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O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO FUTURO PROMISSOR Protagonismo Tecnologia Gestão Por uma comunidade mais forte Pág. 04 Benefícios comprovados Pág. 12 Planejamento, receita eficaz Pág. 03 Abril | Maio | Junho _ www.produtorsouzacruz.com.br 2017_Nº 173

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JOVEM EMPREENDEDOR

APOSTA NADIVERSIFICAÇÃO

O desejo de crescer e ser bem sucedi-do na atividade agrícola é o que tam-bém move o jovem casal de produtores rurais, Fábio de Almeida Pagini e Iana Weber Pagini, ambos com 33 anos. Produtor integrado à Souza Cruz há 10 anos, Fábio aprendeu com o pai, Natal Pagini Neto, sobre a cultura do tabaco. “Meu pai, agora aposentado, só plan-tava tabaco, mas eu e minha esposa resolvemos investir e apostar na diver-sifi cação, pois acreditamos que essa é a chave para continuarmos investindo no agronegócio”, afi rma o produtor. Na propriedade de 42 hectares da família, localizada em Linha Dona Francisca, no município de Barão do Triunfo (RS), além dos 5 hectares de tabaco, eles produzem 5 hectares de milho, 20 hec-tares de eucalipto e 1 hectare de uva, que complementam a renda da família. Fábio explica que o tabaco sempre será a principal fonte de renda da família. “Nós temos toda a estrutura para isso,

além do apoio da Souza Cruz que sem-pre nos proporciona formas de progre-dirmos com a cultura”, justifi ca. Iana, que divide os trabalhos na pro-priedade com o marido, diz que é pre-ciso pensar no futuro e que, por isso, é importante que, além dos investi-mentos na propriedade, também in-vistam no crescimento pessoal. Razão que leva o casal a, sempre que pos-sível, fazer os cursos oferecidos pela Souza Cruz e outros que possam lhes ser úteis, como o curso de vinifi cação feito pelo Fábio. “Precisamos acompa-nhar os avanços tecnológicos que che-gam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmar-mos no campo e oferecermos um fu-turo melhor para nossas fi lhas”, alega Iana. O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Daniel Salatti explica que a produção agrícola está sempre evoluindo e que, por isso, a busca por novos aprendi-zados deve ser uma constante. “Estar atento às novidades, implementar tec-nologias e investir em especialização são alguns dos passos para manter uma propriedade num processo de crescimento contínuo. Isso faz parte do espírito empreendedor que vejo no Fábio e na Iana”, salienta Daniel.

“Precisamos acompanhar os avanços tecnológicos que chegam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmarmos no campo e oferecermos um futuro melhor para nossas fi lhas.”Iana Weber Pagini

Fábio e Daniel: parceria, troca de ideias e boas orientações garantem lavoura de qualidade

O PRODUTORINTEGRADO DE TABACO

FUTUROPROMISSOR

Protagonismo TecnologiaGestão

Por uma comunidade mais fortePág. 04

Benefícios comprovadosPág. 12

Planejamento,receita efi cazPág. 03

Abril | Maio | Junho _ www.produtorsouzacruz.com.br 2017_Nº 173 JOVEM EMPREENDEDOR

APOSTA NADIVERSIFICAÇÃO

O desejo de crescer e ser bem sucedi-do na atividade agrícola é o que tam-bém move o jovem casal de produtores rurais, Fábio de Almeida Pagini e Iana Weber Pagini, ambos com 33 anos. Produtor integrado à Souza Cruz há 10 anos, Fábio aprendeu com o pai, Natal Pagini Neto, sobre a cultura do tabaco. “Meu pai, agora aposentado, só plan-tava tabaco, mas eu e minha esposa resolvemos investir e apostar na diver-sifi cação, pois acreditamos que essa é a chave para continuarmos investindo no agronegócio”, afi rma o produtor. Na propriedade de 42 hectares da família, localizada em Linha Dona Francisca, no município de Barão do Triunfo (RS), além dos 5 hectares de tabaco, eles produzem 5 hectares de milho, 20 hec-tares de eucalipto e 1 hectare de uva, que complementam a renda da família. Fábio explica que o tabaco sempre será a principal fonte de renda da família. “Nós temos toda a estrutura para isso,

além do apoio da Souza Cruz que sem-pre nos proporciona formas de progre-dirmos com a cultura”, justifi ca. Iana, que divide os trabalhos na pro-priedade com o marido, diz que é pre-ciso pensar no futuro e que, por isso, é importante que, além dos investi-mentos na propriedade, também in-vistam no crescimento pessoal. Razão que leva o casal a, sempre que pos-sível, fazer os cursos oferecidos pela Souza Cruz e outros que possam lhes ser úteis, como o curso de vinifi cação feito pelo Fábio. “Precisamos acompa-nhar os avanços tecnológicos que che-gam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmar-mos no campo e oferecermos um fu-turo melhor para nossas fi lhas”, alega Iana. O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Daniel Salatti explica que a produção agrícola está sempre evoluindo e que, por isso, a busca por novos aprendi-zados deve ser uma constante. “Estar atento às novidades, implementar tec-nologias e investir em especialização são alguns dos passos para manter uma propriedade num processo de crescimento contínuo. Isso faz parte do espírito empreendedor que vejo no Fábio e na Iana”, salienta Daniel.

“Precisamos acompanhar os avanços tecnológicos que chegam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmarmos no campo e oferecermos um futuro melhor para nossas fi lhas.”Iana Weber Pagini

Fábio e Daniel: parceria, troca de ideias e boas orientações garantem lavoura de qualidade

O PRODUTORINTEGRADO DE TABACO

FUTUROPROMISSOR

Protagonismo TecnologiaGestão

Por uma comunidade mais fortePág. 04

Benefícios comprovadosPág. 12

Planejamento,receita efi cazPág. 03

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EDITORIAL

Com o desenvol-vimento industrial nos últimos sécu-los, percebeu-se uma constante e contínua tendên-cia da migração do rural para o

urbano. Em especial do público jovem, buscando novas oportunidades de vida nesse modelo. Mais recentemente, com a tendência de profi ssionalização no meio rural, os jovens estão enxergando a pro-priedade como uma boa oportunidade de negócio e passando a projetar seu futuro, transformando-se em verdadeiros em-preendedores rurais. A tecnologia atual, que facilita o trabalho e aumenta a produ-tividade, por exemplo, é um dos motivos para as novas gerações permanecerem no campo. No caso das famílias de vocês, produtores integrados, outro fator que, acredito, contribua para isso, é a relação de confi ança, forjada ao longo da nossa história, entre a empresa, vocês e seus familiares. E hoje, nesta edição, nós que-remos que vocês conheçam a história de duas famílias de produtores que se dedi-cam à agricultura e que, por meio do uso de tecnologias e de nossa parceria, bus-cam a prosperidade do negócio. E por falar em tecnologias, chamo a aten-ção para a matéria que fala sobre a pro-dução de mudas de tabaco em bandejas plásticas no canteiro padrão. Um tema importante para esse período e pelo qual a Souza Cruz investiu forte pesquisa e, de forma pioneira, divide com os produtores integrados. Reunimos ainda, nesta revis-ta, reportagens sobre planejamento de safra e cuidados com solo, entre outros assuntos tão importantes que vão contri-buir para que vocês obtenham sempre o melhor resultado em seu trabalho.Forte abraço.

AMIGOSPRODUTORES

SUMÁ

RIO

GESTÃOPLANEJAMENTO, RECEITA EFICAZ

PROTAGONISMOPOR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE

HISTÓRIA DE SUCESSOCAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES

DIVERSIFICAÇÃOMULTIPLICAR BENEFÍCIOS

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADEDEDICAÇÃO RECOMPENSADA

DIA INTERNACIONAL DO COMBATE À MÃO DE OBRA DECRIANÇAS E ADOLESCENTES

CAPAFUTURO PROMISSOR

TECNOLOGIABENEFÍCIOS COMPROVADOS

ESPAÇO DA MULHERHABILIDADE CRIATIVA

DESTAQUEDIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

ESPECIALSOLO BEM PROTEGIDO É SOLO FÉRTIL

RECEITAHORA DA SOBREMESA!

JOVEM EMPREENDEDORAPOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO

030406

0708

0910

1214

16171920

O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO é uma publicação da Souza Cruz ltda, destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa.As opiniões manifestadas por terceiros não refl etem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Dimar Frozza, Hélio Moura, Claudimir Rodrigues, Fernanda Viana, Sandra Müller Becker, Maitê Ferreira e Sabrine WagnerJornalista Responsável: Aline Almeida (MTB 27706 RJ) | [email protected] Gráfi co e Produção Editorial: SLM Comunicação e Marketing | www.slm.com.br

Foto Capa: Gelson PereiraDimar Frozza

Diretor de Tabaco da Souza Cruz

191919

RECEITA

Ainda garoto, Marcelino Peilarski, 42 anos, descobriu suas habili-dades culinárias. Com apenas 13 anos ele já ajudava a mãe a prepa-rar as refeições da família. Alguns anos depois, sua mãe fraturou o braço e, por conta disso, Marceli-no precisou aprender a fazer pão. “Gostei tanto que, mesmo quando ela se recuperou, não quis mais parar. Comecei a procurar outras receitas para fazer bolos e até so-bremesas”, diz.Casado há dois anos com Solange Peilarski, 36 anos, ele agora divide com ela, além das tarefas nas la-vouras, a preparação dos alimen-tos. “Gostamos de receber a famí-lia e os amigos aqui em casa. Eu

fi co responsável pelo churrasco, a Solange faz todos os acompanha-mentos e juntos fazemos as sobre-mesas”, explica ele.Marcelino é irmão, e sócio, do produtor integrado à Souza Cruz, Valmir Peilarski. Na proprieda-de de 100 hectares, localizada em Colônia Queiroz, no município de Virmond (PR), eles dedicam-se à produção de 3,8 hectares de tabaco Burley, 9 hectares de milho e de 68 hectares de soja. “Trabalho é o que não falta aqui na nossa proprieda-de, mas sempre sobra tempo para preparar algo especial para minha família”, complementa Marcelino, que hoje ensina como fazer uma saborosa e prática sobremesa.

2 caixas de gelatina, sabor abacaxi1 lata de pêssego em calda, em metades1 caixinha de creme de leite1 caixinha de leite condensado½ kg de morangos

MOUSSE DEPÊSSEGOE MORANGO

Modo de fazer:Dissolva a gelatina em ½ litro de água fervente e misture ½ litro de água com gelo. No liquidifi cador, bata a gelatina com o leite condensado e o creme de leite durante 4 minu-tos. Reserve. Distribua em uma travessa as frutas picadas e cubra com o creme reservado. Leve ao freezer por 3 horas. Depois disso mantenha na geladeira até a hora de servir.

Dicas:- Pode-se substituir o morango por abacaxi. Este deve ser picado e fervido com um pouco de açúcar e água por aproxi-madamente 5 minutos. Usá-lo depois de frio e sem a calda.

- Reserve uma das metades de pêssego e 4 morangos para decorar o mousse. Faça isso quando ele já estiver

consistente.

HORA DA SOBREMESA!

Marcelino: Sobremesas são suas especialidades

18181818111

“Com o manejo adequado do solo, o mantemos fértil, saudável e protegido e, em consequência, aumentamos a produtividade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”Ademir Hartinger

Recomendações para um bom manejo de solosColeta de amostra de solo e inter-pretação dos resultados;

Aplicação do calcário e utilização da adubação orgânica, se neces-sário;

Preparo do solo com antecedência e com umidade adequada;

Descompactação e semeação da adubação verde para formação da palhada;

Plantio no camalhão alto de base larga com palhada; Rotação de culturas.

Para o bom desempenho de uma la-voura de tabaco, é fundamental que todos os procedimentos necessá-rios sejam realizados no seu devido tempo e o cuidado com solo é parte essencial nesse processo. O Analis-ta de Pesquisa da Souza Cruz, Val-mir Raddeck, explica que é preciso

BOMPLANEJAMENTO

“É o que chamamos de ‘fertilidade construída’. Estes cuidados vão pro-porcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de lavouras com alto potencial produtivo e excelência em qualidade”. Segundo ele, neste planejamento também é importante considerar quais os locais em que o tabaco será cultivado por pelo me-nos 3 safras, para melhor utilização das áreas.O solo é um recurso natural fun-damental e necessita de atenção e cuidados especiais para garantir uma safra com boa qualidade e pro-dutividade. Os produtores integra-dos à Souza Cruz há 8 anos, Ademir Hartinger, 39 anos, e Rosilene

Ressel Hartinger, 31 anos, sabem disso e procuram executar as me-lhores práticas de manejo para evi-tar erosão e melhorar a fertilidade do solo em sua propriedade, loca-lizada em Ribeirãozinho, no muni-cípio de Mafra (SC). Produtores de pesquisa há 5 anos, o casal agregou à propriedade todas as tecnologias apresentadas pela Souza Cruz e viu na prática o resultado: a produtivi-dade passou de 3.000 para 3.500 quilos por hectare. “Com o manejo adequado do solo, o mantemos fér-til, saudável e protegido e, em con-sequência, aumentamos a produti-vidade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”, confi rma Ademir.

fazer um planejamento adequado para que o solo possa ser prepara-do com antecedência. “Inicialmen-te, o produtor deve fazer a coleta de amostra para análise e, se necessá-rio, fazer a correção do solo. As pró-ximas etapas são a descompactação e a confecção do camalhão alto de base larga onde serão semeadas as espécies de adubação verde indi-cadas para a sua propriedade, com tempo sufi ciente para se desenvol-ver e formar uma boa massa verde”, ensina Valmir. Outra prática para manter o solo saudável e produtivo

que o analista também destaca é a rotação de culturas. “Nas lavouras, devemos usar as melhores técnicas agrícolas para produzir um tabaco com a qualidade que a demanda de mercado exige. Aliado a isso, tam-bém devemos proporcionar condi-ções favoráveis para que as plan-tas possam expressar seu máximo potencial produtivo. Tabaco de alta qualidade em lavouras produtivas alavanca o lucro da propriedade e isso é um ponto muito importante para manter a sustentabilidade da atividade”, conclui.

3

GESTÃO

“O planejamento é um dos momentos mais importantes em qualquer negó-cio e na produção de tabaco não é dife-rente. O sucesso de uma lavoura e, até mesmo, de toda uma propriedade rural, depende basicamente de um bom pla-nejamento”. A opinião é do Gerente Ter-ritorial de Produção Agrícola da Souza Cruz, João Chassot. No caso do tabaco, o gerente explica que é preciso defi nir todas as ações que envolvem a cultura antes mesmo da contratação da próxi-ma safra. Deve-se defi nir a área a ser plantada, a variedade e o volume a ser produzido. Além disso, é preciso orçar

os custos para projetar os resultados que se pretende obter com a cultura. “Com um planejamento bem feito, evi-taremos surpresas e teremos êxito na execução das atividades durante todas as fases da cultura, tendo assim uma maior assertividade nos resultados fi -nais”, conclui Chassot.

Questão de organização

Antonio Romário Cardoso de Carvalho, 51 anos, e seu fi lho Diuliano Cardoso de Carvalho, 26 anos, produtores integra-dos à Souza Cruz há 28 e 8 anos, res-pectivamente, levam a receita na ponta do lápis. Na sua propriedade de 17,4 hectares, localizada em São Pascoal, no município de Irineópolis (SC), tudo é feito seguindo uma programação. “Re-alizamos o planejamento no período da entressafra de cada uma das culturas que plantamos, assim teremos maior disponibilidade de tempo para defi nir a

área a ser cultivada, a quantidade de hectares necessários, fazer análises

de solo e correções, se necessário e, ainda, a manutenção das má-

quinas e equipamentos”, expli-ca Antonio que, junto com o

fi lho, além dos 6 hectares de tabaco, planta soja e trigo.

Eles também investem no

refl orestamento com uma área de 8.000 pés de eucaliptos.Segundo Diuliano, o planejamento tam-bém é feito para atender no tempo certo todas as fases das lavouras e que, após cada safra, são avaliados seus pontos positivos e negativos. “Fazemos um comparativo com as safras anteriores e, a partir dessa análise, começamos a planejar a próxima”, destaca e acres-centa: “No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüên-cia, mais rentabilidade. O bom resul-tado é garantido”. Prova disso são os ótimos resultados alcançados nas últi-mas safras: 3.500 quilos produzidos por hectare. “Estou seguindo os passos dos meus pais e, como eles, quero uma pro-priedade próspera e bem sucedida, pois não quero sair daqui. Com organização e planejamento, sabemos que isso é possível”, conclui.O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Gilmar Schwetler, que há 7 anos acom-panha a família, destaca que na pro-priedade dos Carvalho todo o trabalho é realizado pela família: “É uma proprie-dade diversifi cada. Se eles não fossem organizados e não mantivessem um planejamento geral, certamente não teriam a qualidade de vida e o sucesso que têm hoje”.

PLANEJAMENTO,

RECEITA EFICAZ

“No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüência, mais rentabilidade. O bom resultado é garantido”

A partir da esq.: Diuliano com a esposa Jucélia, o Orientador Agrícola GIlmar e Marli com o esposo Antonio

Diuliano Cardoso de Carvalho

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EDITORIAL

Com o desenvol-vimento industrial nos últimos sécu-los, percebeu-se uma constante e contínua tendên-cia da migração do rural para o

urbano. Em especial do público jovem, buscando novas oportunidades de vida nesse modelo. Mais recentemente, com a tendência de profi ssionalização no meio rural, os jovens estão enxergando a pro-priedade como uma boa oportunidade de negócio e passando a projetar seu futuro, transformando-se em verdadeiros em-preendedores rurais. A tecnologia atual, que facilita o trabalho e aumenta a produ-tividade, por exemplo, é um dos motivos para as novas gerações permanecerem no campo. No caso das famílias de vocês, produtores integrados, outro fator que, acredito, contribua para isso, é a relação de confi ança, forjada ao longo da nossa história, entre a empresa, vocês e seus familiares. E hoje, nesta edição, nós que-remos que vocês conheçam a história de duas famílias de produtores que se dedi-cam à agricultura e que, por meio do uso de tecnologias e de nossa parceria, bus-cam a prosperidade do negócio. E por falar em tecnologias, chamo a aten-ção para a matéria que fala sobre a pro-dução de mudas de tabaco em bandejas plásticas no canteiro padrão. Um tema importante para esse período e pelo qual a Souza Cruz investiu forte pesquisa e, de forma pioneira, divide com os produtores integrados. Reunimos ainda, nesta revis-ta, reportagens sobre planejamento de safra e cuidados com solo, entre outros assuntos tão importantes que vão contri-buir para que vocês obtenham sempre o melhor resultado em seu trabalho.Forte abraço.

AMIGOSPRODUTORES

SUMÁ

RIO

GESTÃOPLANEJAMENTO, RECEITA EFICAZ

PROTAGONISMOPOR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE

HISTÓRIA DE SUCESSOCAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES

DIVERSIFICAÇÃOMULTIPLICAR BENEFÍCIOS

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADEDEDICAÇÃO RECOMPENSADA

DIA INTERNACIONAL DO COMBATE À MÃO DE OBRA DECRIANÇAS E ADOLESCENTES

CAPAFUTURO PROMISSOR

TECNOLOGIABENEFÍCIOS COMPROVADOS

ESPAÇO DA MULHERHABILIDADE CRIATIVA

DESTAQUEDIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

ESPECIALSOLO BEM PROTEGIDO É SOLO FÉRTIL

RECEITAHORA DA SOBREMESA!

