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JUBILEU DE OURO SACERDOTAL JUBILEU DE OURO SACERDOTAL M M ONSENHOR ONSENHOR E E STANISLAU STANISLAU P P OLAKOWSKI OLAKOWSKI 1960 – 2010 1960 – 2010

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JUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALMMONSENHORONSENHOR E ESTANISLAUSTANISLAU P POLAKOWSKIOLAKOWSKI

1960 – 20101960 – 2010

______________________________________________________________________________________________________________________________SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMASANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Curitiba – ParanáCuritiba – Paraná

LITURGIALITURGIA

1. COMENTÁRIO INICIALComentarista:

A Aliança com Deus, na paz e justiça. Renovar e intensificar nossa adesão a Deus que é amor, bondade e

misericórdia.Hoje, de modo especial, elevamos um hino de ação de graças ao Pai, que

no seu amor incomparável chamou Mons. Estanislau ao ministério sacerdotal, e enviado por Jesus Cristo, foi ungido e consagrado pelo Espírito Santo.

Alegremo-nos em Deus pelos 50 anos de vida e missão sacerdotal de Mons. Estanislau, vividos na dimensão pascal da aliança.

Ser Padre foi, é e será sempre um desafio para o mundo, e para nós é um presente. Ao chamado de Deus e da Igreja, Mons. Estanislau foi fortificado pelo amor de Maria Santíssima e, como Ela, pronunciou o seu “sim” com generosidade. Com Maria Santíssima arriscou-se, atirando-se com confiança nas mãos do Senhor.

2. CANTO DE ENTRADA1- Cristo é Sacerdote para sempre, quem assim declarou foi seu Pai! / Ninguém pode assumir tão imensa honra, só aquele a quem Deus chama e atrai.Tu és Sumo Sacerdote, Santo, Imaculado, / sempre vivo a interceder ao Pai por todos nós. / Em teu Sangue em sacrifício todo homem é perdoado: escuta a nossa voz!2 – Entrando no mundo logo exclamas: “Sacrifícios não queres, meu Deus!” / Eis-me aqui, já que Tu me formaste um corpo, por amor ofereço o que é meu.

3. ACOLHIDAComentarista: Sejam todos bem vindos. Sejam bem vindos os irmãos e parentes do Mons. Estanislau, seus amigos, padres ou não, de perto ou de longe, o nosso Arcebispo Dom Moacyr; Dom Pedro Fedalto – Bispo Emérito que o acompanhou por tanto tempo na sua caminhada sacerdotal; Mons. Diniz Mikosz, seu amigo desde o tempo de Seminário, e todos os que vieram para participar desta Eucaristia de Ação de Graças do seu Jubileu de Ouro.

4. PARAMENTOS Comentarista: Convidamos o nosso jubilando Mons. Estanislau para vestir-se com as vestes jubilares.

O homem gosta de recobrir, velar aquilo que valoriza de modo especial. Assim surgiram, através da história, as diferentes vestimentas nos momentos

importantes da vida, como a veste batismal, da primeira comunhão, vestido de noiva, farda militar, a túnica dos religiosos, a vestimenta do juiz, as vestes sacerdotais. Elas são a expressão de um estado da alma, como a alegria, festa ou função.

5. CÍRIO Comentarista: O Círio Pascal representa Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote, Cabeça da Igreja, Luz do mundo. Luz, claridade, resplendor que ilumina os homens e os guia para a luz inacessível. Jesus Cristo foi constituído por Deus Pai como Sacerdote, Profeta e Rei. E como Ele se fez, pela Encarnação, a Cabeça da Igreja, todos nós passamos a participar dessas três funções do Salvador e, consequentemente, assumimos com Ele a responsabilidade da missão salvífica da humanidade, com todo o serviço do Reino. Que Padre Fabiano – uma vocação que nasceu da dedicação e espiritualidade do Mons. Estanislau – irradie na sua vida a Luz de Jesus Cristo, a fim de iluminar o caminho de todos os que o cercam

6. FOTO DA FAMÍLIA POLAKOWSKI Comentarista: As Famílias Polakowski e Falarz deram à Igreja notáveis vocações: Padre José Falarz, Mons. Boleslau Falarz, Mons. Henrique Osvaldo Falarz e Padre Aurélio Falarz. Além deles, a sua irmã Eugênia tornou-se religiosa - enfermeira afamada - da Congregação das “Irmãs Francesas” de São José de Chambéry. Não é de se estranhar que no seio dessa verdadeira escola de virtudes humanas e cristãs, Mons. Estanislau tenha sido chamado ao sacerdócio. Tudo isso é fruto de uma família unida na oração e no temor de Deus, vividos diariamente.

7. IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Padre Romildo:

Maria, Mãe do silêncio e da humildade, vives mergulhada no mistério do Senhor. És disponibilidade e receptividade, és fecundidade e plenitude,És atenção e solicitude, estás revestida de fortaleza.És Senhora de ti mesma, antes de ser Senhora nossa.Todo o teu ser é sereno, tranqüilo, identificado com o Senhor.Estás em Deus e Deus em ti, o mistério infinito te envolve,Ocupa e integra todo o teu ser.O teu silêncio não é ausência, mas presença:Estás absorta no Senhor e, ao mesmo tempo, atenta aos irmãos.Ó Mãe admirável do silêncio, envolve-nos no teu manto de silêncio,

Comunica-nos a fortaleza de tua fé, da tua esperança,E a profundidade do teu amor.

RITOS INICIAISRITOS INICIAIS

8. SAUDAÇÃO INICIALMons. Estanislau: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.Todos: Amém.

Mons. Estanislau: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. 9. ATO PENITENCIALComentarista: Ser cristão é amar, é viver, é acreditar que todos são bons e crer que hoje será melhor que ontem. Ser cristão é ir para frente, é nunca estar parado, inativo, quando os homens precisam de um testemunho de coragem, onde reine a justiça e o amor.

