Jornal Voz do Itapocu - 35ª Edição - 11/01/2014

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TEMPORADA FALTA DE ÁGUA E ENERGIA MARCAM A TEMPORADA NA REGIÃO. ENTENDA O QUE ACONTECEU EM CADA CIDADE JORNAL SÁBADO, 11 DE JANEIRO DE 2014. ANO 1 - EDIÇÃO 035 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Circulação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú e Balneário Piçarras PÁG 11 ESPORTE HANDEBOL E FUTEBOL DE AREIA ACONTECEM NA PRAIA EM BARRA VELHA PÁG 14 PÁGs 3, 4 e 5 PÁG 16 Em alguns casos, o aumento ultrapassou 200% em comparação com 2013 IPTU 2014: CARNÊS COMEÇAM A SER ENTREGUES EM BARRA VELHA E MORADORES RECLAMAM DE AUMENTO PÁG 6 ENTREVISTA: PREFEITO ADEMAR BORGES ARISTIDE DE SOUZA: ÍCONE DA PESCA NO MUNICÍPIO MARCHA PARA JESUS ENCERRA PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO HOJE SAMIR X MATIAS EX-PREFEITO E ATUAL TROCAM ACUSAÇÕES SOBRE PARECER DO TRIBUNAL DE CONTAS PÁGs 7, 8 e 9 ESPECIAL

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35ª Edição do Jornal Voz do Itapocu, com circulação nas cidades de Barra Velha, Araquari, Balneário Piçarras, São João do Itaperiú e Balneário Barra do Sul, em Santa Catarina. Distribuição gratuita nos pontos parceiros de distribuição. Acompanhe pelo Facebook: www.facebook.com/vozdoitapocu

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TEMPORADAFALTA DE ÁGUA E ENERGIA MARCAM A TEMPORADA NA REGIÃO. ENTENDA O QUE ACONTECEU EM CADA CIDADE

JORNAL

SÁBADO, 11 DE JANEIRO DE 2014. ANO 1 - EDIÇÃO 035 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITACirculação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú e Balneário Piçarras

PÁG 11

ESPORTEHANDEBOL E FUTEBOL DE AREIA ACONTECEM NA PRAIA EM BARRA VELHA

PÁG 14

PÁGs 3, 4 e 5

PÁG 16

Em alguns casos, o aumento ultrapassou 200% em comparação com 2013

IPTU 2014: CARNÊS COMEÇAM A SER ENTREGUES EM BARRA VELHA E MORADORES RECLAMAM DE AUMENTO PÁG 6

ENTREVISTA: PREFEITO ADEMAR BORGES

ARISTIDE DE SOUZA: ÍCONE DA PESCA NO

MUNICÍPIO

MARCHA PARA JESUS ENCERRA PROGRAMAÇÃO

DE ANIVERSÁRIO HOJE

SAMIR X

MATIAS

EX-PREFEITO E ATUAL TROCAM ACUSAÇÕES SOBRE PARECER DO

TRIBUNAL DE CONTAS

PÁG 11

ESPORTEHANDEBOL E FUTEBOL DE EX-PREFEITO E ATUAL TROCAM

PÁGs 7, 8 e 9

ESPECIAL

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O ano de 2014 começou movi-mentado e repleto de informa-ções para nossa equipe bus-car ainda na transição entre Natal, Ano Novo e o primeiro mês do ano. Não estamos fa-lando apenas dos veranistas curtindo as praias e belas paisagens da nossa região, prestigiando os eventos de re-vellion e aquecendo o comér-cio local. Antes fosse. A falta de água e energia se tornou pauta principal em todo o lito-ral catarinense, e aqui não é diferente. A estrutura falha de Santa Catarina,calcada principal-mente em duas estatais, Ce-lesc e Casan, voltou a dar sinais de sua fragilidade e despreparo. Além de demons-

trar uma imagem negativa para os milhões de turistas que frequentam o Estado nesta época do ano, revoltou especialmente os moradores, que muitas vezes acabam por ver com maus olhos o próprio turismo em suas cidades. Espera-se que após um pe-ríodo de festas conturbado, as estatais revejam se o que estão oferecendo para as ci-dades litorâneas são mesmo sufi cientes para atender a de-manda de pessoas. Ficou cla-ro que ainda falta uma melhor estrutura de abastecimento e fornecimento de serviços bá-sicos, que os consumidores pagam para ter acesso. Não somos técnicos na área para apontar erros pontuais,

mas a quantidade de leitores que procuraram o Voz do Ita-pocu reclamando da falta de água ou luz, indicam que algo preciso ser feito visando o tu-rismo a longo prazo, até por-que a tendência é de que os números de moradores e visi-tantes aumentem a cada ano. Apenas jogar a responsabili-dade para o grande número de pessoas na região não é papel para gestores públicos. A função principal dos car-gos públicos é solucionar os problemas da comunidade. O mesmo vale para os eleitos diretamente pela população, como prefeitos e vereadores, que devem cobrar os investi-mentos necessários das esta-tais na região.

2 EDITORIAL Sábado, 11 de janeiro de 2014.

Ano novo, velhos problemas

PREVISÃO DO TEMPOSÁBADO (11/01)

MÁX: 33º MÍN: 23º

DOMINGO (12/01)

MÁX: 29º MÍN: 22º

SEGUNDA-FEIRA

Encoberto com chuva

(13/01)

MÁX: 28º MÍN: 22º

Informações do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) da Epagri

EXPEDIENTE

Tiragem: 5 mil exemplares / distribuição gratuita / semanário Circulação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Balneário Piçar-

ras, Barra Velha e São João do Itaperiú

Reportagem Carolina Nunes

Alan Willian

DiagramaçãoGermana Souza

Edição Anderson Davi

Departamento Comercial Israel Voigt

ColaboradoresAngelita Borba de Souza

Lígia Delazzeri R. BalbinottDaniela Censi

Marcos Zaleski de MatosVolnei Antônio de Souza

Percival TeixeiraAndré Ignácio

Jornalista Responsável Flávio Roberto DRT: 02494 JP

UMA PUBLICAÇÃO REDAÇÃOAvª Santa Catarina, 1192 - SobrelojaCentro - Barra Velha - SCCEP: 88390-000

Colunas, artigos, cartas, e-mails enviados e assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. O conteúdo não

expressa, necessariamente, a opinião do jornal.

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(47) 3456 1194

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Encoberto com chuva

Sol e pancadas de chuva entre a tarde

e noite

ComunicadoPor um problema no setor de distribuição da gráfi ca do A Notícia, em Joinville, onde o Voz do Itapocu é impresso, não houve distribuição da edição do Voz do Itapocu no último sábado, dia 4. Pedimos desculpas aos nossos leitores, anunciantes e colaboradores, mas tratou-se de um proble-ma na prestação de um serviço por nós contratado, fugindo do nosso alcance a solução.

O Caderno de Verão do Voz do Itapocu retorna na próxima semana com a matéria especial: ‘A estação dos esportes’.

Fique ligado!

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Segundo Luciano Boss, geren-te da Casan de Barra Velha, houve um aumento signi� ca-tivo no consumo de água em comparação com a temporada anterior, o que tem prejudica-do o abastecimento nas regiões mais altas e afastadas da Esta-ção de Tratamento de Água (ETA).“No ano passado, os dias 30 e 31 de dezembro foram os que tiveram mais consumo, em torno de 12 milhões de litros por dia. Neste ano, desde o dia

26 estamos trabalhando com 15,5 milhões de litros por dia”, compara. Boss destaca que o bombeamento de água em Barra Velha está acontecendo 24 horas por dia, mas que no inicio da manhã, por volta de 7h, o volume do reservatório começa a diminuir.Luciano explica que a Casan aumentou em 20% sua capaci-dade de abastecimento em re-lação a última temporada, mas ainda assim a região do Mor-ro do Colchão, no bairro São

Cristóvão, o bairro Medeiros e a divisa com Balneário Pi-çarras tiveram di� culdade em receber água da estatal, princi-palmente nos horários de pico. O problema, como em todas as outras cidades, é falta de pres-são na rede para enviar água até os pontos mais distantes. “A estimativa é de que tenha passado na cidade 130 mil pessoas, o que dá 120 litros de água por pessoa por dia. O problema é que muitas pesso-as das partes baixas da cidade

estão usando a água excessi-vamente, para lavar calçada e carro, por exemplo, e acabam prejudicando o abastecimento para as partes mais altas e dis-tantes”, comenta. Casas com dois pisos, onde a caixa d´água � ca em um terceiro pavimen-to, também encontram di� -culdades para abastecimento durante o dia.

“Temos registrado em grá� cos os horários de queda, porém em momento algum faltou água em de� nitivo. Cada vez que nosso reservatório seca, nós ainda contamos com ou-tros dois reservatórios no Morro do Cristo. Além disso, funciona o nosso abastecimen-to de 180 mil litros por segun-do”, diz ele.

Falta de água nas cidades da região marca temporada

3GERALSábado, 11 de janeiro de 2014.

Falta de pressão na rede fez com que pontos mais distantes e mais altos tivessem difi culdades de receber água. Situação já foi normalizada, segundo representantes da Casan

Um problema antigo voltou a afetar moradores e turistas das cidades do litoral Norte de Santa Catarina. O excesso de consumo na alta tempo-rada deixou alguns pontos da região sem água, principal-mente nos horários de pico, pela manhã e no � nal da tar-

de. O caso mais crítico foi em Balneário Barra do Sul, onde um problema em uma das bombas de recalque de água reduziu em 50% a capacidade de abastecimento da Casan na cidade na última semana. De acordo com os gerentes da estatal nas cidades de abran-

gência do Voz do Itapocu, na última semana o serviço foi normalizado. Con� ra um re-sumo do que o ocasionou a falta de água nos municípios e como as situações mais criti-cas podem ser resolvidas.

Casan projeta novas obras em Barra Velha

Barra Velha registrou aumento no consumo de água em comparação com temporada anterior

No ponto de vista do geren-te, o fator que colaborou com o abastecimento de água no município na temporada foi a existência de uma lagoa re-serva no bairro Sertãozinho. Para esse ano, os planos da es-tatal são limpar e aumentar a lagoa reserva e ainda projetar outra ao lado da estação prin-cipal. Mesmo com as novas modi� cações, a empresa tem buscado soluções a longo pra-zo. Luciano revela que há um projeto para mudar a captação de água, levando para o rio Itapocu na região do Salto. Se-gundo ele, a alteração deve ser feita em até três anos.Além dos quatro reservató-rios já existentes que totalizam uma capacidade de 2 milhões

de litros, a previsão é construir um novo reservatório no bair-ro São Cristóvão com capaci-dade para um milhão de litros. Além do reservatório e uma estação de recalque, está pre-visto também a execução de 5 quilômetros de adutora de 300 mm. A obra que abastece-rá toda a população do bairro deve custar aproximadamente R$2,5 milhões.

