Jose Meireles Texto Reflexao

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  • 7/26/2019 Jose Meireles Texto Reflexao

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    MENSAGENSTRANSFORMADORAS

    PARA NOSSA REFLEXO

    VOLUME 1

    Compilao e adaptae!" Cel Mei#elle!

    No creias em pessimismo e derrota, solido eabandono, porque, se amas conformedeterminam as Leis do Universo, descobrirs abeleza e a alegria em qualquer parte da Terra. E

    jamais te desesperes, porquanto sejas quem forese estejas onde estiveres, ningum te pode furtar o

    privilgio da imortalidade nem te arredar doesquema de !eus "E##$NUEL%

    C$ia%& 'a()*++,

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    ESCLAREC-MENTO

    Temos recebido de amigos, via Internet, belas mensagens defundo filosfico-espiritual, com respeito a todas as crenas. Taismensagens nos tm transmitido muita alegria e bons momentos

    para reflexo e para mudanas.

    Vimos, h tempos, ar!uivando esses e.mail"s.

    Verificamos, entretanto, !ue essa medida era uma formaego#sta de guardar valores. $legria verdadeira % a !ue pode sercompartilhada. &or isso, estamos publicando as mensagens !uemais nos tocaram para !ue o partilhar se'a mais amplo e atin'amuitos outros amigos, particularmente os no internautas.

    &ena !ue no temos condi(es de retransmitir o fundo musical,as lindas paisagens e outros belos panos de fundo !ue do mais

    bele)a * forma de transmisso das mensagens.+&rograma &oer&oint. $ essncia, por%m, est no contedo da prpria

    mensagem, o !ue foi integralmente conservado neste livreto..+&rograma /ords

    0e essas mensagens lhe transmitirem algum bem-estar espirituale momentos de reflexo com vistas a eventuais mudanas. teratingido o nosso ob'etivo.

    1ste % o primeiro volume. 2utros podero vir desde !ue osamigos continuem a nos brindar com essas belas mensagens.

    3eu e.mail4 [email protected]. 3eu telefone4 +56 578-79:5

    ;m abrao para todos.

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    .ND-CE

    T.TULO PAG T.TULO P/G

    1sta % a =ei 9 $ >oseira 5?

    $ 2rao ?@ Verdadeiro $mor 57

    Arande)a de $lma ?61 se eu 3orrer antes deVoc

    55

    1xemplos de

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    .ND-CE 0Co(ti($ao

    T.TULO PAG T.TULO P/G

    $ &orta do =ado ?@B0abedoria de i!ue)a e &obre)a ?C: Viver

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    ESTA 2 A LE-

    Fasceste no lar !ue precisavas,

    Vestiste o corpo f#sico !ue merecias,

    3oras onde melhor Eeus te proporcionou, de acordo com teuadiantamento.

    &ossuis os recursos financeiros coerentes com as tuasnecessidades, nem mais,nem menos, mas o 'usto para as tuaslutas terrenas.

    Teu ambiente de trabalho % o !ue elegeste espontaneamente paraa tua reali)ao.

    Teus parentes, amigos so as almas !ue atra#ste, com tua prpriaafinidade.

    &ortanto, teu destino est constantemente sob teu controle.

    Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificastudo a!uilo !ue te rodeia a existncia.

    Teus pensamentos e vontade so a chave de teus atos eatitudes..... 0o as fontes de atrao e repulso na tua 'ornadavivncia.

    Fo reclames nem te faas de v#timaN $ntes de tudo, analisa e

    observaN $ mudana est em tuas mos. >eprograma tua metaNMusca o bem e vivers melhor.

    1mbora ningu%m possa voltar atrs e fa)er um novo comeo,Oual!uer ;m pode

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    &'ico (avierA ORA3O

    ")elato de uma missionria na *frica%

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    beb para proteg-lo das lufadas de vento frio. 3antenham obeb a!uecido.

    Fa tarde seguinte, fui orar com as rfs !ue, eventualmente,!uisessem se reunir comigo. Di) uma s%rie de sugest(es !ue

    pudessem despert-las a orar e, tamb%m, contei-lhes sobre obeb.

    1xpli!uei nossa dificuldade em manter o beb a!uecido emfuno da nica bolsa de gua !ue havia estourado. 1 !ue o beb

    poderia morrer de frio.

    3encionei a irm)inha de C anos, !ue no parava de chorar aperda e ausncia da me.

    Eurante as ora(es, uma das meninas de ?@ anos, uma de nossascrianas africanas, orou4

    &or favor, Eeus, manda-nos uma bolsa de gua !uente. $manh

    talve) ' vai ser tarde, Eeus, por!ue o beb pode no agQentar.&or isso, manda a bolsa ainda ho'e.J

    1n!uanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanhaaudcia, num corolrio, acrescentou4

    1 ' !ue, Eeus, ests cuidando disso, por favor, manda 'untouma boneca para a maninha dela, para !ue saiba !ue tamb%m aamas de verdade.J

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    2 nico 'eito de Eeus atender tal pedido seria por encomenda aminha terra natal, via correio. 1u estava, ento, na Pfrica por!uatro anos e 'amais havia recebido uma encomenda postal decasa. Ee !ual!uer forma, se algu%m mandasse algo, poria nelauma bolsa de gua !uenteR 1u morava na linha do 1!uador.

    S meia tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veioum recado di)endo !ue um carro estacionara no porto de minhacasa. $o chegar em casa, o carro havia partido, mas deixara um

    pacote de ?? g na varanda.

    3eus olhos lacrime'aram.Fo consegui abrir o pacote so)inha, esolicitei !ue algumas crianas do orfanato me a'udassem. Tudofoi feito com muito cuidado para !ue nada fosse danificado. 2scora(es batiam forte.

    Trinta a !uarenta olhos acompanhavam arregaladamente cadaao. $ camada de cima era composta de roupas coloridas ecintilantes. 2s olhinhos das crianas brilhavam * medida !ue as

    distribu#a. Eepois viram as ataduras para os leprosos, caixinhasde passas de uva e farinha, !ue dariam gostosos bolos para o fimde semana.

    Ouando pus as mos de novo na caixa, pasmem... ;ma bolsade gua !uente, novinha em folhaJ, eu griteiN 1u no havia feitonenhuma encomenda nesse sentido. >ute, !ue estava no bancoda frente, saltou e comeou a gritar4

    0e Eeus mandou a bolsa, ele tamb%m mandou a boneca.J

    1nfiando as mos na caixa, se pUs * procura da boneca. 1 lestava ela, maravilhosamente vestida. >ute nunca duvidara.2lhando para mim, perguntou4

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    &osso ir 'unto levar a boneca para a!uela menina, para !ue elasaiba !ue Kesus tamb%m a ama muitoRJ

    1ste pacote estivera a caminho por 6 meses. Doi uma iniciativada minha ex-professora de escola b#blica, cu'a l#der atendeu *vo) do 0enhor de enviar uma bolsa de gua !uente. 1 uma dasmeninas da turma decidiu mandar 'unto uma boneca cincomeses antes, em resposta a uma orao de outra menina de ?@anos !ue acreditou fielmente !ue Eeus atenderia a sua orao,ainda na!uela tarde.

    1 ser !ue, antes !ue clamem, eu responderei4 +Is 56.C8J...$ orao !ue segue leva menos de ? minuto. $o receb-la,faa-a. s o !ue peo, nada mais. &asse-a mesmo adiante para!uem dese'ar. 3as no deixe de fa)-lo, por favor. $ orao %um dos maiores presentes gratuitos !ue temos. 1la no custanada, mas tem muitas recompensas.. ;ida!4#e(o;a a 9o(?ia(a de 6$e pode! a7i# po# meio dele!8 O(de:o$;e# 9a(!ei#a e e!7otame(to4 d& 9omp#ee(!o4 o#ie(taoe ?o#a pa#a !e 9olo9a#em !o% a t$a lide#a(a8 O(de :o$;e#e!ta7(ao e!pi#it$al peo5te 6$e o! #e(o;e!4 mo!t#a(do5l:e!6$e e!t&! pe#to e 6$e#e! 6$e !e ap#o@imem de ti e %$!6$emi(timidade 9o(ti7o8 O(de :o$;e# medo4 #e;ela te$ amo#4 e9o(9ede5l:e! t$a 9o#a7em8 O(de :o$;e# 6$al6$e# pe9ado

    9#ia(do %lo6$eio!4 d&5l:e! o pode# de e(@e#7&5lo pa#a 6$e a!ama##a! !e !oltem em ?a;o# do! !e$! ami7o!8A%e(oa t$do o 6$e !omo! e temo!4 a%#i(do (o!!o! ol:o! e9o#ao pa#a o(de a (e9e!!idade (o! o#ie(ta#8 D&5(o!

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    di!9e#(ime(to pa#a #e9o(:e9e# o! o%!t&9$lo! e a !$pe#&5lo!pelo te$ pode# e amo#8 Peo5te i!to em (ome de 'e!$!8

    +2 texto acima % uma traduo feita pelo Ver. 2scar =ehenbauer- $daptao de Pureo &into

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    GRANDEBA DE ALMA

    =eia !uando estiver s N ;ma carta... ;ma histria fantstica, esimples... &ara se ler obrigatoriamenteNNNN

    Eois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo!uarto de hospital. ;m deles podia sentar-se na sua camadurante uma hora, todas as tardes, para !ue os fluidoscirculassem nos seus pulm(es. 0ua cama estava 'unto da nica

    'anela do !uarto. 2 outro homem tinha de ficar sempre deitadode costas.

    2s homens conversavam horas a fio. Dalavam das suasmulheres e fam#lias, das suas casas, dos seus empregos, ondetinham passado as f%rias...

    1 todas as tardes, !uando o homem da cama perto da 'anela sesentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de

    !uarto todas as coisas !ue ele conseguia ver do lado de fora da'anela. 2 homem da cama do lado comeou a viver * esperadesses per#odos de uma hora, em !ue o seu mundo era alargadoe animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de forada 'anela. $ 'anela dava para um par!ue com um lindo lago.&atos e cisnes chapinhavam na gua en!uanto as crianas

    brincavam com os seus bar!uinhos. Kovens namoradoscaminhavam de braos dados por entre as flores de todas ascores do arco-#ris. $rvores velhas e enormes acariciavam a

    paisagem e uma tnue vista da silhueta da cidade podia ser vistano hori)onte.

    1n!uanto o homem da cama perto da 'anela descrevia isto tudocom extraordinrio pormenor, o homem no outro lado do !uartofechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

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    ;m dia, o homem perto da 'anela descreveu um desfile !ue ia apassar. 1mbora o outro homem no conseguisse ouvir a banda,ele conseguia v-la e ouvi-la na sua mente, en!uanto o outrosenhor a retratava atrav%s de palavras bastante descritivas.

    Eias e semanas passaram. ;ma manha, a enfermeira chegou ao!uarto tra)endo gua para os seus banhos, e encontrou o corposem vida do homem perto da 'anela, !ue tinha falecidocalmamente en!uanto dormia.

    1la ficou muito triste e chamou os funcionrios do hospital para!ue levassem o corpo.

    =ogo !ue lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou sepodia ser colocado na cama perto da 'anela. $ enfermeira disselogo !ue sim e fe) a troca. Eepois de se certificar de !ue ohomem estava bem instalado, a enfermeira deixou o !uarto.

    =entamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no

    cotovelo, para contemplar o mundo l fora. De) um grandeesforo e lentamente olhou para o lado de fora da 'anela... !uedava, afinal, para uma parede de ti'oloN

    2 homem perguntou * enfermeira o !ue teria feito com !ue oseu falecido companheiro de !uarto lhe tivesse descrito coisasto maravilhosas do lado de fora da 'anela.

    $ enfermeira respondeu !ue o homem era cego e nem se!uerconseguia ver a parede.WTalve) ele !uisesse apenas dar-lhecoragem...W.