Mons. Estanislau: Que o perdão se derrame em nossas vidas e que vivamos uma vida nova de reconciliação com Deus e com os irmãos. Confessemos os nossos pecados.Todos: Confesso a Deus...

Mons. Estanislau: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Todos: Amém.

KYRIEKyrie eleison / Christe eleison / Kyrie eleison

10. HINO DE LOUVORGlória in excélsis Déo. Et in térra pax homínibus bónae voluntátis. Laudámus te. Benedícimus te. Adorámos te. Glorificámus te. Grátias ágimus tíbi propter mágnam gloriam túam. Dómine Déus, Rex caeléstis, Déus Pater omnipotens. Dómine Fíli unigénite Jésu Christé. Dómine Déus, Agnus Déi, Fílius Pátris. Qui tóllis peccáta múndi, miserere nóbis. Qui tóllis peccáta mundi, súscipe deprecatiónem nóstram. Qui sedes ad déxteram Pátris, miserere nóbis.

Quóniam tu sólus sanctus. Tu sólus Dóminus. Tu sólus Altíssimus, Jésu Chríste. Cum Sáncto Spíritu, in glória Déi Pátris. Amen.

 11. ORAÇÃO DO DIAMons. Estanislau: Oremos. Pai Santo, que me chamastes à comunhão do eterno sacerdócio do vosso Cristo e ao serviço da Igreja, sem mérito algum de minha parte, fazei que eu anuncie o vosso Evangelho com mansidão e coragem, e distribua fielmente os vossos sacramentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Todos: Amém. 

LITURGIA DA PALAVRALITURGIA DA PALAVRA

12. PRIMEIRA LEITURA (ÊXODO 24, 3-8)Comentarista: Moisés, intermediário entre o Senhor e o povo, espargiu o símbolo da Nova Aliança, o sangue de uma única vítima, Jesus Cristo, o nosso Salvador.

Leitura do Livro do ÊxodoNaqueles dias, Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do

Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse”.

Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor.

Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe obedeceremos”.

Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras”.

- Palavra do Senhor.Todos: Graças a Deus. 13. SALMO RESPONSORIAL (SL 115) Como irei retribuir a meu Senhor / por todo bem, por toda a graça que me fez? / Ergo o cálice de Deus, sacrifico em seu louvor / e agradeço mais uma vez. 

Como irei retribuir a meu Senhor / por todo bem, por toda a graça que me fez? / Ergo o cálice de Deus, sacrifico em seu louvor / e agradeço mais uma vez. 1 – Como retribuirei ao Senhor / por todo o bem que Ele me fez? / Erguerei o Cálice da salvação / invocando o nome do Senhor.2 – Cumprirei meus votos ao Senhor / na presença de todo o seu povo. / Preciosa é aos olhos do Senhor / a morte dos seus amigos.3 – Ó Senhor, eu sou vosso servo. / Sim, vosso servo e filho de vossa serva. / Quebrastes os meus grilhões! / Hei de oferecer-vos um sacrifício de ação de graças, / invocando o nome do Senhor.

14. SEGUNDA LEITURA (HEBREUS 5, 1-6)Comentarista: Os sacerdotes participam do único sacerdócio de Cristo, tornando presente, no altar, o Único Sacrifício.

Leitura da Carta aos HebreusTodo sumo-sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor

dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios. Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão. Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo-sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu filho, eu hoje te gerei”. Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec”.

- Palavra do Senhor. Todos: Graças a Deus.

15. EVANGELHOComentarista: Lucas narra a vocação dos primeiros discípulos. Jesus deixa clara a sua escolha: “Doravante, sereis pescadores de homens”. Eles deixaram tudo e seguiram a Jesus.

16. CANTO DE ACLAMAÇÃOAleluia! Aleluia! Aleluia! “Convosco esteja a paz”, Jesus lhes repetiu. “Igual ao Pai que me mandou, eu vos envio ao meu redil.”1 – Veio o Senhor e lhes falou: “Convosco esteja a paz!” Depois soprou, dando um poder que não se viu jamais. “Se alguém de vós, fazendo o bem, der o perdão, eu também dou, muito feliz, ao pecador, a remissão.2 – “Como meu Pai sempre me amou, a vós também amei! Não fostes vós,

somente eu vos escolhi, nomeei. Eu chamarei a todos vós de amigos meus, porque vos dei a conhecer tudo que ouvi do Pai, meu Deus!” 

17. EVANGELHO (LUCAS 5, 1-11) Padre Alexsander: O Senhor esteja convosco!Todos: Ele está no meio de nós.

Padre Alexsander: Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.Todos: Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. Simão respondeu: Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as red3es se rompiam. Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.

Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

- Palavra da salvação.Todos: Glória a vós, Senhor! 

18. HOMILIA  

19. RENOVAÇÃO DOS COMPROMISSOS SACERDOTAISComentarista: Celebrando, feliz e agradecido, o seu Jubileu Sacerdotal, Mons. Estanislau vai agora renovar as promessas que fez no dia da sua Ordenação, diante de Deus e da Igreja.

Mons. Estanislau: Ó Deus Todo Poderoso que, sem nenhum mérito de minha parte, me chamastes a participar do único e eterno sacerdócio de Jesus Cristo, renovo, neste instante, minhas ações de graças pela minha eleição. Renovo, igualmente, meus compromissos sacerdotais com Cristo, com a Igreja, minha Mãe, e com todos os meus irmãos, para os quais fui enviado. Quero unir-me e identificar-me mais estreitamente ao Senhor Jesus, meu Mestre e meu Modelo, renunciando a mim mesmo, para consagrar-me totalmente aos deveres da minha vocação. Prometo, mais uma vez, fidelidade na distribuição do Pão da Palavra e dos Sacramentos. Ajudai-me, Senhor, a ser fiel administrador dos vossos mistérios, não visando bens materiais e promoção pessoal, mas unicamente a vossa glória e o bem das almas! A vós, meu Deus, entrego minha vida e meus sofrimentos, meus êxitos e meus fracassos. Ajudem-me a graça de Cristo, a proteção da Virgem Maria, Mãe da Igreja, a quem consagrei meu sacerdócio, as preces de meus irmãos no sacerdócio e as orações de todo o povo de Deus.Todos: Amém. 20. A PALAVRA SE FAZ ORAÇÃOMons. Estanislau: Deus Pai, deixai que depositemos no Coração Eucarístico de vosso Filho Jesus Cristo as mais ardentes preces pelo nosso Clero.Todos: Senhor, atendei a nossa prece.