Para Boss, não só o abasteci-mento será melhorado, como também a qualidade da água oferecida. Segundo Luciano, nesse ano serão construídos outros quatro � ltros que so-marão aos quatro já em fun-cionamento. A parte de ma-quinários também deve ter

modi� cações, com a compra de novas motobombas e novos quadros de comandos que de-vem custar R$1 milhão.

Ano de questões burocráti-cas“O ano de 2014 deve ser de li-citações e questões burocráti-cas”, avalia o gerente. Segundo ele, será aberto esse ano a lici-tação para escolher a empresa que executará a implantação das redes coletoras de esgoto. No mesmo projeto devem ser executados os ramais indivi-duais, elevatórias de esgoto e a estação de tratamento. “Es-tamos tentando fazer com que as obras iniciem no � nal desse ano, mas a previsão é que as obras comecem no início de

2015”, diz ele.Boss destaca que há muitas empresas interessadas em exe-cutar o serviço e por isso o processo deverá demorar de seis a sete meses. O valor to-tal da obra deve chegar a R$59 milhões, bene� ciando 70% da população barravelhense. “Os outros 30% devem ser reali-zados em uma segunda etapa. Mas isso � ca mais fácil depois de executar a primeira, que é o serviço mais pesado”, destaca.Luciano diz que todos os mo-

radores deverão se adaptar ao sistema e serão obrigados a fazer a ligação nas redes cole-toras. O processo bene� ciará inclusive mananciais de águas que hoje estão contaminados com o despejo de dejetos. Um dos principais exemplos é o deságue do rio Cancela na praia central, bastante critica-do por moradores e visitantes. Na visão do gerente, após a nova rede instalada, essa con-taminação acabará.

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4 GERAL Sábado, 11 de janeiro de 2014.

Vice-prefeito de Araquari e presidente da Câmara de Vereadores cobram melhorias da Casan

Região Norte foi a mais prejudicada em Balneário Piçarras

Bomba danifi cada diminuiu em 50% capacidade de abastecimento em Balneário Barra do Sul

Os constantes problemas de falta de água no município, não só durante a temporada, já esgotaram a paciência dos moradores e administradores públicos. Na última segunda--feira o vice prefeito, Clenilton Clenilton Carlos Pereira, e o presidente da Câmara de Ve-readores, Márcio Correa, esti-veram em Florianópolis para uma reunião com o presidente da Casan, Dalírio José Beber, entre outros diretores.Eles foram até a capital cobrar medidas para solucionar a falta de água no município. “Nossa obrigação é exigir melhorias imediatas e foi isso que fomos buscar, uma solução para nos-sa cidade que em 2013 sofreu muito com a constante falta de água”, a� rma Clenilton. A estatal apresentou um paco-te de estudos sobre a cidade, como a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) entre Araquari e Balneário Barra do Sul, um reservatório no bairro Itinga, que deverá sanar também a falta de água quando houver problemas de abastecimento por Joinville, e a construção de uma ETA no Piraí, que deverá abastecer todo o município.Além dessas ações, também devem ser construídos poços no bairro Ponto Alto, que ser-

virão como uma solução mais rápida para o município. A empresa irá apresentar até o � -nal de mês o cronograma com previsão das obras relaciona-das. “Até lá, eles se comprome-teram conosco em redobrar os esforços para que não aconte-çam mais problemas com falta de água e nós vamos cobrar”, a� rma Clenilton. Além do Centro, abastecido por Balneário Barra do Sul, a outra extremidade de Ara-quari, próximo da divisa com Joinville, também tem sofrido constantemente com o proble-ma na água. Os moradores do bairro Itinga chegaram a fazer um protesto na BR-280 para reclamar da falta de água na região, no � nal de 2013. Cer-ca de 50 moradores do lotea-mento Santa Mônica levaram cartazes, faixas e baldes vazios

para a rodovia, paralisando o trânsito da rodovia por cerca de 20 minutos durante a tarde de uma segunda-feira.A reclamação dos moradores é de que a água não chega até o local nem durante a madruga-da, como ocorre ao longo do ano. A Casan utiliza a rede da Companhia Águas de Joinville para o abastecimento e duran-te a semana a promessa era de que o abastecimento voltaria ao normal. Por � car em uma região entre morros, o bairro Itinga tem di� culdade de receber água. A solução seria construir um reservatório no alto do morro, mas ainda faltam detalhes téc-nicos, como a escolha da fonte de água para abastecer o reser-vatório.

A madrugada do sábado, dia 28 de dezembro, para domin-go foi de tensão e muito traba-lho para a equipe da Casan de Balneário Barra do Sul. Uma das bombas de recalque de água estourou e os técnicos da estatal tiveram substituí-la as pressas por outro equipamen-to. O problema prejudicou em 50% o abastecimento de água no município, segundo o gerente da Casan na cidade, Gercino Baraúnas. O sistema foi normalizado alguns dias depois do problema.Ainda assim, a situação gerou um novo descontentamento da prefeitura e Câmara de Ve-readores com a estatal. Uma reunião na manhã na última quarta-feira, dia 8, � cou de-� nido que Executivo e Legis-lativo irão procurar a Casan para cobrar melhorias no ser-viço oferecido (Leia mais na entrevista com o prefeito Ade-mar Borges, na página 7 desta edição).“Há três temporadas que não tínhamos problema de falta de água em Balneário Bar-ra do Sul, mas infelizmente com este problema na bomba perdemos 50% da nossa ca-pacidade”, comenta Baraúnas. Segundo ele, até a pressão da rede se reestabelecer, muitos usuários registraram falta de água, principalmente os que não tinham reservatório.Alguns dias depois do repa-ro na rede, as regiões mais distantes do Centro ainda sofreram com a falta de pres-são para o abastecimento de água. Bairros como o Salinas, onde estão concentradas par-te das casas de veranistas na cidade, e o loteamento Maria Fernanda foram os mais pre-judicados. “Há casos isolados

nos horários de pico, mas es-tes bairros que estão nas pon-tas do município que tiveram maior di� culdade”, justi� ca Baraúnas.Segundo Baraúnas, o abaste-cimento na semana de maior movimento � cou na média de 100 litros por segundo, quan-do o normal seria o dobro, enquanto a pressão caiu de 22 para 11 metros por coluna de água. Casas com mais de um pavimento, também tiveram di� culdade de abastecimento. Com o problema na rede de Balneário Barra do Sul, o Cen-tro de Araquari, que é abaste-cido pela Casan do município vizinho, também � cou preju-dicado. Segundo Gercino Ba-raúnas, cerca de 90% da água que abastece a região central de Araquari vem da Estação de Tratamento de Água que coordena. Com isso, a área também teve o abastecimento prejudicado.“Como é o local mais distan-te que nós abastecemos, falta pressão na rede para chegar até Araquari. Algumas pesso-as têm questionado que a falta de água é em função de abas-tecermos também uma par-te de Araquari, mas isso não faz sentido. Água tem, o que faltou é pressão na rede para mandar para aos locais mais distantes”, argumenta Baraú-nas.

Em Balneário Piçarras a re-gião Norte do município foi a mais prejudicada com a falta de água. De acordo com João Bento, gestor da Casan na ci-dade, houve di� culdades nos horários de pico, como pela manhã e no � nal da tarde. “Não tem água contínua, por isso há uma escassez no pon-

to mais distante de abasteci-mento da cidade, onde sempre houve este problema”, explica.Segundo Bento, a Casan de Balneário Piçarras está forne-cendo 200 litros por segundo e operando na sua capacida-de total, 24 horas por dia. Já a pressão da água, que nor-malmente oscila entre 30 e

35 metros por coluna de água (MCA), está em 8 MCA, devi-do ao alto consumo. Apesar da grande quantidade de pessoas consumindo água no municí-pio na alta temporada, Bento diz que nas demais regiões da cidade não houve problemas de abastecimento.

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5GERALSábado, 11 de janeiro de 2014.

Pronto Atendimento Central é rea-berto em Balneário Piçarras

Quedas de energia também são alvo de reclamações na regiãoNão foi só a falta de água que deixou turistas e moradores insatisfeitos nas últimas se-manas. Constantes quedas de energia nos últimos dias de 2013 e no inicio de 2014 também foram registradas nas cidades do litoral. De acordo com a Celesc, foram várias quedas rápidas de energia, mas que foram solucionadas pelo sistema automaticamen-te. A cidade mais prejudicada foi Balneário Piçarras.A justi� cativa da Companhia é a mesma utilizada pela Ca-san: excesso de consumo nos horários de pico. Segundo Eduardo Andrigheto, chefe de operação da regional de Itajaí da Celesc, que atende de São João do Itaperiú a Bombinhas, o problema é uma sobrecarga no sistema. Andrigheto explica que quan-do ocorre a sobrecarga, um

sistema de proteção é ativado automaticamente. Ele tem a função de reiniciar o abaste-cimento de energia, por isso entre o último sábado e a vi-rada de ano foram registrados várias quedas. “É algo normal nesta época do ano, principal-mente perto da virada de ano, mas que nesta semana não deve mais ocorrer”, comenta.Além de moradores e turistas, que tiveram di� culdades para utilizar eletrônicos durante a noite em suas casas, o Voz do Itapocu também recebeu reclamações de comerciantes de Barra Velha, que tiveram o atendimento ao cliente pre-judicado com as quedas de energia. No caso de farmácias e super-mercados, que dependem de um sistema de computadores realizarem suas vendas, os estabelecimentos tiveram por

várias vezes as máquinas ou o sistema reiniciados, o que ge-rou ainda mais � las aguardan-do atendimento.O chefe de operação da região alerta que caso a queda ultra-passe três minutos, o usuário deve acionar a Celesc pelo te-lefone 0800 480196. “Quando a queda ultrapassa esse tempo, pode ser algo pontual na rua ou na região da pessoa. Por isso, quando acionados envia-mos uma viatura para veri� car a situação”, comenta. Os casos de problema na ilu-minação pública, como uma lâmpada em um poste que não acende, o morador deve pro-curar a prefeitura, responsável pela manutenção. “A função da Celesc é disponibilizar o ponto de luz apenas”, explica Eduardo.