JOVEM EMPREENDEDORAPOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO

030406

0708

0910

1214

16171920

O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO é uma publicação da Souza Cruz ltda, destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa.As opiniões manifestadas por terceiros não refl etem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Dimar Frozza, Hélio Moura, Claudimir Rodrigues, Fernanda Viana, Sandra Müller Becker, Maitê Ferreira e Sabrine WagnerJornalista Responsável: Aline Almeida (MTB 27706 RJ) | [email protected] Gráfi co e Produção Editorial: SLM Comunicação e Marketing | www.slm.com.br

Foto Capa: Gelson PereiraDimar Frozza

Diretor de Tabaco da Souza Cruz

191919

RECEITA

Ainda garoto, Marcelino Peilarski, 42 anos, descobriu suas habili-dades culinárias. Com apenas 13 anos ele já ajudava a mãe a prepa-rar as refeições da família. Alguns anos depois, sua mãe fraturou o braço e, por conta disso, Marceli-no precisou aprender a fazer pão. “Gostei tanto que, mesmo quando ela se recuperou, não quis mais parar. Comecei a procurar outras receitas para fazer bolos e até so-bremesas”, diz.Casado há dois anos com Solange Peilarski, 36 anos, ele agora divide com ela, além das tarefas nas la-vouras, a preparação dos alimen-tos. “Gostamos de receber a famí-lia e os amigos aqui em casa. Eu

fi co responsável pelo churrasco, a Solange faz todos os acompanha-mentos e juntos fazemos as sobre-mesas”, explica ele.Marcelino é irmão, e sócio, do produtor integrado à Souza Cruz, Valmir Peilarski. Na proprieda-de de 100 hectares, localizada em Colônia Queiroz, no município de Virmond (PR), eles dedicam-se à produção de 3,8 hectares de tabaco Burley, 9 hectares de milho e de 68 hectares de soja. “Trabalho é o que não falta aqui na nossa proprieda-de, mas sempre sobra tempo para preparar algo especial para minha família”, complementa Marcelino, que hoje ensina como fazer uma saborosa e prática sobremesa.

2 caixas de gelatina, sabor abacaxi1 lata de pêssego em calda, em metades1 caixinha de creme de leite1 caixinha de leite condensado½ kg de morangos

MOUSSE DEPÊSSEGOE MORANGO

Modo de fazer:Dissolva a gelatina em ½ litro de água fervente e misture ½ litro de água com gelo. No liquidifi cador, bata a gelatina com o leite condensado e o creme de leite durante 4 minu-tos. Reserve. Distribua em uma travessa as frutas picadas e cubra com o creme reservado. Leve ao freezer por 3 horas. Depois disso mantenha na geladeira até a hora de servir.

Dicas:- Pode-se substituir o morango por abacaxi. Este deve ser picado e fervido com um pouco de açúcar e água por aproxi-madamente 5 minutos. Usá-lo depois de frio e sem a calda.

- Reserve uma das metades de pêssego e 4 morangos para decorar o mousse. Faça isso quando ele já estiver

consistente.

HORA DA SOBREMESA!

Marcelino: Sobremesas são suas especialidades

18181818111

“Com o manejo adequado do solo, o mantemos fértil, saudável e protegido e, em consequência, aumentamos a produtividade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”Ademir Hartinger

Recomendações para um bom manejo de solosColeta de amostra de solo e inter-pretação dos resultados;

Aplicação do calcário e utilização da adubação orgânica, se neces-sário;

Preparo do solo com antecedência e com umidade adequada;

Descompactação e semeação da adubação verde para formação da palhada;

Plantio no camalhão alto de base larga com palhada; Rotação de culturas.

Para o bom desempenho de uma la-voura de tabaco, é fundamental que todos os procedimentos necessá-rios sejam realizados no seu devido tempo e o cuidado com solo é parte essencial nesse processo. O Analis-ta de Pesquisa da Souza Cruz, Val-mir Raddeck, explica que é preciso

BOMPLANEJAMENTO

“É o que chamamos de ‘fertilidade construída’. Estes cuidados vão pro-porcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de lavouras com alto potencial produtivo e excelência em qualidade”. Segundo ele, neste planejamento também é importante considerar quais os locais em que o tabaco será cultivado por pelo me-nos 3 safras, para melhor utilização das áreas.O solo é um recurso natural fun-damental e necessita de atenção e cuidados especiais para garantir uma safra com boa qualidade e pro-dutividade. Os produtores integra-dos à Souza Cruz há 8 anos, Ademir Hartinger, 39 anos, e Rosilene

Ressel Hartinger, 31 anos, sabem disso e procuram executar as me-lhores práticas de manejo para evi-tar erosão e melhorar a fertilidade do solo em sua propriedade, loca-lizada em Ribeirãozinho, no muni-cípio de Mafra (SC). Produtores de pesquisa há 5 anos, o casal agregou à propriedade todas as tecnologias apresentadas pela Souza Cruz e viu na prática o resultado: a produtivi-dade passou de 3.000 para 3.500 quilos por hectare. “Com o manejo adequado do solo, o mantemos fér-til, saudável e protegido e, em con-sequência, aumentamos a produti-vidade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”, confi rma Ademir.

fazer um planejamento adequado para que o solo possa ser prepara-do com antecedência. “Inicialmen-te, o produtor deve fazer a coleta de amostra para análise e, se necessá-rio, fazer a correção do solo. As pró-ximas etapas são a descompactação e a confecção do camalhão alto de base larga onde serão semeadas as espécies de adubação verde indi-cadas para a sua propriedade, com tempo sufi ciente para se desenvol-ver e formar uma boa massa verde”, ensina Valmir. Outra prática para manter o solo saudável e produtivo

que o analista também destaca é a rotação de culturas. “Nas lavouras, devemos usar as melhores técnicas agrícolas para produzir um tabaco com a qualidade que a demanda de mercado exige. Aliado a isso, tam-bém devemos proporcionar condi-ções favoráveis para que as plan-tas possam expressar seu máximo potencial produtivo. Tabaco de alta qualidade em lavouras produtivas alavanca o lucro da propriedade e isso é um ponto muito importante para manter a sustentabilidade da atividade”, conclui.

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GESTÃO

“O planejamento é um dos momentos mais importantes em qualquer negó-cio e na produção de tabaco não é dife-rente. O sucesso de uma lavoura e, até mesmo, de toda uma propriedade rural, depende basicamente de um bom pla-nejamento”. A opinião é do Gerente Ter-ritorial de Produção Agrícola da Souza Cruz, João Chassot. No caso do tabaco, o gerente explica que é preciso defi nir todas as ações que envolvem a cultura antes mesmo da contratação da próxi-ma safra. Deve-se defi nir a área a ser plantada, a variedade e o volume a ser produzido. Além disso, é preciso orçar

os custos para projetar os resultados que se pretende obter com a cultura. “Com um planejamento bem feito, evi-taremos surpresas e teremos êxito na execução das atividades durante todas as fases da cultura, tendo assim uma maior assertividade nos resultados fi -nais”, conclui Chassot.

Questão de organização

Antonio Romário Cardoso de Carvalho, 51 anos, e seu fi lho Diuliano Cardoso de Carvalho, 26 anos, produtores integra-dos à Souza Cruz há 28 e 8 anos, res-pectivamente, levam a receita na ponta do lápis. Na sua propriedade de 17,4 hectares, localizada em São Pascoal, no município de Irineópolis (SC), tudo é feito seguindo uma programação. “Re-alizamos o planejamento no período da entressafra de cada uma das culturas que plantamos, assim teremos maior disponibilidade de tempo para defi nir a

área a ser cultivada, a quantidade de hectares necessários, fazer análises

de solo e correções, se necessário e, ainda, a manutenção das má-

quinas e equipamentos”, expli-ca Antonio que, junto com o

fi lho, além dos 6 hectares de tabaco, planta soja e trigo.

Eles também investem no

refl orestamento com uma área de 8.000 pés de eucaliptos.Segundo Diuliano, o planejamento tam-bém é feito para atender no tempo certo todas as fases das lavouras e que, após cada safra, são avaliados seus pontos positivos e negativos. “Fazemos um comparativo com as safras anteriores e, a partir dessa análise, começamos a planejar a próxima”, destaca e acres-centa: “No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüên-cia, mais rentabilidade. O bom resul-tado é garantido”. Prova disso são os ótimos resultados alcançados nas últi-mas safras: 3.500 quilos produzidos por hectare. “Estou seguindo os passos dos meus pais e, como eles, quero uma pro-priedade próspera e bem sucedida, pois não quero sair daqui. Com organização e planejamento, sabemos que isso é possível”, conclui.O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Gilmar Schwetler, que há 7 anos acom-panha a família, destaca que na pro-priedade dos Carvalho todo o trabalho é realizado pela família: “É uma proprie-dade diversifi cada. Se eles não fossem organizados e não mantivessem um planejamento geral, certamente não teriam a qualidade de vida e o sucesso que têm hoje”.

PLANEJAMENTO,

RECEITA EFICAZ

“No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüência, mais rentabilidade. O bom resultado é garantido”

A partir da esq.: Diuliano com a esposa Jucélia, o Orientador Agrícola GIlmar e Marli com o esposo Antonio

Diuliano Cardoso de Carvalho

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PROTAGONISMO

POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTEA atividade agrícola no Brasil ganhou expressão a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes europeus. Por

causa do relativo isolamento geográfi co a que estavam sujeitos, criaram-se os espaços de convivência para as famílias,

as chamadas comunidades rurais, que se consolidaram por meio dos laços étnicos, familiares, religiosos e de interesses econômicos. Passados dois séculos,

as comunidades ainda exercem um

importante papel entre os agriculto-

res. Para o chefe do Centro de Socio-

economia e Planejamento Agrícola

da Empresa de Pesquisa Agropecu-

ária e Extensão Rural de Santa Cata-

rina (Cepa/Epagri), Reney Dorow, as

comunidades são essenciais para o

fortalecimento das famílias no meio

rural. “Os empreendimentos rurais

e, por conseqüência, as famílias

que neles atuam, passam por mui-

tos desafi os, seja de ordem familiar,

econômica ou ambiental. A capa-

cidade de superar esses desafi os

certamente se expressa melhor em

comunidades estruturadas e atuan-

tes”, afi rma. Segundo ele, a questão

essencial de uma comunidade ideal

é sua sustentabilidade. Contudo, de-

vido à complexidade das diferentes

necessidades, torna-se difícil defi nir

um modelo perfeito: “De todo modo,

alguns elementos podem ser consi-

derados essenciais, tais como a pos-

sibilidade de expressar sua cultura

e religião; acessar fatores de ordem

econômica, como trabalho e terra;

de ordem social, como segurança e

saúde ou ainda outros, como logís-

tica e comunicação, permitindo sua

interação com o mundo exterior”.

Geovan com a esposa Cecília e os fi lhos Felipe, Raíssa e os gêmeos Lucas e Raquel 17171777

deral do Paraná - UFPR.Em Costa do Arroio Grande, no mu-nicípio de Canguçu (RS), o produtor integrado à Souza Cruz há 15 anos, Gilnei Renato Ludwig, 43 anos, dá exemplo de consciência ambiental. “Eu quero, quando chegar aos meus 50, 60 anos, respirar um oxigênio puro, ter uma água de boa qualidade para beber e terra fértil para produ-zir. Isso também é o que desejo para meus fi lhos e netos e, por isso, faço a minha parte aqui em minha proprie-dade”, conta. Gilnei conserva áreas de mata nativa bem além do exigido por lei e, além disso, prepara suas la-vouras de tabaco em curva de nível e faz o plantio direto no camalhão alto de base larga para que sua terra não perca nutrientes, umidade e, tam-pouco, que sofra com a erosão. “São pequenas atitudes que podem gerar grandes resultados. Basta que todos tenham essa consciência e façam a sua parte” reforça Gilnei.

ESPECIAL

O sucesso de uma safra depende diretamente de planejar as ativida-des. Por isso, observar a qualidade e a fertilidade do solo é um ponto importantíssimo. A análise do solo, a descompactação, o camalhão alto de base larga com palhada e em ní-vel, a rotação de culturas são ações que contribuem para evitar a erosão. Quem alerta é o Analista de Pesqui-sa da Souza Cruz, Juliano de Jesus.

SOLO BEMPROTEGIDOÉ SOLOFÉRTIL

Gilnei: conservação e cuidados com a mata nativa mantém a integridade das nascentes e córregos dentro da propriedade

O casal de produtores Ademir e Rosilene com os Analistas de Pesquisa Juliano (à esq.) e Valmir conferem o desenvolvimen-to do sistema radicular do tabaco

1616616161

DESTAQUE

DIA MUNDIAL DOMEIO AMBIENTE05 DE JUNHO

Foi em Estocolmo, na Suécia, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano e, desde então, essa foi a data escolhi-da para marcar e comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Seu prin-cipal objetivo é chamar a atenção das pessoas sobre a importância da pre-servação dos nossos recursos natu-rais e, portanto, da biodiversidade e da necessidade de leis que garantam o desenvolvimento, sem afetar nega-tivamente o meio ambiente e asse-gurem um desenvolvimento susten-tável.A Souza Cruz acredita que a susten-tabilidade é o único caminho para assegurar o futuro da cadeia produ-tiva do tabaco. Por isso, ela busca disponibilizar aos seus produtores integrados acesso a todo o tipo de informações e tecnologias disponí-veis. A Souza Cruz implementou em suas atividades, há 99 anos, o Siste-ma Integrado de Produção de Taba-co, que objetiva oferecer segurança

de produção e consumo a todos os envolvidos nessa cadeia. É um com-promisso gerado em parceria com os produtores integrados, que garantem a qualidade e integridade do produto fi nal. Além disso, a Souza Cruz tam-bém investe na criação e execução de programas que melhoram a vida do produtor e do planeta, como por exemplo o Programa Refl orestar, que fornece mudas e recomendações de manejo e plantio de espécies fl ores-tais legais para energia, o Plano Dire-tor de Solos, reforçando os cuidados com o solo e o seu correto manuseio, o Programa Amigos da Mata Nativa, que viabiliza o acesso à lenha de ori-gem legal para aqueles produtores que não possuem área sufi ciente para implantar um refl orestamento ou o mesmo ainda não está em ponto de corte, e mais recentemente o Pro-grama Gestor de Recursos Hídricos em parceria com a Universidade Fe-deral de Pelotas - UFPEL e o Progra-ma Gestor de Recursos Florestais, em parceria com a Universidade Fe-

A partir da dir.: o produtor Gilnei, a esposa Arlete, o fi lho Angelo, o pai, produtor aposentado, Mário Ludwig e o Orientador Agrícola Everton Bonow: mata nativa preservada além do exigido por lei

Espinilho: árvore centená-ria numa das áreas de pre-servação da propriedade. 5

Ciente do importante papel que as

comunidades representam para

os produtores rurais e suas famí-

lias, o produtor integrado à Souza

Cruz há 17 anos, Geovan Ramos, 39

anos, dedica boa parte de seu tem-

po ao fortalecimento da comunida-

de de Pitangueira, no município de

Agrolândia (SC), onde vive com a

família. Ministro da Eucaristia há 21

anos, Geovan, que também é vice-

presidente da Associação dos Pro-

dutores Rurais do município, sempre

fez parte da diretoria da comunida-

de. Ele conta que há 5 anos, durante

seu último mandato como presiden-

te, auxiliou na construção do novo

Centro Comunitário para abrigar,

além das festas da comunidade, as

reuniões da associação dos produ-

tores e os treinamentos e cursos

que buscam por meio do Senar, da

Prefeitura e de empresas parceiras.

“Precisamos de uma comunidade

organizada, atuante e solidária para

estimular a união entre as famílias.

Um local de aprendizado e convivên-

cia, que trabalhe pela permanência

dessas famílias no campo” destaca.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Helio Savitski, que

há 8 anos acompa-

nha a família, atesta

que a comunidade de

Pitangueira é muito

organizada e alinha-

da à visão da Souza

Cruz com relação às

comunidades fortes

e prósperas. “Quan-

do falamos em sus-

tentabilidade, den-

tro de um processo

social, ambiental e

econômico, Pitan-

gueira é referência

na região”. Segundo

ele, isso se deve ao esforço e lide-

rança de todas as pessoas envolvi-

das na comunidade, “em especial

o Geovan, que sempre faz de tudo

para que todos os membros tenham

muitas oportunidades de cresci-

mento”, fi naliza.

Geovan entre a esposa Cecília e o Orientador Agrícola Helio: comunida-de forte com o apoio de todos

Sempre próximo da comunidade, Geovan exerce com orgulho a função de Ministro da Eucaristia há 21 anos

Page 5: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

4

PROTAGONISMO

POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTEA atividade agrícola no Brasil ganhou expressão a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes europeus. Por

causa do relativo isolamento geográfi co a que estavam sujeitos, criaram-se os espaços de convivência para as famílias,

as chamadas comunidades rurais, que se consolidaram por meio dos laços étnicos, familiares, religiosos e de interesses econômicos. Passados dois séculos,

as comunidades ainda exercem um

importante papel entre os agriculto-

res. Para o chefe do Centro de Socio-

economia e Planejamento Agrícola

da Empresa de Pesquisa Agropecu-

ária e Extensão Rural de Santa Cata-

rina (Cepa/Epagri), Reney Dorow, as

comunidades são essenciais para o

fortalecimento das famílias no meio

rural. “Os empreendimentos rurais

e, por conseqüência, as famílias

que neles atuam, passam por mui-

tos desafi os, seja de ordem familiar,

econômica ou ambiental. A capa-

cidade de superar esses desafi os

certamente se expressa melhor em

comunidades estruturadas e atuan-

tes”, afi rma. Segundo ele, a questão

essencial de uma comunidade ideal

é sua sustentabilidade. Contudo, de-

vido à complexidade das diferentes

necessidades, torna-se difícil defi nir

um modelo perfeito: “De todo modo,

alguns elementos podem ser consi-

derados essenciais, tais como a pos-

sibilidade de expressar sua cultura

e religião; acessar fatores de ordem

econômica, como trabalho e terra;

de ordem social, como segurança e

saúde ou ainda outros, como logís-

tica e comunicação, permitindo sua

interação com o mundo exterior”.

Geovan com a esposa Cecília e os fi lhos Felipe, Raíssa e os gêmeos Lucas e Raquel 17171777

deral do Paraná - UFPR.Em Costa do Arroio Grande, no mu-nicípio de Canguçu (RS), o produtor integrado à Souza Cruz há 15 anos, Gilnei Renato Ludwig, 43 anos, dá exemplo de consciência ambiental. “Eu quero, quando chegar aos meus 50, 60 anos, respirar um oxigênio puro, ter uma água de boa qualidade para beber e terra fértil para produ-zir. Isso também é o que desejo para meus fi lhos e netos e, por isso, faço a minha parte aqui em minha proprie-dade”, conta. Gilnei conserva áreas de mata nativa bem além do exigido por lei e, além disso, prepara suas la-vouras de tabaco em curva de nível e faz o plantio direto no camalhão alto de base larga para que sua terra não perca nutrientes, umidade e, tam-pouco, que sofra com a erosão. “São pequenas atitudes que podem gerar grandes resultados. Basta que todos tenham essa consciência e façam a sua parte” reforça Gilnei.

ESPECIAL

O sucesso de uma safra depende diretamente de planejar as ativida-des. Por isso, observar a qualidade e a fertilidade do solo é um ponto importantíssimo. A análise do solo, a descompactação, o camalhão alto de base larga com palhada e em ní-vel, a rotação de culturas são ações que contribuem para evitar a erosão. Quem alerta é o Analista de Pesqui-sa da Souza Cruz, Juliano de Jesus.

