José Rocha Dinis Sérgio Terra 4504 10 PATACAS O Jogo … Fluminense, e David Jackson, da...

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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4504 • Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 10 PATACAS PUB Especialistas externos avaliam Português na UM FOTO JTM O Departamento de Português da Uni- versidade de Macau vai ser avaliado na próxima semana por um júri externo formado por três prestigiados professores de instituições de Portugal, Brasil e EUA. Aproveitando a presença no território de Helena Buesco, da Universidade de Lis- boa, Laura Cavalcante Padilho, da Univer- sidade Fluminense, e David Jackson, da Universidade de Yale, o Departamento irá organizar uma mesa redonda para cele- brar o Dia da Língua Portuguesa. Pág. 9 Arco-Íris brilha a 17 de Maio A Associação Arco- -Íris de Macau não participou nas ma- nifestações do 1º de Maio, mas prepara- -se para assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia. Pág. 4 Onde está a nossa casa de sonho? O Jogo saiu à rua! Pág. 5 Air Macau “ganhou” 30 mil passageiros por mês até Março O ano de 2014 começou de forma auspiciosa para a Air Macau com o número de passageiros a aumentar 20,95% para cerca de 515.800 no primeiro trimestre, comparativamente a igual perío- do de 2013, revelam dados da Air China, sua accionista maioritá- ria. Comparativamente aos três primeiros meses do ano passado, a Air Macau transportou mais cerca de 89.400 passageiros, o que traduz um aumento médio de 29.800 por mês. Os mesmos da- dos indicam ainda que a taxa de ocupação dos voos da companhia local fixou-se em 69,2%, mais 0,22 pontos percentuais do que há um ano. No cômputo geral de 2013, a Air Macau registou um cresci- mento de 13,65% para 1.825.900 no número de passageiros e uma subida de 0,98 pontos na taxa de ocupação (67,91%). FOTO WONG SANG Praia de Hac Sá atraiu milhares O parque e a praia de Hac Sá acolhe- ram ontem milhares de pessoas no arran- que da época bal- near, um dia mar- cado pela música e alguns mergulhos. Pág. 6 Centrais Vendas em queda e preços em alta O número de trans- missões de imóveis nos três primeiros meses deste ano caiu quase para me- tade, mas os preços por metro quadrado não param de subir. Pág. 7 Em prol do turismo cultural e imaterial Em mais um “Perfil da Nossa Gente”, Maria João San- tos Ferreira evoca velhas amizades e pede maior atenção à preservação da he- rança cultural. Pág. 11 NOS BASTIDORES DA NOVA PEÇA EM PATUÁ

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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4504 • Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 10 PATACAS

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Especialistas externosavaliam Portuguêsna UM

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O Departamento de Português da Uni-versidade de Macau vai ser avaliado na próxima semana por um júri externo formado por três prestigiados professores de instituições de Portugal, Brasil e EUA. Aproveitando a presença no território de Helena Buesco, da Universidade de Lis-boa, Laura Cavalcante Padilho, da Univer-sidade Fluminense, e David Jackson, da Universidade de Yale, o Departamento irá organizar uma mesa redonda para cele-brar o Dia da Língua Portuguesa. Pág. 9

Arco-Íris brilhaa 17 de MaioA Associação Arco--Íris de Macau não participou nas ma-nifestações do 1º de Maio, mas prepara--se para assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia.

Pág. 4

Onde está a nossa casa de sonho?

O Jogo saiu à rua!Pág. 5

Air Macau “ganhou” 30 mil passageirospor mês até MarçoO ano de 2014 começou de forma auspiciosa para a Air Macau com o número de passageiros a aumentar 20,95% para cerca de 515.800 no primeiro trimestre, comparativamente a igual perío-do de 2013, revelam dados da Air China, sua accionista maioritá-ria. Comparativamente aos três primeiros meses do ano passado, a Air Macau transportou mais cerca de 89.400 passageiros, o que traduz um aumento médio de 29.800 por mês. Os mesmos da-dos indicam ainda que a taxa de ocupação dos voos da companhia local fixou-se em 69,2%, mais 0,22 pontos percentuais do que há um ano. No cômputo geral de 2013, a Air Macau registou um cresci-mento de 13,65% para 1.825.900 no número de passageiros e uma subida de 0,98 pontos na taxa de ocupação (67,91%).

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Praia de Hac Sáatraiu milharesO parque e a praia de Hac Sá acolhe-ram ontem milhares de pessoas no arran-que da época bal-near, um dia mar-cado pela música e alguns mergulhos.

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Centrais

Vendas em queda e preços em altaO número de trans-missões de imóveis nos três primeiros meses deste ano caiu quase para me-tade, mas os preços por metro quadrado não param de subir.

Pág. 7

Em prol do turismocultural e imaterialEm mais um “Perfil da Nossa Gente”, Maria João San-tos Ferreira evoca velhas amizades e pede maior atenção à preservação da he-rança cultural.

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NOS BASTIDORES DA NOVA PEÇA EM PATUÁ

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Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grandes Repórteres: Fátima Almeida e Raquel Carvalho • Redacção: Sandra Lobo Pimentel (editora), André Jegundo, Liane Ferreira, Pedro André Santos, Susana Diniz e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Do nosso baú de recordações, mostramos uma foto da apresen-tação das Linhas de Acção Gover-nativa, decorria o ano de 1997.

Padaria portuguesa quase a abrir – IÉ já este mês que abre na zona do Porto Interior o mais recente projecto do proprietário do restaurante português Boa Mesa. Na Avenida Almirante Sérgio, perto do mercado de São Lourenço, vai nascer uma padaria e pizzaria, aberta das onze da manhã às onze da noite.

Padaria portuguesa quase a abrir – IIO projecto esteve para arrancar no mês de Abril mas sofreu alguns atrasos, estando previsto que possa abrir portas já no final da próxima semana. A padaria e pizzaria não terá serviço de restaurante, com atendimento à mesa, funcionando apenas com o sistema de take-away.

Padaria portuguesa quase a abrir – IIIO novo estabelecimento contará com quatro funcionários para o tiro de partida e, para já, não funcionará com entregas ao domicílio. No entanto, o proprietário conta poder implementar esse sistema logo que possível, à semelhança do que acontece com outros restaurantes que servem pizzas.

Os “junkets” são “nossos” amigos... IDepois da Bloomberg ter garantido, em dois artigos publicados num curto espaço de tempo, que os casinos de Macau estavam a tentar “livrar-se” das rédeas dos “junkets”, as operadoras de jogo parecem empenhadas em contrariar a agência financeira, embora sem comentar directamente o conteúdo das duas notícias. A SJM foi a primeira a dar o mote, ao assegurar que as suas relações com os promotores de jogo não sofreram alterações.

Os “junkets” são “nossos” amigos... IINa mesma linha, os responsáveis da Sands China sublinharam na semana passada que, apesar da empresa apostar forte no mercado de massas, por este estar a crescer mais rapidamente e oferecer margens de lucro substancialmente maiores, o segmento VIP é importante e continuará a ser explorado de forma “agressiva”. Por isso, a operadora liderada por Sheldon Adelson vincou que tem “boas relações” com os “junkets” e recusa colocar o mercado VIP “no banco de trás”.

Os “junkets” são “nossos” amigos... IIITalvez ainda pouco convencidos, os analistas voltaram à carga na terça-feira, agora com a MGM Resorts International. Na habitual conferência para análise dos resultados do primeiro trimestre, que contou com a presença de James Murren, presidente e CEO do grupo, e Grant Bowie, CEO da MGM China, o analista Carlo Santarelli, do Deutsche Bank, lançou para a mesa a questão de eventuais “lutas” na “comunidade dos junkets”, mas as respostas não variaram muito.

Os “junkets” são “nossos” amigos... IVSublinhando que tal cenário não passa de “ruído”, Grant Bowie destacou o “desempenho sólido” dos promotores do jogo VIP que têm relações comerciais com a operadora. Embora tenha concordado que o foco dos casinos está agora mais direccionado para o mercado de massas, pelos reflexos positivos que isso tem no desempenho operacional, Bowie deixou a mesma mensagem da concorrência: “Os junkets serão sempre muito importantes e uma componente chave do nosso modelo de negócio”.

Os “junkets” são “nossos” amigos... VJim Murren alinhou com o discurso de Grant Bowie, salientando que a MGM China está atenta a “oportunidades para melhorar o rendimento das mesas VIP e de massas”. Ainda assim, o dossier “junkets” promete continuar a dar que falar, sendo que a curiosidade dos analistas deverá ter como próximo alvo a Wynn Macau, que anunciará amanhã (horário de Macau) os resultados do primeiro trimestre.

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Campeões asiáticos no pólo de praia - IUma equipa de Macau venceu a quinta edição do único torneio de pólo de praia realizado no continente asiático, ao derrotar Hong Kong na partida decisiva por 7-3. Organizado pelo grupo “B.Grimm”, o campeonato asiático decorreu numa praia junto ao resort “Hua Hin”, que se situa a cerca de 230 quilómetros ao sul de Banguecoque e é considerado o mais antigo à beira-mar da Tailândia.

Campeões asiáticos no pólo de praia - IICom a ajuda dos briosos cavalos, os atletas de Macau trouxeram assim para casa a Taça PA, troféu instituído pela princesa Bajrakitiyabha para apoiar mulheres que estão a cumprir penas de prisão, incluindo grávidas e respectivos bebés. Nesse sentido, as receitas do torneio reverteram a favor do “Projecto Kamlangjai”, criado para esse fim.

Campeões asiáticos no pólo de praia – IIISegundo rezam as crónicas da imprensa tailandesa, o programa do evento incluiu ainda um desfile equestre, um jogo de pólo com crianças e um jantar para angariação de fundos. Durante o repasto foram leiloadas três pinturas a óleo de artistas locais que permitiram reunir mais 850.000 bahts (cerca de 210 mil patacas) para a nobre causa.

“Happy” em Macau – IFoi escolhida por adeptos do Benfica para festejar a conquista do campeonato português de futebol, inspirou o próprio Vaticano e tem dado a volta ao mundo, motivando uma vaga de vídeos onde impera a boa disposição. E, como seria de esperar, a canção “Happy”, de Pharrell Williams, porventura o maior sucesso do momento da música internacional, também não passou despercebida em Macau.

“Happy” em Macau – II“Happy We are from Macau” é o sugestivo título de uma das réplicas que está a ganhar adeptos no “Youtube”, por força da brilhante actuação dos seus jovens protagonistas e dos bonitos cenários de Macau escolhidos para a gravação. Dirigido por Thomas Hubener e Jennifer Harrison Newman o vídeo percorre várias zonas emblemáticas da RAEM, sempre ao som de Pharrell Williams, e conta inclusive com a participação de alunos da Escola Portuguesa.

“Happy” em Macau – IIICom quase 50 mil visualizações, “Happy We are from Macau” tem merecido comentários muito elogiosos no “Youtube”, apesar de alguns utilizadores questionarem se todas as “estrelas” do vídeo serão mesmo residentes da RAEM, até porque foram praticamente esquecidas as comunidades macaense e chinesa locais. Com o foco exclusivamente centrado na juventude, falta também a alegria dos mais idosos que, não obstante os muitos desafios sócio-económicos, também continuam a encontrar motivos para sorrir nesta terra.

“Happy” em Macau – IVAinda assim, o vídeo assume-se como uma “feliz” e animada forma de espalhar pelo mundo alguns dos muitos encantos de Macau. Encantado da vida está também o produtor e cantor Pharrell Williams, que acaba de garantir a permanência na primeira posição na prestigiada “Billboard Hot 100”. Esta é a décima semana consecutiva de “Happy” no topo do “ranking” americano, façanha que ao longo da história apenas foi conseguida por mais 27 canções.

Namorar é em Shenzhen – INo principal parque de Shenzhen, Lianhua Shan ou Montanha Flôr de Lótus, aconteceu o que se pode considerar uma versão ao ar livre de um qualquer website de procura de companheiro/a. Num canto do parque, debaixo de palmeiras, foram instaladas cordas com anúncios de pessoas à procura de marido e mulher, alguns até colocaram fotografias e os pedidos eram bastante detalhados, bem como as descrições das pessoas que procuravam.

Namorar é em Shenzhen – IIPara além do género, e estado civil, a maioria dos solteiros, em muitos anúncios podia ler-se a profissão e até o salário anual. Um dos “Romeus” de Shenzhen dizia mesmo que fora premiado múltiplas vezes pelas autoridades da província e que comprou um apartamento de 146 metros quadrados.

Namorar é em Shenzhen – IIIMas as exigências também eram muitas. Um dos homens dizia procurar “mulher para constituir família, com ensino superior, face oval, altura entre 1,63 e 1,73 metros, entre os 23 e 33 anos de idade, bem de saúde, boa personalidade, pais oriundos de Xangai, Jiangxi ou Jiangsu”. No caso de não conseguir preencher os requisitos, deixou nota que poderia estar também interessado numa senhora com menos estudos e que não queira casar...

VEJA VÍDEO NO SITE DO JTM www.jtm.com.mo

Sexta-feira, 02 de Maio de 201404 JTM | LOCAL

Sandra Lobo Pimentel

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PROTESTOS NÃO SÃO ÚNICA ARMA DA CAUSA “GAY”

Arco-Íris ficou em casa mas não se escondeA Associação Arco-Íris de Macau não participou nas manifestações do 1º de Maio, mas no próximo dia 17 de Maio planeia assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia. O JTM falou com o presidente que admitiu estar mais focado na segunda fase da sondagem à comunidade LGBT do território. Anthony Lam garante que vai continuar a pugnar pelos direitos desta minoria, mas manifestações não são o único meio

D ia 17 de Maio é o Dia Interna-cional contra a Homofobia, e a Associação Arco-Íris de Ma-

cau vai assinalar a data. O presidente Anthony Lam disse ao JTM que ainda não está decidido que tipo de acção será levada a cabo, mas garantiu que “certamente será celebrado esse dia tão importante”.

A associação, que luta pelos direi-tos LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, não saiu à rua para as manifestações do 1º de Maio, mas não afasta a possibilidade de organi-zar acções do género. “Há sempre a opção de fazer algo mais público e visível, como as manifestações, mas queremos também organizar iniciati-vas internas”, explicou o líder da as-sociação.

Anthony Lam confessou que, neste momento, a grande prioridade da Ar-co-Íris de Macau é a segunda fase da sondagem sobre a comunidade LGBT no território. “Estamos mais focados nesse projecto e é aí que colocamos todo o nosso empenho no presente”, frisou.

A associação foi criada em No-

vembro de 2012, mas o presidente da Arco-Íris considera que apenas no úl-timo ano foi possível sentir algumas diferenças na abordagem aos direitos desta minoria. “Sinto que a situação

melhorou no ano que passou. Mas tal-vez devido à personalidade das pes-soas, os direitos da comunidade LGBT não são um tópico prioritário na so-ciedade”, lamentou.

O presidente da Arco-Íris diz mes-mo que os direitos que reivindicam não são diferentes de outros proble-mas que estão na ordem do dia com mais frequência. “Toda a questão social está ligada de alguma forma. Penso que os problemas sociais fa-zem parte de um todo. Os direitos dos homossexuais não podem ser com-parados à questão da habitação ou dos trabalhadores, mas se não forem respeitados ou protegidos, vai haver discriminação, o que não pode ser di-ferenciado”, defendeu.

Anthony Lam confessa que a Arco--Íris não tem aparecido em iniciativas públicas, mas revelou que os membros da associação, incluindo o próprio, têm participado em algumas paradas em Hong Kong e Taipé, em Taiwan. Sobre a possibilidade de organizar uma parada em Macau, o mesmo res-ponsável justificou que nada está ain-da planeado nesse sentido.

O protesto pelos direitos dos ho-mossexuais fez a estreia nas tradicio-nais manifestações do dia de aniver-sário da RAEM, em 20 de Dezembro de 2012. Jason Chao e Anthony Lam foram os organizadores da primeira parada gay no território, que disse-ram tratar-se de um “dia histórico”.

Nome 31200901949*31200904124

LEI SI NGAN*LEONG MENG

N.º do boletim de candidatura

ANÚNCIO

[N.º 46/2014]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 11) e 14) do n.º 1 do Despacho n.º 01/IH/2014, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 3, II Série, de 15 de Janeiro de 2014 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Por causa dos representantes dos agregados familiares acima mencionados se recusarem a assinar o contrato de arrendamento, sem motivo justificativo, as respectivas candidaturas serão excluídas na lista geral de espera, de acordo com os termos da alínea 3) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, com as alterações introduzidas pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 141/2012.

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.

Se não apresentarem as contestações no prazo fixado ou as mesmas não forem aceites por este Instituto, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos da alínea 3) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, com as alterações introduzidas pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 141/2012.