    3oral da Histria4 H uma felicidade tremenda em fa)er osoutros feli)es, apesar dos nossos prprios problemas. $ dor

    partilhada % metade da triste)a, mas a felicidade, !uandopartilhada, % dobrada.

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    0e te !ueres sentir rico, conta todas as coisas !ue tens !ue odinheiro no pode comprar. W2 dia de ho'e % uma ddiva, porisso % !ue o chamam de presente.W

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    EXEMPLOS DE CONDUTA E -NSP-RA3O

    &'ico (avier + Um 'omem que viveu como eemploreal de tudo aquilo que transmitiu em suasmensagens. No so apenas mensagens medi-nicas,mas algumas palavras de sua eperincia pessoal emvrias circunst/ncias de sua vida.

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    0e $llan Yardec tivesse escrito !ue fora do 1spiritismo no hsalvaoJ, eu teria ido por outro caminho. Araas a Eeus eleescreveu Dora da

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    ocupvamos no mundoX o !ue conta % a lu) !ue cada um ' tenhaconseguido fa)er brilhar em si mesmo...J

    0em a id%ia da reencarnao, sinceramente, com todo respeito*s demais religi(es, eu no ve'o uma explicao sensata,inclusive, para a existncia de Eeus.J

    ;ma das coisas !ue sempre aprendi com os Menfeitores1spirituais % no tolher o livre arb#trio de ningu%mX os !ueviveram na minha companhia sempre tiveram a liberdade parafa)er

    1xistem pessoas !ue se sentem ofendidas, magoadas por!ual!uer coisa4 * mais leve contrariedade, se sentemhumilhadas... 2ra, ns no viemos a este mundo para nos

    banhar em guas de rosas... 0omos esp#ritos altamenteendividados - dentro de ns o passado ainda fala mais alto... Fo

    podemos ser to suscet#veis assim...

    $gradeo todas as dificuldades !ue enfrenteiX no fosse porelas, eu no teria sa#do do lugar... $s facilidades nos impedemde caminhar. 3esmo as cr#ticas nos auxiliam muito.J 1mmanuelsempre me ensinou assim4 -

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    Fo precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cimade ns. &odemos ser chamados ho'e * Vida 1spiritual...J

    Tudo !ue criamos para ns, de !ue no temos necessidade, setransforma em angstia, em depresso...J

    $ doena % uma esp%cie de escoadouro de nossas imperfei(esXinconscientemente, o esp#rito !uer 'ogar para fora o !ue lhe se'aestranho ao prprio psi!uismo...J Fa realidade, toda doena nocorpo % processo de cura para a alma...J

    $benoemos a!ueles !ue se preocupam conosco, !ue nosamam, !ue nos atendem as necessidades... Valori)emos oamigo !ue nos socorre, !ue se interessa por ns, !ue nosescreve, !ue nos telefona para saber como estamos indo...

    $ ami)ade % uma ddiva de Eeus... 3ais tarde, haveremos desentir falta da!ueles !ue no nos deixam experimentar solidoNJ

    $ caridade % um exerc#cio espiritual... Ouem pratica o bem,coloca em movimento as foras da alma. Ouando os esp#ritosnos recomendam, com insistncia a prtica da caridade, elesesto nos orientando no sentido de nossa prpria evoluoX nose trata apenas de uma indicao %tica, mas de profundosignificado filosfico...J

    Tudo o !ue pudermos fa)er no bem, no devemos adiar...

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    2 exemplo % uma fora !ue repercute, de maneira imediata,longe ou perto de ns... Fo podemos nos responsabili)ar pelo!ue os outros fa)em de suas vidasX cada !ual % livre para fa)er o!ue !uer de si mesmo, mas no podemos negar !ue nossasatitudes inspiram atitudes, se'a no bem !uanto no mal.J

    0empre recebi os elogios como incentivos dos amigos para !ueeu venha a ser o !ue tenho conscincia de !ue ainda no sou...JDico triste !uando algu%m me ofende, mas, com certe)a, euficaria mais triste se fosse eu o ofensor... 3agoar algu%m %terr#velN...J

    $ gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidadeX casocontrrio, vamos retornar ao 3undo 1spiritual com enormesensao de va)io... Ei)em !ue eu tenho feito muito, mas, paramim, no fi) um d%cimo do !ue deveria ter feito...J

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    M-LO DE P-POCA

    "$utor descon'ecido%

    $ transformao do milho duro em pipoca macia %s#mbolo de grande transformao !ue devem passar oshomens para !ue eles venham a ser o !ue de fato so.

    2 milho de pipoca no % o !ue deve ser. 1le deve sera!uilo !ue acontece depois do estouro. 2 milho de pipocasomos ns4 duros, !uebra-dentes, imprprios para comer.3as a transformao s acontece pelo poder do fogo.3ilho de pipoca !ue no passa pelo fogo continua a sermilho de pipoca, para sempre.

    $ssim acontece com a gente. $s grandes transforma(es

    acontecem !uando passamos pelo fogo da vida. Ouemno passa pelo fogo fica do mesmo 'eito, a vida inteira.0o pessoas de uma mesmice e uma dure)a assombrosas.0 elas no percebem. $cham !ue o seu 'eito de ser % omelhor 'eito de ser.

    3as, de repente. vem o fogo. 2 fogo % !uando a vida noslana numa situao !ue nunca imaginamos. Eor. &odeser fogo de fora, perder um amor, perder um filho, ficar

    doente, perder o emprego, virar pobre. &ode ser o fogo dedentro4 pZnico, medo, ansiedade, depresso. sofrimentoscu'as causas ignoramos.

    H sempre o recurso do rem%dio para apagar o fogo. 0em

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    fogo, o sofrimento diminui. 1 com isso a possibilidade degrande transformao. Imagino !ue a pobre pipoca,fechada dentro da panela, l dentro ficando cada ve) mais!uente, pense !ue a sua hora chegou4 vai morrer. Eentrode sua casca dura, fechada em si mesma, ela no podeimaginar destino diferente. Fo pode imaginar atransformao !ue est sendo preparada. $ pipoca no

    imagina a!uilo de !ue ela % capa).

    $#, sem aviso pr%vio, pelo poder do fogo, a grandetransformao acontece4 M;3N 1 ela aparece corno umaoutra coisa completamente diferente com !ue ela mesmanunca havia sonhado.

    &iru % o milho de pipoca !ue se recusa a estourar. 0oa!uelas pessoas !ue, por mais !ue o fogo es!uente serecusam a mudar. 1las acham !ue no pode existir coisamais maravilhosa do !ue o 'eito de elas ser. $ sua

    presuno e o medo so a dura casca !ue no estoura. 2destino delas % triste. Dicaram duras a vida inteira. Fovo se transformar na flor branca e macia. Fo vo daralegria pra ningu%m. Terminando o estouro alegre da

    pipoca, no fundo da panela, ficam os pirus !ue noservem para nada. 0eu destino % o fogo.

    1 voc, o !ue %R ;ma pipoca estourada ou um piru R

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    SER FEL-B 2 UMA DEC-SO

    ;ma senhora de 9C anos, delicada, bem vestida, com o cabelobem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar parauma casa de repouso.

    0eu marido havia falecido recentemente e a mudana se fe)necessria, pois ela era deficiente visual e no havia !uem

    pudesse ampar-la em seu lar. ;ma neta dedicada aacompanhou.

    $ps algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera,a enfermeira veio avis-las !ue o !uarto estava pronto.

    1n!uanto caminhavam, lentamente, at% o elevador, a neta, !ue 'havia vistoriado os aposentos, fe)-lhe uma descrio visual deseu pe!ueno !uarto, incluindo as flores na cortina da 'anela.

    $ senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo4 1u adoreiN3as a senhora nem viu o !uarto... 2bservou a enfermeira.

    1la no a deixou continuar e acrescentou4

    $ felicidade % algo !ue voc decide antes da hora. 0e eu vougostar do meu !uarto ou no, no depende de como os mveisesto arran'ados, e sim de como eu os arran'o em minha mente.

    1 eu ' me decidi gostar dele...

    1 continuou4 % uma deciso !ue tomo a cada manh !uandoacordo. 1u tenho uma escolha, posso passar o dia na camaremoendo as dificuldades !ue tenho com as partes de meu corpo

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    !ue no funcionam h muito tempo, ou posso sair da cama e sergrata por mais esse dia.

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    $l%m disso, como toda criao comea na mente, % bemposs#vel !ue venhamos a concreti)ar esse sonho alimentado naalma.

    0e voc ainda no havia pensado nessa possibilidade, penseagora.

    espire fundo e sinta o perfume de 'asmim, de rosas e cravos,oua o canto dos pssaros !ue voam, ligeiros, pelo ar.

    &erceba a brisa acariciando seu rosto, e curta a melodia dosgrilos e cigarras !ue cantam para alegrar suas horas.

    Eecida ser feli), ainda !ue se'a uma felicidade !ue s voc podesentir.

    1, lembre-se sempre4 a felicidade no depende de como ascoisas esto arran'adas, mas de como voc as arran'a na suamente.

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    PRECE(Do Livro A Viaem !e "#$o%&

    Ide tran!Qilamente entre o tumulto e a pressa e lembrai-vos dapa) !ue pode existir no silncio.

    0em alienao, vivei tanto !uanto poss#vel em bons termos comtodas as pessoas.

    Ei)ei calma e claramente vossa verdade, e ouvi os outros,mesmo o pobre de esp#rito e o ignorante, eles tamb%m tm suahistria.

    1vitai os indiv#duos barulhentos e agressivos, eles so uminsulto para o esp#rito.

    Fo vos compareis com ningu%mX correr#eis o risco de vostornar vaidosos. 0empre h algu%m maior e menor !ue vs...

    Eesfrutai vossos pro'etos assim como vossas reali)a(es, sedesempre interessados em vossa carreira, por mais modesta !uese'aX % uma verdadeira posse nas prosperidades mutveis dotempo.

    0ede prudentes em vossos negcios, por!ue o mundo est cheiode mal#cias. 3as no se'ais cegos no !ue concerne * virtude !ueexisteX vrios indiv#duos buscam os grande ideais e em toda

    parte a vida % repleta de hero#smo.

    0ede vs mesmos. 0obretudo no simuleis a ami)ade NTampouco sede c#nicos no amor, por!ue em face de !ual!ueresterilidade e de !ual!uer desencanto ele % to eterno !uando arelva.,..

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    $ceitai com bondade o conselho dos anos renunciando comgraa a vossa 'uventude.

    Dortalecei a prudncia de esp#rito para vos proteger em caso deinfortnio repentino. 3as no vos aborreais com !uimeras N

    Fumerosos temores nascem da fadiga e da solido...

    &ara l de uma disciplina sadia, sede ternos convosco mesmos.0ois filhos do universo tanto !uanto as rvores e as estrelas,tendes o direito de estar a!ui. 1, percebeis ou no, o universose desenrola sem dvida como deveria.

    1stai em pa) com Eeus, !ual!uer !ue se'a vossa concepo delee, !uais!uer !ue se'am vossas obras e vossos sonhos, guardai nodesconcerto ruidoso da vida, a pa) em vossa alma.

