JORNAL - acminas.com.br · troem suas vidas em torno dela, identificam-se com ela e muitas ......

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ANO XXXV - Nº 1198 - JANEIRO E FEVEREIRO J ORNAL

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ANO XXXV - N º 1 1 9 8 - J ANE IRO E F EVERE IRO

JORNAL

ANO XXXV - N º 1 1 9 8 - J ANE IRO E F EVERE IRO DE 2 0 1 8

JORNAL

INTERNACIONALIZA BH A TODO VAPOR

18 e 19PÁGINAS

Novas iniciativas vão ampliar presençade Minas no mercado global.

16 e 17PÁGINAS

O BRASIL EM 2018

O embaixador Rubens Barbosaprojeta crescimento mas é cauteloso.

12 a 15PÁGINAS

A ACMinas atravessa o momento

singular de uma sociedade cuja his-

tória fez dela uma instituição. Ela

toma a forma de organização empre-

sarial para que, assim como se fez

admirada pela sociedade, vá cingir-

se aos seus associados – e renovar-se.

É o curto caminho longo tomado

por uma entidade associativista que

se atreve a sair do leito cômodo dos

louros conquistados para oxigenar-

se no relacionamento com o seu

mercado, capacitando-se para aten-

dê-lo por meio de um processo de

mudanças, adoção de novos concei-

tos, nova estrutura, desenvolvimen-

to de sistemas e processos. Comanda

essa escolha a atitude de transformar,

dar nova forma para atrair, sensibili-

zar e conquistar novo posiciona-

mento, sendo este o maior ativo de

uma organização: o valor que dão a

ela a sociedade e o mercado.

Curioso nesse movimento estra-

tégico é que ele vai em curso oposto

àquele registrado na história das

organizações. Elas nascem como

estrutura empresarial construída com

o fim específico de mercado, capaci-

tando-se a atender aos clientes para

então proporcionar resultados aos

investidores ou proprietários. Se no

decorrer de sua existência seu valor

transcende a qualidade de seus pro-

dutos ou serviços pela forma como

se relaciona com o mercado e com a

sociedade, ela pode ser percebida

como uma instituição. Um produto

das necessidades da sociedade e de

pressões sociais, valorizada pelos

seus membros e pela sociedade, por-

tadora de forte identidade, preocu-

pada não só com lucros mas com a

perenidade e guiada por um claro

sentido de Missão. Pessoas cons-

troem suas vidas em torno dela,

identificam-se com ela e muitas

vezes tornam-se dependentes dela. É

significativo este comentário de um

ex-dirigente da Johnson & Johnson:

“Uma empresa existe porque as pes-

soas a querem, acreditam nela ou

pelo menos estão dispostas a tolerá-

la”. Tornar-se uma instituição

EDITORIAL

02 JORNAL

Presidente: Lindolfo Paoliello Presidente de Honra: José Alencar Gomes da Silva (in memoriam)Vice-Presidentes: Aguinaldo Dinis Filho, Fábio Guerra Lages, Hudson Lídio de Navarro, Hélcio RobertoMartins Guerra, José Mendo Mizael de Souza, Marcos Brafman, Modesto Carvalho de Araújo Neto,Paulo Eduardo Rocha Brant, Paulo Sérgio Ribeiro da Silva, Romel Erwin de Souza, Ruy Barbosa deAraújo Filho, Sérgio Bruno Zech Coelho, Wagner Furtado Veloso e Wilson Nélio Brumer

Assessor de Comunicação: Antônio Rubens RibeiroEditora Responsável: Gabriela Carvalho – Reg. Prof.: MG 13549 JPRevisão: Vera De Simoni (De Simoni Comunicação - 31 3427-1827)Projeto Gráfico e Diagramação: CMR Comunicação 31 99675-6188Publicidade: José Carlos Cruz – 31 [email protected]ários: João Victor Morato e Izabella BontempoFotos: Fábio Ortolan Impressão: Gráfica Del ReyEX

PEDIE

NTE PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DE MINAS

Registro nº 647 no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Belo HorizonteRedação: Av. Afonso Pena, 372 – Centro – BH – MG – CEP: 30130-001Tel.: 3048-0715 e 3048-0714 – e-mail: [email protected]

Lindolfo PaolielloPresidente da ACMinas

ACMINAS VIVA

JORNAL 03

é, diante disso, tudo o que uma orga-

nização pode desejar. Ela se torna

querida, desejada e, em alguns casos,

defendida pela sociedade.

A ACMinas conquistou essa repu-

tação. Se for verdade absoluta a teo-

ria de um certo professor Van Riel,

responsável pela sensibilização de

presidentes de empresas de boa parte

do mundo para a reputação como

imperativo para os resultados das

organizações – o que admiro e divul-

go – a ACMinas pode dormir em

berço esplêndido. Mas é difícil crer

em verdades absolutas. São conheci-

dos os casos de instituições que se

voltam para dentro de si, tornam-se

alheias ao ambiente externo, às

demandas da sociedade e do merca-

do, desconhecem novas tecnologias

e seus funcionários se apegam a

velhos hábitos. Seus dirigentes ape-

gam-se ao senso de missão e se

entregam abnegadamente à manu-

tenção, não ao crescimento do valor

institucional. Cai o prestígio, vai-se

a reputação, a vida se apaga.

A Araujo, já nos seus primeiros

anos, mostrou-se credenciada a se

tornar instituição ao livrar Belo

Horizonte da gripe espanhola.Seu

fundador, Modesto Araujo (avô do

atual presidente), mandou vir da

Europa, por conta própria, um car-

regamento da vacina à qual o Brasil

não havia tido acesso. Quando a

Araujo completou 100 anos, A

Fundação Dom Cabral fez um estu-

do sobre sua história e seu momen-

to de vida. “Nenhuma empresa

torna-se centenária facilmente”,

registrou o estudo coordenado pelos

professores Carlos Arruda e Haroldo

Vinagre Brasil. E prosseguiu assim:

“O segredo da sobrevivência está

sempre ligado à capacidade de adap-

tação às mudanças, seja assimilando

o novo que surge mudando suas

estruturas no sentido de flexibilizá-

las, seja evitando as potenciais crises,

que podem levá-la a fechar as portas.

A Araujo sempre mostrou não só

uma enorme capacidade de adapta-

ção como, também, dentro desse

contexto efervescente, inovou sem-

pre, ocupando espaços e crescendo

com a cidade de Belo Horizonte”.