As quedas rápidas de energia são causadoras, em algumas situações, da queima de algum componente de equipamentos de eletrônicos que estavam li-gados à rede, impossibilitando o seu uso. Segundo com o Coordenador do Procon de Barra Velha, Antonioni Lucas Costa Maga-lhães, o usuário tem o direi-to de receber da Companhia fornecedora da energia o res-sarcimento do valor do equi-pamento danifi cado, desde que faça a reclamação em um prazo de 90 dias. Em caso de alimentos ou remédios estra-gados pela falta de energia, o usuário também deve acionar a Celesc, mas o prazo é mais curto, um dia apenas. Ao constatar que um equi-pamento parou de funcionar após uma queda de energia, o usuário tem três formas de

notifi car a Celesc: pelo telefo-ne 0800 483232, pelo site www.celesc.com.br ou através de visita a uma unidade da Companhia. “É importante que a pessoa tenha todas as infor-mações sobre o que aconte-ceu, como o horário e o dia da queda de energia, qual o mo-delo do equipamento”, explica Magalhães.Para formalizar a reclamação, a Celesc solicita ao reclaman-te uma série de documentos. Pode receber o ressarcimento o titular da unidade, parentes de grau próximo, ou o usuário que consiga comprovar atra-vés de documentos que estava utilizando a unidade consumi-dora quando ocorreu o proble-ma. Após o pedido de ressarcimen-to e a entrega dos documentos necessários, a Celesc tem 10 dias para realizar uma vistoria

no local e no equipamento. Caso o pedido seja deferido, são mais 20 dias para efetuar o pagamento. Se a situação não se resolver entre o reclamante e a Celesc, o Procon pode ser acionado para intermediar a solução do problema. Segundo Antonioni, desde que foi instalada em Barra Velha, a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Con-sumidor já atendeu a duas ocorrências envolvendo a queima de eletrônicos. Porém, nesta temporada, ainda não houve nenhum registro. “A temporada está tranquila, tivemos apenas alguns aten-dimentos relacionados a troca de presentes do Natal, mas nada relacionado a equipa-mentos danifi cados”, fi naliza Magalhães.

Eletrônicos queimados devem ser ressarcidos

Foi reaberto na última se-mana o Pronto Atendimento Central de Balneário Piçarras. A obra havia sido embargada por meio judicial e estava pa-rada desde julho do ano pas-sado. Durante o período, as instalações do posto central foram levadas para a unida-de de Santo Antônio, onde continuaram acontecendo os atendimentos. De acordo com a secretaria de Saúde, com as novas instalações físicas e dois médicos, o número de atendimentos diários chega a 180 pessoas.A disputa na justiça começou na metade de 2013, quando o município recebeu uma notifi -cação informando que a am-pliação do Pronto Atendimen-to estava acontecendo em cima de terrenos particulares. De acordo com a secretária de Saúde, Lucimir Alcides Ul-ler de Bittencurt, a obra teve início antes de ter assumido o cargo. Assim que passou a responder pela pasta, ela diz ter sido surpreendida com a notifi cação e o embargo. Se-gundo o vice-prefeito, Flavio Tironi, declarou ao Voz do Itapocu na época, a continui-dade da obra acarretaria em uma multa diária de R$3 mil,

até que o proprietário do terre-no fosse indenizado. Como solução, segundo a se-cretária de Saúde, a prefeitura fechou um acordo com o pro-prietário do terreno e pagou R$90 mil pelo lote. “Estamos contentes por ter conseguido resolver esse pro-blema. Agora a comunidade ganhou um espaço físico em boas condições para melhor atendê-las. Logo chegarão os novos equipamentos que es-tamos negociando”, disse a secretária. O Pronto Atendimento também esteve envolvido em polêmica no último ano quando a prefei-tura optou por repassar ao lo-cal R$547.814,14 que seriam destinados a construção de um ginásio, que seria utilizado pela escola Francisca Borba. A justifi cativa do Executivo é de que o recurso seria utilizado no pagamento da indenização e na compra de novos equipa-mentos para a unidade. A mu-dança no recurso foi aprovada pela Câmara de Vereadores.Lucimir diz que a unidade não foi inaugurada ofi cialmente, pois está aguardando novos equipamentos que serão ad-quiridos através de licitação.

Neste fi nal de semana a Fun-dação Municipal de Turismo, Esporte e Cultura (Fumtec) promove atividades culturais em Barra Velha. A partir desse sábado, apre-ciadores da leitura poderão contar com o projeto Geladeira Cultural nas praias da cidade. O projeto Cultural consiste na disponibilização de geladeiras personalizadas, nas praias de maior circulação, onde os interessados terão acesso a livros e revistas que serão em-prestados gratuitamente para usufruírem no período em que estiverem na praia. As geladei-

ras foram apresentadas aos munícipes ontem no pátio da prefeitura e agora, estão ex-postas aos fi nais de semana nas praias. Logo mais a noite, como forma de valorizar a tradição do Ter-no de Reis, a Fumtec realiza o 4º Encontro de Terno de Reis. O evento acontece na Praça Lauro Carneiro de Loyola no Centro e terá a presença dos grupos Mensageiros da Paz e Amigos Mensageiros, de Barra Velha, além de atrações de ou-tras quatro cidades catarinen-ses.

Terno de Reis e Geladeira Cultural acontecem em Barra Velha

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Carnês de IPTU começam a ser entregues em Barra Velha e moradores reclamam de aumento

6 GERAL Sábado, 11 de janeiro de 2014.

A entrega dos carnês de IPTU deste ano já iniciou em Barra Velha e tem causado polêmica e reclamações entre os mo-radores. Desde o dia 2 de ja-neiro, mais de 3.300 carnês já foram entregues na sede da prefeitura, num total de 35 mil. Aprovado em dezembro, a revisão na planta de valores, que aumenta o valor dos im-óveis no município, já passa a pesar nos carnês deste ano. Alguns moradores apontam aumentos de mais de 200%.O pagamento à vista tem 10% de desconto, com o vencimen-to para dia 10 de fevereiro. Contribuintes que desejam parcelar o pagamento podem optar por dividir o valor em 10 parcelas iguais, que devem ser totalmente quitadas até o dia 31 de dezembro. Os pa-gamentos não efetuados até o último dia do ano serão en-caminhados a Dívida Ativa e o

protesto de acordo com a Lei 1290/2013. Na primeira semana de reti-radas do carnê, foram regis-trados cerca de 30 pedidos de revisão de valor. A Admin-istração tem disponibilizado um núcleo de atendimento no plenário da Câmara de Vereadores, para resolução de dúvidas, encaminhamento de pedidos para a revisão e também para deixar o con-tribuinte ciente da fórmula de cálculo.Segundo a moradora Pricila Pires Ribeiro, que tem casa na Rua João Pedro de Oliveira, no Bairro São Cristóvão, o valor passou de R$80,00 para R$300,00, ou seja, 275%. “Tentei reclamar, mas a sala estava fechada. O que me deixa indignada não é o meu aumento, mas ver que pro-priedades nas principais via asfaltadas pagam R$300,00.

Enquanto eu moro em uma estrada de chão distante do Centro”, critica ela, que no úl-timo ano chegou a procurar o Voz do Itapocu para reclamar dos buracos na rua onde mora.Nas redes sociais diversos moradores têm publicado sua indignação ao retirar o carnê com o novo valor. Há outros casos que o aumento ultrapas-sa a margem de 200%. Como por exemplo no IPTU de Car-los Mendes Ribeiro, repre-sentante da Organização Bar-ra Limpa (Obal). Segundo ele, seu imposto era de R$541,62 e passou para R$1.689, to-talizando um aumento de 211,92%. Em comunicado divulgado pela sua assessoria de im-prensa, a prefeitura pede a compreensão dos moradores, salientando que a ajuda do contribuinte é muito impor-tante para o crescimento de ci-

dade, destacando a realização de obras importantes para o município. “Toda a força de uma cidade é medida pela co-laboração de sua gente e pelo zelo do administrador públi-co”, diz na nota. No ano passado, quando foi votado o aumento da planta de valores, e consequentemente do IPTU, o prefeito de Barra

Velha, Claudemir Matias, en-viou a Câmara uma lista de obras que pretende realizar com o aumento do imposto. Pelos cálculos do Executivo, a arrecadação que era de R$6,3 milhões em 2013 passa para R$13,2 milhões neste ano.

Em alguns casos, o aumento ultrapassou 200% em comparação com 2013

Além da polêmica pelo aumen-to do IPTU, nos próximos meses um novo projeto poderá impac-tar no bolso dos moradores. De acordo com a prefeitura, há um alto índice de imóveis que receberam edifi cações, mas não foram atualizados na planta diante ao setor de Trib-utação da prefeitura. Para isso, há um projeto previsto no Plano Plurianual de 2014 e na Lei Or-çamentária Anual para a reali-zação Geoprocessamento. O estudo é um serviço de ca-dastro técnico, onde serão

efetuados cadastramento e atualização das unidades imo-biliárias do município, caso os proprietários não tenham de-clarado ampliações ou refor-mas estruturais na área con-struída. Inicialmente o trabalho foi estimado em um valor de R$900 mil, mas aguarda ainda a abertura do processo lici-tatório para ofi cializar uma em-presa responsável, sendo que diversas companhias já demon-straram interesse em assumir o serviço. Os resultados e mudanças de-

vem ter impacto direto no IPTU de 2015, já que as avaliações são feitas pessoalmente em cada imóvel e também com a ajuda de imagens de satélite. Segundo a secretária de Admin-istração e Finanças, Ana Caro-lina Lucena Gomes, os estu-dos serão divididos em etapas como: defi nição de metodolo-gia, cadastramento de imóveis, levantamento topográfi co, in-serção de dados na plataforma, Elaboração da cartografi a digi-tal, mapeamento, cálculos, ge-oprocessamento e geo web.

Geoprocessamento deve ocorrer neste ano

O deputado federal João Piz-zolatti esteve em Barra Velha na última quinta-feira, dia 9, para entregar pessoalmente ao pre-feito em exercício, Fábio Brug-nago, uma cópia da publicação do Diário Ofi cial da União no qual confi rma a pavimentação da Rua Ravache no centro do município. A pavimentação será feita com lajotas sextavadas no valor total de R$251 mil, sendo R$245.850 por parte do Governo Federal, obtidos por intermédio do deputado Pizzolatti e R$5.150 como contrapartida da prefeitura. O prazo para execução fi nal da obra, de acordo com a publicação, será dezembro de 2015.

