k - SÍNTESE OU ’’SINCRETISMO ANTROPOLÓGICO? Na primeira ...€¦ · 111 1 i smo...

k - SÍNTESE OU ’’SINCRETISMO" ANTROPOLÓGICO?

Na primeira parl;e do nosso trabalho apresentamos a

nota característica pelo qual o propri.o Fromm define a si e a

sua obra - o humanismo, Tivemos igualmente oportunidade de ver

o centro de interesse e problemas de que se ocupou, os estudos

que efetuou, e os contatos que direta ou indiretamente teve com

inúmeros pensadores c/ou "Escolas” . Nesta segunda parte temos

nos ocupado da antropologia frommiana. Iniciamos com a analise

de seus fundamentos: as concepçoes de homem de Freud e Marx.

Nao res ta a menor1 duvida de que Fromm e devedor incondicional de

ambos -- dos temas e probl emas, do esquema conceptual ba si co,das

suas perspecti vas teoricas.

No entanto, Fromm julgou tanto as concepçoes de ho

mem d o Marx quanto de Freud insatisfatórias e partiu, ele pro

prio, em busca da 11 verdadei ra" definição da essência o natureza

do homem. Pscerrada esta exposição com a analise das chamadas

" necoss idades exi sfooc i. ai s" nos colocamos a. pergunta: sintesr

ou " si ac! 'o t i smo a i .tropo Log i co" ?

Gomos do ouiuPio euo ;< aa i 'umo ! og i a id•omm i aea e, do um modo ■

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Pereira Niehues, A. R., 1981: Etica Humanista. A proposta etica de Erich Fromm e seu fundamento antropologico-filosofico, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Pontificia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre 1981, 173 pp.

110

ral, todo o .seu pensamento se constitui ern autentico "sincretis

mo" - sineretismo de diferentes perspectivas teóricas, sincre -

tisrno de temas, idéias e conceitos.

0 emprego do termo "sincretismo" se justifica por

varias razoes: como primeiro fato, d escacamos a atitude de

Fromm em relaçao às suas fontes. Sempre aberto a quaisquer

teorias relativas ao homem e à sociedade, Fromm delas se acer-

cava e acabava mais cedo ou mais tarde por reinterpreta-1as a

seu modo e segundo os seus propositos. A livre interpretaçao

das suas fontes e o carater seletivo em relaçao as mesmas pode

ser embasado nas seguintes observacoes de dois de seus críti

cos:

"Fromm se comporta em rei açao a Escola de FranK furt do mesmo modo que com suas outras \fori- tes': se'J clivam ente , iden ti.fi cand o-se extrrnse- carne ate com ei as, tomando os conceitos que lhe .i nteressam e nada mais. Por isso Fromm e compte tamenfe consequente consigo mesmo quando resis- te a ser adecri to a qualquer 'escoia*. E conse- querte, porque ai.r.da que se valha de quaJ quer grupo ou ideia que se encontre no seu caminho, jamais se identifica com nada nem com ninguém a lem de si proprio, Ainda que o ecletismo deFromm nos obrigue a ter continuamente presente a perspectiva nistoriea, o fato e que Fromm se encontra sempre tao longe de qualquer escola ou grupo como suo "natureza humana" da historia".

Jobrenkov e da mesma opinião no que se refere a in

terpretaçao frommiana de Worx. Vejamos:

"Ao f a z e r u m a . r e v i s ã o c r i t i c a d a s c o n c e p ç o e s

f r e u d i a n a s cia n a t u r e z a d o i n d i v í d u o , F r o m m t e n

t a a p l i c a i 1 a l g u m a s l e s e s d o rna rx i smo . M a s c o n s i .

d e r a c o e s s o b r a a n a t u r e z a h u m a n a , a p e l a c o n s t a n

t e m e n t e p a r u t a r x o, t o m a n d o - l h e d e e m p r é s t i m o

e s t a o u a q u e l a i d e i a , a d a p t a - a a s s u a s e o n s t r u

ç o e s a h ; - i , n a í . n s i e o ! o ; u e a s . F u d e o q u e n a o s e

a j u s t a a o i e i t o d e b r e c u s c o d o s o u v e l h o o s q u o ™

m.a l o g í c o d o q a r a d o s a i : c a m p o d e v i

a a o e f o r a d (■ s.'. ia a i. e n c u o " .

! e v a. a. i'a I.,: '; ■ d e nm " a i 1ic i




111

1 i smo arrtropolofíieo" no caso de Fromm, esta na superfi cialidad a

de suas operaçoes Jogicas. Fromm nunca ai seu te os pressupostos

das diferentes abordagens teóricas nem os confronta cora os

seus. Procura sempre harmonizar pontos de vista semelhantes, o

que sempre acaba por conseguir com citações fora do contexto ou,

mudando o conteúdo referencial do preprio conceito. Fromm harmo

niza com a maior tranquilidade as doutrinas de Buda e Cristo ou

as teorias de Hegel e Marx, Marx e Freud etc. ou ainda, mais de

um deles, para a defesa de urna mesma, ideia,

Alem desta falta de criticidade, a terceira e ultima

razao que justifica falar em ”sincretismo" e o próprio resulta

do final das for mui açoos f rommianas . Man/i.festa ou, velad amarre

ai esteio presentes , d i ferentes sistemas fi 3 osof ir os , cientifi -

cos e religiosos, tod os amai gomados em urna mesma direção,

Ainda que alguns cri ticos de Fromm profiram faiar

em "eeleti smo" o que1 também e verdadeiro, juntamente com Adlso--

ardi e A, Pola.i no, achamos defensável caracterizar de "sincreti

ca" a antropologi a frommiana e comungamos ainda a mesma duvida:S\ Sde corno Fromm tem podido por de acordo em seu próprio pensamen

to, teses incompatíveis como as do pensamento, buaista, da ira-

diçao judaico-crista, da Filosofia do 1lumlnismc, da Psicanáli

se e do Marxir. roo.J




NOTAS

1 CAPARROS, Antonj o . Op. Cit. p. 136.

2 1XJBRENKOV', V.I. Op. Cit. p. 51.

5 ] SOAilDI , A. e POI. A INC, A. Op. Cit. p. 40.




PARTE III

A "A ET ICA DE ‘KO MM




Ja vimos que a preocupaçao pelos probü eraas humanos,

da parte de Erich Froiiim, s:i tuam-no numa perspectiva emin.ente-

raente etica. Tanto na ps.icanalise quanto no marxismo, Fromm

nao so buscou compreender o eomnortaraento individual e social,

do homem mas, nobre Lnd o , compreender a irrac i onal idade huma

na. Para tanto, nao nos esqueçamos de que as d.uas experi en-

cias fundamenla i s de Fromm foram, do uma parte o nazismo, na

Alemanha e , de outra, a "sociedade de consumo", na América.

Como a grande preocupaçao de Fromm sempre foi a do

"significado da exi stencia" e , esta. questão nao podia ser re

solvida nos limites de uma psicologia e sociologia estritamen

te cientificas, nosso autor voltou-se para a filosofia, si

tuando-se, desde o começo, na corrente filosofica ocidental.

E dentro deste contexto que devem ser vistas sua concepção an

tropologica o sua proposta etica.

E praticamente impoasivc.il compreender a etica frora--

miana sem o seu suporto anL.ropologi.oo, par isso, juJ.gamos,por

bem, apresenta-lo primeiro. So agcra vamos retomar a expos.i

çao da o Laica cujos pressupôs Los e objetivo ja foram apresenta

Vamos ciar' con t. i t .ui oad e ao trabalho, a bordando no




115

primeiro capitulo "EU ca Humani cia11 e "Cienci a do Homem" o

significado dar> expressões "etiea humanista" e '’ciência do ho

mem" para Erich Fromrn. A seguir, destacamos o lugar c a 'impor

tância da Psicanalise na elaboraçao da "ética humanista from-

rniana" .

Para Frormn, o psicanalista, a personalidade so pode

ser compreendida em sua totalidade e » esta totalidade . inclui

entre outras coisas a busca do "si.gni f j.cndo da existencia" e

o " est a belecimen to de normas e valores de .acordo coin as quais ?deva viver",” Portanto, a teoria da personalidade e, dentro do

la, a caracteriologia , ocupam um lugar necessário na formula -

çao da mora] segando Promrri; e o que vamcs apresentar no oap.i í;u

lo "Estudo da PersonalIdade e a Etica".

No terceiro e ultimo capitulo :i'a2'.emos algumas consi-

deracocs e ques tionament o sobre a "etica ’nurnanista e seu funda

mento antropo]og.ico-filosofico", segundo Erich Fromm.




NOTAS

:ap.a] os . A n t o n i o . O p , . t , p » J M

2 P R O t E r i c h J:, Uli ca t c a r i a j i P ■ -0.




ETICA 'CIENC i H DO HOMEM”

Corno ;)a d e m o n s t r a m o s n a s e g u n d a p a r t e d e s t e t r a b a

l h o , a t o s e f r o m m i a n a e d e q u e ,:c p s i c o l o g i a d e v e h a s e a r - 5 o

n u m c o n c e i t o a n t r o p o I o g i c o - f i l o s o f i o o d a e x i s t ê n c i a h u m a n a ” o u

o q u e e o m e s m o : - a a n a l i s e d a " s i t u a ç a o h u m a n a ” d e v e p i e o e

d e r a d a p e r s o n a l i d a d e ~ j a q u e a p e . r s o n a l . j d . a d e i n d i v i d u a l e

c o n d i c i o n a d a p e l a s c a r a c t e r i s t i c a s d a e x . i s t e n . c i a c o m u m a t o d o s

o s h o m e n s . ^

No que diz respeito a etica, Froima assegura que a

separaçao entre psicologia e a etica e relativamente recente.Que os grandes pensadoi-es da etica humanista foram filosofos

e psicologos e que acreditavam nao ser possível separar a. com

preensao da natureza do homem da compreensão dos valores e nor2mas do sua v i d a .

"Mo seu pr-onosi to de fundar a Psicologia como ciência positiva, a Psi.cauali.se cometeu o erro de separa-la dos prou/l emas filosoficos c morais; ignorou que a personal i dado humana so pode ser oomprcoudLda na sua totalidade, e que esta totalidade inclui a necessidade de encontrar uma uauju/u.ía ao pro,ilema do s i g;r; i. Pi < ad o ua ex i st;, u' .] ’ s. c deucoi .■ n ; y a.s ! iermaí.> i.io acordo com a s ou a i s d <: v; ? v 1 v o r,1! . /




118

A maior critica de Fromrn ao "homo psycologicus:! de

Freud deve-se justamente ao fato de, na sua concepção, nao te-r 'rern tido lugar os fatores morais, pois, para Fromm "e impossí

vel compreender o homem e as suas pertubaooes emocionais e men

tais sem recorrer a compreensão dos conflitos de valores e dos

c o n í 1. .11 o s e t i cos" «

Ao rnesmo tempo que l;irornni condena Freud e a psicolo

gia moderna por terem, segundo ele, favorecido o "relativisrno/ Aetico” , ve a possibilidade desta mesma psicologia e mormente a

psicanalise se const i tuirem em poderosos impulsos ao desenvol

vi m e n t o d a e 1, i c a .

Que propoe Fromm, jo que I be parece cue a sociedade

moderna oscila entre a alternativa ac aceitar os valores e nor

mas propostas pel. a religião (*• etioa autoriiaria") ou cair1 no

"rei ativi smo etico1' que postula a tese de qae valores e normas

éticas dependem, excl.usivamen te, do gosto e preferencia pes

soais e que, portanto, afirmações objetivas e validas nao po

dem ser emI Lidas neste campo?

Fromrn assegura que existe outra alternativa:

"a razao humana, e so razao humana,pode elaborar' normas éticas validas; o homem e capaz de discernir e formular juízos de valor tao va lidos como quaisquer outros juizos racionais . A grande tradicao do pensamento etico humanista legou-nos os fundamentos da edificacao de sistemas de valores assentes na autonomia da razao; estes sistemas foram construídos sobre a premissa de que, para saber o que e bom parao homem, precisamos conhecer a sua natureza. Nessa medida, foram também, fundamentalmente investigações psicologicas" .5

Como podemos ver, Fromm procura provar a validade

da ct.ica humanista recorrendo ao que ele chama de "tradicao do

pens amen t o etico iiurna n i staM , sua crença no poder d a razao e




seu interesse pela compreensão do h ornem e sua pgr.ureza o,

som mais, elabora o requinte raciocini o : a maioria dos et i. cos

humanistas eram f .i los olor. o procuraram compreender a "natureza

hurnana” ; Logo, eram também psicólogos e , portanto, a ”psiool o-

gi.a" pode servir de fundamento a etica.

Convém observar, antes de mais nada, que o autor

de "Ética e Psicanálise" não procura distinguir a abordagemr ' *filosofica d e alguns human is Las exi cos da abordagem cienli.fi

ca da moderna psicologia e, por isso, nao' se conforma com que

a ética se valha dos conhecimentos psicologicos, antes quer

que a "psicologia" se dedique a estudar o homem como "totali

dade", a descobri r "o sentido e as normas da vida". Ao mesmo

tempo que Promm quer que a psicologia retorne de sua posturaf) ~ "naturalista" a tradiçao humanista rechaça a eleição de qua.ps

quer valores e normas que nao estejam fundamentados pela cien

cia -- "a ciência do homem".

Antes de definir a "ciência do homem” e de precisar

suas funções, Fromm se dotem em assentar os pressupostos em

que se baso.ia.

"A ideia de uma ciençia do homem assenta no pressuposto da existenc.i a do seu objeto, o ho rnem, o da existência de uma natureza humana ca racteristica da. nossa especie11,'/

0 objeto da "ciência do homem" e a natureza humana. Mas, con

tinua Fromm, esta ciência nao parte de um quadro completo e in

tegrado dessa natureza; a definição satisfatória do seu objeto

de estudo nao é o seu ponto de partida mas o seu fim. E quanto

aos procedimentos pelos quais esta ciência abordara seu objeto

acrescenta:




120

"0 seu metcdo consiste em observar as reações do homem em face de condicoes individuais e sociais diversas e, da observaçao dessas rea çoes, fazer inferências sobre a sua natureza. (.*..) A. natureza humana rao pode jamais ser observada em si mesma, rnas apenas tal como se mani festa perante si tuaçoe.s definidas. Repre - senta uma construção teori ca elaborada a partir de um estudo empirioo do oomnortamentc hu mano. Resta construção de um "modelo de .natureza humana", a ciência do homem nao se distin gue das outras ciências, que operara também com conceitos de entidades que nao sao diretamente observáveis e se baseiam em inferencias efetua das a partir dos dados da o b s e r v a ç a o".8

Fromm esclarece que, ao referir-se a uma"eiencia do

homem", tem em vista um conceito mais amplo do que a noçao con

vencional de antropologi a . Em verdade, esta ciência se valera

dos conhecimentos obtidos pelas di versas.ciências humanas par

ticulares. Em "Psicanalise da Sociedade Contemporanea", vai

um pouco mais longe, inciuindo entre os objetivos da "ciência

do homem", alem da construção de um "modelo de natureza huma

na" , o reconhecimento das leis inerentes a sua natureza e os9objetivos inerentes ao seu desaorocharu Conclui no entanto ,

que a despeito da riqueza de dados oferecidos peia psicologia

e antropologia, nao dispomos, ainda, senao de um esboço da na

tureza humana.