Chega então o texto ao trecho que

interessa à nossa abordagem: “As cri-

ses, principalmente aquelas mais

traumáticas ligadas à morte de seus

três primeiros líderes, foram contor-

nadas dentro de um esquema de ges-

tão superposta (“Overlapping”) se

assim podemos dizer”. Nesse ponto,

os autores atribuem a continuidade

vitoriosa das sucessivas gestões da

Araujo ao “overlapping”, recurso

que foram buscar no arsenal de

Coutinho, famoso técnico da seleção

brasileira de futebol: O jogador ao

conduzir a bola até o gol do adversá-

rio, deveria ter um companheiro

correndo ao seu lado, como se ele

tivesse outra bola virtual nos pés.

Dessa forma, ao receber efetiva-

mente do companheiro a bola, dava

sequência à jogada sem surpresas ou

trancos, como se já estivesse jogan-

do, ele mesmo, todo aquele lance.

Atribuo ao “overlapping” o fato

de a vida da ACMinas, neste momen-

to com 117 anos , nunca se apagar. É

traçada pelos integrantes de sua dire-

toria executiva sua forma de jogar,

que faz a harmonia e a eficiência do

seu jeito de se conduzir. Esse esque-

ma de jogo vem sendo reavaliado e

aprimorado quase imperceptivel-

mente, mas de forma a preservar seu

estilo e sua identidade.

Na abertura dos trabalhos de

2018, a ACMinas apresentou o seu

Plano de Desenvolvimento e o cha-

mou de “ACMinas Viva!” Parece

novidade, mas é, mais uma vez, fruto

de um aprendizado conjunto e de

lances jogados em cuidadosa parce-

ria que visualiza, lá na frente, uma

entidade referência em representa-

ção empresarial. Esta a entidade que

abre aos seus associados todas as

suas portas, como apresentado no

projeto “ACMinas 2018-Ano do

Empresário”.

ATRIBUO AO

“OVERLAPPING” O FATO

DE A VIDA DA ACMINAS,

NESTE MOMENTO COM

117 ANOS , NUNCA SE

APAGAR

‘‘

‘‘

04 JORNAL

Organizada com o apoio do

Conselho Empresarial de Cultura da

ACMinas, a reunião plenária semanal

da diretoria e associados contou com

a participação do presidente da

Empresa Municipal de Turismo de

Belo Horizonte (Belotur), Aluizer

Malab, que relatou os resultados do

carnaval de 2018 da capital mineira,

que, segundo ele, foi um sucesso.

Malab comparou dados estatísticos

do ano passado e fez projeções sobre

como manter esse sucesso, de forma

sustentável, nos próximos anos.

“Em 2018, o público no carnaval

da Capital alcançou a marca de 3,8

milhões de pessoas, crescimento de

26% em comparação com o do ano

passado”, afirmou. “A folia aqueceu

a economia da cidade, levando os

setores de hotelaria e alimentação a

bater recordes de ocupação e de fatu-

ramento no período. A movimenta-

ção financeira decorrente do carna-

val atingiu a marca de R$ 641

milhões, alavancada pelos 173 mil

turistas que estiveram em Belo

Horizonte durante a festa, um cres-

cimento de 16% em relação ao ano

passado”, destacou.

Para o presidente da Belotur, no

entanto, “mais que nos preocupar-

mos com o ranking, mais que nos preo-

cuparmos com os indicadores consis-

tentes de crescimento, o mais impor-

tante é que nós saibamos o que esta-

mos fazendo e para onde queremos

ir. Se formos reconhecidos e aclama-

dos como segundo, queremos, ano

que vem, ser os primeiros”, concluiu.

ACMINAS EM MOVIMENTO

SUCESSOSUSTENTÁVEL

REUNIÕES

Realizadas regularmente às terças-feiras, na sede da entidade, as reuniões plenárias da ACMinas têm

sido dedicadas ao ágil acesso dos diretores e associados da entidade à avaliação das grandes questões

empresariais. E as primeiras de 2018 debateram o programa “ACMinas Viva” (ver página 05), “Como fazer

do carnaval de BH um sucesso sustentável” e o lançamento do “Ano do Associado” (ver página 12).

Reuniões Semanais da Diretoria trazem à pauta de debates as principais questões do ambiente empresarial

05JORNAL

“ACMINAS VIVA” A consolidação de suportes ins-

titucionais, estruturais, operacio-

nais e financeiros obtida durante os

três primeiros anos da atual gestão

da Associação Comercial e Empre-

sarial de Minas assegurou à enti-

dade sustentação para apresentar,

em sua primeira reunião plená-

ria semanal do ano, o “ACMinas

Viva”, conjunto de ações que vem

resultando na reinvenção da enti-

dade e na sua plena capacitação para

atender aos anseios, às demandas e

às expectativas de seu corpo asso-

ciativo.

“Temos hoje uma nova ACMinas”,

destacou no encontro o presidente

da entidade, Lindolfo Paoliello,

“marcada pela inovação, transfor-

mação e desenvolvimento, atribu-

tos que nortearam todo o processo

de revitalização e fizeram dela uma

organização sustentável e referen-

cial para a geração de negócios,

capacitação e representatividade.

Enfim, uma entidade capacitada,

com reconhecida reputação no

meio empresarial e na própria so-

ciedade e, também, disposta a su-

primir barreiras”.

O plano que reinventou a mais antiga entidade empresarial de BH

Da esquerda para a direita: Presidente da Fundação Dom Cabral, Antônio Batista da Silva Júnior; presidente da ACMinas,Lindolfo Paoliello; vice-presidente da ACMinas Ruy Barbosa de Araujo; e professor e pesquisador da FDC, Ricardo de Carvalho

06 JORNAL

A reunião teve também, ao final,

uma performance do professor e

pesquisador da Fundação Dom

Cabral Ricardo de Carvalho, que

pontuou os conceitos e valores que

fazem das instituições uma organi-

zação viva. Segundo ele, liderança,

legado, humanismo e inovação são

os quatro pilares, os elementos fun-

damentais para o sucesso de qual-

quer organização. Destacou, porém,

que “a modernidade só existe

UMA ORGANIZAÇÃO VIVA

Paoliello lembrou também as ori-gens desse processo. “Já eleito parao cargo, mas antes mesmo da posse,comecei a delinear uma visão destanova ACMinas”, disse. “Assim, logono início de 2015, recorri aoConselho Empresarial de JovensEmpresários, buscando, no areja-mento característico da faixa etáriade seus membros, uma opinião crí-tica sobre a entidade. Mas busquei,especialmente, novas ideias.”

As ideias vieram, amadurecerame se tornaram realidade na forma deum Plano de Desenvolvimento, quedefiniu as intervenções necessáriase a forma de implementá-las. Demaneira gradual, elas foram imple-mentadas na comunicação, no mar-keting, na estrutura organizacional,na comercialização de produtos eserviços e até na infraestrutura. Asmudanças atingiram, assim, não só

a inteligência da entidade, mas todaa área operacional. “Neste início deano”, constatou o presidente, “jávemos uma nova ACMinas.”