* Simultaneamente, será cessado a concessão de abono de residência por o agregado familiar beneficiário ter sido excluido da lista geral de espera, de acordo com os termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 8.º do Regulamento Administrativo n.º 23/2008(Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agregados Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social).

No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Wong através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 266), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong28 de Abril de 2014

ANÚNCIO

[N.º 47/2014]

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar a representante do agregado familiar da lista de candidatos a habitação social abaixo indicada, no uso da competência delegada pela alínea 1) do n.º 1 do Despacho n.º 01/IH/2014, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 3, II Série, de 15 de Janeiro de 2014 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

31200907454CHAN MEI NEINome N.º do boletim de candidatura

Por causa da representante do agregado familiar acima mencionada não apresentar os documentos mencionados no prazo fixado, pelo que, este não reúne os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos dos n.º 3 do artigo 9.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009.

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 17 de Dezembro de 2013, a solicitar à interessada acima mencionada para apresentarpor escrito a sua contestação pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, que fez a entrega da sua contestação, mas a mesma não foi aceite por este Instituto. Neste acto recorreu uma infracção, nos termos dos artigo 5.º, n.º 3 do artigo 9.º e alínea 1) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, assim como da decisão do despacho do signatário, exarado na Proposta n.º 0094/DHP/DHS/2014, a respectiva candidatura foi excluída da lista geral de espera por IH.

Caso queira contestar a respectiva decisão, de acordo com o disposto no n.º 20 do Despacho n.º 01/IH/2014, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 3, II Série, de 15 de Janeiro de 2014 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, cabe recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, à Presidente do Instituto de habitação, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública, Chan Wa Keong

29 de Abril de 2014

Anthony Lam diz que a associação está mais focada na sondagem sobre a comunidade “gay”

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 05

Susana Diniz*

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TRABALHADORES DOS CASINOS SOBRESSAÍRAM NOS PROTESTOS

Amargura do Jogo no 1º de Maio Sem registo de incidentes, o 1º de Maio voltou a ser marcado por manifestações que culminaram com a entrega de petições com várias reivindicações. Melhores condições de vida, habitação social e defesa do emprego para residentes estiveram na ordem do dia dos protestos, que reuniram sete associações de trabalhadores do jogo

A promoção da democra-cia e a reforma do siste-ma político juntaram-se

no 1º de Maio às habituais rei-vindicações dos trabalhadores pela melhoria das condições laborais e de vida, por mais ha-bitação pública e pelo combate à inflação. Segundo dados da Polícia de Segurança Pública (PSP), nos protestos deste ano participaram 1.000 pessoas e as autoridades destacaram 200 agentes para manter a ordem.

Dezoito associações marca-ram presença nos desfiles que partiram de cinco locais diferen-tes e com horários desencontra-dos: Alameda da Tranquilidade, Jardim do Mercado de Iao Hon, Jardim Triangular, Taipa e Largo Nam Van.

Entre as vozes de protesto, destacaram-se as preocupações dos trabalhadores do jogo, com quatro associações do sector a darem o mote logo de manhã, num desfile que mobilizou 31 carros e nove motociclos, com partida na Taipa. Queixaram-se da importação de mão-de-obra, defenderam a proibição total do fumo nos casinos e apelaram a sistemas justos de promoção nas empresas.

Essas reivindicações foram partilhadas pelas restantes asso-ciações do sector, que partiram da zona norte da cidade. Han Xiu Zhong, “croupier” no Ve-netian há um ano e meio disse ao JTM que decidiu sair à rua no 1º de Maio por “já não haver respeito pelos residentes perma-nentes”.

Para além disso, deseja a proibição total do fumo nos ca-sinos, bem como beneficiar do mesmo salário e benefícios con-cedidos por outras operadoras. “No Wynn recebem mais dois ordenados que nós. O nosso sa-lário não é mau, mas em compa-ração com os lucros dos casinos, penso que deveríamos ser me-lhor remunerados”, afirmou.

As várias associações exi-giram também que empregos como “croupiers” ou supervi-sores continuem a ser exclusi-vos de residentes permanentes. “Aceitamos a importação de trabalhadores, desde que pro-tejam os nossos postos de traba-lho”, referiu Lei Chan Kuan, da Associação de Empregados das Empresas de Jogo.

Para o deputado Au Kam San, que esteve no Jardim do Mercado de Iao Hon, o Executi-vo deve definir regras de impor-tação de mão-de-obra. “Nunca quisemos proibir trabalhadores de fora, mas as empresas de-veriam ter que apresentar um

plano muito claro de contratação e dizer quantas pessoas preci-sam”, disse ao JTM.

“Chamar a atenção do Governo”

Apesar de acreditar que as manifestações não irão alterar “muita coisa”, Au Kam San ad-vertiu que a adesão de 18 grupos “significa que os cidadãos estão cada vez mais a dar atenção à sociedade e não estão só foca-dos na vida própria”. “O mais importante da manifestação de hoje [ontem] é chamar a atenção do Governo para que este saiba quais os pontos que tem que me-lhorar”.

A Associação do Activismo para a Democracia também saiu à rua, exigindo reformas demo-cráticas no sistema político de Macau. “Queremos uma verda-deira democracia com sufrágio directo, entendemos que se o Chefe do Executivo continuar a ser nomeado, nunca vai chegar realmente à população porque, na verdade, não precisa dela”, disse um membro da associação que preferiu não indicar o nome.

Já Jason Chao, líder da Asso-ciação Novo Macau, deu ênfase ao direito à greve e uma lei sin-dical que permita a negociação colectiva. Ao JTM, Chao disse ter escolhido desfilar ao lado da

Associação Juventude Dinâmica por acreditar nos seus valores.

Por sua vez, Winkie Kuan, porta-voz da associação, exortou o Governo a ser “mais claro” e a não ter “segredos”. “O Executi-vo presta demasiada atenção à economia e não se preocupa ver-dadeiramente com os residen-tes, não proporcionando casas, transportes públicos e saúde de qualidade”, lamentou, acrescen-tando que a associação defende ainda a imposição de um limite ao número de pessoas que en-tram no território.

Pelas ruas de Macau des-filaram ainda outros grupos, incluindo ligados a operários e

a associação das famílias sepa-radas, composta sobretudo por idosos que pretendem que os fi-lhos sejam autorizados a fixar-se na RAEM.

Apesar de muitas das asso-ciações não terem inicialmente aceitado os trajectos impostos pela PSP, todas acabaram por acatar as ordens dos agentes quanto aos percursos. Sempre sem incidentes, todos os gru-pos entregaram petições na sede do Governo e alguns chegaram também à porta da Assembleia Legislativa, onde deixaram no-tas reivindicativas.

* Com Tang Yi

Sexta-feira, 02 de Maio de 201406 JTM | LOCAL

ATFPM juntou mil “desportistas”

A Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFPM) comemorou o Dia Mundial do Trabalhador com várias actividades desportivas que juntaram cerca de mil participantes. Futebol, ténis de mesa, badminton e corrida de 3.000 e 5.000 metros foram algumas das actividades realizadas. No final do dia teve lugar o tradicional jantar de confraternização no Restaurante Federal, no qual participaram cerca de 500 pessoas.

A.J.

Pedro André Santos

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CONCERTOS E DIVERSÃO NA PRAIA NO 1º DE MAIO

Época balnear levou milhares a Hac SáO primeiro dia de Maio, que marcou o início da época balnear, foi celebrado com festa e muita diversão em Hac Sá, com uma grande afluência de pessoas que assistiram aos concertos e participaram nos vários eventos ao longo da tarde

O sol esteve escondido mas tal não impediu que milhares de pessoas se tivessem desloca-

do à praia de Hac Sá no primeiro de Maio, que também assinalou o início da época balnear. Uns para assistirem aos concertos, outros simplesmente para aproveitarem a praia, onde de-correram várias actividades despor-tivas e de confraternização e camara-dagem. Se muitos ficaram entretidos a ver os artistas actuar, outros aven-turaram-se já no mar, para banhos ou voltas de barco e jet-ski.

“Vivo em Macau e sabia que neste feriado iam organizar estas festivi-dades na praia, e a minha filha gosta muito, por isso decidimos vir. Vimos a Hac Sá muitas vezes, mas é a minha primeira vez neste dia. Seria fantásti-co se fizessem mais eventos como este durante o Verão, tenho a certeza que as pessoas iam adorar”, disse ao JTM Matt Quinn, um norte-americano que vive em Macau há seis anos.

Como forma de aproveitar o cená-rio, Herman decidiu trazer a namo-

rada para um passeio tranquilo na praia, embora com mais gente do que o habitual, mas com motivo de ser. “Acho que este evento serve para ti-rar pessoas das manifestações [do Dia do Trabalhador], já que acabam por vir para aqui, por isso estão, de certa, forma ligados”, referiu.

Uma opinião, de resto, partilhada por Xenia, uma outra residente de Macau, considerando que “não é nor-mal ter um evento destes na praia”, já que habitualmente realizam-se em locais como “no Largo do Senado ou na Taipa, junto ao Estádio de Macau”.

No entanto, e polémicas à parte,

prefere aproveitar o ar puro e ver uma praia que apenas lamenta não ter me-lhores condições. “Gosto de passear junto ao mar, mas a praia não é muito boa para um evento deste tamanho. Fica muito suja e prejudica a nature-za, o Governo devia controlar mais em termos de higiene”, disse.

Mandy e Sandy são duas amigas que aproveitaram também o feriado para uma ida a Hac Sá. Desconhecem as razões dos protestos que marcaram o dia na Península, preferindo rela-xar e ouvir música na companhia dos amigos.

Movimento intensonas fronteiras

Ontem, os postos fronteiriços de Macau registaram um fluxo de entra-das e saídas que superou as 347 mil pessoas. No total, entraram no territó-rio cerca de 179 mil pessoas e saíram 167 mil. No primeiro dia da Semana Dourada, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) colocou em prática vá-rias medidas, incluindo o reforço dos trabalhos de fiscalização e inspecção nos principais pontos de atracção tu-rística e nos postos fronteiriços. Até ao próximo domingo, 4 de Maio, cin-co embaixadores do Turismo de Ma-cau e pessoal de apoio nos percursos turísticos irão fornecer informações e apresentações sobre as atracções turísticas, para além de distribuir brochuras dos diferentes roteiros tu-rísticos. Em conjunto com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas e a União Geral das Associa-ções dos Moradores de Macau, a DST lançou também um “Guia de Estabe-lecimentos de Restauração e Bebidas de Macau” com informações sobre os restaurantes que vão estar abertos neste período.

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 07

• • • BREVES

Arrendado lote para pensãona Almeida Ribeiro O Governo e a sociedade Fomento Predial e Desenvolvimento Dong Kin Cheong Limita-da celebraram um contrato de cedência do direito de propriedade de uma parcela e o domínio útil de outras quatro num terreno situado na Avenida de Almeida Ribeiro. O lote fica na Travessa da Cordoaria e foi con-cedido por arrendamento. Uma das parcelas, com uma área de 134 metros quadrados, está destinada à construção de um edifício que vai acolher uma pensão de duas estrelas. O despacho do Secretário para os Transportes e Obras Públicas publicado em Boletim Oficial refere que os terrenos em causa devem ser aproveitados para a construção de um edifí-cio de sete pisos, sendo um em cave.

Novos alvarás de táxisentre Agosto e NovembroO Governo lançou esta semana o novo con-curso para a atribuição, entre Agosto e No-vembro, de 200 novas licenças de táxis que serão válidas por oito anos, não prorrogá-veis. Até 29 de Maio os interessados podem apresentar propostas para a concessão das licenças que serão atribuídas aos valores mais elevados apresentados, tendo sido fi-xado em 200.000 patacas o valor mínimo de licitação do alvará que não pode ser trans-mitido a terceiros. Os titulares dos alvarás deverão usar veículos com lotação para qua-tro pessoas, bem como corresponder às nor-mas de emissão de gases de escape Euro IV ou superior.

Instituto de Gestão elege nova direcção até 2015O Instituto de Gestão de Macau (MMI, na sigla inglesa) elegeu os novos corpos sociais até 2015. Eddie Wong é o presidente da di-recção da qual também fazem parte, como membros, Peter Lam, Franklin Willemyns, Tommy Lau, José Tang, Winnie Fok, Chan Chak Mo, Albano Martins, Catherine Ng, Simone Ho, Paul Tse, Alex Mok, Raymond Bao e Keegan Cheang. A lista de consultores integra Liu Chak Wan e Chui Sai Cheong. O Instituto de Gestão de Macau é detido in-tegralmente pela Associação de Gestão de Macau (MMA, na siga inglesa).

Chui Sai On enaltece papel de HengqinO Chefe do Executivo pretende que Macau participe de “forma activa” no desenvolvi-mento de Hengqin, sublinhando o “impor-tante significado” que os projectos que estão a ser delineados para a zona tem no “desen-volvimento sustentável” do território. Chui Sai On justificou o pedido de mais terrenos feito ao Governo Central devido ao elevado número de empresas de Macau que preten-dem investir na Ilha da Montanha.

Ocupação hoteleiraaumentou 6% até MarçoMais de 2,6 milhões de pessoas, uma subida de 4% em termos anuais, ficaram alojadas nos estabelecimentos hoteleiros de Macau no primeiro trimestre do ano. A taxa média de ocupação foi de 86%, mais seis pontos percentuais do que há um ano. Dados ofi-ciais indicam que só no mês de Março o sec-tor acolheu 918.000 hóspedes, dos quais 57% ficaram alojados em hotéis de cinco estrelas. No final do primeiro trimestre estavam em actividade 99 hotéis e pensões com um to-tal de 28.000 quartos (menos 1%). Entre os quartos disponíveis, 18.000 integravam ho-téis de cinco estrelas, cerca de 66% do total.

PREÇOS SUBIRAM 12% NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Vendas de imóveis caem a piqueO número de transmissões de imóveis nos três primeiros meses deste ano caiu quase para metade, mas os preços por metro quadrado não param de subir. Coloane é a zona onde o metro quadrado é mais caro e onde são transaccionadas menos casas

O número de casas transaccionadas destinadas à habitação caiu cerca de 46% no primeiro trimestre deste ano mas isso não impediu os

preços médios por metro quadrado de aumentarem 12 por cento em relação a igual período de 2013.

Dados oficiais da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) baseados no imposto de selo dão conta que nos primeiros três meses de 2014 o número total de vendas de fracções de habitação foi de 636, enquanto em 2013 ultrapassou-se a marca das 1.176 transmissões. No que toca ao preço médio do metro quadrado, no primeiro trimestre deste ano situava-se em 77,9 mil patacas e um ano depois ultrapassa já as 88,06 mil patacas.

No mesmo período, a área média das habitações di-minuiu tendo passado dos 75,3 metros quadrados para os 72,3 metros quadrados.

Só no mês de Março, registaram-se 693 transmis-sões das fracções autónomas destinadas à habitação, menos de metade do que no mesmo mês do ano pas-sado quando foram transaccionadas 1.569 fracções. No mês em análise, o valor médio do preço do metro qua-drado das fracções transaccionadas fixou-se em 89.617 patacas, um pouco acima do verificado há um ano, quando o valor médio atingiu 88.097 patacas.

Uma das maiores diferenças registadas nos preços acontece nos edifícios em construção e nos edifícios construídos: nos imóveis já concluídos o preço médio por metro quadrado foi de 81.934 patacas, enquanto nas fracções em construção ascendeu a 137.762 patacas.

Ainda no mês de Março, na Taipa, o valor do metro quadrado subiu para as 96.229 patacas, num período em que se registou a transmissão de 121 fracções na ilha.

Coloane foi a zona mais cara por metro quadrado (106.125 patacas) e onde se transaccionaram menos casas (24).

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O Secretário para os Transpor-tes e Obras Públicas presidiu a uma reunião interdeparta-

mental com vários serviços sobre o plano de melhoramento da qualida-de do ambiente em Ká Hó. De acordo com uma nota oficial, Lau Si Io pediu aos serviços “para que implemen-tem, logo que possível, as acções”, nomeadamente, “exigir à fábrica de cimento e armazém de areias do ter-minal de contentores do Porto de Ká Hó que tome medidas eficazes, logo que possível, para reduzir a emissão de poluentes”.

No que respeita ao túnel, foi pe-dido à empresa concessionária “que continue a implementar medidas de mitigação e a monitorização ambien-tal, conforme o relatório de avaliação de impacto ambiental”.

Segundo o Executivo, foram “ins-taladas vedações que separam o es-taleiro e semáforos temporários para peões, com vista a assegurar as con-dições e o trânsito de peões da zona” e será acelerada a manutenção de es-tradas e reforçada a limpeza.