Deputado federal João Pizzolatti confi rma pavimentação da rua Ravache, em Barra Velha

Page 7: Jornal Voz do Itapocu - 35ª Edição - 11/01/2014

“Eu não conto história, apenas verda-des”, brinca Seu Aristide de Souza, 81 anos, ao ser procurado pela reporta-gem do Voz do Itapocu em sua casa, no Centro de Balneário Barra do Sul. Na-tural da terra, da época em que Barra do Sul ainda era um bairro de Araqua-ri, Seu Aristede é um dos pescadores vivos mais antigos no município. Mais que isso, se orgulha de ter passado a tradição da pesca para os � lhos. Os três � lhos homens seguiram o cami-nho da pesca pro� ssional.Já aposentado, Seu Aristide volta e meia acompanha os � lhos na época da pesca da tainha. Porém, sua última proeza foi no � m de ano. Para matar a saudade dos tempos antigos, ele partiu pela lagoa ruma a uma das ilhas que cerca a orla do município a bordo de uma canoa. Ao invés de motor, apro-veitou o vento na vela para ir, e remou

por um trecho para voltar. A façanha só foi descoberta quando Seu Aristide já estava no caminho para a ilha. A si-tuação virou vídeo e foi parar na inter-net, aumentando ainda mais a fama do pescador.“Quando eu comecei não tinha motor, era tudo na vela ou no remo. Depois de uns tempos que começaram a vir os motores”, explica. Ele começou na pes-ca aos 16 anos, quando a pescaria não era feita com rede, mas sim com cerca de 700 anzóis, que eram colocados na água com isca, dando um trabalho do-brado aos pescadores.Aos 16 anos Seu Aristide começou a dar provas de sua coragem, marca re-gistrada ao longo da carreira de pes-cador. Junto com um grupo de pesca-dores, foi a pé até Matinhos, praia do litoral paranaense, pescar e revender as mercadorias aos veranistas na beira da

praia. “Foi uma das primeiras praias de turismo, nós levamos dois dias de via-gem para chegar até lá”, relembra. Ao longo de 65 anos de pesca, Seu Aristide se destacou por inovar na pes-ca da região, ser o primeiro e vender camarão em Barra do Sul, a caçar ba-

leias (no período em que era permi-tido), e desbravar o interior paulista para explorar a venda do pescado para o turismo, algo que até poucas décadas atrás não ocorria em Balneário Barra do Sul.

711 de jnaiero de 2014.

ESPECIALBALNEÁRIO BARRA DO SUL - 22 ANOS

Aristide de Souza: um ícone da pesca em Balneário Barra do SulDe caçador de camarão e baleia a desbravador do litoral paulista. As histórias e a tradição da pesca preservada em família

Enquanto trabalhava na rotina puxada de pescador – saía de casa por volta de 4h e retornava ao meio-dia - Seu Aris-tide descobriu ao acaso a venda de ca-marão. “O camarão não tinha nenhum valor, servia apenas de isca para a pesca. Até que faltou camarão em uma empresa de São Francisco do Sul e um padeiro de lá que vinha para Barra do Sul per-guntou se eu não conseguia 30 quilos de camarão branco. Saí eu e outro pes-cador e voltamos com os 30 quilos. No dia seguinte ele pediu 40, depois 100 quilos. Fui o primeiro a caçar camarão para vender aqui”, relembra. A caça a baleia também entrou por acaso na vida de Seu Aristide. Ele lem-bra que entre a década de 50 e 60 um grupo de matadores de baleia especia-lizados de Imbituba veio para o litoral Norte atrás do animal, que tinha como objetivo principal a extração de um óleo para a produção de azeite. Seu Aristide lembra que os caçadores do Sul do Estado foram contratados pelo ex-prefeito de Barra Velha, Higi-no Aguiar, para matar uma baleia na cidade. Na viagem, descobriram Barra do Sul e começaram a atividade no lo-cal com uma lancha baleeira. “Eles não contavam pra ninguém o segredo. Até que um dia dois tripulantes brigaram e o chefe do grupo perguntou se alguém

se interessava em ir junto. Eu e um co-lega fomos e aprendemos como fazia”, conta o pescador.Segundo Seu Aristide, o segredo eram três bananas de dinamite que � cam na ponta de ferro de um arpão, que era cravado no animal. Com um fósfo-ro eles acionavam o � o de pólvora da dinamite, que impulsionava o arpão contra a baleia. O animal era revendi-do para empresas de Joinville.“No primeiro ano eles vieram e eu aprendi. Depois eles não precisavam vir mais, eu peguei um molde do arpão e caçava junto com os outros pescado-res, nós mesmos fazíamos a venda. No � m, o pessoal de Imbituba me contra-tava para fazer o serviço”, relembra. Como não tinham a lancha, os pesca-dores reuniam de cinco a oito canoas a motor para tirar o animal da água. “Hoje eu não caçaria mais baleias. Na época a gente era inocente, não sabia o que estava fazendo. A baleia foi o primeiro veículo marítimo, levou Jo-nas. Não deveria ser caçada”, conta Seu Aristide, com uma ponta de arrepen-dimento. Em 1973 a caça foi proibida, e apesar de ter diminuído considera-velmente o número de baleias que vêm a região, Seu Aristide conta que de vez em quando o mamífero volta a apare-cer na costa.

Certa vez na década de 1950 Seu Aris-tide foi até Penha e se escalou para tra-balhar em uma empresa pesqueira de Santos. Até aí, normal para o pescador que estava sempre atrás de experiên-cias novas. Porém, ele não sabia que a viagem ao litoral paulista iria mudar a sua história e de sua família. Foi de passagem por lá que o pescador catari-nense descobriu a praia de Peruíbe.“Eu conheci aquele lugar e queria vol-tar pra lá, para explorar melhor o que tinha por lá”. Em 1959 Seu Aristide re-alizou o sonho. Com um amigo, a es-posa e três � lhos pequenos embarcou em uma canoa a motor de sete metros em Barra do Sul e seguiu viagem mar acima. Foram três dias de viagem, en-frentando uma tempestade em Parana-guá, no Paraná, e uma febre forte em um dos � lhos em Cananéia, perto do destino � nal.“Minha mulher e os � lhos iam deita-dos na canoa. A noite eu parava no lu-gar que estávamos e pedia para alguma família para passarmos a noite. No dia seguinte nós continuávamos. Até que em Cananéia deu uma febre forte no meu � lho, e ele a mãe e os irmãos fo-ram de ônibus até outra cidade. Lá eles foram atendidos por um farmacêutico muito bom e foram para Peruíbe. Eu fui de barco sozinho até lá depois”, re-lembra.A aventura deu certo. Em Peruíbe, e

depois em Cananéia, Seu Aristide e a família descobriram um meio de ga-nhar mais com a pesca. Eles vendiam para os turistas e o valor do pescado era superior ao pago em Santa Cata-rina. Depois da primeira viagem, a fa-mília de Seu Aristide se acostumou a passar a temporada em São Paulo por cerca de 20 anos. “Nós íamos por terra, lá éramos con-tratados para pescar, por alguém que já tinha a canoa. Ou quando ia de canoa, vendia lá e voltava por terra. Cananéia foi o melhor lugar que trabalhamos lá em São Paulo”, relembra Seu Aristide. Segundo a esposa do pescador, Dona Geni de Souza, casada há 58 anos com ele, alguns irmãos seus moram até hoje no litoral paulista. “Não existia turismo em Barra do Sul até uns 30 anos atrás. Depois que co-meçaram a vir alguns veranistas de Joinville. Por isso o preço do pescado era baixo aqui”, explica Josué de Souza, 52 anos, � lho de Seu Aristide. Depois de aposentado, Seu Aristide, que sempre colaborou com a previdên-cia para garantir seu futuro, sossegou em Balneário Barra do Sul. A esposa, sempre companheira na atividade pes-queira do marido, também se aposen-tou pela pesca. Eles construíram na ci-dade e atualmente vivem do aluguel de salas comerciais.

De vendedor de camarão a caçador de baleia

Desbravando o litoral paulista

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8 ESPECIALBALNEÁRIO BARRA DO SUL - 22 ANOS

“Dizem que a pesca é uma pro� ssão de feiticeiro. A pessoa vai pescar no mar, passa mal, mas no outro dia quer voltar”, comenta Seu Aristide. Para ele, apesar de ser uma pro� ssão sofrida, é um trabalho saudável. “O ar lá fora é mais saudável, o exercício físico tam-bém é saudável”, comenta. Sobre a fama de corajoso, o pescador diz que nunca pensou que poderia não voltar de uma pescaria, mesmo em situações de tempestade. “Eu sempre me baseio na frase: ‘porque temeis, ho-mem de fé?’”, citando uma passagem bíblica. Para ele, o mar é mais seguro que o transporte aéreo ou terrestre. “Quan-do vemos que vem uma tempestade, dá tempo de colocar um colete salva-

-vidas, de armar um bote. Na estrada ou no avião não tem isso. Em questões de segundo você pode morrer em um acidente”, compara. Sobre a atual situação da pesca, o � -lho Josué, comenta que a quantidade do pescado tem cada vez diminuído. Seugndo ele, embarcações de pesca industrial que vêm até o limite per-mitido, muitas vezes ultrapassando o mesmo, acabam por levar a maioria dos peixes que tem na região. Além de Josué, que chegou a ser ban-cário em Joinville, mas desistiu da atividade para ser pescador, também fazem parte da família os pescadores Davi de Souza e Josias de Souza, que atualmente é vereador no município.

Profi ssão de feiticeiro

Família: Josué, Aristide e Geni

Voz do Itapocu: Com o prefeito está avaliando a primeira temporada de verão nessa gestão?Muito positiva. No nosso entendimen-to foi uma invasão de turistas na cidade. A gente viu que foi muito positivo pro comércio. A preocupação se faz neces-sária, é claro, como a questão da água. Graças a Deus aqui foi um dos únicos balneários que faltou (água) apenas um dia, porque quebrou uma máquina segundo a Casan. Mas no restante foi muito bom. Nós conseguimos manter as praias sempre limpas. O Alessandro (Reme-niuki), que é o nosso secretário de tu-rismo fez um planejamento de eventos bacana para o verão inteiro. Quanto a coleta de lixo, mesmo com essa deman-da intensa, nós conseguimos atender. A saúde também foi bem atendida. Então nós estamos felizes. Nossa economia aqui é a pesca e o turismo, então nós dependemos muito dessa alta tempo-rada para o nosso comerciante ter uma safra boa. Ainda estamos no começo da temporada, porque o carnaval vai ser só em março. Fizemos um Revellion que nunca aconteceu em Barra do Sul.

O prefeito tocou no assunto da falta de água. Como está a relação da pre-feitura com a Casan?Sinceramente: está um pouco estreme-cida, porque eu sempre quero mais. Eu me elegi com o compromisso de lutar e

trabalhar pelo município. Eu acho que mesmo com essa quebra de motor, eles já deveriam estar prevenidos e ter um reserva. Já me reuni com os vereadores e algumas lideranças pra ver o que va-mos fazer. Pra ser sincero, eu gostaria de municipalizar o abastecimento de água. A menos que a Casan venha com uma proposta muito boa. Saneamento, segundo a Casan, existe a possibilidade de sair já esse ano. Isso é a única coisa que me deixa com es-perança. Desses 99% de vontade que tenho de municipalizar esse serviço, esse 1% é a parte do saneamento que eles estão prometendo. Que eu ainda duvido. Não chegou a faltar água, mas não estou contente com a qualidade de água oferecida.