As principais intervenções forama contratação do superintendenteexecutivo, com responsabilidade portoda a gestão interna da entidade,especialmente quanto à adoção denovas tecnologias e de rigor orça-mentário, a formulação de novo pro-jeto editorial para o Jornal ACMinas,que o transformou numa “crônicaviva” da gestão 2015/2018, e a ela-boração do plano de marketing, comênfase nas tecnologias digitais, posi-cionando a marca ACMinas por meiode ações de inbound marketing. Outraárea inteiramente reestruturada foi acomercial, o que possibilitou a ado-ção de um modelo de negócios capazde alavancar receitas.

O mailing da entidade foi segmen-

tado por públicos e inteiramenterevisto, com ganhos relevantes sobrea eficiência de sua comunicação comos associados e stakeholders. Foram for-madas redes institucionais comoutras entidades empresariais, demodo a obter força sinérgica emposicionamentos públicos, campa-nhas e projetos, como a constituiçãoda Frente Sudeste de AssociaçõesComerciais, que aglutinaram posi-ções corporativas das ACs de Minas,Rio de Janeiro, São Paulo e EspíritoSanto frente às grandes questõesnacionais.

“Finalmente”, disse Paoliello,“demos ênfase na agregação deforma, conteúdo e valor à marcaACMinas, com a reforma dos anda-res institucionais de seu prédio,acentuando a percepção de umaorganização renovada e focada emseu corpo associativo”.

PLANEJAMENTO ORIENTOU MUDANÇAS

07JORNAL

se não se esquece da tradição”.

“A ACMinas, com seus 117 anos,

está seguindo neste caminho”, afir-

mou. “Vem inovando mas deixan-

do um legado, pois a organização

viva é a que se preocupa com seu

futuro e seus descendentes. E a

ACMinas está olhando o ontem,

verificando como ela está hoje e

preocupando-se em como será o

seu futuro”, destacou.

“A coragem é a virtude de uma

organização que não se trava diante

das barreiras para se reinventar. E é a

supressão dessas barreiras que leva as

organizações a se reinventarem”,

ponderou.

O professor da Fundação Dom

Cabral finalizou sua apresentação

com uma audição de “O trenzinho

do caipira”, peça que integra as

Bachianas Brasileiras, de Heitor

Villa-Lobos, e que, segundo ele, foi

composta como uma homenagem

a Minas Gerais, estado que tem em

sua gênese a capacidade de inovar,

de reinventar-se e de projetar o

futuro. Como o próprio Villa-

Lobos.

MUDANÇAS TAMBÉM NO VISUAL

O ACMinas Viva tambémincluiu na agenda de intervençõesa agregação de forma, conteúdo evalor à marca ACMinas. Para isto,a entidade realizou extensa refor-ma dos andares institucionais deseu prédio, projetada pelo arqui-teto Fernando Pinho – o mesmoque, em 2016, conduziu a con-cepção do auditório e do saguãoque compõem o Espaço Insti-tucional ACMinas, no quartoandar do prédio. O terceiro andar,onde funciona a Presidência, rece-

beu novos móveis e revestimen-tos das paredes, além da revitali-zação do piso. A parte que maismudou, no entanto, foi o hall deentrada, que ganhou uma novafachada, com a marca da entidadeaplicada em fundo vermelho, euma recepção inteiramente re-construída. A obra acentua a per-cepção de uma organização reno-vada e focada em seu corpo asso-ciativo, refletindo com precisão asmudanças que resultaram na rein-venção da entidade.

A diretoria e a nova fachada: ao estilo da reinvenção

08 JORNAL

HOMENAGEM

Convidado a saudar o juristaAntônio Augusto Cançado Trindade,na homenagem que lhe foi prestadapela seção mineira do Instituto dosAdvogados do Brasil e pela Faculdadede Direito da UFMG, onde se gra-duou, o presidente da ACMinas,Lindolfo Paoliello, destacou a firme

e obstinada independência reveladapor ele como membro da CorteInternacional de Justiça, órgão vin-culado à ONU, sediado na Holanda,função à qual foi reconduzido recen-temente.

Segundo Paoliello, era chegado omomento de tratar da nuance mais

notável da obra de Antônio AugustoCançado Trindade, que está na singu-laridade de sua atitude filosófica.“Refiro-me à firme e obstinada inde-pendência revelada no que escreve eque é comprovada nos seus votos”,disse. “É essa postura singular que asse-gura credibilidade e respeito

ACMinas foi copromotora de

homenagem ao juiz Antônio

Augusto Cançado Trindade

JUIZ DA CORTE DE HAIA AFIRMA QUETRIBUNAISINTERNACIONAISDEVEM TER FOCOEM PESSOAS, ENÃO EM ESTADOS

No evento, Trindade lançou seu livro “Os TribunaisInternacionais e a Realização de Justiça”

09JORNAL

marcantes ao seu conteúdo huma-nista, antipositivista, fiel à escola ibé-rica e que exalta o jus naturalismoem favor da humanidade”.

“A presença de Antônio Augustona Corte Internacional de Justiça”,prosseguiu, “tem se caracterizadopela resistência firme e abnegada àspressões armamentistas e a sua tesecentral de uma nova visão humanis-ta do Direito Internacional. Marchaassim na contramão da posição degrandes nações ao contrariar seusrepresentantes naquela corte, numembate cujos resultados se mostramem decisões recentes, como naquestão Croácia contra a Sérvia, emque se registrou seu voto dissidentequanto à decisão de não seguir

adiante com o exame do caso. Suaposição caracterizou-se pela postu-ra de centrar o foco nos interesses deseres humanos, e não em suscetibi-lidades interestatais”.

O jurista, que lançava na Facul-dade de Direito seu livro – “OsTribunais Internacionais e a Realiza-ção de Justiça” – afirmou, no pro-nunciamento com que agradeceu ahomenagem, que “esta é a era dostribunais internacionais. Devido aseu trabalho, está se logrando avan-ços consideráveis na busca do obje-tivo da realização da justiça no planointernacional”.

Segundo Trindade, “os tribunaisinternacionais têm proporcionadoacesso à Justiça a um número cres-

cente de justiciables ao redor domundo. Apesar de suas distintasjurisdições, eles compartilham essamissão comum. E não somente temhavido uma expansão da jurisdiçãointernacional, mas também ocorreum avanço gradual rumo a sua obri-gatoriedade”.

Disse também que a operação dostribunais internacionais revela a inte-ração entre o Direito Internacional eo Direito Interno, assim dandoexpressão à unidade do Direito.“Estas cortes estão, ademais, pres-tando atenção à relevância dos prin-cípios gerais do Direito e têm per-manecido atentas à jurisprudência decada um, ao enfrentar desafios atuaise futuros”, concluiu.

