Jornal Ventos de Mudança 2

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Segunda-feira, 16 de Março de 2009 Periódico nº2 EDP distribui 40 440 lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40 440 lâmpadas eficientes nos bairros históricos de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e a Adene (pág. 4). O Barreiro e o Ambiente O grupo das Energias Renováveis e Gestão Racional dos Recursos entrevista cara-a-cara o PROFESSOR E BIÓLOGO, José Augusto Batista, e questiona-o acerca da actualidade ambiental da nossa cidade (pág. 5). “Passatempos Verdes” Inclui Sopa de Letras e Diferenças (pág. 12). Blog: http://ventos12a.blospot.com E-mail: [email protected] Curiosidades – Factos que não sabia (pág. 11). Açores produzirão 40% de energias renováveis Os açores pretendem, dentro de uma década, uma penetração de 40 % de energias renováveis no sector eléctrico (pág. 3).

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Ventos de Mudança

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Segunda-feira, 16 de Março de 2009

Periódico nº2

EDP distribui 40 440 lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa

A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40 440lâmpadas eficientes nos bairros históricos de Lisboa,em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa ea Adene (pág. 4).

O Barreiro e o AmbienteO grupo das Energias Renováveise Gestão Racional dos Recursosentrevista cara-a-cara oPROFESSOR E BIÓLOGO, JoséAugusto Batista, e questiona-oacerca da actualidade ambiental danossa cidade (pág. 5).

“Passatempos Verdes” – IncluiSopa de Letras e Diferenças (pág. 12).

Blog: http://ventos12a.blospot.comE-mail: [email protected]

Curiosidades – Factos quenão sabia (pág. 11).

Açores produzirão 40% de energias renováveis

Os açores pretendem, dentro de umadécada, uma penetração de 40 % deenergias renováveis no sector eléctrico(pág. 3).

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Grupo das Energias Renováveis e Gestão Racional de Recursos

Somos um grupo da Escola Secundária de Santo André inseridos na disciplina de Área de Projectotendo, como professor e coordenador, o biólogo José Augusto Batista.A temática escolhida por nós foi as energias renováveis e a gestão racional de recursos, pois, alémde ser de extrema importância, necessita ser divulgada e é ai que entra o nosso papel: divulgação daimportância destas duas expressões à sociedade.Vulgarmente, chamam-se energias renováveis à electricidade gerada a partir de fontes renováveis.As fontes de energias renováveis são aquelas que se renovam continuamente na natureza sendo,por isso, inesgotáveis. Estas fontes são, por exemplo, o Sol, o Vento, a Chuva, as Ondas do Mar, oCalor da Terra, as Plantas, etc.Já as expressões “Gestão racional de recursos energéticos” e/ou “Utilização racional de recursosenergéticos” são mais utilizadas desde há pouco tempo e fazem já parte do nosso vocabulárioquotidiano, uma vez que significam algo que é necessário, ou seja, é indispensável gerir e utilizar demaneira racional/organizada os recursos naturais e energéticos de que o Homem dispõe. Caso nãose cumpra, além do possível esgotamento dos recursos não renováveis, isto irá trazer inúmerasconsequências para o planeta Terra sendo, a maior parte deles, irreversíveis.As Energias Renováveis e a Gestão Racional de Recursos Energéticos são, então, duasproblemáticas que, sendo distintas, se complementam, uma vez que quando se encontramimplementadas as Energias Renováveis pratica-se, simultânea e obrigatoriamente, uma GestãoRacional de Recursos.A nossa “missão” é alterar atitudes/mentalidades da população e tentaremos alcançá-lo através dacriação dos periódicos “Ventos de Mudança”, do blog com o mesmo nome, de colóquios temáticoscom peritos na área e um documentário com entrevistas e muito mais.Pretendemos, então, no final do projecto construir um órgão junto da população e da comunidade queos consciencialize uma vez que os tempos que se avizinham são cruciais para a população ocidental.Prova disso foi o choque petrolífero que sofremos devido à não utilização das energias renováveis eà gestão irracional de recursos.

