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CAVALEIROS DO TEMPLO http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.pt/ Colectânea de textos Maçónicos (actualizado em 23/Jan/2017)

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CAVALEIROS DO TEMPLO

http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.pt/

Colectânea de textos Maçónicos

(actualizado em 23/Jan/2017)

CONTENTS

Post #1NOSSO GRANDE TEMPLO

Post #2HÁ QUANTO TEMPO NÃO FALO COMIGO ?

Post #3PREGUIÇA DANADA DE BOA

Post #4A CULPA É DE QUEM ?

Post #5A CULTURA NÃO ADORMECE...

Post #6POR QUE CAMINHO NESTA TERRA?

Post #7MAÇONARIA: ENTENDA PRIMEIRO E CRITIQUE DEPOIS

Post #8MAÇONARIA E A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Post #9AS COLUNAS DE NOSSAS VIDAS

Post #10O QUEBRA CABEÇA DE G.A.D.U.

Post #11O MISTÉRIO DO SILÊNCIO

Post #12QUEM SABE FAZ A HORA ....

Post #13VIVA SÃO JOÃO !

Post #14NÃO SEJA MAÇOM

Post #15O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Post #16ADONHIRAMITA - A HISTÓRIA DE UM RITO

Post #17OS PEDREIROS - PARTE I

Post #18

FERNANDO PESSOA NOS ELEMENTOS DA MAÇONARIAPost #19

OS PEDREIROS - PARTE IIPost #20

OS PEDREIROS - PARTE IIIPost #21

A GÊNESE DOS RITOSPost #22

HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIAPost #23

O QUE FIZ DA MINHA VIDAPost #24

AS ASAS DOS MAÇONSPost #25

AS MENINAS DE JÓPost #26

ALQUIMIA SEM A MAÇONARIAPost #27

A LUZ DAS ESTRELASPost #28

PARATY - UMA VIAGEM NO TEMPOPost #29

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo IPost #30

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo - IIPost #31

MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo IIIPost #32

E DEU-SE A LUZ ...Post #33

A SABEDORIA DE HIRAMPost #34

PORQUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERESPost #35

O DIA DE HOJEPost #36

UM LUGAR ENTRE VÓS

Post #37PROCURA-SE UM ESCOCÊS

Post #38O PERGAMINHO DE CHINON

Post #39A HISTÓRIA DO COMPANHEIRO MAÇOM

Post #40UM SOLITÁRIO CHAMADO VOLTAIRE

Post #41A MAÇONARIA NA TERRA SANTA

Post #42OS INCONFIDENTES - PARTE I

Post #43OS INCONFIDENTES - PARTE II

Post #44ORDEM DEMOLAY - OS NOSSOS FUTUROS MESTRES

Post #45OS INSTRUMENTOS PARA A EVOLUÇÃO DO MAÇOM

Post #46O QUE É MAÇONARIA ?

Post #47A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL

Post #48A MAÇONARIA E SEUS CAMINHOS

Post #49APRENDENDO SEMPRE

Post #50A CHAVE DE HIRAM – OS SEGREDOS PERDIDOS DA MAÇONARIA

Post #51OS PRECEITOS DA RELIGIÃO MUÇULMANA

Post #52AS LOJAS DE SÃO JOÃO

Post #53O SURGIMENTO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA

Post #54AS ORIGENS INICIÁTICAS

Post #55

SERÁ ESTE O TEMPO?Post #56

PERAÍ VOLTAMOS JÁ JÁPost #57

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE IPost #58

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE IIPost #59

O APRENDIZ IMPERFEITOPost #60

POR DEBAIXO DA ARMADURAPost #61

A DIGNIDADE HUMANA - UMA VISÃO MAÇÔNICAPost #62

HERMETISMO E MAÇONARIAPost #63

A MAÇONARIA E A NATUREZA HUMANAPost #64

SÃO JOÃO E A TRADIÇÃO MAÇÔNICAPost #65

O CRESCIMENTO MAÇÔNICO NOS GRAUS FILOSÓFICOSPost #66

UM MODERNO FRANCÊSPost #67

POR MISERICÓRDIA, ABRA A PORTA DO SEU CORAÇÃO.Post #68

O MAÇOM E A SOLIDARIEDADEPost #69

ÉTICA - DO MODERNO AO PÓS-MODERNO - UM RITO OU UM MITO?!Post #70

A MAÇONARIA E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIAPost #71

VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNOPost #72

TESEU E OS CORREDORES DA MAÇONARIAPost #73

COMO ENCONTRAR DEUS !

Post #74SER OU ESTAR MAÇOM

Post #75OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE I

Post #76OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE II

Post #77A ROSA CELESTIAL DA MAÇONARIA

Post #78AS RAIZES DO ANTI-MAÇONISMO

Post #79O SOL E A LUA

Post #80OS PASSOS NA ÁRVORE DA VIDA

Post #81MAÇONARIA E ESPÍRITISMO: O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Post #82MAÇONARIA, FAMÍLIA E A SOCIEDADE

Post #83A COR PÚRPURA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Post #84RITO BRASILEIRO - MAÇONS ANTIGOS, LIVRES e ACEITOS

Post #85SALA DE AULA - TURMA PARA TODOS OS GRAUS

Post #86O TEMPO E OS CALENDÁRIOS

Post #87A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS

Post #88O RITO DA FLORESTA

Post #89BANQUETE RITUALÍSTICO

Post #90FÉ - ESPERANÇA - CARIDADE

Post #91REINTEGRAÇÃO DO COMPANHEIRO

Post #92

UM PAPA NA MAÇONARIAPost #93

ELEVADORES DAS ALMASPost #94

MAÇOM - DENTRO E FORA DO TEMPLOPost #95

O CONCEITO DE GADUPost #96

LIVRE E DE BONS COSTUMESPost #97

TRABALHO EM EQUIPE - TOLERÂNCIA É O SEGREDO!Post #98

RELACIONAMENTO FRATERNO – PERDÃO - RETIDÃO - INVEJAPost #99

A CRUZ E SEUS SIMBOLISMOSPost #100

ORDENS DE APERFEIÇOAMENTO MAÇÔNICOPost #101

O RITO CRÍPTICOPost #102

O AVENTAL DO APRENDIZPost #103

A SAGRADA HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOSPost #104

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASILPost #105

O QUE SE FALA DA MAÇONARIAPost #106

O QUE É RITO ?Post #107

A CATEDRAL E O APRENDIZPost #108

EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADEPost #109

ORAÇÃO AO G.'.A.'.D.'.UPost #110

O DESPERTAR DOS CHACRAS

Post #111O HOSPITALEIRO

Post #112CARGOS & DEVERES EM UMA LOJA

Post #113IRMÃOS COM TRÊS PONTINHOS

Post #114O VAIDOSO ARROGANTE

Post #115O QUE É MAÇONARIA

Post #116O BEM, O MAL E A LIÇÃO DA PEDRA BRUTA

Post #117O PASSO LATERAL DA MARCHA DE COMPANHEIRO

Post #118QUEM É O SUBSTITUTO IMEDIATO DO VENERÁVEL MESTRE?

Post #119MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS

Post #120

#1

NOSSO GRANDE TEMPLO

Sois membro de uma Irmandade? Como tal, eu tenho sido. Com toda sinceridade, Amado ereconhecido. Dondes vindes afinal? Meu lar tem nome de um Santo, Do justo é casa ideal Éperfeito o meu recanto. Que trazeis meu caro amigo? A mais perfeita amizade, Aos que seencontram comigo, Trago paz, prosperidade. Trazeis, também, algo mais? Do dono da minhacasa, Três abraços fraternais Calorosos como brasa. Que se faz em vossa terra? Para o bem,templo colosso; Para o mal, nós temos guerra; Para o vício, calabouço. Que vindes então fazer?Sendo pedra embrutecida, Venho estudar, aprender, Progredir, mudar de vida. Que quereis denós, varão? Um lugar neste recinto, Pois trago no coração O amor que por vós sinto. Sentai-vosquerido Irmão, Nesta augusta casa nossa E sabeis que esta mansão também é morada vossaPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/iniciacao.html

#2

HÁ QUANTO TEMPO NÃO FALO COMIGO ?

Bom dia pra mim!O que é... Você acha que não posso me desejar um bom dia? Claro que posso! Pra você ter uma idéia, eu não falo comigo há muito tempo. O meu louco dia

não permite pensar em mim, quanto mais falar comigo, não sei nem se posso viajar nas minhas idéiasque estão guardadas em meu interior e que nunca falei pra ninguém.

E você acha que deveria falar as minhas idéias? Ta maluco? Aí é que vão rir de mim mesmo.Negativo, vou fazer o que sempre faço, saio de casa cedo, vou pra batalha, dou um beijo na sua

cunhada e digo ”qualquer coisa me liga...”.Pior que todo dia é a mesma coisa, o que muda é quando vou para os nossos encontros em nossa

Loja, troco umas idéias de trabalhos com alguns irmãos, falo com outros, mas continuo no silênciodentro de mim.

Gozado que toda vez que me encontro entrando no Templo, fazendo aquele famoso ritual eesperando a ordem de sentar, me pego com o pedido a GADU “me de forças para suportar estaminha vida”.

Meu amado irmão, não se violente, olhe para a sua volta e veja o queGADU lhe deu até apresente data. Somos escolhidos e por que somos escolhidos? Porque a liberdade em fazer, empromover, em modificar a vida e dar um norte mais firme, está em nossas mãos. O Grande Arquitetonos presenteou quando nos incumbiu de representá-lo, transformando o difícil em ameno, porém, se onosso Grande Mestre nos presenteia com esta missão, unindo a ação de todos os irmãos nesta terra,para um mundo melhor, mais digno para as nossas famílias e aos nossos próximos, então meu irmãoacho que você deveria falar com você com mais freqüência.

Não dê ouvidos para a sua timidez, o mais difícil você atravessou na sua iniciação.Fale mais com você, deixe de fazer as coisas na mecânica da vida e reflita um pouco mais no que

você pode oferecer ainda mais para GADU.Não pegue o seu Venerável Mestre apenas para ensinamentos ritualísticos, lembre a quem ele

representa e troque um pouco mais de idéias com ele e creio que irá ser bom para você em seumundo familiar, quanto em seu interior.

Tente acordar este irmão que esta dentro de você e com isto, quem ganhará também com estaatitude será a nossa Potência, com um irmão mais tranqüilo em sua Loja, promovendo umcrescimento e quem sabe, “pescando uma nova alma” para a nossa MAÇONARIA SYMBÓLICANACIONAL BRASILEIRA.

Um Tríplice e Fraternal Abraço a Todos os Meus IIr.’.Yrapoan Machado

Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/encontro-dos-obreiros.html

#3

PREGUIÇA DANADA DE BOA

Hoje amanheci com uma vontade de escrever, só que não sabia o que escrever, comocomeçar e principalmente qual seria o tema.

Acreditem meus AAIIr.’. é como se em plena terça-feira fosse domingo, aquele gostoso dia emque voce bota os pés pro alto, pega o jornal, vai direto para a coluna do Ubaldo Itaparicano roxo eespera que todos sentem a mesa com voce, com aquela carne assada com batata doce e depois deitapra ver um bom filme.

Nada disto meus amados, hoje é meio de semana, dia de batalha, olhos abertos, do tipo os deáguia, não permitindo escapar nada e mais abertos quando saimos de nossas vidas profanas e nosvoltamos para pensarmos o que fazer e como fazer para o crescimento de nossas Lojas.

Meus queridos irmãos, a nossa Potência precisa de sugestões e com a corrente de união maisfirme para mudar com qualidade o que é sempre bom, é como se estivessemos olhando para oamanhã com uma construção mais sólida desde hoje.

Ser Maçom é atingir o topo da consciência espiritual, porém, é saber que somos vigiados poraquele “Olho” que tudo ve e principalmente sente as nossas ações e serão elas que permitirão anossa caminhada no Oriente.

Voce vai dizer, poxa eu tô na Loja toda semana, faço a minha parte e tenho que pensar nela nosoutros dias? Sim meu AIr.’., se olharmos a nossa Loja como o espelho de boas ações, condutas, naaplicação de respeito em nosso dia á dia, com absoluta certeza teremos que não só pensar, comotambém olha-la como o segmento de nossos lares e não podemos esquecer que todos os simbolismosde nossa Loja, não importando o Rito é a nossa vida e como devemos leva-la.

Somos seres escolhidos e preparados por nossos Veneráveis Mestres e escalas superiores para o“outro lado”, todos nós aceitamos como voluntários para esta jornada, por tanto meus IIr..’. vamosarregaçar as mangas, deixar do lado de fora de nossos Templos os nossos cargos profanos, sempensar no nome da Potência e sim ter a certeza que ela mesmo sem nome é uma Potência e istoporque, é feita por homens como nós que acreditam no amanhã.

É... hoje eu realmente amanheci com vontade de escrever e pensar em voce meu irmão é queme deu vontade de lhe escrever.

Seu obreiroYrapoan machado

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/preguica-danada-de-boa.html

#4

A CULPA É DE QUEM ?

No mundo conturbado em que vivemos, estamos sempre tentando transferir as responsabilidadespara outras pessoas, esquecendo que tudo ao nosso redor, é, ou será sempre o que aceitamos.

A família em si, começa a se dizimar entre parentes, se distanciando de vizinhos, amigos e apontasempre um terceiro como o verdadeiro culpado de suas ações.

A educação para com os mais velhos, já pegou o ônibus e já está muito longe... Tudo de errado,foi alguém quem proporcionou, nunca olhamos e além de olhar, aceitamos os nossos erros.

Nós da Família Maçônica, temos como modificar esta trajetória, principalmente os jovens, ematos positivos, somos homens escolhidos por GADU, justo para poder dar um norte com maischances para o futuro.

Como nós podemos mudar ?Com ações em conjunto, criando para nossa Potência o Capítulo Demoley, iniciando uma

caminhada pela paz, união e respeito e isto não implica de “legalização de Loja” e sim de vontadeexpressa de querer pegar a enxada, cavar esta terra, plantar esta semente e o principal, não deixarcrescer sem cuidar, o importante é regar regrando as ações, pois daí sairão os futuros escolhidospara o fortalecimento da nossa MSNB e com certeza, estaremos contribuindo para o equilíbriofamiliar.

Aos Mestres da nossa MSNB e que vieram de outras Potências, o meu profundo respeito eadmiração, porém, são os senhores responsáveis por esta mudança, aos senhores, cabem não apontaros erros e sim apontar o terreno para todos nós cavarmos. Somos obreiros, estamos nesta terra para a“construção”, porém, qual construção? Não seria esta?

Não podemos perder esta chance, olhem os vossos aventais meus amados e reflitam, mas reflitamdiante do espelho, onde somente os senhores possam olhar, encarando a si mesmo e respondam senão podem mudar, unindo seus aventais ao avental de nosso Sereníssimo para um mundo, pelomenos, melhor de se viver.

Vamos também criar o slogan “EU ACREDITO NA MSNB”Seu obreiroYrapoan machado

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/culpa-e-de-quem.html

#5

A CULTURA NÃO ADORMECE...

A simbologia da maçonaria é profunda, mas simples de entender. Significa tudo o que é essamultisecular Instituição.Um dos melhores contadores de história do mundo dedica seu novo livro a uma religião secretarodeada de polêmicas. O repórter Jorge Pontual conversou com Dan Brown para entender como amaçonaria atraiu uma lista tão grande de líderes históricos, e por que ainda é acusada de ter um pé nosatanismo.

O mistério da maçonaria é o principal ingrediente do novo sucesso do escritor Dan Brown, "OSímbolo Perdido". O autor do mega sucesso "O Código Da Vinci", contou ao Fantástico que nolivro anterior ele pergunta o que aconteceria se Jesus não fosse divino, mas apenas um profeta. Nonovo romance, a questão é se o ser humano teria poderes divinos, uma idéia que segundo ele vem damaçonaria.

Toda a trama, cheia de peripécias, perseguições e surpresas, se passa em um domingo à noite emWashington, a capital americana, uma cidade cheia de símbolos da maçonaria. Alguns são bemevidentes, como o obelisco, símbolo da divindade, com uma pirâmide, que representa a evolução dosseres humanos. A influência dos maçons se refletiu na criação da biblioteca do Congresso americano,hoje a maior do mundo.

Um dos momentos mais emocionantes do livro é quando os heróis entram no salão de leitura dabiblioteca do Congresso americano, descrito como o mais bonito do mundo. Eles estão fugindo deuma equipe da SWAT e se escondem, entrando por uma porta. A república americana foi criada porum grupo de maçons, entre eles Benjamin Franklin, John Adams, e o primeiro presidente, GeorgeWashington. Um dos templos da maçonaria na cidade, onde os murais mostram o fundador da naçãocom o avental de pedreiro dos maçons, lançando a pedra fundamental do Capitólio, é o prédio docongresso americano.

Dan Brown lembra que o símbolo mais sagrado da nação, que está nas notas de dólar, é apirâmide da maçonaria, encimada por um olho que simboliza a sabedoria. Segundo o escritor, apirâmide incompleta, sem o vértice, é um símbolo de que o ser humano, e o país, nunca estão prontos,sempre podem se aperfeiçoar.

O escritor destaca que, ao contrário do que muitos acreditam, os Estados Unidos não foramfundados como uma nação cristã. Os fundadores eram maçons que seguiam o deísmo, uma religiãouniversal que usa os símbolos de todas as crenças, e acredita que todos os homens nascem iguais,com o direito à liberdade de culto.

Sobre o altar do templo maçom, estão os livros das principais religiões: não só a bíblia cristã,como a torá dos judeus, o corão dos muçulmanos, e as escrituras de outras tradições. O salão do

templo, na capital americana, é o cenário da cena final do livro de Dan Brown, e certamente serárecriado com muito mais colorido quando o filme for feito.

O templo é exatamente como Dan Brown descreve. No fundo, o trono do grande comandantesoberano da ordem, o altar em torno do qual se realizam os rituais secretos. Mas os maçons negamque o iniciado tome sangue em uma caveira como Dan Brown conta no livro. Segundo eles, isso é sóimaginação do autor.

Dan Brown diz que na verdade os maçons usam vinho em vez de sangue, mas insiste que a caveiraé usada no ritual da quinta libação, escrito num livro por um dos primeiros presidentes dos EstadosUnidos, John Adams. O templo é a sede do rito escocês da maçonaria, uma corrente fundada nosEstados Unidos, à qual pertenceram 15 presidentes americanos. O último foi Gerald Ford, nos anos70.

Os líderes são mestres do grau 33, o máximo a que se pode chegar na maçonaria. Dan Brownexplica que esse é um número místico, a idade de Cristo ao ser crucificado, e o número de vértebrasda nossa coluna vertebral. Muitos, em especial os fundamentalistas cristãos, atacam a maçonariacomo um culto satânico, mas Dan Brown insiste que os símbolos e rituais da maçonaria não sãosinistros nem malignos. Pelo contrário, significam tolerância religiosa e espiritualidade universal.

Para Dan Brown, o importante é que as pessoas procurem entender os símbolos e as crenças dosoutros, e tenham menos preconceitos.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/daw-brown-e-o-simbolo-da-maconaria.html

#6

POR QUE CAMINHO NESTA TERRA?

Existem situações em nossas vidas, que surgem e se não observarmos com carinho, elas irão emborae não iremos ve-las ou senti-las.

Digo sempre que a "vida só tem uma safra e temos a obrigação de ser feliz". Digo isto, porque G.A.D.U. nos colocou nesta terra para uma finalidade, que é a de praticarmos a ajuda aopróximo, muitas das vezes não sendo observados, porém, sem esperar agradecimentos. Hoje, recebi um e-mail do Ir.'. Luiz Carlos - dizendo "Vamos divulgar, quem sabe podemos salvaruma vida! Exames caros sem custo"., onde atuou como verdadeiro Maçom, não pedindo para si,porém, apelando para uma causa através deste site http://www.asiarj.org.br/ambulatorio/especialidades[1]

Voces poderão me perguntar: - Quem é o Ir.'. Luiz Carlos? Respondo que não sei. .Não o conheço fisicamente, porém, são estas

atitudes que nos revelam a identidade de um irmão.

References

1. ^http://www.asiarj.org.br/ambulatorio/especialidades (www.asiarj.org.br)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/existem-situacoes-em-nossas-vidas-que.html

#7

MAÇONARIA: ENTENDA PRIMEIRO E CRITIQUE DEPOIS

O que você tem contra os Maçons?Não, fala aí, bota pra fora o que você tem contra.Por acaso ele morde, faz xixi no tapete, taca pedra e corre, xinga a sua família quando passa na

porta de sua casa, enfim, o que ele faz para que você tenha tanta bronca dos Maçons?Eu não posso acreditar que uma pessoa vai a um culto, (qualquer um) fala em Deus a todo

momento, coloca lá a sua contribuição na sacolinha, se dedica com fervor em seus cânticos ao pontode chorar sem parar e quando sai deste local, que também é sagrado (respeitemos sempre osentimento religioso do próximo), ao se deparar com um Maçom, investe com uma fúria mortal,transformando-se de um filho do Salvador, para um agressor em potencial.

Interessante é que, chegamos em nosso Templo, sem fazer alarde, colocamos o nosso balandrau,praticamos os nossos ritos, sem abrir a boca pra falar de ninguém, porém, basta que nos localizemcom um símbolo na lapela ou um anel no dedo que já é o suficiente para nos chamar de filhos desatanás, ou coisa do genero.

Creio que o fanatismo só caminha para derrota, principalmente a interior, não podemos impornenhum sentimento religioso, até porque, a Maçonaria não é religião e para se ter uma idéia, temosirmãos pertencentes a diversas religiões, porém, com o sentimento único e verdadeiro de irmandade.

Mesmo assim, praticando a igualdade, a fraternidade e a liberdade em todos os momentos,dedicando toda ajuda que possível ao próximo no silêncio da noite, na certeza de ser atendido emnossa corrente de união, com tudo isto, somos excluídos por certos grupos religiosos, quedesconhecem o nosso papel na sociedade.

Fazer o que? Seguimos em frente, até porque sabemos que estamos como soldados do nosso GADU e como tal, não podemos esmorecer.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros doTemplo nº 26Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/o-que-voce-tem-contra-os-macons-nao.html

#8

MAÇONARIA E A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Nos dias de hoje, todos nós conhecemos através de documentários as histórias dos CavaleirosTemplários, uma das sociedades secretas mais conhecidas do mundo. Eles passaram por inúmerospaíses e em todos eles foram deixando a sua marca ao longo da história. Vamos então embarcar emmais uma viagem pelo mundo da história e ver como eles apareceram e o que deixaram de vestígiosno nosso mundo.

COMO APARECERAM?A Ordem dos Cavaleiros Templários foi criada em 1118, em Jerusalém, inicialmente por

cavaleiros franceses e com o passar do tempo, é que se tornou pela forma pela qual é conhecida nosdias que correm, uma instituição de enorme poder político e militar. Inicialmente as suas principaisfunções eram apenas andar pelos territórios cristãos que foram conquistados. durante o temposeguinte eram beneficiados com doações de Terra na Europa, isto com o objetivo de criar ligaçõesem todos os países do mundo.

Jerusalém foi tomada pela primeira cruzada, foi criado um reino , onde 9 cavaleiros pediram para

ficar lá para assim poder proteger os peregrinos que iam para lá. Eles cederam e deixaram-nos ficarlá a viver nos estábulos onde era o antigo Templo de Salomão. Tiveram que fazer um voto decastidade, onde desde então o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. ONome da ordem, Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão ou então CavaleirosTemplários, surgiu devido ao seu voto de pobreza e fé em Cristo.Reza a lenda que os primeiros 9 anos de existência dos cavaleiros Templários, eles tinham oobjetivo de fazer escavações na sua principal sede. E foi durante estas tão faladas escavações quedescobriram documentos e alguns tesouros que fizeram com que eles ficassem muitos ricos epoderosos. De todo o seu reino, o local mais sagrado e purificado era o Templo de Salomão. Paraevitarem que alguém lhes roubasse a sua riqueza, eles enterraram o seu tesouro. Uma das coisas maisfaladas era o Santo Graal. Em relação a isto, há inúmeras teorias. Uma delas é a que o Santo Graalestaria escondido numa igreja católica em Avalon, actual Glastonbury. Mas a teoria mais certa é quequem tinha ficado com a tutela do Santo Graal foram os Cavaleiros Templários.

Eles ao longo da história empenharam-se para defender sempre os cristianismo, e como tinhamuma conduta muito correta, os lugares que guardavam eram sempre muito seguros e todos os lugaresprotegidos pelos Cavaleiros Templários eram considerados um oásis, uma maravilha do mundo, olugar perfeito. Com o passar do tempo e com a confiança que foram transmitindo ás pessoas, grandeparte dos seus estabelecimentos tornaram-se Bancos, onde as pessoas mais poderosas recorriam aeles. A partir de essa altura, criou-se a lenda de que uma gigantesca fortuna dos Cavaleiros

Templários. Eles eram conhecidos como sendo cavaleiros muito valentes, corajosos, sempre prontosa defender os seus ideais e todos os seus bens. O Rei Filipe de França, decidiu apoderar-se dos seusbens devido a ter falta de dinheiro no seu reino. Ao longo dos tempos, foram acusados de heresiaperante a inquisição, e devido a isso, retiram-se para vários sítios, nomeadamente, Escócia,Inglaterra e Portugal, juntando-se assim a Maçonaria.

Hoje em dia, estão espalhados por todo o mundo, com o objetivo de viver em prol do bem estar edo moral, , ajudando orfanatos, crianças desamparadas, etc. Não fazem distinção de raça, seja qualfor a sua nacionalidade. Respeitam sempre a lei e as tradições de cada país onde exercem todas assuas atividades.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/ordem-dos-cavaleiros-templarios.html

#9

AS COLUNAS DE NOSSAS VIDAS

Em “Reis” e “Crônicas”, a Bíblia Sagrada, nos fala da construção do Templo de Salomão. EsteTemplo foi o modelo usado para a elaboração do Templo Maçônico. O Rei Salomão recebera comoherança de seu pai a incumbência de construir um Templo ao Sr. Deus Javé.

Hiram Abi, homem de grande habilidade, talento e inteligência foi o responsável pela grandiosaobra. Eis o relato em Reis capítulo 7: “Fundiu duas colunas de bronze, cada uma com nove metros dealtura e seis de circunferência. Fez dois capitéis de bronze fundido, cada um com dois metros e meiode altura, e os colocou no alto das colunas. Para enfeitar os capitéis, fez dois trançados em forma decorrente, um para cada capitel. Depois fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de cadatrançado, para cobrir os trançados que ficavam no alto das colunas. Fez o mesmo com o segundocapitel.

Os capitéis, no alto das colunas que estavam no vestíbulo, tinham forma de flor de lis, medindodois metros. Além disso esses capitéis, no alto das colunas, no centro que ficava por trás dostrançados, estavam enfeitados por romãs, colocadas em filas de duzentas ao redor de cada capitel.Em seguida, Hiram ergueu as colunas diante do vestíbulo do santuário: ergueu a coluna do ladodireito e lhe deu o nome de FIRME; depois levantou a coluna do lado esquerdo e lhe deu o nome deFORTE. E assim terminou o trabalho das colunas". Hiram executou toda a obra do Templo deSalomão e repetimos em “Reis 1 e 2, e Crônicas": Esta magnífica construção é descritaminuciosamente inclusive na maneira de confeccionar todos os utensílios, estes de muita importânciana forma, função e simbolismo para entendimento do porquê da construção deste Templo, apesar deser o arquétipo do Templo Maçônico observamos que nem todos os utensílios do Templo deSalomão, foram transportados para o Templo Maçônico,Assim vamos nos ater as colunas que são o escopo deste trabalho. Tendo vivido no Egito, livre ouescravo, o povo hebreu assimilara muito dos costumes, religiosidade e cultura egípcia. Em frente dosTemplos egípcios, sempre eram construídos dois obeliscos: um ao lado do outro como oferenda adivindade. Na fuga do Egito sob o comando de Moisés uma nuvem durante o dia transformava-se emfumaça, protegendo o povo em fuga dos soldados do Faraó. A noite a mesma nuvem era uma colunade fogo a iluminar o caminho dos fugitivos. Quarenta anos o povo passou no deserto. Quando daconstrução de Templo de Jerusalém, as colunas foram concebidas como monumento para lembrançaconstante do sofrimento e a demonstrar a necessidade de purificação nos quarenta anos vividos nodeserto, em fuga antes de chegar a terra prometida Canaã. Livre das impurezas adquiridas em terrasestranhas, as duas colunas ali estavam, como a lhes despertar a consciência. A magnitude de Templode Salomão, veio através dos séculos, transformá-lo em símbolo da perfeição. A submissão dohomem a um ente reconhecidamente superior, fruto de amor e bondade, fez com que nossos

antepassados, ao buscarem uma referência histórica, para construção de nossas lendas, encontrassemno Templo de Salomão e em sua construção física uma riqueza incomensurável. Os pedreiros livres,já vinham desde priscas eras, comunicando verbalmente as histórias da Torre de Babel e do Templode Salomão. A tradição estava estabelecida, era necessário dar um formato menos fantástico, maisreal. Já não se tratava de incentivar homens ao trabalho braçal, agora era polir o próprio homem,como fazer a não ser por seus exemplos, onde todos miravam-se em todos. Os símbolostransformavam-se em alegorias, pois era necessário mantê-los velados aos que não entendessem a“Arte”, aos que os interpretassem eram oferecidos maravilhosas lições de moral, verdadeirocaminho das pedras em direção a perfeição, objetivo principal dos que buscavam conhecer averdadeira virtude.

Estando presente, desde o início da Maçonaria Especulativa nos locais adaptados para serviremcomo Templo Maçônico, nos adros das Igrejas e nas tabernas para as reuniões das Lojas, no chãodestes locais eram desenhados com carvão, os painéis com toda variedade de símbolos que a Lojatinha para que acontecesse uma “Sessão Maçônica em Loja". E um dos símbolos que permanece atéhoje nos Templos, são as duas Colunas. Ao final da Sessão, eram apagados os desenhos, na evoluçãonatural eles passaram a ser feitos em tapetes, desenrolava no inicio da Sessão e enrolava ao final,quando a. Loja era fechada, Ficando guardado até a próxima Sessão. As várias gravuras antigascomprovam esta constatação, pois sempre nos deparamos com a presença duas Colunas “B” e “J”.Corno no inicio da Maçonaria Especulativa esses locais chamados de Templo Maçônico, mesmo semterem sido construídos para este fim específico, quando da construção do primeiro Templo Maçônicoem 1776 lá estavam estas Colunas “plantadas no chão”. O Templo Maçônico representa o Universo,a Loja Maçônica representa o Planeta Terra, dentro deste Universo. No Templo encontram-se as duasColunas “B” e “J” com uma simbologia de alta expressão. A Coluna “B” simboliza o solstício deinverno, isto é o Sol em posição zero grau de Câncer, no dia 2 de Junho, a Coluna “J” simboliza osolstício de verão, o Sol em posição zero grau de Capricórnio, no dia 21 de Dezembro. Estasposições acontecem ao sul do Equador, ao norte é exatamente ao inverso, aí está porque o Maçomquando entre estas duas Colunas encontra-se no único neutro da Loja. Representam também asColunas a Vida e a Morte, pois sabemos que esta é a única certeza que o ser humano deve ter, eisporque entre ambas é a passagem obrigatória para quem quer estar “Em Loja".

Nas Sessões Maçônicas, quando qualquer obreiro estiver circulando não deve em hipótesenenhuma circular por trás das Colunas, pois as mesmas delimitam Universo e Planeta Terra, Temploe Loja e quem estiver atrás das Colunas estará dentro do Templo, porém simbolicamente fora daLoja, exceto o Guarda do Templo.

As Colunas Gêmeas não podem e não devem ficar no Átrio, sua forte representatividade se faznecessário dentro do Templo; Também não devem ser consideradas como mera decoração, esserespeito e veneração é em função das mesmas serem um dos raros elos que remanescem em nossosTemplos Maçônicos, herança do primeiro Templo de Jerusalém chamado de Templo de Salomão.

A importância das Colunas no Templo, aumenta quando constatamos que sobre elas convergem asemanações Cósmicas e Telúricas, unindo naquele minúsculo pedaço do Universo que chamamosLoja, o nosso mundo, abstrato e concreto, céu e terra, homem e divindade fundidos em um só ser,onde fluí urna maravilhosa energia positiva, que estimula o Maçom a voltar-se para dentro de si, coma Luz divina o acompanhando para a construção do seu próprio Templo Íntimo, moradia eterna doG:.A:.D:.U:.. objetivo de todo obreiro da Sublime Instituição.

Em “Reis” e “Crônicas”, a Bíblia Sagrada, nos fala da construção do Templo de Salomão. Este

Templo foi o modelo usado para a elaboração do Templo Maçônico. O Rei Salomão recebera comoherança de seu pai a incumbência de construir um Templo ao Sr. Deus Javé.

Hiram Abi, homem de grande habilidade, talento e inteligência foi o responsável pela grandiosaobra. Eis o relato em Reis capítulo 7: “Fundiu duas colunas de bronze, cada uma com nove metros dealtura e seis de circunferência. Fez dois capitéis de bronze fundido, cada um com dois metros e meiode altura, e os colocou no alto das colunas. Para enfeitar os capitéis, fez dois trançados em forma decorrente, um para cada capitel. Depois fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de cadatrançado, para cobrir os trançados que ficavam no alto das colunas. Fez o mesmo com o segundocapitel.Os capitéis, no alto das colunas que estavam no vestíbulo, tinham forma de flor de lis, medindo doismetros. Além disso esses capitéis, no alto das colunas, no centro que ficava por trás dos trançados,estavam enfeitados por romãs, colocadas em filas de duzentas ao redor de cada capitel. Em seguida,Hiram ergueu as colunas diante do vestíbulo do santuário: ergueu a coluna do lado direito e lhe deu onome de FIRME; depois levantou a coluna do lado esquerdo e lhe deu o nome de FORTE. E assimterminou o trabalho das colunas". Hiram executou toda a obra do Templo de Salomão e repetimos em“Reis 1 e 2, e Crônicas": Esta magnífica construção é descrita minuciosamente inclusive na maneirade confeccionar todos os utensílios, estes de muita importância na forma, função e simbolismo paraentendimento do porquê da construção deste Templo, apesar de ser o arquétipo do Templo Maçônicoobservamos que nem todos os utensílios do Templo de Salomão, foram transportados para o TemploMaçônico,

Assim vamos nos ater as colunas que são o escopo deste trabalho. Tendo vivido no Egito, livre ouescravo, o povo hebreu assimilara muito dos costumes, religiosidade e cultura egípcia. Em frente dosTemplos egípcios, sempre eram construídos dois obeliscos: um ao lado do outro como oferenda adivindade. Na fuga do Egito sob o comando de Moisés uma nuvem durante o dia transformava-se emfumaça, protegendo o povo em fuga dos soldados do Faraó. A noite a mesma nuvem era uma colunade fogo a iluminar o caminho dos fugitivos. Quarenta anos o povo passou no deserto. Quando daconstrução de Templo de Jerusalém, as colunas foram concebidas como monumento para lembrançaconstante do sofrimento e a demonstrar a necessidade de purificação nos quarenta anos vividos nodeserto, em fuga antes de chegar a terra prometida Canaã. Livre das impurezas adquiridas em terras

estranhas, as duas colunas ali estavam, como a lhes despertar a consciência. A magnitude de Templode Salomão, veio através dos séculos, transformá-lo em símbolo da perfeição. A submissão dohomem a um ente reconhecidamente superior, fruto de amor e bondade, fez com que nossosantepassados, ao buscarem uma referência histórica, para construção de nossas lendas, encontrassemno Templo de Salomão e em sua construção física uma riqueza incomensurável. Os pedreiros livres,já vinham desde priscas eras, comunicando verbalmente as histórias da Torre de Babel e do Templode Salomão. A tradição estava estabelecida, era necessário dar um formato menos fantástico, maisreal. Já não se tratava de incentivar homens ao trabalho braçal, agora era polir o próprio homem,como fazer a não ser por seus exemplos, onde todos miravam-se em todos. Os símbolostransformavam-se em alegorias, pois era necessário mantê-los velados aos que não entendessem a“Arte”, aos que os interpretassem eram oferecidos maravilhosas lições de moral, verdadeirocaminho das pedras em direção a perfeição, objetivo principal dos que buscavam conhecer averdadeira virtude.

Estando presente, desde o início da Maçonaria Especulativa nos locais adaptados para serviremcomo Templo Maçônico, nos adros das Igrejas e nas tabernas para as reuniões das Lojas, no chãodestes locais eram desenhados com carvão, os painéis com toda variedade de símbolos que a Lojatinha para que acontecesse uma “Sessão Maçônica em Loja". E um dos símbolos que permanece atéhoje nos Templos, são as duas Colunas. Ao final da Sessão, eram apagados os desenhos, na evoluçãonatural eles passaram a ser feitos em tapetes, desenrolava no inicio da Sessão e enrolava ao final,quando a. Loja era fechada, Ficando guardado até a próxima Sessão. As várias gravuras antigascomprovam esta constatação, pois sempre nos deparamos com a presença duas Colunas “B” e “J”.Corno no inicio da Maçonaria Especulativa esses locais chamados de Templo Maçônico, mesmo semterem sido construídos para este fim específico, quando da construção do primeiro Templo Maçônicoem 1776 lá estavam estas Colunas “plantadas no chão”. O Templo Maçônico representa o Universo,a Loja Maçônica representa o Planeta Terra, dentro deste Universo. No Templo encontram-se as duasColunas “B” e “J” com uma simbologia de alta expressão. A Coluna “B” simboliza o solstício deinverno, isto é o Sol em posição zero grau de Câncer, no dia 2 de Junho, a Coluna “J” simboliza osolstício de verão, o Sol em posição zero grau de Capricórnio, no dia 21 de Dezembro. Estasposições acontecem ao sul do Equador, ao norte é exatamente ao inverso, aí está porque o Maçomquando entre estas duas Colunas encontra-se no único neutro da Loja. Representam também asColunas a Vida e a Morte, pois sabemos que esta é a única certeza que o ser humano deve ter, eisporque entre ambas é a passagem obrigatória para quem quer estar “Em Loja".

Nas Sessões Maçônicas, quando qualquer obreiro estiver circulando não deve em hipótesenenhuma circular por trás das Colunas, pois as mesmas delimitam Universo e Planeta Terra, Temploe Loja e quem estiver atrás das Colunas estará dentro do Templo, porém simbolicamente fora daLoja, exceto o Guarda do Templo.

As Colunas Gêmeas não podem e não devem ficar no Átrio, sua forte representatividade se faz

necessário dentro do Templo; Também não devem ser consideradas como mera decoração, esserespeito e veneração é em função das mesmas serem um dos raros elos que remanescem em nossosTemplos Maçônicos, herança do primeiro Templo de Jerusalém chamado de Templo de Salomão.A importância das Colunas no Templo, aumenta quando constatamos que sobre elas convergem asemanações Cósmicas e Telúricas, unindo naquele minúsculo pedaço do Universo que chamamosLoja, o nosso mundo, abstrato e concreto, céu e terra, homem e divindade fundidos em um só ser,onde fluí urna maravilhosa energia positiva, que estimula o Maçom a voltar-se para dentro de si, coma Luz divina o acompanhando para a construção do seu próprio Templo Íntimo, moradia eterna doG:.A:.D:.U:.. objetivo de todo obreiro da Sublime Instituição.

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#10

O QUEBRA CABEÇA DE G.A.D.U.

Há séculos o homem tenta desvendar os mistérios entre Criador e criatura. Tudo istoocorreu por inúmeras barbaridades daquela época e foi através da astrologia, astronomia e a criaçãode múltiplas imagens para os deuses, que originou os diversos caminhos. Não podemos esquecerque, pela ignorancia dos povos na sua maioria, diria quase que total, não sabiam ler e muito menosescrever, com isto, as imagens aliadas com as histórias, se uniam para melhor formar o entendimentodaqueles ouvintes e com isto, os contadores destas histórias, juntavam-se para formar outrosencontros, gerando assim seguidores diversos e criando religiões, seitas, etc.

Continuando nesta linha, falamos então de Adão e sua companheira Eva e na expulsão de

ambos do paraíso, acusados de alta desobediência. Neste momento, destacamos a serpente, elemento da intenção e na tentação do homem e principal causadora da saída do casal nacompanhia direta do Criador. A representação desta cena é de vital importância, em minha opinião,no crescimento e desenvolvimento do cidadão e na escolha de um caminho positivo e desta forma, aIgreja Católica, aliada na sua crença e baseada nesta ilustração milenar, toca na tecla dos pecados,das proibições, determinando o que o homem deve ou não fazer para estar em harmonia com a suacomunidade e Deus. Por outro lado, retornando ao início do nosso texto, citamos os fomentadores,curandeiros, enfim, convencedores dos segmentos dos mais diversos e eles em inúmeras previsões,ora em praças com famílias, ora em comunidades, conseguiam convencer os antigos povos, unindoelementos da natureza, acrescidos de rezas, insensos, banhos de ervas, abstinências e outros mais e com isto, fazendo-os a caminhar em diferentes crenças, porém, sempre para o encontro com osDEUSES.

Neste momento, creio que o Quebra Cabeça de GADU se apresentou justo para dar aliberdade na escolha de qualquer caminho, porém, creio também que, continuamos muitas das vezessendo impostos em ter que seguir seitas, religiões ou qualquer que sejam chamadas estas uniões, porseveridade dos pais ou pessoas dominadoras. As mensagens de GADU surgiram aos milhares e estãoaí, se movimentando em velocidade absurda em diversos paises, não dando nem tempo de se pensar nas respostas deste mundo que chamamos de "mundo invisível" e é tão forte, que nos deixa semexplicações e nos dando a eterna curiosidade e a provocação da velha pergunta: se existemrealmente, porque não se materializam?

Para nós Maçons, por não praticarmos nenhuma religião em nossos Templos, o únicocompromisso que assinamos com DEUS é o de amar o próximo, praticando o bem, sem olhar aquem, dar sem esperar agradecimento, respeitando a todos, incluindo a sociedade e o Estado emque se vive.

Insistimos no aprendizado em nossos Templos que, o Maçom por ser escolhido, segue semdescanso no caminho dentro de si e na reta da harmonia, da concórdia e tendo principalmente, nacerteza da existência deste maravilhoso SER que nos coloca, com muito amor no labirinto destaTerra, porém, nos aguardando com os nossos merecimentos na linha do Oriente.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOSYrapoan MachadoObreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/o-quebra-cabeca-de-gadu.html

#11

O MISTÉRIO DO SILÊNCIO

Você já teve a sensação de estar em uma rua e sem querer se perguntar que já conhece aquelelugar, mesmo sem nunca ter passado?

Ou olhar para uma pessoa e por mais que lhe apresentem, você ter a certeza que já a conhece epior, ter pela pessoa a mesma impressão?

Eu diria que são nossas lembranças de vidas anteriores e que ainda estão escondidas lá nosfundos da memória, em alguma curva do desconhecido.

Contudo, para os cientistas, esta sensação acende em nosso cérebro por ser uma informação denosso antecessor, inserido em um traço de um dos nossos cromossomos e que se instala em nossoDNA, gerando assim, diversas informações.

Na verdade, o ser humano é uma caixa de surpresa, caminha muitas das vezes em filas indianas,sem saber o porque está caminhando e em maior parte, sem direção. É como se ele mesmoperguntasse sem respostas: “Para que lado vou?”

Instaurado o conflito entre a pessoa e seu próprio Eu, quem ganha espaço é o mistério do silêncioque se mantém intacto, parado como um espectador, observando cada passo, cada ato, cada gesto esem ser incomodado.

Nos Templos Maçônicos, o exercício do despertar é constante e os nossos testes não são para queos olhos vêem e sim o que os corações sentem. Para nós que acreditamos na vida pós morte efortalecidos pelos ensinamentos que recebemos, o mistério do silêncio deixa de existir, passando aser um companheiro constante em nossas meditações, uma prática para melhor responder ao nossopróximo, na confiança da nossa tranqüilidade interior.

Para nós, iniciados nas fileiras do Grande Templo, que após acordarmos para uma vida melhor eem comunhão, principalmente com nós mesmos, este mistério do silêncio passa a ter nome, idade etamanho e sem se preocupar com cientistas, materialistas, enfim, com todos aqueles que dormem nadúvida e acordam sem acreditar, que mesmo vendo uma natureza perfeita e que não saiu de nenhumcromossomo, com uma diversidade alucinante de bela e sem a composição de nenhum DNA e mesmoassim, eles os “grandes” em tudo, batem na tecla da dúvida, enviando equipamentos para o espaçona tentativa de encontrar os fundos da casa de nosso Mestre.