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    9: 2T;#;9T$

    'LA )o *eu jar!im a+ ro+a+ e)*reaber*a+, e )u)ca a+ -$*ala+ca!a+/

    'VA em *eu cami)#o a !i+*)cia ve)ci!a e )u)ca o ueal*e ai)!a/

    ADA !o *eu ol#ar o+ bril#o+ !e aleria e )u)ca a+ )$voa+!e *ri+*ea+/

    ":; !a *ua vo ri+a!a+ e ca)'?VA em *eu+ ouvi!o+ a+ -alavra+ !e amor e )u)ca a+ !e!io/

    A>$V$ em tua pupila o nascer das auroras e nunca os teuspoentesX

    >'?VA )o *eu ro+*o a+ li)#a+ !o +orri+o e )u)ca o+ +ulco+!o *eu -ra)*o/

    >'?"A ao+ #ome)+ o aul !a+ *ua+ -rimavera+ e )u)ca a+*em-e+*a!e+ !o vero/

    ADA !a *ua ace a-e)a+ a+ carcia+, e+uece a+ boe*a!a+/

    >'?VA !e *eu+ -$+ o+ -a++o+ re*o+ e -uro+, e+uece o+*ra)+via!o+/

    ADA !e *ua+ mo+ a+ lore+ ue oer*aram, e+uece o+e+-i)#o+ ue icaram/

    De *eu+ lBbio+ >'?VA a+ me)+ae)+ bo)!o+a+, e+uece a+mal!i

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    L;A com -raer a+ *ua+ e+cala!a+, e+uece o -raerC*il !a+ !e+ci!a+/

    L;A o+ !ia+ em ue o+*e+ Bua lim-a, e+uece a+ #ora+em ue o+*e brejo/

    >'?"A e mo+*ra a+ me!al#a+ !a+ *ua+ vi*ria+, e+uece a+cica*rie+ !a+ !erro*a+/

    'LA !e re)*e o +ol ue ei+*e em *ua vi!a, e+uece a +ombraue ica a*rB+/

    A lor ue !e+abroc#a $ bem mai+ im-or*a)*e !o ue mil -$*ala+ca!a+/

    + um ol#ar !e amor -o!e levar co)+io calor -ara auecermui*o+ i)ver)o+/

    A bo)!a!e $ mai+ or*e em )+ e !ura mui*o mai+ !o ue o mal

    ue )+ me+mo+ -ra*icamo+/E '"F;F"A, amio, e )o *e e+ue

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    MEU PA- 2 O P-LOTO

    Fo livro 0ilent 0trength for 3\ life +Dora tran!Qila para aminha vida, =o\de Kohn 2gilvie conta a histria de um menino!ue conheceu numa viagem.1le observou o menino so)inho na sala de espera do aeroporto aguardando seu vUoOuando o embar!ue comeou, ele foi colocado na frente da fila

    para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.

    Ouando 2gilvie entrou no avio, viu !ue o menino estavasentado ao lado de sua poltrona. 2 menino foi corts !uando2gilvie puxou conversa com ele e, em seguida, comeou a

    passar tempo colorindo um livro. 1le no demonstravaansiedade ou preocupao com o vUo en!uanto as prepara(es

    para a decolagem estava sendo feitas.

    Eurante o vUo, o avio entrou numa tempestade ,muito forte,o !ue fe) !ue ele balanasse como uma pena ao vento. $turbulncia e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos

    passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maiornaturalidade

    ;ma das passageiras, sentada do outro lado do corredor ficoupreocupada com a!uilo tudo, e perguntou ao menino4 - Vocno est com medoR - Fo senhora, no tenho medo, elerespondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de

    colorir. - 3eu pai % o pilotoN

    ]1xistem situa(es em nossa vida !ue lembram um aviopassando por uma forte tempestade. &or mais !ue tentemos, no conseguimos nos sentir em terra firme.

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    Temos a sensao de !ue estamos pendurados no ar sem nada anos sustentar, a nos segurar, em !ue nos apoiarmos, e !ue nossirva de socorro. Fo meio da tempestade, podemos nos lembrarde !ue nosso

    PA- 2 O P-LOTO

    $pesar das circunstZncias, nossa vida est nas mos do Eeus!ue criou o c%u e a terra. 1le est no controle, por isso noh o !ue temer. 0e um medo inconsolvel tomar ho'e contado seu ser, diga4N

    WMEU PA- 2 O P-LOTO4 NO TEMERE- MALALGUM

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    F-NALMENTE A VERDADE 2 D-TA NA TVAMER-CANA

    $ filha de Mill\ Araham estava sendo entrevistada no 1arl\0ho e Kane

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    Eepois disso, algu%m disse !ue seria melhor tamb%m no lermais a M#blia nas escolas... $ M#blia !ue nos ensina !ue nodevemos matar, no devemos roubar, e devemos amar o nosso

    prximo como a ns prprios. 1 ns concordamos

    =ogo depois, o Er. Men'amin 0poc disse !ue no dever#amosbater em nossos filhos !uando eles se comportassem mal,por!ue suas personalidades em formao ficariam distorcidas epoder#amos pre'udicar sua auto-estima .+2 filho do Er. 0poccometeu suic#dio. 1 ns dissemos4 Wum perito nesse assuntodeve saber o !ue est falandoW, e ento concordamos com ele.

    Eepois algu%m disse !ue os professores e os diretores dasescolas no deveriam disciplinar os nossos filhos !uando eles secomportassem mal. 2s administradores escolares entodecidiram !ue nenhum professor em suas escolas deveria tocarem um aluno !uando se comportasse mal, por!ue no !ueriam

    publicidade negativa, e no !ueriam ser processados. +H umagrande diferena entre disciplinar e tocar, bater, dar socos,

    humilhar e chutar etc. 1 ns concordamos com tudo.$#, algu%m sugeriu !ue dever#amos deixar !ue nossas filhasfi)essem aborto, se elas assim o !uisessem, e !ue nem

    precisariam contar aos pais. 1 ns aceitamos essa sugesto semao menos !uestion-la.

    1m seguida algum membro da mesa administrativa escolarmuito sabido disse !ue, como rapa)es sero sempre rapa)es, e!ue como homens iriam acabar fa)endo o inevitvel, !ue entodever#amos dar aos nossos filhos tantas camisinhas !uantas eles

    !uisessem, para !ue eles pudessem se divertir * vontade, e !uenem precisar#amos di)er aos seus pais !ue eles as tivessemobtido na escola. 1 ns dissemos, West bemW.

    Eepois alguns dos nossos oficiais eleitos mais importantes

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    disseram !ue no teria importZncia alguma o !ue ns fi)%ssemosem nossa privacidade, desde !ue estiv%ssemos cumprindo comos nossos deveres. epblica, desde !ueo nosso emprego fosse mantido e a nossa economia ficassee!uilibrada.

    1nto algu%m sugeriu !ue imprim#ssemos revistas comfotografias de mulheres nuas, e diss%ssemos !ue isto % uma coisasadia, e uma apreciao natural da bele)a do corpo feminino. 1ns tamb%m concordamos.

    Eepois uma outra pessoa levou isto um passo mais adiante epublicou fotos de crianas nuas e foi mais al%m ainda,colocando-as * disposio na Internet. 1 ns dissemos, West

    bem, isto % democracia, e eles tm direito de ter a liberdade dese expressar e fa)er issoW.

    $ indstria de entretenimento ento disse4 WVamos fa)er shosde TV e filmes !ue promovam profanao, violncia e sexoil#cito. Vamos gravar msica !ue estimule o estupro, drogas,assass#nio, suic#dio e temas satZnicos.W 1 ns dissemos4 WIsto %apenas diverso, e no produ) !ual!uer efeito pre'udicial.

    Fingu%m leva isso a s%rio mesmo, ento !ue faam issoNW

    $gora ns estamos nos perguntando por !ue nossos filhos notm conscincia, e por !ue no sabem distinguir entre o bem e omal, o certo e o errado, por !ue no lhes incomoda matar

    pessoas estranhas ou seus prprios colegas de classe ou a si

    prprios...

    &rovavelmente, se ns analisarmos tudo isto seriamente, iremosfacilmente compreender4 Fs colhemos exatamente a!uilo !uesemeamosN

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    ;ma menina escreveu um bilhetinho para E1;0, di)endo40enhor, por !ue no salvaste a!uela criana na escolaR$ resposta Eele seria4 Ouerida criana, no me deixam entrarnas escolasNW Eo 0eu E1;0.

    triste como as pessoas simplesmente culpam E1;0 e noentendem por !ue o mundo est indo a passos largos para oinferno. triste como cremos em tudo !ue os 'ornais e a TVdi)em, mas duvidamos do !ue a M#blia nos di). triste comotodo o mundo !uer ir para o c%u, desde !ue no precise crer,nem pensar ou di)er !ual!uer coisa !ue a M#blia o 1vangelho ouo livro de nossa crena individual ensina.

    triste como algu%m di)4 W1u creio em E1;0W, mas aindaassim no o segue.

    engraado como somos rpidos para 'ulgar mas no !ueremosser 'ulgadosN

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    +>epassando para refletirmos pelo contedo do texto, se'a de!ue crena se'amos.-

    &ristina da 9ilva 9antosUNE9o Tcnico de 4iblioteca e

    !ocumenta>o?ia de $cesso

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    V-VER CADA MOMENTO COMO SE FOSSEO LT-MO

    Fa!uela manh, sentiu vontade de dormir mais um pouco.1stava cansado por!ue na noite anterior fora deitar muito tarde.Tamb%m no havia dormido bem.

    Tinha tido um sono agitado. 3as logo abandonou a id%ia de

    ficar um pouco mais na cama e se levantou, pensando namontanha de coisas !ue precisava fa)er na empresa.

    =avou o rosto e fe) a barba correndo, automaticamente. Foprestou ateno no rosto cansado nem nas olheiras escuras,resultado das noites mal dormidas. Fem se!uer percebeu umaglomerado de pelos teimosos !ue escaparam da lZmina de

    barbear. W$ vida % uma se!Qncia de dias va)ios !ue precisamospreencherW, pensou en!uanto 'ogava a roupa por cima do corpo.

    1ngoliu o caf% e saiu resmungando baixinho um Wbom diaW, semconvico.

    Eespre)ou os lbios da esposa, !ue se ofereciam para um bei'ode despedida.

    Fo notou !ue os olhos dela ainda guardavam a doura demulher apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento.

    Fo entendia por !ue ela se !ueixava tanto da ausncia dele evivia reivindicando mais tempo para ficarem 'untos. 1le estavaconseguindo manter o elevado padro de vida da fam#lia, no

    estavaR Isso no bastavaR

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    acelerou. =igou o rdio, !ue tocava uma cano antiga do>oberto oberto

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    tivera os mesmos sintomas, de !ue estava na hora de fa)er umchec-up. 3as ele logo concluiu !ue era um mal-estar

    passageiro, !ue seria resolvido com um caf% forte, sem acar.

    Terminado o WalmooW, escovou os dentes e voltou * sua mesa.W$ vida continuaW, pensou. 3ais pap%is para ler, mais decis(es atomar, mais compromissos a cumprir. Fem tudo sa#a como ele!ueria.

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    $ dor no peito persistia, mas agora outra dor comeava aperturb-lo4 a do arrependimento. 1le no conseguia distinguir!ual era a mais forte, a da coronria entupida ou a de sua almarasgando.

    1scutou o barulho de alguma coisa !uebrando dentro de seucorao, e de seus olhos escorreram lgrimas silenciosas. Oueriaviver, !ueria ter mais uma chance, !ueria voltar para casa e

    bei'ar a esposa, abraar a filha, brincar com o neto... !ueria...!ueria... mas no deu tempo...&ara entender o valor de um ano4 pergunte a um estudante !ueno passou nos exames finais.

    &ara entender o valor de um ms4 pergunte a uma me !ue teveum filho prematuro.

    &ara entender o valor de uma semana4 pergunte ao editor de umarevista semanal.

    &ara entender o valor de uma hora4 pergunte aos apaixonados!ue esto esperando o momento do encontro.

    &ara entender o valor de um minuto4 pergunte a uma pessoa !ueperdeu o trem, Unibus ou avio.

    &ara entender o valor de um segundo4 pergunte a uma pessoa!ue sobreviveu a um acidente.

    &ara entender o valor de um milisegundo4 pergunte a uma

    pessoa !ue ganhou uma medalha de prata nas 2limp#adas.