ContactosBlog: http://ventos12a.blospot.comE-mail: [email protected] (Escola Secundária Santo André): 21 217 06 70Morada (Escola Secundária de Santo André): Av. Escola dos Fuzileiros Navais; 2830-148 Barreiro

Jornal elaborado por:

Alexandre Trota

Ana Teresa Oliveira

Andreia Nogueira

Carina Merendas

Catarina Barata

Catarina Grazina

Filipe Reis

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eólica e solar em todas as ilhas, hídrica em SãoMiguel, Terceira, Flores, Faial e São Jorge eaproveitamento da biomassa e resíduos urbanosnas ilhas de maior dimensão.Vão ser, ainda, construídas centrais de biomassavegetal, biogás e uma central de resíduos nasdiferentes ilhas do arquipélago.

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Açores produzirão 40% de energias renováveis

Os açores pretendem, dentro de uma década,uma penetração de 40 por cento de energiasrenováveis no sector eléctrico.A Sociedade Geoeléctrica da Terceira(Geoterceira), do grupo da Empresa deElectricidade dos Açores (EDA), está a efectuara perfuração de três poços geotérmicos deprodução e de injecção.Os trabalhos estão a ser desenvolvidos por umaempresa islandesa da especialidade e têm umcusto estimado de 4,3 milhões de euros.Se os resultados forem positivos, como revelamos primeiros indicadores, será construída umacentral de abastecimento, com a potência de 12megawatts, que assegurará 38 por cento naestrutura de produção de energia da ilhaTerceira.

Na região está em desenvolvimento o PlanoEstratégico para a Energia dos Açores (PEEA)que visa fomentar a produção de energia defontes renováveis e recursos endógenosprevendo-se a redução do consumo de gasóleoe gasolina rodoviários até 10 por cento e do fuelem mais de 50 por cento.A região passará a contar com energiageotérmica nas ilhas de São Miguel e Terceira,

Grande parte da electricidade consumida pode vir da terra

Dentro de duas décadas, Portugal poderáproduzir energia geotérmica suficiente parafornecer electricidade a grande parte do país,através de uma forma inovadora de aproveitar ocalor da terra.O projecto é pioneiro em Portugal e baseia-seem sistemas geotérmicos estimulados, quepermitem produzir energia eléctrica de formarenovável, limpa para o ambiente e praticamenteinesgotável.Peritos técnicos da Quercus afirmam quePortugal tem um potencial de produção deenergia geotérmica enorme, capaz de garantirtodas as necessidades energéticas do país.Se tudo correr como previsto, dentro de 20 anos,a maior parte da energia eléctrica do país seráproduzida através da energia geotérmica.As unidades de produção geotérmica estimuladapodem ser instaladas sem impacto ambiental,em praticamente todo o território, e com baixoscustos de investimento.A diferença entre a produção tradicional deenergia geotérmica e a estimulada reside nofacto de, nesta, a água ser injectada a partir dasuperfície.Ao ser injectada para um furo, que pode atingircinco a seis quilómetros de profundidade, a águaabre fracturas na rocha e espalha-se por zonas a200 ou mais graus de temperatura. Evapora-se esobe então à superfície, através de um segundofuro, alimentando, assim, o funcionamento de umgerador.

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Barragens vão produzir energia para um milhão de pessoas

A construção de quatro novas barragens no AltoTâmega vai criar 3.500 postos de trabalho,garantiu o presidente do grupo espanholIberdrola na apresentação pública do projecto.

Se os prazos forem cumpridos, em 2018, o AltoTâmega terá em funcionamento quatro novasbarragens, que produzirão energia suficientepara o consumo anual de um milhão de pessoas.O empreendimento, denominado ComplexoHidroeléctrico do Alto Tâmega, foi apresentado,no passado dia 23 de Janeiro, em Chaves, pelopresidente da Iberdrola, o grupo espanhol queganhou o concurso para a construção dasalbufeiras, lançado pelo Governo português noâmbito do Plano Nacional de Barragens comPotencial Hídrico.

As vantagens são várias. O primeiro-ministroexplicou que as famílias que optem pelainstalação de painéis solares este ano "pagarãomenos de metade do custo do equipamento,verão a sua factura energética anual reduzir-seem mais 20%, e terão ainda um benefício fiscalde 30% do custo de investimento do primeiroano".Durante o debate, Sócrates disse que "haverávários bancos já preparados para assistir esteinvestimento".