Para nós Maçons, não existe o acaso da rua ou da pessoa que nunca vimos, até porque, temos acerteza que vimos e tudo isto e o que iremos alcançar com os nossos aprendizados, serão visões maisamplas para inserirmos em nossas bagagens.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros doTemplo nº 26Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/o-misterio-do-silencio.html

#12

QUEM SABE FAZ A HORA ....

Meus amados, nosso blog começa a receber informações importantes para a população.Centro Internacional Sarah de Neurorreabilitação e Neurociências

O HOSPITAL SARAH RIO, em neuroreabilitação Especializado, inaugurado dia nao 01 deMaio de 2009, Barra da Tijuca, ja estabeleci Cadastrando Parágrafo Atendimento, Novos PacientesAdultos e Crianças com patologias Como Na seguintes:

· Paralisia cerebral· Crianças com Atraso do Desenvolvimento motor· Sequela de traumatismo craniano· Sequela de AVC· sequelas de hipóxia cerebral· Má-Formação cerebral· Sequela de traumatismo medular· Doenças medulares traumáticas Como nao mielites e mielopatias· Doenças neuromusculares miopatias Como, neuropatías Periféricas hereditárias

e adquiridas, amiotrofia Espinhal· Doença de Parkinson e Parkinsonismo· Ataxias· Doença de Alzeihmer e Demências em Estágio Inicial· Esclerose Múltipla· Esclerose lateral amiotrófica em Estágio Inicial· mielomeningocele· Espinha Bífida· Paralisia facial O Atendimento é Totalmente Gratuito.O cadastro para Atendimento de Pacientes são feitos exclusivamente pelosTelefones: 21 3543-

7600 21 3543-7600 21 3543-7600 21 3543-7600 e 21 3543-7601 / 2, das 08 Como 17 Horas, deSegunda a Sexta-Feira .

www.sarah.br/ Endereço:Embaixador Abelardo Bueno, n º 1500Barra da Tijuca

22775-040 - Rio de Janeiro - RJContribuição enviada Por Nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/quem-sabe-faz-hora.html

#13

VIVA SÃO JOÃO !

A conquista em 1.291 de São João de Acre, último bastião cristão na Terra Santa, por parte dosmuçulmanos, significou o início do ocaso das ordens militares e mais ainda para o Templo. Reinavaem França Felipe IV, o Belo, conhecido pela história como “o rei de ferro”. Mau administrador emuito dilapidador, viu nos imensos tesouros templários uma fonte que lhe sustentaria no trono e,simultaneamente, anulado o poder temporal da Ordem, pensava ver reforçado o seu próprio poderreal. Era a tarefa difícil, porém não impossível, e o caminho lógico era intervir através do papa,submetido praticamente à coroa francesa, e único superior dos cavaleiros do Templo.

Uma cadeia sem fim de acusações e montagens fraudulentas abateu-se sobre o Templo, e aspressões sobre o Papa e Reis por parte da corte francesa foram fatigantes. Até que, no dia 14 desetembro de 1.307, cumpriu-se a ordem real de arrestar e por à disposição da Inquisição ostemplários franceses.

Acusaram-lhes de renegar a Cristo, de todo tipo de obscenidades, de sodomia, de idolatria, eassim se confabulou um processo, que concluiu com a condenação, no átrio da catedral de Paris, doGrão-Mestre Jacques de Molay e seus cavaleiros. Estes fatos aconteceram em 18 de março de 1.314.

Naquela mesma tarde, o Grão-Mestre e outros trinta e seis cavaleiros da Ordem foram executadosna fogueira. Clemente V, o Papa que não soube opor-se aos desejos reais franceses, morreu um mêsdepois que Molay. Oito meses depois, morria Felipe IV, em conseqüência de uma queda de cavalo.O chanceler francês, Nogaret, que instruiu e auspiciou o processo, teve similar fim. Esquieu deFroyran, que iniciou na corte aragonesa a cadeia de mentiras que serviu de base ao processo, caiuapunhalado. Todos os atores do drama templário caíram logo, e de forma pouco habitual, fechandoassim a cortina da Grande Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo.

História ModernaDepois da suspensão papal da Ordem, por Clemente V, através da Bula Vox in excelso, em 22 de

março de 1312, os membros da Ordem continuam sobrevivendo em diversos países, sobdenominações diferentes, aberta ou secretamente, de acordo com o poder e influência exercidos pelaIgreja ou a simpatia dos soberanos daqueles territórios onde se encontraram. Em alguns Estados,como Espanha e Portugal, acolheram-se os Antigos Freires Templários em novas Ordens, como a deMontesa, Santiago (ambas em Espanha) ou a de Cristo (Portugal), ou em países como a Escócia, quepor aquela época estava em guerra com a Inglaterra, a Bula papal nunca foi publicada nem executada.

A suposta sobrevivência secreta da Ordem se produzirá mediante a idéia de que o último Grão-Mestre, Jacques de Molay, haveria transmitido seus poderes a um Cavaleiro, Jean-Marc Larmènius(ou o Armênio), o qual teria redigido uma Carta (a chamada Carta de Larmènius), que foi assinadapelos grão-mestres secretos da Ordem sucessivos no tempo.

Essa eventual preservação em segredo termina quando, em março de 1705, o neto de Luis XIV,Philippe, Duque de Orleáns (mais tarde Regente do Reino de França) declara suceder a Jacques-Henry de Durfort como Mestre do Templo, pondo fim à existência "secreta" dos Templários,convocando em Versalhes, aos 11 de abril, um Capítulo Geral, que adotaria novos Estatutos e noqual o Duque seria reconhecido como Grão-Mestre.

A Carta de Transmissão de Larmènius, redigida em letra cifrada, seria a prova da sobrevivênciaTemplária secreta depois de 1314.

Com a posição pública do Duque de Orleans se inicia a restauração moderna da Ordem quecontinua até os dias atuais.

A sucessão de Grãos-Mestres (Philippe de Orleans morreria em 1723) é interrompida durante aRevolução Francesa. Claude-Mathieu Radix de Chevillon, regente durante a Revolução, rechaçaassumir o papel de Grão-Mestre, que recairá sobre o podólogo Francês Bernard-Raymond Fabre-Palaprat, o último a firmar a Carta de Transmissão usando a letra cifrada, característica da mesma.Esta restauração é aprovada pelo novo imperador de França, Napoleão Bonaparte, que autoriza aPalaprat a organizar uma cerimônia solene em 1808, na Igreja de São Paulo e Santo Antônio, emmemória de Jacques de Molay.

A partir de 1804, a Ordem estrutura-se e organiza-se como instituição cavaleiresca, assistencial,tolerante, tradicional e universal. Entre 1804 e 1808, a Ordem multiplica seus Priorados e Comendaspor todo o império Napoleônico. Restaurados os Bourbons, Luis XVIII põe os Templários sob suaproteção real, temendo a possível influência política de alguns grupos, opositores da restauraçãomonárquica. Mais tarde, os Templários franceses apóiam as insurreições de 1830 contra Carlos X,que pretendia o retorno do absolutismo, assim como as insurreições belgas contra o domínioholandês dos Orange-Nassau, que concluirá com a independência da Bélgica em 1831.

Em 18 de fevereiro de 1838, morre Fabre-Palaprat. Em 29 de maio desse mesmo ano, a Regênciada Ordem é assumida pelo Conde de Mouton, católico, e o Capítulo Geral nomeia uma novaComissão Executiva. Demais disso, aprova-se um novo Estatuto, que "renova a tradição cavaleirescae a obediência à Igreja Católica".

Aos 11 de fevereiro de 1841, em Paris, os Templários tomam uma importante decisão: Oscristãos de qualquer confissão poderão formar parte da Ordem, mesmo que esta continue com suareligião oficial a católica, apostólica e romana.

Com a lei de 28 de julho de 1848, a Assembléia Constituinte francesa veta a atividade de todas asOrdens e todas as associações, porém, na mudança do clima político, com o segundo império,Napoleão III, em 1850, concede reconhecimento aos Templários. Com o decreto de 13 de junho de1853, o Imperador autoriza-os a portar publicamente a insígnia da Ordem e, em 1857, o regente deValleray restaura o uso da cruz patriarcal.

Na França, a Grão-Mestria é assumida em 1892, pelo poeta e escritor decadente Joseph AimèPèladan.

Em 11 de novembro de 1894, mantém em Bruxelas uma Convenção Geral, no curso da qualdecide-se constituir uma Secretaria Internacional Templária. Não participam os Templários inglesesque, durante este período, aos 24 de janeiro daquele ano, confirmaram como Grão-Mestre EduardoVII, Rei da Inglaterra e Imperador das Índias. Porém, a transferência da sede templária na Inglaterranão agradou à totalidade dos Templários.

Morto Eduardo VII em 1910, substitui-o como Grão-Mestre Guillermo II, Imperador daAlemanha. Ao final da primeira guerra mundial, Guillermo II renuncia, pelas oportunas razões, ocargo de Grão-Mestre.

Em 1915, constitui-se um Secretariado Internacional Templário, para a conservação dasolidariedade e relações entre Templários de todo o mundo, com sede na Bélgica, e cinco anos maistarde, procede à eleição do Conselho de Regência.

Ao 1º de outubro de 1933, em Louvain, o Grão-Priorado da Bélgica decide a reconstrução doMagistério da Ordem, em Bruxelas, tomando a regência Theodore Covias.

Em 18 de agosto de 1934, Emile-Isaac Vanderberg substituirá a Covias como Regente e Guardiãoda Ordem, dedicando-se à revitalização dos Priorados Templários na Europa.

Em novembro de 1942, por temor à repressão nacional-socialista contra as associaçõestradicionais, iniciáticas e cavaleirescas, durante a ocupação da Bélgica, Vanderberg envia osarquivos do Templo ao Porto, em Portugal, país neutro, aos cuidados do Conde Campelo Pinto SousaFontes, Grão-Prior de Portugal.

Terminado o conflito, Vanderberg solicita inutilmente a restauração dos arquivos a Sousa Fontes,o qual sustenta que a transmissão dos arquivos foi uma verdadeira e própria transmissão de poderes.

À morte acidental de Vanderberg, Sousa Fontes, “motu próprio”, autonomeia-se Regente. AlgunsPriorados reconhecem sua autoridade, porém muitos outros a recusam.

BIBLIOGRAFIATexto extraido do site Ordem dos Cavaleiro Templários InternacionalPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/viva-sao-joao_11.html

#14

NÃO SEJA MAÇOM

Se queres descanso, não seja maçom, pois o trabalho do maçom deve ser contínuo.Se queres ser beneficiado, não seja maçom, pois o maçom deve primeiro promover benefícios a e

em prol de outros.Se queres paz, não seja maçom, pois o maçom deve estar em guerra constante contra os vícios.Se sois egoísta, não seja maçom, pois, para o maçom, compartilhar deve ser um hábito.Se apenas pensas em ti, não seja maçom, pois pensar apenas em si mesmo é inviável e o maçom

deve pensar e agir para todos.Se desejas enriquecer, não seja maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos

seus bens, mas sim pelas suas atitudes.Se sois arrogante, nunca seja um maçom, pois a humildade deve ser uma virtude constante,

demonstrada em todos os momentos.Se sois demasiadamente religioso, não seja maçom, pois o maçom deve ser tolerante em suas

diferenças religiosas.Se não crês em Deus, esqueça, não há como ser maçom, pois os maçons nada fazem sem antes O

invocarem.Se gostas das luxúrias que o mundo proporciona, não seja maçom, pois os maçons devem ignorá-

las, vez que são temporárias.Se simplesmente fazes parte de algo, não seja maçom, pois o maçom não pode só fazer parte, deve

trabalhar para fazer a diferença.Se queres ser maçom, não tente ser o pior nem o melhor, seja apenas você mesmo.Se és arrogante, não seja maçom, pois o desprezo está em sintoma de maldade e a maldade é a

principal inimiga do maçom.Se és omisso, não seja maçom, pois a iniciativa deve ser notável em um maçom.Se és preconceituoso, não seja maçom, pois a igualdade deve ser um pilar marcante na vida do

maçom.Mensagem enviada por nosso valoroso Irmão Moacyr Duarte em 20 de agosto, data em que se

comemora o dia do Maçom.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/nao-seja-macom_14.html

#15

O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estendepor toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste daEspanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.

Tiago foi um pescador que vivia às margens do lago Tiberíades; filho de Zebedeo e Salomé, eirmão de João O Evangelista. Segundo a tradição, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, Tiagofoi pregar o evangelho na província romana da Galícia, extremo oeste espanhol. De volta aJerusalém, o apóstolo foi perseguido, preso e decapitado a mando de Herodes no ano 44. Seus restosforam lançados para fora das muralhas da cidade. Os discípulos Teodoro e Atanásio recolheram seucorpo e levaram-no de volta para o Ocidente, aportando na costa espanhola, na cidade de Iria Flavia.

O corpo do apóstolo foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o localpermaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômenoque ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas se derramava sobre um mesmo ponto do Libredón,proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o bispo de IriaFlavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local. Assim, no dia 25 de Julho de(provavelmente) 813, foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.

A notícia se espalhou rapidamente, e o local passou a ser visitado por andarilhos de toda aEuropa a fim de conhecer o sepulcro do Santo. A quantidade de peregrinos aumentava intensamente acada ano. Nobres e camponeses dirigiam-se em caravanas, caminhando ou cavalgando em busca debênçãos, cura para as enfermidades, cumprir promessas ou apenas aventuravam-se em terrasdistantes.

O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela em honra a SãoTiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em pouco tempo, uma cidade foierguida em torno daquele bosque, e denominada Compostela. A origem etimológica do nome remeteao latim: Campus Stellae, ou Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.

No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo erguido por seuantecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada pelo árabe Almanzor, querespeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em 1075, iniciou-se a construção da atualcatedral, cinco vezes maior que a anterior.

Os Caminhos do Caminho O Caminho de Santiago possui - em sua maior parte - um aspecto medieval. As catedrais góticas e

românicas, mosteiros e capelas, castelos e aldeias celtas distribuem-se ao longo do percurso.O apogeu das peregrinações ocorreu nos séculos XII e XIII. As quatro principais rotas tiveram

origem neste período. Mesmo partindo de pontos diferentes, todas entravam na Península Ibéricaatravés dos Pirineus. A partir de Puente la Reina o trajeto é o mesmo, com exceção de alguns ramaissecundários. As rotas modernas iniciam-se também em cidades como Saint-Jean-Pied-de-Port, naFrança.

A partir do século XIV, houve uma sensível redução de peregrinos que se aventuravam peloCaminho. Porém, no século XX o Caminho de Santiago foi "ressuscitado" e voltou a ser umas dasprincipais rotas religiosas da história. Atualmente, é comum encontrar os peregrinos modernos, quepercorrem o Caminho de carro ou bicicleta, ou simplesmente aqueles que visitam a Catedral e otúmulo do Apóstolo São Tiago.

Geralmente, o viajante carrega consigo uma concha (conhecida também por Vieira) que possuivários significados. Segundo a lenda, um homem percorria o Caminho a cavalo, quandorepentinamente o animal disparou em direção ao mar. O peregrino evocou Santiago, e uma forte ondadevolveu-o a terra firme. Retomada a consciência, o peregrino percebeu que seu manto estavarepleto de conchas. Assim, a Vieira assumiu um significado de proteção, que também está associadaao Graal. Simboliza, para o viajante, absorver a sabedoria e a entidade de Cristo como seu EuSuperior.

Durante todo o percurso, existem albergues instalados em velhas construções medievais,destinados especialmente a atender os peregrinos. Além de hotéis, pousadas, e os próprios habitantesque cedem suas casas como abrigo. O peregrino carrega consigo uma credencial, que deve sercarimbada em igrejas ou no órgão de turismo correspondente ao local. Munido de um mapa, oviajante também conta com as discretas setas pintadas em rochas, muros e árvores, que funcionamcomo um guia constante, e evitam que o aventureiro se perca. Ao concluir o Caminho chegando àCatedral de Santiago, o peregrino apresenta a credencial e recebe a Compostelana, uma espécie decertificado de que todo o percurso foi concluído.

No Brasil, a popularização do Caminho deve-se principalmente ao escritor Paulo Coelho, quelançou o livro O Diário de um Mago. Nesta obra, o autor narra as experiências místicas vivenciadasem sua peregrinação em 1989. Além de Paulo Coelho, a cantora Baby do Brasil escreveu Peregrina –Meu Caminho no Caminho, onde também é descrita sua trajetória até Compostela. Mas a literaturabrasileira abriga outros títulos que servem de incentivo e preparação para aqueles que se dispuserema caminhar mais de 800 quilômetros até a cidade de Santiago de Compostela, tombada pelaUNESCO como Patrimônio da Humanidade, em 1992.

BIBLIOGRAFIANós da Cavaleiros do Templo XXVI parabenizamos aos editores deste site:

www.spectrumgothic.com.br pelas ilustrações e textos inseridos nas belíssimas obras na internet,incluindo esta...Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/o-caminho-de-santiago-de-compostela.html

#16

ADONHIRAMITA - A HISTÓRIA DE UM RITO

É muito difícil saber a autoria e o início do Rito Adonhiramita. O texto abaixo é fruto de pesquisasna Internet, livros, artigos maçônicos, bem como, a troca de informações com os Irmãos de outrasLojas, estados e países.

Entre as numerosas controvérsias que resultaram desde meados e quase até o final do séculoXVIII pelo continente Europeu, e especialmente na França, entre os estudantes de filosofia maçônica,que com freqüência resultavam na invenção de novos graus e estabelecimento de novos ritos, estavaa que se referia à pessoa e descrição do arquiteto do templo.

Quem era o arquiteto do templo de Salomão? Foi contestada de diferentes maneiras por distintosteóricos e cada contestação dava origem a um novo rito.

A teoria geral desde então é a mesma de agora, isto é, que este arquiteto era Hiram Abif, o filhoda viúva de Hur (um homem que trabalhava com cobre), que havia sido enviado ao Rei Salomão porHiram, Rei de Tiro como um precioso presente, e ''era um curioso obreiro adivinho, profeta''.

Esta teoria se apoia em textos de escrituras judias que podem dar uma luz sobre a lendamaçônica. A teoria dos antigos maçons ingleses estava enunciada como historicamente correta naprimeira edição do Livro das Constituições, publicado em 1723, e continua considerando, desdeentão, a opinião de todos os maçons ingleses e americanos, e é até agora , a única teoria admitida portodos os maçons dos países que conhecem a teoria sobre esta matéria. Esta, portanto, é a fé ortodoxada Maçonaria.

Só que não foi o que ocorreu na Europa no século passado. A princípio, a controvérsia surgiu,não relativa ao próprio nome, mas, sim, a sua devida denominação. Todas as partes concordam que oarquiteto do templo foi Hiram Abif, o filho da viúva, descrito no primeiro Livro de Reis ( VIl, 13-14), e no segundo Livro de Crônicas ( 11, 13-14), o qual veio de Tiro com os obreiros do templo quehaviam sido enviados pelo Rei Hiram à Salomão.

Uns chamavam- no de Hiram Abif, e os outros admitiam que seu nome original era Adonhiram,nome este suposto, pela habilidade que havia demonstrado na construção do Templo, e se conferiu oafixo memorável de Adon, significando Senhor ou Mestre, de cujos nomes originaram Adonhiram (Adon + Hiram ). Além disso, existiu no Templo um outro Adoniram ( nota-se que se tratavam de doishomônimos).

O primeiro conhecimento que temos nas escrituras deste Adonhiram está no segundo Livro deSamuel ( XX, 24 ), onde a forma abreviada de seu nome era Adoram, no caso, '' o cobrador deimpostos''.

Sete anos depois o encontramos exercendo o mesmo ofício na casa de Salomão, como pode servisto em Reis IV, 6, Adonhiram, “filho de Abda, o cobrador''. E , por último, sabemos que ocupava o

mesmo posto na casa do Rei Rehoboam, filho e o sucessor de Salomão.Quarenta e sete anos depois é mencionado no Livro de Samuel ( 1 Reis XII, 18) que ele foi morto

a pedradas, ao fazer a demissão de seu cargo, pelo povo que estava indignado das opressões de seurei.

Os estudiosos se viram embaraçados e não tiveram dúvidas de que o cobrador de impostos noépoca de Davi, de Salomão e de Rehoboam se tratava da mesma pessoal, pois não há razão paraduvidar; também como havia dito Kitto : “resulta muito inverossímil, não obstante o caso de que duaspessoas de mesmo nome desempenhasse sucessivamente o mesmo cargo, e não aparece exemploalgum em que o nome do pai se aplicasse a seu filho.Vimos também que não transcorreram mais doque quarenta e sete anos entre o primeiro e o último, Adoniram, que foi o cobrador, e sendo este,também, um longo período de serviço, não é demasiado longo para uma vida, e a pessoa que teveeste cargo, a princípio no reinado de Rehoboam, havia permanecido bastante tempo para se fazerodiar pelo povo e de tudo isto resulta o mais provável, ou seja, que em ambos os casos tratava- se damesma pessoa.

As lendas e tradições da Maçonaria que relacionam este Adoniram com o Templo de Jerusalém,se deduzem e se apóiam na única passagem do primeiro Livro de Reis ( V, 14 ), onde é cita-se queSalomão reuniu uma leva de 30.000 obreiros para trabalhar no monte Líbano, sob o comando deAdoniram, a quem o chamavam de superior.

Os autores dos rituais franceses, que não tinham um bom conhecimento em hebreu, confundiam, àsvezes, importantes personagens de tal maneira que, em ocasiões , não percebiam a diferença entreHiram, o Arquiteto, que havia sido enviado da corte do Rei Tiro, e Adoniram, que sempre havia sidoum empregado da corte do Rei Salomão.

Este erro se estendeu ainda mais, e se fez mais fácil por ter sido usado o prefixo Adon, ''Senhor''ou ''Mestre'', virando então, Adonhiram (Senhor Hiram).

Também no ano de 1744, Luiz Travenol publicou em Paris, sob pseudônimo de LéonardGabanon, o documento conhecido mais antigo referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sobdenominação de Adonhiram.

Tratava-se de '' CATÉCHISME DES FRANCS MAÇONS OU LE SECRET DES FRANCSMAÇONS'' ( Catecismo dos Franco-Maçons ou Segredo dos Franco- Maçons), precedé d'une abregéde l'histoire d'Adoram, etc., et d'une explication des ceremonies Qui s'observent à Ia récéption desMaitres, etc..

Disse o autor nesta obra: ''Além dos cedros do Líbano, Hiram deu um presente ainda mais valiosoà Salomão, que foi Adonhiram, de sua mesma raça, o filho de uma viúva da tribo de Neftali. Seu pai,chamado Hur, era um excelente arquiteto e especialista em metais. Salomão, sabedor de suasvirtudes, de seu mérito e de seu talento, o honrou com um posto mais elevado, confiando-lhe aconstrução do Templo e a administração dos trabalhadores''.

Pela linguagem deste texto, e a referência no título do livro a Adoram, que sabemos era o nome

do cobrador de impostos de Salomão, é evidente que o autor do catecismo confundiu Hiram Abif,que veio de Tiro, com Adoniram o filho de Abda, que sempre viveu em Jerusalém; assim é que, comignorância imperdóavel da história da escrita e tradição maçônica , supuseram que eram a mesmapessoa.

Não obstante a este desatino, o catecismo se fez popular entre os maçons daquela época, e é assimque surgiu o primeiro erro referente a lenda do grau de Mestre.

Por fim, outros ritualistas, vendo a inconsistência em referir as individualidades de Hiram, ofilho da viúva, e de Adoniram, o cobrador de impostos, e a impossibilidade de reconciliar os fatosdiscordantes na vida de ambos, resolveu-se cortar a ligação entre eles, retirando do primeiroqualquer posição maçônica e dando somente ao último o cargo de arquiteto do Templo.

O último era Adoniram, quem empreendia os trabalhos e havia sido colocado na chefia eadministração dos obreiros que preparavam os materiais no Monte Líbano, e refere-se a Hiram, ofilho da viúva, um artesão hábil, especialmente em metais, pois ele sozinho havia feito os trabalhospara o Templo de acordo com os desejos de Salomão.

Devido a esta influência de opiniões, pretenderam os Adonhiramitas logo sua legitimação. Comoconsequência disso, um dos mais proeminentes ritualistas , Louis Guillemain de St Victor, propôsassim sua teoria: '' Todos estamos de acordo que o grau de Mestre esta fundado no arquiteto dotemplo.

Bem como as escrituras afirmam como verdadeiro, conforme o quarto versículo do capitulo V doLivro de Reis, sendo esta pessoa Adoniram. Josephus e todos os escritores sagrados dizem a mesmacoisa, e , indubitavelmente, se distingue de Hiram de Tiro, o trabalhador de metais. É, pois,Adoniram a quem devemos honrar.''

Em meados do século XVIII, havia três escolas ritualísticas maçônicas, nas quais seus membrosestavam divididos com relação as opiniões sobre a identidade do arquiteto do templo:

1 ) Os que supunham que fosse Hiram, filho da viúva, a quem o Rei de Tiro enviou ao ReiSalomão, e quem se designa como Hiram Abif. Esta era uma escola mais popular e original, a qualdeve ter sido ortodoxa.

2 ) Os que acreditavam que este Hiram que veio de Tiro é o arquiteto, mas supunham que, pelaexcelência de seu cárater, Salomão Ihe havia conferido o titulo de Adon, “Senhor” ou ''Mestre'' porisso o chamavam de Adonhiram. Como esta teoria foi por completo desaprovada tanto pela históriadas Escrituras como pela tradição Maçônica antiga, a escola que os sustentava não chegou a sernunca popular e nem proeminente, e logo, deixou de existir.

3 ) Aqueles que tomaram a Hiram, o filho da viúva, como um subordinado e insignificante, oesquecendo por completo em suas ritualísticas , e considerando que Adoram, ou Adoniram, ouAdonhiram, o filho de Abda, o cobrador de impostos e mestre dos obreiros de Salomão no MonteLíbano, como o verdadeiro arquiteto do templo, ao que se refere a todos os acontecimentoslegendários da Maçonaria do Grau de Mestre.

Esta escola, como resultado da sua ousadia, com a qual, difere da segunda escola, tinha quebradotodos os compromissos com o partido ortodoxo, assumindo uma teoria totalmente independente noabsoluto, criando por algum tempo uma grande reflexão na Maçonaria.

Muitos discípulos crentes em Hiram Abif deixaram essa crença e adotaram a de Adoniram. Esses,por sua vez, estenderam essa doutrina, praticaram-na até, quando então, converteram na em um ritoúnico que o chamaram de Maçonaria Adonhiramita.

Deve-se a Ragon a origem da discussão de quem é a autoria da Compilação Preciosa, o qualatribui a esta ao Barão de Tschoudy . Ragon fez constar de seu Ritual do Grau de Mestre, publicadopor volta de 1860, uma biografia maçônica ou lista das principais obras em francês que tratavam da Franco-Maçonaria.

O Barão de Tschoudy ou Cavaleiro de Lussy foi um verdadeiro ritualístico. Foi ele que fundou aOrdem da Estrela Flamígera e fez parte do Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente eOcidente, porém não existe evidências , com exceção de Ragon que o considerou como fundador doRito Adonhiramita.

Foi Luis Guillemain de St Victor que publicou em Paris em 1781, uma obra intitulada de “RecueilPréciex de La Maçonnerie Adonhiramite ( Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita ).,sendo que neste volume continha os primeiros quatros graus e em 1785 , o mesmo publicaria osegundo volume contendo os demais graus de perfeição. Os quais eram 12 no total :

1) Aprendiz, Aprendiz, Apprentice, Apprente;2) Companheiro, Compañero, Fellow – Craft, Compagnon;3) Mestre, Maestro Masón, Master Mason, Maitre;4 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito, Maestro Perfecto, Perfect Master, Maitre Parfait;5 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove, Electo de los Nueve, Elect of Nine, Elu des Neuf;6 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan, Electo de Perignan, Elect of Perignan, Elu des Perignan;7 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze, Electo de los Quince, Elect of Fifteen, Elu des Quinze;8 ) Aprenfiz Escocês ou Pequeno Arquiteto, Arquitecto Menor, Minor Architect, Petit Architecte;9 ) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto, Gran Arquitecto, Scottish Fellow – Craft or Grand

Architect, Compagnon Ecossais ou Grand Architecte;10) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto, Maestro Escocés, Scottish Master, Maitre

Ecossais;11) Cavaleiro do Oriente ou da Espada ou da Águia, Caballero del Oriente o de la Espada o del

Águila, Knight of the East or of the Sword or of the Eagle, Chevalier de l’Orient ou de l’Epée ou del’Aigle;

12) Cavaleiro Rosa Cruz, Caballero Rosa Cruz, Knight of Rose Croix, Chevalier Rose Croix. Tanto Thory como Ragon estavam errados ao inserir o décimo terceiro grau que titulava como o

Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. Houve um equivoco devido a que Guillemain tinha inserido estegrau no final do segundo volume como simplesmente uma curiosidade maçônica, sua inclusão na

Compilação Preciosa possuía apenas o caráter histórico com a cerimônia de recepção do candidato,o catecismo e a descrição de seus símbolos e o mesmo disse Ter sido apenas traduzido do alemãopor M. de Beraye. Esse grau não tem nenhuma relação com os outros , e Guillemain declara que oRosa Cruz seria o término do rito.

Apesar disso o “O Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente “ considerou comograu maçônico o décimo terceiro, incluindo este também no antigo sistema de 25 graus do R.E.A.C. econsequentemente levando o Rito Adonhiramita a ter treze graus.

Em 1873 foi realizado o ordenamento da Maçonaria Adonhiramita após a criação do MuiPoderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil e, embora não havendoregistros históricos, foi a partir desta época que a denominação tradicional de “Antigo rito dos DozeGraus” deixou de ser utilizada.

Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugual e grandemente difundidonas colônias francesas, caracterizando-se como o preferido da armada napoleônica. Contudo, foipaulatinamente abandonado, tanto em território europeu quanto nas colônias a partir da grandedifusão que o Rito Francês atingiu no início do século XIX, ficando a sua prática restrita ao Brasil,onde se encontra a sua Oficina Chefe, estabelecida pela Constituição durante a Fundação do GrandeOriente do Brasil de 1839, com a criação do colégio dos Ritos.

Em 1851 foi criado o colégio dos Ritos Azuis e, em 1873 o Grande Capítulo dos CavaleirosNoaquitas para o Brasil, através do Decreto n.° 21, de 24 de abril de 1873.

Após a separação da Maçonaria Brasileira, onde os graus simbólicos ficaram sob a jurisdição doGrande Oriente do Brasil e os Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos,a 02 de junho de 1973, o Mui Poderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para oBrasil, decidiu pela transformação do Rito para 33 graus, instituindo os Graus Kadosch.

A partir desta data, o governo das Oficinas Litúrgicas do rito Adonhiramita, antes exercido peloMui Poderoso e Sublime Grande Capítulo, ficou afeto ao Excelso Conselho da MaçonariaAdonhiramita.

Graus adotados a partir de 1973:1 ) Aprendiz;2 ) Companheiro;3 ) Mestre;4 ) Mestre Secreto;5 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito;6 ) Preboste e Juiz7 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove;8 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan;9 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze;10) Aprendiz Escocês ou Pequeno Arquiteto;

11) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto;12) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto;13) Cavaleiro do Real Arco;14) Grande Eleito ou Perfeito Sublime Maçom;15) Cavaleiro do Oriente, ou da Espada, ou da Águia;16) Príncipe de Jerusalém;17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente;18) Cavaleiro Rosa Cruz;19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês;20) Venerável Mestre das Lojas Regulares ou Mestre “Ad Vitam”;21) Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano;22) Cavaleiro do real Machado ou Príncipe do Líbano;23) Chefe do Tabernáculo;24) Príncipe do Tabernáculo;25) Cavaleiro da Serpente de bronze;26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário;27) Grande Comendador do templo;28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto;29) Cavaleiro de santo André;30) Cavaleiro Kadosch;31) Sublime Iniciado e Grande Preceptor;32) Prelado Congregador e Ouvidor Geral; 33) Patriarca Inspetor GeralBIBLIOGRAFIAEsta peça de arquitetura foi extraida do site Brasil Maçom - www.brasilmacom.com.br que

indicamos para pesquisas em diversos segmentos da Maçonaria.

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#17

OS PEDREIROS - PARTE I

Maçonaria PrimitivaA Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria", é o período que abrange todo o conhecimento

herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa. Há quembuscam nas primeiras civilizações a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nascrendices primitivas a origem do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, quesurgiram variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria doshistoriadores, é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores de igrejas e catedrais,corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade Média.

É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numapenumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem ashistórias sobre os primórdios de sua existência. Há aqueles que ensinam que ela teve início naMesopotâmia, outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendotrabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.

O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares,que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França),Steinmetzen(na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios queeram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho quepassaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.

Maçonaria OperativaA origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja

associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção decastelos, muralhas etc.

Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo estaa única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria serguardado com bastante zelo.

Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades elevaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros. Dando início aosistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo)

Ao se fixar em novas terras, Os nobres necessitavam de castelos para sua habitação efortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre, deveria advir do povoe como as atividades agropecuária e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classesurgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.

Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões enfim, toda a

necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-se no entanto às fronteiras dofeudo.

Já as guildas dos pedreiros necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novasfortificações dos Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir, direitoeste que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados comincomensurável zelo, visto que, se caíssem em domínio público as regalias concedidas à categoria,cessariam. Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que osistema feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos.

A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso.Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dosmosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detém o poder político,econômico, cultural e científico da época.

Maçonaria EspeculativaA Maçonaria Especulativa corresponde a segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos

maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, rupturacom a Igreja Romana e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.

Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O feudalismo declinou dandolugar ao mercantilismo. Com conseqüência o enfraquecimento da igreja romana. Havendo umaruptura da unidade cristã advindas da reforma protestante.

Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população mundial, particularmente da Europa,teve início o Iluminismo no século XVIII, que defendia e tinha como princípio a razão, ou seja omodo de pensar,de ter "luz'.

A Inglaterra surge como o berço da Maçonaria Especulativa regular durante a reconstrução dacidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital Londres em setembro de 1666 quecontou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais.

Para se manter foram aceitas outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamenteagremiações que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito aoreconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação.

Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardadosa sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia, o método de associação era interessante, ométodo de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiuposteriormente. Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguero edifício social ideal.

Judaísmo e MaçonariaLogo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco

de desaparecer. Muitos dos princípios éticos maçônicos foram inspirados pelo judaísmo ou melhorpelo Antigo Testamento. Os ritos e símbolos da maçonaria e outras sociedades secretas recordam: A

reconstrução do Templo de Salomão, a estrela de David, o selo de Salomão, os nomes dos diferentesgraus, como por exemplo: cavalheiro Kadosh ("Kadosh" em hebraico significa santo), Príncipe deJerusalém, Príncipe do Líbano, Cavalheiro da Serpente de Airain etc.

A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria "Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz"Um dos grandes feriados judaicos é o Chanukah, ou seja o Festival das Luzes, comemorando a

vitória do povo de Israel sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pelamorte ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de Cristo peloantes e depois da Era Vulgar). A Luz é um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa(para os maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa, designando (para osmaçons de linha francesa) a ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridadeintelectual.

A luz, para o maçom, não é a material, mas a do intelecto, da razão, é a meta máxima do iniciadomaçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente, onde reina o Sol.Castellani diz que graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão é que os maçonsautodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua formaatual, a dos Aceitos, nasceu no "Século das Luzes", o século XVIII. de Nordhausende, Alemanha, 4de Dezembro de 1945 Fileiras de corpos enchem o campo de concentração

Outro símbolo compartilhado é o tão decantado Templo de Salomão. Figura como uma partecentral na religião judaica, não só, por ser o rei Salomão uma das maiores figuras do panteão deIsrael, como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a figura deSalomão, à da construção do Templo, pois os maçons são, simbolicamente, antes de tudo,construtores, pedreiros, geómetras e arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre aconstrução do Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, obíblico e o histórico.

Outro aspecto comum, têm-se os esforços positivos na maçonaria e no judaísmo para encorajar oaprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de impulsionar o maior número de judeus a senotabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura, na ciência, na tecnologia, nas profissões emgeral. Durante séculos, os judeus têm-se destacado nos diversos campos do conhecimento humano e oseu empenho em melhorar suas escolas e seus centros de ensino demonstram cabalmente isto. Dignode notar-se é que as famosas escolas talmúdicas - as yeshivas vem do verbo lashevet, ou seja sentar-se. Deste modo para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares. Assim, também, namaçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectualdos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade ecivismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricastradições do mundo moderno.

No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria

alemã corria o risco de desaparecer. Segundo as estimativas do Museu Alemão da Maçonaria emBayreuth, esta literatura constituía o núcleo da investigação maçônica. Uma biblioteca que crescia deforma exponencial. Em 1930, na Alemanha, a coleção maçônica situar-se-ia nos 200.000 livros. Osnazistas saquearam, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo naBélgica e em França.

Os judeus eram então vistos como uma séria ameaça por seu poder econômico, cultura, idéias quepregavam (Marx, etc.) e pelo fato de não seguirem o Cristianismo. A Maçonaria, liberal edemocrática, pregando a fraternidade entre os homens, assustava aos déspotas e fanáticos religiosose políticos de todas as correntes.

Bibliorafia extraida da enciclopédia livre WikipédiaCONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

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#18

FERNANDO PESSOA NOS ELEMENTOS DA MAÇONARIA

A Maçonaria compõe-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elementofraternal; e o elemento a que chamarei humano – isto é, o que resulta de ela ser composta pordiversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de elaexistir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico,perante as quais, de país para país e de época para época reage, quanto à atitude social,diferentemente.Nos primeiros dois elementos, onde reside essencialmente o espírito maçônico, aOrdem é a mesma sempre e em todo o mundo. No terceiro, a Maçonaria – como aliás qualquerinstituição humana, secreta ou não – apresenta diferentes aspectos, conforme a mentalidade deMaçons individuais, e conforme circunstâncias de meio e momento histórico, de que ela não temculpa.Neste terceiro ponto de vista, toda a Maçonaria gira, porém, em torno de uma só idéia – a"tolerância"; isto é, o não impor a alguém dogma nenhum, deixando-o pensar como entender.Por issoa Maçonaria não tem uma doutrina. Tudo quanto se chama "doutrina maçônica" são opiniõesindividuais de Maçons, quer sobre a Ordem em si mesma, quer sobre as suas relações com o mundoprofano. São divertidíssimas: vão desde o panteísmo naturalista de Oswald Wirth até ao misticismocristão de Arthur Edward Waite, ambos tentando converter em doutrina o espírito da Ordem. As suasafirmações, porém, são simplesmente suas; a Maçonaria nada tem com elas. Ora o primeiro erro dosAnti-maçons consiste em tentar definir o espírito maçônico em geral pelas afirmações de Maçonsparticulares, escolhidas ordinariamente com grande má fé.O segundo erro dos Anti-maçons consiste em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente,está materialmente dividida, como já expliquei. A sua acção social varia de país para país, demomento histórico para momento histórico, em função das circunstâncias do meio e da época, queafectam a Maçonaria como afectam toda a gente. A sua acção social varia, dentro do mesmo país, deObediência para Obediência, onde houver mais que uma, em virtude de divergências doutrinárias –as que provocaram a formação dessas Obediências distintas, pois, a haver entre elas acordo em tudo,estariam unidas. Segue daqui que nenhum ato político ocasional de nenhuma Obediência pode serlevado à conta da Maçonaria em geral, ou até dessa Obediência particular, pois pode provir, comoem geral provém, de circunstâncias políticas de momento, que a Maçonaria não criou.

Resulta de tudo isto que todas as campanhas anti-maçónicas – baseadas nesta dupla confusão doparticular com o geral e do ocasional com o permanente – estão absolutamente erradas, e que nadaaté hoje se provou em desabono da Maçonaria. Por esse critério – o de avaliar uma instituição pelosseus actos ocasionais porventura infelizes, ou um homem por seus lapsos ou erros ocasionais – quehaveria neste mundo senão abominação? Quer o Sr. José Cabral que se avaliem os papas porRodrigo Bórgia, assassino e incestuoso? Quer que se considere a Igreja de Roma perfeitamente

definida em seu íntimo espírito pelas torturas dos Inquisidores (provenientes de um uso profano dotempo) ou pelos massacres dos albigenses e dos piemonteses? E contudo com muito mais razão se opoderia fazer, pois essas crueldades foram feitas com ordem ou com consentimento dos papas,obrigando assim, espiritualmente, a Igreja inteira. Sejamos, ao menos, justos. Se debitamos àMaçonaria em geral todos aqueles casos particulares, ponhamos-lhe a crédito, em contrapartida, osbenefícios que dela temos recebido em iguais condições. Beijem-lhe os jesuítas as mãos, por lhes tersido dado acolhimento e liberdade na Prússia, no século dezoito – quando expulsos de toda a parte,os repudiava o próprio Papa – pelo Maçom Frederico II. Agradeçamos-lhe a vitória de Waterloo,pois que Wellinton e Blucher eram ambos Maçons. Sejamos-lhe gratos por ter sido ela quem criou abase onde veio a assentar a futura vitória dos Aliados – a "Entente Cordiale", obra do MaçonEduardo VII. Nem esqueçamos, finalmente, que devemos à Maçonaria a maior obra da literaturamoderna – o "Fausto" do Maçon Goeth.

Acabei de vez. Deixe o Sr. José Cabral a Maçonaria aos Maçons e aos que, embora o não sejam,viram, ainda que noutro Templo, a mesma Luz. Deixe a Anti-maçonaria àqueles Anti-maçons que sãoos legítimos descendentes intelectuais do célebre pregador que descobriu que Herodes e Pilatoseram Vigilantes de uma Loja de Jerusalém.

Texto enviado por nosso Venerável mestre Ailton de OliveiraPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/fernando-pessoa-nos-elementos-da.html

#19

OS PEDREIROS - PARTE II

Catolicismo e MaçonariaPapa Leão XIII, foi um adversário ferrenho da maçonaria Galileu diante do Santo Ofício,

pintura do século XIX . Gravura a cobre intitulada "Die Inquisition in Portugall" A Igreja Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido aos princípios

supostamente anti-cristãos, libertários e humanistas maçônicos. O primeiro documento católico quecondenava a maçonaria data de 28 de abril de 1738. Trata-se da bula do Papa Clemente XII,denominada In Eminenti Apostolatus Specula.

Após essa primeira condenação, surgiram mais de 20 outras, sendo que o papa Leão XIII foi umdos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta e sua última condenação data de 1902, naencíclica Annum Ingressi, endereçada a todos os bispos do mundo em que alarmava da necessidadeurgente de combater a maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade secreta ao catolicismo.

Apesar disso, há acusações sobre Paulo VI e alguns cardeais da Igreja relacionarem-se a umaloja. Entretanto, todas as acusações carecem de provas. A condenação da Igreja é forte e não mudaainda que membros do clero tenham de alguma forma se associado à sociedade secreta.

No Brasil Império, havia clérigos maçons e a tentativa de alguns bispos ultramonta nos de adverti-los causou um importante conflito conhecido como Questão Religiosa. O principal dos bispos anti-maçônicos desta época foi Dom Vital, bispo de Olinda. Recebeu forte apoio popular, mas foi presopelas autoridades imperiais, notadamente favoráveis à maçonaria. Após ser liberto, foi chamado aRoma onde foi congratulado pelo papa, SS Pio IX, por sua brava resistência, e foi recebidopaternalmente e com alegria (o Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda", "Mio CaroOlinda").

Até 1983, a pena para católicos que se associassem a essa sociedade era de excomunhão. Com aformulação do novo Código de Direito Canônico que não mais condenava a Maçonariaexplicitamente, muitos pensaram que a Igreja havia aceitado a mesma, no entanto a Congregação paraDoutrina da Fé tratou de esclarecer o mau entendido e afirmar que permanece a pena de excomunhãopara quem se associa a maçonaria.

A perseguição à maçonaria pela Igreja Católica se dá, segundo alguns autores, pela existência do

segredo maçônico, o que demonstrava não existir, por parte do clero, controle sobre o que acontecianas lojas, e pelo fato da maçonaria defender a liberdade religiosa, aceitando o ingresso de pessoasde qualquer religião.

O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doençase miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam

desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, métodoque se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena.Os tribunais da Inquisiçãonão eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depoisdesfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresiaseriam utilizados pelas igrejas protestantes (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra). Emboranos países de maioria protestante também tenha havido perseguições - neste caso contra católicos,contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria, ostribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc , e não como umainstituição específica.

