Kit para instalação

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KIT PARA INSTALAÇÃO DE REDE INTERNA DE GÁS NATURAL Solução para melhoria do desempenho energético

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Kit para instalação interna de gasoduto (trabalho apresentado no curso de inovação da Pós Graduação em Negócios de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - FIA-SP).

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KIT PARA INSTALAÇÃO DE REDE INTERNA DE GÁS NATURAL

Solução para melhoria do desempenho energético

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Kit de instalação interna para gás natural

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Introdução A matriz energética brasileira, baseada principalmente na hidreletricidade, sempre deu-nos a idéia de energia renovável e inesgotável. O “apagão” de 2001 terminou com esta idéia erra-da e expôs os limites, não só de nossa matriz energética, bem como de nossa capacidade de desenvolvimento. Há outro ponto importante que é o consumo residencial de eletricidade para geração de ca-lor. Veja o paradoxo: se a eletricidade for gerada numa usina termelétrica, partimos da ener-gia térmica, geramos eletricidade (uma energia nobre), que vai até as casas para gerar calor na forma de aquecimento da água nos chuveiros para o banho. Existe grande ineficiência energética neste sistema. Outra situação tem a ver com o uso do GLP (gás de botijão) para a produção de comida nos lares. Mesmo nos locais onde há rede de distribuição de gás natural, muitos cidadãos optam por esta forma de energia com fortes subsídios por parte do governo. Sabemos que o país depende muitas vezes de importação desse insumo, que é comprado a preços internacio-nais e vendido a preços com subsídios. A questão central é: por que as residências de municípios como São Paulo não têm seus chuveiros e fogões convertidos para gás natural? Veremos mais adiante. Histórico & Argumentação Na verdade o uso da eletricidade para aquecimento da água para o banho é um “paradigma cultural”. “Sempre foi assim”, para que mudar? Não enxergamos um movimento organizado para reverter essa situação. Desde os projetos de engenharia e arquitetura, não são previs-tos projetos de instalações para o aproveitamento da energia alternativa do gás natural. Isto é, as casas não “nascem” preparadas para usar o gás natural. Há um mito forte de que o gás é perigoso, que pode explodir, causar incêndios, etc. Este argumento não é totalmente verdadeiro. A eletricidade também é perigosa e pode causar incêndios e explosões. Mas, comparando com o gás de botijão, percebemos que este último é muito mais perigoso pois tem dificuldades para se dispersar (é mais pesado que o ar, ao contrário do gás natural que é mais leve e sobe). O uso do GLP tem a ver unicamente com baixo custo para a produção de comida nos lares. Depois que a casa está pronta, preparada para chuveiro elétrico e para o GLP, as mudan-ças ficam difíceis de serem feitas. A adaptação dos lares envolve quebra de pisos e paredes para instalação dos tubos para o gás natural. Além do transtorno para os moradores, do custo para os instaladores, há o problema da geração de entulho para o meio ambiente. A forma convencional de se fazer instalações, implica na produção de cerca de 20 kg de entulhos por metro de rede assentada. O custo médio dos serviços de quebra e conserto do local de instalação é de cerca de R$2.500,00, para uma residência de médio padrão (cerca de 80 m²), sem contar a destinação dos resíduos, que vão acabar parando em algum terre-no baldio, trazendo sérios problemas ambientais. Para um instalador profissional, uma insta-lação para gás em fogão e aquecedor de passagem custaria cerca de R$2.100,00, que produz margens muito baixas, tornando o negócio de alto risco para o interesse de profis-sionais do mercado.

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Detalhe de uma instalação convencional, prevendo inclusive ponto para máquina de secar

Além do mais, as instalações demandam uso de equipamentos de difícil operação e aquisi-ção, como máquinas e esquemas especiais de soldagem, que inviabilizam os investimentos e aumentam a ocorrência de acidentes na montagem:

Nada de usar maçaricos, solda elétrica ou máquinas caras, nem roscas que provocam vazamentos!

