José Carlos Paliari Ubiraci Espinelli Lemes de Souza · produtividade é de apenas 32% quando...

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil ISSN 0103-9830 BT/PCC/502 Método simplificado para prognóstico do consumo unitário de materiais e da produtividade da mão-de-obra: sistemas prediais hidráulicos. José Carlos Paliari Ubiraci Espinelli Lemes de Souza São Paulo - 2008

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP

Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830

BT/PCC/502

Método simplificado para prognóstico doconsumo unitário de materiais e da

produtividade da mão-de-obra: sistemasprediais hidráulicos.

José Carlos PaliariUbiraci Espinelli Lemes de Souza

São Paulo - 2008

Escola Politécnica da Universidade de São PauloDepartamento de Engenharia de Construção CivilBoletim Técnico - Série BT/PCC

Diretor: Prof. Dr. Ivan Gilberto Sandoval FalleirosVice-Diretor: Prof. Dr. José Roberto Cardoso

Chefe do Departamento: Prof. Dr. Orestes Marracini GonçalvesSuplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko

Conselho EditorialProf. Dr. Alex AbikoProf. Dr. Francisco Ferreira CardosoProf. Dr. João da Rocha Lima Jr.Prof. Dr. Orestes Marraccini GonçalvesProf. Dr. Paulo HeleneProf. Dr. Cheng Liang Yee

Coordenador TécnicoProf. Dr. Alex Kenya Abiko

O Boletim Técnico é uma publicação da -Escola Politécnica da USPI Departamento de Engenharia deConstrução Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade.

Este texto faz parte da tese de doutorado de título "Método simplificado para prognóstico do consumounitário de materiais e da produtividade da mão-de-obra: sistemas prediais hidráulicos" I que seencontra à disposição com os autores ou na biblioteca da Engenharia Civil.

FICHA CATALOGRÁFICA

Paliari, José Carlos.Método simplificado para prognóstico do consumo unitário de

materiais e da produtividade da mão-de-obra: sistemas prediais hidráulicos.- São Paulo: EPUSP, 2008.

29 p. - (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP,Departamento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/502)

1. Sistemas Prediais 2. Consumo Unitário de Materiais 3. Produtividade 4.Mão-de-obra 5. Prognóstico I. Souza, Ubiraci Espinelli Lemes de 11.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento deEngenharia de Construção Civil 111. Título IV. Série

ISSN 0103-9830

MÉTODO SIMPLIFICADO PARA PROGNÓSTICO DO CONSUMO UNITÁRIO DEMATERIAIS E DA PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA: SISTEMAS PREDIAIS

HIDRÁULICOS

SIMPLIFIED METHOD FOR THE PROGNOSIS OF THE UNITARY CONSUMPTION OFMATERIALS AND LABOUR PRODUCTIVITY: HYDRAULIC BUILDING SYSTEMS

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar um método simplificado para o prognóstico do consumo unitário demateriais (metros de tubos/área de apartamento-tipo) utilizados nos sistemas prediais hidráulicos, assim comoum método simplificado para o prognóstico da produtividade da mão-de-obra (homens-hora/área deapartamento-tipo) na execução destes sistemas, tendo-se como único parâmetro de entrada a área doapartamento-tipo da edificação que se deseja projetar. Portanto, são métodos aplicáveis à etapa de viabilidade doempreendimento de edificações residenciais de múltiplos pavimentos, momento no qual muitas definições deconcepção ainda não foram tomadas. Para tanto, foram levantados indicadores de consumo unitário de materiaisem 13 estudos de caso e indicadores de produtividade da mão-de-obra em 4 obras localizadas no Estado de SãoPaulo. Com base neste levantamento, são apresentadas faixas de valores (mínimo, mediana e máximo) destesindicadores para as partes que compõem estes sistemas prediais (consumo unitário) e para as partes inerentes àexecução destes sistemas (produtividade da mão-de-obra). Tanto o método de prognóstico do consumo unitáriode materiais quanto o de prognóstico da produtividade da mão-de-obra foram aplicados a um projeto executivode em edifício residencial de múltiplos pavimentos, com área de apartamento-tipo de 229,9 m2

• A diferença entrea quantidade de tubos prognosticada utilizando-se o método simplificado e a mensurada em projeto,considerando todos os sistemas prediais hidráulicos, foi de 16%, enquanto que a diferença entre a quantidadetotal de homens-hora prognosticada utilizando-se o método simplificado e a utilizando-se a quantidade real deserviço a ser executado, medida em projeto, foi de 11 %, indicando a aplicabilidade dos métodos desenvolvidos.

Palavras-chave: Sistemas Prediais. Consumo unitário de materiais. Produtividade da mão-de-obra. Prognóstico.

ABSTRACT

This work aims at presenting a simplified method for the prognosis of the unitary consumption of materiais(pipes meters/area of apartment-kind) used in the hydraulic building systems, as well as a simplified method forthe prognosis of the labour productivity (man-hour/area of apartment-kind) and the production of such systems,using as the only entrance parameter, the area of the apartment-kind of the building to be projected. They aretherefore methods which are applicable in the viability phase of the multiple-fioor residential building projects,moment in which most ofthe definitions of conception have not been formulated yet. In order to do so, indicesof the unitary consumption of materiais from 13 case studies were obtained, along with the indices of laborproductivity from 4 building sites located in the state ofSão Paulo. Based on this survey, some leveis ofvalue ofthese indices are presented (minimum, medium, maximum) to the parts that belong to those building systems(unitary consumption) and to those inherent to the production of such systems (labor productivity). Both themethod of prognosis of unitary consumption system of material and the one of prognosis of labor productivitywere applied to a project of a multiple - fioor residential building, with an area of apartment-kind equal to 229.9square meters. The difference between the quantity of pipes prognosticated using the simplified method and theone measured in the project which considered all the hydraulic building systems was of 16%, whereas thedifference between the total quantity of man-hour prognosticated through the simplified method and the oneusing the real amount of work to be done measured in the project was of 11%, which indicated the applicabilityof the methods deve1oped.

Key words: Building Systems. Unitary Consumption ofMaterials. Labor Productivity. Prognosis.

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1. INTRODUÇÃO

A preocupação com a melhoria da produtividade e qualidade, principalmente na áreaindustrial, tem sido uma constante nos países desenvolvidos e vem se intensificando nos países emprocesso de desenvolvimento.

Tal situação advém do fato de que países e empresas têm adquirido cada vez mais aconsciência de que a melhoria na produtividade constitui-se em eficiente atalho para o progresso e

crescimento econômico, uma vez que melhor produtividade! significa um melhor aproveitamento de

recursos na produção de bens ou serviços necessários à comunidade (MOREIRA, 1991).

No âmbito da Indústria da Construção Civil, podem-se enumerar vários fatores indutores da

necessidade da melhoria da produtividade, dentre os quais se ressalta o atual cenário de competição,acentuado na década de 90, e motivado por ações ocorridas nos últimos anos, tais como: a abertura domercado nacional ao capital estrangeiro, a implantação do Código de Defesa do Consumidor entreoutros (PICCHI, 1993).

Embora se reconheçam as vantagens da melhoria da produtividade no uso dos recursos físicos

e, conseqüentemente, dos recursos financeiros, a produtividade de alguns segmentos da cadeiaprodutiva do Brasil está aquém do nível que pode alcançar quando comparada com a produtividade

dos mesmos segmentos da cadeia produtiva de países desenvolvidos.

De acordo com o estudo realizado pelo Mckinsey Global Institute, em se tratando da Indústria

da Construção Civil no Brasil, mais especificamente no que diz respeito à mão-de-obra, a suaprodutividade é de apenas 32% quando comparada à Indústria de Construção Civil dos Estados

Unidos, sendo que, no subsetor de edificações, esta porcentagem atinge 35% (McKINSEY GLOBAL

INSTITUTE, 1998).

Evidencia-se, portanto, a necessidade da realização de trabalhos que visem a melhoria daprodutividade, tanto da mão-de-obra quanto no uso dos materiais. Trabalhos neste sentido vêm sendo

desenvolvidos recentemente, destacando-se, em se tratando de materiais e componentes, os realizados

porPaliari (1999) e Andrade (1999i. Em se tratando da mão-de-obra, destacam-se os trabalhosrealizados por Souza (1996), Carraro (1998), Araújo (2000) e Librais (2001), todos eles desenvolvidos

no âmbito do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Engenharia Civil da Escola Politécnicada Universidade de São Paulo.