Na adjudicação para a construção do troço do túnel, o Governo reiterou que será exigida “a instalação de por-tas anti-explosivas, para minimizar os ruídos e dissipação de poeira”,

GOVERNO GARANTE FISCALIZAR MEDIDAS AMBIENTAIS

Ká Hó no topo das prioridadesO Governo garantiu que continua a implementar medidas para melhorar a qualidade do ambiente em Ká Hó, exigindo a vários serviços a fiscalização e execução dos planos, em especial, os previstos para a fábrica de cimento e terminal de contentores

André Jegundo

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GCS

bem como a instalação de aparelhos de monitorização e medição nas construções envolventes.

“No que toca à fábrica de cimen-to, a Direcção dos Serviços de Pro-tecção Ambiental e a Direcção dos Serviços de Economia têm vindo a destacar funcionários para efectuar inspecções ‘in loco’”. Segundo o co-municado, se for detectado algum problema na fábrica, esta “será infor-mada imediatamente da ocorrência para que tome medidas de melhoria no mais rápido possível”.

As medidas de curto prazo exigi-das à fábrica passam por processos para melhorar o descarregamento de materiais e o transporte de for-ma fechada, a proibição da sobre-carga no transporte dos materiais e exigência de que os veículos devem

ser completamente lavados, antes de sair do estabelecimento. Foi também pedido o reforço do sistema de as-persão de água e medidas para evi-tar a dissipação de poeira.

Cabe à Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água su-pervisionar o armazém de areias do Terminal de contentores do Porto de Ká Hó. “Actualmente o armazém está equipado de sistema de asper-são de água automática e de sistema para lavagem dos pneus de veículos, estando a ser efectuada diariamente a limpeza das vias de acesso ao ar-mazém”, refere a nota.

Já o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais “continua a acelerar a reparação e manutenção de estradas que está prevista para ser concluída no final deste ano”.

Fábrica de cimento usa tapete rolante para descarregar materiais de navio, reduzindo assim a poeira

Sexta-feira, 02 de Maio de 201408 JTM | LOCAL

FOI IMPEDIDA DE ENTRAR E RECUSOU VOLTAR À INDONÉSIA

Um mês a viver no AeroportoPoderá estar perto do fim o caso de uma cidadã indonésia que vive desde 1 de Abril no Aeroporto de Macau, após ter sido recusada a sua entrada no território

Uma mulher indonésia está a “viver” há cerca de um mês no terminal interna-

cional do Aeroporto de Macau depois da sua entrada ter sido negada pelas autoridades locais, revelou o “Macau Daily Times”.

De acordo com o jornal a mu-lher, de apelido Suwarni, como confirmado pelo Consulado in-donésio em Hong Kong, está há cerca de um mês na zona inter-nacional sem conseguir entrar na cidade e recusando regressar ao seu país.

Entretanto, as autoridades de Macau contactaram a represen-tação consular indonésia que, segundo fonte oficial contactada pela agência Lusa esteve reunida na quarta-feira com a cidadã in-donésia que terá aceitado regres-sar ao seu país.

“A senhora Suwarni chegou a Macau oriunda de Xangai”, disse a fonte contactada pela Lusa ao salientar que, “aparentemente, não tinha bilhete de regresso e não comprovou a sua capacida-de económica para permanecer como turista em Macau”.

A mesma fonte adiantou que Suwarni “dorme em quartos es-pecialmente preparados para os passageiros a quem não é admi-tida a entrada em Macau e que todas as refeições são suportadas pela Air Macau, a companhia que a transportou de Xangai até Ma-cau”.

“É uma situação normal em muitos aeroportos. Não posso neste momento revelar as razões da recusa de entrada, mas pode-mos dizer que a senhora Suwar-ni tem todas as condições para permanecer na zona internacio-nal dado que todas as suas des-pesas desde 1 de Abril, o dia em que chegou a Macau, estão a ser suportadas pela Air Macau que, inclusivamente, já tentou, sem su-cesso, repatriar para a Indonésia a passageira”, disse a fonte.

Com a reunião de quarta-feira a fonte contactada pela Lusa acre-dita que o caso “esteja perto do fim” embora se escuse a “dar ga-rantias já que a senhora Suwarni já recusou duas vezes o regresso à Indonésia sem qualquer custo”.

JTM/Lusa

FALTA DE DINHEIRO MOTIVOU ACORDO

Ladrão pagou 1.000 patacaspara ser “perseguido”Alegando dificuldades económicas, um residente ajudou um ladrão a fugir a troco de mil patacas

Tinha tudo para parecer mais um caso de assalto, não fosse o “bom samarita-no” que correu atrás do ladrão ser seu

cúmplice. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), uma

mulher de nacionalidade vietnamita de 36 anos foi assaltada por esticão, ficando sem a mala, que continha dinheiro e um fio de ouro.

Imediatamente após o assalto, um tran-seunte, residente na RAEM, ofereceu-se para a ajudar e desatou a correr atrás do ladrão. Algum tempo depois, regressou ao local do crime para informar a vítima de que não con-seguira apanhar o indivíduo.

No entanto, a PJ desconfiou das declara-ções do residente, trabalhador num casino, e interrogou-o sobre o caso, vindo a descobrir que, afinal, era cúmplice do ladrão. Apesar deste continuar a monte, na sua residência foi encontrado o fio de ouro da vítima, ava-liado em 12.800 patacas.

O seu cúmplice acabou por ser detido e confessou ter aceite 1.000 patacas para fingir a perseguição, devido a dificuldades finan-ceiras.

Apreendidas drogasavaliadas em meio milhão

Noutro caso, a PJ deteve dois homens por tráfico e consumo de droga, depois de uma

denúncia que apontava para a existência de tráfico num casino. Colocado sob vigilân-cia policial, um indivíduo oriundo da China Continental foi apanhado a vender estupefa-cientes na Rua de Londres a outro homem, de nacionalidade mongol.

Na revista aos dois indivíduos, foram en-contradas 5,39 gramas de “Ice”.

Já sob custódia policial, o homem suspei-to de ser traficante confessou ter comprado a droga apreendida por 4.000 patacas, porém, na sua moradia foram encontrados estupefa-cientes de valor muito superior.

A busca policial permitiu detectar 314,1 gramas de “Ice”, 23 comprimidos de magu e 8,4 gramas de outra droga que ainda está a ser analisada. As autoridades estimam que o valor total da apreensão rondará meio mi-lhão de patacas.

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CONSELHO DE PATRONOS

CONVOCATÓRIA Nos termos dos artigos 8º e 9º dos Estatutos, convoco os Senhores Patronos da Fundação Dom Belchior Carneiro para uma reunião no próximo dia 19 de Maio de 2014, pelas 18:00 horas, na sede da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, sita na Avenida Sidónio Pais, Edifício Jardim de Infância “D. José da da Costa Nunes”, com a seguinte

ORDEM DO DIA:

1. Eleição da Mesa Directora do Conselho dos Patronos 2. Admissão de novos Patronos;3. Eleição dos membros dos Conselho dos Curadores; e4. Outros Assuntos

Fundação D. Belchior Carneiro, em Macau, aos 28 de Abril de 2014.

O Presidente da Mesa Directora do Conselho dos Patronos,

H. Miguel de Senna Fernandes

Taxista com muito álcool a mais

Durante uma operação STOP na Avenida General Castelo Branco, a PSP interceptou um taxista com indícios de condução sob o efeito de álcool. O exame de alcoolemia acabou por revelar o extraordinário valor de 3,9 gramas de álcool por litro de sangue, muito acima do limite legal de 0,5. O residente, de 47 anos, foi condenado a pena suspensa de 18 meses e ficou inibido de conduzir durante dois anos.

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Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 09

• • • BREVES

BNU abriu agênciano Mercado de S. LourençoO BNU inaugurou uma agência no Mercado de São Lourenço, continuando assim a expandir a sua rede de serviços. Nos últimos 12 meses, o banco abriu quatro novas agências, estratégia que diz ser uma “prova de confiança” no desen-volvimento económico futuro de Macau. A ceri-mónia contou com a presença de Anselmo Teng, presidente da Autoridade Monetária, Lionel Leong, membro do Conselho Executivo, Vítor Sereno, cônsul de Portugal em Macau, Tina Ho, vice-directora geral da Câmara de Comércio de Macau, e Pedro Cardoso, presidente da Comis-são Executiva do BNU.

Aprovados 167 projectosde jovens empreendedoresO Governo já aprovou 167 das 310 candidaturas ao Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, lançado em Agosto de 2013, revelou o director dos Serviços de Economia. Segundo a Rádio Macau, Sou Tim Peng adiantou ainda que foi concluída a análise de 208 propostas envolven-do sobretudo as áreas da restauração, comércio a retalho, beleza, vestuário e lojas na internet. Alguns projectos foram chumbados por não cumprirem os requisitos exigidos ou falta de documentos. O plano contempla empréstimos sem juros até 300 mil patacas por candidatura e válidos por um máximo de oito anos.

Director da DSRT delegadopara a Canais BásicosO Chefe do Executivo nomeou Hoi Chi Leong como delegado do Governo junto da Canais de Televisão Básicos de Macau, S.A. A nomeação do director dos Ser-viços de Regulação de Telecomunicações é vá-lida para o período compreendido entre 22 de Abril de 2014 e 31 de Março de 2016.

Viaduto junto ao Aeroporto condicionado no sábadoO trânsito no viaduto em frente ao Aeroporto sofrerá condicionamentos a partir das 10:30 de sábado, devido aos trabalhos de elevação e mon-tagem do Metro Ligeiro na Avenida Wai Long. Na noite do mesmo dia, as obras obrigarão ao fecho temporário do troço em frente à Estação de Tratamento de Águas Residuais do Aero-porto. Por isso, entre as 22:30 e as 05:30, apenas poderão circular no viaduto veículos ligeiros em direcção ao átrio das partidas do Aeroporto ou ao parque de estacionamento situado a sul. Os veículos com mais de 8 metros de comprimento e os que circularem no sentido Pac On-Univer-sidade de Ciência e Tecnologia terão de passar pelo túnel da Av. Wai Long.

Serviços dos cemitérioscom novo balcão O balcão de prestação de serviços dos cemité-rios instalado no Posto de Atendimento e Infor-mação de Tói Sán, na Av. de Artur Tamagnini Barbosa, passará a funcionar a partir de hoje no rés-do-chão do edifício de apoio do cemitério de Nossa Senhora da Piedade, informou o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Entre 2ª e 5ª feira, o balcão funciona entre as 09:00 e as 13:00 e das 14:30 às 17:45. À sexta-feira, repete--se o horário, à excepção do fecho, marcado para as 17:30.

UNIVERSIDADE DE MACAU ORGANIZA EVENTO COM JÚRI EXTERNO QUE AVALIA DEPARTAMENTO

Dia do Portuguêscom convidados especiaisO Departamento de Português da Universidade de Macau vai ser avaliado na próxima semana por um júri externo que inclui elementos de instituições de Portugal, Brasil e EUA. Aproveitando a presença no território de profissionais de “recorte internacional” será organizada uma mesa redonda para celebrar o dia da Língua Portuguesa

Na próxima sexta-feira a Universidade de Ma-cau (UM) vai celebrar o Dia do Português com a participação de intelectuais de Portu-

gal, Brasil e Estados Unidos, que se deslocam à RAEM para fazer uma avaliação externa ao Departamento de Português daquela instituição de ensino. Depois de avaliarem o Departamento de Português, na quarta e quinta-feira, Helena Buesco, da Universidade de Lis-boa, Laura Cavalcante Padilho, da Universidade Flu-minense, e David Jackson, da Universidade de Yale, irão participar no dia seguinte numa mesa redonda que contará ainda com várias personalidades do terri-tório, disse ao JTM Fernanda Gil Costa.

“O Departamento de Português vai ter uma ava-liação externa a decorrer nos dias 7 e 8 de Maio e por ocasião dessa avaliação externa vão estar aqui em Ma-cau três professores de recorte internacional, digamos muito importantes no mundo da cultura portuguesa”, explicou ao JTM a directora do Departamento de Por-tuguês da UM, acrescentando que, este ano, o Dia do Português “foi pensado para aproveitar a presença destes intelectuais e professores prestigiados”.

A avaliação externa é um procedimento que costu-ma acontecer em todo mundo, tendo já Fernanda Gil Costa presenciado o mesmo processo quando estava na Universidade de Lisboa. Em Macau é a primeira vez que se realiza desde que passou a dirigir o Depar-tamento de Português, em Junho de 2012. “Quando cheguei fui avisada que tal ia decorrer meio ano de-pois, mas vai acontecer agora. Quando digo que tenho conhecimento que as coisas [em Macau] decorrem len-tamente posso dar este exemplo, na medida em que só agora foi possível concretizar a vinda da Comissão Externa para essa avaliação”, observou.

Inicialmente, estava prevista a apresentação de um relatório sobre o trabalho desenvolvido no De-partamento antes da vinda de Fernanda Gil Costa, mas como a marcação da avaliação se atrasou o do-

cumento vai incidir também sobre o seu primeiro ano como directora. “O relatório de auto-avaliação acabou por ser feito várias vezes e incluir também pelo menos o primeiro ano do período da minha vinda para Macau e designadamente um último ca-pítulo virado para o futuro, em que se equaciona o desenvolvimento do Departamento nos próximos três a cinco anos”, adiantou.

Tal como já tinha indicado em entrevista ao JTM, Fernanda Gil Costa sublinha que o futuro vai ter de passar pelo crescimento do Departamento de Por-tuguês de modo a conseguir dar uma resposta ao aumento substancial do interesse pela Língua de Camões.

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O 5º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraes-

truturas em Macau será “um ex-celente meio de ligação entre a China e os países de língua por-tuguesa”, disse a secretária-geral da Associação dos Construtores Civis Internacionais da China.

Para além de “desenvolvi-mento económico” que este tipo de evento traz para Macau, a sua realização permite “uma maior ligação da China com os paí-ses de língua portuguesa”, disse Yu Xiaohong. “Contamos com a presença de vários participantes oriundos dos países de língua

portuguesa”, afirmou ao especifi-car alguns países como Cabo Ver-de e Angola.

A secretária-geral explicou também que foram organizadas diversas acções entre a China e países de expressão portuguesa para que fosse possível “uma par-ticipação de sucesso”.

O fórum estará subordina-do ao tema “Interligação de in-fraestruturas proporciona nova dinâmica na cooperação interna-cional”, no qual serão estudadas matérias como as perspectivas e o planeamento da ligação regional de infraestruturas, as propostas de solução de financiamento e os

modelos de cooperação múltipla.O evento terá lugar entre 8 e

9 de Maio no Venetian Macau, e contará com a participação de dirigentes governamentais de 28 países e mais de 1.300 represen-tantes de instituições de todo o mundo.

Este Fórum foi criado pela As-sociação dos Construtores Civis Internacionais da China em 2010 e tem vindo a promover encon-tros anuais entre governantes e empresários do sector em Pequim e Macau que atraíram a participa-ção de mais de 4.000 delegados.

JTM com Lusa

FÓRUM DE INVESTIMENTO E INFRAESTRUTURAS JUNTA 28 PAÍSES

Mais uma ponte sino-lusófonaMais de 1.300 representantes de instituições de 28 países vão participar no Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, evento visto como uma sinergia entre a China e os países lusófonos

Fátima Almeida

Sexta-feira, 02 de Maio de 201410 JTM | LOCAL

AnúnciosConcurso Público para «TDM HD C BAND DSNG VAN»

1. Entidade que põe a obra a concurso: Teledifusão de Macau, S.A..2. Modalidade do concurso: Concurso público.3. Local de execução da obra: De acordo com a sugestão do concorrente.4. Objecto da empreitada: Construir um HD C BAND DSNG VAN, com 2,4 m para efeito da transmissão em directa dos programas noticiosos, desportivos e de entretenimento etc.5. Prazo máximo de execução: De acordo com a sugestão do concorrente.6. Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das propostas é de cento de oitenta dias, a contar

da data do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.

7. Tipo de empreitada: Por preço global.8. Caução provisória: MOP500,000.00 (quinhentas mil patacas), a prestar mediante

depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.

9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação. (a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais)

10. Preço base: Não há.11. Condições de admissão: Podem participar no concurso todas as sociedades comerciais ou

consórcios, constituídos ou a constituir. Essas entidades devem fornecer provas de que não estão em dívida de nenhum imposto, ao Governo da RAEM. Os concorrentes deverão ter capacidade e experiência de trabalho em design e instalação de sistemas do mesmo tipo ou semelhantes.

12. As propostas e os documentos que a instruem devem ser redigidos em Chinês, Português ou Inglês.13. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:

Local: Direcção Financeira e Administração, sita na Av. da Praia Grande n.º 429, Edf. Centro Comercial da Praia Grande, 24.º andar, Macau.