E o contrato que a prefeitura tem com a Casan, como � ca? Eles ainda têm, se eu não me engano, seis anos de contrato, mas com esse descumprimento de contrato é só en-trar na justiça e ganhar, como aconte-ceu com os municípios vizinhos. Não adianta vir aqui pegar o nosso dinheiro e deixar a cidade abandonada. Quero que eles trabalhem mais.

Como o município está se prepara parando o futuro?Eu estou batalhando muito na busca de recursos. Como a verba pra Costa do Encanto, que é aquele acesso pelo

Itapocu. No começo eu imaginava isso para o último ano de mandato ou no próximo mandato, caso tenha uma possível reeleição. Hoje posso dizer que a verba já está empenhada, uma verba do Ministério do Turismo através do deputado Mauro Mariani. Inclusive não só Barra do Sul, mas também Araquari foi contemplada. Era uma luta minha e isso já é preparar para o futuro, fazer a ligação de Barra do Sul com o crescimento, e assim ligar com a BR 101. Por mais que dupliquem a BR-280, no meu entendimento ela já está comprometida, devido ao liga-mento com o porto (de São Francisco do Sul) e praia da Eenseada. Então esse acesso que vamos ligar Bar-ra do Sul a BR-101 vai ser preparando para o futuro. Claro que nós temos que mexer no plano diretor da cidade, fa-zer um contorno porque essa rodovia vai cortar por fora da cidade, temos que criar também um distrito industrial pra crescer junto com Araquari. Temos um problema sério no caso do embargo, que ainda está em fase de dis-cussão com o Ministério Público, por-que a prefeitura não tem recursos pra cumprir esse TAC (Termo de Ajuste de Conduta, no qual a prefeitura tem que comprar mais de um milhão de m² em áreas de preservação com compensação ambiental para a liberação de 41 lote-amentos construídos irregulares). Tem que comprar uma área, fazer a com-

Entrevista: Prefeito Ademar Borges

ENQUETE O Voz do Itapocu foi às ruas da cidade para saber dos moradores:

Qual presente você daria para Balneário Barra do Sul?

Eliane CunhaVeranista – 45 anos: “Infraestrutura. Nisso precisa ser mais investido porque ao lado da minha casa tem valas abertas e isso é prejudicial à saúde. Fica o esgoto á céu aberto”.

Jeidiely Rebelatto Estudante - 17 anos: “Daria cidadãos menos porcos, que não jogas-sem lixo na rua e na praia. Algo que conscienti-zasse as pessoas”.

Jaime Novara Pedreiro - 56 anos: “Arrumar essas ruas da cidade, que estão muito feias. Daria ruas melhores”.

José GoesEsmirilhador - 36 anos: “Mais estrutura para a cidade”.

Carla de OliveiraProfessora - 40 anos: “Mais iluminação na Boca da Barra, porque se a gente for lá a noite é até perigoso”.

Gisele CristinaProfessora - 36 anos: “Mais agilidade na saúde. Aqui se você quer fa-zer exame, tem que agendar, enviar pra Joinville e � car na � la da espera”.

Ivone SchoeningerAposentada - 65 anos: “Em dez anos a cidade evoluiu bastante. Não sei responder o que seria mais importante. Mas eu achei legal nas dunas, onde meu � lho tem casa, que eles limparam, tiraram os espinhos, a prefeitura está de parabéns”.

Alfredo FergerAposentado - 63 anos: “Daria o molhe de pedra e melhoraria a Boca da Barra”.

Page 9: Jornal Voz do Itapocu - 35ª Edição - 11/01/2014

911 de jnaiero de 2014.

Itapocu. No começo eu imaginava isso para o último ano de mandato ou no próximo mandato, caso tenha uma possível reeleição. Hoje posso dizer que a verba já está empenhada, uma verba do Ministério do Turismo através do deputado Mauro Mariani. Inclusive não só Barra do Sul, mas também Araquari foi contemplada. Era uma luta minha e isso já é preparar para o futuro, fazer a ligação de Barra do Sul com o crescimento, e assim ligar com a BR 101. Por mais que dupliquem a BR-280, no meu entendimento ela já está comprometida, devido ao liga-mento com o porto (de São Francisco do Sul) e praia da Eenseada. Então esse acesso que vamos ligar Bar-ra do Sul a BR-101 vai ser preparando para o futuro. Claro que nós temos que mexer no plano diretor da cidade, fa-zer um contorno porque essa rodovia vai cortar por fora da cidade, temos que criar também um distrito industrial pra crescer junto com Araquari. Temos um problema sério no caso do embargo, que ainda está em fase de dis-cussão com o Ministério Público, por-que a prefeitura não tem recursos pra cumprir esse TAC (Termo de Ajuste de Conduta, no qual a prefeitura tem que comprar mais de um milhão de m² em áreas de preservação com compensação ambiental para a liberação de 41 lote-amentos construídos irregulares). Tem que comprar uma área, fazer a com-

pensação e isso custaria em torno de R$50 milhões. Mas eu acredito que ha-verá um bom entendimento entre mu-nicípio e Ministério Público.

Qual é a atual situação do TAC?O governo anterior assinou um TAC � rmando alguns compromissos. E eu não consigo entender como aquele go-verno assinou esse TAC sem saber o or-çamento do município, como ia com-prar a área. Acho que ele assinou em um momento sem convicção do que estava assinando, e agora sobrou pra mim. Claro que desde o primeiro dia que assumi o município eu estou cor-rendo atrás de verba pra comprar essa área pra fazer a compensação.

Quais devem ser as prioridades de Balneário Barra do Sul?

Saneamento é uma prioridade pra mim, porque nós temos essa lagoa e nós não podemos perder ela jamais. É a nossa vida. A saúde também é muito importante. Na educação estamos me-lhorando a valorização dos professores, vamos construir escolas, ginásio, va-mos fazer um trabalho muito forte nis-so. Tem uma empresa estudando para fazer uma parceria na educação. Turis-mo também, que é a nossa indústria. Relacionado à pesca, também temos esse molhe de pedras. São muitas prio-ridades, mas no meu entendimento eu coloco o saneamento na frente.

Outro desejo que o prefeito já mani-festou anteriormente é trocar a pre-feitura de lugar. Como estão os trâ-mites pra isso?Nós estamos vendo a legalidade disso.

Você está vendo que não tem condi-ções desse gabinete permanecer aqui. Uma prefeitura alugada, uma estrutu-ra velha, sendo que temos um prédio do município que foi inaugurado há 2 anos e está lá se acabando (Mercado Público). Então nós estamos procuran-do as formas legais de ir pra esse local urgentemente. Se não for pra lá, nós temos que ir pra qualquer outro lugar. Não dá pra receber aqui um investidor, um deputado. Cai até água aqui dentro. Até o escritório na minha empresa é melhor que isso aqui (apontando para uma goteira no seu gabinete).

E sobre a programação de aniversário do município, fazer aniversário junto com a temporada ajuda ou atrapalha?No meu entendimento atrapalha. Nes-sa data já estamos no sufoco pra aten-der o turista e se fosse em outra data seria mais um atrativo pra chamar esses visitantes.

Se o prefeito pudesse dar um presente pra cidade, qual seria?Essa é uma pergunta difícil, porque são tantos. Mas o presente que eu dou é o meu comprometimento de ajudar a ci-dade a crescer com muita transparên-cia. Sou um � lho da cidade e isso me orgulha muito. Espero que Deus me dê sabedoria pra eu poder realizar os so-nhos da cidade.

Entrevista: Prefeito Ademar Borges

O Voz do Itapocu foi às ruas da cidade para saber dos moradores:

Qual presente você daria para Balneário Barra do Sul?Programação de aniversário encerra neste sábado, com Marcha para Jesus

José GoesEsmirilhador - 36 anos: “Mais estrutura para a cidade”.

Alfredo FergerAposentado - 63 anos: “Daria o molhe de pedra e melhoraria a Boca da Barra”.

Na última quinta-feira, dia 9, Balneá-rio Barra do Sul comemorou 22 anos de emancipação política da cidade de Ara-quari. A programação, que começou na quinta e sexta-feira com shows e queima de fogos, encerra neste sábado com a Mar-cha para Jesus, evento que já se tornou tra-dição no calendário do município.A Marcha irá iniciar às 19h, com concen-tração próxima a loja Hibisco. Para fechar o evento, que reúne � éis de diferentes re-ligiões, haverá um show nacional com o cantor gospel David Quinlan. “A marcha movimenta cerca de sete mil pessoas e nossa meta nesse ano é chegar a 10 mil pessoas. Para um município de 10 mil ha-bitantes, ter isso na marcha esse número de pessoas é fantástico, estão vindo pesso-as de São Paulo para ver como funciona nossa dinâmica aqui”, comenta o prefeito Ademar Borges.

Além de Quinlan, a comemoração de ani-versário da cidade teve outras apresenta-ções. No dia 9 ocorreu na praça central da cidade o show com a banda Tipo Ex-portação e em seguida a dupla Nicolas e Mateus. Uma queima de fogos também marcou a data da emancipação. Já no dia 10, o ensaio de uma escola de samba abriu a programação, que teve ainda shows com Junio e Julio e a dupla Dany e Rafa. Segundo o secretário de Esporte e Turis-

mo, Alessandro Remeniuki, o objetivo foi montar uma programação para todas as idades. “Na quinta-feira tivemos apre-sentações mais voltadas ao público jovem, já na quinta-feira, o Junio e Julio tem um público mais velho, mais ligado aos pes-cadores. Hoje temos um evento ligado as religiões, que também tem um público grande na nossa região”, comenta.

Alessandro Remeniuki

David Quinlan

Page 10: Jornal Voz do Itapocu - 35ª Edição - 11/01/2014

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10 INFORME COMERCIAL Sábado, 11 de janeiro de 2014.

Page 11: Jornal Voz do Itapocu - 35ª Edição - 11/01/2014

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA VELHA – SCFUNDAÇÃO MUNICIPAL DE TURISMO, ESPORTE E CULTURA - FUMTEC.CONSELHO MUNICIPAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE BARRA VELHA - COMPAC

Edital de Convocação/Notifi cação nº 001/2013 – do COMPAC, criado pela Lei Nº 930/2010 – que dispõe sobre a Preservação do Patrimônio Natural do Município de Barra Velha, cria o Conselho Municipal do Patri-mônio Cultural e Regulamenta o Processo de Tombamento de Imóveis Municipais.

Notifi cando: eventuais terceiros, proprietários, posseiros e eventuais interessados, bem como seus herdeiros e cônjuges do imóvel situado a Avenida Santa Catarina, n º 985, Centro, Barra Velha – SC, com a inscrição imobiliária nº 01.01.041.0278.001, situado em área de marinha – RIP nº 8041.00000456-76 com as caracte-rísticas e confrontações abaixo.

