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  • 8/13/2019 Jornalismo economico linguagem jornalstica

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    Krita Cristina Francisco 22222

    Resumo:A linguagem especializada continua a aparecer naspginas dos jornais dirios, em especial, nos cadernos de economia.O economs, como foi chamada essa linguagem nos anos 1970,pelo jornalista Carlos Lacerda, ainda hoje est presente, com siglas,nmeros e termos tcnicos nas matrias de economia em jornais detodo o pas, comprometendo diversas caractersticas da linguagemjornalstica e dificultando a compreenso por parte do leitor.

    Palavras chave: economs, linguagem especializada, jornal

    impresso, leitor.

    Abstract:The specialized language continues to show up in thedaily newspapers pages, specially in the economics ones. Theeconoms, as this special language was named in the early 1970s,by the journalist Carlos Lacerda, is still present, with acronyms,numbers e technical terms in the economics articles of newspapersof all the country, endangering several features of the journalistlanguage and making the readers understanding more difficult.

    Keywords: Economs, specialized language, print newspaper,

    reader.

    11111 O presente estudo parte dapesquisa para obteno do ttulo demestre em Cincia da Informao pelaUniversidade de Braslia.

    22222 Mestre em Cincia da Informaopela Universidade de Braslia, com

    pesquisas na rea de LinguagemJornalstica e Radiojornalismo. Especialistaem Imagem e Som e Traduo. J atuouem jornal impresso, TVs e assessoria deimprensa.

    TTTTTrinta anos depois: o uso do economs nosrinta anos depois: o uso do economs nosrinta anos depois: o uso do economs nosrinta anos depois: o uso do economs nosrinta anos depois: o uso do economs noscacacacacadernos de economia dos jornais imprdernos de economia dos jornais imprdernos de economia dos jornais imprdernos de economia dos jornais imprdernos de economia dos jornais impressosessosessosessosessos 1

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    1 IntrIntrIntrIntrIntroduooduooduooduooduo

    Para a retrica tradicional e clssica a imprensa tem o carter de informar, detornar os indivduos conhecedores dos fatos e do mundo, em suma, de trazeracontecimentos da esfera pblica em todos os nveis para a casa das pessoas. Aimprensa seria o retrato condensado do mundo em pginas de jornal, de maneirareflexiva, como um espelho dos fatos da sociedade.

    No entanto, Marcondes Filho (1993) lembra que esta era uma viso ingnuado jornalismo, j que ele nem mesmo agora nem na sua origem foi qualquer coisaparecida com esta reproduo fiel de mundos. Jornalismo , ao contrrio,essencialmente seleo, ordenao, atribuio ou negao de importncia deacontecimentos dos mais diversos[...] (Marcondes Filho, 1993: 126-127).

    A transformao de um fato ou acontecimento em notcia jornalstica umprocesso que precisa passar por algum que rena os fatos, dentro de umadeterminada ordem, definida segundo critrios, sejam esses de tempo ou derelevncia. Esse algum, no caso, o jornalista.

    Gomis (1991: 36) pontua que o jornalismo um fenmeno de interpretao,mais exatamente um mtodo para interpretar periodicamente a realidade. A notcia

    seria interpretao por ser resultado de um processo de produo, fruto de umprocesso produtivo que possui regras prprias de coleta, pesquisa, seleo,verificao, redao, edio e divulgao.

    O processamento mental da informao pelo reprter inclui a percepo doque dito ou do que acontece e a sua insero em um contexto (o social) e, almdesse, toda informao guardada na memria e a produo de nova mensagem,que ser levada ao pblico a partir de uma estimativa sobre o tipo de informaoque esse pblico precisa ou a qual queira receber (Lage, 2004: 22-23).

    O jornalista funcionaria, deste modo, como intermedirio entre o fato ou afonte de informao e o leitor. De acordo com Martins Filho (1998), o jornalista

    escreve para todos os tipos de leitores e todos, sem exceo, tm o direito deentender qualquer texto, seja ele poltico, econmico ou internacional.Perdas ou distores podem ocorrer durante esse processo de interveno

    jornalstica de acordo com Kientz (1973: 85-86). Um desses processos otratamento da informao em funo da inteligibilidade nele a intervenojornalstica acontece por meio da utilizao de tcnicas que possibilitem acompreenso da notcia pela mdia dos leitores. O fato condensado em tornode algumas palavras-chave, mas muitos elementos podem ser incorporados paraaumentar a redundncia, como repeties e explicaes, que sem trazer nada denovo, auxiliam o leitor numa melhor compreenso da mensagem.