1. Pela Igreja de Deus, para que tenha presbíteros que nos façam crescer na fé, na esperança e na caridade, rezemos ao Senhor:2. Pelo Santo Padre Papa Bento, pelo nosso bispo Moacyr José, seus auxiliares Dirceu, João Carlos e Rafael, o Bispo Emérito Pedro Fedalto, e pelos sacerdotes aqui presentes, para que sejam revestidos com toda a força e graça de Cristo, o Sumo Sacerdote, rezemos ao Senhor:3. Pelo Mons. Estanislau que, durante 50 anos dedicou a sua vida a Deus, amando-O e servindo-O em todos os momentos, a fim de que seja sempre feliz nesta sua vocação e incansável em seu sacrifício. E que o seu exemplo abra outros corações para ouvirem e seguirem o chamamento de Cristo, rezemos ao Senhor:4. Pelas famílias cristãs, para que sejam fervorosas na fé e no serviço eclesial, favorecendo, deste modo, o surgimento e desenvolvimento de novas vocações consagradas, rezemos ao Senhor:5. Pelos familiares e por todas as pessoas ligadas ao Mons. Estanislau, para que Deus os recompense pela participação em seu Sacerdócio, rezemos ao Senhor:6. Pelos seus pais, parentes, amigos e benfeitores falecidos, para que Deus os tenha no seu Reino de amor e felicidade, rezemos ao Senhor:

Mons. Estanislau: Ó Deus, conservai na perfeita fidelidade ao vosso serviço aqueles a quem já chamastes para tão alta dignidade; afervorai-os, purificai-os, santificai-os, não permitindo que se afastem do espírito da vossa Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Todos: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICALITURGIA EUCARÍSTICA

21. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDASComentarista: Existe em nós o íntimo desejo de comemorar todos os acontecimentos importantes através de banquetes. Hoje, o Banquete Eucarístico é em agradecimento pelo Jubileu de Ouro de Mons. Estanislau. Para este Banquete trazemos: - Pão e o Vinho - a vida unida a Cristo. - A água - o cristão que se oferece. A água é sinal da vida em geral e da nova vida adquirida pela fé e pelo Batismo em particular. O povo sacerdotal, nascido das águas do Batismo, manifesta a sua presença na Eucaristia pelas gotas de água colocadas no cálice com vinho.

22. CANTO PARA APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS1 – O Cristo vai à sinagoga em Nazaré / e nos revela, então, quem Ele é: / “O Espírito pousa sobre mim, / pois foi o meu Pai, Deus de amor que ungiu e enviou-me, enfim.”O Pai me ungiu, me consagrou, / mandou-me proclamar a Boa-Nova / ao pobre, ao cego, ao sofredor / anunciar a graça que renova.2 – Levar a Boa-Nova aos pobres é missão / daquele que recebe a santa unção / aos corações ir consolar, / tristes reerguer, presos redimir, cego iluminar.3 – Jesus dá o seu poder sacerdotal / a quem o Pai marcou co’a unção crismal / para imolar, como instruiu / sobre o santo altar a Hóstia salutar que Ele instituiu.

23. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDASMons. Estanislau: Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso.Todos: Receba o Senhor, por tuas mãos, este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

Mons. Estanislau: Oremos. Vamos oferecer, ó Deus, este sacrifício de louvor por mais um ano de serviço à vossa Igreja, para que acompanheis sempre o sacerdócio que me confiastes, sem mérito algum de minha parte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Todos: Amém.

24. ORAÇÃO EUCARÍSTICA IMons. Estanislau: O Senhor esteja convosco.Todos: Ele está no meio de nós.

Mons. Estanislau: Corações ao alto.Todos: O nosso coração está em Deus

Mons. Estanislau: Demos graças ao Senhor, nosso DeusTodos: É nosso dever e nossa salvação. Mons. Estanislau: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso. Do Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, servo obediente e cheio de misericórdia, brotam todos os ministérios. Ele mesmo, sacerdote eterno e pastor dos pastores, nos ensina a servir a todos. E, escolhendo os dispensadores dos mistérios divinos, reveste-os com variedade de dons e carismas para que, sempre e em toda parte, ofereçam o sacrifício perfeito, e edifiquem, com a palavra e os sacramentos, a Igreja peregrina e santa, comunidade da Nova Aliança e templo vivo do vosso louvor.  Por esta razão tão grande, nós nos unimos a todas as criaturas, e proclamamos jubilosos vossa glória, cantando a uma só voz:

Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus Déus Sábaoth. Pléni sunt caéli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Benedictus qui vénit in nomine Dómini. Hosánna in excélsis.

CP: Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que abençoeis estas oferendas apresentadas ao vosso altar.Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!

Nós as oferecemos pela vossa Igreja Santa e Católica: concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só Corpo e governando-a por toda a terra. Nós as oferecemos também pelo vosso servo o Papa Bento, por nosso Bispo Moacyr José, seus auxiliares Dirceu, João Carlos e Rafael, o bispo Emérito Pedro e por todos os que guardam a fé que receberam dos Apóstolos.Conservai a vossa Igreja sempre unida!

1C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N.N. e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em vos servir. Eles vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.

Lembrai-vos, ó Pai, de vossos filhos!

2C: Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; e também São José, esposo de Maria, os Santos Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e todos os vossos Santos. Por seus méritos e preces concedei-nos sem cessar a vossa proteção. Em comunhão com toda a Igreja aqui estamos!

CP: Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda dos vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos.