10 JORNAL

DO MUNDO DA INTERNETÀS ESTRATÉGIAS DIGITAIS

Vem aí o primeiro fórum do pro-

jeto “Empresário Empreendedor:

Preparando Organizações para o

Crescimento”, iniciativa resultante

dos debates do Clube de Ideias da

ACMinas em torno de questões

como o futuro do emprego, o novo

empreendedorismo e inovação. O

evento acontecerá no dia 21 de

março, às 19h30, no Espaço Institu-

cional ACMinas. Esse fórum, pri-

meiro de uma série, já tem abertas as

inscrições. Seu tema será “A Temá-

tica da Inovação no Mundo dos

Negócios”.

O encontro consiste em duas

sessões temáticas. A primeira será

conduzida pelo professor da Harvard

University Virgílio Almeida, membro

do Clube de Ideias, e a segunda, pelo

empreendedor, Pedro Menezes,

uma das lideranças de San Pedro

Valley e idealizador do Órbi Conecta,

que relatará sua experiência pessoal

e profissional, assim como os desa-

fios enfrentados e a sua visão de futu-

ro sobre a inovação no Brasil.

Após as sessões, os participantes

deverão reunir-se em pequenos gru-

pos para discutir e debater os temas

abordados e apresentados, sob coor-

denação de moderadores – profes-

sores e alunos do UniBH –, que

exercerão o papel de estimular a

emergência de ideias.

Finalizados os debates em grupos,

cada um deles deverá eleger um

representante para apresentar o resu-

mo das discussões em sessão plená-

ria. Ao final, um representante da

comissão organizadora alinhará os

principais pontos debatidos e apre-

sentados e será o responsável por

compartilhar esse material com

todos os membros participantes na

plataforma virtual do Grupo Ânima.

Inscreva-se:

[email protected]

Clube de Ideias cria instrumentos para a difusão

da cultura empreendedora e da inovação

11JORNAL

O projeto “Empresário-empreen-

dedor: preparando organizações para

o crescimento” tem como objetivo

possibilitar a empresários, em espe-

cial àqueles associados da ACMinas,

acesso a conteúdos técnicos visando à

melhoria e à inovação de seus negó-

cios, produtos e serviços. Segundo a

professora Tatiane Barleto Canizela

Guimarães, da Ânima Educação/Cen-

tro Universitário de Belo Horizonte

(UniBH), responsável pela elabora-

ção do projeto, a iniciativa procura,

por meio de uma abordagem objeti-

va, estimular a cultura empreende-

dora e a busca de soluções inovado-

ras entre os empresários.

“Das reuniões e dos debates do

Clube de Ideias, surgiu a constatação

de que a grande escola para os

empreendedores é sua rede de rela-

cionamentos”, argumenta Tatiane

Barleto. “A partir do estímulo às

competências e às habilidades sociais,

pode-se conduzi-los a obter sucesso

em iniciativas como inovação, proa-

tividade e liderança, além da capaci-

dade de identificar oportunidades”.

Para alcançar os objetivos, está

previsto um ciclo de encontros,

palestras e eventos temáticos, que

ocorrerá até julho de 2018, abor-

dando duas trilhas de aprendizagem

que se complementam: Novas Tec-

nologias de Gestão de Processos,

Pessoas, Produtos e Serviços; Criação

de Programas de Inovação e Desen-

volvimento de Novos Negócios. As

duas trilhas ocorrerão em cinco

eventos temáticos, e serão seguidos

de consultorias e mentorias a cargo

de especialistas.

Acompanhe e saiba mais sobre os

temas dos próximos fóruns no

www.acminas.com.br/clubedeideias.

O PROJETO

JORNAL12

Lançado durante “semanal” da

ACMinas no dia 6 de março, o proje-

to “2018: O Ano do Associado”

constitui o primeiro resultado da

sequência de intervenções efetivadas

pela entidade em suas estruturas

organizacional, mercadológica e ins-

titucional, num processo que, con-

cluído neste início de ano, foi deno-

minado “ACMinas Viva”. (Leia maté-

ria na página 05)

Na apresentação desta nova inicia-

tiva, realizada no Espaço Institucional

ACMinas, o presidente da entidade,

Lindolfo Paoliello, destacou que “a

Associação Comercial e Empresarial de

Minas atravessa o momento singular

de uma sociedade cuja história fez dela

uma instituição. Ela toma a forma de

organização empresarial para que,

assim como se fez admirada pela socie-

dade, vá cingir-se aos seus associados

– e a se renovar”.

As intervenções realizadas na enti-

dade foram descritas por seu supe-

rintendente, Luís Paulo Costa, que

relatou a sequência de mudanças que

o quadro exigia à época de sua con-

tratação, em 2016. “Reestruturamos

o quadro de colaboradores, reduzi-

mos as despesas operacionais e

implantamos modernas ferramentas

de gestão e controle para alcançar o

equilíbrio orçamentário”, afirmou.

“Além disso, buscamos engajamen-

to, interação e comprometimento

dos colaboradores. Todo o trabalho

desenvolvido desde a minha chega-

da foi para proporcionar sustentabi-

lidade às estratégias administrativas,

mercadológicas e institucionais da

ACMinas” lembrou.

CAPA

Projeto tem foco no convívio e apoio ao quadro associativo da ACMinas

AÇÕES EM SUCESSÃO

Neste processo destaca-se a

criação do Departamento de

Marketing e Vendas, para cuja

gerência foi contratado Marcos de

Alencar, profissional de marke-

ting que organizou o setor e dire-

cionou sua ações para o atendi-

mento às necessidades e deman-

das dos associados, identificadas

por meio de pesquisa realizada no

ano passado.

“As primeiras ações realiza-

das”, relatou Alencar, “foram a

reformulação do site ACMinas, a

segmentação do mailing, a adoção

de uma nova ferramenta de e-

mail marketing, o desenvolvi-

mento de novas parcerias e con-

vênios, e a criação do Clube

2018: O ANO DO ASSOCIADO

Administre a saúde da sua empresaAssistência contínua em Gestão de Saúde

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13JORNAL

de Descontos e da Sala do

Associado, além da implantação

da Escola ACMinas de Negócios.

Também avançamos muito no

desenvolvimento da política de

relacionamento da entidade, o

desafio ainda é muito grande,

mas estamos preparados para um

ano de muito trabalho e dedica-

ção”, concluiu.

