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1 CONTEXTO | Dezembro | 2012 Contexto - Boletim do Agrupamento de Escolas de S. Miguel Número 9 Dezembro de 2012 ditorial A relevância das Atividades de Complemento Curricular Apresentação do livro A Galinha Ruiva pelas exigências que a socieda- de atual lhe incute. Queremos com isto dizer que a função da escola não se esgota exclusivamente na sala de aula e nas atividades letivas, nas aprendizagens requeridas por cada currículo disciplinar. Acreditamos, por isso, que o contacto dos alunos com ativi- dades de complemento curricu- lar, as ACC, com características particularmente diferentes da habitual estrutura curricular é, na nossa perspetiva, de grande importância no desenvolvimen- to integral da personalidade dos alunos. De facto, reconhecemos que a escola se torna mais mo- tivadora, mais participada, mais interessante e mais ativa, se promover junto da sua comuni- dade escolar atividades que vão ao encontro dos seus interesses e às quais se sintam ligados por qualquer afinidade. Estas atividades de comple- mento curricular são, mesmo num contexto de Reforma Edu- cativa toldada por reformistas de ocasião e por ideias econo- micistas inauditas, uma forma de promover valores culturais e cívicos, educação para a saúde, educação física e desportiva, educação artística e tecnológica e a inclusão dos educandos na comunidade. Para ir ao encontro das as- pirações dos alunos e da sua vontade em fazer coisas diferen- tes, diriam eles brutais, porque o tempo é de cada um, e cada um fará dele o que bem lhe aprouver, o Agrupamento pro- porciona múltiplas atividades, desenvolvidas através da orga- nização de ateliês, clubes, ofi- cinas e projetos, enquadradas nos objetivos e estratégias de operacionalização definidos no Projeto Educativo e integradas no Plano Anual de Atividades. Assim, para promover a ocu- pação plena dos tempos livres dos alunos, o Agrupamento tem em funcionamento alguns pro- jetos, clubes, oficinas ou ateliês de várias temáticas: Clube de Jornalismo, Clube de Cinema - Kurtas, Oficina de Teatro, Oficina de Artes e Ofícios, Clube de Xadrez, Ateliê de Artes e Ideias, Clube de Expressão Dramática, Clube de Informática Inclusiva, Oficina das Línguas, Clube de Eletricidade, Oficina de Som e Grupo Coral. Para além destes projetos, destacamos, ainda, o Projeto Educação para a Saúde (PES) e o Desporto Escolar. As atividades desenvolvidas são de natureza lúdica, cultural e formativa, constituem um conjunto de ações, integradas quer na componente letiva (alu- nos com necessidades educati- vas especiais) quer não letiva, são de frequência facultativa e implicam o compromisso de cada aluno, e pais, para com os professores dinamizadores ou responsáveis. Pretendem ser espaços abertos à espontanei- dade, à criatividade e à partici- pação de todos os elementos da comunidade escolar, o que realmente almejamos, fomen- tando o diálogo, promovendo o convivência com novos colegas, novos métodos de trabalho, no- vos professores, e contribuindo para a formação integral dos alunos. Intentam, pois, propiciar a diversidade de experiências educativas, promover a desco- berta de aptidões individuais dos alunos, ocupando de forma útil alguns dos seus tempos livres e proporcionando novos horizontes em áreas não curri- culares. Por tudo isto, reforçamos a ideia da importância do Agrupa- mento prosseguir e aperfeiçoar a intervenção cívica, cultural e social que tem vindo a efetuar, não só para dar resposta às exi- gências sociais, como também para desempenhar funções comummente reconhecidas do foro familiar, nomeadamente as relacionadas com a socialização, a educação cívica e a ocupação de tempos livres. As atividades de comple- mento curricular são, de facto, um meio privilegiado de socia- bilização entre os alunos, entre alunos e professores, entre a comunidade escolar e, eventu- almente, outras comunidades educativas. São um comple- mento da ação educativa do Agrupamento e acreditamos poderem contribuir para desen- volvimento das várias vertentes dos alunos. Prof. Conceição Aleixo Como todos sabemos, o objetivo principal do Agru- pamento de Escolas de S. Miguel, consignado no res- petivo projeto educativo, é promover um processo educativo de qualidade, conducente à formação integral do aluno como pessoa autónoma, interve- niente, solidária, informada e democrática, incutindo os valores de liberdade, de solidariedade, de tolerância, de sentido de justiça, de res- peito e aceitação do outro e das suas diferenças. Consideramos, pois, que para cumprirmos esta missão é, e será sempre, fundamental promovermos atividades em prol de uma escola melhor, de qualidade, que todos, certamente, de- sejamos. Na verdade, cogi- tamos ser a escola um lugar, por excelência, de formação e educação dos alunos, não só pelas suas características intrínsecas, mas igualmente No dia 29 de setembro de 2012, teve lugar na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço a apresentação do livro A Galinha Ruiva-tradução em língua gestual portuguesa. O livro foi apresentado por Ana Bela Baltazar, intérprete oficial da RTP1 e autora do primeiro dicionário de Língua Gestual Portuguesa. Este projeto cresceu da articulação entre a Unidade de Surdos, Biblioteca Escolar e Professores de Educação Visual e Tecnológica do Agrupamento de Escolas de São Miguel. Tem como principal objetivo cativar a criança surda para a litera- tura infanto-juvenil. A sua concretização foi possível devido à parceria entre a Câmara Municipal da Guarda, o Agrupamento de Escolas de S. Miguel e a Associação Despertar do Silêncio. Sabemos que a leitura é fundamental para o sucesso escolar, por isso é importante que toda a sociedade a fomente. Desta forma, este livro foi criado para que os nossos alunos sur- dos possam conseguir sentir verdadeiramente o sabor do ato de ler e possam sonhar… Agradecemos a todos o que estiveram pre- sentes e nos apoiaram nesta iniciativa. Professoras Bibliotecárias: Ana Maria Barata e Carla Tavares.

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jornal 1.º período ano letivo 2012-2013

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1CONTEXTO | Dezembro | 2012

Contexto - Boletim do Agrupamento de Escolas de S. Miguel • Número 9 • Dezembro de 2012

ditorial

A relevância das Atividades de Complemento Curricular

Apresentação do livro A Galinha Ruiva

pelas exigências que a socieda-de atual lhe incute.