SOLO BEMPROTEGIDOÉ SOLOFÉRTIL

Gilnei: conservação e cuidados com a mata nativa mantém a integridade das nascentes e córregos dentro da propriedade

O casal de produtores Ademir e Rosilene com os Analistas de Pesquisa Juliano (à esq.) e Valmir conferem o desenvolvimen-to do sistema radicular do tabaco

1616616161

DESTAQUE

DIA MUNDIAL DOMEIO AMBIENTE05 DE JUNHO

Foi em Estocolmo, na Suécia, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano e, desde então, essa foi a data escolhi-da para marcar e comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Seu prin-cipal objetivo é chamar a atenção das pessoas sobre a importância da pre-servação dos nossos recursos natu-rais e, portanto, da biodiversidade e da necessidade de leis que garantam o desenvolvimento, sem afetar nega-tivamente o meio ambiente e asse-gurem um desenvolvimento susten-tável.A Souza Cruz acredita que a susten-tabilidade é o único caminho para assegurar o futuro da cadeia produ-tiva do tabaco. Por isso, ela busca disponibilizar aos seus produtores integrados acesso a todo o tipo de informações e tecnologias disponí-veis. A Souza Cruz implementou em suas atividades, há 99 anos, o Siste-ma Integrado de Produção de Taba-co, que objetiva oferecer segurança

de produção e consumo a todos os envolvidos nessa cadeia. É um com-promisso gerado em parceria com os produtores integrados, que garantem a qualidade e integridade do produto fi nal. Além disso, a Souza Cruz tam-bém investe na criação e execução de programas que melhoram a vida do produtor e do planeta, como por exemplo o Programa Refl orestar, que fornece mudas e recomendações de manejo e plantio de espécies fl ores-tais legais para energia, o Plano Dire-tor de Solos, reforçando os cuidados com o solo e o seu correto manuseio, o Programa Amigos da Mata Nativa, que viabiliza o acesso à lenha de ori-gem legal para aqueles produtores que não possuem área sufi ciente para implantar um refl orestamento ou o mesmo ainda não está em ponto de corte, e mais recentemente o Pro-grama Gestor de Recursos Hídricos em parceria com a Universidade Fe-deral de Pelotas - UFPEL e o Progra-ma Gestor de Recursos Florestais, em parceria com a Universidade Fe-

A partir da dir.: o produtor Gilnei, a esposa Arlete, o fi lho Angelo, o pai, produtor aposentado, Mário Ludwig e o Orientador Agrícola Everton Bonow: mata nativa preservada além do exigido por lei

Espinilho: árvore centená-ria numa das áreas de pre-servação da propriedade. 5

Ciente do importante papel que as

comunidades representam para

os produtores rurais e suas famí-

lias, o produtor integrado à Souza

Cruz há 17 anos, Geovan Ramos, 39

anos, dedica boa parte de seu tem-

po ao fortalecimento da comunida-

de de Pitangueira, no município de

Agrolândia (SC), onde vive com a

família. Ministro da Eucaristia há 21

anos, Geovan, que também é vice-

presidente da Associação dos Pro-

dutores Rurais do município, sempre

fez parte da diretoria da comunida-

de. Ele conta que há 5 anos, durante

seu último mandato como presiden-

te, auxiliou na construção do novo

Centro Comunitário para abrigar,

além das festas da comunidade, as

reuniões da associação dos produ-

tores e os treinamentos e cursos

que buscam por meio do Senar, da

Prefeitura e de empresas parceiras.

“Precisamos de uma comunidade

organizada, atuante e solidária para

estimular a união entre as famílias.

Um local de aprendizado e convivên-

cia, que trabalhe pela permanência

dessas famílias no campo” destaca.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Helio Savitski, que

há 8 anos acompa-

nha a família, atesta

que a comunidade de

Pitangueira é muito

organizada e alinha-

da à visão da Souza

Cruz com relação às

comunidades fortes

e prósperas. “Quan-

do falamos em sus-

tentabilidade, den-

tro de um processo

social, ambiental e

econômico, Pitan-

gueira é referência

na região”. Segundo

ele, isso se deve ao esforço e lide-

rança de todas as pessoas envolvi-

das na comunidade, “em especial

o Geovan, que sempre faz de tudo

para que todos os membros tenham

muitas oportunidades de cresci-

mento”, fi naliza.

Geovan entre a esposa Cecília e o Orientador Agrícola Helio: comunida-de forte com o apoio de todos

Sempre próximo da comunidade, Geovan exerce com orgulho a função de Ministro da Eucaristia há 21 anos

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6

Há 22 anos, quando casou com Lu-

ciane Anacleto, 39 anos, o produtor

integrado com a Souza Cruz, Val-

dinei Anacleto, 40 anos, recebeu

de seus pais uma área de 17 hec-

tares, localizada em Rio Glória, no

município de Braço do Norte (SC).

Ele conta que na propriedade ha-

via uma pequena casa de madeira,

uma estufa convencional e um ve-

lho paiol. Na época, para dar início

à produção de 1,9 hectares de taba-

co, o casal comprou uma junta de

bois e um arado. “Somos fi lhos de

produtores de tabaco e já co-

nhecíamos a cultura. Isso

facilitou nosso desen-

volvimento”, comen-

ta Valdinei. Prova disso

foi que, após a primeira

safra, já tiveram condições de

fazer novos investimentos, como

a compra de uma moto para levá-

los até a cidade quando precisavam,

pois a distância de 4 quilômetros

era percorrida a pé.

A cada novo ano, novas conquistas

foram alcançadas. A primeira delas,

em 1998, quando compraram mais

5 hectares de terra. Desde então, já

construíram um novo paiol e duas es-

tufas LL; compraram um micro tra-

tor e uma carreta; anos mais tarde,

um trator e implementos; um fusca,

que foi dando lugar a outros mode-

los de carro, até chegar ao atual, um

Mitsubishi L200 zero quilômetro,

e construíram uma confortável

HISTÓRIA DE SUCESSO

CAMINHO DETRANSFORMAÇÕES

casa para eles e outra para a fi lha

Mônica, já casada, que mora numa

cidade vizinha. “Temos certeza de

que, ao optarmos pelo taba-

co como principal cultu-

ra, fi zemos a escolha

certa. Hoje, plan-

tamos mais do

que quando

começa-

mos.

“Hoje, plantamos mais do que quando

começamos. Porém, por conta dos avanços tecnológicos,

temos bem menos trabalho. Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”Po-

r é m ,

por conta

dos avanços tec-

nológicos, temos

bem menos trabalho.

Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”, alega o

produtor. Para Luciane, tudo isso

também é resultado da dedicação e da

gestão que aplicam na propriedade. “Es-

tamos orgulhosos do que conquistamos.

Trabalhamos para isso”, conclui.

Valdinei com a esposa Luciane e o fi lho Thiago.

Valdinei e Luciane: tabaco impulsionou a propriedade

Valdinei Anacleto

1551515

ESPAÇO DA MULHER

Corte no tecido de algodão estam-

pado uma tira de 60cm x 8cm para

a alça do pescoço e outra de 36cm x

16cm para o acabamento do bolso;

Faça a alça do pescoço costurando pelo

lado avesso no sentido do comprimen-

to. Desvire com a ajuda de uma tesou-

ra e vinque com o ferro bem quente;

Coloque o acabamento na parte su-

perior do bolso direito sobre avesso e

costure na borda superior;

18cm

5cm

55cm

36cm

36cm

20cm

AVEN

TAL

BO

LSO

Faça os moldes do corpo e do bol-

so do avental conforme o desenho.

Corte essas peças no tecido ter-

brim;

COMO FAZER...

1

2 3 4

Dobre ao meio o acabamento e vire

para o outro lado do bolso. Costure

direito sobre direito;

5 6 7Alinhave ou prenda com alfi netes o

bolso pronto sobre o avental;

Costure um viés em volta de todo o

avental;

Prenda as alças do pescoço. 8

Pode-se usar um viés comprado pronto ou fazê-lo em casa com o tecido estampado;

Use sua criatividade para enfeitar a parte de cima do avental.

DICAS

1411414

Costurar já era um desejo de menina

que, aos 16 anos, começou a se tor-

nar realidade quando Ivete Maria Ven-

zke Dettmann, 47 anos, fez um curso

completo de corte e costura. “Essa era

a profi ssão que eu queria para mim e

hoje me sinto realizada”, comemora.

Ela conta que iniciou fazendo as pe-

ças mais básicas para, com a prática,

confeccionar roupas mais trabalhosas,

como ternos e vestidos de festa. Há 15

anos, fez o primeiro vestido de noiva,

mas somente quando fez o vestido da

fi lha, há sete anos, é que se tornou re-

ferência na região e até em municípios

vizinhos. “Desde então, já perdi a conta

de quantas noivas vesti”, conta com or-

gulho. Habilidosa, além das roupas, ela

costura peças artesanais, faz crochê e

muitos bordados.

Casada há 29 anos com Silvio Dett-

mann, 55 anos, Ivete é mãe de Stefan

Dettmann, 23 anos, - os dois, são pro-

dutores integrados à Souza Cruz há 20 e

4 anos, respectivamente - e de Ana Pau-

la, 28 anos, que a ajuda com os borda-

dos dos vestidos de noiva e de festa. Na

propriedade de 40 hectares da família,

localizada em Colônia Aliança, no mu-

nicípio de Pelotas (RS), eles produzem 3

hectares de tabaco, além do milho para

silagem e pastagem para alimentar o

rebanho de gado leiteiro, que é respon-

sável pela produção de 80.000 litros de

leite por ano.

Passo a passoAcompanhe o passo a passo e faça esse lindoAvental Porta Prendedores de Roupa

Material:40 cm de tecido terbrim na cor de sua preferência40 cm de tecido de algodão estampado para osacabamentos1,70 m de viésLinha, agulha, tesoura e alfi netes

HABILIDADECRIATIVA

7

DIVERSIFICAÇÃO

Há 43 anos, o produtor integrado

com a Souza Cruz, Antenor Gapski,

73 anos, fazia a sua primeira lavoura

de tabaco em sua propriedade de 22

hectares localizada em Salto D’Água

Verde, no município de Canoinhas

(SC). Na época, recém casado com

Lúcia Gapski, 62 anos, além do ta-

baco, o casal plantava feijão e horta-

liças para o consumo próprio. Hoje,

aposentados, eles veem os fi lhos,

Odair e Gilmar, 42 e 36 anos, res-

pectivamente, e produtores integra-

dos à Souza Cruz desde 2003, darem

continuidade e prosperidade ao ne-

gócio. “Na medida em que nossos

fi lhos começaram a trabalhar nas

lavouras, conseguimos aumentar a

área plantada e, em conseqüência,

aumentar nossos lucros. Isso nos

oportunizou realizar investimen-

tos, como a compra de mais terras

e maquinários, possibilitando a di-

versifi cação da produção”, destaca

Antenor.

Hoje, a propriedade da família conta

com uma área de 78 hectares, dos

quais 6,6 são destinados ao tabaco;

16 ao milho; 45 à soja; 6 ao eucalipto

e 1 ao feijão pós tabaco. Além disso,

entregam 6 toneladas de erva mate

em folha por ano para benefi cia-

mento e, para o consumo da família,

produzem arroz, verduras variadas,

criam gado leiteiro, suínos e gali-

nhas. Para essa família que trabalha

unida, compartilha as decisões e di-

vide as responsabilidades, a diversi-

fi cação veio para aumentar os lucros

e dar mais tranquilidade para todos.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem

renda garantida. Produzimos saben-

do o quanto vamos receber. O tabaco

se tornou uma alternativa sustentá-

vel para a renda da família”, justifi ca

Odair. Já Gilmar, que concorda com

irmão, acrescenta: “Precisamos

pensar no futuro. Fazemos tudo isso

pensando no bem estar dos nossos

fi lhos e também porque queremos

mostrar para eles o quanto a agri-

cultura familiar e a sua diversifi ca-

ção são importantes.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem renda garantida. Produzimos sabendo o quanto vamos receber.O tabaco se tornou uma alternativa sustentável para a renda da família”.”

MULTIPLICARBENEFÍCIOS

Odair Gapski

A família Gapski e o Orientador Agrícola Almir Tuchinski

Tabaco de qualidade: carro chefe da família Gapski

Antenor confere com os fi lhos Gilmar e Odair a qualidade do milho produzido.

Page 7: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

6

Há 22 anos, quando casou com Lu-

ciane Anacleto, 39 anos, o produtor

integrado com a Souza Cruz, Val-

dinei Anacleto, 40 anos, recebeu

de seus pais uma área de 17 hec-

tares, localizada em Rio Glória, no

município de Braço do Norte (SC).

Ele conta que na propriedade ha-

via uma pequena casa de madeira,

uma estufa convencional e um ve-

lho paiol. Na época, para dar início

à produção de 1,9 hectares de taba-

co, o casal comprou uma junta de

bois e um arado. “Somos fi lhos de

produtores de tabaco e já co-

nhecíamos a cultura. Isso

facilitou nosso desen-

volvimento”, comen-

ta Valdinei. Prova disso

foi que, após a primeira

safra, já tiveram condições de

fazer novos investimentos, como

a compra de uma moto para levá-

los até a cidade quando precisavam,

pois a distância de 4 quilômetros

era percorrida a pé.

A cada novo ano, novas conquistas

foram alcançadas. A primeira delas,

em 1998, quando compraram mais

5 hectares de terra. Desde então, já

construíram um novo paiol e duas es-

tufas LL; compraram um micro tra-

tor e uma carreta; anos mais tarde,

um trator e implementos; um fusca,

que foi dando lugar a outros mode-

los de carro, até chegar ao atual, um

Mitsubishi L200 zero quilômetro,

e construíram uma confortável

HISTÓRIA DE SUCESSO

CAMINHO DETRANSFORMAÇÕES

casa para eles e outra para a fi lha

Mônica, já casada, que mora numa

cidade vizinha. “Temos certeza de

que, ao optarmos pelo taba-

co como principal cultu-

ra, fi zemos a escolha

certa. Hoje, plan-

tamos mais do

que quando

começa-

mos.

“Hoje, plantamos mais do que quando

começamos. Porém, por conta dos avanços tecnológicos,

temos bem menos trabalho. Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”Po-

r é m ,

por conta

dos avanços tec-

nológicos, temos

bem menos trabalho.

Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”, alega o

produtor. Para Luciane, tudo isso

também é resultado da dedicação e da

gestão que aplicam na propriedade. “Es-

tamos orgulhosos do que conquistamos.

Trabalhamos para isso”, conclui.

Valdinei com a esposa Luciane e o fi lho Thiago.

Valdinei e Luciane: tabaco impulsionou a propriedade

Valdinei Anacleto

1551515

ESPAÇO DA MULHER

Corte no tecido de algodão estam-

pado uma tira de 60cm x 8cm para

a alça do pescoço e outra de 36cm x

16cm para o acabamento do bolso;

Faça a alça do pescoço costurando pelo

lado avesso no sentido do comprimen-

to. Desvire com a ajuda de uma tesou-

ra e vinque com o ferro bem quente;

Coloque o acabamento na parte su-

perior do bolso direito sobre avesso e

costure na borda superior;

18cm

5cm

55cm

36cm

36cm

20cm

AVEN

TAL

BO

LSO

Faça os moldes do corpo e do bol-

so do avental conforme o desenho.

Corte essas peças no tecido ter-

brim;

COMO FAZER...

1

2 3 4

Dobre ao meio o acabamento e vire

para o outro lado do bolso. Costure

direito sobre direito;

5 6 7Alinhave ou prenda com alfi netes o

bolso pronto sobre o avental;

Costure um viés em volta de todo o

avental;

Prenda as alças do pescoço. 8

Pode-se usar um viés comprado pronto ou fazê-lo em casa com o tecido estampado;

Use sua criatividade para enfeitar a parte de cima do avental.

DICAS

1411414

Costurar já era um desejo de menina

que, aos 16 anos, começou a se tor-

nar realidade quando Ivete Maria Ven-

zke Dettmann, 47 anos, fez um curso

completo de corte e costura. “Essa era

a profi ssão que eu queria para mim e

hoje me sinto realizada”, comemora.

Ela conta que iniciou fazendo as pe-

ças mais básicas para, com a prática,

confeccionar roupas mais trabalhosas,

como ternos e vestidos de festa. Há 15

anos, fez o primeiro vestido de noiva,

mas somente quando fez o vestido da

fi lha, há sete anos, é que se tornou re-

ferência na região e até em municípios

vizinhos. “Desde então, já perdi a conta

de quantas noivas vesti”, conta com or-

gulho. Habilidosa, além das roupas, ela

costura peças artesanais, faz crochê e

muitos bordados.

Casada há 29 anos com Silvio Dett-

mann, 55 anos, Ivete é mãe de Stefan

Dettmann, 23 anos, - os dois, são pro-

dutores integrados à Souza Cruz há 20 e

4 anos, respectivamente - e de Ana Pau-

la, 28 anos, que a ajuda com os borda-

dos dos vestidos de noiva e de festa. Na

propriedade de 40 hectares da família,

localizada em Colônia Aliança, no mu-

nicípio de Pelotas (RS), eles produzem 3

hectares de tabaco, além do milho para

silagem e pastagem para alimentar o

rebanho de gado leiteiro, que é respon-

sável pela produção de 80.000 litros de

leite por ano.

Passo a passoAcompanhe o passo a passo e faça esse lindoAvental Porta Prendedores de Roupa

Material:40 cm de tecido terbrim na cor de sua preferência40 cm de tecido de algodão estampado para osacabamentos1,70 m de viésLinha, agulha, tesoura e alfi netes

HABILIDADECRIATIVA

7

DIVERSIFICAÇÃO

Há 43 anos, o produtor integrado

com a Souza Cruz, Antenor Gapski,

73 anos, fazia a sua primeira lavoura

de tabaco em sua propriedade de 22

hectares localizada em Salto D’Água

Verde, no município de Canoinhas

(SC). Na época, recém casado com

Lúcia Gapski, 62 anos, além do ta-

baco, o casal plantava feijão e horta-

liças para o consumo próprio. Hoje,

aposentados, eles veem os fi lhos,

Odair e Gilmar, 42 e 36 anos, res-

pectivamente, e produtores integra-

dos à Souza Cruz desde 2003, darem

continuidade e prosperidade ao ne-

gócio. “Na medida em que nossos

fi lhos começaram a trabalhar nas

lavouras, conseguimos aumentar a

área plantada e, em conseqüência,

aumentar nossos lucros. Isso nos

oportunizou realizar investimen-

tos, como a compra de mais terras

e maquinários, possibilitando a di-

versifi cação da produção”, destaca

Antenor.

Hoje, a propriedade da família conta

com uma área de 78 hectares, dos

quais 6,6 são destinados ao tabaco;

16 ao milho; 45 à soja; 6 ao eucalipto

e 1 ao feijão pós tabaco. Além disso,

entregam 6 toneladas de erva mate

em folha por ano para benefi cia-

mento e, para o consumo da família,

produzem arroz, verduras variadas,

criam gado leiteiro, suínos e gali-

nhas. Para essa família que trabalha

unida, compartilha as decisões e di-

vide as responsabilidades, a diversi-

fi cação veio para aumentar os lucros

e dar mais tranquilidade para todos.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem

renda garantida. Produzimos saben-

do o quanto vamos receber. O tabaco

se tornou uma alternativa sustentá-

vel para a renda da família”, justifi ca

Odair. Já Gilmar, que concorda com

irmão, acrescenta: “Precisamos

pensar no futuro. Fazemos tudo isso

pensando no bem estar dos nossos

fi lhos e também porque queremos

mostrar para eles o quanto a agri-

cultura familiar e a sua diversifi ca-

ção são importantes.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem renda garantida. Produzimos sabendo o quanto vamos receber.O tabaco se tornou uma alternativa sustentável para a renda da família”.”