    Tanto no jornalismo escrito como no rdio e na TV a narrativa final quedefine a qualidade da informao, a personalidade pblica do jornalista, seu padrotico e profissional. Kucinski (1996: 167) lembra que o bom jornalista procura teruma boa narrativa, ser um bom contador de histrias:

    A intencionalidade do jornalista pode ou no ser compartilhada pelos leitores. O texto tambm a base de um dilogo com o leitor, e por isso o jornalista deve deixar que eletire suas prprias concluses. Deve ser claro no uso dos cdigos de linguagem, emespecial vernculo (Kucinski,1996: 167).

    2 O te2 O te2 O te2 O te2 O texto jornalsticoxto jornalsticoxto jornalsticoxto jornalsticoxto jornalstico

    O material jornalstico caracteriza-se por sua atualidade, universalidade,periodicidade, que a durabilidade limitada, e difuso. Uma das caractersticas da

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    linguagem jornalstica a coerncia. Esta se caracteriza pela veiculao de sentidospor meio da articulao de elementos subjacentes a superfcie textual que constituemessa configurao capaz de veicular sentidos.

    Lustosa (1996: 81) salienta que o texto da notcia deve ter quatro elementosessenciais para ser considerado um bom texto: a objetividade, a conciso, a precisoe a clareza. Com relao clareza o autor afirma que o jornalista s deve falarsobre o que sabe, caso contrrio acaba dizendo tolices.

    A simplicidade e a clareza so duas exigncias fundamentais da linguagem

    jornalstica. Com a simplicidade objetiva-se o alinhamento dos fatos uns a seguiraos outros e no da integrao uns nos outros. J com a clareza procura-se conduziro leitor a compreenso dos fatos sem tropear nas palavras.

    Segundo Letria & Goulo, uma linguagem clara significa a utilizao depalavras e construes de frases acessveis a pessoas de diferentes nveis culturais.S assim os jornais conseguiro penetrar ampla e profundamente entre as

    populaes(Letria & Goulo, 1986: 93).

    Na viso de Kucinski (1996) a clareza de raciocnio importante para sechegar clareza da linguagem. As idias tm de estar claras para que o texto sejaclaro. Existe uma ao, um sujeito e algumas conseqncias. A localizao danatureza exata dessa ao leva a escolha do verbo que a descreve de forma mais

    expressiva:

    Para cada ao um verbo especfico, para cada verbo, uma ao. Da mesma forma, deve-se usar uma frase para cada afirmao. E evitar mais de uma afirmao para cada frase.Deve-se usar um pargrafo para cada raciocnio completo e evitar mais de um raciocniocompleto por pargrafo (Kucinski, 1996: 170).

    Isso porque todo ato social que implique em transmisso de informao um processo seletivo. Transmite-se, divulga-se, faz-se publicidade dos fatos, dasteorias das vises de mundo, das crenas que interessam, conscientemente ou no(Marcondes Filho, 1993 : 134-135).

    A informao torna-se, portanto, matria-prima fundamental e o jornalista um tradutorde discursos, j que cada especialidade tem jargo prprio e desenvolve seu prprioesquema de pensamento (compare-se a fala de um diplomata com a de um militar ou ade um assistente social com a de um economista)( Lage, 2004: 22- 23).

    De acordo com Martins Filho (1998), o texto jornalstico deve ser claro,preciso, conciso e objetivo, pois no justo exigir que o leitor faa complicadosexerccios mentais para compreender o texto:

    O estilo jornalstico um meio-termo entre a linguagem literria e a falada. Por isso evite

    tanto a retrica e o hermetismo como a gria, o jargo e o coloquialismo. Com palavrasconhecidas de todos possvel escrever de maneira original e criativa e produzir fraseselegantes, variadas e alinhavadas.

    Dispense as palavras e formas empoladas e rebuscadas, que tentam transmitirao leitor a idia de erudio. O noticirio no tem lugar para termos assim.

    Matins Filho (1998) lembra ainda que alguns termos podem ser familiaresao jornalista, mas no ao leitor. Por isso, seja explcito nas notcias e no deixenada subentendido. S recorra aos termos tcnicos absolutamente indispensveise nesse caso coloque o seu significado entre parnteses( Martins Filho, 1998).