Carla Cunha, gerente de

Relacionamento – também esta

uma nova função criada em razão

das mudanças –, apresentou a

política implantada para o setor e

destacou algumas das ações em

curso e outras que acontecerão ao

longo do ano. “Já implantamos o

‘Boas Vindas’, nome dado ao

evento com o qual recebemos os

novos associados, estamos expan-

dindo o Clube de Descontos, uma

rede de fornecedores de produ-

tos e serviços em condições espe-

ciais para os sócios da entidade,

e, especialmente, temos realiza-

do encontros de networking,

demanda muito citada pelos asso-

ciados.”

“Num cenário empresarial

como o de hoje, de extrema com-

petitividade, qualidade e preço já

não significam garantia absoluta

de competitividade”, prosseguiu

Carla. “Daí a necessidade de ado-

tarmos práticas intensivas e efica-

zes de relacionamento. Nossa

proposta é direcionar esforços

para conhecer nossos associados

e suas expectativas, de modo não

apenas a atendê-las, mas a supe-

rá-las”, destacou.

Diretor-presidente da empresa Cedro Têxtil, Marco Antônio Branquinho Junior, agradece pela homenagem

Durante a reunião, a ACMinas home-

nageou com a entrega de placas come-

morativas profissionais e empresas que há

mais tempo acompanham a entidade ao

longo dos seus 117 anos. Luiz Tarcísio

Pedrosa foi o profissional liberal home-

nageado por ser associado desde 1974;

Alberto Oswaldo Continentino de Araújo,

por ser uma das pessoas físicas inscritas há

mais tempo no quadro de associados,

desde 1955, seguido por José Antônio

Gazire – na ocasião representado por sua

esposa Maria do Carmo Gazire – associa-

do da ACMinas desde 1958, e a Cedro

Têxtil, representada por seu diretor-pre-

sidente, Marco Antônio Branquinho

Junior, por ser a empresa associada há

mais tempo, desde 1923.

AGRACIADOS

14 JORNAL

‘‘‘‘

Sinto-me muito lisonjeado e honrado por estarsendo homenageado nesta noite, justamente porque aentidade representa muito na vida do empresariadomineiro. Sou associado desde a minha juventude eacompanho desde então todas as lutas empreitadas pelaACMinas ao longo dos anos. É muito bom fazer partedessa entidade.

José Antônio Gazire, em mensagem

‘‘O sentimento é, primeiro, de gratidão, e,segundo, de muita honra. Estar presente nestacasa há mais de 95 anos, acompanhando deperto todo o protagonismo que a AssociaçãoComercial e Empresarial exerce em MinasGerais ao longo dos seus 117 anos, é pra nósuma grande honra.

Cedro Têxtil – diretor-presidente,Marco Antônio Branquinho Junior ‘‘

15JORNAL

Eu acho que a

associação vive

um momento muito

importante para o

empresariado minei-

ro. Essa reforma do mar-

keting, da comunicação, eu já

percebo lá na minha empresa. E me orgu-

lho muito”

‘‘

Laudemiro Gomes de Sá – SpringRepresentações – Associado desde 1970

Entrei recentemen-

te como associa-

do, mas meu pai sem-

pre frequentou a enti-

dade. Então ver esse

movimento entre os asso-

ciados, empresas de grande

porte, novas e antigas é muito bom. E

nos gera boas expectativas”.

‘‘

Fernando Figueiredo – Ekipar Acessórios –Associado há seis meses

‘‘‘‘

Eu acho que a ACMinas é uma líder dasempresas mineiras, um ponto de encontrodos empresários, onde trocamos ideias eanalisamos a situação do país, do estado e domunicípio. E é essa parte a mais importante.É uma satisfação participar e me sentirmembro dela.

Alberto Oswaldo Continentino De Araújo

‘‘‘‘

É uma satisfação e até mesmo um reconhecimentoparticipar dessa entidade por tanto tempo. A ACMinasrepresenta muitos dos meus anseios. Sempreprocurando desenvolver as empresas de pequeno emédio porte do estado de Minas Gerais, com tantosincentivos que ela oferece. Então é um prazer fazerparte disso.

Luiz Tarcísio Pedrosa

ASSOCIADOS COMENTAM

16 JORNAL

ENTREVISTA

O QUE ESPERAR DOBRASIL EM 2018?

Para onde vai o Brasil em 2018?

2018 é um ano crítico para o

Brasil. A eleição de outubro é uma

das mais importantes de nossa histó-

ria política das últimas décadas. A

eleição será um divisor de águas,

com profunda repercussão para a

sociedade brasileira, em especial para

as futuras gerações. Dependendo do

resultado, o país abrirá as portas para

a modernização, para a estabilidade

econômica, com o equacionamento

do crescente déficit fiscal, o cresci-

mento sustentável, a queda do

desemprego, a inflação baixa e a

queda da taxa de juros. Ou então

comprará uma passagem direta para

o que ocorreu na Grécia e em

Portugal, com o agravamento da

crise fiscal, o que gerou maior insta-

bilidade política e social.

O que esperar da economia?

A economia deve continuar a se

recuperar, deixando para trás a pior

crise de nossa história. Em

Depois de dois anos de recessão e um 2017 marcado por

lenta recuperação, as previsões de economistas, assim

como as do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do

governo brasileiro, são de que a economia brasileira cres-

cerá com mais força em 2018. O embaixador Rubens

Barbosa, profundo conhecedor dos meandros da diploma-

cia e da economia, consultor de negócios, presidente de

diversos conselhos de entidades ligados à economia e a

questões internacionais, além de editor da revista Interesse

Nacional, acredita na recuperação mas é cauteloso.

Fundador de um think tank de peso, o Instituto de

Relações Internacionais e Comércio Exterior, e dono de

grande experiência e conhecimentos acumulados por

longa carreira diplomática (que inclui a chefia das embai-

xadas brasileiras em Londres e Washington, além de

aprofundados estudos e escritos sobre economia),

Barbosa faz, nesta entrevista, projeções sobre como o

comportamento de fatores como câmbio, juros e inflação

podem divergir e sofrer alteração em meio às incertezas

quanto às eleições e às reformas econômicas.

Rubens Barbosa projeta crescimento maior do PIB, mas eleições e

negociações sobre a reforma da Previdência são fatores de incerteza

17JORNAL

2018, o Brasil deve crescer perto de

3%, com a inflação sob controle, e a

taxa de juros continuando a cair. A

taxa de câmbio continuará volátil,

em razão das incertezas políticas

derivadas da campanha eleitoral e,

depois, do resultado das urnas.

A instabilidade política persis-

tirá interferindo na econômica?

Este ano será um ano político, e as

incertezas relacionadas com as elei-

ções deverão ter impacto na econo-

mia, no sentido de que as reformas

estruturais e outras políticas necessá-

rias serão difíceis de ser aprovadas

pelo Congresso. De qualquer forma,

penso que a economia continuará a

melhorar e o poder de compra dos

assalariados vai aumentar, o que

poderá ter efeito nas eleições.