CC: Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.Santificai nossa oferenda, ó Senhor!

Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o Pão em suas mãos, elevou os olhos a vós, ó Pai, deu graças e o partiu, e o deu a seus discípulos, dizendo:

TOMAI TODOS E COMEI:ISTO É O MEU CORPO,

QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.Do mesmo modo, ao fim da Ceia, ele tomou o Cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:

TOMAI TODOS E BEBEI:ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE,

O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA,QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS

PARA REMISSÃO DOS PECADOS.FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.

Eis o Mistério da fé!Todos: Salvador do mundo, salvai-nos. Vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição! CC: Celebrando, pois a memória da Paixão do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício perfeito e Santo, Pão da vida eterna e Cálice da salvação. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

Recebei, ó Pai, esta oferenda, como recebestes a oferta de Abel, o sacrifício de Abraão e os dons de Melquisedec. Nós vos suplicamos que ela seja levada à vossa presença, para que, ao participarmos deste altar, recebendo o Corpo e o Sangue de vosso Filho, sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta! 3C: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas – os pais José e Helena, irmãos Eugenia e Eufrazio Luiz, os sacerdotes Pe. José, Mons. Boleslau e Mons. Henrique, e todos os sacerdotes falecidos - que partiram desta vida, marcados com o sinal da fé. A eles, e a todos os que adormeceram no Cristo, concedei a felicidade, a luz e a paz.Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos! 4C: E a todos nós pecadores, que confiamos na vossa imensa misericórdia, concedei, não por nossos méritos, mas por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão, Matias e Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro; Felicidade e Perpétua, Águeda e Luzia, Inês, Cecília, Anastácia e todos os vossos Santos. Por Cristo, Senhor nosso.Concedei-nos o convívio dos eleitos! Por eles não cessais de criar e santificar estes bens e distribuí-los entre nós. CC: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honras e toda a glória, agora e para sempre.Todos: Amém.

RITO DA COMUNHÃORITO DA COMUNHÃO

Mons. Estanislau: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou.Todos: Pai nosso...

Mons. Estanislau: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.Todos: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.

Mons. Estanislau: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que

anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.Todos: Amém.

Mons. Estanislau: A paz do Senhor esteja sempre convosco!Todos: O amor de Cristo nos uniu! 25. CORDEIRO DE DEUSAgnus Déi, qui tóllis peccáta múndi: miserere nóbis.Agnus Déi, qui tóllis peccáta múndi: miserere nóbis.Agnus Déi, qui tóllis peccáta múndi: dona nóbis pácem.

Mons. Estanislau: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!Todos: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃOMons. Estanislau: Sabemos que Deus nos ama e cremos no seu amor.

26. COMUNHÃOComentarista: Eucaristia é a Festa da Vida. Através do Banquete realiza-se uma união, uma aliança, um convívio, um intercâmbio de vida. Que Banquete é este que celebramos? É o Banquete da Eucaristia, Festa por excelência, em que celebramos o Mistério de Cristo. Comer e beber juntos na Eucaristia significa alegria, intimidade, amor.

CANTO DE COMUNHÃO1 – Tu és digno de glória e louvor / porque foste por nós imolado / és Senhor dos senhores, o Rei / e nós somos o povo chamado. / Aleluia! Fiquemos alegres! / Este é o canto nupcial do Cordeiro, / a nossa Igreja é tua esposa feliz, / Teu amor primeiro.Tu és, Jesus, Sacerdote e Cordeiro imolado / Também somos, por Ti, sacerdotes / Jesus amado!2 – Sacerdote da Nova Aliança / Edificas a Igreja de novo / Perpetuas no altar tua Cruz / Alimentas o amor de teu povo / Corações são repletos de graça / És penhor de vitórias futura / O meio certo de ir a teu Pai / Fonte d’água pura.3 – Bom Pastor, que preferes servir / E disseste: “não vim ser servido” / Tu quiseste buscar e salvar / Todo aquele que estava perdido / Frente ao lobo que rouba e dispersa / Dás a vida por tuas ovelhas / Por tua voz te conhecem e a teu Pai / Com quem te assemelhas.

4 – Nosso único Mestre és Tu / Que a celeste doutrina ensinas / E mandaste os apóstolos teus / A pregar as palavras divinas / Nossos padres também são os mestres / Sacerdotes, pastores, luz guia / E é por eles que podes viver / Na Eucaristia.5 – Através de teus padres, Senhor / Continuas a tua presença / Pelos campos, aldeias, cidades, / Tu percorres a messe que é imensa / Pelos padres de novo nos chegam / O Evangelho com teus Sacramentos / Suas mãos, seus lábios, seus pés se tornaram / Os teus instrumentos.6 – Todos nós somos feitos também / Sacerdotes da Nova Aliança / E podemos por Ti ofertar / Sacrifícios com grande confiança / Sempre damos assim nossos corpos / Como dádiva santa e agradável / E o nosso culto em espírito ao Pai / Sempre é aceitável.7 – Tu já deste por nós o teu Corpo / E teu Sangue em total sacrifício / No batismo do teu Sacerdócio / Tu nos deste o poder e o ofício / Imolemos, irmãos, cada dia / Nosso ser como hóstias sagradas. / A missa, a vida, a alegria ou a dor / Sejam consagradas!

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"PEDI AO SENHOR DA MESSE QUE ENVIE OPERÁRIOS PARA A SUA MESSE!"Rezemos a Deus Nosso Senhor para que mande novas vocações para o sacerdócio e também por aqueles que foram escolhidos por Deus para esta vocação tão especial.