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    grupo profissional - pela significao que os vocbulos possuem ou adquiremnele. O conjunto de tais vocbulos constitui a linguagem tcnica ou especial(Faulstich, 2004: 48).

    Nas linguagens especializadas, por se tratar de reas tcnico-cientficas, existea predominncia do uso da linguagem escrita e conseqentemente, de grficos,figuras e ilustraes que representam visualmente o contedo dos textos. Siglas,frmulas e outros smbolos tambm so empregados com o objetivo de elucidarou sintetizar um termo. Esses artifcios funcionam como suportes da mensagem.

    As formas de texto utilizadas nas cincias experimentais e aplicadas sediferenciam das formas de texto utilizadas pelas cincias especulativas geralmentediscursivas, apresentadas sob formas de ensaio. As regras morfolgicas e grafemticasso relevantes nas linguagens especializadas. Nelas so empregadas razes gregas elatinas, por meio da prefixao, sufixao ou derivao para a formao dos termosda rea, especialmente nas lnguas que no Ocidente, participam da tradio culturalgreco-latina (Sager, 1990: 148).

    A linguagem tcnica ou especial caracteriza-se por introduzir inovaes eapropriar-se de modo peculiar de outros termos da linguagem, comum ou geral.As modificaes que um grupo scio-profissional introduzem na lngua sochamadas de jargo (Faulstich, 2004: 48).

    No parecer de Letria & Goulo, a linguagem tcnica no seria adequada aojornalismo:

    Os jornais no se destinam a setores de opinio especializados e familiarizados comdesignaes e mecanismos mais complexos. Um jornalista confrontado com a necessidadede fazer um trabalho tcnico deve fazer todas as diligncias para compreender aspectosfundamentais do assunto, a fim de os explicar depois em linguagem comum (Letria &Goulo, 1986: 95).

    5 Jornalismo econmico o incio5 Jornalismo econmico o incio5 Jornalismo econmico o incio5 Jornalismo econmico o incio5 Jornalismo econmico o incio

    No fim dos anos 50 e incio dos anos 60 que surgem as primeirascaractersticas da imprensa atual. Um perodo em que o pas vivenciava o Golpede 64 e o controle da imprensa, regulados pelos Atos Institucionais e pela novaLei de Imprensa.

    Devido ao extremo controle exercido pelos militares e com a ausncia deatividade poltica, o jornalismo poltico vai se definhando. Reprteres, colunistas ecronistas se vem obrigados a mudar de rea de cobertura, so desviados de suasfunes dentro da prpria empresa ou simplesmente demitidos.

    E 1968 o ano em que o jornalismo poltico praticamente desaparece da

    imprensa nacional devido a censura. Nesse mesmo perodo, a dvida externa aumentae com a poltica paralisada, aumentam os financiamentos disponveis para o Brasil.Criam-se mecanismos de incentivos entrada da moeda estrangeira no Pas, como intuito de acelerar o crescimento econmico.

    Na dcada de 1970, os meios de comunicao e as atividades culturaiseram vigiados pela polcia. Tudo o que desagradava ao governo era severamentecensurado. O regime militar no admitia crticas, nem ao menos oposio pacfica.

    O quadro poltico acabou por destinar vrias pginas dos jornais a assuntoseconmicos e a excluso de praticamente todas as informaes sobre questespoltico-partidrias ou de temas relacionados com os conflitos sociais.

    Nos anos 1970 os jornais passaram a dar destaque ao noticirio econmico,no s porque as notcias sobre poltica sofriam forte censura, mas tambmporque a economia tornou-se um dos temas centrais do regime militar.

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    Foi nessa poca que nasceu o jornalismo econmico como conhecemos hoje. At osanos 70, o noticirio econmico era essencialmente financeiro ou comercial, voltadopara informaes prticas: cotao da bolsa, informaes sobre o cmbio, entrada esada de navios, preos e produo de produtos agrcolas. Quando outros temas apareciam,no vinham acompanhados de anlise, pois no existia um grupo de jornalistasespecializados em assuntos econmicos nas redaes. No existia uma cobertura regulardo desempenho das empresas, nem dos diversos setores da economia (ABREU, 2002:21).

