Jornalde cristalina (9)

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JORNAL DE CRISTALINA 1 Julho de 2013 ANO IV - Nº 31 - JULHO DE 2013 EDIÇÃO ESPECIAL R$ 5,00 PREÇO SIMBÓLICO Cristalina participou de importante movimento no Brasil, conhecido como Revolução de 1930. Na realidade um Golpe de Estado, que depôs o presidente da República Washington Luís e impe- diu a posse do presidente eleito, Júlio prestes e deu início a um período ditato- rial de 15 anos, comandado pelo gaúcho Cristalina sob tensão A nossa cidade completa 97 anos de Emancipação Po- lítica, e gostaria de parabeni- zar toda a população. Gente que, com seu traba- lho diário, constrói o desen- volvimento da cidade. Muitos aqui nasceram, outros, como eu, aqui chegaram e constitu- íram família. Por isso, não medimos esforços quando se fala em solidariedade, em busca do bem-estar comum. Semear ações e colher con- quistas, buscando no presen- te o futuro! Desejo que as conquistas da comunidade sejam sempre crescentes, de- monstrando que somos nós quem fazemos o amanhã e que nossa perseverança é a luz que ilumina o caminho rumo a um país mais justo. Parabéns a todos que, dia- riamente, cumprem sua mis- são, contribuindo com o de- senvolvimento do município, buscando sempre novos pro- jetos e aceitando o desafio de fazer mais e melhor. Parabéns, Cristalina! Vereador Daniel do Sindicato e Família Cumprimento a população de Cristalina nas comemora- ções dos 97 anos de emanci- pação política do município. Cristalina tornou-se um pólo do desenvolvimento econô- mico, social, educacional e cultural de Goiás. O acesso de seu povo à instrução, prerro- gativa da cidadania, os gan- hos na qualidade de vida e o desenvolvimento do agrone- gócio evidenciam o progres- so que orgulha sua população e a todos os goianos. No 97º aniversário do mu- nicípio, o governo estadual sente-se participante desse progresso, na medida que tem atendido, com especial aten- ção, às suas demandas. Apre- sento minhas felicitações ao querido povo de Cristalina e manifesto o reconhecimento público do Governo de Goi- ás pela grandeza e pujança de sua comunidade. Marconi Perillo Governador de Goiás Getúlio Vargas. Leão Rodrigues de Afon- seca, professor naquele ano, registrou com riqueza de detalhes, 43 anos depois, o que aconteceu em Cristalina durante 24 dias de inquietação. O Jornal de Cris- talina publica a história, já conhecida de quem leu o livro Cristalina em Letras,de autoria do editor. Páginas 9 a 12 Um grande abraço, Cristalina! Parabéns, Cristalina! Oh! Minha amada Cristalina! Terra hospitaleira e encantada, Serás sempre uma menina E minha eterna namorada. Cristalina é uma riqueza Que encanta viajantes Com sua esplêndida beleza E seus cristais brilhantes. Aqui em Cristalina eu nasci, Aqui em Cristalina eu cresci. Se eu tiver que escolher Aqui eu quero deleitar, Aqui eu quero ficar Aqui eu quero morrer. Germano de Oliveira Melo Declaração de amor a Cristalina O Jornal de Cristalina se congratula com toda a população pela passagem de seu 97º aniversário de emancipação polí- tica e administrativa. Nesta edição histó- rica, reportagens sobre o artista Germano de Oliveira Melo e o escritor Luiz Alber- to de Queiroz. Também várias mensagens e muitas notícias do presente e do passa- do. Como são 20 páginas e a edição tem valor histórico, sugerimos que o material seja arquivado para posteriores consultas. Parabéns, Cristalina! Em breve o Hospital Nossa Senhora do Rosário estará inaugurando o primeiro serviço de tomografia, que contará com a realização de todos os exames da área de tomografia. HNSR – Um jeito diferente de fazer saúde Mais inovação e tecnologia para a saúde da população cristalinense

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JORNAL DE CRISTALINA 1Julho de 2013 ANO IV - Nº 31 - JULHO DE 2013

EDIÇÃOESPECIAL

R$ 5,00PREÇO

SIMBÓLICO

Cristalina participou de importantemovimento no Brasil, conhecido comoRevolução de 1930. Na realidade umGolpe de Estado, que depôs o presidenteda República Washington Luís e impe-diu a posse do presidente eleito, Júlioprestes e deu início a um período ditato-rial de 15 anos, comandado pelo gaúcho

Cristalina sob tensão

A nossa cidade completa97 anos de Emancipação Po-lítica, e gostaria de parabeni-zar toda a população.

Gente que, com seu traba-lho diário, constrói o desen-volvimento da cidade. Muitosaqui nasceram, outros, comoeu, aqui chegaram e constitu-íram família. Por isso, nãomedimos esforços quando sefala em solidariedade, embusca do bem-estar comum.

Semear ações e colher con-quistas, buscando no presen-te o futuro! Desejo que asconquistas da comunidadesejam sempre crescentes, de-monstrando que somos nósquem fazemos o amanhã eque nossa perseverança é aluz que ilumina o caminhorumo a um país mais justo.

Parabéns a todos que, dia-riamente, cumprem sua mis-são, contribuindo com o de-senvolvimento do município,buscando sempre novos pro-jetos e aceitando o desafio defazer mais e melhor.

Parabéns, Cristalina!Vereador Daniel doSindicato e Família

Cumprimento a populaçãode Cristalina nas comemora-ções dos 97 anos de emanci-pação política do município.Cristalina tornou-se um pólodo desenvolvimento econô-mico, social, educacional ecultural de Goiás. O acesso deseu povo à instrução, prerro-gativa da cidadania, os gan-hos na qualidade de vida e odesenvolvimento do agrone-gócio evidenciam o progres-so que orgulha sua populaçãoe a todos os goianos.

No 97º aniversário do mu-nicípio, o governo estadualsente-se participante desseprogresso, na medida que tematendido, com especial aten-ção, às suas demandas. Apre-sento minhas felicitações aoquerido povo de Cristalina emanifesto o reconhecimentopúblico do Governo de Goi-ás pela grandeza e pujança desua comunidade.

Marconi PerilloGovernador de Goiás

Getúlio Vargas. Leão Rodrigues de Afon-seca, professor naquele ano, registroucom riqueza de detalhes, 43 anos depois,o que aconteceu em Cristalina durante 24dias de inquietação. O Jornal de Cris-talina publica a história, já conhecida dequem leu o livro Cristalina em Letras,deautoria do editor. Páginas 9 a 12

Um grandeabraço,

Cristalina!

Parabéns,Cristalina!

Oh! Minha amada Cristalina!Terra hospitaleira e encantada,Serás sempre uma meninaE minha eterna namorada.

Cristalina é uma riquezaQue encanta viajantesCom sua esplêndida belezaE seus cristais brilhantes.

Aqui em Cristalina eu nasci,Aqui em Cristalina eu cresci.Se eu tiver que escolher

Aqui eu quero deleitar,Aqui eu quero ficarAqui eu quero morrer.

Germano de Oliveira Melo

Declaraçãode amor aCristalina

O Jornal de Cristalina se congratulacom toda a população pela passagem deseu 97º aniversário de emancipação polí-tica e administrativa. Nesta edição histó-rica, reportagens sobre o artista Germanode Oliveira Melo e o escritor Luiz Alber-to de Queiroz. Também várias mensagense muitas notícias do presente e do passa-do. Como são 20 páginas e a edição temvalor histórico, sugerimos que o materialseja arquivado para posteriores consultas.

Parabéns, Cristalina!

Em breve o HospitalNossa Senhora do

Rosário estaráinaugurando o

primeiro serviço detomografia, quecontará com a

realização de todosos exames da área

de tomografia.

HNSR – Um jeito diferentede fazer saúde

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saúde da populaçãocristalinense

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JORNAL DE CRISTALINA2 Julho de 2013

ARTIGO

Cristalina rumo ao centenárioada vez mais aumenta aconsciência de que nãoé possível permanecer

com o atual modelo de de-senvolvimento urbano quetemos hoje em Cristalina.

É necessário que se cons-trua a transição para um de-senvolvimento sustentável,que integre as dimensões so-cial, ambiental e ética, base-ado em uma economia queseja includente, verde e res-ponsável.

E não há melhor lugarpara exercitar essa agendado que em nossa cidade deCristalina, lugar tão privile-giado por sua natureza, suahistória e sua cultura, queexige de cada um de nósuma parcela de contribuiçãopara a construção de umacidade com maior qualida-de ambiental, mais justa,planejada, inovadora, criati-va, inteligente e segura. Pre-tendemos iniciar a partir do2º semestre deste ano de

deputado ValcenôrBraz tem atuado de for-ma intensa pelos muni-

cípios goianos, principal-mente os que fazem parteda região metropolitana deBrasília. Cristalina está en-tre as cidades pelas quais oparlamentar tem buscadojunto ao governo estadualmelhorias e condições parao desenvolvimento.

Quando se fala em de-senvolvimento, o deputadoestadual, ressalta: ”Crista-lina cresce em todos os sentidos, nos orgulha comocidade goiana.”

Afinal, Cristalina cres-ce economicamente e pos-sui o maior PIB agrícolado Brasil. E o parlamen-tar ainda lembra: ”é umaterra onde tudo o que seplanta, dá” . Não é poracaso que Cristalina estáentre os maiores produto-res nacionais de soja, mi-lho, feijão, alho, batata,cebola, entre outras cultu-

Deputado Valcenôr Braz parabeniza a cidade de Cristalina

Deputado Valcenôr: parabéns, Cristalina, por seu aniversário, lutas e conquistas

C

O

ras. Aliás, é o municípiocom a maior concentraçãode pivôs no Brasil. Hoje existem 600 pivôs nasgrandes lavouras de Cris-talina. São mais 40 milhectares irrigados.

Enquanto o homem docampo se esforça na terra,na Assembleia Legislativade Goiás o deputado se es-força em busca de mais re-cursos. Valcenôr Braz estáconstantemente junto à di-

reção da Celg para resolverproblemas de energia elé-trica que a cidade enfrenta.Dificuldade tanto na zonaurbana quanto na rural.

Mediante as solicitaçõesdo Sindicato Rural de Cris-

talina, o deputado tem in-termediado com o governodo estado, e foi possívelconseguir, por exemplo, adoação de camionete parao patrulhamento rural, vi-sando diminuir o problemade roubo nas fazendas.

O agronegócio tem ofe-recido mão de obra e mai-or rentabilidade para as fa-mílias que nasceram e asmilhares que escolheram seinstalar nas cidade tambémconhecida como Terra dosCristais. É da riqueza dosolo que Cristalina tam-bém se sobressai.

O deputado estadual Valcenôr Braz se orgulha ese alegra por ser represen-tante do município e para-beniza a cidade de Crista-lina pelo aniversário, pelaslutas e conquistas. “Respei-to essa cidade e sua gentepela importância que têmpara o crescimento e o de-senvolvimento de Goiás”,concluiu o deputado. (YG)

2013, os debates ten-do como tema “AConstrução da Cida-de Sustentável paraTodos”.

A ideia é que con-sigamos desenvolverum debate com a po-pulação em geral e asociedade civil orga-nizada onde se discu-ta o perfil da cidadeque queremos em seucentenário, e que ofe-reça as condições eoportunidades equita-tivas aos seus habi-tantes, assumindo odesafio de construirum modelo sustentá-vel de sociedade e vida urba-na, baseado nos princípios dasolidariedade, da liberdade,da igualdade, da dignidade eda justiça social, tendo comoum dos fundamentos o respei-to às diferenças culturais ur-banas e o equilíbrio entre o ur-bano e o rural.

Ações como a destinaçãoadequada dos resíduos do-mésticos, o respeito à pro-priedade, o cuidado com oespaço e o patrimônio públi-co, a urbanização e sanea-mento básico da cidade, a re-gularização das escriturasdas nossas casas, estabilida-

de da energia elétri-ca e água nas tornei-ras, farão parte dostemas a serem deba-tidos.

Precisamos deuma administraçãomais humanista, comuma agenda positivavoltada para a melho-ria dos serviços pú-blicos e o atendimen-to aos anseios e ne-cessidades da popu-lação. De um poderlegislativo participa-tivo, que inclua a po-pulação nos debatesde interesse da nossacidade, com uma

maior realização de audiên-cias públicas onde todos te-nham a chance de opinarem.

Precisamos unir esforçose articular forças de diferen-tes atores da sociedade embusca da construção coleti-va da cidade que queremos.

E qual tem sido a sua par-

cela de contribuição nessaimensa construção coletivaque é o futuro de Cristalina?As discussões sobre os de-safios e o futuro da cidadenos oferecem a oportunida-de de repensarmos nossasrelações com o ambiente emque vivemos e os impactospositivos ou negativos quecausamos. Estão sendo pri-vilegiados objetivos pesso-ais ou se pensa também nointeresse coletivo?

Quando queremos um fu-turo melhor, precisamos es-tudar, planejar e agir no pre-sente, para então projetar estefuturo. Neste contexto, é fun-damental saber distinguir oessencial do dispensável edefinir estratégias para alcan-çar o destino desejado.

Parabéns Cristalina,por seu aniversário de 97anos! E vamos nos unirpara construirmos umacidade melhor no seu cen-tenário!

Guilherme Castelo Branco é advogado dostrabalhadores de Cristalina e suplente de ve-reador pelo Partido Verde - 43

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JORNAL DE CRISTALINA 3Julho de 2013

Mensagem aoscristalinenses

Minha queridaCristalina,

“Cristalinaé hoje o mai-or Produto In-terno Bruto(PIB) agríco-la do País, se-gundo dadosdo IBGE de2010. O mu-nicípio pro-duz R$ 624milhões emuma varieda-de de 34 tipos de culturas. O segredodessa riqueza é o trabalho diário e in-cansável de sua gente. Parabéns aosprodutores rurais, empresários, técni-cos e trabalhadores dedicados e res-ponsáveis pela eficiente agricultura ir-rigável e sustentável do município”.

José Mário Schreiner,Presidente do Sistema FAEG/

SENAR e vice-presidenteFinanceiro da CNA.

Agradecimento pelas oportunidadesvereador Bernardo Vaca-ro Fachinello (PP) estáentusiasmado com os pri-

meiros seis meses de manda-to. Ele contabiliza viagens embusca de benefícios para o mu-nicípio, assiduidade nas ses-sões plenárias e nas reuniõesentre os vereadores e o aten-dimento ao público. “Procurofazer um mandato de formaequilibrada, atuando interna-mente em todas as atividadesda Câmara, mas também sa-indo em busca de recursos,utilizando as responsabilida-des e as prerrogativas do car-go, que abrem portas junto àsautoridades federais e estadu-ais”, diz o vereador, que viajaconstantemente a Brasília eGoiânia para apresentar rei-vindicações a deputados, sena-dores, ministros e secretáriosde estado.

“Pode ser que os benefíci-os demorem um pouco, maso importante é plantar paracolher no tempo certo”, afir-ma Bernardo, que está aguar-dando a confirmação de plei-tos apresentados, como a vin-da de uma patrola, prometidapelo presidente de seu parti-

do, deputado federal RobertoBalestra.

Filho do vice-prefeito JoãoCarlos Fachinello, a quemnutre respeito e admiração, overeador se empolga, quandofala sobre Cristalina, trabalho

Família Fachinello, do vice-prefeito João e do vereador Bernardo em foto que se repete ano aano – União, amor e trabalho

e família. “Aprendi com meupai a trabalhar por ideal, gos-tar de Cristalina e considerarsua gente. Chegamos aqui há30 anos e o que temos estáaqui, para contribuirmos como progresso e o desenvolvi-

mento da cidade e da região”,fala o vereador que, além daatividade legislativa, é apai-xonado pela empresa da famí-lia, que representa a Librela-to em dezenas de cidades emGoiás e Minas Gerais.

“Gosto de tudo que façojunto ao meu pai, minha mãe,irmãos, esposa e filhos. As-sim ganho motivação paratrabalhar todos os dias, sejana 40 Implementos Rodoviá-rios, seja no cumprimento domandato que o povo me deu,do qual eu me orgulho e pro-curo exercer com zelo, dedi-cação e honestidade”, dizBernardo, que deve ser umdos postulantes ao cargo depresidente da Câmara na elei-ção que ocorrerá em dezem-bro.

Antes de encerrar a entre-vista, o vereador fez questãode saudar Cristalina pelosseus 97 anos. “Eu e minhafamília só temos a agradecera essa terra. Nos envolvemosno dia a dia da comunidadetrabalhando em nossas em-presas, participando de clubesde serviço, acompanhando avida social e política dessaterra. Por isso, parabéns aCristalina e ao seu generosopovo pelas portas abertas aquem acredita e investe nestedesenvolvimentista municí-pio”, arrematou de forma efu-siva o vereador.

Salve, salve,Cristalina!!!

Amigos eamigas

Quero para-benizar o mu-nicípio deCristalina e to-dos os seusmoradores pe-los 97 anos dehistória, queserão comple-tados no pró-ximo dia 18 dejulho.

É uma ale-gria e honrapara mim, ter acompanhado de perto33 anos desta história, já que a minhafamília se estabeleceu aqui em 1980,quando eu tinha apenas dois anos deidade.