Dia e hora limite: Dia 22 de Maio de 2014, quinta-feira, até às 18horas.14. Local, dia e hora do acto público:

Local: Direcção Financeira e Administração, sita na Av. da Praia Grande n.º 429, Edf. Centro Comercial da Praia Grande, 24.º andar, Macau.

Dia e hora: Dia 23 de Maio de 2014, sexta-feira, até às 9,30horas Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes no acto público de abertura de propostas para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

15. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Através do site da TDM, http://www.tdm.com.moDia: A partir do dia deste anúncio até ao dia e hora do acto público do

concurso.16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:

— Preço razoável: 50%;— Plano de sugestão: 20%;— Plano de execução dos trabalhos : 10%;— Experiência profissional dos técnicos da firma em trabalhos congéneres: 20%.

17. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na Direcção Financeira e Administrativa, sita na Av. da Praia Grande n.º 429, Edf. Centro Comercial da Praia Grande, 24.º andar, Macau, a partir da data do acto público do concurso, inclusivé, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais, atráves do site da TDM.

Macau, dia 28 de Abril de 2014

Teledifusão de Macau, S.A.Presidente da Comissão Executiva

Manuel Gonçalves Pires Júnior

Liane Ferreira

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JTM

JORNALISTA DO WSJ DESTACA RISCOS DAS RESTRIÇÕES À MÃO-DE-OBRA E MESAS DE JOGO

Entre Governo e casinos “alguém terá de ceder”“Ventos de bonança” deverão continuar a fomentar o desenvolvimento do jogo em Macau, considera Kate O’Keeffe. Porém, a jornalista do “Wall Street Journal” que tem acompanhado o “boom” do sector alerta que, para sustentar esse crescimento, algumas políticas do Governo terão de mudar

Kate O’Keeffe, conhecida jornalista do “Wall Street Journal” voltou à RAEM para um pequeno-almoço

com membros da Associação Comercial França-Macau, durante o qual abordou o desenvolvimento do sector do jogo. Em declarações ao JTM, destacou os desafios inerentes à abertura de novos casinos no COTAI entre 2015 e 2017.

“Não vejo como é que algumas po-líticas do Governo local poderão conti-nuar em acção com todos os casinos a abrir ao mesmo tempo, especialmente no que diz respeito às restrições à mão--de-obra e ao número de mesas. Obvia-mente, alguém vai ter de ceder, não sei ao certo é quem”, disse.

Apesar de estar em causa um eleva-do número de casinos numa área peque-na, Kate O’Keeffe entende que “a longo prazo haverá capacidade [procura] para todos os empreendimentos, porque vão tentar destacar-se um dos outros e apelar a mercados diferentes”.

Para além disso, durante a apresen-tação no evento, afastou uma eventual saturação do mercado ao recordar que milhões de cidadãos da China Continen-tal ainda não tiveram oportunidade de vir ao território, havendo por isso a clara possibilidade de que “pessoas das classes

média e média-alta chinesa possam visi-tar Macau no futuro”.

Questionada pelo JTM sobre poten-ciais riscos ao crescimento das receitas dos casinos, Kate O’Keeffe traçou um cenário optimista. “Não vejo nada num futuro imediato que aponte para um abrandamento das receitas do jogo, por-que Macau tem sido muito resistente aos desafios, seja daqueles que surgem da economia chinesa ou da economia mun-dial”, salientou.

Notando que “há muitas teorias dife-

rentes” sobre aquilo que move o mercado do jogo no território, a jornalista referiu ainda que “o crescimento de Macau não está sincronizado com os indicadores eco-nómicos comuns”. De qualquer modo, destacou que o presidente da Sands Chi-na, Sheldon Adelson, está extremamente optimista quanto ao futuro e “até agora os casinos têm estado correctos”.

O único risco apontado poderá ser a aplicação de medidas reguladoras por parte dos EUA ou da China. Nesse con-texto, lembrou que os EUA estão preo-

cupados com os riscos de lavagem de dinheiro num mercado em que operam três operadoras norte-americanas.

O erro de “copiar” Macau Apesar disso, acredita que os “ventos

de bonança” irão continuar, mesmo com a abertura de casinos em países asiáticos. “Até agora tem havido mais oferta de casinos em Macau, o que tem resultado em mais ganhos e ainda há mais casinos programados”, afirmou, relembrando também que, até 2020, estão programa-dos investimentos avultados em infra--estruturas, casinos e planos para a Ilha da Montanha.

Ainda no domínio da concorrência re-gional, a jornalista apontou como um erro o facto de outras jurisdições pensarem que podem “copiar” o modelo de Macau, por este ter características muito específicas.

Usando Singapura como exemplo, Kate O’Keeffe recordou que não se con-firmaram as expectativas dos investido-res que esperavam um grande cresci-mento do Jogo na Cidade-Estado, devido aos problemas para atrair jogadores VIP, ao contrário do que sucede em Macau, onde os “junkets” “conhecem a indústria e onde ir buscar dinheiro”. Para além dis-so, “o Governo de Singapura tem sérias preocupações com o vício do jogo entre os seus cidadãos, pelo que o ambiente é muito diferente”.

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 11

Maria João é famosa pela sua entrega à investigação académica relacionada com a gastronomia macaense, como este jornal, em devido tempo, destacou. Aqui e agora, embora, necessariamente, se fale dos seus trabalhos sobre “petisquera saboroso di Macau”, a entrevistada, com apelido de ilustre família macaense, Santos Ferreira, e assumida “maria-rapaz” na adolescência, conta-nos algumas histórias com outros sabores, evoca velhas amizades, e apela maior atenção ao que considera o “desenvolvimento do turismo cultural e imaterial de Macau”

PERFIS DA NOSSA GENTE

Maria João Santos Ferreira:fortalecer as heranças culturais

Desta terra natal, segue com 16 anos para Lisboa onde comple-ta o liceu, primeiro no “Rainha

D. Leonor”, depois no D. Filipa de Len-castre, até seguir estudos superiores. A famosa “licença graciosa” dos pais – uma professora de Matemática e um professor de Educação Física - facilita-va este e outros tipos de opções que, bem aproveitados, podiam valorizar o conhecimento: “a minha irmã Fátima, estava lá, já com o curso liceal feito e no início do curso superior, foi a minha vez de também ficar, uma vez que em Macau não existia universidade”.

Inicialmente, quase tudo foi estra-nho: “desde logo o facto de vir de um liceu misto, raparigas e rapazes, como era o Liceu Nacional Infante D. Henri-que, para um ensino que separava os géneros, tinha controlo horrível, por parte das funcionárias, sobre as estu-dantes, até havia corredores por onde não podíamos passar, era exclusivo dos professores. Uma situação medonha, para mim, eram coisas de outro mun-do, principalmente no D. Leonor. No Filipa já foi um pouco melhor ou eu já estava mais calejada”.

Segunda de sete irmãos, Maria João formou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Os tempos não estavam fá-ceis para quem tivesse real vontade de estudar e nada mais.

“Viviam-se tempos de grande con-testação estudantil em 1968/69. As associações de estudantes agitavam tudo. Para mim, a questão política era um mundo novo, nem hoje me consi-dero muito politizada”. Recorda vários acontecimentos no âmbito universitá-rio: “Um dia, estava a estudar na Biblio-teca, um dos raros lugares mais sosse-gados, quando oiço um enorme sururu “vêm aí, vêm aí!!”. Fui espreitar, claro, era a polícia com os cães. Escondi-me numa casa de banho, onde ouvia os gri-tos. Só saí quando tudo serenou.

Entretanto, Maria João casa em Se-tembro de 1973, ainda antes de terminar o curso. Fez contas e concluiu que a sua primeira filha nasceria em plena época de exames. Optou por interromper os estudos: “Uma má decisão, pois com o 25 de Abril, aconteceram imensas pas-sagens administrativas”. Na sequência da revolução dos cravos, era tremenda a agitação académica: “estávamos nas aulas quase totalmente controlados por colegas, cheguei a ter disciplinas em que as notas eram votadas de bra-ço no ar, inclusivamente as decisões de passar ou chumbar. Muitos professores funcionavam como autênticos palha-ços, pois alguns era perseguidos. Uma vez, por ter sido operada ao nariz, faltei algum tempo a determinada disciplina. Já restabelecida, fui falar com a profes-sora, avisando que ía voltar às aulas;

respondeu-me que por ela tudo bem, mas tinha de pedir licença à turma. Ob-viamente recusei, eu estava tendo uma atitude civilizada e correcta, não podia tolerar que o meu aproveitamento de-pendesse de qualquer militância políti-ca ou partidária, ou mesmo de agrados pessoais”.

Primeiro emprego nos CTT, centro de documentação. Isso motivou uma série de cursos que a levou à posição de bibliotecária. Pelos finais de 1990, re-quisitada por Macau, para comissão de serviço como técnica superior. Começou por estar cerca de meio ano nos Serviços de Obras Públicas locais. Nas memó-rias, esta observação: “Achei tanta coisa diferente por aqui, desde 1966, quando fui para Portugal”. Embora esporadi-camente viesse a Macau de férias, não era, então, nítido o seu olhar sobre esta terra: “Foi um choque. Uma coisa é vir de férias, outra é vivermos cá. Senti algu-mas... digamos que fricções, por parte de várias pessoas. Não direi inveja, mas tal-vez um grande desconforto entre alguns macaenses - “então esta esteve tanto tem-po fora, e agora vem com uma categoria superior à nossa”. Lembro-me que disse a uma pessoa, olha, não tenho culpa de ter obtido um curso superior, não estou como funcionária do quadro local, quan-do terminar a comissão de serviço vou embora, não faço sombra a ninguém, nem a avaliação de serviço influencia a minha carreira em Portugal, até porque não sou funcionária publica, os CTT são

uma empresa pública, mas distanciada do quadro do funcionalismo”.

Algumas naturais diferenças de mentalidades e rotinas entre distintas comunidades de cá e de lá, reflexo de diferentes influências, acompanhando as mudanças políticas e administrati-vas, suscita algum grau de curiosida-de a Maria João, também do ponto de vista académico: “antropologicamente, poder ser um bom tema de estudo. A minha irmã Fátima, na minha ausên-cia guarda-me religiosamente todos os jornais de Macau que, quando volto, leio e recorto os artigos que interessam à minha área de estudo. Noto que hoje as pessoas se envolvem no bem comum, são mais participativas, têm a sua opi-nião”.

Nas Obras Públicas, Maria João notou aquilo a que chama “espartilho burocrático”, incluindo a aplicação da “lei dos cônjuges”, pois demorava de-masiado a colocação do marido, que em Portugal era director financeiro e admi-nistrativo de Filmes Castelo Lopes. “Em Macau vim encontrar rotinas muito di-ferentes e a que não estava habituada, a ponto de me sentir emigrante na minha própria terra”, recorda, hoje, de sorriso aberto, e à mesa de um café no centro de Macau, em mais uma das suas tem-poradas na região. Posteriormente tra-balhou no Fundo de Pensões até 1993, altura em que regressa aos CTT em Lisboa, na fase da “convulsão no auge, com a separação correios de um lado e

telecomunicações do outro, fui para as telecomunicações, mas em Dezembro desse ano rescindiram-me o contrato, como prenda de Natal”.

Intervalo de 10 anos “com trabalho, mas sem emprego”, em que várias coi-sas aconteceram, inclusivamente ficar viúva. Com a perda de documentação que provava as habilitações académi-cas, circunstância que, na época, preju-dicou bastantes pessoas, como é públi-co, teve de repetir nove cadeiras que já tinha ultrapassado.

Acompanhava à distancia o que su-cedia em Macau, através de telefone-mas e por cartas. Redes sociais ainda ninguém sabia o que viriam a ser tais coisas. Havia a vontade em conviver, criar dinâmicas. É quando uma ma-caense amiga, Virgínia Badaroco, tem a ideia da criação do PCB, Partido dos Comes e Bebes: “Duas ou três vezes por ano alugávamos o anexo da Casa de Macau, nas imediações do aeropor-to, fazendo lá as nossas confraterniza-ções onde cada um levava um petisco, quem não levasse contribuía com ajuda financeira. Era muito agradável, chegá-vamos a ser mais de 100 convivas. Hoje é um pouco diferente, marcamos um salão num restaurante que chega a ficar por nossa conta”.

Na leitura que Maria João Santos Ferreira faz destas tertúlias, “elas são alegres, recordamos histórias vividas por cada uma de nós, quando éramos mais novas, lembramos acontecimentos engraçados, mas também pessoas ami-gas que já partiram, mas permanecem na nossa melhor memória, enfim a vida em Macau por essa época. Pode ser que seja saudosismo”. Neste ponto. Evoca amizades, muitas delas com quem se encontra ciclicamente: “a Lurdes Ma-chado, o Roberto, a Regina Alves, o Ma-nuel Alves, o Zé Boiol, a Clara Azedo, a Leonor Xavier, as nossas tertúlias são sempre uma festa”.

Medida prioritária para Macau, menciona a necessidade de maior “in-cremento do turismo cultural e imate-rial, tentando fortalecer as pontes entre costumes e hábitos diferentes, afinal a maior herança cultural da minha que-rida terra. Destaco o contributo dado pelo Miguel Senna Fernandes e o Gru-po Dóci Papiaçám di Macau, para man-ter acesa uma certa cultura macaense, é um buraquinho que se tapa”.

Sempre assumindo com orgulho a condição macaense, Maria João sente--se dividida entre esta sua terra natal e Portugal, onde vive a maior parte do tempo. Sendo que é por Macau que se debruça com o maior afecto e com o maior empenho académico. Autora de dois livros sobre culinária de Macau, presentemente constrói a já mencio-nada tese “A Gastronomia no Turis-mo Cultural de Macau”, porventura caso único mundialmente, tendo como orientadora Inês de Ornellas e Castro.

*Radialista

Helder Fernando*

12 JTM | LOCAL Sexta-feira, 02 de Maio de 2014

Festival de Artes arranca hoje

O 25º Festival de Artes de Macau (FAM), organizado pelo Instituto Cultural (IC), arranca hoje à noite, na Praça do Tap Seac, com o “Concerto de Abertura do Jubileu de Prata”. O concerto, que é de entrada gratuita, está marcado para as 19:15 e estará a cargo da Orquestra de Macau e de várias associações musicais locais. No primeiro dia da abertura das bilheteiras para a edição deste ano, foram vendidos 7.200 bilhetes e alguns espectáculos esgotaram. De acordo com o IC, cerca de 50% dos bilhetes do festival foram vendidos nos primeiros dois dias. A peça de teatro “A importância de se chamar Ernesto”, “Animare” e “Imagine Toi” foram alguns dos espectáculos que esgotaram. O Festival prolonga-se até ao dia 6 de Junho, oferecendo mais de 200 espectáculos e actividades.

Nos últimos dois meses, a Escola Portuguesa tem acolhido os ensaios nocturnos do grupo “Dóci Papiaçám”, que estreia na próxima semana um novo espectáculo no Festival de Artes de Macau. “Vivo na Únde?” (Casa de Sonho?), é uma sátira ao problema “asfixiante” da habitação em Macau que está a deixar muitas pessoas com a “corda no pescoço”. O JTM acompanhou um ensaio do grupo que neste espectáculo vai apresentar um dos maiores elencos de sempre

DÓCI PAPIAÇÁM DI MACAU ESTREIA NOVA PEÇA NO FESTIVAL DE ARTES

Rir com a corda da habitação ao pescoço

André Jegundo

Um macaense que cresceu em Portugal de-cide voltar ao território para relançar-se na vida. Começa a procurar um lugar para

ficar mas a busca por uma casa de sonho transfor-ma-se, afinal, num pesadelo. A história pode soar familiar mas o propósito dos “Dóci Papiaçám”, explica o director da companhia, Miguel de Sen-na Fernandes, é “divertir o público” com um dos temas “mais sérios” do momento: a habitação. “Vivo na Únde?” é o título da nova produção da companhia que sobe ao palco, dentro de uma se-mana, no Centro Cultural de Macau.

“’Vivo na Únde?’ é a pergunta que muitos fa-zem hoje em dia em Macau. É essa angústia, esse lamento que quisemos transmitir: onde vamos vi-ver? Onde está a nossa casa de sonho?”, questio-na Miguel de Senna Fernandes, momentos antes de iniciar mais um ensaio na Escola Portuguesa. Tem sido ali, nos últimos dois meses, que o grupo vem ensaiado quase diariamente a nova produ-ção que contará com 14 elementos, um dos maio-res elencos de sempre.