O Conselho Municipal do Patrimônio Cultura do Município de Barra Velha - COMPAC, Estado de Santa Catarina, faz saber a todos os interessados, que foi protocolado na data de 01/11/2013, Ofício nº 316/2013 do Município de Barra Velha - SC, com destino ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Barra Velha – COMPAC, solicitando a instalação de procedimento administrativo para tombamento da Casa de Palmitos, situada na Avenida Santa Catarina, n º 985, Centro, Barra Velha – SC, com base no artigo 6º, alínea ‘a’, da Lei Municipal nº 930, de 01 de março de 2010, que “dispõe sobre a Preservação do Patrimônio Natural e Cultural do Município de Barra Velha, cria o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Regulamenta o Processo de Tombamento de Imóveis Municipais de acordo com o artigo 3º, inciso III, alínea b, da Lei Complementar nº 69/2008 – que introduziu o Plano Diretor Municipal e dá outras providências”, a referida solicitação foi pautada na segunda reunião extraordinária do COMPAC, realizada na data de 04 de novembro de 2.013, conforme consta em ATA lavrada naquela oportunidade, tendo sido aprovado a instauração do processo ad-ministrativo nº 001/2013, de tombamento do imóvel conhecido como CASA DE PALMITOS, situado na Avenida Santa Catarina, n º 985, Centro, Barra Velha – SC, com as seguintes medidas e confrontações: imóvel sito no lugar denominado “Costão”, Comarca de Barra Velha, Estado de Santa Catarina, contendo uma casa de construção de Palmito e Madeira e demais benfeitorias, medindo o terreno 20,00 de frente, por 33,00 de fundos, ou seja 660,00m², retirada da Escritura Pública registrada no Livro 25, folhas 13 a 15, inscrição imo-biliária nº 01.01.041.0278.001, em área de marinha – cadastrado no RIP nº 8041.00000456-76, na Secretaria de Patrimônio da União em nome de Ronald Walter Becker, Para tanto, fi cam cientes eventuais terceiros, proprietários, posseiros e eventuais interessados, bem como seus herdeiros e cônjuges, do bem supra citado, para que no prazo de 15 (quinze) dias manifestem sua anuência ao tombamento ou para, querendo, apresente impugnação fundamentada, no mesmo prazo, conforme a regulamentação contida na Lei Municipal nº 930, de 01 de março de 2010. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, foi expedido o presente edital, o qual será afi xado no local de costume e publicado 3 vezes na forma da lei.

EDITAL PRAZO DE 15 DIAS.Barra Velha (SC), 06 de novembro de 2013.

JULIANO BERNARDESPRESIDENTE COMPAC

Barra VelhaVendo Fusca 1300LAno 1975, bege. 60 mil Km, ori-ginal.Segundo dono.Telefone para contato: 3456 1194

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Grupo Labor HumanoTelefone: 3433 3362ASSISTENTE CONTÁBIL Experiência com conciliações bancaria preparação de arquivos digitais (Dime, DCTF Dacon, EFD contribuições, EFD fi scal, EFD contábil, Dirf e outros)ASSISTENTE FINANCEIROExperiência com contas a pagar e receber, conciliação bancaria, negociação com fornecedores e clientes.ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃOCursando superior em adminis-tração.ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃOCursando superior em adminis-tração ou contabilidade.ESTÁGIO EM PEDAGOGIACursando o superior em pedago-gia ou magistério. Para trabalhar em C.E. I.TÉCNICASCOMPRAS TÉCNICASConhecimento em auto CAD.TÉCNICO EM ELETRÔNICACurso técnico em eletrônica ou elétrica.TÉCNICO EM PLÁSTICOS Técnico completo, Experiência com extrusora.TÉCNICO EM RECURSOS HUMA-NOS Com experiência em ponto ele-trônica. Conhecimento sistema Protheus.COMERCIALBALCONISTANão requer experiência. Ensino médio completo.

Desde quarta-feira, dia 8, motoristas que trafegam pelo Centro de Barra Velha já pu-deram notar algumas modi-� cações no entorno da praça Lauro Loyola. A coordenado-ria de trânsito do município está realizando a inversão no sentido de algumas ruas, com a justi� cativa de melhorar o � uxo de veículos, principal-mente em horário de pico em vias como avenida Santa Catarina com as ruas Ernesto Krause, Paraná e Plácido Go-mes. De acordo o coordenador de trânsito, Cesário Luz, o prin-cipal objetivo é desafogar o trânsito no Centro e organizá--lo. “Quem descia da Hum-berto Pimentel se atravessava na avenida Santa Catarina que é o nosso maior movimento, isso não dava certo,” diz ele, citando uma das mudanças. Além disso, Cesário menciona que as alterações vão estimu-lar o uso de vias locais e late-

rais à rua Paraná, que possui somente � uxo de veículos dos moradores. As melhorias es-tão sendo monitoradas pela coordenadoria e caso haja ne-cessidade, outras adequações devem ser feitas. Muitos moradores não apro-varam a decisão e mencio-nam a colocação de semá-foros como resolução dos problemas. O coordenador de trânsito diz que essa é uma possibilidade que está sendo estudada juntamente com a secretaria de Planejamento.Através de sua página na in-ternet, o vereador Claudio-nir Arbigaus, o Pulga, postou uma nota criticando as altera-ções. Segundo ele, estão cada vez mais proibindo quem chega à cidade de ter acesso a praia. Pulga encerra com a seguinte frase: “estão achando confusa a minha explicação? Espera pra ver como vai � car o trânsito de Barra Velha”.

Prefeitura de Barra Velha promove mudanças no trânsito do Centro

- O sentido da Rua Humberto Pimentel, entre a Igreja e Ave-nida Santa Catarina está in-vertido, evitando a entrada de mais veículos na avenida.- A rua Rio de Janeiro passa a ser de mão única na primeira quadra, no sentido Sul/Norte, evitando o cruzamento de veí-culos na rua Paraná.- A rua Francisco Gomes tam-bém será de mão única na primeira quadra sentido Sul/Norte, devido ao estreitamen-to da via, fi cando proibido es-tacionar do lado esquerdo. Os veículos deverão desviar pela rua Espírito Santo, atrás do Supermercado Friomar.- Todos os veículos que entra-rem na rua Bernardo Aguiar para acessar a avenida San-ta Catarina e Beira-Mar terão que entrar pela rua Ari M. dos Santos (Rua da Celesc), rua Conselheiro Onofre Fernandes e rotatória central (Imobiliária Espíndola).

Entenda o que muda:

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12 MEIO AMBIENTE Sábado, 11 de janeiro de 2014.

Prefeitura de Barra Velha vai intensifi car fi scalização de animais nas praiasA prefeitura de Barra Velha, em parceria com o setor de Fiscalização e Posturas, Vi-gilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, anunciou nesta semana que � scalizar a pre-sença de animais em toda orla marítima do município. Em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, a pre-feitura informa que irá realizar também uma campanha de conscientização sobre o tema. O documento menciona que gatos e cachorros, mesmo que

vacinados, têm a possibilidade de transmitir doenças. Uma das situações citadas é a trans-missão através de urina e fe-zes, muitas vezes encontradas em locais inadequados e de contato direto com a pele das pessoas. De acordo com a Lei Munici-pal nº 383, de 2001, é proibi-da a circulação de animais em toda a orla marítima de Barra Velha, seja na região de areia ou mar. O texto não inclui as calçadas no entorno.

Segundo com a norma, caso seja notada a presença de animais na praia, cujo dono esteja junto, ele vai receber inicialmente um alerta sobre a infração cometida. Se a orien-tação não for acatada, caberá a Vigilância Sanitária fazer a noti� cação e, se houver per-sistência, será aplicada multa no valor de 2 UFM (Unidade Financeira Municipal). Cada unidade � nanceira municipal vale R$ 57,03 atualmente.

As alterações no plano diretor de Balneário Piçarras, aprova-das em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores em 2013, foram sancionadas na última semana pelo prefeito Leonel Martins. O projeto foi proposto pelo Executivo, atra-vés da secretaria de Planeja-mento, que realizou reuniões junto do Conselho Municipal da Cidade e Audiência Públi-ca na Câmara de Vereadores, onde foram discutidas e apro-vadas as mudanças.O secretário de Planejamento, Francisco Carlos Teles cita as mudanças como necessárias para adequação do plano di-retor à realidade atual do mu-nicípio. “Observamos no de-correr do ano algumas falhas no plano diretor e procura-mos corrigi-las pontualmente,

tendo em vista que prevemos para este ano uma revisão ge-ral do plano”, ressalta.O plano foi criado em 2009 e desde então não houve ne-nhuma revisão geral, apenas alterações pontuais como es-tas. Composto por três docu-mentos, as mudanças do pla-no diretor tiveram como foco principal, o zoneamento, uso e ocupação do solo e o código de obras. “Nosso maior objeti-vo foi incentivar, ordenar e re-quali� car o desenvolvimento urbano e econômico do muni-cípio”, explica Teles.A principal alteração do plano em termos de zoneamento é a mudança da ZDI (Zona de Desenvolvimento Industrial) para ZDM (Zona de Desen-volvimento Mista), da área localizada na divisa com Bar-

ra Velha. Com os índices e características de uma ZDM, esta área poderá atrair mais investidores para o município, gerando entre outros, mais empregos e renda para a po-pulação. Para o secretário, a adequação no zoneamento vem estimular o desenvolvimento econômi-co da cidade. “A mudança vai possibilitar o melhor aprovei-tamento dos lotes e incentiva-rá a entrada de empresas no município”, � naliza Francisco. Outra mudança no zonea-mento ocorreu na Avenida Emanuel Pinto. A partir da alteração, a Zona Comercial passa a contemplar ambos os lados da avenida. No mapa anterior, apenas o lado leste da avenida pertencente a este Zoneamento.

Na área de cons-trução, a alteração também passa a exi-gir projeto de pre-venção de incêndio em edi� cações já construídas, exce-to em residências unifamiliares com menos de 800m² construídos. Já no-vas construções de-verão respeitar em todos os seus com-partimentos as normas técni-cas da ABNT. Outra mudança “impede a utilização do recuo frontal mínimo obrigatório com vagas de estacionamento também nas edi� cações uni-familiares”, de acordo com o texto.Segundo a diretora de Plane-jamento, Carolina Ferreira,

na área de esgoto sanitário e águas pluviais, também pro-movidas alterações. “Visando à futura rede de coleta de es-goto, a garantia da qualidade da água e a preservação dos lençóis freáticos do municí-pio, foram incluídas algumas exigências nos projetos refe-rentes à instalação de esgoto sanitário e águas pluviais”.