Queremos com isto dizer que a função da escola não se esgota exclusivamente na sala de aula e nas atividades letivas, nas aprendizagens requeridas por cada currículo disciplinar. Acreditamos, por isso, que o contacto dos alunos com ativi-dades de complemento curricu-lar, as ACC, com características particularmente diferentes da habitual estrutura curricular é, na nossa perspetiva, de grande importância no desenvolvimen-to integral da personalidade dos alunos. De facto, reconhecemos que a escola se torna mais mo-tivadora, mais participada, mais interessante e mais ativa, se promover junto da sua comuni-dade escolar atividades que vão ao encontro dos seus interesses e às quais se sintam ligados por qualquer afinidade.

Estas atividades de comple-mento curricular são, mesmo num contexto de Reforma Edu-cativa toldada por reformistas de ocasião e por ideias econo-micistas inauditas, uma forma de promover valores culturais e cívicos, educação para a saúde,

educação física e desportiva, educação artística e tecnológica e a inclusão dos educandos na comunidade.

Para ir ao encontro das as-pirações dos alunos e da sua vontade em fazer coisas diferen-tes, diriam eles brutais, porque o tempo é de cada um, e cada um fará dele o que bem lhe aprouver, o Agrupamento pro-porciona múltiplas atividades, desenvolvidas através da orga-nização de ateliês, clubes, ofi-cinas e projetos, enquadradas nos objetivos e estratégias de operacionalização definidos no Projeto Educativo e integradas no Plano Anual de Atividades.

Assim, para promover a ocu-pação plena dos tempos livres dos alunos, o Agrupamento tem em funcionamento alguns pro-jetos, clubes, oficinas ou ateliês de várias temáticas: Clube de Jornalismo, Clube de Cinema - Kurtas, Oficina de Teatro, Oficina de Artes e Ofícios, Clube de Xadrez, Ateliê de Artes e Ideias, Clube de Expressão Dramática, Clube de Informática Inclusiva, Oficina das Línguas, Clube de Eletricidade, Oficina de Som e Grupo Coral. Para além destes

projetos, destacamos, ainda, o Projeto Educação para a Saúde (PES) e o Desporto Escolar.

As atividades desenvolvidas são de natureza lúdica, cultural e formativa, constituem um conjunto de ações, integradas quer na componente letiva (alu-nos com necessidades educati-vas especiais) quer não letiva, são de frequência facultativa e implicam o compromisso de cada aluno, e pais, para com os professores dinamizadores ou responsáveis. Pretendem ser espaços abertos à espontanei-dade, à criatividade e à partici-pação de todos os elementos da comunidade escolar, o que realmente almejamos, fomen-tando o diálogo, promovendo o convivência com novos colegas, novos métodos de trabalho, no-vos professores, e contribuindo para a formação integral dos alunos. Intentam, pois, propiciar a diversidade de experiências educativas, promover a desco-berta de aptidões individuais dos alunos, ocupando de forma útil alguns dos seus tempos livres e proporcionando novos horizontes em áreas não curri-culares.

Por tudo isto, reforçamos a ideia da importância do Agrupa-mento prosseguir e aperfeiçoar a intervenção cívica, cultural e social que tem vindo a efetuar, não só para dar resposta às exi-gências sociais, como também para desempenhar funções comummente reconhecidas do foro familiar, nomeadamente as relacionadas com a socialização, a educação cívica e a ocupação de tempos livres.

As atividades de comple-mento curricular são, de facto, um meio privilegiado de socia-bilização entre os alunos, entre alunos e professores, entre a comunidade escolar e, eventu-almente, outras comunidades educativas. São um comple-mento da ação educativa do Agrupamento e acreditamos poderem contribuir para desen-volvimento das várias vertentes dos alunos.

Prof. Conceição Aleixo

Como todos sabemos, o objetivo principal do Agru-pamento de Escolas de S. Miguel, consignado no res-petivo projeto educativo, é promover um processo educativo de qualidade, conducente à formação integral do aluno como pessoa autónoma, interve-niente, solidária, informada e democrática, incutindo os valores de liberdade, de solidariedade, de tolerância, de sentido de justiça, de res-peito e aceitação do outro e das suas diferenças.

Consideramos, pois, que para cumprirmos esta missão é, e será sempre, fundamental promovermos atividades em prol de uma escola melhor, de qualidade, que todos, certamente, de-sejamos. Na verdade, cogi-tamos ser a escola um lugar, por excelência, de formação e educação dos alunos, não só pelas suas características intrínsecas, mas igualmente

No dia 29 de setembro de 2012, teve lugar na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço a apresentação do livro A Galinha Ruiva-tradução em língua gestual portuguesa. O livro foi apresentado por Ana Bela Baltazar, intérprete oficial da RTP1 e autora do primeiro dicionário de Língua Gestual Portuguesa.

Este projeto cresceu da articulação entre a Unidade de Surdos, Biblioteca Escolar e Professores de Educação Visual e Tecnológica do Agrupamento de Escolas de São Miguel. Tem como principal objetivo cativar a criança surda para a litera-tura infanto-juvenil. A sua concretização foi possível devido à parceria entre a Câmara Municipal da Guarda, o Agrupamento de Escolas de S. Miguel e a Associação Despertar do Silêncio.

Sabemos que a leitura é fundamental para o sucesso escolar, por isso é importante que toda a sociedade a fomente. Desta forma, este livro foi criado para que os nossos alunos sur-dos possam conseguir sentir verdadeiramente o sabor do ato de ler e possam sonhar…

Agradecemos a todos o que estiveram pre-sentes e nos apoiaram nesta iniciativa.

Professoras Bibliotecárias: Ana Maria Barata e Carla Tavares.