Em muitos casos também queimavam-se em praça pública os livros avaliados pelos inquisidorescomo símbolos do pecado: " No fim do auto se lê o da sentença dos livros proibidos e se mandarãoqueimar três canastras delles. Maio de 1624".

Neste momento, estamos diante da "apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muitotempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como lembrouChartier: " A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem". Ao enfatizar oconceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensõesconcedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queimados livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.

Protestantismo e MaçonariaMassacre de São Bartolomeu.Catedral luterana em Helsinque, Finlândia. Traços evidentes da arquitetura maçônicaA Maçonaria Especulativa surgiu durante o período da reforma protestante. Notadamente, James

Anderson, o autor da Constituição de Anderson, era um pastor presbiteriano.Martinho Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma

revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, ReinoUnido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Báltico e aHungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como contra-reforma ouReforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.

Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana decidiu tomarmedidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o Concílio de Trento (1545-1563), queresultou no início da contra-reforma ou Reforma Católica, na qual os Jesuítas tiveram um papelimportante. A Inquisição e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantespara evitar que as idéias reformadoras encontrassem divulgação em Portugal, Espanha ou Itália,países católicos.

O principal acontecimento da contra-reforma foi a Massacre da noite de São Bartolomeu. As

matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraramvários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).

Bibliografia extraida da enciclopédia livre Wikipédia Continua no próximo capítulo...

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#20

OS PEDREIROS - PARTE III

Espiritismo e Maçonaria “O homem sério e prudente é mais circunspecto; não somente quer ver tudo, mas ver

muito e muitas vezes” Allan Kardec Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869)

mais conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec, teria sido iniciado na Grande Loja EscocesaMaçônica de Paris. Suas obras teriam, principalmente na parte inicial, introdutória, muitos termos dojargão maçônico e da doutrina maçônica.

León Hippolyte teve formação acadêmica em matemática e pedagogia, interessando-se mais tardepela física, principalmente o magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a elaboração deobras de cunho educacional. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificadordo Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita.

Segundo alguns biógrafos, depois de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixadopor algum tempo o castelo de Yverdon para estudar medicina na faculdade de Lyon. Vivia a França operíodo da restauração dos Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e católica, queele se sentiria desambientado. Lyon ofereceu em todos os tempos asilo às idéias liberais e asdoutrinas heterodoxas. Martinismo e Franco-Maçonaria, Carbonarismo e São-Simonismo vicejamentre suas paredes.

O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim dediferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumasfontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre osdruidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".

Então León Hippolyte ao assumir o pseudônimo de Allan Kardec e assumir a tarefa decodificação da doutrina espírita, fez a opção pelos diversos elementos básicos da nova revelaçãoapresentados pelos espíritos superiores.

Budismo, Hinduísmo e Maçonaria "O ódio não termina com o ódio, mas com amor" BUDA

Imagem que ilustra Siddhartha Gautama passando suas palavras a seus seguidores, após ter

atingido o Nirvana, à sombra de uma figueira.A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contato com o budismo. Ela, da

mesma maneira, pugna pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia,a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Embora comalgumas ligeiras modificações, as Quatro Nobres Verdades e os Oito Nobres Caminhos estão

presentes em toda a extensão da doutrina maçônica, que ensina, aos iniciados, o desapego às coisasmateriais e efêmeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, doprocedimento correto e das palavras verdadeiras.O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria, não existe no budismo,pois, para este, não existe começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do hinduísmo e dobramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambasoriginárias da religião védica (baseada nos Vedas, seus livros sagrados). Para o Rig Veda, o textomáximo do hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão,imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.

O budismo é uma religião e filosofia que engloba um conjunto de crenças, tradições e práticasbaseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda(páli/sânscrito "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu sua filosofia no nordeste do subcontinenteindiano, entre os séculos IV e VI a. C.. Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminadoque compartilhou suas idéias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento,alcançando o Nirvana e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.Alguns mestres budistas, porém, ensinam que o Nirvana é uma percepção, um insight e não umestado, pois nem todas as escolas do budismo creem em reencarnação.

Para explicar a presença de budistas na Ordem maçônica, já que para ser maçom, é condiçãoessencial é à crença num Ser Supremo Criador de todos os mundos e para o budista, não existe umDeus criador. É preciso entender que na realidade o conceito de GADU como entendemos naMaçonaria não existe no Budismo. Para o qual não há princípio nem fim, ao contrário do hinduísmo edo bramanismo(forma mais requintada do hinduísmo), que são as mais antigas religiões da Índia eoriginárias da religião védica.

Além disso, há, no budismo, um profundo respeito por todas as criaturas vivas, fazendo com queos adeptos da doutrina considerem como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz,harmonia e fraternidade com seus semelhantes.

Maçonaria e SociedadeA maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a

Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a RevoluçãoFrancesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerrasseparatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmentena independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineirae na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolosmaçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estadosda Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.

A Revolução Americana(1767) e Revolução Francesa(1789) despertaram nos povos do mundoum sentimento de liberdade nunca antes experimentado.

A divulgação dos direitos do homem e da idéia de um governo republicano inspirou a Maçonariano Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquiaabsolutista secular. As idéias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espíritodos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política.A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação detodos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que sejaa sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados osadeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem odireito à liberdade individual da autodeterminação.

Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres dasLojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizadospor suas Assembléias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos,na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.

Iluminismo

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes

intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciandoespecificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio,Iluminismo escocês e Iluminismo católico.

O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministasadmitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - medianteintrospecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.

Devido a formação intelectual e a autonomia que cada loja tem para pronunciar-se e decidir emassembléia conforme a deliberação de seus associadas, não podemos falar em influência daMaçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Comoaconteceu no Brasil quando haviam lojas ou grupos de Lojas a favor da republica e outras lojas ougrupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o segundo Império. Essas posições,aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade maçônica porque ambos osmencionados sistemas políticos limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou orei.

Iluministas se filiaram às Lojas Maçônicas como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro,apropriado para a discussão de suas idéias, principalmente no século XVIII quando os ideaislibertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na Europa continental.e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do Iluminismo e que este por suavez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.

O lema, ou o símbolo, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de palavras

que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico e que, se atingidas, levariam aum alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria, o que é evidentemente utópico, como a nossover o são todos os lemas. A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na culturamaçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do período Napoleônico.

Principais iluministas maçons Immanuel Kant (1724 a 1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia

crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral. um dosmais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como respostaà questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos seimpuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razãoindependentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta nãode uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso doentendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso datua própria razão! esse é o lema do Iluminismo - Immanuel Kant em 1784

Voltaire (1694 a 1778) - foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês,

conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdadereligiosa e livre comércio.

Marquês de Pombal (1699 a 1782) - foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado

do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figurasmais controversas e carismáticas da História Portuguesa.

Montesquieu , senhor de La Brède ou barão de Montesquieu (1689 a 1755) - foi um político,

filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmenteconsagrada em muitas das modernas constituições internacionais.

BIBLIOGRAFIATodos os textos para a criação das 03 Peças de Arquitetura denominadas OS PEDREIROS I

, II e III foram extraidas da Wikipédia enciclopédia livre.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/os-pedreiros-parte-iii.html

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A GÊNESE DOS RITOS

Conceituamos rito como sendo um cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade,

determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão,designa culto, religião ou seita. Maçonicamente é a prática de se conferir a Luz Maçônica a umprofano, através de um cerimonial próprio. Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, umaimensidade de ritos surgiram. Mas, de 1356 a 1740, existiu um rito apenas, ou melhor um sistema decerimônias e práticas, ainda sem o título de Rito, que normatizava as reuniões maçônicas. Somente apartir de 1740 é que uma infinidade de ritos varreu o chão maçônico da Europa. Para evitar heresias,um Rito deve ter conteúdo que consagre algumas exigências bem conhecidas: o símbolo do GrandeArquiteto do Universo, o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso sobre o altar dos juramentos,sinais, toques, palavras e a divisão da Maçonaria Simbólica em três graus. Não há nenhum órgãointernacional para reconhecer ritos. Acima do 3º Grau, cada Rito estabelece sua própria doutrina,hierarquia e cerimonial.

Um rito maçônico, usando simbolismo próprio, é um grande edifício. Deve ter projeto integrado,dos alicerces ao topo. Cada rito possui detalhes peculiares. A linha maçônica doutrinária, em cadaRito, deve ser contínua, dos graus simbólicos aos filosóficos. Cada Rito é uma Universidadedoutrinária.

Os Ritos praticados no Brasil Conforme observamos, existem muitos Ritos Maçônicos praticados em todo o mundo. No Brasil,

especificamente, são praticados seis, alguns deles reconhecidos e praticados internacionalmente eoutros com valor apenas regional. São eles, o Rito Schröeder ou Alemão (pouco praticado noBrasil), o Rito Moderno ou Francês, o Rito de Emulação ou York (o mais praticado no mundo), oRito Adonhiramita, o Rito Brasileiro e o Rito Escocês Antigo e Aceito (o mais praticado no Brasil).

O RITO SCHRÖEDER Foi criado por Friedrich Ludwig Schröeder que, ao lado de Fessler, foi um dos reformadores da

Maçonaria alemã. De acordo com o prefácio do ritual editado em 1960 pela Loja “ABSALON ZUDEN DREI NESSELN” (Absalão das Três Urtigas), Schröeder introduziu o rito em sua Loja a 29 dejunho de 1801 e esse rito, desde logo, conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha e em outrospaíses onde passou a ser praticado, principalmente por maçons de origem alemã. É um rito muito

simples e trabalha, como o de York, apenas na chamada “pura Maçonaria” ou seja, na dos três graussimbólicos, já que não possui Altos Graus. No Rito Schröeder a expressão “Grande Arquiteto doUniverso” é usada no plural – “Grande Arquiteto dos Universos (G. A.DD.UU.).

O RITO MODERNO Criado em 1761, foi reconhecido pelo Grande Oriente da França em 1773. A partir de 1786,

quando um projeto de reforma estabeleceu os sete graus do rito – em contraposição ao emaranhadodos Altos Graus da época -, ele teve grande impulso espalhando-se por toda a França, pela Bélgica,pelas colônias francesas e pelos países latino-americanos, inclusive pelo Brasil. Já no início doséculo XIX, o Grande Oriente do Brasil – primeira Obediência brasileira – foi fundada em 1822,adotando o Rito Moderno, antes do Rito Escocês que só seria introduzido em 1832. Em 1817 houve agrande reforma doutrinária que suprimiu a obrigatoriedade da crença em Deus e da imortalidade daalma, não como uma afirmação do ateísmo, mas por respeito à liberdade religiosa e de consciência,já que as concepções religiosas de uma pessoa devem ser de foro íntimo, não devendo ser impostas.O Grande Oriente da França, que acolheu a reforma, queria demonstrar com isso o máximo deescrúpulos para com os seus filiados, rejeitando toda e qualquer afirmação dogmática. Essa atitudeprovocou uma rápida reação da Grande Loja Unida da Inglaterra que rompeu com o Grande Orienteda França. O caso envolveu não apenas uma questão doutrinária como ainda político-religiosa.

É considerado bastante antigo. A Grande Loja de Londres, durante muito tempo após a sua

fundação, teve uma influência muito limitada, pois a grande maioria das Lojas britânicas continuava arespeitar as antigas obrigações, permanecendo livres sem aderir ao sistema obediencial. O centro deresistência à Grande Loja era a antiga Loja de York, de grande tradição operativa e que dava aosmembros da Grande Loja o título de “Modernos”, enquanto eles próprios se autodenominavam“Antigos”, pelo respeito às antigas leis. O que os Antigos censuravam nos Modernos era adescristianização dos rituais, a omissão das orações e da comemoração dos dias santos, contrariandoassim os mandamentos da Santa Igreja (Anglicana). O cisma entre os Antigos e Modernos durou até1813, quando as duas Grandes Lojas fundiram-se formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, queadotava o Rito dos Antigos de York. A Constituição desse Supremo Órgão foi publicada em 1815. Orito não possui Altos Graus, tendo além dos três simbólicos, uma quarta etapa designada de “RealArco”, que é considerada uma extensão do Mestrado. O Rito de York, por ser teísta, está mais ligadoaos países onde os cultos evangélicos predominam, pois o clero desses cultos tem dado à Maçonariao apoio e o suporte necessário para a sua evolução e crescimento.

O RITO ADONHIRAMITA

nasceu de uma polêmica entre ritualistas em torno de Hiram Abif, chamado de ADON-HIRAM(Senhor Hiram) e ADONHIRAM, o preposto das corvéias, depois da construção do Templo deJerusalém, de acordo com os textos bíblicos. O rito, depois de uma época de grande difusão, acabou

desaparecendo. Todavia, no Brasil (onde foi o primeiro rito praticado), ele permaneceu, fazendocom que o país seja hoje o centro do rito, que teve seus graus aumentados de treze para trinta e três.O Rito Adonhiramita é deísta.O RITO BRASILEIRO Teria sido criado em 1878, em Pernambuco, mas tem sua existência legal a partir de 23 de dezembrode 1914, quando foi publicado o Decreto nº. 500, do então Grão-Mestre do Grande Oriente doBrasil, Lauro Sodré, fazendo saber que, em sessão do Conselho Geral da Ordem havia sido aprovadoo reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compunham o Grande Oriente doBrasil. Depois o Rito desapareceria, para ressurgir em 1940 e novamente em 1962, praticamentedesaparecer, até que em 1968, o Decreto nº. 2.080, de 19 de março de 1968, do Grão-Mestre ÁlvaroPalmeira, renovava os objetivos do Ato nº. 1617 de 3 de agosto de 1940, como o marco inicial daefetiva implantação do Rito Brasileiro. A partir daí, o rito teve grande crescimento no país. ORITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Começou a nascer na França, quando Henriqueta de França, viúva de Carlos I, decapitado em

1649, por ordem de Cromwell, aceitou do Rei Luís XIV asilo em Saint-Germain-en-Laye, para lá seretirando com seus regimentos escoceses e irlandeses e os demais membros da nobreza,principalmente escocesa, que passaram a trabalhar pela restauração do trono, sob a cobertura dasLojas, das quais eram membros honorários, o que evitava que os espiões de Cromwell pudessemtomar conhecimento da conspiração.Consta que Carlos II, ao se preparar para recuperar o trono,criou um regimento chamado de Guardas Irlandeses, em 1661. Esse regimento possuía uma Loja, cujaconstituição dataria de 25 de março de 1688 e que foi a única Loja do século XVII cujos vestígiosainda existem, embora os stuartistas católicos devam ter criado outras Lojas. O termo “escocês”, jáa partir daquela época, não designava mais uma nacionalidade, mas o partido dos seguidores dosStuarts, escoceses em sua maioria. Assim, após a criação da Grande Loja de Londres, em 1717,existiam na França dois ramos maçônicos: a Maçonaria escocesa e stuartista, ainda com Lojas livres,e a inglesa com Lojas ligadas à Grande Loja. A Maçonaria escocesa, mais pujante, resolveu, em1735, escolher um Grão-Mestre, adotando o regime obediencial, o que levaria à fundação da GrandeLoja da França (Grande Oriente de 1772), embora esta designação só apareça em 1765. Oescocesismo, na realidade, só se concretizou com a introdução daquilo que seria a sua característicamáxima, os Altos Graus, através de uma entidade denominada “Conselhos dos Imperadores doOriente e do Ocidente”. Este Conselho criou o Rito de Héredom, com 25 graus, o qual, incorporadoao escocesismo, deu origem a uma escala de 33 graus, concretizada do primeiro Supremo Conselhodo Rito em todo mundo. O REAA, por ter sido um rito deísta, não foi unanimemente aceito nos paísesonde predominavam as Igrejas Evangélicas e vicejou mais nos países latinos onde predomina oCatolicismo. É necessário explicar que atualmente o caráter deísta do Rito Escocês Antigo e Aceitomisturou-se ao teísmo, sendo que este acabou sendo predominante. O REAA tem o mesmo forte

caráter teísta do Rito de York.

Conclusão: A Unidade na DiversidadeA Maçonaria se caracteriza pela diversidade e sempre admitiu a pluralidade de ritos. O Sistema doRito Único, caso existisse, não seria um bom sistema. A Ordem reuniu sistemas diversos formandouma unidade superior, perfeitamente caracterizada que é a Doutrina Maçônica. A Maçonaria convivecom muitos ritos, uns teístas, outros deístas sem esquecer os agnósticos. Afinal, há muitas maneirasde se relacionar com Deus. Mas há um detalhe: o maçom não pode ser ateu. Em decorrência desteecletismo, as manifestações maçônicas disseminadas no mundo ao longo do tempo, apresentam-secom grande diversificação, havendo Unidade na Diversidade. É possível que a máxima “EPLURIBUS UNUM” (A Unidade na Diversidade), inscrita no listel que envolve a parte superior doSelo dos EUA seja de origem maçônica. Afinal, todos os chamados “pais da pátria” daquele paísforam maçons, a começar por George Washington.

UM VERDADEIRO LEGADO MAÇÔNICOReferências Bibliográficas: www.freemasons-freemasonry.com/galdeano_ritos.htm1. CASTELLANI, José. Curso Básico de Liturgia e Ritualística. Londrina, Ed. “A TROLHA”,1991; 2. FARIA, Fernando de. Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. “OSEMEADOR” nº 8 (2ª fase) Jul-Dez 1990 3. OLIVEIRA, Arnaldo Assis de. Escocesismo.Trabalho para aumento de salário no Ilustre Conselho de Kadosch nº 22, 1992; 4.“EGRÉGORA” nº. 1/Jul-Ago 1993; nº. 2/ Set-Nov 1993; nº. 3/Dez 93-Fev 1994; nº. 4/Mar-Mai1994; nº. 5/Jun-Ago 1994.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/genese-dos-ritos.html

#22

HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA

Apenas começamos a conhecer, verdadeiramente, o Egito, a partir de 3200 a.C., não havendo,entretanto, qualquer solução de continuidade entre o período Neolítico da Pré-História e a fasehistórica, pois o país revela-se, ao mesmo tempo, antigo e contínuo. Antes do V milênio, homensvindos do Saara, que, rapidamente, se ressecava, foram se estabelecendo em torno do rio Nilo, nesseverdadeiro oásis, em pleno clima saariano, fértil e cultivável, graças às inundações do rio, regularese extraordinariamente ricas em húmus. A própria configuração da região tornava precária umaunidade territorial e, assim, havia, inicialmente, uma divisão natural entre o Alto Egito, cercadopelos rebordos dos desertos da Líbia e da Arábia, e o Baixo Egito, formado pelo delta do Nilo, umlargo leque, repleto de charcos, que tornavam, muitas vezes, difícil a circulação.

Após um relativamente curto período proto-histórico, assinalado pela predominância de povosasiáticos --- civilizações de El-Obeid e Djendet-Nache, da Mesopotâmia --- vindos pelo istmo dePelúsio, uma revolução nacional realizou, do sul para o norte, a unificação do Egito, fundindo, emuma só, as duas coroas: a vermelha, do Baixo Egito, e a branca, do Alto Egito. Iniciou-se, então, aprimeira dinastia do chamado Antigo Império, sendo, a capital do país, situada em Tinis, com o reiMenés, também chamado de Manu. A partir da III Dinastia, a capital transfere-se para Mênfis, juntoao Delta do Nilo. Assim, as duas primeiras dinastias foram chamadas de tinitas e as restantes, doAntigo Império, de menfitas.

É durante os reinado da III, IV e V dinastias --- correspondente, no tempo, ao período acadiano daMesopotâmia, que sucedeu ao período do povo sumeriano, o mais antigo povo civilizado do mundo --- que se encontra o máximo apogeu do Antigo Império. Na III dinastia, o maior rei foi Djeser,assessorado por seu ministro Imotep, que, mais tarde, seria divinizado e assimilado a Esculápio, naépoca lágida da Grécia arcaica. Na IV dinastia encontramos os construtores de pirâmides: Khufu,Khafra e Menkhaura, chamados pelos gregos, respectivamente, de Quéops, Quéfren e Miquerinos. AV dinastia assinala o início da decadência do Antigo Império, já que, nele, encontra-se o início dateocracia, implantada pelos sacerdotes da cidade de Heliópolis --- nome dado pelos gregos e quesignifica "cidade do Sol" --- seguidores fanáticos do deus Rá, que suplanta, politicamente, o deusFtá, de Mênfis. A decadência do Antigo Império iria até à X dinastia, por volta de 2250 a.C., quandohá o esfacelamento do Egito e, posteriormente, a supremacia da cidade de Tebas, iniciando-se oMédio Império, sob a direção dos faraós tebanos, dos quais os maiores foram os da XII dinastia, ados Amenemat e dos Senusret.

O fim do Médio Império é assinalado pela invasão dos hicsos, povo de origem semita, o qualseria responsável pela ida dos hebreus ao Egito. Ao fim do domínio dos hicsos, que foramsuplantados pelos faraós tebanos, inicia-se o Novo Império, cujos principais soberanos foram

Tutmés III, Ramsés II e Amenófis IV. Este último, que reinou de 1370 a1352 a.C., passou à Históriacomo o soberano que ousou quebrar o excessivo poder dos sacerdotes de Amon, tornando-se ummístico do Sol, simbolizado por seu disco (Áton); mudou o seu nome para Aquenáton e mudou a sededo reino de Tebas para Aquetáton ("horizonte do disco"), conhecida pelo nome de Tel-el-Amarna,tentando tornar universal a sua religião solar monoteísta. Seu sucessor, contudo, ainda ummenino, pressionado pelo grande poderio do clero egípcio, voltou a Tebas e mudou o seu nome, deTutancâmon para Tutancâmon, restaurando o culto de Amon e satisfazendo aso verdadeiros senhoresdo Egito.

Posteriormente, o país seria esfacelado pelas grandes invasões de seu território pelos assírios,persas, macedônios e, finalmente, pelos romanos, quando deixaria de existir como unidade nacional.

Esses rápidos traços históricos mostram uma civilização evoluída, propensa a obras monumentais--- não só as pirâmides, mas também os templos e monumentos funerários de Tebas, Carnac e doVale dos Reis --- mas totalmente dominada pela classe religiosa e pela propensão à magia. Devido aisso, é discutível a contribuição egípcia no terreno científico e intelectual, embora alguns eruditos deboa-fé e muitos pseudo cientistas tenham acreditado perceber, na construção das pirâmides, asprovas de conhecimentos geométricos e astronômicos extraordinários. Na realidade, nenhumaverdadeira ciência poderia ter sido concebida por tais espíritos demasiadamente religiosos eempíricos, como, de resto, aconteceu com todo o Oriente antigo, permanecendo com os gregos ogalardão de terem chegado à ciência pura, teórica e desinteressada, pela total desvinculação daspráticas de magia e das pressões de uma sociedade teocrática.

Em relação à Maçonaria, autores ocultistas, ou mistificadores, tomam, como base de suas teorias,a Grande Pirâmide, indo contra a conclusão histórica de que ela seria um monumento funerário eafirmando que sua finalidade era abrigar membros de ordens Iniciáticas secretas. A GrandePirâmide, esse enorme monumento de pedras superpostas, tem, na realidade, muito pouco espaçovazio, ou seja: a Câmara do Rei, uma sala de 50 metros quadrados ; a Câmara da Rainha, no corpoda pirâmide e menor do que a do rei ; a Grande Galeria, um corredor de acesso à Câmara do Rei ;condutos de ventilação e, ainda, uma câmara subterrânea, fora do corpo da pirâmide. Tanto estacâmara, quanto a, erradamente, chamada Câmara da Rainha, eram locais provisórios, para acolocação do corpo do faraó, caso ele viesse a falecer antes da construção total do monumento. NaCâmara do Rei foi encontrado um sarcófago de granito vermelho, sem inscrições e sem tampa ; e suasparedes também não mostravam nenhuma inscrição, ou desenho. Além das duas câmaras serembastante diminutas, em relação ao enorme corpo da pirâmide, foram encontradas, sobre a Câmara doRei, cinco salas bastante baixas e com seis metros de largura, que serviriam de amortecedores paraaliviar o teto da Câmara da tremenda pressão exercida por toneladas de pedra e, também, para que,em caso de algum cataclismo, que despedaçasse a cúpula da pirâmide, as pedras não caíssem nointerior da Câmara. Isso mostra a preocupação com o conteúdo da Câmara do Rei, que só poderia sero corpo do grande governante, dado o costume egípcio de proteger bastante os despojos de seus

mortos ilustres, devido à crença na sobrevivência integral, ou seja, de corpo e de espírito.

Todavia, aqueles que querem fazer crer que a Grande Pirâmide era usada para a prática de ritosiniciáticos (Leadbeater, Paul Brunton e outros), aproveitam-se do fato de o sarcófago da Câmara doRei encontrar-se vazio e de não existirem as inscrições encontradas em outros túmulo, paracontrariar e contestar a finalidade fúnebre da construção. Ora, nenhum outro túmulo faraônico, àexceção do de Tutancâmon, foi encontrado intacto, pois, além dos roubos dos objetos de ouro epedras preciosas, os próprios corpos mumificados foram retirados dos sarcófagos. Além disso, ohábito de encher as câmaras mortuárias com tesouros e objetos de uso pessoal do morto e depreencher as paredes com inscrições e pinturas, é posterior à IV dinastia do Antigo Império.

Os condutos para ventilação, encontrados nas câmaras, comunicando-as com o exterior, tambémserviram de base para os especuladores, para contestar a finalidade fúnebre da construção. "Osmortos não respiram, logo não precisariam de ar", alegam eles. Teoria de muita má-fé, esta, pois osoperários que trabalharam nas câmaras, durante a construção, necessitavam de ar, já que, sob aquelesimensos blocos de pedra, o fluido vital era bastante rarefeito. Além disso, esquecem-se, osmistificadores, de avisar, aos seus leitores, que, quando os homens do califa Al Mamun (filho deHarun Al Rachid), no ano 820 da era atual, conseguiram entrar na Grande Pirâmide --- ninguém haviaconseguido antes --- encontraram os condutos de ar das câmaras intencionalmente obstruídos porpequenas pedras ali colocadas e não caídas ocasionalmente, o que demonstra que eles existiampara os vivos e foram obstruídos quando as câmaras ficaram prontas para a sua finalidade específica.Também, se lembrarmos que os chamados Mistérios Egípcios eram ritos impregnados de magia,praticados pelos sacerdotes de Ámon-Rá --- culto sincrético, que substituiu o culto aos diversosdeuses egípcios, um para cada cidade --- e se lembrarmos que a teocracia só dominou o Egito apartir da V dinastia, enquanto as pirâmides foram construídas durante a IV, fica claro que não sedestinaria, nessa época, o exíguo espaço livre da Grande Pirâmide para os culto dos mistérios.

Em relação à Maçonaria, há autores que defendem sua origem egípcia, dizendo que as práticas

hebraicas, hoje presentes em alguns ritos maçônicos, foram transmitidas aos hebreus por Moisés, queteria sido iniciado nos Mistérios Egípcios. É provável que Moisés, criado por família nobre, depoisde ter sido achado boiando, dentro de um cesto, no rio, tenha tido contato com a classe sacerdotal,aprendendo os rudimentos dos ritos mágicos do clero egípcio; todavia, sendo estrangeiro, é poucoprovável que tenha se aprofundado nesses ritos, pois os sacerdotes não permtiriam, como nãopermitiram a outros estrangeiros, como Platão, Pitágoras, Apuleio e Heródoto, que só tiveram acessoà parte mais superficial dos ritos, os Mistérios Menores. Esclareça-se que o próprio nome de Moisésmostra a sua obscura origem : em egípcio "m´ses", ou "moses", significava filho; assim, ao designaros nomes, a palavra vinha sempre junta com outra, designando a filiação, como é o caso dos nomesde diversos faraós, que se apresentavam como filhos de um deus, como, por exemplo, Ramsés, ou

Ramoses (filho de Rá), e Tutmés, ou Tutmoses (filho de Toth); o grande condutor do povo hebreu eraapenas "M´ses" (filho). São poucas as influências da antiga civilização egípcia na Maçonaria atual foi a partir do séculoXVIII que os símbolos alusivos às antigas civilizações forem sendo introduzidos podendo sercitadas:

1. As colunas do pórtico do templo, que embora baseadas naquelas existentes no templo deJerusalém, são egípcias, desproporcionais, e mostrando, estilizadamente, as duas plantas sagradas doAntigo Egito: folhas de papiro e flores de lótus. São colunas, como as egípcias, sem função desustentação, como as colunas gregas, cuja função --- principalmente no caso da coluna dórica --- erasuportar o peso de um entablamento. Nesse ponto, os hebreus imitaram os egípcios, ao colocar, nopórtico do templo de Jerusalém, colunas livres, sem função de sustentação e erigidas no sentido dehomenagear ancestrais (como é o caso de Boaz e Iachin, ancestrais hebreus).

2. A abóbada estrelada, encontrada em muitos templos maçônicos, tem origem na arte templáriado Antigo Egito. Os templos egípcios representavam a Terra, da qual cresciam as colunas (dezenas ecentenas delas), como gigantescos papiros, em direção ao céu estrelado. Em Luxor ainda existemtemplos relativamente bem conservados, onde pode ser vista essa decoração estelar.

3. A lenda de Osíris (o Sol) e de Ísis (a Lua) também deve ser considerada como a precursorada lenda do artífice Hiram Abi, ensinada no terceiro grau maçônico. De acordo com a lenda egípcia --- em rápidas pinceladas --- Osíris, morto por seu irmão Seti, teve o seu corpo encontrado por Ísis,que o escondeu. Seti, ou Tifão, encontrando corpo, esquartejou-o e o dividiu em quatorze pedaços,que foram espalhados pelo Egito. O corpo, todavia, foi reconstituído por Ísis e, redivivo, passou areinar, tronando-se o deus e o juiz do reino dos mortos, enquanto seu filho Hórus lutava com Seti e oabatia. Essa lenda, inclusive, não é totalmente egípcia, pois, com pequenas variações, fazia parte dopatrimônio místico de todos os povos da Antigüidade, como um mito solar ; na realidade, Osíris (oSol), é morto por Seti (as trevas) no 17º dia do mês egípcio Hator, que marca o início do inverno; erevive no início do verão.

A obra trata da influência de antigas civilizações para a concretização da doutrina maçônicae de seu ritualismo.

"A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações"1a. edição: Editora Resenha Universitária - S. Paulo - 1977 2a. edição: Traço Editora - S. Paulo -

1980. A obra trata da influência de antigas civilizações para a concretização da doutrina maçônica ede seu ritualismo. José CastellaniPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/heranca-egipcia-na-maconaria.html

#23

O QUE FIZ DA MINHA VIDA

Fico muitas das vezes me perguntando o que fiz da minha vida. Onde que o meu caminho se perdeuou se foram as pessoas que me levaram a perde-lo.

O que fiz na minha vida nestes anos que passaram, nas noites que me vi em claro, dando bom diaao sol, meio que sem graça, no disfarce de uma noite não dormida, na mistura da bebida e da orgia,que hoje cicatrizam no meu rosto e que percebo em um olhar.

Pensei em ser tantas coisas, médico, advogado, engenheiro, menos rei é claro, mas até um famosoartista eu pensei em ser, mas nada disso aconteceu.

Não foi por falta de conselhos, mas escutar conselhos de velhos dói nos ouvidos, até porque, noauge da juventude, ouvir pessoas que não acompanharam, à época o avanço da tecnologia e queviviam assistindo todas as novelas que os canais colocavam no ar. Eu achava que não sabiam nadada noite ou da turma, sequer conheciam, como eu, a companhia amorosa que estava ao meu lado e jáqueriam dar conselhos.

Eu realmente não sei onde errei comigo nesta vida. Rezei para papai do céu, acendi charuto de

caboclo, gritei Aleluia irmãos, enfim, respeitei todas as religiões dos amigos, se era para fazer umbem eu ia, não importando aonde fosse, mas com tudo isto, não caminhei no progresso de minha vida.

Já vasculhei toda a minha lembrança, percorri a minha infância, passo à passo, cheguei em meuspensamentos cumprimentar todos aqueles que hoje, muitos não existem mais, com tudo isto, nãoconsigo encontrar a ponta desta linha perdida e penso até que se pulei algum tempo, mas também nãoé fácil, afinal a minha vida era nas caladas, não dava muito alarde ou quase nada de lugares quepercorri.

O que faço agora na minha vida sem a tão famosa âncora que todos falam; se dou um passo nestetempo em que me encontro, tremendo só de pensar se irei errar em qualquer nova jornada, neste novohorizonte a seguir ou se aguardo mais um pouco, o tempo não importa, mas preciso decidir.

Abrindo uma porta neste texto, que muitas das vezes cai como luva para algumas vidas, é que

agradeço em primeiro lugar a GADU por ter me aceito em suas fileiras e nesta terra a quem convidou a ser Maçom.

Digo isto, porque em nossos encontros, em nossa Loja, o exercício da busca interior é intenso,nossos irmãos em graus superiores nos testam sem descanso e tudo é muito importante para

colocarmos em prática na vida profana, com nossa família, em nosso trabalho e com nossos amigos.Fechando a porta e retornando ao nosso texto, se a vida me acusar de nenhuma construção, vou

dizer que esta errada, construi sim, me casei, tive filhos, trabalhei dia e noite, como um bom chefede família para não faltar nada dentro de casa, o necessário na vida de qualquer homem.

O que? Se eu estou satisfeito com esta vida? Bem.... satisfeito na realidade, não, mas não da paravoltar, tenho que seguir em frente.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOSYrapoan machadoObreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

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#24

AS ASAS DOS MAÇONS

Existe uma Antiga História, uma Lenda Maçônica, um exemplo de união que devemos observar e

nos exemplificar,já que somos Maçons, ou... será que não somos Maçons?O G.'.A.'.D.'.U.'. estava sentado, meditando sob a sombra de um pé de jabuticaba, lentamente o

Senhor do Universoerguia sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação.Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso

caridoso, feliz,ao mesmo tempo em que de olhos abertos mantinha um olhar complacente.Foi então que, das nuvens, surge um de seus Arcanjos vindo em sua direção:Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias.É como o pranto de todas as crianças do mundo.É como o sussurro da brisa. O Arcanjo tinha asas brancas como a neve, imaculadas.Levemente desce ao lado do G.'.A.'.D.'.U.'. e ajoelhando a seus pés disse..Senhor, visitei a vossa criação como me pediste. Fui a todos os cantos, estive no Sul, no Norte, no

Oriente e no Ocidente. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas criançashumanas.

Notei que em seus corações havia uma Iniciação, eram iniciados Maçons e que, deste a cada umdestes, apenas uma asa.

Senhor.. Não podem voar apenas com uma asa!O G.'.A.'.D.'.U.'. na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo:- Sim.. Eu sei disso. Sei que fiz os Maçons com apenas uma asa.Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar.Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessário duas asas para se

poder voar.. Para poder ser livres.Então respondeu o G.'.A.'.D.'.U.'. - Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei aos Maçons apenas uma asa para que eles pudessem voar

mais e melhor. Para poderem se evoluir levemente..Para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas: Embora livre, você estará sempre

sozinho, ou ser somente acompanhado.Como os pássaros que ao mesmo tempo que estão juntos se debandam.- Mas os Maçons com sua Única asa, necessitarão sempre de dar as mãos e entrelaçarem seus

braços, assim terão suas duas asas. Na verdade,cada um deles tem um par de asas.

Em cada canto do mundo sempre encontrarão um outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre

estará se completando, sempre sendo um par.Dei aos Maçons a verdadeira Liberdade e a cada um dei-lhe também, em Igualdade, uma única

asa, para que desta forma, possam sempre viverem Fraternidade. Texto enviado por nosso Irmão Gomes da nossa LojaCavaleiros do Templo nº 26UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#25

AS MENINAS DE JÓ

A Ordem Internacional das Filhas de Jó é uma Instituição Paramaçônica destinada à jovens dosexo feminino entre 10 e 20 anos (incompletos), visando aperfeiçoamento do Caráter.

Esta Ordem é baseada nos ensinamentos Bíblicos sobre a vida de Jó, sua Paciência perante aosdesafios e provações pelos quais teve de passar.

O nome se refere às três filhas de Jó: Kézia, Jemima e Keren-Happouk, que são citadas na Bíbliacomo as "mulheres mais justas de toda a Terra".

Ela está presente em alguns países: Canadá, Austrália, Estados Unidos, Filipinas, e Brasil. AOrdem está em nosso país desde 1990, foi trazido pelo maçom Alberto Mansur e o Bethel #01 foiinstalado na cidade do Rio de Janeiro é chamado "Mater do Brasil".

As reuniões são fechadas ao público em geral. Para ingresso em um Bethel de Filhas de Jó, énecessário que a candidata possua conhecimento com um Maçom e tenha menos de vinte (20) anos deidade. Estas reuniões também são acompanhadas por Maçons.

A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada no dia 20 de outubro de 1920, na cidade de

Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos, pela senhora Ethel T. Wead Mick e possui comobase o capítulo 42, versículo 15 do Livro de Jó: "Em toda a Terra não se encontraram mulheres maisjustas que as filhas de Jó e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos".

Foi organizada com o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônicade Nebraska, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela doOriente, de Nebraska e James E. Bednar, o Grande Patrono. O primeiro Bethel (que significa "localsagrado", onde os membros se reúnem) foi instalado no Templo Maçônico de Omaha, Nebraska.Desde então, os Bethéis se multiplicaram por estes países.

FundadoraEthel T. Wead Mick, nasceu no dia 9 de março de 1881, na cidade de Atlantic, Iowa, filha de

William Henry Wead e Elizabeth Delight Hutchinson Wead, a mais nova dos filhos do casal. Suamãe, religiosa, lia todas as noites trechos da Bíblia, fazendo sempre referência ao Livro de Jó, eEthel alimentava a esperança de que tendo uma filha, esta seria: “Justa como uma Filha de Jó”. Fatoeste que influenciou, no futuro, a criação da Ordem.

Estudou Medicina no Creighton Medical College em Omaha, onde conheceu William Henry Mick,também estudante de Medicina, com o qual se casou em maio de 1904. Deste casamento nasceramduas filhas, chamadas: Ethel e Ruth.

Entre seus hobbies, a Senhora Mick se dedicava ao canto e à pintura a óleo em porcelana chinesa.Colaborava em diferentes clubes de amizades e cívicos. Um desses, a Maçonaria, o que culminou

com a criação da Ordem Internacional das Filhas de Jó. Foi Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a1922, no Bethel #01 dos Estados Unidos, que hoje leva o seu nome, Bethel Wead Mick. Vindo àfalecer em 21 de fevereiro de 1957.

Lição de Amor

A Senhora Ethel, recebeu de sua mãe, de religião cristã, lições de literatura e drama encontradosno Livro de Jó, decidindo assim doar parte do seu tempo e talento, para tornar possível a todas asmoças compartilharem dos privilégios que ela possuía.

Depois de diversos anos de estudos e considerações, com a participação de seu marido, Dr.William H. Mick, e outros colaboradores, ela fundou a Ordem, em memória à sua mãe, Sra. ElizabethD. Wead.

O principal objetivo da OIFJ, é reunir moças para aperfeiçoamento do seu caráter, através dodesenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a Deus eàs Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa e Amor paracom os pais e familiares.

Membros

O Bethel possui o Conselho Guardião, formado por maçons, suas esposas, mães e pais de Filhasde Jó, irmãs (maiores de 20 anos) de Filhas de Jó e Membros de Maioridade (são Filhas de Jó quepossuem mais de 20 anos) da Ordem que ajudam as Filhas de Jó na realização de seus trabalhos epor esse Conselho passam todas as decisões que as moças venham tomar. Tem o dever de apoiar osmembros e participar de todos os eventos e trabalhos ligados à área administrativa, constitucional eritualística do Bethel, sem interferir nos mesmos.

Cargos do Bethel Honorável Rainha* Primeira Princesa* Segunda Princesa* Guia* Dirigente de Cerimônias

Nomeados: * Capelã* Secretária* Tesoureira* Musicista* Bibliotecária* PrimeiraMensageira * Segunda Mensageira* Terceira Mensageira * Quarta Mensageira * QuintaMensageira* Primeira Zeladora* Segunda Zeladora * Guarda Interna * Guarda Externa *Porta Bandeira * Coral

BIBLIOGRAFIA Obra extraida na Wikipédia Enciclopédia Livre UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS

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#26

ALQUIMIA SEM A MAÇONARIA

A finalidade principal da Alquimia (do árabe al-kimia) era a transformação de substâncias porprocessos químicos e as tentativas de transmutação dos metais. Embora a sua época de apogeu tenhasido a Idade Média, quando, sob esse nome, ela foi introduzida, no Ocidente, pelos árabes (séculoVII), a verdade é que ela foi praticada desde tempos muito antigos, no Egito, na Pérsia, na China, na Índia e na Grécia arcaica. Os egípcios já a utilizavam, de maneira prática, para curtir couros,preparar ligas de metais comuns e fabricar corantes e cosméticos; os persas tiveram grande interessepor esse novo tipo de conhecimento e o espalharam entre os povos conquistados; através dos persas,ela chegou à Grécia, onde os gregos a incorporaram aos seus conhecimentos teóricos sobre osmistérios da vida.É necessário, já de início, que se estabeleça a existência de dois tipos de alquimia: a prática,precursora da química e estabelecida pelo médico suiço Theophrastus Bombastus von Hohenheim,mais conhecido como Paracelso (1493-1541), e a alquimia oculta, muito associada à magia. Emtodas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a idéia da existência de um elementoprimordial, do qual derivam todos os demais elementos. A mais antiga idéia, relativa a esseconceito, é aquela que considerava a água como elemento fundamental, associada aos trabalhos dosábio grego Thales, de Mileto. Na mesma Grécia, entretanto, muitos filósofos defenderam idéiasdiferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, pois ele podia ser condensado,formando nuvens e chuvas, cujas águas, ao se evaporar, formando, novamente, o ar, deixavam umresíduo sólido de terra. O mitraísmo persa via a manifestação do poder divino no fogo, crendo,portanto que esse era o elemento formador de todas as coisas; Heráclito também defendia a teoria dofogo, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que podeprovocar as mais intensas transformações é o fogo, daí a máxima hermética Igne NaturaRenovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza). Já Feresides escolheu, como fundamental oelemento terra, pois, afirmava, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar. E Aristóteles,finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eramfundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.Dos árabes conquistadores, originou-se um dos maiores alquimistas de todos os tempos: Jabir ibnHayyan (721-813), conhecido, na Europa, como Geber. Este aceitava a teoria aristotélica dos quatroelementos, adicionando, todavia, outros dois elementos essenciais, o mercúrio e o enxofre, os quaisexplicavam certas propriedades dos metais; um terceiro elemento, o sal, foi, posteriormente,incluído, formando, com os outros dois, o trio fundamental (trio prima) de Paracelso e de seusdiscípulos, no século XVI.Essencialmente, a alquimia era caracterizada pela busca de duassubstâncias: a pedra filosofal, capaz de transformar os metais inferiores em ouro, e o elixir da longa

vida, capaz de manter os homens eternamente jovens. Para Geber, todos os metais seriam formadosapenas de enxofre e de mercúrio; desses elementos, deveriam ser extraídas as essências, quetransformariam todos os metais "em ouro mais puro do que o das minas". Partindo do princípio deque todas as substâncias possuem uma única raiz, parecia possível, para os alquimistas, transformaros corpos, entre os quais os metais, em ouro, o qual, além de ser o princípio concreto da força, queserve para comprar a glória e a felicidade material, é, também, o símbolo do Sol, da luz, do podercriativo, da revelação divina.

Teosoficamente, a alquimia trata das forças sutis da natureza e das diversas condições da matéria,nas quais aquelas forças agem. Quando, dá, aos iniciados, a idéia do mysterium magnum, sob o véuregularmente artificial da linguagem, para que não represente perigo nas mãos de egoístas, oalquimista aceita, como primeiro postulado, a existência de um determinado dissolvente universal dasubstância homogênea, de onde evoluíram os elementos, ao qual chamam de ouro puro, ou summummateriae. Este, possuía o poder de lançar fora do corpo humano todos os germes de doença derenovar a juventude e de prolongar a vida: assim é a Pedra Filosofal (Lapis Philosophorum).A alquimia é, na realidade, tratada sob três aspectos distintos: o cósmico, o humano e o terrestre;esses três aspectos eram típicos, sob as três propriedades alquímicas: o mercúrio, o sal e o enxofre,que são os três princípios da Grande Obra (transformação dos metais inferiores em ouro).Noaspecto terrestre, ou meramente material da alquimia, o objetivo é transmutar os metais grosseirosem ouro puro, já que é indiscutível que, na natureza, ocorre a transmutação de metais inferiores emoutros, melhorados. Existe, todavia, um aspecto muito mais místico, o ocultista, da alquimia. Oalquimista ocultista despreza o ouro terrestre, material, e dirige todos os seus esforçosna transmutação do quaternário inferior em ternário divino superior ao homem, os quais, quandose unem, acabam constituindo um só. Os planos da existência humana,espiritual, mental, psíquico efísico, comparam-se, na alquimia oculta, aos quatro elementos da teoria de Aristóteles (o fogo, o ar,a terra e a água); cada um deles é capaz de uma tríplice constituição, ou seja: fixa, instável e volátil.

