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JULSIMAR PORTELA DA SILVA
JOGOS PEDAGÓGICOS PARA ESTUDO DO AMBIENTE NO
ENSINO DE GEOGRAFIA
GUARAPUAVA - 2011
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACONAL – PDE
JULSIMAR PORTELA DA SILVA
JOGOS PEDAGÓGICOS PARA ESTUDO DO AMBIENTE NO
ENSINO DE GEOGRAFIA
Material didático da disciplina de geografia apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, vinculado a Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO.Orientação: Profª: Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes.
GUARAPUAVA - 2011
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................03
PARTE 1 – QUESTÃO AMBIENTAL E A IMPORTÂNCIADAS AÇÕES EDUCATIVAS .............................................................04
PARTE 2 – JOGOS COMO INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS....................07
PARTE 3 – PLANOS DE ATIVIDADES PARA ALUNOS DO 6º ANO............10
PARTE 4 – O USO DOS JOGOS ...........................................................................27
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ..............................................................................31
REFERÊNCIAS .......................................................................................................32
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APRESENTAÇÃO
No atual contexto da educação e da problemática do processo de ensino
aprendizagem é necessário refletir sobre novas maneiras de ensinar e entender o
ambiente cotidiano da sala de aula e dos educandos. Nesse sentido, a escola deve
oferecer condições para que o aluno compreenda o seu espaço geográfico de modo
crítico e que permita cultivar atitudes que possibilitem viver uma ação construtiva
consigo mesmo e com seu meio.
A temática ambiental na geografia permite discutir questões de ordem critica do
espaço geográfico, bem como valorativa. Ao abordá-la estamos colocando em discussão
a relação sociedade e natureza. A discussão da questão ambiental na escola, muitas
vezes reforça um único lado da questão, a preservação do meio ambiente, sem muitas
vezes considerar o homem como parte desse meio e as contradições do sistema
econômico ao qual vivemos.
A geografia é uma ciência que pode contribuir muito com a questão ambiental,
justamente porque ela discute a interação sociedade e natureza.
Considerando o nosso objeto de estudo os jogos pedagógicos em sala de aula,
compreendemos que eles podem ser utilizados com o objetivo de abordar a questão
ambiental provocando no aluno o questionamento da sociedade na sua interação com a
natureza. Contudo, é fundamental considerar o nível de ensino, bem como os objetivos
com os jogos, antes de defini-los e aplicá-los.
Nesse sentido nesta pesquisa, partiremos de alguns questionamentos: De que
forma o jogo educativo poderá contribuir para o processo ensino-aprendizagem da
questão ambiental? Como e quando aplicá-los? Quais os limites e as potencialidades
dos jogos para essa discussão?
Para isso, elaboramos este material que está dividido em quatro partes. A
primeira parte apresenta a importância da questão ambiental na escola. A segunda
evidencia a importância dos jogos como estratégias de ensino. A terceira apresenta a
proposta de atividades para realização com alunos. E a quarta parte, apresenta o roteiro
dos jogos para utilização por professores.
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PARTE 1 – QUESTÃO AMBIENTAL E A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES
EDUCATIVAS
A tentativa de dominação do homem sobre a natureza pode ser percebida ao
longo da história da humanidade. Com o desenvolvimento da técnica o homem avançou
em direção ao “controle” da natureza.
Desde o avanço do capitalismo, a partir das Grandes Navegações, e, mais
precisamente com a Revolução Industrial, a natureza passou a ser vista como uma fonte
de recursos econômicos a ser explorada por meio de instrumentos cada vez mais
sofisticados, criados pela ciência e pela tecnologia. Nesse processo, o ambiente foi
submetido a uma contínua devastação, pondo em risco o equilíbrio do planeta e
afetando a qualidade de vida de toda a humanidade.
A ambição do homem aliada à industrialização não respeitou a dinâmica dos
elementos que ora compõe a natureza, trazendo como consequência uma considerável
degradação do meio ambiente. Essa degradação tem levado ao comprometimento da
qualidade de vida das populações sendo perceptível na alteração da qualidade da água e
do ar, nos “desastres ecológicos” tanto os que têm causas oriundas da natureza
(enchentes, vendavais, secas, etc.) como aqueles originados pela interferência do
homem (desmatamentos, queimadas, poluição do mar, etc.). (MENDONÇA, 2010).
A industrialização e a tecnologia também aceleraram o desenvolvimento
econômico passando a produção em grande escala. Oferecendo uma diversidade de
produtos, intensificando o consumo.
O grande problema de nossa sociedade é que se vive uma incansável busca pelo
desenvolvimento que para muitos significa dominação da natureza. Desenvolver-se
significa produzir e consumir mais e mais. Tudo isso, a custa da exploração massiva dos
recursos naturais. Muitos deles, não são renováveis, o que significa que ao findar-se não
teremos como repor. Por mais que se tente relativizar o uso exacerbado e inconsequente
dos recursos naturais, não podemos negar que não somos capazes de produzir petróleo,
gás natural, carvão, entre outros. Sendo assim, a natureza leva milhões e milhões de
anos para criá-los (PORTO-GONÇALVES, 2004).
O estilo de desenvolvimento econômico atual estimula o desperdício.
Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais utilidades são planejados para durar
pouco. O apelo ao consumo multiplica a extração de recursos naturais: embalagens
sofisticadas e produtos descartáveis não-recicláveis, nem biodegradáveis aumentam a
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quantidade de lixo no meio ambiente. A diferença de riqueza entre as nações contribui
para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico
e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infra-estrutura, principalmente
da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e
industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo.
Por isso universalizar o modo de vida de produção e consumo aos moldes
americanos é simplesmente impossível e insustentável, pois precisaríamos de 05
planetas para reproduzir o modo de vida ocidental americano e europeu para o resto do
mundo. (PORTO-GONÇALVES, 2004).
Na era da globalização e dos avanços da revolução técnico-científica, tornou-se
mais evidente o que muitos já sabiam: que as questões ambientais têm dimensão
mundial. Problemas como o efeito estufa, a destruição da camada de ozônio,
desertificação, desmatamento, lixo radiativo, emissão de poluentes no ar, na água e no
solo afetam, embora de maneira diferenciada, países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Afinal, esses problemas resultam de uma relação com a natureza baseada na exploração.
É rotina ouvirmos nos meios de comunicação os problemas relacionados à
degradação do meio ambiente, mas em meio a tantas catástrofes naturais que se tem tido
notícia, somente adquirem importância para a sociedade as que atingem áreas habitadas
ou de grande importância econômica. Ouve-se também, muitas vezes os problemas
relativos ao meio ambiente sendo proferido em discursos políticos como recurso para
conseguir mais votos sem ao menos demonstrar conhecimento aprofundado de causa, e
como não há cobrança da sociedade os dirigentes nada, ou quase nada tem feito em prol
de um ambiente sadio.
“É necessário que os dirigentes do poder não centralize suas atividades ligadas
ao meio ambiente apenas na organização de eventos esporádicos de ordem mundial
ECO/RIO 92, principalmente pelo seu caráter passageiro” (MENDONÇA, 2010, p.18).
