Kazmierczak

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De fatos e boatos "Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei, até a morte, o seu direito de dizê-las". Voltaire 1. Lendo texto publicado pela Chapa 1 em seu blog, assinado pelo Professor de Direito da UENP, Luiz Fernando Kazmierczak, sob o título "Sobre as eleições da UENP", sentimo-nos compelidos a mais uma vez nos manifestarmos, a fim de esclarecer a atuação da Chapa 2 nesta consulta à comunidade universitária. Para facilitar a compreensão dos leitores, vamos reproduzir o texto do professor de Direito, intercalado com grifos nossos, tentando estabelecer as diferenças daquilo que consideramos FATOS e o que em nossa opinião não passam de BOATOS com intenções claras de prejudicar as candidatas da oposição. 2. Começa assim o texto de Kazmierczak: "Acompanhei toda a formatação da UENP, aliás, acompanhei também a formação da UNESPAR (como aluno na época). Saímos de uma faculdade isolada para chegarmos a esse ponto. Foi vencido o “ego” de muitos de Jacarezinho que não queriam uma universidade justamente por “quem será o reitor?! Diretor da Fundinopi, Fafija ou Faefija???” (sic) Essa discussão realmente existia quando, ainda na gestão do prefeito Mário Clóvis Gaspar, o Marião, de Jacarezinho, se retomou o tema da criação da Universidade do Norte Pioneiro - a de que a Universidade não se criava porque haveria uma disputa pela Reitoria. Isso é FATO. Outro FATO é que um dos diretores envolvidos nessa discussão era Rinaldo Bernardelli Junior, que hoje disputa a vice-Reitoria pela Chapa 1. 3. Prossegue Kazmierczak: "Jacarezinho ficou no tempo em virtude de pensamentos bairristas e sem sustentação ideológica, perdemos muito com isso! Agora, temos, enfim, uma universidade com possibilidade de crescimento acadêmico e social em nossa região. Assim, esta eleição de reitor e as que vierem são de extrema importância para a continuidade do trabalho, que não pode ser pautar uma OPOSIÇÃO pelo simples fato de ser OPOSIÇÃO. Querer mudar?! Mas mudar o que mudar?!" BOATO. Com relação a estas afirmações, atribuímos ao total desconhecimento do professor Kazmierczak sobre o Plano de Ações da Chapa 2. Uma rápida leitura do texto será suficiente para se perceber que ela não faz oposição sistemática, e muito menos ignora quais as mudanças necessárias na UENP. Nós lemos o Plano de Trabalho da Chapa 1, e pudemos verificar que muitas das mudanças propostas no documento se assemelham às da Chapa 2, com uma diferença essencial: elas ainda não tiveram a oportunidade de por as ações em prática, coisa que os componentes da Chapa 1 tiveram - e não se valeram de seu poder para tal. 4. Antes de criar uma “oposição”, precisamos unir forças para concretizar a Universidade sob pena de acontecer como a extinta UNESPAR. Para muitos que aqui ainda nem sonhavam em ser alunos do curso de Direito, houve uma tentativa de anexar o campus de Jacarezinho à UEL . Isso mesmo! Quase que a faculdade virou mera “filial” de Londrina…Fora outras tentativas políticas. BOATO. A UNESPAR não foi extinta, o que houve foi seu desmembramento, retirando-se as Faculdades de Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio, e transferindo-as para a UENP, criando assim um corpo mais homogêneo pela proximidade cultural, social e demográfica da região norteparanaense. O professor Kazmierczak especula - digamos, de maneira até perigosa - criando um boato que não encontra amparo na realidade. Com relação à incorporação das faculdades de Jacarezinho pela UEL, essa ideia foi defendida, à época, salvo engano, pelo professor Rinaldo Bernardelli Junior. A possibilidade foi aventada porque, na opinião de muitos membros da comunidade acadêmica regional, qualquer solução seria melhor do que o monstrengo chamado UNESPAR na conformação em que foi concebido. Quanto a chamar de mera filial a anexação da UENP à UEL, nos parece bairrismo infantil de

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De fatos e boatos

"Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei, até a morte, o seu direito de dizê-las".

Voltaire

1. Lendo texto publicado pela Chapa 1 em seu blog, assinado pelo Professor de Direito da UENP, Luiz Fernando Kazmierczak, sob o título "Sobre as eleições da UENP", sentimo-nos compelidos a mais uma vez nos manifestarmos, a fim de esclarecer a atuação da Chapa 2 nesta consulta à comunidade universitária. Para facilitar a compreensão dos leitores, vamos reproduzir o texto do professor de Direito, intercalado com grifos nossos, tentando estabelecer as diferenças daquilo que consideramos FATOS e o que em nossa opinião não passam de BOATOS com intenções claras de prejudicar as candidatas da oposição.