MULTIPLICARBENEFÍCIOS

Odair Gapski

A família Gapski e o Orientador Agrícola Almir Tuchinski

Tabaco de qualidade: carro chefe da família Gapski

Antenor confere com os fi lhos Gilmar e Odair a qualidade do milho produzido.

Page 8: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

8

DEDICAÇÃO RECOMPENSADAO produtor integrado com a Souza

Cruz há 8 anos, Hamilton Sawczuki,

46 anos, tem bons motivos para co-

memorar. A produtividade de sua

lavoura de tabaco passou de 2.500

quilos por hectare para mais de

3.000 quilos no decorrer deste pe-

ríodo com excelente qualidade. Se-

gundo ele, diversos foram os fatores

para o crescimento, mas, entre eles,

Hamilton destaca o preparo do solo.

“Fazer análises de solo e suas corre-

ções, boa descompactação e cama-

lhão alto de base larga com uma boa

palhada, faz a diferença para o bom

resultado da safra”, destaca o pro-

dutor, que também faz a adubação

em várias etapas. E ele ainda ates-

ta: “Em qualquer atividade agrícola,

é preciso dedicação e boa vontade.

Para mim, esses são ingredientes

indispensáveis para alcançar bons

resultados”.

Em sua propriedade de 6 hectares,

localizada em Água Quente dos Luz,

no município de Rebouças (PR), Ha-

milton produz 2,7 hectares de ta-

baco Virgínia junto com a esposa,

Manoeli de Albuquerque Choremba-

la, 27 anos, com quem está casado há

5 anos. Conscientes da importância

da preservação ambiental, eles ain-

da plantam 2,4 hectares de eucalipto

para produção de lenha, utilizada na

cura do tabaco e também para ven-

da. Além disso, cultivam uma farta e

variada horta para consumo próprio.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Gildo Zaborowski, não tem dúvidas

da dedicação do casal. “Eles aceitam

e colocam em prática o que é suge-

rido pela empresa. São esclarecidos

e buscam constantemente informa-

ções de como produzir mais e me-

lhor. Com atitudes assim, o resultado

aparece e eles dão o exemplo, uma

vez que produziram em torno de 12%

a mais que a média da região nas úl-

timas safras”, destaca.

“Em qualquer atividade agrícola é preciso dedicação e boa vontade. Para mim, esses são ingredientes indispensáveis para alcançar bons resultados.”

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADE

Hamilton Sawczuki

Hamilton e o Orientador Agrícola Gildo Zaborowski avaliam o bom desempenho de sua lavoura

13

“A primeira grande

diferença que percebi foi

na qualidade das raízes.

Nas bandejas plásticas, as mudas saem inteiras, sem

qualquer tipo de lesão, como quebra ou fi ssura, e

isso preserva a sanidade da planta,

sem risco de doenças”

Edevaldo Rengel

Compromisso sustentável

Investir em pesquisas e desenvol-

vimentos de tecnologias sempre foi

uma preocupação da empresa. Em

meados da década de 1990, a Sou-

za Cruz desenvolveu o “sistema fl o-

at” com bandejas de poliestireno

(isopor) para a produção de mudas,

substituindo os canteiros convencio-

nais usados até aquela época. Essa

tecnologia foi implementada em

tempo recorde, sendo que, em 1999,

erradicou totalmente o uso do bro-

meto de metila na esterilização dos

canteiros, trazendo benefícios signi-

fi cativos ao meio ambiente. Aliado a

isso, com o uso do novo método, re-

duziu consideravelmente a utilização

de defensivos na produção de mudas.

Agora, mais recentemente, com no-

vas pesquisas da Souza Cruz, a ban-

deja de poliestireno está sendo subs-

tituída pela bandeja plástica, que é

considerada ambientalmente mais

sustentável.

Fábio mostra, em detalhes, a qualidade da bandeja plástica para Edevaldo

Canteiro padrão

Kit boia, bandejas plásticas e canteiro padrão: mudas de boa qualidade e sanidade

12

TECNOLOGIA

BENEFÍCIOSCOMPROVADOS

Mudas de tabaco sadias e de qualida-

de são a base de uma excelente safra.

E para aperfeiçoar ainda mais essa

fase da produção, o Coordenador de

Difusão de Tecnologias da Souza Cruz,

Junior Blaz, conta que depois de mui-

ta pesquisa, a Souza Cruz identifi cou

diversos benefícios, que poderiam ser

aliados ao canteiro padrão, como o

uso da bandeja plástica em relação à

de poliestireno (isopor). “Após alguns

anos de pesquisa, chegamos ao me-

lhor modelo de bandeja plástica, que

atende muito bem às necessidades do

tabaco e, desde 2014, a empresa só

comercializa bandejas plásticas”, diz.

O produtor integrado com a Souza

Cruz, há 17 anos, Edevaldo Rengel, 35

anos, conhece na prática as vantagens

das bandejas plásticas para a produ-

ção de mudas de tabaco. Nos seis

canteiros padrão de sua propriedade

localizada em Alto Ivaí, no município

de Imbuia (SC), 35% das 75 mil mudas

já são produzidas nelas. Ele, que há 2

anos começou a fazer a substituição

gradual das bandejas, conta que as

vantagens apareceram já na primeira

safra: “A primeira grande diferença

que percebi foi na qualidade das raí-

zes. Nas bandejas plásticas as mudas

saem inteiras, sem qualquer tipo de

lesão como quebra ou fi ssura e isso

preserva a sanidade da planta, sem

risco a doenças”. Edevaldo conta que

também observou outros pontos mais

favoráveis como a durabilidade, a fa-

cilidade para limpeza, menos espaço

para o armazenamento e otimização

do espaço do canteiro, já que a bande-

ja plástica produz mais mudas. “Es-

tou muito satisfeito e pretendo, em

breve, produzir 100% das mudas em

bandejas plásticas”, conclui.

O Técnico Difusor de Tecnologias da

Souza Cruz, Fábio Schaffer, explica

que é uma tecnologia que, aos poucos,

está sendo difundida aos produtores

integrados à empresa. E ele destaca:

“A germinação é mais rápida, com ga-

nho de aproximadamente 10 dias em

relação à de poliestireno e as mudas

desenvolvem-se mais uniformemente

proporcionando um maior potencial

de produtividade e qualidade”.

Produzir as mudas em bandejas plásticas traz excelentes vantagens

em relação à bandeja de poliestireno (isopor):

A limpeza é mais efi ciente porque não há porosidade, onde as raízes

podem fi car retidas, evitando a contaminação por doenças;

A durabilidade é bem maior;

O espaço de armazenamento é menor, pois as bandejas se encaixam

umas nas outras;

Produz mais mudas por bandeja;

Permite reciclagem.

BENEFÍCIOS DAS BANDEJAS PLÁSTICAS

9

12 DE JUNHODIA MUNDIAL DE COMBATE À MÃO DE OBRA INFANTIL.

A erradicação do trabalho da criança

e do adolescente é um tema perma-

nente na Souza Cruz, pois um dos

seus compromissos é com a prática

da sustentabilidade, adotada por to-

dos os envolvidos na cadeia produti-

va. Para isso, a empresa investe na

conscientização de seus produtores

integrados e também da sociedade,

com o objetivo de combater e preve-

nir a mão de obra de menores de 18

anos em todas as fases da cultura

do tabaco.

Conheça duas iniciativas de comba-

te ao trabalho da criança e do ado-

lescente:

Insstitutoo Creesccerr Leegaal

É uma iniciativa do Sindicato Interes-

tadual da Indústria do Tabaco (Sindi-

Tabaco) e suas empresas associadas,

que tomou forma com o apoio e ade-

são de pessoas e entidades envolvi-

das com a educação e com o combate

ao trabalho infantil, em especial em

áreas com plantio de tabaco. As al-

ternativas de aprendizagem e profi s-

sionalização destes jovens têm como

objetivo o combate ao trabalho de

crianças e adolescentes, fortalecen-

do inclusive a capacidade de gestão

sustentável da pequena propriedade

rural com foco no agronegócio, fun-

damental para milhares de famílias

nos estados da Região Sul do País.

Proogrramma Joovem Aggricculttorr Appreenddiz

O programa possibilita que jovens

tenham formação técnica e admi-

nistrativa voltada às propriedades

rurais. Eles são incentivados, através

dos professores e do aprendizado, a

permanecerem no meio rural e nele

se desenvolverem. Em parceria com

o SENAR, que criou o conteúdo do

curso, para aplicação nos Estados de

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande

do Sul, a iniciativa engloba módulos

ambientais, sociais e econômicos, e

transmite-os para os fi -

lhos de produtores ru-

rais.

ná e Rio Grande

ngloba módulos

e econômicos, e

s fi -

u-

Page 9: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

8

DEDICAÇÃO RECOMPENSADAO produtor integrado com a Souza

Cruz há 8 anos, Hamilton Sawczuki,

46 anos, tem bons motivos para co-

memorar. A produtividade de sua

lavoura de tabaco passou de 2.500

quilos por hectare para mais de

3.000 quilos no decorrer deste pe-

ríodo com excelente qualidade. Se-

gundo ele, diversos foram os fatores

para o crescimento, mas, entre eles,

Hamilton destaca o preparo do solo.

“Fazer análises de solo e suas corre-

ções, boa descompactação e cama-

lhão alto de base larga com uma boa

palhada, faz a diferença para o bom

resultado da safra”, destaca o pro-

dutor, que também faz a adubação

em várias etapas. E ele ainda ates-

ta: “Em qualquer atividade agrícola,

é preciso dedicação e boa vontade.

Para mim, esses são ingredientes

indispensáveis para alcançar bons

resultados”.

Em sua propriedade de 6 hectares,

localizada em Água Quente dos Luz,

no município de Rebouças (PR), Ha-

milton produz 2,7 hectares de ta-

baco Virgínia junto com a esposa,

Manoeli de Albuquerque Choremba-

la, 27 anos, com quem está casado há

5 anos. Conscientes da importância

da preservação ambiental, eles ain-

da plantam 2,4 hectares de eucalipto

para produção de lenha, utilizada na

cura do tabaco e também para ven-

da. Além disso, cultivam uma farta e

variada horta para consumo próprio.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Gildo Zaborowski, não tem dúvidas

da dedicação do casal. “Eles aceitam

e colocam em prática o que é suge-

rido pela empresa. São esclarecidos

e buscam constantemente informa-

ções de como produzir mais e me-

lhor. Com atitudes assim, o resultado

aparece e eles dão o exemplo, uma

vez que produziram em torno de 12%

a mais que a média da região nas úl-

timas safras”, destaca.

“Em qualquer atividade agrícola é preciso dedicação e boa vontade. Para mim, esses são ingredientes indispensáveis para alcançar bons resultados.”

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADE

Hamilton Sawczuki

Hamilton e o Orientador Agrícola Gildo Zaborowski avaliam o bom desempenho de sua lavoura

13

“A primeira grande

diferença que percebi foi

na qualidade das raízes.

Nas bandejas plásticas, as mudas saem inteiras, sem

qualquer tipo de lesão, como quebra ou fi ssura, e

isso preserva a sanidade da planta,

sem risco de doenças”

Edevaldo Rengel

Compromisso sustentável

Investir em pesquisas e desenvol-

vimentos de tecnologias sempre foi

uma preocupação da empresa. Em

meados da década de 1990, a Sou-

za Cruz desenvolveu o “sistema fl o-

at” com bandejas de poliestireno

(isopor) para a produção de mudas,

substituindo os canteiros convencio-

nais usados até aquela época. Essa

tecnologia foi implementada em

tempo recorde, sendo que, em 1999,

erradicou totalmente o uso do bro-

meto de metila na esterilização dos

canteiros, trazendo benefícios signi-

fi cativos ao meio ambiente. Aliado a

isso, com o uso do novo método, re-

duziu consideravelmente a utilização

de defensivos na produção de mudas.

Agora, mais recentemente, com no-

vas pesquisas da Souza Cruz, a ban-

deja de poliestireno está sendo subs-

tituída pela bandeja plástica, que é

considerada ambientalmente mais

sustentável.

Fábio mostra, em detalhes, a qualidade da bandeja plástica para Edevaldo

Canteiro padrão

Kit boia, bandejas plásticas e canteiro padrão: mudas de boa qualidade e sanidade

12

TECNOLOGIA

BENEFÍCIOSCOMPROVADOS

Mudas de tabaco sadias e de qualida-

de são a base de uma excelente safra.

E para aperfeiçoar ainda mais essa

fase da produção, o Coordenador de

Difusão de Tecnologias da Souza Cruz,

Junior Blaz, conta que depois de mui-

ta pesquisa, a Souza Cruz identifi cou

diversos benefícios, que poderiam ser

aliados ao canteiro padrão, como o

uso da bandeja plástica em relação à

de poliestireno (isopor). “Após alguns

anos de pesquisa, chegamos ao me-

lhor modelo de bandeja plástica, que

atende muito bem às necessidades do

tabaco e, desde 2014, a empresa só

comercializa bandejas plásticas”, diz.

O produtor integrado com a Souza

Cruz, há 17 anos, Edevaldo Rengel, 35

anos, conhece na prática as vantagens

das bandejas plásticas para a produ-

ção de mudas de tabaco. Nos seis

canteiros padrão de sua propriedade

localizada em Alto Ivaí, no município

de Imbuia (SC), 35% das 75 mil mudas

já são produzidas nelas. Ele, que há 2

anos começou a fazer a substituição

gradual das bandejas, conta que as

vantagens apareceram já na primeira

safra: “A primeira grande diferença

que percebi foi na qualidade das raí-

zes. Nas bandejas plásticas as mudas

saem inteiras, sem qualquer tipo de

lesão como quebra ou fi ssura e isso

preserva a sanidade da planta, sem

risco a doenças”. Edevaldo conta que

também observou outros pontos mais

favoráveis como a durabilidade, a fa-

cilidade para limpeza, menos espaço

para o armazenamento e otimização

do espaço do canteiro, já que a bande-

ja plástica produz mais mudas. “Es-

tou muito satisfeito e pretendo, em

breve, produzir 100% das mudas em

bandejas plásticas”, conclui.

O Técnico Difusor de Tecnologias da

Souza Cruz, Fábio Schaffer, explica

que é uma tecnologia que, aos poucos,

está sendo difundida aos produtores

integrados à empresa. E ele destaca:

“A germinação é mais rápida, com ga-

nho de aproximadamente 10 dias em

relação à de poliestireno e as mudas

desenvolvem-se mais uniformemente

proporcionando um maior potencial

de produtividade e qualidade”.

Produzir as mudas em bandejas plásticas traz excelentes vantagens

em relação à bandeja de poliestireno (isopor):

A limpeza é mais efi ciente porque não há porosidade, onde as raízes

podem fi car retidas, evitando a contaminação por doenças;

A durabilidade é bem maior;

O espaço de armazenamento é menor, pois as bandejas se encaixam

umas nas outras;

Produz mais mudas por bandeja;

Permite reciclagem.

BENEFÍCIOS DAS BANDEJAS PLÁSTICAS

9

12 DE JUNHODIA MUNDIAL DE COMBATE À MÃO DE OBRA INFANTIL.

A erradicação do trabalho da criança

e do adolescente é um tema perma-

nente na Souza Cruz, pois um dos

seus compromissos é com a prática

da sustentabilidade, adotada por to-

dos os envolvidos na cadeia produti-

va. Para isso, a empresa investe na

conscientização de seus produtores

integrados e também da sociedade,

com o objetivo de combater e preve-

nir a mão de obra de menores de 18

anos em todas as fases da cultura

do tabaco.

Conheça duas iniciativas de comba-

te ao trabalho da criança e do ado-

lescente:

Insstitutoo Creesccerr Leegaal

É uma iniciativa do Sindicato Interes-

tadual da Indústria do Tabaco (Sindi-

Tabaco) e suas empresas associadas,

que tomou forma com o apoio e ade-

são de pessoas e entidades envolvi-

das com a educação e com o combate

ao trabalho infantil, em especial em

áreas com plantio de tabaco. As al-

ternativas de aprendizagem e profi s-

sionalização destes jovens têm como

objetivo o combate ao trabalho de

crianças e adolescentes, fortalecen-

do inclusive a capacidade de gestão

sustentável da pequena propriedade

rural com foco no agronegócio, fun-

damental para milhares de famílias

nos estados da Região Sul do País.

Proogrramma Joovem Aggricculttorr Appreenddiz

O programa possibilita que jovens

tenham formação técnica e admi-

nistrativa voltada às propriedades

rurais. Eles são incentivados, através

dos professores e do aprendizado, a

permanecerem no meio rural e nele

se desenvolverem. Em parceria com

o SENAR, que criou o conteúdo do

curso, para aplicação nos Estados de

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande

do Sul, a iniciativa engloba módulos

ambientais, sociais e econômicos, e

transmite-os para os fi -

lhos de produtores ru-

rais.

ná e Rio Grande

ngloba módulos

e econômicos, e

s fi -

u-

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10

CAPA

FUTUROPROMISSOR

Os jovens do campo estão em busca

de oportunidades e de independên-

cia fi nanceira. Querem ser bem su-

cedidos no campo e por isso inves-

tem, cada vez mais, em formação

“Era o que eu sabia fazer e queria crescer como produtor rural, por isso precisava fazer novos investimentos”Mario Eduardo Stadler

para ampliar seus conhecimentos

e em mais tecnologias para apli-

car em suas propriedades. Esse é

o caso de Mario Eduardo Stadler,

30 anos, que desde os 18 anos é

produtor integrado à Souza Cruz.

Quando iniciou na atividade, Mário

plantava 8 hectares de tabaco em

parceria com o pai, Valdir Stadler,

na propriedade de 18 hectares lo-

calizada em Nova Boa Vista, no mu-

nicípio de Guamiranga (PR). Após o

falecimento do pai, Mario começou

a implementar algumas tecnolo-

gias que iriam facilitar o trabalho

na propriedade. Conforme conta,

inicialmente aumentou a área plan-

tada para 11,8 hectares e construiu

uma estufa LL, pois até então só

contava com três unidades de cura

convencionais. “Era o que eu sabia

fazer e queria crescer como produ-

tor rural, por isso precisava fazer

novos investimentos”, justifi ca o

produtor que, há seis anos, casou-

se com Marines Rech Stadler,

32 anos.

Com o aumento da área de taba-

co, até chegar aos 480 mil pés na

safra atual, ele aumentou sua pro-

dutividade de 2.800 quilos por hec-

tare para aproximadamente 4.000

quilos por hectare. “Atualmente,

arrendo 29 hectares de um vizinho

que é produtor de milho e soja e

temos um acordo de permuta de

áreas após o término das safras. É

uma ótima alternativa para fazer a

rotação de culturas, que é benéfi -

ca em vários aspectos”, explica o

Mário entre o Técnico Difusor de Tecnolo-gias Lucidio Menegazzo (à esq.) e o Orien-tador Agrícola Armando Oliveira: tabaco de qualidade produzido 100% na palhada

11

produtor. Ao término de cada safra,

Mário sempre investe na proprieda-

de, como na construção de um novo

galpão ou de mais uma estufa LL.