Pensando dessa forma, a Educação Ambiental vem adquirindo uma grande
importância, sendo pertinente hoje que os currículos escolares busquem desenvolver
práticas pedagógicas relacionadas à conservação e preservação do meio ambiente.
É necessário ter claro que a Educação Ambiental não precisa estar presente no
currículo escolar como uma disciplina, porque ela não se destina a isso, mas sim como
um tema que explique todas as relações homem-natureza através de atividades escolares.
De acordo com Sato:
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Há diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares, como atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora da sala de aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem reconhecidos como agentes ativos no processo que norteia a política ambientalista.Cabe aos professores, por intermédio de prática interdisciplinar, proporem novas metodologias que favoreçam a implementação da Educação Ambiental, sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a exemplos de problemas atualizados (2002, p.25).
Nossas escolas são locais privilegiados para implementação de atividades que
propiciem a reflexão ambiental, pois permitem atividades variadas em sala de aula e
atividades a campo.
Nessa perspectiva, acreditamos que nossas crianças sejam o principal agente de
mudança do futuro, a formação de seu caráter implicará muito para um despertar
ambiental.
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PARTE 2 - JOGOS COMO INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS
Mesmo diante de tantas ferramentas inovadoras no campo da educação, tais
como: informática, multimídia, internet, etc., que por sua vez tão importantes e em
ascendência hoje, o professor ainda encontra muitas dificuldades em sala de aula,
principalmente no que diz respeito à motivação dos alunos para a aprendizagem. O
processo tradicional de se ministrar os conteúdos de geografia no ensino fundamental
envolvem conteúdos abstratos onde prevalece à dissociação com o cotidiano.
Sabemos que uma aula mais dinâmica e elaborada requer também mais trabalho
por parte do professor, por outro lado, o retorno poderá ser bastante significativo, de
qualidade e gratificante quando o docente se dispõe a criar novas maneiras de ensinar,
deixando de lado a “mesmice” das aulas rotineiras.
No universo de nossas salas de aula, nos defrontamos com diferenças
relacionadas a níveis sociais, cultural, raça, religião, etc. Assim entendemos que a
cultura, raça e religião incluem um conjunto de atitudes e comportamentos que foram
aprendidos e compartilhados por um grupo de pessoas com valores, linguagens e
normas específicas.
Por muitas décadas, o efeito das diferentes classes sociais nas habilidades
intelectuais e acadêmicas, bem como a ação do conteúdo, e a própria postura
profissional/humana da prática docente, o qual lança mão da tecnologia. E diante de
tanta tecnologia, acessível a uma grande parte de nossos alunos, muitas vezes um
quadro de giz e “saliva”, não consegue atrair a atenção dos mesmos. Os processos
pedagógicos são diversificados, e incluem diferentes materiais que podem contribuir
para atingir os objetivos propostos, dentre eles os jogos lúdicos, os quais podem ser
usados como meios auxiliares na superação de dificuldades de aprendizagem e maior
motivação. E nesta caminhada, discorre o elemento investigativo do “como fazer” para
“então conhecer”. A partilha é condição necessária na construção do conhecimento,
refletir regularmente a respeito das ações e estratégias desenvolvidas no cotidiano
escolar é necessário, então diversificarmos nossas metodologias de ensino, sempre em
busca de resgatarmos o interesse e o gosto dos nossos alunos pelo aprender.
Os jogos educativos com finalidade pedagógica revelam importância, pois
promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do
conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. “A estimulação, o interesse, a
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concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica...”
(MOYLES, 2002, p.21).
Os jogos e seus derivados tem sido pauta de estudos e ainda constituem
materiais psicopedagógicos para outras áreas da ciência dos quais se abstrai os
elementos naturais da brincadeira e ainda se observa um maior entendimento das
propriedades do objeto, e habilidades específicas de ordenação e sistematização das
regras que movimentam a ação educativa, que por sua vez resgata da brincadeira natural
da criança o estímulo da interação ao evento essencialmente pedagógico.
A partir do século XX, com a Revolução Industrial o lúdico foi transformado em
produto de consumo de alta rentabilidade. A história e evolução do lúdico caminham
junto com a evolução da humanidade, com a inovação e os avanços da tecnologia.
(PINTO 2003, apud, TEIXEIRA 2010, p.14)
Desde os povos mais primitivos, todos tiveram e ainda têm seus instrumentos de
brincar. Em qualquer país rico ou pobre, próximo ou distante, no campo ou na cidade,
existe a atividade lúdica. Em um enfoque sociológico, podemos dizer que as atividades
lúdicas são responsáveis, em parte, pela transmissão da cultura de um povo, de uma
geração para outra, tendo diferentes objetivos – ora são usados para divertir, ora para
socializar, também é usado para ensinar ou, ainda promover a união de grupos
(TEIXEIRA, 2010).
Por isso é importante que esses jogos sejam utilizados como instrumentos de
apoio, constituindo elementos úteis para a construção do conhecimento e
aprofundamento de conteúdos. Embora esse critério possa não incorporar a crença do
aprendizado formal conclui-se que esta incluirá a espontaneidade física, social e
cognitiva, a alegria manifesta e o senso de humor, o que certamente estaria
movimentando as relações: professor/aluno, aluno/disciplina, aluno/formulação de
hipótese e aluno/conhecimento. Compreendendo que o 6o ano do ensino fundamental,
compõe grupos de alunos na faixa de 10 a 11 anos, período no qual a utilização de
atividades que parte do concreto contribui muito para a compreensão dos conteúdos
escolares.
Quando os jogos são criados pelo professor com a intenção de estimular certo
tipo de aprendizagem, surge aí a dimensão educativa das situações lúdicas. “Desde que
sejam mantidas as condições para expressar o jogo, ou seja, quando intencionalmente
proporcionamos à criança o brincar, os educadores estão potencializando situações de
aprendizagem”. (KISHIMOTO 2005, apud, TEIXEIRA, 2010, p. 21).
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É fato que a criança ao brincar busca alternativa de ação, por que ela se
concentra na atividade e não nos resultados, a criança pensa na ênfase da atividade e não
nos fins, assim “a ação lúdica desenvolve diferentes habilidades que contribuem para
inúmeras aprendizagens e também ampliam a rede de significados (conceitos) da
criança”. (TEIXEIRA, 2010, p.22).
Os jogos lúdicos são uma importante ferramenta para o educador, pois com isso
esperamos que a criança desenvolva várias respostas a diferentes estímulos. ALVES
(1981) nos coloca que a escola é uma instituição do lúdico e do prazer, ou seja, uma
forma de ter a escola como um lugar agradável de frequentar, de estar e aprender.
Embora seja rotulado por muitas pessoas como perda de tempo, o lúdico é
extremamente importante, pois a criança é naturalmente lúdica.