CGD, BES e BCP preparam investimento em painéis solares

Caixa Geral de Depósitos, BES e BCP estãodisponíveis para apoiar o investimento empainéis solares, no âmbito do programa deincentivo à utilização de energias renováveispara particulares.A CGD informa que já tem uma "política desustentabilidade que promove o crédito a painéissolares já há algum tempo", apesar de nãofornecer dados sobre o crédito concedido nesteâmbito.José Sócrates anunciou, num debate quinzenal,benefícios fiscais e facilidades no acesso aocrédito bancário para as famílias que instalempainéis solares durante este ano.A meta é instalar painéis solares em 65 milhabitações, num investimento de 225 milhões deeuros, com comparticipação do Estado de 100milhões.

EDP distribui 40 440 lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa

A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40 440lâmpadas eficientes nos bairros históricos deLisboa, em colaboração com a CâmaraMunicipal de Lisboa e a Adene – Agência para aEnergia.Esta é uma acção que vai decorrer a nívelnacional, prevendo-se a distribuição de um totalde 400 mil lâmpadas eficientes a moradores debairros sociais e históricos. Vai prolongar-sedurante este ano e vai permitir uma redução totalde 161 160 megawatts no consumo energéticonacional, o equivalente ao consumo anual de 60mil famílias portuguesas.Esta medida permite às famílias pouparem cercade 18 milhões de euros e evita a emissão de 60mil toneladas de CO2 para a atmosfera. No anode 2008, esta acção abrangeu os bairros sociaisde Lisboa e Porto e os bairros históricos doNorte do País. As restantes localidades vãoreceber esta acção da EDP no decorrer desteano.Cada agregado familiar receberá gratuitamentequatro lâmpadas fluorescentes e algunsconselhos de eficiência energética, mediante opreenchimento de um pequeno questionário. Adistribuição será feita porta-a-porta nos bairroshistóricos locais.

Ignácio Gálanrevelou tambémque as novascentraishidroeléctricasserão capazes deproduzir dois milgigawatts porhora, o que

representa 3% do consumo eléctrico português.

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estarmos a comparar desvantagens ambientaiscom vantagens económicas sociais, de maneiraque nem sempre é muito linear responder aisso. Mas vamos considerar estes três aspectos– económico, social e ambiental quando nosreferirmos a custos versus benefícios.

V.M. - Quais serão então os benefícios quepoderá vir a trazer em termos económicos?

J.B. - Bem vamos falar de benefícioseconómicos potencialmente, porque as coisassão assim, como na Física, às vezes têm umgrande potencial, mas não se concretizam. Omais relevante que podemos referir, do ponto devista dos benefícios económicos potenciais, é oseguinte: a zona de Chelas é uma zona próximada grande centralidade de Lisboa, quer da baixaquer da sua zona Ocidental, tendo em conta odesenvolvimento que esta teve a partir daEXPO. Ora, nós termos uma ligação directa doBarreiro com uma zona destas significa que, emcerta medida, o Barreiro passa a ficar muitoacessível ao núcleo da cidade de Lisboa,portanto à baixa Lisboeta e ao Parque dasNações. Tendo em conta que a ponte possuiuma componente ferroviária e uma componenterodoviária e que a componente ferroviáriapermite a instalação do metro de superfície, estepoderá assim entrar no Barreiro, circular atéCoina, ir pelo Fogueteiro e depois pela ponte 25de Abril, o que significa que nós passaremos ater estações de metro no Barreiro e que quemcá vive estará a duas ou três estações doCentro de Lisboa! Isto significa que um local queera uma periferia, passa a ser uma centralidade.Passamos a ter uma ligação mais profunda comLisboa, passamos a ser praticamente parte dacidade de Lisboa enquanto que até aqui aMargem Sul era considerado um subúrbio.

À conversa com…José Batista, biólogo, chefe doDepartamento de Matemática eCiências experimentais da EscolaSecundária de Santo André, perito deformação profissional da ONU e OIT,com Mestrado em Metodologia doEnsino e das Ciências.

V.M. - Quais as vantagens e desvantagensque a ponte Barreiro/Chelas poderá vir atrazer para a população do Barreiro?