    Com a restrio aos assuntos polticos e com as variaes no mercadofinanceiro, os cadernos de economia ganharam espao. O jornalista passou a seespecializar ainda mais, a fim de poder traduzir a linguagem dos tecnocratas e,com isso, ampliou-se o espao destinado aos assuntos econmicos (Lustosa, 1996:111).

    As editorias de economia foram tambm usadas como instrumento dedivulgao da poltica econmica do regime militar. Era importante para o governodaquela poca que a imprensa divulgasse as conquistas e os avanos econmicos,na medida em que a economia se tornou a moeda de legitimao poltica para osmilitares. Houve uma grande expanso dentro dos rgos oficiais de assessorias

    de relaes pblicas, encarregadas de divulgar as obras e os investimentos realizadospelo governo federal e pelos governos estaduais.

    6 Os primr6 Os primr6 Os primr6 Os primr6 Os primrdios do economsdios do economsdios do economsdios do economsdios do economs

    Nos primeiros anos de 1970, segundo Dines (1996: 72) os jornalistas quecobriam a rea econmica tiveram que enfrentar as barreiras da falta deconhecimento especializado em economia. As informaes da rea econmicaeram obtidas junto aos tecnocratas que utilizavam uma linguagem conceitual dedifcil compreenso para o pblico leitor, e muitas vezes os jornalistas reproduziam

    as informaes tal como lhes eram transmitidas, sem decodificao, com apenasalgumas adaptaes para a linguagem comum. A nova linguagem, formada porjarges econmicos, siglas e termos em ingls que passou a integrar o cotidianodo noticirio recebeu a designao de economs, expresso cunhada por CarlosLacerda.

    O jornalista de economia Aloysio Biondi (1974:15) escreveu com relao linguagem econmica quando indagado sobre uma matria econmica, publicadanum dos veculos da Editora Abril:

    A minha concluso (...) foi a de que os jornais tinham passado anos procurandoprofissionais que escrevessem em linguagem inteligvel, mas que , de alguns anos para

    c, o ideal passou a ser o profissional que no escrevesse em linguagem que todosentendessem (Biondi, 1974:15).

    Para Biondi um dos males do jornalista econmico do fim da dcada de 60e incio dos anos 70 foi identificar-se demasiado com os porta-vozes, ser recebidoe desfrutar do privilgio de obter para si as informaes: Para ele, mas no para oleitor, para coletividade, para a opinio pblica(1974:20). nesse momento que,segundo o autor, surgem expresses em voga: novos patamares, medidas paraagilizar o mercado, que em suma, no dizem nada porque no interessa dizernada.

    A ritualizao da linguagem do jornalismo de economia acionada ainda

    por uma srie de palavras novas ou antigas com sentido novo, recriadas, expressandoaes transformadoras da realidade scio-econmica. So os neologismos quecontm um elevado grau de abstrao, mas que do um colorido caracterstico

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    todo particular e um movimento especfico ao texto jornalstico (Quinto, 1987:105).

    Biondi (1974) relata que a linguagem do jornalismo econmico era umalinguagem que refletia muito mais interesses que no eram do grande pblico topouco os da coletividade. Desde os tempos de Delfim Neto, nos anos 70, osjornalistas da rea econmica consideravam a macroeconomia como fundamentala vida do brasileiro.

    7 Cobertur7 Cobertur7 Cobertur7 Cobertur7 Cobertura econmica aa econmica aa econmica aa econmica aa econmica atualtualtualtualtual

    Do final da dcada de 1970 at os dias atuais, o jornalismo econmicosofreu alteraes, mas que no foram marcantes ou que apontassem para umdiferencial considervel nas caractersticas das matrias.

    Para Marcondes Filho (1993: 105) a prtica jornalstica torna-se neste novomomento, a da imprensa minimalista. A economia no trabalhada do ponto-de-vista de sua relao com o Estado, com a sociedade maior, da perspectiva dastendncias e rumos, enquanto organicidade do sistema. As matrias desta editoriaso produzidas apenas com vistas a darem informaes aos leitores sobre

    investimentos ou prticas de sobrevivncia na selva econmica.De acordo com Kucinski (1996: 181) o pblico referencial da informao

    econmica deve ser a populao em geral, mesmo que seu pblico funcional, epor isso o estilo do texto, seja especfico. A economia e as polticas econmicasdevem ser julgadas pelo critrio do interesse pblico.