Tais pesquisas procuraram avaliar, de forma sistemática, os valores das perdas de materiais ecomponentes e a produtividade da mão-de-obra, colocando atenção não apenas em sua medição, mas

também nos aspectos relacionados ao controle e ao prognóstico destes recursos, levando emconsideração a especificidade dos serviços avaliados e sua complexidade.

No que diz respeito a trabalhos internacionais, verifica-se também o foco nos serviços de

estrutura, vedação e acabamentos. Como exemplo, cita-se o trabalho desenvolvido por Enshassi et. ai

I No que diz respeito aos materiais e componentes, não é comum utilizar o termo produtividade para expressar a eficiência natransformação dos materiais em produtos de construção civil, e sim o termo consumo unitário, que expressa a quantidadede material utilizada por unidade de serviço executado (kg de aço por m3 de estrutura) ou por área de construção (m3 deconcreto por m2 de pavimento-tipo).

2 Estas pesquisas tratam da questão das perdas de materiais e componentes nos canteiros de obras e não especificamente daprodutividade. No entanto, fica clara a relação entre estes dois conceitos à medida que, ao se produzir com menores perdas,estar-se-á melhorando a produtividade.

3

(2007) para a avaliação da produtividade da mão-de-obra na execução da alvenaria de vedação,

utilizando os mesmos conceitos dos trabalhos nacionais citados anteriormente.

Embora se percebam avanços significativos em tais pesquisas, as mesmas foram focadas em

serviços relacionados à execução de estrutura, vedação e revestimentos internos. Quanto aos sistemas

prediais, foram identificados dois trabalhos semelhantes nacionais sobre produtividade da mão-de­

obra na execução de redes coletoras de esgotos sanitários, realizados e publicados por Sautchúk et aI.

(2001) e Rezende Neto et aI. (2002), que, embora tratem de sistemas prediais, não abrangem os

sistemas prediais hidráulicos no âmbito do edifício. Além destes, pode-se citar outro trabalho, com

participação deste autor, ainda que pouco aprofundado, sobre a avaliação da produtividade na

execução dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários realizado em uma obra localizada na cidade de

São Paulo, cujo detalhamento pode ser visto em Paliari et. aI (2003).

No âmbito internacional, identificou-se um trabalho realizado por Han; Thomas (2003) noâmbito do 11th Joint CIB lnternational Symposium, realizado em Singapura, a respeito do

levantamento da perda da produtividade da mão-de-obra na execução de dutos de ar

condicionado em um edifício do State College, Pennsylvania - USA.

Constata-se, portanto, uma carência de informações sobre a produtividade da mão-de-obra

nestes serviços que permitam aos seus gestores realizar um planejamento e programação de forma

mais eficiente, dimensionar suas equipes de trabalho e definir tarefas com maior precisão, além de

permitir a melhor escolha tecnológica com base no consumo destes recursos.

Este trabalho traz sua contribuição neste sentido, porém ainda de forma abrangente, na medida

em que se procura realizar o prognóstico do consumo destes recursos (mão-de-obra e tubos) tendo-se

como parâmetro de entrada apenas a área do apartamento-tipo que se deseja construir. No entanto, em

que pese a simplicidade destes métodos, o seu resultado já se constitui em um grande avanço na área

na medida em que é comum, na área dos sistemas prediais, se alocarem verbas para estes serviços na

etapa de orçamento, uma vez que os projetos destes sistemas, muitas vezes, são relegados a um

segundo plano e as quantidades necessárias de materiais e dimensionamento da mão-de-obra são feitos

com base na execução de um apartamento-tipo.

Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar um método para o prognóstico da

produtividade da mão-de-obra associados à execução dos sistemas prediais hidráulicos, considerando

suas tarefas e subtarefas, e do consumo unitário de materiais aplicáveis na etapa de viabilidade do

empreendimento, momento este em que não se têm, ainda, muitas informações a respeito da

concepção da edificação. Ressalta-se que o refinamento dos métodos propostos aqui podem ser vistos

em Paliari (2008), que apresenta um método analítico tanto para o consumo unitário de materiais,

inclusive, abordando o número de conexões, quanto para a produtividade da mão-de-obra.

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2. PRINCIPAIS CONCEITOS

Este item é dedicado à apresentação dos principais conceitos relacionados à produtividade da

mão-de-obra e consumo unitário de materiais.

2.1 Relacionados à produtividade da mão-de-obra

2.1.1 Definição de produtividade

Associando as várias interpretações do termo, Maeda (2002) define produtividade como sendoa combinação entre a efetividade (quão bem os resultados são alcançados) e a eficiência (quão bem os

recursos são utilizados na busca dos resultados) de um determinado sistema produtivo.

Numa forma mais direta, a produtividade consiste na relação entre as entradas de um processo

(materiais, mão-de-obra etc.) e as saídas do mesmo (m2 de alvenaria, metros de tubulações etc.).

Restringindo esta conceituação para a mão-de-obra, a produtividade consiste na eficiência da

transformação do esforço humano em serviços de construção, conforme ilustrado na Figura 2.1

(SOUZA, 2001).

Esforçohumano

EFICIÊNCIA

Serviço

FIGURA 2.1 - Produtividade da mão-de-obra (SOUZA, 2001)

No caso específico dos sistemas prediais, procura-se relacionar o esforço despendido pela

mão-de-obra na execução de cada metro de tubulação. Por uma questão de postura, a produtividade damão-de-obra, neste trabalho, será expressa em homens-hora por área de apartamento-tipo, de tal forma

a se obter a quantidade de homens-hora demandada para a execução dos serviços tendo-se como

parâmetro a área do apartamento-tipo.

2.2 Indicadores para mensuração da produtividade da mão-de-obra

A produtividade da mão-de-obra é mensurada através do indicador denominado RazãoUnitária de Produção (RUP), termo introduzido no país através de trabalhos sobre o assunto realizadospor Souza (1996) que relaciona os homens-hora (Hh) despendidos (entradas do processo) às

quantidades de produtos obtidos (Quantidade de serviço), ou seja, as saídas do processo.

Matematicamente, a RUP é calculada de acordo com a equação 2.1 :

RUP= HhQS

onde:

Hh Homens-hora despendidos na execução do serviço

(2.1)

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QS Quantidade de serviço executado pela mão-de-obra em determinado tempo

Para o cálculo da RUP considera-se a quantidade "líquida" de serviço executado (para o caso

de um revestimento, onde a quantidade de serviço é medida em área, por exemplo, não se considera aárea das aberturas; no caso dos sistemas prediais, onde a quantidade de serviço é medida em metros de

tubulação, não se considera qualquer expectativa/percentual de perdas embutida nos orçamentos, ouseja, são considerados os metros de tubulação efetivamente instalados na edificação) e o tempo em que

os operários estiveram disponíveis para o trabalho, ou seja, são considerados tanto os tempos

produtivos quanto improdutivos. Da mesma forma não são consideradas, neste cômputo, as horas­prêmio recebidas pelos operários.

2.3 Classificação dos indicadores de produtividade da mão-de-obra

Segundo Souza (2001), o indicador de produtividade pode ser classificado de acordo com aabrangência (tipo de mão-de-obra analisado) e o intervalo de tempo relacionado às entradas e saídas.

Com relação ao primeiro critério, a RUP pode ser classificada em RUP Oficial (quando é associada àmão-de-obra dos oficiais envolvidos diretamente na produção), RUP Direta (quando, além dos

homens-hora correspondentes aos oficiais, incluem-se também as horas correspondentes aos ajudantes

envolvidos diretamente com a produção) e finalmente, a RUP Global, que envolve toda a mão-de­

obra relacionada com o serviço em análise.

Quanto ao intervalo de tempo, tem-se a RUP Diária (representa a produtividade diária dos

envolvidos no processo), RUP Cumulativa (corresponde à produtividade acumulada durante umperíodo de tempo) e RUP Cíclica, adotada quando o serviço possui ciclos de produção bem definidos

(por exemplo, a cada pavimento, a cada semana etc.). Ainda, segundo este autor, a RUP Diária indicao efeito dos fatores presentes no dia de trabalho, enquanto que a RUP Cumulativa indica a tendência

de desempenho do serviço, amenizando, assim, os efeitos ocasionados pelos dias anormais ocorridosdurante o período de execução do serviço analisado.

Além destas RUP's, destaca-se também a RUP Potencial que corresponde à mediana dosvalores de RUP Diária abaixo da RUP Cumulativa. De acordo com este autor, a RUP Potencial

constitui em "um valor de RUP Diária associado à sensação de bom desempenho e que, ao mesmo

tempo, mostra-se factível em função dos valores de RUP Diária detectados". Na Tabela 2.1 apresenta­se um exemplo de cálculo dos vários tipos de RUP para o caso da execução das prumadas de cobre.