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2 | CONTEXTO | Dezembro | 2012

Com .... Textos

A matança

O meu avô já fez a matança. Matou dois porcos. Eu pude assistir e vou contar-vos como foi.Depois de estarem todos os convidados os homens vão buscar um cordel e depois vão buscar os porcos ao cortelho. Atam o cordel à pata dos porcos e a outra ponta ao trator. Depois põem os porcos virados com a cabeça para baixo e espetam-lhes uma faca no pescoço. A seguir levam os porcos para uma garagem, onde os queimam. Depois de bem lavados o meu avô corta uns pedaços para assarmos e comemos com pão, na adega. Enquanto se come o pão e a carne, as crianças bebem sumo de limão e de manga e os adultos um copito de vinho. Este ano foram à matança os meus tios, o meu pai, as minhas tias, os meus primos e as minhas primas. Este foi um dia diferente e bem passado. Houve brincadeira, e muita…Podem crer que foi um grande dia passado em família.

Catarina Dias – 4º ano - 17\11\2012

A velha e o garrafão

Era uma vez… Uma velha avarenta e unhas-de-fome. Ela era tão poupadinha que até fechava as janelas para o sol não gastar as cores das paredes: Ah, e nem a roupa lavava bem…

Na verdade ela punha o dinheiro num garrafão para não cair na tentação de o usar.

Um dia, a velha viu um bicho com orelhas grandes e uma cauda comprida e gritou:

- Um rato! Um rato! Logo de seguida a velha pensou: - Posso comprar um gato. Mas pensou melhor: -Um gato? Nunca! As despesas deles custam uma fortuna. Passados uns dias apareceram mais ratos. E a velha gritou:- Fui roubada !!!... Na verdade não tinha sido roubada. Tinham sido os ratos que, es-

fomeados, tinham transformado as notas em pedacinhos de papel….Leonor Dias Santos

Livros são:

Os Livros podem ser:

Aventuras para encontrar,Viagens para sonhar,Mestres.Paisagens e imagens, Casas para viver,Janelas onde voar…

Texto Coletivo 5ºB

Livros são:

Aventuras sem fimHistorias de encantarHarmonia…Sonhos a realizarAlegria…Imaginação a voarPlanos a inventarVida a construirPoetas a cantar!

Texto Coletivo 5ºA

Andar a pé, mas que bom que é!Brincar na areia, que grande ideia!Correr e saltar, alegria no ar!Dou um pontapé, cai-me o boné!Eu nadei e flutuei!Falar é comunicar!Grande dia, que alegria!Hoje corri e à noite dormi!Ir? Só me apetece dormir!Jogar à bola, dá cabo da tola!Luís, coça-me o nariz!Manuel, rasgou o papel!No mar levas com o ar!Olha o João, comprou um balão!Passei na ponte e fui à fonte!Quando eu começo a brincar, tenho o pressentimento que vou malhar!Rolar no chão, que grande confusão!Sofia, dá-me a afia!Tira o pé da chaminé!Urtiga, pica na barriga!Voleibol, joga-se ao sol!Xarope não entope!Zezito, tu és pequenito!

Mauro Brás – 4º ano - Escola Básica do Bairro do Pinheiro

O Alfabeto

E O QUE EU PENSO DA ESCOLA, NÃO CONTA?

O que eu sinto, ao frequentar esta escola, é que entrei numa nova etapa da minha vida.

Aqui conheci professores e auxiliares que me têm ajudado no meu dia-a-dia.Fiz amigos novos. Na escola, além de aprender, também tenho brincado muito

com os meus amigos. Temos muitos jogos para nos divertirmos nos tempos livres, que por acaso não são muitos, a não ser quando almoço cá!

Tem muito espaço para jogarmos à bola e outras atividades.Gosto da reprografia, da papelaria, do bar, da biblioteca, do polivalente e da

cantina.Adoro frequentar a minha escola.

João Pedro, 5ºB

O nosso magustoNo dia nove de novembro, realizámos o nosso magusto no largo da Capela do

Mileu. Participaram os alunos, professores e assistentes operacionais da Escola da Póvoa do Mileu, da Escola do Rio Diz e do Jardim da Póvoa do Mileu.

Esta atividade correu bem e foi do agrado de todos…Aqui ficam algumas re-

flexões feitas pelos alunos:

* O magusto foi muito bom e todos adorámos!

As castanhas estavam boas e brincámos muito!

Também enfarruscá-mos a cara.

* Apesar de ter chovido nos dias anteriores, nesse dia o sol apareceu!

Parecia o sol radioso da lenda de S. Martinho!

* Fizemos a fogueira no largo da Capela do Mileu e assámos as castanhas. Comemos muitas castanhas que por acaso estavam maaaaravilhosas! * As castanhas assadas na padaria também estavam muito saborosas!

* As nossas brincadeiras foram muito divertidas. Gostámos de brincar todos juntos porque só nos encontramos às vezes…

Jardim de Infância e Escola da Póvoa do Mileu e Escola do Rio Diz

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3CONTEXTO | Dezembro | 2012

LUGARES COM HISTÓRIA

A Estação do Barracão noutros tempos

Antigamente chamava-se Estação do Sabugal e só a partir do 25 de abril é que passou a ser chamada de Estação do Barracão que fica na aldeia com o mesmo nome e que per-tence à freguesia das Panoias. É uma das estações da Linha da Beira Baixa.

Era aqui que se faziam car-gas e descargas de produtos da Companhia União Fabril (a CUF), que era uma das maiores empresas nacionais no setor da produção e distribuição de produtos destinados à agricultura. Era aqui que, de meados de outubro a novembro, se juntavam algumas das melhores castanhas deste distrito, que eram compradas pelos “Tracanas”, uma loja de produtos agrícolas que ainda hoje existe. Depois eram despachadas por via férrea e algumas iam mesmo parar ao Brasil. Os “Tracanas” também compravam vários produtos (hortícolas, pesticidas, adubos, etc.) que iam da CUF.

O Comboio foi verdadeiro motor de desenvolvimento para o Barracão. Permitiu que surgisse atividade comercial variada e de sucesso como sapataria, alfaiataria, padaria… Existia também um ferreiro que “calçava” animais das redondezas. Men-salmente havia um mercado onde as pessoas vinham vender ou comprar os mais variados produtos e também animais.

Na estação entravam e saíam muitas pessoas, especialmente da zona do Sabugal. Muitos dos clientes eram jovens que cumpriam o serviço militar.