    E, ao mesmo tempo, um reprter s conquista a confiana de quem lhefornece informaes quando seu trabalho, uma vez publicado, um atestado decompetncia- no contm erros de informao , fiel aos fatos apurados e noso esquentados, escrito com objetividade, clareza, simplicidade e trata deassuntos relevantes para o pas e a sociedade (Caldas, 2003: 50).

    Para Amaral (1987):Na imprensa brasileira reina tambm a desigualdade. Pequena parte da informao atual, bem feita, digerida e entregue ao pblico sem a mcula da repetio. Pondervelparte, porm , repetio pura e simples da notcia e da anlise anteriormente processadaspelo grande pequenos setores empresariais, com ajuda dos servios de relaes pblicase divulgao .

    Para Lustosa (1996: 131) os fatos econmicos sempre indicam situaesque afetam a vida das pessoas, pois divulgam fenmenos ou medidas governamentaisrelacionadas com bens ou ganhos de uma parcela pondervel de pessoas.

    A notcia no jornalismo econmico est caracterizada pelo uso de dezenas

    de palavras que pouco ou nada significam para o pblico leitor e que por issotornam tambm a leitura do texto de economia excessivamente hermtica e elitista(Quinto, 1987: 102).

    8 Lingua8 Lingua8 Lingua8 Lingua8 Linguagem do Jornalismo Econmicogem do Jornalismo Econmicogem do Jornalismo Econmicogem do Jornalismo Econmicogem do Jornalismo Econmico

    A linguagem constitutiva de quem a formula, envolve todo o processo deestruturao do saber e do conhecimento de cada um e de cada coletivo, deacordo com Kucinski (1996:168). Os economistas apenas aparentemente usam alinguagem comum.

    No jornalismo dedicado a economia, um dos principais problemas delinguagem est no fato de ele se dirigir a pelo menos dois pblicos bemdiferenciados, que se comunicam por cdigos prprios: de um lado, especialistas,

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    Um outro problema apresentado, s que ao contrrio deste primeiro, ojornalista responsvel pelas matrias de economia, que peca pelo excesso deconhecimento e pela incapacidade de traduzir seu tpico ao nvel do leitor. Quantomaior o conhecimento em determinado assunto, maior a tendncia de simplificar,ou por meio do uso de termos tcnicos ou pela prpria omisso de explicao oudetalhes.

    Alguns dos nossos melhores comentaristas econmicos empregam com freqncia

    palavras como drawback, crdito stand-by, uma srie de coisas que obriga o leitor leigoa pensar duas vezes, quando no a perguntar ao amigo mais prximo, se h, a significaode tais expresses(Amaral, 1987).

    Para Amaral (1987) os bons redatores de economia no divergem sobre umponto: a notcia econmica, tanto quanto a cientfica, carece de interpretaoimediata. Uma portaria ministerial a respeito de importao de produtosmanufaturados, por exemplo, pouco ou quase nenhum valor tem para o homem

    da rua se no vier acompanhada de uma explicao fcil.

    Na viso de alguns jornalistas e editores, o economs ainda tem espao nasmatrias de economia por falta de preparo. Adriana Wilner, editora da revista

    Pequenas Empresas & Grandes Negcios, concorda que, de maneira geral, nacobertura de economia, e mais acentuadamente em finanas, h to-somente atransmisso de informaes, sem qualquer questionamento. Para ela, por preguia,falta de preparo do reprter ou mesmo falta de planejamento dos veculos, no feita a reflexo crtica, o embate de idias. A editora critica ainda o tom declaratriodas pginas de economia da imprensa brasileira .O ministro disse isso, o presidentedo Banco Central disse aquilo...O problema que no se traduz o que eles quiseram

    dizer. Os jornalistas repetem como papagaios o que lhes dito 55555.Sobre a preguia jornalstica, Kucinski (1996: 170) tem seu parecer:

    Deve ser evitada a linguagem burocrtica, de contedo irrelevantes ou acessrios. [...] alinguagem burocrtica sintetiza quase todos os defeitos do fazer jornalstico brasileiro: odesprezo pelo leitor, o descuido com a informao, a preguia jornalstica, a despolitizaoda informao (Kucinski, 1996: 170).