Os jogos são caracterizados como um tipo de recurso didático educativo que
pode ser utilizado em diferentes momentos, como na apresentação de um conteúdo,
avaliação de conteúdos já desenvolvidos e como revisão e síntese de conceitos
importantes, dentre as suas habilidades estão a concentração, o raciocínio, a
interatividade, a cooperação em grupo, a resolução de problemas, atitudes fundamentais
para o processo de aprendizagem.
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PARTE 3 – PLANOS DE ATIVIDADES PARA ALUNOS DO 6º ANO.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os alunos com os quais vamos trabalhar possuem conhecimentos, que foram
adquiridos na sua vida cotidiana. Esse conhecimento foi adquirido com os familiares, na
escola, na mídia, em atividades anteriores, ou mesmo sozinhos a partir de suas próprias
observações. Para nós professores é de extrema importância conhecer um pouco nosso
aluno, saber como ele percebe o meio ambiente, que elementos chamam sua atenção,
qual a relação que ele possui com esse meio, se ele se sente parte ou algo isolado do
meio ambiente.
O ponto de partida é conversar sobre o meio ambiente a partir do espaço de
vivência de cada um, o campo ou a cidade, usando questionamento oral ou escrito,
visando traçar um diagnóstico do conhecimento prévio, sempre tentando fazer com que
todos participem do diálogo e ao mesmo tempo, possamos partir deste conhecimento
para sua (re) elaboração científica.
AULA 1 – Investigando a Importância das Florestas
ATIVIDADE - 1
Objetivo: Investigar qual a concepção que o aluno possui de ambiente, especificamente
a importância das florestas.
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Formem cinco grupos e a partir de uma conversa entre você e seus colegas discutam:
“O que você entende por meio ambiente? E como ele esta hoje”.
2. Em duas folhas de papel sulfite realizem as atividades abaixo:
Faça um desenho no espaço abaixo sobre como você compreende o meio
ambiente, especificamente as florestas.
Faça outro desenho mostrando qual deveria ser nossa atitude com relação às
florestas.
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3. Na sequência apresente os resultados da conversa e do desenho para a sala.
AVALIAÇÃO: A partir do trabalho realizado pelos alunos e dos resultados dos debates,
será organizado a aula 2, aproveitando do conhecimento prévio dos alunos sobre as
florestas, sua importância para o meio ambiente.
REFERENCIAL TEÓRICO PARA SUBSIDIAR AS DISCUSSÕES APÓS A
ATIVIDADE DA AULA 1
IMPORTÂNCIA DE PRESERVAR AS FLORESTAS
Desde muito tempo o homem se relaciona com as florestas, no primeiro
momento o homem ele interagia com ela como outros animais, coletando frutos e
caçando para garantir sua sobrevivência. Com o tempo, foi conhecendo mais dela e
aproveitando todas as suas possibilidades. Na floresta o homem descobriu a madeira
que por muito tempo servia para acender o fogo, cozinhar alimentos, proporcionar calor,
para construção de utensílios como armas, ferramentas, moradias etc., os próprios meios
de transportes, carroça, navios, carretas eram feitos da madeira, ela é explorada até hoje
nas diversas etapas da humanidade desde a caça e a coleta até a moderna fase de
industrialização.
Em todas as épocas as florestas foram exploradas e consumidas em nome do
“desenvolvimento (progresso)”, mas nunca em ritmo tão desenfreado como nos últimos
anos, que representa uma pequena fração da história da humanidade.
Uma floresta não é só um aglomerado de árvores. Uma floresta é um conjunto de
espécies de animais e vegetais que se relacionam entre si e com os fatores do ambiente,
constituindo o que se denomina de ecossistema.
As florestas são extremamente necessárias à nossa sobrevivência, além de
trazerem muitos benefícios para nós, para uma imensa multidão de animais e para o
ambiente em geral, fornecem abrigo e alimento aos animais; amenizam a temperatura ao
umedecer o ar; controlam a poluição ao reciclar o ar; evitam a erosão ao propiciar a
infiltração das águas da chuva no solo; diminuem a poluição sonora; criam barreiras
contra o vento evitando a erosão eólica; elas podem ajudar a diminuir o aquecimento
global, são responsáveis por absorver o dióxido de carbono, um dos principais gases do
efeito estufa, permitem a preservação de muitos insetos, com o fornecimento do néctar
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de suas flores que embelezam a natureza e encantam a todos nós com os seus aromas e
extraordinária beleza.
Nas florestas há espécies raras de vegetais as quais estão contidas informações
com alto potencial de uso para fabricação de novos remédios para cura talvez de
doenças, e alimentos que servem de alimentação para muitos povos que ali vivem.
As florestas abrigam uma rica biodiversidade. Plantas e animais vivem em
equilíbrio a milhares de anos, uns dependendo dos outros, mas percebe-se no dia-dia
que cada vez mais essa harmoniosa vivência esta sendo ameaçada. Muitas vezes pela
sobrevivência, muitas vezes devido à busca desenfreada pelo lucro, introdução de
espécies para fins econômicos e outros fatores tem causado a perda da biodiversidade.
Ouvimos falar quase que todos os dias sobre biodiversidade, mas o que
realmente isso significa? "Bio" significa "vida" e diversidade significa "variedade".
Então, biodiversidade ou diversidade biológica compreende a totalidade de variedade de
formas de vida que podemos encontrar na Terra (plantas, aves, mamíferos, insetos,
microorganismos...). (MENDONÇA 2004 Apud ROCHA, 2006).
Por que preservar essa diversidade de vida? Tudo funciona como se fosse uma
máquina natural, ou seja, todos os elementos são interdependentes, não parece haver
parte desnecessária, cada espécie, do mais simples micróbio aos seres humanos,
desempenha uma parte em manter o planeta funcionando normalmente. Neste sentido,
cada parte está relacionada, se muitas destas partes, de repente, desaparecerem, então, a
máquina natural não conseguirá funcionar da maneira devida. O problema da
biodiversidade consiste no fato de a riqueza biológica ser considerada pouco séria.
A fauna e a flora são parte do patrimônio de uma nação, produto de milhões e
milhões de anos de evolução concentrada naquele local e momento e, portanto, tão
merecedora da atenção nacional quanto às particularidades da língua e da cultura.
O Brasil é rico em número de espécies, principalmente as florestas úmidas
brasileiras, as quais possuem a maior biodiversidade conhecida e ainda a ser descoberta
do planeta, sendo declarada pela ONU como uma das áreas emergenciais para a
conservação.
Dentre os fatores que ameaçam a biodiversidade estão os aspectos sociais,
econômicos, culturais e científicos. Populações humanas crescentes e pressões
econômicas estão levando a uma ampla transformação das florestas em um mosaico de
habitats alterados pela ação humana. Alguns dos principais processos responsáveis pela
perda da biodiversidade são:
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- Perda e fragmentação dos habitats;
- Introdução de espécies e doenças exóticas;
- Exploração excessiva de espécies de plantas e de animais;
- Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
- Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;
- Mudanças climáticas.
