A seção discretizada será mostrada com elementoscoloridos:

Na geração do modelo do pórtico, o sistema calculará ainércia à torção aproximada deste pilar aplicando uma rota-ção unitária e observando os esforços e deslocamentos.Os esforços de flexão e normal resultantes na malha tam-bém são armazenados, sendo usados posteriormente paraa conversão de esforços de torção no pórtico em tensõespara cálculo de pilar parede pelo CAD/Pilar. A malha paradiscretização é controlada pelos critérios gerais de pórtico:

Calculadora à flexão composta oblíqua

Na calculadora de seção submetida à flexão compostaoblíqua, foi introduzido um novo comando que possibili-ta acessar com facilidade todas as configurações de ar-maduras definidas durante o processamento dos pilares.

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CAD/Lajes

Foram criados critérios para controle da posição relativa dedesenho das linhas de ferros e indicação de faixas de distri-buição. O objetivo é permitir melhor controle de interferên-cias de desenho, inclusive nos desenhos gerados pelo Edi-tor de Esforços, mas calculados por processo simplificado.

Projeto em situação de incêndio

Em vigor desde 2004, a NBR 15200 estabelece critériospara o projeto de estruturas de concreto em situação deincêndio, objetivando limitar o risco à vida humana, davizinhança e da propriedade exposta ao fogo. Dentre osprocessos presentes nessa norma que visam o atendi-mento destes requisitos, está o Método Tabular, que de-fine dimensões mínimas dos elementos estruturais deacordo com a ação do fogo representada pelo TRRF(tempo requerido de resistência ao fogo).

Na versão 15 dos sistemas CAD/TQS, foram incorpora-dos novos programas e recursos que possibilitam a ve-rificação da estrutura de um edifício em situação de in-cêndio por meio deste método.

Todas as tabelas presentes na NBR 15200 foram parame-trizadas. Além disso, foi incorporada também a propostado Prof. Dr. Valdir Pignatta da Silva apresentada no artigo“Dimensionamento de pilares de concreto armado em si-tuação de incêndio. Uma alternativa ao método tabular daNBR 15200:2004”, publicado na revista do Ibracon.

A avaliação de toda a estrutura em situação de incêndioé realizada por um único comando, que verifica todos oselementos (vigas, lajes e pilares) respeitando o detalha-mento de suas armaduras adotado pelo Engenheiro.Podem ser considerados também revestimentos com di-ferentes tipos de materiais.

Os dados adotados e resultados obtidos durante a análisesão apresentados num relatório completo, bem comopodem ser facilmente avaliados por meio de um novo visua-lizador gráfico especialmente desenvolvido para este fim.

Tarefas do Projeto

A versão 15 do CAD/TQS traz uma nova ferramenta paraorganizar tarefas executadas em um projeto. Essas tare-fas podem ser categorizadas e divididas em sistemas deinteresse e atribuídas dentro do contexto do edifício fa-cilitando posteriormente a sua localização.

Cada tarefa no projeto possui uma prioridade de exe-cução, status de acompanhamento e uma previsão deinício e término, criando assim, de forma cronológica,as ações a serem efetuadas dentro de um projeto deedifício.

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Após o cadastramento das tarefas do projeto os usuá-rios do sistema podem aplicar filtros para selecionar ta-refas que estão com status definidos.

Além do filtro por status das tarefas, os usuários pode-rão filtrar tarefas de um determinado proprietário, au-mentando assim ainda mais a capacidade de localizartarefas dentro do banco de dados do sistema de tarefasdo projeto.

O sistema para controle de tarefas de projetos permi-te a impressão de listagens com informações das tare-fas do projeto contendo dados sobre o status atual decada tarefa, proprietário e sistema a que pertencemcada tarefa.

CAD/Alvest

A visualização 3D do projeto no CAD/Alvest foi melhoradacom a possibilidade de integração, no modelo tridimen-sional do projeto de Alvenaria Estrutural, da base/pilotisde Concreto Armado (pré-moldado, misto, etc.), facilitan-do a verificação de locação geométrica e checagem de in-terferências, tornando o modelo 3D mais completo.

3D – Alvenaria + concreto armado

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É com muita satisfação que anunciamos os clientes queatualizaram suas cópias dos Sistemas CAD/TQS, nos úl-timos meses, para a Versão 14:

Esc. Tec. J. Kassoy & Mário Franco Eng. Civis (São Paulo, SP)Pasqua & Graziano Cons. Conc. Estr. e Proj. (São Paulo, SP)E. Bicalho Rodrigues Eng. Civil e Estr. (Belo Horizonte, MG)Esc. Tec. Cesar Pereira Lopes SC Ltda. (São Paulo, SP)Eduardo Penteado Engenharia SC Ltda. (São Paulo, SP)Nassar Engenharia Estrutural SC Ltda. (Recife, PE)Engest Engenharia Estrutural Ltda. (Recife, PE)CA Fontes Engenharia Estrutural Ltda. (São Paulo, SP)Justino Vieira Monica Aguiar Proj. Estrut. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Luiz Carlos Spengler Filho (Campo Grande, MS)MC Técnica Estrutural Ltda. (Belo Horizonte, MG)Statura Engenharia de Projetos SC Ltda. (São Paulo, SP)Claudio Puga Eng. de Projetos SC Ltda. (São Paulo, SP)Teca Engenharia de Projeto SC Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Rui Yoshio Watanabe (Mogi das Cruzes, SP)PROJEST Consultoria e Projetos SC Ltda. (Rio de Janeiro)Secope Engenharia Ltda. (Manaus, AM)SRT & C Engenharia e Projetos SC Ltda. (Piracicaba, SP)A. C. de Athayde Neto EPP. (Belém, PA)Enescil Engenharia Estrutural SC Ltda. (São Paulo, SP)EVB Projetos Estruturais SS. (Porto Alegre, RS)MCA Tecnologia de Estruturas Ltda. (Vitória, ES)CAD Projetos Estruturais Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)Migliore e Pastore Eng. Ltda. (S. José do Rio Preto, SP)Eng. Arnoldo Augusto Wendler Filho (Campinas, SP)Eng. Marco Antonio Carnio (Valinhos, SP)Luiz Carlos Fontenele Proj. Estrut. SC (Fortaleza, CE)Eng. Domingos Juarez Calsavara (Londrina, PR)Quattor Engenharia SC Ltda. (Brasília, DF)Eng. Artur Scharamm Pereira (Alagoinhas, BA)Gushiken Consultoria e Projetos SC Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Fernando Diniz Marcondes (Salvador, BA)Erreve Engenharia Ltda. (Goiânia, GO)Monteiro Linardi Engenharia SC Ltda. (São Paulo, SP)Engaste Eng. e Assessoria Técnica Ltda. (Teresina, PI)Inst. Nac. de Pesquisas da Amazônia - MCT (Manaus, AM)Eng. Amacin Rodrigues Moreira (Curitiba, PR)Eng. Armando Hueara (Campinas, SP)Universidade Federal do Pará (Belém, PA)Eng. Fernando Petrucci Gigante (Pelotas, RS)Eng. Cid Andrade Queiroz Guimarães (Campinas, SP)Eng. Sérgio Martinho Celeste (Nilópolis, RJ)Premo Constr. e Empreendimentos S.A. (Vespasiano, MG)SAYEG Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)Sociedade Educacional São Paulo (São Paulo, SP)Pedreira de Freitas SC Ltda. (São Paulo, SP)Coluna Engenharia de Projetos Ltda. (Belo Horizonte, MG)Eng. Wetter de Arruda Lino Tavares (Fortaleza, CE)MPA Engenharia SC Ltda. (São Paulo, SP)Eng. José Pedro Vieira Gomes (Cachoeira do Itapemirim, ES)Eng. Helena Leonilda Cerezer (São Paulo, SP)CCLS Engenharia e Consultoria Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Nagib Charone Filho (Belém, PA)

Kawafer Comércio e Serviços Ltda. (São Paulo, SP)G3 Engenharia Estrutural Ltda. (Maceió, AL)Eng. Nilson Manoel Fernandes Gonçalves (Rio Claro, SP)Escola de Engenharia de São Carlos (São Carlos, SP)Paulo Malta Projetos Cons. Rep. Ltda. (Recife, PE)JPPA Gerenciamento e Projetos SS Ltda. (Porto Alegre, RS)Eng. Lívio Rogério Lopes Rios (Rio de Janeiro, RJ)ESTRUCALC Engenheiros Associados Ltda. (São Paulo, SP)Instituto Superior de Educação Santa Cecília (Santos, SP)Waldemar dos Santos Jr Engenharia (São Paulo, SP)Eng. Edilene Maria da Silva Pereira (Cuiabá, MT)Projetal Projetos e Consultoria Ltda. (Barueri, SP)Projeção Engenharia Ltda. (Goiânia, GO)C. E. Gomes Eng. Proj. e Tec. SC Ltda. (Ribeirão Preto, SP)União Bras. de Educação e Assistência (Porto Alegre, RS)Eng. João Maria Cavalcanti (Natal, RN)HC Estruturas e Consultoria Ltda. (Vitória, ES)CH2M Hill do Brasil Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Alfredo Carlos Sanchez (São José dos Campos, SP)Eng. Newton Elmor Padão (Rio de Janeiro, RJ)Eng. José Osmario da Silva (Recife, PE)União de Ensino Superior do Pará - Unespa (Belém, PA)Integral Proj. e Recup. Estruturais Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Luiz Antonio Vieira Carneiro (Rio de Janeiro, RJ)Univ. Federal de S. Carlos - Depto. Eng. Civil (São Carlos, SP)Eng. Paulo Kioshi Nakandakare (São Caetano do Sul, SP)Logos Engenharia e Arquitetura SC Ltda. (João Pessoa, PB)E.T.J.M. Coelho Filho e C. dos Santos SC Ltda. (Santos, SP)José Luiz Pereira Eng. e Projetos Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Cristiane Victor Amorim (Brasília, DF)MHG Engenharia e Empreendimentos Ltda. (Curitiba, PR)Eng. Marcio Murilo Ferreira de Ferreira (Belém, PA)LGB Projetos Arq. e Eng. Integrada SS Ltda. (Mauá, SP)Sanest Projeto e Consultoria Ltda. (Uberaba, MG)LH Engenharia de Estruturas Ltda. (Curitiba, PR)Furnas Centrais Elétricas S.A. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Haroldo Mazzaferro Jr. (São Paulo, SP)Eng. Ruy Fernando Ribeiro da Fonseca (Manaus, AM)Eng. Margarida Calixto Curi (Contagem, MG)Eng. Adcleides Araujo da Silva (Rio Branco, AC)Centro de Estudos Superiores Positivo Ltda. (Curitiba, PR)Engevix Engenharia S.A. (Barueri, SP)Eng. Geraldo Eriberto Werton Cruz (Santana do Cariri, CE)Fundação Univ. Regional de Blumenau (Blumenau, SC)Poyry Tecnologia Ltda. (São Paulo, SP)R2C Engenharia Consultiva Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Paulo Sérgio Maciel Batista (Uberlândia, MG)Eng. José Decio Rossi (São Paulo, SP)Sociedade Goiana de Cultura/UCG (Goiânia, GO)Arq. Débora Gazaniga (Jaraguá do Sul, SC)Eng. Francisco das Chagas Dantas da Costa (Natal, RN)Technip Brasil S.A. (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Mauro Rocha Ferrer (Cascavel, PR)

32 TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009

CLIENTES V14

Jornal TQS 29 (11 08) 11/08/2009 21:32 Page 32

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Clodoaldo Freitas Projetos Estruturais Ltda. (Salvador, BA)Eng. Mário Silvio Jakiemin Martins (Ponta Grossa, PR)Quadrante Eng. e Arquitetura Ltda. (Belo Horizonte, MG)Eng. Clóvis Cipolletta - Thales Forti (Jundiaí, SP)Eng. Marcela de Arruda Fabrizzi (Botucatu, SP)Eng. Carlos Alberto Camenforte (Bauru, SP)BPM Pré-moldados Ltda. (Criciúma, SC)3D Engenharia Ltda. (Sorriso, MT)Eng. Nélio Santos Martins (Vitória, ES)Eng. Cleverson Zatta Valdameri (Francisco Beltrão, PR)Eng. Diogo Schreiner Zanette (Passo Fundo, RS)Eng. Mauricio Vechini (Campinas, SP)Grupo Dois Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Jeverson Luis Milkevicz Leitão (Curitiba, PR)Eng. Alex Thaumaturgo Dias (Taubaté, SP)Azevedo Marques Eng. Ltda. (Espírito Santo do Pinhal, SP)Eng. Ewerton Meirelles (São Paulo, SP)Eng. Marcelo Buiate (Uberlândia, MG)Eng. Marcelo Exman Kleingesind (São Paulo, SP)Sra. Cintia Menezes Pelosi (São Paulo, SP)Projecc Engenharia Ltda. (Feira de Santana, BA)Eng. Querubim dos Anjos (Santo André, SP)Rotesma Artefatos de Cimento Ltda. (Chapecó, SC)Eng. Ivan Oscar Klafke (São Leopoldo, RS)Eng. Carlos Machado (Salvador, BA)Eng. José Airton de Almeida Machado Jr. (Fortaleza, CE)Eng. Francisco Marcio de Carvalho (Ribeirão Preto, SP)Eng. Silvio Caldas (Brasília, DF)Eng. Renato Ferreira (Suzano, SP)Eng. Edmundo Augusto Calheiros (São Luis, MA)Eng. José Gregório Espíndola (Santana do Parnaíba, SP)Eng. Rodrigo Dantas de Oliveira (Natal, RN)Ismael Sá Engenharia Civil Ltda. (Campinas, SP)Gauss Engenharia Ltda. (São Luis, MA)Eng. Paulo César de Aquino Assis (Salvador, BA)Eng. João Santarosa Esmanhoto (Curitiba, PR)Eng. Augusto Cezar Barbosa da Silva (Oriximina, PA)Eng. Fabiana Carqueija Offredi Maia (Salvador, BA)