Uma casa média, com quatro pessoas, consome cerca de 390 kWh por mês. Destes, 30% são para produzir calor para água do banho. A conta de energia elétrica, que representa cerca de R$82,00 no orçamento doméstico, passaria a representar cerca de R$58,00. Sabemos também que o consumo de uma casa nas mesmas condições apontadas anteri-ormente é de pouco mais de meio botijão de GLP de 13 kg por mês, a um custo de cerca de R$50,00, a depender da região do país. O consumo da mesma casa, com o fogão converti-do para o gás natural é de cerca de 12 m³ por mês, a um custo médio de R$31,00. Com a instalação do aquecedor, passaria a ser de R$62,00 por mês O que é proposto? A criação de um kit instalação interna, que possibilite maiores ganhos ao instalador profis-sional ou para que um morador melhor equipado possa fazer sua instalação numa situação do tipo faça você mesmo. Utilizar no kit tubos de cobre, conexões com encaixe mecânico e selagem com epóxi (ma-terial resinoso), para uso em pressões de até 1000 mmCA (baixa pressão em milímetros de coluna d’água). As curvas são feitas de transições flexíveis (mangueiras com cordoalhas metálicas), para possibilitar rapidez nas mudanças de direção.

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As instalações ficam colocadas sobre as paredes construídas, em canaletas que dão um acabamento agradável ao local, sem que haja a produção de entulhos, pois são fixadas com um poderoso adesivo:

Observar bem: não ficam tubos aparentes! Conteúdo de um kit básico: 12 m de tubo de cobre de ½”, divididos em 02 barras de 6 m; 04 luvas de encaixe mecânico e selagem com epóxi; 04 curvas com transição flexível (para mudanças de direção); 03 transições cobre – rosca para o fogão e aquecedor; 06 m de canaletas de acabamento; 04 curvas de 90° para canaletas. Os kits são apresentados na versão “casa” e “profissional”, que incluiriam furadeira, jogo de brocas e bomba com manômetro para teste de estanqueidade. Peças adicionais podem ser adquiridas separadamente. Benefícios Para o país: redução de cerca de 20% do consumo de energia elétrica, nos horários de pico, que representa um fôlego para uso dessa energia para outros fins mais necessários. Para o instalador profissional: possibilidade de ganhos com margens acima de 30%, num produto com preço mais acessível para o cliente, tornando o negócio atrativo e de menor risco. Para o consumidor: economia na conta final de energia. Ver abaixo: Uso normal Eletricidade Gás de Botijão Total (A) Eletricidade Gás natural Total (B) SaldoPor mês R$ 82,00 R$ 50,00 R$ 132,00 R$ 58,00 R$ 62,00 R$ 120,00 R$ 12,00Por ano R$ 984,00 R$ 600,00 R$ 1.584,00 R$ 696,00 R$ 744,00 R$ 1.440,00 R$ 144,00Uso racional Eletricidade Gás de Botijão Total (A) Eletricidade Gás natural Total (B) SaldoPor mês R$ 82,00 R$ 50,00 R$ 132,00 R$ 47,00 R$ 50,00 R$ 97,00 R$ 35,00Por ano R$ 984,00 R$ 600,00 R$ 1.584,00 R$ 564,00 R$ 600,00 R$ 1.164,00 R$ 420,00 Caso o consumidor implemente o uso racional da energia, a economia anual para uma famí-lia média chegaria aos R$420,00 por ano, sem contar custos não agregados de destinação de resíduos das obras, trocas de resistências ou mesmo a troca do chuveiro elétrico. Conclusão O sistema “kit” irá fomentar o uso racional da energia no país, pois é atrativo para o instala-dor, Cia. de Gás e Consumidor, que pode ter o investimento recuperado em três anos ou menos (consultar os benefícios das distribuidoras de gás, para instalação de aquecedor).