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Tabela 2.1 - Exemplo de cálculo da RUP: execução de prumadas de cobre

Dia Diário Cumulativo Produtividade (Hh/m)

RUPDiária~

Hh QS Hh QS RUP Diária RUPCum RUPCum RUPPot

1 9,00 41,98 9,00 41,98 0,21 0,21 0,21 0,20

2 8,00 41,98 17,00 83,96 0,19 0,20 0,19

3 9,00 41,98 26,00 125,94 0,21 0,21 0,21

4 3,60 27,64 29,60 153,58 0,13 0,19 0,13

5 9,00 14,34 38,60 167,92 0,63 0,23

2.2 Aspectos conceituais relacionados a perdas e consumo unitário

O conceito relativo ao consumo unitário deriva da definição de produtividade no uso de

recursos físicos num processo produtivo, isto é, refere-se à eficiência na transformação de certa

quantidade de material (por exemplo, a massa de aço realmente utilizada) em certo montante de

produtos gerados (por exemplo, a armadura descrita nos projetos). Portanto, o consumo unitário pode

ser calculado de acordo com a expressão 2.2, a seguir.

CUM=QMRQS

onde

(2.2)

QMR

QS

Quantidade de material empregado em determinado serviço ou produto

Quantidade de serviço ou produto executado

(2.3)

No caso dos sistemas prediais, é comum expressar o consumo unitário como sendo a relação

entre a quantidade realmente utilizada de material (metros de tubos) e a quantidade de serviço

executado (metros de tubos).

Por sua vez, o numerador da expressão 2.2 pode ser desmembrado em duas parcelas: consumo

unitário teórico, que se refere à quantidade de serviço medida em projeto e uma parcela relativa ao

consumo excedente de material, denominada perdas. Este raciocínio é ilustrado na expressão 2.3.

PerdasCUM =CUMTeóricox(1 + )

100

onde:

CUMTeórico

Perdas

Consumo unitário teórico de material obtido através da medição dos projetos

específicos de sistemas prediais

Quantidade excedente de material em relação à quantidade especificada nos

projetos de sistemas prediais

A segunda parcela está relacionada à execução dos serviços nos canteiros de obras. Neste

trabalho, porém, foca-se o consumo unitário teórico, ou seja, aquele relacionado ao projeto e não aocanteiro de obras.

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Mais do que isto, adota-se uma postura inovadora no que diz respeito ao denominador do

consumo unitário teórico. Enquanto na postura tradicional se adota o metro de tubulação como

parâmetro, nesta tese propõe-se utilizar o metro quadrado de apartamento-tipo por ser este o parâmetro

de entrada na composição dos orçamentos (área de alvenaria pela área de piso, m3 de concreto por áreade piso etc.).

3. MÉTODO DE COLETA

Para se elaborar os métodos simplificados de prognóstico do consumo unitário de

produtividade da mão-de-obra inicialmente partiu-se para o entendimento dos projetos de sistemas

prediais. Nos casos onde se realizou o levantamento dos indicadores de produtividade, além doentendimento dos respectivos projetos, teve-se também que entender a organização das equipes de

trabalho na execução dos sistemas prediais.

Os projetos foram codificados3 de tal forma a preservar a identidade da empresa e, dentre

estes, apenas no projeto da obra SP0401 não foi previsto o sistema predial de suprimento de águaquente. Nas Tabelas 3.1 e 3.2 são apresentadas, respectivamente, as principais características das obrase dos sistemas prediais analisados.

Tabela 3.1 - Características gerais dos projetos/obra analisados

Número de apartamentos por Número de Área (m2)

Obra pavimento-tipo pavimentos-tipo Pavimento-tipo Apartamento-tipo

SPOIOI 2 16 374,09 173,83

SP0201 2 13 304,19 134,98

SP0301 1 20 231,25 200,56

SP0401 4 17 361,86 73,98

SPOSOl 4 22 391,28 82,2

SP0601 1 22 248,27 226,08

SP0701 2 13 225,79 92,66

SP0702 2 17 285,47 126,05

SP0801 4 12 418,63 92,03

SP090la 6 19 461,93 78,27

SP0901b 6 19 461,93 45,61

SPIOOl I 18 236,28 213,04

SPIOO2 2 17 355,62 165,72

3 O código de cada projeto possui 6 caracteres: os dois primeiros dizem respeito ao Estado no qual a obra foi executada; osdois seguintes representam a empresa, enquanto que os dois últimos, a obra.

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Tabela 3.2 - Tipos de sistemas prediais existentes nas obras analisadas e os materiais empregados

Obra Sistemas prediais

Água Fria Água Quente Águas Pluviais Esgoto Gás Incêndio

SPOIOI Cobre Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0201 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0301 Cobre Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0401 PVC . PVC PVC Cobre Cobre

SP0501 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0601 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0701 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0702 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0801 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP090la PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SP0901b PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre

SPIOOI PPR PPR PVC PVC Cobre Cobre

SPIOO2 PPR PPR PVC PVC Cobre Cobre

Todos os projetos se referem a edifícios residenciais de múltiplos pavimentos construídos em

estrutura reticulada de concreto armado e vedações em blocos cerâmicos ou de concreto.

3.1 Consumo unitário de materiais

o levantamento do consumo unitário de materiais foi realizado em 12 projetos específicos de

sistemas prediais, perfazendo um total de 13 estudos de caso, uma vez que um dos projetos

apresentava dois tipos de apartamentos-tipo.

Os dados (comprimento de tubulação) foram discriminados por sistema (suprimento de água

fria, suprimento de água quente, por exemplo) e de acordo com seus subsistemas (prumadas, ramal de

distribuição, ramais, por exemplo). Neste trabalho, apresenta-se apenas o prognóstico do comprimentode tubos, sendo que sua complementação no que diz respeito do número de conexões pode ser

encontrado em Paliari (2008).

Para a quantificação da variável de interesse (comprimento total da tubulação por

sistema/subsistema), o traçado das tubulações de cada sistema/subsistema foi dividido em trechos,sendo estes caracterizados pelo comprimento de tubulação delimitado por uma ou mais conexões em

cada extremidade.

Os dados foram organizados de tal forma que se pudesse fazer a totalização da variável de

interesse segundo diversos critérios e de tal forma a subsidiar a elaboração de planilhas de coleta de

dados para efeito do levantamento da produtividade da mão-de-obra naquelas obras onde este estudofoi realizado.

3.2 Produtividade da mão-de-obra

Quanto aos indicadores de produtividade da mão-de-obra, estes foram obtidos através do

levantamento diário de dados realizado em quatro obras (SPOI0l, SP0201, SP0301 e SP0401). Cada

serviço foi desmembrado nas suas respectivas tarefas e subtarefas e os indicadores foram levantados,preferencialmente, ao nível das subtarefas. Na Figura 3.1 ilustra-se este raciocínio para os sistemas

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prediais de suprimento de água fria e água quente, aplicável aos outros sistemas de acordo com suas

particularidades.

Quanto li vfsão analitfca do serviço Quanto ao tipo de sistema predial

O Serviço D Água,FrlCieÃguaQuerte

IB TarotClS :",_-_..: Somente Água Quente

mSuttarefEllS

Figura 3.1 - Divisão da execução dos sistemas de suprimento de água fria e água quente em tarefas esubtarefas

A dinâmica da coleta de dados consistiu em o pesquisador visitar diariamente e no início da

manhã, os canteiros de obras com o objetivo de obter as informações (quantidade de serviço realizada

em cada subtarefa e a mão-de-obra empregada em determinado tempo), preenchendo as planilhas

específicas de acordo com o serviço executado.

Antes de proceder à coleta diária das informações nos canteiros de obras, o pesquisador fez o

mapeamento dos serviços, que consiste em anotar quais pavimentos, ambientes do pavimento e, até

mesmo, trechos de determinado sistema predial em determinado ambiente de um determinado

pavimento que foram executados até a presente data.

Para os trechos já executados, fez-se uma anotação singular indicando a sua execução, como,

por exemplo, a abreviação de all correct (OK). Visando a não ocorrência de erros, este mapeamento

foi feito no final do dia anterior ao início da coleta de dados em cada canteiro de obras. Após conversa

prévia com o encarregado, partiu-se para os pavimentos procedendo este mapeamento, inclusive,

visitando pavimentos inferiores ao informado pelo encarregado com o objetivo de anotar possíveis

trechos ainda não executados de determinados sistemas prediais em decorrência de alguma

anormalidade, como a falta de material, por exemplo.