"Deus Pai, olha a face do teu Filho, o eterno Sumo Sacerdote, e por amor dele tem piedade de teus sacerdotes. Lembra-te, ó Deus misericordioso, que são apenas frágeis criaturas. Mantém vivo neles o fogo do teu amor. Guarda-os junto a ti, a fim de que o inimigo não prevaleça contra eles e para que jamais se tornem indignos de sua sublime vocação. Ó Jesus, suplico-te por teus fiéis e fervorosos sacerdotes, por teus sacerdotes tíbios e infiéis, por teus sacerdotes que trabalham nas longínquas ou próximas missões, por teus sacerdotes que sofrem tentações, por teus sacerdotes que sofrem incompreensões, por teus sacerdotes que sofrem a solidão e a desolação, por teus jovens sacerdotes, por teus sacerdotes idosos, por teus sacerdotes enfermos, por teus sacerdotes agonizantes, pelas almas de teus sacerdotes que já cumpriram a sua missão neste mundo. Mas, sobremodo, encomendo-te, o sacerdote que me batizou, o que me absolveu dos meus pecados e aqueles de cujas missas participei e que me deram teu Corpo e Sangue na Sagrada Comunhão, aqueles que me alentaram, instruíram e aconselharam, a todos os sacerdotes aos quais me liga uma dívida de gratidão.Ó Jesus, guarda-os todos juntos a teu Sagrado Coração e concede-lhes copiosas bênçãos agora e na eternidade. Amém!Canto: Ouvi, Senhor, a nossa prece: manda operários para a vossa messe!

RITOS FINAISRITOS FINAIS

27. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃOMons. Estanislau: Ó Deus, comemorando o Jubileu de Ouro de minha ordenação, celebrei com alegria o mistério da fé em honra de vosso nome, para que minha vida possa exprimir o que realizei em vosso altar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Todos: Amém.

28. DATASHOWComentarista: Convidamos todos para sentarem-se e assistirem uma breve apresentação da vida do Jubilando Mons. Estanislau.

29. PALAVRAS DE DOM MOACYR E DE DOM PEDRO FEDALTO

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AGRADECIMENTOS

Ninguém faz nada sozinho. Precisamos de outros para ser e crescer. Se

existimos, não foi o acaso que nos fez. Somos fruto do amor de Deus que,

servindo-se de nossos pais, abençoados em seu casamento, nos criou, tirando-nos

do nada, fazendo-nos vir a este mundo com uma missão a cumprir. Bendito seja

Deus. A Ele a nossa gratidão em primeiro lugar.

Tive a graça, como tiveram meus irmãos e minhas irmãs, de nascer numa

família cristã como tantas outras, onde a oração era diária, a Missa dominical e

mesmo em dias de semana, a freqüência regular aos sacramentos. Lembro-me

que um dia, à noite, todos recolhidos para o descanso, fui até o quarto de meus

pais. Queria dizer-lhes não sei mais o que, e os encontrei rezando o terço de

joelhos, aos pés da cama. Deixei-os no silêncio de sua oração. Guardei para

sempre aquela imagem de meus pais, em oração. Foi junto à mãe que nós, seus

filhos, aprendemos as primeiras orações, orações que acabavam decoradas, em

polonês e que, uma vez aprendidas, devíamos fazê-las sozinhos. Com freqüência,

quando acordávamos pela manhã e descíamos para lavar o rosto e tomar o café, a

mãe perguntava: “- Já fez a sua oração? Se não... volte para o quarto e faça a sua

oração.”. Nós rezávamos porque nossos pais nos davam o exemplo. Aos meus

pais, aos meus irmãos e irmãs, a minha gratidão.

Aos sete anos fui matriculado no primeiro ano do Curso Primário da Escola

Paroquial, conduzida, na época, pelas Irmãs da Divina Providência. A minha

primeira professora foi Dona Yole Zétola. Era uma professora-mãe. A bondade

em pessoa. Em seu filho Sérgio Irineu quero agradecer à professora Yole por

todo bem que me fez.

Pouco tempo depois, assumiram a direção da Escola Irmãs da Congregação

de São José de Chambéry. Lembro-me que, ao final do curso primário, já na

quinta série, a professora Irmã Rosemary, ensinando-nos análise gramatical e

lógica da língua portuguesa e sabendo do meu desejo de ir para o seminário, me

disse: “- Essa matéria servirá muito para você, quando estudar o latim.”. Na

pessoa da Madre Provincial Irmã Josefa, quero agradecer às Irmãs Hortênsia,

Fernandina, Rosemary, às Superioras Irmãs Adelaide e Francisca, por todo bem

que me fizeram. De modo especial quero lembrar a Irmã Noeli pelas aulas de

catequese dominical, pelas bonitas histórias que nos contava para trilharmos

sempre os bons caminhos e o aprofundamento na devoção a Nossa Senhora,

recomendando-nos que fizéssemos todos os dias a consagração a Ela, seguida de

três Ave-marias.

Pouco antes dos oito anos, no dia 27 de julho de 1941, fiz a Primeira

Comunhão. O canto oficial era “Senhor Jesus, nós crianças vos amamos...”. A

preparação foi de alguns meses, seguindo as orientações do Papa São Pio X:

“Tão logo a criança chegue ao uso da razão e saiba distinguir o pão natural do

pão eucarístico, pode receber a Comunhão.”

Depois da Primeira Comunhão, minha irmã Terezinha, com os seus 10

anos, me disse: “- Agora nós podemos comungar todos os dias.”. Foi o que

passamos a fazer, dirigindo-nos à igreja bem cedo, no tempo em que se dava a

comunhão fora da missa. Sabíamos que devíamos fazer a preparação e a ação de

graças de, pelo menos, dez a quinze minutos. Um livrinho de orações nos

ajudava.

O Pároco Pe. José, vendo-me todos os dias na igreja, fez-me com a mão um

sinal de chamada, e fui ao seu encontro na sacristia. Perguntou-me

simplesmente: “- Você não quer ser coroinha?” Diante da minha resposta,

continuou: “Venha hoje, às duas horas da tarde, à minha casa.” Quando lá

cheguei, encontrei outro menino da minha idade, Ivo Nester, que tinha recebido

o mesmo convite. E nós dois começamos a aprender as respostas ao “Introibo ad

altare Dei”.