A Grande Obra, para a alquimia oculta, consistia no constante renascer, para que o iniciado

percorresse o caminho do aperfeiçoamento e do conhecimento, até chegar à comunhão com adivindade, conceito muito parecido com os do hinduísmo e os da doutrina de revelação do mitraísmopersa. Assim, os metais inferiores simbolizam as paixões humanas e os vícios, que devem sercombatidos e transformados em ouro do espírito, que é o objetivo da Grande Obra, ou Obra doSol, ou Crisopéia, ou Arte Real. As operações da natureza são, praticamente, as mesmas da alquimia, diferenciando-se somente nadenominação, podendo ser reduzidas a sete principais: calcinação, solução, putrefação, destilação,sublimação, conjunção e coagulação, ou fixação. É necessário, porém, tomar essas palavras nosentido filosófico, de acordo com o procedimento da natureza, a qual deve ser bem estudada econhecida, antes de ser imitada.

Não se pode negar que a Química moderna deve os seus melhores descobrimentos à alquimia, apartir de Paracelso, que achava que "apenas os idiotas pensam que a alquimia é o conhecimento decomo obter ouro; o objetivo da alquimia é procurar descobrir novos remédios". Os antigos einfatigáveis trabalhos alquímicos relativos à transmutação dos metais até ao ouro potável(conseguida pela Química moderna), originaram inúmeras descobertas, às quais deve, a humanidade.o seu progresso atual. Muitos dos descobrimentos tidos, exclusivamente, como modernos, já eramconhecidos pelos magos e alquimistas de tempos bem remotos: os sacerdotes etruscos, adeptos damagia, conheciam bem a eletricidade e fizeram uso dela para a defesa de cidades; o arquiteto ealquimista Anselmo de Tralle já conhecia os efeitos do vapor, enquanto o monge alquimista,Pauselenas, fala, em suas obras, sobre a aplicação da química nas fotografias e afirma que autoresjônicos falam desse mesmo processo, assim como de câmara escura, sensibilidade de placas eaparelhos ópticos Com a união, na Idade Média, principalmente a partir do século XIII, dosalquimistas com os cabalistas, hermetistas e adeptos da magia, surgiriam diversas seitas e grupossecretos, como o dos adeptos e o dos iluminados, os quais, posteriormente, como elementos aceitos,incorporaram-se às associações de construtores medievais, levando, para a nascente Maçonaria dosAceitos (ou "especulativa"), os seus conceitos, idéias e símbolos. A Maçonaria ainda conserva muitos símbolos dos alquimistas, para armar a sua doutrina moral eespiritual. Um exemplo é, em muitos ritos, a chamada Câmara de Reflexão, onde o candidato àiniciação permanece, em meditação, antes da cerimônia; a câmara, que representa o útero (da terra),do qual o candidato nasce para uma nova vida, representa a "prova da terra", um dos quatroelementos aristotélicos. Nela, entre diversos símbolos representativos da espiritualidade e do valorda vida honrada, encontram-se as substâncias necessárias à Grande Obra --- sal, enxofre e mercúrio --- para lembrar, ao candidato, que ele deve percorrer o caminho do conhecimento, para chegar aoaperfeiçoamento espiritual e moral, que é a Grande Obra da vida. Na mesma câmara, uma máximaalquímica --- representada pelas iniciais de suas palavras, V.I.T.R.I.O.L. --- adverte: Visita InterioreTerrae Rectificandoque Invenies Ocultum Lapidem (vá ao interior da terra e, seguindo em linha reta,em profundidade, encontrarás a pedra oculta), a qual, além de uma referência à Pedra Filosofal, é umconvite à procura do "eu interior" de cada um. Alquímicas, também, são as provas simbólicas dealguns ritos, ligadas aos outros três elementos: ar, fogo e terra.

Esta peça de Arquitetura cujo nome é simplesmente ALQUIMIA, pertence ao escritor queconsidero um "Arqueólogo Monstro da Maçonaria Contemporânea" José Castellani.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/alquimia-sem-maconaria.html

#27

A LUZ DAS ESTRELAS

A Ordem da Estrela do Oriente é uma Organização Paramaçônica e fraternal, onde fazem partehomens Maçons e mulheres acima dos 18 anos com parentesco maçônico. Não é uma seita, não é umareligião e nem uma Sociedade Feminista.

Tem como propósito ressaltar valores morais, espirituais, edificar caráter, educar, fazer caridadee servir ao próximo, através de seus trabalhos ritualísticos e filantrópicos.

Existe entre seus membros um elo fraternal, fazendo-os cada vez mais unidos. Criandooportunidades de servir ao próximo sempre que for possível.

Um dos grandes objetivos da Ordem é dar suporte à Ordem Internacional do Arco-Íris paraMeninas e a Ordem Internacional das Filhas de Jó, incentivando-as a Liderança, dentro de ValoresMorais.

Falar das mulheres e a Maçonaria, é complexo e sem uma explicação fácil. Tradicionalmente, sóos homens podem ser maçons através da Maçonaria Regular. Muitas das Grandes Lojas, No entanto,existem muitos corpos maçónicos não-predominantes, que admitem mulheres e homens ouexclusivamente mulheres. Além disso, existem muitas Ordens femininas associadas com a Maçonariaregular, como a Ordem das mulheres maçons, a Ordem da Estrela do Oriente, a Ordem de Amaranth,Santuário Branco de Jerusalém, a Ordem Social de Beauceant, e Filhas do Nilo.

A HistóriaAs mulheres foram gradualmente a serem aceites na maçonaria, de forma muito diversa no tempo e

entre países.A primeira mulher maçom, foi a Sra. Elizabeth Aldworth, que começou na Irlanda em 1732, em

circunstâncias bastante incomuns. Posteriormente, houve mais mulheres em Lojas maçônicas, nosentido estrito, em França, como foi também o caso de Maria Deraismes em 14 de Janeiro de 1882.No entanto, em intervalo misto de diferentes níveis de inspiração, surgem também a chamada de"Loja de Adoção" em França, a "Ordem de Mopse" na Rússia ou o "Estrela do Oriente" nos EstadosUnidos. Hoje em dia, um número crescente de países, incluindo na Europa, as mulheres podemparticipar em Lojas maçônicas, sejam elas exclusivamente feminino ou misto.

Maçonaria "Operativa"Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, que algumas mulheres tomassem o controle de

acesso em várias corporações, antes do surgimento da Maçonaria especulativa. Poderia, porexemplo, incluir as viúvas que casassem com seus maridos. Alguns dos estatutos de idade (idade dereferência) mostra, por exemplo, o comércio do livro de Paris (1268), os estatutos da Guilda dosCarpinteiros em Norwich (1375), ou dos estatutos das Lojas de York (1693). O Reconhecimento

A Grande Loja Unida de Inglaterra (United Grand Lodge of England - UGLE) e outrosconcordantes em que, a tradição regular, não reconhecem formalmente qualquer organismo maçônicoque aceitem mulheres. A Grande Loja Unida de Inglaterra declarou, desde 1998, que as duasjurisdições Inglesas para mulheres são regulares na prática (Ordem das mulheres maçons e aExcelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria), excepto, para a inclusão das mulheres, e indicouque, embora não formalmente reconhecidos, esses organismos podem ser considerados como parteda Maçonaria, ao descrever a Maçonaria em geral. Na América do Norte, as mulheres não podem setornar maçons regulares por si, mas sim juntar-se ao associado corpos separados, que não sãomaçons em seu conteúdo.

A Excelentíssima Fraternidade da Antiga MaçonariaA história da Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria em particular, não pode ser

descrito sem referência à história do movimento das mulheres na Maçonaria em geral. Nós nãopodemos fazer melhor do que a citação de um panfleto publicado em 1988 por Enid Scott, um ex-assistente Grão-Mestre da Ordem, intitulado "Mulheres na Maçonaria".

"Foi em 1902 que a primeira Loja de Co-maçons foi formada em Londres e que a importação deFrança, que logo formaria uma "bola de neve". Mas dentro de alguns anos, alguns de seus membrostornaram-se apreensivos quanto ao curso a ser tomado pelo Conselho de Administração, em Paris.Sentiram que suas formas antigas foram postas em causa e colocaram em risco o seu estilotradicional, a história repetia-se, pois era um estado semelhante que tinha surgido na Maçonariaregular em meados do século XVIII. Vários membros demitiram-se da Ordem e formaram-se em umasociedade que na qual estava a emergir, a Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria, masainda como uma associação de homens e mulheres. Em 5 de junho de 1908, uma Grande Loja foiformada com um irmão do reverendo como Grão-Mestre.

Ele foi o primeiro do sexo masculino e apenas Grão-Mestre e continuou no cargo por quatro anosantes de se aposentar por problemas de saúde. Em seu sucessor, começou a linha contínua demulheres grã-mestres. Aproximadamente dez anos mais tarde, decidiram restringir a admissãosomente para as mulheres, mas para permitir que os integrantes do sexo masculino permanecerem.Dentro de um curto prazo, o título foi mudado para a Ordem das Mulheres Maçons, mas a forma deendereço como "Irmão" manteve-se, o termo "Irmãs" teria sido interrompido logo após a formação,em 1908, como foi considerado inconveniente para os membros de uma fraternidade universal demaçons. É também de notar, algum interesse que a história se repetiu, em que o Arco Real foi objetode uma divisão em suas fileiras, um pouco à semelhança do Antigos e Modernos anos antes da Uniãoem 1813.

Um grupo de um dos seus membros, pretendiam incluir o Arco Real no sistema, mas nãoconseguiu obter a autorização de sua Grande Loja, o que lhes causou a separação e formaram aprimeira Loja de outra ordem - A Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria , duas GrandesLojas que funcionam em paralelo, foi quase um desempenho de "cópia de carbono", mas neste caso, o

tempo de uma União, à semelhança do que ocorreu em 1813, ainda estaria para vir."BIBLIOGRAFIATexto extraido na Wikipédia - Enciclopedia Livre

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/aluz-de-uma-estrela.html

#28

PARATY - UMA VIAGEM NO TEMPO

Dizem que a maçonaria começou no Brasil no final do Século XVIII. Em 1815, é fundada noRio de Janeiro a LOJA COMÉRCIO E ARTES, porém em 30 de março de 1818 foramproibidas as sociedades secretas. Em 1821 a agitação pela independência cria um clima quepossibilita a reativação da Ordem no Rio de Janeiro. Em 1822 as lojas Comércio e Artes, Uniãoe Tranqüilidade e a Esperança de Niterói criam o Grande Oriente no Brasil.JOSÉ BONIFÁCIO assume a liderança do Grande Oriente, ao compreender a sua importância para aindependência do Brasil. Havia uma grande rivalidade entre José Bonifácio e Gonçalves Ledo e issofizeram com que LEDO promovesse a eleição de D. Pedro para Grão-Mestre. Revoltado com atraição, Bonifácio cria o APOSTOLADO, onde os ANDRADAS eram dominantes. D. Pedro passa aintegrar o APOSTOLADO.D. Pedro logo depois resolve fechar a Maçonaria e o grupo de LEDO passa a ser perseguido até queas sociedades secretas entram em recesso, só retornando em 1831 após a abdicação de D. Pedro I,quando José Bonifácio assume outra vez o Grande Oriente do Brasil. A MAÇONARIA EM PARATYEstima-se que a maçonaria tenha surgido em Paraty por volta de 1700, quando os primeiros maçonsteriam chegado à vila fugindo de perseguições do Velho Mundo. Chegando em Paraty, eles acham avila um porto seguro, um lugar livre para o desenvolvimento da ordem. Chegando com novas idéias,são recebidos como "Os Iluminados" e passam a influenciar bastante nos modos e costumes dapovoação. Assim achando terra fértil, os maçons começam a se desenvolver. Suas reuniões eramrealizadas não só em sigilo, como também em lugares diferentes em cada vez que se reuniam. Um diaem casa de um irmão, no outro na casa de outro, sempre mantendo a preocupação de não seremdescobertos. Com o passar do tempo começam a demarcar a vila com sinais característicos de suasimbologia. As esquinas recebem os primeiros sinais em forma de cunhais em pedra, que se ligandouns aos outros formam um triângulo imaginário. Algumas casas receberam os primeiros símbolosainda no século XVIII. Neste período é muito provável que as cores predominantes tenham sido oBranco e o Azul. No século XIX, novos símbolos proliferam por mais construções decorando suasfachadas. Todos estes sinais tinham por objetivo indicar aos irmãos que chegavam à vila que ali eleseria bem acolhidos, encontraria abrigo, apoio e seriam alimentados, onde receberia orientaçãosobre o novo mundo que o estava recebendo. Algumas construções apresentam os vãos entre as janelas da seguinte forma: O segundo espaço é odobro do primeiro e o terceiro é a soma dos dois anteriores. As plantas feitas em escala 1:33:33 éoutro sinal claro desta influência. Existiu também em Paraty um cargo na administração municipal

chamado de "Fiscal de Quarteirão", que somavam um total de 33 fiscais, sendo que não existiam 33quarteirões. Então porquê 33 fiscais?

Em Paraty existiu o "Clube dos Luvas Negras", formado por justiceiros da maçonaria, que seencarregavam de julgar e punir os irmãos que estavam em falta com a ordem e a sociedade. Constaque se reuniam em locais ermos e escuros, como cemitérios. Em Paraty se reunia na Toca doCaçununga, um sambaqui que foi cemitério indígena. Silvio Romero, que foi juiz de direito emParaty, era membro do clube, sendo possivelmente o líder. Segundo alguns, nos escombros de suacasa, foram encontrados o avental, a espada e as luvas negras.

ALoja Maçônica que se chamava "União e Beleza 88", abriu seu templo por volta de 1833/1834,supostamente no sobrado da Rua Dr. Pereira com Rua Dr. Samuel Costa, mudando-se, com o passardo tempo, para vários outros lugares. No final do século XIX a Loja de Paraty foi fechada e aMaçonaria abandonou a cidade, levando seus segredos e documentos, mas deixou suas marcas nasruas, fachadas e memória dos moradores. A "Aug\ e Resp\ Loj\ Simb\ União e Beleza nº 88" reabriuseu templo em 1983, agora ligada a "Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro" e tem comoVenerável para o exercício 2002/2003 o Mestre Hilton Mello. À sombra do imaginário, ficamos hojetentando remontar o que seria a "Villa" nos séculos XVIII e XIX.

BibliografiaTexto extraido da wikipédia - Enciclopédia Livre UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#29

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo I

A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente doBrasil, Obediência Mater da Maçonaria Brasileira.

Apesar do farto material documental existente, pouco se publica sobre o papel importante,decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipitaram aproclamação da Independência.

Deixar de divulgá-los é ocultar a verdade e conseqüentemente ocorrer no erro da omissão, quenem a História e nem o tempo perdoam, principalmente para com aqueles nossos Irmãos, brava gentebrasileira, que acreditavam, ou ainda mais, tinham como ideário de vida a Independência da Pátriatão amada.

O Objetivo principal, sem dúvida nenhuma, da criação do Grande Oriente, foi engajar aMaçonaria na luta pela Independência Política do Brasil.

Desde sua descoberta em 1500, o Brasil foi uma Colônia Portuguesa, sendo explorada desdeentão pela sua Metrópole. Não tinha, portanto, liberdade econômica, liberdade administrativa, emuito menos liberdade política.

Como a exploração metropolitana era excessiva e os colonos não tinham o direito de protestar,cresceu o descontentamento dos brasileiros.

Inicia-se então as rebeliões conhecidas pelo nome de Movimentos Nativistas, quando ainda não secogitava na separação entre Portugal e Brasil. Estampava-se em nosso País o ideal da liberdade. Aprimeira delas foi a Revolta de Beckman em 1684, no Maranhão.

No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, algunsgrupos pensaram na Independência Política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidirsobre seu próprio destino. Ocorreu, então, a Inconfidência Mineira (1789) que marcou a história pelatêmpera de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana(1817), todas elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes movimentosa Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, decaráter maçônico tais como: "Cavaleiros das Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa daParaíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.

I – ANTECEDENTES – As Cortes de Lisboa A 16 de dezembro de 1815, precisamente no dia do aniversário de Dª. Maria I, que estava louca,

foi o Brasil elevado a Reino, através da régia carta de D. João VI, assinada no Palácio do Rio deJaneiro, e cujos dois principais artigos estabeleceram:

1) “ Que os meus Reinos de “Portugal”, “Algarves” e do “Brasil” formem d´ora em diante um só e

único Reino, debaixo do Título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, DO BRASIL E DEALVARAVES”;

2) “Que os títulos inerentes à Coroa de Portugal, e de que até agora hei feito uso, se substituam emtodos os Diplomas, Cartas de Lei, Alvarás, Provisões e Atos Públicos pelo novo Título de –PRÍNCIPE REGENTE DO REINO UNIDO DE PORTUGAL, DO BRASIL E DE ALVARAVES”,daquém e dalém Mar, em “África de Guiné” e da “Etiópia”, “Pérsia” e “Índia”.

Com efeito, o Brasil prosperava a olhos vistos. Sua grande riqueza natural determinava o célereprogresso, uma ascensão vertiginosa entre as demais nações, contrastando com o notórioestacionamento, senão declínio de Portugal.

Por isso, depois da volta de D. João a Lisboa, ampliou-se a política de reação a tudo quanto setinha fundado no Brasil. A permanência de D. Pedro no Rio de Janeiro decepcionou a Assembléiadas Cortes, que esperava o retorno de toda a família real e o conseqüente abandono da terrabrasileira ao Governo das Juntas Provinciais, cuja formação era ruidosamente promovida em Lisboa.

Pressentiam os portugueses que o engrandecimento do Brasil ocasionaria sua inevitávelemancipação política, o que seria de resultados desastrosos para a Metrópole, que tinha nestaopulenta colônia seu maior sustentáculo econômico. Com essa clara visão do futuro, resolveram asCortes empenhar-se em inglória batalha, no sentido de fazer o Brasil regredir, para enfraquecer-lhe onacionalismo crescente.

As Cortes eram constituídas de 181 deputados, dos quais 72 apenas do Brasil e destes somente 46estavam empossados. A disparidade era mais espantosa ao ter-se em conta que a população doBrasil já era maior que a de Portugal.

Descriteriosamente, porém, na sede do Reino, o total de habitantes do Brasil era considerado combase num censo realizado em 1800, antes da vinda da família real.

Afinal, em 29 de setembro de 1821, aprovaram-se os Decretos nºs 124 e 125.O primeiro extinguia os governos provinciais independentes, restabelecendo as juntas provisórias

de governo com “toda a autoridade e jurisdição na parte civil, econômica, administrativa e depolícia”, ficando subordinados às juntas “todos os magistrados e autoridades civis”. O segundo,como ponto nevrálgico, determinava o imediato regresso a Portugal do Príncipe D. Pedro.

O historiador português ROCHA MARTINS, em “A independência do Brasil”, sintetiza o fato:“Era uma situação singular de regresso ao período colonial, uma medida irritante, despótica, sóprópria para ferir as suscetibilidades brasileiras”.

Certamente, afigura-se o golpe na unidade do Brasil, com seu esfacelamento em várias províncias.A reação brasileira foi imediata, a partir de seus deputados em Lisboa, os quais, tendo à frente oMaçom Cipriano José Barata, lançaram-se em acirrados debates com os representantes portugueses,que procuravam esmagar pela quantidade os brasileiros. Simultaneamente, aqui, a Maçonariainflamava o movimento emancipador, fazendo agigantar-se a consciência nacional e despertar oanseio já incontido de ver surgir um Brasil livre.

Nos redutos maçônicos, particularmente na Loja “Comércio e Artes”, que se reinstalara em 24 dejunho daquele ano (1821), intensificou-se o trabalho pela organização, no reino ultramarino, de umgoverno livre e independente, sob a regência do Príncipe D. Pedro, que por influência dos maçons serebelara contra os Decretos 124 e 125.

II –O CLUBE DO -"O FICO" Naqueles três meses seguintes, tal era o burburinho da nacionalidade que o Intendente-Geral da

Polícia, João Inácio da Cunha, comunicou-se com o Ministro do Reino, por ofício de conteúdosigiloso, informando-lhe da impossibilidade de agir com as tropas de que dispunha, pois estavam osseus integrantes, na maioria, filiados à Maçonaria. E terminava o ofício com o seguinte enunciado:“... o movimento da Independência é por demasia generalizado pela obra maldita dos maçonsastuciosos, sob a chefia de GONÇALVES LEDO”.

Do Grupo de Gonçalves Ledo, entre outros, faziam parte, destacadamente, o Cônego Januário daCunha Barbosa, José Clemente Pereira, Frei Francisco de Santa Teresa Sampaio, José DomingosAtaíde, o coronel Francisco Maria Gordilho de Barbuda e o Capitão-mor José Joaquim da Rocha.

Núcleo da idéia de emancipação, a Loja “Comércio e Artes”, sob a liderança de Gonçalves Ledo,trabalhava infatigavelmente. Desponta, no entanto, um ardoroso patriota e maçom, o Capitão-morJosé Joaquim da Rocha, e planeja o empreendimento de que resultou “O FICO”, definitivo ato derebeldia de D. Pedro contra as Cortes de Lisboa, que insistiam em seu retorno a Portugal.

Os malsinados decretos das Cortes chegam ao Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro pelobergantim de guerra “Infante D. Sebastião”. Precisamente nesse dia, José Joaquim da Rocha funda emsua casa o “CLUBE DA RESISTÊNCIA”, tendo como companheiros Frei Francisco de Santa TeresaSampaio, consagrado orador da época, Antônio Menezes de Vasconcelos Drumonnd, Joaquim Joséde Almeida, Luiz Pereira da Nóbrega e Francisco Maria Gordilho de Barbuda. O Clube visava,precipuamente, projetar com segurança a adesão de D. Pedro ao movimento nacionalista.Para evitara vigilância da Polícia, reuniam-se na residência de José Joaquim da Rocha, na Rua da Ajuda, emuitas vezes na cela de Frei Sampaio, no Convento de Santo Antônio, onde se realizavamverdadeiras sessões maçônicas.

José Joaquim da Rocha considerou necessária a adoção de três providências para o êxito daempresa:

1) Consulta Dr. Pedro sobre o movimento e sentir sua receptividade;2)Convite para a adesão de José Clemente Pereira, então Presidente do Senado da Câmara;3) Envio de emissários a São Paulo e Minas.Gordilho de Barbuda, que era camareiro de D.

Pedro, foi incumbido de auscultar a opinião do Príncipe. Recebendo a proposta com hesitação, o queera justo, em fase da grave atitude de rebeldia que ia adotar, não tardou muito a resposta de D.Pedro, que assim se expressou: “No caso de virem as representações, pedindo-me para não partir,ficarei”.

Exultante, Barbuda apressou-se em ir à casa de José Joaquim da Rocha para transmitir-lhe a

resposta de D. Pedro. Encontravam-se lá os maçons Vasconcelos de Drumonnd, José Joaquim deAlmeida, Luiz Pereira da Nóbrega e José Mariano de Azevedo Coutinho. Ante as manifestações dejúbilo de todos, José Mariano foi incumbido de solicitar o apoio de José Clemente Pereira

Continua no próximo capítulo....

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#30

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo - II

Mas o maçom José Clemente Pereira prestou sua inteira solidariedade ao movimento, sugerindo atéque fixasse a data de 9 de janeiro para a entrega das representações de D.Pedro lhe afirmara que nãohesitaria em ficar, se o pedido se fizesse através das representações do Rio, São Paulo e Minas.

Como era de se esperar, São Paulo e Minas aderiram. José Bonifácio era Vice-Presidente daJunta de São Paulo e redigiu a enérgica representação daquela Província, na qual advertia D. Pedro:“Nada menos se pretende do que desunir-nos, enfraquecer-nos e até deixar-nos em mísera orfandade,arrancando do seio da grande família brasileira, o único pai que nos restava, depois de teremesbulhado o Brasil, do benéfico fundador deste reino. Se V.A.R. estiver (o que não é crível) pelodeslumbrado e indecoroso Decreto de 29 de setembro, além de perder para o mundo a dignidade dehomem e de príncipe, tornando-se escravo, de certo, de um pequeno número de desorganizadores,terá também de responder, perante o céu, do rio de sangue que vai correr pelo Brasil com suaausência...”.

Essa manifestação paulista, redigida por José Bonifácio, cegou ao Príncipe no dia 8 de janeiro.Entrementes, o “Clube da Resistência” e a Loja “Comércio e Artes”, unem-se a pugnar na

elaboração do “Fico”. Acertou-se que a palavra oficial da representação fluminense seria dirigidapor José Clemente Pereira, na qualidade de Presidente do Senado da Câmara e membro da Loja“Comércio e Artes”.

Ao meio-dia de 9 de janeiro, o Príncipe D. Pedro recebeu os representantes. Em seu longodiscurso, José Clemente Pereira afirmou-lhe: “Senhor, a saída de Vossa Alteza Real dos Estados doBrasil será o fatal decreto que sanciona a independência deste Reino. Exige, portanto, a salvação daPátria que Vossa Alteza suspenda a sua partida, até nova determinação do soberano Congresso”.

Em resposta, proferiu D. Pedro: “Convencido de que a presença de minha pessoa no Brasil,interessa ao bem de toda a Nação portuguesa e conhecendo que a vontade de algumas provínciasassim o requer, demorarei a minha saída até que as Cortes e meu Augusto pai e Senhor deliberem aesse respeito, com perfeito conhecimento das circunstância que têm ocorrido”.

Mas suas palavras não foram bem recebida. Pelos militares portugueses, porque refletiam elas oadiamento de sua partida para Lisboa e, pelos brasileiros, porque nelas não sentiram sua decisão deficar.

Solicitada sua presença pelo povo, que prorrompeu em aplausos, D. Pedro assomou a uma dasjanelas do Paço e disse-lhes: “Agora só tenho a recomendar-vos união e tranqüilidade”.

Depois que todos se retiraram, verificou D. Pedro que nem aos brasileiros nem aos portuguesessatisfizera. Por interferência de alguns membros do “Clube da Resistência”, que com ele mantinhamestreita ligação, mandou chamar horas depois o Presidente do Senado da Câmara e determinou-lhe

que substituísse a resposta que dera por esta: “Como é para o bem de todos e felicidade geral daNação, estou pronto: diga ao Povo que fico”.

No dia 11, o General Jorge Avilez, Comandante da Divisão Auxiliadora, convocou oficiais devários corpos de tropa e, entre eles, ficou assentada a volta de D. Pedro para Portugal, comoordenaram as Cortes. Combinaram, também, que para levantar toda a tropa seria necessário espalhara notícia de que aquele General havia sido destituído do comando pelo Príncipe. Assim o fizeram. Ànoite, soldados portugueses percorreram as ruas, dirigindo insultos aos brasileiros e provocandodistúrbios. Boatos começaram a circular, alarmando a cidade.

D. Pedro naquele momento estava no Teatro São João, quando chegou a seu conhecimento aagitação das ruas. Imediatamente, chamou o Brigadeiro Carreti e ordenou-lhe que mantivesse aordem. Carreti deixou o teatro,voltando momentos após, para comunicar a D. Pedro que os soldadosjá estavam recolhidos. Os patriotas do “Clube da Resistência” colocaram D. Pedro a par de todas asocorrências, pois mantinham vários agentes espalhados pela cidade. A peça do teatro terminara,quando veio informação de que a tropa de Avilez se movimentava para cerca-lo. D. Pedro,acompanhado dos membros do Clube e de oficiais brasileiros, seguiu para São Cristóvão. Ao chegarna Quinta de Boa Vista, providenciou a ida da família para Santa Crua.

Em conseqüência de enfermidade adquirida na longa viagem a Santa Cruz, veio a falecer o filhode D. Pedro, o príncipe João Carlos, de 3 anos.

Decepcionado com o malogro do plano para deter D. Pedro no Teatro, mas nutrindo, ainda, aidéia de forçá-lo a cumprir as ordens das Cortes, Avilez determinou que a tropa portuguesa tomasseposição no Morro do Castelo, de onde passaria a dominar toda a cidade. No dia 12 pela manhã,enquanto a tropa de Avilez se encontrava em atitude ameaçadora, chegaram ao Campo de Santana asforças de 1ª linha, que ficaram fiéis ao Príncipe, regimentos de milicianos e batalhões patrióticosorganizados pelo “Clube da Resistência”. Por toda a parte os movimentos da reação semultiplicavam. Arranjaram-se de improviso as armas possíveis do momento: espingardas velhas,trancas, cacetetes e até cacos de garrafa. Todos queriam combater.

No dia 5 de fevereiro, Avilez foi intimado a deixar o Brasil. Determinou D. Pedro que, se não ofizesse, perderia o direito ao soldo e à comida. Avilez não embarcou. No dia 9, Dr. Pedro parabordo da Fragata “União” e mandou dizer-lhe que, se na manhã do dia 10 não começasse a embarcarsua tropa, iria atacá-lo. Na manhã do dia 10, Avilez iniciou o embarque e, no dia 15, zarpou do Riode Janeiro.

Depois do vitorioso episódio do FICO, o “Clube da Resistência”, sob a direção de José Joaquimda Rocha, foi transformado em “Clube da Independência” e, mais tarde, na Loja “9 de janeiro”.

BIBLIOGRAFIAEsta obra dividida em capítulos com o nome de A Maçonaria na Independência do Brasil, foiescrita por Teixeira Pinto, a quem creditamos toda a nossa alegria em poder postar.UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#31

MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo III

REPERCUSSÃO NAS LOJAS MAÇÔNICAS – A ASEMBLÉIA CONSTITUINTEProsseguiu desenvolvendo-se, intensamente, o movimento da emancipação política, sempre com a

iniciativa dos maçons. Mário Melo, em seu livro “A Maçonaria no Brasil”, anota que ninguém erainiciado nas Lojas Maçônicas sem que fosse conhecida sua opinião sobre a Independência do Brasile os candidatos assinavam um termo de compromisso de defendê-la.

No dizer do historiador Assis Cintra, “a independência era fatal, era um fruto maduropendente da árvore, prestes a ser colhido. Em todos os recantos fervilhava o ardor patriótico.Nas Lojas Maçônicas, generais, doutores, juizes, almirantes, funcionários públicos, capitalistas,fazendeiros, artífices e até padres dos mais ilustres desse tempo, conspiravam” (v. “Na Margemda História”).

Em abril de 1822. estava D.Pedro tão enfeitiçado pelo Brasil que escreve a Antônio Carlos,deputado paulista às Cortes de Lisboa, havendo na carta o seguinte trecho: “Eu o conheço como omais digno deputado americano; conheça-me a mim como o maior brasileiro, e que pelo Brasil daráa última gota de sangue”.

Domingos Alves Branco Muniz Barreto em sessão da loja “Comércio e Artes”, propôs que sedesse ao Príncipe um título conferido pelo povo, de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. Aidéia foi aprovada por todos e marcaram a data de 13 de maio, dia do Aniversário de D. João VI. D.Pedro disse que aceitava o Título, mas sem o “Protetor”, apenas como “Defensor”.

Avançava, desse modo, a evolução política para o 7 de setembro de 1822, tudo temperado eargamassado nas disposições cada vez mais fortes das Lojas Maçônicas.

Gonçalves Ledo, Januário Barbosa e Clemente Pereira lançam a idéia da convocação de umaConstituinte e solicitam uma audiência a D. Pedro, por intermédio de seu ministro José Bonifácio.Inteirado do objetivo da audiência, D. Pedro escreve a D. João VI expressiva carta, mostrando-sefrancamente favorável à idéia dos maçons. Diz D. Pedro ao Rei: “É necessário que o Brasil tenhaCortes suas: esta opinião generaliza-se cada dia mais. O povo desta capital prepara umarepresentação que me será entregue para suplicar-me que as convoque, e eu não posso a isso recusar-me, porque o povo tem razão, é muito constitucional, honra-me sobremaneira e também a VossaMajestade, e merece toda sorte de atenções e felicidade. Sem Cortes, o Brasil não pode ser feliz. Asleis feitas tão longe de nós por homens que não são brasileiros e que não conhecem as necessidadesdo Brasil, não poderão ser boas. O Brasil é um adolescente que diariamente adquire forças, deve terem si tudo quanto é necessário (...), é absurdo retê-lo debaixo da dependência do velho hemisfério”.

Gonçalves Ledo e Januário Barbosa redigiram o projeto e, no dia 3 de junho, publicou-se oDecreto firmado pelo Príncipe Regente e José Bonifácio, “convocando a Assembléia Geral

Constituinte e Legislativa, composta de deputados das Províncias do Brasil, novamente eleitos naforma das instruções que em Conselho de acordarem e expedidas com a maior brevidade”.O IMPERADOR MAÇOM – “INDEPENDÊNCIA OU MORTE”

Era preciso, ainda, fazer maçom o Príncipe D. Pedro. José Bonifácio já lhe falara da Maçonaria,da ação de Gonçalves Ledo e outros líderes maçônicos. Não seria ele o primeiro Príncipe a conheceros preceitos da Ordem. Reis e Imperadores, na Europa, haviam sido maçons. Assim, a 13 de julho de1822, foi aprovada sua proposta de admissão, endossada por José Bonifácio. A 2 de agosto, D.Pedro era iniciado na Loja “Comércio e Artes”, “ardendo em curiosidade, a fantasia despertada pelomistério de um rito perfumado de magia oriental” – como escreve Pedro Calmon, em “A Vida de D.Pedro I”.

Recebeu o nome histórico de “Guatimozim”. Mas, por que “Guatimozim” e o que significava isso?Trata-se do último imperador azteca morto em 1522, conforme conta-nos, parabolicamente, ohistoriador Rocha Martins, em sua obra “A Independência do Brasil”: “Era uma vez, nos temposrecuados de 1697, um imperador azteca, de Anahuac, México... Vieram de longe, de 1522, osconquistadores e ele, de armas em punho diante do Cortez audaz que lhe queria tesouros. Ele, o filhodo Rei Ahintzot, sucessor do Irmão de Montezuma II, deixara reclinar o seu corpo em brasas,preferira ser chagado sobre as grelhas rubras, que os soldados conduziam como se fosseminquisidores; ser martirizado, sofrer as mordeduras do lume nas suas reais carnes antes que dizer aosbárbaros onde ocultava a opulência, as riquezas e as magnificência do seu império”. “E D. Pedro,regente, devia meditar muito no simbolismo, na realeza, nos carvões candentes”.

Da iniciação ao Grão-Mestrado, o certo é que o ingresso de D. Pedro na Maçonaria resultou desua mais íntima ligação com a causa de independência. Foram os maçons que o proclamaramImperador e, em conseqüência, a própria libertação política do Brasil, em sessão de 20 de agosto doGrande Oriente do Brasil, quando D. Pedro se encontrava em viagem para São Paulo. Na verdade,como afirmam em uníssono os historiadores, maçônicos e profanos, no 20 de agosto de 1822,Gonçalves Ledo propôs e se aprovou por unanimidade “que fosse inabalavelmente firmada aproclamação de nossa independência e da realeza constitucional na pessoa do augusto príncipe”. Aliás, o próprio Ledo, em vibrante artigo no “Revérbero”, já o concitara antes: “Príncipe! Nãodesprezes a Glória de ser o fundador de um novo império”. Em nota à margem do livro “História daIndependência do Brasil”, de Adolfo Varnagem, escreve o Barão do Rio Branco. “No dia 23, emoutra sessão, ainda presidida por Gonçalves Ledo, continuou-se a discussão. Por proposta sua, foramnomeados os emissários, que deviam ir tratar a aclamação nas diferentes províncias, entre eles,Januário Barbosa, designado para ir a Minas. João Mendes Viana, para Pernambuco, e José Gordilhode Barbuda, para a Bahia. Vários maçons ofereceram as somas necessárias para as despesas deviagem”.

Assim, na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D. Pedro limitou-se com seugesto a promulgar o que já fora resolvido a 20 de agosto no Grande Oriente do Brasil.

Perguntam-se, entretanto, os escritores da história: Que papéis foram aqueles recebidos por D.

Pedro, de que foram portadores Paulo Bregaro e Antônio Cordeiro? Nenhum documento esclarecequais os papéis que, “... pouco mais ou menos às 4 e meia da tarde”, D. Pedro recebera das mãos doMajor Cordeiro e do Correio Bregaro. Por que tantos documentos secretos foram divulgados e sóaqueles que impeliam D. Pedro a proferir o brado histórico não se publicaram. Que segredos, queassuntos tão misteriosos continham eles? Se a própria correspondência confidencial entre D. Pedro eD. João tornou-se do conhecimento público, o que impediria que outras pessoas se inteirassem dospapéis entregues a D. Pedro e que, depois, os divulgassem?

Gustavo Barroso, com sagacidade, alvitra que deve ter sido entregue a D. Pedro alguma pranchado Grande Oriente do Brasil, aconselhando-o a assumir aquela atitude. D. Pedro, indócil evoluntarioso, atendeu às recomendações da Maçonaria.

Nem quanto ao grito teria ávido originalidade. Segundo Adelino de Figueiredo Lima, em “NosBastidores do Mistério”, “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” era a denominação de uma das“palestras” da sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, conhecida por“Apostolado”. Sabe-se, hoje, que essa sociedade foi fundada por José Bonifácio. D. Pedro era, como título de Archonte-Rei, o presidente, sendo José Bonifácio, já então Grão-Mestre da Maçonaria,seu lugar-tenente. O “Apostolado”, a que também pertenciam outros maçons ilustres, possuía rituaispróprios, liturgia bastante severa e sinais e palavras de reconhecimento, exprimindo motivospatrióticos, o que evidenciava os fins políticos da sociedade.

A organização se assentava sobre três colunas fundamentais (“Palestras”), que por sua vezorientavam e dirigiam as pequenas assembléias locais (“Decúrias”). As “Palestras” constituíam trêspoderes distintos, correspondendo a primeira (“Independência ou Morte”), à “Alta Venda” dosistema carbonário; a segunda (“Firmeza e Lealdade”), à Cabana”, e a terceira (“Pátria Redimida”),ao que a antiga nomenclatura revolucionária européia chamava “Barraca”. José Bonifácio, queviajou por todos os países onde a “Carbonária” lançara seus tentáculos, deixara-se empolgar pelosistema de organização da poderosa sociedade, mas procurou simplifica-la de acordo com aviabilidade nacionais. Indiscutível, afinal, é que a independência política de nossa terra foi,certamente, assinalada com o FICO, em 9 de janeiro, declarada pela Maçonaria em 20 de agosto econsagrada em 7 de setembro, com o brado do Maçom D. Pedro. Disse-o bem Gustavo Barroso, emsua obra “História Secreta do Brasil”: “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia,cujas raízes prepararam o terreno para isso”.

Uma dezena de tomos e ainda menos o tempo desta sessão seriam insuficientes para registrartodos os fatos que vieram a culminar com a emancipação política do Brasil, em 1822. Desse marcoda História, contenta-nos a possibilidade de rememorar, hoje, a breves toques de buril, emocionantesfeitos de uma plêiade de homens admiráveis, maçons como nós, mas intérpretes sagrados dos ideaisda liberdade, magníficos patriotas, como já, infelizmente, não se vêm mais.

BIBLIOGRAFIAEsta obra dividida em capítulos com o nome de A Maçonaria na Independência do Brasil, foi

escrita por Teixeira Pinto, a quem creditamos toda a nossa alegria em poder postar. UM BEIJONO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/maconaria-e-independencia-do-brasil_08.html

#32

E DEU-SE A LUZ ...

Escrever o que se passou neste último sábado ondeocorreu a Iniciação de cinco profanos, seria muito difícil, até porque, o envolvimento de todos osirmãos, desde o amanhecer deste dia, no lugar marcado que nosso Rito Adonhiramita exige e com osnossos irmãos de Pé e a Ordem, mesmo na chuva que caia desde as 05:30h da manhã, porém, com atranqüilidade e respeito a estes novos iniciados que hoje já estão trilhando na valorosa fileira.

Cito as palavras dos irmãos mais antigos que um já é difícil, imaginem cinco, porém, os trabalhosiniciaram com o revezamento e apoio de todos os irmãos e Mestres, com muita paz e tranqüilidade.

Acho oportuno citar que ao mesmo tempo em que os trabalhos eram passados com rigor,

ficávamos na torcida para que tudo saísse com a máxima tranquilidade e que eles alcançassem oobjetivo tão esperado.

Graças a GADU, contamos com a presença de nosso Sereníssimo Grão Mestre Luiz Mamari, ondenós da Cavaleiros do Templo nº 26 tivemos a honra de poder contar com este maestro de nossaPotência, com sua Luz e Serenidade que lhe é peculiar.

Citamos também as presenças de nossos amados irmãos Suedi Teixeira de Freitas, MestreInstalado e Delegado do Grão Mestrado para o estado de São Paulo e ainda os Veneráveis MestresWilson Carvalho da ARLS LEON DENIS e Nuno Sant’anna da ARLS LEONARDO DA VINCIonde participaram ativamente, em uma verdadeira aula de Maçonaria.

No comando de nossos trabalhos, esteve o nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira, reeleito

para o exercício de 2011, despojando simplicidade e competência em nossa oficina. Por último, fechando com chave de ouro os irmãos que considero a Tropa de Elite do Rito

Adonhiramita da ARLS RESPLANDESCER DA FENIX Nº 25, desde seu Venerável Mestre JairVilhena, os Mestres Antonio Carlos e Honorelino e este último, considero como o "advogado doRito" e prefiro nem mais citar nomes, no receio de falhar com alguns irmãos. Não existem palavraspara estes verdadeiros guerreiros da maçonaria e o sentimento deixado por eles, nos lembravamnaqueles voluntários “Pobres de Deus” no Caminho de Compostela, auxiliando a todos que fazem asdiversas trilhas, com simplicidade, honestidade e acima de tudo, humildade no tratamento com todos,do mais novo ao mais antigo.

Ao meu ver, onde a violência está sendo praticada em todos os lugares, seja em uma praça, emuma igreja ou em um restaurante, enfim, por muitos cantos, encontramos ainda e graças a GADU homens com sentimentos nobres, atuando em nobres causas.

Já ia esquecendo de apresentar os nossos mais novos das fileiras do Grande Arquiteto doUniverso, os irmãos Antonio Bispo, Carlos Coccoli, Daniel Rangel, Marcio Moreira e MarceloManoel. Aos nossos mais novos irmãos, a Família Cavaleiros do Templo nº 26 traduz nas boasvindas com o sucesso nesta nova etapa em suas vidas.

Olha que situação, o nosso mestre Gomes parecendo dançar a dança da... O momento era de

descontração, com os mais novos membros de nossa ARLS Cavaleiros do Templo n º 26,esperando que todos possam olhar a vida de agora em diante, contando com seus irmãos, obreiros daPaz para um mundo melhor.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/escrever-o-que-se-passou-neste-ultimo.html

#33

A SABEDORIA DE HIRAM

Meia-noite em ponto! Mais uma jornada na construção do Templo terminara. Cansado por maisum dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do Ébano para o tão merecido descanso. Eis que,subindo em sua direção, aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz:

– Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor... Hiram com suainfinita sabedoria responde:

– Calma, meu Mestre predileto; antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizestepassar a informação pelas "Três Peneiras da Sabedoria"?

– Peneiras da Sabedoria??? Não me foram mostradas, respondeu o predileto!– Sim... Meu Mestre! Só não te ensinei, porque não era chegado o momento; porém, escuta-me

com atenção: tudo quanto te disserem de outrem, passe antes pelas peneiras da sabedoria e naprimeira, que é a da VERDADE, eu te pergunto: tens certeza de que o que te contaram é realmente averdade? Meio sem jeito, o Mestre respondeu:

– Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram...Hiram continua:– Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na

segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto: é alguma coisa que gostarias quedissessem de ti?

– De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que não!– Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas cruzetas da

terceira e última; e te faço a derradeira pergunta: achas mesmo necessário passar adiante essa estóriasobre teu Irmão e Companheiro?

– Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade...– Então ela acaba de vazar os furos da terceira peneira, perdendo-se na imensa terra. Não sobrou

nada para contar.– Entendi poderoso Mestre Hiram. Doravante somente boas palavras terão caminho em minha

boca.– És agora um Mestre completo. Volta a teu povo e constrói teus Templos, pois terminaste teu

aprendizado. Porém, lembra-te sempre: as abelhas, construtoras do Grande Arquiteto do Universo,nas imundícies dos charcos, buscam apenas flores para suas laboriosas obras, enquanto as nojentasmoscas, buscam em corpos sadios as Chagas e feridas para se manterem vivas.