Havia uma fábrica de lavagem de produtos mineiros que eram encaminhados para vários pontos do país e do mundo.

Houve tempos em que o Barracão era bastante reconhecido. Agora, com outros meios de transporte, que não o comboio (devido a várias obras na linha, o comboio deixou de cá passar, e ainda hoje não passa por cá). Pela falta deste meio de transporte, não há tanto movimento por estes lados e o comércio está em evidente decadência.

João Fernandes 6ºF

Conímbriga… é uma liçãoEra uma bela manhã, quando cheguei à nossa escola. Ia ser um grande dia. Era o dia

da viagem de estudo dos alunos do 6º ano a Conímbriga. Tinha chegado o autocarro. Então, subimos e seguimos viagem. Para passar o tempo, alguns conversavam, ou-tros ouviam música, jogavam…

Finalmente! Chegámos ao nosso destino. Dividimo--nos em dois grupos. Eu fui primeiro ao museu. Aí encon-trámos túmulos funerários, cabeças em pedra, pedras com inscrições, um leão, utensílios de higiene diária, de trabalhos, de guerra, de cozinha…

Depois, era a nossa vez de ir ver as ruínas. Para mim foi a parte mais bonita. Vimos tanta coisa!... A casa dos repuxos, o aqueduto das águas livres, as termas…

Quando já não nos aguentávamos, tivemos que ir comer. Logo a seguir fomos brincar um pouco.

Às três horas entrámos no autocarro pois estava na hora de nos despedirmos de Conímbriga. A meio da viagem parámos porque havia muito trânsito. Mais adiante, o autocarro teve uma avaria e por isso tivemos que vir muito devagarinho.

Com estes atrasos todos, chegámos meia hora depois do previsto. Mesmo assim, divertimo-nos muito. Ah, mas também aprendemos…

Adriana Pires de Almeida, 6º F, nº1.

Na Quinta da MaúnçaNo dia 9 de Novembro de 2012, eu e os meus colegas fomos à Quinta da Maúnça.Eu e a minha turma estivemos primeiro com uma senhora a fazer uma experiência

em que usamos metade de um garrafão de plástico, cartão, alumínio, vidro, folhas das árvores, terra, pedras, maçãs e uma planta chamada amor-perfeito…

Depois usamos duas garrafas de plástico de meio litro, um fio, tampas de garrafas, sementes e água. Essas coisas eram para fazer uma coisa para os pássaros comerem e beberem água! A senhora disse-nos para levarmos aquelas coisas para a nossa escola!

Quando saímos daquela sala fomos lanchar e vimos uma cadela que se chama Bia. Quando os meus colegas acabaram de lanchar, foram fazer festinhas à cadela e todos andavam à volta dela menos um amigo meu chamado João Pedro que andava sempre a fugir.

Entretanto, a outra turma saiu de uma sala, entramos nós e vimos um Power Point que contava a história da Ana Teresa que tinha ido visitar uma fábrica onde ia parar todo o plástico e que não parava de pensar nisso. Quando se foi deitar, pediu à mãe para lhe contar a história do Capuchinho Vermelho.

- Ai, se eu ta contar é que nunca mais vais conseguir dormir por causa do lobo mau!!!

- Então conta-me a história do lobo bom!- Está bem, vamos lá a isso – respondeu a mãe.Mal começou a contar a história, já ela estava a dormir. E começou a sonhar com

a história. Naquela história o lobo era bom. A sua floresta estava a ficar toda suja porque as

pessoas que lá passavam deitavam sempre lixo quando passavam por lá.O lobo explicava sempre à avó do Capuchinho Vermelho para reciclar mas ela só

conseguiu perceber com uma canção que o lobo gravou num CD que pôs a tocar.E a partir daí a avozinha começou sempre a reciclar.Também eu e os meus amigos ficámos sensibilizados para a reciclagem.

Naíde Juliana da Fonseca Dias - 4º ano, Bairro do Pinheiro

Projeto “Sol – Fonte de Energia”

No Teatro há histórias cheias de arDia 5 de novembro de 2012, fomos

ao TMG ver uma peça de teatro chamada «Histórias cheias de ar». A peça foi na sala de ensaios.

A história era sobre o ar. As perso-nagens eram um músico, um galo cha-mado Coco Galariny e a sua assistente Arminda.

Ao princípio, quando chegámos à

sala de ensaios, quem nos abriu a porta foi o músico. Ele estava a tocar concer-tina e estava vestido de soldado inglês. Durante a história tocava só com instru-mentos de sopro. Ele só metia música de fundo.

Vou contar um pouco da história...

Era uma vez um galo chamado Coco Galariny que estava sempre a gabar-se de que era um excelentíssimo cantor e que era um bom professor. Mais tarde ele contou-nos que amava a sua assis-tente, a D. Arminda, que viemos a des-

cobrir mais tarde que também gostava dele. A assistente entrou na história e fez várias experiências.

Por fim ele pediu a assistente em casamento e ela disse-lhe que estava há muito tempo à espera que ele lhe

dissesse isso. No final da história vimos como é

que o galo, que era uma marioneta, era movimentado. E eu fui lá atrás (como voluntário) onde estava o senhor com a marioneta do galo. Depois viemo-nos embora para a escola.

Simão Pissarra, Escola Básica do

Bairro do Pinheiro

No âmbito do projeto “Sol – Fonte de Energia”, os Jardins de Infância do Agrupamento realizaram neste 1º período uma visita de estudo ao Planetário de Torredeita. O despertar a cu-riosidade, o desejo de saber e o alargar de conhecimentos, foram os principais objeti-vos desta visita.As atividades desenvolvidas no planetário aconteceram de forma lúdica, tendo as crianças participado com muito interesse e grande motivação.Esta visita contribuiu para o desenrolar de diferentes atividades referentes a esta temática em cada Jardim de Infância.

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4 | CONTEXTO | Dezembro | 2012

O Centro Lúdico é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que surgiu em 1996 e que presta apoio a crianças, jovens, idosos e famílias.