SOBRE ESSE ASSUNTO LER:
JUVENAL, T.L; MATTOS, R.L.G. O Setor Florestal No Brasil e a Importância Do
Reflorestamento. Rio de Janeiro: BNDES Setorial, n. 16, set. 2002. Disponível em:
http://www.sinap.org.br/pdf/meio_ambiente/O%20setor%20florestal%20no%20
brasil%20e%20a%20importancia%20do%20reflorestamento.pdf. Acesso em:
29/07/2011.
LEÃO, R. M. A Floresta e o Homem. São Paulo: IPEF, 2000. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=dn8ZLIRTVx4C&pg=PA49&dq=importan
cia+das+florestas+para+o+homem&hl=ptBR&ei=1aQ2TtGrHanm0QG6jqH1Cw
&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CDYQ6AEwAA#v=onepag
e&q&f=false. Acesso em: 29/07/2011.
PUTZKE, Jair. Guia Prático para estudos em biodiversidade: Nível Fundamental e
Médio. Porto Alegre: Ed. Do Autor, 2006.
ROCHA, R.G. Prática Educativa Das Ciências Naturais. Curitiba: IESDE BRASIL
S.A., 2006.
AULA 2 - Como Estão As Florestas?
A maior causa de destruição das florestas hoje tem origem nas atividades
humanas, que são incansáveis e minuciosas, dentre estas o desmatamento. Embora
grande parte do desmatamento ilegal seja impulsionado por forças econômicas, como
extração da madeira para diferentes finalidades, introdução da agricultura pecuária,
avanço da urbanização, avanço da indústria, mineração principalmente quando
executada sem o devido planejamento, o extrativismo sem manejo adequado, o turismo
desordenado, a educação ambiental ausente ou insuficiente, o próprio desconhecimento
da nossa biodiversidade, etc. Muitos desses efeitos causados pelo homem são
provavelmente irreversíveis em curto prazo.
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Depois que o recurso se esgotar, as indústrias se mudam para uma nova área,
deixando para trás um ambiente degradado.
SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS
O homem vive em busca do “progresso”, estradas, indústrias, usinas, cidades e
uma infinidade de outras coisas. Algumas dessas coisas são muito boas, pois melhoram
a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, mas muitas vezes se
pensarmos bem toda essa facilidade de vida tem um custo ambiental muito elevado.
A partir da década de 1970, com a ampliação dos movimentos ambientalistas no
mundo, intensificaram-se as discussões sobre os problemas ambientais decorrentes da
exploração exacerbada dos bens naturais, e a busca de um modelo de sociedade capaz
de conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Foi nesse
contexto que surgiu a idéia de desenvolvimento sustentável, o qual busca conciliar o
desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
O conceito de desenvolvimento sustentável baseia-se no crescimento econômico
e social das gerações futuras. Isso porque prevê o uso racional dos recursos, visando
tanto a preservação destes como a redução dos danos ambientais ao mínimo possível.
Em outras palavras, propõe o uso dos recursos naturais sem desperdiçá-los ou degradar
o ambiente, para que as gerações futuras também possam se beneficiar deles.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que
depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos
naturais dos quais a humanidade depende.
Por isso, há muitas críticas ao conceito de desenvolvimento sustentável, pois está
preso a priorização do econômico em detrimento da sustentabilidade do ambiente. Por
isso, defende-se a construção de princípios que desenvolvam sociedades sustentáveis,
que busquem novos valores e tenham novos conceitos vinculados a cooperação,
valorização da tradição, da cultura e da mudança do modo de se relacionar com a
natureza.
ATIVIDADE - 2
Objetivo: Identificar a importância de preservar as florestas e sua biodiversidade.
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PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Dinâmica:
“Teia da vida” visando demonstrar a inter-relação e interdependência existente
entre os elementos das florestas. Após a dinâmica será discutido com o grupo sobre o
quanto é importante preservar nossas florestas, a biodiversidade, e também o que
acontece dentro de um ecossistema se um elemento sofre alteração, positiva ou
negativa, todos os outros sentirão. A dinâmica da “Teia da vida” demonstra exatamente
as relações existentes entre todos os elementos que fazem parte do ecossistema da
floresta.
1.1. Orientação para realização da atividade:
Os participantes formam em pé ou sentados, um círculo. O professor, com o
barbante, segura a ponta e joga o rolo a um participante qualquer. O aluno que receber o
rolo de barbante deve dizer ao grupo, porque é importante preservar as florestas. Em
seguida, segura uma parte do barbante e joga o rolo para um segundo participante, que
deverá, também, responder a questão. O rolo de barbante passará assim, por todos os
participantes, aleatoriamente, formando uma teia.
O professor pede para um dos alunos que puxe o barbante e que todos sintam a
pressão no seu ponto.
Fonte: Adaptado de: “Guia de Atividades e Elaboração de Projetos em Educação
Ambiental”, da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA -
SEMEC. Guarapuava: 2002, p. 21.
AULA 3 – Florestas No Paraná
ATIVIDADE - 3
Objetivo: Reconhecer as Unidades de Conservação do Paraná, bem como os limites e
possibilidades de proteção.
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PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Propor que os estudantes, em grupos, façam uma pesquisa sobre alguns dos principais
Parques existentes no Estado e região onde vivem no laboratório de informática.
2. Propor que os estudantes elaborem painéis com textos, mapas e figuras sobre essas
Unidades de Conservação.
3. O resultado dos trabalhos será exposto na escola.
REFERENCIAL TEÓRICO PARA A AULA 3: AS FLORESTAS NO PARANÁ
No Paraná, não diferente de outras áreas do Brasil, a vegetação é alvo de ações
degradativas. O processo desordenado de uso e ocupação do solo, o processo de
colonização, e a expansão da fronteira agropecuária, acarretaram a redução das florestas
e degradação dos ambientes naturais.
Enquanto no Paraná, os povos das florestas, e comunidades tradicionais, como
os faxinalenses, quilombolas, indígenas, ilhéus, pescadores, caiçaras, tem uma relação
de subsistência aproveitando tudo dela para seu sustento, outros povos relacionavam-se
com a floresta explorando-a em busca do lucro, com a exploração da madeira e o uso
das terras para atividades agropecuárias.
Essas sociedades desenvolveram formas particulares de manejo dos recursos
naturais, que não visam diretamente ao lucro, mas à reprodução cultural e social, além
de percepções e representações em relação ao mundo natural, marcadas pela idéia de
associação com a natureza.
A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NO PARANÁ
O Paraná tem muitas áreas naturais preservadas por lei. São as Unidades de
Conservação ambiental. São legalmente instituídas pelo poder público nas suas três
esferas (municipal, estadual, e federal). Estão divididas em dois grupos: as de proteção
integral e as de uso sustentável.
As unidades de proteção integral não podem ser habitadas pelo homem, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, em atividades como pesquisa científica e turismo ecológico.As unidades de conservação de uso sustentável admitem a presença de moradores. Elas têm como objetivo associar a conservação da
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natureza com o uso sustentável dos recursos naturais, ou seja, usar os recursos sem extingui-los.1
É através das Unidades de Conservação que vários governantes tentam garantir a
proteção de várias espécies e dos ecossistemas, pois os objetivos destas são de preservar
o meio ambiente, para que tenhamos uma melhor qualidade de vida, para pesquisas
científicas, educação ambiental e principalmente a exploração controlada dos recursos.