Texto enviado por nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira

Um beijo no coração de todosPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/sabedoria-de-hiram.html

#34

PORQUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES

Há, basicamente, dois fundamentospara a Maçonaria não aceitar mulheres como membros: 1º - origem Operativa na Ordem, 2º -por ser a Maçonaria um rito solar (masculino).

Origem OperativaA origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na

Idade média. Especificamente, a corporação de pedreiros. A palavra “Maçonaria” em francês,Maçonnerie”, é derivada do francês “maçon”, pedreiro. Ou, como preferem alguns, no inglês“Masonry” (Maçonaria) e “mason”, igualmente, pedreiro.

Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras -eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, de Pontes, de Moradias, etc.os quais, desde a Antigüidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie dearistocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicasde seu ofício, em segredo. Esta fase da Maçonaria é conhecida como Operativa”, porque seusmembros trabalhavam em construções – eram obreiros. Na Idade média havia dois tipos depedreiros: o “rough mason”, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma oupolimento, e o “free mason”, pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta.

A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluídoda maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, amulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes. Ascorporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino):

“As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios

virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendovedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral”. Apesarda Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitira admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo umprincípio antigo. No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito,a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições dassociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural,podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.

Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher naMaçonaria.A Maçonaria, em 1730, na França, criou o movimento da “Maçonaria de Adoção”. AMaçonaria de adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII. Uma Loja de Adoção, era

conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais asmulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos. Tais Lojas foramparticularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoçãodepois da Revolução e que continuou pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina, esposa deNapoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de adoção Santa Carolina. Porém, a Maçonaria,atualmente, conserva a regulamentação - conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciarmulheres.

Ritos Masculinos e Ritos Femininos Grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo

subdividiu-se: alguns tornaram-se herbívoros e outros carnívoros. Esses carnívoros tiveram quelançar-se na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores.Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social.Diferentemente dos lobos, os humanóides não se dispersavam após o ataque e, o grupo caçador eraformado por machos. As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiamparticipar ativamente da perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-sediferenciado. Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação comos companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais - em seus grupos caçadores,exclusivamente formados por machos.

Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, os machos foram alijados desuas funções caçadoras. Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e porassociações masculinas - proporcionando oportunidade para a interação entre machos e paraatividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina. Omesmo não ocorre com as mulheres. esses grupos, associações, preocupam-se com a união entremachos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos - essas entidades exercemum importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicosancestrais.

Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade

essencial -ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenasda necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores.É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, umlanche, etc - o sucedâneo da partilha da comida (caça). Assim, mulheres e homens, geneticamente,possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos. Para a mulher amaternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem a caça, a guerra, a comunhão com a fauna.A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porém, para recriar os ciclos da natureza, o princípio feminino e omasculino juntam-se: diferentes, porém complementares. A Maçonaria reverencia o feminino - seusTemplos, apresentam O Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo. O Sol e a Lua são

símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, suacomplementaridade, o feminino. A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons,trabalham à noite em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deveestar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, querepresenta a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher

é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a natureza do princípio passivo, é reunir e fecundar. Asforças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas. Atualmente, hámaçonarias mistas, mas não regulares. A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita adiversidade entre as energias masculinas e femininas.

Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo como símbolo - símbolo solar, símbolomasculino. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga nos objetos celtas do século IX a. C e, muitoantes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu.Os três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênismais testículos). O sexo em função procriativa - procriação: masculino e feminino. A Maçonaria,mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina.

BIBLIOGRAFIA Martha Follain - Formação em Direito, Neurolingüística, Hipnose,Regressão. Terapia Floral de Bach e Aromaterapia - para animais e humanos.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/porque-maconaria-nao-inicia-mulheres.html

#35

O DIA DE HOJE

Hoje é o dia do abraço. Aquele abraço apertado, dedicado e comprometido com o amor fraternal.Hoje é o dia do fico. Fico com voce, aceito as condições de nossa amizade, aceito em ficar ao seulado como o que voce achar que devo fazer, porém, estar ao lado de um verdadeiro amigo, écompartilhar de um sangue imaginário que nos uni em até a entrada do Oriente. Hoje é o dia dagraça. Dia em que comemoro a graça Divina de mais uma vez nos aproximar, de nos dar a condiçãode sorrirmos ou chorarmos, na certeza em que ambos se perpetuarão em nossa história. Hoje é o diado quero. Eu quero ficar com a narrativa de nossas vidas, que atravessaram décadas na lembrança decada chute, de cada pique, de cada confidências trocadas. Hoje é o dia do ombro. Aquele ombroamigo, que só um verdadeiro irmão pode dar, sem questionar o que fazer e sim como fazer juntos.Hoje é o dia da união. Aquela união, que um verdadeiro amigo pode transmitir, em hora deamargura, que imediatamente é transformada em elo mais forte, justamente para não se romper. Hojeé dia das palavras. Aquelas que quase não dizendo nada, se entendem e por se conhecerem,terminam a frase em um olhar.

Hoje é o dia do irmão. Aquele que antes por ser um velho amigo, lhe encontra, te convida epegando na sua mão te leva em uma Irmandade quase que infinita, mostrando como é bom ter os trespontos da união. Hoje é o dia do aperto de mão. É como se fosse a palavra, sem pensar em nada edos valores materiais que um ou outro possam ter. Hoje é o dia da defesa. O dia que nãoimportando quem ofender um, estará ofendendo o outro, não permitindo que vozes se alterem e lheferem no seu eu. Hoje não pode ser o dia da omissão. Aquele dia em que todos falam o que pensam,sem ter o amigo para ao lado ficar e também defender. Hoje é o dia de realmente ficar em paz epedir a GADU que nos oriente, dando um norte melhor para se viver. Hoje quem sabe, é o dia doadeus, mas pedir a Deus muita Paz, Amor e Compreensão. Isto tudo é porque O DIA DE HOJEse transformou na Igualdade com a Fraternidade e misturado ainda mais com a Liberdade, quededico em eterno T.F.A. para voce.UM ETERNO BEIJO NO SEU CORAÇÃO Yrapoan machado Aprendiz ARLS Cavaleiros do Templo nº 26 Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/o-dia-de-hoje.html

#36

UM LUGAR ENTRE VÓS

A Maçonaria "nada" faz! Quem faz é o obreiro. E se ele assim o desejar. A Maçonaria, com suafilosofia, doutrina, estrutura, enfim, com seu sistema, apenas apoia o processo de mudança a que cadaum se submete. Ilude-se o cidadão que entra na ordem maçônica aguardando dela a ação de educá-lo;existe apenas auto educação. Razão de se afirmar que a Maçonaria não é "reformatório". O maçom jávem pronto, cabe a ele utilizar-se do sistema da Maçonaria para melhorar-se, e isto só é possívelcom árduo trabalho. Na busca por novos, se realmente se desejar que a ordem mude no aspecto dealbergar em suas colunas homens de escol, que façam a diferença, deve-se prospectar por aquelesque já são "maçons" quando profanos. Iniciação é formalidade. Tais homens são imberbes no que dizrespeito aos ritos e a doutrina maçônica; o objetivo é fazer estes homens ainda melhores que já são.O que atua para mudar tais bons homens para melhor? É a convivência com outros homens desemelhante característica e determinação. É da convivência, do constante roçar de uns nos outros emtermos intelectuais e é abordando problemas da sociedade que se propicia a possibilidade deaportarem insight que possam mudar a sociedade pelo desenvolvimento do humanismo. O maçom nãovai mudar os outros homens da sociedade, longe disso, é falácia dizer que o maçom deve voltar paraa sociedade e mudar criaturas brutas e abestalhadas que lá se encontram em resultado de suas lidesmaterialistas, oportunistas e viciadas. O bom homem que adentra às portas do templo vai melhorar asi mesmo; e só! Quanto mais personalidades adentrarem nesta sublime instituição por amizade epoliticagem, em detrimento de qualidades que o revelem "maçom" ainda não iniciado, pior fica oambiente, corrompem-se relacionamentos, situações surgem onde a tolerância é colocada à prova, ahumildade pede descanso e encontra as vezes atirania. O insight da afirmação a respeito do "nada" que a Maçonaria oferece tem por base a conhecidaresposta de Pitágoras momentos após sua iniciação; ele teria dito: - simplesmente nada encontrei! - Eque depois disso partiu em busca do significado deste "nada". É o que o maçom deve fazer naMaçonaria, buscar respostas deste "nada". Ao maçom cabe reunir-se com outros maçons queigualmente buscam escapar por alguns instantes da semana do mundo dos desejos e das ilusões edesenvolver sabedoria. Isto pode ser um excelente exercício discursivo se remanescer apenas noplano das idéias, retórica que nada constrói de prático sem o concurso de exemplos e a influência dogrupo social. O homem, criatura social por excelência, carece da convivência, do elogio, daaprovação, da continua provocação para melhorar-se. O maçom usufrui de convivência, emoção,amizade, para mudar a si mesmo no processo de auto educação onde atua a doutrina maçônica.Muitos se afastam das lojas porque os maçons lá recebidos nada encontram para dar respostas ao"nada" que trazem em si. Encontram "nada" porque a maioria dos que deveriam ser seus iguais,

"nada" portam igualmente e "nada" trocam com ele. Em todo canto encontram-se maçons que comempáfia falam de simbolismo do alto de suas "cátedras" quando sequer entendem o significado docompasso e os sucessivos círculos concêntricos que com ele podem ser produzidos; os infinitospensamentos. Limitam-se os maçons iniciados a repetir rituais automáticos e muito bem ensaiadossem lhes determinar o sentido, a doutrina maçônica. Sentem que participam de associação de amigosque se reúnem para comer macarrão e churrasco, tomar cerveja e verbalizar causos do cotidiano.

Fica pior quando as sessões arrastam-se monótonas e sem gosto, onde fica evidente a perda detempo. Como uma sessão sem atividade intelectual pode corroborar para o desenvolvimento domaçom? Trabalhos são lidos e mal discutidos. Instruções são lidas e não interpretadas passo a passo.Quando surge expoente entre os aprendizes, sua capacidade de participação é desprezada poraqueles que se assenhoraram da verdade absoluta e se consideram donos destas; ou desestimulam oaprendiz com frases de efeito; quando ignoram questionamentos, fazem troça e dizem que ele vaiaprender isto em graus superiores; estes manifestam o "nada" de que são constituídos.

O materialista questiona: - Como nada? Não vê os adornos do templo, ferramentas e estrelas noteto? O maçom torto apenas vê o esquadro e não imagina que aquele significa retidão de proceder;talvez o saiba, mas não o coloca em prática em sua vida e logo o esquece. Porque faz assim? Porquenão era "maçom" antes de ser iniciado. Um ponto de entrada na doutrina maçônica é a capacidade deabstração para converter o simbolismo em raciocínios práticos e os colocar em uso na vida. Paraisto ocorrer com eficiência concorre elevada capacidade espiritual. Não há necessidade de seracadêmico! O simbolismo é simples, mas é preciso pensar, trabalhar e entender. Observa-se que osmelhores maçons são em sua maioria pessoas humildes que debatem com ardor idéias novas sem seferirem. São aqueles que alimentam seus pensamentos com novas idéias de forma permanente, queafiam suas espadas, suas línguas, em exercícios de retórica refinada para convencer seus pares desuas idéias e do que é objeto da sua mais alta aspiração. Que escrevem com denodo e capricho peçasde arquitetura para transmitir com clareza seus pensamentos aos outros. Que permanecem caladosquando percebem que o outro demonstra verdades de outra forma e ótica que a sua Pensar de formaproativa é raro entre os entorpecidos pela preguiça de estudar, pensar e que balbuciam palavrasdesconexas e repetitivas semelhante ao rito. Rito é repetição, pensamento não! E é divertido brincarcom pensamentos! De todas as propostas de iniciação que li em minha loja simbólica, li a maioriadas que remanescem nos arquivos, os maçons iniciados buscam na Maçonaria condição deaperfeiçoamento. A intenção pode estar velada por motivos estritamente materialistas, encontrarprotetores ou ganhar mais dinheiro, mas no papel registraram em sua maioria que desejam melhorar.Outros, no andar da carroça, enquanto as abóboras vão se acomodando, despertam em si os maiselevados sentimentos humanistas. Depois que a curiosidade está alimentada é necessário ingerirnovos alimentos mentais, cada vez mais consistentes, senão desaparece o interesse. Cabeça vazia éoficina do diabo!

Outra falácia imposta pela errônea interpretação e uso de antigos maçons é o que deve sermantido em segredo para o não iniciado. O cidadão bate às portas do templo sem conhecerrudimentos do que o espera - e isto segue adiante nos graus filosóficos. Alguns aguardam darealidade maçônica a consecução de ilusões díspares, inadequadas, absurdas. Maçonaria não éreformatório nem atende às ilusões dos homens nem é remédio para ilusões. É possível criar maisexpectativa por revelar detalhes e comportamentos do maçom, o que é Maçonaria e de como elafunciona, sem revelar segredo algum. Na Grande Loja do Paraná é usual entregar um livreto aopretendente, mas ainda é pouco. Já vivenciei cerimonia de iniciação que mais parece troteuniversitário que reflexão da gravidade e sacralidade do ato de morrer para uma condição anterior.O cidadão é iniciado, mostram-lhe ferramentas e determinam que trabalhe na pedra bruta. Setrabalhar recebe aumento de salário, se não, recebe também. O que se vê com frequencia são peçasde arquitetura toscas, meras cópias de rituais e textos obtidos na Internet e livros de origemduvidosa. É feita a leitura, o vigilante pede aumento de salário e pronto! O maçom ascende um grau.Chega à plenitude da Maçonaria simbólica e nada desenvolveu da doutrina contida nos rituais. Nãoaprendeu a pensar e interpretar a doutrina da Maçonaria. A base é a doutrina o rito a ferramenta.Doutrina exige pensar, rito é repetição mecânica, provocação ao ato de pensar. Os aprendizes nãopensam porque seus pares também não o fazem; não debatem, não analisam, não debulham osmeandros das ideias desenvolvidas ou copiadas pelo irmão. Copiar não é pecado, o erro está em nãopensar e detalhar o que se copiou. E se o oficial resolve endurecer já apontam padrinho e outrosirmãos a demovê-lo de seu intento: - não faça isso, você vai espantar o obreiro. São realidades queconfrontam o novo irmão com o mesmo "nada" que o levou a pedir a luz. É lógico que procuremotivos urgentes para despedir-se.

Qual o motivo dos maçons não oportunizarem o trabalho no campo do pensamento. Preguiça? Ouseria porque trabalho carrega em si conotação de negação do ócio, de castigo? O maçom operativotrabalhava de sol-a-sol em atividade que lhe rendia momentos de êxtase e concretização de belezas,algumas delas constante de arte fútil, mas que rendia prazer. Cada pedreiro preocupava-se com odetalhe que tinha a seu cargo, a pedra que esculpia; dificilmente olhava a obra inteira, mas sabia quetrabalhava na construção de uma catedral; o pedreiro especulativo olha apenas a sua pedra, elemesmo, sem olhar para o resto da sociedade, que é a catedral da qual faz parte. É só olhar paraimagens das catedrais erigidas por aqueles vetustos profissionais para deduzir que a maior partedaquele árduo trabalho era desnecessária, mas era arte; igualmente o especulativo deve desenvolveratividade que lhe dê prazer, arte, diversão pelo pensamento. Dizer para um irmão que ele deveproduzir trabalho intelectual reflete nele com conotação de escravidão, tarefa a ser realizada parasatisfazer necessidades fisiológicas ou atender a exploração do sistema. Muitos não vêem a hora desair do templo, olham o relógio com freqüência, para dirigirem-se ao bar para "tomar umas e outras"e "jogar conversa fora". Não poderiam canalizar este "jogar conversa fora" para debates de temasúteis em direção ao humanismo e assim mesmo desfrutar prazer? O homem de hoje procura prazer

imediato sem ter de investir. Poucos destilam prazer do trabalho. Os objetivos das sessões devem sertais que transformem trabalho em momentos de ócio criativo, assim como explicado por Domenicode Masi e Bertrand Russell. O maçom, o homem de hoje não entende como alguém pode desfrutarprazer no trabalho. O trabalho em loja deve se converter em diversão; deve ser encarado como umimenso playground do pensamento para tornar-se agradável e atrair os irmãos reiteradas vezes àsatividades intelectuais.

Defendo a ideia de transformar as reuniões emencontros prazerosos e ao mesmo tempo edificantes, sem prejudicar o rito. Como descobrir a veiaartística de cada maçom em loja e ao mesmo tempo conduzir as atividades para aprimorar ohumanismo? Temos necessidade de compreender o que existe escondido nos ritos e transformar istoem atividade prazerosa, algo que resulte em satisfação; atividade criadora assemelhada ao trabalhodos antigos pedreiros da guildas. Que as sessões não sejam apenas um amontoado desconexo depalavras e sim prateleira organizada de pensamentos e ideias. Que o "nada" ceda lugar ao desejo departicipar cada vez mais. Que cada sessão fique com aquele gostinho de "quero mais", onde ospróprios debatedores e participantes solicitem prolongamento dos trabalhos com vistas a aumentar oprazer desfrutado para convivência prazerosa na obra do grande templo da sociedade. Desenvolver ogérmen de algo inusitado para preencher o "nada" de cada um deve ser a mola mestra das atividades.Como fazê-lo? É simples, nivele a loja e coloque os irmãos a debater temas onde eles próprios sãoas personagens; onde eles possam solucionar a angústia de preencher o vazio do "nada" que portam ecom isto justificar o dom do livre-arbítrio atribuído pelo Grande Arquiteto do Universo as suascriaturas e com isto dar glória para obra criativa.BIBLIOGRAFIAEsta peça de Arquitetura foi editada pelo Ir.'. Charles Evaldo Boller, parabenizando pelobrilhante trabalho. UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/um-lugar-entre-vos-parte-i.html

#37

PROCURA-SE UM ESCOCÊS

O Rito Escocês Antigo e Aceito ou R.·.E.·.A.·.A.·. é um Rito dentro da Maçonaria, que deriva do

Rito de Heredom e da época da fuga dos Cavaleiros Templários para a Escócia. Ligados ao AntigoTestamento e à lenda de Hiram (lenda base da Maçonaria simbólica), julga-se que alguns dos ritosdescritos eram praticados por outras ordens secretas existentes em França, como os Martinistas, naAlemanha, como os Illuminati ou os Rosa-Cruz, e na Escócia, como os Templários (estes refugiadosnesse país depois da sua perseguição nos Grêmios ou Lojas da classe profissional dos PedreirosLivres aí existentes).

O rito é composto de três graus simbólicos e trinta filosóficos. Existe muita controvérsia sobre a influência templária no R.·.E.·.A.·.A.·., mas os mais atuais

estudos, feitos por Nicola Aslan e José Castellani em seus diversos livros, nos dão conta de que otemplarismo não influenciou o R.·.E.·.A.·.A.·. propriamente dito mas sim ao Rito de Perfeição ou deHeredom, sob a pena de Andrew Ramsay, cavaleiro escocês que protagonizou a criação deste ritoem solo francês, ocasião em que proferiu dois discursos de grande repercussão a respeito do assunto.O Rito de Perfeição ou de Heredom foi por esse motivo o ponto de partida para o R.·.E.·.A.·.A.·.mas este sofreu vastas modificações até se ter tornado no que é hoje. Geridos pelas ObediênciasMaçônicas, cada um dos três primeiros graus apresenta de forma paulatina ensinamentos básicossimbólicos aos iniciados maçons no almejado aprimoramento moral e espiritual. Quando os maçonsatingem o 3.º Grau, diz-se que estão em pleno gozo de suas prerrogativas maçônicas, uma vez queoriginalmente a Grande Loja Unida da Inglaterra trabalhou sucessivamente com dois (Aprendiz eMestre) e depois com três graus que ensinavam a parte da filosofia base da simbólica maçônica. Osgraus referidos como Filosóficos, são graus elevados e em número de trinta, onde a filosofia e amoral são estudadas simbolicamente, em cada grau, com lendas ou mitos a estes associados. Os grauselevados Filosóficos são geridos por vários Supremos Conselhos, que têm como objetivo manter auniformidade mundial dos rituais e dos métodos utilizados. Existe também o Rito Escocês Retificado,também chamado de Rito de Willermoz em alusão ao seu idealizador, Jean Baptiste Willemoz, quetencionava trazer de volta o rito às suas origens templária com fortes ecos no Rito de Perfeição ou deHeredom, do qual deriva o Rito Escocês Antigo e Aceito.

Graus do Rito Escocês Antigo e AceitoSimbólicos ou Tradicionais 1) Aprendiz 2) Companheiro 3) Mestre

Lojas da Perfeição ou Filosóficos 4) Mestre Secreto5) Mestre Perfeito6) Secretário Íntimo ou Mestre por Curiosidade7) Preboste e Juiz ou Mestre Irlandês8) Intendente dos Edifícios ou Mestre em Israel9) Cavaleiro Eleito dos Nove Mestre Eleito dos Nove10) Cavaleiro Eleito dos Quinze ou Ilustre Eleito dos Quinze11) Sublime Cavaleiro dos Doze ou Sublime Cavaleiro Eleito12) Grão-Mestre Arquiteto13) Cavaleiro do Real Arco (de Enoch)14) Grande Eleito da Abóbada Sagrada de Jaime VI ou Grande Escocês da Perfeição ou

Grande Eleito ou Antigo Mestre Perfeito ou Sublime Maçom Capítulos 15) Cavaleiro do Oriente ou da Espada16) Príncipe de Jerusalém (Grande Conselheiro)17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente18) Cavaleiro ou Soberano Príncipe Rosa-Cruz Areópagos 19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês de Jerusalém Celeste 20) Soberano Príncipe

da Maçonaria ou Mestre "ad Vitam" ou Venerável Grão-Mestre de todas as lojas 21)Cavaleiro Prussiano ou Noaquita 22) Cavaleiro Real Machado ou Príncipe do Líbano 23)Chefe do Tabernáculo 24) Príncipe do Tabernáculo 25) Cavaleiro da Serpente De Bronze 26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário 27)Grande Comendador do Templo ouSoberano Comendador do Templo de Salomão 28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto 29) Grande Cavaleiro Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos Cruzados ou Grão-Mestre da Luz 30) Grande Inquisidor, Grande Eleito Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro daÁguia Branca e Negra

Administrativos 31) Grande Juiz Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador 32) Sublime

Cavaleiro do Real Segredo ou Soberano Príncipe da Maçonaria 33) Soberano Grandeinspector-geral.

BIBLIOGRAFIATexto extraido da Wikipédia - Enciclopédia livreUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#38

O PERGAMINHO DE CHINON

EXTERMÍNIOVoltando na época de 1.310, mesmo com a comprovação da igreja da inocência dos templários,

seria impossível restabelecer a credibilidade dos cavaleiros, e não faltou insistência do Rei daFrança em prosseguir com o extermínio da Ordem. Após diversas manobras do rei francês, o papatornou pública a decisão no dia 22 de março de 1.312, que os Templários, embora não condenados,estavam extintos sob o argumento que a Ordem fora difamada demais para continuar.

A igreja com essa atitude lavava as mãos. De acordo com a prática, uma vez definido o destino deum réu, a Igreja o entregava às autoridades para que a pena fosse executada. Nesse caso, osTemplários da França, já estavam nas mãos do rei a muito tempo que passou apenas a cumprir seudesejo.

Os que confessarão novamente as acusações foram submetidos a prisão perpétua, outros menosimportantes ou que nada tinham a confessar foram mandados para mosteiros e lá ficaram pelo restoda vida. Os líderes, incluindo o grão-mestre, tiveram que esperar até o dia 18 de março de 1.314.Naquele dia a sentença foi dada, com base nas confissões anteriores, distorcidas pela coroa francesa,quatro lideres foram condenados a punições cruéis e perpétuas – apodrecer na prisão sem alimentosaté que a morte lenta os libertassem. O Grão-mestre Jacques de Molay e o Mestre da NormandiaGodofredo de Charney, ficaram presos nas masmorras reais durante 7 anos e se recusaram aoencarceramento perpétuo e gritavam com todas as suas forças a inocência dos templários e sua pura esagrada devoção a deus. Foram levados para ilha de Javiaux, pequena ilha no Sena a leste de NotreDame, amarrados em estacas, prestes a serem incendiados vivos. A VINGANÇA DO GRÃO-MESTRE

O único relato ocular registrado, foi de um monge anônimo, que nos diz que ele caminhou para amorte com tranquilidade e dedicação e ao ser envolvido pelas chamas ele jurou vingança e desafiouo Rei e o Papa a enfrentá-lo no tribunal de Deus no prazo de um ano e um dia. Curiosamente, emmenos de 5 semanas, em 20 de abril, o Papa Clemente V morreu e naquele mesmo ano no dia 29 denovembro, decorrente de uma queda de cavalo, o Rei Felipe IV também morreu. Jacques de Molayestava vingado!

OS TEMPLÁRIOS SOBREVIVENTES E A MAÇONARIAFato que diversos países não concordaram com a atitude do Rei da França e não lançaram

campanha para perseguição dos templários. Que se absteve ou prestaram refúgio para os cavaleirosforam Portugal e Escócia. O Rei de Portugal – Dinis – restituiu a Ordem dos Cavaleiros de NossoSenhor Jesus Cristo, que em sua essência eram os templários com outro nome e com outrosinteresses, em específico, passaram a servir os interesses da coroa Portuguesa. Em 1.418 foi

nomeado grão-mestre da ordem o príncipe Henrique, que fundou a escola de navegação de Sagres,quando se deu início as viagens exploratórias. A parte interessante nessa história é as embarcaçõesportuguesas que levavam em suas velas o símbolo dos templários, a cruz vermelha, sendo, portanto,inegável relação entre a nova ordem e os cavaleiros da idade média. A rumores que a Escóciarecebeu a ajuda dos cavaleiros templários na batalha de Bannockburn, que lutava pela independênciaescocesa. Uma tropa de templários invadiu a Inglaterra em momento decisivo e garantiu a vitória aosescoceses. Em gratidão, foram protegidos pela Escócia e foram assimilados a uma nova ordem, a dosmaçons.

Fato absolutamente controvertido entre os estudiosos é a da Capela de Rosslyn, que associa aescócia aos templários e aos maçons. A construção da Capela se deu em 1.456, num lugar de umantigo templo que dizem se tratar de uma cópia arquitetônica perfeita do Templo de Salomão. Osimbolismo e esculturas da capela são surpreendentes, como pilares retratando a cópia exata dacoluna de Boaz, figuras representando o sementes de milho, e em síntese, um lugar que serviu deesconderijo para abrigar os segredos da ordem. CONCLUSÃO

Sem dúvida foi uma ordem extraordinária, começaram pobres, lutando por um causa nobre, numaterra santa, no momento que as três maiores religiões do mundo se voltaram para um único lugar, omonte do templo. De maneira muito rápida, se tornaram ricos e com forte poderio militar. Não sesabe exatamente o porque dessa expansão, mas lá, nas ruínas do templo encontraram algo econcluímos que: em razão das especulações de estudiosos e arqueólogos, forçamos o Vaticano a semanifestar.

O Código Da Vince de Dan Brawn (2003), não foi o primeiro romance a levantar teoriascontrárias ao vaticano, ele apenas sucedeu dezenas de outros autores. Contudo, após o estouro dobest seller em 2003/2004 forçamos a Igreja a se defender. Com a pueril alegação de não tercatalogado seus documentos históricos, do dia para noite encontram o pergaminho de Chinon (2004)– que relata que o Papa Clemente absolveu os templários –, ora é fato que existe muito mistério portraz dos templários, mas também há outros mistérios sob guarda do Vaticano, só basta lutarmos paralivre investigação da verdade que ela se manifestará.

BIBLIOGRAFIATexto extraido da Wikipédia - Enciclopédia Livre

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#39

A HISTÓRIA DO COMPANHEIRO MAÇOM

Doutrinariamente, o grau de Companheiro é o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o obreirojá totalmente formado e aperfeiçoado, profissionalmente. Historicamente, é o grau mais importanteda Franco-Maçonaria, pois sempre representou o ápice da escalada profissional, nas confrarias deartesãos ligados à arte de construir, as quais floresceram na Idade Média e viriam a ser conhecidas,nos tempos mais recentes, sob o rótulo de “Maçonaria Operativa”, ou “Maçonaria de Ofício”. Narealidade, antes do século XVIII havia apenas dois graus reconhecidos na Franco-Maçonaria:Aprendiz e Companheiro. Na época anterior ao desenvolvimento da Maçonaria dos Aceitos ouEspeculativa, o Companheiro era um Aprendiz, que havia servido o tempo necessário como tal ehavia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador qualificado, autorizado a praticar seu ofício.Na Idade Média, quando as construções em pedra eram comissionadas pela Igreja, ou pelos grandesreis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um lucrativo negócio ; ser reconhecido, portanto,como um Companheiro pelos operários era um passaporte seguro para uma participação no negócio epara uma renda praticamente garantida. Graças a isso, os mestres da obra eram escolhidos entre osCompanheiros mais experientes e com maior capacidade de liderança ; e só exerciam as funções dedirigentes dos trabalhos, daí surgindo o Master da Loja, o qual, pelas suas funções e pelo respeitoque merecia de seus obreiros, viria a ser o Worshipful Master - Venerável Mestre - o máximodirigente dos trabalhos. O grau de Mestre Maçom só surgiria em 1723 depois da criação, em 1717,da Primeira Grande Loja, em Londres e só seria implantado a partir de 1738. Por isso, o grau deCompanheiro foi sempre o sustentáculo profissional e doutrinário dos círculos maçônicos, não sejustificando a pouca relevância que alguns maçons dão a ele, considerando-o um simples grauintermediário. Autores existem, inclusive, que afirmam que na fase de transição da Maçonaria, eleera o único grau, do qual se destacaram, para baixo, o grau de Aprendiz, e, para cima, o de Mestre.Na realidade, não pode ser considerado um maçom completo aquele que não conhecer,profundamente, o grau de Companheiro. A palavra Companheiro é de origem latina.

O seu significado tem provocado controvérsias quanto à sua etimologia, pois alguns autores

sustentam que ela seria derivada da preposição cum = com e do verbo ativo e neutro pango (is,panxi, actum, angere) = pregar, cravar, plantar, traçar sobre a cera e no sentido figurado escrever,compor, celebrar, cantar, prometer, contratar, confirmar. Neste caso, especificamente, pango teria osentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que a expressão cum pango que teria dadoorigem à palavra Companheiro signifique com contrato, com promessa, envolvendo um solenecompromisso, que teria orientado as atividades das companhias religiosas e profissionais da IdadeMédia e do período renascentista. A origem mais aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é

derivado da expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o substantivo masculinopão, o que lhe dá o significado de participantes do mesmo pão. Isso dá a idéia de uma convivênciatão íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem do mesmo pão, para oseu nutrimento. Essa origem, evidentemente, deve ser considerada nos idiomas derivados do latim:compañero (castelhano), compagno (italiano), compagnon (francês), companheiro (português). AEnciclopédia Larousse, editada em Paris, por exemplo, registra o seguinte, em relação aos vocábuloscompagnon e compagnonnage: Compagnon - n.m. (du lat. cum = avec, et panis = pain) - Celui queparticipe à la vie, aux occupations d’un autre: compagnon d’études. Membre d’une associationde compagnonnage. Ouvrier. Ouvrier qui travaille pour un entrepreneur (par opos a patron).Compagnonnage - n.m. - Association entre ouvriers d’une même profession à des finsd’instruction professionelle et d’assistence mutuelle. Temps pendant lequel l’ouvrier sortid’apprentissage travaillait comme compagnon chez son patron. Qualité de compagnon.

Ou seja:Companheiro - substantivo masculino (do latim cum = com, e panis = pão) - Aqueleque participa, constantemente, das ocupações do outro: condiscípulo, companheiro de estudos.Membro de uma associação de companheirismo. Operário que trabalha para um empreiteiro.

Companheirismo - substantivo masculino - Associação de trabalhadores de uma mesma profissão,para fins de aperfeiçoamento profissional e de assistência mútua. Tempo durante o qual o operáriosaído do aprendizado trabalhava como companheiro, em casa de seu patrão. Qualidade decompanheiro.

Nos idiomas não latinos, os termos usados têm o mesmo sentido. Em inglês, por exemplo, o

Companheiro, como já foi visto, é o Fellow, que significa camarada, par, equivalente,correligionário, membro de uma sociedade, conselho, companhia, etc. . Daí, temos as palavrasderivadas, como: fellow laborer = companheiro de trabalho; fellow member = colega; fellow partner= sócio; fellow student = condiscípulo; fellow traveler = companheiro de viagem; e fellowship =companheirismo. Não se deve, todavia, confundir o grau de Companheiro Maçom, ou oCompanheirismo maçônico com o Compagnonnage - associações de companheiros - surgido na IdadeMédia, em função direta das atividades da Ordem dos Templários, e existente até hoje, embora semas mesmas finalidades da organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria. OCompagnonnage foi criado porque os templários necessitavam, em suas distantes comendadorias doOriente, de trabalhadores cristãos ; assim organizaram-nos de acordo com a sua própria doutrina,dando-lhes um regulamento, chamado Dever. E esses trabalhadores construíram formidáveis cidadelas no Oriente Médio e, lá, adquiriram os métodos de trabalho herdados da Antigüidade, osquais lhes permitiram construir, no Ocidente, as obras de arte, os edifícios públicos e os templosgóticos, que tanto têm maravilhado, esteticamente, a Humanidade. O Compagnonnage, execrado pelaIgreja, porque tinha sua origem na Ordem dos Templários, esmagada no início do século XIII, porFilipe, o Belo, com a conivência do papa Clemente V, acabaria sendo condenado pela Sorbonne.

Esta, originalmente, era uma Faculdade de Teologia, já que fora fundada em 1257, por Robert deSorbon, capelão de S. Luís, para tornar acessível o estudo da teologia aos estudantes pobres. E acondenação, datada de 14 de março de 1655, contendo um alerta aos Companheiros das organizaçõesde ofício (os maçons operativos), tinha, em relação às práticas do Compagnonnage, o seguinte texto:

“Nós, abaixo assinados, Doutores da Sagrada Faculdade de Teologia de Paris, estimamos:1. Que, em tais práticas, existe pecado de sacrilégio, de impureza e de blasfêmia contra os

mistérios de nossa religião;2. Que o juramento feito, de não revelar essas práticas, mesmo na confissão, não é justo nem

legítimo e não os obriga de maneira alguma ; ao contrário, que eles se obrigam a acusar a simesmos desses pecados e deste juramento na confissão;

3. Que, no caso do mal estar continuar e não possam eles remediá-lo de outra forma, sãoobrigados, em consciência, a declarar essas práticas aos juizes eclesiásticos ; e da mesma forma,se for necessário, aos juizes seculares, que tenham meios de dar remédio;

4. Que os Companheiros que se fazem receber em tal forma assim descrita não podem, semincorrer em pecado mortal, se servir da palavra de passe que possuem, para se fazerreconhecer Companheiros e praticar os maus costumes desse “Companheirismo” ;

5. Que aqueles que estão nesse Companheirismo não estão em segurança de consciência,enquanto estiverem propensos a continuar essas más práticas, às quais deverão renunciar; 6.Que os jovens que não estão nesse “Companheirismo”, não podem neles ingressar sem incorrerem pecado mortal.

Paris, no 14o. dia de março de 1655”. Nada a estranhar! Era a época dos tribunais do Santo Ofício, da “Santa” Inquisição.Para finalizar, é importante salientar que muitos dos símbolos do grau de Companheiro Maçom-os

quais tanto excitam a mente de ocultistas - foram a ele acrescentados já na fase da Maçonaria dosAceitos, pelos adeptos da alquimia oculta, da magia, da cabala, da astrologia e do rosacrucianismo ,já que os obreiros medievais, os verdadeiros operários da construção, nunca adotaram tais símbolos,limitando-se às lendas e aos mitos profissionais. Eram, inclusive, adversários das organizaçõesocultistas, combatidas pela Igreja, à qual eles eram profundamente ligados, pois dela haviam hauridoa arte de construir e mereciam toda a proteção que só o clero católico poderia dar, numa época emque o poder maior era o eclesiástico. Com o incremento do processo de aceitação, a partir dosprimeiros anos do século XVII, as portas das Lojas dos franco-maçons foram sendo abertas não sóaos intelectuais e espíritos lúcidos, que foram responsáveis pelo renascimento europeu, mas,também, a todos os agrupamentos místicos e às seitas existentes na época. Isso iria provocar umaverdadeira revolução nas corporações de ofício e iria começar a delinear a ritualística especulativado grau, baseada em símbolos místicos e nas doutrinas ocultistas, principalmente na Cabala e naAlquimia Oculta.

BIBLIOGRAFIA Do nosso Valoroso Mestre que nos enriquece com suas obras José

Castellani Do livro: “Cartilha do Grau de Companheiro” Editora A Trolha –1998 UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/historia-do-companheiro-macom.html

#40

UM SOLITÁRIO CHAMADO VOLTAIRE

"Não concordo com nenhuma de tuas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito dedizê-las"

Por demonstrar suas virtudes cardeais (Sabedoria, Coragem, Justiça e Temperança),Voltaire foi convidado a ingressar na Maçonaria...

Enciclopédia é o conhecimento universalizado. É uma obra, geralmente, em forma de dicionário,que trata de todos os assuntos de ciência, arte ou, se especializada, de todos os assuntos dedeterminado setor científico ou artístico. Na enciclopédia se expõe, metodicamente, o conjunto dosconhecimentos universais ou específicos de um campo do saber, agrupados em temas ou dispostosem ordem alfabética.

A famosa Enciclopédia Francesa do Século XVIII (que é considerada a primeira), iniciou-se em1751, quando saíram a lume seus dois primeiros volumes, e foi ultimada em 1780, perfazendo 35volumes. Foi um quadro geral dos esforços do intelecto humano em todos os gêneros e em todos osséculos. O enciclopedismo veio combater as idéias pagãs do direito divino dos reis, que justificavamo absolutismo dos tronos; em conseqüência disso surgiu a Revolução Francesa, rasgo grandioso deheroísmo humano. O modo como a Enciclopédia e os Iluministas desenvolveram as idéias às quais aRevolução Francesa dada conseqüência prática, configurou a passagem da postura filosófica àpostura política, patenteando a negação do direito divino da Igreja ao monopólio da verdade, e,conseqüentemente, o direito divino dos governantes ao monopólio do poder. Os primeiros volumesforam proibidos, como ofensivos ao rei e à religião; os jesuítas tentaram continuar a obra, porém nãoconseguiram, retornando aos enciclopedistas.

A publicação permitiu que as novas idéias difundissem-se, não só na Europa, mas em toda a

América, cuja influência, também, se exerceu no Brasil, e, a Inconfidência Mineira (1789) é umgrande exemplo. É tida como obra capital do Iluminismo do Século das Luzes, como ficou conhecidona História o Século XVIII, radiosa época em que o dogma religioso inquestionável foi eclipsadopela crença na razão e na perfectibilidade humanas. Diderot foi o idealizador da Enciclopédia(Encyclopédie ou Dictionnaire Raísonné des Sciences, des Arts et des Métiers), que reuniu 150colaboradores, que passaram a ser chamados de "enciclopedistas", dentre eles D'Alembert,Rousseau, Montesquieu, Turgot e Voltaire. É de Voltaire que vamos falar. Poeta, dramaturgo,historiador, epistológrafo e prosador francês, Voltaire cultivou todos os gêneros: a tragédia, ahistória, o conto, a crítica, a epopéia e sobretudo a filosofia. A sua influência literária e social foienorme tornando-o escritor francês por excelência, claro, límpido, preciso, espirituoso e elegante.Sua obras tornaram-se clássicas, como Brutus, Epístola a Urânio, História de Carlos XII, 0 Templo

do Gosto, Cartas Filosóficas e outras. Mas é Cândido, publicada em 1758, sua obra mais famosa, umconto filosófico onde atacou as opiniões otimistas de sua época, que consideravam o homem comouma criatura que havia alcançado a felicidade e a liberdade. Não obstante, o maior meio depropagação das idéias de Voltaire foi sua extensa correspondência: mais de dez mil cartas, que são,até hoje, leitura fascinante, que, infelizmente, nunca foi inteiramente ou corretamente editada.

A vida de Voltaire é a história dos avanços que as artes devem ao gênio, de poder exercer sobre

as opiniões de seu Século, da longa guerra contra os preconceitos, declarada já em sua juventude emantida até seus últimos momentos. Voltaire nasceu em Paris a 21 de Novembro de 1694, filho deFrançois Arouet, um parisiense notário abastado, e de uma dama de nobre estirpe, Marie MargueriteDaumart. Fez seus primeiros estudos com os jesuítas no Colégio de Clermont, onde se revelou umaluno brilhante, porém, levando a seguir uma juventude dissoluta. Iniciou o curso de direito, mas nãoterminou. Freqüentou a Societé du Temple, de libertinos e livres pensadores. Voltaire, cujoverdadeiro nome era François-Marie Arouet, foi uma das figuras mais evidentes das letras francesasno Século XVIII, e que tomou parte preponderante no enciclopedismo. Em virtude do seutemperamento e idéias revolucionárias, em 16 de Abril de 1717, foi preso na Bastilha pela autoriasuposta de um panfleto contra Luís XIV. Na prisão, aproveita o tempo para escrever a sua primeiratragédia, 0 Édipo, cujo sucesso, abre-lhe a entrada aos meios intelectuais, compôs uma grande partede um poema épico (Henriada), de que é herói Henrique IV, rei de França, e mudou, por algummotivo ignorado, o nome para "Voltaire" (provavelmente anagrama de Arouet leu jeune, segundoThomas CarIyIe (1795-1881). Parece, entretanto, que o nome existiu na família de sua mãe.

Foi Voltaire quem introduziu na França a mecânica de Isaac Newton (1642-1727) e a psicologia

de John Locke (1632-1704), dando começo à Era da Luz. Na França do Século XVIII, onde osintelectuais se achavam em rebelião contra um despotismo antiquado, corrupto e impotente, aInglaterra era considerada como a pátria da liberdade, sendo que eles se achavam predispostos afavor do filósofo inglês Locke, face às suas doutrinas políticas. Na verdade, a filosofia, no SéculoXVIII, estava dominada pelos empiristas britânicos, dos quais Locke, Berkeley e Hume podem serconsiderados os principais representantes. Às vésperas da Revolução Francesa, a influência deLocke, na França, foi reforçada pela de David Hume (1711-1776), um grande filósofo escocês, quevivera algum tempo na França e conhecia, pessoalmente, muitos de seus principais sábios e eruditos.Mas, o principal transmissor da influência inglesa à França, é creditado a Voltaire. E é de Voltaire omaior passo na conquista das liberdades individuais, que lutou contra toda limitação à liberdade depensamento, reconhecendo a todos o direito de manifestar suas idéias. Espirituoso, dotado deinvejável facilidade de escrever, e além disso, excepcionalmente culto, foi Voltaire o autor mais lidoe festejado do seu tempo. Escarneceu com fervor a teoria do "Direito Divino", e, como considerassea Igreja Católica um dos sustentáculos do regime vigente, atacou-a com audaciosa e desabrida

irreverência. A repressão que Voltaire mais odiava era a da tirania organizada pela religião.Explodia a sua indignação contra a "monstruosa crueldade da Igreja", que torturava e queimavahomens bons, honestos e inteligentes, por terem ousado duvidar dos seus dogmas. Combateu,implacavelmente, esse sistema de ortodoxia privilegiada e perseguição, adotando como lema - contraa Igreja Católica - "Écrasez L'infâme, ! " (Esmagara Infâmia !). "L"infâme" era a ortodoxiaprivilegiada e perseguidora, e foi contra ela a grande e verdadeiramente heróica luta de Voltaire.Obrigado a deixar a França, asilou-se em Londres, onde entrou em contato com teorias de váriosfilósofos de vanguarda da Inglaterra, principalmente Locke. Retoma à França empenhando-se nadivulgação das idéias dos filósofos ingleses. Graças a seu estilo eminentemente vivo e atraente e àsua ironia, conseguiu criar, em inúmeros espíritos, um sentimento de profundo desprezo pelasinstituições e crenças até então dominantes, tendo sido o mais violento destruidor da estruturatradicional da Europa.