O processamento dos dados foi feito com o objetivo de se obter os valores das RUP Diária,

RUP Cumulativa e RUP Potencial para cada subtarefa analisada, conforme Tabela 2.1 apresentada no

item 2, além da identificação e quantificação dos fatores potencialmente influenciadores.

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4. RESULTADOS

Nos itens subseqüentes são apresentados os valores relativos aos quantitativos de metros de

tubulações nos sistemas prediais, aos indicadores de consumo unitário de tubos por área de

apartamento-tipo e aos indicadores de produtividade da mão-de-obra considerando as respectivas

subtarefas.

4.1 Quantitativo de projeto

Na Tabela 4.1 são apresentados os valores de número de shafts e passantes para as obras

analisadas, enquanto que nas tabelas 4.2, 4.3 e 4.4 são apresentados os valores do comprimento das

tubulações, respectivamente, para os sistemas prediais de suprimento de água fria e água quente; de

suprimento de gás e de prevenção e combate a incêndios; e de coleta de esgoto sanitário e de águas

pluviais. Estes resultados já levam em consideração o número de apartamentos-tipo por pavimento

para as partes dos sistemas prediais que são comuns a mais de um apartamento-tipo por pavimento,

como é o caso das prumadas de incêndio e de água fria, por exemplo.

Tabela 4.1 - Número de shafts e de passantesPassantes (un.)

Obra Shafts (un.) Esgoto Águas Pluviais

SPOIOI 8,5 17 2

SP0201 6,0 14 3

SP0301 9,0 19 2

SP0401 2,8 7 1

SP0501 3,8 9 1

SP0601 11,0 15 3

SP0701 7,0 II 2

SP0702 6,5 II 1

SP0801 4,8 II 1

SP090la 3,8 9 1

SP090lb 3,3 5 1

SPIOOI 8,0 19 2

SPI002 8,0 16 2

f'd '.. dS'b IdT b I 42 Ca e a - ompnmento as tu u ações - Istemas prediais e supnmento e a2ua na e à2ua quenteSistema predial de suprimento de água fria (m) Sistema predial de suprimento de água quente (m)

Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Distribuição Ramais Total

SPOIOI 10,08 34,81 40,28 85,17 1I,52 38,80 29,67 79,99

SP0201 12,60 28,90 37,65 79,15 0,00 26, II 22,66 48,77

SP0301 17,28 42,46 53,07 112,81 0,00 30,68 32,66 63,34

SP0401 2,96 15,07 23,64 41,67 - - - -SP0501 4,13 23,88 19,31 47,32 0,00 12,56 1I,80 24,36

SP0601 17,28 29,04 43,81 90,13 0,00 16,66 20,84 37,50

SP0701 5,60 26,16 33,49 65,25 0,00 15,1I 17,12 32,23

SP0702 5,60 41,77 31,84 79,21 0,00 24,98 19,61 44,59

SP0801 3,48 18,97 23,25 45,70 0,00 16,35 13,02 29,37

SP090la 4,48 26,86 20,70 52,04 0,00 13,76 17,73 31,49

SP0901b 4,48 17,80 7,49 29,77 0,00 15,50 9,09 24,59

SP1001 12,00 60,90 48,95 121,85 0,00 77,00 35,79 112,79

SPI002 8,88 38,95 49,00 96,83 0,00 45,20 22,12 67,32

11

Tabela 4.3 - Comprimento das tubulações - Sistemas prediais de suprimento de gás e de prevenção ecombate a incêndios

Sistema predial de prevenção eSistema predial de suprimento de gás (m) combate a incêndios (m)

Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Total

SP0101 2,88 2,50 3,38 8,76 1,44 1,44

SP0201 2,80 2,94 3,30 9,04 1,40 1,40

SP0301 2,88 3,52 8,66 15,06 2,88 2,88

SP0401 0,74 6,20 1,80 8,74 0,74 0,74

SP0501 2,75 0,77 5,34 8,86 0,69 0,69

SP0601 2,88 1,18 8,50 12,56 2,88 2,88

SP0701 2,80 1,40 0,48 4,68 1,40 1,40

SP0702 1,40 11,22 3,82 16,44 1,40 1,40

SP0801 2,78 2,12 4,38 9,28 0,70 0,70

SP0901a 2,98 1,29 5,80 10,07 0,99 0,99

SP0901b 2,98 1,70 5,00 9,68 0,99 0,99

SP1001 3,00 0,60 6,62 10,22 3,00 3,00

SP1002 2,96 1,32 4,86 9,14 1,48 1,48

d ád4Tabela .4 - Comprimento das tubulações - Sistemas JJ rediais de coleta e esgoto e e Iguas plUviaisSistema predial de coleta de esgoto (m) Sistema predial de coleta de águas pluviais (m)

Tubos de queda e colunasObra de ventilação Ramais Total Tubos de queda Ramais Total

SP0101 42,44 31,02 73,46 14,40 6,25 20,65

SP0201 28,20 38,94 67,14 11,20 4,60 15,80

SP0301 38,56 44,90 83,46 14,40 5,98 20,38

SP0401 12,88 13,23 26,11 4,46 0,08 4,54

SP0501 25,00 11,25 36,25 4,13 0,10 4,23

SP0601 38,56 26,43 64,99 23,04 0,56 23,60

SP0701 34,30 16,38 50,68 14,00 0,60 14,60

SP0702 31,50 25,78 57,28 9,80 0,25 10,05

SP0801 23,11 9,00 32,11 8,34 0,20 8,54

SP090la 20,54 16,10 36,64 7,45 0,20 7,65

SP0901b 12,92 5,68 18,60 2,98 0,20 3,18

SP1001 37,00 39,88 76,88 21,00 1,50 22,50

SP1002 35,08 26,21 61,29 16,28 1,04 17,32

4.2 Consumo unitário: metros de tubo por área de apartamento-tipo

Na Tabela 4.5 são apresentados os valores de número de shafts e passantes por área de

apartamento-tipo para as obras analisadas, enquanto que nas tabelas 4.6, 4.7 e 4.8 são apresentados os

valores do comprimento das tubulações por área de apartamento-tipo, respectivamente, para ossistemas de suprimento de água fria e de água quente; de suprimento de gás e de prevenção e combate

a incêndios; e de coleta de esgoto sanitário e de águas pluviais.

Os indicadores apresentados nestas tabelas foram calculados dividindo-se os quantitativoslevantados em projeto pela respectiva área do apartamento-tipo, apresentada na Tabela 3.1.

12

Tabela 4.5 - Número de shafts e de passantes por área de apartamento-tipoPassantes (un.lm2 x 10.3)

Obra Shafts (un./m2 x 10.3) Esgoto Águas Pluviais

SP0101 49 98 12

SP0201 44 104 22

SP0301 45 95 10

SP0401 37 95 14

SP0501 46 109 12

SP0601 49 66 13

SP0701 76 119 22

SP0702 52 87 8

SP0801 52 120 11

SP0901a 49 115 13

SP0901b 72 110 22

SP1001 38 89 9

SP1002 48 97 12

Tabela 4.6 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de suprimento de águaf" d'ria e e agua ( uente

Sistema predial de suprimento de água fria Sistema predial de suprimento de água quente

(m/m2 x 10.3) (m/m2 x 10.3)

Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Distribuição Ramais Total

SP0101 58 200 231 489 67 223 170 460

SP0201 93 214 279 586 O 193 167 360

SP0301 85 212 265 562 O 153 163 316

SP0401 40 204 320 564 - - - -SP0501 49 291 234 574 O 153 143 296

SP0601 77 129 193 399 O 74 92 166

SP0701 60 283 362 705 O 163 185 348

SP0702 44 331 252 627 O 198 156 354

SP0801 38 206 253 497 O 178 142 320

SP090la 56 343 265 664 O 176 226 402

SP0901b 98 390 164 652 O 340 199 539

SP1001 56 286 230 572 O 362 168 530

SP1002 54 235 297 586 O 272 134 406

13

Tabela 4.7 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de suprimento de gás e deb . A d'prevençao e com ate a mcen lOS

Sistema predial de prevenção eSistema predial de suprimento de gás combate a incêndios

(mIm' x 10-3) (mIm' x 10-3)

Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Total

SPOI0l 17 14 19 50 8 8

SP0201 21 22 24 67 10 10

SP0301 14 18 43 75 14 14

SP0401 10 84 24 118 10 10

SP0501 33 9 65 107 8 8

SP0601 13 5 38 56 13 13

SP0701 30 15 5 50 15 15

SP0702 11 89 30 130 11 11

SP0801 30 23 48 101 8 8

SP0901a 38 16 74 128 13 13

SP0901b 65 37 109 211 22 22

SPI00l 14 3 31 48 14 14

SPI002 18 8 29 55 9 9

Tabela 4.8 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de coleta de esgoto e de. Ial!uas pl uVlals