Algumas Unidades de conservação não são abertas a visitação pública como por
exemplo, o Parque Nacional do Superagui; outras podem ser visitadas, mas apenas por
grupos organizados e com a orientação de guias profissionais.
AULA 4 – Trabalhando com Mapas
ATIVIDADE - 4
Objetivo: Verificar o processo de desmatamento do Paraná.
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Dividir a sala em grupos.
2. Cada grupo receberá um mapa político do Paraná, os mapas da cobertura florestal de
1890 a 1990 e uma folha de papel vegetal.
3. Cada grupo irá desenhar no papel vegetal o mapa político do Paraná e localizar a
cidade onde mora, posteriormente sobrepor o mapa político aos mapas da vegetação
para verificar.
Que vegetação aparece em sua cidade nos mapas de 1890, 1930, 1950 e 1990?
A vegetação é a mesma ou foi alterada?
Se houve mudanças? O que causou essa mudança?
HISTÓRICO DO PROCESSO DE DESMATAMENTO
No Paraná as áreas florestadas abrangiam cerca de 83% da área de sua
superfície. No entanto, com o processo de ocupação e formação territorial, elas
1 Fonte: disponível em <http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/unid/protint/>. Acesso em 18/07/2011.
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sucumbiram rapidamente devido a exploração da madeira e às práticas de cultivos
agropecuários. (SONDA, 2010)
Entre 1880 a 1930, grande parte das florestas foram exploradas e eliminadas
quando a economia concentrou-se, primeiramente, na exploração da erva-mate e,
posteriormente, na extração da madeira, ambas orientadas à exportação. (SONDA,
2010).
A partir de 1930 até 1960, cujo contexto econômico favorecia a exportação do café, outra parte da floresta foi eliminada para dar lugar às extensas áreas de cafezais na região do Grande Norte. Porém, ali, a floresta nem sequer foi economicamente aproveitada. Enormes extensões de floresta estacional semidecidual e seus ecossistemas associados foram queimados, restando apenas alguns escassos remanescentes florestais. (SONDA, 2010, p. 86).
De 1960 até hoje, a introdução de técnicas modernas para o plantio ou seja a
modernização da agricultura, o uso de fertilizantes químicos, a produção voltada ao
mercado externo, tem contribuído para o extermínio dos remanescentes de florestas
existentes no Estado do Paraná. (SONDA, 2010)
Um outro fator que intensificou ainda mais a pressão sobre os remanescentes florestais no Brasil e, particularmente no Paraná, a partir de 1981, foi a proibição do uso de óleo combustível, para a secagem de grãos, devido à crise mundial de petróleo. Outros tantos remanescentes de vegetação nativa paranaense foram, literalmente,queimados para esta finalidade. (SONDA, 2010, p. 87).
Pode-se verificar que no decorrer de vários anos inúmeras são as causas do
desaparecimento de nossas florestas.
Com base na análise histórica do desflorestamento, (FIGURA 1) é possível
verificar a quase completa eliminação das florestas no estado, já em 1990.
O ritmo do desmatamento, verificado no Estado paranaense, contribuiu para
definir o Sul do Brasil como a região brasileira com a maior e mais rápida taxa de
degradação de seus recursos florestais (MUTHOO, 1977 apud SONDA, 2010).
De todos os sérios problemas ambientais que temos no Paraná, seguramente a falta de cobertura florestal é a mais trágica. A falta de árvores leva ao empobrecimento do solo, assoreamento dos rios, a redução da biodiversidade animal, a extinção de espécies, e a alteração da velocidade dos ventos e do clima. São danos
19
“irreparáveis.” alertou o Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luis Eduardo Cheida.2
Cobertura Florestal do Paraná em 1890 Cobertura Florestal do Paraná em 1950
Cobertura Florestal do Paraná em 1930 Cobertura Florestal do Paraná em 1990
FIGURA 1 – Evolução do Desflorestamento no Paraná de1890 a 1990Fonte:http://www.mataciliar.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=11&evento=4Acesso em: 08/07/2011.
AULA 5 – As Formações Vegetais No Paraná – Floresta De Araucária
ATIVIDADE - 5
Objetivo: Trabalhar a atenção, e contribuir para o desenvolvimento cognitivo do aluno,
além de dar subsídios para um aprendizado ainda maior a respeito da Mata de
Araucárias.
2 Fonte: Disponível em:< http://www.acr.org.br/noticias/notic_d.php?cod=406. >Acesso em 09/07/2011.
20
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Assista os documentários baseados no livro "ARAUCÁRIA, A FLORESTA
DO BRASIL MERIDIONAL", de Zig Koch e Maria Celeste Correa.3
2. Em grupos de três a quatro alunos, converse com seus colegas sobre a
importância da araucária, as espécies de animais que necessitam dela e as populações
indígenas (Kaigangues) que nela viviam e dela dependiam, informações essas contidas
no filme que acabam de assistir.
3. Registrem as discussões em uma folha.
AULA 6 – A Vegetação da Mata Atlântica
ATIVIDADE - 6
Objetivo: Despertar o interesse pela conservação da flora e fauna da Mata Atlântica.
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Assista aos vídeos, o primeiro sobre a fauna, onde nos é citado alguns animais
ameaçados de extinção, a descoberta do bicudinho, e da coruja-buraqueira e outros,
assim como a necessidade de preservar a floresta que é a casa dos animais. No segundo,
fala do trabalho da fundação SOS Mata Atlântica, das leis que são ineficientes, do
desmatamento no Paraná.4
2. Em grupos elaborem um cartaz publicitário com o objetivo de sensibilizar a
população sobre o desmatamento ou sobre a extinção dos animais da Mata Atlântica.
Podem usar desenhos, fotos, colagens etc., é importante que o cartaz traga um texto,
frase ou slogan sobre o assunto.
AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PARANÁ
3 O Pinheiro do Paraná - Floresta com Araucárias (Parte I), disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3T08erxJlG4&feature=related>O Pinheiro do Paraná - Floresta com Araucárias (Parte II), disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YwggE3iLt9I&feature=related> Acesso em: 05/0720114 Mata Atlântica, disponível em:<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=von&cod=_biologiaseriemataatlanti><http://www.youtube.com/watch?v=EE0m8TtVgJc> Acesso em: 03/082011
21
Fazendo uma viagem imaginária do litoral a Foz do Iguaçu, ou seja, atravessando o
Paraná de leste para oeste, veremos belas paisagens e observaremos vários tipos de
vegetação, como: Mata atlântica, Mata de Araucária, Campos, Floresta Estacional
Semidecidual, Cerrado, Restingas e Mangues.