Pode contar comigo, Cristalina,para defender os seus filhos de toda equalquer injustiça!

Parabéns, Cristalina!

Vereador Luiz Henrique

É uma honrapara mim e paraminha família fa-zer parte da histó-ria dessa prósperae abençoada terra.Obrigado pelaoportunidade queme deu de atuarnesta terra comoengenheiro civil,empresário, depu-tado, secretário de estado e prefeito.

Cristalina é peça importantíssimana engrenagem que faz Goiás crescere se destacar como um estado emer-gente. A magia dos cristais, as bele-zas naturais, a abundância de água, aforça do homem do campo, a tecnifi-cada irrigação e sua benévola popu-lação fazem desse importante pedaçode terra orgulho para quem conhecee habita em seu solo.

Parabéns Cristalina!!!Antonino C. de Andrade e Família

A importância deCristalina para nos-sa região, para Goi-ás e para o Brasil, afaz despontar comoimportante polo dedesenvolvimento eprogresso.

Quero externarminha admiração erespeito por quem mora, trabalha eproduz para que Cristalina alcanceelevado patamar de reconhecimentopelo que representa em termos de his-tória, cultura e economia para quema conhece e vive o seu dia a dia.

Você, Cristalina, se desponta nocenário nacional e mundial, pela ou-sadia, determinação e bravura da suagente.

Parabéns a todos os habitantes des-sa maravilhosa terra!

Célio SilveiraPresidente da Agência Goiana de

Esporte e Lazer

O

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JORNAL DE CRISTALINA4 Julho de 2013

± SeteNotas

Eliézer Bispo

[email protected]

O Jornal de Cristalina é uma publicação da empresa ELIÉZERBISPO - CNPJ 13.922.487/0001-01 - Endereço: Rua Floresta,Qd. 12, Lote 07 - Cristalina Velha - CEP 73850-000 - Cristalina- GO - Telefone: (61) 9912-3123 - E-mail:[email protected] e/[email protected] - Jornalista Responsável:Eliézer Bispo - DRT GO01469JP - Operários davoluntariedade jornalística: Ezequiel dos Santos Bispo, Tiagodos Santos Bispo e Franklin Ribeiro - Tiragem: 3.000exemplares - Projeto Gráfico e Diagramação: Marcone Barros– 3568-6394 - Circulação: Goiás - Brasília

E X P E D I E N T E

A prefeitura quer o domínio do imóvel, incluindo a igreja, quecompreende a Praça São Sebastião

Câmara encerra semestre com polêmicas

lgumas polêmicas marca-ram o encerramento doprimeiro semestre na Câ-

mara dos vereadores. A velhaprática do Poder Executivo deenviar projetos de últimahora, parece ser uma normada atual administração, quedesde o mandato passado pri-mou por pegar vereadores ecomunidade de surpresa.

Seguindo a mesma práticados últimos anos, a Câmararecebeu um projeto de lei (ejá queria votar de imediato)onde o artigo 1º rezava: “Ficao Poder Executivo Municipalautorizado a afirmar a situa-ção de dominialidade do imó-vel constituído pela PraçaSão Sebastião, situada naRua Jovino de Paiva, quadra04, bairro Cristalina Velha,para fins de prova junto aosórgãos públicos municipais,estaduais e federais”.

Pegos de surpresa, verea-dores da oposição mobiliza-ram lideranças da Igreja Ca-tólica que, estonteadas, cor-reram para a Câmara para sa-ber o que estava acontecen-do. Alguns, com dificuldadepara acreditar na iniciativa doprefeito Luiz Attié, acharamaté que era brincadeira, masquando chegaram e viram o

clima tenso e alguns vereado-res da situação a fim de fazeruma votação rápida, se assus-taram.

Com a presença da tropa dechoque da prefeitura no ple-nário e a chegada do padreGeraldo, os vereadores resol-veram ouvir um representan-te da prefeitura para explicara situação. Um senhor apre-sentado como doutor Náderusou a tribuna e falou emnome do prefeito, argumen-tando que a Igreja Católicairia perder só o domínio dolocal, mais nada. A explica-ção simplista, feita com na-turalidade pelo doutor até en-tão desconhecido da comuni-dade, foi feita como se equi-valesse a alguém ir até umapadaria comprar pães ou fa-zer uma caminhada no finalda tarde. “A prefeitura só vaidominar o imóvel, maisnada.” A afirmação é a mes-ma coisa de que se alguémentrasse na casa de outra pes-soa e falasse: “a partir de hojeesta casa é minha, mas eu dei-xo você morar nela”.

Depois que o procuradordo prefeito falou, o padreGeraldo fez uso da palavra.Com voz calma, ele chamoua atenção dos vereadores; “é

muita imprudência quereraprovar um projeto assim.Têm que conversar com acomunidade e vocês têm quefazer isso porque representama comunidade. Não podemosmisturar as coisas”, falou opároco, que foi calorosamen-te aplaudido.

Depois da fala do líder ca-tólico a sessão foi suspensa.Quando retomados os traba-lhos, se anunciou que o pro-jeto havia sido retirado dapauta daquela sessão, a pedi-do do autor, no caso, o pre-feito municipal. Como foisomente retirado, ainda há aexpectativa de que o projetovolte em agosto. A sessão seráno dia 1°, às 09h.

O assunto dominou (olha adominialidade aí) todas asrodas de conversas na cida-de, quaisquer fossem os luga-res. Nos bares, nas praças, nasruas, nos comércios, nos ve-lórios, nas igrejas não se fa-lava em outra coisa a não serna “desapropriação” (a popu-lação usou esse termo, já quedominialidade é de raríssimouso no vocabulário popular),da Igreja São Sebastião. Nasmissas dominicais que se se-guiram o padre Geraldo che-gou a dizer que não teria ca-bimento ir até à prefeiturapegar as chaves da igreja edepois da missa ir lá devol-ver todas as vezes.

Depois do fato não houveum pronunciamento oficialsobre o caso, mas a alegaçãode assessores do prefeito e devereadores de sua base, peloFacebook, é de que viriamuito dinheiro para restaurara praça e a igreja se o domí-nio passasse para a prefeitu-ra. Como não veio... De ver-dade mesmo sobre o assun-to, só o estranho desejo dedominar o imóvel da igreja,fato jamais visto na históriade Cristalina.

CentecOutras polêmicas foram

mais pedidos de desapropria-ção e a doação do local ondefunciona o Centec para o Ins-tituto Federal Goiano – IFG.Mesmo dizendo que o proje-to era inconstitucional, por-que o terreno não mais per-tence ao município, mas aoEstado, os vereadores aprova-ram a matéria por maioria dosvotos. Somente o vereadorDaniel do Sindicato que, aoapresentar uma certidão doCartório de Imóveis, a qualatesta que o imóvel não é domunicípio, votou contra. LuizHenrique se absteve, Rosival-do Pelota não estava na ses-são e os demais vereadoresvotaram a favor do projeto.

O vereador Daniel do Sindicato, por entender que vereadornão pode aprovar projeto inconstitucional, votou contra a do-ação de área que não mais pertence ao município, enquantoLuiz Henrique se absteve e os demais vereadores votaram afavor do projeto de doação do Centec ao estado

A

A POLÊMICA DA IGREJAA dominialidade pretendida pela prefeitura na Praça São

Sebastião, inclusive do templo da Igreja Católica, atravésde projeto de lei enviado à Câmara, causou o maior alvo-roço na cidade. Na cabeça do povo, dominialidade é igualà desapropriação. O assunto escandalizou muita gente.

ROMPIMENTO À VISTA?Teria acontecido em uma fazenda, reunião entre seis

vereadores com o objetivo de formar um bloco de oposi-ção mais forte, para disputar a presidência da Câmara.Quem estaria articulando o movimento seria o vereadorMarcelo Pezão (PTN), que pleiteia o cargo, mas entende,segundo pessoas próximas a ele, que na base do prefeitodificilmente seria o escolhido. Marcelo estaria muito de-cepcionado com o tratamento que vem recebendo por partedo prefeito.

A DISPUTA JÁ COMEÇOUSe o rompimento se confirmar, a disputa pela preferên-

cia de quem deve ocupar a presidência, entre os aliadosdo prefeito, será entre José Orlando e Bernardo Fachine-llo. Cada um tem sua estratégia, mas já dá para sentir nosbastidores que a disputa já começou, embora faltem qua-se cinco meses.

NOTÍCIA EM REDE NACIONALFoi lamentável a notícia da morte de duas mulheres no

distrito de Campos Lindos, enquanto realizavam mani-festação (no caso delas) em favor de regularização fundi-ária. O fato foi destaque em rede nacional de várias tele-visões.

A FARRA DOS COMISSIONADOSOutra notícia deplorável, de acordo com o site

estadão.com.br, através de dados divulgados pelo IBGE,é que Cristalina está entre as cidades brasileiras (5.556municípios) que mais têm cargos comissionados. Essescargos são aqueles ocupados por favor ou barganha polí-tica, não pelo merecimento do concurso público. Quemquiser conferir, visite o sítio do Estadão ou do IBGE.

DUAS MÁQUINASDepois de quase cinco anos de mandato, a prefeitura

adquiriu duas máquinas para a realização de serviços nazona rural. Elas, que custaram R$ 560 mil, ficaram ex-postas na praça José Adamian. A prefeitura está de para-béns. E tomara que venham outras, sem tanta demora.

SINTEGO EM CRISTALINAO Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás

– Sintego, está intensificando sua atuação em Cristalina eem toda a região do Entorno. Se você é da área e teminteresse, leia matéria na página 07.

DEPUTADOS ESTADUAISComo no meio político muito se fala em candidaturas a

deputado estadual, o assunto ferve quando há notícias poraqui. Então, que todos saibam que Silvano da Rádio érealmente pré-candidato, que Luiz Henrique não descar-tou a possibilidade e que Daniel do Sindicato continuasendo pressionado para a disputa. Já o advogado CasteloBranco, como já publicado aqui, não tem dúvidas de quevai para a disputa.

SEM O PREFEITOSe alguém estranhar que não tem nenhuma manifesta-

ção do prefeito municipal nas páginas do Jornal de Cris-talina nesta edição histórica, saiba que não é culpa nossa.Enviamos ao seu gabinete, no dia 20 de junho, duas cor-respondências, uma delas com uma pequena entrevista.Por esquecimento, indiferença, birra, perseguição ou ne-gligência, as respostas não foram remetidas ao Jornal.Paciência.

NOVOS DOCUMENTOSPor falar em história, chegaram à redação documentos

valiosíssimos do ano de 1905, quando Cristalina aindaera distrito de Luziânia, sobre demarcação de terras, comtextos preciosos. O material, via internet, foi encaminha-do por José Aloísio Botelho para Ivan Bispo, antes dechegar a nós.

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JORNAL DE CRISTALINA 5Julho de 2013

O cristal como marca registradaontador de causos e his-tórias, prosador e poeta,artista plástico e escul-

tor, Germano de OliveiraMelo tem um traço marcan-te em todas as suas criaçõesartísticas: o cristal. “O cris-tal é a minha marca registra-da. Me identifico com ele,me identifico com o garim-po, me identifico com Cris-talina, me identifico com suagente”, diz o artista, de 75anos vividos na Serra dosCristais, onde nasceu, se ca-sou com dona Diana, tevedois filhos, Gerdean e Jeane três netos, Raul, Rhana eClara.

Inspirado por fatos do co-tidiano cristalinense e porconceitos filosóficos de di-versos pensadores, Germa-no tem na memória aconte-cimentos que o fazem sesentir um jovem, um garo-to, quando está criando eproduzindo arte e culturapara a geração presente e asvindouras. “Nasci garim-pando e acompanhei todo odesenvolvimento de Crista-lina. A cidade, comparada aoutras, é pequena, mas secompararmos com outras

muitas, é uma metrópole,por isso eu me transformo eme renovo com ela, que temmuitas facetas, como umcristal extraído da mina e,depois, lapidado”, diz o ar-tista, que está sempre bemhumorado e é um brinca-lhão, na acepção máxima dapalavra.

Fascinado com o atualmomento de desenvolvi-

Germano e suas belas obras, que têm como marca registrada o cristal

mento experimentado pelomunicípio, Germano nãoesconde sua satisfação como crescimento de Cristalina.“Antes era só o cristal. Comele (o cristal), garimpando,construí minha casa quandofui um, entre centenas, quebamburrou no garimpo doJatobá. Naquele tempo, hámais de 40 anos éramos de-pendente só da atividade ga-

rimpeira. Hoje as oportuni-dades se expandiram, mul-tiplicaram. Para se ter umaideia eu não dou conta defalar o que Cristalina produzno campo”, diz o historia-dor, atualmente aposentado,que, dentre outras ativida-des, ocupou a vida traba-lhando em alfaiataria e nasorveteria da família duran-te décadas.

Germano tem o reconhe-cimento e o respeito das pes-soas que gostam da históriade Cristalina, razão pela qualé solicitado para expor osseus trabalhos em eventosrealizados por escolas, enti-dades, associações. Tambémé comum Germano receberem seu atelier estudantes deCristalina e outras cidades,turistas e gente da própriacidade, que gosta de conhe-cer um pouco da belíssimahistória da imorredoura VilaCristalina. “Se Deus quiservou viver ainda muitos anoscontando e registrando a nos-sa história, porque isso me dáprazer, me motiva e me ins-pira a prosseguir. Gosto demostrar a minha arte, decompartilhar o que vivi e oque aprendi”, encerra o artis-ta, que tem um livro publica-do, onde parte de suas obrasestá exposta. Um cristalinen-se que se preza, tem que ter“A vida e a arte de um ga-rimpeiro” (título do livro)em sua instante. Quem qui-ser adquiri-lo é só procuraro autor ou ir até a Casa ParaTodos, onde o livro está avenda por apenas R$ 20,00.

O Príncipedas Letrasimpossível falar algo so-bre a história de Cristali-na sem mencionar o nome

de Luiz Alberto de Queiroz.Ao longo da vida, Luiz Alber-to trabalhou as letras e as pa-lavras para enaltecer íconesque se sobrepujaram em dife-rentes facetas da vida para quea Serra dos Cristais alcanças-se estrondoso patamar de re-conhecimento. E se alguém ig-nora essa realidade, é por cul-pa da inércia quanto à cultura,aos valores e as tradições deCristalina.

Luiz Alberto, em sua di-versidade estilística, é bió-grafo, historiador, romancis-ta, pensador, poeta. Porém,acima de tudo, é um ser que

se preocupa em divulgar osdotes naturais e históricos desua terra, bem como desven-dar os mistérios da alma hu-mana e compartilhar com osseus conterrâneos os resulta-dos de obras frutíferas, adu-badas que foram pelo zelo,respeito e dignidade.

É verdade que o autor de“Cristalina, Minha Terra”rompeu as fronteiras da ou-trora São Sebastião dos Cris-tais e deu a Goiás e ao Brasillivros como “Reminiscênci-as” e “O Velho Cacique”, umdos melhores registros sobrea vida de Pedro LudovicoTeixeira. Mas a maestria emimortalizar nomes de grandesvultos da nossa história,

como seu genitor, o saudosoex-prefeito José Rodriguesde Queiroz (Zé Gordo), nomagnífico livro “Um LíderAusente”, e na intriganteobra “Olimpio Jayme – Po-lítica e violência em tempode chumbo”, brindou os cris-talinenses com o “Memorialde um rebelde”, onde, de for-ma sucinta e espontânea,conta a vida de um dos ho-mens mais cultos que Cris-talina conheceu: Eduardo dePaiva Rezende, o Eduardi-nho. O livro ainda brinda oleitor com fotografias histó-ricas de personalidades lo-cais estaduais e nacionais.

Há pouco mais de um mêsLuiz Alberto mandou para oprelo mais um livro, que con-ta a história do médico goianoHugo Frota, referência na me-dicina goiana. Outra obra quevirá em breve é o relançamen-to da história de Zé gordo, comnovo título: Um líder.

O autor, que não é afeito aentrevistas, confidencioupara o Jornal de Cristalina re-

centemente que prepara his-tórias vividas por ele nos bas-tidores da política local e deGoiás. “Vou falar do que euvi e ouvi, nada mais do queisso”, limita-se a dizer o es-critor, que mora em Goiâniahá mais de 25 anos.

A verdade é que ler e releros livros de Luiz Alberto érefrigério para a alma, alen-to para o coração e motiva-ção para acreditar que os sen-

timentos de cristalinidade egoianidade estão intrínsecosno interior de quem realmen-te ama Goiás e venera Cris-talina. Sem exagero pode-sechamar o escritor de “O Prín-cipe das Letras”, por que, afi-nal, já são 20 obras publica-das, a grande maioria com re-cursos próprios. Sinal clarís-simo que ele vai muito “alémda ilusão” para escrever e fa-zer história.

Na biblioteca do Jornal de Cristalina, a coleção quase comple-ta dos livros de Luiz Alberto de Queiroz

C

É

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JORNAL DE CRISTALINA6 Julho de 2013

Muitas vezes não percebemos a velocidade em que o re-lógio marca as horas e que o calendário cataloga os dias.Nos parece que vamos envelhecendo somente quando olha-mos uma foto antiga, percebemos os cabelos brancos ounotamos que aparecem as rugas. As mutações são implacá-veis e denunciam que o tempo se vai.