Hoje, ele conta com sete unidades

de cura.

E eles não param por aí. Para conti-

nuar crescendo, foi preciso adquirir

novas máquinas e uma camionete

para agilizar o transporte do tabaco

para as estufas. Mas ele salienta:

“Nada disso adianta se não houver

investimento técnico nas lavouras.

Frequentemente, realizamos aná-

lise de solo em 100% das áreas de

cultivo, 80% das lavouras são em

camalhão alto de base larga e 100%

delas é na palhada. Além disso,

para garantir a sanidade das nos-

sas mudas, construímos 45 cantei-

ros padrão e agora nos preparamos

para introduzir a fertirrigação na

propriedade”. “É um produtor que

acompanha as novas tecnologias.

Ele cresceu muito e vem alcançan-

do altos índices de produtividade

com qualidade em razão de aplicar

cada vez mais as boas práticas reco-

mendadas pela empresa”, atesta o

Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Armando Oliveira.

Mário e o equipamento de controle de cura: garantia de qualidade. Abaixo, o produtor com a esposa Marines, o fi lho Carlos Eduardo e a equipe da Souza Cruz.

Armando, Mário e Lucidio conferem a qualidade da cura

Page 11: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

10

CAPA

FUTUROPROMISSOR

Os jovens do campo estão em busca

de oportunidades e de independên-

cia fi nanceira. Querem ser bem su-

cedidos no campo e por isso inves-

tem, cada vez mais, em formação

“Era o que eu sabia fazer e queria crescer como produtor rural, por isso precisava fazer novos investimentos”Mario Eduardo Stadler

para ampliar seus conhecimentos

e em mais tecnologias para apli-

car em suas propriedades. Esse é

o caso de Mario Eduardo Stadler,

30 anos, que desde os 18 anos é

produtor integrado à Souza Cruz.

Quando iniciou na atividade, Mário

plantava 8 hectares de tabaco em

parceria com o pai, Valdir Stadler,

na propriedade de 18 hectares lo-

calizada em Nova Boa Vista, no mu-

nicípio de Guamiranga (PR). Após o

falecimento do pai, Mario começou

a implementar algumas tecnolo-

gias que iriam facilitar o trabalho

na propriedade. Conforme conta,

inicialmente aumentou a área plan-

tada para 11,8 hectares e construiu

uma estufa LL, pois até então só

contava com três unidades de cura

convencionais. “Era o que eu sabia

fazer e queria crescer como produ-

tor rural, por isso precisava fazer

novos investimentos”, justifi ca o

produtor que, há seis anos, casou-

se com Marines Rech Stadler,

32 anos.

Com o aumento da área de taba-

co, até chegar aos 480 mil pés na

safra atual, ele aumentou sua pro-

dutividade de 2.800 quilos por hec-

tare para aproximadamente 4.000

quilos por hectare. “Atualmente,

arrendo 29 hectares de um vizinho

que é produtor de milho e soja e

temos um acordo de permuta de

áreas após o término das safras. É

uma ótima alternativa para fazer a

rotação de culturas, que é benéfi -

ca em vários aspectos”, explica o

Mário entre o Técnico Difusor de Tecnolo-gias Lucidio Menegazzo (à esq.) e o Orien-tador Agrícola Armando Oliveira: tabaco de qualidade produzido 100% na palhada

11

produtor. Ao término de cada safra,

Mário sempre investe na proprieda-

de, como na construção de um novo

galpão ou de mais uma estufa LL.

Hoje, ele conta com sete unidades

de cura.

E eles não param por aí. Para conti-

nuar crescendo, foi preciso adquirir

novas máquinas e uma camionete

para agilizar o transporte do tabaco

para as estufas. Mas ele salienta:

“Nada disso adianta se não houver

investimento técnico nas lavouras.

Frequentemente, realizamos aná-

lise de solo em 100% das áreas de

cultivo, 80% das lavouras são em

camalhão alto de base larga e 100%

delas é na palhada. Além disso,

para garantir a sanidade das nos-

sas mudas, construímos 45 cantei-

ros padrão e agora nos preparamos

para introduzir a fertirrigação na

propriedade”. “É um produtor que

acompanha as novas tecnologias.

Ele cresceu muito e vem alcançan-

do altos índices de produtividade

com qualidade em razão de aplicar

cada vez mais as boas práticas reco-

mendadas pela empresa”, atesta o

Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Armando Oliveira.

Mário e o equipamento de controle de cura: garantia de qualidade. Abaixo, o produtor com a esposa Marines, o fi lho Carlos Eduardo e a equipe da Souza Cruz.

Armando, Mário e Lucidio conferem a qualidade da cura

Page 12: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

12

TECNOLOGIA

BENEFÍCIOSCOMPROVADOS

Mudas de tabaco sadias e de qualida-

de são a base de uma excelente safra.

E para aperfeiçoar ainda mais essa

fase da produção, o Coordenador de

Difusão de Tecnologias da Souza Cruz,

Junior Blaz, conta que depois de mui-

ta pesquisa, a Souza Cruz identifi cou

diversos benefícios, que poderiam ser

aliados ao canteiro padrão, como o

uso da bandeja plástica em relação à

de poliestireno (isopor). “Após alguns

anos de pesquisa, chegamos ao me-

lhor modelo de bandeja plástica, que

atende muito bem às necessidades do

tabaco e, desde 2014, a empresa só

comercializa bandejas plásticas”, diz.

O produtor integrado com a Souza

Cruz, há 17 anos, Edevaldo Rengel, 35

anos, conhece na prática as vantagens

das bandejas plásticas para a produ-

ção de mudas de tabaco. Nos seis

canteiros padrão de sua propriedade

localizada em Alto Ivaí, no município

de Imbuia (SC), 35% das 75 mil mudas

já são produzidas nelas. Ele, que há 2

anos começou a fazer a substituição

gradual das bandejas, conta que as

vantagens apareceram já na primeira

safra: “A primeira grande diferença

que percebi foi na qualidade das raí-

zes. Nas bandejas plásticas as mudas

saem inteiras, sem qualquer tipo de

lesão como quebra ou fi ssura e isso

preserva a sanidade da planta, sem

risco a doenças”. Edevaldo conta que

também observou outros pontos mais

favoráveis como a durabilidade, a fa-

cilidade para limpeza, menos espaço

para o armazenamento e otimização

do espaço do canteiro, já que a bande-

ja plástica produz mais mudas. “Es-

tou muito satisfeito e pretendo, em

breve, produzir 100% das mudas em

bandejas plásticas”, conclui.

O Técnico Difusor de Tecnologias da

Souza Cruz, Fábio Schaffer, explica

que é uma tecnologia que, aos poucos,

está sendo difundida aos produtores

integrados à empresa. E ele destaca:

“A germinação é mais rápida, com ga-

nho de aproximadamente 10 dias em

relação à de poliestireno e as mudas

desenvolvem-se mais uniformemente

proporcionando um maior potencial

de produtividade e qualidade”.

Produzir as mudas em bandejas plásticas traz excelentes vantagens

em relação à bandeja de poliestireno (isopor):

A limpeza é mais efi ciente porque não há porosidade, onde as raízes

podem fi car retidas, evitando a contaminação por doenças;

A durabilidade é bem maior;

O espaço de armazenamento é menor, pois as bandejas se encaixam

umas nas outras;

Produz mais mudas por bandeja;

Permite reciclagem.

BENEFÍCIOS DAS BANDEJAS PLÁSTICAS

9

12 DE JUNHODIA MUNDIAL DE COMBATE À MÃO DE OBRA INFANTIL.

A erradicação do trabalho da criança

e do adolescente é um tema perma-

nente na Souza Cruz, pois um dos

seus compromissos é com a prática

da sustentabilidade, adotada por to-

dos os envolvidos na cadeia produti-

va. Para isso, a empresa investe na

conscientização de seus produtores

integrados e também da sociedade,

com o objetivo de combater e preve-

nir a mão de obra de menores de 18

anos em todas as fases da cultura

do tabaco.

Conheça duas iniciativas de comba-

te ao trabalho da criança e do ado-

lescente:

Insstitutoo Creesccerr Leegaal

É uma iniciativa do Sindicato Interes-

tadual da Indústria do Tabaco (Sindi-

Tabaco) e suas empresas associadas,

que tomou forma com o apoio e ade-

são de pessoas e entidades envolvi-

das com a educação e com o combate

ao trabalho infantil, em especial em

áreas com plantio de tabaco. As al-

ternativas de aprendizagem e profi s-

sionalização destes jovens têm como

objetivo o combate ao trabalho de

crianças e adolescentes, fortalecen-

do inclusive a capacidade de gestão

sustentável da pequena propriedade

rural com foco no agronegócio, fun-

damental para milhares de famílias

nos estados da Região Sul do País.

Proogrramma Joovem Aggricculttorr Appreenddiz

O programa possibilita que jovens

tenham formação técnica e admi-

nistrativa voltada às propriedades

rurais. Eles são incentivados, através

dos professores e do aprendizado, a

permanecerem no meio rural e nele

se desenvolverem. Em parceria com

o SENAR, que criou o conteúdo do

curso, para aplicação nos Estados de

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande

do Sul, a iniciativa engloba módulos

ambientais, sociais e econômicos, e

transmite-os para os fi -

lhos de produtores ru-

rais.

ná e Rio Grande

ngloba módulos

e econômicos, e

s fi -

u-

8

DEDICAÇÃO RECOMPENSADAO produtor integrado com a Souza

Cruz há 8 anos, Hamilton Sawczuki,

46 anos, tem bons motivos para co-

memorar. A produtividade de sua

lavoura de tabaco passou de 2.500

quilos por hectare para mais de

3.000 quilos no decorrer deste pe-

ríodo com excelente qualidade. Se-

gundo ele, diversos foram os fatores

para o crescimento, mas, entre eles,

Hamilton destaca o preparo do solo.

“Fazer análises de solo e suas corre-

ções, boa descompactação e cama-

lhão alto de base larga com uma boa

palhada, faz a diferença para o bom

resultado da safra”, destaca o pro-

dutor, que também faz a adubação

em várias etapas. E ele ainda ates-

ta: “Em qualquer atividade agrícola,

é preciso dedicação e boa vontade.

Para mim, esses são ingredientes

indispensáveis para alcançar bons

resultados”.

Em sua propriedade de 6 hectares,

localizada em Água Quente dos Luz,

no município de Rebouças (PR), Ha-

milton produz 2,7 hectares de ta-

baco Virgínia junto com a esposa,

Manoeli de Albuquerque Choremba-

la, 27 anos, com quem está casado há

5 anos. Conscientes da importância

da preservação ambiental, eles ain-

da plantam 2,4 hectares de eucalipto

para produção de lenha, utilizada na

cura do tabaco e também para ven-

da. Além disso, cultivam uma farta e

variada horta para consumo próprio.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Gildo Zaborowski, não tem dúvidas

da dedicação do casal. “Eles aceitam

e colocam em prática o que é suge-

rido pela empresa. São esclarecidos

e buscam constantemente informa-

ções de como produzir mais e me-

lhor. Com atitudes assim, o resultado

aparece e eles dão o exemplo, uma

vez que produziram em torno de 12%

a mais que a média da região nas úl-

timas safras”, destaca.

“Em qualquer atividade agrícola é preciso dedicação e boa vontade. Para mim, esses são ingredientes indispensáveis para alcançar bons resultados.”

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADE

Hamilton Sawczuki

Hamilton e o Orientador Agrícola Gildo Zaborowski avaliam o bom desempenho de sua lavoura

13

“A primeira grande

diferença que percebi foi

na qualidade das raízes.

Nas bandejas plásticas, as mudas saem inteiras, sem

qualquer tipo de lesão, como quebra ou fi ssura, e

isso preserva a sanidade da planta,

sem risco de doenças”

Edevaldo Rengel

Compromisso sustentável

Investir em pesquisas e desenvol-

vimentos de tecnologias sempre foi

uma preocupação da empresa. Em

meados da década de 1990, a Sou-

za Cruz desenvolveu o “sistema fl o-

at” com bandejas de poliestireno

(isopor) para a produção de mudas,

substituindo os canteiros convencio-

nais usados até aquela época. Essa

tecnologia foi implementada em

tempo recorde, sendo que, em 1999,

erradicou totalmente o uso do bro-

meto de metila na esterilização dos

canteiros, trazendo benefícios signi-

fi cativos ao meio ambiente. Aliado a

isso, com o uso do novo método, re-

duziu consideravelmente a utilização

de defensivos na produção de mudas.

Agora, mais recentemente, com no-

vas pesquisas da Souza Cruz, a ban-

deja de poliestireno está sendo subs-

tituída pela bandeja plástica, que é

considerada ambientalmente mais

sustentável.

Fábio mostra, em detalhes, a qualidade da bandeja plástica para Edevaldo

Canteiro padrão

Kit boia, bandejas plásticas e canteiro padrão: mudas de boa qualidade e sanidade

Page 13: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

12

TECNOLOGIA

BENEFÍCIOSCOMPROVADOS

Mudas de tabaco sadias e de qualida-

de são a base de uma excelente safra.

E para aperfeiçoar ainda mais essa

fase da produção, o Coordenador de

Difusão de Tecnologias da Souza Cruz,

Junior Blaz, conta que depois de mui-

ta pesquisa, a Souza Cruz identifi cou

diversos benefícios, que poderiam ser

aliados ao canteiro padrão, como o

uso da bandeja plástica em relação à

de poliestireno (isopor). “Após alguns

anos de pesquisa, chegamos ao me-

lhor modelo de bandeja plástica, que

atende muito bem às necessidades do

tabaco e, desde 2014, a empresa só

comercializa bandejas plásticas”, diz.

O produtor integrado com a Souza

Cruz, há 17 anos, Edevaldo Rengel, 35

anos, conhece na prática as vantagens

das bandejas plásticas para a produ-

ção de mudas de tabaco. Nos seis

canteiros padrão de sua propriedade

localizada em Alto Ivaí, no município

de Imbuia (SC), 35% das 75 mil mudas

já são produzidas nelas. Ele, que há 2

anos começou a fazer a substituição

gradual das bandejas, conta que as

vantagens apareceram já na primeira

safra: “A primeira grande diferença

que percebi foi na qualidade das raí-

zes. Nas bandejas plásticas as mudas

saem inteiras, sem qualquer tipo de

lesão como quebra ou fi ssura e isso

preserva a sanidade da planta, sem

risco a doenças”. Edevaldo conta que

também observou outros pontos mais

favoráveis como a durabilidade, a fa-

cilidade para limpeza, menos espaço

para o armazenamento e otimização

do espaço do canteiro, já que a bande-

ja plástica produz mais mudas. “Es-

tou muito satisfeito e pretendo, em

breve, produzir 100% das mudas em

bandejas plásticas”, conclui.

O Técnico Difusor de Tecnologias da

Souza Cruz, Fábio Schaffer, explica

que é uma tecnologia que, aos poucos,

está sendo difundida aos produtores

integrados à empresa. E ele destaca:

“A germinação é mais rápida, com ga-

nho de aproximadamente 10 dias em

relação à de poliestireno e as mudas

desenvolvem-se mais uniformemente

proporcionando um maior potencial

de produtividade e qualidade”.

Produzir as mudas em bandejas plásticas traz excelentes vantagens

em relação à bandeja de poliestireno (isopor):

A limpeza é mais efi ciente porque não há porosidade, onde as raízes

podem fi car retidas, evitando a contaminação por doenças;

A durabilidade é bem maior;

O espaço de armazenamento é menor, pois as bandejas se encaixam

umas nas outras;

Produz mais mudas por bandeja;

Permite reciclagem.

BENEFÍCIOS DAS BANDEJAS PLÁSTICAS

9

12 DE JUNHODIA MUNDIAL DE COMBATE À MÃO DE OBRA INFANTIL.

A erradicação do trabalho da criança

e do adolescente é um tema perma-

nente na Souza Cruz, pois um dos

seus compromissos é com a prática

da sustentabilidade, adotada por to-

dos os envolvidos na cadeia produti-

va. Para isso, a empresa investe na

conscientização de seus produtores

integrados e também da sociedade,

com o objetivo de combater e preve-

nir a mão de obra de menores de 18

anos em todas as fases da cultura

do tabaco.

Conheça duas iniciativas de comba-

te ao trabalho da criança e do ado-

lescente:

Insstitutoo Creesccerr Leegaal

É uma iniciativa do Sindicato Interes-

tadual da Indústria do Tabaco (Sindi-

Tabaco) e suas empresas associadas,

que tomou forma com o apoio e ade-

são de pessoas e entidades envolvi-

das com a educação e com o combate

ao trabalho infantil, em especial em

áreas com plantio de tabaco. As al-

ternativas de aprendizagem e profi s-

sionalização destes jovens têm como

objetivo o combate ao trabalho de

crianças e adolescentes, fortalecen-

do inclusive a capacidade de gestão

sustentável da pequena propriedade

rural com foco no agronegócio, fun-

damental para milhares de famílias

nos estados da Região Sul do País.

Proogrramma Joovem Aggricculttorr Appreenddiz

O programa possibilita que jovens

tenham formação técnica e admi-

nistrativa voltada às propriedades

rurais. Eles são incentivados, através

dos professores e do aprendizado, a

permanecerem no meio rural e nele

se desenvolverem. Em parceria com

o SENAR, que criou o conteúdo do

curso, para aplicação nos Estados de

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande

do Sul, a iniciativa engloba módulos

ambientais, sociais e econômicos, e

transmite-os para os fi -

lhos de produtores ru-

rais.

ná e Rio Grande

ngloba módulos

e econômicos, e

s fi -

u-

8

DEDICAÇÃO RECOMPENSADAO produtor integrado com a Souza

Cruz há 8 anos, Hamilton Sawczuki,

46 anos, tem bons motivos para co-

memorar. A produtividade de sua

lavoura de tabaco passou de 2.500

quilos por hectare para mais de

3.000 quilos no decorrer deste pe-

ríodo com excelente qualidade. Se-

gundo ele, diversos foram os fatores

para o crescimento, mas, entre eles,

Hamilton destaca o preparo do solo.

“Fazer análises de solo e suas corre-

ções, boa descompactação e cama-

lhão alto de base larga com uma boa

palhada, faz a diferença para o bom

resultado da safra”, destaca o pro-

dutor, que também faz a adubação

em várias etapas. E ele ainda ates-

ta: “Em qualquer atividade agrícola,

é preciso dedicação e boa vontade.

Para mim, esses são ingredientes

indispensáveis para alcançar bons

resultados”.

Em sua propriedade de 6 hectares,

localizada em Água Quente dos Luz,

no município de Rebouças (PR), Ha-

milton produz 2,7 hectares de ta-

baco Virgínia junto com a esposa,

Manoeli de Albuquerque Choremba-

la, 27 anos, com quem está casado há

5 anos. Conscientes da importância

da preservação ambiental, eles ain-

da plantam 2,4 hectares de eucalipto

para produção de lenha, utilizada na

cura do tabaco e também para ven-

da. Além disso, cultivam uma farta e

variada horta para consumo próprio.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz,

Gildo Zaborowski, não tem dúvidas

da dedicação do casal. “Eles aceitam

e colocam em prática o que é suge-

rido pela empresa. São esclarecidos

e buscam constantemente informa-

ções de como produzir mais e me-

lhor. Com atitudes assim, o resultado

aparece e eles dão o exemplo, uma

vez que produziram em torno de 12%

a mais que a média da região nas úl-

timas safras”, destaca.

“Em qualquer atividade agrícola é preciso dedicação e boa vontade. Para mim, esses são ingredientes indispensáveis para alcançar bons resultados.”