A moradora Claudia Prevedello não concorda com a ação de fi scalização da prefeitura. Ela diz que gosta de levar seus cães na praia, mas evita praias movimentadas. Segundo ela, seus ani-mais tomam todas as vacinas necessárias e não apresentam perigo algum a saúde pública. “Está na hora de criarem um espaço delimitado para os animais, quem não gosta, não vai”, comenta. “Fui surfi sta, sou casada com um surfi sta e levo essa vida de beira de praia pelo menos há 30 anos, nunca peguei nenhuma doença desse tipo. Como que querem proibir algo agora se no pas-sado a Fundema permitiu montar um rodeio na

areia da praia mais movimentada da cidade,” diz ela. Claudia aproveita para questionar o destino dos animais caso sejam recolhidos, já que a pre-feitura não tem abrigo para eles.Ela cita também outros problemas ambientais encontrados no município, como invasão em áre-as de preservação permanente, no qual não há fi scalização adequada por parte dos órgãos da prefeitura. Claudia cita ainda o esgoto jogado no mar também como uma forma de poluição ainda mais nociva aos banhistas e frequentadores das praias. “Cadê nossos esgotos tratados?”, ques-tiona.

Moradora discorda de ação da prefeitura

Prefeito de Balneário Piçarras sanciona alterações no plano diretor

Placa de sinali-zação na praia do Tabuleiro

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13GERALSábado, 11 de janeiro de 2014.

Prefeitura de Barra Velha divulga pesquisa de opinião sobre a temporadaA Fundação Municipal de Turismo, Esporte e Cultura (Fumtec) realizou nas últi-mas semanas uma pesquisa de opinião sobre a programa-ção de verão da temporada 2013/2014. O objetivo da Fun-dação foi saber o que turistas e moradores tem a dizer sobre o cronograma de atividades realizado no período de alta temporada, incluindo o proje-to Praia Livre. A pesquisa foi realizada de forma presencial e também pela internet, con-tando com aproximadamente 200 entrevistados.A faixa etária do público par-ticipante � cou, em sua maio-

ria, entre 18 e 40 anos, com escolaridade de ensino médio completo a superior incom-pleto, divididos entre turistas e moradores locais. Os turistas entrevistados foram de ori-gens variadas, como interior de São Paulo, Curitiba e região metropolitana do Paraná, Bra-sília, Argentina, além de mu-nicípios catarinenses, como Jaraguá do Sul, Joinville Brus-que, Ituporanga e Agrolândia.Segundo a pesquisa, 13% dos entrevistados vieram pela pri-meira vez ao município. Os outros 87% a� rmaram que já frequentam a região há mais de 10 anos. Destes, 37% infor-

maram que Barra Velha me-lhorou com relação à última vez que estiveram na cidade. Outro tópico levantado pela pesquisa diz respeito ao pro-jeto Praia Livre, na avenida Beira Mar. De acordo com a pesquisa, 94% dos entrevista-dos aprovaram o fato da aveni-da ser fechada para atividades de lazer durante a noite entre o � nal de dezembro e inicio de janeiro. Por outro lado, 6% são a favor do tráfego de veículos em tempo integral. No questionário também foi destinado um espaço para que o entrevistado deixasse sua opinião sobre melhorias.

Foram registradas diversas sugestões, como postergar o horário dos shows até a meia noite, instalação de chuveiros na praia e a volta da queima de fogos para a orla da praia. A mais citada foi a recolocação dos quiosques na Beira-Mar. De modo geral a Programação de Verão 2013/2014 foi consi-derada ‘boa’ para 53%, já 46% consideraram a mesma ‘exce-lente’.Segundo o presidente da Fu-mtec, � iago Pinheiro, é ex-tremamente importante ava-liar as ações realizadas. Eles destaca também a parceria com a Federação do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo, a Fecomércio, que estará reali-zando pesquisas sobre o turis-mo em Barra Velha.Entre os questionamentos estão quantos dias o visitan-te está na cidade, se preten-de voltar, se fez compras no comércio local, como foi o atendimento recebido, se co-nheceu a gastronomia local e como avaliou a infraestrutura das praias. Os resultados devem ser di-vulgados em um seminário para a população.

Filho de José Antônio Lopes de Moura e Antonia Higina da Graça Moura, nos-so homenageado da semana participou ativamente da formação política barra--velhense. Nascido no dia 3 de janeiro de 1912 – portanto, completaria se vivo 102 anos de vida nesta semana – Sin-val Moura era natural de Barra Velha e passou os primeiros anos de vida no Município, saindo apenas quando já era adulto para trabalhar primeiramente em Araquari e posteriormente em Joinville, já iniciando sua carreira no Exército Brasi-leiro.Maria de Lourdes Moura foi a escolhida para companheira e durante toda a vida de Sinval; ela realmente foi uma parceira, amiga, anjo, esposa, pois nas situações mais adversas esteve sempre ao lado do esposo. Uma passagem complicada da vida de Lourdes e Sinval foi a descoberta de uma doença séria que o impediu de juntar-se às tropas e lutar na 2ª Guerra Mundial – a tuberculose. Hoje tratada com certa facilidade, a tuberculose ma-tou muitas pessoas no século passado, e apavorou a família Sinval quando do diagnóstico. Já casado com Lourdes e com fi lhos ain-da pequenos, Sinval estava preparado para lutar por seu País. Este fato já deve

ter soado como um pesadelo para a jo-vem esposa, que provavelmente passaria meses e até mesmo anos sem a presen-ça de seu companheiro. Entretanto, o pesadelo maior ainda estava porvir. Du-rante exames médicos que precediam o embarque para a guerra, Sinval apresen-tou complicações e logo o médico o ad-vertiu de que tinha pouco tempo de vida. Foi aconselhado a abandonar o exército voltar para casa e fi car junto dos seus familiares, aguardando a hora da des-pedida. Sinval iniciou um tratamento que incluía uma alimentação equilibra-da, injeções diárias e muitos cuidados. Neste momento, a fi gura acolhedora de Lourdes aparece como um bálsamo, pois mesmo sem ter conhecimentos de enfer-magem, tratou de se informar e se des-dobrar entre os cuidados dos fi lhos e do marido enfermo. Voltaram a Barra Velha para seguir o tra-tamento e diante de tantos cuidados e carinhos, a tuberculose foi vencida. Sin-val viveu ainda muitos anos e teve mais fi lhos com Lourdes. Foram ao todo seis crianças: Geysa, Ubiratan, Mario, Suely, Graça e Silvia. Já curado e morando em Barra Velha, Sinval se envolve nos problemas da pe-quena localidade – lembramos que ele

voltou a sua terra natal em meados da década de 40 – e rapidamente se desta-ca pela inteligência e educação que tra-tava todos ao seu redor. Leitor de jornais estaduais e nacionais, além da já extinta Revista O Cruzeiro e da Revista Seleções, Sinval sempre tinha o que dizer, sempre tinha uma opinião diferenciada. Como acompanhava a vida política do país e havia servido ao Exército Brasileiro, ti-nha muito conhecimento de mundo e por isso, despertava admiração dos barra--velhenses. Sinval auxiliou já na década de 60 na ar-ticulação para a emancipação política de Barra Velha, inclusive sendo candidato e se elegendo vereador. Procurava unir to-das as forças partidárias de seu tempo para o bem comum, sempre, priorizando sua terra e seus conterrâneos. Entretanto, nunca teve pretensões po-líticas ambiciosas; sabia que poderia ajudar o Município de outras formas que não a política. Muitas foram as vezes que transportou jovens estudantes de Barra Velha até o Colégio Agrícola, em Araquari. Tanto Sinval quanto Lourdes auxiliavam silenciosamente as pessoas que precisa-vam. Lembram os fi lhos que em função da do-ença de Sinval, Lourdes se tornou refe-

rência quanto a tratamentos médicos e que tinha um livro em casa – Conselheiro Médico – que trazia tratamentos para os mais diferentes tipos de doenças. Muitas pessoas corriam até Lourdes para pedir conselhos para doenças existentes na fa-mília, e ela prontamente auxiliava dando dicas e recomendando receitas.Devotos do Divino Espírito Santo, a famí-lia Moura teve especial participação na Festa Católica mais tradicional do Muni-cípio. A festa foi preservada durante mui-tos anos se mantendo sob a guarda da família. Muitas foram as noites que Lour-des passou em claro, fazendo fl ores de papel colorido para enfeitar a igreja na semana da festa. O médico errou e Sinval viveu até 1º de maio de 1978, deixando uma saudade que não acaba e um orgulho sem tama-nho. Recebeu homenagem do Município ao nomear uma rua no centro da cida-de e com vista para o mar. Trata-se da rua sem saída que tem como ponto fi nal uma escadaria ligando-a à rua Bernardo Aguiar. Ali moram alguns dos fi lhos, que se orgulham do homem que foi Sinval Moura.

Esquinas da HistóriaProfessora e historiadora Angelita Borba de Souza e-mail: [email protected]

Sinval Moura – a cura através do carinho e da reaproximação com Barra Velha

CULTURA

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Desde o último dia 3 a prefeitu-ra de Barra Velha está sob novo comando. O prefeito Claude-mir Matias passou a responsa-bilidade da administração pú-blica para o vice-prefeito, Fabio Brugnago. Matias estará de fé-rias até 23 de janeiro. Segundo ele, no histórico da prefeitura de Barra Velha, poucas vezes um vice-prefeito teve a oportu-nidade de assumir a liderança do município, por este motivo pediu licença do cargo.De acordo com Matias, o mu-nicípio tem um histórico ruim de relacionamento entre prefei-to e vice, e a troca de cargo visa provar que na sua administra-ção há um bom relacionamen-to. “Ele terá esse período para trabalhar e colocar em prática

seus projetos. Dei a ele total liberdade pra fazer o que for melhor pra cidade. Ele já co-nhece minha linha de trabalho então as coi-sas tendem a dar cer-to,” disse Matias.Fabio Brugnago diz que já tem projetos para serem executa-dos. “Eu � co muito feliz com essa oportunidade tendo em vista que isso não tem acon-tecido. Vou manter a mesma estrutura administrativa, dar sequência nos trabalhos do Matias e dar início aos meus projetos. Tenho algumas ideias boas para a comunidade que logo surtirão efeito”, adiantou Fabio. Ele não quis entrar em

detalhes sobre seus planos, mas adianta que seu foco principal será em obras. Durante o período que esti-ver à frente da administração da cidade, Fabio vai dedicar a parte da manhã á questões ad-ministrativas e visitas a órgãos públicos municipais e a parte da tarde será para atendimento aos munícipes.

Vice-prefeito Fábio Brugnago assume aprefeitura de Barra Velha por 20 dias

14POLÍTICASábado, 11 de janeiro de 2014.

