Kopnin, P.V. A dialética como lógica e TC- Hipótese e verdade RESUMO.doc

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  • 8/10/2019 Kopnin, P.V. A dialtica como lgica e TC- Hiptese e verdade RESUMO.doc

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    KOPNIN, P. V. Hiptese e Verdade: probabilidade e autenticidade. Em: _____. A dialtica como lgica eteoria do conhecimento. Rio de Janeiro: i!ili"a#$o %rasileira, &'(), p. *+-*.

    Kopnin, nesta parte de sua obra A dialtica como lgica e teoria do conhecimento,inicia sua especulao considerando a hiptese como etapa essencial da pesquisa cientfica. Ahiptese uma sentena que coloca em foco um sistema terico e, para sua construo, o estudioso

    ale!se de "u#os que se fundamentam uma certe#a ou deriam dela. $esta forma, a sentena igual% hiptese, relacionada com uma certe#a. A sentena uma deriao do processo do pensamento,uma parte do resultado do raciocnio. &ste o primeiro e mais estranho ponto do raciocnio deKopnin, tendo em ista que o autor identifica sentena e hiptese, no e'plicando a maneira como aformulao cognitia da linguagem e as limita(es das lnguas poderiam conerter de formaob"etia uma sentena em uma hiptese de trabalho. A princpio se poderia pensar que a hiptese uma formulao lingustica do pensamento do estudioso, e no pode ser confundido com oconte)do mental que gera a hiptese.

    * conhecimento aana na colocao de hipteses na medida em que estas seconectam com um conhecimento antecedente e uma possibilidade de noos resultados. Assim umconhecimento "+ presente na sentena, ou hiptese, liga!se com algo noo. * fundamento da

    hiptese o conhecimento autntico, incorporando com este um "u#o ainda no proado. -ngressaaqui a dialtica, to cara a autores de orientao mar'ista. o processo da tese/anttese, uma dasduas oriunda de uma certe#a e a outra a parte noa, sendo a sntese resultado dos trabalhos dahiptese. $esta forma o trabalho cientfico um c+lculo dialtico a partir da prpria linguagem.

    A ausncia do preparo lgico e dialtico entre os naturalistas os lea a crer que impossel conhecer a essncia das coisas. * prprio relatiismo 0aparentemente no o de &instein,mas o filosfico1 desemboca, necessariamente, em idealismo caso no se conhea a dialtica. &steerro um refle'o da ideologia de classe de filsofos e cientistas burgueses.

    A filosofia metafsica racional entende que a hiptese incompatel com a erdade0se erdade ento no hiptese, e se hiptese ento no erdade1, de modo que a hiptese

    perde sua funo na cincia, tornando!a pobre, leando os metafsicos entenderem que a erdade

    geralmente inatingel. Assim a metafsica chega ao relatiismo. este ponto parece haer umaespcie de confuso lingustica. 2e aceitarmos a e'plicao de Kopnin sobre a hiptese na filosofiametafsica, esta parece re"eitar que algo determinado como erdade se"a uma hiptese. 3ontudo, o

    prprio Kopnin diferencia as hipteses de trabalho das erdadeiras, entendendo que o sistema dehipteses, identificadas com as sentenas, formem um sistema de cincia. 4ale# os filsofosmetafsicos racionalistas 0Kopnin no cita suas fontes1 quisessem fa#er essa diferenciao na ideiade hiptese, seguindo a tradio de e5ton, 6erschell, entre outros, onde uma hiptese confirmadadei'a de ser uma hiptese.

    A hiptese e suas mudanas permitem que as no(es de um mundo sub"etio se"amtrocadas por outro mundo mais c7modo e com proeito mais pr+tico. 3ertamente o processo dedesenolimento das hipteses lea % aquisio de um conhecimento ob"etio do mundo, e que por

    meio das hipteses possel conhecer as propriedades e leis ob"etias. Aqui a posio de Kopnin clara quanto % rele8ncia das hipteses na elaborao do raciocnio cientfico, colocando a hiptesecomo caminho necess+rio ao conhecimento, e no como mtodo ou instrumento.

    * conte)do ob"etio das teses apreendem as coisas tais quais e'istem, independentesda nossa conscincia. A hiptese o refle'o do mundo material, o mundo ob"etio incorporado. o um smbolo, um sinal estenogr+fico, um padro lgico, mas sim o conhecimento ob"etio,erdadeiro e criador. Assim o autor recusa em absoluto todas as considera(es de 3arnap e 6empel,

    por e'emplo, preocupados com critrios de erificabilidade da alidade da formulao da sentenada hiptese e, posteriormente, com o alor heurstico de suas partes.

    9ma hiptese dee possuir dois aspectos:;! aquilo que reflete no mundo ob"etio e com que preciso o fa#ouco importa se em uma hiptesede trabalho o processo e'plicado de forma correta ou incorreta, o importante sua capacidade de

    oferecer um estudo mais detalhado do ob"eto. * estudioso busca fatos que deem e'istir caso estahiptese corresponda % realidade e, em caso contr+rio, constri!se uma noa hiptese.

    o estudo dos fatos correlatos a uma hiptese, a proa da no e'istncia de umfen7meno tem o mesmo alor da proa da e'istncia de um fen7meno, e permite tambm olanamento de noas hipteses. 9ma forma adequada o lanamento simult8neo de +riashipteses, tendo em ista que a multilateralidade uma das e'igncias da lgica dialtica,

    protegendo o trabalho de erros e da necrose, conforme ensina ?nin. Ainda que este raciocnio "+este"a presente em @he5ell, um autor mar'ista s ida em um trabalho se este for formulado emtermos dialticos.

    A diferena entre a hiptese real e a hiptese de trabalho tem car+ter relatio, pois ae'plorao acentuada deste contraste lea ao idealismo ou % metafsica. 9ma se conerte na outra,

    para ambos os lados da dicotomia.>ara aaliar uma hiptese dee!se perguntar:;! por esta hiptese segue!se um caminho de desenolimento at a erdade

    ob"etia=! at que ponto est+ fundamentada sua suposioB um erro confundir as categorias probabilidade e autenticidade com as categorias

    erdade e equoco. &stas caracteri#am o conhecimento desde a forma como a realidade ob"etiaest+ representada no pensamento. *utro erro, contudo, analisar o pensamento apenas pelo seucaminho: erdade ou equoco. B necess+rio an+lises mais profundas, como saber o nel de certe#ados "u#os que fundamentam tais pensamentos.

    &'istem quatro tipos de suposi(es em cincia:;! suposi(es para demonstrar eracidade do "u#o que contradi# uma suposiooincar, 6empel, 6arr e, especialmente,3arnap1. >or isso afirmou que a hiptese um refle'o do mundo material, pois, se no o fosse, oraciocnio dialtico materialista seria impossel, pois se fundaria em sub"etiidades, acusaoque Kopnin fa# ao filsofos burgueses.