1 .1 - Etica humanista - uma apl i caçao dosAconheci mentos teoricos da 11 ciência do

homem".__ APara Erieh Fromm, a importancia dos conhecimentos

teoricos sobre a natureza humana obtidos pel.a "ciência do ho

mem" advem do fato de fundarnentarem sua proposta etica - a "e- tica humanista". Esta deve feunir dupla condição; pri melramen to, ser 11 anfropocentrica" - "no sentido de que os seus juízos

de vai.or, como qualquer outro juízo ou a pr'OOTÚa pe




121

encontram seu fundamento na especificidacie da existcnoia hu

mano. e so ganham sentido quando sao refervidos a esta mesma1 0ex.i st one ia"; e em segundo lugar, a ordem etica, as normas

de conduta e os juizos de valor' devem ser "objetivamente váli

dos", isto e, validos para todos os homens.

A primeira objeção a etica humanista vem da par

te daqueles que negam ao homem a capacidade de chegar a "prin

cipios eticos objetivamente válidos", diz Fromm« Sao os par-

tidarios da etica subjetJvista que, na sua forma mais radi -

cal. 5 aceita como valor "qualquer bem desejado". A estes opo

si teres Fromm responde que nrel imi.narmen te devemos recordar

que "objetivamente valido" nao se Identifica com "absoluto".

Uue um julzo de probabii idade, por exemplo, ou uma hipótese

podem sei' aimul.tanea.mente validos e relativos, no sentido de

haverem si.do estabelecidos a base de provas limitadas e esta

rem sujeitos a futuros aperfeiçoamentos. Mais ainda, a contra

posição relativo-absoluto, so tem lugar no pensamento teologi

co e nao no pensamento cientifico em geral, argumenta Fromm,

'Mesmo esclarecido este aspecto, continua o autor,

permanece ainda a ideia largamente difundida de que juizos

objetivos so podem incid.i sobre fatos e jamais sobre valo

res, com o risco ca perda de cientificidade destas proposi

çoes. Fromm discorda, de tal posicionamento e lembra que, por

exemplo nas artes, estamos acostumados a formular juizos de

valor objetivamente validos, deduzidos de principios cienti.fi.

cos que, por sua vez, sao estabelecidos mediante a observaçao

de fatos c/ou através do longos processos matematico-doduti -

vos. Enquanto as ci.enci.as puras ou teoretieas se preocupam

com a descoberta de fatos, e principies, as ciências aplica




122

das preocupam-se fundament a 1 rn e n ! e com a formuiaçao de r; orma s

praticas de procedi mento - sendo o ''deve" determinado peJ o co-

nbe cimento científico <3 aqueles fatos e daqueles princípios .

Pois bem, conclui Froirmi, se em todas as artes, um

sistema de normas objetivamente validas constitui uma teoria

da pratica (ciência aplicada) baseada na. ciência teórica cor

respondente e, sendo o proprio viver uma arte, 11 a etica bums^ -/ A Anista e a c i ene ia apli cada da arte de viver, baseada na ci en -

, ' • . - „ 13cia t.eorica co nomern" -

Antes de prosseguir, queremos assinalar1 que a defi

nição frommiana de "ética humanista como ciência aplicada a ar

te de viver, baseada na ciência do homem" e iao questionável

quanto a viabilidade de sua proposta etica. Mesmo correndo o

risco de tornar esta nossa observaçao repetitiva, queremos as

sinalar o fato aqui evidente, de que àquele que, como Promm,

se proooe apresentar' uma proposta, etica cientifica, falta co

nhecimento e respeito as regras cientificas mais elementares

tais como a precisão terminologica, definição de termos e eon

cei.tos, rigor logioo. Promm, por exemplo, na o define, nesta

parte do seu trabalho, o que entende por' "objetividade" e sim

plesmerte da os seguintes sal tos logicos: ~ "Objetivamente va

lido" e diferente de "absoluto" que no contexto teologico se

opoe a "relativo"; mas, contínua: algo pode ser valido e si mui

taneamenle relativo; da como exemplo o caso de uma hipótese

e, siinpl os men te concluí que juiz os de valor (por- nao serem ab

solutos) são "objetivamente validos".

Raeioc.i iüo similar efetua Promm, jogando com a am

'b.i grtidnde de termos ta i s como "arte", "cítacia pura ou teo-




12-

rica", "ciência pratica'1, "normas praUoas de procedimentos" e

"ciência normat.i va,! . Fromm atri bui a cada conceito o corri.eudo

que lhe convém, a fim de ohc-par as suas conclusoes. Parece-nos

muitas v e z . q u e , a moi o caminho da investi gaçao, as hipóte

ses frommianas pex-dora seu carater de pressupôs j.çoes para trans

formar©m-se em certezas,

Mas, feitas estas observações, prossigamos, Resta-

nos ainda saber em que consiste a ordem etica mesma, quais

seus principios bási cos e valor es f undamentais.

Na "arte de viver”, continua Fromm, "o hoinern e, ao

mesmo tempo, o ar t.i st a e o objeto de sua arte, o escultor e oL \ .mármore, o medico e o paciente", ' e o seu desempenho esta na

endencia dos conheci mentos alcançados pela "ciência do no-r frnem" e também na habilidade e pratica individuais. Nesle con

texto, a etica representa o corpo de normas necessários a

obtenção dos melhores resultados, na "arte de viver" e, seus

principios podem ser deduzidos da natureza da vida em geral, e

da existência, humana em particular, passivel de ser observada

nos indivíduos e nas diferentes culturas,

A natureza da vida é, em termos gerais, prossegue

Fromm, a de preservar e afirmar a existencia propr.ia. Logo,

o primeiro dever de um organismo e preservar e af:i rmar sua

existencia e, ja que a tendoncia intrinseca para preservar a

existencia na o e passiva mas ciinamica, a existencia identifica

se com o desenvolvimento das potênciali dades especificas do or

gani sino, o que equivale dizer que o fim da vida do homem deve

ser entendido como o desenvolvimento dos seus poderes, de acor

do com as Leis da sua natureza , 0 I)ornem deve, si mplnsmente, ser

ele mesmo, desenvol ver-se ate ohegn r a ser o qne po! ei ic i o J men to é. ^




Fromm reouve a s e i in os princípios basilares da ética

humani sta:

" 0 bom e a a f i rum ca o da. v i d a , o j d e s e n v o l v i ril§IL~l o d a. s. 0 0 i..- e.! 'C i a i i eja a s a s , A v i r t u d e c o n

s i s t e na. resua .nsanA p e r a n t e a o :b . a .ü i ie ia ,

0 pna l re s . i d e n a rn•;t-:i t a c a :> d a s f o r c a s aumanas;. o

v i e l o c.1 a I. r r o s p o 1: su. rd. i ídüfj e uai;). c õ a s i g a mes

1 . 2 -- E t i c a e P s i c a n a l i s e

Para ErJ ch Fromm, a "natureza, humana" -- objeto da "ciência do homem", definida anteriormente, constitui a base

da ética humanista. A irnla que a "ciência do homem" lance mao de cor.itribui.Qoes teóricas das diversas ciências que se ocupem

do homem, o aulor de "Etica e Psicanálise", denomina quaisquer

"conheci mentos psicolegleos” . "1 Por isso, e lambem levado a

afirmar que "o desenvolvi rnen to da etica humanista, na sua nata

reza aplicada, se encontra na dependencía do progresso da psi-] 8cologia, como ciência teórica" . 11C iene ia do Homem" e, porta u

to, a Psicologia, segundo 0 si gni fio ac] o que lhe confere Fromm. Uma ciência abrangente, cem um objeto pouco determinado, uma

metodologia que se pretende cientifica e um objetivo nao menos pretenci 0 2 0: construir um "modelo de natureza humana" reconhecer as leis inerentes a sua natureza e desenvolvimento.

0 conceito abaroador de "psicologia" fica ainda con

firmado oorn suas roferências a psicologia de Aristóteles, Spi-

noza e Devey. Fromm nos diz que o desenvolvimento etico verifi

cado de Aristóteles à Sp.inoza, deve-se, em grande parte, a su

perioridade da psicologia di.nam.iea d este ultimo em re 1 açao a

psicologia estática do primeiro, da o progresso de I)ev.:oy , em




125

relaçao aos dois primoiros, advem do falo do este ter superado

a tendência abstrata daquelas investigações ps A col ogicas pelo

estabelecimento de ura metodo capaz de fundamentar as suas too

rias numa :in vesti gaçao empirica. Dewev ainda reconhece a impor

tancia dos fatores inconscientes na determinação da conduta,

ainda que não tenha explorado este aspecto do ponto de vista e

tico. Com efeito, continua Fromm:

"as tentai.ivas das descobertas da psicanálise ao desenvolvi mento da teoria etioa tem sido ps cassas, tan to no dominlo f i losof a co como no psicologioo, e este fato revela-se tanto mais surpreendente quanto e certo que a teoria psi~ car.ali t i ca tem oferecido contribuiçoes de par ticular relevo para o progresso do pensatnento moral".!9

A rnai.s importante contribuição da Psi.ca.uali.se, se

gundo Fromm, esta no fato de ser o primeiro sistema psi co! og.i.-■

co a elaborar unta. teoria da personalidade global. Para o desen

volvimento desta teoria contribuíram, o que Fromm, desde os

seus primeiros escritos, tem destacado com as descobertas mais

importantes da psi canalui se: o inconsciente e sua contribuição

ao desenvolvimento da caracteriologia.

0 conceito psicana 1 i tico de incoi;sc 1 ente permiti.u

a elaboraçao de unia nova teoria das motivaçoes humanas e, esta,

por sua vez, abriu uma nova dimensão a investi.gaçao eti.ca. Pa

evolução do pensamento etico, os jnizos de valor da açao huma

na passaram a incidi.r mais sobre as motivaçoes subjacentes ao

ato do que este considerado em si mesmo. 0 método psicanaliti

co permitiu abordar a personalidade global. Cora as técnicas pe

culiares ao novo rnetodo, os psicologos conseguiram acesso a fe

nômenos ate entao inobsorvaveis, ao mesmo tempo que desvenda -

vam muitas expor i enc .i as emocionais ropri m i das. e inconsci.en -

U , X °




126

Freud iniciou suus investigações, anal i sando os s i n

tomas neuroticos rn? r», o. medida que a ps iceiial 1 se i'oi se desenvolvendo, tornou-se cada vez mais cJ aro qne uai siri toma neuroti

S V /co so pode ser compreendido em refereneia a es t.rotura, do cara--

ter do individuo. CouSe, contudo, a Freud o mérito de haver lançado as bases de uma ciência do carater - a caracteri ologia,

Prornm af.i nna que "o carater, inais do qne o sintomaneuroti co, passou a ser o terna central da teoria e terapeutica

21psicanal iti ca1, . tias, segundo o critico Antonio Caparros , esta

apreciaçao o falsa dado que a caracterioiogi a ns.o ocupa Ir/^tr

central nem no sistema de Freud, nem na Psicanali se, Foi cen22trai em Reich e A brabam, nos anos vinte. r"'~~

A .i rapor tas cia a tri bu.ida por Prornm a c a ra c t e r i o 1 o g i apsicanalitica deve-se, mais uma vez, as suas preocupações eti

cas alem do que vi venci ou, nos anos vinte, o auge da teoria do carater na escola ps S cana] itio a de Berlim. Por isso, embui do daquelas proocupaçoes e daquele espirito, Promm e levado a

af.i ririar, mui tos anos depois, que ainda que a caracteriologi a se encontre na infância, e indispensável ao progresso etico.

"Conceber as virtudes e os vi eios como atitudes isoladas denuncia-se como uma perspectiva insuficiente ,e errônea. C) objeto da etioa e o carater, e so sera possível emitir um juizo de valor sobre a titud.es ou comportamentos i so-; lados, quando referidos a estrutura de carater, considerado como um todo. 0_carater_vi_r--;tiioso ou_v içi.oso, mais d o que as virtudes e vi cios jsoJswos, e o vordau o i ro oivieto da investi g a o ao et.i ca! 1 . 2 q

Se o "objeto da etiea e o "caracter" entendemos porque Prornm

faz da caracteri o.l ogia um dos lemas centrai.s de seu livro "fíti ca e Psicaiaali.se".




NOTAS

1 FROMPi , Pr ich. Ftica e Ps lean a"lise. p. 72.

2 I d . , Ibid . p. 1 0 .

3 Id ., I bid • P- 2 0 .

4 Id ., I bid.. p. 2 0 .

5 Id., Ibid • p. 19.

6 CAPAPROS, An tonio. Op. Ci t . p . 181.

7 FROT#1 , Fr1 ch. Ei:i ca. e Ps i can a’lise. p. 39«

8 Id., I bid . p . 43-44.

9 Id. , Psic a. rial.ise da Soci edad e AC on t errrp o ran e a

LOp.

Id . ,27.Étic a e Ps:i oanali se . p. -zn

p . 33.

P • 3 ^ •

p. 34-35.

p. 33.

p. 37'-38.

p. 38-39.

p . 19. p. 52.

P * 53 -

1.1 Id. , 1 bid .

1.2 Id. , I bid.

i—1 Id ., I b j d .

14 Id . , Ibid .

13 I d . , I P. id .

16 Id. , I bid .

17 Id . , I hid.

18 1. d , livid .1 o j / id., 1 b i.d.




128

20 I d . , fLi d , p . Lb -

2 1 I d . , i b i d . p . b 7!

22 CALAKliOL, An ton i .c . Op.. (L i t . p . 72,

2 b j ■ bOi j I'if.iCi!, ; ■: . j.. . ■ bi: ' L' " u * b * J J~ -j '-> -




zer aJ p;

d e e a

my i s (j c

i"'J 1.1 IT] cl) i -Í >S

e s p e c : i f ?

lham da

ciais” ;

qua.is e

da per5;

humana.

a s d i m e

0 DA P E R S O D A i d DADD 'T' T r'A

Em cont j.nuidado ao nosso fra ha] ho, passaremos a fa

umas eonsrdenaqoes qerais sobre o estudo da personailda

c a ra e t e r i o.1 o i a f remru j ana para concluir com a analise

■talhada do "carater produtivo” enquanto ideal da ei.ica

De acerdo eom a concepção from/in ana, a unidade da

human a se ma ni f es La porquanto todos os homens parti-

nsítuaçao humana", isto e, das "dicotomias existen--

a diversidade se manifesta nos múltiplos modos pelos solucionado -o problema humano. A infinita diversidade

ona]idade e, em si mesma, característica da existenoia Diz Fromm:

"Entendo por personalidade a totalidade das qualidades psíquicas, hereditarias e adquiri - das, que caraeferizam uma pessoa determinada e .fazem ú 0 I a ema ird j. v.idual idade uni ca” . 1

Deste modo, Fromm defino a personalidade mediante nsoes de r. ara ler e temperamento mas, estabelece, entre

mia radicai seneracno. 0 Icmiineramer to se refere a forma




130

individual o constituo i ouyl de reaçao; e i na to e i.mu ta /ol. Em

troca, o caro ler o o conjunto de qualidades psíquicas que o ;i.n

d;i víduo adquire a ira ver; d e suas experi cnc i as , notadarnente as

da infância; e, ate certo ponto, modificável pelo conheci^outoA Ade si mesmo e novas exporiencias. A enfase dada a es la disi.in

çao o porque a confusão entre temperamento e cara ler, diz

Fronim, tem serias oonseqhencias no domínio da moral.