A associação tem como objetivos prestar serviços de apoio social abrangendo nomeadamente: creche, jardins-de-infância, atividades de tempos livres, salas de estudo, explicações; actividade de informação e orientação vocacional; serviços destinados a pessoas com deficiência, incluindo formação profissional; serviços destinados a pessoas idosas - serviço de apoio domiciliário; ativi-dades de investigação e de desenvolvimento envolvendo os domínios do conhecimento humano, da biotecnologia, das ciências físicas e naturais, e das ciências sociais e humanas.

Ao longo dos anos esta instituição tem vindo a desenvolver a sua missão valorizando as ati-vidades lúdicas, a educação não formal, como forma de intervenção sócio educativa e cultural.

A área de atuação desta instituição abrange todas as freguesias do país. Atualmente desenvol-ve a sua atuação junto das crianças e jovens do Agrupamento de Escolas de São Miguel, Guarda onde promove dois projetos: Projeto Transfronteiriço- “Diálogo entre Culturas” e o Projeto REDE.

Projeto Transfronteiriço – “Diálogo entre Culturas”Face ao sucesso de implementação deste projeto no Agrupamento de Escolas de Almeida,

durante os anos lectivos 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012, surgiu a necessidade de reproduzir esta iniciativa inovadora noutras escolas do distrito da Guarda. Assim, no ano letivo 2012/2013 a equipa multidisciplinar deste projeto irá implementar as ações no Agrupamento de Escolas de São Miguel da Guarda em parceria com as Escolas de Espanha (Fuentes de Oñoro e Ciudad Rodrigo).

A nossa intervenção constitui um apoio direto ao Professor na sala de aula, baseia-se na exploração e análise de obras do Plano Nacional de Leitura, transversalmente com as áreas de Português, Educação para a Cidadania, Expressões Integradas e Ciência. As obras são previamente selecionadas pelo Centro Lúdico, Professores das turmas intervenientes de Portugal e Espanha e coordenadora da Biblioteca Escolar.

A intervenção desenvolve-se através de ações com os profissionais de educação, crianças, famílias e comunidade, adaptadas a cada grupo específico, pretendendo favorecer a aquisição de competências pessoais e sociais face à comunicação, à leitura, assim como, promover a partilha de experiências e vivências que fomentem o prazer de ler, ouvir e contar histórias.

Projeto REDE

O projecto REDE - Revitalizar, Envolver, Descobrir e Emancipar e destina-se a jovens que frequentam o 5º e 6º anos no Agrupamento de Escolas de São Miguel. Este projeto visa a valo-rização de atividades lúdico pedagógicas, a educação não formal, como forma de intervenção sócio educativa e cultural. Para a construção da identidade integral e harmoniosa destes jovens vai contribuir a implementação das seguintes atividades: informática, desportos ao ar livre, tardes de cinema e leitura de contos.

Consideramos que é muito importante dar uma retaguarda a estes destinatários, disponibi-lizando-se a equipa técnica deste projeto a desenvolver atividades do seu interesse/ necessidade por forma a contribuir para o seu bem-estar ao nível da prevenção primária.

O Centro Lúdico e o Plano Nacional de Leitura na GuardaO PNL está a ser implementado nas 7 turmas da EB da Guarda Gare e na EB de Vila Fernando com aceitação e entusiasmo por parte de alunos e professores. Em cada ano vão

ser trabalhadas duas obras por período, diversificando autores, ilustradores e géneros literários. O Centro Lúdico e a CAF- Componente de Apoio à FamíliaAlguns alunos da EB da Guarda Gare, não beneficiando de apoio de nenhum ATL, recebem na Escola apoio dos professores destacados no Centro Lúdico. Esse apoio consiste

em ocupar as crianças com atividades lúdico-pedagógicas no intervalo da hora do almoço e acompanhá-las nos trabalhos de casa após as atividades letivas.

Centro Escolar Vale do Mondego

O nosso projeto de âmbito comuni-tário “ Estica o Braço “ começou no dia 10 de novembro com o magusto e baile ao ritmo das concertinas de Pêro Soares.

Crianças, familiares e elementos da comunidade escolar trouxeram sorrisos,

momentos e levantaram a voz, cantando músicas conhecidas. Atividades destas possibilitam um convívio descontraído onde o conhecimento de toda a popu-lação escolar naturalmente acontece.

Quem Canta seus Males Espanta

O Grupo Coral da Escola Básica de S. Miguel deu início à sua atividade em outubro deste ano e conta já com mais de uma dezena de participantes da co-munidade escolar.

O objetivo primordial deste grupo recém-criado é o de ocupar, de forma lúdica e expressiva, algum do tempo livre dos seus componentes, estimulando capacidades e competências.

O principal constrangimento ao funcionamento da atividade reside na con-ciliação do horário dos ensaios com a disponibilidade de todos os interessados. No entanto, com muita força de vontade e persistência, o grupo tem vindo a de-senvolver um trabalho profícuo, marcando encontro todas as terças-feiras, pelas 13h30m no auditório do Bloco 2.

Sendo um grupo com dimensão ainda reduzida para o pretendido, a partici-pação de todos os que gostem de cantar em grupo e tenham vontade e dispo-nibilidade para o fazer é imprescindível! As inscrições podem ser efetuadas na biblioteca ou no próprio ensaio.

Professora Ana Clara Barroso

Parceria entre a escola e o centro lúdico

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5CONTEXTO | Dezembro | 2012

Da Escola para o MundoO meu nome é Diana Lourenço. Fui uma das centenas

ou mesmo milhares de estudantes que passaram pela Escola de S. Miguel. Não faz ainda sequer oito anos que eu estive pela primeira vez na escola que vocês agora frequentam, mas muitas coisas desde ai mudaram.

Entrei pela primeira vez na, agora vossa, escola tinha apenas dez anos e continuei aí até aos meus catorze. Muitas aventuras ai se passaram e a maior delas foi, sem dúvida, ter a oportunidade de, juntamente com a minha turma, o professor Norberto Goncalves e a profes-sora Isabel Escaleira, escrevermos e apresentarmos um livro. O livro chama-se “De Pequenino se Torce o Pepino” e conta com inúmeros textos feitos em aulas e em casa pela minha antiga turma. A primeira apresentação foi, sem dúvida, bastante agitada e memorável, mas com a confiança que os nossos professores, família e colegas depositaram em nós, conseguimos realizar com sucesso esse projeto.