Eng. Renato José Ferreira (Ouro Preto, MG)Eng. José da Cruz Vieira Costa (Belo Horizonte, MG)Eng. Paulo André Zardo (São Miguel do Oeste, SC)Eng. Gean Wagner Oliveira Braga (Maceió, AL)Eng. Rodrigo Cavallet (Bento Gonçalves, RS)Eng. Carlos Raphael Monteiro de Lemos (Vitória, ES)Sec. Esp. de Informática do Senado Federal (Brasília, DF)Eng. Vera Cristina Villa Nova Aguiar (Salvador, BA)Eng. Raquel Pereira de Campos (Curitiba, PR)Eng. Leandro Carvalho Vieira (Paranaguá, PR)Mastercalc Projetos Ltda. Me (Curitiba, PR)Eng. José Benicio da Silva Filho (Campina Grande, PB)Gustavo Souza Silva Engenharia Ltda. (Osasco, SP)Eng. Washington da Silva Ribeiro (São Paulo, SP)Eng. João Soares Viegas Filho (Pelotas, RS)Eng. Emerson Augusto das Neves Dias (São Paulo, SP)EB Engenharia Ltda. (São José, SC)Eng. Cereno de Freitas Diniz Gonçalves Muniz (Salvador, BA)OPPEA Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Antonio Vicente de Almeida Melo (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Gustavo de Moraes Rego (Recife, PE)Eng. Rodrigo Lopes Correia (Londrina, PR)Eng. Gabriel de Oliveira Martins (Aparecida de Goiânia, GO)Eng. Mauricio Coutinho (São Paulo, SP)Eng. Félix Pedro Rosin Junior (Bento Gonçalves, RS)Eng. Celso Ferreira de Souza (Porto Velho, RO)Engenharia Newton Rangel Ltda. (Limeira, SP)Eng. Glaydson Araujo Saraiva (São Luis, MA)Usicon Constr. Pré-Fabricadas Ltda. (Américo Brasiliense, SP)M2 Construtora Ltda. (Brasília, DF)Projeto Consultoria de Engenharia Ltda. (João Pessoa, PB)Seze Projetos Estruturais Ltda. (Cascavel, PR)Eng. Carlos Roberto Santini (Itapeva, SP)Zocco Projetos Estruturais Ltda. (Londrina, PR)Sistema Consultoria e Projetos Ltda. (Salvador, BA)Eng. Inês Silva Rezende (Salvador, BA)Pouguett Engenharia e Projetos Ltda. (São Paulo, SP)Eng. Ricardo Henrique Dias (Curitiba, PR)Eng. Izabel Soares de Araújo Moreira (Belo Horizonte, MG)

TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009 33

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Através de uma parceira entre a Faculdade de Engenha-ria de São Paulo - FESP, Associação Brasileira de Enge-nharia e Consultoria Estrutural - ABECE e a TQS Infor-mática Ltda., foi promovida a primeira turma do Cursode Pós-graduação Lato sensu para Projeto de Estruturasde Concreto para Edifícios.O curso dirigido a profissionais que militam ou pretendammilitar no campo de projeto de estruturas de concretopara edifícios foi concebido com o objetivo de introduzire aplicar as técnicas modernas de concepção estrutural,de dimensionamento, de verificação e de detalhamentopreconizadas pela recente atualização das normas técni-cas envolvidas. Visa credenciar os profissionais envolvi-dos a projetar estruturas de concreto de edifícios.A primeira turma, assim que o curso foi anunciado, foiformada rapidamente com a presença de 30 alunos.No dia 30 de abril, foi realizada a aula inaugural com apresença do Prof. Dr. Augusto Carlos Vasconcelos, queproferiu a palestra “Casos Especiais de Protensão”.

Abaixo, apresentamos algumas fotos desta aula inaugu-ral na FESP, totalmente equipada com 30 microcompu-tadores ligados em rede.

Maiores informações sobre o curso podem ser obtidasatravés do endereço: http://sesp.edu.br/layout/?c=12

Nos dias 25 a 27 de março de 2009, ministramos mais umcurso Intensivo sobre o CAD/TQS na USP de São Carlos.

Mais uma vez a iniciativa de realização do curso foi dosalunos de mestrado. Foram 20 participantes, todos játendo concluído a maioria das disciplinas.

Turma ótima, onde foram desenvolvidos plenamente as-suntos densos, com grande intensidade e participação,o que nos deixou muito satisfeitos, das 8:15 hrs às 17:30hrs, em três dias seguidos.

Contamos com um grupo muito interessado e ávido porinovações, formado por promissores engenheiros.

Agradeçemos a todos pela participação, ao mestrandoHidelbrando Diógenes pela formação e mobilização daturma, ao professor José Samuel Giongo pela realizaçãodo curso e a USP de São Carlos por mais esta oportuni-

dade de divulgar aos seus alunos o funcionamento deum Sistema Integrado de Projeto Estrutural, fundamentalatualmente para o bom desempenho profissional no dia-a-dia de um Engenheiro de Estruturas.

USP, São Carlos

Com o objetivo de colaborar com as escolas de engenharia,para a adequação do ensino da engenharia estrutural deconcreto armado e protendido através de ferramentas

computacionais, vamos citar nesta edição algumas açõesque foram e/ou estão sendo desenvolvidas com esseobjetivo, envolvendo os sistemas CAD/TQS.

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34 TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009

CAD/TQS NAS UNIVERSIDADES

Sistemas CAD/TQS e o ensino da engenharia

Curso Intensivo - Sistemas CAD/TQS – USP, São Carlos, SP

Curso de Pós-graduação Lato sensu para Projeto de Estruturas de Concreto para Edifícios –FESP, São Paulo, SP

Engenheiros Nelson Covas (TQS), Marcos Monteiro e João Alberto Vendramini (ABECE), Antonio Martins (FESP) eProf. Dr. Augusto Carlos Vasconcelos Alunos matriculados e sala de aula da FESP totalmente equipada

Prof. Antonio Rodrigues Martins, FESP

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Nos dias 3 e 4 de junho, estivemos em Campina Gran-de, PB, na Universidade Federal de Campina Grande,para ministrar o mini-curso sobre os Sistemas CAD/TQS.

A cidade é conhecida pela grande festa de São João, quedura todo o mês de junho. É realmente um grande even-to que atrai muitas pessoas, inclusive de outros estados.

Gostaria de agradecer o convite, hospitalidade e simpa-tia do pessoal da Paraíba, em especial aos professoresMilton Chagas Filho e Kennedy.

O ganhador do sorteio do livro “Informática Aplicada emEstruturas de Concreto Armado” de autoria do enge-nheiro Alio E. Kimura foi o aluno William Guimarães Lima.

Palestra “Informática aplicada nodesenvolvimento de projetos estruturais de concreto armado” – UNICAMP, Limeira, SP

No dia 16 de junho, estivemos na Faculdade de Tecno-logia da UNICAMP, em Limeira, para proferir a palestra“Informática Aplicada no Desenvolvimento de ProjetosEstruturais de Concreto Armado”.

Agradecemos à professora Luisa Barbosa e ao professorGiocondo Negro Filho pelo convite e oportunidade.

O sorteado do livro de autoria do engenheiro Alio E. Ki-mura, “Informática Aplicada em Estruturas de ConcretoArmado”, foi o acadêmico Jefferson Oliveira Assunção.

UFCG, Campina Grande, PB

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TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009 35

Mini-curso – Sistemas CAD/TQS – UFCG, Campina Grande, PB

UFCG, Campina Grande, PB

UNICAMP, Limeira

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Page 36: Jornal TQS 29 (11 08)download.tqs.com.br:8080/download/JornalTQS29.pdf · 2009. 8. 26. · pré-moldado de concreto. Desde pequeno, Carlos Eduardo E. Melo decidiu-se pela engenharia.

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Eng. Ricardo Tumelero (Cacoal, RO)Eng. Daniel Tavares da Silva (São Paulo, SP)Eng. Maria Antonia Mileo Mondardo (Santarém, PA)Eng. Rosa Satiko Wakano Bezerra (São Paulo, SP)Eng. Rodrigo Manoel M. Wink (Porto Alegre, RS)Eng. Sérgio Vaqueiro (Catanduva, SP)Eng. Ane Cristine K. Sokolowski (Piraí do Sul, PR)Bortoleto Engenharia Ltda. (Maringá, PR)

Eng. Antônio Carlos BortoletoEng. Cristiane U. F. Barreiros (São Paulo, SP)Eng. Tiago Souza da Paz (Natal, RN)Eng. Zuleika M. Tsutsumi Mitsuchi (São Paulo, SP)Eng. Mario Antônio Burnett (Belém, PA)Petróleo Brasileiro S.A. (Aracaju, SE)

Eng. Daniele da SilvaEng. Gillian Steve da Silva Moreira (Belém, PA)C.E.G. Serviços Ltda. (Araguaína, TO)

Eng. Nelson Palitot NetoEng. Ricardo Onofre Ziemer (Mandirituba, PR)Eng. Ermano Gondim de Freitas (Brasília, DF)EDS Engenharia Ltda. (Florianópolis, SC)Eng. Antônio Marcos Anselmo Sasaki (Franca, SP)Eng. Roberto Katumi Nakaguma (São Paulo, SP)Sanpar Engenharia Ltda. (Belém, PA)

Eng. Carlos Sanches PardinaEng. César Eduardo Dantas (Vitória, ES)Eng. Norberto Norberlandi (Goiânia, GO)Eng. Luiz Adriano Vieira (Marília, SP)Eng. Mara Cristina Detsch (Curitiba, PR)Eng. Félix Pedro Rosin Jr (Bento Gonçalves, RS)Eng. Clearco Ferreira Castro Filho (Manaus, AM)Eng. José Luis Tonissi (São Carlos, SP)Eng. Celso Ferreira de Souza (Campinas, SP)Eng. Reni Levi Gonçalves Coelho (Brasília, DF)Eng. João Paulo Ferreira (Nova Serrana, MG)Coopsul Cooper.de Transp e Serv. Sul (Erechim, RS)

Sr. Roberto Pires da SilvaEng. Vanir Luis Rohde (Santo Cristo, RS)Eng. Joffre Mizaell da Silva Bentes (Belém, PA)Eng. Edson Umbelino Costa (S. Bernardo do Campo, SP)Enge-Pro Constr. Serv. Ltda. (Miguel Pereira, RJ)

Eng. Gustavo Amaral Bastos AreasEng. Alexandre José da Silva (Chapecó, SC)Eng. João Raphael D. Vidal Negreiros (Bauru, SP)Univers. do Vale Rio dos Sinos (São Leopoldo, RS)

Prof. MS. Volnei Pereira da SilvaFund. Educ. Radio e TV Ouro Preto (Ouro Preto, MG)

Sra. Stela ZacariasEng. Altair Luiz Maieron Júnior (Sobradinho, RS)Solosconsult Engenharia Ltda. (Belo Horizonte, MG)

Sr. Rubens dos Santos RochaEng. Felipe Tavares da Silva (João Pessoa, PB)

Eng. Marcos Furiati (Brasília, DF)Eng. Valner José Saia (Marília, SP)PHD Eng. Civil & Consultoria Ltda. (São Paulo, SP)

Eng. Maria Fernanda Pereira CamposEng. Alexandre P. de Moraes (São Caetano do Sul, SP)Eng. Rosa Maria Messaros (São Paulo, SP)Centro Fed. de Educ. Tec. Pernambuco (Recife, PE)

Prof. Virgínia GouveiaEng. Fernando Michel C. Lemes (Piracicaba, SP)Eng. Ari Ruiz (São Paulo, SP)Eng. Fernando Cardoso Silva (S. Bernardo do Campo, SP)Eng. Ronald Savoi de Senna Jr. (São Carlos, SP)Engenharia Newton Rangel Ltda. (Limeira, SP)

