Julho de 2012 Ano 47 - N° 663

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Rafael Cortez, do programa CQC, comemora 100 apresentações do seu show de humor “De tudo um pouco”, no Teatro APCD, em 20 de julho, às 21h30. Imperdível! // Página 31 // Julho de 2012 Ano 47 - N o 663 Mala Direta Postal 9912270150 - DR/SPM Assoc. Paulista de Cirurgioes Dentistas CORREIOS CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA PARA USO DOS CORREIOS Reintegrado ao Serviço Postal em ....../....../............ Responsável Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Falecido Ausente Não procurado Não existe o número APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br

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Edição 663 de Julho de 2012 do Jornal da APCD

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Rafael Cortez, do programa CQC, comemora 100 apresentações do seu show de humor “De tudo um pouco”, no Teatro APCD, em 20 de julho, às 21h30. Imperdível!// Página 31 //Julho de 2012

Ano 47 - No 663

Mala DiretaPostal

9912270150 - DR/SPMAssoc. Paulista de

Cirurgioes Dentistas

CORREIOS

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

PARA USO DOS CORREIOS

Reintegrado ao Serviço Postal em ....../....../............

Responsável

Mudou-seDesconhecidoRecusadoEndereço insuficiente

FalecidoAusenteNão procuradoNão existe o número

APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br

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Odontoeducação Projeto visa criação de ‘Almanaques

Odontoeducativos’ que falam sobre a importância da educação multidisciplinar em saúde bucal voltados para crianças e adolescentes. // Página 08 //

Investimento público Ministério da Saúde libera mais

recursos financeiros para ampliação do Programa Brasil Sorridente. Novas Equipes de Saúde Bucal serão criadas, assim como novos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias. Medidas vão de encontro à meta do País de conquistar a universalização do acesso à saúde bucal. // Página 18 //

Descontração, diversão, alegria e amizade marcaram a Festa Junina da APCD, realizada em 23 de junho. Associados, familiares, amigos e convidados puderam apreciar muitas comidas típicas, dançar uma quadrilha bem animada e até conferir uma queima de fogos que iluminou o céu por mais de 10 minutos. Confira a matéria e fotos nas páginas 28 e 29.

CIOSP 2013 Congresso Internacional de Odontologia

de São Paulo terá muitas novidades na parte científica. Com foco nas especialidades, módulos científicos foram pensados e organizados para oferecer o que há de mais atual na Odontologia através de atividades inéditas. // Página 33 //

Fique por dentro da APCD Dia a dia em notícia

Uma festa pra lá de animada, sô!

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APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br

Rafael Cortez, do programa CQC, comemora 100 apresentações do seu show de humor “De tudo um pouco”, no Teatro APCD, em 20 de julho, às 21h30. Imperdível!// Página 31 //

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APCD Jornal // Julho 20126

Dia a dia em notícia

08. Odontoeducação visa educação bucal

multidisciplinar com o apoio de diversas

especialidades da medicina

10. Pesquisa investiga viabilidade de fotodegradação

da água para eliminar orgânicos e torná-la mais pura

12. Parceria entre Ministério da Saúde e Capes

possibilita acesso a publicações científicas

14. Pesquisas buscam melhorar a

osseointegração dos implantes

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Fundada em 1911 - Gestão 2010-2013PRESIDENTE: Adriano Albano Forghieri 1o VICE-PRESIDENTE: Juscelino Kojima 2o VICE-PRESIDENTE: Wilson Chediek SECRETÁRIA GERAL: Maria Angela Marmo Favaro TESOUREIRO GERAL: Paulo Vianna Mesquita PRESIDENTE CORE: José Luiz Negrinho 1o VICE-PRESIDENTE CORE: Gilberto Gomes 2o VICE-PRESIDENTE CORE: Antonio Tadeu Martins SECRETÁRIO: Felipe Bedran PRESIDENTE COA: Adelson Barbosa de Oliveira VICE-PRESIDENTE COA: Ligia Maria Lima Andreatta PRESIDENTE CONOGE: Stephanie Alderete Feres Teixeira VICE-PRESIDENTE CONOGE: Thales Wilson Cardoso PRESIDENTE COCI: Maria Elizabete Carneiro de Saba VICE-PRESIDENTE COCI: Silvio Antonio dos Santos Pereira PRESIDENTE COFI: Reinaldo Brito Dias SECRETÁRIO: Ricardo César dos Reis PRESIDENTE CODEL: Ueide Fernando Fontana SECRETÁRIO: Waldyr Romão Júnior PRESIDENTE CEAP’S: Liris Silmar Jacintho Pereira VICE-PRESIDENTE CEAP’S: Richard Bulara Esper Kallas SECRETÁRIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMPRAS E COTAÇÕES DE PREÇOS: Paulo Vianna Mesquita DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO: André Callegari DIRETOR DA REVISTA DA APCD: Marcelo Bönecker DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONGRESSOS E FEIRAS: Pedro Antonio Fernandes DIRETOR DA EAP: Artur Cerri DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTES: Cláudio Darcie DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAúDE: Helenice Biancalana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS: Moacyr Natale Macedo DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA DE CLASSE: João Augusto Sant’Anna DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Everaldo Alves Nazareth Junior DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO: Luiz Lincoln Cristino Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO: Silvia Sugaya DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL E CULTURAL: Claudia Verônica Teizen ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Nilden Carlos Alves Cardoso ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Airton Gottardo ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Maria Cristina Dumit Sewell ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Bráz Antunes Mattos Neto CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Alcides de Souza CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Admar Kfouri CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Luiz Antonio Zamuner CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Heber Luis Nogueira Fontão

16. 3x4: “Para um Escoteiro, a verdade, e

nada mais que a verdade”

18. Ministério da Saúde libera mais recursos financeiros

para ampliação do Programa Brasil Sorridente

20. Rio+20 reúne mais de 45 mil pessoas de todo o mundo

em prol do desenvolvimento sustentável do planeta

22. Comportamento: Uma questão de estilo

24. Orientando o clínico: Quando nossa

profissão será valorizada?

26. Entidades nacionais odontológicas

intensificam trabalho na CNCC

Fique por dentro da APCD

28. Festa Junina da APCD reúne 1.500 pessoas

Notícias da ABCD

Índice

30. Comitê das EAPs realiza reunião ordinária

na sede da APCD

31. Rafael Cortez comemora 100 apresentações

do seu show de humor no Teatro APCD

32. Comitê Deliberativo se

reúne na APCD Central

Cursos e carreiras

34. Notícias da EAP

35. EAP APCD

Lançamentos

36. Confira as últimas novidades das empresas do setor

Acontece

38. APCD participa do Abross 2012

Plano Econômico

39. “A inflação que corrói”

Cultura e lazer

40. Top 5: confira as dicas culturais do momento

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Julho 2012 // APCD Jornal 7

Palavra do PresidenteAdriano Albano Forghieri Presidente da APCD [email protected] www.twitter.com/adrianoforghieri

Diretor de ComunicaçãoAndré Callegari

Corpo EditorialDaniela Berci Luiz, Daniel Nuciatelli Pinto de Mello, Marco Antônio Manfredini, Maria Isabel Rodrigues, Maria Lucia Z. Varellis, Maria Teresa Q. Ferreira Ratto, Mário Botura, Mauricio Querido, Miguel Haddad, Patrícia L. Amélia Alpiovezza, Vitor Ribeiro, Victor Clavijo, Thales Wilson Cardoso, Wilson Chediek

Coordenadora de Comunicação eJornalista ResponsávelBruna Oliveira (Mtb. 46.263)

Aviso - As opi niões expres sas nas maté rias publi ca das no APCD Jornal são de res pon sa bi li da de de seus au to res, e não refle tem, neces sa ria men te, as da dire to ria da APCD, dos edi to res e dos anun cian tes, poden do, inclu si ve, ser con trá rias ̀ as dos mes mos. É proi bi da a repro du ção total ou par cial de maté rias publi ca das neste jor nal por qual quer meio, sem auto ri za ção expres sa, por escri to, da reda ção, de acor do com o que dis põe a lei 5.988, de 14/12/73. A repro du ção deve ser soli ci ta da aos jornalistas-editores, para nego cia ção da venda dos direi tos de publi ca ção. A APCD não tem qual quer res pon sa bi li da de pelos ser vi ços e pro du tos das empre sas anun cia dos em seu jor nal. Todos os pro du tos e ser vi ços estão sujei tos às nor mas do mer ca do, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR - Conselho Nacional de Au to-Re gula mentação Publicitária. Serviços noti cio sos: AUN - Agência Universitária de Notícias (USP).

EXPEDIENTEEdição de Arte e Projeto GráficoThiago Lemos

Editor de ArteBruno Lopes

Assistente de CriaçãoJuliana Nunes da Costa

JornalistasMariana Ramos Pantano (Mtb. 62.558)Swellyn França (Mtb. 45.564)

RedaçãoRua Voluntários da Pátria, 547 - San tanaCEP: 02011-000 - São Paulo - SPTel.: (11) 2223-2553E-mail: [email protected]

Atendimento ao AssociadoTels.: (11) 2223-2369 / 2370 / 2371

Impresso na Plural Indústria Gráfica

PublicidadeComercial APCDTels.: (11) 2223-2332E-mail: [email protected]

Periodicidade: Mensal Tiragem nacional: 160 mil exemplares

As matérias publicadas passam pelo aval técnico do Corpo Editorial. O APCD Jornal é um órgão informativo da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, entidade de utilidade pública pela lei no 1.051 de 12 de junho de 1951, e registrada no Conselho Nacional de Serviço Social, sob no 91.315, em 12 de junho de 1960.

Quando procuramos ajuda por meio de qualquer instrumento, nos colocamos à disposição para o cres-cimento. Quando enfrentamos uma crise, podemos ter certeza de que um novo caminho se apresentará à nossa frente. Quando estamos diante do que parece o caos, podemos esperar que logo mais haverá organização. Quando a doença se apresenta é sinal de que uma atenção especial está sendo co-brada pelo nosso corpo. Quando per-demos algo, nos esquecemos tempora-riamente de que podemos começar a ganhar através das transformações que se processarão diante de nossas vidas. Quando pensamos que tudo está re-solvido, um novo desafio se apresenta. Assim, todos nós estamos tendo opor-tunidade a cada dia de vivenciar algo inusitado, diferente, curioso. Existe um universo morando dentro de cada ser e, apesar de saber que as experiências são semelhantes, nunca podemos esquecer de que cada ser humano é singular em seu desenvolvimento. Tendo presentes essas questões básicas, podemos ex-perimentar a vida de uma forma mais consciente e até mais divertida, libe-rando-nos do passado e focando nossa

atenção no momento presente.Estamos comemorando com mui-

ta alegria dois anos à frente da nossa querida APCD. Conseguimos realizar diversas mudanças pensando sempre nos nossos associados. Reformas ad-ministrativas, estímulo aos eventos so-ciais, mudanças no modelo do CIOSP, reforma e ampliação da EAP (Escola de Aperfeiçoamento Profissional) e de-senvolvimento de novos serviços aos associados e Regionais como o Centro de Diagnóstico Bucal, Laboratório de Histopatologia, Centro Radiológico Digital etc.

Desenvolvemos um trabalho com muitas empresas e prestadores de ser-viços aumentando consideravelmente os benefícios aos associados. Implan-tamos mudanças na plataforma orga-nizacional de diversos departamentos (www.apcd.org.br/clubedebeneficios/), constituímos o Teatro APCD, que ofe-rece programação cultural da mais alta qualidade e entrou no circuito cultural da cidade de São Paulo (www.apcd.org.br/teatroapcd/), Estacionamento APCD, e muito mais. Tudo isso com o apoio incondicional dos diretores que não medem esforços nos trabalhos por eles

organizados, dos nossos colaborado-res e prestadores de serviços que dia-riamente se dedicam ao trabalho com muito amor, das empresas parceiras que constantemente estão nos apoian-do em diversos projetos, dos nossos Conselhos, Regionais e instituições co-irmãs que sempre com palavras de carinho nos estimulam a continuar a desenvolver diariamente um trabalho sério, pensado sempre nos nossos cole-gas de profissão. A todos, o nosso mui-to obrigado!

Festa Junina da APCDAssociados, familiares, amigos e

convidados se divertiram com barra-cas, comidas e músicas típicas, além de uma animada quadrilha e uma sur-preendente queima de fogos. A APCD recebeu mais de 1.500 pessoas em um clima de amizade, descontração, diver-são e muita alegria, que desfrutaram de muitas guloseimas típicas juninas: vinho quente, quentão, milho, caldos, doces, pastéis, cachorro-quente etc., além de brincadeiras que fizeram a alegria da criançada: pesca, boca do palhaço e pula-pula. Parabéns a to-

das as nossas Regionais presentes, es-pecialmente as Regionais Guarulhos, Santana e São Miguel Paulista pelo prêmio de mais belas barracas da Festa.

CIOSP 2013 - Especialidadesem focoMuitas novidades estão sendo pro-

gramadas para que o CIOSP 2013 seja um sucesso. Já podemos destacar o modelo da grade científica: as espe-cialidades odontológicas foram agru-padas em MÓDULOS. O congressista poderá eleger um ou mais módulos para participar, vai depender da sua ESPECIALIDADE EM FOCO. Ainda po-derão conferir ao vivo procedimentos relacionados à sua especialidade, com foco nas inovações científicas e tecno-lógicas. E, para completar, ainda have-rá uma Grade Interdisciplinar. Nas pró-ximas edições do APCD Jornal, vamos trazer mais novidades e se você tiver sugestões entre em contato conosco, elas serão muito bem vindas.

Um forte abraço,

// Adriano Albano Forghieri //

Quando procuramos ajuda...

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APCD Jornal // Julho 20128

Você sabe estar na moda? Consultores afirmam que estilo e

personalidade caminham juntos// Página 22 //

Dia a dia em notíciaNovidade

Acordo entre Ministério da Saúde e Capes possibilitará acesso a publicações científicas// Página 12 //

Mais investimento Novos recursos financeiros são liberados pelo

Governo Federal para ampliação do Brasil Sorridente// Página 18 //

// Texto Swellyn França //

Está cada vez mais em evi-dência a importância da saúde bucal para a saúde sistêmica das pessoas. Inúmeros estudos evi-denciam a relação das infecções que ocorrem na boca com diver-sas enfermidades como diabetes, obesidade, osteoporose, parto prematuro, doenças cardiovascu-lares e até o câncer.

Nesse sentido, alguns Cirur-giões-Dentistas têm se empenha-do para que a boca seja entendi-da como uma parte integrante do corpo, ou seja, para mostrar que o que acontece dentro da boca tem relação direta com o funcio-namento de todo o organismo. Esta preocupação se estende em não apenas apontar o problema, mas a forma como mostrá-lo e como educar para essa questão.

Uma prova disso é o proje-to desenvolvido pela odontope-diatra, Clarice Gonzaga Barbosa, em que, dentro da proposta de Odontoeducação, criou os ‘Al-manaques Odontoeducativos’ em parceria com profissionais de outras áreas da saúde. “Odontoe-ducação é um neologismo criado para expressar a proposta multi-disciplinar de educação bucal de um projeto da Clínica Casinha de Pérolas Brancas, que vem sendo desenvolvido em Brasília, desde 1994. A proposta está embasada em pesquisas iniciadas em 1984, no âmbito da Odontopediatria,

Odontoeducação visa educação bucal multidisciplinar com o apoio de diversas especialidades da medicina

Lançamento mais recente do projeto ‘Almanaque Odontoeducativo’, o “Fascículo 5 - Saúde Bucal e o Coração” fala sobre a influência da saúde bucal na saúde cardíaca e sua importância para o ser humano do ponto de vista físico, econômico, social e emocional

primeiramente com o apoio da psicologia e da pedagogia e, ago-ra, da cardiologia”, explica.

Segundo Clarice, a ideia nas-ceu da preocupação em mostrar que colocar a boca para ser exa-minada por alguém é um ato de grande intimidade. “E descon-siderar a significação da boca é não perceber que o trabalho do Cirurgião-Dentista ultrapassa a função técnico-manual, corretiva e protética. Dessa forma, a minha atuação nesta área é uma toma-da de decisão em promover novos valores realmente democráticos e defender a formação de um novo conjunto de hábitos e ações que visam o bem comum de determi-nada comunidade e do planeta.”

O material didático de Odon-toeducação contempla uma me-todologia abrangente de atuação transversal e interdisciplinar, com vista à educação planetária. “Este processo educativo ocorre de for-ma lenta e gradual porque abran-ge questões vitais do futuro da vida no planeta. Trata-se de re-pensar os preceitos de uma nova ética realmente sustentável para a casa comum dos seres humanos. Além disso, a Odontoeducação mostra a necessidade de se ter no currículo universitário uma nova metodologia juntamente com a psicologia e a pedagogia atuan-do na Odontologia, para que os alunos adquiram uma nova visão da maneira de como lidar com a saúde bucal, assim como no de-

senvolvimento da criatividade no uso dos materiais e recursos pe-dagógicos adequados à aprendi-zagem da criança de acordo com sua faixa etária quanto à saúde de uma maneira geral, sempre atuando interdisciplinarmente”, ressalta Clarice.

Com uma premissa já bem conhecida, a de que “prevenir é melhor do que remediar”, a Odon-toeducação procura atender às necessidades individuais da crian-ça, do adolescente e de seus fami-liares em termos de informações sobre a saúde bucal, a instalação de hábitos adequados de higie-ne e alimentação, e a prevenção da cárie e de outras doenças de ordem sistêmica. “A Odontoedu-cação contribui chegando até os educadores e familiares para que possam transmitir a importância e a beleza de uma boca saudável através de uma educação sequen-ciada e não ocasional que impos-sibilita a formação de hábitos.”

Com o material odontoedu-cativo, a equipe da odontopedia-tra realiza capacitação aos coor-denadores de escolas, técnicos em higiene dental (THDs), atendentes de consultório dentário (ACDs), Cirurgiões-Dentistas etc.; pessoas que se tornaram multiplicadores de como utilizar o material. “Os materiais odontoeducativos sur-giram de uma preocupação com a linguagem utilizada na Odonto-logia atual, considerando que se encontra como arbitrária e ana-crônica e que não atende mais a visão do homem de hoje.”

Material odontoeducativoPara que os objetivos desta

proposta fossem alcançados, este trabalho foi dividido em:

Caderno de orientação para o professor - metodologias espe-cíficas desenvolvidas para o uso do vídeo, cd-rom e cadernos de aprendizagem, nas quais são apre-sentadas sugestões de abordagem

tanto pelo educador quanto pela família, ou mesmo pela criança, de forma a proporcionar um trabalho integrado e intercomplementar, o que amplia sua atuação como complemento na educação da criança e do adolescente, median-te a divulgação de novos concei-tos e processos que conduzam a uma adequada higiene bucal;

Caderno de Aprendizagem 1 - destinado a alunos da educa-ção infantil de 1ª à 4ª séries, e de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com abordagem lúdica do conceito central, ilustrado com personagens infantis, visando o estabelecimento das afinidades com o público-alvo;

Caderno de Aprendizagem 2 - destinado a alunos da 5ª à 8ª série, 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, com abordagem

efetuada em linguagem técnica adaptada e apropriada para o público-alvo;

Almanaque Odontoeducati-vo - Dividido em fascículos des-tinados a alunos do Ensino Mé-dio, com abordagens variadas de acordo com os tópicos:

Fascículo 1 - Alimentação e Saúde - aborda o consumo inte-ligente dos alimentos associados à saúde bucal e geral, e apresenta orientações sobre as funções dos dentes e técnica da escovação.

Fascículo 2 - Vida e Nature-za - aborda os produtos vindos da terra e o consumo humano, des-de a alimentação saudável até as substâncias nocivas à saúde. Dis-cute a importância da preservação dos mananciais e detalha os tipos e as características dos dentes.

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Julho 2012 // APCD Jornal 9

Fascículo 3 - Meio am-biente e meio ambiente bu-cal - aborda a importância de cuidados com o meio ambiente

e com o ambiente bucal. Intro-duz conceitos de reciclagem e discute a halitose e meios de preveni-la e tratá-la.