Aqui neste espaço é assim também. Quando começamos,Cristalina estava prestes a completar 94 anos. Agora já são97. O centenário bate às portas. Diante disso olho para oJornal de Cristalina e vejo o que vai acontecendo. Fico sur-preso, porque são apenas três anos, com 31 edições agrupa-das em mais de 300 páginas com o objetivo principal deajudar a registrar a história da Serra dos Cristais. Assim,apesar de rotineiros empecilhos enfrentados, somados háalgumas indesejáveis situações, o jornal procurou circularsempre da melhor maneira, primando pela qualidade na se-leção e confecção dos textos, na diagramação e na impres-são para oferecer o melhor ao leitor que aprecia e respeita arica história do município.

Mas para que isso acontecesse e, esperamos, continueacontecendo, existem alguns ingredientes que não podemfaltar. Cito aqui os dois principais, que são o apoio de anun-ciantes, assinantes e dos próprios leitores, os quais sentemgosto pelo trabalho que fazemos. Sem esse apoio seria im-possível a circulação do Jornal. O outro que considero im-portante é a motivação, oriunda da vontade de estabelecermetas, alcançar os objetivos com a produção de um texto,de um registro fotográfico, de um anúncio.

Acredito que os aspectos salientados acima, de formapolar, atingem os dois lados que são responsáveis pelo êxi-to do trabalho: o editor e o leitor, que devem ter uma rela-ção de cumplicidade capaz de levar prazer e satisfação paraos dois lados. Seriam muitos os exemplos a serem lembra-dos neste triênio, mas vou elencar apenas alguns fatos que,dentre dezenas de outros emocionaram o editor.

1º - Na edição nº 09, de junho de 2011, escrevi um edito-rial intitulado Simplicidade que é exemplo. Nele falava arespeito de algumas mulheres que se destacaram na socie-dade pela maneira simples de viver e pela simpatia. Na opor-tunidade citei o exemplo da Dona Joana, que conheci quandoestudava o primário no extinto Instituto Coração de Maria.Por causa dessa citação recebi o agradecimento que maisme marcou, quando fui abordado na rua por sua filha, Dal-va. Ela me contou que pegou o Jornal na feira e que na horaque viu o nome da sua mãe mencionado, teve vontade degritar, chorar de alegria por saber que sua mãe tinha marca-do a vida de tantas pessoas, como a minha. Obrigado Dal-va, que com sua mãe, e agora com seus filhos ajuda a escre-ver de forma honrada a história de Cristalina.

2º - Desde a edição nº 02 que envio a versão em PDF,logicamente via e-mail, para centenas de pessoas. O coronelNóbrega, que comandou o saudoso 43º Bimtz em Cristalinae hoje divide seu tempo entre o Distrito Federal e a Paraíba,é o único que respondeu e agradeceu a todos, sempre compalavras de encorajamento e apoio. Valeu, comandante!

3º - Muitas pessoas entendem e compreendem que o tra-balho é dispendioso, razão pela qual se dispõem a contri-buir. Criamos então o expediente da assinatura-contribui-ção, no valor de R$ 150,00 oferecendo então oportunidadepara quem quer colaborar. Embora alguns poucos ajam comindiferença, pois não oferecemos assinaturas aleatoriamente,me surpreendo com a aceitação, haja vista termos assinan-tes não só em Cristalina, mas também em cidades comoLuziânia, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro, dentre outras.É a história de Cristalina rompendo fronteiras.

4º - No editorial da primeira edição falei que queria mexercom a autoestima do cristalinense. E sem querer acabei colo-cando isso à prova, quando ofereci a encadernação das pri-meiras 25 edições do Jornal de Cristalina encadernadas. Ofe-reci cinco exemplares, a um preço nada módico, porém, maisuma vez, para minha surpresa, consegui vender. E acabeitendo que fazer mais alguns. Maísa Siscato (Siscato Trans-portes), Eugênio Xavier de Lucena (Café Forte), GuilhermeCastelo Branco, Germano de Oliveira Melo, Marússia Co-zac, Airton Arikita, Antônio Paulo Luzzi e Antonino Camilode Andrade adquiriram o livro. Sem contar colecionadores,como Fritz Mohn, Moema Rodrigues Bispo e Waldecy Al-ves de Jesus, que também têm o “livrão” do Jornal.

Assim, motivados pelos fatos acima e dezenas de outros,continuaremos com a nossa missão de contar a história deCristalina. Tenho certeza que, com o passar do tempo, al-gumas grandes empresas, cooperativas e instituições ban-cárias que ganham valores financeiros estratosféricos nabenévola terra que os acolheu, vão querer somar conosco,como fazem em outras cidades, onde investem em cultura,tradição e história.

Cristalina e o Jornal

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EDITORIAL ELIÉZERBISPO

Falecido há quase 30 anos,o José Vicente de Souza Fer-reira, ou simplesmente Pé deLoro, deixou muitas saudadespara quem o conheceu. Ven-dedor ambulante de pedraspreciosas, ou gué, como quei-ram, ele era um rapaz de bemcom a vida, gostava das an-danças noturnas como todojovem, mesmo sem estaturapara goleiro, de vez em quan-do atuava no gol com certahabilidade, mas também erairreverente, fazia graças,como quando usou essa peru-ca e posou para ser fotografa-do na Rua Goiás, perto da es-quina com a rua da Saudade.É sempre bom relembrar fi-guras assim.

O início do mês de julhonão foi dos melhores para vá-rias famílias de Cristalina.Faleceram o ex-vereador Eu-ler de Paiva Rezende – Chicode Paiva, o dono do Frangode Ouro, Osvaldo MartinsTeodoro, o empresário JoséPaulo Boni, que sofreu trági-co acidente (reportagem napágina 15) na GO 436, o po-pular João Abadia, conhecidopor usar gravatas diariamen-te durante décadas e, quandodo fechamento da edição, che-gou a notícia da morte da donaAdelina, da Rainha da Pizza,mulher inigualável para pre-parar uma pizza. O Jornal deCristalina se solidariza comtodos os familiares neste mo-mento de grande tristeza porperdas irreparáveis.

O irreverentePé de Loro

MortesentristecemCristalina

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JORNAL DE CRISTALINA 7Julho de 2013

Mais de 100 trabalhadores da rede de Educação deCristalina procuraram o Sintego – Sindicato dos Tra-balhadores em Educação em Goiás e já estão filiados àentidade, que agora é a representante legal na defesados direitos e reivindicações da categoria junto ao po-der público municipal.

A presença do Sintego em Cristalina é antiga e foiconsolidada com a chegada dos novos filiados para for-talecer a luta em prol da valorização da carreira dostrabalhadores em Educação e da melhoria do ensinopúblico.

Para isso, temos uma pauta de reivindicação que con-templa os professores e os trabalhadores administrati-vos e inclui a reestruturação e implantação do Planode Carreira do servidor administrativo, o respeito e ocumprimento integral da Lei 11.738/08, condições detrabalho dignas e estrutura adequada das escolas, comgarantia de acesso e permanência dos estudantes até aconclusão dos estudos, entre outros.

O Sintego dispõe aos seus filiados Assessoria Jurídi-ca a cada 15 dias, hospedagem em Goiânia e Clube emCaldas Novas. Informações: (61) 3629-5790/3622-6653.

Semestre de produção e aprendizadoresente em 24, das 25 ses-sões realizadas no primei-ro semestre, o vereador

Luiz Henrique (PDT) fez umbalanço das atividades reali-zadas por ele durante esse iní-cio de mandato. “Foi um se-mestre produtivo, de aprendi-zagem, onde me mantive fir-me nos princípios que nortei-am minha vida, lutando pelosinteresses dos cidadãos, exi-gindo a legalidade das propo-sições encaminhadas paraapreciação dos vereadores”,falou o vereador, que fazquestão de deixar claro quefaz parte da bancada oposici-onista na Câmara Municipal.

Inteligente, sem levar asquestões para o lado pessoal,mas votando favorável a todosos projetos que irão benefici-ar os cidadãos locais, LuizHenrique repudia aquilo queconsidera errado. “Voto con-trário a toda e qualquer mano-

bra política que fuja da legali-dade e constitucionalidade,nas proposições encaminhadaà Câmara”, afirmou.

Luiz Henrique apresentouum importante projeto de leique cria o Conselho Munici-pal dos Direitos da Pessoacom Deficiência. “Este pro-jeto um marco para o muni-cípio de Cristalina, no que serefere a inclusão social daspessoas com deficiência” dis-se o vereador, para justificar,em seguida: “Primeiro ocor-reu a fundação da APAE (As-sociação de Pais e Amigosdos Excepcionais) em 1997,depois a criação da Assesso-ria de Educação Especial,vinculada a Secretaria Muni-cipal de Educação, em 2006.Agora, tivemos o apoio detodos os vereadores para queo Conselho aprovado na Câ-mara e sancionado pelo pre-feito municipal”, falou o ve-

reador, que se porta pautadopor iniciativas que visam me-lhorar a vida das pessoas.

Em outra frente de traba-lho, Luiz Henrique, seguindosua metodologia de exercer omandato, participou de umareunião com moradores do

Bairro Belvedere para ouviras reivindicações da comuni-dade. “A reunião, como sem-pre, foi muito proveitosa, poisfiquei a par da realidade lo-cal. Os moradores pediramuma melhor qualidade damerenda da escola e da cre-che do bairro, já que a meren-da está muito fraca”, infor-mou o vereador.

Um problema antigo dobairro, levantado pelos mora-dores, foi a falta de seguran-ça. “Os moradores pedem ur-gência quanto à segurança eque haja uma ronda constan-te no local, haja vista a viatu-ra da polícia raramente tran-sitar pelo bairro. Eles falaramainda que a guarda municipalnão está atuando no Belvede-re e que o posto policial estáabandonado”, lamentou LuizHenrique

Na saúde, conta Luiz Hen-rique, “os moradores recla-

maram que no posto de saú-de só atendem por agenda-mento e que os casos de ur-gência não são atendidos”. Jána infraestrutura, continua“comentaram que as ruas es-tão em calamidade (buracose mais buracos). Os morado-res querem saber qual é a fi-nalidade da represa construí-da no bairro, alertando que nomomento está se tornando umlocal de foco do mosquito dadengue”. Falaram ainda que“não há área de lazer no bair-ro, não tem praça alguma e oque tem é o ginásio de espor-te, que para jogar deve serpago R$ 2,00 por hora porpessoa na quadra do Belve-dere, há um guarda que im-pede as pessoas de utilizaremo bem público”. O vereador,acompanhado da presidentede seu partido, Dra Eliane,ainda ouviu outras reclama-ções da população.

Luiz Henrique se dedica à fun-ção de vereador em todas asáreas do mandato

s manifestações que ocor-reram em todo o Brasil nomês passado, encontra-

ram eco em Cristalina. Umamultidão, calculada em 1000pessoas quando alcançou oponto máximo, na praça daprefeitura, saiu ás ruas paraprotestar contra situaçõesdesfavoráveis à cidadaniatanto em nível nacional comomunicipal.

Liderada pelos jovens Val-dson Tolentino e Heitor Soa-res, a caminhada partiu dapraça Otto Mohn, onde umaparato policial jamais vistoem Cristalina se encontravapara inibir qualquer tipo deexcesso. Temendo vandalis-mo ocorrido no dia anteriorem várias cidades do Brasil,estratégias com diferentesmotivos foram montadas paraesvaziar o movimento.

A prefeitura fechou as suasportas e mandou todas as es-

colas e creches cancelarem asaulas no período da tarde. Adireção da Câmara Munici-pal, em atitude precipitada edesrespeitosa, além de fecharas portas ao meio dia, aindamandou apagar as luzes,quando os manifestantes re-tornaram ao local, por vol-ta das 19 horas. A PM, nopapel institucional de prote-ger a comunidade, se preca-veu e, por causa de vandalis-mo ocorrido em outros luga-res, sugeriu a comerciantes

Vem pro Sintego você também!

Clube do Sintego em Caldas Novas

Manifestação pacífica em Cristalinafecharem suas portas, mas, aofinal, parabenizou os partici-pantes do movimento, já quenão foi registrado nenhum in-cidente.

Quem esperava bagunça edesordem se surpreendeucom a maneira pacífica comoa manifestação foi conduzida.Durante o percurso notou-sea participação maciça de jo-vens, mas também muitosprofessores, funcionários pú-blicos, agricultores, comerci-antes, profissionais liberais eaposentados. “Cristalina semanifestou de forma pacíficae democrática, protestou con-tra a corrupção e a favor damelhoria nos serviços públi-cos em todas as áreas. Toma-ra que as autoridades tenhamouvido o clamor das ruas,porque iremos continuaragindo”, comentou HeitorSoares, jovem de apenas 20anos.

Moradores reclamaram da si-tuação caótica dos bairros

Multidão se aglomerou próxima á praça daprefeitura, mas foi impedida de chegar à por-ta do “palácio”

Professores protestaram contra perseguiçãoque muitos estão sofrendo porque não apoia-ram o atual prefeito na eleição do ano passado

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JORNAL DE CRISTALINA8 Julho de 2013

O Cristalina Atlético Clube –CAC, diferentemente da farsa quefoi montada há poucos anos emCristalina com um tal Capital, dei-xou muitas saudades para quem ver-dadeiramente gosta do futebol. Eolha que o futebol praticado pelosatletas da foto, era profissional.Formado apenas por cristalinenses,

orneio de futebol society, catego-ria Máster, realizado na Chácara doJovelino, teve como campeão o

time que representou o Sindicato Ru-ral de Cristalina. Como sempre acon-tece em competições des-se porte, o interesse des-pertado é grande e envol-ve muitos atletas, que fo-ram agrupados em oito ti-mes. O jogo final foi con-tra a Corretora Vitória,equipe forte e que estásempre disputando o títu-lo em todas as categoriasque participa. “É semprebom estar participandojunto com os desportistas

Associação de Moradores de Alphaville éinaugurada no Distrito de Campos LindosSetor é destinado a área para o lazer e a prática de esportes comunitários

ssociação fundada em 8de fevereiro deste ano,pelo atual presidente Ro-

que José Gatto, promoveu nodia 7 de julho o 1º torneio defutebol society com o objeti-vo de inaugurar e divulgar osetor poliesportivo e recrea-tivo do Loteamento Alphavi-lle. O intuito da Associaçãoé proporcionar lazer e diver-são para toda a comunidade,pois trata-se de uma entida-de sem fins lucrativos, regu-lamentada em cartório, coma finalidade de proporcionaralgo a mais para a populaçãoda região.

O torneio contou com aparticipação de 30 times de

várias regiões e comunida-des rurais do entorno, e maisde 2.500 pessoas que circu-laram no local, prestigiandoo evento associativo. Segun-do o Assessor Jurídico e Se-cretário Patrick Spinola,“este evento foi criado como intuito de mostrar os inves-timentos e parcerias con-quistadas pela Associação ea persistência em realizarum sonho de poder propor-cionar condições melhoresao povo da região, por inter-médio exclusivo do nossopresidente”. Continuando, oadvogado ainda disse: “a As-sociação ainda oferecerá vá-rios novos projetos voltados

para crianças, jovens e adul-tos, mas, para isso, precisa-mos utilizar os meios de di-vulgação disponíveis paraque possamos conseguirapoio das autoridades públi-cas e de empresários da re-gião, no intuito de realizarnovas benfeitorias, aumen-tando a infraestrutura do lo-cal a ser utilizado pela po-pulação e seus familiaresque poderão usufruir da es-trutura desta entidade”.

O evento contou com aparticipação de políticos,vereadores do município deCristalina, Gilson Ferreirada Silva, o Gilsão (DEM) eWellington de Oliveira Cai-xeta (PSDB), ambos repre-sentantes da região na Câ-mara Municipal. Em seusdiscursos os vereadores res-saltaram os benefícios daAssociação em prol da po-pulação, principalmentecrianças e jovens, que aoinvés de ficarem na rua te-rão um local para praticaresportes, o qual contarácom escolinha de futebol eoutros atrativos.

Derci Cenci, Roque José Gatto, Vereadores Gilsão Caixeta eIrineu Bernardinelli durante o torneio

Os campeões Emílson,Ênio, Elsinho, Guerrinha,Renato, Daniel do Sindi-cato e Aroldo (em pé);Batatinha, Fernando,Celsinho, Juninho, Nole-to Isnaldo e Tõizinho(agachados)

Sindicato Rural é campeãode Cristalina, valorizando e incentivan-do o esporte. Vamos continuar assim,porque esporte é vida, é saúde”, falouo vereador Daniel do Sindicato, umdos jogadores da equipe campeã.

MEMÓRIASaudades do CAC

não há quem não lembre da habili-dade do time que era formado por:Jade Mundim e Waldemar (comis-são técnica) Mílson, Silésio, Arol-do, Jeanir, Zé Flávio, Sinval, Mau-rício, Jorge e Geraldinho; Carlinhosmonteiro, Linguinha, Gilmar Cole-to, Gilmar Gomes, Jura, Marqui-nhos, Quincas e João Cuia.