Sistema predial de coleta de esgoto Sistema predial de coleta de águas pluviais

(mIm' x 10-3) (mIm' x 10.3)

ObraTubos de queda e colunas

de ventilação Ramais Total Tubos de queda Ramais Total

SPOIOI 245 180 425 83 36 119

SP0201 208 289 497 83 34 117

SP0301 192 223 415 72 30 102

SP0401 174 180 354 60 1 61

SP0501 303 136 439 50 1 51

SP0601 170 117 287 102 3 105

SP0701 371 176 547 150 6 156

SP0702 250 205 455 78 2 80

SP0801 250 97 347 90 2 92

SP0901a 262 205 467 95 3 98

SP0901b 282 125 407 65 4 69

SPI00l 173 188 361 98 7 105

SPI002 212 157 369 99 8 107

4.3 Produtividade da mão-de-obra: homens-hora por metro (ou unidade)

Na Tabela 4.9 são apresentadas as faixas de valores da RUP Potencial do tlRUP Cumulativa _

Potencial (mínimo, mediana, máximo) para as diversas subtarefas relacionadas à execução dos sistemasprediais. Os resultados parciais, ou seja, os resultados relativos a cada obra estão apresentados emPaliari (2008). Para aquelas subtarefas analisadas em apenas urna obra são apresentados apenas osvalores da mediana da RUP calculada. Note-se que se fez uma distinção das RUP's em função do tipode material empregado (Cobre ou PVe) no sistema predial de suprimento de água fria.

Tabela 4.9 - Faixas de valores de RUP Potencial e ~RUP Cumulativa o Potencial para as diversas subtarefas inerentes à execução dos sistemas prediais

VALORES PARA PROGNÓSTICO (Hh/mlRUP POTENCIAL óRUP

SERVICOS TAREFAS SUBTAREFAS MATERIAL Minimo Mediana Máximo Minimo Mediana MáximoShafls e passantes4 Shafls Locacão o o 0,40 o - o -

Abertura o - 033 - - 009 -Fixacão de prumadas e tubos de Queda o - 010 - o o -Fechamento o o 0,50 - - o -

Passantes Locação - 050 - - o -Abertura o - 038 - - 0,28 o

Chumbamento · - 042 o - 0,24 -Corte e rasgos Corte e rasgos paredes Corte · 0,12 0,16 0,19 0,07 0,10 0,12

Rasgo · 0,10 0,23 0,35 0,04 0,09 0,13Chumbamento o o 007 o - 0,03 -Produção kits Cobre Cobre 0,15 023 0,27 0,09 0,11 0,12

PVC PVC 006 008 0,13 0,01 0,07 0,13AFIAQ/GáslIncêndio' Prumadas Montagem Cobre 0,15 020 0,25 0,10 012 0,13

Montagem PVC 0,12 o o o

Distribuição Fixacão dos suportes e montagem Cobre 0,10 0,17 0,24 0,03 0,08 0,12Fixacão dos suportes e montagem PVC o 022 o o 0,07 o

Fixacão dos suportes o - 0,19 - - 006 -Montagem da tubulação Cobre - 0,19 - - 0,06 -Montagem da tubulação PVC o 013 o - 0,02 -

Ramais e sub-ramais Montagem e fixacão orovisória Cobre - 0,63 - - 0,14 -paredes in loco Montagem e fixação orovisória PVC - 0,18 - - 0,12 -

Montagem e chumbamento Cobre 0,29 0,35 0,41 0,08 0,15 0,22Montagem e chumbamento PVC - 0,24 - - o -

Sub-ramais de banheiros Abertura de laie + chumbamento dos sub-ramais CobrelPVC - 1,25 - - 055 -Ramais e sub-ramais teto Montagem da tubulacão Cobre 031 0,51 0,70 0,12 026 040

Montagem da tubulação PVC - 0,22 - o 0,18 -Ramais e sub-ramais gás piso Montagem tubulação Cobre - 0,27 - o 0,03 -

Esgoto e Aguas Tubos de queda e colunas MontaRem PVC - 012 - - 0,02 -Pluviais ventilação Fixacão o - 0,10 - - o -

Montagem e fixação PVC 0,23 0,25 0,26 0,05 0,06 0,07

Ramais parede MontaRem e fixação provisória PVC o 060 - - 0,12 -Montagem e chumbamento PVC 0,36 0,50 0,63 0,23 026 0,28

Ramais teto Fixação dos suportes o - 010 - - o -Montagem PVC - 0,24 - - 0,17 o

Montagem e fixacão PVC 0,22 0,36 0,40 0,05 0,14 025

4 Shafts e passantes = Hh/un.5 O PVC é utilizado apenas no sistema predial de suprimento de água fria.

.....j:>.

15

5. MÉTODOS DE PROGNÓSTICO

5.1 Consumo unitário de materiais

o método simplificado de prognóstico de consumo de tubos por área de apartamento-tipo ébaseado na elaboração de faixas de valores (mínimo, mediana e máximo) de acordo com os resultados

levantados na amostra de projetos e apresentados nas tabelas do item 4.2. A partir do estabelecimento

destas faixas para cada subsistema, o usuário do método deverá adotar o valor de acordo com apresença de alguns fatores que fazem com que o consumo de tubos por área de apartamento-tipo se

seja maior ou menor do que o valor da mediana, mas nunca inferior ao valor mínimo e superior ao

valor máximo detectados. Nas tabelas, a seguir, são apresentados as faixas de valores para cadasistema e seus respectivos subsistemas.

Tabela 5.1 - Número de shafts e passantes por área de apartamento-tipo

Subsistema un.lm2 x 10.3 Número de casos

Mfnimo Mediana Máximo

Shafts 37 49 76 13

Passantes: esgoto 66 98 120 13

Passantes: águas pluviais 8 12 22 13

Tabela 5.2 - Comprimento de corte e rasgo de paredes por área de apartamento-tipo

Subsistema m/m2 x 10.3 Número de

Mfnimo Mediana Máximocasos

Sistema predial de suprimento de água fria 105 198 305 13

Sistema predial de suprimento de água quente 92 140 174 12

Sistema predial de suprimento de gás 15 34 103 13

Sistema predial de coleta de esgoto 9 29 56 13

Tabela 5.3 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de águafria

Subsistema m/m2 x 10.3 Número de casos

Mínimo Mediana Máximo

Prumadas 38 56 98 13

Ramal de distribuição 129 235 390 13

Ramais e sub-ramais 164 253 362 13

Geral 399 574 705 13

Tabela 5.4 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de águaquente

Subsistema mlm2 x 10.3 Número de casos

Mínimo Mediana Máximo

Prumadas 67 67 67 1

Ramal de distribuição 74 186 362 12

Ramais e sub-ramais 92 165 226 12

Geral 166 357 539 12

16

Tabela 5.5 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de gás

Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos

Minimo Mediana Máximo

Prumadas 10 18 65 13

Ramal de distribuição 3 16 89 13

Ramais e sub-ramais 5 31 109 13

Geral 48 75 211 13

Tabela 5.6 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial prevenção e combate aincêndios

Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos

Mínimo Mediana Máximo

Prumadas 8 11 22 13

Geral 8 11 22 13

Tabela 5.7 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de esgoto sanitário

Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos

Minimo Mediana Máximo

Tubos de queda 98 133 227 13

Colunas de ventilação 54 92 144 13

Ramais 97 180 289 13

Geral 287 415 547 13

Tabela 5.8 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de escoamento de águaspluviais

Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos

Minimo Mediana Máximo

Tubos de queda 50 83 150 13

Ramais I 4 36 13

Geral 51 102 156 13

5.2 Produtividade da mão-de-obra

o raciocínio empregado para o método simplificado de prognóstico da mão-de-obra é o

mesmo empregado para o consumo unitário de materiais, ou seja, a apresentação de faixas de valoresde Homens-hora por m2 de apartamento-tipo (mínimo, mediana, máximo).

Para a obtenção destes faixas, utilizou-se o seguinte procedimento para cada projeto analisado:

(a) multiplicação da quantidade de subtarefas (metros ou unidades) a ser executada levantada

com base nos projetos (item 4.1) pelos respectivos da RUP Cumulativa, ou seja, a mediana do

~RUP Cumulativa _ Potencial) somada à mediana da RUP Potencial, apresentadas na Tabela 4.9;

(b) divisão do resultado obtido em (a) pela respectiva área do apartamento-tipo (Tabela 3.1).