Mata atlântica
No litoral e nas porções mais baixas da serra do mar, observaremos uma floresta
tropical, a mata atlântica também conhecida como floresta da chuva, é uma floresta
exuberante, pequena em tamanho, mas rica em biodiversidade que se localiza próxima a
costa atlântica, cobrindo as regiões serranas e as planícies litorâneas. (BACKES, 2004)
No Paraná segundo dados da SEMA - Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
2010 a floresta atlântica estende-se em apenas 3,7% do território, o desmatamento ilegal
tem provocado grandes danos, e até mesmo tem levado algumas espécies a quase
extinção. Entre as diversidades de espécies vegetais desta floresta, encontramos as
canelas, palmeiras, figueiras, o palmito, a paineira, caviúna, o angico, o ipê-rosa, o
jatobá, a imbaúba, o murici, a canela-amarela, entre outras. A extração de algumas
espécies importantes como a palmeira juçara, nativa da mata atlântica tem causado
preocupação, pois além de ser necessário em torno de oito a doze anos para sua
reprodução, ao extrair seu fruto, o palmito, a palmeira morre, devido o corte de sua
copa.
O xaxim é outra espécie ameaçada de extinção devido à sua extração
indiscriminada, é uma samambaia que se assemelha a uma palmeira. Típica da Mata
Atlântica existe desde a pré-história por isso “o corte do xaxim é proibido no Brasil
desde 1992, sendo que o estado do Paraná é onde mais se produz xaxim. Mas, segundo
o IBAMA a comercialização só é possível a partir da produção em viveiro”.
(Almanaque Brasil Socioambiental, 2008, p.145) 5
A Floresta Atlântica possui uma grande diversidade de espécies como mico-
leão-de-cara-preta encontrado entre o litoral norte do Paraná e sul de São Paulo, as
5 Fonte: Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=ggD3In5t_FIC&pg=PA145&lpg=PA145&dq=almanaque+socio+ambiental+xaxim&source=bl&ots=Uf9CmImpuK&sig=w4CxvJYK-H-AmYcfd-5hsu5s3L8&hl=pt-BR&ei=Zos4TvKXK7Op0AHl76TnAw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBkQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false. Acesso em 15/07/2011
22
pererecas, jaguatiricas, iraras e um infinidade de outras espécies, sendo que algumas
correm risco de extinção. (SEMA, 2010)
Floresta de Araucária
A mata de Araucária é uma floresta subtropical que aparece predominantemente
nas regiões mais altas dos três planaltos paranaenses, dificilmente ela ocorre abaixo da
altitude de 500 metros. Esta se adapta a clima muito frio e baixas temperaturas. A forma
da araucária assemelha-se a um guarda-chuva, principalmente as espécies adultas.
Existem indivíduos machos e fêmeas, mas só as fêmeas produzem o pinhão. (SEMA,
2010).
A araucária esta sempre interagindo com sua fauna, o qual constitui um
elemento muito importante para sua dispersão.
Originalmente segunda a SEMA, a Araucária ocupava 49,8% do Estado do
Paraná, seus maiores remanescentes localizam-se na região centro-sul, a qual abrange os
municípios de Bituruna, General Carneiro, Cruz Machado, Honório Serpa e Pinhão. O
agente polinizador dá araucária é o vento, se desenvolve entre as temperaturas de 5° C e
17° C, com isso se assemelha a florestas de coníferas, possuem adaptações específicas
como as folhas pontiagudas em forma de agulhas.
Além das plantas que se desenvolvem próximas a essa mata, os animais e a
própria cultura da região esta associada à araucária. Um dos pratos típicos das festas
juninas, por exemplo, no sul é o fruto do pinheiro, o pinhão, esse é importante fonte de
alimento no inverno para o homem e também é procurado por ratos-do-mato, cotias,
pacas capivaras, ouriços e muitas aves como papagaio-charão e a gralha-azul6.
Dentre a fauna da araucária destaca-se segundo a SEMA – (Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, 2010), gralha-azul em risco de extinção, a gralha amarela, sábia,
tatu, a cutia, o serelepe entre outros. A caça é uma grande preocupação, pois há uma
grande relação entre as diferentes espécies de animais e destes com a floresta. Outro
fator que preocupa os estudiosos é a introdução de espécies exóticas invasoras, que
muitas vezes disputam espaço, com plantas nativas, o tráfico de animais e plantas,
atropelamentos e queimadas. A flora desse ecossistema é rica em espécies, a principal é
6 Fonte: Disponível em: http://www.biodiversityreporting.org/article.sub?docId=12581&c=Brazil&cRef=Brazil&year=2005&date=August%202004. Acesso em 30/07/2011
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o Pinheiro-do-Paraná, e além dessa existe uma diversidade de espécies como o,
pinheiro-bravo, canela, araticum, araçá, jabuticaba, gabiroba, cedro-rosa, entre outras.
Campos do Paraná
No primeiro planalto, a mata de Araucária aparece intercalada com campos, e
seguindo nossa viagem, no segundo planalto encontramos uma paisagem denominada
de Campos Gerais, também denominados campos limpos, que abrange grandes
extensões de terras cobertas de vegetação baixa, eram intercalados por matas e capões
esparsos de florestas. Essa vegetação cresce em solo raso, elevada incidência de ventos
e poucas chuvas, mesmo tendo a presença de umidade. (SEMA, 2010)
No Paraná, sua cobertura vegetal abrange uma área de 8,4% do território do
Estado. Nesta região destacam-se cidades como Castro, Ponta Grossa, Piraí-do-sul e Rio
Negro. Já no terceiro planalto encontramos campo em Guarapuava e Palmas. Foi criado
na região de Ponta Grossa o Parque Nacional dos Campos Gerais, para ilustrar a
diversidade desse ecossistema. (SEMA, 2010).
A flora desse ecossistema contém espécies como, alecrim-do-campo, carqueja,
vassoura, amarílis, orquídeas. Dentro das espécies da fauna destacam-se o graxaim,
tamanduá-bandeira, veado-campeiro, perdiz, seriema entre outros. (SEMA, 2010).
Por serem regiões mais abertas, essas se tornaram rota das tropas, essas áreas são
muito usadas para criação de gado, plantio de soja e outras culturas. Muito ameaçado os
campos são alvo de queimadas criminosas para substituição da vegetação nativa por
pastagens e reflorestamento de pinus. A introdução de espécies exóticas, como o próprio
pinus e o javali competem por espaço e podem causar problemas e a própria extinção de
algumas espécies nos ecossistemas. (SEMA, 2010)
Ainda viajando em direção a oeste encontramos a Floresta estacional
Semidecidual, ou floresta tropical (pluvial).
Floresta estacional Semidecidual
Floresta bastante ameaçada, composta por árvores que despontam na paisagem,
rica em madeiras nobres, como: Peroba, Ipês, Angico, Canela, Cedro, Palmeiras e
outras. A riqueza de espécies confere um estilo tropical à floresta. Localizada no norte e
oeste do estado do Paraná na região do terceiro planalto. (SEMA, 2010)
Originalmente segundo a SEMA, esta floresta ocupava 37,3% da superfície do
Estado, e atualmente a área de maior remanescente é o Parque Nacional do Iguaçu, em
24
Foz do Iguaçu, pois a maior parte de sua área foi desmatada devido à ocupação de
atividades agrícolas, uso da madeira para vários fins, e a ocupação via loteamentos de
lotes para assentamentos humanos. Nesta floresta encontram-se milhares de animais
muitos deles ameaçados de extinção como a onça-pintada, jacaré-de-papo-amarelo,
jacutinga e o gavião real.