Eng. Newton G. F. RangelCompanhia de Projetos Ltda. (São Paulo, SP)

Eng. Heloisa Martins MaringoniEng. Gabriel Sari Meneghetti (Porto Alegre, RS)Eng. Deusdete J. Ferreira Filho (Cons. Lafaiete, MG)Eng. Carlos Alberto Cabral de Azevedo (Andirá, PR)Eng. Emerson Moreira Borges (Goiânia, GO)Eng. Antônio Pires Melo (Teresina, PI)Eng. Sílvio Cesar do Amaral (Maringá, PR)Eng. Weric Silva Rezende (Mineiros, GO)Eng. José Alberto M. Bernardes (S. José dos Campos, SP)Eng. Marcio Schlickmann Fuchter (Jaraguá Sul, SC)Eng. Renato Cassimiro Santiago (Goiânia, GO)Eng. Huerllen S Andrés dos Santos (Belém, PA)Eng. Daniel C. de P. Rodrigues (Ribeirão Preto, SP)Eng. Luiz Henrique da C. Coser (Mogi Mirim, SP)Eng. Geórgio Guerra Mathias (Caxias do Sul, RS)Eng. Fabio Mosquini dos Santos (São Paulo, SP)Eng. José Alves Magalhães Neto (Porto Velho, RO)Eng. Luis Antônio T. Resende (Ribeirão Preto, SP)Eng. Denillo Candeia de Lima (João Pessoa, PB)Eng. André Ricardo Rieg (Guabiruba, SC)Construtora Engearte Ltda. (Salinas, MG)

Eng. Ramon Mascarenhas MiglioGasparine Engenharia Civil Ltda. (Londrina, PR)

Eng. Magno Cesar GasparineEng. Edison Martiniano O. Júnior (São Paulo, SP)Eng. Hideo Ikejiri (São Paulo, SP)Eng. Arquelau M. Zordão (Santa Rita Passa Quatro, SP)Eng. Francisco Quaranta Neto (Rio de Janeiro, RJ)IADE – Inst. de Apoio ao Des. da Uva (Sobral, CE)

Sr. Aristides Araújo TorresEng. Francisco Simões Florido (Rio de Janeiro, RJ)Eng. Fabio Botura Pimenta (Ribeirão Preto, SP)Transmar Consultoria Ltda. (Vila Velha, ES)

Sr. Otavio Barbosa GuimarãesEng. João Rogério Novak (Porto Velho, RO)Eng. Glaydson Araújo Saraiva (São Luis, MA)Eng. Maciel Bertolini (Flores da Cunha, RS)

36 TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009

É com muita satisfação que anunciamos a adesão de impor-tantes empresas de projeto estrutural aos SistemasCAD/TQS. Nos últimos meses, destacaram-se:

NOVOS CLIENTES

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O Brasil sempre acompanhou deperto os progressos do concreto noresto do mundo. O concreto armadosurgiu na França em 1847 e, já noinício do século, estava sendo apli-cado no Brasil. Foram os alemães,através da firma Weiss & Freytag,que introduziram expressivamente ouso do concreto em estruturas noBrasil, em 1911. Antes deles, pou-cas aplicações foram registradasem galerias, muros de contenção,pontes e edifícios. Nos anos 30, oBrasil já havia conquistado diversosrecordes internacionais, com novi-dades em processos construtivos edimensões grandiosas.

Desde o início, já era bemconhecido dos brasileirosque todo excesso de águana composição da misturaprovocava uma queda na

resistência final.

Desde o início, já era bem conhecidodos brasileiros que todo excesso deágua na composição da mistura pro-vocava uma queda na resistênciafinal. Já se sabia que era impossívelcolocar na mistura a quantidade deágua mínima necessária para a hidra-tação do cimento. Aumentando aquantidade de água acima do valormínimo, era necessário aumentar pro-

porcionalmente a quantidade de ci-mento. Já era bem conhecida a lei deAbrams, que estabelece a correlaçãoentre a resistência após certo númerode dias e o valor da relação a/c entreos consumos de água e de cimento.

É descrita a composição damistura do concretoclassificada como

“consistência farofa”. Oconcreto era tão seco, que o

nome de sua consistênciafoi muito sugestivo

Em publicação na Revista Polytech-nica nº 31/32 de 1910, é citada a pri-meira ponte de concreto armado,devidamente documentada, no arti-go “Concreto Armado em Socorro”.É descrita a composição da misturado concreto classificada como “con-sistência farofa”. O concreto era tãoseco, que o nome de sua consistên-cia foi muito sugestivo. Era dada aexplicação de que o concreto teriade ser socado com um vergalhão deaço “até lacrimejar”! Sabia-se que osocamento provocava a subida doexcesso de água no processo quehoje se denomina “exsudação”. Aágua que subia durante o socamen-to, não ficava retida na massa deconcreto tornando-o mais compac-to, e portanto, mais resistente.

Logo se percebeu que o trabalho desocamento era uma atividade árduae demorada. Pouco depois de 1935,surgiu na Suíça a idéia de substituiro socamento manual por um equipa-mento tubular, tendo no seu interiorpeças rotativas girando fora de cen-tro, capazes de produzir vibração noconcreto. Tal vibração provocava asubida da água, deixando os agre-gados mais apertados entre si.

Não demorou muito tempo para quetal procedimento fosse aplicado noBrasil. As primeiras aplicações foramrealizadas na execução de túneis daEstrada de Ferro Mairinque-Santosem 1937, por Humberto da Fonseca.

Todas as vezes em que aparecia al-guma novidade no concreto, estaera logo assimilada pelo Brasil.Acontece que a rapidez de acompa-nhamento do progresso no Brasil

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TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009 37

ARTIGO

Vibradores de concreto: equipamento do passado?Por Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos

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tem sido cada vez mais lento, comexceção do CED – Concreto de Ele-vado Desempenho.

A substituição dos vibradores poraditivos já tomou conta dos EstadosUnidos com o uso dos SCC – SelfCompacting Concrete, traduzido noBrasil por CAA – Concreto Auto-Adensável. Até na Alemanha, amaior potência da indústria químicaaplicada ao concreto, já é comum otermo SVB - SelbstverdichtenderBeton. Para que o concreto lançadonas fôrmas as preencha completa-mente, mesmo na presença degrandes concentrações de armadu-ra, é necessário o uso de aditivo re-dutor da tensão superficial da água.Se tal aditivo for usado puro, a sim-ples queda do concreto na execu-ção de um pilar pode ocasionar asegregação dos componentes. Oconcreto lançado no topo de umpilar de 3 m de altura, ao atingir abase estará com agregados e pastaseparados. Falta-lhe coesão. Esta érestaurada com o uso de outro adi-tivo com função oposta à do primei-ro: “modelador de viscosidade”. Noinício, tais aditivos eram usados se-paradamente. Hoje já são produzi-dos aditivos que possuem as duasfunções defasadas no tempo.

Para que o concretolançado nas fôrmas as

preencha completamente,mesmo na presença de

grandes concentrações dearmadura, é necessário ouso de aditivo redutor da

tensão superficial da água.

Como se trata de uma inovação mi-raculosa, tais aditivos produzidosem pequena escala, ainda sãomuito caros e a diferença de preçosainda não venceu a indecisão dasconstrutoras a favor da mudança.Não importa quanto tempo ainda vaidemorar para que os vibradoressejam totalmente erradicados domercado. A própria economia demão-de-obra decidirá sobre a elimi-nação dos vibradores, sua manu-tenção, seu custo, sua poluição so-nora nas grandes cidades e a rapi-dez do preenchimento das fôrmas.

A experiência com os vibradoresmostrou que o ideal para uma boa

compactação, é o uso de uma fre-qüência entre 4000 e 7000 ciclos porminuto (duração de 1 ciclo T = 0,15a 0,09 s), produzindo uma acelera-ção das partículas constituintes daargamassa de pelo menos 4.g (g é aaceleração da gravidade). A relaçãoentre a aceleração γ das partículas, afreqüência f das vibrações em s-1 (f =1/T com T = duração de uma oscila-ção em segundos) e a amplitude a,pode ser expressa péla fórmula:

a = γ.(2.π.f) 2

onde f deve variar no intervalo de 50a 120 Hz. Para f =100 Hz (T= 1/100 s)resulta com γ=4g = 4x980 = 3920cm/s2: a = 0,01 cm. Percebe-se queas amplitudes de deslocamentos sãomuito pequenas. Reduzindo-se a fre-qüência para metade, as amplitudestornam-se 4 vezes maiores, e conti-nuam sendo pequenas.

O uso do CAA parece ter começadono Japão em 1993, na concretagemde colunas e paredes de um edifício.Desde então, seu uso tem se espalha-do pelo mundo inteiro diante das nu-merosas vantagens técnicas e decusto. Só o fato de não causar polui-ção sonora já constituí motivo sufi-ciente para seu uso, mesmo em igual-dade de preços. O CAA exige o usode dois aditivos com efeitos opostos:um deles aumenta a fluidez, permitin-do que o concreto penetre em espa-ços reduzidos, de difícil acesso(peças finas, grande concentração dearmadura, locais onde não entram os

vibradores de tamanho comercial);esse aditivo tem ação imediata, fa-zendo com que o concreto consigafluir sem ajuda de quaisquer equipa-mentos de obra, até mesmo uma pádistribuidora; o outro, de ação retar-dada, que pode ser acrescentado nabetoneira junto com o primeiro aditi-vo, vai atuar somente quando o con-creto for lançado em queda livre, im-pedindo a separação dos agregados,por atuar sobre a coesão. Trata-se deum “modelador da viscosidade”,tendo o efeito de uma cola fraca.

Trata-se de um “modeladorda viscosidade”, tendo oefeito de uma cola fraca.

A produção industrial desses aditivosainda é pequena, tornando seu preçoelevado. Quando os produtores per-ceberem o potencial de vendas dessematerial, haverá uma produção maiorcom queda de preços, proporcionan-do aceitação geral dos empreiteirosque só vêem as vantagens imediatasde aceleração das concretagens, pos-sibilidade de concretagens à noite emambientes urbanos, além da dispensade compra e manutenção de equipa-mentos dispendiosos (vibradores, mo-tores, energia de fácil acesso na obra).A economia de custo de mão-de-obrae tempo de execução evidenciará aeconomia que se consegue obter nofinal da obra, com os preços maisconvidativos dos aditivos.

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“Qual é o argumento do cliente quevocê tem maior dificuldade de en-frentar em uma negociação?”

Esta é uma das perguntas que eufaço aos participantes do curso de“COMO NEGOCIAR E VENDERSERVIÇOS DE ENGENHARIA E AR-QUITETURA” (8 horas), que já foiapresentado nas capitais e nas prin-cipais cidades de praticamenteTODOS os estados brasileiros. Aresposta (com pequenas variações)é sempre a mesma: O PREÇO.

O cliente diz: “Está muito CARO!!!”;O cliente pergunta: “Por que é tãocaro este serviço?”;O cliente pede um desconto no preço;O cliente diz: “Eu não tenho dinhei-ro para pagar esse preço.”O cliente diz: “O seu concorrente fazpor muito menos.”

Enfim, a negociação de serviços deengenharia, arquitetura e agronomiaconverte-se, via de regra, em uma“Batalha do Preço”. Vencer a “Bata-lha do Preço” requer FIRMEZA DEPROPÓSITOS e CAPACIDADE DEARGUMENTAÇÃO.

Firmeza de Propósitos é a posturaque o profissional precisa ter emfunção da natureza dos compromis-sos que um processo de negocia-ção muitas vezes provoca. É impor-tante que, durante uma negociação,o profissional tenha muito claros oslimites da negociação e que, umavez fechado o negócio, muito tempocorrerá até que o serviço seja con-cluído. É diferente de vender umbem físico, concreto, tangível.

Quando se trata de uma mercado-ria, o momento da venda geralmen-te encerra a relação com o cliente.

Capacidade de Argumentação

Antes de qualquer coisa, precisamosadmitir que a questão do preço émesmo crucial para quem vende ser-viços. Especialmente serviços de En-genharia, Arquitetura ou Agronomia,devido às características muito espe-ciais desse produto. Uma dessas ca-racterísticas é justamente a baixa ca-pacidade que a maioria dos clientestêm de avaliar o serviço que estásendo proposto. Por decorrência, nãosão capazes de fazer comparações

justas ou demandas razoáveis. Istotorna a negociação um prato tremen-damente indigesto. Especialmentequando a esse prato se acrescenta anossa formação cartesiana e a dificul-dade natural para lidar com elemen-tos imponderáveis, como os medos eangústias não admitidas pelo cliente.

O preço é uma das principais an-gústias do cliente. É um problemaque ele quer ver resolvido naquelemomento. A imensa maioria dosclientes está pouco aberto à discus-são de outros problemas. O medo?É medo do desconhecido.