Atletas de 30 times movimentaram o setor poliesportivo deAlphavilleBelíssima vista do campo de futebol society em Alphaville

A

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Rua Getúlio Vargas, esquina com aVisconde de Mauá - Telefone: 3612-4546

SametSaúde e Medicina do Saúde e Medicina do Saúde e Medicina do Saúde e Medicina do Saúde e Medicina do TTTTTrrrrraaaaabalhobalhobalhobalhobalho

Page 9: Jornalde cristalina (9)

JORNAL DE CRISTALINA 9Julho de 2013

á decorreram mais de qua-tro decênios que Cristali-na serviu de palco a gra-

ve acontecimento de ordempolítica, sem que nenhum deseus habitantes na época,culto ou inculto, moço ouvelho, se interessasse a trans-mitir ao papel aquilo que re-tém na memória no tocanteàqueles inquietantes dias porela vividos, dando assim lu-gar a que agora, inculto an-cião, valendo-se de sua me-mória e de informações depessoas fidedignas, contem-porâneas, se disponha a su-prir a omissão, embora reco-nhecendo sua incompetênciapara êxito do empreendimen-to. Seja, entretanto, bem oumal sucedido, fica nestas li-nhas, feita a autoapresenta-ção e exposta a respectivafinalidade. Antes, porém, deentrar na matéria, é necessá-rio que se faça, ainda que su-mariamente, rápida exposi-ção do que era a então “VilaCristalina”, naqueles idos de1930, somente no que dizrespeito aos aspectos: a) ad-ministrativo, b) comercial c)político, implícitos no assun-to a desenvolver.

Antecedentesa) Era intendente munici-

pal o cidadão Otaviano dePaiva Rezende, eleito quefora para período de 1927 a1930. Um dos atos adminis-trativos que assinalou a suaadministração, foi a aquisiçãoque fez para a intendência deuma propriedade situada napraça São Sebastião, fundospara o córrego “Almocrafe”,frente para o poente, compos-ta de uma casa residencial epoucos metros à esquerdadesta, no mesmo alinhamen-to, um chalé (ou seja, um bar-roco), fixando assim a sededos expedientes da intendên-cia e dos trabalhos do conse-lho municipal. Também asaudiências forenses passarama ser realizadas na referidacasa, presididas que eram na-quela ocasião pelo suplentede juiz municipal CarlosMohn Primo. Não havia ca-deia, por isso que o intenden-te providenciou a adaptaçãode um compartilhamento dacasa em apreço destinado àprisão correcional, ficandoassim, ali localizados, o con-selho municipal, a intendên-cia, o fórum e a polícia. Noano em referência, o inten-dente cedeu o chalé ao esta-do para funcionamento daEscola de Sexo Masculino, aqual desde 1928 vinha sendoregida por um rústico profes-sor adventício, nomeado pelodr. Diógenes de Castro Ribei-ro, substituído automático dopresidente do estado, dr. Bra-sil Ramos Caiado.

b) Apesar da crise financei-

ra que o Pais atravessava, apraça de Cristalina, mantinha-se animada, graças ao cristalde rocha, minério em que co-merciavam os alemães Ley-ser, a saber Agostinho e Gus-tavo Leyser, Carlos MohnPrimo, Jacó Batista Marra,José Adamian e Otaviano dePaiva Rezende, que tambématuava no comércio de gêne-ros alimentícios. Havia doisarmazéns e armarinhos, umde Carlos Mohn Primo e ou-tro de Hans Leyser. Em secose molhados comerciavamdona Edvirges Menezes, Ma-noel Martins Borges, Marco-lino de Souza, dona Nicomé-dia Pinto de Barros e Pedrodos Reis Calçado. Açouguei-ros eram Absalão Silva e Vic-tor Barbosa (vulgo Vítor Bai-ano). Havia uma pensão dedona Cesária Ribeiro. Tam-bém Quintino Vargas, homemresoluto e empreendedor, re-sidente em Paracatu (MG), eali estabelecido em avultadoarmazém e armarinho, ingres-sou na praça de Cristalina,estabelecendo-se, em 1929,com uma filial à rua do Co-mércio (hoje se pode chama-la de rua do “Comércio Fe-chado”) sob a gerência do ci-dadão Raimundo de Castro,ex-sargento da Força PúblicaMineira, pessoa inteligente ede boas maneiras, sendo que,no último trimestre de 1930,aquela filial serviu de pontode apoio a certo empreendi-mento, esse, desta vez, teme-rário, como ver-se-á no decor-rer deste despretensioso tra-balho.

c) O diretório político deCristalina, na época, presidi-do pelo cidadão Carlos MohnPrimo, era situacionista, fili-ado ao Partido Democrata,majoritário do estado, que porsua vez estava sob o governode dr. Humberto Martins Ri-

beiro desde 12 de dezembrode 1929, em substituição au-tomática ao efetivo dr. Alfre-do Lopes de Morais, o qualfoi convocado a ir ao Rio deJaneiro, pelo Ministro da Jus-tiça, a fim de auxiliar num tra-balho político que Washing-ton Luiz estava realizando(Zoroastro Artiaga – Históriade Goiás, página 274).

Dois jornais políticos ofi-ciais orientavam o diretóriolocal, sendo eles “O Paiz”,órgão federal, e o “O Demo-crata”, estadual; o primeiroera também recebido pelasrepartições públicas. Alémdos dois, circulava “A Voz doPovo”, porta voz da oposiçãogoiana que, como as demaisda Federação, se agregara aAliança Liberal, coligaçãodas oposições dos estados deMinas Gerais, Paraíba e RioGrande do Sul.

Em 15 de novembro do anoem referência, venceria o qua-triênio presidencial (1926 –1930) do dr. WashingtonLuiz, sendo que para o perío-do seguinte, com a necessá-ria antecedência e na data pre-vista, realizaram-se as respec-tivas eleições em territórionacional, ferrenhamente dis-putadas pela Aliança Liberalque, embora sua pujança elei-toral, não conseguiu eleger oscandidatos Getúlio Vargas eJoão Pessoa, derrotados queforam pelos candidatos ofici-ais Júlio Prestes e Vital Soa-res. No Tocante a Cristalina,a Aliança Liberal obteve ape-nas cinco votos naquela elei-ção, com que esta partícula doterritório nacional demons-trou a sua fidelidade partidá-ria e acatamento às autorida-des constituídas.

Entretanto, o insucessoeleitoral não arrefeceu o âni-mo dos estados coligados,pois, talvez, prevendo o resul-

tado desfavorável das urnas,o chefe aliancista mineiro,anteriormente, alvitrara a seuspares a deliberação expressanos seguintes termos: “faça-mos a revolução, antes que opovo a faça”, proposiçãoameaçadora á posse dos elei-tos.

Ao resultado desfavoráveldas urnas, sobreveio a Alian-ça Liberal a morte do Dr. JoãoPessoa, o chefe aliancista daParaíba, onde foi assassinadoem 26 de julho de 1930 pormotivos políticos daquele es-tado, ocorrência que influiupreponderantemente para aantecipação do movimentoarmado. O ilustre historiadorbrasileiro dr. A. Souto Maior,em sua História do Brasil,página 405, resumido as ocor-rências do ano em referênciadiz o seguinte: “realizaram-se, contudo, as eleições paraos cargos de presidente e vicepresidente da República noprazo previamente determina-do. Seu resultado foi favorá-vel a Júlio Prestes e Vital So-ares, que não chegaram a to-mar posse, pois 24 dias antesde terminar o mandato presi-dencial do dr. WashingtonLuiz, a revolução já estava naruas.” Se algo permitido fos-se ao escritor deste Antece-dentes, acrescentaria ao tre-cho transcrito. Falo-ia nosseguintes termos: “na qual(revolução que já estava nasruas), Cristalina na qualida-de de uma subunidade da Fe-deração Brasileira, haveria oseu quinhão nas intranquili-dades, ansiedades e humilha-ções inerentes a semelhanterecurso para derrubada deautoridades constituídas.” Apropósito, o culto historiadorgoiano Zoroastro Artiaga,aludindo especialmente aoentão governo deste estado,diz o seguinte em sua obra

intitulada História de Goiás,página 274: “Humberto Mar-tins Ribeiro assumiu a presi-dência quando a revoluçãodeflagrada em outubro de1930 já ameaçava a ordem eo regime, zombando de todasas providências que Washing-ton Luiz estava tomando emtodo brasil.”

A revolução explodiu si-multaneamente nos três esta-dos coligados, no dia 04 deoutubro de 1930, sendo que,em Minas, conforme diz ohistoriador goiano Elder Ca-margo de Passos “logo se or-ganizou uma coluna mista,composta de soldados minei-ros e voluntários goianos, nototal de cento e dez homensque, partindo de Uberlândia-MG, invadiu o estado de Goi-ás pelo sudoeste, com objeti-vo de depor o respectivo go-verno, sendo, porém, mal su-cedida no choque com a polí-cia goiana nas proximidadesde Rio Verde, onde, após trêshoras de combate, a colunafoi dispersada e preso o seuchefe.” (História de Goiás –pág. 16-19).

Mas enquanto malogravaaquela invasão no sudoeste,em Paracatu, município limí-trofe com Cristalina pelo RioSão Marcos, a leste deste es-tado, organizava-se uma co-luna revolucionária sob a che-fia de Quintino Vargas, o pro-prietário do estabelecimentocomercial situado à rua doComércio, em Cristalina,onde ao mesmo tempo, umacaravana composta de cincopessoas, procedente de Pla-naltina, entre essas os senho-res J. Câmara Filho e TeófiloNeto, que secretamente con-ferenciaram com o gerentedaquele estabelecimento eoutras pessoas sobre assuntoque talvez fosse permitidoconhecer somente os cincoeleitores. Terminada a confe-rência, ou fosse a preparaçãodo palco para o próximoacontecimento, a caravanaprosseguiu viagem para Para-catu, deixando a populaçãocristalinense entre curiosa eapreensiva devido a conexi-dade do que se organizavanaquela cidade mineira e ocontato sigiloso da caravanacom a gerência do estabele-cimento comercial de Quin-tino Vargas em Cristalina.

O AcontecimentoEram oito horas da manhã

do dia 12 de outubro de 1930,quando o professor da Esco-la Primária do Sexo Masculi-no de Cristalina começou le-cionar para o primeiro turnode alunos correndo tudo nor-malmente como nos dias an-teriores. Mas decorridos cer-ca de 40 minutos, um alunodisse em voz alta: “Apontouuma máquina na estrada de

24 dias de inquietaçãoHistória registrada através da experiência vivida por Leão Rodrigues de Afonseca, 83 anos atrás, e

escrita por sua própria pena há exatamente quatro décadas, remonta um cenário de tensão e apreensãoque tomou conta da Serra dos Cristais naquele longínquo 1930. Vale a pena conferir o importante relato.

Como em 1973 não havia computador e não era fácil datilografar “tantas páginas”, LeãoRodrigues de Afonseca usou uma caneta esferográfica para escrever o “retrospecto de 1930”em um antigo caderno

J

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JORNAL DE CRISTALINA10 Julho de 2013

Paracatu.” Aquilo chamou aatenção dos outros, forman-do uma algazarra de “apon-tou mais um, lá vem outro” eainda mais aumentava quan-do outro aluno acrescentou:“Olha moço, parece que tudoé soldado! Olha o que é fu-zil!”

O professor, preocupadocom a estranha carruagem ar-mada que vinha chegando,interrompeu a aula e dirigiu-se para a porta da frente a fimde inteirar-se da ocorrência,momento em que vem seaproximando um automóvel,o qual parou em frente à es-cola com um homem claro,barbudo, corpulento, de len-ço vermelho no pescoço, queestava sentado do lado direi-to do chofer, interrompeu aoprofessor em voz alta provo-cando o seguinte diálogo:

– Cidadão, onde é a cadeiaaqui?

– É um cômodo adaptadoao fundo desta casa, respon-deu o professor apontandopara o rumo da intendência.

– Tem presos aí?– Não, senhor.– E os soldados?– Há somente dois que sa-

íram há poucos momentos.Enquanto corria o curto

dialogo, dois carros passarampela frente da escola e, den-tro deles, homens de lençovermelho no pescoço e fuzilou carabina ao lado gritavam:- viva a revolução. Após es-tes, mais dois em idênticascircunstancias passaram emfrente a escola e, de dentro doprimeiro, um homem olhan-do para a escola, aos gritos deviva a revolução, acrescen-tou: Vamos libertar vocês, aopasso que o homem barbudo,o qual o professor ficou sa-bendo depois tratar-se de umtal dr. Barros, desceu do car-

ro e passou a intimar algunscuriosos que se aproximaramdizendo-lhes: “estejam inti-mados para tomarem parte narevolução. E se correrem, se-rão fuzilados.” Naquele ins-tante um curioso se aproxi-mou e, ao ouvir a intimação,evitou a sua vez dando umdisfarçado “viva a revolu-ção(?)”, e tratou de se retirar,indo esconder-se. Dali os re-volucionários seguiram paraa casa comercial QuintinoVargas, e o professor, apreen-sivo com o que estava acon-tecendo, encerrou a aula, des-pachou os alunos, fechou ochalé e regressou para casa,esta contigua à do intendentemunicipal, na praça São Se-bastião.

Em casa então, foi quepessoa vizinha informou aoprofessor que foi doze o nú-mero de veículos entre au-tomóveis e caminhões con-dutores da coluna de ArturBernardes, comandada peloCoronel Quintino Vargasque, enfileirados, desceramna estrada do morro do re-curso, transpuseram o Al-mocrafe e adentraram emCristalina, sendo que os doisdianteiros, conduzindo aoficialidade, rumaram paraa casa comercial de Quinti-no Vargas, onde a coluna seaquartelou. Outros entraramna praça São Sebastião e osdemais subindo o largo domercado até a extremidadeoeste local, completaram ainvasão e o cerco da indefe-sa Cristalina, por setenta ecinco homens aproximada-mente, entre soldados mi-neiros, voluntários paracu-tuenses e diversos captura-dos também daquela cidade.Desta maneira, ficou o pro-fessor inteirado da agressãode que a vila estava sendo

vítima e passou a observa-dor do que passava.

No quartel da rua do Co-mércio reinava entusiasmo,otimismo na oficialidade, daqual faziam parte membros dacaravana que aqui estiverapoucos dias antes. Correligi-onários e simpatizantes darevolução não tardaram a alicomparecera no sentido de“boas vindas” e expressão desolidariedade ao comandante,momento em que oradores,membros da oficialidade dis-cursaram sobre o aconteci-mento daquele dia em que acoluna penetrava o Estado deGoiás, via Cristalina, sendoque um deles, ao terminar,encareceu a cooperação deseus habitantes para o triunfoda revolução. Houve ingres-so de aliancistas na coluna –Ananias de Melo Franco, JoséPedro Cesar, Raimundo deCastro (é claro), mais tarde dr.José Adamian, e os voluntá-rios Cecílio Ribeiro, Benedi-to Bandeira, Eloy de Souza eFrancisco de Tal (camaradasdo dr. Adamian) e, ultima-mente, Aristóteles Rodriguesde Afonseca. Aderiram Arlin-do Aguiar que, designadopelo comandante, passou aser o representante da revo-lução em Cristalina e outros.

Nas ruas, patriotas e solda-dos mineiros, de lenços ver-melhos no pescoço, armadosde fuzil, outros de carabina,destacando-se entre eles o taldr. Barros por sua agressivi-dade, efetuavam prisões, apa-vorando os elementos úteis detal maneira, que houve genteque se escondeu em porão deassoalho de diminuta dimen-são vertical, dentro de cister-na e pior ainda, dentro de for-no de assar biscoito e até nascopas das árvores donde seobservava o que se passavanas ruas. Os primeiros prisi-oneiros foram soldados To-maz de Aquino e Júlio de Tal,com suas armas. Até um con-ceituado chefe de importantefamília local foi procuradoduas vezes em sua casa porelementos invasores armados,sendo que na porta da frentedesta com coronha de suasarmas e, atendidos, foram in-formados de que o procuradonão se achava em casa, quan-do então se retiraram. O che-fe, acautelando-se, havia es-capulido, indo-se para a fa-zenda de um seu cunhado,distante mais ou menos dezoi-to quilômetros de Cristalina.

Não obstante outras esca-

pulas semelhantes, pondo-sea salvo daquela situação cons-trangedora, os preadoresquintinistas conseguiramprender os seguintes: Adeli-no Rocha, Antônio Vieira deMelo (delegado), ArlindoGonçalves de Matos, Arturdos Santos e Souza, Benedi-to Pereira da Silva, Cândidode Souza Gonçalves, CanutoPereira da Silva, ClementeMenezes, Cordelino Lopes,Demóstenes de Rezende, Eli-seu Gonçalves de Lima, For-tunato Ribeiro, João Borges,João Pereira do Vale, JoãoQuintino Borges, João Rezen-de, José Borges, José Ferrei-ra (Zezé), José Martins, JúlioLevi, Manoel Alves de Sou-za, Manoel Pereira da Silva,Marciano Alves de Lima,Marcolino Alves de Lima,Marcolino Barreto (Medo-nho), Marcolino de Souza(Côco), Orozimbo Pinto, Pe-dro Alves de Lima, PedroJosé Adorno (Paulista), Ro-dolfo Mohn e Virgílio Gon-çalves de Lima. Foi então onúmero de 31 homens presos,ficando em consequência,implantadas nos respectivoslares a desolação, a intranqui-lidade e a incerteza do regres-so do familiar por indetermi-nado espaço de tempo.