A Escola de S. Miguel foi a base para o início da re-alização do meu sonho. Foi aí que conheci professores que me ajudaram a crescer e que sempre me apoiaram incondicionalmente. Não foi apenas uma escola, foi uma casa, uma família que criei. Foi ainda aí que conheci e criei grandes amizades e que, por mais longe que estejamos, continuam iguais.

Depois de cinco rápidos anos fui para a Escola Se-cundária da Sé até concluir o meu décimo segundo ano. Foram apenas três anos, mas o suficiente para já hoje sentir uma falta enorme do ambiente e das pessoas que aí conheci. Foi nesta escola que tive o tão esperado baile e a viagem de finalistas e também foi aí que percebi que por mais que digam e pensem que a escola é uma “seca” e que já não aguentam mais estudar, um dia, por mais estranho que agora pareça, vão sentir saudades e querer voltar a reviver todos os momentos que aí passaram.

Todo este percurso foi feito em Portugal, o país onde nasci e onde fui criada, mas há cerca de quatro meses tornei-me mais uma de entre os muitos jovens que emi-graram à procura de um futuro melhor. Não foi algo que decidi do dia para a noite. Muitos meses e até mesmo anos se passaram até ter a certeza do passo que queria dar.

Ainda hoje me lembro da primeira vez que o meu pai, também ele emigrante, me disse que o meu futuro devia passar além-fronteiras. Foi então que agarrei a

oportunidade de ser cidadã americana. O facto de duas das minhas tias viverem aqui ajudou-me a lançar-me para o desconhecido. Hoje, a única maneira de contactar a minha família e amigos é através do Skype. Todos os

dias ligo o computador, à hora marcada, e lá tenho do outro lado, a minha mãe, o meu pai, os meus irmãos ou os meus amigos porque, apesar da distância, ao final do dia é a eles que vou contar o que aconteceu e o que virá a acontecer.

Foi no dia 19 de Julho de 2012 que, em Lisboa, disse adeus a toda a minha família e amigos e voei para Newark. Decidi vir estudar para os Estados Unidos da América e assim realizar um dos meus sonhos: ser uma cientista fo-rense. Para aqueles que não conhecem esta tão estranha palavra, forense, se vos falar das pessoas que trabalham nos laboratórios da famosa série de televisão CSI depressa percebem. Exato, esse é o meu sonho e, felizmente, es-tou a caminho de o realizar. Não foi uma das mais fáceis mudanças da minha vida mas, devido ao carinho e boa vontade da minha família, esta grande aventura tornou--se mais fácil.

Apesar de, hoje em dia, em Portugal certos grupos e pessoas acharem uma tragédia a ideia de emi-grar, eu sou a prova viva de que isso não passa de um equívoco. Emigrar não é nenhum pesadelo,

antes pelo contrário, ajudou-me e está a ajudar-me a cres-cer enquanto pessoa. Hoje sou mais culta e tenho uma perspetiva do mundo completamente diferente daquela que tinha há quatro meses atrás. E porquê? Porque emi-grei. Sim, mudei de país, de cultura, de língua e tornei-me uma pessoa mais forte e mais completa.

Hoje, comparando os métodos de educação portu-gueses e americanos, sinto-me um pouco triste ao ver que o país onde nasci, Portugal, ainda se encontra a uma grande distância de atingir o nível da educação dos EUA.

Uma das grandes diferenças é a relação aluno/professor e aluno/funcionários da instituição. Aqui não existe a diferenciação social que existe em Portugal, aqui todos somos meras pessoas.

Pode questionar-se o porquê de eu escrever isto, mas a razão é muito simples. Sois a nova geração de Portugal, podeis mudar isso e espero que um dia o venhais a con-seguir. Não importa o que o mundo vos diz, o mais im-portante é seguirdes e concretizardes os vossos sonhos.

Por último, e não menos importante, quero mandar um enorme agradecimento a todos os docentes da Escola de S. Miguel e especialmente ao Professor Norberto Gon-çalves de Português, à minha diretora de turma por três anos, Antonieta Pinto, ao meu professor de matemática, Francisco Rebelo, e aos muitos que contribuíram para que eu hoje seja uma pessoa mais matura e tenha uma perspetiva diferente do mundo.

Diana Lourenco, Union, New Jersey, EUA.

“A Escola de S. Miguel foi sem dúvida a base para o início da realiza-ção do meu sonho.“

“Não foi apenas uma esco-la, foi uma casa, uma família

Dia dos animaisO Dia dos Animais é comemorado a 4 de outubro, a mesma data em que se festeja

o dia de São Francisco de Assis, que é o Santo protetor dos animais. Este dia serve para lembrar que os animais têm muita importância na vida das pessoas e do nosso planeta. Todos os animais devem ser bem tratados, quer sejam animais domésticos, animais de companhia ou selvagens, grandes ou pequenos, bonitos ou feios.

Aos animais domésticos devemos dar abrigo, alimentação, afeto e liberdade. Eu gosto muito de animais! Eu cuido muito bem dos meus animais de companhia,

que são duas cadelas, um gato e um peixe. Uma das minhas cadelas fui buscá-la ao canil, com os meus pais. O meu gato encontrei-o quando era pequenino, abandonado na rua, muito sujo e cheio de fome. Os meus animais são uma boa companhia e então para serem parceiros de brincadeira nem queiram saber!...

Nuno Filipe Rodrigues - 4º ano - Escola do Bairro do Pinheiro

O dia 9 de novembro de 2012

No dia 9 de novembro de 2012, de manhã fui à Quinta da Maúnça participar num projeto chamado «Quando o velho volta a novo» e depois fizemos uma experiência.

Quando chegamos à escola fomos para o A.T.L almoçar. Depois fomos ver televisão e alguns meninos iam um a um lavar os dentes.

Fomos outra vez à escola. Aí fizemos uma fogueira e metemos lá algumas castanhas.

Algumas meninas davam cartuchos e cada um comeu as castanhas que tinha no cartucho e mais as que foi buscar.

Saltamos a fogueira, brincamos e depois fomos embora. A minha mãe foi--me buscar.