Quisessem-no ou não os governantes, Voltaire, representava o espírito francês no que tinha de

mais vivo e de mais ousado. Vinte e cinco anos antes da Tomada da Bastilha, Voltaire foi o profetade uma revolução inevitável'. As mudanças vieram com algumas vias imprevistas da Revolução, que,infelizmente, ao radicalizar-se, afastou-se da moderação voltairiana. Teria, certamente, condenado asviolências, adotadas pelo movimento, cujo preparo contribuiu como ninguém. Como Rousseau,Diderot e Montesquieu, ele trouxe a palavra revolução para a filosofia política. Foi admitido naAcademia Francesa em 1746. Por demonstrar suas virtudes cardeais (Sabedoria, Coragem, Justiça eTemperança), Voltaire foi convidado a ingressar na Maçonaria, e, sua passagem pela Sublime Ordemé tida como inusitada. Muitos contestam, quanto à validade da sua iniciação, face ao seu espírito,sistematicamente, céptico e da sua irreligiosidade arraigada. Odiava a Igreja Católica e todas asformas de intolerância. Não foi ateu, como muitos pensam, mas um deísta, embora alegando oargumento de que Deus, se não existisse, deveria ser inventado para refrear os mais instintos dasmassas do povo. Já há algum tempo se esperava o seu ingresso na Arte Real, pois era em Lojas deFranco-Maçonaria onde as distinções de classes não importavam e a ideologia do Iluminismo erapropagada com um desinteressado denodo. Os Maçons, que condenavam todo e qualquer dogmatismoeclesiástico, não obstante aceitar o Grande Arquiteto do Universo, encontravam francacorrespondência nos filósofos. A doutrina moral dos Maçons estava completamente de acordo comos princípios das Luzes. A Liberdade, a Igualdade e em seguida a Fraternidade de todos os homens,slogans criados por Antoine-François Momoro (1756-1794), que os escrevia nos edifícios públicos,(mas que alguns creditam ao filósofo Louis-Claude Saint Martins 1743-1803), eram o brado nointerior dos Templos. No devido tempo se tomaram os slogans da Revolução Francesa. A iniciaçãode Voltaire prendeu, por muito tempo, as atenções de todo o universo Maçônico.

No dia da sua iniciação, Voltaire beirava os 84 anos. Na cerimônia estavam presentes

representantes da Imperatriz Catarina, da Rússia, e do Rei Frederico 11, Imperador da Prússia.Havia embaixadores de vários países, como Inglaterra, Itália, e o famoso Benjamim Franklinrepresentando o Novo Mundo, que acompanhou Court de Gebelin, o proponente do candidato para aLoja Neuf Soeurs (Nove Irmãs), ao Oriente de Paris. A Loja Neuf Soeurs, fundada em 9 de Julho de1976, era célebre porque quase todos os grandes escritores do Século XVIII fizeram parte dela,como Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond D'Alembert. O ritual ocupava um lugarpreponderante nas cerimônias, que eram longas, de uma sábia cronologia, lentas, entrecortadas dehomilias morais com laivos de filosofia. Falava-se de tudo e as suas sessões se prolongavam atétarde da noite. Era 7 de Abril de 1778. O Templo estava completamente tomado, com vários Irmãosde grande destaque nas ciências, letras, e na política, dentre os quais os príncipes Emmanel Salus eCamille Rohan, o sábio abade Tingue e o doutor Guillotin. O Venerável Mestre era o grandeastrônomo Joseph Jerôme Lefrançois de Lalande (1732-1807). Nessa memorável noite, e com o maisseleto auditório de todos quantos até ali se haviam reunido numa Loja Maçônica de França, Voltaire,pelo braço dos seus proponentes, deu entrada no recinto sob uma chuva de frenéticos aplausos.Sentou-se numa grande cadeira de espaldar colocada no centro do Templo. Não lhe colocaramvendas nos olhos e nem, tampouco, o submeteram às provas físicas, que a cerimônia exigia. Foilevado em consideração a sua idade provecta de oitenta e quatro anos, apesar do candidato estar empleno uso de todas as suas faculdades e, ainda, ágil em seus movimentos. A fama de Voltairecontribuiu para isso, e, todo o corpo Maçônico presente se encheu de orgulho.

O próprio Lalande recebeu Voltaire, que, muito emocionado, dissertou sobre a grande honra queestava tendo ao recebê-lo naquele Augusto Cenáculo, proferindo palavras sacramentais queconsagravam o candidato não apenas como um Aprendiz da Arte Real, mas um verdadeiro Mestre naplenitude de todos os direitos Maçônicos, como já o era em todos os ramos do saber humano. Emseguida os embaixadores da Imperatriz Catarina e do Rei Frederico 11 fizeram suas manifestações dejúbilo. O abade Cordier de Saint- fez um discurso brilhante: "Queridíssimo Irmão," ~ diz ele aVoltaire - "éreis Maçom antes mesmo de receberdes a característica, e, haveis preenchido os deveresantes de contrairdes sua obrigação entre nossas mãos! " Seguiram-se as de Laplace, Lamarck, e, porúltimo, a de Diderot que falou em nome do espírito moderno da França e que era, afinal, o espírito daprópria Enciclopédia. Quando Voltaire se posicionou para usar da palavra fez-se silêncio absoluto!Falou de improviso durante duas horas. A torrente das suas palavras, vezes irônicas, outrasproféticas, regurgitava como lavas de um vulcão visto de longe, mas sentido de perto pelo calor quetransmitia e se desenvolvia na assistência, alertando as consciências e pondo as almas ao rubro. Odiscurso de Voltaire foi encarado como o mais completo laboratório de idéias inovadoras, e, como aEnciclopédia, minara a rocha do despotismo figurada pelo absolutismo do trono e pela tirania daIgreja. As frases mais candentes eram como setas ervadas que dando volta ao Templo saiam depois

em busca dos grandes alvos. A cerimônia se transformou numa brilhante festa Maçônica, ondeVoltaire, numa assombrosa velocidade, respondeu à todas as perguntas que lhe foram dirigidas,empolgando todos os presentes. A iniciação de Voltaire foi o morrão impiedoso que provocou amaior explosão da História da Humanidade.

O segredo da iniciação acabou transpirando e o trono estremecera ! Luiz XVI sentira que a

presença dos representantes de Catarina e Frederico 11 fora um sintoma arrasador. Mas, quis oGrande Arquiteto do Universo , que cinqüenta e quatro dias da sua Iniciação, Voltaire morresse. Oclero romano, através do cura de sua paróquia, recusou-lhe sepultura cristã; o governo proibiu aimprensa de publicar artigos sobre sua personalidade; os teatros foram proibidos de representar suasobras; e, a Academia não lhe concedeu as merecidas honras. Somente a Loja Neuf Soeurs,transtornada com a intransigência eclesiástica, celebrou uma manifestação pública em que lhe foramprestadas todas as honras fúnebres. Para prevenir qualquer ação da Igreja, seu corpo foiembalsamado e transferido, secretamente, para a abadia de Scellières, na Champanhe. Em 1791 suascinzas foram transferidas, solenemente, para o Panteão. Voltaire, a quem podia faltar um sistema deidéias ou uma doutrina política, mas não faltava o senso de justiça, bateu-se contra vários abusosjudiciais que ficaram famosos. Não exerceu, somente, uma espécie de soberania literária, mas reinou,também, sobre a opinião pública de maneira quase absoluta, sendo procurado por todos os quesofriam com a intolerância, o fanatismo e as injustiças sociais. Aliás, acrescente-se, sua obra, emcerto sentido, é menos importante literária ou ideologicamente do que do ponto de vista histórico;por ter escrito o que escreveu no momento em que o escreveu, por ter tido as suas idéias na época emque as teve, é que Voltaire, constitui um dos cimos do pensamento humano e uma das glórias maisindiscutíveis na história da inteligência.

Como filósofo, foi o porta-voz dos Iluministas, em tomo dos quais se congregaram os adversáriosdo Romantismo, e, como tal, se estendeu até o povo, porém, foi mais admirado do que conhecido.Acima de tudo, entretanto, ele foi um escritor, isto é, um homem cuja biografia é a história dos seuslivros, e que fez da palavra escrita o instrumento por excelência da reforma social. Suapersonalidade e talento como escritor deram-lhe uma influência penetrante em seu tempo,freqüentemente chamado "época de Voltaire". Voltaire foi o soberano intelectual do seu século e éuma das maiores personalidades da Humanidade ! No dia em que nos esquecermos de honrarVoltaire, não seremos mais dignos da liberdade...

... E Voltaire foi um Maçom Ir.'. E. Figueiredo ARLS Pentalpha Paulista - 208 Or.'. de SãoPaulo - SP Pertence ao CERA T - Clube Epistolar Real Arco do Templo Integra o GEIA -Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas Bibliografia:

Alencar Renato - Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico Boucher, Jules - A SimbólicaMaçônica Durant Will -A História da Filosofia Hobsbawm - 1789-1848 Jacq, Christian - AFranco-Maçonaria Lima, Adelino Figueiredo - Nos Bastidores do Mistério... Maurois, André - 0

Pensamento Vivo de Voltaire Mellor, AJec - Dicionário da Franco-Maçonaria Russel, Bertrand- Filosofia Moderna Tourret, Fernand - Chaves da Franco-Maçonaria A Revolução Francesa -Edição lstoé Senhor Dicionário Enciclopédico Brasileiro - Editora Globo Enciclopédia BarsaGrande Enciclopédia Larousse Cultural - Nova Cultural Revista ASTRÉA nº 3 - Março de1927 UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOIRMÃO VOLTAIRE Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/um-solitario-chamado-voltaire.html

#41

A MAÇONARIA NA TERRA SANTA

Vivendo em Israel há cinquenta anos, Leon Zeldis, Cônsul Honorário do Chile em Tel Aviv, jáocupou o mais alto cargo da Maçonaria israelense. Ele assinala que não existe impedimento entre oJudaísmo e a Maçonaria. E mais: rabinos e hazanim (oficiantes cantores das sinagogas) pertencem aOrdem, e na cidade de Eilat, no extremo sul do país, na fronteira com o Egito, uma loja maçônicachegou a funcionar em uma sala da Yeshivah (escola religiosa para formação de rabinos). “AMaçonaria Israelense é um exemplo de convivência e tolerância”, destaca Zeldis. “O queprocuramos mostrar é que é possível conviver, judeus, árabes e cristãos, como irmãos.” Existemvárias maneiras de ajudar ao próximo. Ser maçom é uma delas. Para Leon Zeldis Mandel, 80 anos,título de “Grão-Mestre, Soberano Grande Comendador, Grau 33”, a Maçonaria não melhora omundo, mas os maçons, sim. Nascido na Argentina, Zeldis viveu no Chile, formou-se engenheirotêxtil nos Estados Unidos e fundou, em 1970, a primeira loja maçônica de Israel de língua espanhola.Escritor, poeta e conferencista, é autor de 15 livros e de mais de 150 artigos e ensaios publicados emdiversos idiomas. Seus livros, "As Pedreiras de Salomão", "Estudos Maçônicos" e "Antigas Letras"foram traduzidos para o português. Também é membro honorário da Academia Maçônica de Letrasde Pernambuco. Residindo em Israel desde 1960, Zeldis foi presidente do Supremo Conselho do RitoEscocês Antigo de Israel. Suas atividades como conferencista e profundo conhecedor da história daMaçonaria o levaram às principais cidades da Europa e do continente americano. No Brasilparticipou do Congresso Internacional de História e Geografia Maçônica, realizada em Goiana(1995). Foi distinguido como membro honorário dos Supremos Conselhos da Turquia, Itália, Françae Argentina. Com dois mil membros, a Maçonaria em Israel foi oficializada em 1953, mas desde oséculo XIX os maçons estão na Terra Santa. Em 1873 foi instalada a primeira loja regular emJerusalém. Depois, em 1890, outra loja foi constituída em Jaffa. Atualmente, setenta lojas funcionamem Israel, desde Naharía, ao norte, até Eilat, com um número apreciável de irmãos árabes (cristãos emuçulmanos), funcionando em seis idiomas, além do hebraico e do árabe. Em 2007 mantive contatocom Zeldis que falou um pouco mais sobre a Maçonaria e os judeus. A Maçonaria existe desde ostempos de Moisés ou é ainda mais antiga?

As lendas maçônicas estão baseadas na época da construção do Templo de Jerusalém pelo reiSalomão e depois na sua reconstrução pelos judeus que regressaram do exílio da Babilônia. Mas,para a Maçonaria, tudo isso não passa de histórias mitológicas. O certo é que existiram na Europaassociações de construtores medievais (maçons operativos) e somente no século XVII começaram aingressar nas lojas pessoas que não eram trabalhadores de construção. Finalmente, no início doséculo XVIII as lojas já eram totalmente simbólicas (maçons especulativos). Depois da fundação daprimeira Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, a Maçonaria Simbólica e Especulativa se

propagou rapidamente pela Europa e por todos os países onde existia a liberdade de consciência.Quais sãos as principais atividades sociais e humanitárias das lojas?A Grande Loja realiza diversas obras de beneficência, mas, além disso, cada loja se preocupa em

fazer trabalhos que sejam bons para a comunidade. Minha loja, “La Fraternidad 62”, de Tel Aviv(que trabalha em espanhol), nos últimos anos tem enviado material médico a hospitais, bicicletas ameninos etíopes e também fez uma importante doação para uma instituição que cuida de crianças comproblemas familiares. A Ordem também financia bolsas de estudos para estudantes pobres e prestaajuda a instituições de assistência aos cegos, entre outras ações. Em geral, a Maçonaria é poucoconhecida em Israel, porque as nossas atividades beneficentes são feitas com discrição, sempublicidade. Todavia, personalidades importantes da sociedade israelense são ou foram, no passado,maçons, incluindo aí juizes, médicos, prefeitos e outros. O fundador da escola agrícola Mikveh Israel(a primeira escola agrícola judaica moderna implantada na terra de Israel, em 1870), Carl Netter, eramaçom, assim como também foram o prefeito de Haifa, Shabetay Levy ( trabalhou para o Barão deRothschild e foi prefeito de Haifa entre os anos de 1940 a 1951) e Itamar Ben Avi (jornalista eescritor, ajudou a concluir o Dicionário da Língua Hebraica). Todos são nomes de ruas em Israel.Não existe nenhum impedimento entre o Judaísmo e a Maçonaria. Nós temos na Ordem rabinos ehazanim, e o ex-Grão Rabino do país, Israel Lau (sobrevivente do campo de concentração deBuchenwald), apesar de não ser maçom, assiste as nossas festividades e realiza conferências emnossas lojas. Em Eilat, durante algum tempo, a loja funcionou em uma sala da Yeshivah local. Orabino também era maçom. Na história recente, os Rabinos Chefes da Inglaterra e da África do Suleram ambos maçons.

A Maçonaria israelense – seguindo a tradição das lojas da Inglaterra e da Escócia - não temnenhuma interferência na política. O que procuramos demonstrar é que é possível conviver em paz,árabes e judeus, tratando-se com afeto, como irmãos. Qual é a importância da cidade de Jerusalém naMaçonaria? A cidade de Jerusalém e seu Templo têm um papel central nas tradições maçônicas. Nasescavações realizadas nas bases do muro ocidental, o arqueólogo Warren descobriu uma sala queacreditava ser um templo maçônico. Outros arqueólogos têm contestado esta suposição, porém o fatoé que no centro da sala existe uma coluna de mármore branca que não chega ao teto, ou seja, não temnenhum propósito estrutural. Quando Warren explorou este recinto, havia duas colunas, como nostemplos maçônicos (o inglês Charles Warren conduziu importantes escavações em Jerusalém, entre1867 a 1870).

A Maçonaria ajudou na Independência de Israel? Existem certos aspectos dos Essênios, como o processo de ingresso e a ordem nas reuniões, que

guardam algumas semelhanças com a Maçonaria, mas não existe nenhuma relação direta. Quase todasas palavras de acesso e chaves secretas da Maçonaria são palavras hebraicas. Além disso, a relaçãocom o Templo de Jerusalém é fundamental na Maçonaria. No entanto, é preciso dizer claramente que

a Maçonaria não é uma religião e não está ligada ao Judaísmo, a não ser por tradições que eu jámencionei e o uso de palavras hebraicas. Como a Maçonaria avalia as campanhas transnacionaisanti-Israel por parte da mídia e ONGs de todos os tipos? A ignorância e o preconceito são difíceisde combater quando são financiados por inimigos do progresso e da democracia. O exemplo maiscontundente de ignorância e fanatismo cego é o constante uso do “Protocolos dos Sábios de Sião”para atacar tanto o Judaísmo como a Maçonaria, apesar de que faz mais de um século que sedemonstrou de forma indiscutível de que se trata de uma fantasia anti-semita, baseada em um livro deum escritor francês (Joly) e de um novelista alemão (Goedsche), escrita por um agente da Okrana(polícia secreta do Czar), em Paris. Não importa quantas vezes se tem demonstrado a falsidade dolivro, mesmo assim ele vem sendo publicado nos países árabes e em outras partes do mundo. Não háoutro remédio do que seguir contestando as mentiras - com a esperança de que a verdade finalmentetriunfe – e educando as novas gerações nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.Desafios do Século XXI

Em seu livro “Antigas Letras”, Zeldis defende alguns aspectos que devem mobilizar a atenção daMaçonaria no século XXI, no tocante a sua importante função na sociedade contemporânea. A ênfasena educação (laica e maçônica) é vital, segundo Zeldis, para melhorar a sociedade e o indivíduo. “Aimportância da educação está precisamente em adquirir a capacidade de julgar, categorizar,classificar e avaliar a qualidade da informação recebida, não somente pelo seu conteúdo textual, mastambém do ponto de vista ético e teleológico.” A simples transferência de informações pode seconstituir, na maioria das vezes, em um armazenamento de conhecimentos que oprime e sobrecarregao ser humano, impedindo-o de analisar e refletir sobre o essencial, escreve Zeldis. E cita o filósofoalemão Friedrich Krause (1781-1832), para quem a educação é algo que a grande parte das pessoasrecebe, muitos transmitem, mas muito poucos têm. “O que equivale a dizer que muitíssimas pessoassabem ler, porém são incapazes de reconhecer o que vale a pena ler”, conclui o autor. Elaboradapela loja São Paulo 43 – fundada em 1945 e que desenvolve importantes projetos na área social - alistagem relacionando os maçons ilustres de vários países inclui o nosso entrevistado, o portenhoLeon Zeldis, nesse grupo seleto de pessoas que “fizeram da virtude a sua principal causa na vida.”Ao lado de José de San Martin, libertador da Argentina, Chile e Peru. Entre os brasileiros, destacam-se os maçons Rui Barbosa, D.Pedro I, Padre Diogo Antônio Feijó, Deodoro da Fonseca, Luiz Alvesde Lima e Silva (Duque de Caxias), José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco), CarlosGomes, Epitácio Pessoa, José do Patrocínio, Benjamim Constant, Casimiro de Abreu, JoaquimRabelo e Caneca (Frei Caneca), Oswaldo Aranha, Nelson Carneiro e Evaristo de Morais. Emrelação aos maçons de Israel, dois nomes são listados: Menachem Begin e Itzhak Rabin, ambosprimeiros-ministros e ganhadores do Prêmio Nobel da Paz (1978 e 1994). O rei Talal Hussein, daJordânia, e Abd El-Kader, fundador do estado da Argélia, são os maçons ilustres dos paísesárabes.

O Museu do Holocausto, em Washington (United States Holocaust Memorial Museum),

inaugurado em 1993 com a finalidade de preservar a memória do mais trágico momento vivido pelahumanidade no século XX, coloca à disposição dos visitantes documentos e fotos que contam ahistória da Maçonaria sob o regime nazista da Alemanha. A perseguição teve início em 1933, quandoo governo alemão emitiu decreto visando a dissolução voluntária das “lojas”. Um ano depois,aquelas que ainda não tinham sido fechadas, foram forçadas pela Gestapo (polícia secreta do partidonazista) a encerrar as suas atividades. Ainda em 1934, outro decreto definia a Maçonaria como“hostil ao Estado” e ilegal. Apertando o cerco, o serviço de segurança das SS (polícia nazista),comandado por Reinhard Heydrich, criou um setor especial – a Seção 2/111 – voltado para aaniquilação da Maçonaria e de seus membros. Uma campanha difamatória ligando os maçons ateorias conspiratórias se estendeu por todos os países da Europa sob o domínio da AlemanhaNazista. Em 1940, a França ocupada declarou os maçons inimigos do Estado, pondo a polícia paravigiá-los e prendê-los, e emitindo cartões de identificação semelhantes à estrela amarela dos judeus.

É difícil saber o número exato de maçons mortos em campos de concentração, porque muitos

foram arrolados como opositores ao governo ou associados aos focos de resistência ao nazismo nospaíses invadidos. Atualmente, calcula-se que existem 6 milhões de maçons em 164 países (58% nosEstados Unidos), sendo que o Brasil congrega, aproximadamente, 150 mil distribuídos em 4.700“lojas” de um total de 9 mil instaladas em toda a América do Sul.

Peça de Arquitetura enviada por nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/maconaria-na-terra-santa.html

#42

OS INCONFIDENTES - PARTE I

A Maçonaria na Inconfidência Mineira, está muito bem assinalada na História do Brasil. Em1789, a Maçonaria, unida, partiu para as lutas pela independência do Brasil, à custa do sacrifício daprópria vida dos seus Obreiros. Os obreiros de HIRAN, face às bulas da Igreja e ao ato proibitóriode D. João V, passaram a trabalhar clandestinamente. Assim tanto os Maçons, quanto os Conjuradospassaram a realizar suas reuniões ou assembléias nas casas de uns e de outros. A 1ª reunião dosConjurados (conspiradores), aconteceu na residência do Tem. Cel. Paula Freire, em fins de 1788, e aele se juntaram outros conspiradores, dentre os quais TIRADENTES. Os pesquisadores mineiros, DrSílvio Carneiro e Professora Dorália Galesso, divulgaram o resultado de pesquisa que realizaramsobre a origem da expressão “UAI” incorporada ao vocabulário quotidiano Mineiro. “OsInconfidentes Mineiros, mas subversivos para a Coroa Portuguesa, se comunicavam através deSenha, para se protegerem. Como conspiravam em porões e sendo quase todos maçons, recebiam oscompanheiros com as batidas clássicas da Maçonaria, nas portas dos esconderijos. Lá de dentro,perguntavam: Quem é ?, e os de fora respondiam: UAI – as inicias de UNIÃO, AMOR eINDEPENDÊNCIA. Só mediante o uso dessa senha, palavra de passe a porta era aberta ao visitante.A Maçonaria sendo uma instituição sigilosa passou a coordenar as ações dos conspiradores. Estefato foi muito importante nos convites aos cidadãos para sua iniciação na instituição Maçônica,principalmente dentre os Conspiradores.O Encontro de TIRADENTES com o Dr. Maciel

TIRADENTES era muito conhecido em Minas e no Rio de Janeiro, devido à sua habilidadeodontologia e de tratar enfermos, e sem dúvida, devido à sua personalidade, de alguém com todas ascaracterísticas e ressentimentos de um revolucionário.Em licença no Rio de Janeiro, em 1787, TIRADENTES reuniu-se com o Dr. José Álvares Maciel –Maçom, recém chegado da Europa, Padre Rolim e com o Cel. Joaquim Silvério dos Reis, e juntoselaboraram os primeiros planos da Conjura.

O Reconhecimento de TIRADENTES como “irmão”Ao retornar a Minas em agosto de 1788, TIRADENTES apresentou-se ao Coronel Francisco de

Paula Freire, cumprimentando-o, e este, que sabidamente não tinha simpatia pelo Alferes, de quemmantinha distância; mudou o tratamento completamente, quando TIRADENTES, participou-lhe quehavia sido iniciado nos mistérios da instituição Maçônica, identificando-se com tal. Esta revelaçãofoi sem dúvida reconhecida pelo Coronel Francisco de Paula Freire, Maçonicamente.TIRADENTES, deve ter lhe apresentado o certificado lavrado pelo irmão Maciel. Naclandestinidade, com as Lojas fechadas, as iniciações não ocorriam na forma usual e regular, comohoje. A História Antiga da Maçonaria, revela que, na clandestinidade as Iniciações eram “Por

Comunicação”, como ainda hoje há nos graus Filosóficos.Exemplo de “Iniciação por Comunicação”Nesta oportunidade, apresento um exemplo surpreendentemente revelador de uma Iniciação Por

Comunicação, com certificado lavrado no ato, e que faz parte do registro histórico da Mui ExcelsaLoja Centenária “Rocha Negra” – Diz o certificado: “ Certifico que, atendendo às boas qualidades erequisitos necessários, que concorrem na pessoa do Profano TOMÁS FERREIRA VALE, natural daFreguesia da Encruzilhada, Bispado do Rio de Janeiro, idade 39 anos, Religião Católica, Apostólica,Romana e em Virtude do meu Sublime Grau e dos poderes que me acho investido pelo GrandeOriente Brasileiro. O iniciei Aprendiz Maçom; devendo dar a jóia d’entrada na Loja em que sehouver de filiar. Em fé do que, lhe dei o presente certificado; e para que este não possa servir senãoao dito Irmão Vale, fiz-lhe assinar seu nome à margem – Ne Varietur – Rogo portanto a todos oscaríssimos irmãos o reconheçam por tal, e lhe prestem tudo quanto nos assegura nossa amada erespeitável ordem. Dado no remanso da Paz, em lugar vedado às vistas dos profanos, em SãoGabriel, República Riograndense, aos três dias do 4º mês do Ano da Verdadeira Luz de 5.639.

José Mariano de Matos Tomás Ferreira Vale, Aprendiz Maçom.Como vimos, havia a preocupação para que tal ato fosse realizado no “Remanso da Paz, em lugar

vedado às vistas dos profanos”, por um Mestre Maçom; como é hoje, só que, devidamente autorizadopela Potência, e em Templo de Loja Regular, devidamente Constituída, e em Sessão Magnaconvocada para tal.

A Continuidade dos Trabalhos MaçônicosOs Maçons, na medida que , para dar continuidade o trabalho que haviam aprendido em outras

lugares, onde existiam Lojas, necessitavam fundar uma oficina Maçônica para continuar ativos dessaforma registra-se a fundação de uma Loja:

”Fraternalmente reunidos no remanso daPaz, em lugar vedado a profanos os Maçons Regulares e competentemente munidos de seusDiplomas – resolveram trabalhar numa Loja provisória com o título distintivo, que trabalhará noR\E\A\A\ sob os auspícios do Grande Oriente Unido do Brasil, e elegeu para Venerável oResptb Ir...; e para os demais cargos, os irmãos; resolveu-se impetrar da respectiva GrandeOficina a sua regularização”. Este caso é apresentado porque, na clandestinidade, muitas Lojasforam estabelecidas em Salões de Residências, para só, muito tempo depois mudarem para TemplosMaçônicos, após a sagração por um Grão Mestre. Por exemplo, em São Paulo, como existiam muitosMaçons, e não existiam Lojas, em 13 de março de 1832, o estudante de Direito, José Augusto Gomesde Menezes (Ir\Badaró), junto com alguns Maçons, devidamente autorizados, fundaram a Loja“Amizade” que por algum tempo, desde a fundação funcionou na residência do Ir\Badaró; podendoiniciar profanos. Somente em 04/01/1873 é que a Loja “Amizade” inaugura o seu Templo definitivo,onde está até hoje, à Rua Tabatinguera. Esta Loja Mãe tornou-se o centro da Maçonaria paulista.

TIRADENTES encontra comerciantes Luso-Brasileiros

Em 1776 – As Monarquias e Colônias estremecem sob o impacto da independência das 13colônias inglesas na América. Nesta época, na cidade do Rio de Janeiro os comerciantes Luso-Brasileiros, Maçons João Rodrigues de Macedo e Antônio Ribeiro de Avelar, conheceramTIRADENTES; e com ele passaram a conspirar; nesta oportunidade, também encarregaram algunsestudantes Brasileiros de Coimbra – Portugal, e Montpelier – França, de fazerem contatos comrepresentantes de potência estrangeiras.

Homenagem aos Incontinentes Mineiros

Em Belo Horizonte, há um grande monumento na Praça Ruy Barbosa: ali estão os nomes doscondenados e do escravo Nicolau (que acompanhou Domingos de Abreu Vieira no degredo). É umahomenagem do Povo mineiro aos Inconfidentes.Para uma melhor compreensão do irmão e leitor, fareium resumo da vida de cada Inconfidente.

MILITARES:1) Ten. Cel. Francisco de Paula Freire de Andrada – comandante do Regimento de CavalariaPaga(regular), em 1789 tinha 33 anos. Sua casa em Vila Rica com o tempo transformou-se no centrode reuniões intelectuais; sua casa ainda está de pé; é um sobrado em cujo segundo andar há doissalões.2) Ten. Cel. Francisco Antônio Rebelo – Português, com 29 anos. Era Ajudante de Ordens doGovernador de Minas.3) Ten. Cel. Francisco Manoel da Silva e Mello – servia no Regimento deArtilharia do Rio de Janeiro; era amicíssimo do Alferes Tiradentes.4) Sargento–mor Pedro AfonsoGalvão de São Martinho – Português, era o Subcomandante do Regimento de Cavalaria de Minas.5)Capitão Maximiniano de Oliveira Leite - comandante do Destacamento do Caminho do Rio deJaneiro.6) Capitão Manoel da Silva Brandão – servia no Regimento da Vila Rica sob o comando doTem. Cel. Paula Freire; era figura militar chave na conspiração, comandava o Destacamento sediadona Vila do Tejuco.7) Capitão Antônio José de Araújo – aliciado por Tiradentes, teve participaçãodiscreta.8) Capitão Manoel Joaquim de Sá Pinto do Rego Fortes – servia no Regimento deVoluntários Reais de São Paulo. Era amigo de Tiradentes a mais de sete anos.9) Ten. José Antôniode Melo – era colega de Tiradentes no Regimento de Cavalaria de Minas.

10) Ten. Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira – era do Regimento de Cavalaria de Minas,colega de Tiradentes.

11) Alferes Joaquim José da Silva Xavier – TIRADENTES, é o maior herói nacional, jáconsagrado pelo apoio popular e por lei, considerado o Protomártir, o maior dentre todos os mártiresdo processo brasileiro de independência. Primeiro Mártir Maçom Brasileiro, publicamentereconhecido a dar sua vida pela causa da liberdade da sua pátria. Nasceu na Fazenda do Pombal,propriedade de seu pai, situada na Vila de São João Del-Rei, em 1746. Mantinha laços de amizadecom os comerciantes Antônio Ribeiro de Avelar e João Rodrigues de Macedo, em razão do papel daSociedade Política Secreta. Em 1775, ingressa na carreira das armas, sobe rápido até o posto deAlferes, posto no qual marca passo; foi dentista e sangrador ambulante – gostava de servir aos

pobres, era um filantropo. CIVIS:

1) Tomás Antônio Gonzaga – Iniciou na Maçonaria em Portugal com o nome heróico de “Julião”, eao chegar ao Brasil, reconheceu o pai de Marília, como “irmão” ao apertar a mão deste – como elemesmo afirma: levei um susto, apertou-me a mão com efusão (toque). Não havia dúvidas. Olhamo-nos com cumplicidade. Éramos os dois “irmãos”,duas sentinelas. Estaria eu diante do primeiro irmãoMaçom em Minas Gerais! Nesta oportunidade falei com o Capitão João Mayrink sobre o futuro denossa Poderosa Irmandade. Gonzaga Foi o vulto mais importante da Conjura de 1789. Ele foi o autorda Constituição, como acontecera com os líderes Norte-Americanos. Em Coimbra foi aluno do maiorexpoente do iluminismo da época, o Maçom, Domingos Vandelli (seu provável iniciador) o mesmoque iniciou O Dr. José Álvares Maciel. No âmago das discussões e da evolução política, atuavadiscreta e secretamente a Maçonaria; aliás, como sempre foi de seu estilo, a que, afinal, eraobrigada, como forma de sobrevivência. Segundo depoimento do Padre Manoel Rodrigues da Costa,Gonzaga pertencia ao “círculo dos iniciados no segredo”, juntamente com Maciel.2) Cláudio Manoelda Costa – Dois dias após seu depoimento na Devassa, cometeu o suicídio ou foi assassinado? Eraformado em Direito pela Universidade de Coimbra – Portugal. Como Advogado sabia que, para ocrime de lesa-majestade, a pena era excepcionalmente cruel: esmagamento na roda dos ossos do réuvivo.3) Inácio José de Alvarenga Peixoto – Formado em Direito pela Universidade de Coimbra –Portugal. No batizado de seus filhos, reuniu todos os conspiradores,4) José Álvares Maciel –Engenheiro Químico. Era Maçom, conforme as provas concretas existentes; e este fato permiteprovar que ela estava presente em Minas. Sabe-se porém, que a atuação da Maçonaria naInconfidência foi discretíssima; teve um papel menor pois, a sociedade proibida dava os primeirospassos no Brasil. Era natural de Vila Rica –MG. Foi aluno excepcional, do mestre DomingosVandelli, a quem se atribui a introdução da Maçonaria em Portugal. Maciel, como destacado aluno ecolaborador de Domingos Vandelli, na Universidade de Coimbra, certamente por ele foi iniciado naMaçonaria. É preciso lembrar que a Maçonaria não tinha, à época, os fabulosos templos que hojeostenta. Assim, as reuniões da sociedade tinham cunho ultra-secreto, sendo realizadas em qualquerlocal, no remanso da Paz, a portas fechadas, longe das vistas de profanos. Maciel ter-se-iaencontrado com José Joaquim da Maia em dezembro de 1787 na Universidade de Coimbra, logoapós o encontro deste com Thomas Jefferson, embaixador dos EUA, na França. O fato de Maciel serMaçom, foi revelado pelo seu confessor, que disse: Maciel reconvertera-se ao cristianismo, depoisde passar pela fornalha da oficina da “Franco- Maçonaria”.

5) Francisco Antônio de Oliveira Lopes – ex Militar, tendo servido com TIRADENTES durante 6anos. Era fazendeiro.

6) Domingos de Abreu Vieira – Era português. Morava em Vila Rica; em sua casa reuniram-se ehospedaram-se por várias vezes, todos os principais conspiradores, segundo sua confissão. Era

compadre de TIRADENTES.7) Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Guites – Passou àHistória como sinônimo de traição; Não era Maçom.8) José Aires Gomes – Era o maior fazendeirode Minas. Foi convencido por TIRADENTES de que receberiam apoio de potências estrangeiras. 9)João Rodrigues de Macedo – Era português e primo de Domingos José Gomes, que o apresentou aoscomerciantes Antônio Ribeiro de Avelar e Antônio Gonçalves Ledo (pai de Joaquim GonçalvesLedo, maçom de tendências republicanas), foi generoso principalmente com os presos e condenados.A reunião principal e definitiva, ocorreu em sua residência. Vicente Vieira da Mota, em seudepoimento, deixou escapar que “ali eram realizadas reuniões maçônicas”. 10) José de RezendeCosta e José de Rezende Costa Filho.11) Vicente Vieira da Mota – Era contador e governava a casade João Rodrigues de Macedo.12) Luiz Vaz de Toledo Piza.13) Domingos Vidal de Barbosa Laje– Era médico, formado pela Faculdade de Montpelier, sendo iniciado na Maçonaria. Suaparticipação na Inconfidência começou na França, em 1787, quando encontrou os estudantesBrasileiros José Joaquim da Maia e Barbalho, e José Mariano Leal da Câmara Rangel de Gusmão.Joaquim da Maia foi o estudante que usando o pseudônimo “Vandeke”, encontrou-se com TomásJefferson. Domingos Vidal esteve presente a um dos encontros, de Maia com Jefferson.14) JoséJoaquim da Maia e Barbalho – Era maçom(pai e filho), inclusive sua missão , junto a TomásJefferson era exatamente por ele ser maçom:

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#43

OS INCONFIDENTES - PARTE II

O CLEROOs réus eclesiásticos por decisão “sui generis” da Comissão de Alçada, não tomariam conhecimentode suas sentenças; a decisão final era da Rainha. Como a Rainha enlouqueceu, coube ao PríncipeRegente Dom João a decisão, e este assim despachou: “Faça-se perpétuo silêncio”. Este processoestá hoje no Museu da Inconfidência em Ouro Preto.1) Padre Luiz Vieira da Silva – Maior líder daconspiração ao lado de Tomás Gonzaga.2) Padre Carlos Correia de Toledo e Melo – De todos era omais radical.3) Padre José da Silva e Oliveira Rolim – Participou decisivamente de todas asreuniões dos INCONFIDENTES, tendo o encargo de conseguir 200 cavaleiros.4) Padre ManoelRodrigues da Costa – Participação discreta sem missão específica.5) Pare José Lopes de Oliveira –Seus depoimentos foram arrasadores para a conspiração, inclusive falou sobre apoio estrangeiro àrevolução.6) Padre Francisco Vidal de Barbosa Laje – Era irmão do inconfidente Domingos Vidal deBarbosa Laje, ele escapou por terem os devassantes passado ao largo de seu nome.7) Padre JoséMaria Fajardo de Assis – Ouviu do próprio TIRADENTES, toda pregação revolucionária. Nunca foipreso e interrogado como réu.A Participação da Maçonaria na InconfidênciaA participação da Maçonaria no movimento, pode ser considerada discreta, em função de suaclandestinidade. Mas, não se pode ignorar sua presença revolucionária, no século XVIII, como umcanal político de ascensão de uma nova classe no comando político do Estado. Os princípiosMaçônicos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que hoje parecem menores, no século XVIII,quando o comando do Estado era exercido apenas pela nobreza, tinham outro significado: Liberdadesignificava a abolição da Monarquia. Igualdade significava abolição de classe. Fraternidade era oobjetivo moral e final de uma nova ordem.

A Introdução da Maçonaria no Brasil

A Maçonaria Azul (Inglesa, monarquista) chegou ao Brasil entre 1760 e 1770, trazida por tripulantesde “navios ingleses”. A Maçonaria Vermelha (francesa, republicana) está confirmada, pelaexistência de uma Loja na década de 1780, no Rio de Janeiro: a loja fundada por Manuel Inácio deSilva Alvarenga e Basílio da Gama, disfarçada sob o nome de Sociedade Literária, provavelmentefundada em 1786. Na verdade essa academia era uma Loja Maçônica, pelos seguintes fatos: oEstatuto rezava no seu Art. 1º “A Boa fé e o segredo”. Domingos Vidal de Barbosa Laje freqüentavaa Sociedade Literária de Silva Alvarenga.

Perseguição à MaçonariaComo se não bastasse, em 1799 o Vice Rei Conde de Resende acusa Luiz Beltrão de Gouveia de

ser “jacobino e pedreiro livre”. A Sociedade Literária foi fechada, acusada de“jacobinismo”(republicanismo e maçonaria). A Academia de Ciências de Lisboa foi fundada em1778 e desde o início fora objeto de suspeita por parte do Intendente Geral de Polícia, Diogo PinaManique; que perseguia ferozmente os membros da Academia, por suspeita de que “aquilo” eraMaçonaria.

Reuniões de Maçons na ClandestinidadeNesta pesquisa, o que nos interessa é a existência de indivíduos maçons, que reunindo-se em

qualquer “remanso da Paz”em horário combinado, constituíam informalmente, uma “Loja”, nãoimportando em que parte do mundo fosse. E, era assim que no século XVIII, ocorriam as reuniões dosmaçons, em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Vila Rica (Ouro Preto) ou em qualquer lugar. Oque se sabe, é que a influência comercial da Inglaterra era muito grande, tanto em Portugal quanto naColônia (Brasil), assim podemos afirmar que a Maçonaria Azul tinha grande influência no Brasilcomo em Portugal, e a Maçonaria Vermelha , francesa influenciava, principalmente, a classeintelectual de Portugal e do Brasil, por razões óbvias.

A Iniciação de TIRADENTESLauro Sodré, 16º Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil (1904/1906), declara que naquela

época a Maçonaria permitia que se fizesse iniciações fora dos templos, por um irmão comautoridade, o que era denominado de: “Iniciação por Comunicação”. E dessa forma é que em 1787, oirmão José Álvares Maciel fez a iniciação de TIRADENTES. Hoje a Constituição da Maçonaria nãopermite mais iniciação por Comunicação.

O Caráter Maçônico da Reunião de 27/12/1788Tarquínio J. B. de Oliveira, pesquisando os Autos da Devassa, em Portugal, e arquivos diversos,declara que a reunião decisiva dos Inconfidentes na residência do Ten. Cel. Francisco de PaulaFreire de Andrada, na noite de 27/12/1788 teve caráter de reunião maçônica, inclusive pelo fato deter ocorrido no dia de São João, data consagrada pela Maçonaria. “Confidências de um Inconfidente”nos informa que nesta Sessão, por proposição do irmão José Álvares Maciel, TIRADENTES foiExaltado, recebendo o 3º Grau. Diante da indagação de alguns irmãos, Tomás Gonzaga, CláudioManoel da Costa e o Aleijadinho (Mestre Lisboa) exclamaram: “ele já era um dos nossos” Apenas,ainda não houvera oportunidade para sua Exaltação. Esta sessão Maçônica de 27/12/1788, estáritualisticamente definida, como se expressa Gonzaga: ”Na água Limpa” – O Cajado bateu 3 vezes ea porta se abriu – Vicente entrou (Vicente Vieira da Mota), relanceando o olhar para a frente e peloslados, passou à esquerda do “livro” e foi sentar-se ao lado do estrado.

Ainda podia sentir-se o cheiro do incenso. O Venerável pôs a Ordem do Dia em Votação, sendoaprovada. Nesta noite TIRADENTES foi o “Orador”, e anunciou, se houver traição... – fez com suavoz possante – O culpado terá a morte. Os Trabalhos foram realizados em “Conselho”, tendoTIRADENTES proposto a bandeira da nova nação – branca com um tríplice triangulo de coresvermelha, azul e branca. E Alvarenga sugeriu a clássica inscrição “Liberdade ainda que tardia”-

tradução do original latino: “Libertas Quae Sera Tamen”. O Templo Maçônico Oculto

Há evidência da existência de um Templo Maçônico oculto na residência de Antônio Vieira da Cruz,no Alto da Cruz em Ouro Preto. Os restos desse Templo foram desenterrados acidentalmente, motivode reportagens em: Revista Veja de 30/05/1979, páginas 111-112; e Jornal da Tarde de BeloHorizonte, 11/09/1978. Onde está ainda em pé, um magnífico monumento de pedra, em forma de“altar maçônico”, tendo na sua base um Delta Luminoso, construído em 1792, no ano da morte deTIRADENTES e degredo dos demais Inconfidentes. Ainda há a suposição de que os restos mortaisde TIRADENTES, até hoje desaparecidos, tenham sido retirados das estacas, por irmãos maçons elevados para o interior de uma mina de ouro, abandonada , existente no quintal da casa de AntônioVieira da Cruz, a uma profundidade de 400 metros.

A Maçonaria Baiana e os Patriotas MineirosTIRADENTES, como quase todos os Conjurados era “pedreiro-livre” – a evidência deste fato estámuito bem caracterizada, pois, quando de sua remoção da Bahia, foi ele portador de instruçõessecretas da Maçonaria Bahiana para os patriotas de Minas.

A Maçonaria como Partido PolíticoO absolutismo reinante, era defendido pelas Ordens de nobreza, pela Igreja Católica, Academiasoficiais, etc...E os comerciantes do setor de importação e exportação, maiores interessados naIndependência do Brasil, agiam na clandestinidade – E o único “partido político” que norteavaideologicamente esses interesses de classe era a Maçonaria.

TIRADENTES, por sugestão de amigos de “partido” requereu autorização para viajar à Lisboa,para ver em que nível estavam os passos da Maçonaria, na Europa. A 1ª vez em março de 1787 e asegunda em fevereiro de 1788. Não chegou a realizar a viagem pois, o Maçom José Álvares Macielque acabara de chegar da Europa supriu-lhe as informações de que necessitava.

Participação de Maçons na Conjura Tarquíniode Oliveira apresenta provas concretas sobre a existência de dois maçons na Conjura: José ÁlvaresMaciel e Padre Luiz Vieira da Silva. Mas no cotejo das provas se depreende da existência dediversos maçons, infelizmente não em caráter documental.

O historiador Tarquínio de Oliveira cita ainda que o Conjurado João Rodrigues de Macedoabrigava em sua casa num dos magníficos salões uma “Loja Maçônica”, onde reunia os cabeçaspensantes de Vila Rica. No que tange às provas documentais, nada se pode confirmar, além dos doisacima, mas dentre os Inconfidentes aptos a serem qualificados como maçons poderiam ser citados,além do Grão Mestre João Rodrigues de Macedo e do Venerável Mestre do período de 1788 emdiante Luiz Vieira da Silva, seus contemporâneos Luiz Beltrão de Gouveia, Tomás Antônio Gonzaga,Cláudio Manoel da Costa, Diogo Pereira de Vasconcelos, José Pereira Ribeiro, José ÁlvaresMaciel, Francisco de Paula Freire de Andrade, Inácio José de Alvarenga Peixoto, e o AlferesJoaquim José da Silva Xavier (TIRADENTES).