"Enquanto as diferenças de temperamento caie cem rie sigr::i .f I caço o et i ca , as di f erqnças de ca. i'aíer, na mediei a em que exprimem o exilo ou fracasso do cada indi.viduo no domi.nio da arte de viver, const i. í;uem o verdadeiro probl ema mor'a 1 " , i

P ,1 - A leoria Frommiasa do Carater

As questões rei ativas ao carater sempre fascinaram

Fromm. Afinal o cara ter foi a pedra de toque do sen "freudo.

rnarxi smo" . Em "Ptica e Psi canali se" o interesse pelo carater

esta vinculado a uma analise teórica da elica - enquanto constitui si multauearnente "o objeto do juizo etico e do desenvolvi mento moral do hornem".^

Fromm admite que sua caracteri ologia constitui um

desenvolvimento especial da concepção dinamioa de carater de

Freud . Este criou, nao so a primeira, mas lambem a mais coerente teoria do carater como sistema de impulsos subjacentes

ao comportamos Lo. Por isso, insiste Fromm cm distinguir entre

" Ira ç os de comportamento" e "traços de carater'". Estes últimos

subjazem aos primei ror» e a luam como forças que mot.i varn e modo klam a conduta.

Freud considerou o cura ler como a marifoslaçao rola Li vamenle eslavel de varies Lines do impnlr.os i id i Mnosos. Fom




13J

seus concei tos do cara ter ornl, anal e genital, propos um no vo modelo cio carator humano quo explico o comportamto coirio re sultado dos diversos tipos de organização da libido. Fromm diz que esta maneira do ver1 deve-se ao rmdo de pensar matéria

1ista dominante no ultimo período do secuio XIX nas ciências/■w «vnaturais. Supunha-se entao que a energia dos fenômenos natu

rais e psíquicos fosse uma entidade substancial e, por isso ,

Freud foi '1 evado a crer que o impulso sexual seria, a fonte da energia do carator.

boi a revisão da teoria da libido de Freud que

•passou a constituir a nova base do conceito de cara ter de

Promm e dos cultoraj istas de um modo geral. A enfase dada a

bihido como fonte de energia passa, agora, a incidir sobre as

I 'C-m ci Ç O i! h 1 j (j (i O i í i (f í 11 ffC-iP t_*h 0'J i r i i u ? COili 3. 11 Ci L LI T‘G /fei 0 COíiOj [;0 Í;i0?3

mo. ,!Harry S. Su'1 í vo n, um dos maiores representantes deste

ponto de vista, deliniu, por isso, a psicanalise como um "es

tudo das relações i nterpessoal s" ,°

Dentro desta mesma perspectiva o autor de "Ftioa ePsicanalise" passou a elaborar sua teoria do carater. Alguns aros antes escrevia em "0 Medo à Liberdade" (l.9'Vl) que o "ca

rater, na acepçao diuamica da psicologia analítica, e a for

ma especifica pela qual., a energia humana e modelada pela adap

taçao dinâmica das necessidades humanas ao estilo particular

de uma dada soeiedade" . ' Sete anos depois, em "Etica e Psica- nal.i se" (I9'i8), rati.fica seu posici.cn.anie;: to afirmando que a

princip'ol diferença eiitr e a teoria Freudiana do carater e a.

sua e, de que nao se funda nos d.) versos tipos de organizaçao

da. li ilido mas, nas .formas osooei 'F i.c ar: de rela o i onarnerto da




asso do assim j J avao) e >- e;Ti se/puado iap;ar, relacio rando-se com os oatros o eoosipo mo sms ! procpr.so de social.i--

zacao) , declara Fromm'

"Estas orb eo tapoos -pel.a a quai s o i nd.i viduo entra am relaoac com o muaao constituem o een.no do sen ca rat or que, dando .la, podemos definir conio a forma ( ra 1 a !d vamorto 'aer,:,;a art d,o) am aae a arifraia ijiroai' e ca.: ,a d; aaaa r praaasso __ do

besde "0 dedo a Liberdade",Fromm susberi.a quo os

impulsos quo contri buem para estabelecer as diferenças oaracbe

r.i oJ op;j..cas cad,re os homens sao rosoltado do processo social e

r.ao da ratnreza. humaaa. Dai ter relaci orado o oarater cora o

D roc a s s o doaianlaçao a rao corn a libido cooforme oria bread.

"As riiais b-c-1 a s , asn;i m cosio as ma.i s foias irclj nações do homem,

sac. aao parte do ant, natureza humaaa. fixa e recebida 'd.i. ol cvol ca

rnea te , mas p rovem do p r o c e s s o s o c i a l c o s f or® a o ho mend’ , P toa romm,

U caralouï ' , segundo o l e , desempenha oma im p o r t a n t e

ÍNJ S' _função social., Af.irma que podemos compreendo-J o como o substi_

tu to haimano para os instintos animais ausentes; como a ,! separ-

d.a nature20 do ••(ornein" . E em vista di.sso aos da estia outra defi^

niçao cio carater em "Anatomia. da Destro ti vi dade hiumana" :

. "0 cara lar o o si.s toma relativameate permaa'cate de todas- as forças rao instintivas a travosd.o oaal o homem vinculo-so ao mordo humano e í - a l.o .ra. í.11 . J 0

Graças ao s.i stama ea ractoricõ oa;ioo , o homem nao pre

cisa estar a coda momeato deliberando frente a cada ato que de

v o realizar. Tem uma serie d o LaoMos som i •-a.oton.in t icos de pen

sarnento e oeao. A'! em do premi*.ir ao i ; d j. v i duo apb r cocren le o

."rozao'/e Imnn 1 e" o, lamrrm, ;. anae da adaptacao soara! d.o iad:.~




. , , i 1.vio'..10 a sonlen nuo.

Ouauto a forrnaçao do carater, o perceptive.!, orna evo

.laçao no pensamento frommiaro, Tj.ei.eia] mente, da mais destaque

ao fator econnmi et.; pas t ej-iormer te , a onfase maior recaira nos

fatores son! o-1;1.il.tora i n . A prioridade dos fatores económicos

pode sor’ observada ainda em "0 Jodo à Liberdade’' onde lemos:

"Assim, o estilo de vida, ta1 como e demarcado para o individuo peta pocu]iarldode de um sis tema eeonomi c. o > torna-se o fator primordial na dote rui i na çao de toda a estrutura de seu cara - ter, porquanto a necessidade imperiosa de con servaçao individual forca-o a aceitar as condi çoes em que tem oe viver11.12

_ > * <*.En: !iSt J ca c l’s i cana li se" o fator economico deixa cie ser priori.

tari o e, ern sen lugar, os fatores culturais ocupam o primeiro

plant., na fermaçao do carater:

"0 carater da criança e modelado pelo de seus pais, e desenvolve-se era resposta a ele: e __ o carater dos pais e os seus métodos do educaçao sao, per sua vez, determinados pc.i a _ est rut ur a soai nl a que per tercem. A fa.mil. i a m^oia e a ’anenoia psieruiea da sociedade' e a criança‘ J \ / /■ yadaptando-se a sua familj a» formara o carater que mais tardo a anus tara as tarefas que temi qu e d e s e i np tu;; t a r n a vida social'1 . 13

Alem do concerto do carater individual, Fromm util, i

za o do " cara 1er social". Como ,ja vá mos, esta expressão foi

cunhada a partir do 1 9 'Vi em suosti tuiçao a "estrutura 1 idibi

nai " da deoada de trinta. 0 conceito de "carater social" ’.refe

re-se a. matriz da estrutura caraoteriologi ca comum a um grupo.

Ccarater social" se constitui de urna seleção de traços comuns

a maior pariu? dos membros de um grupo e se forma como resul taA / Vdo das oxper iene ias das i.cas e estilo de vida comuns aquele gru

1 UT \ d »v -

Fm linguagem mais nprepri a d r.-. paia:; o livro "Fumareis




mo doei adi i s ta" , Hei. cio f romm, oscreve:

"0 .Ca tor f usdarr^u ta'î . -,j f ormaqa o do : Ccit i-r social1 c o o i-o or.i do "'cida 'o, oooui.da em o o 1 o e e u ouci. oo o.i o o u i o medo do proa aco e pala oco- oequo: o..o es tra. t.i. 1 io'" -ooo soei.ou , 0 ’caro ter soei u 1 ’ oeno loi lu i a o où a: ; ‘ooca particular lia er.ov o i a po; i rp.oi ea ouo o maoiodo: por toxja a oooi eda-' do exio d'oto, a ldi ni do oo ioroer util a.o loo-~ ci ovusuee to Costa sceiadodo parti caiar1' , ld

Hromm iesiste que o "caboter soci ail " ooostitui o intermediário

entre a estrutura a oo; i<o--r conom j oa e as ideH-.s c? idoais rlomiaan1 Otes ouíiío :o)c i edoo o” ' ' (Vice eoquenia. abaixo), a-yor d i zer qoo a.

' Aestrutura suo i o — o o o r i orrj í oa do uma determinada sociedade modela

sous monturos 'para que pesaan "luncionar!l sernpi'e ua d i.roqao eue

exipa o sistema, t'este sentddo). os padooeo soci.o:s dominantesr. i ' S \■.o: oapuou: de oui or eu ue;leo car a o tori .11 op i ce oornum a mooi o-

ria dos :ouï lv:i di;C:s o "raroi'.or social'’ - que o leos- a qoerer

ta zen sqoilo ooe loin de iaooo pora luncioouur oie modo a qoo a

soc:i odouo d:'1 i i zo das su. a s eoerqias pora seos respectivos od.io

t i;v os .

dddd dt*cdrH[CA

/dduAddo; ddr' ddd<.

( ^Vjdi'dddS Id IDHAdS/

(iOo Erd od Hromm - lu: - Huma ni smo Social.iota p. 24a)

0 carat or social sc. fvo, ao? en, para expl'car o ] aoo entre a

ba.se mal:or loi de uma sociedad.e e a :i superos tru tara i cieol oq i ca".

Segundo code esqo'ena se da uma re'iaçao dialeti.ca entre a base

0000001 oo;, o Garai or socoial o as snpcros tru.turss ideológicas.

Hromm procura mostrar a imac-rtaoci a d o conceito de

oa rater social cnn ostedos emp.i ri *uns cea o oduetivo de desco

trir or: varies t i pas oio 'dnouiior c o'.' i'. i " ooo exacte cm detf-nni

1 d 4




n a d a s a c i e d a d e o n c i a s s e s o c i a l , 0 e o n o e i t . o d o Hcai’a icr

c i a l " d o s d e r.ua e l a b o r a ç a . o p o d e s e r e o n s i u c r e d o o e i >;o a.o

dor* d o q u a J. g i n a m t o d a s a s f o r m a i a ç o e s t e o r t o a s u;- J

t romm .

rc-

ati oh

F:i ca perfo

ra e di.ramica do !‘oanater .social” I'j-enie a estrutura e dinarrri ea do cara ter individual. 0 "cora r. er social" , como ja tivemos

oporturn dade de ver ao longo desi,e frabalao, se constituí naexaressao mais a :r'r i.cu aaaa ce conjugara em, .uma sintese dials

ca, a teoria dinamiea e profunda do

mento soei o l.ogi eo de Karl Marx.

Lei’ de Freud. e o Viel

A re sc ju i t em os v i s t o como os c a r a c t e r e s es Lao r e l a

c i o n a d o s com a fo rm a p e l a e n a l o s u j e i t o , ao l o n g o de s ua v.m-

d a , se r e l a o i s i t . ! cam o mando a t r a v é s dos p r o c e s s o s de "assimi- laçao" e soc ia J. i z a ç a o ” . H o a t a - n o s , agora , a p r e s e n t a r , de a cor do com e s t a s d o i s p r o c e s s o s , a s p r i noi. pai. s " ortí en ra .eoes de ca -

r a f e r " d e s c r i t a s p o r E r i c a Fromm, tis t a s o r i e n Laçoes c o n s t i t u e m

j C1 íá- r. I 1 O e na o descri coes d. o cara tier de indivíduos deter

ííiinad os

Estes tipos paragmaticos de carater sao os seguin

tes: orientação receptiva, expl oraci ora, acumulativa, mercantil

e produtiva que, correspondem ao processo de assimilaçao; orientação masoqu i. sta, sadica, destrutiva, i ndtfer este e produti

va retji.i vas ao 'processo de soc ial i zaçao,

uma caracterização muito breve dcori ertaaoes i.mprodut; i va::

es í,a s or i e;i Laooes

d o non Lo d e v 1 s ta o ic o , tod a:

r,n 1 i caPi em i n.eia i.. ta ca sso

n o 'OT'oa ue Y i ver-




A f l r i x n t c í . o R o a o n i a a p a n e f . e r c a i c c i x r I z a d a . , c o m o

f a z ,;' r o n i : ; , u r l o e x p r a - a s a o !l a c o ; insa.-" . 0 .11 :d. i v í d a o r e c e p t i v o

s e n t o a " i o i t o d e t o d o bc rn " l o r n d o s i , s o e x t o r A o r 1 o , a u n i c a

m a n e i r a d a a j r a n ç a r s r u n d e s e j o s m a t e r i a i s , a f e t i v o s e i n t o l e e

] 9t a a j s a r e c c l . r a - J . o o d e s t a ;; o a f e e x f e r i o r . " ' ' t o r n n a i v - s e n a n :;o

d e p e n d e n c e s d n a u t o r d d a d e m a s , d o t c d o s o s q u e o r o d e i a m n sen;

t e r n - n o o e i d i d o s q u a n d o n o a , p a l s , p c u c o c o n s o a u c m f a z e r s o a a o

i Oj'CiM a u x i i i a o a n •

"Do am niodo po rn I , os i n d i v i d u o s pee c o r r o s p o n

dem a o n t o t i p o da o r i e n t a ç a o sae a t i m i 3 too-; a c o I ’d i a i a , a s t a L a , a in 11 a i ■. o o r t , i a o a f i . a inça r i a. v i cl á

o n as s u a s da : ’! : v a n , iisan t o r n a m - so as is . iosos a p a r a . i i z a . d o s o a a a d o vea"i am eaçada a s u a f a a t o

do subs i s t o n e . i.a." . 2.0

h O r i o r j i a o a o F . x p i C ' n ' . c l o r a , v e i n a s s i n a.1 a d a p o r F r o m m

c o m e x p n e s s a o " t o r n o r " . E n q u a n t o o r e c e p t i v o e s p e r a p a s s i v n m e n

‘do t a d o o q u o l h e p o s s a v i r d o e x f . e r i o r , o e x p l o r e d o r , err; t r a

c a , o r , a d a :i a Í: e l i p-oao .La , a s h u e i . a o m c s m o a f o r ç a p a r a o b i e r

o d u e d e s e j a . M o n c a m p o s a f e t i v o e i n t e l e c t u a l a a t i t u d e b a s i

c a o a m e s m a : a p o s s a r - n o , r o u b a r , o l i t e r a q u a l q u e r c u s t o . Fm

g e r a l , m a u l f e s f a n . i n v e j a e o i u m e ; s o b r e e s t i rnam o q u e o s o u t r o s

p o a s a e n i o s u b e s c i r n am o q u e i d o s e p r ó p r i o . , Um e x e m p l o e x t r e m o

d e n t o t i p o e o ol . o p t o m a n i a o o .