11 de novembro de 2012 Diana Santos – 3º ANO

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10 Perguntas a...Responde pelo nome de Graça Sousa e tem 64 anos. A D. Graça nasceu em Pêro Soares e mora no Bairro do Pinheiro. Tem duas filhas, ambas a viver em Lisboa, e um netoJá trabalha na escola de São Miguel há 12 anos como assistente operacional, mas já teve outro emprego como encarregada de pessoal numa cooperativa de frutas (onde actualmente funciona o Centro Escolar da Guarda Gare).

O dia de S. Martinho este ano calhou num domingo. Por isso, na escola, antecipamos o magusto para sexta--feira.

O dia estava de sol e sem chuva, deu para nos diver-tirmos muito ao ar livre no pátio da escola. Juntaram-se a nós as crianças do jardim-de-infância.

Fizemos uma fogueira com caruma para assarmos algumas castanhas que cada um de nós trouxe de casa e, como eramos muitas crianças, algumas castanhas foram assadas na padaria.

Eu comi algumas castanhas estavam muito boas!A brincadeira foi tanta que até nos enfarruscamos

na cara com a cinza da fogueira.Mais uma vez fizemos o Magusto, como é tradição.

Foi uma tarde diferente e bem divertida! No final apareceu o meu pai com a minha cadela Mel

e demos-lhe a comer algumas castanhas, e ela apreciou.

Nuno Filipe Faleiro Rodrigues – 4º anoEscola Básica Bairro do Pinheiro

Partilha de Afetos e Troca de Saberes

No dia 1 de outubro, Dia Internacional do Idoso, a nossa turma foi ao Centro de Dia da Estação ler a história “A Oficina de Corações”, de Arturo Abad. Depois de lermos a história cantámos “Se tu és amigo”.

Quando acabámos, os idosos fizeram uma dança e pediram para nós também participarmos. No final convidaram-nos para lanchar com eles. O lanche estava muito saboroso.

Este encontro realizou-se no âmbito do projeto Partilha de Afetos e Troca de Saberes, projeto da Escola Básica da Estação em articulação com a Biblioteca Escolar. Correu tudo muito bem e os idosos pediram-nos para voltarmos pois gostaram muito.

Turma do 3ºB da EB da Guarda Gare

Professora Anabela Félix

1- Se fosse pó, onde se esconderia?R: Num jardim debaixo de uma folha.

2- Se fosse uma flor seria…R: Uma rosa vermelha.

3- Se fosse um filme…R: ”Mamma Mia”.

4- Com quem não iria para uma ilha deserta?R: Não ia com pessoas antipáticas porquesou muito social.

5- Quando se zanga…R: Tento controlar-me o melhor que posso.

6- Se fosse um inseto…R: Seria uma borboleta.

7- Quando toca o despertador apetece-lhe…R: Desligá-lo.

8- Qual é o seu último pensamento antes de adormecer?R: Penso nas minhas filhas e no meu neto que estão longe.

9- Se trabalhasse num circo que seria?R: Um palhaço.

10- Em poucas palavras conte-nos uma história gira que tenha vivido?R: O nascimento do meu neto que me fez muito feliz.

Pergunta fora de horas: Se pudesse ter outra profissão, qual seria? R: Seria certamente uma profissão que me pusesse em contacto com o público.

João Fonseca, 6º F

O Contexto deseja a todos os leitores um feliz Natal e um próspero Ano Novo.

O magusto na minha escola.....

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7CONTEXTO | Dezembro | 2012

Línguajar...... em Inglês... em Espanhol

... em Francês

ADIVINANZAS NAVIDEÑAS

1. Cuando estoy en el campo soy verde y muy altoy si me llevan a casa,me adornan que es un encanto.2. Parecemos de algodóny cuando nos juntamos,cubrimos el monte y los tejados.3. Con la nieve se hacey el sol lo deshace.4. Al compás de las campanadas de medianoche,comemos una tras otra hasta llegar a doce.¿Qué son?5. Las ciudades se iluminany están todos muy alegres,se cantan villancicos,se comen turrones y nueces.¿Qué fiesta es?6. Se come en Navidadtiene almendras y miel.¿Qué cosa es?

Respuestas

1. (El abeto/ arbol de Navidad)2. (Los copos de nieve)3. (El muñeco de nieve)4. (Las uvas)5. (La Navidad)6. (El turrón)

1. De Reyes MagosUn niño muy pobre, muy pobre escribe su carta a los Reyes Magos:Queridos Reyes Magos, he sido muy bueno y el año que viene, lo seré aún más

pero, por favor, traedme 30 euros para comprarme unos zapatos. Los míos son muy viejos, con un agujero muy grande, y tengo los pies helados.

El niño echa su carta al buzón. Por casualidad, el sobre se despega y los carteros la leen. Conmovidos, los carteros hacen una colecta y le mandan al niño 10 euros.

Al cabo de unos días, los carteros reciben otra carta para los Reyes Magos: ¡Queridos Reyes Magos, muchas gracias por el dinero. Pero la próxima vez no lo

mandéis por correo, porque algún cartero se ha quedado con los 20 euros que me faltan.

2. De locos…Dos locos están decorando el árbol de Navidad. Uno le dice al otro:- Oye tú, avísame si se encienden las luces.El otro se queda mirando fijamente al árbol y contesta:- Sí...no...sí...no.

CHISTES DE NAVIDAD

Noël en France…

En France, des mets traditionnels se dégustent à Noël, comme la dinde, le foie gras, les huîtres, les escargots, le boudin blanc, la bûche, les chocolats.

Le 24 décembre au soir les familles font un dîner de réveillon composé de nourritures délicieuses.

Les plus pratiquants vont ensuite en famille a la messe de minuit. Le Père Noël vient déposer les cadeaux pendant la nuit et les enfants les

découvrent le matin de Noël au pied du sapin.

Le jour de Noël, ils se rassemblent en famille autour de la table de Noël. Le repas est souvent com-posé d’une dinde ou d’un chapon rôti - la dinde aux marrons constitue le plat de résistance traditionnel du réveillon de Noel -, et se termine par une bûche glacée, le dessert préféré du repas de Noël, ou un gâteau.