17

Matematicamente, tem-se:

Hh HhxQS=-_....:.:::.-m2 QSxÁrea

onde:

(5.1)

Hh

QS

Área

Homens-hora por m2 de apartamento-tipo despendidos na execução de determinada

subtarefa

Quantidade de subtarefa executado pela mão-de-obra em determinado tempo (metros de

tubulação ou unidades, no caso de shafts ou passantes)

Área do apartamento-tipo

Nas tabelas, a seguir, são apresentados os valores de homens-hora por área de apartamento

tipo para cada subtarefa inerente à execução dos sistemas prediais. Note-se que, além de se fazer uma

distinção entre valores de homens-hora por área de apartamento-tipo na execução do sistema predial

de suprimento de água fria em função do material empregado nas tubulações (cobre ou PVe), faz-se

também, para este e para os demais sistemas de suprimento de insumo (água quente e gás), a distinção

entre ramais cujo traçado da tubulação é feito somente pelas paredes ou pelas paredes e sob a laje de

piso (água quente) ou pelas paredes e embutidos no contrapiso (gás). Caso não haja a previsão de se

localizar os ramais exclusivamente nas paredes, deve-se somar ao resultado o valor do consumo de

tubos localizados sob a laje de piso (água fria e água quente) e embutidos no contrapiso (gás).

Tabela 5.9 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: shafts e passantes

Hh/m2 x 10-3

Tarefas Subtarefas Mínimo Mediana Máximo

Shajis Locação 22 29 45

Abertura 16 20 32

Fechamento 26 34 53

Passantes (esgoto) Locação 46 68 84

Abertura 44 65 79

Chumbamento 44 65 79

Passantes (águas pluviais) Locação 6 9 16

Abertura 5 8 15

Chumbamento 5 8 15

18

Tabela 5.10 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: corte e rasgo de paredes

Hh/m2 x 10-3

Tarefas Subtarefas Minimo Mediana Máximo

Corte e rasgo paredes (água fria) Corte 27 51 79

Rasgo 34 63 98

Corte e rasgo paredes (água quente) Corte 24 37 45

Rasgo 29 45 56

Corte e rasgo paredes (água gás) Corte 4 9 27

Rasgo 5 11 33

Corte e rasgo paredes (água esgoto) Corte 2 8 15

Rasgo 3 9 18

Tabela 5.11 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial desuprimento de água fria (Cobre)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas Subtarefas Minimo Mediana Máximo

Prumadas Montagem 12 18 31

Fixação 6 9 15

Distribuição Fixação dos suportes e montagem 32 59 98

Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 97 117 139

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + laje) Montagem e chumbamento 53 94 153

Ramais e sub-ramais sob a laje Montagem da tubulação 16 55 96

Tabela 5.12 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial desuprimento de água fria (PVC)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas Subtarefas Minimo Mediana Máximo

Prumadas Montagem 8 13 22

Fixação 6 9 15

Distribuição Fixação dos suportes e montagem 37 68 II3

Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 56 68 81

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + laje) Montagem e chumbamento 36 64 104

Ramais e sub-ramais teto Montagem da tubulação 8 29 50

19

Tabela 5.13 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial desuprimento de água quente (Cobre)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas SubtarefasMínimo Mediana Máximo

Prumadas Montagem 21 21 21

Fixação 10 10 10

Distribuição Fixação dos suportes e montagem 18 46 90

Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 46 72 84

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + laje) Montagem e chumbamento 53 65 87

Ramais e sub-ramais sob a laje Montagem da tubulação 25 37 50

Tabela 5.14 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial desuprimento de gás (Cobre)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas SubtarefasMínimo Mediana Máximo

Prumadas Montagem 3 6 21

Fixação 2 3 10

Distribuição (parede) Montagem e chumbamento I 8 45

Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 3 13 24

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + contrapiso) Montagem e chumbamento 3 7 17

Ramais e sub-ramais contrapiso Montagem tubulação 4 7 23

Tabela 5.15 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial deprevenção e combate a incêndios (Cobre)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas SubtarefasMínimo Mediana Máximo

Prumadas Montagem 2 4 7

Fixação I 2 3

Tabela 5.16 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de coletade esgoto (PVC)

Hh/m2 x )0-3

Tarefas SubtarefasMínimo Mediana Máximo

Tubos de queda e colunas ventilação Montagem e fixação 53 76 115

Ramais parede (cozinha, área de serviço e terraço) Montagem e chumbamento 7 22 43

Abertura de laje + chumbamento dosRamais parede banheiro sub-ramais 28 36 66

Ramais teto Montagem e fixação 29 56 105

20

Tabela 5.17 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de coletade águas pluviais (PVC)

Hh/m2 x 10-3

Tarefas SubtarefasMinimo Mediana Máximo

Tubos de queda Montagem e fixação 16 26 47

Ramais teto Montagem e fixação I 2 18

5.3 Fatores influenciadores do consumo unitário de materiais e produtividade da mão-de-obra

5.3.1 Consumo unitário de materiais

Sabendo-se que o consumo unitário de materIaIs, neste trabalho, é dado pela relação do

comprimento de tubos pela área de apartamento-tipo, os valores deste indicador podem variar dentroda faixa de valores apresentada no item 5.1 de acordo com a influência de alguns fatores relacionados

à concepção do projeto. Embora não se tenha, ainda, informações suficientes para a determinação

destes fatores na etapa de viabilidade do empreendimento, algumas suposições podem ser feitas nestemomento de tal forma a se fazer um prognóstico mais realista. Na Tabela 5.18 são apresentados alguns

fatores que fazem com o que o indicador de consumo de materiais varie. No entanto, na incerteza da

presença ou não dos fatores listados, recomenda-se utilizar o valor da mediada das faixas apresentadasno item 5.1.

Tabela 5.18 - Fatores inOuenciadores do consumo unitário de materiais

Partes Fatores Descrição

Prumadas, tubos de queda Prumadas de água fria, água quente ou Prumadas coletivas, ou seja, que servem a mais de um apartamento-de gás comuns ou específicas aos tipo por andar levam a um consumo menor de tubos por área deapartamentos apartamento-tipo, enquanto que prumadas especificas levam a um

consumo maior.

Tubos de queda comuns ou Tubos de queda de esgoto ou de águas pluviais comuns a mais de umespecificos aos ambientes ambiente no apartamento-tipo levam a um consumo menor de tubo

por área de apartamento-tipo, enquanto que tubos de quedaespecificos levam a um consumo maior.

Ramal de distribuição Número de concentração (conjuntos) Acredita-se que quanto maior o número de conjuntos de ambientes(água fria e água quente) de ambientes molháveis servidos pelo molháveis atendidos pelo ramal de distribuição de água fria e água

ramal de distribuição de água fria e quente, maior será o consumo de tubo por área de apartamento-tipo,água quente enquanto que, quanto mais concentrado for os ambientes molháveis

servidos por este ramal no apartamento-tipo, menor será esteconsumo

Ramal de distribuição de Presença de ramal de retomo Projetos que prevêem ramal de retorno (circulação) de água quenteágua quente no apartamento-tipo apresentam maiores consumo de tubo por área

de apartamento-tipo do que projetos onde este ramal não é previsto.

Ramal de distribuição de Prumada específica ou coletiva Projetos onde há a previsão de prumada coletiva para suprimento degás gás (prumada que atende a mais de um apartamento por andar)

apresentam maior consumo de tubos em comparação com projetosonde há a previsão de prumadas de alimentação especificas

5.3.2 Produtividade da mão-de-obra

o método para a medição e prognóstico da produtividade da mão-de-obra é baseado nomodelo proposto por Thomas; Yiakoumis (1987), denominado "Modelo dos Fatores", adaptado e

aperfeiçoado para a situação brasileira em diversas dissertações elaboradas no âmbito do Programa dePós-Graduação de Engenharia de Construção Civil e Urbana da USP.

21

De acordo com este método, a produtividade da mão-de-obra é avaliada no âmbito da equipe

de trabalho levando-se em consideração o efeito da curva de aprendizagem de atividades repetitivas,assim como os outros fatores que interferem no seu valor.

Tais fatores são divididos em duas categorias: uma relacionada ao conteúdo do trabalho eoutra relacionada ao contexto no qual o trabalho está sendo realizado (THOMAS; SMITH, 1990).