Devido à insuficiência doquartel para comportar osprisioneiros, eram estestransportados para o Cubícu-lo, de propriedade do colu-nista Ananias de Melo Fran-co, lugar aquele situado naZona Suburbana de Cristali-na e onde se achava acampa-da a maior parte da tropa in-vasora.

Naqueles dias havia emCristalina apenas quatro au-tomóveis e dois caminhões doconhecimento do escrevedor,sendo os primeiros de propri-edade de Augustinho Leyser,Carlos Mohn Primo e dr. JoséAdamian; os segundos do dr.Adamian e Hans Leyser. Estee Carlos Mohn Primo, tãologo deu-se a invasão, trata-ram, cada um, de esconder oseu veículo, evitando a certei-ra requisição. Gustavo Ley-ser, na ocasião, achava-se au-sente, de sorte que a coluna,daquela vez, só requisitou ocaminhão de dr. José Adami-an e o automóvel de Augusti-nho Leyser, carro de luxo,novinho, recém adquirido daAlemanha.

Do último carro utilizou-sedr Barros para ir a Ipameri,no desempenho da arriscada

missão que lhe fora confiadapelo comando revolucionário,no sentido de, naquela cida-de, parlamentar com o co-mandante do 6º Batalhão deCaçadores sobre a atuação daColuna Artur Bernardes, che-fiada pelo coronel QuintinoVargas, neste estado de Goi-ás. O emissário partiu de Cris-talina mais ou menos às 10horas, chegando naquela ci-dade depois do meio dia eimediatamente apresentou-seao comando do batalhão paraexpor-lhe a finalidade de suamissão junto aquele coman-do militar, exposição que pro-vocou enérgica repulsa docomandante, o qual, dizem,até ameaçou prender o emis-sário, intimando-o a, no pra-zo de três horas, desocupar alocalidade invadida, sob penade o 6º BC ir a Cristalina re-chaçar coluna para estado ecidade de origem. Decepcio-nado com o resultado negati-vo da embaixada, o emissá-rio e seu chofer, após umademora de mais de meia hora,entraram no carro em regres-so para Cristalina, desenvol-vendo uma velocidade nor-mal que não correspondia aoreceio do dr. Barros, dandomotivo a que de vez em quan-do, advertisse ao chofer nosentido de aumentar a velo-cidade, no que era obedecido.Mas, por último, foi necessá-rio ao chofer observar aoemissário que não havia maispossibilidade de aumentar,pois já estava acionada aomáximo. Eles chegaram emCristalina as quatro horas datarde, momento em que foirelatado ao comando revolu-cionário o resultado negativoda embaixada, inclusive o ul-timato do comandante do 6ºBC para a imediata desocu-pação da localidade invadida.

O Comando da coluna nãose opôs ao ultimato recebido,porém, antes de desocupar alocalidade, prendeu o inten-dente e o suplente de juizmunicipal, cidadãos Otavianode Paiva Rezende e CarlosMohn Primo, respectivamen-te, prisões aquelas equivalen-tes à disposição de seus car-gos, ficando então o cidadãoArlindo Aguiar, confirmadono posto de chefe-provisóriodo município, mas desprovi-do de recursos para repelir umpossível contra-ataque da po-lícia goiana ou da milícia“Camisas Vermelhas”, proce-dente da então Santa Luzia.

Antes do encerramento de

José Ribeiro de Faria, o Zé Abrão, à época com nove anos, éremanescente daquela sala de aula, que testemunhou a “inva-são” da Coluna Artur Bernardes a Cristalina

Parabéns, Cristalina por seus 97 anosParabéns, Cristalina!!!

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JORNAL DE CRISTALINA 11Julho de 2013

suas operações naquele dia,prenderam ainda os alemãesAgustinho Leyser e HansLeyser, e às cinco horas datarde, aproximadamente, par-tiu de Cristalina, indo acam-par-se na fazenda Arrojado,distante vinte e quatro quilô-metros da cidade, deixando,porém, um sentinela postadono morro do Recurso, dondese avista considerável distân-cia da estrada de Ipameri, paraobservar qualquer movimen-to suspeito naquela estrada edisto dar ciência à coluna.

À noite, pequena patrulhaorganizada pelo representan-te da revolução, utilizando-sede lanternas, rondava o perí-metro urbano, sendo que rai-os de luz emitidos pelas refe-ridas, aos olhos da sentinelado Recurso, outra coisa nãoera senão clarões provindosdos faroletes das viaturas do6º BC que se aproximavam deCristalina. Não havia, portan-to, tempo a perder. Partiu ve-lozmente para a fazenda Ar-rojado, onde, no acampamen-to, fez ciente a coluna da su-posta aproximação do Bata-lhão em apreço, de Cristali-na. Sem perda de tempo acoluna apressou-se em aban-donar o local do acampamen-to, regressando para Paraca-tu, onde pouco demoraria nosentido de preparativo de re-forço para invasão de outraslocalidades goianas e retornoa Cristalina.

Ao retirar-se da vila, a co-luna constava de cento e dezhomens, inclusive voluntári-os e capturados, sendo depoisdispensados em ParacatuMarcolino Barreto (Medo-nho), Marcolino de Souza(Côco), Pedro Alves de Lima,Pedro José Adorno (Paulista),etc. Alguns conseguiram fu-gir. As ex-autoridades e oscomerciantes alemães fica-ram presos em residência par-ticular.

E lá se foi a invasora, dei-xando a população de Crista-lina apavorada com as ocor-rências daquele dia principal-mente as famílias dos que se-guiram, as quais, além de apa-voradas, saudosas e incertasdo retorno dos entes queridosa seus lares.

Desde então Cristalina tor-nou-se um ermo, porquanto ocomércio continuou fechado,chefes de família de residên-cia temporária a fim de alfa-betizarem os seus filhos, reti-raram-se para suas proprieda-des rurais, em face do anteci-

pado fechamento das escolas,cujas férias se aproximavam.Não se via grupo de pessoasa palestrar nas ruas e, se issocasualmente acontecesse, oassunto eram os recentesacontecimentos, tal qual osdois discípulos que conversa-vam em caminho para Emaús,dos quais nos fala o evange-lista São Lucas.

Não se ouvia em Cristali-na barulho de automóveis enem o roncar dos caminhõestrazendo mercadorias para ocomércio local ou em trânsi-to para Formosa. Não se ou-via cantiga de carro de boistrazendo lenha ou gêneros ali-mentícios para o comérciolocal, sendo que, a propósito,até recursos que traziam ga-rupados dos seus produtospara vendê-los diretamente aconsumidores, deixavam defazê-los, temendo violência.

Fuxicos e boatos “erammato”, ora que na então San-ta Luzia, a cuja comarca per-tencia o termo de Cristalina,havia chegado cem CamisasVermelhas, destinados a com-bater os “lenços vermelhos nopescoço”, em Cristalina ouem suas imediações, expul-sando-os do território goiano;ora que aquela cidade acha-va-se suficientemente prepa-rada para receber a indesejá-vel e inamistosa visita da co-luna, com duzentos homensarmados, entrincheirados emredor da cidade e metralhado-ras assestadas nas torres dasigrejas. Um oficial da políciagoiana que, decorridos trêsdias mais ou menos da inva-são estava em Cristalina in-vestigando a situação, afir-mou que havia deixado nafazenda do Capão, distante davila cerca de trinta quilôme-tros, cem homens armados,prontos a enfrentarem a colu-na, no caso de possível retor-no à localidade invadida. Istoquando a coluna se achavafora do estado, onde estarianovamente, dentro de poucosdias.

No dia 15 chegou em Cris-talina outro oficial da políciagoiana, tenente Severino (desobrenome ignorado do es-crevedor), o qual se dirigiu àcasa comercial do coronelQuintino Vargas, com o intui-to de arguir a esposa do ge-rente da casa, capitão Rai-mundo de Castro, sobre o re-cente acontecimento, vistoconsiderar seu marido sub-chefe da coluna, portanto cor-responsável na invasão. A re-

ferida senhora negou-se a darexplicações ou satisfação dosatos do marido ao tenente,declarando-se solidária a ele,não só como esposa, comotambém intransigente alian-cista e, consequentemente,autêntica revolucionária. Irri-tado com a altivez e com afranqueza daquela senhora, otenente ameaçou levá-la paraSanta Luzia, onde ficaria de-tida, ao que ela se opôs ter-minantemente, dizendo-lhenão descer da sua dignidadede esposa, deixando-se serinduzida por pessoas que nãolhe inspiravam a mínima con-fiança e que isto só acontece-ria com o seu cadáver. O te-nente retirou-se e depois re-gressava para Santa Luzia,levando preso o cidadão Ar-lindo Aguiar, o qual era o re-presentante da revolução emCristalina.

No mesmo dia, após o re-gresso do tenente para SantaLuzia, o jovem Geraldo Pi-mentel, irmão da senhora aque se fez referência linhasatrás, o qual não ingressara nacoluna, no dia 12, acautelan-do-se de uma segunda dili-gência “severínica”, na qualpor infelicidade, talvez fossepreso, partiu para Paracatu,enfrentando obstáculos demeios de locomoção, tempochuvoso e córregos cheios, afim de entrar na coluna, quejá se aproximava de Unaí –MG. Eram, pois, mais doislares intranquilos em Crista-lina, embora de chefes revo-lucionários.

Entrementes, a coluna ha-vendo obtido reforços em Pa-racatu e Unaí marchou nova-mente para este Estado, destavez atacando Formosa, quesitiada, não pode ou não quisreagir, pelo contrário, ali hou-ve adesões de autoridades ede influentes políticos à revo-lução e, consequentemente,reforços de toda espécie, ca-pacitando-a a outras investi-das, bem como Planaltina,que semelhantemente a For-mosa, não reagiu, antes, refor-çou ainda mais a atacante comhomens, etc.

Outra ocorrência notávelnaquele dia foi a prisão dotenente Severino pela coluna,o qual se achava em inspeçãoà fronteira Goiás-Minas e de-savisado ou imprudentemen-te chega àquela cidade, sen-do que, no presente caso, hou-ve inversão de papéis entre otenente e a coluna, posto queo oficial veio de Cristalina,

em diligência, e discutiu ca-lorosamente com a senhorado capitão Raimundo de Cas-tro, ameaçando-a, por fim, alevá-la presa para Santa Lu-zia, o que infundiu justa rea-ção no jovem Geraldo Pimen-tel, irmão da aludida senhorae cunhado do capitão Rai-mundo de Castro, de tornar-se “bode expiatório” em se-melhante alteração, razão dasua escapula para Paracatu;em seguida prendeu o repre-sentante da coluna, cidadãoArlindo Aguiar, levando-opara Santa Luzia. Vai depoisa Planaltina e ali é preso pelacoluna, dando de cara com ocapitão Raimundo de Castroe Geraldo Pimentel e, imagi-ne, com que cara? A propósi-to, vem a interrogação vulgar:“Já pensou?”

No tocante a Cristalina,presumia-se que após a dili-gência do tenente Severino, oPresidente do Estado provi-denciasse a ocupação localpor força estadual, dada aimportância da vila com adeposição do intendente, ci-dadão Otaviano de Paiva Re-sende, pela coluna, e a seguin-te prisão do chefe provisório,

cidadão Arlindo Aguiar pelotenente Severino, o que nãose deu. Antes tal providênciafoi tomada pelo comandanteda coluna, destacando destaem Planaltina sessenta ho-mens, mais ou menos, paraocuparem a localidade acéfa-la, até o desfecho da revolu-ção.

Com efeito, no dia 23, àsvinte horas e trinta minutos,noite escura, ameaçando tem-poral, o silêncio reinante deCristalina foi interrompidopelo ruído de caminhões quese aproximavam, enquanto oclarão dos faroletes de taisveículos varavam a escuridãono trajeto até à intendênciamunicipal, onde pararam. Erao destacamento procedente dePlanaltina, enviado pelo co-mandante da coluna, que che-gava em Cristalina, destina-do a ocupar provisoriamentea localidade conquistada eenfrentar força estadual se porventura tentasse vir restabe-lecer a ordem legal como sepropalavam, razão das tropasao invés de ir acampar-se noCubículo como no dia 12, tra-tou de ocupar o prédio da in-tendência e o chalé onde fun-

O autor do texto, Leão Rodrigues de Afonseca, que vivenciou eregistro a inquietante história

Auto Escola Cristalina ePlacas Automotivas

Cristalina

Parabéns, Cristalina, pelobrilho de seus 97 anos

se alegram por carregar em suasmarcas o nome da cidade que

orgulha seus moradores

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JORNAL DE CRISTALINA12 Julho de 2013

cionava a Escola do SexoMasculino, pondo, por essemodo, termo a acefalia mu-nicipal.

Tal chegada causou receiona população da haver um“pega-pega”, razão de algu-mas pessoas enfrentarem omau tempo a fim de refugia-rem em fazendas vizinhas,entre as quais a do Nicolau,onde se abrigaram duas pes-soas cujo o receio era tama-nho que pediam ao pessoal dacasa para conversar baixinho,de modo que os soldadosquintinistas não escutassem(a tal fazenda dista de Crista-lina trinta quilômetros) poiscertamente estariam ali perto,a procura delas. Outra pessoa,esta vizinha da intendênciamunicipal, vestiu uma saia dasogra para escapulir, burlan-do assim a vigilância dosguardas e foi se ocultar nafazenda do sogro, distantetrinta e seis quilômetros. Po-rém, segundo consta, foi dor-mir no mato. Os que haviamsido dispersados em Paraca-tu, no dia 13, não confiaramna dispensa, indo abrigarem-se na fazenda Posse, e os quetinham conseguido fugir nosdias anteriores, refugiaram-seuns na fazenda Posse, outrosna das Lages, e outros perma-neceram ocultos nos garim-pos.

Cristalina amanheceu mo-vimentada, mas um movi-mento indesejável de homensde lenço vermelho no pesco-ço, na maioria desconhecidosda população, a andarem ar-mados pelas ruas, o que in-fundia justo receio na famíliacristalinense, dada a falta degarantia em tais ocasiões.

Entre os poucos conheci-dos que faziam parte daqueleconjunto de homens, via-se ogaúcho José Pedro Tiza, gra-duado tenente da coluna, aquem parecia estar confiadoo comando da tropa ocupan-

te. Este, no dia imediato àchegada, conseguiu localizaro caminhão de Hans Leyser eo Ford de Carlos Mohn Pri-mo, ocultados que tinhamsido pelos proprietários no dia12, para não serem requisita-dos. Entretanto, tão logo lo-calizados, foram apreendidose incluídos na composiçãorodoviária da coluna.

Passou o dia 24 sem novi-dade que viesse perturbar acalma da tropa ocupante.Nada de força pública estadu-al, nem de milicianos Cami-sas Vermelhas, como se pro-palava e era esperado, veiopara Cristalina para restaurara autonomia do município ea soberania do estado, sinalevidente de que o presidentedo estado já duvidava que ochefe da nação debelasseaquele movimento revoluci-onário que se alastrara emtodo País.

O dia seguinte corria cal-mo como o anterior, quan-do por volta das três horasda tarde, mais ou menos,desce pela rua Jovino dePaiva um automóvel condu-zindo duas pessoas, umadelas o cidadão ArlindoAguiar, que se achava deti-do em Santa Luzia; este como chapéu na mão, braço es-querdo pra fora do carro, amedida que o veículo seadentrava pela praça SãoSebastião gesticulava com obraço erguido e gritava: -viva a revolução! E aprego-ava em seguida – Washing-ton Luiz foi deposto. E as-sim passou pelo alojamentoda tropa e pela frente da pen-são de dona Cesária Ribeiroaté à casa comercial deQuintino Vargas, sede da re-volução em Cristalina, onde,pessoalmente, conversavacom a família do respectivogerente, capitão da coluna,Raimundo de Castro, o vi-torioso acontecimento.

A tropa, jubilosa com se-melhante comunicação, sau-dou o acontecimento comdescarga de suas armas parao ar, cujos estampidos causa-ram formidável susto não sóaos residentes que ignoravama ocorrência, mais também asoldados que, no momento, seachavam ausentes do aloja-mento, uns e outros supondoque o tiroteio outra coisa nãoera, senão o esperado ataqueda polícia goiana a tropa ocu-pante da vila. Os primeiroscorreram para os subúrbios(Cubículo, Urubu, etc.) a pro-cura de abrigo de possíveldesastre; os segundos regres-saram afobados para o aloja-mento a fim de tomarem par-te na refrega. Mas ali chega-dos e informados que foramdo que se tratava, passaramdo estado de afobamento aode contentamento, do qual seachavam repletos os seuscompanheiros.

Passado o susto produzidopelo tiroteio e espalhada anotícia do triunfo da Revolu-ção, as pessoas que haviamcorrido para os subúrbios vol-taram calmas para suas casas,contentes por terem sabidoque dentro de poucos diasdar-se-ia a desocupação davila.

O corre-corre, porém, noqual até mulheres tomaramparte, tornou-se assunto decaçoada, de comentários jo-cosos que o escrevinhadordeixa de relatá-los por fugir àfinalidade deste rústico traba-lho, além de torná-lo extensoem demasia.