Leon Lu, natural de Macau e com nacionali-dade chinesa, participa desde 2003 nas peças do grupo. Antes tinha estado ligado a outros grupos de teatro chineses do território até que, através de um amigo, conheceu os “Dóci Papiaçám”. Nos ensaios fala-se Patuá, Português e Cantonense, e todos os elementos arranjam forma de comunicar uns com os outros. Leon Lu apenas percebe algu-mas palavras do crioulo macaense e quase nada de português. “Gosto muito de representar e este grupo é muito divertido. Nas peças, assumo mui-to vezes o papel de chinês do Continente que en-tra em conflito com a população local, que é uma parte da realidade social de Macau”, explica, em inglês. Nesta peça descreve a personagem como um “trapaceiro” que vai fazer fortuna a especular com os preços das habitações.

Uma sociedade em “transformação profunda”Nos últimos sete anos, conta Miguel de Senna

Fernandes, houve uma “mudança grande” das peças da companhia, que passou a assumir um estilo de “sátira social mais vincada e contun-dente”, que visa “situações e temas sérios” e não tanto “pessoas”. “O nosso propósito não é fazer disto o supra-sumo de uma manifestação cultu-ral. Rirmo-nos dos nossos problemas já nos basta e é muito saudável”, acrescenta Sérgio Perez, res-ponsável pela produção dos “sketches” em vídeo que vão pontuar a apresentação teatral.

O problema da habitação, diz Miguel de Senna Fernandes, sempre existiu em Macau mas é mais grave hoje em dia pelos preços galopantes e pelos contratos de arrendamento que, de dois em dois anos, “colocam as pessoas com a corda ao pesco-

ço”. “A sensação que as pessoas têm hoje em dia é de viverem permanentemente em casa de ou-tros. Nunca chegam verdadeiramente a sentir-se em casa, porque sabem que não é ali que poderão fazer a sua vida, de uma forma estável e dura-doura”, afirma, acrescentando que chegará uma altura em que a “situação se vai tornar insupor-tável e em que o sistema vai reagir e rebentar”.

A habitação não é o único tema da peça, que procura retratar os problemas de uma sociedade que está a passar por um “processo de transfor-mação profundo”. “Há temas como o emprego, por exemplo. Trabalho há muito em Macau mas empregos condignos nem sempre. Por outro lado, Macau sempre foi um lugar de cunhas e conheci-mentos, hoje ainda mais. É também um sítio de dinheiro fácil onde existe um certo novo-riquismo e onde as pessoas honestas por vezes não conse-guem o que mereciam”, refere.

Os textos, que são escritos pelo director do grupo, nascem de “apontamentos e ideias” que começam a ser “enxertados” quando chega o momento de escrever a história. Muitas vezes esta acaba por “ganhar vida própria”, seguindo por caminhos “não esperados”. É durante en-saios que muitas das situações de comédia são “apuradas”. “Espontaneamente as pessoas vão improvisando e naturalmente surgem situações que provocam o riso. Quando algo acontece des-se género acontece, sabemos que vai funcionar”, refere Miguel de Senna Fernandes, que não se cansa de dar indicações.

Apesar de todos serem voluntários, Sérgio Pe-rez elogia o “espírito de sacrifício” e o “talento para a improvisação” de todos os elementos do grupo. “O amadorismo destas pessoas é de um profissionalismo notável, têm um talento natural para a representação”, refere.

Vítor Lau, 19 anos, é um dos elementos mais novos da companhia. Já tinha participado na peça anterior mas esta é a primeira vez que tem um papel de maior dimensão. É nos “Dóci Pa-piaçám” que tem aprendido muito do Patuá que sabe e que lhe começou a ser ensinado pela avó. “Hoje em dia entre os jovens macaenses já não é falado. Eu sei um pouco e ainda utilizo algumas palavras, sobretudo em situações de brincadeira com os meus amigos”, conta.

Quanto aos “sketches” em vídeo que vão in-tercalar a representação teatral estão “guardados nos segredos dos deuses até ao dia da estreia”, refere Sérgio Perez. “Filmámos um pouco por toda a parte em Macau, interiores e exteriores. O que posso desvendar é que a ideia que qui-semos transmitir é a seguinte: e se acontecesse uma grande produção cinematográfica em Ma-cau, como seria?”, desvenda.

A peça sobe ao palco nos próximos dias 10 e 11 no Grande Auditório do Centro Cultural de Ma-cau e os bilhetes custam entre 80 e 150 patacas.

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 13

DÓCI PAPIAÇÁM DI MACAU ESTREIA NOVA PEÇA NO FESTIVAL DE ARTES

Rir com a corda da habitação ao pescoço

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Fátima Almeida

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NOVA ASSOCIAÇÃO APOSTA NO INTERCÂMBIO CULTURAL

Divulgar Cabo Verde com “coração”A Associação para a Divulgação da Cultura Cabo-verdiana realizou o primeiro evento na quarta-feira com uma mostra de pintura e um concerto que juntou diferentes nacionalidades em palco. Para estreitar o intercâmbio está a criar pontes com os alunos de Cabo Verde que estudam no Continente chinês

Começa com um “núcleo duro” de 12 pessoas que partilham o amor por Cabo Verde, mas pretende

crescer na China, através da colaboração de alunos do país que estudam no gigan-te asiático. A Associação para a Divulga-ção da Cultura Cabo-Verdiana (ADCC) realizou o primeiro evento na quarta--feira com uma mostra de pintura intitu-lada “Raízes” e um concerto que juntou em palco várias nacionalidades, na Casa Garden.

Sotaques diferentes cantaram a mor-na, um genérico musical do país. “Faze-mos uma Tocatina com alguns amigos de várias nacionalidades, italianas, chineses, franceses e cabo-verdianos. Pô-los todos a tocar música de Cabo Verde”, referiu Humberto Évora, que preside à ADCC notando que o grupo está aberto a pes-soas que trabalham com o coração. “Não estamos à procura de inscrições com pas-saporte”, frisou.

O intercâmbio cultural é uma das vertentes que a associação, fundada no início do mês passado, quer desenvolver, não ficando apenas por Macau. “Preten-demos divulgar a cultura cabo-verdiana não só em Macau mas também na China,

(...), há esse aspecto adicional, que é um pouco diferente das outras associações que pretendem ficar só por Macau”, ex-plicou Humberto Évora.

Embora a trabalhar apenas há algu-mas semanas, a associação já encetou contactos com o Continente chinês para que os alunos cabo-verdianos a estudar neste lado do mundo tomem conheci-mento desta nova ponte de intercâmbio. “O que fizermos será em contacto e com a colaboração das comunidades cabo-ver-dianas. Já estabelecemos alguns contactos com cabo-verdianos que estão na China”, indicou Humberto Évora.

O número de alunos cabo-verdianos a estudar na China cresceu significativa-

mente nos últimos anos, bem como as re-lações diplomáticas e comerciais entre os dois países. “Neste momento estão cerca de 200 cabo-verdianos a estudar na Chi-na. Há alguns anos era um número redu-zido, talvez de 20, e de repente passou a 200. Só agora, foram colocadas à disposi-ção cerca de 50 bolsas de estudo”, exem-plificou o mesmo responsável.

Também em Cabo Verde a China tem edificado algumas obras. “Em Cabo Ver-de já existem relações de intercâmbio cultural com a China. Há várias obras estruturais que foram feitas pela China e também resultantes do intercâmbio uni-versitário”, referiu.

A associação iniciou as suas activida-

des com música e pintura, mas pretende ir muito mais além, uma vez que a maté-ria cultural do país é vasta, assim como o potencial das relações com a China. “Queremos mostrar que a cultura não é só pintura ou música (...). Cabo Verde é muito diversificado, podemos passar pela cerâmica, tecelagem, falar da lite-ratura – e quem está por dentro percebe que Cabo Verde tem uma literatura que é considerada das mais ricas da África lusófona. E podemos também falar na gastronomia”, elencou.

Para já, é possível visitar na Casa Gar-den uma série de quadros de pintores ca-bo-verdianos residentes em Macau, que cederam as suas obras para exposição e através das telas dar a conhecer mais da cultura cabo-verdiana. Estão expostas obras de Miguel Levy, David Levi Lima, Mito Elias, que têm estilos diferentes.

A Tocatina, por Humberto Évora e Amigos, levou a música às muitas pes-soas que decidiram juntar-se ao evento inaugural da ADCC, mostrando que a cultura se enraíza em vozes e nacionali-dades distintas. “Nós somos uma asso-ciação de gente que trabalha para Cabo Verde, por isso digo que o lema é: mais do que ter nascido em Cabo Verde, é preciso ter Cabo Verde no Coração. Pre-firo gente que tenha amor e que goste de Cabo-verde”, rematou Humberto Évora.

Humberto Évora diz que associação não procura “inscrições com passaporte”

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LOCAL 15

Os “encarnados” colocam à prova a liderança e o Ka I joga o “quase tudo ou nada” na questão do título. Sporting e Monte Carlo à espreita da recuperação

LIGA DE ELITE DO FUTEBOL DE MACAU

Benfica defronta Ka I em jogo de “alto risco”

Vítor Rebelo

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II Divisão

HojeHong Ngai-Pau Peng (19:00)

AmanhãChuac Lun-Hong Nam (15:00)Hong Lok-Man Fung Hong (17:00)

DomingoCasa de Portugal-Alfândega (15:00)Roma-Sub-18 (17:00)

Jogos no Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia

Liga de Elite - 10ª Jornada

Amanhã Benfica-Ka I (17:30)Chau Pak Kei-Kei Lun (19:30)

Domingo Monte Carlo-Polícia (17:30)Sub-23-Sporting (19:30)Folga o Lai Chi

Jogos no Estádio da Taipa

Está de regresso a Liga de Elite do futebol de Macau, depois de uma semana de interregno, e voltam os “jogos grandes” para se começar a

definir a questão do título.A décima jornada oferece um escaldante Benfica-

-Ka I, agendado para a tarde de amanhã, com uma maior necessidade de vencer para os comandados de Chan Man Kin, que se encontram nesta altura a sete pontos das “águias”, embora com menos uma partida realizada.

Daí este jogo ser de enorme importância para as aspirações dos dois lados, ainda que com maior grau de risco para o Ka I, que em caso de derrota dirá pro-vavelmente adeus ao primeiro lugar no campeonato.

A equipa patrocinada há alguns anos pela Windsor Arch, perdeu na primeira volta face ao Monte Carlo e empatou diante de Benfica, Polícia e Sporting.

São já muitos pontos desperdiçados para um clube que era (ou ainda é) considerado um sério candidato ao título.

A segunda volta do Ka I terá de ser totalmente di-ferente, se quiser manter as aspirações.

Nada melhor do que provar as qualidades do plantel neste desafio face ao Benfica, por muitos con-siderado o mais forte candidato a suceder ao Monte Carlo como campeão de Macau.

Os “encarnados” de Adilson Silva, Bruno Figuei-redo, Christopher Nwaurou, não podem perder esta oportunidade, mas do outro lado os pupilos de Bruno Álvares sabem que, em caso de vitória, podem dis-tanciar-se do seu “incómodo” adversário, tentando arrancar para uma segunda volta igual à da época passada, na qual não deixaram cair um único ponto.

“Esperemos que isso volte a acontecer, mas esta-mos conscientes de que não somos invencíveis. Te-mos tentado desenvolver a equipa para repetir essa segunda volta do ano passado, estamos moralizados e queremos ganhar estes jogos de maior dificuldade e que podem ser decisivos”, começou por dizer ao JTM, o treinador do Benfica.

Exigência diferente

O “onze” de Bruno Álvares ainda não desperdiçou pontos desde o regresso a Macau do jovem técnico, mas este será certamente um desafio de “alto risco”, um verdadeiro teste às capacidades de Filipe Duarte, Cuco, Bruno Martinho e companhia.

“Julgo que o campeonato vai ser decidido mesmo no fim, mas olhando para este ciclo da minha equi-pa, que joga agora com o Ka I e depois com o Monte Carlo, a exigência é diferente dos outros. Gostamos de jogar estes jogos, embora sabendo que do outro lado o adversário nos vai criar dificuldades”.

Bruno considera que o Ka I tem um excelente plan-tel e que irá fazer melhor na segunda volta do que fez na primeira.

“Individualmente eles são todos muito bons, des-de a experiência de Adilson Silva, à visão de jogo do Chris (Christopher Nwaorou), passando pelo dese-quilíbrio de Alison e Carlos (Reginaldo) ou pela segu-rança na defesa de Gustavo Xavier. Para além disso há

os locais que são fortes. Por isso teremos de continuar a potencializar em campo o trabalho que temos desen-volvido. Vamos procurar anular o jogo do adversário”

O Benfica tem apenas indisponível Lei Kam Hong, lesionado com certa gravidade no joelho, que poucas hipóteses terá de voltar a jogar esta temporada.

Sem nada a perder

Do lado do Ka I, não há castigados nem lesiona-dos e a equipa, segundo Bruno Figueiredo, está agora bem mais sólida do que na primeira volta. “O Ka I tem jogadores muito bons, só que eu acho que alguns estavam a actuar em posições diferentes das suas ca-racterísticas, podemos dizer em posições erradas. Nós conversámos em família e tudo ficou acertado para que o treinador possa decidir melhor para esta segun-da volta, que nós esperamos seja bem superior à pri-meira”, salientou.

O médio brasileiro, já com alguma experiência do futebol de Macau, reconhece que este praticamente é um jogo de vida ou de morte. “Não temos nada a per-der e vamos para cima deles, claro que sem desguar-necer a defesa, mas temos de atacar e ganhar o jogo. O empate poderá ainda servir, só que temos de pensar unicamente na vitória. Se ganharmos então isso ser-virá de alavanca para o futuro do campeonato, dará uma alavancada nas nossas ambições.”

Estão assim lançados os dados para mais um bom espectáculo no Estádio da Taipa, numa jornada em que o Monte Carlo tentará levantar a moral, depois da

derrota pesada face ao Sporting.Só que os “canarinhos” estão longe de ter o ad-

versário ideal para acalmar a equipa, uma vez que defrontam a sempre complicada formação do Grupo Desportivo da Polícia, com quem curiosamente empa-taram na primeira volta.

O conjunto de William Chu está a três pontos do líder Benfica e deixou-se ultrapassar pelo Sporting, pelo que tem absoluta necessidade de vencer este seu adversário, até porque nada está perdido no que diz respeito à luta pela revalidação.

Neste fim-de-semana o Sporting tem um “jogo--treino” face aos Sub-23 e deverá provar que está de pedra e cal entre os da frente.

Casa de Portugal

com adversário forteNo que diz respeito à II Divisão, a superioridade

da Casa de Portugal vai ser testada no confronto com o segundo classificado, Serviços de Alfândega.

A equipa de Pelé e Osvaldo tem quarto pontos so-bre o seu rival e em caso de vitória ficará mais folgada no topo da tabela, pensando ainda mais a sério na su-bida de escalão.

“É de facto um jogo muito importante para nós e que nos dará, se ganharmos, mais esperanças de atin-gir os nossos objectivos”, disse o técnico do “onze” de matriz portuguesa, que se apresentará desfalcado de alguns jogadores influentes, como são os casos de Nicholas Friedman, Jean Peres, Eric Peres e Pinheiro.

Papatudo qualificado

Noutros escalões, IV Divisão, o Papatudo venceu pela terceira vez consecutiva e garantiu a qualificação para a fase eliminatória da competição, apesar de ter ainda um desafio por realizar no seu grupo.

A equipa de Agostinho Caetano derrotou o Kan Fong por 4-0, com golos de Pedro Ribeiro e Castro, Helder Beja, David Lopes e João Godinho.

Pior sorte para o Sporting de Matos, segunda for-mação da Casa de Portugal, que perdeu por 3-1 com Hak Chan Chui.

Também na prova, o Sport Comércio e Bigodes, tem, em três jornadas realizadas, uma vitória, um em-pate e uma derrota.

Precisa de vencer o próximo desafio por margem algo dilatada para seguir em frente.

Benfica e Ka I dividiram pontos no jogo da primeira volta

Sexta-feira, 02 de Maio de 201416 JTM | DESPORTO

Pedro André Santos*

COMPETIÇÕES EUROPEIAS

Domínio latino na elite do futebolO Atlético de Madrid ultrapassou o Chelsea na segunda meia-final da Liga dos Campeões, marcando encontro no derradeiro encontro frente ao rival da cidade, o Real Madrid. Na Liga Europa, como já se sabia desde o sorteio das meias-finais, estará também um finalista espanhol

Atlético de Madrid garantiu a se-gunda final da Liga dos Cam-peões da sua história, a primeira

em 40 anos, após bater o Chelsea, por 3-1, em Stamford Bridge. Depois do nulo da primeira mão das “meias” na capital es-panhola, o Atlético de Madrid fez histó-ria em Londres ao vencer pela primeira vez no terreno dos “blues”.