Segundo estes autores, a primeira categoria abrange as características físicas do trabalho, ou seja, a

especificação dos materiais, os detalhes de projeto; enquanto que a segunda categoria diz respeito aoambiente de trabalho, aos aspectos organizacionais e gerenciais, além de incluir também as condições

atmosféricas, disponibilidade de materiais e equipamentos, entre outros aspectos.

Além destes fatores, destaca-se uma outra categoria relacionada às anormalidades que ocorremao longo da execução dos trabalhos que faz com que a produtividade também varie.

Assim, os fatores de contexto e conteúdo são relacionáveis à RUP Potencial, enquanto que as

anormalidades dizem respeito à maior ou menor diferença entre a RUP Potencial e a RUP Cumulativa.

Desta forma, para se realizar o prognóstico, deve-se estabelecer a RUP Potencial baseada nos

seus fatores de conteúdo e contexto influenciadores e adicionar à mesma o ~RUPCumulativa-Potencia),

variável de acordo com a maior ou menor influência das anormalidades que venham a acontecer

durante o período de execução dos serviços.

Como exemplos de fatores de conteúdo, podem ser citados:

(a) material da tubulação: acredita-se que o esforço despendido pela mão-de-obra na execução

de sistemas prediais em cobre seja maior do que as tubulações em PVC;

(b) número de conexões por metro de tubulação: acredita-se que quanto maior for esta

relação, maior será o esforço despendido pela mão-de-obra na execução dos serviços;

Como exemplos de fatores de contexto, podem ser citados:

(a) relação oficial: ajudante: há uma relação ótima entre estes profissionais que maximiza a

produtividade. Nos levantamentos realizados esta relação é variável, no entanto,predominando a relação 1 : 1;

(b) organização da produção: acredita-se que a produtividade de equipes que desempenham

tarefas específicas ao longo do dia de trabalho (somente execução de prumadas, por

exemplo) é melhor do que a produtividade de equipes que realizam várias tarefas aomesmo tempo ao longo do dia de trabalho (execução de prumadas, ramal de distribuição e

ramais embutidos nas paredes, por exemplo);

(c) regime de trabalho: acredita-se que a produtividade será melhor quando as equipes de

trabalho executam os serviços sob o regime de "tarefa", ou seja, quando recebem umprêmio ao cumprirem um meta estabelecida pelo encarregado durante um período de

tempo predeterminado.

Finalmente, são exemplos de anormalidades que podem ocorrer durante a execução dos

serviços: falta de material, inexistência de referencial geométrico (taliscas) para o embutimento dastubulações nas paredes, retrabalho etc.

Assim, embora se relacione estes fatores influenciadores da produtividade da mão-de-obra,sabe-se da dificuldade em se identificá-los e de se quantificá-los na fase de viabilidade doempreendimento, momento para o qual o método proposto se aplica. Assim, na dúvida ou

22

impossibilidade da determinação destes fatores, recomenda-se a adoção da mediana, tanto para a RUP

Potencial quanto para o ~RUPCumulaliva-Polencial. Este procedimento foi adotado neste trabalho.

6. APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE PROGNÓSTICO A UM CASO REAL

Os métodos simplificados de prognóstico do consumo unitário de materiais e da produtividade

da mão-de-obra foram aplicados a um caso real, ou seja, a uma obra residencial de múltiplos

pavimentos, com um apartamento-tipo por pavimento, com área de 229,9 m\ aqui denominada deSPIIOl.

6.1 Comprimento de tubos

Nas tabelas, a seguir, apresenta-se a comparação entre os valores das quantidades de shafts,

passantes e comprimento das tubulações dos diversos sistemas prediais levantadas em projeto

(SPIIOI) e as quantidades prognosticadas utilizando-se o método proposto neste trabalho.

Tabela 6.1 - Comparação entre os números de shafts e de passantes levantados em projeto e os obtidosutilizando o método de prognóstico simplificado

Adotado Unidades

Partes un.lm2 x 10-3Método Projeto Diferença (0/0)

Shafts 49 11 7 4 57

Passantes: esgoto 98 23 19 4 21

Passantes: águas pluviais 12 3 4 -1 -25

Tabela 6.2 - Comparação entre o comprimento de corte e rasgo nas paredes levantado em projeto e oobtido utilizando o método de prognóstico simplificado

Adotado Metros

Partes mm2 x 10-3Método Projeto Diferença (0/0)

Sistema predial de suprimento de água fria 198 45,52 44,22 1,30 3

Sistema predial de suprimento de água quente 140 32,19 27,34 4,85 18

Sistema predial de suprimento de gás 34 7,82 2,00 5,82 291

Sistema predial de coleta de esgoto 29 6,67 5,93 0,74 12

Tabela 6.3 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de água fria

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3 Método Projeto Diferença (0/0)

Prumadas 60 13,79 8,64 5,15 37

Distribuição 250 57,48 47,60 9,88 17

Ramais 253 58,16 45,22 12,94 22

Total - 129,43 101,46 27,97 22

23

Tabela 6.4 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de água quente

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3 Método Projeto Diferença (%)

Distribuição 150 34,49 31,94 2,55 7

Ramais 165 37,93 28,54 9,39 25

Total - 72,42 60,48 11,94 16

Tabela 6.5 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de gás

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3Método Projeto Diferença (%)

Prumadas 25 5,75 2,88 2,87 50

Distribuição 30 6,90 3,20 3,70 54

Ramais 50 11,50 11,14 0,35 3

Total - 24,14 17,22 6,92 29

Tabela 6.6 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de prevenção e combate a incêndios

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3Método Projeto Diferença (%)

Prumadas 11 2,53 2,88 -0,35 -14

Total - 2,53 2,88 -0,35 -14

Tabela 6.7 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de coleta de esgoto

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3Método Projeto Diferença (%)

Tubo Que<ia 133 30,58 20,16 10,42 34

Ventilação 80 18,39 15,52 2,87 16

Ramais 180 41,38 36,61 4,77 12

Total - 90,35 72,29 18,06 20

Tabela 6.8 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando ométodo de prognóstico simplificado - Sistema predial de coleta de águas pluviais

Adotado Metros de Tubulação

Partes m/m2 x 10-3Método Projeto Diferença (%)

Tubo Queda 100 22,99 20,16 2,83 12

Ramais 20 4,60 15,56 -10,96 -238

Total - 27,59 35,72 -8,13 -29

24

6.2 Homens-hora demandados

Nas tabelas apresentadas, a seguir, são apresentados os valores de homens-hora

prognosticados para a obra SPllOl utilizando-se o método proposto neste trabalho. Para tanto, foramadotados os valores da mediana de homens-hora por área de apartamento-tipo apresentados nas tabelasdo item 5.2.

Tabela 6.9 - Homens-hora prognosticados para a obra SPllOl- Shafts e passantes

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m2 x 10-3 Hh

Shafis Locação 29 6,7

Abertura 20 4,6

Fechamento 34 7,8

Passantes (esgoto) Locação 68 15,6

Abertura 65 14,9

Chumbamento 65 14,9

Passantes (águas pluviais) Locação 9 2,1

Abertura 8 1,8

Chumbamento 8 1,8

Tabela 6.10 - Homens-hora prognosticados para a obra SPllOl- Corte e rasgo de paredes

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m2 x 10-3 Hh

Corte e rasgo paredes (água fria) Corte 51 11,7

Rasgo 63 14,5

Corte e rasgo paredes (água quente) Corte 37 8,4

Rasgo 45 10,2

Corte e rasgo paredes (água gás) Corte 9 2,1

Rasgo II 2,5

Corte e rasgo paredes (água esgoto) Corte 8 1,8

Rasgo 9 2,1

Tabela 6.11 - Homens-hora prognosticados para a obra SPllOl - Sistema predial de suprimento de águafria

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m2 x 10-3 Hh

Prumadas Montagem 18 4,1

Fixação 9 2,1

Distribuição Fixação dos suportes e montagem 59 13,6

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes) Montagem e chumbamento 117 26,9

25

Tabela 6.12 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de suprimento de águaquente

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh

Prumadas Montagem 21 4,8

Fixação 10 2,3

Distribuição Fixação dos suportes e montagem 46 10,6

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes) Montagem e chumbamento 72 16,6

Tabela 6.13 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de suprimento de gás

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh

Prumadas Montagem 6 1,4

Fixação 3 0,7

Distribuição (parede) Montagem e chumbamento 8 1,8

Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + contrapiso) Montagem e chumbamento 7 1,6

Ramais e sub-ramais contrapiso Montagem tubulação 7 1,6

Tabela 6.14 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101- Sistema predial de prevenção e combatea incêndios

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh

Prumadas Montagem 4 0,9

Fixação 2 0,5

Tabela 6.15 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de coleta de esgoto

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m2 x 10-3 Hh

Tubos de queda e colunas ventilação Montagem e fixação 76 17,5

Ramais parede (cozinha, área de serviço e terraço) Montagem e chumbamento 22 5,1

Abertura de laje + chumbamento dos sub-Ramais parede banheiro ramais 36 8,3

Ramais teto Montagem e fixação 56 12,9

Tabela 6.16 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101- Sistema predial de coleta de águaspluviais

Adotado MétodoTarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh

Tubos de queda Montagem e fixação 26 6,0

Ramais teto Montagem e fixação 2 0,5

26

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Indústria da Construção Civil é carente de informações na medida em que seus produtos são

muito heterogêneos e a mão-de-obra empregada em seus processos também tem níveis de informaçãodiferenciados, predominando a experiência vivida ao longo de sua vida profissional nos vários

canteiros e empresas em que trabalhou, do que o conhecimento sistemático com base em pesquisacientífica.