Naquela altura dos aconte-cimentos em Cristalina, a co-luna já se avizinhava da cida-de de Goiás, então capital doestado, razão de, no dia 26, opreposto revolucionário dalocalidade, Arlindo Aguiar,foi juntar-se à coluna e, bemassim, outros elementos daocupação local, entre estes otenente José Pedro Tiza, to-dos com o propósito de toma-rem parte na entrada triunfan-te da coluna na capital do es-tado, fato ocorrido no dia 27.

Triunfante a revolução,confirmados estavam os atospraticados pela coluna emCristalina, salientando-se en-tre estes, a deposição das au-toridades Otaviano de PaivaRezende – intendente muni-cipal e Carlos Monh Primo –suplente de juiz municipal,passando então o penúltimoao último intendente de Cris-talina na recém caída Repú-

blica de 1889 – 1930, de vezque, com a queda da situaçãodominante, desapareceram detodo território nacional a de-nominação de Intendência àscomunas municipais, passan-do então a denominar-se pre-feituras.

Também Carlos Mohn Pri-mo não voltou mais ao cargo,razão de passar ao último su-plente de juiz municipal dalocalidade, na deposta Repú-blica.

As referidas ex-autorida-des e bem assim os comerci-antes alemães, AgostinhoLeyser e Hans Leyser, custo-diados em Paracatu desde odia 12, tão logo foram postoem liberdade, regressaramaos seus lares em Cristalina,motivo de grande contenta-mento dos seus familiares quese achavam ansiosos por se-melhante regresso.

Afinal, terminou o mês deoutubro, no qual a populaçãode Cristalina viveu vinte diasde intranquilidade e contrari-edades, mas embora a revo-lução já houvesse atingindo oseu alvo - a deposição dasautoridades constituídas, ain-da passou para os primeirosdias do mês de novembro oremate trágico das ocorrênci-as revolucionárias na locali-dade, sendo que o dia primei-ro transcorreu sem novidades,o mesmo não acontecendo nodia 02 (por sinal dia de fina-dos), em que alguns soldadose patriotas em ampla liberda-de, devido a ausência de co-mando, passavam armadosnas ruelas da vila e, por voltadas quatro e meia da tarde,dois deles, um soldado e umpatriota paracatuense denome Manoel de Queiroz (co-nhecido em Cristalina comoManoel de Carrim), ambossemi-embriagados, travaramviolenta discussão em frentea casa da dona Teodora Fer-reira, terminando com o as-sassinato do patriota pelo sol-dado mineiro com o tiro dofuzil com que andava arma-do. Os camaradas que presen-ciaram o delito, prenderam ocriminoso em flagrante e con-duziram-no para o alojamen-to, onde o trancafiaram naprisão local, até que o estadomaior da coluna regressasseda capital do estado.

Depois da sangrenta ocor-rência em que o rol do Dia deFinados de Cristalina foi au-mentado de mais um, a colu-na, dando por terminada a suamissão neste estado, regres-

sou da cidade de Goiás, tra-zendo como troféu o ex-de-putado Felismino Viana e otenente Severino

No dia 04 a coluna seguiupara Paracatu, levando tam-bém o soldado criminoso,deixando, porém, os integran-tes cristalinenses, que perma-neceram até o encerramentode suas operações, sendo es-tes Ananias de Melo Franco,Benedito Bandeira, BeneditoPereira da Silva (Matinada),Canuto Pereira da Silva (Ma-tinada), Cecílio Ribeiro, Cle-mente Menezes, DomicianoRibeiro, Eliseu Gonçalves deLima, Eloi de Sousa, Francis-co de Tal (Chico do Adami-an), Geraldo Pimentel, JoãoJosé Borges, José Borges,José Pedro Cisa, Manoel Al-ves de Souza, Manoel Perei-ra da Silva, Marciano Alvesde Lima, Orozimbo Pinto,Raimundo de Castro, Rodol-fo Mohn, Virgilio Alves deLima e talvez outros, de quemo escrevinhador não mais selembra.

A esta altura do aconteci-mento, ao qual Cristalina ser-viu de palco, e originário des-te retrospecto, foi que a paz,a tranquilidade, voltou ao âni-mo das famílias cristalinen-ses, não só pelo feliz regres-so dos seus chefes ou filhossãos salvos ao respectivos la-res, como também pela ocu-pação local por destacamen-to da coluna, cujo remanes-cente partiu sem deixar sau-dade, deixando, ao contrário,desagradável recordação emcertas pessoas.

Os nomes são QuintinoVargas e dr. Barros, o que de-sapareceu com o decorrer dotempo. E neste ponto, final dacrise de vinte e quatro dias deinquietação e contrariedade,vividas pela população deCristalina, que escrevinhador,por sua vez, também finalizaa presente narração, fazendovotos para que o surpreenden-te desenvolvimento da loca-lidade em apreço, no decor-rer mais quarenta e dois anoscontados da invasão à atuali-dade, não sofra solução decontinuidade, antes seja cres-cente e permanente a suaprosperidade, sem que ne-nhum movimento armado ja-mais consiga usurpa-lhe aautoridade municipal e vio-lentar a soberania do Estado.

Fevereiro de 1973

Leão Rodrigues de Afonseca

Local onde funcionava a Escola, em 1930. Hoje é uma crecheadministrada pela Igreja Católica, na Praça São Sebastião

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JORNAL DE CRISTALINA 13Julho de 2013

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gados: Antônio Paulo Luzzi– OAB/GO 9.703A; LucianoAlves de Faria – OAB/GO20.805; Tatiany da Paixão Sa-chetti – OAB/GO 31.789; eAlyne Carneiro Caetano deSousa – OAB/GO 35.370, es-tagiário Luan da Paixão Sa-chetti – OAB/MG 37.515-Ee equipe de apoio administra-tivo.

Dentro de um Planejamen-to estratégico tem por missãooferecer soluções jurídicas deexcelência voltadas para oramo do agronegócio, envol-vendo questões da atividadeeconômica e da vida privada.

A missão está centrada naoferta de soluções jurídicasque atendam às necessidadesapresentadas pelos clientesque tenham algum envolvi-mento com o agronegócio as-sistindo juridicamente essaspessoas tanto em questões daatividade econômica como nasua vida privada.

Margarida, Dra. Tatiany Sachetti, Dr. Paulo Luzzi, Dona Vera,Dr. Luciano Faria, Dr. Luan e Dra. Aline formam a equipe doescritório de advocacia

Dessa forma o escritóriodecidiu-se por um posicio-namento inovador que é aatividade jurídica em tornodo agronegócio ao invés deum posicionamento voltadoparas as especialidades ju-rídicas.

Já no campo da visão es-

tratégica o escritório buscaconquistar mercado, fortale-cendo a liderança regional ea presença nacional alcançan-do excelência técnica comfoco na solução do problemaapresentado pelo cliente e naassistência permanente dosserviços prestados.

Posse na MaçonariaVenerável Marcos Aurélio em discurso de saudação e agradecimento aos presentes

ascido no dia 06 de abril de 1.941,na Itália, onde foi ordenado pa-dre em 27 de junho de 1.965, o

padre Bernardo Ave chegou em Cris-talina no dia 15 de janeiro de 1.992.O pároco recebeu uma homenagemdos fiéis da Igreja Católica pelos seus48 anos de vida sacerdotal, dos quais,21, na Serra dos Cristais.

Antes de aportar na cidade, ondeatuou inicialmente como colaboradordo saudoso padre José Borsato, o pa-dre Bernardo passou por quatro pa-róquias em sua Pátria. Em 12 de ou-tubro de 1994 ele assumiu a ParóquiaNossa Senhora Aparecida, que expan-diu sua atuação missionária através daAssociação Mãe Esperança – AME,creche Nossa Senhora Aparecida, cre-

48 anos de sacerdócio do padre Bernardo

P

N che São Francisco, Casa Betânia,Centro Vida Alex, além da FarmáciaViva.

No auxílio dos trabalhos da Pa-róquia, o padre Bernardo contacom o constante apoio dos padresJacinto e Jeférson. Para comemo-rar o aniversário de ordenação, osministros de eucaristia organizaramuma festa, oportunidade em que foicelebrada uma missa em ação degraças pela vida do padre Bernar-do e oferecido um delicioso jantar.“Agradeço com muito carinho ehumildade aos ministros eucarísti-cos pela homenagem e toda a co-munidade que me acolheu de bra-ços abertos”, falou, gratificado, opadre Bernardo.

professor Marcos AurélioCaetano de Souza foi em-possado para cumprir mais

um mandato de venerável daLoja Maçônica Acácia Crista-linense. Visivelmente emocio-nado com a sessão de posse,Marcos Aurélio, que tem comocolegas de diretoria ÉdersonClayton Brittes Rola, AntônioJosé Cardoso, Sebastião Car-los Serafim, Valdeci Rodri-gues, Anésio Ribeiro e Josinoda Veiga Antunes, agradeceu

aos irmãos maçons, às cunha-das, às autoridades maçônicase aos membros de outras lojasque se deslocaram até Crista-lina para assistirem a solenida-de. Autoridades municipais,como o prefeito Luiz Attié e opresidente da Câmara, OlivarCaetano de Souza, além de fa-miliares e amigos de váriosmaçons, também marcarampresença no evento, que termi-nou com um saboroso jantaroferecido aos convidados.

O

Page 14: Jornalde cristalina (9)

JORNAL DE CRISTALINA14 Julho de 2013

om a presença do vicepresidente da seccionalgoiana da Ordem dos

Advogados do Brasil, Dr.Sebastião Macalé, foi em-possada a nova diretoria dasubseção de Cristalina, quetem como presidente o ad-vogado Miguel AlexandreFilho.

Dr. Miguel prometeu queirá trabalhar em defesa daOrdem e do direito, buscan-do dar aos advogados a cer-teza de uma representação

Rotary Club em festam reunião festiva, realiza-da no dia 18 de junho,com a presença de apro-

ximadamente 200 pessoas, oRotary Club de Cristalina e aCasa da Amizade empossa-ram seus respectivos presi-dentes para cumprirem man-dato até junho de 2014. Oempresário João Antônio Va-caro Fachinello continua napresidência do Rotary pormais um ano, enquanto suaesposa, Maiara Sabadin Vaca-ro Fachinello, vai ter a primei-ra experiência como presi-dente da Casa da Amizade.

Em clima de alegria eemoção, João Antônio desta-cou a responsabilidade depresidir a instituição maisuma vez. “Me sinto honradocom a incumbência e privi-legiado por estar à frente detão importante organismo,que prima pelo amor ao pró-ximo e para com o cuidadocom as pessoas”, falou o pre-sidente, que faz questão deestar presente em todas asreuniões, realizadas às ter-ças-feiras, onde são discuti-das as ações a serem desem-penhadas pela comunidaderotária de Cristalina.

Além da posse, foram fei-tas várias homenagens parasócios do clube e membros dacomunidade. A data foi aindamarcada pela recepção aos

João Antônio, Flávia Gonzatti, o médico Fagner Andrade eMaiara Fachinello

novos membros Fagner An-drade, Gustavo Tomé e Adri-ana Rodovalho, Marcelo Le-mos e Jaqueline Campos, eDaujise Côrtes Mânica Teles.

Já nas reuniões seguintesos novos sócios ajudaram a

planejar mais uma grande fes-ta que será promovida peloRotary. Depois do sucesso daapresentação de Jerry Adria-ni, os rotarianos confirmarampara o dia 07 de setembro umgrande show da Jovem Guar-

da, novamente no salão Sô-nia Festas, com a apresenta-ção dos artistas Waldireni, OsVips e Wanderley Cardoso.“Sem dúvidas será mais umaoportunidade para as famíli-as se confraternizarem em um

ambiente alegre e agradável,que contará com artistas quemarcaram época e fizeramsucesso no Brasil inteiro”,falou João Antônio, com oentusiasmo e o otimismo quelhe são peculiares.

Maiara, João Alceu, Daujise e João AntônioJaqueline Campos e a filha, Maiara, Marcelo Lemos e João Antônio

Márcia Rodovalho, Adriana Rodovalho, Gustavo Tomé eSebastião Rodovalho

séria e comprometida com aclasse e com a comunidade.“Iremos trabalhar em defe-sa da nossa profissão e emfavor da justiça, observandoprincípios éticos e moraisque são norteadores da nos-sa atividade profissional”,falou o novo presidente.

Em seu discurso, Sebas-tião Macalé enalteceu a pro-fissão e relembrou a impor-tância da OAB em momen-tos decisivos da história doBrasil, como no combate à

OAB empossa nova diretoriaApós ouvir o juramento, Dr. Sebastião Macalé declara empossada a diretoria da OAB/Cristalina

ditadura militar, na luta pelaredemocratização do País,no impeachment do ex-pre-sidente Fernando Collor deMelo e na aprovação do pro-jeto da ficha limpa. “A ad-vocacia está presente desdea descoberta do Brasil e éum patrimônio da socieda-de. A OAB é um facho deluz na história da democra-cia brasileira”, garantiu oadvogado, que se formouquando ainda era jogadorprofissional de futebol.

E

C

Parabéns Cris-talina, cidadepróspera e bené-vola, onde nasce-ram meus pais emeus filhos. Soufeliz por perten-cer a este chãoabençoado, quenão faz acepçãode pessoas, masrecebe de portasabertas todos queaqui aportam.

Uma médica cristalinenseDalila de Souza Lima, fi-

lha de José Ronaldo de Lima(Zé Bufunfa) e Dalva Lima,acaba de festejar a formaturaem medicina, curso feito naUniversidade Uberaba.

As comemorações aconte-ceram no último final de se-mana, oportunidade em queDalila agradeceu mais umavez o esforço dos seus pais ede todas aquelas pessoas quecontribuíram para que ela al-cançasse tão importante con-quista.

Na mensagem do convite anova médica expressa sua ale-gria em concluir esta impor-tante etapa da vida. “É gran-de a minha satisfação de terconcluído esta vitória, apósminha longa e extensa vidauniversitária, entretanto, pre-ciso ressaltar que nada dissofoi alcançado sem apoio”, diz

o texto, que faz alusão a Deus,aos pais, tio, namorado e atodos que contribuíram paraseu sucesso. Sem sombra dedúvidas é um grande triunfonão somente de Dalila, mas detoda a sua família e amigos.Realmente merece muitas ce-lebrações.

Mensagem do Marquinho Abrão

Page 15: Jornalde cristalina (9)

JORNAL DE CRISTALINA 15Julho de 2013

O que eles disseram:“Paulo era um amigo, um irmão, um homem de raro

valor. A vida não é mais a mesma coisa sem ele. A lacunade sua passagem é impreenchível.” (João Carlos Fachi-nello – Vice prefeito de cristalina)

“Ele era um empreendedor, um homem de bem, queajudava, aconselhava. Apesar de ter muitas posses, nãoera egoísta, mas um companheiro em todos os momen-tos, um verdadeiro exemplo de vida” (Rosivaldo Pelota– Vereador em Cristalina)

“Goiás e o Brasil perdem muito. Paulo Boni, com seuarrojo e determinação, foi um marco inovador para as ati-vidades ligadas ao agronegócio”. (Alécio Maróstica –Presidente do Sindicato Rural de Cristalina)

“Boni foi um desbravador, um inovador, um homemde muita coragem e brilho intenso. Cristalina e toda aregião devem muito ao grandioso trabalho que ele desen-volveu”. (Vanderlei (da Plantebem) Benatti da Silva

O texto a seguir foi escrito em janeiro de 2011, época em que o Jornal de Cristalina fez várias visitas à GoiásVerde para a produção de uma grande matéria sobre Paulo Boni. Por motivo de agenda do empresário,não foi possível a conclusão e a respectiva publicação, porém, para homenageá-lo, a redação resolveu

publicar essa síntese sobre o visionário José Paulo Boni, falecido em trágico acidente no dia 5 de julho

Crescimento com responsabilidade

juventude desafiadora de30 anos atrás, trazida deSanta Catarina para o cer-

rado goiano em 1981 em bus-ca de oportunidades paracrescer, transformou-se emexperiência de sucesso e cer-teza de que é possível concre-tizar planos ousados e alcan-çar objetivos definidos commuita perseverança, dedica-ção e incansável trabalho.Assim pode-se começar acontar a história da famíliaBoni que, liderada por JoséPaulo Boni, está completan-do três décadas de incessantecontribuição para o desenvol-vimento de Cristalina e detoda a região em que está cra-vada. História, diga-se de pas-sagem, que não caberia naspáginas de um jornal, pois tal-vez fosse necessária a mon-tagem de uma enciclopédiapara narrar cada detalhe domajestoso trabalho empreen-dido para alcançar o patamarem que está alçada a GoiásVerde Alimentos, empresaque é exemplo para o Brasil eo mundo na integração de la-voura, pecuária e indústria.

As lições aprendidas a cadadia foram se transformandoem inspiração para produto-res rurais, estudantes, técni-

cos, pesquisadores, autorida-des e uma gama de profissio-nais brasileiros e de diversaspartes do mundo que regular-mente procuram a Goiás Ver-de para ter a oportunidade dever de perto como se obtémresultados positivos com ha-bilidade profissional, respon-sabilidade social e respeito aomeio ambiente.