    Quinto (1987:109) pontua que muitos jornalistas simplesmente absorvemas categorias da linguagem econmica, mas no sabem exatamente como traduzi-la para o leitor comum. Denise Neumann, do dirio Valor Econmico compartilhada mesma opinio:Quando a matria tem muito economs porque o jornalistano entendeu o que o entrevistado falou 66666.

    Outra tentativa de explicao para o uso do jargo nos cadernos de economiaseria a de que o jornalista escreve basicamente para a fonte 77777 e no para o leitor.Setti (2005) afirma que muitas vezes, mesmo que de maneira inconsciente, ojornalista se utiliza de uma linguagem empolada e sente-se satisfeito ao receberum elogio de um economista. Deste modo, o emprego dos termos tcnicosdemonstra conhecimento, autoridade e poder.

    Amaral (1987) cita o seguinte comentrio de Robert Salmon, presidente ediretor-geral do jornal francs France-Soir:

    A qualidade da informao continua ainda desigual: informaes pouco digeridas oumal digeridas, informaes pouco controladas, informaes comumente influenciadaspor trabalho de anlise j efetuado pela imprensa especializada ou publicaes profissionais.

    A tal ponto que a liberdade de informao econmica pode ser, muitas vezes, discutida.

    55555 Adriana Wilner. Ent revista a alunosda Faculdade Csper Lbero, disponvelno endereo:h t t p : / /www . f a c a s p e r . com . b r / j o /reportagens.php?tb_jo+&id_noticias=330

    66666 Denise Neumann. Entrevista a alunosda Faculdade Csper Lbero, disponvelno endereo:h t t p : / /www . f a c a s p e r . com . b r / j o /reportagens.php?tb_jo+&id_noticias=330

    77777 Qualquer pessoa que possa prestar

    informaes fidedignas a um jornalistapara fins de noticirio. Definio deERBOLATO, Mrio (1985). Dic ionrio dePropaganda e Jornalismo. Campinas:Papirus Editora.

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    As informaes destinadas aos consumidores no lhes so adaptadas. O grande pblico,o dos jornais dirios, continua, ainda mal informado sobre os complexos problemas quelhe chegam ao conhecimento por intermdio das notcias distribudas pelos organismosoficiais e por aquelas fornecidas diretamente pelas indstrias.

    Na viso de Sarcinelli (1997)a concentrao de notcias empresariais nonoticirio econmico dos jornais brasileiros presentes em matrias sobre as taxascambiais, importaes e exportaes, supervit entre outros - afasta o jornalismo

    econmico do papel de promotor do bem-estar social. A limitao dos temas eforma nebulosa como so tratados pela maioria dos jornalistas econmicosdesestimula o debate social, na medida em que a realidade omitida ou empregadade forma to distante da realidade de milhes de leitores brasileiros, de classebaixa e mdia.

    Alguns autores, no entanto, pontuam que a grande dificuldade para redigiruma notcia econmica causada pela impossibilidade de se encontrar termoscoloquiais para substituir as expresses tcnicas:

    Em verdade no se pode apenas acusar o redator de economia de dificultara interpretao ou decodificao. O que ocorre, excludos os exageros, a

    impossibilidade efetiva de substituir muitas vezes as expresses tcnicas das notciaseconmicas por expresses coloquiais (Lustosa, 1996:133).

    As matrias de economia deixam de ser interesse da grande maioria dapopulao que, sequer conhece a realidade e a razo dos nmeros e termosexpressos nos cadernos. Essa considerao com a sociedade deveria serfundamentada no esprito do jornalista desde a sua formao:

    A abertura para o todo, conceito defendido pelo filsofo Josef Pieper, em seu ensaiosobre o papel da universidade - onde lembra que o esprito de uma instituio destanatureza deve ser o de reunir todos os valores, tudo o que cerca o homem, e noseccionar a realidade -, serve como uma luva para o jornalismo econmico, dentro doque deveria ser o seu verdadeiro papel: espelhar a realidade, para que a sociedade, vendoa si mesma, busque as mudanas que se fazem necessrias para promover o bem estar detoda a populao (Sarcinelli, 1997).