Este trabalho, derivado da tese de doutorado intitulada "Método para prognóstico da

produtividade da mão-de-obra e consumo unitário de materiais: sistemas prediais hidráulicos",

elaborada por Paliari (2008), veio a contribuir para o aumento de informações sobre a produtividade

da mão-de-obra quanto à execução dos sistemas prediais, sistemas estes pouco ou quase nuncaexplorados no que diz respeito a estes indicadores, uma vez que os trabalhos científicos voltados para

esta área têm se concentrado nos serviços de estrutura, revestimento e acabamento do edifício.

Situação semelhante acontece com os materiais. Raras são as pesquisas que focaram oconsumo unitário de materiais nestes sistemas, mesmo que simplesmente abrangendo os aspectos do

canteiro de obras. Esta situação é mais crítica em se tratando dos aspectos relacionados aos projetosdestes sistemas.

É reinante, ainda, a prática de se obter os valores de matenaIS necessanos dos sistemas

prediais hidráulicos a partir da execução do primeiro apartamento-tipo da edificação. Nas etapas que

antecedem a execução da obra, tais como estudo de viabilidade, projetos e orçamentação os custos,

muitas vezes, são baseados na experiência dos profissionais envolvidos do que em parâmetros de

projeto e das várias estratégias passíveis de adoção durante a execução destes sistemas.

Em termos de viabilidade e orçamentação, por exemplo, estes sistemas são tratados como

verdadeiras "caixas pretas", havendo a prática de se alocarem verbas a este item.

O desenvolvimento deste trabalho veio colaborar com o meio técnico na medida em quepossibilita informações já na fase de viabilidade do empreendimento, permitindo discussões prévias

sobre a melhor alternativa a adotar durante o estudo de viabilidade, orçamentos mais precisos e um

planejamento e controle da produção destes sistemas prediais.

A aplicação dos métodos em um caso real mostrou-se eficiente na medida em que, através de

apenas um parâmetro de entrada (a área do apartamento-tipo que se deseja projetar) conseguiu-se

números próximos ao levantamento das quantidades de tubulação levantadas em projeto.

Na Tabela 7.1 estão resumidos, para cada sistema predial, os valores do comprimento detubulação prognosticados utilizando-se o método simplificado.

Em termos gerais, de acordo com os resultados apresentados nesta tabela, os sistemas prediais

que apresentaram maior diferença entre os valores prognosticados e os levantados em projeto para o

comprimento da tubulação, foram os de suprimento de gás e de coleta de águas pluviais.

Mesmo assim, acredita-se que os resultados alcançados aplicando-se o método a um caso realsão muito satisfatórios e representam um grande avanço do conhecimento nesta área, uma vez que, nocômputo geral a diferença observada foi de 16%.

27

Tabela 7.1 - Metros de tubulação: comparação entre a quantidade levantada em projeto e aprognosticada utilizando o método simplificado

Metros de Tubulação

Sistemas Método Projeto Difereuça (%)

Água Fria 129,43 101,46 27,97 22

Água Quente 72,42 60,48 11,94 16

Gás 24,14 17,22 6,92 29

Incêndio 2,53 2,88 -0,35 -14

Esgoto 90,35 72,29 18,06 20

Águas pluviais 27,59 35,72 -8,13 -29

Total 346,46 290,05 56,41 16

No que diz respeito à produtividade da mão-de-obra, os resultados obtidos com a aplicação dométodo simplificado podem ser comparados com os obtidos utilizando-se os valores reais dequantidade de serviço levantado em projeto e os valores da mediana de produtividade da mão-de-obrapara cada subtarefa inerente a sua execução (coluna B da Tabela 7.2), e com os valores calculadosutilizando os indicadores de produtividade da mão-de-obra prescritos no TCPO (2003) (coluna C daTabela 7.2). Estes dois conjuntos de resultados estão detalhados em Paliari (2008) e resumidos naTabela 7.2, a seguir.

Tabela 7.2 - Quantidade de homens-hora demandados por tipo de sistema: comparação entre asquantidades prognosticadas utilizando o método proposto; os valores de QS medidos em projeto e

indicadores de produtividade da mão-de-obra prescritos no TCPO (2003)

Homens-hora Difereuça

A B C D=A-B E=A-C D/AxlOO E/AxlOOSistemas

MétodoMétodo utilizando QS TCPO (2003) Homeus-hora

simplificado levantada em %

projeto

Shafts 19,08 12,04 0,006 7,04 19,08 37 100

Passantes 51,27 48,48 0,00 2,79 51,27 5 100

Corte e rasgo 53,34 46,10 33,27 7,23 20,06 14 38

Água Fria 46,67 38,84 95,81 7,83 -49,14 17 -105

Água Quente 27,13 22,58 55,25 4,55 -28,12 17 -104

Gás 7,13 6,70 15,73 0,43 -8,60 6 -121

Incêndio 1,38 1,35 3,97 0,03 -2,60 2 -188

Esgoto 43,68 38,11 56,66 5,57 -12,98 13 -30

Águas Pluviais 6,44 14,03 25,94 -7,59 -19,50 -118 -303

Total 256,11 228,24 286,63 27,87 -30,52 11 -12

6 O TCPO (2003) não traz indicadores de produtividade da mão-de-obra para o cálculo dos homens-horas demandados para aexecução dos shafts e dos passantes.

28

Embora não se possa afirmar categoricamente qual método é o mais correto em função dagrande diferença observada, pode-se afirmar que a formatação do método proposto está mais próximada organização da produção destes sistemas prediais. Esta dúvida pode ser sanada com a continuidadedeste trabalho em outros canteiros de obras, agregando, inclusive, outros tipos de materiaisempregados nas tubulações, como o PPR, por exemplo. Pode-se considerar também que as diferençasobservadas com a aplicação do método de prognóstico simplificado em relação ao analítico sãosatisfatórias, haja vista sua simplicidade de aplicação na medida em que se tem como entrada doprocesso a área do apartamento-tipo que se deseja construir.

No que diz respeito à mão-de-obra, observou-se uma grande diferença entre os valoresprognosticados utilizando-se o método proposto e os calculados utilizando os indicadores deprodutividade preconizados pelo TCPO (2003), muito utilizado no meio técnico.

Mais do que discutir os resultados em si, acredita-se que a discussão deva ser conduzida nosentido de se ampliar o campo de estudo a respeito, agregar informações de novas obras ao banco dedados elaborado no sentido de se perpetuar a nova postura preconizada no método proposto e seidentificar e quantificar a influência dos fatores presentes no dia-a-dia de execução dos serviçosinerentes aos sistemas prediais.

Mesmo assim, acredita-se que os métodos propostos possam ser generalizados, ou seja,passíveis de aplicação a vários casos reais, com a obtenção de resultados muitos satisfatórios,principalmente frente à carência de informações nesta área a respeito destes sistemas prediais.

Seguramente há ainda um campo enorme a ser explorado quanto ao tema proposto nestetrabalho e sua extrapolação a outros sistemas prediais, como o elétrico, por exemplo. Inicialmentedestaca-se a necessidade de se aumentar o número de estudos de caso para estes sistemas de forma acontemplar novos fatores, aprimorar os métodos de prognóstico desenvolvidos e, principalmente, noque diz respeito à produtividade da mão-de-obra.

Nesta mesma linha, o refinamento dos métodos para o prognóstico do consumo unitário podeainda contemplar percentual do comprimento total da tubulação em função do seu diâmetro. °mesmose aplica às conexões no que diz respeito ao seu número e tipo. Este refinamento permitiria maiorprecisão quanto às estimativas de custos destes sistemas.

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