    2 tempo no espera por ningu%mN

    Valori)e cada momento de sua vidaN

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    Voc ir apreci-los ainda mais se puder dividi-los com algu%mespecial.

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    A -DOSA

    H uns vinte anos, eu ganhava a vida como motorista de txi.1ncontrei pessoas cu'as vidas surpreenderam-me, enobreceram-me, fi)eram-me rir e chorar. Fenhuma tocou-me mais do !ue ade uma velhinha !ue eu peguei tarde da noite, era ms deagosto.

    1u havia recebido uma chamada de um pe!ueno pr%dio deti'olinhos, de !uatro andares, em uma rua tran!Qila de umsubrbio da cidade. Ouando eu cheguei *s C47@ da madrugada, o

    pr%dio estava escuro, com exceo de uma nica lZmpada acesanuma 'anela do t%rreo. $ssim, fui at% a porta e bati.

    W;m minutoW, respondeu uma vo) d%bil e idosa. ;ma pe!ueninaapareceu. $o seu lado havia uma pe!uena valise de n\lon. Todaa mob#lia estava coberta por lenis. Fo havia relgios, roupasou utens#lios sobre os mveis. 1u peguei a mala e caminheivagarosamente para o meio-fio, ela ficou agradecendo minhaa'uda.

    Ouando embarcamos, ela deu-me o endereo e pediu4

    W - 2 0enhor poderia ir pelo centro da cidadeRW

    W - Fo % o tra'eto mais curtoW, alertei-a prontamente.

    .W1u no me importo. Fo estou com pressa, pois meu destino %

    um asilo de velhosW.

    1u olhei pelo retrovisor. 2s olhos da velhinha estavammare'ados, brilhando.

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    W1u no tenho mais fam#liaW, continuou. W 2 m%dico di) !uetenho pouco tempoW.

    1u, disfaradamente desliguei o tax#metro e perguntei4 WOual ocaminho !ue a 0enhora dese'a !ue eu tomeRW

    Fas duas horas seguintes nos dirigimos pela cidade. 1lamostrou-me o edif#cio !ue havia, em certa ocasio, trabalhadocomo ascensorista. Fs passamos pelas cercanias em !ue ela e oesposo tinham vivido como rec%m-casadosX em outro, ho'e umdepsito de mveis, !ue havia sido um grande salo dedana !ue ela fre!Qentara !uando mocinha.

    Ee ve) em !uando, pedia-me para dirigir vagarosamente emfrente a um edif#cio ou es!uina - ficava ento com os olhos fixosna escurido, sem di)er nada.

    Ouando o primeiro raio de sol surgiu no hori)onte, ela disse derepente4 ...W1u estou cansada. Vamos agoraNW

    Via'amos, ento, em silncio, para o endereo !ue ela havia medado.

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    W - Voc deu a esta velhinha bons momentos de alegria.2brigadoW.

    $pertei sua mo e caminhei no lusco-fusco da alvorada. $trs demim uma porta foi fechada. 1ra o som do t%rmino de uma vida.

    $o relembrar, no creio !ue eu 'amais tenha feito algo maisimportante na minha vida. Fs estamos condicionados a pensar!ue nossas vidas giram em torno de grandes momentos.

    Todavia, os pe!uenos momentos fre!uentemente nos pegamdesprevenidos e ficam maravilhosamente guardados em recantos!ue os outros podem considerar sem importZncia.

    $s pessoas podem no lembrar eatamente o que voc fez, ouo que voc disse, mas elas sempre lembraro de como voc as

    fez sentir.

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    $ #2)TE !E &$!$ !;$

    Fum artigo muito interessante, &aulo $ngelim, !ue % ar!uiteto,ps-graduado em 3areting, di)ia mais ou menos o seguinte4

    WFs estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas *ausncia de vida e isso % um erro. 1xistem outros tipos de mortee precisamos morrer todo dia.

    $ morte nada mais % do !ue uma passagem, uma transformao. Fo existe planta sem a morte da semente, no existe embriosem a morte do vulo e do esperma, no existe borboleta sem amorte da lagarta, isso % bvioN $ morte nada mais % do !ue o

    ponto de partida para o in#cio de algo novo. a fronteira entre opassado e o futuro ... W

    0e voc !uer ser um bom universitrio, mate dentro de voc osecundarista a%reo !ue acha !ue ainda tem muito tempo pelafrente. Ouer ser um bom profissionalR 1nto mate dentro devoc o universitrio descomprometido !ue acha !ue a vida seresume a estudar s o suficiente para fa)er as provas. Ouer terum bom relacionamentoR 1nto mate dentro de voc o 'oveminseguro ou ciumento ou o solteiro solto !ue pensa poder fa)er

    planos so)inho, sem ter !ue dividir espaos, pro'etos e tempocom mais ningu%m.

    1nfim, todo processo de evoluo exige !ue matemos o nosso

    WeuW passado, inferior. 1, !ual o risco de no agirmos assimR 2risco est em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo,perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade, e,por fim, pre'udicando nosso sucesso.

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    3uitas pessoas no evoluem por!ue ficam se agarrando ao !ueeram, no se pro'etam para o !ue sero ou dese'am ser. 1las!uerem a nova etapa, sem abrir mo da forma como pensavamou como agiam. $cabam se transformando em pro'etosacabados, h#bridos, adultos Winfantili)adosW.

    &odemos at% agir, *s ve)es, como meninos, de tal forma !ue nomatemos as virtudes de criana !ue tamb%m so necessrias ans, adultos, como4 brincadeira, sorriso fcil, vitalidade,criatividade etc. 3as, se !uisermos ser adultos, devemosnecessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agircomo adultos.

    Ouer ser algu%m +l#der, profissional, pai ou me, cidado oucidad, amigo ou amiga melhor e mais evolu#doR 1nto, o !uevoc precisa matar em si, ainda ho'e, para !ue nasa o ser !uevoc tanto dese'a serN R &ense nisso e morraN 3as, no es!uea

    de nascer melhor aindaNW2 valor das coisas no est no tempo em !ue elas duram, masna intensidade com !ue acontecem. &or isso existem momentosines!uec#veis, coisas inexplicveis e pessoas incomparveis.W

    "Bernando

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    PARA PENSAR E REFLET-R COM ONEST-DADE+&elo menos os 6^ !ue vo ler

    ")#amo+ uma aula !e Hi+ioloia )a e+cola !e me!ici)a looa-+ a +ema)a !a IB*ria. >omo a maioria !o+ alu)o+ aviaviaja!o a-rovei*a)!o o eria!o -rolo)a!o, *o!o+ e+*avama)+io+o+ -ara co)*ar a+ )ovi!a!e+ ao+ colea+ e a eci*aom ra)!e !o+e!e -aciJ)cia *e)*ou comeom um cer*oco)+*ra)ime)*o, o -roe++or *or)ou a -e!ir +ilJ)cioe!uca!ame)*e. ?o a!ia)*ou, i)oramo+ a +olici*a

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    +i)iica*iva -ara mel#orar a uali!a!e !e vi!a !a+-e++oa+.

    '+ ou*ro+ 95N +ervem a-e)a+ -ara aer volume/ +ome!ocre+ e -a++am -ela vi!a +em !eiar )a!a !e C*il.

    ' i)*ere++a)*e $ ue e+*a -orce)*aem vale -ara *o!o omu)!o.

    e vocJ+ -re+*arem a*e)

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    AliB+, a bro)ca *ocou u)!o em *o!o+ )+, -oi+ mi)#a *urma*eve um com-or*ame)*o eem-lar em *o!a+ a+ aula+ !e

    Hi+ioloia !ura)*e *o!o o +eme+*re/ ai)al uem o+*aria !ee+-o)*a)eame)*e +er cla++iica!o como ae)!o -ar*e !o re+*oK

    oje )o me lembro mui*a coi+a !a+ aula+ !e Hi+ioloia, ma+ abro)ca !o -roe++or eu )u)ca mai+ e+ueci. Iara mim, auele

    -roe++or oi um !o+ 5N ue ieram a !iere)o)*u!o, uma coi+a $cer*aO +e )o *e)*armo+ +er e+-eciai+ em *u!o ue aemo+, +e)o *e)*armo+ aer *u!o o mel#or -o++vel, +eurame)*e

    +obraremo+ )a *urma !o re+*o.

    "!escon'e>o o nome do autor%

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    CONU-STE

    9ucesso% !uando as crianas sorriem para voc e os cachorrosabanam o rabo !uando voc chega.

    ?itCria% !uando seus filhos_amigos tm orgulho de voc.

    :ito % !uando voc acorda e o dia no pesa em seus ombros.

    $ nica conquista !ue vale a pena % ser amiga da suaconscincia. &or isso % to importante con!uistar a admiraodo seu espel'o e do seu travesseiro. 1les so as principaistestemunhas das suas batalhas para ser um+a vencedor+a.

    Ouando o seu espelho sorri para voc, mesmo !ue as coisas noeste'am dando certo, % sinal de !ue voc est percorrendo ocaminho correto.

    3as se ele fec'a a caraJ, mesmo !uando o vento sopra

    favorvel, % um ind#cio de !ue o caminho no % este.Ouando o travesseiro no o recebe amorosamente e reage comoum companheiro magoado, est na hora de se perguntar se vocest respeitando as suas verdades.

    &or outro lado, !uando voc est arrasado por!ue as coisas noesto correndo bem e no lhe restam alternativas, mas o seutravesseiro % bondoso com voc, compreende sua apreenso e oestimula, fi!ue tran!uilo !ue voc est no caminho certo.

    Mom mesmo % !uando voc chega em casa curtindo as vitrias erecebe um sorriso cmplice do seu espelho e, na hora de sedeitar, seu travesseiro lhe fa) um carinho amigo.

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    Fesse momento, voc sabe !ue % mais do !ue um +aV1F +$.

    No desperdice sua vida procurando a aprova>o dos outros.12 importante estar de bem com voc mesmo 1

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    C-HNC-A E M-ST-C-SMO

    1Todas as religiDes, todas as artes e todas as cincias

    so os ramos de uma mesma rvore. Todas estas

    aspira>Des visam ao enobrecimento da vida 'umana,

    elevandoa acima da esfera da eistncia puramente

    material e conduzindo o indivFduo para a liberdade3.

    $lbert Einstein

    FR-T'OF CAPRA

    +...

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    da!uelaX o homem, contudo, necessita de ambos. $ experinciaprofunda da m#stica % necessria para a compreenso danature)a mais profunda das coisas, e a cincia % essencial para avida moderna. Fecessitamos, na verdade, no de uma s#ntese,mas de uma interao dinZmica entre intuio m#stica e a anlisecient#ficaJ +?996, p. CCB.

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    SUCESSO E FRACASSOI1ra uma ve) uma indstria de calados a!ui no Mrasil !uedesenvolveu um pro'eto de exportao de sapatos para a `ndia.

    1m seguida, mandou dois de seus consultores a pontosdiferentes do pa#s para fa)er as primeiras observa(es do

    potencial da!uele futuro mercado.

    Eepois de alguns dias de pes!uisa, um dos consultores enviou oseguinte fax para a direo da indstria4- W0enhores, cancelem o

    pro'eto de exportao de sapatos para a `ndia. $!ui ningu%musa sapatos.W

    0em saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultormandou o seu4 W0enhores, tripli!uem o pro'eto da exportao desapatos para a `ndia. $!ui ningu%m usa sapatos, ainda.W

    32>$= E$ HI0T>I$4$ mesma situao era um tremendo obstculo para um dosconsultores e uma fantstica oportunidade para outro.