Na grande final, que será disputada em Lisboa, os “colchoneros” irão encon-trar o outro grande emblema de Madrid, o Real, que no dia anterior tinha “esma-gado” o Bayern Munique, na Alemanha, com quatro golos sem resposta.

Se na “Champions” já se sabe que o grande vencedor será um conjunto espa-nhol, na Liga Europa essa possibilidade é de 50 por cento, já que, Sevilha ou Va-lência, um deles estará na final (partidas já disputadas depois do fecho desta edi-ção). Do outro confronto, entre Benfica e Juventus, será o outro finalista, demons-trando o domínio latino na elite do fute-bol este ano.

Simeone ultrapassa MourinhoCom Diego Simeone ao “leme”, os

“colchoneros” têm sido a grande reve-lação este ano no universo do futebol.

Na liga espanhola seguem em primeiro, deixando para segundo plano os podero-sos Real Madrid e o Barcelona. Na Liga dos Campeões têm também vindo a sur-preender, chegando agora à final depois de vencerem em Inglaterra.

Fernando Torres ainda “traiu” o “seu” Atlético de Madrid (foi formado e repre-sentou o clube durante quase uma déca-da) aos 36 minutos, quando colocou os “blues” em vantagem, mas os “colchone-ros” empataram ainda antes do intervalo,

através de Adrian Lopez.No arranque da segunda parte, Eto’o

foi a aposta de José Mourinho, mas o avançado camaronês acabou por prota-gonizar um dos lances determinantes do jogo e que, praticamente, “enterrou” as possibilidades do Chelsea. Aos 60 minu-tos, numa altura em que o Chelsea pro-curava recolocar-se em vantagem, Eto’o cometeu desnecessariamente uma falta sobre Diego Costa punida com grande penalidade, que próprio hispano-brasi-leiro converteu com sucesso, reforçando a vantagem do Atlético Madrid.

Segundos depois, num lance em que a sorte protegeu o Atlético, David Luiz acertou com estrondo no poste e a bola saiu por cima da barra depois de bater ca-prichosamente no guarda-redes Thibaut Courtois.

Não empatou o Chelsea, resolveu a eliminatória o Atlético Madrid. Num lan-ce iniciado por Tiago, Ardan Turan apa-receu à vontade na área dos londrinos e, com tempo para tudo, primeiro acertou na barra e depois, no ressalto, encerrou definitivamente a meia-final e “gelou” Stamford Bridge, aos 72 minutos.

O Chelsea nunca mais se levantou e nem tentou aquilo que seria o quase impossível, marcar três golos em pouco mais de um quarto de hora.

*com agências

Atlético de Madrid venceu Chelsea e joga final da “Champions” com o Real Madrid

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | DESPORTO 17

BARÓMETRO DA LIGA

Classificação

Marreiros “centenário” Victor Marreiros voltou a estar em destaque na última ron-da do “Barómetro”, conseguindo distanciar-se do segundo lugar e alcançar 100 pontos. Para além de se lançar para a conquista do campeonato das previsões do JTM, foi tam-bém um momento “histórico” nas edições da competição, já que foi a primeira vez que um dos participantes atingiu tal pontuação. Para a próxima jornada, a divergência em termos de palpites não difere muito, com excepção para a partida entre o Sporting e o Nacional, que mereceu uma “tripla” por parte dos concorrentes, e também no Sporting de Braga contra o Marítimo. Um empate do FC Porto em Olhão será benéfico para Hélder Fernando, o único a acre-ditar num “tropeção” dos “dragões” no campo do “lanterna vermelha”. Helena

Brandão

77

HélderFernando

81

VictorMarreiros

100

GuiomarPedruco

91

SandraBártolo

93

Marquesda Silva

84

IsaManhão

89

AntónioDias Azedo

88

PalpiteJTM

89

LIGA PORTUGUESA

Leão “atravessado” com madeirensesO Sporting joga amanhã na Madeira, frente ao Nacional, uma partida de grau elevado para o conjunto leonino, que irá tentar “vingar-se” do jogo em casa na primeira volta. Benfica e FC Porto têm confrontos teoricamente mais acessíveis, frente a Vitória de Setúbal e Olhanense, respectivamente

Pedro André Santos

Sai Fernando, entra Ghazal

Manchester City e Fernando, do FC Porto, já terão apalavrado um contrato para a próxima temporada. A imprensa portuguesa avança que o médio dos “dragões” vai mesmo ser transferido para o clube inglês, e que o egípcio Ghazal, do Nacional da Madeira, foi o escolhido para preencher a vaga. O presidente do clube madeirense pede cinco milhões pelo passe do influente médio defensivo, mas existe a possibilidade do clube azul-e-branco incluir jogadores para baixar o valor da transferência.

Foi uma partida em que “travou” uma série de vitórias do Sporting, e que custou dois pontos que ainda

colocariam a formação leonina na luta pelo título. Na primeira volta, no Está-dio de Alvalade, Sporting e Nacional da Madeira empataram a zero, um jogo que indignou o conjunto leonino devido à arbitragem. Em causa esteve um lan-ce em que Slimani introduziu a bola na baliza adversária, que acabou anulado, por uma suposta falta sobre um defesa madeirense que não aconteceu.

Com a Liga dos Campeões garanti-da para o Sporting e a Liga Europa para o Nacional, este será apenas um jogo para cumprir calendário, no que con-

cerne à tabela classificativa, mas que terá essa aliciante extra de uma peque-na “vingança” para os “leões”.

Apesar de estar numa grande fase, a formação orientada por Leonardo Jar-dim não deverá ter vida fácil na Madei-ra, um conjunto particularmente difícil a jogar no seu estádio, e que certamente irá também ter uma palavra a dizer nes-te desafio.

Com o campeonato já garantido, o Benfica recebe o Vitória de Setúbal que também já garantiu a manutenção, po-dendo Jorge Jesus aproveitar para rodar alguns dos jogadores menos utilizados e até promover algumas estreias, que ficarão assim com o título de campeões.

O FC Porto anseia rapidamente pelo final de uma temporada que tem sido desastrosa, sem qualquer título alcan-çado, e “apenas” com um acesso à pré-

-eliminatória da Liga dos Campeões. Os “dragões” jogam do terreno do Olhanense, o actual “lanterna verme-lha”, que terá obrigatoriamente de ven-cer para sonhar com a permanência no principal escalão do futebol português.

Haverá ainda nesta jornada um duelo interessante entre o Sporting de

Braga e o Marítimo. Os dois clubes al-mejavam o tão desejado quinto lugar, que garante acesso à Liga Europa, mas foi o Nacional a levar a melhor nesta corrida. Em todo o caso, a partida, que será disputada no Minho, deverá pro-porcionar um bom espectáculo de fute-bol entre dois conjuntos de valor.

Olhanensevs FC Porto

0-2 2-0 1-2

Benficavs Setúbal

Nacionalvs Sporting

0-2 2-0 1-1

0-1 2-1 0-1

0-1 3-0 1-1

0-3 2-0 0-1

0-1 3-0 0-2

0-1 3-1 2-1

1-1 3-0 2-3

1-2 2-0 1-2

2-1

Sp. Bragavs Marítimo

1-0

0-0

0-1

1-0

1-1

2-1

1-1

1-1

Sporting e Nacional empataram a zero na primeira volta

Sexta-feira, 02 de Maio de 201418 JTM | ROTEIRO

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Barcelona vs Getafe

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | ACTUAL 19

Chega-me a notícia da publicação dos mais recentes escritos do Reverendo Desmond Tutu, The Book of Forgiving. Fo-

lheio agora as suas páginas, na versão digital.O texto é uma espécie de “método do saber

perdoar”, como forma de erradicação dos con-flitos onde eles persistem: dentro de cada um de nós, a nível individual e colectivo.

E trata-se de uma reflexão, a partir dos tra-balhos da Comissão Verdade e Reconciliação, a que Tutu presidiu, no quadro das tentativas de Mandela de sarar as feridas do Apartheid.

E de promover a paz social num país frac-turado, estabelecendo pontes entre as duas co-munidades, a maioria negra e a minoria branca, cuja relação histórica, de oprimido-opressor, es-tava consagrada na lei.

******Específico terá sido o fenómeno da violência

na África do Sul. Mas, de forma mais geral, a sua expressão colectiva está inscrita como um dos motores da História.

Pela violência se construíram impérios e se expandiram culturas e civilizações.

E pela violência se divulgaram até religiões, destinadas por definição a promover a paz e a concórdia entre todos!

Basta de facto passar, a correr, as páginas e as épocas de um sofrível compêndio de Histó-ria universal, para se ter consciência de que o homem foi deixando um rasto de destruição e morte, no decurso dos séculos, em todas as re-giões do planeta, sem excepção.

E é tanto assim que não é possível conceber a existência das comunidades humanas sem um contexto de violência que paradoxalmente as mantém coesas, com receio do inimigo ex-terno...

******Do mesmo modo que o século XX foi o mais

violento da História - tendo como centro da constelação de conflitos, à escala global, duas guerras mundiais de terríveis consequências - nunca houve época, como o século passado, em que tanto se tenha estudado o modo de pre-venir conflitos. E de os terminar rapidamente, quando não é possível evitá-los.

Disciplinas como a Polemologia estudam as causas políticas, económicas e sociais das guer-ras e as suas consequências.

Enquanto no foro clínico, os actores e as ví-timas anónimas de todos os conflitos - militares e civis - são objecto de terapêuticas as mais di-versas, tentando curar os traumas físicos e psí-quicos que muitas vezes mudam para sempre as existências.

******A terapêutica pós-apartheid, de reconcilia-

ção racial, na África do Sul, tem de especifico vários elementos que é interessante analisar ou pelo menos enumerar:

Parte de uma situação sui generis de violên-cia institucionalizada, no interior de uma co-munidade nacional concreta;

Parte da iniciativa do novo poder, prota-gonizado pela maioria oprimida que prefere o perdão à retaliação e à vingança;

Parte de princípios de humanismo cristão, comuns afinal a todos os sistemas religiosos.

******Num mundo onde a violência se expande e

se infiltra nos interstícios das comunidades (e das mentalidades!) o grande desafio é o de sa-ber se o “manual de bem perdoar” de Desmond Tutu pode ser receita universal.

Mas que outra esperança nos resta? *Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN

e Indonésia. Docente da Universidade de S. José.

O perdão em política

OBSERVATÓRIOCarlos Frota*

CHINA

Inspecção de Xi não impediuatentado em Xinjiang

As autoridades chineses confirmaram a morte de três pessoas e mais de 79 feridos no atentado que acon-teceu ontem na estação de comboios da capital da

região de Xinjiang. Dois dos mortos são os suspeitos da au-toria do ataque bombista, que aconteceu menos de dois dias depois da visita à cidade do Presidente Xi Jinping.

O líder chinês deslocou-se a Urumqi para exigir um maior rigor às autoridades na luta contra o terrorismo, mas os avisos não impediram que Urumqi fosse abalada por novo ataque, que foi classificado pelo Governo Central como “acto terrorista” e atribuído aos movimentos separa-tistas islâmicos Uighur na região.

Segundo a agência Xinhua, que citou a Polícia de Xin-jiang, o ataque aconteceu por voltas da sete da tarde na es-tação central de Urumqi e foi perpetrado por um grupo de assaltantes munidos de facas que atacaram os transeuntes e fizeram detonar engenhos explosivos.

Na sequência do ataque, Xi Jinping exigiu novamente às autoridades de Xinjiang “medidas resolutas” para “es-magar os terroristas violentos”. O Presidente deu também ordens às autoridades regionais para lançarem operações imediatas de resposta aos atentados. “As autoridades pre-cisaram de ter uma compreensão profunda que a luta anti--terrorista e anti-separatista em Xinjiang será uma luta de longo prazo, complicada e intensa. Não podemos relaxar um momento na nossa luta contra a violência e o terroris-mo”, referiu, citado pela Xinhua.

Antes do ataque, Xi tinha realizado uma visita de qua-tro dias à região. Numa mesquita no centro de Urumqi, a apenas dois quilómetros da estação onde viria a acontecer o ataque, apelou aos líderes religiosos para ajudarem os fiéis

Algumas horas depois da visita de Xi Jinping, a capital da região de Xinjiang foi palco de um novo atentado terrorista que fez três mortos e mais de setenta feridos. O Presidente chinês pediu às autoridades regionais “medidas resolutas” para “esmagar os terroristas violentos”

a “compreenderem melhor os ensinamentos religiosos de modo que seja possível viver em paz”.

Este foi o segundo atentado terrorista em apenas dois meses: a 1 de Março, na estação de Kunming, 29 pessoas morreram e outras 143 ficaram feridas num ataque similar.

Xinjiang é uma região autónoma localizada na zona no-roeste da China, onde os Uighur, muçulmanos turcófonos, constituem a principal etnia. Os Han, etnia maioritária na China, afluíram aos milhões nas últimas décadas para a re-gião e os Uighur queixam-se de pressões e perseguições por parte das autoridades e de uma política repressiva face à sua religião e cultura. Desde 2009 a região é palco de violência recorrente que se intensificou nos últimos meses, no que Pe-quim classifica como actos “terroristas” atribuídos a movi-mentos separatistas e islamitas.

PORTUGAL

A caminho da saída limpa do resgateO Governo português “está em condições de fechar” o período de ajuda externa, assegurou Passos Coelho

O Primeiro-Ministro português afirmou ontem que o país está em condições de caminhar

pelas próprias posses e pelos próprios meios depois da saída do programa de ajustamento a 17 de Maio. “Esta-mos em condições de apresentar aos portugueses a nossa estratégia orça-mental para os próximos anos e ao mesmo tempo mostrar aos portugue-ses que a caminho que percorremos até aqui permite-nos hoje caminhar pelas nossas posses e pelos nossos meios a partir de agora”, afirmou Pas-sos Coelho na sessão comemorativa do Dia do Trabalhador promovida pelos Trabalhadores Sociais Democra-tas em Lisboa.

Pedro Passos Coelho reiterou que o Governo vai concluir “o seu tra-balho a 17 de Maio”, afirmando que a última avaliação do programa de ajustamento financeiro “está pratica-mente concluída”.

“Fechamos o período sabendo que os portugueses tivessem um compor-tamento extraordinário mas não com a ajuda dos partidos da oposição”, afirmou, dizendo sentir “mágoa” por estar “a abrir uma janela para o futu-ro” apesar da atitude da “generalida-de dos partidos da oposição”.

Passos Coelho mostrou-se satisfei-to por “encerrar o período e não pro-longá-lo” e criticou os “agentes políti-cos que vivem e se alimentam da crise, das medidas difíceis e que não tem uma mensagem de esperança nem nada a oferecer aos portugueses”. Rei-terou ainda que hoje pode dizer que o Governo “está em condições de fe-char” o período de ajuda externa, de “agradecer a ajuda que foi dada” e de reconhecer o esforço dos portugueses para ultrapassar as dificuldades.

Por outro lado, o governante ar-gumentou que o aumento do IVA em 0,25 pontos percentuais e da Taxa So-cial Única em 0,2 servirá para suportar o sistema de pensões e não para redu-zir o défice, defendendo que o esforço será mais equilibrado entre activos e

pensionistas.Passos Coelho recusou que o Go-

verno esteja a “ir buscar mais” ao ren-dimento das pessoas, afirmando que é ao contrário: “Os que dizem que vai ter um efeito recessivo, enganam-se, porque não estamos a ir buscar mais. Estamos a ir buscar nem mais nem menos, é o mesmo. Não acrescentá-mos, para efeito das pensões, nenhu-ma medida que vá buscar mais rendi-mento às pessoas”, disse.

Para o Primeiro-Ministro, “em cer-tos aspectos” do ponto de vista econó-mico a medida será mais “amiga da economia” e “mais amiga do cresci-mento”, na medida em que o Governo está a “restituir rendimento a quem tem uma propensão para o consumo muito elevada”.

Sexta-feira, 02 de Maio de 201420 JTM | OPINIÃO

Dito

(...) “Um trabalhador que não con-seguiu terminar o trabalho em oito horas por falta de eficiência não se vai embora sem acabar o que tem para fazer, a não ser que não seja um trabalhador responsável” (...)