1) TIRADENTES foi Maçom iniciado pelo Maçom Dr. José Álvares Maciel, Por Comunicação,como reconhece o Sereníssimo Grão Mestre Lauro Sodré. 2) TIRADENTES foi reconhecido pelasPotências Maçônicas Brasileiras como Maçom, de fato e de direito, ao homenageá-lo com TítulosDistintivos de suas Lojas Simbólicas3) Cerca de mil maçons desfilam em trajes maçônicoscompletos, com seus paramentos (aventais, colares e luvas) em Belo Horizonte, no dia 21/04/1978,às 09,00 horas, em homenagem ao Irmão TIRADENTES, fato que, pode e deve, também serentendido como um reconhecimento Maçônico Post Mortem.4) TIRADENTES foi Exaltado,recebendo o 3º Grau por proposição do irmão José Álvares Maciel em sessão realizada em 27/12/1788, num Templo improvisado na residência do Ten. Cel. Francisco de Paula Freire deAndrada.5) Dessa forma e diante do desenvolvimento da presente Pesquisa, você, irmão, está emcondições de fazer também, sua conclusão.6) A conclusão deste Pesquisador é que TIRADENTES foi Maçom, convicto, fraterno e atuante,sendo portanto nosso IRMÃO.

BIBLIOGRAFIA:1) A Inconfidência Mineira – Uma síntese factual. Autor: Márcio Jardim. Bibliex. 2) Rocha Negra –A legendária – Autor: Marivaldo Calvet Fagundes. A Trolha. 3) A Maçonaria e a Questão Religiosa– Autor: Marcelo Linhares. Centro Gráfico do Senado Federal.

4) A Maçonaria no Centenário -1822/1922(da Independência do Brasil). Autor: Antônio Giustti - Grau 335) TIRADENTES – O poder oculto, o livrou da forca – Autor AssisBrasil. 6) A Devassa da Devassa – A Inconfidência Mineira. Autor Kenneth Maxwell. Paz e Terra.7) Confidências de um Inconfidente. Autora: Marilusa Moreira Vasconcellos.9) Vários “sites” dasPotências Maçônicas Brasileiras.

Peça de Arquitetura foi enviada por nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira UM BEIJO NOS CORAÇÕES DE ÔCES UAI

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#44

ORDEM DEMOLAY - OS NOSSOS FUTUROS MESTRES

A Ordem DeMolay é uma ordem secreta de princípios filosóficos, fraternais e iniciáticos,patrocinada pela Maçonaria[1], para jovens - do sexo masculino - com idade compreendida entre os12 e os 21 anos. Fundada nos Estados Unidos dia 18 de Março de 1919 em Kansas City, Missouri,pelo Maçom Frank Sherman Land, é patrocinada e apoiada pela Maçonaria, oficialmente desde 1921,que na maioria dos casos cede espaço para as reuniões dos Capítulos DeMolay e Priorados daOrdem da Cavalaria, denominações das células da organização.A Ordem é inspirada na história deJacques DeMolay, 23º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, morto em 18 de março de1314 junto a outros membros da Ordem por não ter confessado as falsas acusações de pratica dediversos crimes, entre eles heresias e infidelidade à Igreja Católica, partidas do rei Filipe IV deFrança, e aceitas pelo papa Clemente V. Sendo motivo dessas acusações a ambição de Filipe pelasposses da antiga Ordem, pois em caso de prisão, os bens do acusado passariam a pertencer aoEstado francês.

Há cerca de 205 milhões de membros em todo o mundo e mais de 20 milhões no Brasil. ODeMolay que completa 21 anos de idade, é denominado Sênior DeMolay e passa a acompanhar ostrabalhos da Ordem através da "Associação DeMolay Alumni". No Brasil, distribuídos em mais desetecentos Capítulos, os milhares de DeMolays regulares de todos os estados da federação se reúnemfreqüentemente. No mundo, a Ordem DeMolay pode ser encontrada em: Aruba (Países Baixos),Alemanha, Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Filipinas, Guam (EstadosUnidos), Itália, Japão, México, Panamá, Paraguai e Uruguai.

No dia 08 de abril de 2008, o Deputado Estadual de São Paulo Bruno Covas criou o Dia do

DeMolay no Estado de São Paulo, através da Lei Estadual nº 12.905, a ser comemorado anualmenteno dia 18 de março de cada ano. No dia 19 de janeiro de 2010, o então presidente da RepúblicaFederativa do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, através da Lei Federal nº 12.208, instituiu o dia 18de março como o Dia Nacional do DeMolay, seguindo o exemplo de Bruno Covas, que escolheu estadata por marcar a data de falecimento de Jacques DeMolay, herói mártir da Ordem. Os princípios daOrdem são baseados em virtudes como a fraternidade e o companheirismo, incentivando cadamembro a trilhar seu caminho seguindo preceitos que são considerados pela Ordem diferenciais navida de um líder e determinantes para seu destino. A Ordem se baseia nas chamadas "Sete VirtudesCardeais de um DeMolay", que são:

o Amor filial;o Reverência pelas Coisas Sagradas;Os baluartes da Ordem são a defesa das Liberdades:

* "Religiosa" representada pelo Livro Sagrado. * "Civil", representada pela Bandeira Nacional. * "Intelectual", representada pelos LivrosEscolares. Assim prescreve a ética de um DEMOLAY:

* Um DeMolay serve a Deus;* Um DeMolay honra todas as mulheres;

* Um DeMolay ama e honra seus pais;* Um DeMolay é leal a ideais e amigos;* Um DeMolayexecuta trabalhos honestos;* Um DeMolay é sempre um cavalheiro;* Um DeMolay é umpatriota tanto em tempo de paz quanto em tempo de guerra;* Um DeMolay sempre permaneceinabalável a favor das escolas públicas;* Um DeMolay é o orgulho de sua Pátria, seus pais, suafamília e seus amigos;* A palavra de um DeMolay é tão válida quanto sua confiança;* UmDeMolay, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais ele secomprometeu. O ingresso na ordem DeMolay não garante que o jovem irá se tornar um maçom no futuroGraus. Assim como a Maçonaria possui o Corpo das Lojas de Perfeição após as Lojas Simbólicas, aOrdem DeMolay também se divide em dois Corpos. O primeiro, envolve os dois primeiros Graus: oGrau Iniciático e o Grau DeMolay, podendo ser comparado às Lojas Simbólicas. O segundo envolveos graus históricos, filosóficos e de honoríficos, que compõe da Ordem da Cavalaria. Os grausritualísticos são os dois graus básicos da Ordem DeMolay: o Iniciático e o DeMolay. Os DeMolaysdesses graus trabalham em Capítulos. Grau Iniciático

Primeiro grau da Ordem DeMolay, onde os DeMolays recém iniciados ingressam quando sãoadmitidos em um Capítulo e refletem sobre a Cerimônia de Iniciação. O Primeiro Grau DeMolay,chamado Grau Iniciático, é baseado nas Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay: amor filial,reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo. Oingresso à Ordem exige do candidato ao menos um esboço dessas Sete Virtudes, sendo esse Grau,responsável por esculpi-las e valoriza-las, fazendo com que o jovem as honre e dignifique aindamais em sua vida diária. É ainda nesse Grau que o jovem possui o primeiro contato com o esoterismooferecido pela Ordem, através de toda a simbologia embutida na disposição dos objetos dentro daSala Capitular, nos Oficiais das sessões e em seus paramentos, e principalmente na ritualística querege as sessões. É durante esse Grau que ocorre o contato de maior valor com a Ordem, pois sedefine a qualidade que terá o jovem como DeMolay ativo. Portanto, despertar o interesse sobre aOrdem da forma correta é um trabalho delicado e muito importante, para que se tenha resultados dosensinamentos oferecidos por ela no dia a dia de seus membros, tornando o mundo melhor a sua volta.

Segundo grau da Ordem, alcançado pelos DeMolays esforçados, que após demonstraremmerecimento e conhecimentos adquiridos na convivência capitular e estudos pertinentes a grauiniciático. A aquisição dos graus varia de acordo com requisitos pré-estabelecidos, tais como idademínima, tempo decorrido após a iniciação e mérito no cumprimento das tarefas oferecidas pelo grauem que se encontra, antes de receber o grau DeMolay deve-se fazer de cor um exame deproficiência.Sete Virtudes Cardeais de um DEMOLAYA Ordem DeMolay invoca sete luzes, simbolizando as sete virtudes cardeais de um DeMolay, queiluminam seus caminhos conforme passam pela estrada da vida, simbolizando tudo que é bom ecorreto, a base de suas vidas.

Amor Filial: é o amor e carinho que devemos ter por nossos pais, que nos semearam, geraram, nosensinaram as primeiras lições de nossas vidas e se sacrificaram por nós. Através deles nos tivemosas primeiras lições de educação, respeito e na crença em Deus.

Reverência pelas Coisas Sagradas: significa a crença em Deus, não importando a sua religião.Para ser um DeMolay o jovem tem que ter fé Nele e provar o quanto ama e deseja servir a Deus.

Cortesia: cortesia, educação e solidariedade são princípios que um DeMolay procura por em práticausando a filantropia, mas somente válida quando é feita com sentimento, colocando o coraçãonaquilo que faz. Os DeMolays têm uma regra que diz: "Para ser útil à sociedade não é necessário ser um DeMolay, mas para ser um DeMolay énecessário ser útil à sociedade".Companheirismo: é ser um amigo leal, tanto nas horas boas quanto nas ruins. O verdadeirocompanheiro e amigo é aquele que estende a mão para um Irmão, que está despencando de umabismo, segurá-la. Companheirismo é levar uma chama de amizade no coração, para que, quando umamigo estiver no meio do túnel, ela possa iluminar e mostrar onde está a saída.

Fidelidade: é sempre acreditar em seus ideais e virtudes, mantendo em segredo tudo aquilo quelhe for ensinado. É ser fiel a Deus, à sua Pátria e a seus amigos, seguindo o exemplo de fidelidade deJacques DeMolay, que preferiu morrer a trair seus Irmãos. Pureza: é ser um cidadão idôneo, puro dealma e de coração; é sempre estar de bem com a própria consciência. É manter a mente longe de tudoque vá contra os princípios de um bom cidadão.

Patriotismo: é respeitar e defender a nossa Pátria, nosso Estado e nossa Cidade e, além disso,conservar tudo que diz respeito ao patrimônio público, como escolas, asilos, orfanatos e hospitais,que prestam ajuda às pessoas mais carentes de nossa sociedade.

Ordem dos Escudeiros da Távola RedondaA Ordem dos Escudeiros Távola Redonda é uma organização internacional, fundada em 1995,patrocinada pela Ordem DeMolay, feita para crianças, do sexo masculino, entre sete e doze anos,

buscando auxiliar a criança na construção de seu desenvolvimento intelectual, visando à formação deum melhor cidadão para o futuro. O nome “Távola Redonda”, relacionado à lenda do Rei Artur, foiescolhido porque aquela antiga ordem possuía os mais elevados ideais de serviço, perfeição,camaradagem e igualdade entre os Cavaleiros. Dessa forma, a lenda é usada como ferramenta lúdicapara o desenvolvimento pedagógico de suas cerimônias e objetivos. A Távola de Escudeiros é onome dado à unidade de cada agrupamento de escudeiros. (Ex: Capitulo, Loja, Bethel, Assembléia).Por ser cada Távola um apêndice do Capitulo que a patrocina, a mesma deve levar,obrigatoriamente, o nome do Capitulo patrocinador. Cada Távola possui uma administração própria,composta de cargos que são ocupados pelos Escudeiros.

Cada Távola deve criar seu Conselho de Honra que deve conter no mínimo:

- Nobre Cavaleiro: É um DeMolay, devidamente escolhido pelo Capitulo e pelo Conselho paracuidar dos Escudeiros e de todos os procedimentos exigidos para que uma Távola funcionesatisfatoriamente. Lembrando que esse DeMolay deve ser maior de 18 anos, e não deve exceder os23 anos (de acordo com nosso Regulamento Geral), já que a essência é de que o Nobre Cavaleiroseja o Irmão mais velho deles.

- Tio Consultor: É um maçom, devidamente escolhido pelo Conselho Consultivo, para ser orepresentante do mesmo junto às atividades da Távola. Deve funcionar como o Presidente doConselho Consultivo do Capitulo. O propósito da Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda écontribuir para que as crianças, ao chegar a sua adolescência, assumam seu própriodesenvolvimento, especialmente do CARÁTER, ajudando-as a realizar suas plenas potencialidadesfísicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteisà comunidade, de forma autônoma e consciente.Os princípios que alicerçam a Ordem dos Escudeiros são:

* Verdade;* Justiça.Os métodos utilizados pela Ordem dos Escudeiros caracterizam-se pelo conjunto dos seguintes

pontos que orientam o trabalho educativo desenvolvido com as crianças: 1. Promessa de ser ummelhor filho; 2. Cerimônias Ritualísticas; 3. Vida em equipe; 4. Atividades Progressivas, atraentes evariadas. 5. Desenvolvimento pessoal com orientação. 6. Aprender fazendo.

Ordem da CavalariaA Ordem DeMolay possui como um de seus inúmeros objetivos a formação dos líderes do

amanhã. Para tanto, a lapidação do cárater e o conhecimento se tornam indispensáveis. Resgatandolições antigas, utilizando conhecimentos adquiridos e incentivando a busca de maior saber, a OrdemDeMolay oferece condições para que o jovem possa facilmente liderar qualquer tipo deempreendimento e desempenhar todas as funções exigidas a ele em qualquer campo e nível social. O

Convento (ou Priorado) da Ordem da Cavalaria aparece como uma etapa complementar na OrdemDeMolay e é de grande nobreza para os Cavaleiros Investidos.

A "Ordem dos Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de JacquesDeMolay", mais conhecida como "Ordem da Cavalaria", é composta por DeMolays mais velhos, queatuam em todos os campos de atividades - em posições de liderança na Ordem DeMolay. OsDeMolays mais velhos possuem muitos interesses que são diferentes dos interesses dos mais jovens.Qualquer coisa que os DeMolays mais velhos gostem de fazer, os Nobres Cavaleiros são capazes defornecer, como diversão, festas, jantares e outras atividades em grupo. Tio Land disse, "Os NobresCavaleiros não são um grau honorário ou prêmio. Novas fronteiras devem ser desbravadas - quemirá?"

Assim como a Maçonaria possui o Corpo de Lojas de Perfeição após as Lojas Simbólicas, aOrdem DeMolay possui um segundo corpo de jovens denominado Nobres Cavaleiros da OrdemSagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay, que são iniciados nos graus históricos efilosóficos da Ordem sendo divididos em dois, Grau Cavaleiro e Grau Ébano. No Grau Cavaleiro, ojovem compreende principalmente sobre as virtudes de caridade e humildade. Já no Ébano, épossível ao Cavaleiro presenciar o ensinamento das escolhas necessárias para a vida adulta (sendo oÉbano oferecido apenas a jovens com mais de 19 anos de idade), as tentações, obstáculos e escolhasentre o bem e o mal que ao longo do caminho iremos deparar. Estes graus possuem seus própriosSegredos e os Cavaleiros (chamados de Sir) se reúnem em seus Priorados.

Para ser admitido no Priorado, o jovem DeMolay precisa ter entre 17 e 21 anos. Os propósitos do Priorado são:

* Estender e servir à Ordem DeMolay e seus Capítulos;* Manter o interesse ativo dosDeMolays mais velhos;* Prover um programa para os membros do Convento ou Priorado;*Acima de tudo, dar o exemplo para todos os DeMolays.* Ser bom, gentil e puro com os membrosda Ordem* Transformar as Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay em Sete Verdades na suavida.Por muito tempo usou-se o termo Convento para se referir ao lugar das reuniões da Cavalaria,porém, esse termo é um erro histórico; o termo correto é Priorado.Como participar da OrdemDeMolayPara que um jovem participe da Ordem DeMolay, é preciso que o mesmo seja indicado por ummembro ativo da Ordem ou um Sênior DeMolay ou um Mestre Maçom, todos devidamente regularesem suas potências. O jovem escolhido deve ser destaque no meio onde vive e preencher as seguintescaracterísticas necessárias:* Ter entre 12 anos completos e 21 incompletos;* Possuir, ao menos, grande maioria das virtudes defendidas pela Ordem;* Sendo indispensávelque creia em um ser superior (independente de religião);* Ser indicado por um membro ativo doCapítulo (Unidade administrativa da Ordem);* Ser uma pessoa de caráter e ética;* Todos os

Demolays e todos os membros do Conselho Consultivo aceitem sua entrada;Os candidatos ao ingresso na Ordem DeMolay não são escolhidos aleatoriamente. Passam por um

rigoroso processo de seleção, e serão informados de sua indicação apenas após seremaprovados.Antes de ser aprovado, dois DeMolays vão na casa do indicado e lhe fazem perguntasconstantes de um questionário.Suas respostas são levadas a uma reunião e então os DeMolaysdaquele capitulo o aprovam ou não, se for aprovado aí então ele é avisado, caso o candidato não sejaaprovado, esse resultado morre em silêncio entre os membros do Capítulo e o candidato nuncasaberá que já foi recusado.

BIBLIOGRAFIATexto extraido da Wikipédia - Enciclopédia LivreUM BEIJO NO SEU JOVEMCORAÇÃO

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#45

OS INSTRUMENTOS PARA A EVOLUÇÃO DO MAÇOM

[1]

Praticamente a grande maioria dos escritores maçons, em algum momento de suas obras,dedicaram importantes e substanciais linhas, senão trabalhos e livros inteiros, a discorrer sobre aimportância da simbologia para a Maçonaria. Torna-se praticamente impossível referir-se a OrdemMaçônica, sem aludir aos símbolos que a representam e àqueles utilizados no processo de repasse desua doutrina e ensinamentos. Cada Vez que se analisa um símbolo referente à Maçonaria, estaanálise por mais que seja baseada em outras tantas já publicadas, será normalmente original. A visãoque se possui sobre um símbolo é sempre pessoal e intransferível. São estas múltiplas visões quedão a Ordem Maçônica o caráter dinâmico e de adaptação aos novos tempos e as novas idéias queconstantemente surgem. Segundo Fernando Pessoa, em nota preliminar ao seu livro "Mensagem", oentendimento e a assimilação das mensagens contidas em um símbolo dependem de cinco qualidadesou condições consideradas básicas:

Simpatia; Intuição; Inteligência; Compreensão/Discernimento; Graça ou Revelação. Na Maçonaria a maior parte dos símbolos e metáforas que são utilizados, provêm da antiga

atividade profissional e corporativa dos pedreiros medievais. Construtores que eram, principalmentede Igrejas, grandiosas Catedrais, sólidos castelos e fortalezas, os pedreiros medievaiscorporativamente organizados constituíam a Maçonaria Operativa que evoluiu para as OrganizaçõesMaçônicas Simbólicas e Especulativas contemporâneas:

"Embora não haja documentação que o comprove, deve-se admitir que os Maçons Operativos,os franco-maçons, usavam seus instrumentos de trabalho como símbolos de sua profissão, poiscaso contrário não se teria esse simbolismo na Maçonaria Moderna. A existência dessesimbolismo é a mais evidente demonstração de que houve, contatos diretos entre os MaçonsModernos e os franco-maçons profissionais, e demorados o suficiente para que essa transmissãose consolidasse.

O escritor Ambrósio Peters, nos coloca ainda que aqueles que seriam os símbolos principais eessenciais a existência da atual Maçonaria Especulativa (Simbólica). Cabe destacar também que sãodestes símbolos que os Maçons metaforicamente retiram os princípios básicos e os seus principaisensinamentos éticos e morais:

" O trabalho dos franco-maçons, limitava-se aos canteiros de obras e à construção em si. Osinstrumentos que eles usavam eram o esquadro, o compasso e a régua para determinar a formaexata das pedras a serem lavradas, o maço e o cinzel, para dar-lhes a forma adequada, e o nível eo prumo, para assentá-las com perfeição nos lugares previstos na estrutura da obra. Eram,portanto três diferentes grupos de instrumentos, cada qual representando uma etapa da obra".

A medição ou especificação do tamanho e do formato das pedras; O desbaste, adequação dasformas e o polimento para dar o acabamento adequado às pedras; A aplicação e o assentamento daspedras na construção. Estes conjuntos de instrumentos que são necessários a execução de cada etapada obra., indicam na Ordem Maçônica, simbolicamente os diversos Graus que nela existem. CadaGrau, representa na Maçonaria, todo um conjunto de conhecimentos que são necessários aoaperfeiçoamento e ao crescimento moral e ético dos Maçons. Uma das muitas certezas que a vida emsociedade e a evolução do conhecimento humano nos deram, foi a de que nem todos os homensassimilam de maneira semelhante as mensagens da Simbologia Maçônica. Como se coloca em algunsrituais: devemos pensar mais do que falamos. A reflexão e a conseqüente meditação são essenciais acompreensão da linguagem maçônica. O avanço pelos diversos graus, portanto não deve serconsiderado pelo tempo que esta sendo empregado, não devem ser conduzidos pela pressa. o quedeve ser levado em conta é o esforço individual e o desprendimento pessoal de cada Maçom,conforme o seu potencial e capacidades para poder galgar com segurança e sabedoria os degraus daEscada de Jacó.

[2]

Bibliografia: Roberto Bondarik - A Interpretação e o Entendimento dos Símbolos.

Escolas do Pensamento Maçônico. In: A Trolha: Coletânea 6. Londrina: A Trolha, 2003. p.141-151; Luiz Roberto Campanha - A Filosofia e a Análise dos Símbolos. In: Caderno de Pesquisas 20.Londrina: A Trolha, 2003. p.33-40;

Fernando Pessoa - Associações Secretas. Ambrósio Peters - O Simbolismo dos Instrumentos.Roberto Bondarik - M.'.M.'., ARLS Cavaleiros da Luz, Nr 60 - Grande Loja do Paraná UM BEIJO UM NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^ (4.bp.blogspot.com)

2. ^ (3.bp.blogspot.com)

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#46

O QUE É MAÇONARIA ?

A Maçonaria, Ordem Universal, é constituída por homens de todas as raças e nacionalidades,acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, auxiliados por símbolos e alegorias,estudam e trabalham para o aperfeiçoamento da Sociedade Humana. É fundada no Amor Fraternal ena esperança de que, com amor a Deus, à pátria, à família e ao próximo, com tolerância e sabedoria,com a constante e livre investigação da Verdade, com a evolução do conhecimento humano pelafilosofia, ciências e artes, sob a tríade da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e dentro dosPrincípios da Moral, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a felicidade geral e a paz universal. Desse enunciado deduz-se que: I - a Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de umPrincípio Criador, ao qual, em respeito a todas as religiões, denomina Grande Arquiteto doUniverso; II - a Maçonaria não impõe limites à investigação da verdade e, para garantir essaliberdade, exige de todos a maior tolerância; III - a Maçonaria é acessível aos homens de todas as raças, classes e crenças, quer religiosas querpolíticas, excetuando as que privem o homem da liberdade de consciência, da manifestação dopensamento, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana e exijam submissãoincondicional;

IV - a Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e adotados:Aprendiz, Companheiro e Mestre; V - a Maçonaria adota a Lenda do Terceiro Grau; VI - a Maçonaria, além de combater aignorância em todas as suas modalidades, constitui-se numa escola, impondo-se o seguinteprograma: a) obedecer às leis democráticas do País; b) viver segundo os ditames da honra; c) praticar justiça; d) amar o próximo; d) trabalhar pelo progresso do homem. VII -a Maçonaria proíbe discussão político-partídaria e religioso-sectária em seus Templos; VIII -a Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, considerados como suas Três LuzesEmblemáticas, que deverão estar sobre o Altar dos Juramentos. A par dessa definição e dadeclaração formal da aceitação dos "Landmarks", codificados por Albert Gallatin Mackey,proclama, também, os seguintes princípios: I - amar a Deus, a Pátria, a Família e aHumanidade; II - praticar a beneficência, de modo discreto, sem humilhar; III - praticar asolidariedade maçônica, nas causas justas, fortalecendo os laços de fraternidade;

IV - defender os direitos e as garantias individuais; V - considerar o trabalho lícito e digno como dever do homem; VI - exigir de seus membros boareputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes; VII -exigir tolerância para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia,cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social; VIII - lutar pelo

princípio da eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras eméritos; IX - combater o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios. Osensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar à felicidade de seus semelhantes, nãosó porque a razão e a moral lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento desolidariedade os faz irmãos.

BibliografiaPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/o-que-e-maconaria.html

#47

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL

Para falar da influência da Maçonaria na independência dos países da América do Sul, é de justiçacomeçar pelo educador ideológico dos próceres americanos, chamado o precursor FranciscoAntonio Gabriel de Miranda e Rodríguez, nascido em Caracas em 28 de março de 1750. Miranda foiiniciado em 1780 na Loja América de Virginia (USA), nada menos que pelo Irmão GeorgeWashington. Na sua vida teve glórias e distinções das mais altas, concedidas por personalidades daEuropa, EEUU e Rússia, mas nunca se deixou levar pela vaidade e, em todo momento, com fé de umverdadeiro maçom, manteve latente seus ideais de independência para as colônias espanholas daAmérica. Foi em Londres que o Irmão Miranda começou a fazer seu trabalho de doutrinar ospatriotas americanos. Em 1797 fundou a "Loja Grão Reunião Americana" que funcionava na GraftonStreet, 27, Fitzroy Square, perto de Piccadilly Circus. O Irmão Miranda morava nesse mesmoendereço e desenvolvia algumas atividades particulares que lhe garantiam a sobrevivência o que, narealidade, servia mais para disfarçar seus trabalhos para selecionar as pessoas certas para a causaamericana.

É grande e importante a lista de patriotas que receberam a luz maçônica do malhete do IrmãoMiranda e que logo se espalharam pelo Continente levando a semente revolucionária, explicando-sedeste modo, porque a Revolução da Independência foi simultânea no Continente, fenômeno que temchamado a atenção dos historiadores. Somente para citar alguns dos maçons preparados pelo IrmãoMiranda, temos: Bernardo O´Higgins Riquelme, Libertador do Chile, sua pátria; Carlos Montúfar,ilustre militar equatoriano; Vicente Rocafuerte, Presidente da República do Equador; BernardoMonteagudo, notável estadista argentino; José Cecílio del Valle, político e jurisconsulto hondurenhoque foi eleito Presidente da sua pátria mas morreu antes de tomar posse; Pedro José Caro, políticocubano; Servando Teresa de Mier, jurisconsulto mexicano; José Miguel Carrera, o primeiro dosPresidentes do Chile (O´Higgins o antecedeu mas com o título de Diretor Supremo); MarianoMoreno, jurisconsulto argentino; Pedro Fermín de Vargas, ilustre filho de Socorro que hoje é odepartamento de Santander, Colômbia; Simon Bolívar, o Libertador; Antonio Narino, o precursor daemancipação de Nueva Granada a Colômbia de hoje desde 1831 (data da divisão da Gran Colômbia)até 1858, quando tomou o nome de Confederação Granadina; Andrés Bello, famoso educador, poeta,jurisconsulto e diplomata venezuelano posteriormente naturalizado chileno; José de San Martín,argentino e libertador de três países. A lista é longa e para não estende-la em demasia, podemoscompletar com os nomes do venezuelano Luis Méndez, dos chilenos José Cortés de Madariaga,Manuel José de Salas, Juan Antonio de Rozas, Gregorio Argomedo, Juan Antonio Rojas, osgranadinos (colombianos) Francisco Antonio. Devemos esclarecer aos nossos leitores que devido a

discrição própria da Maçonaria, e que sendo a finalidade da Loja Grão Reunião Americanadecididamente revolucionária, os historiadores tem encontrado informações divergentes, mas a listaanterior tem o apoio de muitos deles. Como exemplo, citaremos três casos de divergências: o IrmãoCarlos de Montúfar e Larrea teria sido iniciado em Paris; e quanto ao Irmão Simon Bolívar háhistoriadores que dão sua iniciação em Cádiz (1803) existindo ainda uma ata de uma Loja francesaem poder da Grande Loja da Venezuela, que cita que sua Iniciação e Elevação teriam acontecidonesta Loja, em Paris em 1805. O Irmão José de San Martín teria sido iniciado na Loja Legalidade deCadíz, em 1808.PRIMEIROS MOVIMENTOS NA EUROPA

Os patriotas começaram a se movimentar na Europa para obter apoio político. Foram instaladasoutras Lojas como filiais da Grande Reunião Americana, em Paris e em Madri com o nome de Juntadas Cidades e Províncias da América Meridional e, em Cadíz, como Sociedade de Lautaro ouCavalheiros Racionais, tendo esta última uma grande importância devido a ser Cádiz o porto deenlace com a América do Sul. Daí os patriotas levavam e traziam notícias referentes a causaamericana. Porém, era de Londres que emanavam todas as ordens para dar cumprimento ao PlanoEmancipador de toda a América espanhola, conforme inspiração de Miranda. O Rei da Espanha,Fernando VII, de triste lembrança, odiava a Ordem e estava informado do papel que a Maçonariadesempenhava na Independência; sua maior preocupação era com a própria maçonaria espanhola queatuava principalmente através da imprensa, semeando sua mensagem de liberdade. É bom lembrarque, anteriormente, o mais ilustre maçom da Espanha, o Irmão Pedro Pablo Abarca de Bolea, Condede Aranda, como Primeiro Ministro de Carlos III, tinha proposto dar independência às colôniasamericanas e associá-las a Espanha numa espécie de "commonwealth". Numa nova etapa, aMaçonaria patriota estendeu sua ação ao próprio continente americano e, em diversas cidades,começaram a serem instaladas as célebres Lojas Lautarinas. O irmão Miranda viajou para os EEUUonde preparou a primeira expedição libertadora a Venezuela em 1806; a expedição foi um fracassomilitar, mas conseguiu comover profundamente o sistema colonial espanhol.

AS LOJAS LAUTARINAS San Martin regressou a Buenos Aires no início de 1812, quando o processo da independência

tinha começado e colocado sua espada ao serviço da causa, enquanto secretamente instalava juntocom os Irmãos Carlos Maria de Alvear e Matias Zapiola, a Loja Lautarina de Buenos Aires. É bomlembrar que na Argentina já existiam desde 1775 Lojas Maçônicas independentes dos Orientes daIrlanda e da França, mas em 1812 as citadas Lojas estavam totalmente desorganizadas.O nome deSociedade de Lautaro ou Loja Lautarina ou Lautariana, este último nome conforme o léxico argentino,teria surgido numa conversação entre Miranda e O'Higgins em Londres, na qual este últimomencionou o nome do toqui (chefe índio) militar dos índios araucanos do Chile na luta contra osinvasores espanhóis na metade do século XVI e que ficou como exemplo de espírito libertário. Muito

se tem discutido se as Lojas Lautarinas foram ou não maçônicas, ficando, finalmente, o consenso quenão foram Lojas maçônicas regulares. Formadas com a finalidade de lutar pela liberdade dos povosamericanos, eram autônomas, não submetidas a nenhuma Potência Maçônica regular. Possuíam umritual muito similar ao de uma Loja regular, prestavam juramento e tinham 5 graus, a saber:

a) No 1º Grau, o iniciante comprometia-se com a vida e seus bens, a trabalhar pelaIndependência Americana.

b) No 2º Grau, fazia confissão de fé democrática;c) No 3º Grau pedia-se ao filiando trabalhos de propaganda em prol dos novos ideais;d) No 4º Grau o filiando era comissionado para influir sobre os funcionários públicos que, no

momento supremo, poderiam favorecer a causa; ee) No 5º Grau de caráter secreto e reservado aos grandes chefes, discutia-se a ação militar e

a futura administração e governo político dos países a ser libertados. Este Grau tinha o nome de"Comissão do Reservado". A lenda mística das Lojas estava simbolizada por três letras U. F. V.que significavam União, Fé, Vitória. O'Higgins preparou o Regulamento e as Obrigações dos Irmãosos quais eram rigorosos especialmente os referentes ao segredo e a obediência às disposições daLoja, contemplando para os infratores até a pena de morte. Este detalhe que tem criado muitapolêmica por parte dos eternos inimigos da Ordem tem apresentado as Lojas Lautarinas comosociedades que mantiveram a coesão de seus membros mais por temor que por convicção aos seusprincípios.

Autores maçônicos de prestigio, como Bartolomé Mitre (argentino) indicaram que estas penas

eram somente de caráter moral ou simbólico (aliás, similar a como hoje é), não existindo antecedentede alguma eliminação física de pessoas devido a divulgação de segredos. De qualquer maneira,devemos levar em consideração que os costumes da época eram diferentes das atuais, mostrando oshomens um desapego a vida que atualmente chama a atenção. Estando em jogo interesses tãoelevados até que poderia ter sido normal a implantação de disciplinas tão rigorosas. Dandoprosseguimento à tarefa de formação de uma base de apoio à causa revolucionária, San Martín mudapara Mendoza, a cidade argentina que fica mais perto de Santiago, capital chilena, onde instalou umaLoja Lautarina. Incorporou-se nela Bernardo O'Higgins, que tinha sido parcialmente derrotado peloexército espanhol na batalha da cidade chilena de Rancagua. Unidos os patriotas chilenos eargentinos, fundou-se mais uma Loja Lautarina em Tucumán. San Martín prepara seu plano paraorganizar um exército Libertador com chilenos e argentinos que iria a expulsar as forças espanholasdefinitivamente de Chile e Peru, como única forma para que o processo de Independência deArgentina, Chile e Peru fosse irreversível.

LIBERTAÇÃO DO CHILE O Chile foi libertado e O'Higgins tomou posse como Diretor Supremo da nova República.

Começou a administrar um país pobre saindo de uma guerra estando com sua produção,

administração, educação e estrutura social e jurídica atrasada ou nula. O'Higgins tomou diversasmedidas, afetando seriamente as classes abastadas e as pertencentes à nobreza e em boa parte, aIgreja Católica, orientado pelo pensamento dos livres pensadores laicos agrupados nas LojasLautarinas. O sentimento contra O'Higgins ganhou força na crença que existia um poder superior quenas sombras tomava decisões e aplicava políticas, ficando as autoridades legítimas com simples"testas de ferro". Temos que reconhecer que houve erros, tais como o assassinato do herói popularManuel Rodríguez, de posição política radical, o fuzilamento dos irmãos Carrera, dirigentes de umpartido político antagônico e outros, próprios da inexperiência dos novos governantes.

San Martin desenvolveu a campanha do Peru, apoiado pelo mar por Lord Thomas Cochrane.

Nesta etapa teve a oportunidade de demonstrar o seu humanismo maçônico quando se negou a abrirfogo contra a cidade de Lima, ganhando a inimizade de Cochrane e o risco de ter um motim naesquadra e no exército, obtendo, entretanto, a rendição de Lima sem derramar uma gota de sangue.Voltemos nossa atenção à Venezuela que em 19/04/1810 proclamou sua autonomia com o pretexto doexílio de Fernando VI; foi enviada uma comissão a Londres formada por Simon Bolívar, Luis LópezMéndez e Andrés Bello (todos maçons) que foi apresentada por Miranda ao governo inglês, mas semresultados positivos. Os quatro voltaram a Caracas, onde Miranda em 05/07/1811 assinou aDeclaração da Independência da Venezuela, numa reunião da Sociedade Patriótica (uma Lojamaçônica que funcionava na clandestinidade), com a presença de Simon Bolívar, Peña, Iznardi,Espejo, Roseto, Yañez, Penalver e outras importantes figuras patrióticas, todos convictos depertencer à maçonaria.

Simon Bolívar Na mesma data, outra sociedade secreta funcionava numa fazenda de Bolívar, quecontava com a participação de Vicente Matias, Mariano Montilla, Francisco Iznardi, todos iniciadosna Europa e Roscio, iniciado nos EEUU. Em 1811 fundou-se em Cumaná a Loja Perfeita Amizade No74 sob os auspícios da Grande Loja de Maryland, EEUU. No seu quadro figuravam os nomes deAntonio José de Sucre, Santiago Mariño, Manuel Rivas, Miguel Aristeiguieta, Andrés Caballero,Agustín Armário, Diego Montes e José Francisco Bermúdez. Fala-se que Miranda, Bolívar,Rodrigues e outros maçons haveriam fundado em Barcelona a Loja Protetora das Virtudes No 1, em01/07/1812. A reação dos realistas frente a independência da Venezuela foi forte. Miranda,solicitado pelos patriotas a assumir o governo como ditador, o que não condizia com seus ideais deliberdade, ocasionou clamoroso fracasso; capitulou em 25/07/1812 em San Mateo, acabando suavida na prisão de La Carraca, Cádiz.

Bolívar começa sua triunfal epopéia militar que o leva a fama para toda a posteridade. No

comando das tropas venezuelanas e colombianas libertou e proclamou a República da Colômbia,constituída por Nueva Granada e Venezuela, incorporando posteriormente Equador. Olhou para o sule igual que San Martín percebeu que a liberdade da América não seria definitiva enquanto a Espanha

ainda lutasse no Peru, onde San Martín já governava por um ano, realizando grandes reformas, porémsem conseguir expulsar totalmente o exército espanhol, que reforçara consideravelmente suas forçasno interior do país. A viagem de Bolívar ao Peru foi um passeio triunfal. Sua entrada nas cidadesparecia o regresso de um Imperador vencedor. Em Lima, aconteceu a famosa reunião com SanMartín, a portas fechadas, na qual para evitar lutas fratricidas, San Martín cedeu a Bolívar a honra ea glória da eliminação das tropas espanholas do Perú e a libertação da Bolívia. O messiânicovenezuelano, o Libertador, vai mudando para uma ambição sem limites. O contraste entre Bolívar eSan Martín, do ponto de vista maçônico, é grande. Bolívar desprendeu-se de seus juramentosmaçônicos quando significaram um entrave aos seus projetos. San Martín respeitou seus juramentosde nunca revelar os segredos maçônicos, negando-se a revelar os detalhes de suas brigas com amaçonaria, tendo regressado a Argentina e posteriormente partiu para o exílio.

A BATALHA FINAL A libertação da América espanhola chegou a sua culminação com a batalha de Ayacucho no dia

09-dez-1824, que teve fatos de fraternidade e generosidade e elevados limites e que nunca serãoesquecidos pelos maçons. Na noite anterior à batalha, as Lojas que funcionavam em ambos exércitosforam citadas separadamente em uma reunião para procurar uma solução que evitasse oderramamento de sangue, mas essa solução não foi encontrada. Foi feita, em seguida uma reunião emconjunto, mas também com o mesmo resultado negativo. No dia seguinte um maçom espanholsolicitou a permissão para que familiares e maçons que militavam em diferentes exércitos fossemautorizados a abraçar-se pela última vez. Uma centena de soldados americanos e espanhóisavançaram para se cumprimentar; no lado esquerdo ficaram os maçons, que após se abraçaram portrês vezes, participaram de uma fraternal reunião que durou quase uma hora e foi emocionante.Encontraram-se, entre outros, os irmãos Rodil, Espartero, Vergara, Virrey José de la Serna,Venerável Mestre General Canterac, Past Master Marechal Jerônimo Valdez, General Monet,Antonio Tur e General Ballesteros, no lado espanhol, e os irmãos José Faustino Sanchéz Carrión,General Antonio José de Sucre, General José Maria Córdova, Tenente Coronel Vicente Tur(espanhol, mas pertencente ao exército patriota e irmão carnal de Antonio Tur) e General AntonioValero de Bernabé, no lado americano. Ficou o exemplo da fraternidade maçônica, que nãoreconhece raças nem nacionalidades, ainda que nas circunstâncias mais dramáticas. Terminou abatalha com a vitória das armas americanas e quando o chefe espanhol, o maçom La Serna, feridoseis vezes, entregou sua espada ao General maçom, Sucre, este não aceitou, solicitando quecontinuasse nas mãos do bravo militar. As atenções que os prisioneiros e, especialmente os feridos,receberam, foi outra amostra de fraternidade extrema, como igualmente a Ata de Capitulação, em quea generosidade do vencedor ultrapassou as demandas do vencido.

Sucre foi nomeado Presidente Vitalício da nova República da Bolívia, ficando somente até 1828,

quando solicitou demissão e voltou para Venezuela. Em 1830 foi chamado para presidir a Repúblicado Equador. Viajando para tomar posse, foi surpreendido pelos seus inimigos, na Colômbia,morrendo assassinado.

BOLÍVAR DESENTENDE-SE COM A MAÇONARIA Bolívar, envaidecido pela sua glória, recorreu aos países aos quais deu a independência, tentando

manter á Confederação sob as suas mãos. Mas as ambições de seus próprios comandados vão contraele, passando a ser o alvo de numerosos "complots" em meio a profundas desavenças políticas. Atéque aconteceu o atentado mais sério, em Bogotá no dia 25 de setembro de 1828, perpetrado por umasociedade secreta dirigida pelo frei Arganil. Bolívar salvou-se por milagre e reagiu violentamenteemitindo em 8 de novembro de 1828 um decreto que fechava todas as associações secretas,evidentemente incluindo à Maçonaria. Todo o ministério que acompanhava Bolívar era maçom, comexceção de um, mas contra a vontade de Bolívar não adiantava discutir e foram inúteis todas asargumentações dos Ministros. Começou assim o desentendimento e que seria definitivo de Bolívarcom a Maçonaria. E bom lembrar que da vida maçônica de Bolívar no Peru ou em outros países, forada Venezuela, não existem provas tangíveis. Somente existe uma confissão ao escritor maçom, oficialfrancês, Luiz Peru de la Croix, na qual Bolívar reconhece que, por simples curiosidade, ingressou naMaçonaria, tendo recebido o grau de Mestre em Paris, mas afastou-se posteriormente.

O OCASO DOS HÉROIS A América estava liberada do domínio espanhol. O trabalho dos maçons estava terminado e a

América já não necessitava de seus heróis. Miranda morre numa prisão em Cádiz; San Martin exilou-se na França onde morre longe da pátria por ele libertada; O'Higgins morre exilado no Peru; Sucre éassassinado na Colômbia; Bolívar doente, morre desterrado na ilha de Santa Maria (Venezuela)protegido nos seus últimos dias por um espanhol. Todos morreram pobres, abandonados por quemtanto lutaram.A LUTA IDEOLÓGICA NO BRASIL De forma similar aos patriotas da América espanhola, os brasileiros que iriam a dirigir o processoda Independência da sua Pátria desenvolveram seus estudos na Europa, principalmente em Portugal,onde toda a intelectualidade da época achava-se altamente influenciada pela Revolução Francesacom sua Declaração dos Direitos do Homem, pelas idéias dos enciclopedistas franceses lideradospor Diderot e pela ação da Maçonaria com a sua filosofia liberal. Os dois principais patriotasbrasileiros foram os maçons Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva. Apósseus estudos na Europa, regressaram ao Brasil e desenvolveram uma política ativa de engajamentolibertário, com metas diferentes entre si, os que os tornou rivais. Ledo propunha um rompimento totalcom Portugal e Bonifácio, como conservador e vinculado ao poder econômico, queria a união com oreino de Portugal. A luta ideológica das duas facções começou nos Templos maçônicos, assumindoposteriormente caráter público através da imprensa e dos institutos constitucionais da época. O grupo

de Ledo obteve de Dom Pedro I a decisão do "Fico" e concedeu-lhe o título de Defensor Perpétuodo Brasil, conforme proposta da Loja Comércio e Artes, em 1822. A fundação, por Ledo, do GrandeOriente do Brasil, em 17 de Junho de 1822, procurou o envolvimento definitivo de Dom Pedro I naluta libertária dentro dos princípios do grupo liberal. Dom Pedro I foi eleito Grão Mestre emsubstituição a José Bonifácio.

As brigas entre Ledo e José Bonifácio prosseguiram cada vez mais encarniçadas, provocando,

infelizmente, uma cisão na família maçônica, incluindo o fechamento de todas as sociedades secretas.Ledo partiu para o exílio e quando regressa ao Brasil e ao Legislativo, vê perdido seu antigoprestigio e vai isolar-se em sua fazenda, onde morre em 19 de maio de 1847. Da sua parte, JoséBonifácio sofreu os embates das ambições políticas e foi destituído do cargo de tutor do futuro DomPedro II, ficando preso na sua casa na ilha de Paquetá, falecendo em 6 de abril de 1838.