    111110 Anlise da coleta de termos0 Anlise da coleta de termos0 Anlise da coleta de termos0 Anlise da coleta de termos0 Anlise da coleta de termos

    A coleta de termos foi realizada por um perodo de sessenta dias, noscadernos de economia de dois jornais dirios de Mato Grosso do Sul, O Estadoe Correio do Estado. As palavras foram identificadas como sendo termos tcnicos

    da rea de economia quando constavam no Glossrio de Termos Econmicos doBanco Central.Ao todo foram identificados 177 termos da rea econmica, muitos com

    emprego recorrente, como o termo Selic, que contabilizou 35 ocorrncias. Algunstermos se repetiram com maior freqncia, em especial, siglas e acrnimos. Aquantidade de termos em ingls e termos tcnicos sem traduo ou explicao,tambm chamaram a ateno.

    111111 T1 T1 T1 T1 Termos em inglsermos em inglsermos em inglsermos em inglsermos em ingls

    Os termos em ingls apareceram com freqncia. Apesar de muitos fazeremparte da linguagem especializada em economia, poderiam ser substitudos porsinnimos. Alguns exemplos: royalties, commodities, spreads, hedge funds, blue

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    chips, default, delivery, e-bit, dumping, high yield, joint venture, swap, market share,traveller check, treasuries, tag along.

    Os termos em ingls alcanaram as pginas dos jornais onde permanecemat hoje- a partir da dcada de 1970 graas aos economistas e responsveis pelossetores econmicos:

    A linguagem importada, que funciona como um cdigo internacional da sociedadecapitalista contempornea ser absorvida, em primeiro lugar, pelos tcnicos brasileiros

    que a introduzem em seus relatrios. Em seguida, atravs dos porta-vozes oficiais- ostecnocratas- ganha as pginas dos jornais e se legitima (Quinto, 1987: 103).

    Para Kucinski (1996: 169), dada a complexidade das situaes de economia,a clareza s pode ser alcanada se o jornalista entender o fenmeno econmicoque se prope reportar ou analisar. Caso contrrio, muito improvvel que anarrativa seja clara. O recurso dos jornalistas que no entendem bem o tema deque esto tratando o de se protegerem com as palavras difceis do jargo doseconomistas e com expresses do ingls.

    Outros termos especficos da rea econmica foram usados , tais como:supervit, dficit , Risco Brasil, ativos, cmbio flutuante, C-bond, Dieese, emisso de

    bnus, fuga de capitais, Nasdaq , papis, sem vis, volatilidade, dessazonalizado,fundo de penso, antidumping, Embi , bnus, cmbio, cmbio controlado, cmbiofixo, colcho de liquidez, dividendos, emisso de ttulos, fludos de penso, fluxocambial, front externo, fundos de renda fixa, Ibovespa, ndice dessazonalizado ,Dow Jones, inflao acumulada, inflao projetada , papis brasileiros, papis detaxa fixas, papis ordinrios, pauta fiscal, preos administrados, preos livres, preosmdios, risco pas, saldo acumulado, saldo de balana, ttulo, ttulo da dvida,valor adicionado, valor agregado, valor de face.

    Alm disso, diversos homgrafos como cmbio, cmbio controlado, cmbiofixo, supervit, supervit acumulado, supervit comercial, supervit nominal, supervit

    primrio taxa bsica, taxa bsica de juros, taxa projetada, taxa Selic, entre outras.

    111112 Siglas e indica2 Siglas e indica2 Siglas e indica2 Siglas e indica2 Siglas e indicadordordordordoreseseseses

    O uso de siglas tornou-se tambm uma prtica corriqueira nos textosnoticiosos do jornalismo de economia a partir dos anos 60. Desde ento, elas tmse multiplicado por todos os setores de economia, atingindo principalmente otexto jornalstico. Na rea econmica existem centenas de siglas de uso correnteque vo desde nome das instituies at de indicadores oficiais.

    Outra caracterstica marcante dos textos de economia dos jornais so osnmeros ou percentuais fechados em quadros ou tabelas que aparecem at mesmo

    nos ttulos e nas primeiras pginas dos jornais. Quinto (1987: 108) ressalta queo leitor submetido a uma srie de indicadores, como grficos e tabelas cujacomposio deve ser aceita, apesar de que isso, muitas vezes, pode comprometera verdade.

    De acordo com as regras de redao jornalstica, siglas e palavras em ingls,assim como termos tcnicos devem ser explicados ou substitudos por sinnimosmais simples ou mais conhecidos.