Fascículo 4 – Saúde bucal e economia – aborda os prejuízos decorrentes da falta de preven-ção na saúde bucal. Mostra as di-ferenças entre prevenir e o trata-mento dentário. Introduz formas de desenvolver a autoestima.

ser humano do ponto de vista físi-co, econômico, social e emocional. A abordagem é realizada de forma lúdica e multidisciplinar. Os estu-dantes são estimulados a realizar experimentos e pesquisas para ampliar os conhecimentos.

De acordo com Clarice, os re-sultados obtidos até hoje vem da interação com várias áreas como: ecologia, meio ambiente, ciên-cia, economia, segurança, drogas, nutrição, sexologia e, agora, car-diologia. “É uma chave para um grande interesse dos alunos em obter conhecimentos que possam atuar no seu desenvolvimento in-telectual, social e emocional.”

A importância da saúde bucal para o coraçãoLançado em maio último,

durante o XIX Congresso de Car-diologia de Brasília, Clarice Gon-zaga Barbosa conta que o “Fascí-culo 5 - Saúde bucal e o coração” teve a coautoria do cardiologista, Renault Mattos Ribeiro Junior. “O almanaque saúde bucal e o cora-ção tem por finalidade atuar de forma complementar (transver-sal) na educação do adolescen-te do ensino médio, alcançando também a população de uma maneira geral.”

De acordo com o cardiolo-gista Renault, as doenças cardio-vasculares possuem, atualmente, como causa principal a chamada aterosclerose; processos inflama-tórios no organismo que podem influenciar no desencadeamento e piora dos processos ateroscleró-ticos. “Um exemplo são as Infla-mações periodônticas que podem estar relacionadas com esses pro-cessos inflamatórios”, aponta.

A literatura científica mos-tra que pessoas com doença pe-riodontal são duas vezes mais vulneráveis para contrair pro-blemas cardíacos do que aque-

las com gengivas saudáveis. Além disso, estudos apontam que doenças cardiovasculares são as causas mais frequentes de morte no mundo industria-lizado, respondendo por aproxi-madamente 50% dos óbitos. A doença periodontal é a doença crônica inflamatória mais co-mum, atingindo de 35% a 60% da população mundial.

Renault enfatiza que partici-pou do desenvolvimento do Alma-naque prestando informações sobre as doenças cardiovasculares, pois acredita que projetos educacionais são fundamentais para a redução das doenças cardiovasculares. “O contato dos Cirurgiões-Dentistas com as crianças e famílias pode contribuir muito na conscienti-zação dos cuidados com a saúde como um todo”.

O cardiologista finaliza fa-zendo um alerta: “O Brasil será o líder das doenças cardiovasculares em 2040 se medidas enérgicas não forem tomadas. Policiamento do governo através de projetos educa-cionais é uma das medidas neces-sárias para a prevenção de doenças cardiovasculares. O principal foco deve ser nossas crianças!”

Fascículo 5 - Saúde bucal e o coração - aborda a disseminação de informações referentes à saú-de bucal, sua influência na saúde cardíaca e sua importância para o

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APCD Jornal // Julho 201210

Pesquisa investiga viabilidade de fotodegradação da água para eliminar orgânicos e torná-la mais puraDepois da divulgação de uma matéria que afirma que pastas de dentes possuem substâncias que poluem os rios, o APCD Jornal entrevistou o químico-pesquisador responsável pelo estudo e fabricantes para esclarecer o assunto

// Texto Swellyn França //

Após a divulgação de dados de uma pesquisa que aponta que substâncias pre-sentes nas pastas de dente poluem os rios, feita por alguns veículos de comunica-ção da grande mídia, no final de maio, o APCD Jornal procurou o pesquisador res-ponsável pelo estudo para esclarecer tal afirmação. Trata-se do químico, pesquisa-dor da Universidade Federal de São Car-

Os fabricantes de pastas de dentes, de um modo geral, estão no bom caminho: o de sempre fazer algo que agrida menos o ambiente, tanto que o detergente LSS é o menos agressivo que existe. Porém, nossa preocupação é com o fato de que esta substância é um orgânico que estamos bebendo na água (...) e precisa ser fotodegradado – Elson Longo

los (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Elson Longo. Ele contou que o foco do estudo, realizado na Unesp, é investigar a necessidade de fotodegra-dação dos orgânicos da água e não pro-priamente das substâncias que compõem as pastas de dentes. “Fizemos este levan-tamento especificamente sobre as pastas de dentes a pedido de uma emissora de televisão que solicitou que explicássemos quais os malefícios das substâncias da

pasta de dente na água. Mas, o foco das pesquisas científicas que realizamos neste sentido está voltado para a fotodegrada-ção dos orgânicos da água para deixá-la ainda mais limpa”, explica Longo.

O pesquisador conta que o princi-pal composto a que se refere a pesqui-sa é o Lauril Sulfato de Sódio (LSS), um detergente presente em shampoos, sais de banho, cremes de barbear e demais produtos que fazem espuma. “Para elimi-nar essa substância da água, é necessá-rio decompô-la - assim como o cloro é usado para eliminar as bactérias -, mas o processo que se faz hoje não elimina esse detergente, e sempre sobra certa quanti-dade do LSS na água. Fora as consequên-cias para o organismo das pessoas – há estudos em andamento para confirmar os malefícios dessa substância -, o LSS mandado para o mar pode poluir e acabar com a flora e a fauna futuramente.”

Uma das soluções apontadas pelo pes-quisador é a utilização de fotodegradantes na água – as pesquisas da Unesp ainda ve-rificam a viabilidade desses fotodegradan-tes. “As prefeituras fazem um tratamento na água antes de despejá-la nos rios. Con-tudo, além desse tratamento, seria neces-sário a utilização de fotodegradantes, que são substâncias que degradam todos os orgânicos presentes na água, deixando-a ainda mais pura”, esclarece Elson.

Estatística encomendada pela emis-sora de televisão, realizada pelos pesqui-

sadores, apontou que se metade da popu-lação do país escovar os dentes três vezes ao dia, 95 toneladas de resíduo poluidor (o LSS) serão produzidas em um ano. Logo, uma outra solução seria alertar a popu-lação para evitar o desperdício e utilizar uma quantidade menor de pastas de den-tes, por exemplo, – o que se aplicaria para os demais produtos que fazem espuma.

A utilização de uma quantidade ade-quada de pasta de dentes já é uma reco-mendação feita pelos Cirurgiões-Dentistas – uma bolinha do tamanho de uma ervi-lha na ponta da escova é suficiente para garantir uma correta higiene, a necessária ingestão de flúor e, ainda, evitar possíveis consequências como a fluorose.

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Julho 2012 // APCD Jornal 11

Manifestação dos fabricantes de pastas de dentes Procuradas para comentar o

assunto, as principais fabricantes de pastas de dentes no país se pro-nunciaram por meio de notas:

A P&G Brasil, respon-sável pelos produtos da marca Oral-B, esclarece que está in-vestigando as informações da pesquisa do Dr. Elson Longo, re-lativas ao Lauril Sulfato de Só-dio. A empresa afirma que está comprometida com todas as questões sustentáveis relacio-nadas a seus produtos, fábricas e atividades.

A GlaxoSmithKline (GSK) busca, constantemente, a sus-tentabilidade e a redução dos impactos ambientais na fabri-cação de seus produtos. No caso dos cremes dentais, apenas 16% das marcas produzidas pelo la-boratório contêm o Lauril Sulfa-to de Sódio em sua formulação. Vale destacar que esta substân-cia química é amplamente utili-zada na indústria cosmética por suas propriedades tensioativas

(detergente e espumógeno), sem restrição por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A GSK está comprome-tida com o bem-estar das pesso-as nos países em que atua, seja pela produção de medicamentos, participação em programas so-ciais ou pelo desenvolvimento em educação para a saúde. E uma das principais práticas des-

te conceito está, justamente, na opção por substâncias/embala-gens cada vez mais sustentáveis em seus produtos.

As formulações dos cre-mes dentais da Colgate e Sor-riso contêm componentes espe-cíficos para oferecer benefícios exclusivos e atender às necessi-dades dos nossos consumidores.

Todos os ingredientes utilizados nos produtos são comprova-damente seguros e permitidos pelas autoridades reguladoras brasileiras. Na Colgate, estamos empenhados em conduzir nos-sos negócios com integridade e respeito pelo mundo, colocando ênfase no comprometimento com a sustentabilidade, com as questões ambientais, na re-

dução do consumo de água, na redução do consumo de energia e, ainda, no uso de águas resi-duais. Mais informações sobre a estratégia de sustentabilida-de da Colgate podem ser ob-tidas por meio do último rela-tório (em inglês), divulgado em http://bit.ly/PrAvS0.

Para o pesquisador Elson Longo, “os fabricantes de pastas de dentes, de um modo geral, estão no bom caminho: o de sempre fazer algo que agrida menos o ambiente, tanto que o detergente LSS é o menos agres-sivo que existe. Porém, nossa preocupação é com o fato de que esta substância é um orgâ-nico que estamos bebendo na água. Além disso, se aumentar muito o nível de sua concentra-ção vamos destruir nossa maior fonte de água que é o mar. Este alerta é importante e mais uma questão para refletirmos sobre a poluição dos mares e rios. Temos outros exemplos, como as fábri-cas de tingimento etc. Embora seja invisível a olho nu, há um orgânico solúvel na água que precisa ser fotodegradado”.

Pesquisa indica a necessidade da utilização de fotodegradantes na água para deixá-la ainda mais pura

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APCD Jornal // Julho 201212

Parceria entre Ministério da Saúde e Capes possibilita acesso a publicações científicas

// Texto Swellyn França //

No final de maio, os minis-tros da Saúde e da Educa-

ção, Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante, respectivamente, lançaram, em Brasília, o portal “Saúde baseada em evidências”, criado em parceria com a Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Voltada aos profissio-nais da saúde vinculados aos seus respectivos conselhos pro-fissionais, a nova ferramenta permitirá acesso rápido a con-teúdos científicos e publicações sistematicamente revisadas, providas de protocolos clínicos baseados em evidências. Dessa forma, os profissionais podem fundamentar suas decisões em pareceres ou diagnósticos, bem como ministrar medicamentos ou tratamentos, entre outros procedimentos inerentes a cada área de atuação.

Convidada pelo presidente da Capes, professor Jorge Gui-marães, e pelo Secretário de Gestão do Trabalho e da Edu-cação na Saúde (SGTES), do Mi-nistério da Saúde, Mozart Sales, para participar do lançamento,

a professora Ana Estela Haddad, que trabalhou pessoalmente para a viabilização do projeto quando ainda estava na SGTES, afirma que essa parceria integra uma série de iniciativas cola-borativas entre os Ministérios da Educação e o da Saúde, que vem sendo desenvolvidas com amplo alcance na formação e educação permanente dos pro-fissionais de saúde. “Esta inicia-tiva congregou o apoio do Mi-nistério da Saúde, a experiência da Capes, que coordena o maior portal de periódicos do mundo, que é o Portal da Capes, e os conselhos profissionais. Assim, terão acesso a publicações e as melhores evidências científicas aproximadamente 1,8 milhões de profissionais das 14 profis-sões da saúde. O Conselho Fede-ral de Odontologia (CFO) foi um dos que saiu na frente, junto com a Medicina e a Farmácia, e já assinou o acordo de coopera-ção. Portanto, Cirurgiões-Den-tistas, médicos e farmacêuticos já conseguem acessar o portal, cadastrando-se a partir do seu número de registro profissional (CRO, CRM ou CRF, respectiva-mente)”, conta.

O conselheiro efetivo do CFO, Rubens Côrte Real de Carva-lho, ressalta que o Conselho tem mantido um bom relacionamento com trabalhos e comissões tanto no Ministério da Saúde quanto no da Educação. “Quando sur-giu este projeto, o CFO foi con-vidado para participar e foi um dos primeiros a disponibilizar os dados de seus profissionais para que fosse feita essa inclusão no portal. Atualmente, o portal já se encontra disponível para 900 mil profissionais da saúde.”

Para acessar o sistema, o profissional pode entrar no Por-tal da Saúde (www.saude.gov.br) aonde, ao final da página, encon-trará o link “Saúde baseada em evidências”. No primeiro acesso, terá de se cadastrar na base de dados da Capes, utilizando seus dados de registro profissional no respectivo Conselho.

Disponibilização do conhecimento para benefício dos profissionais de saúdePara Rubens Côrte Real,

trata-se de uma conquista dos profissionais que poderão dis-por de informações de forma rápida e barata a qualquer mo-mento. “É uma disponibilização do conhecimento a todos via democratização da Internet, que permite com que os pro-fissionais possam ficar atua-lizados na base de dados mais importante que existe, que é o Portal da Saúde, aonde podem ter contato com todas as publi-cações com evidência científica para se atualizar”, enfatiza.

O diretor da Escola de Aper-feiçoamento Profissional (EAP) da APCD, Artur Cerri, acredita que o portal de periódicos da Capes é, sem dúvida, um dos maiores portais e bibliotecas científicas do mundo. “O que a Capes faz, agora, em parceria com os Ministérios da Saúde e da Educação é ampliar e facilitar o acesso a temas científicos que certamente vão contribuir para engrandecer o conhecimento do profissional com consequên-cias para a população. Particu-larmente ao Cirurgião-Dentista, esse benefício lhe possibilitará obter de forma simples e rápi-

da conhecimento de artigos de real valor, muitos dos quais an-tes eram restritos. A Capes tem se mostrado através dos tempos uma entidade que valoriza o co-nhecimento científico e fiscaliza de forma imparcial os programas de pós-graduação. É, sem duvi-da, mais um importante avanço”.

A professora Ana Estela Haddad concorda que a pro-dução científica internacional, assim como a brasileira, tem cres-cido muito e afirma que iniciativas como esta tornam o conhecimen-to produzido acessível para ser usado em benefício da maior qua-lificação dos profissionais de saúde e de uma melhor atenção à saúde prestada à população brasileira.

Ela finaliza contando que para que a iniciativa fosse via-bilizada, a coordenação do Por-tal da Capes organizou a apre-sentação das principais bases de dados de interesse da área da saúde a um grupo de docentes e pesquisadores das 14 profissões da saúde. Estes pesquisadores puderam consultar as bases du-rante um período para poder avaliar sua utilidade, facilidade de uso, atualização, e selecio-nar aquelas que serão mais bem aproveitadas, especialmente, pelos profissionais vinculados à atenção à saúde, com impacto para a sua qualidade. Assim, fi-cou definido que sete bases de dados irão compor o Portal:

Rebrats – engloba estudos nacionais da área de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), com a apresentação de estudos desen-volvidos por pesquisadores brasi-leiros e temas prioritários para o sistema de saúde nacional;

Embase - ferramenta on-line para revisões sistemáticas, cobre as áreas de Ciências da Saúde como um todo e, em especial, Farmacologia, Ciências Farma-cêuticas, Toxicologia. Na área de Medicina, em especial, Alergia e Imunologia, Oncologia, Neuro-logia, Cardiologia, Química Me-dicinal e descoberta de drogas. Aborda todas as fases de fabrica-ção de medicamentos, legislação internacional e normas de segu-rança de medicamentos, Farma-covigilância e Farmacoeconomia;

ProQuest Hospital Collec-tion - Além de publicações pe-riódicas, inclui a ferramenta de cálculo e análise de estatísticas de medicina baseada em evidên-cia (Medical Evidence Matters), que permite avaliar opções tera-pêuticas para condições médicas conhecidas;

Atheneu Livros Virtuais - A coleção contempla mais de 200 títulos publicados desde 1998, mas com versão eletrônica atu-alizada desde 2010 até o pre-sente. As publicações abrangem conteúdos relacionados à área de Enfermagem, Nutrição, Fisiotera-pia, Saúde Coletiva, Alergologia e Imunologia Clínica, Anestesio-logia, Cardiologia, Cirurgia, do-enças infecciosas e parasitárias, Medicina Laboratorial, Endocri-nologia, Fisiatria, Gastroenterolo-gia, Geriatria, Ginecologia e Obs-tetrícia, Nefrologia e Urologia, Neurologia, Odontologia, Onco-logia, Traumatologia, Otorrinola-ringologia, Pediatria, Psiquiatria, Pneumologia, Histologia, Farma-cologia, Fisiologia, Microbiologia, além de Engenharia Biomédica;

Micromedex - Oferece aces-so a dois módulos: Diseasedex - Emergency Medicine, que apre-sentam dados e informações para as primeiras 72 horas de uma emergência médica, como suporte à vida, tratamentos e apresentação clínica, e Disea-sedex - General Medicine, que engloba o período posterior às primeiras horas de uma emer-gência médica, como preven-ções, sintomas e complicações com informações baseadas em evidências referenciadas;

Dynamed - É uma ferra-menta de referência clínica para uso no local de tratamento, cria-da por médicos para médicos. Contém sumários clinicamente organizados e inclui calculado-ras médicas;

Best Practive - British Medi-cal Journal (BMJ) - É uma base de dados em prática médica que fornece informações detalhadas sobre como fazer diagnósticos, incluindo testes, diagnósticos di-ferenciais e diretrizes.

CFO é um dos primeiros a assinar o acordo de cooperação que permitirá que aproximadamente 1,8 milhão de profissionais das 14 profissões da saúde tenham acesso a publicações e as melhores evidências científicas

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// Texto Mariana Pantano

e Swellyn França //

Pesquisadores da Universi-dade Estadual Paulista (Unesp) conseguiram acelerar o processo de osseointegração em modelos animais a partir de modificações físico-químicas em escala nano-métrica nas superfícies de im-plantes dentários. O estudo fez parte da tese de doutorado da Cirurgiã-Dentista, Thallita Pereira Queiroz – atualmente professora do Centro Universitário de Ara-raquara -, defendida em 2010, e que ganhou o prêmio de Melhor Apresentação de Pôster durante o 27º Encontro Anual da Academia Norte-Americana de Osseointe-gração, que ocorreu em março deste ano, nos Estados Unidos.

Apesar de o reconhecimento internacional ter aparecido quase dois anos depois de o estudo ter sido apresentado, o presidente da Conexão Sistemas de Prótese, Rodolfo Cândia Alba Junior, se de-clarou orgulhoso por ter partici-pado diretamente desse trabalho ao oferecer todo suporte e im-plantes necessários para o desen-volvimento da pesquisa. “O reco-nhecimento da tese da professora

Pesquisas buscam melhorar a osseointegração dos implantes

Empresas de implantes falam sobre seus investimentos em inovações tecnológicas na área

Thallita veio confirmar os estudos que o Departamento de Química da Unesp Araraquara, através do professor e orientador da tese, An-tônio Carlos Guastaldi, pretendia mostrar ao realizar modificações estruturais da superfície de titânio para melhor osseointegração.”

O trabalho possibilitou desen-volver um protocolo com validade ao comprovar que as modificações propostas na superfície do titânio, por meio de lasers com o devido controle, podem ser aplicadas na prática clínica em um futuro bre-ve. “Acreditamos que vamos poder desenvolver tecnologias e equipa-mentos para a produção em série para seres humanos, com respaldo clínico e científico, tornando-o, portanto, um produto totalmente disponível no mercado para auxi-liar os tratamentos em Implanto-dontia”, afirma Rodolfo.

Atualmente, há vários es-tudos que buscam melhor os-seointegração nas superfícies de implantes dentários. O diretor científico da Serson Implant, Paulo Sergio Zaidan Maluf, afir-ma que a empresa possui tra-balhos parecidos com relação à superfície em escala nanomé-trica com resultados muito po-

sitivos. “Acredito que alterar a superfície do implante de titânio sem acrescentar nenhum produ-to pode ser a chave para atuais melhorias. É possível que em um futuro próximo possam surgir outros compostos metálicos ou cerâmicos que aumentarão o leque de escolhas de materiais para a osseointegração”.