Por isso eles falam tanto depreço. Por medo. Medo do

desconhecido. Medo deestarem gastando em umacoisa de utilidade duvidosa

para ele, o cliente.

É importante que se diga, desde já,o seguinte: o cliente está “na dele”.Está jogando o jogo dele. Está ten-tando manter a negociação naquiloque interessa para ele, cliente. Por-que, sejamos francos: a maioria dosclientes que procuram engenheiros,arquitetos ou agrônomos têm, quan-do muito, apenas uma vaga noçãodo que estão querendo. Não têmelementos para estruturar uma argu-mentação que estabeleça uma ne-gociação baseada na qualidade doserviço ou na comparação técnicadas várias alternativas do mercado.

Engenheiros e Arquitetos precisam sedar conta disto: que os clientes nãosabem o que querem e que este é omotivo por que procuram concentrara negociação na questão do preço.

Por isso eles falam tanto de preço.Por medo. Medo do desconhecido.Medo de estarem gastando em umacoisa de utilidade duvidosa para ele,o cliente.

Preço é o assunto que interessa aocliente e é a sua principal angústia. Éo problema que o cliente quer resol-ver naquele momento. Os outrosproblemas ele vai querer resolver de-pois que o negócio estiver fechado,no preço que ele quer. O profissionalde Engenharia, Arquitetura e Agrono-

mia, ao contrário, quer discutir outrascoisas como, por exemplo, a quali-dade do serviço, as vantagens que ocliente terá contratando o serviço, osprejuízos que o cliente terá.

Em outras palavras, Arquitetos,Agrônomos e Engenheiros precisamse preparar para manter a conversa(durante a negociação) em outrosassuntos. O mais interessante dosassuntos é justamente o produtofinal (o resultado final) pretendidopelo cliente e as implicações dosnossos serviços nos custos e novalor final do empreendimento.

Experimente isto, na sua próximanegociação.

Este artigo é o terceiro de umasérie sobre A QUESTÃO DOPREÇO nas negociações de servi-ços de engenharia e de arquitetura.No primeiro, eu tentei demonstrarque o “caro” não existe. O queexiste é uma “percepção de caro”que está na mente do cliente. Se-gundo aquele artigo, essa percep-ção de “caro” estaria vinculada àpercepção de commodity que oseu produto (no caso, serviço deEngenharia, de Arquitetura ou deAgronomia) teria para o cliente.No segundo artigo, proponho umexercício para que o leitor percebaque existem três circunstânciasque explicam (e justificam) o fatode que algumas compras sejamdecididas pelo preço do produto (edemonstro que nenhum dessescasos se aplica aos serviços de En-genharia e Arquitetura).Neste terceiro artigo (que, na ver-dade, foi escrito antes dos outrosdois, mas não foi publicado), o alvoé a necessidade de os profissio-nais desenvolverem argumentosque ataquem e neutralizem a per-cepção equivocada dos clientesdurante a negociação.Recomendo a leitura dos três arti-gos, começando por este.

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A questão do preço (3)Por eng. Ênio Padilhawww.eniopadilha.com.br

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Resumo

No mercado de desenvolvimento deprojetos existem duas linhas desistemas CAD (Computer AidedDesign): sistemas CADconvencionais ou com modelagembaseada em entidade e sistemasCAD com modelagem de produto oucom modelagem baseada emobjeto. Os softwares que apóiamesse tipo de sistema CAD baseadoem modelagem de produtosincorporam o conceito BIM (BuildingInformation Modeling) e sãochamados de softwaresparamétricos. Dessa maneira, essessoftwares conseguem capturar todasas informações necessárias para ociclo de vida do projeto, abrangendodesde a concepção até operação emanutenção. Nesse processo deprojeto, todos os envolvidos daconstrução participam de modointegrado e simultâneo, contribuindopara a rápida análise dos dados epara tomada de decisão.

Nesse contexto, será apresentado umestudo de caso comparativo entre ossistemas CAD convencionais esistemas CAD baseado emmodelagem de produto, apresentandoas características de cada processode projeto e a percepção do usuárioem relação aos sistemas.

1. Introdução

Em todos os países, a indústria daconstrução enquadra-se entre osmaiores ramos da economia. Alémdisso, possui uma forte referência pú-blica, uma vez que cria a infraestrutu-ra de base para o funcionamento daeconomia geral (GEHBAUER, 2004).

Dessa maneira, devido às preocupa-ções em relação a maior eficiência eprodutividade, além das pressões naeconomia global para maior segu-rança, qualidade e redução de cus-

tos e tempo dos projetos de cons-trução, houve um interesse crescen-te na construção integrada por com-putador (VEERAMANI et al., 1998).

Esses desenvolvimentos estão per-mitindo uma radical evolução denovos paradigmas de interação nafragmentada indústria da constru-ção, além de desenvolver projetosusando tecnologias de computaçãointegrada para projeto colaborativo,planejamento dos processos deconstrução, execução e controledos processos e gerenciamento doprojeto (VEERAMANI et al., 1998).

O objetivo desse trabalho é mostraras possibilidades de interação e re-sultados do desenvolvimento de umprojeto de construção usando tec-nologia de construção integrada porcomputador através de um estudode caso comparativo com o proces-so tradicionalmente utilizado pelaindústria da construção.

Dessa maneira, buscam-se diretrizespara esse novo paradigma de projeto,contribuindo para a evolução dessesconceitos e conseqüentemente parauma maior integração de projeto e pro-dução na indústria da construção civil.

2. Caracterização da indústria daconstrução

O empreendimento de construção écaracterizado pela sua complexidadee singularidade, abrangendo múltiplasdimensões e participação de diferen-tes agentes com formações, atuaçõese metas próprias (FABRÍCIO, 2002).

Gehbauer (2004) expõe algumasparticularidades que tornam essaatividade complexa:- O produto da construção é indivi-

dual e o local de produção (cantei-ro de obras) varia de local paralocal, implicando condições locaisdiferentes para cada obra;

- A maioria dos projetos de constru-ção civil é de curta duração exis-tindo a pressão de tempo;

- Os trabalhos na construção civilsão executados por equipes indi-vidualmente especializadas;

- Os trabalhos de construção são su-jeitos às variações climáticas, umavez que são realizados em locaisainda não totalmente protegidos;

- O cliente da construção civil fisca-liza permanentemente a qualida-de, dimensões e materiais demodo que, durante a construção,é necessário considerar essas in-fluências adicionais;

- Na indústria da construção, torna-sedifícil predeterminar e otimizar o fluxode materiais no canteiro de obras de-vido às condições espaciais impos-tas pelo ambiente externo;

- Na indústria da construção, asempresas tercerizadas fazemparte do processo de produção nopróprio local de realização do pro-duto, podendo, inclusive, ter dife-rentes tercerizados no mesmo am-biente de trabalho. Esse aspectodificulta a coordenação e otimiza-ção dos processos de trabalho;

- Existência de conflitos entre diferen-tes equipes de trabalho e especial-mente em relação à gestão dos tra-balhos. No âmbito do gerenciamen-to, os conflitos são devidos a dife-rentes métodos e objetivos específi-cos. Por exemplo: o setor de com-pras observa apenas o melhor preçode aquisição, podendo assim resul-tar no fornecimento de um produtoinadequado ou com atraso, aumen-tando os custos da construção;

- Existência de conflitos com tercei-ros como órgãos da administraçãopública local, grupos de interesseou até mesmo com a justiça.

Nesse contexto, cada empreendi-mento exige uma formulação e umprojeto próprio. Assim, a concepçãoe o projeto devem, a cada empreen-dimento, mobilizar múltiplas técni-cas e agentes para concepção e de-senvolvimento do empreendimento(FABRÍCIO, 2002).

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Processos de projeto, sistemas CAD e modelagem de produtopara edificaçõesSergio ScheerD.Sc / Professor Adjunto do PPGCC da Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Construção CivilCentro Politécnico, CEP 81.531-990, Cx. Postal 19.011, Curitiba, Paraná. E-mail: [email protected]

Fabíola Azuma Eng. Civil / Mestranda do PPGCC da Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Construção CivilCentro Politécnico, CEP 81.531-990, Cx. Postal 19.011, Curitiba, Paraná. E-mail: [email protected]

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3. Processo de projeto sequencial

O processo de projeto contemplatodas as decisões e formulações comobjetivo de subsidiar a criação e a pro-dução de um empreendimento, partin-do da montagem da operação imobi-liária, passando pela formulação doprograma de necessidades e do proje-to do produto até o desenvolvimentoda produção, o projeto “as built” e aavaliação da satisfação dos usuárioscom o produto (FABRÍCIO, 2002).

Fabrício (2002) apresenta os princi-pais serviços e atividades do pro-cesso de projeto:- Concepção do negócio e desen-

volvimento do programa: Abrangea tomada de decisão, seleção doterreno, concepção econômica efinanceira e especificações dese-jadas no produto.

- Projetos do produto: concepção edetalhamento do produto: projetosde arquitetura, estruturas, instala-ções elétricas e hidráulicas, etc.

- Orçamentação: levantamento decustos

- Projetos para produção: seleção detecnologia construtiva (para a im-plantação em partes determinadasou subsistemas da obra), procedi-mentos de trabalho e recursos ma-teriais necessários para a execução.

- Planejamento de obra: acompa-nhamento do cronograma e dofluxo de caixa.

- Projeto as built: acompanhamentoda obra e atualização dos projetos

- Serviços associados: acompanha-mento de obra (projetistas), assistên-cia técnica e análises pós-ocupação.

No processo de projeto tradicional,essas atividades acontecem demodo seqüencial.

No entanto, o processo de projetotradicional e incremental é ineficien-te. O modo seqüencial é problemá-tico, pois permite perda e repetiçãoda informação, além de um longotempo de duração, uma vez queuma mudança no projeto é feita eentão passada para o próximo pro-fissional para atualizações (MARS-HALL-PONTING & AOUAD, 2005).

Os problemas no modo seqüencialincluem:- Relacionamento ineficiente entre

cliente-consumidor devido a falta daparticipação de outros departamen-tos envolvidos (Brödner, 1996 apudMarshall-Ponting & Aouad, 2005);

- Falta de competitividade em rela-ção a custos e qualidade (Womacket al., 1990 apud Marshall-Ponting& Aouad, 2005);

- Falta de atendimento a outros fa-tores além daqueles para produ-ção, marketing e outros serviçosque agregam valor à cadeia de de-senvolvimento do produto (Syan &Mennon, 1994 apud Marshall-Ponting & Aouad, 2005);

- Trabalho redundante e replicantenas diferentes interfaces entre de-partamentos (Muller, 1987 apudMarshall-Ponting & Aouad, 2005);

- Desenvolvimento lento do produtoe do processo de implementação(Buggert & Weilpuetz, 1995, apudMarshall-Ponting & Aouad, 2005).

Veeramani et al. (1998) acrescentaoutros fatores nesse cenário pro-blemático:- Problemas de projeto de instala-

ções (facilidades) reconhecidosapenas na fase de construção, im-plicando modificações no projetodurante a etapa de execução,tendo impactos não apenas na pro-dutividade bem como em relaçãoaos custos e prazos do projeto;

- Menor flexibilidade, resultando empossibilidades de mudanças abaixodo ideal para superar problemas deconstrução. Por exemplo: uma edi-ficação típica consiste de diferentestipos de subsistemas (estrutural,elétrico, hidráulico, ar-condiciona-do, entre outros) que necessitamser adaptados ao espaço disponí-vel. Devido à complexidade de cadasubsistema, o projeto é realizadopor grupos de pessoas separados.No processo tradicional, nos quais

esses subsistemas são coordena-dos, podem ocorrer conflitos de es-paço ou dificuldades de configura-ção. Uma vez que atrasos no proje-to de construção implicam custos, atendência típica é fazer modifica-ções locais. Essa solução pode ser-vir para problemas imediatos deconstrução, no entanto, a longoprazo, podem ocorrer problemas demanutenção e acessibilidade.

Diante deste cenário, uma soluçãopromissora para superar esses proble-mas e reduzir custos é a engenhariasimultânea (VEERAMANI et al., 1998).

4. Processo de projeto simultâneo

Engenharia simultânea pode ser de-finida como o processo, no qualgrupos interdepartamentais traba-lham de modo interativo e formal noprojeto do ciclo de vida completo doproduto ou serviço, com o objetivode encontrar e realizar a melhorcombinação entre as metas de qua-lidade, custo e prazo (MUNIZ JR,1995 apud FABRÍCIO, 2002).

Uma das principais vantagens daengenharia simultânea é a reduçãodas incertezas no processo de pro-jeto (KOSKELA; HUOVILA, 1997apud FABRÍCIO, 2002).