2. Começa assim o texto de Kazmierczak: "Acompanhei toda a formatação da UENP, aliás, acompanhei também a formação da UNESPAR (como aluno na época). Saímos de uma faculdade isolada para chegarmos a esse ponto. Foi vencido o “ego” de muitos de Jacarezinho que não queriam uma universidade justamente por “quem será o reitor?! Diretor da Fundinopi, Fafija ou Faefija???” (sic)

Essa discussão realmente existia quando, ainda na gestão do prefeito Mário Clóvis Gaspar, o Marião, de Jacarezinho, se retomou o tema da criação da Universidade do Norte Pioneiro - a de que a Universidade não se criava porque haveria uma disputa pela Reitoria. Isso é FATO. Outro FATO é que um dos diretores envolvidos nessa discussão era Rinaldo Bernardelli Junior, que hoje disputa a vice-Reitoria pela Chapa 1.

3. Prossegue Kazmierczak: "Jacarezinho ficou no tempo em virtude de pensamentos bairristas e sem sustentação ideológica, perdemos muito com isso! Agora, temos, enfim, uma universidade com possibilidade de crescimento acadêmico e social em nossa região.

Assim, esta eleição de reitor e as que vierem são de extrema importância para a continuidade do trabalho, que não pode ser pautar uma OPOSIÇÃO pelo simples fato de ser OPOSIÇÃO. Querer mudar?! Mas mudar o que mudar?!"

BOATO. Com relação a estas afirmações, atribuímos ao total desconhecimento do professor Kazmierczak sobre o Plano de Ações da Chapa 2. Uma rápida leitura do texto será suficiente para se perceber que ela não faz oposição sistemática, e muito menos ignora quais as mudanças necessárias na UENP. Nós lemos o Plano de Trabalho da Chapa 1, e pudemos verificar que muitas das mudanças propostas no documento se assemelham às da Chapa 2, com uma diferença essencial: elas ainda não tiveram a oportunidade de por as ações em prática, coisa que os componentes da Chapa 1 tiveram - e não se valeram de seu poder para tal.

4. Antes de criar uma “oposição”, precisamos unir forças para concretizar a Universidade sob pena de acontecer como a extinta UNESPAR. Para muitos que aqui ainda nem sonhavam em ser alunos do curso de Direito, houve uma tentativa de anexar o campus de Jacarezinho à UEL . Isso mesmo! Quase que a faculdade virou mera “filial” de Londrina…Fora outras tentativas políticas.

BOATO. A UNESPAR não foi extinta, o que houve foi seu desmembramento, retirando-se as Faculdades de Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio, e transferindo-as para a UENP, criando assim um corpo mais homogêneo pela proximidade cultural, social e demográfica da região norteparanaense. O professor Kazmierczak especula - digamos, de maneira até perigosa - criando um boato que não encontra amparo na realidade.

Com relação à incorporação das faculdades de Jacarezinho pela UEL, essa ideia foi defendida, à época, salvo engano, pelo professor Rinaldo Bernardelli Junior. A possibilidade foi aventada porque, na opinião de muitos membros da comunidade acadêmica regional, qualquer solução seria melhor do que o monstrengo chamado UNESPAR na conformação em que foi concebido. Quanto a chamar de mera filial a anexação da UENP à UEL, nos parece bairrismo infantil de

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Kazmierczak, coisa que ele condena no item 3 desta Nota.

5. Saímos de uma faculdade onde projetos de extensão eram coisas distantes, hoje temos várias bolsas de pesquisa para alunos e projetos em andamento. Precisamos melhorar? Sim, é evidente, mas não mudar um caminho que está dando certo. É momento de consolidação e não de radicalismos inconsequentes.

BOATO. O professor Kazmierczak chama de radicalismo inconsequente o debate público que se promove para a escolha dos candidatos a Reitor e Vice-Reitor da UENP? Então ele poderia nos explicar como pode uma chapa apresentar propostas de mudanças se não tiver conhecimento da real situação da Universidade, o que seria de muita utilidade para a Chapa 2 - já que protocolou inúmeros requerimentos solicitando informações à Comissão Eleitoral sem obter as respostas desejadas. Da forma como o professor faz suas colocações, fica a impressão de que a Chapa 2 quer que a UENP acabe, o que é uma insinuação equivocada, movido talvez por má-fé, e que repelimos com veemência.

6. Precisamos de administradores e não de campanhas populistas voltadas para ataques pessoais com denúncias infundadas.

Primeiramente, uma Reitora não deve se ater apenas à administração, mas à liderança dos colegiados que compõem a Instituição. Reitora não é gerente, Universidade não é supermercado e membros da comunidade acadêmica não se demite, não se exclui. Levantando a questão, porém, nos é dada a oportunidade de responder a um dos piores BOATOS que vem sendo assacado contra as candidatas da Chapa 2 - a de que são inexperientes. Vamos explicar didaticamente, e pedimos licença para usar uma analogia futebolística para que o professor Kazmierczak possa entender.