A SIN Implantes também per-cebe que os excelentes resultados encontrados pela professora Thalli-ta estão alinhados com as linhas de pesquisa animais desenvolvidas pela empresa em parceria com im-portantes instituições de ensino no Brasil e no exterior. “Encontramos resultados similares associando a deposição de partículas nanométri-cas a um desenho macrogeométrico avançado, os quais estando associa-dos aceleraram consideravelmente o processo de osseointegração. Os estudos em animais estão publica-dos nas principais revistas interna-cionais e deram início às pesquisas em humanos há cerca de três anos. Atualmente, nossos estudos clínicos já apresentam mais de mil implantes colocados com acompanhamento superior a dois anos e aprovados por comitês de ética competentes. Esta seriedade científica trouxe a aprovação das agências regulató-rias para a sua comercialização e o lançamento deste produto será realizado brevemente”, esclarece o diretor comercial e de marketing da SIN Implantes, Roger Miyake.

O presidente da Neodent, Ge-ninho Thomé, considera todo avan-ço científico sempre importante, especialmente quando é compro-vado efetivamente, como a pesqui-sa em questão. “Apesar disso, deve-mos analisar criticamente assuntos específicos como técnicas para tra-tamento de superfícies de implan-tes osteointegráveis. Em primeiro lugar, buscamos qualidade, depois analisamos a viabilidade industrial para haver qualidade e padroniza-ção na produção em grandes quan-tidades com custos realistas. Hoje, sabemos que a macroestrutura dos implantes que disponibilizamos no mercado resulta em alta estabili-dade mecânica ou primária das fi-xações, possibilitando a instalação da restauração imediatamente ao final da cirurgia, mesmo em osso de baixa densidade. Perguntamo-nos

se novas superfícies aumentariam nossos índices de sucesso em situa-ções de alta estabilidade, nas quais podemos realizar até mesmo a car-ga imediata. A viabilidade financei-ra de determinadas técnicas deve ser analisada criticamente, pois o ganho biológico resultado pela tecnologia deve ser eficaz, em har-monia com o valor que o Cirurgião--Dentista investe em seu implante.”

Para o presidente da DSP Bio-medical®, Celio Netzel, todo es-tudo que prove a aceleração ou a qualidade da osseointegração será sempre importante para o mercado. “Toda empresa tem o seu dimensio-nal com suas tolerâncias de medida e de geometria, além da garantia da matéria-prima, e estes são fatores que devem ser considerados pelo Cirurgião-Dentista. A DSP Biomedi-cal vem evoluindo no mercado com desenvolvimentos tecnológicos no tratamento de superfície e no de-sign, com soluções em casos extre-mos. Buscamos a ciência e o desen-volvimento comercial”, ressalta.

Inovações tecnológicas na área de implantesA Implantodontia brasileira é

considerada uma das melhores do mundo. O Brasil é o segundo maior mercado de implantes mundial e o quarto em número de publicações científicas, o que denota a excelên-cia nos produtos e serviços do país.

Segundo o diretor da Implacil/De Bortoli, a empresa, que está há 30 anos no mercado, tem se espe-cializado e investido na fabricação, no desenho e no desenvolvimento de produtos cirúrgicos e protéticos. “Prova disso é o artigo publicado na revista Quintessence International, uma das mais renomadas e concei-tuadas do mundo, que atestou que a empresa alcançou o mais alto percentual de osseointegração em implantes de titânio (92,7%). Esse índice pode mudar a realidade dos implantes dentários no Brasil e no mundo, já que o feito coloca o país à frente nas pesquisas mundiais da área”, conta Nilton De Bortoli Jr.

Há mais de 20 anos, a Conexão apoia a ciência, os estudos e as pes-quisas, comprovadamente reconhe-cidas nos eventos e nas publicações nacionais e internacionais, além de investir em tecnologias aprimo-radas, oriundas da Suíça, Japão e

Estados Unidos. Dentre as últimas novidades da empresa, a Linha Pe-riodontal da Conexão Sistemas de Prótese, que visa eliminar qualquer chance de fluxo e proliferação de bactérias entre o implante e o seu pilar, e o kit Stop Drill. “A Linha Periodontal proporciona 100% de adaptação, precisão e vedação es-tanque no encaixe. Por esta razão, é possível conquistar durabilidade no tratamento e impedir a ação desses agentes sobre os ossos, gengivas e implantes, proporcionando maior estabilidade do componente e lon-gevidade dos resultados, com esco-vação normal dos dentes. Já o kit Stop Drill consiste em um conjunto instrumental que garante 100% de precisão na profundidade da colo-cação do implante, ou seja, não há risco algum da fresa ao furar a gen-giva ultrapassar o limite aspirado e necessário”, relata Rodolfo Cândia.

A Neodent vem investindo em tecnologia para tratamento de superfície conhecida como molha-bilidade. “Conseguimos diminuir a tensão superficial do implante e aumentamos o contato do fluído sanguíneo com o titânio, permi-tindo uma diferenciação celular ou resposta biológica mais rápida. Os implantes com a superfície que cha-maremos de ‘Acqua’ serão indicados para casos em áreas de enxertos ou com limitações anatômicas que possam resultar em baixa estabili-dade mecânica”, conta Geninho.

Além disso, a Neodent investe em tecnologias como a CAD/CAM que tem revolucionado a Odonto-logia Restauradora e a Imaginologia. “Do ponto de vista protético e de ex-trema relevância para a manutenção do sucesso do implante ao longo dos anos, temos a possibilidade da fabri-cação em ambiente industrial, com controle de qualidade a nível micro-métrico, de componentes protéti-cos e infraestruturas customizadas com melhor controle de adaptação disponível no mercado. Cirurgica-mente, a tecnologia CAD/CAM tem facilitado a realização de cirurgias minimamente invasivas através da fabricação de guias que permitem a instalação de implantes sem reta-lho. A medicina, de forma geral, vem empregando essa tecnologia com sucesso e nós, Cirurgiões-Dentistas, temos que buscar os mesmos resul-tados pós-operatórios que nossos

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Julho 2012 // APCD Jornal 15

INTERCAMBIAÇÃO DE COMPONENTESINTERCAMBIACAO DE COMPONENTES

Questionadas sobre suas opiniões quanto ao uso de componentes protéticos de uma marca diferente da do implante, as empre-sas se posicionaram unanimemente contra:

Quando o Cirurgião-Dentista instala um implante den-tário tem uma série de cuidados em relação ao ato cirúr-gico, preocupação com a cadeia asséptica, a qualidade do implante, o tratamento de superfície, as fresas e material cirúrgico etc. Para excelente manutenção e sucesso em longo prazo, devemos estender tais cuidados para a pró-tese sobre implantes e seus componentes protéticos, que somados a um planejamento minucioso e correta oclusão são responsáveis pelo sucesso dos implantes dentários osteointegráveis Geninho Thomé (Neodent)

É um risco muito grande intercambiar componentes pro-téticos, como os implantes. A Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) reconhece os componentes testados em laboratórios credenciados que foram concebidos para cada encaixe, para cada marca, dentro das suas tolerâncias aceitáveis; a ciência é que mostra os graus de tolerâncias mais adequadas. Portanto, o cruzamento de componentes é um risco para a saúde, uma vez que as maiores recla-mações dos pacientes, confirma a Anvisa, são acerca de problemas protéticos como a soltura, fratura, durabilidade e qualidade dos produtos. É uma prática perigosa, que não traz segurança, e é incompatível com as determinações da Anvisa Rodolfo Cândia Alba Junior (Conexão) Os produtos cirúrgicos e protéticos da Implacil/De Bor-

toli são produzidos seguindo rigoroso padrão de qualidade estabelecido pela empresa e de acordo com as normas dos órgãos reguladores. A empresa trabalha em busca da melhor compatibilidade entre os componentes utilizados e pelo encaixe perfeito entre as peças. O espaçamento entre o implante e o componente protético resultante da utiliza-ção de marcas distintas abre margem para a proliferação de bactérias, o que consequentemente pode comprometer o índice de integração óssea e o resultado do implante Nilton De Bortoli Jr. (Implacil/De Bortoli)

Normalmente, os fabricantes ajustam seus equipamen-tos para uma melhor adaptação de seus componentes aos implantes, ou seja, quanto melhor esta adaptação melhor a vedação do implante ao componente. Chamamos isto de interferência, e é feita em escalas centesimais, além do milímetro. Agora, se uma empresa deixa uma peque-na ‘margem’ no componente sem folga, e outra o faz de maneira oposta, quando colocarmos os componentes e implantes com maior folga ficará um gap muito grande, possibilitando a entrada de microrganismos. Por este moti-vo, somos contra e achamos muito arriscado os profissio-nais utilizarem componentes distintos dos fabricantes do implante utilizado pelo próprio paciente Paulo Sergio Z. Maluf (Serson Implant)

*Também procurada para se pronunciar sobre o assunto, a empresa Straumann não pôde retornar até o fechamento desta edição do APCD Jornal.

A utilização de componentes protéticos de marcas comerciais diferentes, apesar de clinicamente possível, não é recomendada, pois existem grandes diferenças nos sis-temas produtivos entre as empresas e o nível de tolerân-cia de usinagem varia entre as companhias. Em estudos recentes demonstramos através de microscopia eletrônica de varredura e testes de selamento marginal que o inter-câmbio de componentes prejudica significativamente a precisão da prótese, o que aumenta o risco de folga de componentes e permite um maior acúmulo bacteriano na interface entre o abutment e o implante, com maior risco de gerar inflamações gengivais (mucosites) ou perdas ósseas (peri-implantites) Roger Miyake (SIN)

colegas de outras áreas da saúde”, acrescenta o presidente da Neodent.

O diretor científico da Serson Implant, Paulo Sergio Zaidan Ma-luf, afirma que na área de prótese a empresa desenvolveu uma barra para eliminar a fundição na exe-cução de um protocolo para car-ga imediata ou tardia. Com isso, há redução de custo, agilidade no processo sem perda de eficiência do trabalho final. “Cremos que isso será de grande valia a toda Implan-todontia, inclusive por se tratar de um produto que pode ser utilizado para qualquer sistema de implante. Há mais de 20 anos, o professor Da-vid Serson dizia em suas conferên-cias que haveria um momento na Implantodontia que os sistemas (ou empresas) de implantes seriam para uso comum dos Cirurgiões-Dentis-tas, ou seja, o importante seria a qualidade e eficiência das soluções por elas apresentadas. Creio que caminhamos para isso atualmente. Com relação à integração osso/im-plantes, já estamos com cinco anos de pesquisa em uma superfície ino-vadora, sem a adição de substâncias químicas, e que propicia um período de osseointegração muito mais cur-to, em torno de 21 dias para osso tipo II, tornando, assim, o processo de reparação óssea e reabilitação com implantes muito mais confor-tável ao paciente”, conta ele.

Na área de desenvolvimento de produtos, a empresa SIN busca sem-pre soluções que estejam perfeita-mente alinhadas com as necessida-des dos usuários e em benefício dos pacientes. “Temos um departamen-to totalmente voltado para o apri-moramento constante dos nossos produtos e lançamento de inova-ções, tanto na linha de implantes e componentes protéticos, como nas áreas de instrumentos e biomate-riais. Para citar alguns lançamentos recentes, passamos a distribuir com exclusividade o Cerasorb, um bio-material de origem sintética com um excelente background cientí-fico e custo benefício clínico para reconstruções ósseas. Lançamos a linha de implantes SW com acopla-mento protético do tipo Cone Mor-se, um campeão de vendas, e que possui, além de simplicidade de uso clínico, uma solução completa de componentes protéticos. Estamos, atualmente, trabalhando em duas grandes linhas que irão revolucio-nar a utilização clínica dos nossos produtos e reposicionar a indústria brasileira internacionalmente do ponto de vista qualitativo. As novi-dades estão previstas para o segun-do semestre deste ano e primeiro semestre do ano que vem”, revela Roger Miyake, diretor comercial e de marketing da SIN Implantes.

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“Para um Escoteiro, a verdade, e nada mais que a verdade”Com um grande legado propiciado pela participação no Movimento Escoteiro, Cirurgião-Dentista conta suas experiências e a importância do Escotismo em sua vida

// Texto Swellyn França //

// Foto Arquivo pessoal //

Criado em 1907, por Ro-bert Stephenson Smith Baden--Powell, general e lorde Inglês, o Escotismo é o maior e mais organizado movimento de edu-cação não-formal do mundo, o que já lhe conferiu o prêmio da Unesco de “Educação para a Paz”. Atualmente, há mais de 28 milhões de escoteiros em todo o mundo, distribuídos por 217 países e territórios.

No Brasil, existem 70 mil escoteiros filiados à União dos Escoteiros do país, única insti-tuição autorizada para a prática do Escotismo em território na-cional, nos termos do Decreto nº 8.828, de 24/01/1946. Só em São Paulo, a maior região escoteira do Brasil, há aproximadamente 20 mil escoteiros.

O ideal do Escotismo con-tinua o mesmo de anos atrás: melhorar a sociedade ajudan-do o jovem no seu desenvolvi-mento integral, físico, espiritu-al, intelectual, afetivo, social e moral, com o propósito final de torná-lo cidadão útil e respon-sável no futuro.

O Movimento Escoteiro in-centiva os jovens a serem leais à Pátria, em harmonia com a pro-moção da paz mundial; prega o amor à terra natal e ao seu povo, sem hostilidades entre as nações; participa da grande fraternidade escoteira mundial, que valori-za a cooperação internacional; procura fazer com que crianças e jovens assimilem os Valores Universais como opção de vida; crê na família, raiz integradora da comunidade e centro de uma civilização baseada no amor, na verdade e na justiça. Tais pro-pósitos do Movimento Escotei-ro continuam importantes no mundo de hoje, já que não pode haver melhor investimento do que aquele feito para que o jo-vem se torne um adulto honesto, autônomo, solidário, responsável,

comprometido e capaz de admi-nistrar a sua vida.

Nestes mais de 100 anos de existência, mais de 250 milhões de pessoas já foram escoteiras, dentre as quais algumas per-sonalidades que marcaram a história da humanidade, como o presidente John Kennedy, o papa João Paulo II, o astronauta Neil Armstrong, o cineasta Ste-ven Spielberg, o ex-presidente do Brasil, Itamar Franco, o ex- vice-presidente do Brasil, José Alencar, e a médica e sanitarista brasileira, Zilda Arns.

Nesta edição, o APCD Jornal entrevistou um ilustre escoteiro, que também é Cirurgião-Dentis-ta, e lançou recentemente o livro “Reflexões de um Velho Lobo”, um conjunto de textos sobre Es-cotismo, originados na vivência do autor. Confira:

APCD Jornal – Conte-nos um pouco sobre sua história dentro do Escotismo.

Elmer de Souza Pessoa - Sou filho único e perdi meu pai com 10 anos. Preocupada com minha formação, minha mãe en-controu no Escotismo um gran-de apoio. Entrei com 11 anos de idade e permaneço até hoje, já com 70 anos. São 58 anos de Escotismo. Continuo todo esse tempo no Escotismo por-que acredito no benefício que o movimento proporciona para as pessoas. Considero o movi-mento ainda mais necessário nos dias de hoje do que em 1907, quando ele foi criado. Estou me preparando para ir ao “V Jam-boree Nacional Escoteiro” (os Jamboree são os acampamentos realizados periodicamente pelos escoteiros), que ocorre no Rio de Janeiro/RJ, de 15 a 20 de julho, onde estarão acampados seis mil escoteiros (homens e mulheres)!

APCD Jornal – Quais ativi-dades o senhor desenvolve atu-almente no Escotismo?

Elmer Pessoa – Atualmen-

Assim como nos recomendou o criador do Escotismo, Baden Powell, devemos deixar o mundo um pouco melhor do que encontramos

te, sou diretor de curso avan-çado (fazendo um paralelo com a Odontologia, seria Diretor de Curso de Doutoramento) e par-ticipo do 46º Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré e do 55º Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo. Já atuei nos níveis distrital, regional e nacional, desempenhando várias funções nas áreas de formação e capa-citação de jovens e adultos. Em 16 de junho, houve o lança-

mento de meu livro, “Reflexões de um Velho Lobo”, um conjun-to de textos sobre Escotismo, originados na minha vivência, que tem por objetivo fomentar o estudo e a reflexão sobre os diversos temas apresentados, procurando direcionar o leitor a buscar conhecimentos e a identificar o melhor caminho a percorrer como orientador de jovens. Os temas abordam as-suntos dos mais variados, des-de a história do Escotismo, Lei e Promessa, o escotista como educador, Valores Universais, administração de uma unidade escoteira, planejamento, espiri-tualidade, convivência com os pais, relacionamento com vo-luntários, sustentabilidade, ludo

educação, e outros assuntos de interesse àqueles que, como adultos, militam no Movimento Escoteiro nas funções de esco-tistas ou dirigentes.

APCD Jornal – Como foi a escolha da profissão pela Odon-tologia? O Escotismo influen-ciou de alguma forma?

Elmer Pessoa - Direta-mente não, apesar de eu sem-pre optar pela área de saúde nos acampamentos. Quando garoto, sempre gostava de ser o enfermeiro da Tropa de Escoteiros. Em minha família, entre falecidos e vivos, tota-lizamos 14 Cirurgiões-Dentis-tas, desde meu avô à minha filha, casada também com um Cirurgião-Dentista. O mesmo acontece no que se refere ao Escotismo: tenho esposa, fi-lhas, neto, cunhados, tios etc. escoteiros. Costumamos brin-car que na família tem mais Cirurgiões-Dentistas e esco-teiros do que gente! (risos).

APCD Jornal – De que forma

a participação no Movimento Escoteiro contribuiu em sua vida como um todo e, especificamen-te, em sua carreira profissional?

Elmer Pessoa - O Escotismo fez com que eu convivesse com os Valores Universais, hoje tão esquecidos, com a disciplina vo-luntária, com a sustentabilidade, e ainda desenvolveu minha cria-tividade e, principalmente, me ensinou a amar a Deus e ao pró-ximo! São valores que dignificam o homem e, consequentemente, a profissão que ele exerce. A so-

ciabilidade do Escotismo muito ajudou no relacionamento com meus pacientes e as atividades manuais estimularam minha ha-bilidade profissional.

APCD Jornal – O que o se-nhor gostaria de dizer para os Cirurgiões-Dentistas que não conhecem o Escotismo?

Elmer Pessoa - Hoje, des-de criança, convivemos com os noticiários na televisão onde só vemos criminalidade, corrup-ção, safadeza, traficantes, pe-dofilia e nossos filhos crescem pensando que isso é correto! O Escotismo complementa a educação da família, da reli-gião e da escola, tornando-se o quarto agente de formação de caráter que os pais podem ofe-recer aos seus filhos. Procurem se informar onde tem um Gru-po Escoteiro mais perto de sua casa e matriculem seus filhos a partir dos sete anos de ida-de e, se puderem, entrem com eles. Visitem o site dos esco-teiros (www.escoteiros.org.br) e saberão com mais detalhes o que o Escotismo tem a ofe-recer aos seus filhos! Sinto-me agradecido pela oportunidade de levar o Movimento Escoteiro àqueles que porventura não o conheçam. E, assim como nos recomendou o criador do Esco-tismo, Baden Powell, devemos “deixar o mundo um pouco melhor do que encontramos”! Acrescento, porém, que temos que deixar pessoas preparadas para habitar esse mundo me-lhor e, com certeza, o Escotis-mo está fazendo a sua parte!

Elmer Pessoa

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// Texto Bruna Oliveira //

O Ministério da Saúde irá beneficiar 58 municípios de

15 estados com a aplicação de re-cursos no valor de R$ 6,3 milhões para a implantação de 908 Equipes de Saúde Bucal (ESB). Essas ações constam da Portaria publicada no dia 21 de maio, no Diário Oficial da União (DOU) e integram o Programa Brasil Sorridente, que tem objetivo de reorganizar a Atenção Básica em saúde bucal, de ampliar e qualificar a Atenção Especializada, através da implantação de Centros de Espe-cialidades Odontológicas (CEOs) e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias, além de viabilizar a adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público.