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADE

Hamilton Sawczuki

Hamilton e o Orientador Agrícola Gildo Zaborowski avaliam o bom desempenho de sua lavoura

13

“A primeira grande

diferença que percebi foi

na qualidade das raízes.

Nas bandejas plásticas, as mudas saem inteiras, sem

qualquer tipo de lesão, como quebra ou fi ssura, e

isso preserva a sanidade da planta,

sem risco de doenças”

Edevaldo Rengel

Compromisso sustentável

Investir em pesquisas e desenvol-

vimentos de tecnologias sempre foi

uma preocupação da empresa. Em

meados da década de 1990, a Sou-

za Cruz desenvolveu o “sistema fl o-

at” com bandejas de poliestireno

(isopor) para a produção de mudas,

substituindo os canteiros convencio-

nais usados até aquela época. Essa

tecnologia foi implementada em

tempo recorde, sendo que, em 1999,

erradicou totalmente o uso do bro-

meto de metila na esterilização dos

canteiros, trazendo benefícios signi-

fi cativos ao meio ambiente. Aliado a

isso, com o uso do novo método, re-

duziu consideravelmente a utilização

de defensivos na produção de mudas.

Agora, mais recentemente, com no-

vas pesquisas da Souza Cruz, a ban-

deja de poliestireno está sendo subs-

tituída pela bandeja plástica, que é

considerada ambientalmente mais

sustentável.

Fábio mostra, em detalhes, a qualidade da bandeja plástica para Edevaldo

Canteiro padrão

Kit boia, bandejas plásticas e canteiro padrão: mudas de boa qualidade e sanidade

Page 14: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

1411414

Costurar já era um desejo de menina

que, aos 16 anos, começou a se tor-

nar realidade quando Ivete Maria Ven-

zke Dettmann, 47 anos, fez um curso

completo de corte e costura. “Essa era

a profi ssão que eu queria para mim e

hoje me sinto realizada”, comemora.

Ela conta que iniciou fazendo as pe-

ças mais básicas para, com a prática,

confeccionar roupas mais trabalhosas,

como ternos e vestidos de festa. Há 15

anos, fez o primeiro vestido de noiva,

mas somente quando fez o vestido da

fi lha, há sete anos, é que se tornou re-

ferência na região e até em municípios

vizinhos. “Desde então, já perdi a conta

de quantas noivas vesti”, conta com or-

gulho. Habilidosa, além das roupas, ela

costura peças artesanais, faz crochê e

muitos bordados.

Casada há 29 anos com Silvio Dett-

mann, 55 anos, Ivete é mãe de Stefan

Dettmann, 23 anos, - os dois, são pro-

dutores integrados à Souza Cruz há 20 e

4 anos, respectivamente - e de Ana Pau-

la, 28 anos, que a ajuda com os borda-

dos dos vestidos de noiva e de festa. Na

propriedade de 40 hectares da família,

localizada em Colônia Aliança, no mu-

nicípio de Pelotas (RS), eles produzem 3

hectares de tabaco, além do milho para

silagem e pastagem para alimentar o

rebanho de gado leiteiro, que é respon-

sável pela produção de 80.000 litros de

leite por ano.

Passo a passoAcompanhe o passo a passo e faça esse lindoAvental Porta Prendedores de Roupa

Material:40 cm de tecido terbrim na cor de sua preferência40 cm de tecido de algodão estampado para osacabamentos1,70 m de viésLinha, agulha, tesoura e alfi netes

HABILIDADECRIATIVA

7

DIVERSIFICAÇÃO

Há 43 anos, o produtor integrado

com a Souza Cruz, Antenor Gapski,

73 anos, fazia a sua primeira lavoura

de tabaco em sua propriedade de 22

hectares localizada em Salto D’Água

Verde, no município de Canoinhas

(SC). Na época, recém casado com

Lúcia Gapski, 62 anos, além do ta-

baco, o casal plantava feijão e horta-

liças para o consumo próprio. Hoje,

aposentados, eles veem os fi lhos,

Odair e Gilmar, 42 e 36 anos, res-

pectivamente, e produtores integra-

dos à Souza Cruz desde 2003, darem

continuidade e prosperidade ao ne-

gócio. “Na medida em que nossos

fi lhos começaram a trabalhar nas

lavouras, conseguimos aumentar a

área plantada e, em conseqüência,

aumentar nossos lucros. Isso nos

oportunizou realizar investimen-

tos, como a compra de mais terras

e maquinários, possibilitando a di-

versifi cação da produção”, destaca

Antenor.

Hoje, a propriedade da família conta

com uma área de 78 hectares, dos

quais 6,6 são destinados ao tabaco;

16 ao milho; 45 à soja; 6 ao eucalipto

e 1 ao feijão pós tabaco. Além disso,

entregam 6 toneladas de erva mate

em folha por ano para benefi cia-

mento e, para o consumo da família,

produzem arroz, verduras variadas,

criam gado leiteiro, suínos e gali-

nhas. Para essa família que trabalha

unida, compartilha as decisões e di-

vide as responsabilidades, a diversi-

fi cação veio para aumentar os lucros

e dar mais tranquilidade para todos.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem

renda garantida. Produzimos saben-

do o quanto vamos receber. O tabaco

se tornou uma alternativa sustentá-

vel para a renda da família”, justifi ca

Odair. Já Gilmar, que concorda com

irmão, acrescenta: “Precisamos

pensar no futuro. Fazemos tudo isso

pensando no bem estar dos nossos

fi lhos e também porque queremos

mostrar para eles o quanto a agri-

cultura familiar e a sua diversifi ca-

ção são importantes.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem renda garantida. Produzimos sabendo o quanto vamos receber.O tabaco se tornou uma alternativa sustentável para a renda da família”.”

MULTIPLICARBENEFÍCIOS

Odair Gapski

A família Gapski e o Orientador Agrícola Almir Tuchinski

Tabaco de qualidade: carro chefe da família Gapski

Antenor confere com os fi lhos Gilmar e Odair a qualidade do milho produzido.

6

Há 22 anos, quando casou com Lu-

ciane Anacleto, 39 anos, o produtor

integrado com a Souza Cruz, Val-

dinei Anacleto, 40 anos, recebeu

de seus pais uma área de 17 hec-

tares, localizada em Rio Glória, no

município de Braço do Norte (SC).

Ele conta que na propriedade ha-

via uma pequena casa de madeira,

uma estufa convencional e um ve-

lho paiol. Na época, para dar início

à produção de 1,9 hectares de taba-

co, o casal comprou uma junta de

bois e um arado. “Somos fi lhos de

produtores de tabaco e já co-

nhecíamos a cultura. Isso

facilitou nosso desen-

volvimento”, comen-

ta Valdinei. Prova disso

foi que, após a primeira

safra, já tiveram condições de

fazer novos investimentos, como

a compra de uma moto para levá-

los até a cidade quando precisavam,

pois a distância de 4 quilômetros

era percorrida a pé.

A cada novo ano, novas conquistas

foram alcançadas. A primeira delas,

em 1998, quando compraram mais

5 hectares de terra. Desde então, já

construíram um novo paiol e duas es-

tufas LL; compraram um micro tra-

tor e uma carreta; anos mais tarde,

um trator e implementos; um fusca,

que foi dando lugar a outros mode-

los de carro, até chegar ao atual, um

Mitsubishi L200 zero quilômetro,

e construíram uma confortável

HISTÓRIA DE SUCESSO

CAMINHO DETRANSFORMAÇÕES

casa para eles e outra para a fi lha

Mônica, já casada, que mora numa

cidade vizinha. “Temos certeza de

que, ao optarmos pelo taba-

co como principal cultu-

ra, fi zemos a escolha

certa. Hoje, plan-

tamos mais do

que quando

começa-

mos.

“Hoje, plantamos mais do que quando

começamos. Porém, por conta dos avanços tecnológicos,

temos bem menos trabalho. Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”Po-

r é m ,

por conta

dos avanços tec-

nológicos, temos

bem menos trabalho.

Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”, alega o

produtor. Para Luciane, tudo isso

também é resultado da dedicação e da

gestão que aplicam na propriedade. “Es-

tamos orgulhosos do que conquistamos.

Trabalhamos para isso”, conclui.

Valdinei com a esposa Luciane e o fi lho Thiago.

Valdinei e Luciane: tabaco impulsionou a propriedade

Valdinei Anacleto

1551515

ESPAÇO DA MULHER

Corte no tecido de algodão estam-

pado uma tira de 60cm x 8cm para

a alça do pescoço e outra de 36cm x

16cm para o acabamento do bolso;

Faça a alça do pescoço costurando pelo

lado avesso no sentido do comprimen-

to. Desvire com a ajuda de uma tesou-

ra e vinque com o ferro bem quente;

Coloque o acabamento na parte su-

perior do bolso direito sobre avesso e

costure na borda superior;

18cm

5cm

55cm

36cm

36cm

20cm

AVEN

TAL

BO

LSO

Faça os moldes do corpo e do bol-

so do avental conforme o desenho.

Corte essas peças no tecido ter-

brim;

COMO FAZER...

1

2 3 4

Dobre ao meio o acabamento e vire

para o outro lado do bolso. Costure

direito sobre direito;

5 6 7Alinhave ou prenda com alfi netes o

bolso pronto sobre o avental;

Costure um viés em volta de todo o

avental;

Prenda as alças do pescoço. 8

Pode-se usar um viés comprado pronto ou fazê-lo em casa com o tecido estampado;

Use sua criatividade para enfeitar a parte de cima do avental.

DICAS

Page 15: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

1411414

Costurar já era um desejo de menina

que, aos 16 anos, começou a se tor-

nar realidade quando Ivete Maria Ven-

zke Dettmann, 47 anos, fez um curso

completo de corte e costura. “Essa era

a profi ssão que eu queria para mim e

hoje me sinto realizada”, comemora.

Ela conta que iniciou fazendo as pe-

ças mais básicas para, com a prática,

confeccionar roupas mais trabalhosas,

como ternos e vestidos de festa. Há 15

anos, fez o primeiro vestido de noiva,

mas somente quando fez o vestido da

fi lha, há sete anos, é que se tornou re-

ferência na região e até em municípios

vizinhos. “Desde então, já perdi a conta

de quantas noivas vesti”, conta com or-

gulho. Habilidosa, além das roupas, ela

costura peças artesanais, faz crochê e

muitos bordados.

Casada há 29 anos com Silvio Dett-

mann, 55 anos, Ivete é mãe de Stefan

Dettmann, 23 anos, - os dois, são pro-

dutores integrados à Souza Cruz há 20 e

4 anos, respectivamente - e de Ana Pau-

la, 28 anos, que a ajuda com os borda-

dos dos vestidos de noiva e de festa. Na

propriedade de 40 hectares da família,

localizada em Colônia Aliança, no mu-

nicípio de Pelotas (RS), eles produzem 3

hectares de tabaco, além do milho para

silagem e pastagem para alimentar o

rebanho de gado leiteiro, que é respon-

sável pela produção de 80.000 litros de

leite por ano.

Passo a passoAcompanhe o passo a passo e faça esse lindoAvental Porta Prendedores de Roupa

Material:40 cm de tecido terbrim na cor de sua preferência40 cm de tecido de algodão estampado para osacabamentos1,70 m de viésLinha, agulha, tesoura e alfi netes

HABILIDADECRIATIVA

7

DIVERSIFICAÇÃO

Há 43 anos, o produtor integrado

com a Souza Cruz, Antenor Gapski,

73 anos, fazia a sua primeira lavoura

de tabaco em sua propriedade de 22

hectares localizada em Salto D’Água

Verde, no município de Canoinhas

(SC). Na época, recém casado com

Lúcia Gapski, 62 anos, além do ta-

baco, o casal plantava feijão e horta-

liças para o consumo próprio. Hoje,

aposentados, eles veem os fi lhos,

Odair e Gilmar, 42 e 36 anos, res-

pectivamente, e produtores integra-

dos à Souza Cruz desde 2003, darem

continuidade e prosperidade ao ne-

gócio. “Na medida em que nossos

fi lhos começaram a trabalhar nas

lavouras, conseguimos aumentar a

área plantada e, em conseqüência,

aumentar nossos lucros. Isso nos

oportunizou realizar investimen-

tos, como a compra de mais terras

e maquinários, possibilitando a di-

versifi cação da produção”, destaca

Antenor.

Hoje, a propriedade da família conta

com uma área de 78 hectares, dos

quais 6,6 são destinados ao tabaco;

16 ao milho; 45 à soja; 6 ao eucalipto

e 1 ao feijão pós tabaco. Além disso,

entregam 6 toneladas de erva mate

em folha por ano para benefi cia-

mento e, para o consumo da família,

produzem arroz, verduras variadas,

criam gado leiteiro, suínos e gali-

nhas. Para essa família que trabalha

unida, compartilha as decisões e di-

vide as responsabilidades, a diversi-

fi cação veio para aumentar os lucros

e dar mais tranquilidade para todos.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem

renda garantida. Produzimos saben-

do o quanto vamos receber. O tabaco

se tornou uma alternativa sustentá-

vel para a renda da família”, justifi ca

Odair. Já Gilmar, que concorda com

irmão, acrescenta: “Precisamos

pensar no futuro. Fazemos tudo isso

pensando no bem estar dos nossos

fi lhos e também porque queremos

mostrar para eles o quanto a agri-

cultura familiar e a sua diversifi ca-

ção são importantes.

“O tabaco, nosso carro chefe, tem renda garantida. Produzimos sabendo o quanto vamos receber.O tabaco se tornou uma alternativa sustentável para a renda da família”.”

MULTIPLICARBENEFÍCIOS

Odair Gapski

A família Gapski e o Orientador Agrícola Almir Tuchinski

Tabaco de qualidade: carro chefe da família Gapski

Antenor confere com os fi lhos Gilmar e Odair a qualidade do milho produzido.

6

Há 22 anos, quando casou com Lu-

ciane Anacleto, 39 anos, o produtor

integrado com a Souza Cruz, Val-

dinei Anacleto, 40 anos, recebeu

de seus pais uma área de 17 hec-

tares, localizada em Rio Glória, no

município de Braço do Norte (SC).

Ele conta que na propriedade ha-

via uma pequena casa de madeira,

uma estufa convencional e um ve-

lho paiol. Na época, para dar início

à produção de 1,9 hectares de taba-

co, o casal comprou uma junta de

bois e um arado. “Somos fi lhos de

produtores de tabaco e já co-

nhecíamos a cultura. Isso

facilitou nosso desen-

volvimento”, comen-

ta Valdinei. Prova disso

foi que, após a primeira

safra, já tiveram condições de

fazer novos investimentos, como

a compra de uma moto para levá-

los até a cidade quando precisavam,

pois a distância de 4 quilômetros

era percorrida a pé.

A cada novo ano, novas conquistas

foram alcançadas. A primeira delas,

em 1998, quando compraram mais

5 hectares de terra. Desde então, já

construíram um novo paiol e duas es-

tufas LL; compraram um micro tra-

tor e uma carreta; anos mais tarde,

um trator e implementos; um fusca,

que foi dando lugar a outros mode-

los de carro, até chegar ao atual, um

Mitsubishi L200 zero quilômetro,

e construíram uma confortável

HISTÓRIA DE SUCESSO

CAMINHO DETRANSFORMAÇÕES

casa para eles e outra para a fi lha

Mônica, já casada, que mora numa

cidade vizinha. “Temos certeza de

que, ao optarmos pelo taba-

co como principal cultu-

ra, fi zemos a escolha

certa. Hoje, plan-

tamos mais do

que quando

começa-

mos.

“Hoje, plantamos mais do que quando

começamos. Porém, por conta dos avanços tecnológicos,

temos bem menos trabalho. Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”Po-

r é m ,

por conta

dos avanços tec-

nológicos, temos

bem menos trabalho.

Isso nos proporciona mais

qualidade de vida”, alega o

produtor. Para Luciane, tudo isso

também é resultado da dedicação e da

gestão que aplicam na propriedade. “Es-

tamos orgulhosos do que conquistamos.

Trabalhamos para isso”, conclui.

Valdinei com a esposa Luciane e o fi lho Thiago.

Valdinei e Luciane: tabaco impulsionou a propriedade

Valdinei Anacleto

1551515

ESPAÇO DA MULHER

Corte no tecido de algodão estam-

pado uma tira de 60cm x 8cm para

a alça do pescoço e outra de 36cm x

16cm para o acabamento do bolso;

Faça a alça do pescoço costurando pelo

lado avesso no sentido do comprimen-

to. Desvire com a ajuda de uma tesou-

ra e vinque com o ferro bem quente;

Coloque o acabamento na parte su-

perior do bolso direito sobre avesso e

costure na borda superior;

18cm

5cm

55cm

36cm

36cm

20cm

AVEN

TAL

BO

LSO

Faça os moldes do corpo e do bol-

so do avental conforme o desenho.

Corte essas peças no tecido ter-

brim;

COMO FAZER...

1

2 3 4

Dobre ao meio o acabamento e vire

para o outro lado do bolso. Costure

direito sobre direito;

5 6 7Alinhave ou prenda com alfi netes o

bolso pronto sobre o avental;

Costure um viés em volta de todo o

avental;

Prenda as alças do pescoço. 8

Pode-se usar um viés comprado pronto ou fazê-lo em casa com o tecido estampado;

Use sua criatividade para enfeitar a parte de cima do avental.

DICAS

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1616616161

DESTAQUE

DIA MUNDIAL DOMEIO AMBIENTE05 DE JUNHO

Foi em Estocolmo, na Suécia, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano e, desde então, essa foi a data escolhi-da para marcar e comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Seu prin-cipal objetivo é chamar a atenção das pessoas sobre a importância da pre-servação dos nossos recursos natu-rais e, portanto, da biodiversidade e da necessidade de leis que garantam o desenvolvimento, sem afetar nega-tivamente o meio ambiente e asse-gurem um desenvolvimento susten-tável.A Souza Cruz acredita que a susten-tabilidade é o único caminho para assegurar o futuro da cadeia produ-tiva do tabaco. Por isso, ela busca disponibilizar aos seus produtores integrados acesso a todo o tipo de informações e tecnologias disponí-veis. A Souza Cruz implementou em suas atividades, há 99 anos, o Siste-ma Integrado de Produção de Taba-co, que objetiva oferecer segurança

de produção e consumo a todos os envolvidos nessa cadeia. É um com-promisso gerado em parceria com os produtores integrados, que garantem a qualidade e integridade do produto fi nal. Além disso, a Souza Cruz tam-bém investe na criação e execução de programas que melhoram a vida do produtor e do planeta, como por exemplo o Programa Refl orestar, que fornece mudas e recomendações de manejo e plantio de espécies fl ores-tais legais para energia, o Plano Dire-tor de Solos, reforçando os cuidados com o solo e o seu correto manuseio, o Programa Amigos da Mata Nativa, que viabiliza o acesso à lenha de ori-gem legal para aqueles produtores que não possuem área sufi ciente para implantar um refl orestamento ou o mesmo ainda não está em ponto de corte, e mais recentemente o Pro-grama Gestor de Recursos Hídricos em parceria com a Universidade Fe-deral de Pelotas - UFPEL e o Progra-ma Gestor de Recursos Florestais, em parceria com a Universidade Fe-

A partir da dir.: o produtor Gilnei, a esposa Arlete, o fi lho Angelo, o pai, produtor aposentado, Mário Ludwig e o Orientador Agrícola Everton Bonow: mata nativa preservada além do exigido por lei

Espinilho: árvore centená-ria numa das áreas de pre-servação da propriedade. 5

Ciente do importante papel que as

comunidades representam para

os produtores rurais e suas famí-

lias, o produtor integrado à Souza

Cruz há 17 anos, Geovan Ramos, 39

anos, dedica boa parte de seu tem-

po ao fortalecimento da comunida-

de de Pitangueira, no município de

Agrolândia (SC), onde vive com a

família. Ministro da Eucaristia há 21

anos, Geovan, que também é vice-

presidente da Associação dos Pro-

dutores Rurais do município, sempre

fez parte da diretoria da comunida-

de. Ele conta que há 5 anos, durante

seu último mandato como presiden-

te, auxiliou na construção do novo

Centro Comunitário para abrigar,

além das festas da comunidade, as

reuniões da associação dos produ-

tores e os treinamentos e cursos

que buscam por meio do Senar, da

Prefeitura e de empresas parceiras.