Quero registrar aqui, na pessoa do Pe. Fabiano Kachel e do e do Pe. João

Milchewski, os meus agradecimentos à Congregação dos Padres do Verbo

Divino pelo grande bem que me fizeram os Padres José, Vicente, João Salanczij,

Augusto Kolek, Henrique, Humberto, Francisco, especialmente o Pe. Pedro Fuss,

pelo seu testemunho de simplicidade, de pobreza e dedicação pastoral.

Um dia, um dos padres procurou meu pai, que era alfaiate, para consertar

uma calça. Depois meu pai, à mesa da refeição, nos falou, entre admirado,

edificado e penalizado: “- Quase não havia lugar para colocar mais remendo na

calça do Pe. Vicente.” Naquele tempo, a batina cobria tudo!

Ingressei no Seminário Menor com 13 anos de idade. Meu irmão Geraldo

me acompanhou. Lembro-me de meu pai carregando os dois sacos cheios de

roupas. Parecia um pequeno Abraão, oferecendo a Deus o sacrifício de seus dois

filhos. Pude imaginar, mais tarde, quais eram os seus sentimentos quando

embarcamos rumo ao Seminário Menor, na Av. Jaime Reis, passando antes pela

Casa Paroquial da Catedral, que ficava do outro lado da rua Barão do Cerro

Azul, onde nos aguardava o Pe. Boleslau Falarz, que nos acompanhou até o

Seminário, sendo ali recebidos pelo Pe. Dionísio. Entre lágrimas nosso pai nos

deixou, em lágrimas ficamos nós também. O Pe. Dionísio nos emprestou seu

canivete, dizendo: “- Vão até o pátio, lá vocês encontrarão pereiras com seus

frutos pelo chão.” Logo, porém, um grupo de seminaristas apareceu descendo a

escadaria que dava para o pátio. Ganhamos um “anjo”, as lágrimas secaram e

logo nos adaptamos à turma.

No exame de admissão, fomos aprovados para o primeiro ano ginasial,

graças às aulas de qualidade recebidas no Colégio das Irmãs de São José. Ali

foram seis anos de latim, quatro anos de francês e três anos de grego clássico,

além das matérias normais do currículo. Lembro-me que, quando passamos para

o Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, e ali também fomos submetidos

a um teste de conhecimentos necessários para o Curso de Filosofia, um deles foi

de língua grega, que fizemos da melhor maneira que pudemos. Algum tempo

depois, recebendo a visita de Dom Manoel, nosso Arcebispo, ele nos disse, feliz

da vida: “- Os professores elogiaram de modo particular o conhecimento da

língua grega que demonstraram os alunos de Curitiba.”. Tudo isso graças aos

Padres Vicentinos, que souberam ministrar com sabedoria as matérias que

ensinavam. Lembro-me com gratidão do Pe. Dionísio, do Pe. Aristeu Matos, do

Pe. Aristóteles Machado, do Pe. Avelino, do Pe. Correa, do Pe. Gonçalves, do

Pe. Clóvis, e, de modo particular, o Pe. José Athanásio, que foi, por bons anos, o

nosso Diretor Espiritual. Como Diretor Espiritual, o Pe. Athanásio sabia entrar

com extrema delicadeza no coração da nossa vida, respondendo a perguntas,

tirando dúvidas, orientando. À Congregação da Missão, na pessoa do Pe.

Athanásio, os meus profundos agradecimentos por todo bem que recebi desses

filhos de São Vicente.

Ao término dos estudos no Seminário Menor, no dia de Nossa Senhora da

Medalha Milagrosa, em 27 de novembro de 1952, recebíamos em cerimônia

solene, a batina. Meu pai, que era alfaiate, antes de me fazer a primeira batina,

me perguntou: “- Você quer que eu faça a tua batina?”

Assim fomos (éramos quatro: José Maria e Antonio Carlos Baggio, Diniz

Mikosz e eu) para o Seminário Maior do Ipiranga, em São Paulo, para o Curso

de Filosofia. Aulas e provas em latim, ali começamos a por em prática a língua

oficial da igreja. Ali encontramos Dom Pedro Fedalto como seminarista, teólogo

do último ano. Dou graças a Deus por tudo o que recebi no Seminário Maior,

sobretudo do Reitor Mons. Vicente Zioni, sucedido por Mons. Luiz Gonzaga de

Almeida, do Pe. Batistela, nosso Prefeito, e, sobretudo, do Diretor Espiritual Pe.

Pascoal Amato, que foi um continuador do trabalho espiritual iniciado pelo Pe.

Athanásio.

Naquele tempo, a Santa Sé insistia com os bispos para que enviassem

alguns de seus alunos seminaristas para estudar em Roma. Foi assim que os

irmãos Baggio para lá viajaram no fim do Curso de Filosofia, e o Diniz e eu, no

final do primeiro ano de Teologia. Em Roma, o Pontifício Colégio Pio Brasileiro

era a nossa residência. Ali estávamos entre os mais de 100 alunos, colegas de

muitas Dioceses do Brasil. Foram os quatro anos mais felizes da minha vida de

estudante.

O Colégio Pio Brasileiro era dirigido e administrado por Padres Jesuítas:

Pe. Paulo de Tarso Nacca, Pe. João Bosco Rocha, Pe. Antonio Aquino, Pe.

Hofer, Pe. Simão Schmidt e sobretudo o Pe. Oscar Müller, nosso Diretor

Espiritual, uma continuação feliz dos Diretores anteriores. Aos professores da

Gregoriana, aos Padres do Pio Brasileiro, e aos Irmãos Jesuítas, o meu grande

agradecimento.

Recebi o sacramento da Ordem das mãos do Sr. Bispo Dom Inácio Del

Monte que, de Guaxupé, Minas Gerais, viajou a Roma para consagrar sacerdotes

os seminaristas diáconos de sua diocese.

Nestes dias um paroquiano amigo me perguntou: “- Quais foram os seus

sentimentos no dia da sua Ordenação sacerdotal? Sentiu algo de especial?”