Na Copa do Mundo da África do Sul, o treinador da seleção brasileira optou por convocar jogadores experientes - como Julio Batista, Gilberto Silva, Grafitte, Gilberto (lateral esquerdo), Kleberson, entre outros. Deixou de fora, contra a vontade da esmagadora maioria da população brasileira, os INEXPERIENTES Paulo Henrique Ganso e Neymar. Deu no que deu. Entendemos que o currículo é muito importante, e os currículos das candidatas lhes permitiu chegar até aqui; porém, não foi com o currículo que a Espanha venceu a Copa do Mundo. Foi com inteligência, garra, determinação, vontade, disposição para encarar o desafio. Fosse apenas currículo e o Brasil sairia da África do Sul com o hexa.

Por segundo, fica aqui o convite para que o professor Kazmierczak cite quais são as denúncias que ele classifica como infundadas. Da Chapa 2 não partiu nenhuma. Quanto a "campanhas populistas", estas são praticadas por quem espalha BOATOS e promessas vazias. A Chapa 2 se pauta em FATOS, não em BOATOS. Como professor de Direito, Kazmierczak deveria saber que o ônus da prova cabe a quem acusa; portanto, fica aqui o desafio para que demonstre ser verdadeira sua afirmação, revelando o nome de quem tem se valido dessa prática espúria.

7. Estou envolvido com a instituição desde 2000 como aluno, mestrando e professor. E como professor passei 3 dos 5 anos como voluntário da instituição e nem por isso pedi qualquer compensação por isso. Fiz por gostar e respeitar a instituição pela qual escolhi me formar. E nessas horas em que vimos uma “OPOSIÇÃO” querer mudar algo que nem ao menos ajudou a construir aparenta ser, no mínimo, estranho. Onde estavam na criação da UENP? Fizeram alguma coisa sem esperar algo em troca?!

Mais uma vez, o professor Kazmierczak especula, insinua, prejulga e zomba da inteligência da comunidade universitária, e de novo demonstra completo desconhecimento sobre os temas tratados nestas eleições. Bastaria uma breve leitura em seu currículo para saber que Maria Lúcia Vinha ajudou a redigir o projeto de implantação do curso de Fisioterapia (sem receber por isso, como recentemente receberam diversos profissionais para elaborar o projeto do curso de Odontologia), que acabou sendo criado em Jacarezinho no ano de 2006. Entre 2003 a 2007, Maria Lúcia Vinha era doutoranda pela USP, instituição das mais gabaritadas do Brasil, e atuou dentro de suas possibilidades pela criação da UENP. Quem participou efetivamente da construção da UENP sabe onde estava a candidata a Reitora da Chapa 2. Realmente é estranho, muito estranho mesmo, caber na cabeça de um professor de Direito a ideia de que só é legítimo postulante ao cargo de Reitor quem estava no processo de criação da Universidade. Mais estranho ainda é afirmar, sem conhecer dos FATOS, que só estaria apto a propor mudanças na Instituição quem ajudou a construí-la. Ainda que assim fosse, a professora Maria Lúcia Vinha trabalhou na construção da UENP, e sua candidata a vice, Erika

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Peixoto, que não residia na região, também tem um currículo respeitável, que preenche todos os requisitos para pleitear o cargo. Isso é FATO.

Isto é um insulto também porque a CHAPA 2 não é um candidatura de uma pessoa só. Ela representa uma parte significativa do corpo docente, discente e funcionários da UENP que trabalha constantemente para construí-la e deseja ardentemente que a Universidade se consolide. Uma Universidade, como diz o professor Luis Carlos Bruschi, atual vice-reitor da UENP, que será o lugar de "abrigar as divergências, estimular o debate, apontar soluções, criar o novo e transformar a sociedade".

8. Por isso, a chamada “OPOSIÇÃO” é um voto contra a própria UENP.

BOATO, especulação, EXPRESSÃO DE AUTORITARISMO DE QUEM NÃO TEM, DE FATO, VIVÊNCIA UNIVERSITÁRIA. Essa é uma crítica infundada, provavelmente feita sem o real conhecimento do plano de ações da Chapa 2. A afirmação poderia facilmente ser enquadrada no que o missivista chama de "ataques pessoais com denúncias infundadas", demonstrando com isso seu total despreparo para o debate e o contraditório.

9. Somente escrevo por amor e consideração à nossa instituição.

Difícil acreditar. Parece escrever para fazer campanha para a Chapa de sua preferência, o que é legítimo e salutar. Gostaríamos que todos tivessem a mesma coragem e determinação para expor seus pontos de vista em relação à UENP. Seria desejável, porém, que se buscasse a força dos argumentos, a verdade dos FATOS, em vez de se valer do argumento da força difamatória, da distorção das informações, da veiculação de BOATOS. Recomenda-se ao professor Kazmierczak um pouco mais de estudo, de leitura, de conversa, de diálogo antes de emitir opiniões tão sectárias, como estas. O senhor não é o único que ama a UENP, e não é só esse amor que o move para escrever um texto tão pequeno - em todos os sentidos! Em blog da Chapa 2 há material suficiente para perceber o quão injustas foram suas palavras impensadas.

Coletivo de apoio à Chapa 2.