Como o senhor avalia a reforma

da Previdência?

A reforma da Previdência, como

está sendo discutida hoje, dará ape-

nas um sinal da preocupação do

governo com a estabilidade econô-

mica, mas não equacionaria defini-

tivamente o problema do déficit pre-

videnciário, que é o maior fator do

déficit fiscal. Mesmo não sendo apro-

vada este ano, ela será o primeiro

desafio do novo governo, juntamen-

te com a reforma tributária.

E a taxa de desemprego? Como

deverá se comportar esse ano?

A taxa de desemprego continua-

rá a cair lentamente, como aconte-

ceu em 2017. Com a volta do cres-

cimento da economia, a depender

do resultado das eleições, a tendên-

cia de queda deverá manter-se nos

próximos anos.

O país está gerando emprego

por conta própria e sem carteira

assinada. Isso é uma mudança no

mercado de trabalho?

Na minha visão, essa flexibiliza-

ção favorece a todos, pois aumenta

o emprego e estimula o empreende-

dorismo. Embora seja muito cedo

para que a interpretemos, essa ten-

dência pode ser uma mudança

importante no mercado de trabalho.

Como ficará nossa imagem no

mercado externo?

De novo, vai depender da eleição.

Se as urnas consagrarem um candi-

dato que se proponha a modernizar

o país com uma agenda de reformas

profundas e com a compreensão de

que o mundo mudou e que o Brasil

precisa se reinserir de forma com-

petitiva nos fluxos dinâmicos da

economia e do comércio exterior, a

percepção externa, na minha opi-

nião, deverá mudar, e, com ela, tere-

mos a volta dos investimentos inter-

no e externo, estimulando o cresci-

mento e o emprego. Caso as urnas

elejam um governo sem preocupa-

ção com a austeridade, sobretudo

fiscal, e que queira rever os avanços

dos últimos dois anos, os atores

internacionais terão grande dúvida

em considerar o Brasil um país viá-

vel economicamente.

‘‘A ELEIÇÃO DEOUTUBRO É UMA

DAS MAISIMPORTANTES DENOSSA HISTÓRIAPOLÍTICA DAS

ÚLTIMAS DÉCADAS.

‘‘

18 JORNAL

INTERNACIONALIZA BH

Resultado de parceria entre aACMinas e a SKEMA Business School,o projeto Conexão Internacional teveseu primeiro evento do ano já emjaneiro, quando apresentou aos 410novos alunos da escola as oportuni-dades de intercâmbio com empresas

mineiras. Esta experiência resulta emum benefício recíproco, pois os estu-dantes, em sua maioria franceses, têma oportunidade de um estágio noambiente empresarial brasileiro, pra-ticando e desenvolvendo o conheci-mento da nossa cultura de negócios

e, paralelamente, a de difundir nessemeio seus próprios conhecimentos.

Segundo a coordenadora do pro-jeto e presidente do Conselho deRelações Internacionais da ACMinas,Monica Cordeiro, “o projeto segueforte em 2018”, e eventos de

INTERNACIONALIZA BHINTENSIFICA PROJETOCONEXÃO INTERNACIONALNovas iniciativas reforçam movimento de participação no mercado global

Evento aconteceu no Coworking Guaja-Café

PROJETO CONEXÃO

19JORNAL

Em parceria com a Secretaria deEstado de Turismo de Minas Gerais(Setur), o Internacionaliza BH reali-zou curso sobre Internacionalizaçãoe Cultura para Negócios, no âmbi-to do programa “Minas Recebe”,mantido pela Setur. O curso foiministrado aos principais profis-sionais de receptivos mineiros.

Segundo Monica Cordeiro, ocurso teve como objetivo apresen-tar a “Minas Gerais Internacional”,para validação de culturas estran-geiras pelos receptivos e mostrandocaracterísticas de referência de paí-ses como China, França, Israel,Itália, Japão, Países Árabes e Reino

Unido, destacando as respectivasculturas de negócios. O conheci-mento e os dados apresentadossobre aqueles países auxiliarão aoferecer tratamento personalizadoaos estrangeiros que passarem por

Belo Horizonte e pelo Estado, sejama turismo ou a negócios. Além doambiente internacional, foi apre-sentado a eles a plataforma digitalem sete idiomas do Minas GeraisBusiness Guide (minasguide.com).

INTERNACIONALIZAÇÃO E CULTURA PARA NEGÓCIOS

aproximação entre empresas e jovenstalentos ocorrerão ao longo do ano.

Em fevereiro aconteceram outrosdois encontros, anfitrionados pela dire-ção da Skema: Geneviève Poulingue,Associate Dean do Campus BeloHorizonte; o Vice-Dean, PatriceHoudayer, e diretor SKEMA Ventures,Philippe Chereau, no Guaja Café, esta-belecimento que é membro da RedeEu Participo, uma das iniciativas do

Projeto Internacionaliza BH.O primeiro deles teve a participa-

ção da Associação Nacional de Em-presas de Biotecnologia e Ciências daVida (Anbiotec), Investor, FDC,Molett, Estúdio Lampejo, GissaBicalho, Grupo Martini Saback, ZMBSociedade de Advogados, DonaLucinha, ISQ Brasil e Belo HorizonteConventions & Visitors Bureau.

E a segunda edição do encontro,

no dia 26 de fevereiro, contou como lançamento, no Campus BH daSkema do Skema Ventures, comexposição do professor PhilippeChereau e a participação de repre-sentantes do ecossistema de inova-ção de Minas Gerais, do Minas HubDigital, da Startups and EntrepreneurshipEcosystem Development (SEED) e de doisex-alunos SKEMA que realizaram oMSc (Master of Science) no Brasil.

O curso foi realizado na Belo Horizonte Conventions & Visitors Bureau, a Casa de Turismo de BH

20 JORNAL

CONSELHOS EMPRESARIAISDEFINEM PROJETOS PARA 2018

CONSELHOS

Os Conselhos Empresariais da ACMinas começaram

2018 com grandes planos. Com novas iniciativas e proje-

tos, eles darão sequência aos debates em torno de ques-

tões que, nas mais diversas áreas de atuação, visam à

geração de conhecimento e sua transferência para as

empresas. Confira seus planos para este ano:

O Conselho Empresarial de

Cultura da ACMinas trabalha com

a perspectiva de que, superado o

ponto agudo da crise econômica,

o setor retome com vigor o seu

crescimento. “Diversos projetos

culturais estão sendo adaptados

para atender aos critérios de ava-

liação da prefeitura de Belo

Horizonte e do governo do

Estado”, afirma Jorge Carlos

Borges de Souza, seu presidente.