J.B. - Bom, como vocês imaginam isso é umapergunta que encerra várias perguntas ou dito deoutra forma, responder a essa pergunta implicasubdividi-la em várias temáticas. Quando se falaem vantagens e desvantagens nos estudos deimpacto ambiental utiliza-se uma terminologiaequivalente, que é custos versus benefícios,tendo-se em conta diversos tipos de parâmetros,pois há custos e benefícios económicos,financeiros, sociais, ambientais, etc. que têmnatureza diferente e nem sempre podem serclaramente comparados entre si. Por exemplo,imaginem que uma determinada situação temelevados custos ambientais, diversos benefíciossociais e poucos custos económicos, é difícil

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melhoria da qualidade ambiental. Se for esse oentendimento dos decisores políticos municipais,será um benefício extraordinário em termosambientais para o Barreiro.Em relação ao ambiente, muitas vezes existe apreocupação, como existiu com a ponte Vascoda Gama, relativamente aos ecossistemas deuma determinada região, à fauna e à flora,quando um equipamento desta dimensão éinstalado. Há sempre possibilidade de eleprovocar transtornos, de ter impactos negativos.Agora a minha opinião como biólogo, sendoembora este um assunto de uma certadelicadeza, é que se levantaram inúmerasquestões e preocupações ambientais quando daconstrução da Ponte Vasco da Gama, numazona que atravessa a Reserva Natural doEstuário do Tejo, uma zona de protecçãoespecial de aves (como os flamingos), uma zonamais “nobre” em termos ambientais que o nossoBarreiro, é que até à data não vejo grandesprejuízos decorrentes da instalação daqueleequipamento.

Quanto à sobreocupação do território devemos,de facto, ter diversas cautelas. Nós temosexemplos próximos, como Almada, que era umlocal que tinha um grande potencial ambiental,desde Corroios até Cacilhas, parecido com onosso, lindíssimo, e que, praticamente,desapareceu, tudo submerso, naquelas enormesconstruções e na industria Naval da Lisnave.Agora, nada obriga que as coisas aconteçamassim no Barreiro. Lá vou eu voltar ao cinético eao potencial. Potencialmente, se não existircontrolo nenhum pode haver um impactonegativo, não tanto da ponte em si, mas dasalterações que ela venha a gerar colateralmente,mais com a ocupação do terreno, do aumento donúmero de pessoas.

Por outro lado, os terrenos passam a ter maioratractividade e valor económicos, até porque oBarreiro tem uma zona – a Quimiparque – quenão está ocupada por prédios, logo não épreciso derrubar nada para fazer de raizconstrução de alta qualidade numa zona quepassa a ter grande centralidade. Existe potencialpara fazer edifícios sofisticados e valiosos,desde escritórios, por exemplo, para instalaçãode empresas de topo, até uma urbanização dealtíssima qualidade. Pessoas que nunca viriampara um sítio destes, pois era um subúrbio demá qualidade e fraca acessibilidade, passam ainteressar-se por um local aprazível e estratégicoperto do centro de Lisboa. Existe, então, umbenefício económico, valorizando-se os terrenose instalando-se equipamentos e edifícios dequalidade. Tudo isto só se concretiza se amelhoria da qualidade ambiental acompanhar oprocesso, através da implementação da ETARintermunicipal da Barreiro/Moita, da intervençãonas zonas verdes consolidando e ampliando asexistentes, articulando-as com o rio e as suaszonas ribeirinhas, nomeadamente, os sapais doCoina. Por sua vez, neste contexto poderão,finalmente, instalar-se serviços de Turismo comoa Hotelaria.Portanto, em síntese a ponte trás vantagens doponto de vista da ligação a Lisboa, do ponto devista das acessibilidades relacionadas com ometro de superfície, valoriza os preços dosterrenos, permite, se for acompanhada de umaboa renovação ambiental, instalar turismo,industria, hoteleira e actividade económicaDigamos que o Barreiro dará um salto gigante,se este potencial for concretizado.

V.M. – Do ponto de vista ambiental, quais asvantagens e desvantagens que a ponteBarreiro/Chelas irá trazer para a região?