“Precisamos de uma comunidade

organizada, atuante e solidária para

estimular a união entre as famílias.

Um local de aprendizado e convivên-

cia, que trabalhe pela permanência

dessas famílias no campo” destaca.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Helio Savitski, que

há 8 anos acompa-

nha a família, atesta

que a comunidade de

Pitangueira é muito

organizada e alinha-

da à visão da Souza

Cruz com relação às

comunidades fortes

e prósperas. “Quan-

do falamos em sus-

tentabilidade, den-

tro de um processo

social, ambiental e

econômico, Pitan-

gueira é referência

na região”. Segundo

ele, isso se deve ao esforço e lide-

rança de todas as pessoas envolvi-

das na comunidade, “em especial

o Geovan, que sempre faz de tudo

para que todos os membros tenham

muitas oportunidades de cresci-

mento”, fi naliza.

Geovan entre a esposa Cecília e o Orientador Agrícola Helio: comunida-de forte com o apoio de todos

Sempre próximo da comunidade, Geovan exerce com orgulho a função de Ministro da Eucaristia há 21 anos4

PROTAGONISMO

POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTEA atividade agrícola no Brasil ganhou expressão a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes europeus. Por

causa do relativo isolamento geográfi co a que estavam sujeitos, criaram-se os espaços de convivência para as famílias,

as chamadas comunidades rurais, que se consolidaram por meio dos laços étnicos, familiares, religiosos e de interesses econômicos. Passados dois séculos,

as comunidades ainda exercem um

importante papel entre os agriculto-

res. Para o chefe do Centro de Socio-

economia e Planejamento Agrícola

da Empresa de Pesquisa Agropecu-

ária e Extensão Rural de Santa Cata-

rina (Cepa/Epagri), Reney Dorow, as

comunidades são essenciais para o

fortalecimento das famílias no meio

rural. “Os empreendimentos rurais

e, por conseqüência, as famílias

que neles atuam, passam por mui-

tos desafi os, seja de ordem familiar,

econômica ou ambiental. A capa-

cidade de superar esses desafi os

certamente se expressa melhor em

comunidades estruturadas e atuan-

tes”, afi rma. Segundo ele, a questão

essencial de uma comunidade ideal

é sua sustentabilidade. Contudo, de-

vido à complexidade das diferentes

necessidades, torna-se difícil defi nir

um modelo perfeito: “De todo modo,

alguns elementos podem ser consi-

derados essenciais, tais como a pos-

sibilidade de expressar sua cultura

e religião; acessar fatores de ordem

econômica, como trabalho e terra;

de ordem social, como segurança e

saúde ou ainda outros, como logís-

tica e comunicação, permitindo sua

interação com o mundo exterior”.

Geovan com a esposa Cecília e os fi lhos Felipe, Raíssa e os gêmeos Lucas e Raquel 17171777

deral do Paraná - UFPR.Em Costa do Arroio Grande, no mu-nicípio de Canguçu (RS), o produtor integrado à Souza Cruz há 15 anos, Gilnei Renato Ludwig, 43 anos, dá exemplo de consciência ambiental. “Eu quero, quando chegar aos meus 50, 60 anos, respirar um oxigênio puro, ter uma água de boa qualidade para beber e terra fértil para produ-zir. Isso também é o que desejo para meus fi lhos e netos e, por isso, faço a minha parte aqui em minha proprie-dade”, conta. Gilnei conserva áreas de mata nativa bem além do exigido por lei e, além disso, prepara suas la-vouras de tabaco em curva de nível e faz o plantio direto no camalhão alto de base larga para que sua terra não perca nutrientes, umidade e, tam-pouco, que sofra com a erosão. “São pequenas atitudes que podem gerar grandes resultados. Basta que todos tenham essa consciência e façam a sua parte” reforça Gilnei.

ESPECIAL

O sucesso de uma safra depende diretamente de planejar as ativida-des. Por isso, observar a qualidade e a fertilidade do solo é um ponto importantíssimo. A análise do solo, a descompactação, o camalhão alto de base larga com palhada e em ní-vel, a rotação de culturas são ações que contribuem para evitar a erosão. Quem alerta é o Analista de Pesqui-sa da Souza Cruz, Juliano de Jesus.

SOLO BEMPROTEGIDOÉ SOLOFÉRTIL

Gilnei: conservação e cuidados com a mata nativa mantém a integridade das nascentes e córregos dentro da propriedade

O casal de produtores Ademir e Rosilene com os Analistas de Pesquisa Juliano (à esq.) e Valmir conferem o desenvolvimen-to do sistema radicular do tabaco

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DESTAQUE

DIA MUNDIAL DOMEIO AMBIENTE05 DE JUNHO

Foi em Estocolmo, na Suécia, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano e, desde então, essa foi a data escolhi-da para marcar e comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Seu prin-cipal objetivo é chamar a atenção das pessoas sobre a importância da pre-servação dos nossos recursos natu-rais e, portanto, da biodiversidade e da necessidade de leis que garantam o desenvolvimento, sem afetar nega-tivamente o meio ambiente e asse-gurem um desenvolvimento susten-tável.A Souza Cruz acredita que a susten-tabilidade é o único caminho para assegurar o futuro da cadeia produ-tiva do tabaco. Por isso, ela busca disponibilizar aos seus produtores integrados acesso a todo o tipo de informações e tecnologias disponí-veis. A Souza Cruz implementou em suas atividades, há 99 anos, o Siste-ma Integrado de Produção de Taba-co, que objetiva oferecer segurança

de produção e consumo a todos os envolvidos nessa cadeia. É um com-promisso gerado em parceria com os produtores integrados, que garantem a qualidade e integridade do produto fi nal. Além disso, a Souza Cruz tam-bém investe na criação e execução de programas que melhoram a vida do produtor e do planeta, como por exemplo o Programa Refl orestar, que fornece mudas e recomendações de manejo e plantio de espécies fl ores-tais legais para energia, o Plano Dire-tor de Solos, reforçando os cuidados com o solo e o seu correto manuseio, o Programa Amigos da Mata Nativa, que viabiliza o acesso à lenha de ori-gem legal para aqueles produtores que não possuem área sufi ciente para implantar um refl orestamento ou o mesmo ainda não está em ponto de corte, e mais recentemente o Pro-grama Gestor de Recursos Hídricos em parceria com a Universidade Fe-deral de Pelotas - UFPEL e o Progra-ma Gestor de Recursos Florestais, em parceria com a Universidade Fe-

A partir da dir.: o produtor Gilnei, a esposa Arlete, o fi lho Angelo, o pai, produtor aposentado, Mário Ludwig e o Orientador Agrícola Everton Bonow: mata nativa preservada além do exigido por lei

Espinilho: árvore centená-ria numa das áreas de pre-servação da propriedade. 5

Ciente do importante papel que as

comunidades representam para

os produtores rurais e suas famí-

lias, o produtor integrado à Souza

Cruz há 17 anos, Geovan Ramos, 39

anos, dedica boa parte de seu tem-

po ao fortalecimento da comunida-

de de Pitangueira, no município de

Agrolândia (SC), onde vive com a

família. Ministro da Eucaristia há 21

anos, Geovan, que também é vice-

presidente da Associação dos Pro-

dutores Rurais do município, sempre

fez parte da diretoria da comunida-

de. Ele conta que há 5 anos, durante

seu último mandato como presiden-

te, auxiliou na construção do novo

Centro Comunitário para abrigar,

além das festas da comunidade, as

reuniões da associação dos produ-

tores e os treinamentos e cursos

que buscam por meio do Senar, da

Prefeitura e de empresas parceiras.

“Precisamos de uma comunidade

organizada, atuante e solidária para

estimular a união entre as famílias.

Um local de aprendizado e convivên-

cia, que trabalhe pela permanência

dessas famílias no campo” destaca.

O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Helio Savitski, que

há 8 anos acompa-

nha a família, atesta

que a comunidade de

Pitangueira é muito

organizada e alinha-

da à visão da Souza

Cruz com relação às

comunidades fortes

e prósperas. “Quan-

do falamos em sus-

tentabilidade, den-

tro de um processo

social, ambiental e

econômico, Pitan-

gueira é referência

na região”. Segundo

ele, isso se deve ao esforço e lide-

rança de todas as pessoas envolvi-

das na comunidade, “em especial

o Geovan, que sempre faz de tudo

para que todos os membros tenham

muitas oportunidades de cresci-

mento”, fi naliza.

Geovan entre a esposa Cecília e o Orientador Agrícola Helio: comunida-de forte com o apoio de todos

Sempre próximo da comunidade, Geovan exerce com orgulho a função de Ministro da Eucaristia há 21 anos4

PROTAGONISMO

POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTEA atividade agrícola no Brasil ganhou expressão a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes europeus. Por

causa do relativo isolamento geográfi co a que estavam sujeitos, criaram-se os espaços de convivência para as famílias,

as chamadas comunidades rurais, que se consolidaram por meio dos laços étnicos, familiares, religiosos e de interesses econômicos. Passados dois séculos,

as comunidades ainda exercem um

importante papel entre os agriculto-

res. Para o chefe do Centro de Socio-

economia e Planejamento Agrícola

da Empresa de Pesquisa Agropecu-

ária e Extensão Rural de Santa Cata-

rina (Cepa/Epagri), Reney Dorow, as

comunidades são essenciais para o

fortalecimento das famílias no meio

rural. “Os empreendimentos rurais

e, por conseqüência, as famílias

que neles atuam, passam por mui-

tos desafi os, seja de ordem familiar,

econômica ou ambiental. A capa-

cidade de superar esses desafi os

certamente se expressa melhor em

comunidades estruturadas e atuan-

tes”, afi rma. Segundo ele, a questão

essencial de uma comunidade ideal

é sua sustentabilidade. Contudo, de-

vido à complexidade das diferentes

necessidades, torna-se difícil defi nir

um modelo perfeito: “De todo modo,

alguns elementos podem ser consi-

derados essenciais, tais como a pos-

sibilidade de expressar sua cultura

e religião; acessar fatores de ordem

econômica, como trabalho e terra;

de ordem social, como segurança e

saúde ou ainda outros, como logís-

tica e comunicação, permitindo sua

interação com o mundo exterior”.

Geovan com a esposa Cecília e os fi lhos Felipe, Raíssa e os gêmeos Lucas e Raquel 17171777

deral do Paraná - UFPR.Em Costa do Arroio Grande, no mu-nicípio de Canguçu (RS), o produtor integrado à Souza Cruz há 15 anos, Gilnei Renato Ludwig, 43 anos, dá exemplo de consciência ambiental. “Eu quero, quando chegar aos meus 50, 60 anos, respirar um oxigênio puro, ter uma água de boa qualidade para beber e terra fértil para produ-zir. Isso também é o que desejo para meus fi lhos e netos e, por isso, faço a minha parte aqui em minha proprie-dade”, conta. Gilnei conserva áreas de mata nativa bem além do exigido por lei e, além disso, prepara suas la-vouras de tabaco em curva de nível e faz o plantio direto no camalhão alto de base larga para que sua terra não perca nutrientes, umidade e, tam-pouco, que sofra com a erosão. “São pequenas atitudes que podem gerar grandes resultados. Basta que todos tenham essa consciência e façam a sua parte” reforça Gilnei.

ESPECIAL

O sucesso de uma safra depende diretamente de planejar as ativida-des. Por isso, observar a qualidade e a fertilidade do solo é um ponto importantíssimo. A análise do solo, a descompactação, o camalhão alto de base larga com palhada e em ní-vel, a rotação de culturas são ações que contribuem para evitar a erosão. Quem alerta é o Analista de Pesqui-sa da Souza Cruz, Juliano de Jesus.

SOLO BEMPROTEGIDOÉ SOLOFÉRTIL

Gilnei: conservação e cuidados com a mata nativa mantém a integridade das nascentes e córregos dentro da propriedade

O casal de produtores Ademir e Rosilene com os Analistas de Pesquisa Juliano (à esq.) e Valmir conferem o desenvolvimen-to do sistema radicular do tabaco

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“Com o manejo adequado do solo, o mantemos fértil, saudável e protegido e, em consequência, aumentamos a produtividade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”Ademir Hartinger

Recomendações para um bom manejo de solosColeta de amostra de solo e inter-pretação dos resultados;

Aplicação do calcário e utilização da adubação orgânica, se neces-sário;

Preparo do solo com antecedência e com umidade adequada;

Descompactação e semeação da adubação verde para formação da palhada;

Plantio no camalhão alto de base larga com palhada; Rotação de culturas.

Para o bom desempenho de uma la-voura de tabaco, é fundamental que todos os procedimentos necessá-rios sejam realizados no seu devido tempo e o cuidado com solo é parte essencial nesse processo. O Analis-ta de Pesquisa da Souza Cruz, Val-mir Raddeck, explica que é preciso

BOMPLANEJAMENTO

“É o que chamamos de ‘fertilidade construída’. Estes cuidados vão pro-porcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de lavouras com alto potencial produtivo e excelência em qualidade”. Segundo ele, neste planejamento também é importante considerar quais os locais em que o tabaco será cultivado por pelo me-nos 3 safras, para melhor utilização das áreas.O solo é um recurso natural fun-damental e necessita de atenção e cuidados especiais para garantir uma safra com boa qualidade e pro-dutividade. Os produtores integra-dos à Souza Cruz há 8 anos, Ademir Hartinger, 39 anos, e Rosilene

Ressel Hartinger, 31 anos, sabem disso e procuram executar as me-lhores práticas de manejo para evi-tar erosão e melhorar a fertilidade do solo em sua propriedade, loca-lizada em Ribeirãozinho, no muni-cípio de Mafra (SC). Produtores de pesquisa há 5 anos, o casal agregou à propriedade todas as tecnologias apresentadas pela Souza Cruz e viu na prática o resultado: a produtivi-dade passou de 3.000 para 3.500 quilos por hectare. “Com o manejo adequado do solo, o mantemos fér-til, saudável e protegido e, em con-sequência, aumentamos a produti-vidade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”, confi rma Ademir.

fazer um planejamento adequado para que o solo possa ser prepara-do com antecedência. “Inicialmen-te, o produtor deve fazer a coleta de amostra para análise e, se necessá-rio, fazer a correção do solo. As pró-ximas etapas são a descompactação e a confecção do camalhão alto de base larga onde serão semeadas as espécies de adubação verde indi-cadas para a sua propriedade, com tempo sufi ciente para se desenvol-ver e formar uma boa massa verde”, ensina Valmir. Outra prática para manter o solo saudável e produtivo

que o analista também destaca é a rotação de culturas. “Nas lavouras, devemos usar as melhores técnicas agrícolas para produzir um tabaco com a qualidade que a demanda de mercado exige. Aliado a isso, tam-bém devemos proporcionar condi-ções favoráveis para que as plan-tas possam expressar seu máximo potencial produtivo. Tabaco de alta qualidade em lavouras produtivas alavanca o lucro da propriedade e isso é um ponto muito importante para manter a sustentabilidade da atividade”, conclui.

3

GESTÃO

“O planejamento é um dos momentos mais importantes em qualquer negó-cio e na produção de tabaco não é dife-rente. O sucesso de uma lavoura e, até mesmo, de toda uma propriedade rural, depende basicamente de um bom pla-nejamento”. A opinião é do Gerente Ter-ritorial de Produção Agrícola da Souza Cruz, João Chassot. No caso do tabaco, o gerente explica que é preciso defi nir todas as ações que envolvem a cultura antes mesmo da contratação da próxi-ma safra. Deve-se defi nir a área a ser plantada, a variedade e o volume a ser produzido. Além disso, é preciso orçar

os custos para projetar os resultados que se pretende obter com a cultura. “Com um planejamento bem feito, evi-taremos surpresas e teremos êxito na execução das atividades durante todas as fases da cultura, tendo assim uma maior assertividade nos resultados fi -nais”, conclui Chassot.

Questão de organização

Antonio Romário Cardoso de Carvalho, 51 anos, e seu fi lho Diuliano Cardoso de Carvalho, 26 anos, produtores integra-dos à Souza Cruz há 28 e 8 anos, res-pectivamente, levam a receita na ponta do lápis. Na sua propriedade de 17,4 hectares, localizada em São Pascoal, no município de Irineópolis (SC), tudo é feito seguindo uma programação. “Re-alizamos o planejamento no período da entressafra de cada uma das culturas que plantamos, assim teremos maior disponibilidade de tempo para defi nir a

área a ser cultivada, a quantidade de hectares necessários, fazer análises

de solo e correções, se necessário e, ainda, a manutenção das má-

quinas e equipamentos”, expli-ca Antonio que, junto com o

fi lho, além dos 6 hectares de tabaco, planta soja e trigo.

Eles também investem no

refl orestamento com uma área de 8.000 pés de eucaliptos.Segundo Diuliano, o planejamento tam-bém é feito para atender no tempo certo todas as fases das lavouras e que, após cada safra, são avaliados seus pontos positivos e negativos. “Fazemos um comparativo com as safras anteriores e, a partir dessa análise, começamos a planejar a próxima”, destaca e acres-centa: “No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüên-cia, mais rentabilidade. O bom resul-tado é garantido”. Prova disso são os ótimos resultados alcançados nas últi-mas safras: 3.500 quilos produzidos por hectare. “Estou seguindo os passos dos meus pais e, como eles, quero uma pro-priedade próspera e bem sucedida, pois não quero sair daqui. Com organização e planejamento, sabemos que isso é possível”, conclui.O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Gilmar Schwetler, que há 7 anos acom-panha a família, destaca que na pro-priedade dos Carvalho todo o trabalho é realizado pela família: “É uma proprie-dade diversifi cada. Se eles não fossem organizados e não mantivessem um planejamento geral, certamente não teriam a qualidade de vida e o sucesso que têm hoje”.

PLANEJAMENTO,

RECEITA EFICAZ

“No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüência, mais rentabilidade. O bom resultado é garantido”

A partir da esq.: Diuliano com a esposa Jucélia, o Orientador Agrícola GIlmar e Marli com o esposo Antonio

Diuliano Cardoso de Carvalho

2

EDITORIAL

Com o desenvol-vimento industrial nos últimos sécu-los, percebeu-se uma constante e contínua tendên-cia da migração do rural para o

urbano. Em especial do público jovem, buscando novas oportunidades de vida nesse modelo. Mais recentemente, com a tendência de profi ssionalização no meio rural, os jovens estão enxergando a pro-priedade como uma boa oportunidade de negócio e passando a projetar seu futuro, transformando-se em verdadeiros em-preendedores rurais. A tecnologia atual, que facilita o trabalho e aumenta a produ-tividade, por exemplo, é um dos motivos para as novas gerações permanecerem no campo. No caso das famílias de vocês, produtores integrados, outro fator que, acredito, contribua para isso, é a relação de confi ança, forjada ao longo da nossa história, entre a empresa, vocês e seus familiares. E hoje, nesta edição, nós que-remos que vocês conheçam a história de duas famílias de produtores que se dedi-cam à agricultura e que, por meio do uso de tecnologias e de nossa parceria, bus-cam a prosperidade do negócio. E por falar em tecnologias, chamo a aten-ção para a matéria que fala sobre a pro-dução de mudas de tabaco em bandejas plásticas no canteiro padrão. Um tema importante para esse período e pelo qual a Souza Cruz investiu forte pesquisa e, de forma pioneira, divide com os produtores integrados. Reunimos ainda, nesta revis-ta, reportagens sobre planejamento de safra e cuidados com solo, entre outros assuntos tão importantes que vão contri-buir para que vocês obtenham sempre o melhor resultado em seu trabalho.Forte abraço.