A superioridade dos resultados atin-gidos com o desenvolvimento deprodutos por meio da Engenharia si-multânea comparada ao processoseqüencial pode ser mostrada es-quematicamente pela figura abaixoadaptada de Kruglianskas (1995) noqual as curvas representam o tempode desenvolvimento e a área sobre acurva representa o custo do projetoao longo do tempo (FABRÍCIO, 2002).

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Comparação do desenvolvimento de produto em engenharia seqüencial e em engenhariasimultânea. Fonte: Adaptada de Kruglianskas (1995) apud Fabrício (2002).

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Analisando a figura, é possível exa-minar que a maior parte das deci-sões nos projetos com engenhariasimultânea concentra-se nos primei-ros meses de projeto; em contrapar-tida, na engenharia seqüencial, alémdas decisões, um grande número derevisões e modificações ocorre maistarde, podendo inclusive ocorrerapós o lançamento do produto. Issoreforça a idéia de que a qualidadedeve ser buscada desde as primeirasfases dos empreendimentos e queos projetos têm um papel decisivonesta procura (FABRÍCIO, 2002).

5. Tecnologia da informação eprocessos simultâneos

Como facilitador e catalisador da in-tegração entre os especialistas envol-vidos, a engenharia simultânea fre-qüentemente é associada ao uso in-tensivo da informática e das teleco-municações como ferramentas desuporte às decisões e à interaçãoentre especialistas (FABRÍCIO, 2002).

5.1. Building Information Modeling

Os sistemas CAD usuais se restingemem apresentar apenas a forma da in-formação através dos desenhos con-vencionais criados nos modelos decasca (wireframe). No entanto, existeuma necessidade real e uma oportu-nidade na indústria da construçãopara desenvolver sistemas baseadosem modelos sólidos especialmentedesenvolvidos a fim de atender às ne-cessidades da indústria da constru-ção. Esses modelos servem inclusivecomo base para a engenharia simul-tânea e para construção e projeto in-tegrado por computador (particular-mente para análises de construtibili-dade, seleção de equipamentos e re-cursos, geração do planejamento dosprocessos e controle operacional emtempo real) (VEERAMANI et al., 1998).

O uso de Building Information Mo-deling (BIM) atende essa necessida-de uma vez que consegue capturartodas as informações do ciclo devida da construção.

Conforme Peacock (2003), BIM é otermo que descreve o processo decriação de dados durante o projetoe construção de uma edificação.Conforme o autor, essa explicaçãotorna-se mais clara quando os ter-mos são separados:- Building: refere-se à instalação ou

edificação que está sendo tratadae gerenciada

- Information: a informação ou dadosque são obtidos da instalação ouedificação

- Modeling: refere-se ao modelo queabriga, mantém e controla o fluxode informações para melhor geren-ciar a instalação ou edificação.

De acordo com Graphisoft (2003)apud Fu et al. (2006), BIM é um re-positório padrão de informação di-gital de projeto de construção, oqual pode conter informações sobrea edificação, como aspectos deconstrução, gerenciamento, opera-ções e manutenção. Dessa maneira,segundo Peacock (2003) o uso doBIM também pode substituir oCAFM (Computer Aided Facility Ma-nagement) uma vez que o modelotambém pode ser usado para contere gerenciar todas as formas de in-formação da edificação.

Para Fu et al. (2006), o uso do BIMauxilia na padronização de informa-ções de projetos e planejamento,que usualmente são consideradosfragmentados nas diversas etapas easpectos de um projeto de edifica-ção. Dessa maneira, segundo osmesmos autores, com o uso doBIM, as informações podem se ade-quar aos requerimentos e formatosde interfaces, banco de dados, ar-quivos e dados de intercâmbio nasaplicações computacionais.

Koivu (2002) apresenta a definiçãode interoperabilidade dada por umgrupo de especialistas na área de TIque participou de uma rodada dométodo Delphi, promovida pela

Stanford University (CIFE) e VTT Buil-ding and Transport. Segundo essegrupo, interoperabilidade significa ocompartilhamento de uma estruturade modelo de dados de um produtoentre todas as aplicações relevantesao longo do ciclo de vida de uma fa-cilidade ou construção, fazendo usode uma estrutura de dados comum.

Para que os dados sejam comparti-lhados, é necessário que os dois sis-temas possuam estrutura de dadose semântica compatíveis, podendodessa forma utilizar diretamente osdados do outro sem necessidade detradução. A garantia da interoperabi-lidade reside no estabelecimento deconvenções comuns em ambos ossistemas em três níveis: formato delinguagem de representação, proto-colo de comunicação de agentepara agente e especificação do con-teúdo do conhecimento comparti-lhado (MICALI, 2000).

Ferreira (2005) reforça esses requisi-tos quando mostra que para existirinteroperabilidade é necessário tra-balhar com formatos padronizadose compartilháveis, além de disporde um mecanismo de comunicaçãoeficiente e adequado.

Segundo Jacoski (2003), a interope-rabilidade é essencial quando sedeseja alcançar produtividade ecompetitividade nas indústrias, umavez que existe uma representaçãodigital do produto e a participaçãodos diversos agentes.

Em uma pesquisa survey realizadapor Tse et al. (2005) em Hong Kong,o maior motivo para a utilização do

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BIM é a possibilidade de criar vistase cronogramas dinamicamente e au-tomaticamente. Os outros dois maio-res motivos para o uso do BIM foramindicados como: possibilidade de re-fletir mudanças instantaneamenteem todos os desenhos e cronogra-mas e a criação de um único arquivode projeto (TSE ET AL., 2005).

Por outro lado, essa pesquisa apon-tou algumas barreiras para o uso doBIM, como (TSE et al., 2005):- Separação entre as fases de proje-

to (concepção) e desenho,- Objetos inadequados;- Falta de capacidade para customi-

zar objetos;- Processo de modelagem compli-

cado e que requer tempo;- Falta de treinamento e suporte

técnico,- Custos na aquisição de arquivos

extras;- Indisponibilidade de uma versão

de software gratuita para teste

Dessas barreiras, a falta de integra-ção das etapas de projeto e dese-nho é o maior obstáculo, até mesmoem relação às barreiras técnicas.Dessa forma, é esperada uma maiorparticipação dos projetistas no usodo BIM para garantir a qualidade domodelo, além da promoção dasvantagens do uso do BIM no pro-cesso de projeto. Embora a pesqui-sa tenha sido conduzida em HongKong, os resultados fornecem umabase para comparação entre sur-veys similares (TSE ET AL. 2005).

5.2. Software paramétrico

Desde a introdução dos sistemasCAD, existem duas linhas distintas deprodutos: modelagem baseada ementidade e modelagem baseada emobjeto. Embora a maioria dos usuá-rios tenha optado para a modelagembaseada em entidade, continuaramos esforços na modelagem baseadaem objeto (TSE ET AL., 2005).

Os softwares que dão suporte à mo-delagem baseada em objeto incorpo-ram o conceito BIM e são chamadosVirtual Building, Parametric Modelingou Model-Based Design. Esses pro-dutos constroem modelos de edifica-ções com objetos paramétricos, comoparedes, colunas e janelas e são fun-damentados na modelagem baseadaem objeto. Por outro lado, os sistemasCAD baseado em entidade, represen-tam apenas entidades gráficas, comolinhas e arcos e não conseguem forne-

cer ricos significados semânticossobre a edificação (TSE ET AL., 2005).

Os pioneiros na modelagem basea-da em objeto na indústria da cons-trução são Nemetschek AllPlan eGraphiSoft ArchiCAD, inseridos,respectivamente em 1980 e 1984(Nemetschek 2004 e GraphiSoft2004a apud Tse et al., 2005).

Em seguida, Bentley e Autodesk,que já haviam absorvido um grandepedaço do mercado referente à mo-delagem baseada em entidade, co-meçaram a desenvolver modelosbaseados em objetos e subseqüen-temente lançaram o Bentley MicroS-tation Triforma e Autodesk Architec-ture Desktop, em 1996 e 1998, res-pectivamente (Bentley 2004 e Auto-desk 2004aa apud Tse et al., 2005).

Em 2000, Revit Technology Corpora-tion introduziu um novo modelo para-métrico chamado Revit, que apósdois anos foi adquirido pela Autodesk(Graves, 2002 apud Tse et al., 2005).Em 2002, Bentley reestruturou o Mi-croStation Triforma e transformou emuma nova linha de produtos chamadaBentley Building Information Mode-ling, incluindo sub-módulos em arqui-tetura, ar-condicionado e estrutura(Bentley 2004a apud Tse et al., 2005).Em 2003, Nemetschek lançou o All-Plan 2003 (Nemetschek 2004 apudTse et al. 2005) e, em setembro de2004, GraphiSoft lançou a última ver-são do ArchiCAD, versão 9 (Graphi-Soft 2004a apud Tse et al., 2005).

O uso desses softwares permite acriação de modelos de informaçãoque podem ser utilizados durante ociclo de vida do projeto.

6. Conclusão

O uso de Building Information Modelfavorece um ambiente de construçãoe projeto integrado por computador.Através de modelos e padronizaçãodos dados, é possível o intercâmbiode infomações entre os envolvidos noempreendimento. Isso torna a indús-tria da construção civil mais ágil epreparada para as mudanças neces-sárias e para as particularidades daatividade. Dessa maneira, o uso deBuilding Information Modeling contri-bui para o gerenciamento das ativida-des, reduzindo custos, conflitos entrestakeholders e favorecendo a comu-nicação, pois as discussões acabamgirando em torno de um único mode-lo computadorizado. O Building Infor-mation Modeling também fomenta a

engenharia simultânea, já que permi-te a análise de todos os elementos dociclo de vida do projeto, além de pos-sibilitar o trabalho paralelo das etapasdo processo de projeto.

No entanto, para que o Building Infor-mation Modeling seja totalmente in-corporado, é necessário uma reestru-turação dos processos de projeto, demodo que exista uma maior colabo-ração entre os projetistas e adoçãode atributos semânticos. Assim,lança-se o desafio para os profissio-nais e pesquisadores, tendo em vistao grande potencial para a melhoria daqualidade do projeto, agregando-lhevalor e melhorando a comunicaçãoentre os agentes envolvidos na cons-trução, na busca contínua da melho-ria da qualidade dos produtos finais.

Referências

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NASCIMENTO, L. A.; SANTOS, E.T. Barrei-ras para o uso da Tecnologia da Infor-mação na Indústria da Construção Civil.In.: WORKSHOP NACIONAL GESTÃODO PROCESSO DE PROJETO NACONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 2.,2002, Porto Alegre. Anais... Porto Ale-gre: PUC-RS, 2002. 1 CD-ROM

PRESSMAN, R. S. Engenharia de soft-ware. São Paulo: Pearson Educationdo Brasil,1995.

STEWART, R. A.; MOHAMED, S; DAET,R. Strategic implementation of IT/ISprojects in construction: a casestudy. Automation in Construction.v.11, n.6, p. 681-694, 2002.

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44 TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009

A gestão do tempo das equipes en-volvidas no processo produtivo de es-critórios de projetos deve ser, sem dú-vida, uma prioridade para a conquistade melhores resultados.

Em um escritório de projetos, o custo damão-de-obra representa o principal itemem relação ao custo total do negócio e,portanto, deve ser gerido de forma bas-tante criteriosa e cuidadosa.

Muitos escritórios já adotam a contra-tação de profissionais pelo modelo depagamento por horas trabalhadas, ouseja: paga-se apenas pelo que o profis-sional realmente produz. Outro modelode contratação consiste no pagamentomensal de salários fixos, conforme ocargo/função de cada colaborador.

Independentemente da forma de con-tratação, medir o tempo dedicado paracada projeto é tarefa fundamentaltanto para o estabelecimento de indi-cadores de produtividade por tipo deprojeto, quanto para a avaliação donível produtivo de sua equipe.

Por outro lado, alguns escritórios jáadotam de forma rotineira, processos(mesmo que manuais) para medir otempo gasto por cada profissional emcada projeto.

A pergunta que podemos fazer é:como podemos melhorar esse pro-cesso?

A resposta certamente passa pela mu-dança de alguns paradigmas e peloestabelecimento de processos com-plementares, envolvendo, cada vezmais, os próprios colaboradores.

Apontamento (ponto eletrônico) xapropriação

A figura abaixo apresenta uma novavisão sobre como melhorar a acuraci-dade das informações:

Cruzar o livro de ponto (apontamentos)com os tempos dedicados a elabora-ção de projetos (apropriações) permitea reflexão/anotação de horas produtivase improdutivas, ou seja: avaliar o tempoque não foi apropriado a um projeto (no

exemplo, representado pelos intervalosde tempo que, somados, representamum saldo de 2 horas e 45 minutos), alo-cando a um projeto (completando aapropriação) ou a empresa (trabalhosinternos), representando mais um itemde custos indiretos que não podem serdesconsiderados.