A Cn'ien ba roo Acnrulj atinou te» na expressão "conser

var” a. at:i tudo basics pels qual Fromm a caracteriza. A s pes

soas qua o ostentam ram pouca confiança em tudo quanto possam

obter oo exterior; sua scpanainça se baseia na acumulaçao e pou

pança e quaiuuer pasto e encarnando como uma ameaça. Rodeiam-- se

com um muro pro !e tor c seu unico objeti yo e i n troei izir oln 'tu

(.lo o qae puderem o, daixer ono sais, o monas pes s i. vel. dua ava naza so* esconda sota oRjatou iiadrii s is , na'a a, ananf <r

V:'": a'toa . da o o m a a. a i a- aa i a ■ n ! e a'-'deund oa mt n. ód i a an a [<a>




137

ui Do ponto de vista e J g Lí^o , Promm cs caracter.i za pe

la possessão. l a u eao amar, traúnu sempre de possuir o "amada".

E comum revelarem nun espimclc eie ioa.Uia.de para com as pessoas

o recon’iacoos, Oe indivíduos desso lipo vt-ein na iutini d .ule nma

ameaça; so o d istaue i amento o1.;, a posso IPes confore sequrouca .

A Orienfacao tjvroarvtil, tal ooeü Frormn a descreve e

produto de rossa cooi cd ade rnorcan Lil i zada , onue tu de se corn -

pra e se ver.de, irjc.lrisi.ve a personal io ade. Poderia definir -se

esla orienfaçao oom o lerna: "mudando" . E qre neste tipo do ca

ráter, a pessoa experimenta-se, secundo Fromm, como objeto mer

cantai i zado, como rncro valor de troca , As pessoas, pois, qre

ostentam um carater meroant i i , buscam exi hi r aqre] e t i.po de

personalidade exibida para. cada caso rororeto, ü nv .i amerte, sao

suje Pios que na o tem nina personal i dad e estável e penuina e

que 5 no fundo, exueri meufnm sonsaçao de vazio e ansiedade,

Promrn laz uma descrição bastante m inu■ íci usa desta

orientaçao. Este ’tipo carac Leri oi ogico« alem de sei' produto da

sociedade capitalista, e "tipicamente americano",

As quatro or:i enl.açoes improdutivas, relativas ao

"processo de soei al. i. zaçao" : masoquista, sadi.ca, destrutiva e

indiferente, foram tratadas em "0 Pedo a LiPerdade". 0 proprio

Promm, no prol ono de "Etaica e Ps:i canalise" , diz que es te li

vro, sob mui. tos aspectos, e coultnunçao daquele. Que o capi tu

lo dedicado a "Natureza Puma nu. e o taral.er"1 procura desenvol -

ver aqueles temas de caractori.ol oq i a que nao foram abordados

no livro anterior.

A Ür i O' * í a ca a n^nua;: > si a tem na palavra chave ”1 eal-

dade", sua principal es rac tori s ti ; a . ilas come cuia oric. ni. açao- . PI . , - . . . . se da num ru Pu'-1 ennmu: u o ;; • ni'1 oi, i co, ’’ ! es ] dauo" aqui S!'uu-




U 8

f i c a s ü i i í i i s ' ; a o , i 'T’t / U d a o s e r v i l -■ r o e i oi ia I i z o ç a o d e um a a t l f u

d e d e d rq , a -rf le nc . i a. a l s o ! n i,n .

"0 masoqa.i smo c o r s l i i.ei. uma t e n t a t i v a ac d e s p o

j a r do seu eu , de ee e v a d i . r q d a l i b e r d a d e e p r o c u r a r a seg; uursça oca! a ad f ’r o ' ^ d a a o u t r a p e s

soa. , E s t a p i : -r>e edei :c i a uodn a .s s am ir d i f e r e n tea f o r m a s e e í a c i Imente- rae i oaa 1 i n a i i a coma s a c r 1 f i o i o , deve i ' ou am or , e s p e c i a ! men te qua^^d;) os m o d e l o s s o c i a i s 1 eg i l im a m a lg u m a s d e s t a s f o r

mai:; u o r a c i ona u i z a ç a o 1’ .. 22

N a p e r s p e c t i v a f r o í m n i a u u , o s i n d i v j u u o s d e o r i e n t a

ç a o m a s o q u i s t a s o s e s e n t e m s e g u r o s c a s o h - j a i n s e d e s p o j a d o d o

s e u " e u ” p a r a s u b m e t e r - s e a imia p o s a i o , a um g r u p o , n a q a o o u

i d e o l o g i a . E s t a r e l a ç a o d o d e p e n d e n c i a , b u s c a d a , o o m p u t s i v a m e n -

t e , e o m e i o p o ü o q u a l f o g o a a m e a ç a d a s o l í d a o o L r a p o t e r i e i . a .

b a s a d e B a r c a E i o b s e r v a q u e , r e s t a p o r . s p e c t . i v a o m a s o q u i s m o o

d e s p r o v i d o d o c o m p o n e n t e 1 n s t i..n t i v o q u e l i n h a n a ; ; oo a c e p ç õ e s

p s 1 c a n a l i t i o a s o r t o d o x a s o , c o n v e r t e - s e em unia. a t i t u d e . f a l i d a

f r o n t e a o s o u t r o s , em f u g a a n t e o p e s o d o p r o p n o " e i f a u t o -

consciente o responsável . 0 n pa 'Ocesso:! do social izaçao" no in-p 5dividuo Kiasoqo i sta reveste a lorma essencial de suomi ssao, "

As pessoas masoquistas sao, em geral, dominadas por/, Asentimentos de inferioridade, impo Lene ia e i.nsi gtaif ico.noia in

dividual: mos traiu tendencia para diminuir a si mesmas, se pare

cem fracas para. nao comandarem as coisas ao seu redor; por is

so, acabam sendo dominadas por forcas alheias - de outros pes, . 2d soas, de n n.s t ntuiçoes ou oa n; > Pureza .

A O i ' i onf aca o ihiO i ca do cara ter no p r o c e s s o o.e so

cial i z a ç a o " coloca, para F r o m m , um prablorna de n rei aça o simbio

tioa" similar a do ma soqu i sta „ 0 que caracteriza o sariieo, em

oposi ç a n ao maroqn is i.a , c o impulso 0e !,a.PsorverH os ouiros»

bromm descrevo í.j cs tipos de i,eud<M ic i as sad > cas que




A !'I O']1 ! i /; O 01 Í 11 ■ - ■ ) ; 0 I l.’in O i I <1 >' I 4 ,0 jr. ' A

f r;: ! : V ; ]' - i( ; Mi I O O I.i.-'i - v., ! i ono o a õ j

0 p l ; o.q so p G "l nu; o p o o n n ’ ■ :. n o.o p 1 od ■ pv. i . rç. j > I ' ; ; i.u osóvoaot :.i;od..od. ‘ po odq.oo oopi . o o ;> ! o; ; so. io pop

O O S OBiJ ’ J. T î '.J/.Ï VO p O p O O J.OA ! A vp 0 V I O 1 _ ; ' d I 0,,

opooo tiQ

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m o a i a op oasaooad ou orròez

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õqn:rvio.s conpp a npv l Poq.oop rip.üppjbdooui: oo op.go £ ouio rnbocoüi op

o ouioo u.i I3GS one i psc op op. o.o[;!oporpf o ‘oi.od 4 our.3 rpeo on 0'i.oCi.|o

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l4ü

ua 1e r 1 ■ f ■ ;1 I ; /.oíia , í.aaao menos ",ífra o v i g o r da d e s t r n f i v i d.-jd o . A d o at.ru 1, .i i (iode e o prod o t.o Ca v id o 1 'a o - v .í v j t iaM

A q ua r ta o u l t i ma or i ar ta ça o ” ; mprodnt i v a 11, conn ; de

r ada p o r F r i o h Fromm no " p r o c e s s o o o sac i a i i. xc.çho" , e a O r io n-

t a ç a o 1 v,di l' ':'T',/'f O..o ou Conform idade A a f o m a t i a a , fambem es te , t i .-

p i c a da aooioa.Ia.de moderna . d o a re ir! po de o r i e n t a ç a o o i n d i v i -

duo d e i x a de s e r e l e mearno; a d o t a o t i po cie p e r a o a a 11 d o. d e que

l h e é o f e r e c i d o p e l o s p a d r õ e s c a l t a r a i s e, p o r c o n s e g u i a t e ,

t o r n a - n o como saa os d ema > a e como escoa raapc-r ar-i que e l e s e j a .

A m a io r i a das peasoas da aossa c u l t u r a , ju lgaan-se

l i v r e s , au. ton o ma r. e esponta nea a mas t r a t a - s e , e v iaen temen te , d e

uma i l u s ã o , d i z Fromm . As, ‘pessoas da nassa soc iedade , em nume

ro cada vez m a io r , d e s is tem do seu ego i n d i v i d u a l e coavertem-

A y» «■»•' /Vae em au tomaton , i d ê n t i c o s a. mi. 1 aoea cie oa t roa au tomaton (an

to r n o del.as e, o preço que tem pago e a perda cio saa i ncil v id a a

c '.1 .! aacle .

Ao to rna r-se airtoina to , d es aparece do ir; d l v id uo o te

mor da s o l i d ã o ; sen te-se como os denials - esta " segu ro " . rias,

1 ombra Fromm, a s a ta t i tu! cao de a to a 1aadiv.idaa.is e o r i g i n a i s

de pensamento , sen t im en tos e vontade p o r pseudo a to s conduz,

no f im , a s u n s f u t u i ç a o do eu o r i g i n a l p o r ura "pseudo-eu" . A

segu rança e apenas a p a r e n t o . ü i adi vi duc; que d e s i s t i u cia p r o

pria . e spon tane id ado e 1 nd 1 vi .daal 1 dade m u t i l o u sua. v id a .

"í ' s i c o l agi cameato , o au tom a ta , se bi ol ogi earner; t e e s t e j a v iv o , r.’g ta morto emocional, e mental - monte. OonenUiuto exeemi e as movimentos da v i da , sua va na e Saorro--] ne pe ias maos como a~ r e i n . Far I ran de uma fachada de s a t i s f a ç ã o o of i su i g ma , o nomem maderna e pro juü i-'inmonic m t c l i a ; em v <nrdn.de, e s ta a be ira do doneene-r o n . yà




! V:

be i i,a esta exposição dos orieataçoes !1 i nprcdu 1 i.v.

o c o r o r P t a s sondouci-O a j 7 * a a ; o . . i v a J r o m r n a n a v q c.-.e r e i ;a s t e m bio-n1

mais uma. V!:7 , uue se trata de "ti nos idoins" e que so Io

consich rado.a sopa radr : nu- to pur rp^ociocij dodelinas,. j usf Pfic:

autor1; pois , soa voxda.de, estas d i versais ori en lap.io "improd

vas" bem corro as 11 produ livra.-;’1 , eaereeom com ni nada s nas di

sas escrutaras i nd :i v i a o, a:i s do carater. Por outro fado, e

abordagem da carao texoi olopp.a i’romnri ano so faz sentido, em n

so trabolbo, se t.i versíios présente que. se/nnodo E/ú ch Fromni.

diicrenças cio oarafer, na medida em que expxumem o exiio o

fraeasso do cada indivíduo do domínio do viver, constituerr;31verdadeí i'o nroblema mora!"

2 .a - "Cara ter Erod w L.i vo!’ - 0 ideai cí a li í, i. oa d urna n i sta

A todas as " ori entaçocs improdu uivas" de carat

relativas ao processo tlc "assi.mi laçao" e " soei ai 1 zaçao" , Er

Fr-omm opoe o "cara ter produtivo" ou "ori outaçao produtiva",

mo a. forma mais inadura, crJ adora e desenvolvi da em que a cr

p;l a humana pode ser canal i zada. Trata-se do ''carater plenam

te desenvolvido que -constitui a meta do crescimento humanoY?ideal da eliea human 1 sta'1 . '

i’ara Eromm, nosso secul o se ressente de visoes

deais do homem e da sociedade. A ausência de um projeto de

homem "melhor" e de uma "melhor" sociedade, tem eonlr.ibu.ido

'o do tomem em s.i e no seu fuí.nno, ac mesmoV) 7..sa paralisia.''' A Psicologia moderna

Pr; i cana .ni se , con tinua ii romm, aau c oü s t í r.nom ex oeca o a o

rcsaoifo. a aara-r ti.au e I ep.i ; : imnnoduí i voo (en! nír-a^iO L;ji

í. 1 Cl í ! '

0 0

. i t i .

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1 !-\?

X1 e r a p e 1 ; a i va. t r e n a i ;n v;) fo ; iu.uie i; aa a da e exaus íu.va , o moame

pa uao r:>c:-t.í anoa (- ; ;.:or ern r e l a ç ã o a oa a r a tu na de aa i-atc-r n o r m a l ,

a que Pree.d d o nom i aou ('je s;o;, ida.l . Podemos o s t a P o l e e o r , d i a

Promm, uno ap roa i mocao e n t r e o r i e n l a ç a o o ra d a t i na e a i d e i a de

c a r a t e r a.onitadl cie P rend , 1 la va r ia ei o c a t a do aea. t e o r i a . da l i a i

cie, porc;1 a;avto eaiu: ae re iv .no ao estaenn. de ma du ração sexua l

qae e apeai! e em qee o P,ornent a t i n g e as c a p a c id a d e de p r o d u ç ão na.

t a r a i . Coo tudo , a lem doa La caoae j dado p r o d u t i v a n a t u r a l que o

homem toa. em eomum com o a r a m a i , l h e o p e c u l i a r a c í rpao idade

ci Cí p r o d u ç ã o ma deri a i , C1 bonnun, a lem d ° anima] racioaD.3 o so-

c i a i , o tamhem um "an ima i , p r o d u t i v o " -- e capax de p r o d u z i r ma

t e r i a l m e n t e , de f r a a s f o u m a r a matera a , uaaedo de sua raza.o e

:i rnapai.oaç.o o . 0 homem uao ao r.odo como deve p r o d o z i r a. f im de v i

v e r , Ida;;} c(.)nti.nua Peomm, n. p r o d u ç ã o m a t e r i a l e apenas o as~

adp o e to ma. i a comum da p roda rm « ; dad e como t r a ç o do o a r a t e r , '

0 " c a r a t o r pr'oda t i vo" ou " o r i e n t a ç ã o p r o d u t i. vai' da

p e r a o n a ! i dado i m p l i c a uma a t i t u d e do a o r , um macio oe re lacaio -•

n a r- se em to d o s oa campos da e x p e r i e n e i a Pumana . I n c l u i , as res

p o s t a s emoc iona i a , rnoj ita.i a e s e n s o r d a i s p a r a com os o u t r o s , pa

r a com aa corsa;; o p a r a c o n a ig o mesmo. Á p r o d u t j v i d a d e e d e f i

n i d a p o r Promu a s s im :

"A c a p a c i d a d e humana do f a z e r uao dos seus p ro p r i e s p od e re s e r e a l i z a r as p o t e n c i a l . i d a d e s

quo l h o sna i .noren t o s „ ( . . . ) P r o d u t i v i dade sip; rei. f i c a que^o homem toma. c o n s c i ê n c i a de si corno o eaicarnaçae. cios aoun poderes e como um ' s e r 1

a. lu .vo1 j eac se ae n to cano (vam ss 1 a ; ; proprj.a.s forcai.-; e eue e s t a s uao l h e sao a l d e i a s nemoca 1 t a s " . da

0 termo " p o d e re s " ano deve s o r ea toac i ido no a c u d id o de d o m in a .