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

02/05/1994

1 º DE MAIO FOI DIA DE CONVÍVIOO 1º de Maio, Dia do Trabalhador, foi assinalado no Território com larga animação, alegria, diversi-dade de iniciativas desportivas, culturais e recreativas. Muito de sublinhar foi a acção programa-da pela Direcção dos Serviços de Trabalho e Emprego, que reali-zou um encontro-festa dos tra-balhadores no Jardim de Camões onde, durante todo o dia, num ir e vir constante, estiveram alguns milhares de habitantes da cidade e das Ilhas, com não pouca satis-fação da criançada que também teve bastante por onde se divertir. Com música e diversas iniciativas lúdicas, o Dia do Trabalhador foi muito preenchido naquele local. (…) Atendendo aos interesses dos trabalhadores, José Belo afirmou, a DSTE faz o esforço que lhe compe-te para que o equilíbrio orçamental do trabalhador continue a ser uma realidade, preenchendo cada vez mais as aspirações de quem tra-balha. Também a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau levou a cabo algumas actividades no terreno desportivo, como a corrida dos 5 mil metros, que foi ganha por Luís Melo com um tempo razoável. As organi-zações sindicais chinesas locais contribuíram igual e grandemente para a animação de que se revestiu este 1º de Maio.

PADRE MANUEL TEIXEIRA: O “FANTASMA DE MACAU”A revista “Far Eastern Economic Review”, a mais prestigiada da Ásia, dedica na sua última edição uma página ao historiador padre Manuel Teixeira, a quem chama o “fantasma de Macau”. Com duas fotos de monsenhor Manuel Tei-xeira, 82 anos, a revista assinala que o sacerdote continua a res-ponder aos casais japoneses que pretendem casar na capela da pousada de São Tiago, em Macau. O artigo recorda a vida de monse-nhor Teixeira em Macau, desde a sua chegada em 1924 até ao mo-mento actual, destacando os mais de 120 livros que escreveu sobre a presença portuguesa na Ásia. A “Far Eastern Economic Review” cita Manuel Teixeira para indicar que existem em Macau 25 mil ca-tólicos.

Vong Kuok Seng, porta-voz da Associação Comercial de Macau na Concertação Social,

em declarações ao “Ponto Final”

Respostas ocas e poucasIDEIAS CRÓNICAS

Raquel Carvalho*

Qualquer Governo percebe que é mais inteligente responder a questões sensíveis e justificar

decisões do que simplesmente ignorar os pedidos de esclarecimento da im-prensa e dos cidadãos em geral. O Go-verno da RAEM, porém, não está en-tre aqueles que assimila por completo este conceito ou, então percebendo, opta ainda assim com frequência por dar respostas vagas ou simplesmente enterrar a cabeça na areia.

As questões vão sendo empurra-das de departamento para departa-mento. A culpa é de um, a culpa não é do outro. No final das contas, nin-guém tem responsabilidade. E assim se tentam arrecadar problemas com pontas soltas, sempre com a esperan-ça de que o assunto seja esquecido mais dia menos dia.

Embora tenha outros casos na me-mória, fiquemo-nos hoje por um bem recente. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) rejeitou a realização no Largo do Senado de uma vigília que pretende assinalar o 4 de Junho de 1989, altura em que o Governo chinês reprimiu as mani-festações de estudantes, que clama-vam por uma abertura do país, com tanques na praça de Tiananmen. O pedido foi feito atempadamente pela Open Macau Society (OMS), liderada por Jason Chao. No entanto, a rejeição chegou cerca de mês e meio depois e, segundo o activista, sem justificação.

Entretanto, de acordo com o Pon-to Final, o IACM explicou ao canal chinês da Rádio Macau que a recusa teve a ver com o “espaço limitado” da praça, onde há “muitas lojas e turis-tas.” Segundo o mesmo organismo, o

espaço está reservado para outra asso-ciação, “tomando em conta a seguran-ça dos residentes e turistas.” Também ao JTM, o IACM argumentou que a “elevada concentração de turistas” na zona é o principal problema.

Ora, desta vez o Governo decidiu comentar, mas optou por dar uma resposta que desafia a inteligência de quem a recebe. Pois junto à fonte do Largo do Senado, algumas dezenas de pessoas que querem assinalar um dos acontecimentos que mais abalou a China moderna podem pôr em causa a segurança dos restantes residentes e turistas, mas alguns metros adiante, em frente à igreja de São Domingos, já não há problema, aí já não existem ris-cos para a segurança pública. Faz isto sentido? Por outro lado, por que razão é que as actividades dessa outra asso-ciação (ou de várias) têm que decorrer no Largo do Senado?

Não se trata de disputar um espa-ço. Creio que fazer um evento que as-sinale o 4 de Junho é tão válido junto

à fonte ou perto da igreja. A questão aqui é que a resposta do Governo é fraca, oca, e deste modo faz parecer que a verdadeira razão pela qual não autoriza o pedido da OMS é simples-mente política, embora o tenha nega-do. Porque Pequim pode não gostar. Porque junto à igreja é menos visível. Porque há que tentar abafar o aconte-cimento.

Sabe-se que este continua a ser um tema sensível para as autoridades do Continente, sobretudo numa altura em que se completam 25 anos após a morte de centenas de estudantes. No entanto, se as razões na RAEM forem políticas, estas devem ser assumidas. Há geralmente uma falta de coragem para admitir posições que podem ser publicamente criticáveis. Mas é isso que se espera de um Governo. Os ci-dadãos têm direito a saber que Gover-no têm para poderem pensar em que tipo de sociedade querem viver.

*Grande repórter do JTM

O fim das previsões: morreu o meteorologista

Ontem morreu-nos mais uma manivela de subir a ja-nela do automóvel. Vocês sabem, crescemos com um hábito e, um dia, damo-nos conta que ele aca-

bou... Desta vez conhecemos o momento exacto e ficaram

as imagens, nove e tal da manhã, na RTP-1: alguém, com mapa ao fundo e números, diz-nos o tempo que vai fazer. O meteorologista foi a última manivela de janelas a deixar--nos - desde ontem não há mais uma só televisão portu-guesa a contar-nos mentiras inocentes.

Bons tempos em que nos prometiam boas abertas para amanhã e chovia; ou avisavam-nos de que choveria e não sabíamos o que fazer à gabardina... Mas ganhávamos sem-pre um bom motivo de conversa.

Boa e querida meteorologia! E antiga. Lembro-me, há 400 anos, do velho Anthímio Shakes-

peare, julgo que no Canal Macbeth, lançar com voz de fei-ticeira, logo na abertura: “Quando nos voltaremos a en-contrar/ No trovão, no relâmpago ou na chuva?” Parecia uma tragédia mas no dia seguinte afrontávamos aquilo de

UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes

peito feito. Lembro-me, há 40 anos, do jornalista Vítor Direito, no

jornal República, dizer, sem poder dizer, o desalento por o 25 de abril não chegar: “Andam para aí certos senhores, feitos meteorologistas, a prever “boas abertas”. Mas o ne-voeiro persiste.”

Afinal, os meteorologistas acabaram por acertar, mas, em paga, até eles foram varridos por uma frente fria.

Hoje, a prever, só profetas que se enganam nas taxas de juros. E nós só ganhamos um definitivo sentimento de impotência.

JTM/DN

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | OPINIÃO 21

CretinosOS DESATINADOS

Albano Martins*

A falta de mão-de-obra é de facto um estrangulamento gravíssimo da nossa economia. E, sendo-o,

tem de ser resolvido de forma corajosa e definitiva.

E assim deve ser porque as empre-sas, do jogo e fora dele, não conseguem crescer nalguns casos ou sobreviver noutros, que a mão-de-obra é o “fuel” de qualquer economia por muito avan-çada tecnologicamente que seja. O crescimento e o poder real do sector--rei obrigam a uma deslocação cons-tante da população activa para o jogo, com todos os custos que daí resultam, quer para este quer para toda a restan-te economia: escassez generalizada de mão-de-obra e aumento acentuado dos custos salariais. Podendo isto significar aparentemente mais qualidade de vida, revela-se a médio e longo prazo contra-producente, visto que a inflação degra-da o poder de compra reduzindo-o em termos reais a um valor inferior ao do próprio passado.

Toda a gente protesta mas o Governo não dá sinal algum de tomar medidas de fundo. Dá uma no cravo e outra na ferradura e fica-se pelo meio termo. As decisões que toma são, além do mais, morosas e perdem-se na mediocridade da burocracia. Três meses para eventual-mente autorizar-se um novo trabalhador não residente e meio ano antes de expi-rar o prazo de contratação para se exigir a submissão do pedido de renovação!

Parece que têm medo da própria sombra.

Muitas empresas são assim obriga-das a “adjudicar” esse tipo de papela-da a outras que se especializam, como vampiros, nesse tipo de intermediação, cobrando anualmente vários milhares de patacas para tratar das contratações e renovações de cada trabalhador que lhes passa pela mão. Há empresas que sendo razoavelmente lucrativas aca-bam por entrar em prejuízo porque não têm mão-de-obra ou a têm a custos demasiadamente elevados ou porque além do mais as rendas disparam. Ma-ta-se um bom negócio com uma má de-cisão ou com a sua falta ou morosidade!

As lojas de ouro florescem a olhos vistos, em locais onde durante anos e anos a fio floresciam o comércio, os ar-mazéns ou os restaurantes tradicionais!

A Transmac diz que os seus lucros terão caído 20% devido aos custos sala-riais. Claro, há meia dúzia de ilumina-dos que acha que os motoristas só po-dem ser locais, forçando, que assim se trata, o governo a aceitar essa imposi-ção ou aberração discriminatória, ape-nas porque é politicamente convenien-te. Essa aceitação liquida a lógica de funcionamento de qualquer economia e distorce os seus padrões de eficiência, racionalidade e desempenho.

Muitos desses iluminados consti-tuíam no passado o fluxo de imigran-tes que acabou por atracar neste porto, uns a nado e outros a salto. Hoje, con-vertidos em locais, são como Judas. Renegam os próprios compatriotas e a sua importância numa economia bloqueada, sem mão-de-obra e que só cresce porque eles e outros vindos de fora existem! Claro, os vizinhos asiáti-cos que, procuram aqui, com trabalho quase forçado, aquilo que ainda não en-contram nas suas terras: dinheiro para ajudar as famílias. Cretinos.

Numa terra onde os talentos se contam pelos dedos de uma mão, ar-rastam-se os processos de autorização

de residência de profissionais que pelo seu valor seriam como que os “treina-dores” do nosso pessoal local. Dizem os profissionais do MICE que a falta de mão-de-obra tem sido responsável pelo aumento da rotatividade do pessoal empregue na indústria que, nalguns ca-sos, chega mesmo a ser superior a 90%! Como pode uma empresa sobreviver se está constantemente a mudar de traba-lhadores e, dessa forma, a multiplicar os seus custos de recrutamento e trei-no?

No Hospital Conde de S. Januário, dizem as notícias, havia uma mulher da limpeza que estava a exercer como se enfermeira fosse, porque havia falta de pessoal!

Sabe-se que o IACM não realiza al-gumas das suas tarefas de rotina nos tempos previstos porque não tem pes-soal suficiente. Etc, etc.. O Governo re-conhece que os trabalhos de construção se prolongam porque as construtoras não encontram no mercado local traba-lhadores. Ninguém consegue um cana-lizador, um electricista, um carpinteiro e ou mesmo um jeitoso para qualquer tipo de reparação. Então, se for em Co-loane até parece que é no fim do mun-do. Os custos multiplicam-se.

Querem ir para a ilha da Montanha? Duvido, acho que o que querem é que seja a ilha da Montanha a vir para Macau!

Tudo isso afecta a qualidade de vida de toda a gente que por cá vive, locais e não-locais, que o sol quando nasce deve nascer para todos, embora por cá não pareça.

A Reolian teve os acidentes que teve porque não podia ter senão pessoal lo-cal a conduzir.

Os casinos não arranjam “crou-piers” locais suficientes para alimentar a indústria, mas estão expressamente proibidos de meter TNRs. Que isso é trabalho para iluminados locais.

Que além do mais querem que as suas funções se adaptem às suas carac-terísticas e não o contrário, apenas por-que têm a faca e o queijo na mão e estão perante um governo fraco!

O Governo pede mais tempo em tudo, ou leva mais tempo do que seria normal na análise e resolução de qual-quer caso, porque não tem pessoal com-petente. Claro, numa situação dessas vai à caça com inexperientes quando devia recrutar especialistas que os de-viam treinar a fazer as coisas como elas devem ser feitas: bem e a horas!

Mas isto é quase um sacrilégio. Ta-lentos locais? Sim, claro. Mas não nas-cem do chão com a velocidade das ba-tatas. Levam nove meses a nascer (se não forem prematuros) e depois mais duas dezenas e meia de anos a crescer e a formarem-se. Os talentos aparecem depois, na sua quase maioria, que os há precoces, quase sempre depois dos trinta anos de existência. Quarenta, para ser mais realista! Ou vocês acham que os talentos vão nascer do vácuo? Ou por obra mágica de uma Comissão de talentos? Uma comissão de homens e mulheres que vão a todas, porque ta-lentos há poucos e, caramba, uma co-

missão de talentos tem de ter talentos, não acham? Pois, acredito que todos o sejam. Sempre fui um anjinho. Só que Deus não me quer a seu lado e eu perdi a mania de ser bonzinho.

Uma senhora chamada Dora Un diz alto e em bom som que é impossível re-crutar trabalhadores em Macau. O SPA Nirvana fecha portas porque não tem pessoal nem conseguiria aguentar o au-mento de rendas.

Por isso percebo hoje porque pago cada vez mais por um corte de cabelo que o barbeiro da minha terra levaria uns poucos tostões. Se não o pagar, os cabeleireiros fecham. Toda a gente vai fechando, mudando-se para outros sí-tios e mesmo para outras terras! E toda a gente vai alimentando esse crescimen-to monetário, porque o real não cresce. E acham isso natural. É o mercado. Os

edifícios são os mesmos, até estão mais velhos e usados, deviam valer menos, mas duplicam de valor em dois, três anos! Os economistas chamam a isso ilusão monetária. Tenho mais dinheiro nos bolsos, mas compro menos!

Quando esse fenómeno sai fora do controlo das autoridades, as vantagens comparativas deixam de o ser e todas as potencialidades que uma economia à par-tida oferece acima dos seus competidores, diluem-se e desaparecem. Ou seja, esse descontrolo acabará por acabar com a pró-pria economia interna, mesmo que conti-nue a alimentar investidores do exterior. Que têm a vantagem de não viver cá.

Quando os casinos começarem a re-crutar para os próximos projectos do Cotai, vai ser o caos. Macau vai entrar na fase final da espiral exponencial. Mas como tudo o que sobe tem de cair, está-se mesmo a ver que a culpa não vai morrer solteira. Primeiro, vai cair em cima dos casinos, que a populaça é a eles que vai apontar o dedo. Mas, claro, que a vão chutar depressa para o gover-no, com toda a lógica que se adivinha.

Quando Edmundo Ho deu o pon-tapé de saída para uma economia que quase não tinha dinheiro para pagar salários aos seus funcionários públicos, nunca provavelmente teria pensado que tudo iria evoluir desta forma. O bom e o mau! Agora, é preciso que o seu pen-samento estratégico não seja destruído. É preciso coragem e habilidade para vencer esta “crise” em tempo de vacas gordas, o que engana bem mais do que se estivéssemos em recessão.

Macau sem casinos não existe. Pelo menos para tanta gente. Talvez que para 300 mil, se tudo regressar aos ní-veis anteriores!

Portanto, o Governo tem de ser rea-lista e atacar o problema de frente. Re-

solver de forma eficaz os problemas que os casinos trazem à restante economia, sem ir contra eles. Não fazer como a avestruz!

Vejam o imobiliário. Hoje sabe-se que os não-residentes

fugiram dele como o diabo foge da cruz. O Governo tarda em atacar o problema pela frente: o aumento especulativo dos imóveis e o seu reflexo nas rendas, a falta de mão-de-obra e uma burocracia que teima em atrasar tudo tornando um negócio rentável no inferno de Dante.

Resultado, quando começar a ata-car o problema vai chover para cima de quem está no mercado. E quem está no mercado? Residentes, muitos deles cla-ramente especuladores. Ora, isso não é politicamente conveniente. Como não o será, e aí a porca vai torcer o rabo, quan-do a bolha rebentar.

O que irão dizer esse mesmos resi-dentes nessa altura? Que a culpa é toda do Governo que devia ter antecipado aos seus efeitos nocivos!

Claro que se percebe agora que este chute para o lado ou para trás. Muito pouco para a frente. Mas não é preciso ser-se especialista de coisa alguma para se prever que quando os casinos dei-xarem de recrutar mais mão-de-obra, a bolha começará a rebentar. Temos mais uns anos à frente. Mas já há sinais: o nú-mero de transacções começa a cair, a de-monstrar que muita gente quer fugir já dessa cruz. Agora que nem toda a gen-te vai poder fugir, isso é claramente um dado. Para haver uma venda é preciso naturalmente que haja uma compra!