Alguns cuidados devem ser observadosao se adotar um processo como esse:

1. Envolvimento da equipe.

Empresas que adotam o pagamento dehoras trabalhadas por projeto (apro-priadas), já contam com o envolvimen-to completo da equipe no processo deapontamento e apropriação, visto queé de interesse dos próprios colabora-dores a apuração dos tempos gastos,uma vez que esse item representa o fa-moso “din din” do final do mês. Já asempresas que adotam o pagamentomensal, devem estabelecer esse tipode controle para estabelecer o cálculode banco de horas ou políticas de in-centivo ao aumento de produtividade.

De qualquer forma, em ambos oscasos, é necessário observar que nãose pode desconsiderar os tempos im-produtivos ou adotar medidas de“coerção” de colaboradores porqueesse tipo de iniciativa, certamente,pode gerar expressivas distorções nosresultados. Ou seja: incentivem seuscolaboradores a indicar correta e ho-nestamente o que ocorreu, atribuindoos tempos improdutivos à empresapois, mais tarde, eles podem ser soma-dos a outros custos indiretos e, oportu-namente, rateados a cada projeto deacordo com critérios de cada escritório.

2. Quanto mais automático, melhor!

Automatizar os processos de aponta-mento e apropriação não é impossível,uma vez que a esmagadora maioria dasatividades é executada com auxílio deum computador e já existe software quepermite a realização desse tipo de mo-nitoramento. Isso não quer dizer que amáquina pode resolver tudo sozinha,

pois não há sistema que funcione deforma adequada se não houver porparte dos usuários um mínimo de disci-plina. De qualquer forma, cada escritó-rio deve estabelecer a forma mais ade-quada de automatizar o processo demonitoramento e apuração de tempos.

3. Memória recente e equipe.

Avaliar os saldos entre apontamentos eapropriações em longos espaços detempo (por exemplo, no fechamentomensal) não é uma prática recomendadapois a tendência de o usuário “chutar” asapropriações é muito grande, já que émuito difícil lembrar o que você fez emdeterminado horário há 30 dias. Assim, arecomendação é: estabeleça uma rotinadiária onde todos os profissionais devemrealizar esse trabalho no final de cada diade trabalho. Com isso, a informação cer-tamente será mais precisa e o banco es-tará sempre atualizado.

Outra atitude que pode ser adotada é oestabelecimento de equipes, envolven-do coordenadores no processo deacompanhamento e orientação dossaldos de seu time de trabalho.

4. Avaliações periódicas.

Não basta apenas capturar os dados!Avaliá-los periodicamente e estabele-cer/rever metas devem ser práticas roti-neiras para os gestores de escritórios deprojetos. Essas análises podem ser rea-lizadas considerando-se diversos focos,entre eles: tempo gasto por projeto,cliente, forma de apuração (manual ouautomática), origem dos dados, produti-vidade, entre outros.

Todo esse esforço certamente serárecompensado com inevitável aumen-to de produtividade, com estabeleci-mento de índices de produtividadeque poderão orientar precificação denovos negócios e o tão procurado au-mento de rentabilidade que todo em-presário almeja.

* José Pires Alvim Neto é administrador deempresas e pós-graduado em Qualidade noDesenvolvimento de Software. É sócio/diretortécnico da Ação Sistemas e possui mais de24 anos de experiência com desenvolvimentoe comercialização de sistemas para omercado da construção civil.

ARTIGO

Métricas para aumentar a produtividadePor José Pires Alvim Neto*[email protected]

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Nos dias 8, 9, 15 e 16 de maio de 2009, participamos docurso de “Cálculo de Alvenaria Estrutural em Blocos Ce-râmicos - Selecta/UFSCar”, ministrado pelo prof. dr. Gui-lherme Aris Parsekian.

Foram abordados diversos assuntos pertinentes à con-cepção de projetos, dimensionamento e detalhamento,de acordo com a NOVA NORMA, para Alvenaria de Blo-cos Cerâmicos, que brevemente entrará em vigor.

O curso estava com sua capacidade máxima, formandouma ótima turma, com profissionais que atuam em diver-sos segmentos da engenharia, arquitetura e construção.

Com uma abordagem séria e utilizando exemplos e exer-cícios práticos, os itens da norma foram explicados, mos-trando inclusive os fundamentos teóricos e/ou procedên-cia de cada termo, das expressões de verificação e/ou di-mensionamento - Inclusive dos coeficientes de segurança.

Através desse curso, tivemos também a oportunidadede rever alguns aspectos importantes da aplicação danorma de Ações e Segurança, também pelos exemplose exercícios aplicados.

Foram excelentes aulas, com a didática excelente do prof.Guilherme e com o não-menos importante apoio gerenciale técnico da eng. Márcia Melo, da Selecta, e sua equipe.

Novas turmas estão sendo programadas para o segun-do semestre de 2009. Para mais informações, acesse:http://www.selectablocos.com.br/

A Rudloff Sistemas de Protensão inaugurou, em dezem-bro/2008, sua nova fábrica de componentes para aconstrução civil.

O novo ambiente foi projetado para atender a requisitosde qualidade, saúde e segurança no ambiente de traba-lho, assim como a um layout que permita maior dinamis-mo no recebimento e estocagem de materiais, nas ope-rações de corte, usinagem, acabamento e montagem depeças e equipamentos e no seu armazenamento.

Com a preocupação de atender às necessidades atuaisde conservação ambiental, o novo espaço conta com re-cursos de ventilação e iluminação prioritariamente natu-rais. Luzes artificiais somente são necessárias para traba-lhos noturnos ou para dias muito nublados. Com omesmo intuito, a empresa está investindo também na al-teração do seu sistema de aquecimento de água, que, em

2009, passará a ser feito por painéis solares, e no aprovei-tamento de água da chuva, a ser realizado também nesteano, através da instalação de reservatórios adequados esistema de conservação e circulação da água pluvial.

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Como de costume, a TQS esteve presente na Feicon Ba-timat – Feira Internacional da Indústria da Construção –onde foram realizadas diversas apresentações darecém-lançada Versão 14 dos Sistemas CAD/TQS. Apro-veitamos a oportunidade para mostrar diversos recursosque foram introduzidos no software, como, por exemplo,o TQS PREO, software para estruturas pré-fabricadas deconcreto armado e protendido. Muitos colegas, curiososestudantes, antigos e novos clientes, estiveram presen-tes em nosso estande.

NOTÍCIASFEICON BATIMAT- 200924 a 28 de março de 2009, São Paulo, SP

Rudloff inaugura novo espaço em sua fábrica de componentes para a construção civil

Curso de Cálculo de Alvenaria Estrutural em Blocos Cerâmicos - Selecta/UFSCar8, 9, 15 e 16 de maio de 2009, São Paulo, SP

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A Revista IBRACON de Estruturas e Materiais – RIEMacaba de lançar as duas primeiras edições de 2009.Com o objetivo de divulgar as pesquisas técnico-cientí-ficas sobre o concreto, nos aspectos estrutural e mate-rial, para o mercado construtivo, o periódico tem recebi-do apoio da comunidade técnica, seja por sua leitura,seja pelo encaminhamento de artigos para publicação.

Nestas edições, o leitor poderá se atualizar sobre os se-guintes temas:- Estudo sobre Armadura Mínima de Cisalhamento de

Lajes-Cogumelo de Concreto Armado.- Caracterização das propriedades do betão em elemen-

tos produzidos com BAC e betão convencional.- Modelagem por Elementos Finitos do Comportamento

do Concreto nas Primeiras Idades.- Técnicas para monitorar a abertura de fissura e a posi-

ção da linha neutra em vigas de concreto reforçadocom fibras de aço submetidas à flexão.

- Resistência e deformabilidade de blocos vazados deconcreto: correlação entre os resultados experimentaisde blocos e corpos-de-prova cilíndricos.

-

Curvas de Correlação para Caracterizar Concretos Usa-dos no Rio de Janeiro por Meio de Ensaios Não Destru-tivos.- Estudo Comparativo dos Critérios de Dimensionamen-

to ao Cisalhamento Longitudinal em Lajes Mistas deAço e Concreto.

- Influência das fibras de aço e das adições minerais nafissuração de tirantes de concreto armado.

- Modelos de Fissuração Distribuída em Vigas de Con-creto Armado pelo Método dos Elementos Finitos.

- Produção de cimento com economia de energia porotimização da granulometria da matéria prima.

Os artigos são revisados pelo Conselho Editorial e porprofissionais nacionais e internacionais selecionadosdentre os associados do IBRACON com reconhecidacompetência nos assuntos específicos.

O acesso a RIEM é livre. Todos estão convidados a con-tribuir com futuras edições, submetendo artigos técnico-científicos para publicação. Para acessá-la, entre napágina do IBRACON: www.ibracon.org.br, menu Publi-cações - Revista IBRACON de Estruturas e Materiais- Volumes - Veja a edição completa.

Palestra sobre novas tecnologias em fôrmasoficializa nova delegacia regional da ABECE7 de julho de 2009, Blumenau, SC

Para oficializar a Delegacia Regional SC-Leste, comsede em Blumenau, a ABECE promoveu, na noite de 7de julho de 2009, a palestra Novas Tecnologias em Fôr-mas para Concreto e Escoramentos Metálicos com aeng. Maria Alice Moreira, diretora responsável pela forçacomercial da SH Fôrmas e Escoramentos, empresacomposta de 56 engenheiros.

Lançadas a primeira e segunda edição de 2009 da RIEM

PADROEIRA DOS ENGENHEIROS CIVIS

Eng. José Sérgio dos Santos, Fortaleza, CE

- Dr. Silva, mas que surpresa encontrá-lo aqui! Não sabia que osenhor era religioso!?

- Sou devoto da padroeira dos engenheiros civis.- E quem é ela?- É a Nossa Senhora do Concreto.

EXPLICANDO AO ARQUITETO

Eng. José Sérgio dos Santos, Fortaleza, CE

- Com o nosso software somos capazes de prever como ficará oprédio após a atuação do vento.

- Valha-me Deus! E o meu prédio vai ficar torto deste jeito?!?!

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Cerca de 50 profissionais, entre presidentes de entida-des, conselheiro do Confea e amigos, prestigiaram oevento, que foi realizado na sede da AEAMVI (Associa-ção dos Engenheiros e Arquitetos do Médio Vale do Ita-jaí), situada em Blumenau (SC).

Antecedendo a palestra, foi formalizada a constituiçãoda delegacia regional da ABECE em Blumenau, que temcomo responsável o eng. Luiz Carlos Gulias Cabral, en-genheiro civil formado pela Universidade Federal do Pa-raná em 1971, especialista em estruturas, ex-professore diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da Univer-sidade Regional de Blumenau.

A eng. Regina Hagemann, de Joinville, atua como dele-gada adjunta da nova regional.

Ambos, ao fazerem uso da palavra, agradeceram a presen-ça de todos pelo prestigio ao evento. Ressaltaram a impor-tância da ABECE e suas principais finalidades, conclaman-do toda a categoria a se unir com o propósito da valoriza-ção profissional e atendimento às expectativas da socieda-de em relação à profissão do engenheiro estrutural.

Palestra

Em sua palestra, a eng. Maria Alice Moreira enfocou opanorama atual da construção civil no mundo e no Bra-sil, em particular. “Na brilhante apresentação, ela discor-reu sobre a importância do emprego de novas tecnolo-gias e adoção de sistemas construtivos ágeis, seguros eeconômicos e apresentou as diversas soluções para ossistemas de formas e escoramentos da SH”, comenta odelegado regional.

Após a palestra, a AEAMVI ofereceu um jantar aos pre-sentes para marcar a oficialização da nova delegacia re-

gional da ABECE, que passa a integrar o quadro das 12já existentes nas principais localidades do país.

Para mais informações, acesse:http://www.abece.com.br/

Fonte: Assessoria de Impressa da ABECE.

Eng. Luis Carlos G. Cabral, delegado da nova regional, fala aopúblico presente

Eng. Maria Alice Moreira durante a palestra da SH Fôrmas

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O Instituto de Estudo dos Materiais de Construção –IEMAC, a Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA,e o Instituto Brasileiro do Concreto – IBRACON, realiza-rão nos dias 5 e 6 de setembro de 2009, na UNIFOR,em Fortaleza, as Jornadas de Engenharia.

As Jornadas de Engenharia representam uma importan-te etapa para aquisição de novos conhecimentos, técni-cas e tecnologias que sejam de grande valia para melho-ria da performance do profissional que atua no âmbitoda engenharia e da arquitetura.

Tem como objetivos: Promover a divulgação de novastecnologias e novos conhecimentos na área de Tecnolo-gia do Concreto e Patologia das Estruturas, aperfei-çoar profissionais da área de engenharia civil e arquite-tura, contribuindo para a melhoria da qualidade, e con-seqüentemente maior durabilidade das edificações.