ça 0 ma. a no de a a u n e i dado ..

Puomm aPi una ono , na o n i ou i.aça o p r o d u t i v a , o ao r




l4'3

humano norma i. o c apaz Po j i r i a c i o : ar-so" cqü o mando, perceno: uo

o como e ( rep rob ai trvaaioa u,o) e , s i na i j. taneame: ■ to , r e c r i a taci o-o com

suas p r o n r i a a Jacu ideai es ( eeuera ta veimou to ) . a presença. cie am

bas aa f a c u l d a a e a ,, r r p r o d u t i. va c p c a e r a f i .va, e c o n d i ç ã o p r e v i a

da. p roo u t.i v i d a d c que 2 u i ‘i;0 da n à t a a ç a o uo am bos .

Prodii L iv i dí.id o , no s e o t i d o que Tl V*e e c o n fc r . i d o por

Froiiiin, na o sifpa i.f ,i ca necc saard amou te a t iv . id .ade p r a t i ca . 0 co n

c e i t o f ronmnono dc p r o d u t i v i d a d e e, anter . de ma is n a d a , ume.

f omia p a r t i c u l a r de r e l a ç a o h orneai-m and o e. seu ob.iet-o raai s__i m-

3 vp o r t a n t o e o p rop r lo bomemi. ' 0 p r o c e s s o de naso jm onco no p i a

no esp i . r i t u a l , a s sev e ro Eromrn, na o se e f e t u a aut.orna Li carnente .

No p r o c e s s o de n a s c im e n t o do s i mesmo, e n e c e s s á r i o que a a t i

v i d a d e p r o d u t i v a i inpri ma v i d a a.s p o t e n c i a l i d a d e s e m o c io n a i s c

i n t e l e c t u a i s do hornern. d e s t e s e n t i d o , na p e r s p e c t i v a frommia-

n a , a produ t iv . i dado ap a re ce como ama t a r e f a a r e a l i z a r , utn i --

d e a l oao nos e 'p roposto p e l a e l i o a h u m a n i s t a .

Secundo Eromm, o " c a r a t e r p r o d u t i v o " se m a n i f e s t a

a t r a v é s do t r a b a l h o no p r o c e s s o de a s s i .m i l açao e no amor e pea

sarnento p r o d u t i v o s , no p r o c e s s o de soc i a l i z açao . E a t u a n d o ,

amando c compreendendo que o hornem se i n c o r p o r a ao mundo e se

] a.aa 1 i a a .

l ias cons:i d e r a ç o e s de Eromin sobre o ' t r a b a l h o em "0

Eedo a L i b e r d a d e " ai .mia t r a n s p a r e c e a p r o x im id a d e da p e rspec t i .

va m a r x i s t a da sua p r i m e i r a f a s e i n t e l e c t u a l . Diz--nos que as

n e c e s s i d a d e s , f i s.i. o l.o (q.i camente c o n d i c i o n a d a s , ía zem p a r t e da

n a t u r e z a humana e ex ibem s a t i s f a ç a o e;n q u a i s q u e r ci .ncunsta.i i -

c i a s , c.íjns t.i Lu i nd o a m o t i v a ç ã o p r im a r ia , do compor taaien to

m ano .




"... 0 }"! oiiu 'ri tem d e comer, beber, d o;r -m i r , pro-f. ego r-se contra os i : i í m igos, elo. Â fim de fa zer tudo i sa o, elo tem de Ira ba Laa r o produ zir. 0 ’ Ira..;a 1 aa’ , lobav i , aae o nade; da ge - ral ^ou a ha I.rato: a sempre trabalho concreto , ia ha a, a m l. i pn oi e terrni naO o da Lnanahbo aa deter m.i nado tipo de ai nlamn ecaaom i co" . fü

bos anos que aa: seguiram , I‘‘x'Oinn'j dea acabamento a

sua teoria da natureza humana e daa necessidade:.; existenciais,

deste novo cena ri o teonico, o traealho aparece como resposta

as necessidades existenciais de relação, transcendencia cria

dora e arraigamerto. A menos que explore os outros, argumenta

Fromm, o homem tem de trabalhar. 0 trabalho o eleva acima do

reino amimai; ele foi acertadamente definido como o "animal que

produz” . A J em de necessário ao 'homem, o Ira ba lho liberta-o da

natureza, e tamhem seu cri ador como ser social independente.

"No processe cio trabalho, isto e, no processo de moldar o alterar a natureza exler.ior a e.ie,o homem moldn e ai lera a si. mesmo. dai da natu reza dominando-a e desenvolve suas capacidades de cooperação e cie razoo, e sen sentido do ne lo. Separa~so da natureza, da unidade originaria com ela, mas ao mesmo tempo volta a unir - se com ela como seu senhor1 e construtor".39

Entendido deste mod.o, o trabalho, segundo Prornni, e

mais que uma necessidade ou atai v idade utii e pratica. 0 traba

lho produtivo, por sua própria natureza, e a forma positiva de

satisfação das necessidades existenciais de relaelonamento ,

transcendência e arrai garnento. Pelo trabalho, o homem se rela

ciona com a. natureza e com os demais homens e, o que e mais

importante, o homem se transforma e se realiza.

Na concepção frommiana de trabalho e evidente a in

fluencia de iiarx, para, quem o trabalho e trabaiiho do homem,

e o seu resultado vai ser o proprio homem e, para quem, traba

lho a! ieaado e a. cansa cie al ienaçao do homem em rolaçao a sua




fib

propria essuuc ia . uno ouatante a ineorporaçao fio.1; conceitos cie

trataibo o traeuibo alienado no sou pmaprio ci a Lema., Promm na o

ccuisegue aoraio dar uma. paia cia ideia da. profond j d. a vi e e sigoifi-

caçao dPsLe:-; concei Loa na pCT'cnccía va marxista. A cansa esta

em que ecLea concei Loa foram onxertodos num contexto antrepolo

pico, cujos pressupostos nada teia ont comum com a teoria de

M a r x .

A o u t r a d i m e n s ã o d o " c a r a ' t e r p r o d u t i v o " c u e , a o l a

d o c i o i a ' a t a . I . n o r e c e b e d e s t a q u e e s p e c i a l d,a p a r t e d e F r o m m e o

a r n o r . P o r e l o o homem a e r e l a c i o n a p r o d a L . i v ã m e n t e c o r : ! o m u n d o .

C o m c o t e c o n c e i t o P r o m m d e s i g n a d i v e r s e s s e n t i m e n t o s , S u s t e n t a

que o arnor tem quatro elementos básicos; cuidado, responsa b.i 1 i. . . , ‘ i 0 r , ~ , , j . da de, resporto e coraiceimon to . nao estais notas caracitns L i -

cas que (j i si,i npti ran o "amor pruciu Lived1 de quaisquer outros sen

bimenbas denominados de amor. 0 "amor p r o d u i t ) v o " r e p r e s e n t a a

uni ca forme, hamaua, allais La de amara 0 cari.dado e responsa titia

dade denotam que o amor e uma atividade e nao uma pai xe.o ; Fromm

exempilifica c o m o rei ato iaibiieo de lonas, cuja. mensagem, se

gundo sua inLerpreLaçao , e mor; tarar que a essencia cio amor e

" t r a b a l b a r " p i o r a l g a m a c o i a a , " f a z e r c r e s c e r " a l g u m a c o i s a ; q u e

Ia ]o t r a d a l h o e o a m o r ' n a o t n s e p a r a v e x s .

A o c u i d a d o e r o s p o n s a b i l i d a d e b a q u e c c r e s c e u t a . r - s o ,

a i n d a , p a r a q u o o a m o r - s e j a " p r o d u t i v o " , o r e s p e i t o p a r a c o m

a pessoa amada e seu conhecimento, pois, sem eles, o arnor doge

nora raia em domini.o e presse.

P o r o u t r a p r a r c e , o a m o r a u t e n t i c o , cs " a m o r p> r o d a t i -

v o " i m p l i c a u m u ma . F b . i m a r e i a ç u o c o m a e a s e n c . i a d a p e s s o a a m a

d u . F e a n F r s o n o s . s . o a i t . o r q u o r d i t o r q a e o u e m ana.) a. u m a d o L c r i n i

! a ,'i d a V) e s a ■ a ! a i a a a c t s nr ] \ at: a 1 i c i : a j (' i a L i ’ i a a ,




p O S i t i V c

pa c i. d a d. (

t r a s p c :■ r

dei' da r

e aproo-

F r omm, \

t 1 r s gu J. r

a obtenc

do q u e Io f.

rrian ipula

sarnent o

de; proc

o u s o d r

d e r o nr

u m a polé

m e s m o tc

146

’’Amar aiguem proci a Fi \/amer Lo i gr i fica relari.o

1 Lj ado o um o reuresan Pa* d:e da humanidade. íiepa-- rado do amor pcLu Fiaeni, o aror Individual. ao podo ro der i r-co aca asnfad.oa s> iperf.i cin j s e acidentais o Lera aae permanecer necessarlamen de vai zi o" .42

u t e r c e i r o a a p a a a o p e i o a rea l o h o m e m s e r e l a c i o n a

n n o n t e coi í i o m a n d o e m e d a i . a n L e a r a z a o . A s s i m o orno a c a -

? cPa a i í s a r p e r m i t e a t r o v e a s a i ' o m o r o q u e o s e p a r a d a s ca1

" . s o a s o c o r n p r o o n d o - l a s , cPi z P r o m m , d a m e s m a f o r m a o po~

" a z a o p o r m i t e - . l h e a t r a v e s s a r a s u p e r f í c i e d o s f e n ô m e n o s

: d o r a e s s ê n c i a d o s o b j e t o s , ia i m p o r t a n t e , a s s e g u r a

j a r a o o m p r e e n d c r a n a t u r e z a d o p e n s a m e n t o p r o d u t i v o , d .i s

i n t e I i n ( - - ! > o . i a o r a z a o . A p r i m e i r a e i n s t r u t n e n t a l , v i s a

; a o d o r e s u i f a i d o s p r á t i c o s ; s e u o b j e t i v o e a a p r e o n s a o

- a s p e c t o s q u e s e a f i g u r a m n e c e s s á r i o s a s u a o f i c i o s a i e

i ç a o . 0 p e n s a m e n t o p r e s i d i d o p e l a r a z a o s u p o r - a o p e n

l u t e i i g e n f e p o r q u e i n c l u i urna d i m e n s ã o d e p r o f u n d a d a -

turra penetrar a essencia das coisas e dos processos. 43

0 pensamento produtivo, tal como o entendo Promm, e

i razao com o fim de conhecer, j ntorprotar e compreen - uado material e humano. 0 pensamento produtivo supoe

rridado, uma.relaçao dialética sujeito-objeto e é, ao

ampo, uma vi saio do totali dade dos fenornenos.

11 Po processo do pensamento produtivo, o sujeito pensante e movido pelo es ti mu] o que o objeto constitui para si; e afetado por ele e reagi o ; iatercaaa-se e responde. Mas este pensamen to caracteriza-se tarribern pela objetividade, pelo respeito do pensador pelo objeto do seu pen sarnento, pela disposição para o ver tal como o, e na o como desejaria que fosse. Ps La polari dade ohjeti vai dade-sub jeti.vi dade e tao caracte- 'xai s Lioa d o peaaamen to prodr.iti vo como da produ- Lividade om gorai ".4-4




! k 7

Po.i s bem, trai-ai’ ic>, amor e pensamento i!produtivos"

se constituem cm formas pos i. 1.1 vns cie relação do homorn C0'';-;i(;0

mesmo. com es dema.i s> nomeas e com a natureza. visto sob o pris

ma das "iiocosrcidacle." exai st enc í a is" , esL;-js formas de atividade

produtivas sao respos Las saf isfaeorias as necessidades do rela

çao, tranuuendeneia e arra i gamento .

tromm considera a "produ t.í v.i dade" c o m o tendeacia na

tarai do homem. Tudo o que na o vem de encontro ao desenvolvi -

mento e rea i. i zais.ao desta faculdade humana- intrinseca sao res---

postas "regressivas", intentos falidos de resolver o probl ema

da existenc io, 11 al i eaaçao" . Convem, a esta altura, abrir aqui

um parênteses e explicitar o sentido do termo aiienaçao na

perspectiva frommiana, Assim como o trabalho este conceito foi

tomado de harx e desempenha uma funçao chave na concepção an

tropológica de ;:,ro!íüo. tas, o que de imediato fica claro e que

o conceito do aiienaçao, tal como e empregado no contexto from

rniano, difere do concei to de aiienaçao em Marx.

Tl o livro em "Meu Encontro com Marx e Freud", Fromm

expoe a sua interpretaçao do conceito marxista de aiienaçao.

Diz que Marx jamais desenvolveu uma psicopatologia sistematica,

mas nao obstante, fala de uma forma de "aleijao psiquico" - a

ali enacao

Em "Psicanálise da Sociedade Contemporânea" se refe

re ao fenomeno da aiienaçao como um dos efeitos do capitalismo

sobre o personalidade e ao tentar explicitar a significação do termo, Fromm começa com uma aproximaçao do conceito em termos

de experi encla subjetiva. Diz ele:

"Entendemos por aiienaçao um modo de experien-cia em que a pessoa se sente como um estranho.




çao" . 0 I (if.- ! ; ! 1. ra . sis draísr , o aq t i ' l . c one so jaoiiaa arse

odra do ssa,.; niaon , U .ido.!o, pois, rcprosos t a s.sas proprias: .1

ças V i la. i s eta saia Porsa. s.I. Í c aada..

Uao quoroino.s a n s i d (P..a I.! ',a y n ia is os ma! P iq u o s a soo

t o s o J a ac i.as q s- con i ' ! s a s , ao cuatus<i,o P r o s a i as’ ,> s p a r a a s

rua n o ç a o a M a a a c s e . , sa r> '0 i P j n a s , p ' S ' f i p o.n; ossa .0 'f'.’ i o f r




148

Poder-se-ia jiizer que a pessoa se alienou de si mesma. Nao se sente como centro de seu mundo, como criadora de seus próprios atos, tendo sido os seus atos e as conseqüências destes transformados em seus senhores, aos quais obedece e aos quais quiça até adora".46

Nao seria de estranhar, caso se tratasse de uma simples aproxi maçao do conceito no campo psicológico mas, o que em verdade ocorre é que esta interpretação psicológica do conceito é atri buida com pequenos nuances a Hegel, Fuerbach e Marx. Em Hegelo conceito de alienação se refere à idéia no processo histórico; Fuerbach se refere à alienaçao dos poderes do próprio homem em relação a Deus (alienação religiosa); e Marx, continuaFromm, influenciado por Fuerbach passou do fenômeno da aliena-~ ~ 47çao religiosa para a alienaçao do trabalho.