En Provence (et aussi en Languedoc), le repas tradi-tionnel de Noël est appelé le gros souper. Il se termine traditionnellement par les treize desserts qui symbolisent le Christ et les douze apôtres. Ces desserts rassemblent tous les fruits et les confiseries de la région et ils doivent être servis en même temps. Chaque con-vive doit les goûter tous!

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Ficha TécnicaCONTEXTO | Dezembro 2012 | Número 9Agrupamento de Escolas de S. MiguelCoordenação: Natália Barata e Norberto GonçalvesPaginação: Jorge Nouteljoomla.aesmiguel.pthttp://jornalismosaomiguel.blogspot.com/ [email protected]

Encontro com o Escritor António Mota

Nos dias 25 de outubro, 20 e 21 de novembro esteve presente, nas três bibliotecas do Agrupamento, o escritor António Mota. Assistiram às sessões todos os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e os alunos dos 5º e 6º anos do Agru-pamento.

Durante as sessões o escritor falou-nos do seu local de trabalho, das suas vivências de infância e dos livros escritos. No final, alunos e professores ofereceram ao escritor os trabalhos realizados sobre algumas obras es-tudadas.

Ainda houve tempo para os tão esperados autógrafos...

Depois de assistirmos às sessões do escritor fomos todos para casa com mais um lema: Ler não Engorda!

No dia 25 de outubro fui ver o escritor António Mota à Escola Básica da Guarda Gare, com os meus colegas e as minhas professoras.

Em primeiro lugar, fomos ver uma sala onde lemos histórias do escritor António Mota, como por exemplo a história do “Grilo Verde”. Nessa sala, também ouvimos uma canção que os meninos da Escola Bá-sica da Guarda Gare inventaram para o es-critor.

Depois fomos para outra sala e, na presen-ça do escritor António Mota, os alunos cantaram uma canção. O escritor começou então a contar-nos uma história muito gira sobre gatos. Quando ele apontava para nós, tínhamos de dizer “gatos”. A história contada chamava-se “Cá de Cima Lá de baixo”.

No fim, António Mota autografou os livros que nós comprámos. O meu era “O Livro dos Trava-Línguas 1”. Durante a sessão de autógrafos, a professora Aurora tirou-nos fotografias para mostrar e, mais tarde, recordar.

Leonor Pereira4º. Ano - E.B. Bairro do Pinheiro

Nos dias 20 e 21 de novembro tivemos a feliz oportunidade de ter entre nós o escritor António Mota. Autor de dezenas de obras, sobretudo (mas não só, como ele gosta de frisar…) no âmbito da literatura para jovens. No final das sessões que dedicou aos alunos de quinto e sexto anos tive oportunidade de conversar com ele. Eis o resultado da pequena entrevista que lhe fiz:

Como começou a escrever?Escrevo desde muito novo, desde

os nove anos, mas não mostrava a ninguém. Fazia uns caderninhos com linhas que cabiam no bolso e que eram só para mim.

Diz-se que escrever é um ato de coragem… Foi necessário ser muito corajoso?

Sim, porque exponho-me, transmito as minhas ideias, pensamentos, emoções… E, depois, tudo isso fica no papel. Ali. Eterna-mente. De facto, é preciso ter coragem para nos expormos assim…

Identifica-se com algum (uns) per-sonagem (ens) dos seus livros?

Pode parecer estranho, mas não!... Todos são fruto de vivências mas que, depois, dão lugar a personagens, situações, contextos que são, apenas, ficção.

Nos seus livros retrata uma reali-dade em que, muitas vezes, nos dá a entender as dificuldades em manter os filhos na escola. Hoje, em Portugal, parece assistir-se ao mesmo fenómeno. Será que, como alguns autores defen-dem, a história é cíclica?

A história não se repete, o Homem é que não muda. Na minha opinião, o Homem é “mau” e se não fôssemos nós, Portugal não estava assim. É urgente que mudemos, que sejamos melhores. Só assim o futuro fará sentido.

Se tivesse que escrever um livro que retratasse a realidade (portuguesa e/ou europeia/mundial) de hoje, qual seria o personagem principal?

Talvez uma personagem idêntica a mui-tos jovens hoje em dia, que são inteligentes, mas, por falta de dinheiro, não continuam a estudar. Poderia também criar um perso-

nagem partindo da realidade dos milhares de jovens já com o “canudo” na mão e que, por falta de oportunidades no seu país, têm forçosamente que emigrar na procura de horizontes mais vastos.

O que é ser escritor em Portugal, hoje?

Para mim, ser escritor é uma profissão como todas as outras, com coisas boas e coisas más.

Que projetos guarda para o futuro?Pode desvendar-nos, em primeira

mão, qual o título e o assunto do seu próximo livro?

Não sei ainda o assunto e o título surge no fim da obra e, como já escrevi muitos livros, torna-se por vezes difícil encontrar um que me agrade.

Em poucas palavras o que foi para si estar nesta escola?

Gostei. Alguns alunos são muito irrequie-tos e barulhentos… Estes não, são muito calmos, pessoas pacatas. E, além do mais, apercebi-me que estavam atentos e interes-sados o que, para quem vem no fundo, falar de si mesmo, é sempre gratificante

Tânia Esteves, 8.º A.

As Andanças do Senhor Fortes

O senhor Fortes Era vendedor de coisas finas!Com a sua mala castanha,Vendia xícaras aos meninos e às meninas.

Apregoava:Senhoras e SenhoresMeninos e meninas Aqui o vosso FortesSó vende se as coisas forem finas

Nem um único cliente!Mais valia comprar um pente.Nesta cidade há falta de gente!Basta, vou para uma aldeia comer o meu banquete!

Na aldeia…Pastor conheceu E este o acolheu Cabra dançante observou E amigo do pastor ficou

História de cão ouviuE espetáculo viu!Saudades do mar teve,Na aldeia onde esteve!

Castanholas recebeuClientes ao circo roubouE depois nele trabalhouAventuras viveuE na cama adormeceu.

Adaptado de “As Andanças do Sr. Fortes”, de António Mota Inês Gonçalves, EB da Estação 4ºA

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Dois dedos de conversa com .......António Mota

Professoras Bibliotecárias: Ana Maria Barata e Carla Tavares