As equipes também ganharão do Ministério da Saúde 1.150 ca-deiras odontológicas. Ao iniciar o atendimento, as equipes receberão, ainda, incentivo financeiro para o custeio, com valores entre R$ 2.230 (módulo I) e R$ 2.980 (módulo II) por mês. Serão investidos, no total, R$ 2.206 milhões, mensalmente.

Hoje, existem 21.587 equipes no Brasil, um aumento de 388% em relação a 2002, quando o Pro-grama foi criado. Estas equipes es-tão distribuídas por 4.880 municí-pios (87%). Em 2002, eram apenas 2.302 municípios cobertos.

As equipes fazem o acompa-nhamento da população desde a prevenção até o tratamento clínico, ficando responsáveis pelo encami-nhamento para serviços especializa-dos, quando necessário.

Além da verba para as Equipes de Saúde da Família, o Ministério vai liberar, por meio de outra Por-taria, também publicada em 21 de maio, R$ 14 mil para implantação de quatro Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). Os veículos vão atender as cidades de Ladainha (MG), Águas Belas (PE), Cardoso Moreira (RJ) e Cel. Domingos So-ares (PR). Cada município receberá mensalmente R$ 18.720 mil para custeio das atividades.

As unidades são consultórios odontológicos estruturados em veículos devidamente adaptados

Ministério da Saúde libera mais recursos financeiros para ampliação do Programa Brasil Sorridente

No final de maio e início de junho, o ministro Padilha anunciou importantes medidas que irão aumentar o acesso à saúde bucal por parte da população, especialmente a de regiões mais carentes e afastada dos grandes centros

e equipados para o desenvolvi-mento de ações de Atenção à Saúde Bucal a serem realizadas por Equipes de Saúde Bucal em todo território nacional.

Outro investimento do Mi-nistério da Saúde por meio do Programa Brasil Sorridente será no valor de R$ 16,2 milhões em recursos para a abertura de novos Laboratórios Regionais de Pró-teses Dentárias (LRPD). A medida prevista nas portarias n° 1.109 e n° 1.110, foram publicadas no Diário Oficial da União de 29 de maio, e beneficiará 249 municípios de 21 estados e o Distrito Federal.

Na íntegra, a portaria n° 1.110 disponibiliza R$ 15,1 milhões para 239 municípios de 21 estados e Distrito Federal implantarem os laboratórios, destinados à produ-ção de dentaduras e outros tipos de próteses dentárias. Além disso, a portaria n° 1.109 viabiliza R$1,2 milhão para 10 municípios do Pará, Paraíba e São Paulo empregarem na parceria do Brasil Sorridente com o Programa Nacional de Aces-so ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Mulheres Mil.

O ministro da Saúde, Alexan-dre Padilha, também anunciou que assinou Portaria que reajusta o re-passe de recursos para implantação e custeio de Centros de Especialida-des Odontológicas (CEO). O anúncio foi feito durante sua participação na cerimônia de abertura do 28º Con-gresso Nacional de Secretarias Muni-cipais de Saúde (Conasems) e do 9º Congresso Brasileiro de Saúde, Cultu-ra de Paz e Não Violência, em Maceió (AL), realizado de 11 a 14 de junho.

Atualmente, o Ministério da Saúde repassa R$ 92 milhões ao ano para o custeio dos CEOs. Com a assinatura da Portaria, estes re-cursos serão de R$ 132 milhões ao ano. O objetivo é financiar a ade-quação das unidades e a compra de equipamentos. De acordo com a tabela da Coordenação Geral de Saúde Bucal, do Ministério da Saú-de, para os CEOs com até três ca-deiras odontológicas (tipo I), o re-curso aumentará de R$ 40 mil para R$ 60 mil. Já os Centros com qua-tro e seis cadeiras (tipo II) passarão

a receber R$ 75 mil, sendo que hoje o valor é de R$ 50 mil. Para os CEOs com mais de sete cadeiras (tipo III), o incentivo, que é de R$ 80 mil, chegará a R$ 120 mil.

Além do incentivo para a implantação das unidades, o Mi-nistério da Saúde definiu um au-mento de 25% para o custeio dos CEOs. Com a nova regra, o recur-so repassado mensalmente para unidades do tipo I passará de R$ 6,6 mil para R$ 8,2 mil, enquanto que o incentivo para o CEO tipo II aumentará de R$ 8,8 mil para R$ 11 mil. O financiamento das uni-dades do tipo III será elevado dos atuais R$ 15,4 mil para R$ 19,2 mil. Estes recursos são repassados mensalmente para manutenção e compra de materiais necessários ao funcionamento de cada CEO.

O APCD Jornal entrou em contato com o coordenador na-cional de saúde bucal, Gilberto Pucca, para repercutir todas essas medidas tomadas pelo Ministério da Saúde. Na entrevista a seguir, Pucca reforça como essas medidas corroboram com a meta do Brasil de conquistar a universalização do acesso à saúde bucal na Atenção Básica e, também, na média com-plexidade e na terciária.

APCD Jornal - Quase 60 mu-nicípios de 15 estados brasileiros foram beneficiados pelo Ministé-rio da Saúde (MS) com recursos de R$ 6,3 milhões para implantação de 908 novas Equipes de Saúde Bucal. Como a população será be-neficiada com essa ação?

Gilberto Pucca - Quando lan-çamos o Programa Brasil Sorridente, em 2004, que é a nossa Política Na-cional de Saúde Bucal, o Brasil tinha 4.261 Equipes de Saúde Bucal. Hoje, já alcançamos quase 21.600 e, ago-ra, com essa nova Portaria, vamos chegar a mais de 22 mil. Em 2002, antes do Brasil Sorridente, menos de 20 mil pessoas no país tinham acesso à saúde bucal na Estratégia Saúde da Família. Agora, são mais de 75 milhões. Antes do Brasil Sor-ridente, ou seja, antes de 2003, tí-nhamos apenas 7,3% da população brasileira cobertas por essas equipes. Hoje, já alcançamos quase 40% da população. Atualmente, o Brasil já tem o maior programa de Atenção Básica de saúde bucal pública do mundo e isso é motivo de orgulho para todos nós, brasileiros. Agora, o Ministério da Saúde está qualifican-do mais 908 Equipes de Saúde Bu-cal, em 15 estados brasileiros, com

a ampliação onde elas já existiam e a implantação de novas equipes onde ainda não se faziam presentes, em um trabalho articulado com os estados e os municípios. Essas mais de 900 equipes, que são formadas por Cirurgiões-Dentistas, auxiliares de saúde bucal, e outras com téc-nicos de saúde bucal, irão chegar a mais de três milhões de pessoas que ainda não estavam cobertas pela reorganização da Atenção Bá-sica em saúde bucal. É importante dizer que é na Atenção Básica que conseguimos resolver mais de 70% dos problemas de saúde das pessoas, incluindo a saúde bucal, por isso, a importância dessa expansão. Além disso, é na Atenção Básica que se encaminha, se necessário, o usuá-rio do SUS da média complexidade para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), que são uni-dades públicas de saúde bucal cria-das também pelo Programa Brasil Sorridente. Até hoje, já conseguimos implantar quase 900 CEOs no Brasil.

APCD Jornal - O MS tam-bém vai liberar R$ 14 mil para a implantação de quatro Unidades Odontológicas Móveis que vão atender as cidades de Ladainha (MG), Águas Belas (PE), Cardoso Moreira (RJ) e Cel. Domingos Soa-res (PR). Como será feito o atendi-mento nesta população?

Gilberto Pucca - A determi-nação do Ministro Alexandre Pa-dilha é que consigamos aumentar o acesso às ações de saúde bucal começando por aquelas regiões e cidades onde a estrutura exija mais atenção e apoio do Governo Fede-ral. Por isso, a implantação dessas quatro Unidades Móveis Odonto-lógicas nestes municípios. O Mi-nistério da Saúde já entregou 120 unidades para municípios que es-tão dentro do mapa da pobreza do Programa Brasil sem Miséria. Que-ro ressaltar que essa medida é uma das frentes de justiça social para alcançar os vazios assistenciais onde, por exemplo, não se justifica a implantação de uma unidade bá-sica de saúde, mas que precisamos chegar com atenção odontológica. Por isso, sabemos que serão usadas em localidades onde há uma precá-ria oferta de acesso à saúde. Além da compra e doação dessas Unida-des Móveis, o Ministério da Saúde custeará boa parte desses serviços para que elas sejam efetivamente usadas. São unidades de altíssima resolutividade clínica, equipadas

para este fim, incluindo gerador de energia para serem utilizadas onde a oferta de energia elétrica for pre-cária. Vamos chegar aonde a saúde bucal ainda não tinha chegado e, acima de tudo, com qualidade.

APCD Jornal - Quais as ações que o Ministério da Saúde tem feito em benefício do Programa Brasil Sorridente que o senhor gostaria de destacar?

Gilberto Pucca - Não tenho receio em afirmar que o Brasil Sor-ridente estabelece na Odontologia brasileira um antes e um depois nas políticas públicas. Desde 2003, quando por determinação do pre-sidente Lula lançamos o Brasil Sor-ridente, iniciamos a estruturação de ampliação, mas, fundamental-mente, de implantação de serviços inéditos na saúde bucal pública brasileira. Em 2003, chegávamos a menos de 40% dos municípios bra-sileiros com equipes de saúde bucal e, hoje, quase 90% das cidades bra-sileiras já contam com, pelo menos, uma Equipe de Saúde Bucal. Isso significa que em 90% das cidades já temos, pelo menos, um Cirurgião--Dentista e um auxiliar de saúde bucal, que é a composição mínima de uma Equipe de Saúde Bucal. No ano passado, o Ministério da Saúde lançou, também, o Programa de Melhoria e Qualificação da Atenção Básica, onde se pactua metas por equipes. Vale ressaltar que são me-tas qualitativas. Queremos e esta-mos crescendo, mas crescer, acima de tudo, com qualidade. Para isso, o Programa de Melhoria e Qualifi-cação da Atenção Básica propicia as equipes que atingirem 100% das metas qualitativas o recebimento de 100% de aumento dos recur-sos. Ou seja, aumento de 100% do repasse do Governo Federal para quem trabalha com qualidade. São metas pactuadas, não impostas. Tínhamos uma das Odontologias mais avançadas do mundo, porém, socialmente éramos muito injustos e, agora, estamos revertendo isso. Não tenho a menor dúvida de que a Odontologia brasileira tem a mesma competência para ser referência de acesso público à saúde bucal como é referência mundial cientificamente, porque isso é o que Brasil tem de-monstrado. Esse crescimento, além de aumentar o acesso à saúde bucal de pessoas que antes não o tinham, também corrige outra distorção histórica que havia: a concentração de profissionais. Como não se tinha

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oferta de empregos, ficávamos todos nos mesmos lugares. Hoje, é o Sistema Único de Saúde o grande capitalizador de profissionais. Essa é outra conta de somar, porque todos ganham. Junto com as Equipes de Saúde Bucal, ini-ciamos a implantação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), serviços que oferecem Endodontia, Periodontia, Cirurgia Oral Menor, Esto-matologia e atendimento a pacientes especiais, antes inexistentes no país. Hoje, já são quase 900 em funciona-mento. Outra dívida social que esta-mos saldando é a reabilitação. Antes, além de mutilarmos, praticamente negávamos o direito à reabilitação na esfera pública. Iniciamos o financia-mento dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária e já chegamos a mil unidades, em menos de sete anos. Por determinação do ministro Padilha, va-mos ampliar esse número. Isso propi-ciou, por exemplo, o dobro de acesso à prótese no país do ano passado para este ano. E nossas metas são ousadas. Mais de 300 mil brasileiros, em menos de um ano, conseguiram ser reabili-tados. No século XXI, é inimaginável que alguém precise ser reabilitado e não consiga. Já na Atenção Terciária, a hospitalar, também estamos avançan-do. Chega dessa história da saúde bu-cal ser ofertada só para alguns grupos populacionais ou apenas em um nível de atenção, normalmente, a básica. Nossa meta é universalizar o acesso à saúde bucal na Atenção Básica, mas, também, na média complexidade e na terciária. Para isso, o Ministério da Saú-de está repassando recursos para 27 Centros Cirúrgicos para atendimento odontológico, em todos os estados. Já contamos com mais de 400 Centros de Alta Complexidade em Oncologia que estão ofertando tratamento odontoló-gico para pacientes oncológicos.

APCD Jornal - Qual avaliação o senhor faz de todas essas ações?

Gilberto Pucca - Sinceramente, esses oito primeiros anos do Brasil Sor-ridente têm me mostrado uma coisa: é possível fazer. Lembro-me de quando estava sentado nos bancos da univer-sidade e falavam assim: “Precisamos começar a fazer agora para que as próximas gerações tenham uma saúde bucal melhor.” Vou ser franco, esse dis-curso me desmotivava. Que coisa chata, começar a trabalhar agora para nem ver o resultado? Imagina quanto tempo isso iria demorar. Se Nostradamus esti-vesse certo, então tudo estaria perdido! Temos, sim, que fazer um país melhor para as próximas gerações, mas temos antes que fazer um país melhor para todos nós, agora. E dá. É possível! E não precisa ninguém ser mágico ou gênio. O conjunto da Odontologia responde, sim, quando é convocada por decisões po-líticas consequentes. Faltava-nos apoio, espaço para trabalhar. As entidades

odontológicas têm demostrado muita maturidade e compromisso social. Tam-bém não é novidade para ninguém que o Brasil era conhecido como o país dos desdentados. Quantos de nós já tínha-mos ouvido isso? Pois bem, no fim de 2010 o SUS realizou um segundo levan-tamento epidemiológico nacional de saúde bucal e entre outros dados cons-tatou-se que mais de 45% das crianças brasileiras aos 12 anos já são conside-radas livres de cárie. Dá ou não dá para fazer? E estamos diminuindo a presença de cárie, que é o nosso principal agra-vo de saúde pública em todas as faixas etárias, incluindo adultos. Claro que isso não é apenas resultado de uma política nacional especifica de saúde bucal. É resultado de inclusão social, incluindo as políticas públicas de saúde. Nesses últimos nove anos, conseguimos tirar da miséria o equivalente a população intei-ra do Canadá, e o Brasil é, hoje, olhado pela comunidade internacional como um exemplo de crescimento susten-tável. Outro exemplo é a expansão da fluoretação de água do abastecimento público, política que já beneficiava de maneira ampla estados do Sudeste e Sul do país. Por que não levar isso a regiões ainda desassistidas? Por que o paulista tem direito, o paranaense tem direito e o nordestino não? Estamos expandindo a fluoretação em regiões prioritárias: Nordeste, Norte e cobrindo estados que ainda não ofertavam água fluoretada. O Governo Federal vem investindo de-cisivamente nisso, técnica e financei-ramente. Estamos, a cada dia, fazendo chegar água tratada, portanto, clorada e fluoretada a 15 mil novas pessoas. Veja o impacto epidemiológico que isso tem. Nossa meta também é universalizar a fluoretação de água do abastecimento público no Brasil. Aí, todo brasileiro ao abrir a torneira será beneficiado com água tratada e fluoretada. E onde não tiver oferta de água tratada? A luta pela fluoretação é a mesma luta da água tratada. O Brasil, já há alguns anos, tem conseguido diminuir a mortalidade in-fantil. O acesso à água tratada não é o único fator, mas é um dos determinan-tes para isso. Criança que tem acesso à água tratada deixa de morrer antes de completar um ano de vida por conta de doenças provocadas pelo consumo de água não tratada. Para adicionarmos flúor à água, temos que tráta-la antes, portanto, a busca da universalização da fluoretação é a mesma pelo acesso pú-blico a todos por água tratada. Se olhar-mos a saúde por esse prisma amplo, de promoção à saúde e não de doença chegamos, por exemplo, à conclusão de que a luta pela transposição do rio São Francisco, que vai levar água a mais de 12 milhões de nordestinos que hoje não têm acesso, é também um problema odontológico. Essa é a nossa agenda de modernidade.

Fonte: Blog da Saúde

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// Texto Mariana Pantano e Swellyn França //

Terminou em 22 de junho a Conferên-cia das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável, batizada de Rio+20. O mais importante encontro mundial sobre o assunto contou com a participação de delegações de mais de 190 países e enti-dades da sociedade civil (ONGs, universi-dades e institutos) que se reuniram para discutir soluções que possam reduzir a po-breza, promover maior igualdade social e assegurar a segurança ambiental para um planeta com um crescimento populacio-nal extraordinário. As discussões focaram no desenvolvimento de uma economia verde de forma a alcançarmos um desen-volvimento sustentável e tirar as pessoas da pobreza, e em como ampliar a coor-denação internacional para o desenvolvi-mento sustentável.

A Rio+20 marcou os 20 anos da Eco-92, cúpula sobre meio ambiente realizada no Rio

Especialistas defendem que sustentabilidade é uma questão de atitude. Ações podem ser adotadas por Cirurgiões-Dentistas em seus consultórios

Rio+20 reúne mais de 45 mil pessoas de todo o mundo em prol do desenvolvimento sustentável do planeta

de Janeiro, em 1992, que resultou em pro-tocolos, convenções e recomendações discu-tidas até hoje. Contudo, mais do que tratar destes temas, a Rio+20 também originou um documento de cunho político onde os países se comprometem a fazer as transformações necessárias rumo à economia verde.

Com a divulgação do documento fi-nal, contendo 49 páginas e denominado “O Futuro Que Queremos”, o balanço dos dez dias de discussões não agradou a to-dos. Apesar de não haver um consenso quanto ao conteúdo do documento, nin-guém tem dúvidas da importância deste evento para o mundo.

De acordo com o coordenador de projetos da Associação do Grupamento Ambientalista (A.G.A) – entidade constitu-ída há quase 20 anos com a finalidade de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável, que esteve presente no evento -, Jefferson Rabal, em tempos de mundo globalizado, onde a co-municação acontece de forma muito rápida e abrangente, discutir as formas possíveis de desenvolvimento sustentável é muito oportuno. “A Rio+20 tem mais desafios e, com certeza, mais gente envolvida e preo-cupada com os rumos que a sociedade está

tomando. No Brasil, temos discutido muito os problemas ambientais, as catástrofes, os desmatamentos, as alterações do Código Florestal, e a Rio+20 acontece em meio a estas grandes discussões, tanto no Planalto como nos colegiados de participação popu-lar. Para o mundo, é importante repensar a distribuição das riquezas e quem deve pagar a conta da degradação ambiental. Acredito que a Rio+20 reascende a discussão, aviva a importância do meio ambiente para a vida e lança desafios a serem almejados.”

Embora seja uma das pessoas que não teve grandes pretensões quanto aos acor-dos dos chefes de Estado, Rabal acredita que a Conferência cumpre um papel in-dispensável por levantar esta discussão de desenvolvimento. “O interesse econômico é muito maior do que o ambiental. Você acha que a Europa vai querer pagar a con-ta dos danos ambientais provocados du-rante a industrialização ou injetar dinheiro para manter a Espanha com crédito inter-nacional? É puro interesse. Precisamos e podemos fazer diferente! Podemos crescer, respeitando a capacidade de renovação do planeta. Estamos investindo dinheiro em geração de energia limpa, diga-se de passagem, em várias frentes (e é muito es-

tratégico isto). E o bom exemplo sempre é copiado e melhorado. Com os diversos pa-íses vendo exemplos positivos, cria-se uma nova oportunidade de desenvolver com responsabilidade. Somos acostumados a supervalorizar as desgraças e esquecemos dos bons exemplos.”

O coordenador da A.G.A reforça que a participação da entidade no evento reafirma a crença deles no poder que a sociedade civil organizada tem. “Ape-sar de nossos representantes não terem conseguido fechar um acordo tal qual sonhávamos, a articulação que as enti-dades ambientalistas do mundo inteiro fizeram é fantástica. Diversas pesso-as discutiram e trocaram informações importantíssimas acerca do desenvol-vimento sustentável, das práticas de educação ambiental, dos biomas ame-açados, dos animais e plantas que estão em risco de extinção. A pressão que as entidades podem e estão exercendo no âmbito democrático dentro de suas co-munidades, cidades e vilas é algo capaz de transformar o mundo em que vive-mos. E acredito nisso, senão, não exer-ceria este trabalho voluntário em defe-sa do meio ambiente”, enaltece Rabal.