IrrigaçãoA melhor alternativa para

produzir alimentos de formavertical é investir, respeitan-do o meio ambiente e utilizan-do tecnologias modernas, emirrigação. Com ela, feita naregião através de pivôs cen-trais, se chega a números im-pressionantes, como os daGoiás Verde, que em sua áreaprodutiva de 13 mil hectares,utiliza 40% para a irrigaçãoque, ao final, representa 85%da produção agrícola. Quemacredita nesta realidade e temcondições naturais e tecnoló-gicas para produzir em abun-dância, não pode ficar fora,pois exemplos como o daGoiás Verde, pioneira da irri-gação no cerrado goiano,comprovam essa realidade naqualificada produção de to-mate, ervilha, milho verde,feijão, arroz, trigo e goiaba.

Meio ambienteSe no início, por falta de

conhecimento e experiência,a água do ribeirão Pamplona,que banha a região e abaste-ce os pivôs chegou a secar,hoje, com o passar dos anos ea certeza de que se deve pre-servar os recursos naturais, oPamplona é exemplo para oBrasil e para o mundo. “Aquiem nossa região, essa consci-entização de armazenar águaatravés de barragens, é frutodo trabalho da nossa associa-ção (Aprovale). Com o usoracional da água, através daconstrução de barragens e re-presas, forma-se um grandereservatório com as águas dachuva, o que não deixa haverimpacto ambiental e garantea produção de alimentos 365dias por ano com a geraçãode milhares de postos de tra-balho”, fala Paulo Boni, cons-ciente de que preservar omeio ambiente é também umadas maiores garantias de quenão irá faltar alimento nememprego para a população.

PecuáriaNo anuário da irrigação,

publicado pela Federação daAgricultura do Estado deGoiás – Faeg, Paulo Boni re-cebeu destaque especial aofalar do seu pioneirismo e desuas conquistas na região. Acada ano, nota-se, são novasexperiências, que vão dandocerto. À época, dezembro de2008, Paulo disse que confi-nava 12 mil cabeças de gadopor ano e que, a partir de 2009o projeto era atingir 20 mil.Hoje, início de 2011, consta-ta-se que o número de 25 milcabeças já foi ultrapassado.Isso, de acordo com os espe-cialistas, é resultado de visão,idealismo e trabalho. “Há dezanos começamos a utilizar oadubo orgânico, que é o es-terco bovino. Aproveitamos

100% do estrume do boi.Todo ele vai para a compos-tagem e produção. Há cultu-ras que só recebem o adubonatural e apresentam ótimosresultados”, informa, para re-afirmar que a integração deatividades só traz benefícios.

IndústriaA industrialização de produ-

tos da Goiás Verde Tornou-serealidade há vários anos. Aempresa produz e distribui en-latados como ervilha, milho,ervilha e milho (juntos), sele-ta, feijão preto e carioca, goia-bada, extrato de tomate e mo-lho de tomate em diversos sa-bores. Os produtos industriali-zados a cada dia ganham maisespaço no mercado, mas paraque isso aconteça a Goiás Ver-de investe em marketing e mo-tiva os promotores de venda,através de encontros, como aConvenção Anual de Vendas,promovida todos os anos.

Como resultado do esforçoconjunto de direção, colabo-radores e promotores, a em-presa freqüenta o “Top FiveFornecedores”, que é um anu-ário oferecido pela conceitua-da revista Supermercado Mo-derno, que pesquisa o reco-nhecimento de marcas paraeleger os melhores fornecedo-

res do País. Na última ediçãodo Top Five, realizada no anopassado, foram pesquisados1.644 varejistas de todo o Bra-sil e a classificação dos cincoprimeiros apontou a GoiásVerde como destaque nas ca-tegorias Ervilha em Conserva,que obteve o 5º lugar, e Milhoem Conserva, que pela segun-do ano consecutivo alcançouo quarto lugar.

GratidãoO arrojo desenvolvimentis-

ta impregnado nas atividadesempreendidas pela Goiás Ver-de, como essa integração la-voura-pecuária-indústria,trouxe benefícios outrora ja-mais imaginados para a região,como o asfaltamento das ro-dovias estaduais GO-010 eGO-436 (Alessandro Figuei-redo), reivindicado por produ-tores do vale do Pamplona.“Nós, produtores, fazemos anossa parte. Mas é importanteque governos, como o de Mar-coni Perillo (1999/2006), queconstruiu as GOs com o apoiode nossa associação, cumpramtambém o seu papel, porqueassim todos saem beneficia-dos”, falou Paulo Boni, quenão esconde gratidão e apre-ço pelo governador, de quemtornou-se amigo.

Presidente do Sindicato Rural, Alécio Maróstica, em uma desuas visitas a Paulo Boni

Paulo Boni deixou um legado de progresso e desenvolvimentoatravés da sede da Goiás Verde

Música imortalizada na voz de Mili-onário e José Rico, Estrada da Vida, apreferida de Paulo Boni,  foi  cantadaem seu velório e na missa de sétimo dia:Nesta longa estrada da vida,vou correndo e não posso parar.Na esperança de ser campeão,alcançando o primeiro lugar,Na esperança de ser campeão,alcançando o primeiro lugar.Mas o tempo cercou minha estradae o cansaço me dominou

O final da corridaminhas vistas se escurecerame o final da corrida chegou.Este é o exemplo da vida,para quem não quer compreender:Nós devemos ser o que somos,ter aquilo que bem merecer.Nós devemos ser o que somos,ter aquilo que bem merecer.Mas o tempo cercou minha estradae o cansaço me dominouminhas vistas se escurecerame o final desta vida chegou.

A

! 08/12/1959" 05/07/2013

Page 16: Jornalde cristalina (9)

JORNAL DE CRISTALINA16 Julho de 2013

Intendentes (1917-1930)Gustavo EdingerNicolau Batista de OliveiraCarlos Mohn PrimoOtaviano de Paiva Resende

Prefeitos nomeados (1930-1947)José AdamianLevertino Leão SobrinhoArlindo AguiarJosé Leão Pereira de SouzaOmar Braz de FariaAprígio de ResendeFritz Mohn

Prefeitos eleitos a partir de 1947Leão Rodrigues Afonseca - 06/12/1947 a 30/01/1951Eduardo de Paiva Resende – 31/01/1951 a 30/01/1955Wasfi José Daher – 31/01/1955 a 30/01/1959

Prefeitos eleitos com os respectivos vicesJohn Edward Simmonds - 31/01/1959 a 30/01/1961Vice: Rodolfo Braz de QueirozWasfi José Daher – 31/01/1961 a 30/01/1966Vice: Aprígio ResendeJosé Adamian – 31/01/1966 a 30/01/1970Vice: Fritz MohnAugusto Peixoto dos Santos - 31/01/1970 a 30/01/1973Vice: Antônio Fernandes Boa SorteFritz Mohn – 31/01/1973 a 31/01/1977Vice: Jehová Peixoto dos SantosJosé Rodrigues de Queiroz (Zé Gordo) – 01/02/1977 a 31/01/1983Vice: Ítalo DiasTancredo Ferreira Ribeiro – 01/02/1983 a 31/12/1988Vice: José de Jesus NogueiraAntonino Camilo de Andrade – 01/01/1989 a 31/12/1992Vice: Elio dos Santos AbbadiaGildomar Gonçalves Ribeiro – 01/01/2003 a 31/12/1996Vice: Fritz MohnIldeu Álvares de Andrade – 01/01/1997 a 31/12/2000Vice: Elio dos Santos AbbadiaManoel de Castro Neto – 01/01/2001 a 31/12/2004Vice: Otaviano de Paiva NetoAntonino Camilo de Andrade – 01/01/2005 a 31/12/2008Vice: Eliane Leonel de CamposLuiz Carlos Attié – 01/01/2009 a 31/12/2012Vice: Maria de Fátima Mota CastroLuiz Carlos Attié – 01/01/2013 até 31/12/2016Vice: João Carlos Fachinello

Os prefeitos de Cristalina

Augusto Peixoto foi prefeito,mas antes foi vereador e pre-sidente da Câmara Municipalde Cristalina

m 1966, quando Cristalinacompletou 50 anos deemancipação política e ad-

ministrativa, o Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatísti-ca – IBGE, através do Conse-lho Nacional de Estatística,com dados do censo daqueladécada, lançou um documen-to intitulado Monografia, so-bre vários aspectos do muni-cípio. Encaminhado ao Jornalde Cristalina por Friz Mohn, odocumento apresenta algumasinformações que, para quemgosta de fazer comparações,vale a pena saber o que mu-dou em quase 50 anos:

– População: 9.172 habitan-tes,

– Eleitores: 2.072 eleitoresinscritos,

– Veículos registrados: 26automóveis e jipes, 70 cami-

Luiz Carlos Attié foi o único ater dois mandatos consecuti-vos. Foi eleito em 2008 e ree-leito em 2012

O Antonino Andrade que foiprefeito e deputado por duasvezes, ao lado do irmão, Ildeu,que também já foi prefeito

Fritz Mohn foi prefeito nome-ado e eleito de Cristalina, alémde ter sido vice de José Ada-mian e Gildomar

Castro Neto, natural do Cea-rá, foi eleito no ano de 2000 egovernou o município entre2001 e 2004

nhões, 1 ônibus e 142 outrosveículos,

– Aspectos urbanos: 342 li-gações elétricas, quatro pen-sões, dois restaurantes e novebares,

– Saúde: Um posto do Sa-mdu e um de higiene, doismédicos, quatro dentistas eduas farmácias,

– Cultura: 18 unidades es-colares de ensino primário fun-damental comum e uma deensino médio, uma bibliotecae um cinema,

– Economia: os cristalinen-ses aproveitam a vastidão doscampos para a criação de gadoe cultivo de cereais. A produ-ção de cristal de rocha influimuito na economia local, po-rém, sofre com a oscilação domercado mundial, tornando-seelemento instável,

ristalina já teve 28 co-mandantes do PoderExecutivo, desde sua

instalação, ocorrida em ja-neiro de 1917. Primeiro fo-ram os intendentes (até1930), depois os prefeitosnomeados (até 1.947), para,a partir de então, os repre-

sentantes serem eleitos como voto da população.

Algumas curiosidades, ba-seadas na relação dos chefesdo Poder Executivo, que valea pena saber, são as seguintes:a cidade já foi governada porum alemão – Gustavo Edinger,que foi o primeiro intendente;

Fritz Mohn e José Adamianforam os únicos prefeitos no-meados e também eleitos; umsulista, John Edward Simmon-ds, natural de Santa Catarina,exerceu o principal cargo domunicípio; um nordestino,Manoel Castro Neto, naturaldo Ceará, chefiou a prefeitu-

ra; o último prefeito eleito, quetambém exerceu o cargo devereador, foi Fritz Mohn; trêsprefeitos foram eleitos duasvezes: Wasfi José Daher, An-tonino Camilo de Andrade eLuiz Carlos Attié; dois irmãos,Antonino e Ildeu Álvares deAndrade, ocuparam o mesmo

cargo; Gildomar Gonçalvesfoi o último administrador na-tural de Cristalina e nenhumanulher até hoje governou omunicípio. Confira os nomese períodos de cada ocupantedo Poder Executivo ao longodos 97 anos de história deCristalina:

Relação de Chefes do PoderExecutivo de Cristalina – Agricultura: o cultivo de

produtos agrícola, em 1964, seestendeu por 1.195 hectares,sendo a safra avaliada em Cr$166,3 milhões. O produto demaior contribuição econômicafoi o feijão, que utilizou 335hectares e rendeu 306 tonela-das representando 33,1% dovalor. Seguiram-no o milho,em 430 hectares, com 672 to-neladas e 23,6% do valor e oarroz, com 210 hectares, 480toneladas e 23,1% do valor. Orestante, 20,2% do valor, eracomposto de banana, cana deaçúcar, abacate, laranja, man-dioca, café e manga,

– Pecuária: o municípiocontava, em 1963, com 49 milcabeças de gado bovino, 10mil de suínos, 6.500 mil deequinos, 1.500 de asininos e1.000 cabeças de muares. Aprodução de leite daquele anofoi de 1,2 milhão de litros,

– Cristal: em 1964 a produ-ção extrativa mineral rendeu451,7 toneladas de cristal derocha e, em 1965, 623,8 tone-ladas, equivalendo os doisanos à quantia superior a Cr$1,5 bilhão,

– Comércio e bancos: Exis-tiam, em 1965, 51 estabeleci-mentos de comércio varejista e11 de atacadista. As transaçõesbancárias eram feitas através decorrespontes do Banco do Bra-sil e do Banco do Comércio eIndústria de Minas Gerais,

– Urbanismo: a cidade pos-suía 17 ruas e uma praça total-mente iluminadas, com 120lâmpadas e média de 12 horasde funcionamento. De acordocom o folder, o serviço de águaestava em fase de execução,

– Profissionais liberais: es-tavam em atividade no muni-cípio um engenheiro e doisadvogados.

A Cristalina dos anos 1960

Dados preciosos divulgados pelo IBGE para comemorar os 50anos de Cristalina, que ocorreu em 18 de julho de 1966

C

E

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JORNAL DE CRISTALINA 17Julho de 2013

ma preciosida-de que está soba guarda da Câ-

mara Municipal é olivro que registra ainstalação do muni-cípio de Cristalina,ocorrida em 15 dejaneiro de 1917.Com assinaturas ori-ginais de homenscomo Gustavo Edin-ger, Ângelo Aguiar,Octaviano de PaivaRezende, Jovino dePaiva, Pedro Aguiar, Arlindo Aguiar, Mar-ciano de Aguiar, João José Taveira, Carlos

Da Síria para CristalinaJornal de Cristalinafará uma série de repor-tagens para falar sobre

o comércio na Rua Goiás. Aideia inicial era falar somen-te nesta edição, mas como ahistória tem muitos persona-gens, resolvemos escreverem série.

Começamos pela famíliado saudoso Fayad Cozac,que chegou em Cristalina nodia 07 de setembro de 1948,vindo de Estrela do Sul, ci-dade mineira onde trabalhouno garimpo de diamantes.

Natural de Cafumbadra,na Síria, seu Fayad veio jácasado com dona Nagiba ea maioria dos filhos, se es-tabeleceu no município elogo fundou a Casa ParaTodos, que era na realidadeum armazém de secos emolhados, para, depois, fi-car só no ramo de confec-ções. Atualmente, adminis-trada por uma das filhas,Diana, a loja tem um quali-ficado e variado estoque deroupas, calçados e utilidadesdomésticas.

A família do seu Fayad em frente à casa onde morava e que hojefunciona o hotel Alô Cristalina: Jamila, Suliame, Marta, José,Marússia, o patriarca, Suleima, dona Nagiba, Maria e Diana

“Invista em Cristalina”

O risco de perder a história

Maçon assíduo, comer-ciante respeitado e chefede família exemplar, seuFayad deixou um legadode honradez e moral paraos familiares e todos queo conheceram. Ele foi umdos pioneiros do comércionão somente na Rua Goi-ás, mas em toda a Crista-lina. Pessoas assim mere-cem ser lembradas paraque as novas gerações te-nham em quem se espelharpara nortearem a vida e aconduta.

ão se sabe ao certo quan-do João Abrão chegou aCristalina, oriundo da

Bahia, no início do século pas-sado. O que se sabe é que suadescendência, que carregacom orgulho o apelido dadoem referência ao persona-gem bíblico que é conheci-do como pai da fé, tem mui-tos serviços prestados aomunicípio. Garimpeiro, car-pinteiro e açougueiro sãoprofissões que foram exerci-das por seus filhos Daniel, Be-

A família Abrãonedito, Joaquim, Cachambu,Siqueira e José, esses dois úl-timos com mais de 90 anos,um morando em Anápolis eoutro em Cristalina.

Dos filhos de João, três fo-ram vereadores: Benedito,Cachambu e Joaquim, todoslevando o sobrenome Abrão.Das gerações mais novas, asprofissões se multiplicaram,mas quem segue os passospolíticos é Marquinho Abrão,que já foi vereador por doismandatos.

e tem uma coisa que Cris-talina sabe é reconhecer eagradecer aqueles que vi-

eram para somar e contribuircom o desenvolvimento ecom a história da Serra dosCristais. E um dos homensque tem o nome grafadocomo de alta relevância nagaleria dos desbravadores queprojetaram a construção doque se vive hoje, é o saudosoApolônio Machado da Silva.

Natural de Três de Maio-RS, antes de chegar a Crista-lina Apolônio viveu cincoanos em Coxim-MS, de ondepartiu, em 1980, para aportarem Cristalina com a esposaIvone e os filhos Vanderlei,Marcos e Márcia.

Antes de vir para o muni-cípio, porém, Apolônio son-

O Dr. Otto Mohn, gran-de vulto da história de Cris-talina, de grandes serviçosprestados à historia e cul-tura do município, fez umahomenagem quando a cida-de completou 50 anos, em1966:Cristalina, no teu cinquen-tenário, / Jubileu de ouro,de tantas glórias, mil, / És ajoia de um fabuloso relicá-rio, / Guardado aqui, no co-ração do meu Brasil!

dou cidades como Rio Verde,Formosa e Unaí. “Compra-mos a primeira terra por indi-cação do senhor HermanoMelo. Como vimos que a re-gião era próspera, fomos fi-cando e estamos aqui atéhoje”, conta dona Ivone.