Não senti nada de especial.Tudo normal, tudo tranqüilo, tudo em paz. O

que senti e me fez estremecer de medo interiormente foi no dia em que recebi o

Subdiaconato. Naquele tempo, o Subdiaconato era o dia do passo, o dia do

“sim”.

Em determinado momento da celebração, o bispo, que na ocasião era o

nosso Arcebispo Dom Manoel, pediu que, através de um gesto simples quanto

um passo, manifestássemos nossa decisão livre, espontânea de entrega a serviço

do Senhor. É evidente que eu havia sido preparado por meses e anos para este

momento, orientado pelo Diretor Espiritual, (mas) tive medo, senti minha

fragilidade, senti-me sozinho, como que abandonado por Deus, embora tivesse a

meu lado colegas que também eram convidados a dizer o seu “sim” e a dar o

mesmo passo. Mas o meu “sim” era independente do deles e devia manifestar-

me, e não podia demorar. Então disse, intimamente: “Meu Deus, é agora! E é pra

sempre!”. E dei o passo. Aí senti uma paz profunda, aquela paz que o mundo

não pode dar porque não tem. Parece que Deus nos abandona por alguns

momentos para que sintamos a nossa fragilidade, a nossa pequenez e para que

sejamos humildes e confiantes, mas logo Ele intervém e nos dá a sua paz e a

certeza de que não estamos sozinhos: “não temas porque estou contigo”. Que

Deus tenha em sua Casa o Bispo que me ordenou sacerdote para sempre.

Ordenado sacerdote, Pe. Diniz e eu regressamos ao Brasil e o meu primeiro

destino foi a Catedral de Curitiba, como auxiliar do Mons. Isidoro Mikosz, com quem

aprendi de maneira prática a dar os primeiros passos no exercício do ministério

sacerdotal.

Na Catedral fiquei apenas um ano e dois meses, pois fui chamado para

fazer parte da Equipe de Formadores no Seminário Menor da Arquidiocese, sob

a sábia orientação do Pe. Eugênio Mazarotto, junto com os Pes. Otto Brun,

Antonio Carlos Baggio, Bernardo Gemim e depois com o Pe. Luciano e Pe.

Francisco Fabris. Quanta coisa boa recebi ali dos irmãos sacerdotes, dos

seminaristas e das Irmãs da Sagrada Família! Deus seja louvado!

Aproveito para agradecer aqui às irmãs franciscanas da Sagrada Família de

Maria pelos anos em que usufruí - como seminarista e depois como padre - dos

seus trabalhos executados na humildade e simplicidade próprias dessas Irmãs,

não apenas como professoras ou secretárias, mas fornecendo o combustível sem

o qual ninguém pode viver. Obrigado, Irmãs da Sagrada Família! Vocês

ajudaram - e como! - o seminarista que hoje é padre e completa o aniversário de

cinquenta anos de sua ordenação.

Com 13 anos de padre fui nomeado pelo Arcebispo Dom Pedro para a

Paróquia de São Nicolau e Santa Luzia. Ali permaneci por 12 anos e também ali

celebrei os meus 25 anos de Ordenação sacerdotal, no meio daquela gente boa e

acolhedora. Na pessoa dos representantes da Paróquia de Santa Luzia, agora com

o seu novo Pároco Pe. Jair Jacon, os meus agradecimentos. Dou graças a Deus

pelos 12 anos que passei com vocês!

Depois de dez anos de trabalhos pastorais na paróquia de Santa Luzia,

escrevi a Dom Pedro colocando-me à sua disposição, caso precisasse de mim em

outro lugar. Dois anos após, o Sr. Arcebispo me designou para esta paróquia de

Nossa Senhora de Fátima e aqui estou há quase 25 anos. Quando se passaram

dez anos da minha vinda pra cá, coloquei-me novamente à disposição do Sr.

Arcebispo para pastorear outro rebanho em outras pastagens, mas a sua decisão

foi a de me conservar aqui.

O padre só é verdadeiramente padre quando unido a seu bispo. Nenhum

padre pode ser padre sozinho, independente do seu bispo. Uma das grandes

alegrias de um bispo é ter um clero obediente. Aliás, é o que cada um promete no

dia da sua ordenação. Lembro-me que, no Seminário Menor, os Padres de S.

Vicente nos diziam: “Quem obedece, não erra”. Quem obedece tem paz. Este era

também o lema do Papa João XXIII.

Aos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima e da Capela de São Camilo

os meus agradecimentos, de modo particular às pessoas engajadas em nossas

associações, movimentos e pastorais. Juntos trabalhamos, juntos lutamos e

sofremos e juntos nos alegramos. O meu reconhecimento aos Vigários paroquiais

que por aqui passaram: Pe. Irineu, Pe. Livino, Pe. Fabiano, atualmente Reitor do

Seminário Menor da Arquidiocese, Pe. Gilberto Bordini, que estuda em Roma e

aos atuais, Pes. Ênio e Romildo, pela dedicação à nossa comunidade e aos

doentes. Somos uma comunidade colocada sob a proteção de Nossa Senhora de

Fátima, que nos pede sacrifícios, penitências, oração.

Não poderia deixar de agradecer a uma pessoa, aliás, duas que, convidadas,

aceitaram colocar-se mais de perto a serviço da igreja e o fizeram durante 28

anos. Refiro-me ao Sr. Oscar e à Sra. Clara Rosi Antunes. Não preciso declinar

aqui os trabalhos realizados em favor das Paróquias de Santa Luzia e de Nossa

Senhora de Fátima e à minha pessoa. O Sr. Oscar e sua esposa Rosi não podiam

fazer tudo, mas colocaram-se sempre a serviço de todos.

Quero colocar aqui, como continuadora dos cuidados da casa paroquial e

dos padres, a Sra. Elke Kramer. Obrigado, Dona Elke, pela sua dedicação!