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Sustentabilidade no consultório odontológico

Um estudo feito durante o IV Congresso de Odontopedia-tria da APCD em parceria com a Associação Paulista de Odonto-pediatria (APO), em 2008, com 280 participantes, verificou que apenas 23,57% dos entrevista-dos encaminhavam qualquer tipo de material de seu consul-tório para reciclagem.

Embora a realidade venha melhorando com o tempo, muito ainda pode e deve ser feito para que os consultórios se tornem um ambiente sustentável. Para a Cirurgiã-Dentista, Camila Haddad Leal de Godoy, uma das autoras do estudo sobre o descarte do lixo odontológico, ainda falta cons-cientização. “Muitos materiais utilizados em consultórios podem ser encaminhados para reciclagem, lâmpadas mais econômicas po-dem ser utilizadas, o consumo de água pode ser reduzido (como, por exemplo, não deixar a cuspideira ligada durante toda a consulta); e pode-se aproveitar ao máximo a iluminação natural fazendo com que o consumo de luz seja redu-zido. Esses são alguns métodos fáceis e que estão ao alcance de qualquer um, só é preciso inicia-tiva. Um método mais trabalhoso, mas que já pode ser desenvolvido é o aproveitamento da água da chu-va, que poderá ser utilizada na cus-pideira, descarga, água para lavar o chão do consultório, entre outros”.

Para a MBA em Gestão Am-biental, especialista em Vigilância Sanitária de Serviços de Saúde e especialista em Odontologia do Trabalho, Maria Jacqueline Carva-lho Mocarzel, a Odontologia prati-cada no Brasil é reconhecida mun-dialmente, por isso, a permanente busca pela excelência nos trata-mentos e nas práticas tecnicamen-te recomendadas deve estar em consonância com os requisitos de sustentabilidade. “Caminhar rumo à sustentabilidade no segmento odontológico fortalece ainda mais nossa imagem”, destaca.

As recomendações dadas pela especialista são:

• Atenção com a geração dos resíduos gerados;

• Compras sustentáveis - verifique a rotulagem, quanti-dade/volume, extensão do prazo de validade dos produtos; evite estocar. Valorize fornecedores que tenham compromisso com a responsabilidade socioambiental;

• Procurar praticar o con-ceito dos 3R(s): redução, reuti-lização e reciclagem e atenção

especial para o 4º R: repensar;• Manutenção preventiva

e corretiva dos equipamentos - com esse controle pode-se evitar desperdício de energia e de água;

• Nos casos de reforma ou construção de consultório, utili-zar materiais sustentáveis como válvulas e sensores e tentar aproveitar a iluminação natural;

• Utilizar Raios-x digital;• Uso de dispositivos regu-

ladores de consumo, por exem-plo, dosador de dispensa de co-pos descartáveis;

• Utilizar lâmpadas, condi-cionadores de ar e refrigeradores de baixo consumo de energia;

• Adesão à coleta seletiva;• Sensibilização da equipe

de trabalho na adoção e manu-tenção das práticas sustentáveis.

A sustentabilidade deve ser entendida no seu conceito amplo e multidimensional, abrangendo não apenas as questões ambien-tais, mas também éticas, sociais e econômicas. Neste contexto, conforme Maria Jacqueline, as ações desenvolvidas darão retorno não apenas ambientais porque a mudança de comportamento se desdobra em atitudes sustentá-veis. “Por exemplo, a questão dos Raios-X digitais. Em um primeiro momento, há que se pensar no custo de aquisição destes equipa-mentos, mas a economia com pelí-culas, descarte de resíduos e tempo no processamento das imagens se reverte em ganho financeiro-hora clínica, menor custo com descar-te final do resíduo químico e não apenas reflete na questão de não poluir o ambiente em si”.

Outra preocupação já antiga é com a geração dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). “Desde a década de 1990 temos normativas a respeito. Os RSS são regulados por órgãos governamentais de proteção à saúde e meio ambiente, respectivamente, Agência Nacio-

nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que tem o propósito de orientar a implemen-tação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), além das normas e dire-trizes estaduais e municipais”, es-clarece Maria Jacqueline .

Ela ainda ressalta que deve-se trabalhar com a proposta de redu-ção e tratamento adequado para os resíduos gerados e a possibili-dade de solução diferenciada para disposição final, desde que aprova-da pelos Órgãos de Meio Ambiente, Limpeza Urbana e de Saúde. “Ainda em relação às ações que culminam com a redução do volume de ge-ração de resíduos, temos a prática da Produção mais Limpa (P+L) que é uma abordagem compreensiva e preventiva, sem comprometer a qualidade dos serviços com ações para proteção ambiental, minimi-zando a geração dos resíduos”.

Ser sustentável implica em mudança de atitude, disseminação de conhecimentos e educação. “As pessoas precisam estar inseridas neste novo olhar e perceberem que fazem, sim, a diferença. No caso do consultório, desde o atendente ao porteiro do prédio, passando também pelo paciente, enfim, to-dos têm a oportunidade de atuar como facilitadores na adoção de práticas sustentáveis. O Cirurgião--Dentista deve incorporar o papel de educador e tratar a saúde bucal assimilando novos conceitos como de sustentabilidade e responsa-bilidade social. Abraçar a respon-sabilidade socioambiental agrega valores”, finaliza Maria Jacqueline.

Um exemplo de mudança de atitude e respeito ao próximoHá oito anos, com a gestação

de seu filho, a Cirurgiã-Dentista, Sandra Virgínia Scheid, despertou para uma nova consciência. “Ao

ver a quantidade de fraldas descar-táveis e outros materiais que vão para o lixo pensei: em que mundo ele vai viver? E passei a adotar um consumo mais racional e fazer um direcionamento adequado daquilo que ‘não se quer mais’ para mini-mizar o desperdício”.

Enquanto pensava em algo prático, Sandra começou a fa-zer obras de arte com adesivos de fraldas, bicos de mamadeira e de chupetas, espátula usada para ver a garganta das crianças, pau-zinhos de pirulitos, colheres para medida de leite em pó etc. “De-pois disso, fazer arte com outros materiais foi consequência. En-tão, passei a reciclar materiais do consultório porque é o lixo que eu produzo no meu dia a dia e que tento direcioná-lo de forma mais prazerosa (arte)”, conta Sandra.

Para suas obras de arte, a Cirurgiã-Dentista utiliza espelhos bucais, cápsulas de amálgama, bisnagas de resina, seringas de ácido ortofosfórico, anestésicos vencidos, radiografias vencidas, envólucro de radiografias, lâm-padas queimadas do refletor e aparelho de fotopolimerização, pincéis, brocas velhas, revelador de placa bacteriana vencido, par-te interna das embalagens para as cápsulas de amálgama, pon-

tas para moldagem em silicona, grampos para revelar radiogra-fias, placas de albase, sugado-res de saliva e qualquer outro material não contaminado que possa servir. “Essa prática ajuda o meio ambiente porque diminui a quantidade de resíduos que vão para aterros sanitários sem o de-vido tratamento e procura sensi-bilizar as pessoas a repensarem sobre o próprio ‘lixo’, no sentido de dar uma nova leitura àquilo que a princípio não teria outro destino. Assim, a dica que dou é reciclar e pensar de que forma podemos diminuir a quantidade de resíduos que produzimos, uti-lizando as coisas para nosso con-forto sem desperdício? Cada um sempre acha um meio de fazer essa prática. É só estar disposto a isso!”, ensina Sandra.

Outras dicas práticas: redu-zir volume de caixas de papel ou papelão dobrando-os; amassar latinhas de alumínio; acumular o lixo seco em quantidade ideal para não utilizar sempre sacolas plásticas para acondicioná-los; separar o lixo e encaminhá-lo de forma adequada (muitos pre-cisam e vivem dele). “É respeito com o próximo reciclar. Comprar o necessário, usar o necessário”, finaliza a Cirurgiã-Dentista.

Arte feita com materiais recicláveis de consultório odontológico

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COMPORTAMENTO

// Texto Mariana Pantano e Swellyn França //

Moda, segundo o dicionário, é uma tendência, uma maneira de se ves-

tir, um modo, um costume, uma vontade. Nesse sentido, a moda também pode ser entendida como o reflexo da evolução do comportamento humano.

A ideia de moda nasceu entre os sé-culos XIV e XV, no início do Renascimen-to Europeu, ganhando força ao longo da História, através da criação de métodos

Uma questão de estilo

Parte da evolução do comportamento humano, a moda está cada vez mais ligada à personalidade de cada indivíduo

próprios para sua preservação. A primei-ra característica marcante do que se

pode chamar de moda foi quando as roupas passaram a ter menos preo-cupação utilitária e mais apelo or-namental e estético, bem como de aceitação social.

De acordo com a consultora de moda e estilo, Maria Helena Daniel, a variação da característica das ves-

timentas veio para diferenciar o que antes era igual, pois se usava um estilo

de roupa desde a infância até a morte. “A moda é um sistema que acompanha o

vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia a dia a um contexto maior, político e social.”

Para muitas pessoas, estar na moda, hoje, é uma forma de se integrar à so-ciedade ou pertencer a um determinado grupo; acompanhar certos padrões de comportamento, expressados na forma de se vestir. “São as tendências, muitas vezes descobertas por especialistas nas ruas, que inspiram, ditam e renovam a moda. Mas, gosto de ressaltar que mais importante que seguir tendências é estar bem consigo mesmo, respeitar seu estilo de vida e sua forma de ser. O mais importante é ser você mesmo porque tendências mudam, mas a sua essência jamais!”, afirma Maria Helena.

Segundo a consultora, autora, do-cente e palestrante das áreas de imagem pessoal e profissional, estilo, moda e eti-queta, Ana Vaz, quando se fala em moda, é preciso pensar em consenso. “A moda só acontece se você tem um consenso entre as pessoas sobre alguma coisa e aqui-

lo vira uma moda. Todo mundo que quer estar na moda, quer estar em consenso com aquilo que acredita que é atual, com determinado grupo, com uma determinada linguagem visual que acha importante”, define.

Século XXI: uma moda que vive de releituraA moda do século XXI é

marcada por duas tendên-cias, a que “nada se cria, e tudo se copia” e a “moda que vem e vai”, caracteri-zada pelas peças retrô. Isso ainda está relacionado com as mudanças mais aceleradas do início do novo milênio, em que os acontecimentos são vividos com muito mais intensidade, mas de for-ma mais efêmera.

Para a consultora de moda e es-tilo, Maria Helena, a moda do século XXI nada mais é do que a libertação de uma “ditadura”. “O século XXI veio para revolucionar e reinventar a moda, mas de uma maneira leve e livre. É tempo de repensarmos valores porque, afinal, a moda vem e vai e não há mais certo ou errado. Democracia é a palavra que melhor define moda, atualmente.”

Ana Vaz ressalta que com uma gran-de necessidade de mostrar sua capacidade de serem contemporâneas, de serem atu-ais, as pessoas rapidamente reconhecem uma nova linguagem, usam e a descartam. “Além disso, o mercado da moda vive de releitura, há pouca coisa para ser inventa-da, até porque, embora os tecidos tenham mudado muito e haja tecidos maravilhosos, hoje em dia não há nada na atualidade que nos permita criar algo absolutamente novo com a roupa, alguma forma desafiadora; a matéria-prima continua similar, mesmo com todas as evoluções”.

Para Ana Vaz, as novidades que vão sur-gir no mundo da moda serão voltadas para o campo das novas tecnologias. “O que a gente pode ver muito provavelmente daqui a um tempo são coisas que mudem de cor, de temperatura etc. O que os designers fazem atualmente – e por isso, há tantas releitu-ras - é uma avaliação por meio de um olhar histórico do contexto naquele momento em que determinada roupa estava sendo sugeri-da, se tem a ver com o contexto atual e utili-zar a época como uma referência. Por exem-plo, ao olhar ao longo do tempo, as décadas ou épocas de crise, é possível ver criações semelhantes, que tem a ver, claro, com o momento de cada uma, mas que usam uma base de pensamento similar. Então, sempre

que alguns fenômenos se repetem, mesmo que de uma maneira um pouco diferente em função da época, tenta-se uma repetição dessas propostas de moda”, ensina Ana Vaz.

Ana Vaz acrescenta que a moda do sé-culo XXI, principalmente na primeira década, foi muito baseada em estilo e em como a pessoa interpreta o que está sendo sugerido para ela. “Por isso, os blogs de streetstyle vi-raram uma febre no mundo inteiro. Então, a pessoa não quer só ver como é que foi usado na passarela e repetir. Ela quer ver como as pessoas estão usando e se apropriando da-quilo que foi criado. Assim, a pessoa começa a desenvolver um pouco mais o seu estilo.”

Uma questão de estilo e personalidade“Estilo e personalidade caminham jun-

tos. Eles têm que estar sempre sincroniza-dos para que não haja uma leitura errada sobre a pessoa. O estilo nada mais é do que a essência do indivíduo expressada através da vestimenta e do comportamento. A me-lhor forma de adaptar essas duas questões é conciliar, com bom senso, a expressão da sua personalidade de forma adequada à ocasião ou ao local para o qual está se vestindo”, considera a consultora de moda e estilo, Maria Helena.

Contudo, desenvolver o próprio estilo

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não é uma coisa fácil, segundo Ana Vaz. “É preciso pensar na própria personalidade, o que quer comu-nicar, e usar a roupa a partir disso. Ainda assim, o indivíduo continua sujeito à moda, porque a moda traz uma resposta para ele. Então, a pessoa só vai realmente privile-giar o seu estilo quando: 1º - se-lecionar entre tudo o que está no varejo aquilo que mais lhe agrada; 2º - usar de um jeito que gosta, conciliando com peças que já tem. Hoje, como temos um mercado muito grande, com marcas muito diferentes que propõem coisas para públicos distintos de faixa etária, de poder aquisitivo, de personalidade e de estilos, há uma variedade maior do que há dez, 15 anos, principal-mente no Brasil, onde o mercado ainda é muito “adolescente”. Somos “crianças” ainda em moda.”

Dicas são as mesmas para homens e mulheresUltimamente, não só as mu-

lheres, mas também os homens têm se preocupado mais em buscar sua identidade na moda. Por isso, a dica que as especialistas dão, indepen-dentemente se homem ou mulher, é encontrar o que realmente favo-

rece o indivíduo e juntar isso ao seu estilo de vida e gostos pessoais, sem ficar preso só ao que está sendo pro-posto. “Ao invés de se preocuparem com o que lhes favorece, as pessoas

estão sempre muito preocupadas em seguir tendências. Tanto mulhe-res quanto homens deveriam, em primeiro lugar, conhecer seus cor-pos e estilos para depois pensar em

peças-chaves que deveriam ter em seus guarda-roupas. Hoje em dia, é muito comum pessoas procurarem profissionais especializados neste tipo de trabalho. A dica é buscar

o autoconhecimento, pois a partir daí saberão conhecer melhor seu estilo e o que de fato combina com sua personalidade. Afinal, uma boa imagem se constrói com uma boa base e, principalmente, estando em harmonia consigo mesmo”, reforça Maria Helena.

Outra dica é não ter medo de experimentar. “A mulher consegue experimentar mais porque o mundo lhe deu mais liberdade para isso. Já a moda masculina, que o mercado tratou durante muito tempo como algo muito tradicional, começa ago-ra a ousar e buscar coisas diferentes. Hoje existe, por exemplo, floral para homem, e é super legal, mas poucos homens usam. Por isso, a dica para os dois é identificar aquilo que re-almente gostam de usar, comprar com mais calma (experimentando cada peça e verificando se lhe caem bem e se sentem bem com ela), não cair na tentação de comprar por im-pulso ou só porque estava barato; investir em peças um pouco mais caras, mas com qualidade e tecidos melhores, e que durem um pouco mais. Resumindo: compre porque ficou bem, você gostou e funciona para o seu dia a dia e estilo de vida”, finaliza Ana Vaz.

Segundo consultoras de moda, estilo e personalidade caminham juntos e conciliá-los com bom senso é um dos segredos para estar bem vestido

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ORIENTANDO O CLÍNICO

Nas minhas andanças pelas redes sociais, tenho lido e visto uma grande choradeira em rela-ção a nossa profissão. A pergun-ta mais comum é: Quando nossa profissão será valorizada?

Pretendo responder boa parte deste questionamento. O valor de algo é dado pelo mercado. Quan-to mais rara e singular uma mer-cadoria, maior é seu valor. Quan-to maior for o benefício que esta mercadoria nos traz, maior o seu valor. Ela vira objeto de desejo. Sua posse denota uma grande e eleva-da condição social e econômica.

Assim, pretendo dizer que no decorrer dos últimos anos, o nú-mero de Cirurgiões-Dentistas alo-jados nas cidades e estados mais desenvolvidos cresceu de forma mais rápida que a capacidade de absorção e consumo do mercado.

O Cirurgião-Dentista comum tornou-se um profissional abun-dante e disponível, pela mais sim-ples das leis de mercado, a lei da oferta e da procura; há mais ofer-ta dos serviços profissionais que procura por eles. Logo, o preço médio dos procedimentos caiu.

Tal qual um dono de super-mercado que dispõe de uma mer-cadoria de forma abundante, foi feita uma liquidação. No nosso caso, uma liquidação de preços. Outro fator: o curso de Odon-tologia somente nos ensina os conhecimentos específicos, ine-rentes a nossa profissão. Assim, se insatisfeito, o profissional que abandonar a profissão perderá tudo. O tempo de estudo e todos os investimentos feitos. Isso se

Quando nossa profissão será valorizada?chama “Elevado Custo de Saída”.

Nesse termo reside a explica-ção do por que muitos insatisfeitos relutam em abandonar a profissão, seguem insatisfeitos e acabam (para obter um número maior de pacien-tes) trabalhando por preço vil e re-alizando procedimentos de caráter clínico e científico deficiente.

Outros, por não entenderem esta situação e acharem que o problema é pessoal, jogam-se em qualquer tipo de curso, seja de aperfeiçoamento, especialização ou até mesmo mestrados, acredi-tando que ao se qualificarem pas-sarão da noite para o dia a ter um número grande de pacientes e tra-balhos para realizar. Retornando a questão inicial, o problema não é somente pessoal, é acima de tudo institucional. Ou seja, o mercado não apresenta capacidade para absorver todos os profissionais que surgem a cada final de ano.

O que fazer, então? Como levará ainda algum tempo para que os estudantes percebam e saibam desta situação e o número de candidatos aos vestibulares de Odontologia diminua, a nós só nos resta sobreviver. E como faremos? Sugiro algumas alternativas:

•  Uma  delas  seria  trabalhar no serviço público como Cirurgião-Dentista concursado. O rendimento é limitado, mas certo, com direito a férias e 13º Salário, mais benefícios. Em alguns concursos há, inclusive, um bom salário inicial;

•  Outra  opção  poderia  ser a carreira docente, que também tem todos estes predicados aliada à possibilidade de uma grande

formação profissional sem o investimento ser pessoal (via bolsa);

•  Para  os  que  não  aceitarem estas duas alternativas, somente restará trabalhar para alguma clí-nica, na maioria das vezes, como comissionado ou ter seu consultó-rio ou clínica própria. Para estes, o céu ou o inferno é o limite. O Ci-rurgião-Dentista que trabalha em alguma clínica na modalidade de comissionado, atua por longos pe-ríodos, atende um número elevado de pacientes, muitas vezes não tem vínculo empregatício, muito menos benefícios, mas se a clínica tiver um número grande de pacientes pode ter um rendimento interessante.

O Cirurgião-Dentista, dono de consultório ou clínica, é sim um pequeno empresário. Logo, sabe de antemão que os louros ou riscos são todos seus. Não tem 13º Salário, férias remuneradas, descanso semanal e outros bene-fícios, mas tem o livre arbítrio e a chance de lucrar mais.

Todos que hoje se encon-tram nesta condição gostariam de aumentar seu número de pacientes ou poder escolher me-lhor para quem trabalhar (toda a regra tem exceções), mas, verda-deiramente, todos gostariam de poder ganhar mais.