No início Apolônio chegou

a arrendar o hotel central, massuas atividades principaissempre foram ligadas à agri-cultura. Assim ele plantou la-vouras de milho e soja na dé-cada de 1980, mas sua marcaque é imortalizada no muni-cípio é a Plantebem, empresaque se especializou em arma-zenagem e transporte de ce-reais, na produção de semen-tes e na revenda de máquinase peças agrícolas além do Ar-roz Pequi, durante anos líderabsoluto de vendas em Cris-talina e na região.

Apolônio, que faleceu pre-cocemente em 1993, convi-dou muitos conterrâneos parase mudarem para Cristalina.Ele dizia: “se tiver que inves-tir, invista em Cristalina. Elatem futuro.” A prova está aí.

Rodolfo Mohn,Carlos Mohn Pri-mo, José Aguiar,Francisco Aguiar,Afonso Bispo, den-tre outros, o livroestá se deteriorandoe deveria ser estuda-da uma maneira depreservá-lo, já que éa maior relíquia doregistro de Cristali-na. Quem desejarconhecer o conteú-do do livro é só en-

trar em contato com a redação e adquirir aedição nº 02 do Jornal de Cristalina.

O livro que contém a ata de instalação do municípiode São Sebastião dos Crystaes (a atual Cristalina)

Cinquentenário de Cristalina

Quatro gerações da família Abrão: o saudoso Daniel, Osman,Marquinho e Marco Aurélio.

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JORNAL DE CRISTALINA18 Julho de 2013

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ão é tarefa fácil falar so-bre a origem diversa doshabitantes de Cristalina.

Há pessoas povoando essasparagens que vieram dos maisdiferentes estados e países. Láno início, final do século XIXe início do século XX, foi as-sim, com a chegada de ale-mães, franceses, sírios, mastambém de baianos, pernam-bucanos, mineiros, etc.

A constatação é que a cida-de sempre experimentou essarealidade. Até os dias atuaischegam pessoas de locais di-ferentes para viver e trabalharnesta terra boa acolhedora, quedá oportunidade para quemdeseja se estabelecer e contri-buir com o seu desenvolvi-mento e sua formação culturale social. Sendo assim, as pes-soas ficam e não querem maisir embora.

Plenamente identificadoUm exemplo vivo, dentre

tantos, é o de Olivino Sabadin,que chegou em Cristalina noano de 1985, vindo, como cen-

Terra boa e acolhedora

tenas, do sul do Brasil. A his-tória deste catarinense é mar-cada pelo trabalho na agricul-tura, pecuária, transporte e,principalmente, na área de

Se o cristalbruto já é boni-to, o que dizerdele quando la-pidado? Na ci-dade aindaexistem, talveznão sejam mui-tos, profissio-nais que resis-tem ao tempo epermanecemfirmes na ativi-dade que aguçao seu brilho: olapidário. Um deles é Wág-ner Rodrigues de Lima, quehá 35 anos conhece os mis-térios, os altos e baixos dacomercialização dos cristaislapidados.

Especialista em pingen-tes e pedras de anel, dentreoutras, Wagner trabalho demodo artesanal e conta quecompra o cristal bruto deintermediários que vão atésua casa, local onde traba-lha, oferecer os produtos.Trabalhando de segunda asábado, ele conta que já vi-veu períodos de crise.“Houve tempo em que nãotinha cristal nem pra remé-dio, mas eu não quis mu-

dar de ramo”, fala, lem-brando que muitas vezes hádificuldades até na hora devender a mercadoria paracompradores da cidade, deBrasília e Goiânia, em suagrande maioria.

Como incentivo, Wagnerconta que já recebeu finan-ciamentos através do Funmi-neral, orientado pela Asso-ciação dos Artesãos. “Não émuita coisa, mas com umjuro bem baixo, não deixa deser um apoio para nossa ati-vidade”, diz o lapidário, quesempre tem a companhia dasobrinha Mariane quandoestá trabalhando. E tambémna hora da fotografia.

lugar de Cristalina maisfrequentado durante o ano,sem sombra de dúvidas, é

a Feira Municipal Abel Caixe-ta Neto. Lá se encontram o ricoe o pobre, o católico e o evan-gélico, o espírita e o ateu, opatrão e o empregado, o gran-de e o pequeno, o velho e onovo, enfim, gente de todas asclasses, raças, credos.

O local identifica e nive-la todos os cristalinenses,que vão ali para comprarfrango caipira, carne de por-co milho verde, pamonha,cural, queijo, leite, rapadu-ra, frutos do cerrado, produ-tos orgânicos, tudo isso emuito mais vindo direto daspropriedades de pequenosprodutores rurais que traba-lham a semana inteira para

atender aos consumidoresdos produtos da “roça”.

É verdade que o local hojevende roupas e vários outrosobjetos, mas a origem, comoconta Sebastião da Silva Cos-ta, que é feirante há mais de30 anos, quando ela ainda fun-cionava “perto do Osmarzi-nho, na Rua Goiás”, é que afeira é um incentivo para oprodutor vender os seus pro-dutos semanalmente” . Depoisde funcionar no local citadopor Tião, a feira se estabele-ceu na Avenida Kaled kozac,até se mudar para onde está,no espaço construído em 1992pelo então prefeito AntoninoCamilo de Andrade.

Casado com Vera, que oacompanha no trabalho, Se-bastião conta que a feira é a

combustíveis, onde a marcaque leva o seu nome, “PostoSabadin”, fundado em 1991,ficou conhecida no municípioe além de suas fronteiras.

Casado com Claudete e paide dois filhos, Sabadin é umapessoa tranquila e humilde ese diz satisfeito com a cidadeque o acolheu. “me sinto mui-to bem em Cristalina, ondevivo com minha família, tra-balho, constituí patrimônio etenho muitos amigos” diz oempresário, plenamente iden-tificado com o município onde,inclusive, foi condecoradocom o título honorífico de ci-dadão cristalinense.

Feliz e realizadoOura história digna de re-

gistro é a do nordestino Salva-dor Amâncio Pereira, um piau-iense natural de São Raimun-do Nonato, que está prestes a

completar 40 anos em Crista-lina. Homem trabalhador e dehábitos simples, Salvadoratuou por muitos anos em SãoPaulo, capital, onde seus ser-viços em estrutura de concre-to armado - mestre em ferra-gem eram requisitados porgrandes empreiteiras.

Hoje Salvador trabalha naConstrução do ResidencialPedras Cristalinas, onde exer-ce a função de mestre de obrase não pensa mais em sair paraoutro lugar. “Sou feliz e reali-zado trabalhando aqui. Tudoque eu queria consegui emCristalina. Tenho família, ami-gos, casa, crédito. Posso dizerque não me falta nada”, afir-ma, lembrando que em 2004foi homenageado com o títulode cidadão cristalinense atra-vés de indicação do editor doJornal de Cristalina.

Olivino Sabadin: plenamenteidentificado com Cristalina

Salvador se sente feliz e reali-zado em Cristalina

A profissão que resiste O principal ponto de encontroprincipal fonte de renda da suacasa. “Eu me acostumei aqui.É o meu trabalho e se eu nãovier, sinto falta, porque todosos meus domingos são aqui”,falou, afirmando que é um pra-zer muito grande ser feirante.

Do outro lado estão pesso-as como o empresário Ed Car-los Collecto de Melo, que vaitodos os domingos na feira.“Gosto dos produtos que sãovendidos e acho que comprá-los é uma maneira de apoiar ospequenos produtores do nos-so município”, falou.

Outro frequentador assí-duo da feira é Guido Arantes.“Compro de tudo aqui, mashoje estou procurando é aba-cate”, falou o empresário,que logo saiu vários abaca-tes na mão.

Sebastião e Vera trazem seus produ-tos para a feira todos os domingos

Maquismon e sua esposa, Nilva,são feirantes há 33 anos

Ed Carlos e Guido sempre se en-contram nas bancas da feira

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JORNAL DE CRISTALINA 19Julho de 2013

Dia: 16/08/13- SEXTA-FEIRA09h- Minicurso Senar- Artesanato – “Trans-formando em Arte –Túnica (casca) do Alho eda Cebola.12h às 15h – Festival Gastronômico, almoço/ cardápio “Muito Sabor entre Quatro Amo-res”14-h – Apresentação Narrativa Teatral, resul-tado do concurso estudantil “Cristalina, 1ºPIB Agrícola do Brasil”.20h- Abertura Oficial do 4º Festival ABC daBoa Mesa - Alho, Batata, Cebola e Leite –participação especial da Banda do Exércitolocal e grupo terceira idade do Ponto de Cul-tura Itinerante, Festival Gastronômico, jan-tar / cardápio “Muito Sabor entre QuatroAmores”, feira de produtos da gastronomia,artesanato, stands institucionais, CozinhaShow com Chefs convidados e participaçãoespecial do cantor Falcão. Show Stand Upcom André 14 voltas.

Dia 17/08/13 – SÁBADO09h - Oficina Gastronômica Conceitual. Ba-tata Recheada - Caso de Sucesso – Elaine daOficina da Batata, revelação no programa“Mais Você” da Rede Globo.12h às 15h – Festival Gastronômico, almoço/ cardápio “Muito Sabor entre Quatro Amo-res”. Show voz e violão Rita e Fernando.15h- Oficina Gastronômica Conceitual. Par-ticipação especial do Instituto Federal de Bra-sília –Chef Gabriel Rocha, professor do Cur-so técnico de Cozinha. Cortes especiais emlegumes e decoração de pratos.17h- Oficina Gastronômica Conceitual – Tri-buto ao Leite /Saberes Populares – Manjar àModa da dona Nair Tolentino com o ChefHumberto Marra.19h- Festival Gastronômico, jantar/cardápio“Muito Sabor entre Quatro Amores”, showvoz e violão Lenin.21h- Espetáculo teatral “Tecendo Prosa” coma atriz e comediante Cida Mendes - Concessa.23h- Show com o violeiro Beto Pires. Dia 18/08/13 – DOMINGO10h- Premiação do Concurso Estudantil,“Cristalina -1º PIB Agrícola do Brasil”.12h- Festival Gastronômico, almoço /cardá-pio “Muito Sabor entre quatro Amores”.Show voz e violão com Leo Sodré apresen-tações culturais APAE e CTG16h- Encerramento – Orquestra de Violeirosde Cristalina

vento que será realizadoentre os dias 16 e 18 deagosto e que já está con-

solidado no calendário cultu-ral, agrícola, comercial e gas-tronômico do Estado de Goi-ás, o Festival do Alho, Bata-ta, Cebola e Leite, o ABC daBoa Mesa, de Cristalina(GO), chega, em 2013, à suaquarta edição.

Com programação defini-da e recheada de atrações, aqual oferecerá oportunidadesde entretenimento e de negó-cios, além de proporcionarconhecimento da cadeia pro-dutiva das três hortaliças e do

Organizadores preparam quarto ABC

Eu quero voar sobre a gigantesca LustosaE aterrissar no setor AeroportoPorque conheço bem essa imponente terra,Onde já garimpei no CristalE bamburrei na Serra Velha.

Não vou derrapar no DNER.Caminharei até o Jardim Planalto,E de volta ao CruzeiroCom vontade de ir ao Rio de Janeiro,Não sem primeiro passar na GuanabaraE pegar as bênçãos da Santa ClaraSabendo que aqui é uma Cidade Nova.Que se renova, sempre.

E se é para ir até a Vila MutirãoVou também a Vila São JoãoCom passagem pelo Henrique Côrtes,Que abre as portas da Vila Andrade.Lugar que se avista o RecursoPara correr até o JKEm busca do TopázioQue contempla a fé VicentinaAté chegar ao Belvedere.

E se tinham duas Cristalinas,A Velha e a Nova,O progresso fez uma virar Centro.Mas a outra permanece intacta,Como o terno e eterno berçoDa cultura, da história, da fé, da devoção...

Isso é minha Cristalina!Cidade goiana de louvor febril,Cravada em ponto firmeNo coração do meu Brasil.

Eliézer Bispo

leite, o Festival tem comoobjetivo principal a divulga-ção dos produtos que com-põem a cadeia do ABC. Aexpectativa dos organizado-res é que a movimentaçãoserá muito grande nos dias doFestival, haja vista que o nú-mero de visitantes só aumen-ta a cada edição.

PalestrasDurante quase um mês, 19

turmas do nono ano de esco-las municipais, estaduais eparticulares de Cristalina par-ticiparam do projeto PalestrasABC da Boa Mesa. Quatro-centos e cinquenta e nove es-

tudantes das zonas urbana erural receberam informaçõessobre as boas práticas na pro-dução saudável e sustentáveldos alimentos e como Crista-lina chegou ao posto de 1ºPIB Agrícola no Brasil

Capacitação de garçonsNo período de 15 a 19 de

julho, a organização do even-to, em parceria com o SebraeGoiás, promoverá o curso decapacitação para 25 garçons.Eles serão responsáveis porservir o cardápio “Muito Sa-bor entre Quatro Amores”,além de petiscos, doces e be-bidas.

Márcio Braga, Luciete, Airton Arikita, Paula Arikita, Yone,Eliza, Reinaldo Figueiredo, Sônea Stival (Sebrae) e SimaraBrow em reunião preparatória do ABC

Parabéns Cristalina! Você nos transporta com segurança para o futuro

s advogados do escritóriode advocacia Eliane Leo-nel de Campos e Advoga-

dos Associados agradecem aclientela que deposita confi-ança em seu trabalho, desem-penhado há 30 anos com res-ponsabilidade e zelo com afinalidade de contribuir parao crescimento de Cristalinaem todos os aspectos.

Comandado pela Dra Eli-ane Leonel de Campos, o es-critório conta ainda com osadvogados Miguel AlexandreFilho, presidente da Subseçãoda OAB e Samuel dos SantosBispo.

A boa notícia que chega nomês em que se comemora oaniversário de Cristalina, éque sua colaboradora maisantiga, Lucimar Conceição,acaba de ser aprovada no exa-me da OAB e será a maisnova integrante da equipe,que reconhece na cidade umótimo local para se viver e tra-balhar, pelo fato de seus as-pectos econômicos, sociais eculturais, aliados às riquezasnaturais e ao carinho e hospi-talidade do povo, se constitu-írem em fatores que propici-am a oportunidade do plenoexercício da profissão.

Gratidão e reconhecimento

garçom mais conhecido e festejadode Cristalina é o Zé Maleta. Sem-pre bem trajado, com vestimenta

impecável, ele atende a clientela daChurrascaria Rodeio com presteza e efi-ciência pelo fato de dominar bem a pro-fissão que conhece há várias décadas.Maleta é uma figura, pode-se dizer as-sim, folclórica, já que é festejado nãosomente pelos frequentadores da chur-rascaria, mas por onde passa, motivopelo qual merece uma homenagem daedição especial do Jornal de Cristalina.

O folclórico Zé Maleta

De bairro em bairro- e vilas

Programação do ABC

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JORNAL DE CRISTALINA20 Julho de 2013

GENTE QUE BRILHA

O pequeno Miguel, em seu “alazão”, desfilasimpatia e ternura na sua inocente prática decavaleiro

Luiz Guilherme, filho de Tiago e Priscila,soprou a primeira velinha no Clube Sesal, ondea alegria comandou a bonita festa.

Orgulho dos pais Suzana e Rodrigo, a prince-sa Jordana comemorou um aninho com todosos ingredientes que a ocasião merece.

A encantadora Luíza, que adorna o lar de Lo-ren e Luiz Henrique, teve como palco para acelebração do primeiro aniversário, a casa dosbisavôs, Alvina e Jerônimo.

Os empreendedores Fábio Amorim e Thiago Silva re-ceberam a visita dos futuros moradores do ResidencialDona Deja: Gelson Bedin, a esposa Ivone e a filha Isa-bela. A família vistoriou e gostou da qualidade e do bomandamento da obra.

Sob o testemunho de familiares e uma grande quantidadede amigos, Wenderson e Eliene colocaram as aliançasna mão esquerda no dia 29 de junho. O belíssimo enlace,ocorrido na igreja São Sebastião e festejado na AABB,foi registrado pela competente equipe da Klick Digital.

Uma linda festa marcou o aniversário de Maísa Siscato. Aolado do esposo, Clayton, dos filhos e neta, ela recebeu con-vidados no requintado ambiente que lembrou os anos 1960.

Sempre educado e atencioso, o Major Efigê-nio, comandante da PM local, juntinho à mu-lher, Viviane, em click especial para a coluna,durante a reunião festiva do Rotary Club e Casada Amizade.

Os advogados Silviane e Castelo Branco es-banjando felicidade ao lado de Maria, uma joiapreciosa que Deus enviou ao lar do casal.

Cercada de carinho e afeto, Dona Eudoxia, quevive atualmente no Lar dos Idosos, administra-do e mantido pela Igreja Católica, completou100 anos de existência. Ela recebeu o abraçofraterno da amiga Doró e de dezenas de pesso-as que a admiram e consideram.

Fernando e Sil, na comemoração do aniversá-rio do Pankadão II, no mês passado. Pareceque a alegria era pouca...

FOTOS: KLICK DIGITAL - 3612-4377

FOTO: LÉO RIBEIRO