    Ea mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfo!ues emaneiras diferentes. $ sabedoria popular tradu) essa situao naseguinte frase4-

    W20 T>I0T10 $10, $

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    RECE-TA DE ANO NOVO

    &ara voc ganhar bel#ssimo $no Fovo cor do arco-#ris, ou da corda sua pa), $no Fovo sem comparao com todo o tempo 'vivido+mal vivido talve) ou sem sentido

    &ara voc ganhar um ano no apenas pintado de novo,remendado *s carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-serXnovo at% no corao das coisas menos percebidas+a comear

    pelo seu interior novo, espontZneo, !ue de to perfeito nem senota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende,se trabalha, voc no precisa beber champanha ou !ual!ueroutra birita, no precisa expedir nem receber mensagens+plantarecebe mensagensR passa telegramasR

    Fo precisa fa)er lista de boas inten(es para ar!uiv-las nagaveta.

    Fo precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nemparvamente acreditar !ue por decreto de esperana a partir de'aneiro as coisas mudem e se'a tudo claridade, recompensa,'ustia entre os homens e as na(es, liberdade com cheiro egosto de po matinal, direitos respeitados, comeando pelodireito augusto de viver.&ara ganhar um $no Fovo !ue merea este nome, voc, meucaro, tem de merec-lo, tem de fa)-lo novo, eu sei !ue no %fcil, mas tente, experimente, consciente.

    dentro de voc !ue o $no Fovo cochila e espera desdesempre.

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    PENSAMENTOS -NESUEC.VE-S

    Di) um acordo de coexistncia pac#fica com o tempo4 nem eleme persegue, nem eu fu'o dele, um dia a gente se encontraW+3rio =ago

    WFunca ande pelo caminho traado, pois ele condu) somente at%onde os outros foram.W +Arahan Mell

    W0empre h um pouco de loucura no amor, por%m sempre h umpouco de ra)o na loucuraW. +D. Fiet)she

    W2 tempo % muito lento para os !ue esperam, muito rpido paraos !ue tm medo,muito longo para os !ue lamentam,muito curto

    para os !ue feste'am.3as, para os !ue amam, o tempo %eternidadeW +/illiam 0haespeare

    W3uitas pessoas perdem as pe!uenas alegrias en!uanto

    aguardam a grande felicidade. +&earl 0. MucW$ vida s pode ser compreendida olhando-se para trsX mas s

    pode ser vivida olhando-se para a frente.W +0oren Yieregaard

    W&ara !ue repetir os erros antigos !uando h tantos erros novos acometerRW +Mertrand >ussel

    0e eu pudesse voltar * 'uventude, cometeria todos a!ueles errosde novo. 0 !ue mais cedo.W +Tallulah Manhead

    WVoc no pode ensinar nada a um homemX voc pode apenasa'ud-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo.W +AalileuAalilei

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    WH pessoas !ue nos falam e nem as escutamosX h pessoas !uenos ferem e nem cicatri)es deixam mas h pessoas !uesimplesmente aparecem em nossa vida e nos marcam parasempre.W +o!ue 0chneider

    W 3e ame !uando eu menos merecer, pois % !uando eu maisprecisoW +&rov%rbio chinsW

    $ cada dia !ue vivo, mais me conveno de !ue o desperd#cio davida est no amor !ue no damos, nas foras !ue no usamos, na

    prudncia ego#sta !ue nada arrisca, e !ue, es!uivando-se dosofrimento perdemos tamb%m a felicidade.

    $ dor inevitvel.

    2 sofrimento opcional.

    "!rumond%

    O 6$e mai! o !$#p#ee(de (a :$ma(idade

    2s homens !ue perdem a sade para 'untar dinheiro e depoisperdem o dinheiro para recuperar a sade. &or pensarem

    ansiosamente no futuro,es!uecem o presente, de tal forma !ueacabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem comose nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessemvivido +

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    Vigie seus pensamentos, por!ue se tornaro suas palavrasXVigie suas palavras por!ue se tornaro seus atosXVigie seus atos por!ue se tornaro seus hbitosXVigie seus hbitos por!ue se tornaro seu carterXVigie seu carter, por!ue ele se tornar o seu destino

    +Ahandi

    3esmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar aaurora de uma grande reali)ao.J + 3artin =uther Ying

    $ inteligncia sem amor, te fa) perverso.$ 'ustia sem amor, te fa) implacvel.$ diplomacia sem amor, te fa) hipcrita.2 xito sem amor, te fa) arrogante.$ ri!ue)a sem amor, te fa) avaro.$ docilidade sem amor te fa) servil.$ pobre)a sem amor, te fa) orgulhoso.$ bele)a sem amor, te fa) rid#culo.

    $ autoridade sem amor, te fa) tirano.2 trabalho sem amor, te fa) escravo.$ simplicidade sem amor, te deprecia.$ orao sem amor, te fa) introvertido. $ lei sem amor, teescravi)a.$ pol#tica sem amor, te deixa ego#sta.$ f% sem amor te deixa fantico.$ cru) sem amor se converte em tortura.$ vida sem amor... no tem sentido.........+3adre Tere)a de

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    GOSTAR-A UE PENSASSE NO CASO DESTAROSE-RA

    Eois anos atrs , plantei uma muda de roseira num canto do meu'ardim. 1la deveria dar rosas amarelas , muitas rosas.1ntretanto , nesses dois anos, no nasceu nenhuma. &erguntei aodono da floricultura a ra)o dessa falta de flores. 1u cuidavadela com carinho. 3olhava-a com fre!Qncia. Havia adubado osolo da melhor maneira poss#vel. 1 ela at% crescera bastante.

    exatamente por issoJ, explicou o homem. 1sse tipo deroseira gosta de um terreno bem ruim.

    2 melhor solo pra ela % o arenoso. 1 no se pode colocarnenhum pou!uinho de adubo. Tire a terra !ue a senhora pUs ecolo!ue um pouco de brita. Eepois faa uma poda profunda na

    planta.

    Di) como ele me instruiu. 1, de fato, a roseira deu lindas flores ,do mais belo tom de amarelo !ue h na nature)a. $# aprendi alio.

    1ssa roseira % como muitas pessoas. $s adversidades !ue sofremprodu)em bele)a em sua alma .

    1las s se desenvolvem bem !uando passam por problemas.

    $s prova(es fa)em vir * tona o !ue h de melhor nelas.

    Ouando se encontram em situao tran!Qila e confortvel ourecebem elogios, mostram-se est%reis.

    W... 1u sou a videira verdadeira, e meu &ai % o viticultor.

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    Toda vara em mim !ue no d fruto, ele a cortaX e toda vara !ued fruto, ele a limpa, para !ue d mais frutoW Koo ?64?-C

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    VERDADE-RO AMOR

    2 !ue % amor verdadeiroR

    0er !ue existe esse sentimento na face da TerraR

    2 amor % de essncia divina e cada filho de Eeus tem no #ntimoa centelha dessa chama sagrada

    1 o amor tem vrias maneiras de se manifestar.1xiste amor de me, de pai, de esposa, de marido, de irmo, detio, de av, de avU, de neto, de amigo, etc.;m dia desses lemos, num peridico digital da

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    manh.

    FoJ, respondeu ele. ela ' no sabe !uem eu sou. Da) !uasecinco anos !ue no me reconhece.J

    1nto lhe perguntei com certo espanto4 mas se ela ' no sabe!uem % o senhor, por!ue essa necessidade de estar com elatodas as manhsR

    1le sorriu, e com um olhar enternecido me disse4 ... 1la 'no sabe !uem eu sou, mas eu, entretanto, sei muito bem !uem% ela.J

    Tive !ue conter as lgrimas en!uanto ele sa#a, e pensei4 % essetipo de amor !ue !uero para minha vida.

    2 verdadeiro amor no se redu) nem ao f#sico nem aoromZntico. 2 verdadeiro amor % a aceitao de tudo o !ue ooutro %... do !ue foi... do !ue ser... e do !ue ' no %J.

    Voc sabia !ue o mal de $l)heimer % um transtorno neurolgico!ue provoca a morte das c%lulas nervosas do c%rebro, descrita

    pelo neuropsi!uiatra alemo $lois $l)heimer, !ue % de ondevem seu nomeR

    &ode se apresentar em pessoas a partir dos 8@ anos de idade, demaneira lenta e progressiva. 1m estado avanado, provoca no

    paciente a incapacidade para se comunicar, reconhecer pessoas,lugares e coisas.

    2 enfermo perde a capacidade de caminhar, de sorrir, de fa)er aprpria higiene, e passa a maior parte do tempo dormindo.

    Fo entanto, do ponto de vista espiritual, % uma benditaoportunidade de aprendi)ado para o esp#rito imortal !ue fica

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    temporariamente encarcerado no corpo f#sico, sem poder semanifestar.

    Aeralmente o esp#rito percebe tudo o !ue se passa com ele e aoseu redor, mas no consegue se expressar. Todavia, no ficainsens#vel * ateno, ao afeto, ao carinho e * ternura !ue lhededicam. $ pessoa sente o amor com !ue a envolvem. .&or todas essas ra)(es vale a pena refletir com a m%dica, !ue

    ficou a pensar consigo mesma, depois !ue seu paciente foi versua amada4 W esse tipo de amor !ue !uero para minha vida. 2 verdadeiro amor no se redu) nem ao f#sico nem aoromZntico.

    2 verdadeiro amor % a aceitao de tudo o !ue o outro %... do!ue foi... do !ue ser... e do !ue ' no %...W

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    E SE EU MORRER ANTES DE VOCH888

    W0e eu morrer antes de voc, faa-me um favor4

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    - WDoi meu amigo, acreditou em mim e me !uis mais perto deEeusNW

    - $#, ento derrame uma lgrima.

    1u no estarei presente para enxug-la, mas no fa) mal. 2utrosamigos faro isso no meu lugar.

    1, vendo-me bem substitu#do, irei cuidar de minha nova tarefano c%u.

    3as, de ve) em !uando, d uma espiadinha na direo de Eeus.

    Voc no me ver, mas eu ficaria muito feli) vendo voc olharpara 1le.

    1, !uando chegar a sua ve) de ir para o &ai, a#, sem nenhum v%ua separar a gente, vamos viver, em Eeus, a ami)ade !ue a!ui nos

    preparou para 1le

    .Voc acredita nessas coisasR

    1nto ore para !ue ns vivamos como !uem sabe !ue vai morrerum dia, e !ue morramos como !uem soube viver direito.$mi)ade s fa) sentido se tra) o c%u para mais perto da gente, ese inaugura a!ui mesmo o seu comeo.3as, se eu morrer antes de voc, acho !ue no vou estranhar oc%u... W0er seu amigo... ' % um pedao dele...W

    &'ico (avier

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    S/-OS CONSELOS

    0iga tran!Qilamente, entre a in!uietude e a pressa, lembrando-sede !ue h sempre pa) no silncio.

    Tanto !uanto poss#vel, sem se humilhar, mantenha boas rela(escom todas as pessoas

    Dale a sua verdade mansa e claramente e oua a dos outros,mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois tamb%m eles tem sua

    prpria histria

    1vite as pessoas escandalosas e agressivasX elas afligem o nossoesp#rito.

    0e voc se comparar com os outros, voc se tornar presunosoe magoado, pois haver sempre algu%m superior e algu%minferior a voc.

    V202, I>32 E$0 10T>1=$0 1P>V2>10. V21 $O;I.

    1 mesmo sem voc perceber, a Terra e o ;niverso vocumprindo seu destino.

    Eesfrute das suas reali)a(es, bem como dos seus planos.

    3antenha-se interessado em sua carreira, ainda !ue humilde,pois ela % um ganho real na fortuna cambiante do tempo

    Tenha cautela nos negcios, pois o mundo est cheio de astciaXmas no se torne um c%tico, pois a virtude sempre existir.

    $limente a fora do esp#rito, !ue o proteger no infortnioinesperado, mas no se desespere com perigos imaginrios.

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    3uitos temores nascem do cansao e da solido, e, a despeito deuma disciplina rigorosa, se'a gentil para consigo mesmo.