Ainda além desses importantes ecossistemas no Paraná encontramos ocorrências
de pequena resíduo do cerrado, manguezal e restinga.
Cerrado
As características do cerrado são determinadas pelo seu tipo de solo, pobre e
com poucos nutrientes por isso apresenta árvores baixas, inclinadas e tortuosas, com
ramificações retorcidas e grande quantidade de gramíneas. (SEMA, 2010)
No Paraná, no Parque Estadual do Cerrado, localizado em Jaguariaíva, é um
grande atrativo, para quem quiser observar de perto as características dessa vegetação.
(O objetivo desta Unidade de Conservação Estadual é de preservar a flora e a fauna
deste ecossistema no estado, considerado ameaçado em função da pouca
representatividade destas áreas no Paraná. O Parque apresenta características naturais de
relevante valor ecológico e paisagístico além de exercer a função de preservação e
conservação dos ecossistemas) 7. O parque abriga inúmeras variedades da flora e fauna
brasileira.
O cerrado é habitat natural de inúmeras espécies como: lobo-guará, veado,
gralha do cerrado, gavião de casaca e coruja branca, ema, tatu-canastra entre outros. E
espécies vegetais como gravatá, ingá, pequi, pata-de-vaca, mosquitinho, e grande
variedade de gramíneas. (SEMA, 2010)
Restingas
É uma formação vegetal costeira, adaptada a ventos, terreno arenoso, baixa
fertilidade do solo, elevado nível de salinidade, devido se localizar próxima do mar. É
essa vegetação que, entre outros benefícios, forma uma barreira natural contra as
ressacas e controla o avanço das dunas evitando que seus movimentos provoquem
prejuízos urbanos. Associadas à restinga estão as dunas, formadas pela areia e
7 Fonte: Disponível em: http://www.jaguariaiva.pr.gov.br/pmj/index.php/secretaria-mun-ind-com-e-turismo/pontos-turisticos/634-parque-estadual-do-cerrado. Acesso em 15/07/2011.
25
depositada nas praias pelas marés altas e transportadas pelos ventos, gerando elevações
em constante mudança. Estes ambientes são importantes, pois abrigam diferentes
espécies da flora e da fauna, animais como a tartaruga-marinha que necessita desse
ambiente para desova, e também muitas aves vem para essa área para descansar e se
alimentar. (SEMA, 2010)
No Paraná, segundo a SEMA as formações de restingas abrangem uma área de
equivalente a 0,05% do Estado. Dentre as espécies da flora podemos encontrar a
Figueira, Pitanga, Bromélia, Angelim, entre outras. E entre as espécies da fauna estão a
coruja-buraqueira, tartaruga-verde, gaivota, garça entre outros.
Inúmeros fatores, como a mineração quando feita de forma errada, a poluição, a
contaminação de ambientes, o turismo desordenado, a educação ambiental ausente, são
fatores que se tornam preocupantes para a conservação desse ambiente. (SEMA, 2010).
Manguezal
Manguezal ou mangue é um ecossistema de transição, entre ambientes terrestres
e marinhos, sempre sujeito ao regime das marés. Na vegetação do mangue não há
riqueza de espécie, elas se adaptam ao lodo sob a ação diária das marés de água salgada
ou salobra, porém se destacam pela abundância de populações que neles vivem. As
árvores apresentam raízes aéreas, e suas folhas eliminam o excesso de sal retido pela
planta. (SEMA, 2010)
No Paraná segundo dados da SEMA, o mangue aparece nas baías de Paranaguá,
Guaratuba e Guaraqueçaba representando 0,15% do território do Estado. Os manguezais
são considerados “berço da vida marinha”, pois são vários os organismos que se
reproduzem nesses locais, e é nesse local que os animais encontram também condições
favoráveis a reprodução. Entre as espécies destacam-se caranguejos, ostras, mexilhões,
dentre estas temos várias aves e mamíferos que se alimentam dos peixes e invertebrados
marinhos, como o mão-pelada, quati e a lontra.
(O caranguejo-uçá também chamado de caranguejo-do-mangue é uma das
espécies ameaçadas de extinção. Ele é muito consumido no litoral do Paraná. Para ser
capturado exigem-se no mínimo sete centímetros de carapaça, mas nem sempre se
respeita essa regra. Quando o crustáceo consegue sobreviver, o tamanho da carapaça
pode chegar até doze centímetros. O animal se alimenta de folhas de mangue e,
26
dependendo da alimentação, pode ser marrom-escuro, azulado, esverdeado ou
amarelado).8
AULA 7 – Quebra-cabeça do Relevo e Vegetação
ATIVIDADE - 7
Objetivo: Promover a construção do conhecimento do aluno sobre a distribuição da
flora paranaense, e os riscos de extinção das espécies desses ecossistemas.
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Organizar os alunos em grupos de quatro a cinco pessoas.
2. Distribuir para o grupo um quebra-cabeça do mapa de relevo, e outro do mapa de
vegetação do Estado, para que os alunos montem.
3. Após a montagem fazer a discussão da distribuição vegetal no Estado.
8 Fonte: Disponível em: <http://pron.com.br/editoria/mundo/news/267279/?noticia=CARANGUEJO+DO+MANGUE+AMEACADO+NO+PARANA> Acesso em: 20/072011
27
PARTE 4: O USO DOS JOGOS
Jogo - Dominó
O dominó é um jogo de mesa, e sua origem é obscura justamente por ser um dos
jogos praticados pelos seres humanos há mais tempo, e jogado por crianças, jovens
adultos e velhos, muitas pessoas podem se divertir com esse jogo.
No ocidente o jogo do dominó tem seu primeiro registro pelo século XIII,
provavelmente trazido pelo navegador Marco Pólo. “Em terras brasileiras o jogo de
dominó aportou por volta do século XVI, trazido pelos portugueses, e virou passatempo
para os negros escravos”.9
Elaboramos um jogo de dominó que tem como tema “os animais em extinção do
Paraná”. Ele é composto por 28 peças retangulares, e segue as regras do tradicional jogo
de dominó.
AULA 8 – Jogando Dominó e Conhecendo Alguns Animais em Risco de Extinção no
Paraná
ATIVIDADE – 8
Objetivo: Estimular as crianças ao conhecimento de alguns animais em risco de
extinção no Paraná, além da percepção visual e a capacidade de observação.
PROCEDIMENTO DA ATIVIDADE
1. Instruções de como Jogar:
Divide-se a turma em grupos de quatro componentes;
Cada jogador escolhe sete peças e se inicia o jogo;
O que tem o animal 6x6 (carretão) sempre começa a partida, este deve colocá-la
na mesa.
O próximo deverá escolher uma peça que tenha em um dos lados o mesmo
animal da primeira. Enquanto jogam deverão falar em voz alta o nome dos
animais.