O dia 6 de janeiro marcou a vol-ta ao expediente normal de to-das as prefeituras na região. Em Araquari, antes mesmo da data marcada, o prefeito João Pedro Woitexem já havia retornado ao trabalho. Afastado do cargo no dia 19 de dezembro, o prefeito de retomou suas atividades no Executivo da cidade após a jus-tiça aceitar o seu recurso. A liminar que pedia o seu afas-tamento foi derrubada pelo de-sembargador Francisco Oliveira Neto no dia 28 de dezembro. Após fi car nove dias no cargo de prefeito, o vice Clenilton Car-los Pereira (PSDB), repassou novamente o comando para o prefeito. O afastamento de Woitexem era temporário sob justifi cativa de que o prefeito poderia coagir funcionários e atrapalhar as in-

vestigações. A decisão de afas-tar Woitexem do cargo foi toma-da pela juíza Nayana Scherer. O Ministério Público de Santa Catarina acusa Woitexem pela dispensa de processo licitató-rio para aquisição de saibro utilizado na obra da Estrada de Guamiranga. Nos documentos analisados, o valor foi de pago R$242 mil pelo saibro, enquan-to o valor praticado no mercado seria de R$ 120 mil.João Pedro se defendeu em en-trevista coletiva alegando que o preço pago pelo saibro bruto pareceu mais caro por incluir o valor do transporte, detalhe que, segundo ele, a promotora não considerou na ação. Para o prefeito, a ação é resultado de uma perseguição que ele vem sofrendo da juíza Nayana Sche-rer.

João Pedro Woitexem volta a prefeitura de Araquari

Tribunal de Contas recomendou reprovação das contas da prefeitura de Barra Velha de 2012, ano em que Samir e Matias se revezaram no comando

O ex-prefeito Samir Mattar, através de sua assessoria de imprensa, se manifestou nes-ta semana sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aconselhou a Câmara de Vereadores de Barra Velha a re-jeitar as contas da prefeitura do município do ano de 2012, quando Mattar e Claude-mir Matias se revezaram no comando do Executivo. O TCE apontou défi cit nas fi nanças do muni-cípio, citando infrações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal, como gastos com folha de pagamento além do limite permi-tido e uma dívida de R$2,5 milhões ao fi m de 2012. Para Samir, os erros apontados pelo Tribunal foram cometidos no período em que Matias esteve no comando, de 1º de janeiro a 22 de junho. “A página inicial de consulta de processos do site do Tribunal aponta Matias como o responsável, dando seu come completo e também seu CPF, e é simbólica”, diz. Sa-mir defende que nos três anos anteriores a 2012, quando esteve à frente da prefeitura quase que integralmente, as contas do mu-nicípio foram aprovadas.“Não acham estranho que só no ano que foi começado pela gestão do Matias é que essas contas têm parecer pela rejeição? Quando nós reassumimos a prefeitura, em

junho de 2012, encaminhamos todo o le-vantamento da maneira que o governo in-terino deixou as contas públicas de Barra Velha”, reforça Samir.Sobre a denuncia de que a gestão de 2012 ultrapassou em 10% o limite de 54% dos gastos com folha de pagamentos, Samir acusa novamente a administração de Ma-tias. “O que pudemos constatar foi um desca-labro: mais de 200 contratações que in-charam a folha de pagamento. Nós com-prometíamos, na época, 46% com a folha; quando voltamos, esse índice estava em quase 57%. Tenho todas as documentações da época que mostram que mantive o limite prudencial com a folha. Matias é que a in-chou, já de olho na candidatura a prefeito”, afi rma Mattar.Para o ex-prefeito, Matias deixou outras marcas negativas no ano de 2012. “Sem falar nas prestações altíssimas de veícu-los e caminhões, nos gastos exagerados e no fato de que ele abriu mão de receita oriunda da Enops, por exemplo”. Segundo sua assessoria de imprensa, Samir deixou R$6,7 milhões em caixa para investimentos quando foi afastado em 2011. Ao reassumir o Executivo, a dívida era de R$ 2 milhões.

“Ele deixou o barco afundar”. É as-sim que Claudemir Matias se posi-ciona em relação a administração de Samir Mattar no segundo semes-tre de 2012. Segundo ele, ao entrar em junho de 2011, todas as metas de Samir ainda estavam para serem cumpridas e assim foram feitas até o fi nal daquele ano. “Quando entrei coloquei tudo em ordem e normalizei os erros dele tendo a responsabilidade de cum-prir as metas. Eu fi nalizei a admi-nistração de 2011 com a aprovação das contas. Já ele não teve a mes-ma responsabilidade quando voltou pra prefeitura em 2012. Eu tinha deixado tudo bem encaminhado e ele conseguiu afundar. As contas foram rejeitadas com mais de 64% de comprometimento da folha”, diz Matias.Segundo o atual prefeito licencia-do, ao entrar em 2011 foram gas-tos R$300 mil apenas com exone-rações dos contratados de Samir. De acordo com Matias, o que vem acontecendo é que o ex-prefeito

constantemente tenta buscar pro-vas para enganar a população. “Ele sempre mentiu e é isso que quer fazer agora também. Na administra-ção dele tinha gente trabalhando no RH, mas estava registrado e re-cebendo salário de Presidente da Fundação de Cultura. Isso ele não fala né. Se ele me acusa de incha-ço na folha, porque que quando ele voltou não exonerou as pessoas que eu chamei?”Devido a divisão de administrações durante o ano de 2012, há um im-passe quanto a votação das contas por parte da Câmara de Vereadores, que hoje em sua maioria é situação, favorecendo o atual prefeito. Matias diz que não quer infl uenciar na deci-são dos parlamentares. “Vou deixar nas mãos deles. Se acharem que isso é uma injustiça comigo, podem aprovar, mas vão inocentar o Samir, que é o culpado. Porém, se quise-rem rejeitar as contas já que ele fez errado, vou acabar pagando por algo que não fi z”, desabafa Claude-mir Matias.

Ex-prefeito Samir Mattar e Claudemir Matias trocam acusações sobre parecer do Tribunal de Contas

O que diz Samir Mattar O que diz Claudemir Matias

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15#SOCIALSábado, 11 de janeiro de 2014.

ANIVERSÁRIOSDA SEMANA #Parabéns

9 de janeiroO Jornal Voz do Itapocu parabeniza o Secretário de Educação de Barra Velha, Valdir Nogueira, pelo seu aniversário. Felicidades!

3 de janeiroO Jornal Voz do Itapocu felicita

Daiana Censi Leripio, irmã da colunista Daniela Censi, pelo

seu aniversário. Muita saúde e sucesso. Parabéns.

10 de janeiroErique Wellington Almeida França, parabéns pelo seu aniversário. Sua mãe, pai e toda sua parentada do Norte do Paraná, Lon-drina, te mandão um grande beijo. Felicidades!

29 de dezembroParabéns Monike pelo seu 1º

aniversário!!Papai Roger e Mamãe Simone te

desejam muita Saúde efelicidades!! Te Amamos Muito!!!

04 de janeiroEverton Alves

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16 ESPORTE Sábado, 11 de janeiro de 2014.

A estrutura da praia central de Barra Velha recebe a partir de hoje, às 9h, uma competição diferente para o esporte na ci-dade. Ao contrário dos tradi-cionais vôlei e beach soccer, será a vez da 1ª Copa Barra Velha de Handebol de Areia. O evento estava marcado para ocorrer no último sábado, dia 4, mas em virtude da chuva foi adiado.Organizada pela Fundação Municipal de Turismo, Es-

porte e Cultura (Fumtec), o campeonato será disputa-do por oito equipes no naipe masculino e seis equipes no feminino. Já está con� rmada a participação de várias cidades catarinenses e inclusive times do Rio Grande do Sul.Com um bom retrospecto na modalidade durante o ano de 2013, a equipe barravelhense disputará as duas modalida-des, sendo que no feminino será representada por dois ti-

mes. O esporte se desenvolveu ao longo dos anos em Barra Velha e teve seu ápice no ano passado com a bela campanha feita pelo time infantil. “Mostramos que com pouco se faz muito. Hoje Barra Velha é reconhecida como a melhor equipe de handebol estudan-til do estado e a quarta a nível nacional,” diz o técnico Jairo Hermógenes Gabriel.

Handebol invade praia de Barra Velha hoje

Em Barra Velha a abertura da Taça José Ernesto Provesi con-tará com uma atração a mais. A equipe do programa Pretinho Básico, da rádio Atlântida, fará a partida de abertura contra um combinado de amigos de Barra Velha. Além do naipe masculi-no, neste ano haverá também a disputa na categoria feminina, ainda com inscrições abertas. No masculino, serão 1o equi-pes divididas em dois grupos e e as partidas ocorrem na arena montada na praia Central já a partir de domingo, às 17h. Com a parceria estabelecida entre a Fundação Municipal de Turismo, Esporte e Cultura

(Fumtec) e a Federação Catari-nense de Beach Soccer, os dois primeiros colocados do torneio terão vagas asseguradas para disputar o campeonato estadu-al.

Balneário PiçarrasJá em Balneário Piçarras a competição é organizada pela secretaria de Esportes da ci-dade e terá abertura na pró-xima quarta-feira, dia 15. Até o fechamento desta edição o campeonato já contava com mais de 15 equipes inscritas e a previsão de término é para o dia 2 de março. Os jogos ocor-rerão na Arena Norte, às quar-

tas e quintas-feiras a partir das 19h45.Nesta edição foi aceita a inscri-ção de apenas dois atletas não residentes no município por equipe, não sendo permitida a participação de times de outras cidades. A idade mínima para participação é de 16 anos, com autorização dos pais ou respon-sáveis.A competição conta com R$2,4mil em premiação, além de troféus e medalhas para os três primeiros colocados. Tam-bém serão premiados o goleiro menos vazado e o artilheiro da competição.

Futebol de praia neste domingo em Barra Velha e quarta-feira em Balneário Piçarras

Travessia de Balneário Piçarras está com inscrições abertasOs interessados em participar da Travessia a Nado em Bal-neário Piçarras já podem se inscrever via internet até o dia 23 de janeiro. O evento aconte-cerá na praia Central, próximo à descida da Avenida Getúlio Vargas, no dia 26 deste mês, a partir das 8h30. Serão três per-cursos: 1500 metros triangular, 750 metros e 200 metros. As inscrições devem ser feitas no site da Copa Verão de Traves-sias: www.travessias.com.Na prova de 1500 metros estão abertas 19 categorias, entre elas a máster, para idade aci-ma de 80 anos e a PPNE, para paraatletas. A prova de 750 metros é categoria única e vol-

tada para iniciantes, não sen-do permitida a participação de atletas federados ou dos três primeiros colocados da etapa de 1500 metros. Serão premia-dos os três primeiros no mas-culino e no feminino. Já a prova de 200m é destinada a todas as crianças participantes, com premiações por faixa etária.