    &ortanto, este'a em pa) com Eeus, como !uer !ue voc 2conceba

    1 !uais!uer !ue se'am seus trabalhos e aspira(es na fatiganteconfuso da vida, mantenha-se em pa) com sua alma.

    $pesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos, o mundoainda % bonitoN se'a prudente4 faa tudo para ser feli) NN

    +Texto4 $ntiga inscrio, datada de ?5B8, descoberta em umaigre'a de Maltimore [ 1;$

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    ESPELO DA V-DA

    2 mundo ao seu redor % um reflexo, um espelho !ue mostra!uem voc %.

    2 !ue voc acha de bom nos outros, est tamb%m em voc

    2s defeitos !ue voc encontra nos outros so os seus defeitostamb%m.

    $final, para reconhecer algo, voc tem !ue conhece-lo

    $s potencialidades !ue voc v nos outros, so poss#veistamb%m para voc

    $ bele)a !ue voc v ao seu redor, % a sua bele)a

    2 !ue voc v nos outros lhe mostra voc mesmo.

    Ve'a o melhor nos outros, e voc ser uma pessoa melhor.Eoe aos outros e estar doando a si mesmo.

    $precie a bele)a, e voc ser belo.

    $dmire a criatividade, e voc ser criativo.

    $me, e voc ser amado.

    &rocure compreender, e ser compreendido.

    2ua, e sua vo) ser ouvida.

    1nsine, e voc aprender.

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    3ostre ao espelho sua melhor face,e voc ficar feli) com o !ueele vai lhe mostrar

    O;1 31;0 $3IA20 &200$3 01 2>A;=H$> E$I3$A13 O;1 >1D=1T13 F2 10&1=H2 E$ VIE$N.

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    MEU VELO

    2 dia em !ue este velho no for mais o mesmo, tenha pacinciae me compreendas

    Ouando derramar comida sobre minha camisa e es!uecer comoamarrar meus sapatos, tenhas pacincia comigo e lembra-te dashoras em !ue passei te ensinando a fa)er as mesmas coisas

    0e !uando conversares comigo, eu repetir as mesmas histrias,!ue sabes de sobra como terminam, no me interrompas e meescute. Ouando eras pe!ueno, para !ue dormisses, tive !ue tecontar milhares de ve)es a mesma estria at% !ue fechasses osolhinhos

    Ouando estivermos reunidos e sem !uerer fi)er minhasnecessidades, no fi!ues com vergonha.

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    0e em algum momento, !uando conversarmos, eu me es!uecerdo !ue estvamos falando, tenhas pacincia e me a'ude alembrar. Talve) a nica coisa importante pra mim na!uelemomento se'a o fato de ver voc perto de mim, me dandoateno, e no o !ue falvamos

    0e alguma ve) eu no !uiser comer, saibas insistir com carinho.$ssim como fi) contigo.

    Tamb%m compreendas !ue com o tempo no terei dentes fortes,e nem agilidade para engolir.

    1 !uando minhas pernas falharem por estar to cansadas, e eu 'no conseguir mais me e!uilibrar...

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    Fo te sintas triste ou impotente por me ver assim. Fo meolhes com cara de d. E-me apenas o teu corao, compreenda-me e me apie como o fi) !uando comeastes a viver. Isso medar foras e muita coragem.

    Ea mesma maneira !ue te acompanhei no in#cio da tua 'ornada,te peo !ue me acompanhes para terminar a minha. Trata-mecom amor e pacincia, e eu te devolverei sorrisos e gratido,com o imenso amor !ue sempre tive por ti.

    $tenciosamente,

    S memria e lembrana de todas as mes e de todos os pais domundo

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    A CADERNETA VERMELA

    2 carteiro estendeu o telegrama.Kos% >oberto no agradeceu e en!uanto abria o envelope, uma

    profunda ruga sulcou-lhe a testa.

    ;ma expresso mais de surpresa do !ue de dor tomou-lhe contado rosto. &alavras breves e incisas4

    - 0eu pai faleceu. 1nterro ?B horas. 3ameX

    Kose >oberto continuou parado, olhando para o va)io. Fenhumalgrima lhe veio aos olhos nenhum aperto no corao.

    FadaN

    1ra como se houvesse morrido um estranho. &or !ue nada

    sentia pela morte do velhoRoberto havia feito as malas epartido prometendo nunca mais botar os p%s na!uela casa.

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    ;m emprego ra)ovel, casamento, telefonemas * me peloFatal, $no Fovo ou &scoa...

    1le havia se desligado da fam#lia no pensava no pai e a ltimacoisa na vida !ue dese'ava na vida era ser parecido com ele.

    2 velrio4 poucas pessoas.

    $ me est l, plida, gelada, chorosa.

    Ouando reviu o filho, as lgrimas correram silenciosas, foi umabrao de desesperado silncio.

    Eepois, ele viu o corpo sereno envolto por um lenol de rosasvermelho, como as !ue o pai gostava de cultivar.

    Kos% >oberto no verteu uma nica lgrima, o corao nopedia.

    1ra como estar diante de um desconhecido um estranho, um...2 funeral4 o sabi cantando, o sol se pondo.

    1le ficou em casa com a me at% a noite, bei'ou-a e prometeu!ue voltaria tra)endo netos e esposa para conhec-la.

    $gora, ele poderia voltar * casa, por!ue a!uele !ue no oamava, no estava mais l para dar-lhe conselhos cidosnem para critic-lo.

    Fa hora da despedida a me colocou-lhe algo pe!uenoe retangular na mo

    - H mais tempo voc poderia ter recebido isto - disse.

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    - 3as, infeli)mente s depois !ue ele se foi eu encontreientre os guardados mais importantes...

    Doi um gesto mecZnico !ue, minutos depois de comeara viagem, meteu a no no bolso e sentiu o presente.

    2 foco mortio da lu) do bagageiro, revelou uma pe!uenacaderneta de capa vermelha.

    $briu-a curioso.

    &ginas amareladas.Fa primeira, no alto, reconheceu acaligrafia firme do pai4

    WFasceu ho'e o Kos% >oberto. Ouase !uatro !uilosN 2 meuprimeiro filho, um garotoN

    1stou orgulhoso de ser o pai da!uele !ue ser a minhacontinuao na TerraNW.

    S medida !ue folheava, devorando cada anotao, sentia umaperto na boca do estomago, mistura de dor e perplexidade,poisas imagens do passado ressurgiram firmes e atrevidas como seacabassem de acontecerN

    WHo'e, meu filho foi para escola. 1st um homen)inhoNOuando eu vi ele de uniforme, fi!uei emocionado e dese'ei-lheum futuro cheio de sabedoria.

    $ vida dele ser diferente da minha, !ue no pude estudar por

    ter sido obrigado a a'udar meu pai.

    3as para meu filho dese'o o melhor. Fo permitirei !ue a vidao castigueW.

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    2utra pgina

    - W>oberto me pediu uma bicicleta, meu salrio no d,mas ele merece por!ue % estudioso e esforadoJ.

    - Di) um empr%stimo !ue espero pagar com horas extrasW.

    Kos% >oberto mordeu os lbios.

    =embrava-se da sua intolerZncia,das brigas feitas para ganhar asonhada bicicleta.

    0e todos os amigos ricos tinham uma, por !ue ele tamb%m nopoderia ter a suaR

    W duro para um pai castigar um filho e bem sei !ue ele poderme odiar por issoX entretanto, devo educ-lo para seu prprio

    bem.W

    WDoi assim !ue aprendi a ser um homem honrado e esse % onico modo !ue sei de ensin-loW.

    Kos% >oberto fechou os olhos e viu toda a cena !uando por causade uma bebedeira, tinha ido para a cadeia e na!uela noite, se o

    pai no tivesse aparecido para impedi-lo de ir ao baile comos amigos...

    =embrava-se apenas do automvel retorcido e manchado desangue !ue tinha batido contra uma rvore...

    &arecia ouvir sinos, o choro da cidade inteira en!uanto !uatrocaix(es seguiam lugubremente para o cemit%rio.

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    $s pginas se sucediam com ora curtas, ora longas anota(es,cheias das respostas !ue revelam o !uanto, em silncio eamargura o pai o havia amado.

    2 WvelhoW escrevia de madrugada.

    3omento da solido, num grito de silncio, por!ue era desse'eito !ue ele era, ningu%m o havia ensinado a chorar e a dividirsuas dores, o mundo esperava !ue fosse duro para !ue no o

    'ulgassem nem fraco e nem covarde.

    1, no entanto, agora Kos% >oberto estava tendo a prova !ue,debaixo da!uela fachada de fortale)a havia um corao toterno e cheio de amor.

    $ ltima pgina. $!uela do dia em !ue ele havia partido4

    - WEeus, o !ue fi) de errado para meu filho me odiar tantoR

    &or !ue sou considerado culpado, se nada fi), seno tentartransform-lo em um homem de bemRW

    W3eu Eeus, no permita !ue esta in'ustia me atormente parasempreN

    Oue um dia ele possa me compreender e perdoar por eu noter sabido ser o pai !ue ele merecia ter.W

    Eepois no havia mais anota(es e as folhas em branco davam aid%ia de !ue o pai tinha morrido na!uele momento,

    Kos% >oberto fechou depressa a caderneta, o peito do#a. 2corao parecia haver crescido tanto, !ue lutava para escapar

    pela boca.

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    Fem viu o Unibus entrar na rodoviria, levantou aflito e saiu!uase correndo por!ue precisava de ar puro para respirar

    $ aurora rompia no c%u e mais um dia comeava.

    WHonre seu pai para !ue os dias de sua velhice se'amtran!QilosNW [ certa ve) ele tinha ouvido essa frase e 'amaishavia refletido o na profundidade !ue ela continha.

    1m sua egocntrica cegueira de adolescente, 'amais haviaparado para pensar em verdades mais profundas.

    &ara ele, os pais eram descartveis e sem valor comoas embalagens !ue so atiradas ao lixo.

    $final, na!ueles dias de pouca reflexo tudo era 'uventude,sade, bele)a, musica, cor, alegria despreocupao, vaidade.

    Fo era ele um semi-EeusR

    $gora, por%m, o tempo o havia envelhecido, fatigado e tamb%mtornado pai a!uele falso heri.

    Ee repente. Fo 'ogo da vida, ele era o pai e seus atuaiscontestadores

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    havia passado pela cabea escrever !ue tinha orgulho da!ueles!ue continuam o seu nome.

    Kustamente ele, !ue se considerava o mais completo pai daTerraR

    ;ma onda de vergonha !uase o prostrou por terranuma derradeira lio de humildade.

    Ouis gritar, erguer procurando agarrar o velho para sacudi-lo eabra-lo, encontrou apenas o va)io.

    Havia uma ra!u#tica rosa vermelha num galho no 'ardim de umacasa, o sol acabava de nascer.

    1nto, Kos% >oberto acariciou as p%talas e lembrou-se damo)ona do pai podando, adubando e cuidando com amor.

    &or !ue nunca tinha percebido tudo a!uilo antesR

    ;ma lgrima brotou como o orvalho, e erguendo os olhos parao c%u dourado, de repente, sorriu e desabafou-se numaconfisso aliviadora4

    - W0e Eeus me mandasse escolher, eu 'uro !ue no !ueriater tido outro pai !ue no fosse voc velhoN

    - 2brigado por tanto amor, e me perdoe por haver sidoto cego.W

    WD$=1, T$, $M>$

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    Ao! me$! ami7o! pa#a 6$e #e?litam

    PA- NOSSO888

    0e em minha vida no a'o como filho de Eeus, fechando meucorao ao amor.

    0er intil di)er 4 PA- NOSSO

    0e os meus valores 0o representados pelos bens da terra.

    0er intil di)er 4 UE ESTA-S NO C2U

    0e penso apenas em ser cristo por medo, superstio ecomodismo.