"No sistema de Marx, chama-se^alienação ao estado do homem em que seus proprios atos se convertem, para e.le, em uma força estranha, situada acima dele e contra ele, em vez de ser governada por ele".48

Mas as aproximações de Fromm prosseguem:

"Mas, conquanto o uso da palavra 'alienação1 nesse sentido geral seja recente, o conceito é muito mais antigo; é o mesmo a que se referiam os profetas do Antigo Testamento com o nome de idolatria".49

Para Fromm a compreensão do fenômeno "idolatria" no campo teológico nos fará compreender melhor o significado da "alienação" . 0 idólatra, diz Fromm, é aquele que se inclina ante a obra de suas mãos. 0 ídolo, pois, representa suas próprias for ças vitais em uma forma alienada.

Não queremos aqui detalhar mais os múltiplos aspectos e facetas que confluem, no contexto frommiano, para a mes ma noção - alienação. Acreditamos, porém, que estas referências são suficientes para afirmar a imprecisão desta noção bá




14

sica. cí :'j. an tiu/po :.ogi.a 1 ; ■■.'■ü:;;] í a: :a e o oporunnnno cum que passara,

a nau i pula-la.. /' i i eoaça o , c^ic Fromm, e ;cr;‘Ç,a da essência nu

mana oniena ida como proa n t 1 vida; i on , alienada e a pessoa qna

nao cc relacitcq produi nvamonto (mediante o traba l :'jc , amor a

razao) consigo mesma c com o mundo ext-er.ioj ; aliciados sao os

"caracteres improdutivos" d.a cara o Leriol Of5; i. £1 frommiana; aliena

da e a sociedade que impede o desenvolvimento natural da prociu

ti vi. d ade liuinar-a. Fara Fromm, a alienaçao e a encarnaçao de to

do o mal que nao esta arraigado universalmente na "natureza ha

mana". A antropologia f roinmiana parece mover-se em ci.rcui.GS

em cujo centro nos depa.ramos com o mesmo pressuposto: c nomem,

cuja natureza e b o a , e a sociedade (alienada) tonto de todo

mal -

Segundo Agnes Heiler, o conceito de alienaçao de

Fromm onlo mais proximo da concepção de Fuerbach (por1 exeinpJ o ,

na ahfa.se a unidade imediata do homem com a natureza, na acen

tuação da identidade do sujei to com o objeto, na definição do

lugar central do amor, ao pôr entre paronteses o desenvolvi.men

to das necessidades). E com muita clareza e precisão da o s.ig

nificado de alienaçao em Marx com estas palavras:

"Fm Marxx sem embargo, alienaçao nao significa deíorrnaçao das capacidades originar:i.arnente ine rentes ao homem, antes, pelo contrario, de_sen~ volv Lme.nto das chamadas 'forças da espeeie' em um rniveT~7:oci ai -g i obal, paralelo ao relativo empo nroo j mu,-ou j.j os_ r rnij vi du_os . 0 que vale dizer': os .indivíduo:; nao empoorecem no sentido de que podem desenvolver mais^capacidades que na epoea ant.orior a civi lizaçao, mas, em rei a1 açao ao crescente enriquecimento da espeeie; como consequencia da chamada "divisão natural^ do ira babo", o abismo eri tre a. riqueza da espo cie e a pobreza d os 1 n u i. v i. d n o s se í’az cada vez ma i oi'" . bü




bü

Fom et ia'.; C(>: ou :1 e oo. of s souue a caranLcriolOftia

f roasmianai o, mois espoo i F jaarm r : La , com a (‘."posição cio "cara Ler

produ'l.i vo!l acrsd .i. Lamas t;c:r■ uso! a i-et; i d o o Fira ci■ o; se projaoo a

e L i ca raasioaisLa. iJo Lho oh S'’i'C;':aa ,

Outro dado patos Lo, tanto r.:) formolaçao caracteri o-

Jogi. ca do oui modo gerai, como aa ela.horaçao do "caráter predo

ti vo" cio I dssmm, e o fenomeno coo temos desomisado de "sinorc -

ÍF smo" . 4 o ara oLeriol.cg, i o frsmmi aaa e í nfluenoiada diretamen

te por1 Freud rao.s, quao d.i st a v. Lo dela! Fas soas orai gens es Lao

1 goalmonte prosontoo:; Ahraham o Fe.ich que como Fromm tentaram

arti cu'j ar' Freud c.? Marx . Fa elaLarsçao final de sua teoria do

"oaraLor social " e tamFom aa saa tipologia carac Leriol. ogj. ca es

tao presoiFa-s Fullivann e Fomov e os pr:i ac Lpais represeotanLes

da corroo Lo "iF.il !,ura e Personalidade". ha descorai çao de crie:'“

Fações cara o toriol ogico s corno a. mercantil , produtiva, destruti

va e i nd i i'oreia Le ou auLomafi.ee cs tao presentes rnui tos dos as

pectos asaiaalndos por cri ticos sociais: a aiieaaçao de Marx,

a a nom .ia de Durkhe i m , a rac.i orai i zaçao de Max V/eber entre ou-

t r a s .

0 si.noretismo frommiario e ainda mais expressivo no

conceito de "prodativ.i da.de" , Fie se encontra arraigado em

Freud e Marx fan Lo quanto ria filosof ia humanista de um modo ge

ral , e nas ideias antropologi ca s das religiões humanistas.I ria

mos muito longe, se quisessemos identificar as origens de to

das as qualidades e v.i rtudos do "homem produtivo" de Fromm, Em

J i.nhas gerais, es Le homem, orientado produ tivamen te , coincide

r>;en i La ! " da antropologi a freudiana, liberto das




lift

.Imp! i caçoe;; o.o teoria Ja liei do, coincide cora o "homem tola i

de Da rei" cuja essência cao e " o conjunto das i-eJ açoes sociais1’

ííias o conjunto das "access i dades exi s Lene iaí s" . 0 homem da con

cG}3Qau frommiana que 't.ra nal.ua. , ama e pensa produtilamente lam

bem coiricj.do, cm to finos gorais, com o ideai antropologico da

"boa ti. Lado i ntu.ltiva" do Spinoza; o ideal cristão do amor e do

bornem liberto da concepção zen.

Uma das razoes que cos leva a falar em "síiacretís -

mo" o a for mia pela qual sao i dor ti ficadas, a cada momento, d 1 -

ferenles perspecl.i vas, (sociológica, psicológica, etica e ato

reli glosei) tarto cm roferenci.a a j.dotas quanto a conceitos. Ca

parrós oi;sorva, com multa propri.ed.ade, que Erich Fromm "se a~- r~> 1presenta como mest re orii fazer idêntico o qao o anatego" ." !.i,

para concluir, um comentário deste mesmo crlatico erri relaeao

ao "homem sao11 de t’rorum. Deixamos de explorar este outro a.spec

to da concepção frommiana cie homem, em non so trabalho, porque

diz mais respeito a hsi canal! se Jiumanista, '“ainda que, na pers

pectiva frommiana,, esta apresente dimensões eticas definidas,

Frorr.rn nos dá a seguinte definição de "saude mental"

e, por conseguinte, de "homem sao":

"A saiá.de mental se caracteriza pela capacidade de amar o criar, pela libertaçao dos vínculos incestuosos com o cia e o solo, por' uma sensa- çao do .identidade baseada no sentimento de si mesmo como sujeito e o agente das capacidades próprias, pela captaçao da realidade interior' e exterior, isto e, pelo desenvolvimento • da objetividade e da razao" .5 3

E ern comentar! o a esta concepção frommiana de "homem sao" Cha

parros escreve:

"ü homem sao de Froimn e, pois, o homem, queidentificado, reconciliado e ern paz com Deus ,




f-'oto f • < ; i : O ’ L O tai C rn ■. r ■ ;. ;j • r; r; ■ ; i. O j.d r-rj f I. j i C a d o , re ceaa.i 1. iauo a farn tii;/, carat \ ro mesma, com oa damai a a coin a. ai. i/nacsa , aa taoru Lnaaotc. l-'ronaa so: pri ri;.i fa a d í me-a.;1.0 vor'ia.oa.1., pe.i a dcatiso: i t/a t e o.aaluu\onaj an i aamcu i.e i p;c;o sera a menma: o ho!n‘->iii aao, o ' araUa: i, j va ! , e o que reo 1 i.za pi.c— namea í.o as soa:.; peacoo.i a I.! dados , o donacm com unia au larroal .i.zaçao set! fissuras, o one "satis faz p f ati a l.a vaine o I.a [a.xlas aa etas neeesslda - des' . ï-'m defin.if.jvo, o ho in ern sao c? o * homem movo', o 1 homem esaa Uai ogai co" . dá




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ci . ; i o .I. d . p . J 9

d., Ibic. p. 83

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.1. d., 1. bud, p. 8 /.

Id., I b.ia . p. 87 »

Id., 0 bio ci o a 7 a bo rd a be . p. 2 1 6 .

Ici., bd;isa c P:--:i eara J isc, o. 89.

3d. , a T.,|bc rd ade . p. 2 0 ,

Tel . , A:ij.o_1:tMii ; a do tivi dace :t). 306.

Id.-, b/tica e bai. casa. se, p. 91

• » 2. íd9rÍ5bÍi IJ/oerdade , p, 24.

"id., E]_i-2a 0 rs. carbi ise , p, 91.Id., 0 bad a a 1 i berdade» p. 2 'i b ,

J d , , A Ap"!:icaçac da baicanaas; se Hi Teoria da Marx, '.in: Mamas i sico : p. 239-240.

il ci . , 1 in a . o . 242 .

:n<anj




] 7 - o hx .- e ' ^ a i o a , a a a V'.ï ri : - .1 i rOir- a.a 0 0 99 ; ■ • !9 : : oV ,L/ t i.j ■ 0! a o : rac . i : ; 0 ■ P'- h :bb Oxd.v ' i .0 . O o u . P o 00.

( ; J '"’i 3 . : ' 3 : 3 ; 3 Jah ; , 0 9' ■ a j. .! !... 9 , V. 9/ '9.9 >. :.. .' : ! i ( ,

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3 1. .1 -.ha ; a i,. i ’ : e o i x O ' - â

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■o f i oi V . . ■ ; i. . v.-l.'. . t : c.- 9.

1 8 P a rr ; o " a d o a o . r ..o C í. ■ ( 1 a a. a a . i ; G 1 O 9 ..-j. d 9 a h OS i - a o b

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2 0 I d . , ] : ai d , p . 9 3 .

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v o r o o - c 11 o u :a: ad o

2 2 POOP P . P r . í o h . 0 X O i e Prri Ci) r a 1 i. o o . ] i . I h 3 .

2 3 PAO AD P 1 0 0 0 A POy f.

s e . O p , r -,P . p . 1 0 8 .

?h Pi 0.0' lír, 0 V i c h . 0 O e J.o a 1.0. h g rd ec i f--. p . 1 17' - j 1 8 •

c\ lj J d . ; Pb.!, d., p. . 11 Pi 1 1 9 .

2 0 I d . , l a i d , p . l l 9 ..

2 ' / I d . , i0 0 o a o I _ l i o PV j 1 Q p p . 1 5 9 .

2 8 ï d . , 0 M o d o a j a; Oe r d a d o . P * 1 4 7 .

2 9 I d . , 1. b i d p . 1 A 3 .

3 0 I d . , I b i d . p . 1 9 9 .

3 1 I d . , , P OO:: a e I Ori o a a a l > s o . p* 7 9 .

3 2 ï d . , 1 1; i d . p . 1 2 2 .

3 3 1 d . , I b i d . p . 1 2-1 .

3 i ! d . , I b i d . p . 1 2 2 .

3 3 I d i . , I b i d . p . T 9 9....]. t. 1 2 3 .

3 6 i d • , 1 b i d . p . 131 .

3' / ;i d ., 10 0 .d.. p . ] 31 .

3 0 1 d . , 0 p o d o à. 10 i a rdado. P • 2 / ; .




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4 i ! f i .. .. Í P_l . Í ; » p , ]. 7 J ,

7 7 ;; d . , Í. P i d , p . I Ó 4 .

4 p H - ] . , ' I P i d . p . i 7 i 7 „

A 4 l u , , i ’ P i . d . p . l 4 i .

/ - l ' y J ; ; . , P P c a : ( , r ; i ; v ' o e o a P a e x X " 'r ’r , : P. . O . 7 - 5 -

4P, sop . j >;4 .

4 P .i(3,? P o o P - : - i ; ; ! r o e x a 'Paxxx e P''-ood . p , /p

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>0 P!'PPT.’iP '<, /ifpcs. l l n s t r a e i o o v Kadxi c a l l s n r ,, C r ici o l a o xi. n o p o "! e g i e p i s i e o i o g L e a d e Pxoirne. j. x. : I n s ixi n i a . A gres, J. v i o' c e x ■ ( x x x ç p - r , x a r o e i o n a

Pli., Pi:’p. i.xxu i.a , i i x x ü , p , e d .

51 CAP ’A P..P03 , A x Ion i. o , Up . C i 'P . x:. 1 PC ,

52 A\ gtese primai pal de 7 Lice Puinorxi ata nÀs paiaoes basions do noinem nao ostao arra.i.ga<P.;s ex, sx;as ne cess idades L as I leixi. vas , rnes sas condiçoes especificas da ox i..s Pane i.a Panaaa, na ne ces s i onde do encontrar nova relaçao cornea Panier e a i'iat-ureza apus haver perdido o relaçao primarie da etapa pre-humanc".PRCCC, Pr.i.oP . P n .i î. xi e n ] i x e da S o c i e d a d e Houto'ooo-

ranea. p. 12.

55 Id., ibid. p. 78.

54 CAPARROd, Antonio. Op. Cil;, p. 157-158.As expressões "Psomosn novo" e "'Ponem esoatojogi ■- ce" utilisodas nés ! a citaçao se reierei!; ao contexto da rel.i.gi osidade ,iudaice e crista,




ü( íuSl t 3! >;í :íA rx) i

l o g l c a o a o l ; oo. !.!í im an i s t a I r o u m e i a r a , r e s t a --'ri o;-; a g o r a ,

d o p a s s a r m o s a. o c r o . l o i . o a o d o t r a b a l h o , l a z e r a ia; u m a s

r a o o e a s o b r e o :aj g r h . i j . . c a d o o / o u j. u n i { a ç . a o oia p r c p o s t .

a o d e o o r r e r a a o u o i a a e x o

s i c o e s . h o s s a i r r t e n ç a o o , a n t e s d e m a i s n a d a * q u e s t i o n a r a i .

g u n s p r o s s o r p o s t o a l u n d a m e a t a 1 a d a e t i o a 1 r o m m i a r a p o i s , e ci

v a l i d a d e o u n a o d e s t e s p r e a a u n o s i o s q u e d e p e n d o , n a o s o a a o o

t a ç a o m a s , ' a p r ó p r i a f o r ç a cia t e o r i a f r o m m i a r a d a m o r a l .