“Isto terá fundamental importân-

cia na recuperação da nossa cena

cultural, e, por isso, nós acredita-

mos que haverá uma retomada,

ainda que discreta, nos projetos e

nos investimentos do setor”.

Segundo Jorge, os projetos do

Conselho para este ano levam em

conta esta expectativa, e várias

novidades já estão definidas.

Uma delas é concluir uma avalia-

ção dos resultados do carnaval de

Belo Horizonte para, em segui-

da, planejar e listar novas possi-

bilidades para 2019, bem como

avaliar os impactos positivos e

negativos do evento deste ano

para identificar eventuais ações

de correção e potencialização.

Além disso, estão sendo agen-

dadas reuniões com as organiza-

ções que atuaram pela concessão,

pela Unesco, do título de

Patrimônio Cultural da Huma-

nidade ao Conjunto Moderno da

Pampulha com vistas à manuten-

ção do título. “O cronograma de

intervenções no local, uma con-

dicionante do reconhecimento,

não foi inteiramente cumprido”,

explica Jorge, “e queremos bus-

car maneiras de viabilizá-las”.

CULTURA PRODUTIVIDADE

Com o intuito de atuar para que aACMinas se torne uma referência nacionalno tema, o Conselho Empresarial deProdutividade vai se apoiar em ações debusca por referenciais em excelência, atua-ção multiplicadora e busca de sinergia, comfoco no “ACMinas para frente, para fora epara o futuro”.

Segundo seu presidente, Carlos AlbertoVillerfort, o objetivo para este ano é disse-minar os conceitos de produtividade e aaplicação de ferramentas específicas, comfoco em resultados, para elevar os níveis decompetitividade dos associados e das orga-nizações de Minas Gerais. “Para isso já cons-tam das atividades do Conselho a realizaçãode palestras temáticas, eventos, reuniõescom outros Conselhos Empresariais paradiscussões e propostas de ações emcomum”, afirma Villefort. “Mas a novida-de será o estudo de viabilidade da fixação deuma placa digital, na fachada da ACMinas,com indicador de produtividade”.

21JORNAL

INOVAÇÃO

Reforçar a parceria entre a ACMinas e

a CTIT/UFMG, que no ano passado via-

bilizou projeto de transferência de tec-

nologias geradas na universidade para

empresas, é um dos planos do Conselho

Empresarial de Inovação. “Mas a novida-

de para 2018”, revela seu presidente,

Paulo Renato Cabral, “será um acordo

com o Hub Minas Digital, polo agregador

de startups e médias empresas de Minas

Gerais. Assim, além do acesso de nossos

associados às patentes da UFMG, eles

terão o apoio para empresas inovadoras

por meio do Hub Digital”.

Na agenda do Conselho, já consta

também uma reunião para debater o

tema “Os espaços de Inovação de Belo

Horizonte” e o planejamento de um

evento com o Hub Digital para o lança-

mento do projeto, em abril.

O ano começou a todo vapor para

o Conselho Empresarial de Relações

Internacionais da ACMinas, com o

estabelecimento de iniciativas e

metas para 2018, entre as quais o

direcionamento de ações para a

expansão dos negócios de empresas

mineiras no mercado externo.

Segundo a presidente do Conselho

e diretora da ACMinas, Monica

Cordeiro, “a agenda definida para

este ano visa à consolidação do papel

da entidade no desenvolvimento de

iniciativas que facilitem a prospecção

de oportunidades de parcerias comer-

ciais em âmbito global”, afirma.

“Mas, além disso, vamos intensificar

nossa atuação na difusão de informa-

ções e análises sobre temas relevantes,

como a cultura de negócios dos

diversos mercados mundiais, o

ingresso pleno do Brasil na Organi-

zação para Cooperação e Desenvolvi-

mento Econômico (OCDE) e a nova

Lei de Migração”.

Outros pontos destacados por

Monica são questões essencialmente

práticas, como debates sobre a oti-

mização do desembaraço alfandegá-

rio, a nova Lei de Imigração e a par-

ticipação de empresas na Feira

Internacional de Negócios, Inovação

e Tecnologia (Finit). “E vamos, é

claro, prosseguir com o contínuo

aprimoramento do Minas Gerais

Business Guide, tanto em sua versão

impressa quanto na plataforma digi-

tal, ferramenta já bem conhecida e

utilizada”.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O Conselho Empresarial de

Sustentabilidade atua junto a

órgãos colegiados, como Conselho

Estadual de Política Ambiental

(Copam) e Conselho Municipal de

Meio Ambiente (Comam-BH),

participando efetivamente de suas

reuniões periódicas.

Por isso, para este ano, além do

fortalecimento institucional e do

contínuo apoio ao projeto Smart

City Business realizado no ano pas-

sado, seu presidente, Cleines de

Faria, mantém-se atento à partici-

pação nos principais Conselhos de

Minas e de BH, como Comam e

Copam, e no acompanhamento de

suas Câmaras, como a do Conselho

Estadual sobre Emergências Am-

bientais e a de Recursos Fiscais

Sanitários da Secretaria Municipal

de Saúde.

“Na nossa agenda constam tam-

bém a articulação institucional no

Fórum Mundial de Águas, o

Projeto 2032, liderado pelo jornal

Diário do Comércio, e a participa-

ção no Sistema Estadual de Meio

Ambiente e Recursos Hídricos

(Sisema), por meio do Programa

“Diálogos com Sisema”, afirma

Cleinis. “Reuniões mensais estão

programadas para, a partir deste

mês (março), buscar o fortaleci-

mento das representações dos seto-

res econômicos que tenham vín-

culo com ações em prol do desen-

volvimento sustentável”.

SUSTENTABILIDADE

22 JORNAL

Sob o novo comando de DinoBastos, o Conselho Empresarial deJovens já está a todo vapor, com mui-tas reuniões pela frente e várias pro-postas. “Temos três objetivos defini-dos para este ano”, informa. “Sempreestar alinhados com o plano de metase com a instituição, criar proximida-de maior entre os jovens e a política econtinuar nos inspirando e nos inte-grando com palestrantes e nomes depeso”, afirma.

Uma das novidades será a reali-zação de conversas e debates com ospré-candidatos ao governo deMinas. “Com isso, pretendemosaproximar os jovens empreendedo-res de BH às questões políticas,muito importantes para a nossasociedade”.

A outra iniciativa é buscar umaconexão com outros Conselhos,que, segundo ele, está sendo arti-culada. “Temos nos reunido com o

Conselho Empresarial da MulherEmpreendedora, com o objetivo deintegrar as jovens empresárias aonosso Conselho. “Os ConselhosEmpresariais da ACMinas têm per-fis complementares, e é precisoexplorar isso melhor”.