A situação como está obriga o gover-no a ter de decidir que quem não resida cá não seja autorizado a comprar casa ou tenha de a arrendar a preços contro-lados. Ou que, quem já tenha uma casa, seja impedido de comprar outra para especular. Processo que não é simples, é contra um mercado salutar, e é bem mais difícil de ir para a frente do que as medi-das que o governo deveria ter assumido logo desde início. Esqueçam o mercado que ele já não funciona de forma eficien-te! O mercado está distorcido por forças que o controlam a seu bel prazer! Agora é tudo bem mais complicado de dar a volta, próprio de uma bolha.

Não é a própria Midland que diz em grandes parangonas nos jornais locais que “estamos em fase de bolha imo-biliária” e que agora é altura de voltar para o mercado de origem (HK) que esta árvore já não dá frutos?

Eles comem tudo e não deixam nada. E viva o 25 de Abril, que pareço an-

dar esquecido dele!*Economista. Escreve

neste espaço às sextas-feiras.

Quando os casinos começarem a recrutar para os próximos projectos do Cotai, vai

ser o caos. Macau vai entrar na fase final da espiral exponencial. Mas como tudo o que sobe tem de cair, está-se mesmo a ver que

a culpa não vai morrer solteira. Primeiro, vai cair em cima dos casinos, que a populaça é a

eles que vai apontar o dedo.

Sexta-feira, 02 de Maio de 201422 JTM | LAZER

http://www.ipm.edu.mo

PROGRAMAS:Tecnologia de Diagnóstico e Terapêutica, Educação Física e Desporto, Informática, Serviço Social, Administração Pública (Português / Pós-laboral )

REQUISITOS:1. Os candidatos aos programas de Licenciatura em Tecnologia de Diagnóstico e

Terapêutica e Licenciatura em Administração Pública terão de ser possuidores do Diploma de Bacharelato do IPM nestas mesmas áreas e/ou os seus cursos serem reconhecidos pela Comissão para o Reconhecimento de Habilitações Académicas;

2. Os candidatos para qualquer outro programa terão de ser possuidores do Diploma de Bacharelato do IPM nestas mesmas áreas;

3. Aprovação no exame médico.

DATA DE RECRUTAMENTO: (A inscrição on-line encontra-se em funcionamento)Programas Complementares de Licenciatura: de 05 Maio 2014 a 09 Maio 2014

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:Segunda a Sexta-feiras: das 09h00 às 19h00Fechado aos Sábados, Domingos e Feriados Públicos

INFORMAÇÕES:Telefone : 8599 6111 / 8599 6149 / 8599 6103E-mail : [email protected] : http://www.ipm.edu.mo

1. Os cursos complementares conferentes do grau de licenciado do Instituto Politécnico de Macau cessarão gradualmente, de acordo com a situação real. Os alunos candidatos a esses cursos devem ter em consideração esta situação, para planearem melhor o seu prosseguimento de estudo.

2. No caso de o número de novos alunos ser inferior a 18, na matrícula ou inscrição do respectivo curso, este curso não será aberto, e o Instituto Politécnico de Macau reserva-se o direito da última decisão sobre a abertura de tal curso.

INSTITUTO POLITÉCNICO DE MACAU

Ano Lectivo 2014/2015Admissão - Cursos Complementares de Licenciatura

Candidatar-se ao IPM é Iniciar o Seu Sucesso!

Aline é mandona na intimidade

Aline Bernardes, modelo brasileira que foi eleita Musa da última Taça das Confederações em futebol, confessou que

aprecia coisas fora do comum nas relações amorosas. “Gosto de mandar e fazer as coisas que eu quero. No que respeita

a sexo, sou muito masculina, muito visual”, revelou à revista “Sexy”, assumindo preferência por relações “sem compromisso”. A modelo de 24 anos reconheceu ainda que gosta de provocar quando vai assistir aos jogos do clube do seu coração: “Sempre

que fui ao estádio, o Palmeiras ganhou, e vou sempre sem sutiã”. Morreu o actor Bob HoskinsO actor britânico Bob Hoskins, que sofria de Parkinson, faleceu aos 71 anos na sequência de complicações motivadas por uma pneumonia. Hoskins ficou conhecido por filmes de comédia, mas também por papéis de “gangster” ou chefe do FBI e por ter contracenado com um elenco de desenhos animados no filme “Who Framed Roger Rabbit”. Nomeado para um Óscar em 1987, pela interpretação em “Mona Lisa”, filme que lhe valeu um Globo de Ouro, Bob Hoskins saltou para o estrelato no ano seguinte, com o papel de Eddie Valiant, no filme “Who Framed Roger Rabbit”, que lhe rendeu nova nomeação para os Globos de Ouro.

Separação do príncipe Harry agita imprensa britânicaA imprensa britânica, que, há poucas semanas, admitia uma possível oficialização do relacionamento do príncipe Harry com a namorada, Cressida Bonas, especula agora sobre os motivos da “separação real”. Segundo o “Daily Telegraph” e o “Daily Mail” a ruptura poderá ser apenas temporária, para que Cressida, de 25 anos, reflicta sobre uma vida de deveres reais, como fez Kate Middleton antes de se casar com o irmão de Harry, o príncipe William. O Telegraph cita uma “fonte bem informada” que afirma que “no mínimo, a relação fez uma pausa para respirar”. Para o jornal, a jovem graduada em dança que começou a trabalhar recentemente em marketing em Londres, tem sentido dificuldades em lidar com a pressão mediática.

Katy Perry tem encontro romântico com DJ DiploKaty Perry e Dj Diplo foram vistos num jantar íntimo no Hotel Marlton, em Nova Iorque. Mais tarde, surgiram na “after-party” do filme “The Amazing Spider-Man 2” “muito carinhosos”, de acordo com uma fonte próxima. “Não tiravam as mãos um do outro e, quando o faziam, olhavam-se constantemente”, contou a fonte à revista “People”, adiantando que ambos conseguiram fugir dos fotógrafos.

Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 JTM | LAZER 23

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

O que falta em Macau? por Yan Xiu Lin

Macau é uma cidade que tem muita história e nos últimos anos tem crescido muito ra-

pidamente. Por isso, penso que a população, nalguns casos, não consegue acompanhar a velocidade de crescimento o que origina muitas quei-

xas principalmente contra os casinos. Numa cidade com uma elevada taxa de densidade populacional, deviam ser construídos mais jardins para as pessoas, bem como mais zonas verdes nos bairros habitacionais. Além disso, não há muitos espaços para os jovens praticarem desporto, por isso, penso que o Governo devia criar mais campos

ou zonas de convívio para a nova geração. Acho que se-ria maravilhoso ter um entretenimento saudável e barato para turistas e moradores e também para quem tem negó-cios na zona de Coloane, principalmente nas praias. Certa-mente que o Governo poderia investir num programa de tratamento e limpeza das águas de Hac Sá e Cheoc Van.

Estudo do género origina

conferênciaDaniela Ming assistiu a uma conferência sobre estudos

do género, na Universidade de Macau. No final, acabou

por tirar esta fotografia com o professor Roberval

Silva, depois de terem conversado sobre o tema.Viagem de barco juntou amigas

Heidi Haines Poulton participou numa viagem de barco ao largo de Macau com as amigas Vanessa Moore, Joana Chantre, Tita Borges, Ana Borges e Patrice Hsia.

Apesar do tempo algo cinzento, o grupo aproveitou para se bronzear.

Família Martins à

descoberta dos sabores do Vietname

Vítor Martins passou uns dias de férias no Vietname com a

família. Ana Martins e Khuonh Charice adoraram a viagem e desfrutaram do bom tempo e da saborosa gastronomia

do país. A fotografia foi tirada no Novotel Danang Premier

Han River, onde ficaram instalados.

Casamento reuniu família na África do SulAlexandre Torrão casou-se recentemente e a boda teve lugar na África do Sul. A irmã Joana Nicholas contou ao GENTE GIRA que os noivos receberam a visita de familiares espalhados um pouco por todo o mundo, sendo que a maioria reside em Macau, Portugal e Inglaterra.

24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 02 de Maio de 2014 • Fecho da Edição • 02:00 horas

FOTO

ARQ

UIVO

Os resultados não dão margem para dúvidas: no que ao futebol europeu respeita, os “Piig’s – acrónimo com que a imprensa britânica designa as economias de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha (Spain em inglês) e que também significa “porcos” – fazem nega à crise.

Esta semana, duas equipas espanholas conseguiram chegar à final da Taça dos Campeões Europeus (por si-nal a disputar em Lisboa) batendo os ingleses e os ale-mães. O tão famoso “melhor campeonato do mundo” ficou-se pelos oitavos de final, com excepção do Chelsea agora merecidamente derrotado nas meias-finais e os alemães foram mesmo “humilhados” pelos madridistas na Baviera, uma das mais poderosas economias.

Na Liga Europa, só não sucede o mesmo porque o sorteio juntou Valência e Sevilha, mas suceda o que suceder na noite europeia de quinta-feira serão sem-pre dois clubes dos “Piig’s” que disputarão a final. Ou italianos ou portugueses estarão com uma das equipas espanholas na final em Turim.

Os povos dos “Piig’s” exultam com estes resulta-dos, mas o FMI e a Comissão Europeia, por enquanto ainda presidida por um filho de um dos “Piig’s” po-dem concluir que os “Piig’s” desviaram os apoios para investir na indústria futebolística.

O Povo português que se cuide. Passos Coelho ain-da vai ser chamado a Berlim para Angela Merkel lhe puxar as orelhas e obrigá-lo a cortes nos ordenados e reformas...

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

O Povo portuguêsque se cuide

Receitas da “Macau Legend” subiram 8,1%O grupo “Macau Legend” atingiu no primeiro trimestre do ano os 461,4 milhões de dólares de Hong Kong em receitas, mais 8,1% do que no ano passado. O EBITDA ajustado (resultados antes de ganhos e perdas financeiras, impostos, amortizações e subsídios) da companhia lidera-da por David Chow aumentou também 5,7% para 133 milhões. Nos espaços de jogo geridos pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM) nos empreendimentos da “Macau Legend”, as receitas cresceram 6,3% para 328 milhões de dólares de Hong Kong. No que toca ao EBITDA ajusta-do na área do jogo, os resultados cresceram 7% para 234,7 milhões de dólares de Hong Kong. Nas receitas geradas pelo sector do jogo, as maiores subidas registaram-se nas mesas de jogo VIP do Pharaoh’s Palace (aumentaram 19,5%) e nas mesas do mercado de massas do Casino Babylon (subiram 12,7%). Nas áreas da hotelaria e do entretenimento, o grupo destaca também a subida nas taxas de ocupação dos hotéis “The Landmark” e “Rocks” bem como o aumento de 5,1% no número de visitantes da Doca dos Pescadores. No total, nos primeiros três meses do ano cerca de 866 mil pessoas passaram pelo par-que temático. David Chow destacou a subida nas taxas de ocupação das unidades hoteleiras como um “bom indicador” para o novo hotel “Harbourview” que pretende inaugurar em Agosto deste ano.

Lançado “mapa cultural e criativo” de Macau O Instituto Cultural (IC) anunciou o lançamento da primeira edição do “Mapa Cultural e Criativo de Macau” em papel e da respectiva aplicação móvel, numa iniciativa destinada a “aprofundar a promoção das Indústrias Culturais e Criati-vas de Macau e facilitar a visita de residentes e turistas” a esse tipo de espaços. Segundo o organismo, o mapa em papel será distribuído em 158 locais de Hong Kong e Macau, incluindo postos fronteiriços, museus, hotéis, agências de viagens, entidades culturais e criativas e outros. O “Mapa Cultural e Criativo” em papel cobre as sete freguesias de Macau, apresentando os respectivos espaços culturais e criativos através de texto e animações, além de fornecer informações sobre os sítios do Património Mundial, museus e rotas de autocarros. “A função do posiciona-mento no aplicativo móvel permite a residentes e turistas descobrirem os espaço culturais e criativos que fiquem perto da sua localização, compreenderem melhor os respectivos produtos e conteúdos das actividades, assim como experienciarem o desenvolvimento cultural diversificado do território”, salientou o IC.

Acidentes de trabalho matam uma pessoa a cada 15 segundosA Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que 2,3 milhões de pessoas morram por ano devido a acidentes e doenças relacionadas com o exercício da profissão. Já o número anual de casos não fatais chega a 160 milhões. Segundo a OIT, o prejuízo com a perda da produtividade e outros custos indirectos, após acidentes de trabalho ou doenças, é de 2,8 bilhões de dólares americanos, quantia que equivale a 4% do PIB glo-bal. Na segunda-feira, Dia Mundial para a Segurança e Saúde no Traba-lho, a agência reiterou o direito de todos os trabalhadores a um ambiente seguro. Em entrevista à Rádio ONU, o vice-director da OIT em Nova Iorque, Vinícius Pinheiro, comentou os números: “A cada 15 segundos, um trabalhador morre devido a um acidente de trabalho. É fundamen-tal que os governos, trabalhadores e empregadores se comprometam a adoptar políticas de prevenção desses acidentes. A melhor medida é evi-tar que o acidente ocorra”. Este ano, a OIT também chamou a atenção para os riscos envolvidos no uso de químicos durante os processos de produção, como no fabrico de medicamentos e pesticidas. O director da OIT, Guy Rider, lembrou que as substâncias químicas são componentes essenciais de vários produtos que já são parte do nosso quotidiano, mas ainda assim geram riscos para os trabalhadores e meio ambiente.

Leda Letra, JTM/Rádio ONU em Nova Iorque

Senna deixou legado além do desportoMais do que um piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna é um ídolo para os brasileiros, e o seu legado, que vai além do desporto, foi lembrado 20 anos após a sua morte, a 1 de Maio de 1994. “Todos os povos, em todas as culturas, pre-cisam de um herói. Ele [Ayrton Senna] foi a representação do herói moderno, que se traduz através da prática de um desporto de alta performance e, nele, honra o seu país de origem”, afirmou à Lusa o escritor e jornalista Edvaldo Pe-reira Lima, que publicou três livros sobre o piloto. Quando Senna começou a destacar-se na Fórmula 1, o Brasil vivia um período de descontentamento popular com o país, então recém-saído de uma ditadura militar, com problemas económicos e carente de ícones. Até o futebol, que poderia gerar outros ídolos, não vivia um bom momento. Pereira Lima realça que Senna ganhou grande admiração do público em 1986, quando, um dia após a seleção de futebol ser eliminada pela França no Mundial do México, ganhou uma corri-da em Detroit, nos Estados Unidos, e decidiu comemorar com a bandeira brasileira. “A cone-xão do povo com seu herói começa a nascer após essa corrida, quando ele passa a representar o ideal de um brasileiro moderno, sintonizado com o mundo globalizado, capaz de vencer incorporando a cultura que vem de outros povos e levando também o que identificamos como características brasileiras: a emoção e a garra”, disse o jornalista. Além da paixão e do empe-nho, Senna mostrava inteligência racional, disciplina e uma obsessão por ultrapassar limites na sua relação com o desporto. Essas eram qualidades não associadas ao Brasil pelo senso comum, mas que o brasileiro buscava ter, e reconhecia como parte de sua identidade.

Casa Branca admite atropelo ao padrão da pena capitalA Administração norte-americana admitiu que a execução da pena de morte de Clayton Lockett, 38 anos, condenado por homicídio, não respeitou o padrão “humanamente esperado”. Lockett morreu de ata-que cardíaco 40 minutos após ter recebido uma injeção letal, no estado de Oklahoma. A agonia do condenado, que antes de falecer teve for-tes convulsões, reacendeu o debate no país sobre a aplicação da pena capital. “Temos um padrão fundamental neste país, no qual, inclusive quando a pena de morte é justificada, o procedimento deve ser conduzido humanamente. Creio que toda a gente reconhece que neste caso não foi atingido esse padrão”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, durante entrevista coletiva. Clayton Lockett foi executado por ter assas-sinado uma jovem de 19 anos, em 1999.

Tunisinas recorrem à segunda virgindadePressionadas por uma sociedade que se mantém conservadora por trás de uma fachada moderna, são cada vez mais as mulheres na Tunísia que se submetem à reconstrução do hímen para chegar à noite de núpcias na condição de virgens. Dessa forma, querem evitar ser rejeitadas por homens que afirmam, sem rodeios, que nunca se casariam com mulheres “já usadas”. Segundo a agência AFP, a operação de reconstrução do hímen, uma pequena mem-brana situada na entrada da vagina, dura apenas meia hora e cus-ta entre 800 e 1.400 dinares (4.000 a 7.000 patacas), caso a mulher queira reconstituir a “virgindade” por alguns dias (himenorrafia) ou de forma duradoura (himenoplastia).