0 p o n t o d e p a r t i d a d a r o l ] e x a o e t i o a d o F r o m m o d o

q u e a r a z a o h u m a n e i o , s o m e n t e p o r e l a , p o d e m a e r f o r m u l a d a s o

determ.i nadas n o r m a s e t i o a a vai Idas p a r a t o d o s o s bomer s . E l o

e ( r a p a z d e d i s o o r c u i . r o f a z e r ' j u l g a m e n t o s d e v a ’i ores cjuc s e j a m

t a o v a l i d o s q u a n t o quaisquer’ o u t r o s o r i . u r d o s d e s u a r a z a o , observa b r o m m . E , r e a l m e n t e . , n a d a n a q u e o b j e t a r q u a r t o a e s t e

p o n t o d - o a r l i d a . rr r a ' U i - s e s .i.mpl e s m e n t o d a p m p o r o p r o e u r a r

a s " r a i z e s " da. m o r a l n o n r e n r u o 1 i or=if- . l i " ' t a - s o da. um a e s c o l h a




I' S .1 t.;'er; j

ijT'1 no- >rTi f;

o f ’O j. *0 íj. 'yO í'i í : \ j .ei.'1.' " •'''á i. . O T)']1

i s t e :>.0 £ v a l i d a s d e v a J í.-■ 't o s e ai o o

ur.

CpaO C' DO.Ti c

r e z a . 1 n e g a v a ; o .P r om m , a ;i n a t u r e z a a v r c . !

c o m e n t o p e l a ''bai t r i c i ; ; d o H a iu- m 11 , c a s a l , . '

c a h u m a n i s t a .

a a r

aomaa.: r:e i a Ta a

í j m c.'. j c j. •'; d il-

mí[òr:ie \ ■ ü;

Pois Períg se cama pa fiJ C ‘ .) ‘ - / 'O (J. (p i

O T, .1.0 3 m a n i a t a s a o as n o r m a s d a c o a s t i ta : i c a o b i o l a ; .. o r '

a Hiora. i c o a v a ' i alaa aa.c> e s e n e o a l:f c r r o d a t ' i v o d a s p o

t e a c i . a i i d a d a s h u m a n a s ; s e o i ‘ i_ ro i m a n e n t e u o h u m o r

em sna:;. c a a a - v t i t u . i c a o aa a : e g a . c a a aga-' . u n a e u o ;

m e n t e s e e f e t i v e ?

u eo i ,d .

e s i a maaa.n. roa:

a n d o c é u

sera.

A esta otab çoa, o dei casar da clica humanista res~

:i aaaiiso das "poaeros morai.s ao homem".“' Afirma que

rtentavel a ‘tese hamo n is fs. do qae o homem e capaz da

se elevar a. o c o < j í > e e i m o rito do bem a a t ua r de acordo cora ele, se m

recorrer a poderes transcendentes, aaoi.ada ahicameexe pela ra--

2ao, se fasse verdadeiro o dogma da inata mai.d.ada buma.ua, A

cora t r o v o r a i.a g e r u d a p e l a s p a n t o s

d e q a e o h o m e m e l i a

‘ i s t a , c o n t r a r i o a

!'i t J V.)\i i>V

problemas cata s a nanaa a a o l a s a i m a o p e j o

m s u í o um da s

sarnento f i l e s o

3 i o o o a e o j. o r i .oo o o o o i o o a t e

A e c r h . o c e o a e a a n a refio',1 ver e s i a ' i m p a s s e ,

s e m s e r d i.a l ( h a e.o , oom a t o i n a . a . c a p a z o

d a s n n e j-i. ia :a t a . : :i e 'hva t e a o i a 1 .s c i a d e s s e




c ao da r i a s ' 1 . Promu ! em s ra aao uo eno.:a raod eu o os i.oi:.e;:; cio 'O; ■■

dade o lU-Adode huna.n.a o íoo- j . r- iroü i oco/;-; cox pj 'esss o oa t e o r i a oo i

c o l og i c;; Oo 'Pimpo too da v u fr o i m p o l s o do oo: te'' de I'rc-nd;

t e cooccsu .a a d es luoPaur iaao e; coma i o i r e o t o o o o e r dooo.ro:, e oo

tí i f e r e em r e l a ç a o 0.0 o s j e t o a qoe oe d .i. riaa- , .A a eeu.ra t.i </ i d ao 0

d i r i g i d a c o n t r a s i mesmo s e r i a i .aversumesa. 0 p r spca u i or.ai a deo

t r ' u t i v i dad e c o n t r a 0 0 o u t r o s . .

Promm d i s c o r d a d c a t a n i p o t e s e f r c a d .a .aa a a f i r m a

que os ioo i v í duos oe d Put i sgonai p a i o g rau da aao cfaaPru 11 v 1 d a

de t o t a l , p o i s , 3 d e s t r u t i v i dod e pa ra coíl os a n t r o s e p a ra

c o n s i g o mesmo aparecera cumpre u n i d a s . Po seu euataoaer, 0 qae

se v e r i f i c a o qae as f o r ç a s d e s t r u t i v a s da v i d a sao inve rsâm es

t e p r o p o r e i aao i s a;; f o r ç a s p r o p u l s o r a s de v i d a . ’’Quand o a teo-

d e o u i a v i t a l p a r a 0 c r e s c im e n t o e n c o n t r a um o o s t a o u l o , a e n e r

g i a re ta da s o f r o sua t r a n s f o nnaçao e conv e r tese ern enorg i.a

d e s f r o i d o r a de v i d a " P o r t a n t o , sao os cocui i c i osarnea tos Pod P-

v i d u a i s o ' ' ' : 1 ...' I : ■ s a : oo.u.sa.m a pra xa<l .i z.açao da 0.1 a: 1'g i 0. : : c: s : .

v a ; sao 0 3 re su on sa v cals polar mani f es ta çao d e s t r u t i v a que , p a r

sua vez c o n s t i t u i a f o n t e cia s d i v e r s a s m a n i f e s t a ç õ e s do m a l ,

0 nomem f rcmin í ano o , p o i s , c o n s t i t u í d o do ’’p o t e n c i a l i d a d e s pi r i

m a r i a s " - que sao a t u a l i z a d a s m e d ia n te a peesonca do c ond i-

çoes favor-ave is e n p o t e n o i a l i dad es second a ri. a si ’ - a quel, as que

so se r e a l i z a m quando as c o o d t ç o e s neo co r respo : uiem as ' 'neces

s i d a d e s e x i s t e n c i a i s ” , l ’as to a p o t e n c i a l i dade p r i m a r i a quan to

a s e c u n d a r i a , c o n c lu i . Promm, fazem p a r t e da n a t u r e z a humana e

podem inani f e s t a r - s e com i g a o l i n tens i d a d e . I s s o q u e r d i z e r que

o homem na o e neeesoa r l amante mau; vem a sc~!.e, coando aao se

ve rs i f icom as eouc i içoeo p l e o a s do seu d eoesvo] vai mon to . ,50 mal

e a u . c e de o x i e t o o o i u au t, t u; i os': ; e a f i n a ] , a auscue . ia do ; em, om




A l a d a . n i ' i o r e l a t e f ■ r n c o : A ' c ' t a r o > . p > ! i ! ' t ; L a r u e i i t . ; . - , " i : A r i e r a ;

s o a L c r n ; i O p r i n c . i n 1 o r o u : - ; ; : « ^ n u l a r ; o , a p r o f i s s ã o d o f e o e . a r i d a

r a ' O r : / ■ : 0 - r r ; c i a d o s i g j i í A a u e a s i I r e o s i s t a t e s ’ ; o r : : s i n a l r n o o t e , o s

b o m e a a s s o m o s s e a s e i g t a i s , p a r q a e a t o o t o r e z a i s t t e m f e i t o

a s s i m . 0 h e a n e m q o e d e c l a r o u , t o l a p r a s s a i r a \ e z , S e s t a f e r r a m e

IK ........ .....................

A o r e a ç a f r o m m ia r a 1 odes t r o t i v o l r a " s itos L a n c i a h u

mana b o a ’1 o f o r n o o c a a o oatoo. o f a to do qoe sou e n f o q o e coados ,

i r r e m e d i a v e l m e n t e , a uma e t i c a sem i i bo-rdada . 0 :iao i. e ros ; :o v i

t a l real a; i m p o r t a n t e do bornoia, a 1 i ao r ta !] e , u ao ■ o or f r a e o i

s a qoe o d o s e n v o l v i s ient o sem o b s f a o a i l o s do orga ; oasrno hum ano . A

l i b e r d a d e voai a s s o a u r a d a p o r a q u e l a soo i o d a d o qoe ' p o s s i b i l i t e

t a l d e s e n v o l v i m e n t o . Cons i d .e raodo-so que es ha s o c i e d a d e oao

e x i s t e , p a r e c o - o o s r a z o a v e l . q o e , a i n d a q u o a e e i L a s s e m o s a s u a

f f f

c o n c e p ç ã o a n t r o p o 1 o g i . c a c o m o f u n d a m e n t o v a l i d o p a n a s o a e t i c a

h u m a n i s t a , e s t a r i a r n o s d i a n t e d o u m " n a t u r a l i s m o e t i c o u c o p j -■

co" .

O u t r o a s p e c t o , n a o 'm e n o s p r o b l e m á t i c o d a p r o p o s t a ; o

tica f r o m m i a n a , d i z respej to ao c o n t e n d o d a s aço^s morais e c s

f V *>* f f

t a d i r e t a m e n t e l i g a d o a "concepção sntropologj oo-f ilosof i.ca -da

e x i s t e n o i o humana",

A p e s a r d e s u a preocopaçao de integrar a s u a concep

ção a a h r o p o l o g i ç a a v i s a o bei s t o r i c a d e b l a r x , o concepção f r o m -

mi a n a d e homem r o s n f f a a b s t r a t a e e s p e e u l a t i v a o q u e , t a m b é m ,

s e r e t i c l e n a s o a p r o p o s t a e t i c a . 0 a u t o r d e " E t i c a e P s j o a r r i --

i se " p a r e c e e s q u e c e r qne "o m o r a l o a s s e g u r a d a p e l a n a t u r e z a

itmas e r o a oa




.1 :a j

Fie 3 mo caa . 'm , E r i c a Fromm p a r f o q r umas ooi' i ' i. d e r a -

poea i ad ; ; y . ■ i.j. ya pr;:,, n l o va. I. i do a,, J. ombro -a os A . Fapa .oro a , i '-o]

ana'ii,o t o o a e t i . e a p r e a a u p o e i a a a; a aLro^ao i j a e s b o ç a d a f i ) or.ox i ■-

oemcante a parat i r do a aa coadc i mo:; Los o Lea L ; A i. o; ua . To-do ra IF o-

i c o a l - , r a o ao oa d ado a da. as taoopoic.'g ia,

a de am mode g e r a l . Tsso p?.ro;;e e a J d e n ”

La e no oca ao r i o . 0 a s p e c t o q u e s t i o n á v e l da aaa 'pe rspec t . i va e

do ooioo o co jAdeoirnf" : Lo p u r o o s i m p l e s da n a t u r e 2 0 humana p a s s a

a ao t r a n s i o r a a i " , c u q u r o t o ec" 'doc in; on to- e , sem m ed ia oao n e n h u

ma do l i b e r d a d o , como d im e a a a o t o t a l i z a s t e do s e r hum ano , em

a'a a t e g o r j a o Li o a . '

Ao qoos t i o a a rm o s a c o n c e p ç ã o frommi .aaa do ao lo roza .

h a m a n a , e s t a m o s rTCossax-iamesate q u e s t i o n a n d o as cham adas 'Pie -

oess id .ao .oa ox i s t o n e i a:i a" , ou t r o p o n t o v u l n e r á v e l de a a a an I r e -

po l .o g i a . F a r e e e quo a on so a n t , o r , a is ravos do quo e t c de n o m in o u

" C i e n o i a do homcmr , rc oca s Lru i a a n a t u r e z a h um ana em. g e r a l a

p a r t i o r da e x u e r i e n c j a do lapmom o t a a l , ma:i s p r e c i s a m e n t e , do b_o

rnem em sua rcO a ç a o coin o rnundo no s i s tom a c a p i t a l i s t a ; e , p a s

sou a e x p l i c a r ' , do utiio. fo rma n a t u r a l i s t a , o que f o i , sern d u v i

d a , r e s u l t e d o de nm J ongo p r o c e s s o h i s L o r i c o . A lg u m a s n e c e s s i

d a d e s e x i a Leac ia : i s do homem a.Lual passam a s e r cons: id e r a d a s a s

n e c e s s i d a d e s ba .s Jcas " d o 1 i.orneml? .

De a c o r d o corn Fromm, a u n i d a d e da e s p e c i e humana se

m a n i f e s t a p o r q u a n t o t o d o s oa hom ens , do t o d o s os t e m p o s , p a r

t . i l h a n i da mc-r.raa " s i t a a ç a o humana" ou "d i c o to mi n a s e x i s ten

c j. a i s " ; tom os mesmas n c e e r s i d a d e s . A d i v e r s i d a d e se man i f e s La

n a s m u l t . i p i a s f o rm a s p o l a s q u a i s o homem s o l u c i o n a o p r o b l e m a

da ex j s t e u n i a , on o quo da no mesmo, o rnodo como s a t i s f a z as

A s f o r m a s p rod n i l v a e i m p r o d u t i -




' ' \ * ' ' ' ’ ■ ]

s j. : n l ro no de t r a ç o s que.' clef icem o ,! ce r a i: c :v' p r '(af. ci;, j. v o i! son; e

cio cia r;C'Ciç:ji de med o n o , 0 " c H n i l c r p r o d a PPvoi? e o iciuaJ. ce> ap i

ce oo;îj o q u a i o J .oceeea v o l hum a- >.< n t a que n- F r-onun, a l i men t ou a.

e s p e r a n ç a de s a l v o s e Í lomem a l i c u a d o cio sa is i uma cap Í ha ] i. s h a .

dada ci i n t i m a c o n e s a e e n t r e a o n t r n p o l es, la e a e h P -

ea. Puma n i s i’a fromm ie : u, , somos I cvado i ; a c o e c l e . e r que sea. p r o

pos ta . e h i e a e t a o v u l i e r a v e l q u a n t o sua eameep-çao ane tropo i cap -

ca . P a s , ope sa i* d e s f a cons ta , t a e a o . a r e f l e . x a o e t i c a de Promu

n a o ce d C’ t o d o d e s t a t u i d a de s:i pu i j 1 i cad o , C) e e f o q u e p s i no tops ; no

p e l o q u o i a tond a os pm a i .e rnas c u d c c s s s a l i e n t a a J.mpeeosctvnJ L -

v c i caret r i oui eao eue a P s i colopei a e Ps i c a s a Pince podem dax- os

o e ci i s eus sa c n o s v a i . o r e s e h i o o s » Vis-te. soi; e s t e

a roud ioxao teommie aa. e o.o m ic i to v a l o r p p J a s s u a s p e m u . s e e h e s e

a t e m in n n c i .osas a c a l i seu psiecPl o g i c a s .