Outro ponto definido é dar con-tinuidade a eventos já tradicionais,como os Jantares-Palestras e a reali-zação de reuniões frequentes entreos integrantes.

JOVENS

Segundo o presidente do Con-selho Empresarial de Mineração eSiderurgia da ACMinas, José MendoMizael de Souza, as leis e os decretosque foram alteradas e as propostas fei-tas pelo Governo Federal no segun-do semestre de 2017 impactaramexpressivamente a mineração brasi-leira e deverão priorizar as ações doConselho neste ano. “Vamos analisaras edições da Lei nº 13.540/2017,relativa à Compensação Financeirapela Exploração de Recursos Minerais(CFEM), e da Lei nº 13.575/2017,que criou a Agência Nacional deMineração (ANM), e extinguiu o

Departamento Nacional de ProduçãoMineral (DNPM)”, revela Mendo.

Outra medida a ser analisada é aproposta de alterar o Código deMineração estabelecido pelo De-creto-Lei nº 227/1967. “Há umaexpectativa de que o tema possa vira ser objeto de nova proposta gover-namental”, afirma. “Além disso, esteserá um ano de eleições, o que cer-tamente levará nosso Conselho adebater propostas para o setor queserão apresentadas aos candidatos,visando incrementar o desenvolvi-mento sustentável da mineração e dasiderurgia brasileiras”.

MINERAÇÃO E SIDERURGIAECONOMIA

O cenário econômico brasileirosofrerá grande impacto esse ano,segundo o presidente do Conselho,Mauro Sayar. “Com um ano de apa-rente confirmação da retomada docrescimento, mas, ao mesmo tempo,de grande tensão em função das elei-ções e das propostas dos candidatos,pretendemos promover encontroscom os associados da ACMinas paradebater os rumos da economia e,eventualmente, das perspectivas de2019 e dos próximos anos”, revela.“Isso acontecerá no segundo semes-tre, quando o quadro eleitoral estivermelhor definido”.

23JORNAL

O Conselho Empresarial da

Mulher Empreendedora, agora

presidido pela empresária

Alessandra Alkmim, elegeu

como um novo desafio o deba-

te sobre o papel das mulheres

nas lideranças. “Queremos tra-

zer essa discussão à tona, levan-

tar dados, pesquisas. Estudar a

fundo a questão, quais são os

problemas, suas causas e as difi-

culdades que estão impedindo

as mulheres de chegar ao topo”,

informa.

Segundo Alessandra, sua

gestão terá cinco novas mulhe-

res empreendedoras que viven-

ciam essa questão e que buscam

também entender quais são os

caminhos para alcançar a lide-

rança. Ela pretende também dar

ao Conselho um papel mais

estratégico, para realmente

apresentar dados e informações

e deixar um legado, dando

sequência ao que foi construído

pela presidente anterior Cristina

Fabel. “Acredito que vou entre-

gar um belíssimo trabalho para

ACMinas,” afirma. A posse da

nova presidente do Conselho

acontecerá no dia 17 de abril.

MULHER EMPREENDEDORA

Este ano o Conselho de Assuntos

Jurídicos pretende realizar um gran-

de projeto: a implantação da Câmara

de Mediação Empresarial da ACMinas,

que realizará a solução de conflitos de

forma rápida, mais barata, e fora da liti-

giosidade do Poder Judiciário. O pre-

sidente do Conselho, João Henrique

Café Novais, afirma que o processo

terá início ainda neste mês de março.

“Profissionais da mediação que são

especialistas e que têm a técnica de

conduzir as partes à solução pacífica de

conflitos empresariais serão seleciona-

dos para o cumprimento dessa meta”,

informa Novais. “Tanto os associados

da ACMinas quanto a população, de

modo geral, terão acesso ao serviço.

Possivelmente firmaremos um convê-

nio com o Tribunal de Justiça de Minas

Gerais (TJMG), no sentido de coope-

rar também na solução de processos

judiciais e disputas já judicializadas.

Além disso, o Conselho seguirá deba-

tendo os temas tributários e trabalhis-

tas que impactam a atuação dos empre-

sários e dos cidadãos”.

ASSUNTOS JURÍDICOS

SEGUROS

O Conselho Empresarial de Seguros

terá, segundo seu presidente, Omar

Dantas, um ano que promete ser intenso,

devido à retomada do crescimento econô-

mico, as eleições e a Copa do Mundo. Ele

pretende trazer para as reuniões plenárias

da ACMinas e do Conselho palestrantes de

grande reputação no setor de seguros. “Na

agenda já constam, dentre elas, palestra da

presidente no Brasil da Associação

Internacional do Direito do Seguro

(AIDA), Ana Rita Petraroli. Ela falará sobre

a importância do seguro no desenvolvi-

mento de uma nação, as inovações mun-

diais do setor e as perspectivas do Sistema

de Seguros no país.”

24 JORNAL

As propostas do Conselho Em-

presarial de Comunicação para

2018 estabelecem ações junto as

bancadas legislativas estadual e

federal visando à inclusão de pro-

postas de projetos e qualificações,

eleições de representantes e busca

de incentivos e valorização do setor.

O presidente do Conselho,

Hélio Faria, pretende trabalhar na

consolidação do Projeto de Lei que

estabelece Regime Especial Tri-

butário para o setor, que já foi

aprovado, e extinguir os Projetos

de Lei que pretendem retirar o

comissionamento das agências pela

veiculação de anúncios e campa-

nhas nos veículos de comunicação.

“Pretendemos também eleger

representantes do setor nas três

esferas legislativas, representar os

mercados mineiro e nacional, bus-

car qualificação através de cursos e

realizar um programa permanente

de palestras”, revela.

O Conselho também procura

negociar com a bancada federal e

com a Secretaria Especial de

Comunicação Social (Secom) o

retorno de consórcios para dispu-

tas de contas federais. Além disso,

pretende organizar uma campanha

institucional de valorização do

setor de Comunicação.

COMUNICAÇÃO MODA

O Conselho Empresarial da Moda dará

sequência ao projeto de internacionalizar

a moda mineira. Segundo sua presiden-

te, Sarah Vaintraub, a criação do selo

“Feito em Minas” – que identificará os

produtos mineiros com o objetivo de

valorizá-los e dar visibilidade ao Estado –

é um dos principais objetivos para 2018.

“Teremos também uma nova parce-

ria, informa Sarah. “Vamos realizar um

trabalho em conjunto com a Câmara

Internacional de Israel, que tem estado

bem próxima de nossos eventos. Estamos

conversando muito sobre novos projetos

e inclusive já temos agendado, para

novembro, uma grande novidade.

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