Estão confirmadas as participações dos seguintes pro-fessores e pesquisadores:

- Prof. Paulo Roberto do Lago Helene (Poli/USP, Brasil)- Eng. Carlos Henrique Siqueira (Ponte Rio-Niteroi, Brasil)- Prof. Eliana Cristina Barreto Monteiro (Poli/UPE, UNICAP,

PE, Brasil)- Prof. Bernardo Fonseca Tutikian (UNIVATES-UNISI-

NOS, RS, Brasil)- Prof. Aníbal Guimarães Costa (Universidade de Aveiro,

Portugal)- Eng. Ricardo Farias (Vedacit-Otto Baumgart, Brasil)- Prof. Gibson Rocha Meira (IFPB, Brasil)- Prof. Humberto Salazar Varum (Universidade de Aveiro,

Portugal)- Prof. Maryangela Geimba de Lima (ITA, Brasil)

Informações complementares poderão ser obtidas no:Laboratório de Materiais de Construção – Uva, CE, Cam-pus da Cidao, avenida dr. Guarani, 317, Sobral, CE, BrasilFone/fax: (88) 3611 6796E-mail: [email protected]: http://www.sobral.org/jornadas2009

Em três dias de realização, a Concrete Show reúnirá osprincipais players do universo da cadeia do concreto naconstrução civil sul-americana. O evento apresentarátecnologia em equipamentos, serviços, produtos e siste-mas construtivos à base de concreto, servindo de plata-forma para lançamento de produtos, reforço de marca,join-venture, vendas e networking.

O Concrete Show 2009 trará mais conteúdo, crescendoem 30% o número de debates, palestras, fóruns e apre-sentações. Serão 12 seminários apresentando 110 pa-lestras, fóruns e workshops durante o evento, entre osquais podemos destacar:- 11º Seminário Tecnologia de Estruturas e Fundações: Pro-

jeto e Produção com foco na racionalização e qualidade- Seminário Pavimento de Concreto no Modal Nacional

de Transportes: Uma Realidade Consolidada- 3º Seminário de Pisos e Revestimentos de Alto Desem-

penho

- Seminário Sistema de Parede de Concreto na Constru-ção Habitacional Brasileira

- Seminário de Alvenaria Estrutural- Workshop ABECE: Estruturas de Concreto e Critérios

de Conformidade- Seminário Construção Sustentável com Concreto- Seminário de Fôrmas e Escoramentos- Seminário Pré-fabricação - O Contexto Habitacional e

Sustentabilidade- Seminário Concreto Auto Adensável- Seminário Soluções para Cidades Modernas

A TQS participará do Concrete Show South America2009 com estande próprio, número 135, onde espera-mos a visita de inúmeros colegas, clientes e interessa-dos em conhecer os Sistemas CAD/TQS.

Para maiores informações, sobre a feira e inscrições emseus eventos, acesse: http://www.concreteshow.com.br/

Concrete Show 200926 a 28 de agosto de 2009, São Paulo, SP

Jornadas de Engenharia5 e 6 de setembro de 2009, UNIFOR, Fortaleza, CE

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Maior fórum nacional e latino-americano de debatessobre a tecnologia do concreto e suas aplicações emobras civis, a 51ª edição do Congresso Brasileiro doConcreto será realizada na Expo Unimed, em Curitiba,de 6 a 10 de outubro. Promovido pelo Instituto Brasilei-ro do Concreto – IBRACON, o evento vai discutir o con-creto para obras de infra-estrutura sustentáveis.

A diversidade de acontecimentos técnico-científicos eo nível dos participantes fazem a diferença nesse tipode evento do setor construtivo nacional. Estão progra-madas 41 sessões de palestras técnico-científicas, 2workshops sobre temas controversos, 6 conferênciasplenárias com palestrantes internacionais, 2 concursosestudantis, 1 mesa redonda sobre “Os Materiais Ci-mentícios na Indústria de Gás e Óleo”, 1 seminário Ele-trobrás de construção e manutenção de obras civis, 1seminário de sustentabilidade, cursos de atualizaçãoprofissional, sessões pôsteres, Feira de Produtos eServiços para a Construção - Feibracon, palestras téc-nico-comerciais e reuniões institucionais. Uma marato-na do saber, onde tradicionalmente engajam-se estu-dantes, pesquisadores, professores, técnicos, calculis-tas, tecnologistas, vendedores técnicos, marqueteiros,diretores e gerentes de empresas, empresários, cons-trutores, funcionários públicos e outros agentes da ca-deia da construção civil.

As inscrições para o 51º Congresso Brasileiro do Con-creto estão abertas e com valores promocionais até

25 de setembro! Atualize-se! Saiba mais sobre o 51ªCBC 2009 acessando: www.ibracon.org.br

Fonte: Informativo IBRACON - 08/07/2009

A ABECE promoveu, ao longo do primeiro semestre de2009, o curso Cálculo de Pilares de Concreto Armadoem Porto Alegre, São Paulo, São Carlos e Curitiba. Maisuma vez o eng. Alio Ernesto Kimura, da TQS InformáticaLtda., brilhantemente abordou os principais aspectos re-ferentes ao cálculo de pilares de concreto, principalmen-te no que se refere à análise das imperfeições geométri-cas e dos efeitos locais de 2ª ordem.

Para maiores informações sobre as próximas turmas,acesse: www.abece.com.br

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Curso: Cálculo de Pilares de Concreto Armado6 e 7 de março, Porto Alegre, RS - 3 e 4 de abril, São Paulo, SP8 e 9 de maio, São Carlos, SP - 19 e 20 de junho, Curitiba, PR

Porto Alegre, RS Curitiba, PR

São Paulo, SP

51° Congresso Brasileiro do Concreto6 a 10 de outubro de 2009, Curitiba, PR

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Os interessados em inscrever seus projetos para a sé-tima edição do Prêmio Talento Engenharia Estruturaljá podem fazê-lo por intermédio do sitehttp://www.premiotalento.com.br.

As inscrições vão até o dia 31 de agosto de 2009 epodem concorrer empresas ou profissionais projetistasde estruturas, sediados no território nacional, que te-nham realizado projeto que tenha sido executado dentrode um período de cinco anos anteriores ao ano do con-curso e cuja estrutura esteja executada.

Os projetos concorrerão em quatro categorias (Infraestrutu-ra, Edificações, Obras de pequeno porte e Obras especiais)e o vencedor em cada uma será contemplado com uma via-

gem para participar da World of Concrete 2010, a maior feirade produtos e tecnologia para sistemas construtivos a basede concreto, que será realizada em Las Vegas (USA).

O Prêmio Talento Engenharia Estrutural é promovidopela ABECE e Grupo Gerdau, com apoio da RevistaTéchne (Editora Pini), CBIC (Câmara Brasileira da Indús-tria da Construção) e Confea (Conselho Federal de En-genharia, Arquitetura e Agronomia).

A premiação será entregue em 12 de novembro de2009 no ENECE (Encontro Nacional de Engenharia eConsultoria Estrutural), evento promovido anualmentepela ABECE.

Fonte: Abece.News, nº 69, Ano 6.

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O VII Simpósio da Escola Politécnica da Universidade deSão Paulo sobre Estruturas de Concreto – VII EPUSP –será realizado como evento paralelo do 51º CongressoBrasileiro do Concreto, que acontece de 6 a 10 de outu-bro de 2009.

Esta edição do evento, além das sessões plenárias epôsteres, espera contar com a presença dos seguintesespecialistas nacionais e estrangeiros:

Palestrantes convidados: prof. Alberto Carpinteri (Politécnicode Torino), prof. Carlos Eduardo Moreira Maffei (Poli/USP),

prof. Christian Bohler (Univ. Saarbrucken), prof. James Wright(Univ. Michigan) e prof. Peter Marti (ETH, Zurich).

Durante o evento, vão ser debatidos os seguintes temas: pro-jeto e métodos construtivos de estruturas complexas, moder-nização de códigos de projeto, monitoração de estruturas,aspectos inovadores na análise e projeto de estruturas.

No evento, serão homenageados os professores ErnaniDias e José Zamarion Diniz.

Para mais informações, acesse: http://www.ibracon.org.br/eventos/simp/simposio.asp

VII Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto6 a 10 de outubro de 2009, Curitiba, PR

O 2º Encontro Nacional de Pesquisa-Projeto-Produçãoem Concreto Pré-Moldado acontecerá nos dias 3 e 4 denovembro de 2009, em São Carlos, São Paulo.

O evento objetiva promover a integração dos setores aca-dêmico e produtivo relacionados ao concreto pré-molda-do. A reunião técnica vai discutir os seguintes temas: sis-temas estruturais; ligações; componentes e materiais;lajes pré-fabricadas; obras emblemáticas; e aplicaçõesespeciais do concreto pré-moldado.

Trata-se da segunda edição do encontro realizado emnovembro de 2005, em São Carlos. O 1º Encontro Na-cional de Pesquisa-Projeto-Produção em Concreto pré-moldado contou com 252 participantes. Foram ministra-das três palestras de renomados profissionais estrangei-ros e apresentados 45 trabalhos técnicos.

Para mais informações, acesse:http://www.set.eesc.usp.br/2enpppcpm/

2º Encontro Nacional de Pesquisa-Projeto-Produção em Concreto Pré-Moldado3 e 4 de novembro de 2009, São Carlos, SP

A Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Es-trutural - ABECE promove, no dia 12 de novembro de2009, em São Paulo, o ENECE 2009 - 12º Encontro Na-cional de Engenharia e Consultoria Estrutural. Sob o temaNovas tecnologias de projeto, construção e gestão, oevento é dirigido a profissionais da área de projetos estru-turais, construtores, estudantes e interessados em geral.

A programação inclui a presença de renomados profis-sionais que farão apresentações sobre as novas tecno-logias existentes e suas aplicações (como o BIM – Buil-ding Information Modeling), sistemas construtivos e ma-teriais, assim como o planejamento necessário paraatender às novas tendências.

O objetivo da ABECE é promover o debate e a difusãode conhecimento sobre essas recentes tecnologias bus-cando esclarecer suas particularidades.

No final da programação, acontece a festa de premiaçãodos vencedores da sétima edição do Prêmio Talento Enge-nharia Estrutural, promovido pela ABECE e pela Gerdau.

Em breve, as inscrições estarão abertas. Mais informa-ções podem ser obtidas pelo telefone (11) 3938-9400 oue-mail [email protected].

Para mais informações, acesse: http://www.abece.com.br/

Fonte: Assessoria de Impressa da ABECE.

ENECE 2009 - 12º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural12 de Novembro de 2009, WTC Convention Center, São Paulo, SP

VII Prêmio Talento Engenharia Estrutural com inscrições abertas

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Page 51: Jornal TQS 29 (11 08)download.tqs.com.br:8080/download/JornalTQS29.pdf · 2009. 8. 26. · pré-moldado de concreto. Desde pequeno, Carlos Eduardo E. Melo decidiu-se pela engenharia.

A análise dinâmica tem-se tornado uma tarefa cada vezmais necessária durante o projeto de edifícios de con-creto. Diante disso, é necessário conhecer as metodolo-gias relacionadas a este assunto.

Ao longo do primeiro semestre de 2009, eng. Sérgio Sto-lovas, junto com o eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva,

apresentaram o curso em Blumenau, São Carlos, Belém,São Paulo e Salvador:

Divulgaremos as datas das novas turmas do segundosemestre de 2009 em nosso site.

Ao longo do primeiro semestre de 2009, diversas pales-tras foram apresentadas no Instituto de Engenharia deSão Paulo. Entre elas, podemos destacar:

19/03/2009: Controle de Qualidade de Projetos deEstruturas de ConcretoExpositor: Prof. dr. eng. Enrique Gonzalez Valle

16/04/2009: Pontos Polêmicos na Alvenaria EstruturalExpositor: Eng. Arnoldo Wendler Filho

21/05/2009: Tipologia de Obras em Pré-fabricado -Estudo de CasosExpositor: Eng. Carlos Eduardo Emrich Melo

18/06/2009: Análise de Desempenho Funcional deEstruturas sob Efeitos Dinâmicos Induzidos por Atividades HumanasExpositores: Eng. Sergio E. Stolovas e eng. Luiz AurélioFortes da Silva

02/07/2009: Nova Norma de Projeto e Execução deAlvenaria Estrutural de Blocos CerâmicosExpositor: Prof. dr. eng. Guilherme A. Parsekian

16/07/2009: Complexo Anhanguera - Projeto e Assessoria Técnica à ObraExpositor: Prof. dr. eng. Fernando Rebouças Stucchi

Link para assistir aos vídeos das palestras:http://www.ie.org.br/ - TV Engenharia

“Este segundo volume de Cálculo e De-talhamento de Estruturas Usuais deConcreto Armado é uma continuaçãonatural do volume 1, publicado em 2007.Mantém as mesmas características:texto didático destinado a alunos de En-genharia Civil e a profissionais que quei-ram aprofundar seus conhecimentos.Portanto, este volume complementa o

anterior. Os dois primeiros capítulos consideram as lajesnervuradas e as lajes sem vigas (lisas) e cogumelo, com-plementando o cálculo de pavimentos de edifícios. Damaneira como o assunto é apresentado na NBR6118:2003, o capítulo 3 é inédito. Trata da ação do vento

em edificações e da análise de estabilidade global emestruturas reticuladas. No capítulo 4, aborda-se flexãocomposta normal e oblíqua, de forma bem prática, paraaplicar esses conceitos no capítulo 5, em que se estu-dam o dimensionamento e o detalhamento de pilares,assuntos em que há muitas dúvidas entre os iniciantesem engenharia estrutural. Finalmente, para complemen-tar os conhecimentos básicos que todo engenheiro civilprecisa ter, apresentam-se, nos capítulos 6 e 7, o cálcu-lo e o detalhamento de elementos de fundação, mais es-pecificamente das sapatas e dos blocos sobre estacas”

Para maiores informações de compra, acesse:http://www.piniweb.com.br/

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TQSNews • Ano XIII, nº 29, agosto de 2009 51

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Lançamento do livro Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado - Volume 2Aplicação prática dos conceitos teóricos para cálculo e detalhamento de estruturas de concreto armado.Autores: Roberto Chust Carvalho e Libânio Miranda Pinheiro.