Inicia-se, então, o maior pro-blema deste segmento: nosso limi-tado ou inexistente conhecimento na área administrativa. Achamos que só ser Cirurgião-Dentista é mais que suficiente. Achamos que só trabalhando bem acabaremos tendo os pacientes que desejamos. Pensamos que usando as melho-res siliconas e adesivos teremos muitos, mas muitos pacientes. E isso não é mais uma verdade ab-soluta. Efetivamente, trabalhar bem ajuda, mas só isso não é mais

suficiente, porque já existem inú-meros profissionais que trabalham bem. Então, o que fazer?

Em todas as profissões e em todos os lugares sempre existe al-guém que realiza tarefas triviais e ganha muito dinheiro. Então, se isso não acontece conosco, o problema não é da profissão e sim nosso. Ou não é verdade que todas as manhãs um elevado número de pessoas acorda com dor de dente, ou ao lavar a boca derruba e quebra a dentadura, ou mesmo decimenta aquela velha coroa? Se este paciente não che-ga ao meu consultório e procura o colega ao lado, o problema não é da profissão, é meu, é nosso.

Aliado aos inúmeros cursos específicos, devemos iniciar nos-sa formação gerencial. Devemos aprender tal qual um empresário a vender nosso produto, que nada mais é que nossa capacidade pro-fissional e nossa imagem. Tal qual o empresário que ao aumentar sua linha de produção amplia sua equi-pe de vendas, nós, Cirurgiões-Den-tistas, devemos abandonar a zona de conforto e aprender a prospec-tar pacientes. Devemos trabalhar

usando metas e objetivos, devemos aprender a usar a depreciação a nosso favor e não somente como ônus do envelhecimento de nossos equipamentos, devemos aprender e entender a relação custo-benefí-cio e só adquirir um novo equipa-mento ou inserir uma nova técnica se isso nos trouxer mais pacientes e aumentar nosso lucro.

Devemos aprender marke-ting, entender de propaganda e saber diferenciá-la da publicidade. Tudo isso são noções básicas para um empreendedor. Mas, funda-mentalmente, devemos saber que muito do sucesso ou do fracasso profissional, particularmente na área da saúde, também advém da imagem que nossos pacientes e a comunidade têm a nosso respeito. Uma Mercedes suja e embarrada perde todo o glamour e, muitas vezes, passa despercebida perante um carro Pálio lustro e lavado.

Um profissional liberal na área da saúde deve saber traba-lhar a sua imagem e ser visto para ser lembrado. Eu acredito nis-so, estou estudando e tentando aprender a gerenciar minha em-presa. Espero que muitos tenham aprendido e entendido isso antes de mim e para os que não sabem, fica o alerta. Mas não culpem a profissão; a Odontologia não tem culpa de nada disso.

// Coluna organizada por Victor Clavijo //// Entrevistado: Ricardo Righesso.

Formado pela Universidade Fede-

ral do Rio Grande do Sul, em 1981

possui especialização em Periodontia

pela mesma instituição. É pós-gradu-

ado no tratamento de Casos Avan-

çados pela Universidade de Lund

(Suécia) e Membro da Sociedade

Brasileira de Odontologia Estética //

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Notícias da ABCDAssociação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas [email protected]

Entidades nacionais odontológicas intensificam trabalho na CNCC// Fotos Michele Calazans

(CFO e FNO) //

A Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos (CNCC) esteve reunida, no dia 15 de junho, em Brasília, com membros da diretoria da Odon-toprev e do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog) para construir uma agenda positiva com foco na melhoria do diálogo e da re-lação entre operadoras de pla-nos de saúde, os prestadores de serviços (Cirurgiões-Dentistas) e os usuários. O objetivo da CNCC é garantir melhores condições de trabalho para o Cirurgião--Dentista e, principalmen-te, qualidade no atendimento odontológico ao usuário.

Com base nas principais necessidades apresentadas pe-las entidades nacionais odon-tológicas que compõem a CNCC (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas, Associa-ção Brasileira de Odontologia, Conselho Federal de Odonto-logia, Federação Interestadual dos Odontologistas e Federação Nacional dos Odontologistas), o presidente da Odontoprev, Ran-dal Zanetti, se comprometeu em atender as prioridades apresen-tadas, em curto e médio prazo, referente às reivindicações da classe odontológica acerca da Odontoprev, enquanto membro principal da Rede Unna.

Nesse primeiro momento, a CNCC agendou novo encontro com o presidente da Odonto-prev – operadora de saúde que detém 35% do mercado -, no dia 26 de junho, na sede da APCD, em São Paulo, para dis-cutir inicialmente o estudo da melhoria da base de remunera-ção dos prestadores de serviço (os Cirurgiões-Dentistas), além de esclarecer os procedimentos executados pela Odontoprev.

Em médio prazo, a empresa aceitou a proposta da CNCC de pautar o levantamento e a revisão dos contratos

ABCD presente no VIII CONFIO

// Foto CRO-SE //

Silvio Cecchetto, presiden-te da ABCD, esteve presente no VIII CONFIO – Congresso da Federação Interestadual dos Odontologistas –, que ocorreu de 31 de maio a 1° de junho, em Aracaju (SE).

O evento reuniu represen-

tantes da Odontologia nacional e teve como temas em discus-são o financiamento e modelo de gestão do SUS, os desafios do movimento sindical brasi-leiro no século XXI, os avanços tecnológicos e o mercado de trabalho, a saúde suplementar e a influência da crise econô-mica nas políticas de saúde.

efetivados entre operadoras de planos de saúde e usuários e, por fim, analisar o fluxo dos processos administrativos entre as operadoras e prestadores de serviço. “Juntamente com as entidades que compõem a CNCC, iremos desenvolver um trabalho que proporcione um ponto de equilíbrio entre as operadoras, os Cirurgiões-Dentistas e os usuários”, completou Zanetti.

No período da tarde, a CNCC esteve reunida com re-presentantes do Sinog. Foi constituída uma comissão de trabalho direcionada para es-tabelecer melhor relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço. Além disso, foi pautado para o dia 25 de julho a primeira reunião de trabalho da Comissão Mista CNCC/Sinog para avaliar ques-tões que geram insatisfação junto aos profissionais da área odontológica, ligadas à audi-toria e perícia, e à Resolução n° 102, de 2010, do CFO, que trata sobre a radiografia ad-ministrativa, que não possui fins terapêuticos.

O trabalho da CNCC tam-bém está direcionado para o fortalecimento e a implanta-ção da Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimen-tos Odontológicos (CBHPO) pelas operadoras de planos de saúde. Prova dessa atuação foi o encontro realizado pela CNCC, em 14 de junho, dia an-terior à reunião com a Odon-toprev e o Sinog, para estrutu-rar a discussão.

Participaram das reuni-ões Silvio Cecchetto (ABCD) e Wilson Chediek (ABCD); Nádia Maria Fava (ABO); Eduardo Carlos Gomide (FIO); José Car-rijo Brom (FIO); José Ferreira Campos (FIO); Ernani Bezer-ra da Silva (FNO); Fernando Gueiros (FNO); Randal Zanetti (Odontoprev); Marcos Costa (Odontoprev); Geraldo Almei-da Lima (Sinog) e Dagoberto Lima (Sinog).

Fonte: Imprensa CFO

Abertura oficial do VIII Confio, em Aracaju

Membros da CNCC se reuniram em Brasília para construir uma agenda positiva que melhore a relação entre operadoras de planos de saúde, Cirurgiões-Dentistas e usuários

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Fique por dentro da APCDShow de humor

Rafael Cortez, do CQC, se apresenta no Teatro da APCD em 20 de julho// Página 31 //

Cdel Comitê Deliberativo faz reunião

ordinária na APCD Central// Página 32 //

CIOSP 2013 Confira as novidades da grade científica

programadas para esta edição do evento// Página 33 //

// Texto e fotos Bruna Oliveira //

Amizade, descontração, diversão e muita alegria. Foi nesse clima que ocorreu a Festa Junina da APCD, realizada em 23 de junho, na sede da entidade. Tradicional e sempre muito aguardada pelos associados, a edição deste ano da Festa Junina reuniu 1.500 pessoas que desfrutaram de muitas guloseimas típicas ju-ninas: vinho quente, quentão, milho, caldos, doces, pastéis, cachorro-quente etc., além de brincadeiras que fizeram a alegria da criança-da: pesca, boca do palhaço e pula-pula.

Mais uma vez, as Regionais da APCD deram um show de criatividade e animação com a montagem de barracas lindas e cheias de comidas deliciosas. Participaram da Festa Junina 2012 as Regionais Butantã, Cambuci, Casa Verde, Ipiranga, Jardim Paulista, Lapa, Penha, Pinheiros, Pirituba/Perus, Santana, São Miguel Paulista, Saúde, Santo Amaro, Tatuapé, Tucuruvi, Vila Maria, Vila Mariana, Vila Prudente e Guarulhos. “A tradicional Festa Junina da APCD conta com a colabo-ração de todas as Regionais da capital, e a participação da Regional Guarulhos. É uma festa para que todos os associados possam participar, e as Regionais estão se engajando cada vez mais para proporcionar uma grande e bela festa. É uma forma de compartilhar-mos momentos agradáveis”, disse o 1° vice--presidente da APCD, Juscelino Kojima.

Também houve a colaboração do Conse-lho Nova Geração (Conoge) e a participação da Casa da Esperança Kibô-No-lê (entidade que presta assistência ao deficiente mental--físico), que ajudou bastante na organização da festa, e já é parceira da APCD em alguns

Festa Junina da APCD reúne 1.500 pessoas

eventos sociais. Inclusive, as Regionais Bu-tantã, Jardim Paulista, Santo Amaro e Saúde doaram a renda de suas barracas para esta instituição. A Regional Guarulhos beneficiará as instituições Fraterno Auxílio Cristão, Socie-dade de Amparo ao Próximo Paz e Amor, Azi-lo São Vicente de Paulo, Centro do Idoso São Geraldo e GAPC - Grupo de Apoio à Pessoa com Câncer com a renda de sua barraca.

A festa foi embalada por músicas to-cadas e cantadas por violeiros da Banda do Wagner Freire, que também animou a galera ao puxar a divertida quadrilha, com direito a casamento caipira. A banda fez uma home-nagem para a APCD e aos 100 anos de Luiz Gonzaga, e tocou muito forró e xotes. Antes da quadrilha, os participantes foram surpre-endidos com uma linda queima de fogos que iluminou o céu por mais de dez minutos.

Assim como ocorre em todas as Festas Juninas da APCD, a barraca melhor decorada é premiada. A votação é feita aleatoriamente pelo público presente na festa. Este ano, a Barraca do Milho, da Regional Guarulhos, fa-turou o 1° lugar. Em 2° lugar, ficou a Barraca dos Caldos, da Regional Santana, e em 3°, a Barraca do Pastel e do Lanche de Pernil, da Regional São Miguel Paulista.

Também foram premiadas as pessoas que estavam melhor caracterizadas. O ho-mem vencedor foi Ricardo José Valente Le-

mos; na categoria feminina Maria Janice; e as crianças mais bem caracterizadas foram Sofia Lara Freitas e Rafael Del Vachi.

Houve, ainda, sorteio de ingressos corte-sia para as peças em cartaz no Teatro APCD (“O Filho da Mãe” e o musical infantil “João Pedro e o louco mundo da Dona Boca”) e de duas diárias para o Grande Hotel Panorama, em Águas de Lindóia (SP), oferecidas pelo Departamento de Turismo da APCD. “A gente sempre se dedica bastante para este evento. É muito bom poder ajudar a APCD, ver todo mundo feliz, as barracas concorrendo entre si... Esse clima de festa, de união da APCD é muito gratificante para todos nós, da Comis-são Social”, finaliza Claudia Teizen, diretora do Departamento Social da APCD.

Associados, familiares, amigos e convidados se divertiram com barracas, comidas e músicas típicas, além de uma animada quadrilha e uma surpreendente queima de fogos

“Noivos” da quadrilha

Quadrilha

Diretoria da APCD

As pessoas mais bem caracterizadas ganharam prêmios

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Julho 2012 // APCD Jornal 29

Confira mais fotos da festa no site da APCD (www.apcd.org.br) no link Social.

FLASHES DA FESTA

Quadrilha

Quadrilha

Barraca das Regionais Pinheiros e Tucuruvi

A tradicional fogueira também não pôde faltar

Barraca das Regionais Penha e Vila Prudente

Barraca das Regionais Butantã, Jardim Paulista e Santo Amaro

Barraca considerada pelo público como a mais bem decorada foi a da Regional Guarulhos

Barraca das Regionais Ipiranga, Lapa e Tatuapé

A criançada se divertiu com a brincadeira da pesca

Barraca da Regional São Miguel Paulista

Barraca da Regional Santana

Barraca da Regional Saúde

Barraca do Conselho Nova Geração com a Regional Vila Mariana

Grupo musical animou a festa com músicas tradicionais e típicas juninas

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APCD Jornal // Julho 201230

Comitê das EAPs realiza reunião ordinária na sede da APCD

Confira a palestra progra-mada pelo Conselho Científico da APCD para o mês de julho. Programe-se e participe!

Departamento de ImplantodontiaTema: “Manipulação de tecidos periimplantares - Abordagem Clínica e Terapêutica dos Ameloblastomas e Tumores Odontogênicos Queratocísticos”Ministrador: Eduardo SampaioData: 24/07/2012Horário: 20hLocal: APCD Central

COCI

// Fotos Mariana Pantano //

O Comitê das Escolas de Aperfeiçoamento Profissional (Ceaps) esteve reunido nas de-pendências da APCD Central, em 16 de junho. Nessa oportunidade, diretores das EAPs e dos Depar-tamentos Científicos discutiram vários aspectos com relação à condução das escolas das Regio-nais da APCD, especialmente, do-cumentações clínicas, contratos e legislações e, também, sobre áre-

as jurídicas e fiscais. Um assunto recorrente nas

reuniões do Ceaps são os contra-tos utilizados para garantir se-gurança aos alunos e os respon-sáveis pelos cursos, sendo eles presidentes, diretores, profes-sores e assistentes. Em contra-partida, os pacientes atendidos dentro das entidades também se sentem seguros, pois em toda a documentação clínica e nos contratos estão relacionados o plano de tratamento, as etapas

a serem percorridas, bem como a previsão de gastos com profis-sionais terceirizados, por exem-plo, protéticos.

Nessa tônica, há um con-trato “dinâmico”, pois depen-dendo da necessidade observa-da serão feitas as adequações cabíveis, sempre com o auxílio do Departamento Jurídico da APCD Central. Portanto, é im-portante reforçar a solicitação aos diretores, professores e res-ponsáveis de que preencham

corretamente as documenta-ções e colham as assinaturas dos pacientes nas fichas clíni-cas no momento do término de cada consulta. Outras orienta-ções abordadas dizem respeito às adequações necessárias e urgentes com relação aos cur-sos de Implantes, Ortodontia, Prótese etc., ministrados em clínicas das Regionais.

Ainda falando dos cursos, e em particular os de especia-lização, é importante frisar aos alunos nas propagandas e no contrato específico que o curso de especialização tem um cará-ter profissional, ou seja, para que o aluno possa fazer uso em sua profissão. É errônea a utiliza-ção na nomenclatura do termo ‘Especialização Acadêmica’, pois refere-se à vida acadêmica, que consta nos certificados de Mes-trado e Doutorado, com os quais

o colega pretende seguir sua carreira ministrando aulas em universidades, faculdades, ou em cursos de pós-graduação.

Os certificados emitidos seguem uma legislação especí-fica. Para o profissional que os for utilizar na sua clínica diária, podem ser usadas as regulamen-tações do CFO ou do MEC, pois têm os mesmos objetivos e os mesmos conteúdos programáti-cos, portanto, a mesma equiva-lência, independentemente do local em que será realizado o curso de especialização.

Foi comentada a disponi-bilidade pela APCD Central do tomógrafo que está instalado em uma van para utilização nas Regionais com pré-agendamen-to. Dessa forma, as Regionais poderão organizar os pacientes que necessitem desse serviço em um único dia e, assim, re-

alizar os exames por um valor menor para os pacientes. Existe uma despesa de transporte que caberá à Regional arcá-la. Este é mais um benefício oferecido pela atual gestão da diretoria da APCD. O nosso agradecimen-to ao Adriano Albano Forghie-ri, presidente da entidade, por todo empenho e auxílio que tem dispensado a este Comitê.

Exames laboratoriais tam-bém podem ser enviados à APCD Central com um custo menor e, dependendo da localização, os resultados podem ser obtidos em até 48 horas.

Entre outros tópicos, foi comentado o sucesso das con-ferências do Ceaps com a parti-cipação dos professores de nos-sas Regionais durante o último CIOSP. Com salas lotadas, muitos colegas puderam assistir a temas e técnicas atuais.

Em nome de todos que compõem o Ceaps, nosso agra-decimento ao presidente da APCD, Adriano Albano For-ghieri; ao 2° vice-presidente da APCD, Wilson Chediek; ao pre-sidente do CIOSP 2013, Reinal-do Brito e Dias; pela presença em nossa reunião, bem como aos assessores jurídicos, André Depari, Jussara Yanaê e Julia-na Maggiom Belim, e ao Adol-fo Godoy de Vasconcelos Neto, contador da APCD.

// Por Liris Silmar Jacintho Pereira

Presidente do Ceaps //

CEAPS

Liris Pereira, presidente do Ceaps, abre reunião

Adriano Forghieri, presidente da APCD, fala sobre os investimentos realizados na EAP da APCD Central

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Julho 2012 // APCD Jornal 31

TEATRO APCD

// Texto Bruna Oliveira //

O Teatro APCD irá ser palco da 100ª apresentação do show de

humor de Rafael Cortez, repórter do programa CQC – Custe o Que Custar, veiculado na TV Bandeirantes. No dia 20 de julho, às 21h30, em uma única apresentação, ele mostrará o show de humor “De tudo um pouco”.

“De tudo um pouco” estreou em 2009, com um formato totalmente diferente do que é apresentado hoje. A produção em Maceió foi a primei-ra de muitas em que o espetáculo foi tomando uma linha, mas sem nunca ter um texto fechado. Até hoje o ar-tista incorpora novas linguagens e ideias ao roteiro de cada apresenta-ção, que é decidido poucos minutos antes de Rafael subir ao palco.

O título do espetáculo tem a ver

Rafael Cortez comemora 100 apresentações do seu show de humor no Teatro APCD

// Texto Bruna Oliveira //

// Foto Mariana Pantano //

Em 09 de junho, o Teatro APCD estreou o musical infantil “João Pe-dro e o louco mundo da Dona Boca”. Voltado para as crianças, o espetáculo ensina de maneira criati-va e divertida os cuidados com a saúde bucal.

Segundo Toni Bradão, autor do texto do musical e de vários textos e livros infanto-juvenis, o objeti-vo é fazer com a criança reflita e pense sobre o as-sunto de uma maneira di-

Teatro APCD estreia musical infantil

vertida, através da mágica do teatro. Para Eduardo Martini, ator e diretor do musical, o texto consegue transmitir para a criança a importância da higiene bucal de forma lúdica. “O musical não trata apenas da saúde bucal, mas tam-bém fala de amizade, de otimismo, de superação. Não há lugar melhor para fazer esse tipo de abor-dagem do que no Teatro APCD, a casa do Cirur-gião-Dentista!”, destaca.

O musical está em car-taz até 29 de julho, aos sá-bados e domingos, às 16h.

com a personalidade multifacetada de Cortez que, além de ator, também é jornalista, produtor e músico. No palco, ele interage com o público, improvisa, conta histórias e toca músicas, explo-rando diversas possibilidades cômicas.

“De tudo um pouco” já passou por várias cidades brasileiras, como Maceió, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Natal, Goiânia, Brasília, Vitó-ria, Campo Grande, Cuiabá, Santos, Campinas, Ribeirão Preto, Sinop, Vi-tória da Conquista, Juiz de Fora, en-tre muitas outras, e agora volta a São Paulo, no Teatro APCD.