    0er intil di)er 4

    SANT-F-CADO SE'A O VOSSO NOME0e acho to sedutora a vida a!ui, cheia de sup%rfluos efutilidades.

    0er intil di)er 4 VENA A NS O VOSSO RE-NO

    0e no fundo o !ue eu !uero mesmo % !ue todos os meus dese'osse reali)em.

    0er intil di)er 4 SE'A FE-TA A VOSSA VONTADE

    0e prefiro acumular ri!ue)as, despre)ando meus irmos !uepassam fome.

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    0er intil di)er 4 O PO NOSSO DE CADA D-A NOS DA- O'E

    0e no importo em ferir, in'ustiar, oprimir e magoar aos !ueatravessam o meu caminho8

    0er intil di)er 4 PERDOA- AS NOSSAS OFENSAS4 ASS-M COMONS PERDOAMOS A UEM NOS TEM OFEND-DO

    0e escolho sempre o caminho mais fcil, !ue nem sempre % ocaminho do

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    PO VELO

    1ra um fim de tarde de sbado. 1u estava molhando o 'ardim daminha casa, !uando vi um menino parado 'unto ao porto, meolhando.

    - Eona, tem po velhoR - perguntou ele.

    1ssa coisa de pedir po velho sempre me incomodou...

    2lhei para a!uele menino to nostlgico e perguntei4

    - 2nde Voc moraR- Eepois do )oolgico.- Mem longe, heinR- ... mas eu tenho !ue pedir as coisas para comer

    - Voc est na escolaR-

    Fo. 3inha me no pode comprar material.- 0eu pai mora com vocsR- 1le sumiu...

    1 o papo prosseguiu, at% !ue eu disse4- Vou buscar o po. 0erve po novoR

    - Fo precisa, no.$ senhora ' conversou comigo, isso % suficiente.

    1sta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensao de ter

    absorvido toda a solido e a falta de amor da!uela criana. Tonova e ' sem sonhos, sem brin!uedos, sem comida, sem escolae to necessitada de um papo, de uma conversa amiga.

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    Ouantas li(es podemos tirar desta resposta4

    No p#e9i!a4 (o8 A !e(:o#a & 9o(;e#!o$ 9omi7o4 i!!o J!$?i9ie(te

    Oue poder mgico tem o gesto de falar e ouvir com amorN

    2s anos se passaram e continuam pedindo po velhoW naminha casa... 1 eu dando Wpo novoW, mas procurando antescompartilhar o po das pe!uenas conversas. 2 po dos gestos!ue acolhem e promovem

    1ste po de amor no fica velho, por!ue % fabricado no coraode !uem acredita Fa!uele !ue disse4 1u sou o po da vidaNJ

    Verifi!ue !uantas pessoas talve) este'am esperando uma spalavra sua...

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    2 9UB;&;ENTE

    B -ouco *em-o, e+*ava )o aero-or*o e vi me e il#a +e!e+-e!i)!o.

    A)u)ciaram a -ar*i!a, ela+ +e abra

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    la come

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    la come

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    CAM-NOS DA V-DA

    Ouando cortas uma flor para ti, comeas a perd-la... por!uemurchar em tuas mos e no se far semente para outras

    primaveras.

    Ouando aprisionas um passarinho para ti, comeas a perd-lo...&or!ue no mais cantar no bos!ue para ti nem criar outros

    passarinhos em seu ninho.

    Ouando no arriscas tua liberdade para t-la, comeas a perd-la... por!ue a liberdade !ue tens se comprova !uando te atirasoptando e decidindo.

    Ouando no deixas partir o teu filho para a vida, comeas aperd-lo... por!ue nunca o vers voltar para ti livre e maduro.

    =embre-se sempre 4 Fo existe preo para a =iberdade , masuma bel#ssima recompensa para !uem a utili)a comdesprendimento de alma ...

    Ter para sempre , 'unto * si a Didelidade da!ueles !ue livres dosgrilh(es , se compra)em em serem seus eternos admiradores N

    Ouem $ma ... =iberta com a certe)a da volta espontZnea aoaconchego N

    Ap#e(de (o 9ami(:o da ;ida a pa#ado@al lio da

    e@pe#iK(9ia" Semp#e 7a(:a! o 6$e dei@a! e pe#de! o 6$e#etJ(!888

    0D$l9ma#

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    PROVA DE AMOR

    H muito tempo atrs, um casal de velhinhos !ue no tinhamfilhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinham umavida muito tran!Qila, alegre, na !ual ambos se amavam muito,eram feli)es. $t% !ue um dia aconteceu um acidente com asenhora.

    1la estava trabalhando em sua casa !uando comea a pegar fogona co)inha e as chamas atingem todo o seu corpo, o esposoacorda assustado com os gritos e vai a sua procura, !uando a vcoberta pelas chamas imediatamente tenta a'ud-la e o fogotamb%m atinge seus braos e mesmo em chamas consegueapagar o fogo.

    Ouando chegaram os bombeiros ' no havia mais fogo apenasfumaa e parte da casa toda destru#da. =evaram rapidamente ocasal para o hospital mais prximo, onde foram internados em

    estado grave. $ps algum tempo a!uele senhor menos atingidopelo fogo saiu da ;TI e foi ao encontro de sua amada.

    $inda em seu leito a senhora toda !ueimada, pensava em noviver mais, pois estava toda deformada, as chamas !ueimaramtodo o seu rosto. espondeu ele.

    &ena !ue o fogo atingiu os meus olhos e eu no posso mais

    enxergar, mas fi!ue tran!Qila amor !ue a sua bele)a est gravadaem meu corao para sempre.

    1nto triste pelo esposo, disse-lhe4

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    - Eeus, vendo tudo o !ue aconteceu meu marido, tirou-lhe asvista para !ue voc no ve'a esta deformidade em !ue eu fi!uei.$s chamas !ueimaram todo o meu rosto e estou parecendo ummonstro.

    &assando algum tempo recuperados, voltaram para casa onde elafa)ia tudo para seu !uerido esposo e ele todos os dias di)ia-lhe4como eu te amoN 1 assim viveram C@ anos, at% !ue a senhoraveio a falecer.

    Fo dia de seu enterro !uando todos se despediam, veio a!uelesenhor sem seus culos escuros e com sua bengala nas mos,chegou perto do caixo bei'ando o rosto e acariciando suaamada disse em um tom apaixonante4 W>1; &2> V2 3I3NNN

    $presenta>o0 &olacio.j &ontato0 colacio.jHig.com.br

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    D-ANTE DA V-DA

    ;tili)a-te do tempo se no !ueres !ue o tempo te inutili)e. 1vite!ue tuas horas transcorram em vo, enchendo-as com umaatividade !ue te comuni!ue, a cada instante, a alegria de tesentires permanentemente superado por ti mesmo. Fisso

    consiste o segredo dos !ue lograram transcender os estreitoslimites do tempo para se sentires part#cipes do 1terno.

    J or*e, -ara ve)cere+ )a lu*a !a vi!a. ;a+, )u)ca *e e+ue

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    Kamais te prendas ao agressor por um ato de vingana, seno porum impulso de perdo. Vingando, tu te escravi)as * dorX

    perdoando tu te libertas dela. $ vingana % filha do dio, e operdo % filho do $mor. 1 dio est para o amor, como o infernoest para o c%u.

    eflete, por%m, !ue a cincia dafelicidade, no consiste apenas em colher flores, mas sobretudo,transformar em flores os espinhos !ue nos ferem.

    Piet#o U%aldi

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    ORA3O DA V-DA

    Fo momento solene volita nos espaos um hlito divino. 2pensamento, permeado pelo grande mist%rio, olha e recolhe-seem orao.

    2rai assim4

    $doro-te, recUndito 1u do universo, alma do Todo, 3eu&ai e &ai de todas as coisas, minha respirao e respirao detodas as coisas.

    $doro-te, indestrut#vel essncia, sempre presente noespao, no tempo e al%m, no infinito.

    &ai, amo-te, mesmo !uando Tua respirao % dor, por!ueTua dor % amorX mesmo !uando Tua =ei % esforo, por!ue oesforo !ue tua =ei imp(e % o caminho das ascens(es humanas.

    &ai, mergulho em tua potncia, nela repouso e me aban-

    dono, peo * fonte o alimento !ue me sustente.&rocuro-te no Zmago onde Tu ests, de onde me atrais.0into-Te no infinito !ue no atin'o e donde me chamas. Fo Teve'o e, no entanto, ofuscas-me com Tua lu)X no Te ouo, massinto o tom de Tua Vo)X no sei onde estais, mas encontro-Te acada passo, es!ueo-Te e Te ignoro, no entanto, ouo-Te emtoda a minha palpitao. Fo sei individuar-Te, mas gravito emtorno de Ti, como gravitam todas as coisas, em busca de Ti,centro do universo.

    &otncia invis#vel !ue diriges os mundos e as vidas, Tuests em Tua essncia acima de toda a minha concepo. Oue

    sers Tu, !ue no sei descrever nem definir, se apenas o reflexode Tuas obras me encegueceR Oue sers Tu, se ' me assombra aincomensurvel complexidade desta Tua emanao, pe!uenacentelha espiritual !ue me anima integralmenteR 2 homem Te

    busca na

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    grandiosidade de Tua potncia, como na bondade de Teu amor,ests sempre al%m, al%m de todo o pensamento humano, acimadas formas e do devenir, um lampe'o do infinito.

    Fo ribombar da tempestade est EeusX na car#cia dohumilde est EeusX na evoluo do turbilho atUmico, na arran-cada das formas dinZmicas, na vitria da vida e do esp#rito, estEeus. Fa alegria e na dor, na vida e na morte, no bem e no mal,est EeusX um Eeus sem limites, !ue tudo abarca, estreita edomina, at% mesmo as aparncias dos contrrios, !ue guia paraseus fins supremos.

    1 o ser sobe, de forma em forma, ansioso por conhecer-Te, buscando uma reali)ao cada ve) mais completa de Teu

    pensamento, traduo em ato de Tua essncia.$doro-Te, supremo princ#pio do Todo, em Teu

    revestimento de mat%ria, em Tua manifestao de energiaX noinexaur#vel renovar-se de formas sempre novas e sempre belasXeu Te adoro, conceito sempre novo, bom e belo, inesgotvel =eianimadora do universo. $doro-Te grande Todo, ilimitado al%mde todos os limites de meu ser.

    Festa adorao, ani!uilo-me e me alimento, humilho-mee me incendeioX fundo-me na Arande ;nidade, coordeno-me nagrande =ei, a fim de !ue minha ao se'a sempre harmonia, as-censo, orao, amor.

    2rai assim, no silncio das coisas, olhando sobretudopara o Zmago !ue est dentro de vs. 2rai com esp#rito puro,com intenso arrebatamento, com poderosa f%, e a radiaoan#mica, harmoniosamente sintoni)ada com grande vibrao,invadir os espaos. 1 ouvireis uma vo) de conforto, !ue voschegar do infinito.

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    E DEUS D-SSE NO

    1u pedi a E1;0 para remover meu orgulho...,

    e E1;0 disse NO.

    1=1 disse !ue no era tarefa d1=1, mas !ue erapara eu abrir mo da minha vaidade.

    1u pedi a E1;0 para tornar meu irmo &arapl%gico em criananormal,

    e E1;0 disse NO.

    1=1 disse !ue o 1sp#rito % imortal e o corpo %temporrio.

    1u pedi a E1;0 para me dar pacincia,

    e E1;0 disse NO.

    1=1 disse !ue a pacincia % subproduto da tribulao.1la no % dada, % con!uistada.

    1u pedi a E1;0 para me dar felicidade,

    e E1;0 disse NO.

    1=1 disse !ue me d bnos. Delicidadedepende de mim.

    1u pedi a E1;0 para dividir minha dor com 1=1

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    e E1;0 disse NO.