Palestras no Instituto de Engenharia de São Paulo

Curso: Dinâmica Aplicada em Estruturas de Concreto13 e 14 de Março de 2009, Blumenau, SC - 3 e 4 de Abril de 2009, São Carlos, SP15 e 16 de Maio de 2009, Belém, PA - 19 e 20 de Junho de 2009, São Paulo, SP17 e 18 de Julho de 2009, Salvador, BA

Blumenau, SC São Carlos, SP

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Ao longo do primeiro semestre de 2009, continuamosapresentando o curso padrão (Alvenaria estrutural eConcreto Armado) sobre os Sistemas CAD/TQS em di-versas cidades do Brasil. Os seguintes cursos foramrealizados:

Curso Técnico Padrão - CAD/TQS e CAD/Alvest

Curso Padrão, São Paulo, abril de 2009 Curso CAD/Alvest, São Paulo, abril de 2009

Curso Padrão, Salvador, maio de 2009 Curso Padrão, Curitiba, maio de 2009

Curso Dinâmica - Belém, PA Curso Dinâmica - Salvador, BA

Curso Dinâmica - São Paulo, SPCurso Dinâmica - São Paulo, SP

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Curso Padrão, Brasília, junho de 2009 Curso Padrão, Ribeirão Preto, julho de 2009

Curso Padrão, Ribeirão Preto, julho de 2009 Curso CAD/Alvest, Florianópolis, julho de 2009

Curso Padrão, Brasília, junho de 2009 Curso Padrão, Cuiabá, julho de 2009

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ALMEIDA FILHO, Fernando Menezes deContribuição ao Estudo da Aderência entre Barrasde Aço e Concretos Auto-Adensáveis

Tese de DoutoradoUSP - Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, SP, 2006Orientadora: Prof. Dr. Ana Lucia Homce de Cresce El Debs

A busca por novos materiais estruturais visa a melhoriada qualidade e desempenho das estruturas, impulsio-nando o desenvolvimento científico e tecnológico. Oconcreto auto-adensável surgiu da necessidade de sedispensar o difícil e oneroso trabalho de vibração doconcreto, sendo definido como um material capaz defluir dentro de uma fôrma, passando pelas armaduras epreenchendo a mesma, sem o uso de equipamentos devibração. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudoteórico-experimental da aderência aço-concreto, utili-zando concreto do tipo auto-adensável, mediante en-saios monotônicos de flexão em vigas e de arrancamen-to seguindo o modelo padrão do Rilem-Ceb-Fip (1973).O estudo considerou como parâmetros fundamentais o

tipo de concreto (auto-adensável e convencional), a re-sistência à compressão do concreto e os diâmetros dasbarras. Ainda, realizou-se um estudo com relação à va-riabilidade do concreto auto-adensável nos estadosfresco e endurecido, constatando que este possui pe-quena variação. De posse dos resultados, buscou-se ve-rificar a previsão das formulações empregadas na litera-tura e pelos principais códigos internacionais. De acordocom os resultados, o comportamento dos modelos deviga e de arrancamento para ambos os concretos foi si-milar, mostrando que o concreto auto-adensável possuicaracterísticas semelhantes ao concreto convencional,com as vantagens da trabalhabilidade no estado fresco.Quanto à análise numérica, os modelos desenvolvidosrepresentaram de forma satisfatória o comportamentodos ensaios, e forneceram uma idéia do comportamen-to da tensão de aderência na sua interface. Com relaçãoàs formulações teóricas, verificou-se que tanto para oconcreto convencional quanto para o auto-adensável,ocorre uma superestimativa da resistência de aderência.

Para maiores informações, acesse: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-28112006-171927/

Dissertações e teses

ANDOLFATO, Rodrigo PiernasEstudo Teórico e Experimental da Interação de Paredes em Edifícios de Alvenaria Estrutural

Tese de DoutoradoUSP - Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, SP, 2006Orientador: Prof. Dr. Marcio Antonio Ramalho

A presente tese versa sobre ampla investigação emtorno da distribuição das ações verticais entre paredesde alvenaria estrutural dentro de um edifício. O edifíciofoi caracterizado como pertencente ao sistema comple-xo de paredes, o qual é de uso mais comum no Brasil.Desenvolveu-se análise numérica no edifício, com obje-tivo de predizer o comportamento na análise experimen-tal, assim como na comparação entre os próprios mode-

los numéricos. Serviu de modelo experimental um edifí-cio em escala real, o qual foi monitorado, durante suaexecução e depois dela, com ensaio de prova de carga.Realizou-se monitoramento mediante uso de unidadesespeciais de alvenaria instrumentadas para se converte-rem em células de carga, nas quais as tensões em cadaponto de análise puderam ser determinadas. Tabelas egráficos foram montados para tornarem possível a veri-ficação das diferenças entre todos os modelos analisa-dos. Como principais conclusões uma se mostrou degrande importância e foi esta: as paredes sofrem efeitoda flexão e a causa são as rotações nas lajes apoiadaspor elas.

Para maiores informações, acesse: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-28112006-130009/

TRISTÃO, Gustavo AlvesAnálise Teórica e Experimental de Ligações VigaMista-Pilar de Extremidade com Cantoneiras de Assento e Alma

Tese de DoutoradoUSP – Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, SP, 2006Orientador: Prof. Dr. Roberto Martins Gonçalves

Este trabalho apresenta um estudo numérico e experi-mental do comportamento estrutural das ligações vigamista-pilar com cantoneiras de assento e alma. No es-tudo teórico foi desenvolvido, com base nos EURO-CODES 3 e 4, um procedimento para avaliação docomportamento das ligações mistas com cantoneirasde alma e assento e com chapa de topo. O trabalho deinvestigação experimental, abrangendo modelos sub-metidos a carregamentos monotônico e cíclico, foi

realizado no Instituto Superior Técnico (IST), Portugal,em que o objetivo principal foi avaliar a influência daforça axial de compressão no pilar para o comporta-mento do painel da alma do pilar, e conseqüentemen-te no comportamento global da ligação mista localiza-da em nó de extremidade. Nos ensaios experimentaisforam analisadas as rotações e deformações no painelda alma do pilar sem e com enrijecedor na alma dopilar. Adicionalmente, a eficiência da ancoragem dasbarras de armadura longitudinal foi verificada. Parale-lamente à investigação experimental, um estudo nu-mérico de ligações mistas foi realizado por meio domodelo em elementos finitos, o qual mostrou-se re-presentativo, tornando-se uma ferramenta para análi-ses paramétricas.

Para maiores informações, acesse: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-28092006-101125/

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Desenho realizado com os sistemas CAD/TQSE. Bicalho Rodrigues Engenharia Civil e Estrutural (Belo Horizonte, MG)

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DIRETORIA

Eng. Nelson CovasEng. Abram BelkEDITORES RESPONSÁVEIS

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Mariuza RodriguesEDITORAÇÃO ELETRÔNICA

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Fone: (11) 3883-2722Fax: (11) 3083-2798E-mail: [email protected]

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PRODUTOS

TQS INFORMA

CAD/TQS - Plena

A solução definitiva para edificações deConcreto Armando e Protendido.Premiada e aprovada pelos maisrenomados projetistas do país,totalmente adaptada à nova normaNBR 6118:2003. Análise de esforçosatravés de Pórtico Espacial, Grelha eElementos Finitos de Placas, cálculo deEstabilidade Global. Dimensionamento,detalhamento e desenho de Vigas,Pilares, Lajes (convencionais,nervuradas, sem vigas, treliçadas),Escadas, Rampas, Blocos e Sapatas.

CAD/TQS - Unipro

A versão ideal para edificações de até 20pisos (além de outras capacidadeslimitadas). Incorpora os maisatualizados recursos de cálculopresentes na Versão Plena. Adaptadaà nova NBR 6118:2003.

CAD/TQS - EPP Plus

Versão intermediária entre a EPP e aUnipro, para edificações de até 8pisos (além de outras capacidadeslimitadas). Incorpora os maisatualizados recursos de cálculopresentes na Versão Plena. Adaptadaà nova NBR 6118:2003.

CAD/TQS - EPP

Uma ótima solução para edificações depequeno porte de até 5 pisos (além deoutras capacidades limitadas). Adaptadaà nova NBR 6118:2003.

CAD/TQS - EPP Home

A mais nova versão da família EPP. AEPP Home é a porta de entrada paraedificações de pequeno porte, comuma ótima relação custo/beneficio.

CAD/TQS - Universidade

Versão ampliada e remodelada parauniversidades, baseada em todas asfacilidades e inovações jáincorporadas na Versão EPP.Adaptada à nova NBR 6118:2003.

CAD/TQS - Editoração Gráfica

Ideal para uso em conjunto com asversões Plena e Unipro, contém todosos recursos de edição gráfica paraArmaduras e Formas.

CAD/AGC & DP

Linguagem de desenho paramétrico eeditor gráfico para desenho de armaçãogenérica em concreto armado aplicadoa estruturas especiais (pontes,barragens, silos, escadas, galerias,muros, fundações especiais etc.).

CAD/Alvest

Cálculo de esforços solicitantes,dimensionamento (cálculo de ƒp),detalhamento e desenho de edifícios dealvenaria estrutural.

CAD/Alvest - Light

Cálculo de esforços solicitantes,dimensionamento (cálculo de ƒp),detalhamento e desenho de edifíciosde alvenaria estrutural de até 5 pisos.

ProUni

Análise e verificação de elementosestruturais pré-moldados protendidos(vigas, lajes com vigotas, terças, lajesalveoladas etc), acrescidos ou não deconcretagem local.

SISEs

Sistema voltado ao projeto geotécnicoe estrutural através do cálculo dassolicitações e recalques doselementos de fundação esuperestrutura considerando ainteração solo-estrutura no modelointegrado. A partir das sondagens osolo é representado por coeficientesde mola calculados automaticamente.A capacidade de carga de cadaelemento (solo e estrutura) é realizada.Elementos tratados: sapatas isoladas,associadas, radier, estacas circularese quadradas (cravadas oudeslocamento), estacas retangulares(barretes) e tubulões.

Lajes Protendidas

Realiza o lançamento estrutural, cálculode solicitações (modelo de grelha),deslocamentos, dimensionamento(ELU), detalhamento e desenho dasarmaduras (cabos e vergalhões) paralajes convencionais, lisas (sem vigas) enervuradas com ou sem capitéis.Formato genérico da laje e quaisquerdisposição de pilares. Calcula perdasnos cabos, hiperestático de protensãoem grelha e verifica tensões (ELS).Adaptado a cabos de cordoalhasaderentes e/ou não aderentes.

Telas Soldadas

Análise, dimensionamento, detalhamentoe desenho de Telas Soldadas, paralajes de concreto armado e/ouprotendido. Integrado ao CAD/Lajes, astelas são selecionadas em função dasarmaduras efetivamente calculadas emcada ponto da laje. Armadurasconvencionais complementarestambém podem ser detalhadas.

G-Bar

Armazenamento de “posições”,otimização de corte e gerenciamentode dados para a organização eracionalização do planejamento, corte,dobra e transporte das barras de açoempregadas na construção civil.Emissão de relatórios gerenciais eetiquetas em impressora térmica.

TQS-PREO - Pré-Moldados

Software para o desenho, cálculo,dimensionamento e detalhamento deestruturas pré-moldadas em concretoarmado. Geração automática dediversos modelos intermediários (fasesconstrutivas) e um da estrutura acabada,considerando articulações durante amontagem, engastamentos parciais nasetapas solidarizadas e carregamentosintermediários e finais. Consideração deconsolos, dentes gerber, furos paralevantamento, alças de içamento,tubulação de água pluvial, etc.

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