AMIGOSPRODUTORES

SUMÁ

RIO

GESTÃOPLANEJAMENTO, RECEITA EFICAZ

PROTAGONISMOPOR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE

HISTÓRIA DE SUCESSOCAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES

DIVERSIFICAÇÃOMULTIPLICAR BENEFÍCIOS

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADEDEDICAÇÃO RECOMPENSADA

DIA INTERNACIONAL DO COMBATE À MÃO DE OBRA DECRIANÇAS E ADOLESCENTES

CAPAFUTURO PROMISSOR

TECNOLOGIABENEFÍCIOS COMPROVADOS

ESPAÇO DA MULHERHABILIDADE CRIATIVA

DESTAQUEDIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

ESPECIALSOLO BEM PROTEGIDO É SOLO FÉRTIL

RECEITAHORA DA SOBREMESA!

JOVEM EMPREENDEDORAPOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO

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O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO é uma publicação da Souza Cruz ltda, destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa.As opiniões manifestadas por terceiros não refl etem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Dimar Frozza, Hélio Moura, Claudimir Rodrigues, Fernanda Viana, Sandra Müller Becker, Maitê Ferreira e Sabrine WagnerJornalista Responsável: Aline Almeida (MTB 27706 RJ) | [email protected] Gráfi co e Produção Editorial: SLM Comunicação e Marketing | www.slm.com.br

Foto Capa: Gelson PereiraDimar Frozza

Diretor de Tabaco da Souza Cruz

191919

RECEITA

Ainda garoto, Marcelino Peilarski, 42 anos, descobriu suas habili-dades culinárias. Com apenas 13 anos ele já ajudava a mãe a prepa-rar as refeições da família. Alguns anos depois, sua mãe fraturou o braço e, por conta disso, Marceli-no precisou aprender a fazer pão. “Gostei tanto que, mesmo quando ela se recuperou, não quis mais parar. Comecei a procurar outras receitas para fazer bolos e até so-bremesas”, diz.Casado há dois anos com Solange Peilarski, 36 anos, ele agora divide com ela, além das tarefas nas la-vouras, a preparação dos alimen-tos. “Gostamos de receber a famí-lia e os amigos aqui em casa. Eu

fi co responsável pelo churrasco, a Solange faz todos os acompanha-mentos e juntos fazemos as sobre-mesas”, explica ele.Marcelino é irmão, e sócio, do produtor integrado à Souza Cruz, Valmir Peilarski. Na proprieda-de de 100 hectares, localizada em Colônia Queiroz, no município de Virmond (PR), eles dedicam-se à produção de 3,8 hectares de tabaco Burley, 9 hectares de milho e de 68 hectares de soja. “Trabalho é o que não falta aqui na nossa proprieda-de, mas sempre sobra tempo para preparar algo especial para minha família”, complementa Marcelino, que hoje ensina como fazer uma saborosa e prática sobremesa.

2 caixas de gelatina, sabor abacaxi1 lata de pêssego em calda, em metades1 caixinha de creme de leite1 caixinha de leite condensado½ kg de morangos

MOUSSE DEPÊSSEGOE MORANGO

Modo de fazer:Dissolva a gelatina em ½ litro de água fervente e misture ½ litro de água com gelo. No liquidifi cador, bata a gelatina com o leite condensado e o creme de leite durante 4 minu-tos. Reserve. Distribua em uma travessa as frutas picadas e cubra com o creme reservado. Leve ao freezer por 3 horas. Depois disso mantenha na geladeira até a hora de servir.

Dicas:- Pode-se substituir o morango por abacaxi. Este deve ser picado e fervido com um pouco de açúcar e água por aproxi-madamente 5 minutos. Usá-lo depois de frio e sem a calda.

- Reserve uma das metades de pêssego e 4 morangos para decorar o mousse. Faça isso quando ele já estiver

consistente.

HORA DA SOBREMESA!

Marcelino: Sobremesas são suas especialidades

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“Com o manejo adequado do solo, o mantemos fértil, saudável e protegido e, em consequência, aumentamos a produtividade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”Ademir Hartinger

Recomendações para um bom manejo de solosColeta de amostra de solo e inter-pretação dos resultados;

Aplicação do calcário e utilização da adubação orgânica, se neces-sário;

Preparo do solo com antecedência e com umidade adequada;

Descompactação e semeação da adubação verde para formação da palhada;

Plantio no camalhão alto de base larga com palhada; Rotação de culturas.

Para o bom desempenho de uma la-voura de tabaco, é fundamental que todos os procedimentos necessá-rios sejam realizados no seu devido tempo e o cuidado com solo é parte essencial nesse processo. O Analis-ta de Pesquisa da Souza Cruz, Val-mir Raddeck, explica que é preciso

BOMPLANEJAMENTO

“É o que chamamos de ‘fertilidade construída’. Estes cuidados vão pro-porcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de lavouras com alto potencial produtivo e excelência em qualidade”. Segundo ele, neste planejamento também é importante considerar quais os locais em que o tabaco será cultivado por pelo me-nos 3 safras, para melhor utilização das áreas.O solo é um recurso natural fun-damental e necessita de atenção e cuidados especiais para garantir uma safra com boa qualidade e pro-dutividade. Os produtores integra-dos à Souza Cruz há 8 anos, Ademir Hartinger, 39 anos, e Rosilene

Ressel Hartinger, 31 anos, sabem disso e procuram executar as me-lhores práticas de manejo para evi-tar erosão e melhorar a fertilidade do solo em sua propriedade, loca-lizada em Ribeirãozinho, no muni-cípio de Mafra (SC). Produtores de pesquisa há 5 anos, o casal agregou à propriedade todas as tecnologias apresentadas pela Souza Cruz e viu na prática o resultado: a produtivi-dade passou de 3.000 para 3.500 quilos por hectare. “Com o manejo adequado do solo, o mantemos fér-til, saudável e protegido e, em con-sequência, aumentamos a produti-vidade e a qualidade fi nal do nosso tabaco”, confi rma Ademir.

fazer um planejamento adequado para que o solo possa ser prepara-do com antecedência. “Inicialmen-te, o produtor deve fazer a coleta de amostra para análise e, se necessá-rio, fazer a correção do solo. As pró-ximas etapas são a descompactação e a confecção do camalhão alto de base larga onde serão semeadas as espécies de adubação verde indi-cadas para a sua propriedade, com tempo sufi ciente para se desenvol-ver e formar uma boa massa verde”, ensina Valmir. Outra prática para manter o solo saudável e produtivo

que o analista também destaca é a rotação de culturas. “Nas lavouras, devemos usar as melhores técnicas agrícolas para produzir um tabaco com a qualidade que a demanda de mercado exige. Aliado a isso, tam-bém devemos proporcionar condi-ções favoráveis para que as plan-tas possam expressar seu máximo potencial produtivo. Tabaco de alta qualidade em lavouras produtivas alavanca o lucro da propriedade e isso é um ponto muito importante para manter a sustentabilidade da atividade”, conclui.

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GESTÃO

“O planejamento é um dos momentos mais importantes em qualquer negó-cio e na produção de tabaco não é dife-rente. O sucesso de uma lavoura e, até mesmo, de toda uma propriedade rural, depende basicamente de um bom pla-nejamento”. A opinião é do Gerente Ter-ritorial de Produção Agrícola da Souza Cruz, João Chassot. No caso do tabaco, o gerente explica que é preciso defi nir todas as ações que envolvem a cultura antes mesmo da contratação da próxi-ma safra. Deve-se defi nir a área a ser plantada, a variedade e o volume a ser produzido. Além disso, é preciso orçar

os custos para projetar os resultados que se pretende obter com a cultura. “Com um planejamento bem feito, evi-taremos surpresas e teremos êxito na execução das atividades durante todas as fases da cultura, tendo assim uma maior assertividade nos resultados fi -nais”, conclui Chassot.

Questão de organização

Antonio Romário Cardoso de Carvalho, 51 anos, e seu fi lho Diuliano Cardoso de Carvalho, 26 anos, produtores integra-dos à Souza Cruz há 28 e 8 anos, res-pectivamente, levam a receita na ponta do lápis. Na sua propriedade de 17,4 hectares, localizada em São Pascoal, no município de Irineópolis (SC), tudo é feito seguindo uma programação. “Re-alizamos o planejamento no período da entressafra de cada uma das culturas que plantamos, assim teremos maior disponibilidade de tempo para defi nir a

área a ser cultivada, a quantidade de hectares necessários, fazer análises

de solo e correções, se necessário e, ainda, a manutenção das má-

quinas e equipamentos”, expli-ca Antonio que, junto com o

fi lho, além dos 6 hectares de tabaco, planta soja e trigo.

Eles também investem no

refl orestamento com uma área de 8.000 pés de eucaliptos.Segundo Diuliano, o planejamento tam-bém é feito para atender no tempo certo todas as fases das lavouras e que, após cada safra, são avaliados seus pontos positivos e negativos. “Fazemos um comparativo com as safras anteriores e, a partir dessa análise, começamos a planejar a próxima”, destaca e acres-centa: “No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüên-cia, mais rentabilidade. O bom resul-tado é garantido”. Prova disso são os ótimos resultados alcançados nas últi-mas safras: 3.500 quilos produzidos por hectare. “Estou seguindo os passos dos meus pais e, como eles, quero uma pro-priedade próspera e bem sucedida, pois não quero sair daqui. Com organização e planejamento, sabemos que isso é possível”, conclui.O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Gilmar Schwetler, que há 7 anos acom-panha a família, destaca que na pro-priedade dos Carvalho todo o trabalho é realizado pela família: “É uma proprie-dade diversifi cada. Se eles não fossem organizados e não mantivessem um planejamento geral, certamente não teriam a qualidade de vida e o sucesso que têm hoje”.

PLANEJAMENTO,

RECEITA EFICAZ

“No caso do tabaco, por exemplo, com o planejamento antecipado de cada fase, produzimos uma planta melhor, com mais qualidade e, em conseqüência, mais rentabilidade. O bom resultado é garantido”

A partir da esq.: Diuliano com a esposa Jucélia, o Orientador Agrícola GIlmar e Marli com o esposo Antonio

Diuliano Cardoso de Carvalho

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EDITORIAL

Com o desenvol-vimento industrial nos últimos sécu-los, percebeu-se uma constante e contínua tendên-cia da migração do rural para o

urbano. Em especial do público jovem, buscando novas oportunidades de vida nesse modelo. Mais recentemente, com a tendência de profi ssionalização no meio rural, os jovens estão enxergando a pro-priedade como uma boa oportunidade de negócio e passando a projetar seu futuro, transformando-se em verdadeiros em-preendedores rurais. A tecnologia atual, que facilita o trabalho e aumenta a produ-tividade, por exemplo, é um dos motivos para as novas gerações permanecerem no campo. No caso das famílias de vocês, produtores integrados, outro fator que, acredito, contribua para isso, é a relação de confi ança, forjada ao longo da nossa história, entre a empresa, vocês e seus familiares. E hoje, nesta edição, nós que-remos que vocês conheçam a história de duas famílias de produtores que se dedi-cam à agricultura e que, por meio do uso de tecnologias e de nossa parceria, bus-cam a prosperidade do negócio. E por falar em tecnologias, chamo a aten-ção para a matéria que fala sobre a pro-dução de mudas de tabaco em bandejas plásticas no canteiro padrão. Um tema importante para esse período e pelo qual a Souza Cruz investiu forte pesquisa e, de forma pioneira, divide com os produtores integrados. Reunimos ainda, nesta revis-ta, reportagens sobre planejamento de safra e cuidados com solo, entre outros assuntos tão importantes que vão contri-buir para que vocês obtenham sempre o melhor resultado em seu trabalho.Forte abraço.

AMIGOSPRODUTORES

SUMÁ

RIO

GESTÃOPLANEJAMENTO, RECEITA EFICAZ

PROTAGONISMOPOR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE

HISTÓRIA DE SUCESSOCAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES

DIVERSIFICAÇÃOMULTIPLICAR BENEFÍCIOS

CAMPEÕES DE PRODUTIVIDADEDEDICAÇÃO RECOMPENSADA

DIA INTERNACIONAL DO COMBATE À MÃO DE OBRA DECRIANÇAS E ADOLESCENTES

CAPAFUTURO PROMISSOR

TECNOLOGIABENEFÍCIOS COMPROVADOS

ESPAÇO DA MULHERHABILIDADE CRIATIVA

DESTAQUEDIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

ESPECIALSOLO BEM PROTEGIDO É SOLO FÉRTIL

RECEITAHORA DA SOBREMESA!

JOVEM EMPREENDEDORAPOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO

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O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO é uma publicação da Souza Cruz ltda, destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa.As opiniões manifestadas por terceiros não refl etem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Dimar Frozza, Hélio Moura, Claudimir Rodrigues, Fernanda Viana, Sandra Müller Becker, Maitê Ferreira e Sabrine WagnerJornalista Responsável: Aline Almeida (MTB 27706 RJ) | [email protected] Gráfi co e Produção Editorial: SLM Comunicação e Marketing | www.slm.com.br

Foto Capa: Gelson PereiraDimar Frozza

Diretor de Tabaco da Souza Cruz

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RECEITA

Ainda garoto, Marcelino Peilarski, 42 anos, descobriu suas habili-dades culinárias. Com apenas 13 anos ele já ajudava a mãe a prepa-rar as refeições da família. Alguns anos depois, sua mãe fraturou o braço e, por conta disso, Marceli-no precisou aprender a fazer pão. “Gostei tanto que, mesmo quando ela se recuperou, não quis mais parar. Comecei a procurar outras receitas para fazer bolos e até so-bremesas”, diz.Casado há dois anos com Solange Peilarski, 36 anos, ele agora divide com ela, além das tarefas nas la-vouras, a preparação dos alimen-tos. “Gostamos de receber a famí-lia e os amigos aqui em casa. Eu

fi co responsável pelo churrasco, a Solange faz todos os acompanha-mentos e juntos fazemos as sobre-mesas”, explica ele.Marcelino é irmão, e sócio, do produtor integrado à Souza Cruz, Valmir Peilarski. Na proprieda-de de 100 hectares, localizada em Colônia Queiroz, no município de Virmond (PR), eles dedicam-se à produção de 3,8 hectares de tabaco Burley, 9 hectares de milho e de 68 hectares de soja. “Trabalho é o que não falta aqui na nossa proprieda-de, mas sempre sobra tempo para preparar algo especial para minha família”, complementa Marcelino, que hoje ensina como fazer uma saborosa e prática sobremesa.

2 caixas de gelatina, sabor abacaxi1 lata de pêssego em calda, em metades1 caixinha de creme de leite1 caixinha de leite condensado½ kg de morangos

MOUSSE DEPÊSSEGOE MORANGO

Modo de fazer:Dissolva a gelatina em ½ litro de água fervente e misture ½ litro de água com gelo. No liquidifi cador, bata a gelatina com o leite condensado e o creme de leite durante 4 minu-tos. Reserve. Distribua em uma travessa as frutas picadas e cubra com o creme reservado. Leve ao freezer por 3 horas. Depois disso mantenha na geladeira até a hora de servir.

Dicas:- Pode-se substituir o morango por abacaxi. Este deve ser picado e fervido com um pouco de açúcar e água por aproxi-madamente 5 minutos. Usá-lo depois de frio e sem a calda.

- Reserve uma das metades de pêssego e 4 morangos para decorar o mousse. Faça isso quando ele já estiver

consistente.

HORA DA SOBREMESA!

Marcelino: Sobremesas são suas especialidades

Page 20: JOVEM EMPREENDEDOR APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO O … · POR UMA COMUNIDADE MAIS FORTE HISTÓRIA DE SUCESSO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÕES DIVERSIFICAÇÃO ... GESTÃO “O planejamento

JOVEM EMPREENDEDOR

APOSTA NADIVERSIFICAÇÃO

O desejo de crescer e ser bem sucedi-do na atividade agrícola é o que tam-bém move o jovem casal de produtores rurais, Fábio de Almeida Pagini e Iana Weber Pagini, ambos com 33 anos. Produtor integrado à Souza Cruz há 10 anos, Fábio aprendeu com o pai, Natal Pagini Neto, sobre a cultura do tabaco. “Meu pai, agora aposentado, só plan-tava tabaco, mas eu e minha esposa resolvemos investir e apostar na diver-sifi cação, pois acreditamos que essa é a chave para continuarmos investindo no agronegócio”, afi rma o produtor. Na propriedade de 42 hectares da família, localizada em Linha Dona Francisca, no município de Barão do Triunfo (RS), além dos 5 hectares de tabaco, eles produzem 5 hectares de milho, 20 hec-tares de eucalipto e 1 hectare de uva, que complementam a renda da família. Fábio explica que o tabaco sempre será a principal fonte de renda da família. “Nós temos toda a estrutura para isso,

além do apoio da Souza Cruz que sem-pre nos proporciona formas de progre-dirmos com a cultura”, justifi ca. Iana, que divide os trabalhos na pro-priedade com o marido, diz que é pre-ciso pensar no futuro e que, por isso, é importante que, além dos investi-mentos na propriedade, também in-vistam no crescimento pessoal. Razão que leva o casal a, sempre que pos-sível, fazer os cursos oferecidos pela Souza Cruz e outros que possam lhes ser úteis, como o curso de vinifi cação feito pelo Fábio. “Precisamos acompa-nhar os avanços tecnológicos que che-gam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmar-mos no campo e oferecermos um fu-turo melhor para nossas fi lhas”, alega Iana. O Orientador Agrícola da Souza Cruz, Daniel Salatti explica que a produção agrícola está sempre evoluindo e que, por isso, a busca por novos aprendi-zados deve ser uma constante. “Estar atento às novidades, implementar tec-nologias e investir em especialização são alguns dos passos para manter uma propriedade num processo de crescimento contínuo. Isso faz parte do espírito empreendedor que vejo no Fábio e na Iana”, salienta Daniel.

“Precisamos acompanhar os avanços tecnológicos que chegam cada vez mais depressa. E com mais conhecimento teremos melhores condições de crescermos, nos fi rmarmos no campo e oferecermos um futuro melhor para nossas fi lhas.”Iana Weber Pagini

Fábio e Daniel: parceria, troca de ideias e boas orientações garantem lavoura de qualidade

O PRODUTORINTEGRADO DE TABACO

FUTUROPROMISSOR

Protagonismo TecnologiaGestão

Por uma comunidade mais fortePág. 04

Benefícios comprovadosPág. 12

Planejamento,receita efi cazPág. 03

Abril | Maio | Junho _ www.produtorsouzacruz.com.br 2017_Nº 173

Jovens do campo estão embusca de oportunidades e de

independência fi nanceira.Pág. 10