J.B. - O Barreiro sempre foi estigmatizado,porque era uma zona feia, poluída, etc. Mas oBarreiro tem uma geografia muito bonita, muitointeressante. Tem o enquadramento paisagísticoda Arrábida, o estuário do Tejo com o braço doRio Coina, que podem ser aproveitados parainstalar equipamentos como marinas. Agora nãovamos fazer marinas com uma água onde nãose pode tomar banho, que não se pode sequercheirar. Pelo que a Ponte deverá “arrastar” umaintervenção intensiva de

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intervenções autárquicas, por criarem umaagenda cultural que promova o encontro entre asduas margens. São esse tipo de iniciativas quepoderão promover essa aproximação e ligação,mas não é propriamente o aparecimento daponte em si.

Agora, se as coisas forem feitas com pés ecabeça, se a ETAR intermunicipal estiver afuncionar como deve de ser, assim como todasas outras que devem cobrir a limpeza de todosos efluentes que são lançados no estuário, senão se deixar a construção tomar proporçõesloucas, se se reservarem espaços para zonasverdes, que permitem fazer aquilo que nóschamamos corredores ecológicos, uma zonaverde estar suficientemente próxima de outrapara haver um fluxo de espécies, como ocorrer atroca de sementes pelo vento e a passagem dasaves de umas para outras, o território seráocupado, mas a natureza continuará a estar“metida dentro dele” de “boa saúde”. Portanto,há riscos, mas são riscos que podem sercontornados!

V.M. - Será que a ponte terá muita aderênciapor parte da população?

J.B. - Querem com esta pergunta saber se vaiter muito uso em particular por estas duaspopulações? A de Chelas e a do Barreiro? Bom,eu acho que há um uso óbvio que as populaçõesde um e de outro lado vão fazer, que é utilizar ometro de superfície para irem visitar o “outrolado”. Deste ponto de vista, é fulcral o fechar alinha do metro que entra ou saia, consoante oscaos, pela ponte 25 de Abril, entra na redemetropolitano de Lisboa, de seguida passandona ponte de Chelas, no Barreiro, em Coina, noSeixal etc., até entrar outra vez. Também deveráexistir um ramal para o novo aeroporto quepoderá trazer pessoas ao Barreiro porcuriosidade. Vocês próprios reflictam um pouco,moram aqui no Barreiro e têm uma estação demetro situada neste local e querem ir a Lisboa ouà EXPO, ou sair à noite, como imaginampassarão, tanto vocês como toda a gente, autilizar, com muita frequência, este transporte.Portanto, o metro, para mim, é uma das grandesconquistas que a ponte vai trazer e eu penso queé por via do metro que as populações das duasmargens vão utilizar a ponte. Por outro lado, sese criarem dinâmicas que divulguem algumascaracterísticas culturais, sociais, etc. aqui doBarreiro de maneira a promover a vinda depopulação de Chelas a esta margem, aí simteríamos uma aproximação das populações dosdiferentes locais, mas isto passa mais pelas

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ETAR Barreiro – Moita

ETAR Barreiro-Moita, assunto bastanteabordado na região, tem a sua conclusãoprevista para o primeiro trimestre de 2010, econsiste num investimento superior a 17 milhõesde euros.A ETAR engloba não só a infra-estruturapropriamente dita, localizada na Quimiparque,numa região que continha resíduos,nomeadamente gesso, (perto das fábricas doLavradio), mas também sistemas de drenagem eelevatórios do Subsistema do Barreiro/Moita.Estes serão as primeiras empreitadas a serconstruídas em 2009, com um prazo deexecução de 540 dias, no qual é necessáriofazer um investimento de 7,4 milhões de eurospara a zona do Barreiro e 7 milhões de eurospara a zona da Moita.

Para além do subsistema do Barreiro/Moita,também contribuem para a recolha e tratamentodas águas residuais do nosso município ossubsistemas da ZI Autoeuropa e da Quinta doConde, onde a SIMARSUL investiu na suaconcretização 4,8 e 11,2 milhões de euros,respectivamente.No passado dia 13 de Fevereiro foi realizadauma sessão de esclarecimento na CooperativaCultural Popular Barreirense, onde o presidenteda Câmara Municipal do Barreiro, CarlosHumberto de Carvalho, comentou que "com estae outras ETAR's, no distrito, daremos umcontributo para um melhor ambiente edespoluição do rio Tejo".

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A impressão desteperiódico foi-nos possíveldevido ao apoio gráfico porparte da Divisão deSustentabilidade Ambientalda Câmara Municipal doBarreiro.

Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do rio de Coina

(CEA)Este centro tem comoprincipal objectivosensibilizar apopulação,principalmente, a demenor faixa etária, paraque estes tenham

respeito pelo património da cidade e para que opreservem e estimem, também.Este centro apresenta várias actividades abertasao público, nomeadamente, percursospedestres, ateliers, espaços previstos para acultura biológica e ainda observação de váriasespécies de aves e outros animais que fazemparte deste habitat.Actualmente, encontra-se fechado mas abrirá asportas nos próximos meses.

Planta da Estação de Tratamento de Águas Residuais Barreiro/Moita.

próximos dias será passado o alvará para asegunda fase do POLIS. Quanto à muralha daAvenida Bento Gonçalves, comentou que " jáestá a ser montado o estaleiro da obra e serárealizada, em breve, a reposição das areias emAlburrica".José Fialho, director de Engenharia daSIMARSUL, fez uma apresentação do trabalhorealizado e projectado pela SIMARSUL. Referiuque o subsistema da ETAR Barreiro/Moita irátratar 90% das águas da população do Barreiro e92% do Concelho da Moita. Cerca de 10% daságuas residuais do Barreiro irão para ossubsistemas da Autoeuropa (2%) e da Quinta doConde (8%).Em 2010, com a ETAR, o Tejo já não teráesgotos não tratados.

De acordo com oautarca, está a serdesenvolvido umaforma de recuperar,não só os rios, mastambém melhoraras zonasribeirinhas. Disse,ainda, que nos

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A energia produzida pelo vento é um recursoenergético natural que pode ser aproveitado comum investimento reduzido. É especialmenterentável em locais com muito vento.

As diferenças de pressão atmosférica causadaspelo aquecimento diferencial terrestre provocamdeslocação de massas de ar (vento). Adeslocação destas massas de ar é influenciadapelas condições atmosféricas (intensidade edirecção), por obstáculos e condições do solo. Oaproveitamento da energia cinética do vento éefectuado através de turbinas eólicas unidas ageradores. Este conjunto turbina-gerador é,normalmente, nomeado Aerogerador. Existemvários tipos de turbinas eólicas, cujas diferençasincidem, essencialmente, na direcção do eixo derotação (vertical e horizontal), na forma e númerode pás que constituem o motor.

Quando exposto a vento suficiente, umaerogerador produz corrente contínua (CC). Parapoder ser consumida, a energia que oaerogerador produz tem que ser alterada paracorrente alterna, pois as tensões produzidas nãosão compatíveis com os aparelhos domésticosou industriais.

Parques Eólicos em

Portugal

Ligados Em Construção Total

MW Turbinas MW Turbinas MW Turbinas

Continente 2811,4 1534 709,6 326 3521,0 1860

Madeira 8,7 37 29,9 29 38,6 66

Açores 11,6 33 0,0 0 11,6 33

Total 2831,7 1604 739,5 355 3571,2 1959

Tal como a energia solar a energia eólica é umaenergia não poluente. A sua inclusão em zonasventosas pode, rapidamente, trazer o retorno doinvestimento efectuado. Este tipo de energiapode funcionar, em simultâneo, com módulosenergéticos solares.

Energia Eólica em Portugal

O primeiro parque eólico de Portugal foiconstruído na Ilha de Porto Santo, Madeira noano de 1986. No final do ano de 2007, Portugalera o décimo produtor mundial de energia eólicaem termos absolutos, e o quarto em termosrelativos, tendo em conta a sua área epopulação.

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Os oceanos podem ser uma fonte de energiapara iluminar as nossas casas e empresas.Neste momento, o aproveitamento da energiado mar é apenas experimental e raro.Mas como é que se obtém energia a partir dosmares? A energia dos mares apresenta-se devárias formas: a energia das marés, energia dasondas e a energia do gradiente térmico.A energia das marés resulta da diferença dosníveis de água devido às marés. Essa diferençade altitude é aproveitada para produzir energiaeléctrica ou energia mecânica.