Ingressos: R$ 60,00 - Inteira, R$ 30,00 - Meia entrada, R$ 25,00 - Associados da APCD/ABCD. Mais informações, entre em contato com o Departamento Cultural/Social da APCD pelo telefone (11) 2223-2474, falar com Juliana.

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APCD Jornal // Julho 201232

Realizacão:Apoio:

Fui convidado para apresentar a

proposta científica do CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD e tenho que confessar

uma coisa: fiquei de queixo caído!

De uma forma inovadora, as Especialidades

Odontológicas foram agrupadas em MÓDULOS.

O congressista poderá eleger um ou mais módulos para

participar, vai depender da sua ESPECIALIDADE

EM FOCO.

Será uma verdadeira imersão no que está rolando em cada

especialidade, com acesso às principais novidades e presença de ministradores conceituados e

experientes de cada área que, inclusive, irão responder na

prática, através de uma atividade inédita, a uma pergunta básica:

COMO EU FAÇO?

Ainda poderemos conferir AO VIVO

procedimentos relacionados à nossa especialidade

com foco nas inovações científicas e tecnológicas.

E, para completar, ainda haverá uma Grade INTERDISCIPLINAR, que

mostrará a integração entre os MÓDULOS e como devemos relacionar as especialidades para alcançar um resultado

cada vez mais preciso, eficaz e satisfatório para

o nosso paciente.

Fim.

Será um evento científico imperdível, de reciclagem profissional

e contato com os principais nomes da

odontologia brasileira e mundial!

Não é demais?

Confira todos os módulos!

Eu não vejo a hora de conhecer os temas das atividades e os

nomes dos ministradores confirmados!

Olá, eu sou o Dr. Pedro Dias. Assim como vocês, sempre

participo do Congressão da APCD e fico muito ansioso a espera do

próximo evento.

Nos encontramos lá, hein! Tchau e até

a próxima!

Em breve, eu volto com mais novidades, mas eu não podia deixar de contar aquilo que eu já sabia para vocês. Inclusive,

as atividades serão realizadas em novo horário: das 10h às 18h,

com intervalo para almoço.

CDEL

// Texto e foto Bruna Oliveira //

O Comitê Deliberativo da APCD (Cdel) se reuniu no úl-

timo dia 23 de junho, totalizando um quórum de quase 90% de seus membros. O presidente do Cdel, Ueide Fernando Fontana, abriu a reunião dando as boas-vindas a todos os conselheiros e, em segui-da, passou a palavra para o presi-dente da APCD, Adriano Forghieri. Ele comentou as últimas ações da diretoria, entre as quais as mu-danças na organização do CIOSP (especialmente na parte científica) e a criação dos Comitês de Audi-toria e TI, que darão todo suporte necessário para o bom andamento dos trabalhos da entidade na área de captação de recursos, contábil e gerenciamento de dados.

Com relação à preocupação de alguns conselheiros sobre o convênio firmado entre a Escola de Aperfeiço-amento Profissional da APCD (EAP) e a instituição de ensino superior Unic-sul, Adriano e Artur Cerri, diretor da EAP, esclareceram que, hoje, a escola não é mais deficitária e possui 63 cur-sos de especialização em andamento, com mais de 800 alunos inscritos.

Comitê Deliberativo se reúne na APCD CentralConselheiros discutiram assuntos administrativos e institucionais da entidade

Após a palavra da presidência, Ueide abriu espaço para discussão e aprovação da ata anterior, leitura resumida da correspondência expe-dida e recebida e outras comunica-ções da mesa diretora. Na ordem do dia, a questão da publicação dos balanços no APCD Jornal, trazida à tona novamente pelo conselheiro Carlos Alberto Martini Bobbio, foi discutida mais uma vez pelo Comi-tê. Por unanimidade, o Cdel acor-dou a manutenção de uma decisão tomada anteriormente por este mesmo Comitê de que a publicação dos balancetes mensais será feita apenas no site da APCD, em área de acesso exclusivo e restrito para as-sociados, e os balanços finais anuais no veículo impresso da entidade.

Outro assunto da ordem do dia foi o APCD Resort, que está sendo construído em Avaré. Renato José Berro e José Henrique França Sarto-ri, membros da Comissão de Cons-trução do empreendimento, fizeram uma apresentação detalhada sobre as etapas das obras realizadas até hoje, bem como de todos os investi-mentos empregados na construção e, ainda, ressaltaram a importância da divulgação e da colaboração de

mais colegas associados para que todo este processo seja acelerado. “A obra está indo muito bem. Estamos trabalhando para finalizar o prédio do restaurante e do primeiro bloco de apartamentos, mas precisamos da colaboração mensal de mais as-sociados para que as obras andem mais rápido. Desde 2007, existe uma estrutura para receber visitantes que queiram passar um dia no local. Em breve, todos terão uma grata surpresa com o APCD Resort porque ainda há um grupo de associados

que trabalha e acredita neste proje-to”, destacou Berro.

Novas discussões acerca da cria-ção de um grupo de Relação Política Institucional da APCD encerraram a reunião. A missão deste grupo será estreitar o relacionamento da asso-ciação com instituições governa-mentais e parlamentares da Câmara Federal e Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com o objeti-vo de defender interesses da classe e colaborar na elaboração de propos-tas de políticas públicas de saúde.

À APCD, sedimentada essa missão, oferecer as experiências e resultados obtidos para outras entidades repre-sentantes da Odontologia no Bra-sil. “A APCD está no caminho certo para alcançar seus objetivos e voltar ao lugar de destaque no cenário da Odontologia paulista e brasileira e, com isto, fortalecer cada vez mais a nossa classe. Para isso, o Conselho Deliberativo estará sempre acompa-nhando de perto essa empreitada”, finalizou o presidente do Cdel, Ueide Fernando Fontana.

INFORME DA DIRETORIA

O SOESP (Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo) está enviando para os Ci-rurgiões-Dentistas uma cobrança da Contribuição Sindical refe-rente aos últimos cinco anos. No entanto, alertamos aos colegas que antes de tomarem qualquer atitude certifiquem-se de que a sua cidade pertence ao referido sindicato. Isto porque, há mais de vinte anos, existem sindicatos le-

Comunicado sobre Contribuição Sindical

galmente reconhecidos pelo Mi-nistério do Trabalho e Emprego com sede em Araraquara, Cam-pinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, Santo André, São José do Rio Preto e Taubaté, atuantes e legítimos representantes da cate-goria odontológica nas suas res-pectivas bases territoriais.

Ou seja, além do SOESP, existem outros sindicatos no Estado de São Paulo, portanto,

é preciso verificar se o colega exerce sua atividade profissional na base territorial pertencente ao SOESP. Orientamos, também, os colegas que tiverem quais-quer dúvidas a respeito deste assunto para consultar a APCD Central ou a Regional da APCD a que pertence.

Confira os respectivos sin-dicatos de Odontologia existen-tes no Estado de São Paulo:

SINDICATOS DOS ODONTOLOGISTAS FILIADOS À FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ODONTOLOGISTAS (FNO) NO ESTADO DE SÃO PAULO

1) Sindicato dos Odontologistas de Araraquara e Região (SOAR) (Chamado anteriormente de Sindicato dos Odontologistas da Região Centro Nordeste do Estado de São Paulo – SORCNESP passou a se chamar SOAR)Abrangência: Intermunicipal

2) Sindicato dos Odontologistas de Piracicaba e RegiãoAbrangência: Intermunicipal

3) Sindicato dos Odontologistas de Ribeirão PretoAbrangência: Municipal

4) Sindicato dos Odontologistas da Região de

São José do Rio PretoAbrangência: Intermunicipal

5) Sindicato dos Odontologistas de TaubatéAbrangência: Intermunicipal

6) Sindicato dos Odontologistas da Região de CampinasAbrangência: Intermunicipal

7) Sindicato dos Odontologistas da Região do ABCAbrangência: Intermunicipal

8) Sindicato dos Odontologistas de SantosAbrangência: Intermunicipal

Membros do Cdel presentes na reunião

Page 33: Julho de 2012 Ano 47 - N° 663

Realizacão:Apoio:

Fui convidado para apresentar a

proposta científica do CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD e tenho que confessar

uma coisa: fiquei de queixo caído!

De uma forma inovadora, as Especialidades

Odontológicas foram agrupadas em MÓDULOS.

O congressista poderá eleger um ou mais módulos para

participar, vai depender da sua ESPECIALIDADE

EM FOCO.

Será uma verdadeira imersão no que está rolando em cada

especialidade, com acesso às principais novidades e presença de ministradores conceituados e

experientes de cada área que, inclusive, irão responder na

prática, através de uma atividade inédita, a uma pergunta básica:

COMO EU FAÇO?

Ainda poderemos conferir AO VIVO

procedimentos relacionados à nossa especialidade

com foco nas inovações científicas e tecnológicas.

E, para completar, ainda haverá uma Grade INTERDISCIPLINAR, que

mostrará a integração entre os MÓDULOS e como devemos relacionar as especialidades para alcançar um resultado

cada vez mais preciso, eficaz e satisfatório para

o nosso paciente.

Fim.

Será um evento científico imperdível, de reciclagem profissional

e contato com os principais nomes da

odontologia brasileira e mundial!

Não é demais?

Confira todos os módulos!

Eu não vejo a hora de conhecer os temas das atividades e os

nomes dos ministradores confirmados!

Olá, eu sou o Dr. Pedro Dias. Assim como vocês, sempre

participo do Congressão da APCD e fico muito ansioso a espera do

próximo evento.

Nos encontramos lá, hein! Tchau e até

a próxima!

Em breve, eu volto com mais novidades, mas eu não podia deixar de contar aquilo que eu já sabia para vocês. Inclusive,

as atividades serão realizadas em novo horário: das 10h às 18h,

com intervalo para almoço.

Page 34: Julho de 2012 Ano 47 - N° 663

APCD Jornal // Julho 201234

Notícias da EAPArtur Cerri Diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD [email protected]

TwITTER DA EAPSiga a EAP APCD pelo twitter @eapapcd. Fale conosco!

GAZETA DA ZONA NORTE NA EAPEm 25 de maio, a APCD recebeu a visita da equipe de jornalismo do jornal Gazeta da Zona Norte para uma matéria sobre a EAP divulgada na edição de junho do jornal. A Gazeta da Zona Norte é lida por mais de 500 mil pessoas e tem uma tiragem de 57 mil exemplares.

FóRUM BRASILEIRO DE ENDODONTIAFoi realizado de 24 a 26 de maio, o 2º Fórum Brasileiro de Endo-dontia (FBE), coordenado pelo professor Ruy Hizatugu. Na opor-tunidade, foi feito o lançamento do livro do FBE.

Artur Cerri, diretor da EAP, e a jornalista Camila Alvarenga, da Gazeta da Zona Norte, na APCD

Artur Cerri e Ruy Hizatugu

COMPARE OS PREÇOSAntes de fazer sua inscrição para um determinado curso compare os preços e a infraestrutura do local onde pretende estudar. EAP - 57 anos de tradição e competência!

CURSO INTERNACIONAL NA EAPEm 23 de maio, a APCD e a EAP ofereceram aos alunos um curso internacional sobre Implanto-dontia, ministrado por Miguel Angel Coz, da Universidade de San Martin, Lima - Peru. O tema abordado foi “Estética gengival em reabilitação implantos-suportadas”. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer novas técnicas rela-cionadas à estética envolvendo os implantes.

CURSOS GRATUITOSConfira em nossa programação os cursos gratuitos oferecidos pela EAP aos sábados. Inscrições pelo telefone (11) 2223-2307 ou pelo e-mail [email protected]

PROGRAMAÇÃO PARA O 2° SEMESTREFaça sua programação para os cursos da EAP referentes ao 2º se-mestre deste ano. Consulte nosso site (www.apcd.org.br/eap).

LABORATóRIO PLíNIO SANTOSUtilize os serviços de anatomia patológica oferecidos pelo Labo-ratório Plínio Santos em parceria com a EAP. Preços especiais aos associados. Informações pelo te-lefone (11) 5572-1100.

REVISTA DA APCDÉ inegável a melhoria da qua-lidade da Revista da APCD no tocante aos artigos e entrevistas. Parabéns ao Marcelo Bönecker, diretor da Revista, e toda sua equipe de trabalho.

CENTRO DE DIAGNóSTICO BUCAL DA EAP (CDBE)Tem aumentado cada vez mais a procura pelo Centro de Diagnós-tico Bucal da EAP. Os resultados das biópsias convencionais são emitidos em menos de 72 horas pelo Laboratório Plínio Santos.

AGENDA ON-LINEAtravés de parceria realizada com a Dentalis Software, a APCD dis-ponibiliza aos interessados uma agenda on-line gratuita. Basta entrar no site da APCD (www.apcd.org.br), clicar no banner com o link para a Dentalis e se-guir os procedimentos.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERIODONTIANovos alunos do curso de Espe-cialização em Periodontia da EAP, coordenado pelo professor Luiz Fernando Bellasalma.

REUNIÃO CEAPSFoi realizada no ultimo dia 16 de junho a reunião das EAPs, na APCD Central. Entre diver-sos assuntos, foi abordado a unificação de procedimentos entre as EAPs.

COMISSÃO DE ENSINO DA EAPAtravés de Portaria 01/EAP/2012 foi nomeada a Comissão de Ensino da EAP conforme determina o Estatu-to Geral da EAP, assim constituída: Artur Cerri, presidente, e Mauricio Chebat, Denise Tibério, Sandra Kalil Bussadori, Hid Miguel Junior e An-dré Rodriguez (membros).

FINALMENTE!Entre julho e agosto, faremos a troca de todos os equipos das clí-nicas da EAP conforme anunciado.

CENTRO DE DIAGNóSTICO POR IMAGEMContinua à disposição das EAPs o Centro de Diagnóstico por Ima-gem da EAP. Os interessados de-vem marcar horário pelo telefone (11) 2223 2422/2419.

CDBE

Reunião do Ceaps

Page 35: Julho de 2012 Ano 47 - N° 663

Confira os próximos cursos que a EAP APCD preparou para você!

57 anos dedicados à Odontologia em ensino continuado de qualidade

INSCRIÇÃO MAIS FÁCIL:As inscrições para os cursos da EAP poderão ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones:

11 2223-2307 / 2407 @eapapcd

www.apcd.org.br/eap

Confira os próximos cursos que a EAP APCD preparou para você!

57 anos dedicados à Odontologia em ensino continuado de qualidade

INSCRIÇÃO MAIS FÁCIL:As inscrições para os cursos da EAP poderão ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones:

11 2223-2307 / 2407 @eapapcd

www.apcd.org.br/eap

PróteseTPL/76A15 – Prótese Fixa Estética Ministradores: Aônio Genícolo Vieira e José Custódio Feres VieiraInício: 08/08/2012 Término: 28/11/2012Realização: quartas-feiras – semanal – das 18h às 22hTaxa de matrícula: R$ 110,00 Investimento Efetivo: 4X de R$ 220,00Taxa de matrícula: R$ 55,00 Investimento: Recém-formado e Melhor idade – 4X de R$ 110,[email protected]

TPC/61A15 – Prótese sobre Implante Ministradores: Jarbas Eduardo Martins, Eliane Maria Gabriel Braga e equipeInício: 14/08/2012 Término: 26/03/2013Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 210,00. Investimento efetivos: 7X de R$ 420,00 Taxa de matrícula: R$ 105,00. Investimento: recém-formado e melhor idade – 7X de R$ 210,[email protected]

ImplanteTPC/62A15 – Implantodontia para o clínico geral Ministrador: Mauricio Teixeira Duarte e equipeInício: 17/08/2012Término: 14/12/2012Realização: sextas-feiras – semanal – das 14h às 22hCarga horária: 160 horas/aulaTaxa de matrícula: R$ 200,00. Investimento efetivo: 5X de R$ 400,00 Taxa de matrícula: R$ 100,00 Investimento recém: formado e melhor idade – 5X de R$ 200,00 [email protected]

TPC/72A14 – Curso Clínico Cirúrgico de Implantodontia Ministradores: Hid Miguel Junior, Mauricio Chebat e Shindi NakajimaO curso será eminentemente clínico cirúrgico.Início: 05/07/2012 Término: 08/11/2012Realização: quintas-feiras – semanal – das 18h às 22hEfetivo, Recém-Formado e Melhor Idade – 4X de R$ 300,[email protected]: O curso terá ênfase clínica na realização de implantes unitários e múltiplos. Todos os casos serão planejados e discutidos em sala de aula e, quando necessário, serão realizados enxertos ósseo e de tecido mole.

TPC/150 A15 – Curso de Credenciamento de Zigomático – Apoio Conexão Ministradores: Jamil Awad Shibli, Eduardo Mukai, Marcio MartinsRealização: 05, 06 e 07 de novembro de 2012 - segunda, terça e quarta-feira – das 8h às 18hTaxa de matrícula: R$ 750,00Valor único: R$ 2.500,[email protected]

TPC/68 A15 – Endodontia com tecnologia para o clínico geral - Módulo IIMinistrador: Mario Luis Zuolo e equipeInício: 21/08/2012Término: 11/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 225,00. Investimento Efetivo: 4X de R$ 450,00 Taxa de matrícula: R$ 112,50. Investimento: recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 225,00 [email protected]

OrtodontiaTPC/58 A15 – Ortodontia Preventiva, Interceptativa e Corretiva – Módulo I Ministrador: Aparecida Izildinha P. Mazzo Garcia, João Grimberg e equipe Início: 07/08/2012 Término: 18/06/2013Realização: terças-feiras – quinzenal – das 8h às 17hCarga horária: 160 horas/aulaTaxa de matrícula: R$ 160,00 Investimento Efetivos: 11X de R$ 320,00 Taxa de matrícula: R$ 80,00Investimento: Recém-formado e Melhor idade – 11X de R$ 160,[email protected]

TPC/59 A13 – Ortodontia Preventiva, Interceptativa e Corretiva – Módulo IIMinistradora: Aparecida Izildinha P. Mazzo Garcia, João Grimberg e equipe Início: 14/08/2012 Término: 25/06/2013Realização: terças-feiras – quinzenal – das 8h às 17hCarga horária: 160 horas/aulaTaxa de matrícula: R$ 200,00. Investimento Efetivo: 11X de R$ 400,00 Taxa de matrícula: R$100,00. Investimento: Recém-formado e Melhor idade – 11X de R$ 200,[email protected]

Clínica IntegradaTPC/126A15 – Clínica Odontológica integrada com ênfase em Endodontia, Dentística, Periodontia e Prótese Ministrador: Miguel S. Haddad Filho e equipeInício: 07/08/2012Término: 12/03/2013Realização: terças-feiras – semanal – das 8h30 às 17h30Taxa de matrícula: R$ 125,00. Investimento Efetivo: 8X de R$ 250,00 Taxa de matrícula: R$ 62,50. Investimento: Recém-formado e melhor idade – 8X de R$ 125,[email protected]

Cursos GratuitosTEO/25 A14 – Ortodontia – Abordagens da infância a fase adultaMinistradora: Aparecida Izildinha P. Mazzo Garcia, João Grimberg e equipe Realização: 07/07/2012 – sábado – das 8h às [email protected]

TEO/26 A15 – Simplificando a Prótese FixaMinistrador: Aônio Genicolo Vieira e equipe Realização: 04/08/2012 – sábado – das 8h às [email protected]

REDUZA A QUANTIDADEDE PARCELAS E GANHE 10% DE DESCONTO NOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

*Os valores serão atualizados a cada 12

meses de curso (IPC-FIPE)

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

SAUDE/2012 - Especialização em Saúde Coletiva Ministrador: Vladen Vieira e equipeInício: 13/07/2012Término: 10/02/2014Realização: quintas, sextas e sábados – quinzenalmente - quintas e sextas, das 18h às 22h, e sábado, das 8h às 12hCarga horária: 612 horas – 18 mesesInvestimento: 18x de R$ 450,00 ou 12x de R$ 607,[email protected]

IMPL/2012M – Especialização em Implantodontia Ministrador: Maurício Teixeira Duarte e equipeSeleção: 14/09/2012 – 14h – entrevista e análise de currículo Início: 19/10/2012Término: 20/10/2014 Realização: sextas-feiras - semanal – das 14h às 22hCarga horária: 1.044 horas - 24 mesesInvestimento: 24x de R$ 1.000,00 ou 18x de R$ 1.200,[email protected]

CURSOS DE ATUALIZAÇÃO

CirurgiaTPC/107A15 – Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Noções de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Módulo IMinistrador: Waldyr Antônio Jorge e equipeInício: 14/08/2012Término: 11/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hTaxa de matrícula: R$ 220,00 Investimento efetivo: 5X de R$ 440,00 Taxa de matrícula: R$110,00 Investimento: Recém-formado e melhor idade – 5X de R$ 220,00 [email protected]

TPC/127A15 – Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Noções de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Módulo IIMinistrador: Waldyr Antônio Jorge e equipeInício: 21/08/2012Término: 11/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hTaxa de matrícula: R$ 225,00Investimento efetivo: 5X de R$ 450,00 Taxa de matrícula: R$112,50. Investimento: recém-formado e melhor idade – 5X de R$ 225,00 [email protected]

Confira os próximos cursos que a EAP APCD preparou para você!