9 Fonte: Disponível em: http://www.jogos.antigos.nom.br/domino.asp. Acesso em 25/07/2011
28
Quando a criança não tiver a peça para encaixar na sequência, passa a vez para o
seguinte.
Ganha a jogada quem primeiro colocar todas as suas peças, e sua pontuação é o
total de pontos igual à soma dos pontos que os seus adversários ainda têm na
mão.
Quando o jogo “tranca”, e não tem mais a peça que deveria ser jogada na
sequência, ganha a partida quem tiver menos pontos na mão.
AULA 9 – Conhecendo Algumas das Espécies da Flora Paranaense pelo Jogo da
Memória
O jogo consiste em reunir o máximo possível de cartas, juntando os pares.
Distribuem-se todas as cartas, uma por uma, com a imagem virada para a mesa,
podendo ser dispostas aleatoriamente, não necessitando organizar em fileiras ou
colunas. Uma jogada consiste em virar uma carta depois, outra com o intuito de achar o
par correspondente se for correspondente retira-se da mesa, separe e jogue outra vez. Se
as cartas não formam o par devolve a carta na mesa e você deverá passar a vez. Depois
que todas as cartas tiverem sido pegas, devem ser contadas. Quem tiver o maior número
de cartas será o vencedor.
Elaboramos um jogo da memória que tem como tema “Espécies da flora do
Paraná”. Ele é composto por 15 pares quadrados, e deve ser jogado seguindo as regras
do tradicional jogo da memória.
ATIVIDADE – 9
Objetivo: Instigar o aluno a conhecer algumas espécies da flora paranaense.
1. Orientações para a atividade
Divide-se a turma em grupos;
Embaralham-se as peças;
Organizam-se as peças, com os desenhos virados para baixo;
Decide-se a ordem de cada jogador;
29
O primeiro jogador levanta duas peças de modo que todos os outros possam
visualizar;
Quando levantar peças iguais o jogador forma um par e fica com ele.
Quando forma um par o jogador tem direito de jogar outra vez.
Quando não consegue levantar peças iguais o jogador deve colocá-las na posição
original.
Ganha o jogo quem conseguir formar mais pares.
AULA 10 – Conhecendo Ações de Preservação Ambiental Através de um Jogo de
Tabuleiro
ATIVIDADE - 10
Objetivo: Proporcionar aos alunos o conhecimento de ações que venham a colaborar
para preservação da fauna e flora paranaense.
Características do jogo
O jogo é composto por um tabuleiro, caderno de regras, sete carta-personagem
que representam os ecossistemas paranaenses, dez cartas ação positiva e dez cartas ação
negativa, cartas bônus (com cartas nos valores de 1.000, 5.000 e 10.000), um dado para
dar inicio ao jogo e movimentar-se no tabuleiro.
Durante o jogo, os jogadores caminharão no tabuleiro e encontrarão diversas
ações negativas que os penalizam por crimes contra a natureza, e ações positivas que os
farão avançarem, pois as mesmas estarão conscientizando-os de como cuidar do
ambiente.
A pontuação dos ecossistemas será distribuída da seguinte forma:
Mata atlântica – 30.000 pontos;
Manguezais – 30.000 pontos;
Floresta de Araucária – 30.000 pontos;
Floresta Tropical (pluvial) – 20.000 pontos;
Campos Naturais – 20.000 pontos;
Cerrado – 20.000 pontos;
30
Restingas – 20.000 pontos.
Para que o jogador impeça a degradação de seu ecossistema, ele deverá adquirir
a pontuação mínima que é o valor de pontos referente ao seu ecossistema.
Cada jogador começará o jogo com um bônus de 5.000 pontos, que será um
recurso disponível inicial para salvar o ecossistema, e conforme for andando no
tabuleiro será comunicado de seus ganhos e ou perdas. Os comandos do jogo estarão
distribuídos nas casas do tabuleiro. Podem jogar de dois a sete participantes.
Como Jogar
1. Para iniciar o jogo, as carta-personagem são colocadas com a face para baixo e cada
jogador escolhe uma carta-personagem aleatoriamente, o ponto de saída de cada um
é casa correspondente ao seu ecossistema. Cada jogador irá tentar impedir a
degradação de seu ecossistema, iniciando o jogo com um bônus de 5.000 pontos.
2. Para decidir quem sairá jogando, cada jogador lança o dado e aquele que obter maior
número iniciará o jogo. Se houver empate, joga-se o dado novamente somente entre
os jogadores que empataram. O jogo segue no sentido horário. O ponto de partida
está indicado no tabuleiro.
3. As cartas ação positivas e negativas deverão ser embaralhadas e empilhadas fora do
tabuleiro, e serão usadas conforme indicação do tabuleiro. O jogador deverá ler a
carta em voz alta. Depois a carta deverá ser recolocada no jogo embaixo das outras
cartas.
4. O jogador, na sequência, deve lançar o dado para se movimentar, devendo executar a
instrução da casa onde parar.
5. Se o jogo ocorrer com menos de sete jogadores após, ter salvado um ecossistema, o
mesmo poderá optar por retornar ao jogo escolhendo, outro ecossistema que estará
na mesa, e que não tenha sido usado para o jogo.
6. Mas se o jogo ocorrer com os sete jogadores, quem salvar seu ecossistema primeiro
deverá aguardar até que o outro faça isso.
7. O jogo terá fim quando restar apenas um jogador no tabuleiro.
31
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve estar presente, e é parte do trabalho dos
professores, pois permite que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Ela
deve estar presente no decorrer da aprendizagem de forma contínua e sistemática, por
meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.
A avaliação deve ser vista como um meio do professor identificar os avanços de
seu trabalho e reorientar a prática pedagógica em busca dos objetivos da aprendizagem.
Em nosso trabalho iremos considerar o desempenho dos alunos em sala de aula
através da participação nas atividades diárias principalmente nos jogos que foram
propostos, avaliando sempre a sociabilidade no grupo, os relatos e a expressividade nos
trabalhos por eles produzidos.
O acompanhamento em todas as etapas será fundamental, para que consigamos
analisar o avanço do aluno, como também para verificar se é positivo ou não o
aprendizado com a aplicação de jogos pedagógicos. Portanto a avaliação para a
efetivação da pesquisa se baseará em observações, registros escritos e imagéticos, e
análise do desempenho e envolvimento dos alunos após cada etapa das atividades
propostas, sobretudo dos jogos.
32
REFERÊNCIAS
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BACKES, P.; IRGANG, B. MATA ATLÂNTICA: As Árvores e a Paisagem. Ed. Paisagem do sul. 2004.
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JUVENAL, T.L; MATTOS, R.L.G. O Setor Florestal No Brasil e a Importância Do Reflorestamento. Rio de Janeiro: BNDES Setorial, n. 16, set. 2002. Disponível em:http://www.sinap.org.br/pdf/meio_ambiente/O%20setor%20florestal%20no%20brasil%20e%20a%20importancia%20do%20reflorestamento.pdf. Acesso em: 29/07/2011.
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