rios ou no oceano, em locais com característicasespeciais, onde exista a capacidade dearmazenamento de água.Desta forma, é possível obter desníveis queresultam dos diferentes níveis das marés. Àmedida que a maré sobe ou desce, a águapassa através de comportas, ora num sentido,ora noutro. Seguidamente, são accionadasturbinas que transformam a energia mecânicaem eléctrica.Na Europa foi construída uma central deprodução de energia das marés em La Rance(França), a 10 km da desembocadura do rioRance no Canal da Mancha. Neste local aamplitude da maré é de 13 metros. Esta centralestá em funcionamento desde 1966.A energia das marés é considerado como umafonte renovável de energia, uma vez que utilizaapenas a energia a partir da mudança dasmarés, em vez de queimar ou consumirqualquer tipo de fonte de energia. Considera-se,também, como inesgotável, pois existemsempre marés em ascensão e queda, devido àgravidade.

Principais vantagens e desvantagens:

• A principal vantagem deste tipo de energia é ofacto de ser uma energia renovável (não seesgota), não ser poluente e causar poucoimpacte ambiental.• A desvantagem de utilizar a energia dasmarés na obtenção de energia é que ofornecimento não é contínuo, ou seja,apresenta um baixo rendimento. Para além deque para que este sistema funcione bem sãonecessárias marés e correntes fortes. Tem quehaver, por isso, um aumento do nível da águade pelo menos 5,5 metros da maré baixa para amaré-alta e existem poucos sítios no mundoonde se verifique tamanha mudança nas marés.

Energia das marés

As marés são o resultado da combinação deforças produzidas pela atracção do Sol e da Luae do movimento de rotação da Terra, que leva àsubida e descida da água dos oceanos e mares.A energia das marés consiste noaproveitamento dos desníveis de água queresultam dessa subida e descida das marés.O princípio de funcionamento de uma central demaré é bastante semelhante ao funcionamentode uma central hidroeléctrica, no que dizrespeito ao aproveitamento da energia cinéticadas massas de água. Estas centrais sãoinstaladas muito perto da foz dos

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1 litro de óleo usado podecontaminar 1.000.000 l de água.

O papel e o papelão levam 3 a 6 meses a decompor-se,uma simples pastilha elástica pode levar 5 anos, aslatas levam entre 80 a 100 anos e o vidro é capaz deficar um milhão de anos a perturbar o ambiente.

1 pilha pode ficar cem anos alançar contaminantes, como omercúrio, para o meio natural.

Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de22 árvores, economiza 75% de energia eléctrica epolui o ar 74% menos do que se fosse produzidode novo.

Um autoclismo que esteja aperder água pode desperdiçarem seis meses mais de 170000litros de água.

Sempre que utilizamos a casa de banho,nomeadamente, em cada descarga de autoclismo,são utilizados entre 10 a 15 litros de água potável doque é necessário.Para evitar este desperdício pode colocar-se umagarrafa cheia de água ou de areia no depósito doautoclismo e a água poupada chegará aos 800 litrospor mês.O aquário central do Oceanário de Lisboa poderiaser enchido na totalidade, caso 1000 pessoasadoptassem esta medida durante 9 meses.

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12 Ventos de Mudança 16 de Março de 2009

A K O L B I G U A E L W N T C P A Q T L

H T C R S S U X Q T O K L T P B A V A U

F E H T R E C I C L A G E M V B J D T C

S I Z F H A E N M G O L T R E C O I I A

F A S E G N I O P H G T A L S Q T U N V

C E R M C N R E D U Z I R A X A I M U T

A C E E V G T H J N X O C N B V L E D U

S Ç C N E T J K O D J Ç D E U N C S E B

K H U A E A T B R A Y R S X L J I E S E

L J R F A R T V J R P O L U I Ç Ã O E C

G K S E D B G N H S W U L V X S I F E V

H E O G J E I I V Ç H E Ã F O T J B S O

E I S A F G H R A S A E F I R O P O H Q

I R S A C F E J I S C U B S J J G D V R

R S F T U N K L D Q Z A T E R R O S I S

Entra as seguintes 7 palavras: ETAR, energias, poluição, reduzir, recursos, lixo, aterros.

Sopa de Letras

Diferenças

☺ Soluções dos passatempos:

R E C I C L A G E M

T

A

R R E D U Z I R

E

C N

U E L

R R P O L U I Ç Ã O

S G X

O I O

S A

S

A T E R R O S