    Algumas das siglas e dos acrnimos coletados durante o perodo analisadoe com a seguinte frequncia de ocorrncia: Selic (35), Copom (34), IPCA (25), PIB(23), IGP-M (11), Cofins (10), CSLL(8), FED (8), IGP-DI (8), ICMS (7), IPA (6), PIS

    (6), INCC (3), IPC (3), FCO (2), FGTS (2), CNI (2), BIRD (1), CMNI (1), FMI (1),IPCS (2), IPI (2), IOF (1), IPEA (1), IPV (1), IRF (1), VBP, VGBL.

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    Segundo Quinto (1987: 108) apesar dos grficos e tabelas serem usadoscom o objetivo de ilustrar os textos, quando os dados se apresentam hermticos,a falta de costume do pblico de recorrer a eles para melhor compreenso danotcia ajuda a tornar mais confuso e menos atrativo o texto do jornalismo deeconomia. Isso porque embora disseminados por todos os jornais, poucos so osque sabem usar estes recursos com a devida clareza.

    Lustosa (1996: 132) explica que pelas dificuldades de se relatar os fenmenoseconmicos em um bom texto jornalstico, os indicadores econmicos- como

    cotaes do dlar, renda da poupana, valor do salrio mnimo, entre outro-acabaram ganhando um espao especial, aparecendo obrigatoriamente em todosos grandes jornais.

    Se formos chatos, burocrticos, hermticos, os leitores simplesmente passaroao largo dos nossos textos. Se, ao invs disso, formos rpidos, descritivos, atentos,competentes, emotivos e apaixonados em nosso texto, as pessoas certamente sevoltaro para ns e o tipo de jornalismo que praticamos(Basile, 2002: 113).

    111113 Concluso3 Concluso3 Concluso3 Concluso3 Concluso

    A presente pesquisa teve como objetivo como verificar se o economs,emprego de termos tcnicos nas matrias de economia, continuavam a ocorrer, emespecial, nos dois jornais mais importantes da capital de Mato Grosso do Sul:Correio do Estado e O Estado.

    Para tanto foi realizada uma compilao de sessenta edies de cada umdos jornais, de onde foram extrados os termos tcnicos- identificados como jargopor constarem no Glossrio do Banco Central, especfico para assuntos econmicos.Por meio da anlise pode-se perceber que os termos tcnicos aparecem comfreqncia considervel nas matrias.

    Por meio da Terminologia, objetivou-se identificar a diferena entre termos e

    o lxico comum, assim como a linguagem especializada e a linguagem comum. Ojornalismo utiliza-se da linguagem comum, embora tenha sido observado o empregoda linguagem especializada, prpria dos experts da rea econmica.

    As maiores ocorrncias foram as siglas e os termos em ingls, sem traduoou explicao de seu significado. A explicao do significado ou o que o termorepresenta um recurso do jornalismo para facilitar o entendimento por parte doleitor. O problema que nem sempre a simples definio da sigla basta paraelucidar o termo.

    Os termos tcnicos foram observados com maior freqncia principalmenteem matrias que dizem respeito ao mercado financeiro- que envolvem temas como

    o movimento das bolsas de valores, cmbio, variaes do dlar e tambm nasmatrias que envolvem tributos e inflao.Essas matrias, em sua maioria, so provenientes das agncias de notcias

    como a Folha Press e a Agncia Estado com as quais os jornais tm convnio.Mediante o pagamento de um determinado valor mensal, os jornais tm o direitode usufruir de textos e fotos produzidos pelas agncias e vendidos para os jornaisde todo o Pas.

    Sendo assim, o material de economia utilizado nos jornais analisadosproveniente das agncias tem em sua maioria um enfoque nacional, como temascomo movimento do mercado financeiro, variao de ndices tributrios e demoedas.

    No se pode desconsiderar as matrias regionais que tambm apresentammuitas siglas e termos- um nmero menor que os tipos de matrias mencionadasacima- em temas relacionados a economia local, como a comercializao de soja,gado, a questo do gs natural, os tributos da economia domstica, entre outros.

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    Independente da matria econmica que apresentava o termo tcnico serde mbito regional ou nacional, o que se pde constatar que os jornais, que sodirecionados a diversos tipos de leitores, com uma linguagem simples e comum,apresentam-se recheados de termos tcnicos, inteligveis em grande parte, somenteaos experts.

    As editorias de economia esto repletas de siglas, nmeros, ndices e termosdesconhecidos da maioria da populao, o que pode explicar o desinteresse degrande pblico pelas notcias econmicas dos jornais impressos.

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