TPC/39 A15 – Curso de iniciação em Implantodontia (cirúrgico) – Apoio ConexãoMinistrador: Adilson Sakuno e equipeInício: 01/08/2012Término: 05/12/2012Realização: quartas-feiras – quinzenal – das 14h às 22h Taxa de matrícula: R$ 150,00Investimento: 4X de R$ 500,[email protected]

TPD/38 A15 – Curso de capacitação em microimplantes para ancoragem ortodônticaMinistrador: Adilson Sakuno e equipeInício: 24/08/2012Término: 25/08/2012Realização: sextas-feiras, das 8h às 18h, e sábados, das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 100,00Investimento: 1X de R$ 500,00(Incluído manequins e materiais para o workshop)[email protected]

Endodontia

TPC/73 A15 – Aperfeiçoamento em Endodontia – Habilitação em sistemas rotatórios e reciprocantes – Uso de novas tecnologia em Endodontia – Biologia, Patologia e urgências

Ministradora: Regina Shin e equipeMinistrador convidado: Professor Manoel Eduardo de Lima MachadoInício: 13/08/2012Término: 20/05/2013Realização: segundas-feiras – semanal – das 13h às 17hTaxa de matrícula: R$ 210,00. Investimento Efetivo: 10X de R$ 420,00 Taxa de matrícula: R$ 105,00Investimento: recém-formado e melhor idade – 10X de R$ 210,00 [email protected]

TPC/53A15 – Endodontia contemporânea Ministradores: Marina Tosta, Noboru Imura, Shaiana Kawagoe e equipeInício: 02/08/2012Término: 29/11/2012Realização: quintas-feiras – semanal – das 16h às 20h Carga horária: 56 horasTaxa de matrícula: R$ 210,00. Investimento Efetivo – 4X de R$ 420,00 Taxa de matrícula: R$ 105,00. Investimento Recém-formado e Melhor idade - 4X de R$ 210,00 [email protected]

TPC/69 A15 – Endodontia com tecnologia para o clínico geral - Módulo IMinistrador: Mario Luis Zuolo e equipeInício: 14/08/2012Término: 04/12/2012Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 200,00. Investimento efetivo: 4X de R$ 400,00 Taxa de matrícula: R$ 100,00. Investimento: Recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 200,00 [email protected]

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APCD Jornal // Julho 201236

LançamentosDentoflex quebra paradigmas e lança novo produto durante o Abross

Linha de compressores de ar Schulz isentos de óleo

A inovação e alta tecno-logia dos compressores Schulz, asseguradas pelos 49 anos de tradição do maior fabricante de soluções em ar comprimido da América Latina, estão presentes na linha de compressores de ar isentos de óleo.

Disponíveis nas potências de 1 a 15 hp, vazões de 6 a 60 pcm e pressão de 120 PSI, esta linha de compressores atende perfeitamen-te às necessidades dos profissionais e é indicada para as mais variadas aplicações do mercado, notadamente, mé-dico-hospitalares, odontológicas, alimentícias, eletrônicas,

farmacêuticas e no tratamento de efluentes.

Montados com anéis de pistão em Politetrafluoretile-no (teflon), sistema de arrefe-cimento integrado e equipado com reservatório com pintura externa e interna epóxi antimi-crobacteriana, estes compresso-res são fabricados obedecendo as mais rigorosas certificações nacionais e internacionais (ISO 9001, NR13, CE, ASME), visando oferecer garantia de qualidade e a mais alta confiabilidade aos

clientes usuários dos com-pressores de ar Schulz

no mundo todo.

Fonte: Schulz

A OrthoSource do Brasil desenvolve um trabalho cons-tante de busca por produtos que aumentem a eficiência clínica, garantam economia ou gerem diferenciais para o tra-balho do profissional.

Inovador, o Bráquete Wil-dSmiles foi desenvolvido para tornar mais divertida a expe-riência ortodôntica dos ado-lescentes. Eles geram indica-ções de novos pacientes sem perder a eficiência clínica.

Com seus formatos espe-ciais de Coração, Estrela, Flor, Super-Homem, Bola de futebol e Futebol americano, os brá-quetes WildSmiles personali-

WildSmiles -Usar bráquetes nunca foi tão divertido!

zam o tratamen-to e oferecem aos adolescen-tes o que eles mais querem: a oportunidade de ser diferentes e demonstrar seu estilo.

Técnica Roth, 3 a 3 com torque na base, os WildSmiles são originais, fabricados nos EUA e importados com exclu-sividade pela OrthoSource do Brasil. A ausência de cantos vivos garante conforto, melhor adaptação e redução no atrito. Bráquetes de qualidade, com a melhor matéria prima e acaba-mento diferenciado, garantem

uma experiência positiva para o seu paciente e muitas indica-ções para o consultório. Imagi-na o impacto de um paciente chegando na sala de aula com um bráquete de coração?

Para mais informações: OrthoSource do Brasilwww.orthosource.com.br0800 510 3001

Fonte: OrthoSource do Brasil

BARRA BUCAL

O estímulo ao uso de pro-dutos de higiene bucal (escova, enxaguatório, fio dental e den-tifrício fluoretado) foi essencial para estabelecer padrões de saúde bucal em sociedades sau-dáveis. Neste contexto, é que a Oralls – Saúde Bucal Coletiva vem inovando o mercado há 10 anos! Prova disto é o lançamen-to do novo Gel Dental do Escovi-nha. Este produto tem como base tecnologia desenvolvida na USP em parceria com a Unesp e com fomento da Fapesp. Foi o grande vencedor da I Olimpíada USP de

Inovação superando mais de 600 tecnologias de todas as áreas do conhecimento. Sua formulação de baixo pH é capaz de maximi-zar a ação anticárie e minimizar o efeito indesejável do excesso de flúor (fluorose).

Para mais informações:www.oralls.com.brTelefone: (12) 3902-4750

Fonte: Oralls

Oralls lança gel dental Inovador

V i s a n d o uma solução prática e rápi-da para a con-fecção de uma barra para pro-

tocolo, onde o profissional possa

obter uma solução confiável e diminuir

o tempo de entrega da prótese, a Dentoflex apresen-

ta a mais nova opção para confecção de barra para protocolo: a barra articulada Dentoflex.

Fabricada em titânio ASTM F136 comer-cialmente puro, a barra articulada é totalmente ajustável nos seus três eixos de movimento (hori-zontal, vertical e lateral) de acordo com a distân-cia entre os implantes instalados. A barra possui extensores com êmbolos na sua parte interna, e estes se movimentam no sentido horizontal, per-mitindo, assim, que esta barra obtenha um ta-manho maior ou menor em extensão, conforme,

uma vez mais, a distância apresentada entre os implantes instalados.

Os êmbolos podem, ainda, ser facilmente curva-dos para se obter um melhor direcionamento sobre a curvatura do arco da mandíbula e/ou maxila. O fato da barra articulada ser montada sobre miruscones (mini pilar), permite uma adaptação passiva na in-serção da prótese do tipo protocolo. Saiba mais aces-sando www.dentoflex.com.br

Fonte: Dentoflex

BARRA ARTICULADA

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APCD Jornal // Julho 201238

AconteceAPCD participa do Abross 2012

A APCD participou com um estande de divulgação do CIOSP 2013 – I Congresso Interdiscipli-nar da APCD do X Encontro In-ternacional da Academia Brasi-leira de Osseointegração – Abross 2012, realizado de 14 a 16 de junho, no Palácio de Convenções do Anhembi.

Foram três dias intensos de debate científico, com a presen-ça de mais de mil participantes de 216 municípios brasileiros. A programação científica foi de altíssima qualidade, com a participação de ministradores nacionais e internacionais que apresentaram o que há de mais atual na reabilitação oral sobre implantes. Destaque também para a Feira Promocional de Tec-nologia e Serviços para Implan-todontia, que reuniu cerca de 50 empresas expositoras.

O presidente do Abross 2012, Jamil Shibli, comemorou o sucesso do encontro. “Chega-mos ao fim do evento com um

balanço extremamente positivo. Os participantes estão muito satisfeitos com as novidades trazidas pelos ministradores. Fico feliz em ver que nossa mis-são foi cumprida.”

Sérgio Jayme, presidente da Abross, também ficou mui-to satisfeito com o resultado do evento. “Um encontro como este faz da Abross uma entida-de ainda mais forte. Estamos firmes em nosso propósito de

difundir o conhecimento cien-tífico entre implantodontistas e promover seu crescimento pro-fissional”, afirmou.

O presidente da APCD, Adriano Albano Forghieri, par-ticipou da solenidade de aber-tura do evento e parabenizou a Abross por colaborar com todos os profissionais Cirurgiões-Den-tistas ao investir no aprimora-mento e na atualização científi-ca em Implantodontia.

Participe do Meeting Vir-tual promovido pela Chicago Dental Society, no dia 19 de setembro (dia todo, com início às 9h - horário local de Chica-go). Que tal se aprimorar com especialistas renomados da área de Estética, Radiologia e Gestão e se conectar com co-legas do mundo todo sem pre-cisar sair de casa e de graça?

TESES E DISSERTACOES

O Professor Dr. José Antônio Brufato Ferraz de-fendeu a tese de doutorado intitulada “Avaliação da limpeza das paredes em canais radiculares instrumen-tados pelas técnicas rotatórias e Self-adjustment file (SAF) associadas ao uso de diferentes quelantes”, em 27 de abril. O orientador foi o professor Dr. Jesus Djalma Pécora e a defesa foi realizada no Anfiteatro da Facul-dade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

Professor Brufato Ferraz defende Tese de Doutorado na FORP/USP

A banca examinadora e o defensor da tese: Prof. Dr. Carlos Estrela, Prof. Dr. Manoel de Souza Neto, Prof. Dr. Ricardo Gariba, Prof. Dr. Brufato Ferraz, Prof. Dr. Jesus Djalma Pécora, Prof. Dr. José Thadeu Pinheiro e Silva

Diretores da APCD com diretores e organizadores do Abross 2012

A APCD Regional Jardim Paulista realizará nos dias 24 e 25 de agosto, o X Encon-tro Científico APCD Jardim Paulista, no Blue Tree Towers Faria Lima, em São Paulo.

O evento terá como tema “Estética – A har-monização da beleza com a função”, sob a co-ordenação de Eurípedes

APCD Regional Jardim Paulista realiza X Encontro Científico

Vedovato, tendo como ministradores os profes-sores: Marta Gonzalez Riesco, Carlos Eduardo da S. Bueno, Renato Miotto Palo, Carlos Veloso Salga-do, Alexandre A. M. Cor-tese, Cláudio Sendyk, Flá-vio Luposeli, Mário Góes, Cristiana Santori Azevedo, José Geraldo Malaguti e

os ministradores interna-cionais Howard S. Glazer (Estados Unidos) e Nicolas Bois (França).

Mais informações podem ser obtidas pelo site do evento www.xen-contro.com.br. Inscrições pelos telefones (11) 5049-3250/5535-9532/5096-0588, falar com Rosana.

Meeting Virtual da Chicago Dental SocietyBasta acessar http://

on.cds.org/vrmBR para fazer sua inscrição e ter acesso a in-formações mais completas so-bre o Meeting. Ao se registrar, indique um e-mail que você sempre usa, pois toda a comu-nicação e o envio do certifica-do de participação serão feitos por este e-mail.

É importante esclarecer

que todo o Meeting será realizado em inglês e os ma-teriais do programa também serão enviados em inglês.

Sem sair de casa, via computador, você pode-rá visitar os expositores do encontro, fazer perguntas on-line e receber informa-ções complementares sobre produtos e serviços das em-

presas participantes e da pró-pria Chicago Dental Society (CDS). Ao participar do Me-eting, você também ganhará créditos para participar de outros encontros científicos promovidos pela CDS.

Para esclarecimento de dúvidas, entre em contato com Joanne Girardi pelo e-mail [email protected].

A APCD estabeleceu uma parceria com a Editora Napo-leão, empresa especializada na editoração de materiais para a área da saúde. A Napoleão doará um exemplar de cada livro por ela editado na área de Odonto-logia para a Biblioteca “Pilar Os-tivar”, da EAP.

Em 28 de junho, um dos

APCD e Editora Napoleão

diretores da editora, Leonar-do Napoleão, esteve presente na sede da APCD para entre-gar em mãos ao presidente da entidade, Adriano Forghieri, alguns livros.

A Editora Napoleão tam-bém foi a responsável pela editoração do livro oficial do 30° CIOSP.

Tema: “Ciência e Arte: su-perando os limites do co-nhecimento”. De 20 a 22 de setembro, no Rio de Janeiro.Para mais informações: www.iadt-dentraltrauma.org ou www.sbtd.org.br.

17° Congresso Mundial de Traumatologia Dental

Diretores da APCD com Leonardo Napoleão (2o da direita para a esquerda), diretor da editora

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Plano econômicoA inflação que corrói

Saber o que é inflação e entender como ela influencia o poder de compra é um dos passos fundamentais para quem quer manter ou melhorar o padrão de vida. De forma simplificada, inflação é o aumento generalizado de preços de servi-ços e produtos e, quanto maior a inflação, menor é o poder de compra daquela nota de dinheiro que você possui na carteira.

Como conceito, é bem simples. Porém, quando o colocamos na ponta do lápis, ou apli-camos sobre nosso salário, nossos rendimentos e nossas compras, as coisas mudam um pouco.

Quer ver como funciona? Costumo dizer que existem duas inflações: a macroeconô-mica e a elástica. A macroeconômica é aque-la inflação da qual o governo sempre fala, a inflação medida por índices, como o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo – que mede a inflação oficial do País) e o INCC (Ín-

dice Nacional de Custo da Construção).Esta inflação corrói o salário e diminui

o poder de compra. Ou seja, o que você comprava com R$ 10 mil no início de 2011, ao final, considerando a inflação, ficou mais caro. Para ser mais claro: se no iní-cio do ano, você gastava R$ 500,00 com as compras de supermercado do mês e no final do ano esta mesma lista de compras passou a custar R$ 550,00 significa que houve aumento de preços, ou seja, infla-ção e que seu poder de compra diminuiu, principalmente, se seu salário não evoluiu de acordo com esta alta de preços.

Quando falamos de rentabilidade de um investimento, também temos que considerar a inflação. Não podemos simplesmente olhar para o percentual bruto que se apresenta. É preciso descontar a inflação, ou seja, precisa-mos conhecer o rendimento real. Imagina que você tem R$ 10 mil investidos em um fundo

de renda fixa e, durante 2011, o retorno foi de 8,9%. Com a inflação de 6,5% em 2011 (me-dida pelo IPCA), este suposto investimento re-gistrou um rendimento real em torno de 2,4% durante todo o ano passado.

Já a inflação por elasticidade de de-manda, na minha opinião é pior do que a macroeconômica porque é aquela impulsio-nada pelo novo padrão de consumo das fa-mílias brasileiras, que faz com que se compre mais e se adquira produtos mais caros.

Assim, uma pessoa que ganhava R$ 2 mil e passa a ganhar R$ 2,5 mil teve um aumento de 25%. Considerando a inflação de 6,5% de 2011, este aumento é excelen-te. Porém, ao se ver com estes recursos a mais nas mãos o indivíduo que antes gas-tava R$ 100,00 por mês com lazer passa a gastar R$ 200,00 ou seja, um aumento de 100%. E o que poderia ser utilizado para fazer uma reserva financeira ou para um

investimento pensando na futura aposen-tadoria escoa ralo abaixo.

Nos dois casos, da inflação macroeco-nômica ou elástica, o fato é que ela corrói. Corrói o salário, o poder de compra e o in-vestimento. E para combatê-la, ser educa-do financeiramente é essencial.

// Texto Mauro Calil Palestrante, educador

financeiro e autor do livro “A Receita do Bolo” –

www.calilecalil.com.br //

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Prove os pratos do “Comida di Buteco SP”Em mais uma edição do concurso “Comida di Buteco”, que elege o melhor tira-gosto da capital paulista, botecos de São Paulo inscreveram seus pratos que fazem sucesso com o público. Dos 49 estabelecimentos que concorreram (a votação foi até 1º de julho), 40 estão divididos entre o Cen-tro, a zona Norte, a zona Oeste e a zona Sul da cidade, e outros nove ficam na zona Leste. Entre os pratos, escondidinho de costela de boi com aipim, pastel de bacalhau, miniacarajés recheados, rissoles de berinjela etc. Acesse http://www.comidadibuteco.com.br/sao-paulo/botecos/ para saber mais.

Filmes lançados em julhoPara os fãs de Bob Marley, dia 20 de julho será lançado o filme “Marley”,

um documentário sobre a vida, a música e o legado do músico. Outro documentário que será lançado neste mês, dia 27, é “Woody Allen: Um Documentário”, que visa mostrar a infância, relatar a trajetória e focar

nas principais (e excêntricas) características do autor, ator e diretor de ci-nema. Já quem curte ação e não perde um filme do super-herói Batman, não pode perder a estreia, também dia 27, de “Batman - O Cavaleiro das

Trevas Ressurge”, que finaliza a trilogia épica de Gotham.

Para rir um pouco“Subversões Stand-Up Music” ficará em cartaz até 29 de julho, no Teatro Abril, em São Paulo. Trata-se de um show de paródias musicais com Luís Salem, Stella Miranda e Aloisio de Abreu, que está em cartaz há 21 anos e já rodou todo o Brasil. De 5 de julho a 16 agosto no Teatro Folha, também em São Paulo, o público pode curtir “Terror - A Comédia”, com persona-gens clássicos do horror em versão capaz de causar risos. “Três Caras Vai à Escola” que estreia dia 14 de julho, no Teatro Ruth Escobar, também na ca-pital paulista, apresenta, em um só show, o melhor da música e do humor.

Shows internacionais em setembro no Brasil

A banda roqueira Scorpions confirmou sua popularidade entre o público brasileiro esgotando os ingressos para a apresentação do dia 20 de

setembro; sobram convites para o show do dia 21, no Credicard Hall, em São Paulo. A cantora americana, Liza Minnelli, se apresentará nos dias 27 e 29, em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. O ex-vocalista

da banda A-Ha, hoje em carreira solo, Morten Harket, também estará no Brasil, nos dias 22, 23 e 26. Mais informações: www.tf4.com.br

Obsessões da Forma – Esculturas da coleção MaspAté 31 de outubro, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) volta a exibir obras de seu acervo de tridimensionais. São 50 obras de mestres da escultura do século XIX aos dias de hoje e a dupla de guerreiros chineses em terracota poderão ser vistas na mostra que contempla obras de Renoir, Degas, Brecheret, Felícia Leirner, Calder, Giorgi, Rodin, Ianelli, Duke Lee, Jim Dine e outras dezenas de artis-tas reverenciados em todo o mundo. Acesse www.masp.art.br.

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DIDÁTICOS

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