    1=1 disse !ue o sofrimento nos afasta das coisasmundanas e nos deixa mais perto d1=1.

    1u pedi a E1;0 para fa)er meu esp#rito crescer

    1 E1;0 disseNO.

    1=1 disse !ue devo crescer por meus esforos,mas 1=1 aparar minhas arestas, para !ue eu frutifi!ue.

    1u perguntei a E1;0 se ele me amava

    1=1 me disse !ue S-M, agora e sempre.

    1u pedi a E1;0 para me a'udar a $mar os outros tanto !uanto1=1 me $ma.

    1 E1;0 disse4 A4 F-NALMENTE VOCH ENTENDEU

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    'ESUS4 CONF-O EM T-

    &or !ue te confundes e te agitas diante dos problemas da vidaR

    Eeixe !ue eu cuide de todas as tuas coisas e tudo ser melhor.

    Ouando voc se entregar a mim, tudo se resolver comtran!Qilidade segundo meus des#gnios.

    Fo te desespere, no me diri'a uma orao agitada,

    como se !uisesse exigir o cumprimento dos teus dese'os.

    Deche os olhos da alma e diga-me com calma4

    'e!$!4 e$ 9o(?io em Ti8

    1vite as preocupa(es, as angstias e os pensamentos sobre o

    !ue pode acontecer depois. Fo !ueira mudar os meus planos ,!uerendo impor suas id%ias. Eeixa-me ser Eeus em sua vida e

    atuar com liberdade. 0e abandone totalmente em mim. >epouse

    em mim e deixe minhas mos tocar no seu corao.

    Eiga-me fre!uentemente4

    'e!$!4 e$ 9o(?io em Ti8

    2 !ue mais te causa danos so suas ra)(es, suas prprias id%ias e

    voc !uerer resolver as coisas a sua maneira.

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    Ouando me disser4 Kesus eu confio em Ti, no se'a como o

    paciente !ue pede ao m%dico !ue o cure e lhe sugere o modo

    como fa)er. Eeixe se levar em meus braos divinos, no tenha

    medo.

    EU TE AMO

    0e te parecer !ue as coisas pioram ou se complicam apesar de

    tua orao, siga confiando. Deche os olhos da alma e confia.

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    1 vers acontecer milagres.

    1; T1 &>231T2 &2> 31; $32>, &2I0, 013&>1

    10&1>$>1I &2> V2

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    A9:o 6$e J 9om ;o9K888Leia e ;e#i?i6$eN

    AN'O DA GUARDA

    1u estou ao seu lado e sou a!uele !ue nunca desacredita dosseus sonhos, sou eu !ue *s ve)es altero seu itinerrio, e at%atraso seus horrios para evitar acidentes ou encontrosdesagradveis.

    0im, sou eu !ue falo ao seu ouvido a!uelas inspira(es !ue vocacredita !ue acabou de ter como Wgrande id%iaW.

    0ou eu !uem te causa a!ueles arrepios !uando voc se aproximade lugares ou situa(es !ue vo te fa)er mal, e sou eu !uemchora por voc !uando voc com a sua teimosia insiste em fa)ertudo ao contrrio s para desafiar o mundo.

    Ouantas noites passei * cabeceira de sua cama velando por suasade, cuidando de sua febre e renovando suas energiasR

    Ouantos dias eu te segurei para !ue voc no entrasse na!ueleUnibus, carro e at% avioR &or !uantas ruas escuras eu te guieiem seguranaR

    Fo sei, perdi a conta, e isso no importa. 2 !ue realmenteimporta, e o !ue me deixa triste e preocupado, % !uando vocassume a postura de v#tima do mundo, !uando voc no acreditana sua capacidade de resolver os problemas, !uando voc aceitaas situa(es como insolveis, !uando voc para de WlutarW esimplesmente reclama de tudo e de todos, !uando voc desistede ser feli) e culpa outra pessoa pela sua infelicidade, !uandovoc deixa de sorrir e assume !ue no h motivos para rir,!uando o mundo est repleto de coisas maravilhosas, !uando sees!uece at% de mim, seu an'o da guarda, a!uele a !uem Eeusdeu a honra de auxiliar nessa misso to dif#cil !ue % viver e

    progredir.

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    K !ue me deixaram falar diretamente com voc, gostaria de telembrar, !ue estou ao seu lado sempre, mesmo !uando vocacredita estar totalmente s e abandonado, at% nesse momentoeu estou segurando a sua mo, eu estou consolando seu corao,eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a suatriste)a, mas, como eu sei !ue voc nasceu para brilhar, euagradeo a Eeus a oportunidade bendita de te conhecer e cuidarde voc, por!ue voc % realmente muito especial.

    0eu an'o da guarda, !ue acredita em voc ...

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    DESPED-DA COM SAEDOR-A

    I$4);EL I$)&J$ #*)KUE

    Nas -ltimas 'oras, os computadores do mundo inteiro,via ;nternet, reproduzem um teto de Iabriel IarcFa

    #rquez que vive, l-cido e consciente, seus -ltimosdias de vida, vFtima de um c/ncer linftico. No 4rasil, o

    primeiro a divulglo foi #rcio #oreira $lves, na sua

    coluna de 2 Ilobo.Todos se emocionam com adespedida de #rquez, um instante inesquecFvel dasensibilidade 'umana.

    0e, por um instante, Eeus se es!uecesse de !ue sou umamarionete de trapo e me presenteasse com um pedao de vida,

    possivelmente no diria tudo o !ue penso, mas, certamente,pensaria tudo o !ue digo.

    Earia valor *s coisas, no pelo !ue valem, mas pelo !uesignificam.

    Eormiria pouco, sonharia mais, pois sei !ue a cada minuto !uefechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de lu).J

    $ndaria !uando os demais parassem, acordaria !uando osoutros dormem.

    1scutaria !uando os outros falassem e degustaria um bomsorvete de chocolate.

    0e Eeus me presenteasse com um pedao de vida, vestiriasimplesmente, me 'ogaria de bruos ao solo. Eeixando adescoberto no apenas meu corpo, como minha alma.

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    $prendi !ue um homem s tem o direito de olhar um outro decima para baixo para a'ud-lo a levantar-se.

    0o tantas as coisas !ue pude aprender com vocs, masfinalmente, no podero servir muito por!ue !uando meolharem dentro dessa maleta +laptop, infeli)mente estareimorrendo. M2$ F2IT1N

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    Ter sumidoR 1vaporadoR Fo, certamente. $penas o perdemosde vista.

    2 ser !ue amamos continua o mesmo, suas con!uistas persistemdentro do mist%rio divino.

    Fada se perde, a no ser o corpo f#sico de !ue no maisnecessita. 1 % assim !ue, no mesmo instante em !ue di)emos4W' se foiW, no al%m, outro algu%m dir 4 W' est chegandoW.

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    A PORTA DO LADO TCNICA DO BOM-VIVER

    #art'a #edeiros

    =i uma tima entrevista dada pelo m%dico Eru)io Varella *revista 3arie

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    telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixarbarato. 1u ando deixando de graa, pra ser sincera. Vinte e!uatro horas tm sido pouco pra tudo o !ue eu tenho !ue fa)er,ento no vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorada.

    0e eu procurar, vou encontrar de)enas de situa(es irritantes egente idem, pilhas de pessoas !ue vo atrasar meu dia. 1nto euuso a Wporta do ladoW e vou tratar do !ue % importante de fato.1is a chave do mist%rio, a frmula da felicidade, o elixir do bomhumor, a ra)o por !ue parece !ue to pouca coisa na vida dosoutros d errado.

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    A V-AGEM

    Eia desses, li um livro !ue comparava a vida a uma viagem detrem.

    ;ma comparao extremamente interessante, !uando beminterpretada

    Interessante, por!ue nossa vida % como uma viagem de trem,cheia de embar!ues e desembar!ues, de pe!uenos acidentes pelocaminho, de surpresas agradveis com alguns embar!ues e detriste)as com os desembar!ues...

    Ouando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramosduas pessoas !ue acreditamos !ue faro conosco a viagem at% ofim4 nossos pais.

    Fo % verdade. Infeli)mente, em alguma estao, elesdesembarcam,deixando-nos rfos de seus carinho, proteo,

    amor e afeto.

    3as isso no impede !ue, durante a viagem, embar!uempessoas interessantes !ue viro ser especiais para ns4nossosirmos, amigos e amores

    3uitas pessoas tomam esse trem a passeio. 2utras fa)em aviagem experimentando somente triste)as.

    1 no trem h, tamb%m, outras !ue passam de vago em vago,prontas para a'udar !uem precisa.

    3uitos descem e deixam saudades eternas. 2utros tantos via'amno trem de tal forma !ue, !uando desocupam seus assentos,ningu%m se!uer percebe

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    $gora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para !ueembar!uem e desembar!uem pessoas. .

    3inha expectativa aumenta, * medida !ue o trem vaidiminuindo sua velocidade... Ouem entrarR Ouem sairR

    1u gostaria !ue voc pensasse no desembar!ue do trem, no scomo a representao da morte, mas, tamb%m, como o t%rminode uma histria, de algo !ue duas ou mais pessoas constru#rame !ue, por um motivo #nfimo, deixaram desmoronar.

    Dico feli) em perceber !ue certas pessoas como ns, tm acapacidade de reconstruir para recomear. Isso % sinal de garra ede luta, % saber viver, % tirar o melhor de Wtodos os passageirosW.

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    O D-V-NO L-VRE5AR.TR-O

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    ser o !ue eu !uiser. 1 a!ui estou eu, o escultor !ue pode darforma.

    T$do depe(de de mim.J

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    CARRO3A VAB-A

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    A ELEBA DA L-ERDADE DE PENSAMENTO

    2 ti-sangue % um pssaro especial.

    0uas lindas cores atraem os criadores, mas % imposs#vel apreciarsua bele)a em cativeiro

    &reso, ele ad!uire uma cor plida, alaran'ada, sem vida.

    0em estas frutas em sua alimentao, ele desbota...

    $s frutas silvestres das matas prximas ao litoral brasileiro,onde vive, cont%m um pigmento !ue mantm sua colorao.

    $ bele)a do ti est na proporo de sua liberdade. Ouanto maislivre, mais belo.

    Fesse aspecto, o ser humano se parece muito com o ti. &recisaestar livre para ser belo, para ser feli). &recisa alar vUos com o

    pensamento,nutrir-se de id%ias e sentimentos.

    Fo entanto, muitos deixam-se aprisionar por v#cios de variadaordem, enfra!uecendo e tornando-se plida sombra !ue caminhaa passos largos para a derrota.

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    0e'a como o ti-sangue4 livre e belo. 3as no es!ueas daresponsabilidade necessria para !ue, verdadeiramente, seinstaure a liberdade em sua vida.

    =embre-se sempre de !ue a sua bele)a est na proporo de suareal liberdade.

    $a(to mai! li;#e4 mai! %elo

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    ESCUTE5ME

    Ouando eu lhe peo !ue me escute e voc comea a me darconselhos, voc ' no fe) o !ue eu lhe pedi.

    Ouando eu lhe peo !ue me escute e voc comea a me di)erpor!ue eu no devo me sentir da!uela maneira, ou coisa

    parecidaJ,voc no est entendendo o meu pedido.

    Ouando eu lhe peo !ue voc me escute e voc sente !ue temde fa)er algo para resolver os meus problemasJ, voc continuasem entender meus sentimentos.

    1scute. Tudo o !ue eu pedi foi para voc me escutar, no falarou fa)er nadaX s me ouvir.

    Ouando voc fa) por mim uma coisa !ue eu posso e precisofa)er, voc contribui para o meu medo e a minha fra!ue)a .

    3as !uando voc aceita o fato de !ue eu sinto o !ue sintoJ,mesmo !ue para voc se'a algo absurdo, % bom. $#, eu desisto detentar entender o !ue est por trs deste meu sentime