Nestes últimos quinze meses tive alguns pequenos problemas de saúde e

uma vez mais precisei de mãos amigas para me conduzir a consultas médicas, a

hospitais, fisioterapeutas e exames quase sem conta. Obrigado a todos que

tiveram caridade para comigo. Obrigado Dr. Luiz Bodachne que, desde que

cheguei a esta comunidade, é o guardião da minha saúde. Obrigado paroquianos

de Nossa Senhora de Fátima pelas orações constantes!

Obrigado a todos os que prepararam esta festa e a vocês que a ela vieram.

Obrigado Maria Tereza Corso pelo trabalho de decoração e recepção; obrigado

Maria de Lourdes Bacil e Raquel pelo primoroso trabalho na confecção do

livrinho desta Santa Missa; obrigado Carlos e Cleonice, que providenciaram o

almoço que está nos esperando. Obrigado Valdir e Márcia pela impressão dos

convites e santinhos. Obrigado grupo de cantos para esta santa missa de Ação de

Graças e pela perseverança em vir aos ensaios. Obrigado às organistas Márcia e à

minha irmã Terezinha e Raquel, que conduziram os ensaios desta celebração.

Obrigado Mons. Diniz por aceitar fazer a homilia de hoje - Mons. Diniz foi o

meu presbítero assistente no dia da minha Ordenação em Roma, e foi ele também

que fez a homilia na Igreja de Santa Luzia quando dos meus 25 anos de

sacerdócio.

Obrigado irmãos e irmãs e demais familiares, parentes e amigos pela sua

presença aqui, hoje, neste dia bonito para mim. Obrigado irmãos sacerdotes,

obrigado Mons. Luiz, meu antecessor nesta comunidade e construtor deste

Santuário. Obrigado Padres da Colônia Murici, minha terra natal. Pes. Alouzy e

Jean, sucessores do Pe. Estanislau Cebula, que me batizou. Obrigado Pes.

Fabiano Kachel e João Milczewski, em cujas pessoas vejo os padres do Verbo

Divino, da minha infância. Obrigado Pe. José Athanásio, que não hesitou em vir

de Belo Horizonte para participar das alegrias do jubileu sacerdotal deste que foi

seu aluno e do qual o senhor foi o Diretor Espiritual. Obrigado sacerdotes da

Arquidiocese de Curitiba e da Diocese de S. José dos Pinhais pela sua presença

amiga. Obrigado Pe. Aleixo Wardzinski de Souza, que ontem completou seu

trigésimo aniversário de sacerdócio - Pe. Aleixo teve o privilégio de ser

ordenado sacerdote pelo Papa João Paulo II. Obrigado Dom Ladislau, bispo de S.

José dos Pinhais. Obrigado Dom Pedro, pela presença amiga e pela sugestão.

Obrigado Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa, e Dom Celso

Antonio Marchiori. Obrigado Dom João Oneres Marchiori, bispo de Lajes, Santa

Catarina, companheiro de Pio Brasileiro e Gregoriana em Roma. Obrigado

senhores bispos auxiliares da Arquidiocese, Dom Dirceu Vegini, Dom João

Carlos Seneme e Dom Rafael Biernaski. Obrigado por terem vindo prestigiar

meu jubileu!

Meu agradecimento especial a Dom Moacyr José, nosso Arcebispo. Foi a

primeira pessoa que convidei para estar aqui neste dia. Foi a primeira pessoa que

me disse: “Estarei lá!”. Meus agradecimentos, Dom Moacyr, pela solicitude que

sempre teve com a minha pessoa. Guardo da sua pessoa a recordação feliz

quando, a seu convite, participei da peregrinação à Terra Santa, com aquele

grupo de pessoas maravilhosas. Por sinal, neste dia 3 de julho, há doze anos

atrás, nos encontrávamos em Roma. Muito obrigado, Dom Moacyr José!

Aos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima, meu agradecimento pelo

presente.

“A vós, ó Deus louvamos!

A vós, Senhor, cantamos!”

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30. BÊNÇÃO FINAL E DESPEDIDA Mons. Estanislau: O Senhor esteja convosco!Todos: Ele está no meio de nós!Mons. Estanislau: Deus Todo-Poderoso vos abençoe na sua bondade e infunda em vós a sabedoria da salvação.Todos: Amém.Mons. Estanislau: Sempre vos alimente com os ensinamentos da fé e vos faça perseverar nas boas obras.Todos: Amém.Mons. Estanislau: Oriente para Ele os vossos passos e vos mostre o caminho da caridade e da paz.Todos: Amém.

Mons. Estanislau: Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.Todos: Amém.

 31. CANTO FINAL1 - Tu, Sacerdote, és um dom que vem de Cristo / E mais ninguém pode estar em teu lugar / És necessário ao nosso mundo / Como Jesus tão necessário é e será.Ó Sacerdote, nosso irmão, por ti Jesus ainda é o Bom Pastor! / Um homem só, a multidão por ti recebe Seu amor.2 - Em tuas mãos Deus confia meios pobres / Mas poderosos, divinos, especiais: / Sua Palavra, os Sacramentos, / Que maravilha são os teus meios celestiais!___________________________________________

1 - Tanta gente sem uma esperança / tantas vidas sem nenhum porquê, / tanto coração sem paz e sem amor / e eu que tenho tudo / preciso aprender a dividir.Minha vida não vai ter sentido / se te ouvindo eu não responder / tanto coração sem paz e sem amor / e eu que tenho tudo / não posso mais fingir que não te ouvi.Vem e segue-me! Vem e segue-me! Teu amor envolve a minha vida / Tanta paz bem pouca gente tem / Se eu não for levar o que me deste, / minha vida nenhum sentido tem.2 - O meu mundo quer felicidade, / tanta gente vive por viver. / Tanto coração sem paz e sem amor / e eu que tenho tudo / preciso resolver esta questão.Minha vida já não me pertence / se tu chamas, devo responder; / Tanto coração sem paz e sem amor / e eu que tenho tudo / não posso me esconder ou dizer ‘não’.