O u t r o a s p e c t o p o s i t i v o d a s a^ad. i s es f r o m m ia n a s c a

p r o o c u a a ç a o com o ho?/iom, em sea t o t a l i d a d e , nu usa epoca. e;a que

e s t a m o s s e n t i n d o , c ada v e z m a i s . a n o c i v i d a d e d a s vi s oe s e s t a n

A /Vques do s d i v e r s o s ramos da c i ê n c i a em ge ra l . e . d a s c i ê n c i a s

hum anas e;n p a r t i c u l a r . P i n a l m e n t e , a p r o p o s t a e t i c a írornmi ana ,

como um t o d o , ,e um p o n t o de p a r t i d a f e c u n d o panas n o v a s r e f l e

x ões c l i c a s , e u n t o p e l a a t u a l i clucle dos p r o b l e m a s que a t o r o a ,

q u a n t o pe la s ; q u e s t õ e s e h i p o t e s c.s que s u s c i t a ,

Pesrno ap o s quo.so c i n c o d c e a d a s , a. i e i . t u r a de 'Mi uu ca

e Ps i cana '] i se " c o e L i a u a a P h a u u s s a r e mesmo a o n l a s i a s m a n .

p o i s , e a o u ra de um ai., i a o quu a s i n a s e o su d e f . i u o como am




] 62

11 r.:I !jn;-i j d G l.G r o d i. -,. i " ,

fl i Î ( j i f; ! : I G. g i'i I c i v P ! G ’ g c g : g v g \> ■,. j , w f i •' ■ j v i-i 0<:p gog.íggg ' g . ;• \u-'~y dGG :.g-gg r .. s . 1 .:j :í g í ’ :; ro-

i ;; í-M ï'i 5 (Jin !)■;(. j l i O i U if; GC- _g : ; -G i i G. , G G . ' - q ^ e G Gi j i j i . i r': "L1 • T ■ ? • g g o la t . - g 1. i c ' j 0 u G O j o o o f i r ! .’ c j -

d a ' j i ' 1 , G f r ’l i C i. d a d i , i ' JG G G d : ... M




NOTAS

J. 1' i '.'Olir'i . !j .P ! C b »

? T d . , l a k l . p .

0 T d » , I t o d . p .

O i; i c a e I ‘ a i c a na : J. s o . p , j

280-907.

0 9 0 -2 9 6 ,

A Id.

O d 0 <

bid, p. 090 .

ious i jé rv j , t o o a d o de HEOIOOOi 0 i. t . D.

o r 'unia cbi a c j a a a o .sobre

■al. ï n : - f l o r a l e Ooci

6 OAiOuiDV, R o g e r

daiüoiTl.o oa iR i o d o J a n e . i r o , Oaz e T e r r a , a'j xj

7 OA PAR ROT , Anton.i o. Op. 0 :i t,. p. 200.

I d . , R a i d , p . 2 2 .




(: ü ri vi i., !j A 0

A o 1 cri g o ciesfo. d i o o e r l a o o o p o r c e g o i ru or. o o b j o f i v o

d e o x p o e o s p r i . n c Lpj o c luiii.cos d a e t je. a primai i o L a d e Too.i.oo

F r o m m e v o r i f i c a r s o a e e r t r o u o l o g l a , p r e o o o p c r r t o o . i u o d r t m e r f o

0 . 0 p r o p o o f o t l i o . ' o e o o o t i L o i o orna c i o to. s e rfro t o o r u o c d o Ftarx

o F r o o o ce.) i or ,! oi. o c t e t . i o o o o a.rrlooepel rov :.oo:! .

Vimoo eoe o p r o j e f o f :r-cuïoïîr aoo f oedtoneto ta ! , o p r t ora

f a d o nos; p r i me i r o o s r o s da d o o a d a do t r i e r a . , c o r s L i f o i e.-- se oo

i o t e o f o oo o b t e o onia roi a f e a e o i.a.i o f rca e n t r e a c o i caeoilrLoo oo

F reud c o mut o c i a.! i omo a.Lotoioi oo do Fia ex. Fo o u t e r . t e , oo r a o

Fouvo ui io o o e f u r o o r t ' r e o Fromm u f r eu.d.o-ma rx r o far' ds o ooaoa do

t r i n t a , o ouvo p o l o n o u o o , orna o e n o i v e l modacoo. cm r e l a vao ao

Fromm ou.FF.iea J i o La'- que f o i ror doLPooaoujo sa A n c u l e u o qoo

a ou Fou p e u oo e o o f i gu e u e , na d o o a d a l ies ' t o r Lot1.

Fortro oo f a tore.o p r : uc i p a i o cFrot: muoFooooo d r o r a o a

mes ao .i n Í"! o’onc.i.as r e e c o i . d a o t o o o o t o ' . r o oooi. o c u l t u ro X um e e l

c a t o '.gor, p o r ooa voo:, c o n f i r m a ram o dera- aotf; voorrri o oourei.aooo

f romm. ioua do quo o reouPlfma Fsomeo sie ro t ec Log.i a o o qoo co 'ro

f o r o ao L ig ' i t apõe i i Poe dt' o r o t o r . i do Loiioin com o ma;,de* o aao




a sadr

c o i t o ' v; í!f' , i 'T i O o; 11!

C! C: O I ,

■ J ! " . L I

>o o )■:

SO' ( >1 J [ ’].

s o: ■ st,'c.s e.x 1 s i , o

OS. /'-O Ci GOGO VOJ V i 0; >.S 0!. O OO

d e " e s o e n o j a ü O .SOíoOn’

r. ; T '

Losl'olto eom as oonsouçoes do homem st o a o

o a i x ,

i ;

•;n’ gt.íocs Icssmu.l a r oua própria corooposo . keconcio o !.o

'OOú chaveo destoo teorias e conse:

toei u coo - 30-0 porte; d ia o a uo tor [Oto; a co. o o a

tureoa" oo "osnencj a do homem'', prossopoooLo quo, d.o pos to

visia f i.looof 1 oo, caracolar.! sa. uma roo Lura meUjft si o a .

1!

0 G

Deíinidr a "assoreia do homem" como uma ''cor trad J --

çao iaeoeote o cosi s i.encoi a humana" , liri eh Fromm poissa o soa. oxpli.

citaçao, desenvolvendo u m a ao tropel ogi a cujo troço oaroorosi o

tico o o .oataroJ.isino teorioo do. personalidade; nela os coroei -

tos do "essore.: sd! (os : o r o j . . a g e r e r . i c a o '■ n a t ieoc

::a" ( or ooi s o rm ologioo) oo’ idontili cam

numa

on t IsLicaçao

consoles ce oo nao, esta umo das rasoes da o.i.sooroiaa vxsao e

interpro Laca o cias 'Leoioi.as aatrooologicas do Marx o Proue!. For

outre lado, tendo c:omo m i c o critorio do verdade "seed’ human.i.s

mo , Leve-se aseuto a t.odas as i ni lu e ne i as te or ica o ooo, d!

alguma forma, t Lvoosom em m.i .sa o noem-eotar do homom", e u o? r

s (o v, r a s a r so? ci g- o 11 ! o os. i .

z uo v i c.oos antropolcg ■ c

i n a i ; . - o cs p r o a l o o m s , orna

ora Frouo, sud a on .Jésus, Harmonj

■ a Ci d m sr es c r o s s e a i r o s o

j i.' a 0 1. S : n a o m o r:

que o j i o a J i oro .' u o o r p r o i . a o a o




” rrcui;.:. vn '(T:.: J .ad ‘ airopa.uA. up

o gbobu : op a o p o d ou a .xoaa « o-UAop in- i’.uoq ok puaapoq

í;í, I a j ooq 'oouioau: oop 0 0 :0 0 0 ï.:louau op 'cpcuiu']. b p:;d o n a a o o a rdui rg

á apBpoxaoo Bp so i . ; : c zT ' io , i t ^ s oo raaaaqíu.or oop apoaruvod ooo uo.Bp

. laq i X » 9p a pop r [ piproood bu a,xa .onb ,po .)o ppit iBa i;od it sun op o ox

-ll'].SOd 'Gi i.S ‘ SBA.UX OB ‘ GBl.lt î O'|U0,.10 G0 001'). I od. 0 ] aCOJd U!B. : Aop.l ïïd

poo ’G-p . iBoadoa 0 5 op o,ia sopi.:ri.iu 0 0 [Bit: o oxr.o-Bx obboox j io\ lo Bp

C OABJT)-B OBÔBU.O f-[B B 0 O » U- Ol LU'? O 0 OB aT M B ‘O m PB'CBI 0 O'pARTp

-oui ao--JOA i OAUiaooo B o:|.do a ) 1!am'poX:)b o q od. iso!,.:;;;:.; op o px ooxS p io

C'BdBi'i.iojap a o b 5buox [b b ‘ iiiuxj.x,q b paodaaq.u r oooo P ;]

* pp;.'xpea. rdoo b o ot h i.o op p i u a i v í :

a oopBooyps 0Ba:nq.n,iq_Ha s a p a ooodo( ,so bbo ppaoa.,, no „uioq,, luiaq

B B T B H - B i B ' ] ' ) , , O A p' p rpo. i . d,, T O O B J I A O p O O. B; ; r '.r [ , l a a O p 0 0 . t OUI fat d

oopepxoBP.Bo Hen oiieu.uiao..pr obooo:a ■:> p .):p:;jj j . o ; o o o l o o a o o í t a a✓

‘ ooxqa [Bopi aq.o Bilbao £ i;OA"p:) o pood j.o-j () ~ u: )'!.or o p 0000,2 pp

B O . X I G T O O a i i i B O ' ; A. O O O t ' O ! p l O 0 0 ! j l . .1 a 0 O : : , a ' q fO 4 a o ' f d 1 B U l J O . L A B A B B p

isujoaq p a p x p 4 D p o p i ' [ s i í o í ::...!oo b o o i o j o o ' ] . io .:ox i aa aq oo t o . o ipa o[

-•■j oq 3 op ; conaooa o o i j o oo pi y b i bo i a b o n o u b ooa *a:p a.xuqicp ox

ion.! a O O j o o o o b o ' p.j oo ’b B aooo l a u a a o ! b a a o - t íi :: poa,j aao 'fuq.xqoaoo

’ 'OO 0 'pU'UO. .pjl BA 'P I OO dO,,LO d B O ‘ O O P OT 0 O [-alo. OO.i B B T o o a O u O 1 O) 0- TX'a]..

of uTa b t o b - B í B a a o b t o u Boxqoj , B oab u o - i ' pi.oi.xa a i o o j o o

* ip.) a ; ,0a j 0s f i o x '.j i .i ’.; îa . ’ i q a a. -Au : o' ;. a a i po. .. a ç :. ■. i

■ a a ioo a poo,,).q ap u'j ; ; ; a. up u iopu id ooo o : , j . ]u l : ; o ío p i a x , i a':o.b'a..rb.

io i ; op o r:5i'.0'i ' ' i p i u - ; , / ; o jo'...o? o-.! y a aaa a , ' a . : u - i o oo o>ioa j 'u;oa"oo op

;jB s'-oo:] eii : a a i.p ; a a f a r ‘.a o; a 'au !. 'ta a obi-a iu a a o.a i ot) .:.:b’o;co o

;V0p0 i'AAl.iB v'pu.T' u,Ap;,b b'.: o r.u, r ;/auA, Apu a o u i . A ), u.bo..' 1 o i : o t :

o o'uo ;t o “p:>o (a.;o • !:;;.':o j '..[ <'B) a"u : p , ooo a c--- a a a i o oo o a > '/




D u p e u U o «Je v:1 a t a d e a v a I o r e a u c v c 'm j o

q u e o h i e n a u i a n o e l i e o d é Er: i c i l l 'ro'M'.n tern c o / i t r i ni n u l o pu; ea a u -

nu ;v . : i o r o i r r a e e i o ,ia..! 'i nu U' o ; ukat i :i p u i a ç a o o o h o n e n : p e l o n i a i - e n e

o a p r i a ' i i a t a . R . i ; n p - ; a v e l q u o a " e t i o e . h u n a n i u t a !l r e p r e e e n t a , d o

p a r t o o o u ' r o n n ; , o h u r n a a o 0 3 f o r ç o d o l u t a c o n t r a o r o l . a t i v.i sur.)

/• _ *e t u ; o n p í u . a r d o a e r I r o t o d e uni i d e a l :i a m o u t o p J c o , d o q u o n

t r a n a f o r n o u a t a r e i a , u r p e a p o d o b u m a n / í z a ç a o em f! r e v o l u ç ã o d a

e r e e r a n ç a ” .




;■]!;, i!. .p i o ' i . A A p j . L c a . ç u o o j j ’r i c a a a i ; a a i a.ara a i .s i í i a ! g g

r i a c.] o R a r . ” . R i : i ! r a m : .i a a ' ' R a . j :.R! i a i a . R i a e o a . E d . 7 0 }

A C l a a a. o d o R m r d , o c d . K j . o d o d a n e i , r o ,

, A r a I' oi ï i i 3 d n R e : - a r-; i l . i v . i d a d . G R a m a : >a . 2 e d .

I i. j o d g , ’ a n e i r o , Z a . R a r , 1 R ■' \j.

. A j i e v o l a a a o d a . 5 e d . R i o d o

J a r e i r o , Z a R a r . . J 9 7 7 .

. A R c ! a a V i v c a o i a r i a R a i m a n j d a d a , R i o d e J a

n e i r o , Z a R a r , 1 9 6 2 ,

___ . ' B n c i j j - n i o Z e n Y P s a i c o a a a d . i a 1 a . R o d o o , F o n d o

d e C u I R i r a E c o n ó m i c a , 1 9 / R .

. C a r a o t o r i o ] í : ^ . í ■■ E a i c a n a J d M o a e s u a R e l e -

v u n c . i a p a r a a i ' a . L c o l o g i a R a c i a l , T a : A_ C r i s o _ d a P s i c*u

a a j d a e . 2 c d . R i o d e J a n e i r o , Z a a a r , 1 9 7 ' / ' . X>. 1.62-183.

, g R A C O R R v , R i o R a a ] . C a r a 1 e r R _ o c i a l . d e _ u iiia .

l\ 1 f l c j ;.i . ! l i o d g J a n e i r o , Z a I ; a T 1 ,, 1 9 7 7 .

. C o n e e i . i . o R n r ' - d a l a d e R o m o m . 7 ( a i . R i o d e




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Linha Onde se le Leia-se

5 coloca-se colocar-se4 Inst. i tuo Instituto

7-8 auf haf.e aufgabe9 Ob.arac t.orol ogie Charakterologie

23 F t1 ics Ethics24 lllur.in Illusion5 11 !C You3 necloares nucleares

30 ast icular articular15 pos i o i oiiarani-se posicionarem-se33 um nccess i d ade uma necessidade2 nadet ernii i.nçao na determinaçao

25 tei11 ase tentasse21 exoiT i za-los^ exorciza-la^26 ul(i mas i ns tanc ias última instância1 From Fromm8 and und8 Famile Familie

20 "F.scape Froedom" "Escape from Freedom"9 ci et i fi co cientifico

18 A. Fona i iio A. Polaino17 ant ropol o.ç i ca-f i 1 oso

ficaantropológico-filosó fica

27 govonia governam15 juntament o juntamente36 moseri a miséria26 i inpl i ca aplica8 f i s i c o fasico

18 um posi^ao uma posição22 en em15 no qual na qual4 que que em que8 clas i fi ca classifica8 cout ant.e constante

ultima et. i ca ótica15 cocial social5 Fromm poe Fromm o poe

32 desi qu i1 i Frio desequilibrio7 cop.pcnr-a t ori a comgensatoria

12 i v:-ao razaoultima t cms temos

19 com como16 ciiiF; lido imbuido16 m i •.!;!•.ic i osn minuciosa16 ; i 1 t : i i : ■ t a altruista

12 e 14 Furrl>ac! i F euerbach15 FucrFaeh Feuerbach16 a;i t';i ;'C ênfase10 t er. t . r. mi tentou




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