BIBLIOGRAFIA Compilado da Revistas Maçônicas do Chile e Revista A Verdade Publicadona Revista A Verdade de Janeiro/Fevereiro de 1987

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#48

A MAÇONARIA E SEUS CAMINHOS

Os registros históricos indicam que, desde o seu surgimento, a Maçonaria defende a liberdade depensamento, o trabalho livre, a liberdade religiosa e está sempre ao lado dos interesses do povo. AMaçonaria glorifica Deus, o Único Todo-Poderoso Criador do Universo, a quem chama de GrandeArquiteto do Universo (G.:A.:D.:U.:). Utilizando como símbolo universal, o Esquadro, representandoa Lei, e o Compasso representando a Justiça, entrelaçados no centro com a letra G (o Geometria),temos o significado da aspiração máxima da Maçonaria:- A Lei e a Justiça de Deus sobre todos oshomens. A Maçonaria é uma sociedade iniciática e cultural de livres pensadores. O ingresso nainstituição obedece a rigoroso processo e, participar do quadro de obreiros de uma Loja é uma sorte,um privilégio concedido ao candidato que for julgado digno, livre, sensível ao bem e crente emDeus. Pode-se dizer que a Maçonaria é composta basicamente de três elementos: O Iniciático; oFraternal e o Humano. Nos dois primeiros elementos, ou seja, no Iniciático e no Fraternal reside aessência do espírito maçônico. A Ordem é a mesma, sempre e em qualquer lugar do mundo. Já noterceiro elemento, ou seja, o Humano, a Maçonaria apresenta diferentes aspectos em decorrência damentalidade de seus membros influenciada pelo meio em que vivem e, também, pelas circunstânciaspolíticas, econômicas, religiosas ou históricas. Mesmo assim, gira em torno de uma só idéia – atolerância. Portanto, a Maçonaria nunca se apresenta como a dona da verdade. Não impõe dogmas.Muito pelo contrário. Seus membros têm o livre arbítrio. O livre pensar. Por se encontrar unidaespiritualmente em seus diversos princípios a Maçonaria se tornou uma Instituição Universal.Entretanto existe, sob a ótica material e institucional, uma profunda divisão advinda do própriosentimento maçônico que prefere a adesão crítica à adesão cega, ignorante e irracional.

Em 1717, foram materializadas as Obediências que são potências autônomas e independentes,

pois não há governo central da Maçonaria. Muitas delas, apesar de comungarem alguns princípios,não mantêm um contato ou relacionamento entre si, existindo, até mesmo, obediências que estão derelações suspensas ou cortadas. Não obstante isto, a união espiritual está sempre presente entre osmaçons principalmente no que tange ao espírito dos rituais e dos Graus Simbólicos, que é o mesmoem toda à parte, por maiores que sejam as divergências verbais e dos ritos entre graus idênticos,trabalhados por obediências diferentes. Antes, as Lojas eram livres não havia subordinação agrandes lojas ou grandes orientes. Hoje, muitas lojas estão voltando às origens, assumindo umapostura de liberdade e independência, buscando praticar a maçonaria de forma pura, solidária efraterna, com prioridade na elevação do espírito, na busca do conhecimento, valorização do homemcomo um todo, rumo à paz e ao progresso, despida de vaidades e egoísmo. Ora, em sendo aMaçonaria apologista do livre pensar, da investigação científica, da procura da verdade, nada mais

natural que cada irmão, com o passar do tempo, procurasse fazer parte de lojas onde os seus anseios,a sua procura, o seu modo de ser se identificassem. Daí surgiram oficinas que, sem deixar a práticados Princípios Universais da Maçonaria, direcionaram seus trabalhos com foco específico emdecorrência dos interesses do grupo, do momento histórico, da ação social pretendida e em função domeio e da época.

Perquirir a literatura maçônica, vamos encontrar os seguintes tipos de maçonaria:A Maçonaria Iniciática É o ingresso na Ordem Maçônica quando o Aprendiz recebe, de forma simbólica, o Cinzel e o

Maço instrumentos de trabalho e que o levarão à pesquisa esotérica, no sentido místico. Cabeobservar que o simbolismo é uma das ciências mais antigas do mundo. Através dos símbolos, ospovos primitivos se comunicavam e registravam sua história. O verdadeiro símbolo é aquele quepode ser interpretado por diversos ângulos, de acordo com a capacidade intelectual e emocional decada um. De acordo com a Encyclopedia de Mackey, “a maçonaria é um sistema de moralidadedesenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo”. O Cinzel é o Instrumento do grau deAprendiz. Representa o intelecto e sugere o trabalho inteligente. Simbolicamente, serve paradesbastar a pedra bruta da personalidade. Já o Maço, ou Malho, representa a ferramenta para,alegoricamente, desbastar a pedra ou educar a agreste e inculta personalidade para uma vida ou obrasuperior. O malho simboliza a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessáriopara vencer e superar os obstáculos.

. A Maçonaria Filosófica e a MaçonariaTeísta A Maçonaria congregando todas as manifestações do pensamento humano está sempre a procura

da Sabedoria e da Luz que ilumina e dirige tanto o Macrocosmo como o Microcosmo. Nestecontexto, ela mergulha em busca de conhecimentos estudando a História das Religiões, da Filosofia ea História e Evolução da Humanidade. Assim, são as Lojas Filosóficas, dos altos Graus e as Lojasem que os Irmãos se dedicam aos estudos religiosos, místicos e espiritualistas, construindo uma redeque une todas as correntes do pensamento humano.

A Maçonaria Fraternal ou Clubista As lojas deste segmento têm uma postura mais de clube social, de confraternização entre seus

membros, apesar de realizarem programas de grande alcance humanitário. Nos casos da espécie, hãode se ter as cautelas necessárias para que a oficina não se transforme apenas numa associação longedos objetivos maiores da maçonaria como “Ordem” e Instituição que busca, através da simbologia deseus rituais e no esoterismo, o caminho que leva ao conhecimento e à evolução do ser humano.

A Maçonaria Beneficente

Caracteriza pela postura humanística e filantrópica assumida pelos obreiros, alicerçada na tríade

fé, esperança e caridade. Compromissados com a melhoria das condições de vida do ser humano, aação destes Irmãos não se restringe ao mundo maçônico, mas, quase sempre, dão assistência materiale espiritual também aos profanos e a todas as pessoas menos favorecidas, que foram abandonadaspela sociedade, esquecidos pelos políticos e que estão por toda a parte, nas ruas, sob as pontes eviadutos, levando uma vida indigna e desumana.

A Maçonaria Política A Maçonaria Política consiste na ocupação de espaços na sociedade, participação, atuação cívica

e representatividade. A maçonaria está sempre presente na nossa história. Destacou-se, inicialmente,entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do séculoXVIII, período em que assumiu uma posição avançada, representando um importante centro deatividade política, difundindo os ideais do liberalismo anticolonialista. Sua influência cresceuconsideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como umadas mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todoperíodo monárquico no século XIX. A participação da Maçonaria na política está na sua própriarazão de ser. A política desinteressada, conduzida com honestidade encontra guarita dentro dasaspirações maçônicas e dos princípios de nossa Lei Maior, ou seja, a construção de um EstadoDemocrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, asegurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de umasociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, naordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.

A Maçonaria Conspiratória Ao longo de sua existência a Maçonaria teve que superar enormes obstáculos advindos das

perseguições religiosas, políticas e, até mesmo, de incompatibilidades surgidas entre os seusmembros no curso da sua evolução histórica. A crença de que não existe verdade pétrea, que a vida éum aprendizado constante e, a cada segundo, conceitos são mudados, novas descobertas sãoanunciadas, fazem com que o verdadeiro maçon tenha o dever de investigar com habilidade, bomsenso, sabedoria e procurar a Verdade com vistas à construção de um futuro melhor, mais humano eque a paz seja alcançada. Desta forma, onde houver um ditador e uma ditadura haverá alguém seopondo. Este alguém poderá ser um maçon ou contar com o apoio da maçonaria. Enquanto aMaçonaria defender a liberdade do ser humano será sempre um alvo de perseguições e intolerâncias.Porém, a Maçonaria e o Ideal Maçônico já provaram que podem ser amordaçados, mas nuncaemudecidos. Finalmente, podemos dizer com toda tranqüilidade que ao trazerem para a Loja as suascaracterísticas pessoais os irmãos constroem um ambiente com o qual se identificam, tornando os

trabalhos mais eficientes e eficazes, mas sempre respeitando os símbolos e praticando os rituais deacordo com os mandamentos maçônicos. Concluindo, gostaria de homenagear um personagemhistórico que é bastante caro e importante a toda Ordem Maçônica. Assim, peço vênia ao grandepoeta de além mar, Fernando Pessoa para, fazendo minhas as suas palavras, dizer que o maçon deve:

Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros

Templários, e combater, sempre e em toda a parte os seus três assassinos: a IGNORÂNCIA, oFANATISMO e a TIRANIA.

Bibliografia 1. As associações Secretas – Analise Serena e Minuciosa a um Projeto de Lei apresentado ao

Parlamento, Pessoa, Fernando, Diário de Lisboa, 04.02.35. 2. Tipos de Maçonaria, Júnior, EdmirMármora, Revista Trolha nº 226. ago/05 3. A Maçonaria e sua Política Secreta, Castellani, José,Traço Editora - 1982 4. Das Origens e Essência da Maçonaria e do seu Contributo Judaico,Pessoa, Fernando, Editora Princípio 1993. 5. Sociedades Secretas, Cabral, José, EditorialImpério Lisboa, 1935. 6. A Ordem na Visão de Fernando Pessoa, Calado, Antônio AlvesRodrigues, Revista A Trolha, julho de 1999. 7. Constituição da República Federativa do Brasil(Preâmbulo).

UM BEIJO NOS CAMINHOS DE SEUS CORAÇÕESPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/maconaria-e-seus-caminhos.html

#49

APRENDENDO SEMPRE

Para aprender devemos estar abertos para exercitar nossahumildade e flexibilidade. Algumas pessoas que jáalcançaram determinado patamar em sua graduação, por orgulho e arrogância, dificilmente

acreditam que ainda há o que aprender, pois pensam saber tudo. Da mesma forma uma pessoa rígidaem seus valores e padrões têm muita dificuldade em aceitar as mudanças, querendo sempre ter ocontrole de tudo e todos. Enfim, não temos como saber tudo, pois estamos em constante processo demudança e evolução, independente de idade ou do quanto já sabemos. Por isso, para que hajamudança, devemos ser flexíveis; e para aprender, devemos ser humildes. A arrogância, o orgulho e arigidez são verdadeiros obstáculos para o aprendizado e conseqüente crescimento.

Quando nós resistimos, estamos permitindo que os conflitos e a insatisfação venham ao nossoencontro. Agora pensemos sobre as situações passadas que nos permitiram aprender algo, seja sobrenossa vida profissional ou pessoal. Certamente, ao sair de nossa zona de conforto descobriremos oquanto fomos, e ainda somos capazes de aprendermos transmitindo nossos conhecimentos; docontrário,

vamos vivendo sem muitas reflexões, questionamentos, sem mudanças ou crescimento Mas quesaibamos que outras lições virão, e teremos cada vez mais a certeza que tudo acontece para quepossamos crescer e subir mais um degrau nessa escada sem fim de nossa evolução.

Texto enviado por nossa cunhada Dra. Lúcia Helena Rique Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/aprendendo-sempre.html

#50

A CHAVE DE HIRAM – OS SEGREDOS PERDIDOS DA MAÇONARIA

Estamos sempre diante da impressão de que algo não foi dito ou não foi bem retratado acerca doseventos que tiveram lugar ao longo dos séculos. Daí encontrarmos uma série de estudos voltados àredescoberta de verdades históricas. Assim nasceram o materialismo histórico e a mais tarde achamada “nova história”. Na linha do materialismo histórico a abordagem chamada “crítica”, a“visão dos vencidos” tem sido a mais convincente. A premissa é transparente: os vencedores têmsempre alguma coisa menos dourada, mais complexa, que preferem ou precisam ocultar acerca desua atuação no cenário histórico. Os vencidos nada têm a perder e somente podem se beneficiar comuma análise histórica profunda, radical. Os IIr.’. britânicos Christopher Knight e Robert Lomas, emA Chave de Hiram, ed. Landmark trazem-nos aportes impressionantes que, como outras obras destegênero ao longo dos séculos, coloca em xeque uma série de valores das religiões formalmenteestabelecidas no Ocidente Cristão (católicas romana e ortodoxa mas, principalmente as protestantes).Por exemplo: finalmente temos uma explicação convincente para o fato de a Bíblia traduzida aoalemão por Martinho Lutero trazer vários Livros da Bíblia, como os 2 capítulos que compõem ahistória da resistência dos Macabeus a Antíoco Epifane – aliás a Bíblia de Lutero é letra por letraidêntica à Bíblia Católica Romana – enquanto as versões protestantes (King James em inglês e JoãoFerreira de Almeida em português) não trazem I e II Macabeus, além de haver ainda uma série deoutros expurgos, livros faltando que, segundo os protestantes, “não são livros inspirados, sãomeramente históricos” ao contrário do que Luteranos e Católicos acreditam.

Em síntese, Judas Macabeu instaura uma nova linhagem que, embora heróica, não é reconhecida

pelo judaísmo oficial por questões sucessórias (ele não era da tribo de Davi). Os CavaleirosTemplários, quando de suas escavações em Jerusalém, pelo XII século, possivelmente localizaramesta informação em antigos escritos ali depositados e, como o protestantismo recebeu poderosainfluência daqueles Cavaleiros cristãos excomungados no século XIV pela Igreja Romana, a visãotemplária está presente nas bíblias protestantes e não nas católicas. Lutero sofreu pouca ou nenhumainfluência dos descendentes intelectuais e espirituais dos Templários, estando assim muito maispróximo da Igreja Romana. Até que surja uma explicação mais profunda ou detalhada, esta hipóteseaventada pelos Autores é perfeitamente convincente.

I – A origem da Maçonaria não está nas Guildas de Pedreiros MedievaisChris Knight e Robert Lomas iniciam seu Trabalho ressaltando ser a Maçonaria uma Instituição

tradicional, voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo e da sociedade, sob os auspícios de Deus ouGrande Arquiteto do Universo. Ao contrário das religiões formalmente estabelecidas, não há naMaçonaria qualquer referência a entidades ou divindades “das trevas”: é a única Instituição

radicalmente Monoteísta do Ocidente. De pronto descartam a hipótese segundo a qual, antes deformalizar-se na Inglaterra no dia 24 de junho de 1717, a Maçonaria ter origem exclusiva ouprincipal nas guildas de pedreiros medievais. Apresentam 3 motivos para esta conclusão:

Todas as Corporações de Ofício de Pedreiros Medievais recebiam as bênçãos da Igreja Romanao que seria impensável para a Maçonaria. Ficava-se por vezes uma vida inteira, por exemplo, naconstrução de uma grande Catedral, tornando desnecessários códigos de reconhecimento. Quanto àprofissão, se alguém alegasse ser pedreiro sem o ser, sua inabilidade o denunciaria rapidamente.AsAntigas Obrigações (Old Charges) da Maçonaria estabelecem, por exemplo que “nenhum irmão deverevelar qualquer segredo legítimo de qualquer outro irmão se isso puder lhe custar a vida ou asposses”. Somente por excomunhão alguém poderia correr este risco naquele tempo. Hereges eramexcomungados. Que atividade de construção poderia conduzir pedreiros cristãos à condenação porexcomunhão? Mais lógico concluir serem Cavaleiros em fuga – os Templários em cujas cores,símbolos e costumes há tanta reminiscência na Maçonaria. Há ainda, nas Old Charges a proibiçãoperemptória de um irmão relacionar-se sexualmente com qualquer mulher da família de outro irmão.Cavaleiros em fuga que solicitassem proteção precisariam deste cuidado, sem dúvida! Mas o quepoderia impedir um pedreiro, por exemplo, de casar-se com a irmã de outro? Há mais, nas OldCharges, mas atenho-me à mais chocante: entre maçons sempre se contaram muitos reis e nobres. Oque conduziria reis e nobres a aprender normas de comportamento moral com humildes pedreiros? Oargumento apresentado como “definitivo” pelos Autores é o fato de nunca ter havido guildas depedreiros na Inglaterra, berço da Maçonaria. (Sobre este as reminiscências a “construções”existentes na Ordem há outra explicação muito mais consistente que a fantasiosa hipótese “guildas depedreiros medievais”, mas fogem ao escopo destas notas. Alhures e oportunamente o desenvolverei).

II – Os Segredos Perdidos da MaçonariaViajando a 3 continentes (Europa, África e Ásia) os Autores investigam antigas construções,

idiomas locais, bibliotecas e reminiscências em histórias populares encontrando explicaçõesfascinantes a praticamente todas as expressões que usamos em Loja – e quem de nós não sentiu odesejo sincero de conhecer profundamente as origens do que dizemos nos Rituais, freqüentementerecebendo a admoestação de que “compreenderíamos mais tarde”, o “mais tarde” vai chegando e osmistérios aumentam sem que expliquem os primeiros, etc? Pois os IIr.’. Knight e Lomas sentem estapulsão e contam com a possibilidade de pesquisar in loco, trazendo-nos informações precisas epreenchendo esta lacuna.Desde o primeiro contato com a Ordem sabemos que havia segredosoriginais que foram perdidos por circunstâncias dramáticas envolvendo a morte de um homemlendário – Hiram Abiff, construtor do Templo de Salomão – segredos que foram substituídos ourecriados em época bem remota. Os Autores, com a discrição necessária a uma Obra destinada aogrande público, apontam na direção certa a pesquisarmos. Detalhes da vida de Sequenenre Tao, reiegípcio do Alto Nilo em período tenso, quando o Baixo Nilo estava sob o controle dos hicsos,

apontam na direção da origem exata do mito de Hiram Abiff, ficando como hipótese de trabalhoaltamente convincente a especulação se o patriarca Abraão seria também um nobre hicsos. Muito doque se vê no interior da Loja Maçônica vem convincentemente explicado em A Chave de Hiram que,cautelosamente, apresenta fatos e dados históricos claramente delimitados das especulações dosAutores – abundam no livro expressões como “talvez”, “provavelmente”, “quase com toda acerteza”, etc. quando se envereda pelo caminho especulativo, mas estas especulações sãorobustecidas por documentos antigos, fotos e transliterações idiomáticas que realmente nospersuadem. Melhor que a leitura da Obra só mesmo uma visita aos sítios arqueológicosmencionados, de Ur, na Mesopotâmia (atualmente Iraque...) passando pelos monumentos ebibliotecas egípcias, Jerusalém e o Vaticano, chegando à Capela Rosslyn, na Escócia. III – Algunsaportes

Investigando de perto, com total isenção e sem estar sujeito a qualquer limitação dogmáticaapriorística, os Autores chegam a conclusões a um só tempo fascinantes e perturbadoras. Cito aquiapenas 7 dentre as muitas arroladas ao longo da Obra. A vinda dos descendentes de Abraão (José eseus irmãos) ao Egito estaria no contexto das chamadas “invasões hicsas” àquele importante centrodo Mundo Antigo. A cerimônia de consagração do rei egípcio envolvia um ritual onde se encenava asua morte e, na encenação de sua ressurreição, ele era erguido pelos sacerdotes que lhe murmuravamao ouvido: Ma’at neb-men-aa, ma’at-ba-aa que, em egípcio antigo, traduz-se literalmente como“Grande é o Mestre de Ma’at. Grande é o Espírito de Ma’at” – Ma’at é a corporificação institucionalda Verdade e da Justiça. Estaria a vida e a morte trágica de Sequenenre Tao na origem do mito deHiram Abiff? As marcas existentes em sua múmia, em exposição no Museu do Cairo e reproduzidasno livro, reforçam esta tese. Moisés foi iniciado nos mistérios do Egito Antigo e muito da teologiajudaica retrata reminiscências egípcias, assim como sumérias, caldéias e babilônias. Os pilares quese destinavam a unir o humano ao divino nos reinos do Alto e do Baixo Nilo são as mais antigasreminiscências ao que mais tarde seriam as Colunas do Templo de Salomão. Há uma ligação estreitaentre o simbolismo das pirâmides, a Estrela de Davi e a Estrela da Manhã (Vênus), como o maisimportante líder político e religioso dos hebreus definia a si mesmo. Os manuscritos encontrados noMar Morto trazem informações riquíssimas sobre a história de Israel, o momento em que a Palestinaestava sob o domínio romano e os primórdios do cristianismo – manuscritos similares provavelmentetenham sido encontrados pelos Templários quando de suas escavações em Jerusalém tornando-osdignos herdeiros das Tradições Egípcias reproduzidas em Israel assim como precursores daMaçonaria como a conhecemos hoje. A Cabala seria a racionalização matemática e grega do antigopensamento tradicional dos líderes religiosos hebreus. IV – O Resgate

A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em Qumram, Palestina e Nag Hammadi, no AltoEgito, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, trouxe luzes incríveis sobre os tempos dedominação da Palestina pelos romanos e os primórdios do desenvolvimento dos ensinamentos deJesus Cristo. Encontraram-se diversos pergaminhos, em péssimo estado de conservação (alguns com

mais de 2.500 anos de idade!) narrando histórias dos hebreus em seu cativeiro na Babilônia, dosprimeiros discípulos de Cristo, códigos de legislação e uma série de dados, muitos dos quaisfrontalmente conflitantes ao que se tornou a história oficial tanto do povo hebreu quanto da PrimeiraIgreja de Jerusalém sob a liderança de Jesus Cristo e, a seguir, de seu irmão Tiago. Há muito ainda aser traduzido e compreendido, somente se arranhou a superfície de toda aquela gama enciclopédicade informações; à medida em que nossos corações se tornam capazes de receber a plenitude damensagem deixada a nós pelos zelosos rabinos da comunidade de Qumram e os primeiros cristãos deNag Hamadi, mais será revelado. Está provado que documentos similares foram sepultados sob oTemplo de Salomão – há inúmeras referências cruzadas a “documentos protegidos debaixo do Santodos Santos, no Templo de Salomão”. Os Templários os desenterraram e, com o auxílio deintelectuais da época, decifraram. Toda esta informação está incorporada aos rituais maçônicos: háum grau, o do Santo Real Arco, que rememora, por alegorias ilustradas em símbolos, precisamente adescoberta destes documentos. Isto nos traz dados que permitem compreender melhor a história dosprimórdios da civilização humana no Oriente Médio e apreender a plenitude do simbolismomaçônico.

BIBLIOGRAFIAA Loja Cavaleiros do Templo nº 26 parabeniza a este Ir.'. e Mui digno Mestre por esta Peça de

ArquiteturaLázaro Curvêlo Chaves – M.’.M.’. Delegado da G.’.L.’.U.’.S.’.A.’. para a região norte de São Paulo e Sul de Minas

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#51

OS PRECEITOS DA RELIGIÃO MUÇULMANA

O Cinco Pilares do Islã, segundo Roger Garaudy na Obra "Promessas do Islã", publicada noBrasil pela Nova Fronteira em 1988, podem ser assim resumidos:

1. Profissão de Fé: "Existe um único Deus e Maomé é seu profeta". Nenhuma outra divindade senão Deus: Maomé, seu mensageiro. O universo inteiro ganha assim um sentido, o absoluto revelando-se no relativo sob a forma de "sinais", de símbolos. A natureza e os homens, do mesmo modo que apalavra do Alcorão, eram uma aparição, uma manifestação de Deus. "Não há nada que não cante seuslouvores, mas vocês não compreendem seu canto" (XVII, 44).2. Oração: a prece é e a participaçãoconsciente do homem no canto de louvor que liga todas as criaturas ao seu criador. "Volte a simesmo para encontrar toda a existência resumida em você." A prece integra o homem de fé a essaadoração universal: realizando-a, com o rosto voltado para Meca, todos os muçulmanos do mundo etodas as mesquitas cujo nicho do mirhab designa a direção da Kaaba são assim integrados, porcírculos concêntricos, a essa vasta gravitação dos corações rumo ao seu centro. A ablução ritual,antes da prece, simboliza o retorno no homem à pureza primitiva pela qual, rejeitando a si mesmotudo o que pode macular a imagem de Deus, ele se torna seu perfeito espelho.

3. Jejum durante o mês sagrado do Ramadã. O jejum, interrupção voluntária do ritmo vital,

afirmação da liberdade do homem em relação ao seu "eu" e aos seus desejos, e ao mesmo tempolembrança da presença em nós mesmos daquele que tem fome, como de um outro eu mesmo que devocontribuir para tirar da miséria e da morte.

4. Zakat. Não é esmola, mas uma espécie de justiça interior institucionalizada, obrigatória, quetorna efetiva a solidariedade dos homens da fé, isto é, daqueles que sabem vencer em si mesmos oegoísmo e a avareza. O zakat é a lembrança permanente de que toda riqueza, como tudo, pertence aDeus, e que o indivíduo não pode dispor dela à vontade, que cada homem é membro de umacomunidade.

5. A peregrinação a Meca, enfim, não apenas concretiza a realidade mundial da comunidademuçulmana, mas, dentro de cada peregrino, vivifica a viagem interior em direção ao centro de simesmo. O tema central do Islã, em todas as suas manifestações, é esse duplo movimento de fluxo dohomem em direção a Deus e de refluxo de Deus em direção ao homem, sístole e diástole do coraçãomuçulmano: "Na verdade, somos de Deus e a Ele retornamos" (II, 156)

Todos os preceitos que devem ser seguidos encontram-se reunidos no Alcorão (a grafia "Corão"

também é considerada correta), livro sagrado escrito a partir das sínteses dos ensinamentos deMaomé. Trata-se de um livro com conotações nitidamente político--religiosas, assumindo o caráter

de uma verdadeira constituição para o povo islâmico. Os feitos de Maomé foram reunidos por seusfamiliares em um livro denominado Suna, no qual se encontram as bases da tradição, formuladas apartir dos exemplos dados por Maomé durante sua vida. Destaca-se, entre os preceitos básicos daSuna, a Djihad. Por vezes mal compreendida, a Djihad ou Jihad, pode ser traduzida realmente como"Guerra Santa". Segundo ainda Roger Garaudy, filósofo franco-argelino convertido ao islamismo, háduas grandes formas de se fazer a Guerra Santa preconizada pelo Profeta. Há a "Grande Jihad" ouluta contra o ego e a "Pequena Jihad" que é a busca de persuasão do infiel aos caminhos do Profeta.Seguindo ainda aquele autor, "idolatria é adorar como se fosse Deus algo que não é Deus". Nestesentido, a egolatria é uma das formas mais condenáveis de idolatria e a Grande Jihad volta-se a darcombate a esta forma de idolatria. A "Pequena Jihad" busca, principalmente pela persuasão, mas àforça se necessário, proteger o Islã e trazer novos crentes para o Islã.

A partir da existência de dois livros sagrados, o mundo muçulmano dividiu-se em dois grandes

grupos: os xiitas, seguidores exclusivamente do Alcorão, que negam qualquer outra fonte deensinamento; e os sunitas, que adotam como fonte de ensinamento, além do Alcorão, as Sunas,coletânea de relatos acerca das práticas adotadas por Maomé e seus seguidores.

BIBLIOGRAFIAPeça de Arquitetura extraida do blog Templo Maçônico, a quem creditamos todo o texto.Um beijo no seu coração

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#52

AS LOJAS DE SÃO JOÃO

Quando os trabalhos são declarados abertos, há referência a São João, dito nosso padroeiro.Porém, qual o São João? São muitos, na Igreja Católico-Cristã, os santos com o nome de São João"disso e daquilo, etc." Os regulamentos maçônicos recomendam se festejar a dois, a São João, "oBatista", e a São João, "o Evangelista".

O BATISTASão João Batista, também dito "o Precursor", era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, por

conseguinte, também parente de Jesus. Ele ganhou o epíteto de "batista" porque, no rio Jordão,"batizava" as pessoas,derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-osespiritualmente(batismo significa banho). Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meiovestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Quram, pertodo mar Morto.

Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinha vários

seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequer de Lhedesatar as sandálias. Vituperava a Herodes Antipas ¾o rei imposto pelos romanos aos judeus ¾ ,porque Antipas mandara matar a seu meio-irmão para ficar com a sua esposa. Antipas mandoudecapitar a João Batista, atendendo o pedido de Salomé, sua enteada, filha de seu meio-irmão, acimareferido. O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de sucomemoração.

O EVANGELISTAO outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no de Evangelista porque, além depregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4o. Evangelho, de três epístolas e do famosoApocalipse. Essa palavra quer dizer "revelação". Nele, João relata as revelações que teria tidosobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar nos fins dos tempos, catástrofes,guerras, pestes, castigos, a palavra "apocalipse" ganhou a conotação de "algo ruim, apavorante,cataclismático, terrificante". A linguagem é extremamente simbólica, de difícil compreensão.

É comemorado a 27 de dezembro.MAÇONARIA OPERATIVANa verdade, porém, como vem registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das

Constituições de Anderson, de 1723, e com elas publicados, o dia que os maçons operativos dopassado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou,opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro.Aliás, notar que a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24

de junho. Veja-se como vem redigido esse cãnone dos Regulamentos Gerais, aprovados, pelasegunda vez, no dia de São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João,duque de Montagu, para Grão-Mestre:

"XXII. Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão emuma COMUNICAÇÃO ANUAL e Festa, em algum Lugar apropriado, no Dia de São João Batista,ou então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novoRegulamento, pois essa reunião ocorreu nos Anos passados no Dia de São João Batista:Provido(...)"

RAZÕES ESOTÉRICASSó por uma segunda opção a reunião e festa ocorreria,portanto, no dia 27 de dezembro, na festa do

outro São João. Mas, por quê? O porque dessa alternativa tem uma explicação esotérica, que remontaàs prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dos romanos. A esses colégios deartesãos, de diferentes ofícios, pertenciam também os da construção. Eles acompanhavam as tropasromanas, para o trabalho de reconstrução e instalação da administração imperial, nas terrasconquistadas e colonizadas. E com eles ia a sua religião ou religiões, para ser mais exato, ainda queentre os romanos a predominante fosse a da adoração à Mitra, que era representado por uma figurahumana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outros deuses, notadamente, o de Jano, umafigura de duas cabeças coladas e opostas, cada uma olhando em sentido contrário a da outra, e quesimbolizavam: uma, o solstício da entrada do verão (24 de junho, hemisfério norte); a outra, osolstício da entrada do inverno (27 de dezembro, hemisfério norte). Esses solstícios estão semprepresentes, nas festas pagãs, porque vinculadas à Natureza.

É aí que encontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e os natalinos, aque a nova religião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo queconseguiu foi a substituição. Todavia, no seio da maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce,ambas as datas sobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados. Não esquecer queos colégios, principalmente, os dos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistériosde antiguíssimas sociedades iniciáticas, todas praticantes de ritos solares. Se você, leitor efreqüentador da Loja Virtual, tiver algo a acrescentar, ou mesmo a reparar, por favor, escreva paranós.

BIBLIOGRAFIAESTA PEÇA DE ARQUITETURA É UM FRASCO DE PERFUME RARO.Um beijo no seu Coração

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#53

O SURGIMENTO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA

Para pesquisar este complexo tema faz-se necessário examinar algumas lendas enraizadas noimaginário maçônico, para as quais não existe nenhuma comprovação documental. A primeira delasdescreve o nascimento da Maçonaria Especulativa como sendo a descendente direta da Guilda deOfício correspondente, que teria deixado entrar os não operativos ou aceitos em suas Lojas. Estesnovos membros acabariam por dominar a guilda de ofício, não só em número, mas também na suaadministração, transformando-a na organização maçônica que conhecemos a partir de 1717. Semdúvida, a Maçonaria moderna muito deve à instituição chamada de Venerável Companhia dosMaçons Livres da Cidade de Londres, como era chamada nos documentos oficiais, a corporação quereunia os que praticavam a arte de construir. Não é sem razão que a instituição atual é a suasucessora, quase sem mudanças, no nome e em muitos dos seus princípios de governo. A Maçonariaatual herdou nos nomes dos Oficiais e Dignitários mais importantes, o método de auto-sustentaçãofinanceira, a taxa de admissão, e outros usos, A bem da verdade, estes usos eram típicos de todas ascorporações medievais, Entretanto, tudo isto não explica por quê os não operativos teriam solicitadoa sua admissão, especificamente nesta corporação de oficio.

Uma explicação inicial, que Anderson foi buscar na antiguidade, consistiria no fato de que a

admissão à corporação era atrativa em termos de “status social”, ou seja, por ser um ”símbolo dedistinção”, como atualmente o é a admissão em associações do tipo Rotary ou Lions Clubs. Assimsendo, tratar-se-ia da atração que uma Companhia de Ofício, rica e poderosa, teria exercido sobre oshomens que profissionalmente não pertenciam à corporação. Na realidade, isto é altamenteimprovável. De fato, devemos considerar que já no inicio do séc. XVII a Companhia de Ofício tinhaperdido toda a sua importância e poder efetivo (causada pela falta de grandes obras, geralmentepatrocinadas pela Igreja, cujo prestigio e poder econômico estava em decadência e já não era omesmo da alta Idade Média). Qual seria então a atração que uma corporação em declínio poderiaexercer sobre homens em busca de realizar suas ambições sociais? Uma segunda explicação sustentaque os não operativos foram atraídos para a corporação devido aos segredos esotéricos que estapossuía. Aqui também, devemos ressaltar que não existe nenhum documento das lojas operativas queateste a existência de qualquer tipo de mistério que não fosse aquele ligado aos segredos deprofissão, do mesmo tipo que se podem encontrar em qualquer outra corporação do gênero. Apropósito, recordamos a suposta existência, na Inglaterra, de um grupo da chamada sobrevivênciaoperativa, com um ritual com sete graus, que dividiam os Irmãos conforme o grau, em maçons doesquadro e maçons do arco, hipótese tão cara a René Guénon, o que é uma mistificação que apareceue logo desapareceu no século XX. No que se refere à assim chamada Compagnonage, organização

que só existiu na França, e na qual os Maçons não tinham a predominância, sabe-se que a sua parteritual e esotérica é posterior à da Maçonaria Especulativa. Quanto aos famosos Mestres Comacinos,não existem documentos que atestem que tenham existido sob a forma de corporação. Os éditoslongobardos que os mencionam são dos séc. VII e VIII, enquanto que os sistemas corporativos, comos seus juramentos, só aparecem no início do séc. XII (O Estatuto de Bolonha, de 1248).

Os artigos dos éditos de Rotari e de Luitprando, falam somente dos regulamentos a serem

aplicados nos casos de eventuais acidentes no exercício da profissão de construtor. Falam tambémdas compensações a serem atribuídas aos acidentados ou às suas famílias. Por outro lado, não seencontra nestes éditos nada que possa sugerir algo de misterioso ou de esotérico na profissão dosMestres Comacinos. Também não é conhecido nenhum documento medieval das Guildas de Ofícioque mencione qualquer forma de ensinamento esotérico, partilhado por seus membros.Especificamente em relação à Inglaterra, ninguém que já tenha lido os manuscritos Regius, Cooke,etc. encontrou neles quaisquer segredos, a não ser os relativos à profissão, a par de uma forteinfluência cristã, além da atenção dispensada aos problemas práticos, econômicos e referentes àadministração do pessoal operativo. Assim sendo, não se conhece nenhum documento que contenhareferências àqueles que são os pontos fundamentais do esoterismo maçônico atual, ou seja: Palavras,Sinais, Toques, a Lenda do Terceiro Grau ou similares. Na realidade, todos os documentos afirmamexatamente o oposto, isto é, que só depois do ingresso dos membros não operativos, no séc. XVII, foique começaram a encontrar-se indícios de que algo misterioso estava acontecendo no interior dacorporação. A propósito, mencionamos algumas datas:

Já nos anos de 1520/21 os registros contábeis da corporação mencionam pagamentos efetuados

por alguns membros e oficiais operativos, que tinham sido feitos maçons aceitos. É de ressaltar quenesta altura alguns membros aceitos eram já membros “ativos e quotistas” da Corporação de Ofício(embora a primeira admissão oficial, na Saint Mary’s Chapell Lodge, só tenha sido registrada em1600). Deste modo, estamos diante de acontecimentos exatamente opostos àqueles que sempre sesupôs acontecerem, isto é, que são os membros operativos que são admitidos entre os Aceitos, e nãoo inverso. De tal fato, podemos supor a existência de uma estrutura organizada e independente.Assim, fazer parte da organização operativa não significava pertencer automaticamente à organizaçãoespeculativa. Outro fato significativo é que nos anos de 1655/56 a Companhia de Ofício decidiuretirar a palavra “freemasons” (Pedreiros Livres) de seu título, passando a chamar-se somenteCompanhia dos Maçons. Este fato permite supor que a mudança no nome da Companhia de Ofíciovisava oferecer cobertura a uma nova organização surgida em seu interior. O certo é que osprimeiros sinais dos não operativos são todos posteriores ao início do séc. XVII. Na Escócia, emEdimburgo, os primeiros sinais aparecem em 1634. Em Atchison”s Haven, em 1672, 1677 1693. EmKilwinning, em 1672 e em Aberdeen, em 1670. Na Inglaterra, já em 1621 os registros comprovam a

existência de uma Sociedade de Maçons, em conjunto com a corporação de ofício regular. Esta novasociedade recebia capitações dos maçons Aceitos, tanto dos construtores de ofício, quanto dos quenão tinham nenhuma relação com a profissão.

Deste modo, é pode-se perfeitamente admitir que durante o séc. XVII tenha sido constituída uma

fraternidade oculta, dentro da corporação profissional. Os seus membros ditos Aceitos seriam osefetivos possuidores do esoterismo e da maior parte da ritualidade que nos é hoje conhecida. Osmembros desta nova fraternidade foram gradativamente assumindo a sua condição maçônica peranteo público externo, a partir da segunda metade do mesmo século. A partir deste ponto, devemosprocurar as origens deste novo grupo, a possível data de sua constituição, os seu conteúdo filosóficoe esotérico, os seus fundadores, e o motivo pelo qual decidem ocultar-se dentro da corporação dosconstrutores. Todos os pesquisadores concordam em que o esoterismo maçônico, com a sua traduçãoem rituais, símbolos e ensinamentos, é uma criação desenvolvida ao longo de algumas dezenas deanos, e é obra dos Especulativos. Quem seriam os homens que possuíam este tipo de conhecimentos ?Sem dúvida, eram homens de condição social média/alta, pertencentes à burguesia iluminada e que,nos dias de hoje, poderiam ser chamados de “liberais”. Eram pesquisadores e estudiosos dasculturas da antiguidade, colecionadores de manuscritos e de livros raros. Muitos se tornarammembros da Sociedade Real (Royal Society). Fazia também parte do seu projeto social a difusão doconhecimento científico, visando melhorar as condições de vida das populações mais humildes. Sobo ponto de vista religioso, numa época conturbada da história da Europa ( a Inquisição ) esteshomens manifestavam uma forte tendência para a tolerância, a partir de um forte teísmo do tipojudaico-cristão.

Características muito importantes são as relações que muitos deles tinham com os sobreviventes

do movimento Rosa-cruz da Alemanha, que se refugiaram na Inglaterra depois da dissolução do reinoda Boêmia, em 1619. Os primeiros documentos que atestam a existência dos Aceitos, são datados dedois anos depois, isto é, de 1621. Deve-se notar que a Inglaterra era, na Europa de então, o únicopaís que os colocaria a salvo dos processos e dos autos de fé da Inquisição Católica. Mesmo naInglaterra a situação político-religiosa estava em transição, e ainda era bastante perigosa adivulgação dos conhecimentos esotéricos, filosóficos e sociais que os haviam inspirado. Nestascondições, era bastante atraente a oportunidade de se ocultarem dentro da organização, de modo aresguardar a permanência do conhecimento não ortodoxo, bem como a sua transmissão, de modovelado. O simbolismo geométrico-arquitetônico era utilizado para exprimir o conteúdo doconhecimento esotérico e filosófico. Assim, nada melhor para assegurar a continuidade datransmissão velada deste conhecimento do que a utilização de uma corporação de ofício, em declínioe de fácil manejo. Deste modo, a mensagem rosa-cruz foi introduzida na corporação dos maçonsoperativos ingleses, com a criação de rituais que asseguraram a sua sobrevivência e a sua

transmissão futura. Como já dito, estes rituais – Aprendiz e Companheiro – foram sendo desenvolvidos durante todo

o séc. XVII e início do séc. XVIII. Não se conhecem com exatidão as datas em que foram concluídosestes rituais, por dois motivos: em primeiro lugar, os rituais não eram escritos. Em segundo lugar,porque eram escassos os registros das reuniões das Lojas. Os registros existentes das reuniões desteperíodo referem-se, basicamente, aos aspectos administrativos das reuniões. Jamais, em relação aosaspectos ritualísticos. A mensagem rosa-cruz tinha duas componentes: uma exotérica e outraesotérica. A primeira é facilmente reconhecida, e ainda hoje é uma das colunas de apoio do ensinomaçônico. Propõe a tolerância religiosa, a ação social em favor dos necessitados, a difusão dacultura, a preferência pelos sistemas democráticos de governo, a aversão por toda a forma dedespotismo, o compromisso com o social em todas as suas formas, e a obrigação de manter umcomportamento ético irrepreensível. A componente esotérica e metafísica começa a ser conhecidacom o aparecimento dos Aceitos. Inicialmente se tem conhecimento da expressão “PalavraMaçônica”, cujo significado era desconhecido, e cujo segredo os Aceitos defendiam de maneiraquase feroz. A esse respeito, Henry Adamson escreveu em 1638: “Nós temos a Palavra Maçônica e asegunda vista”. Henry Home assim se expressava em 1640: “Existem muitas palavras e sinaisMaçônicos que vos serão revelados e de cujo segredo vos pedirei contas diante de Deus, no grande eterrível dia do Juízo Final. Deveis manter sempre o segredo sem revelá-lo a ninguém, a não ser aosmestres e companheiros da Sociedade dos Maçons”.

Além disso, encontramos referências nos juramentos de que essa Palavra jamais devia ser escrita,

nem sequer na areia, sob pena de terríveis punições. Assim, parece certo que esta palavra deviaconsistir de algum tipo de conhecimento que nunca foi revelado. Neste ponto, é inequívoca ainfluência rosa-cruz. Vejamos ainda alguns pontos que ajudarão em nossas conclusões. Sem imitar otrapalhão Ragon, analisemos as características do maçom aceito mais conhecido do séc. XVII.Referimo-nos a Elias Ashmole, iniciado em Warrington a 16 de outubro de 1646, aos 29 anos, comoconsta em seu próprio diário, no qual o termo usado não é “iniciado”, mas “aceito”. Em outro de seusdiários ele escreveu, a 13 de maio de 1653, que o seu padrinho na Ordem, o senhor Blackhouse, lherevelou no leito de morte, por sílabas, o nome da matéria da Pedra Filosofal. Em 1663, Ashmoletornou-se membro da Sociedade Real. O segundo ponto a ressaltar consiste nas freqüentesreferências, nos rituais, à assim chamada Lenda Críptica e às suas conexões com o simbolismo doTemplo de Salomão. Convém lembrar que o ritual maçônico do grau de Aprendiz, praticamente naforma em que o conhecemos, foi desenvolvido e aperfeiçoado ao longo da segunda metade do séc.XVII e, provavelmente nas primeiras décadas do século seguinte. Devemos também lembrar que adefinição de Deus como Grande Arquiteto do Universo não é, como se poderia pensar, de origemmaçônica, mas sim de uma antiga versão de uma lenda Alquímic0/Rosa-cruz. L”Andréa, conhecido

por ter divulgado os Manifestos Rosacruzes em Londres, já usa esta expressão em um trabalho de1623. Portanto, muito antes do desenvolvimento dos rituais maçônicos.

No que se refere ao sistema ritual que contém o Real Arco, muito apreciado pelos maçons, deve-

se ressaltar que a lenda críptica é repetida, em várias versões, e que as referências alquímicas nosgraus superiores ao terceiro são bastante explícitas, sem esquecer que um dos graus mais importantesdo sistema é o Príncipe Rosa-Cruz. Os argumentos acima expostos permitem concluir que oensinamento dos Aceitos tem por base os conhecimentos alquímicos dos rosa-cruzes, com todas assuas conseqüências filosóficas e metafísicas. Assim, concluímos também que o conhecimentoesotérico e ocultista esteve presente nos primórdios da Instituição Maçônica atual e que a evoluçãodo ritual e do simbolismo, ocorrida ao longo do séc. XVII e início do séc. XVIII, foi a maneiraencontrada para manter vivo e compreensível todo este acervo de conhecimentos, cujo objetivomaior é o aperfeiçoamento moral e espiritual do ser humano.

BIBLIOGRAFIA Freemasonry - Bernard Jones The Compagnognage and the Craft - C.N.

Batham Historiae Patriae Monumenta - Edita Langobardorum Medieval Masters and theirSecrets - W.W. Conery-Crump Speculative Masonry - Harry Carr The Transition fromOperative to Speculative Enlightenment - F.A. Yates The pre-eminence of the Great Architectin Freemasonry - R.H.S. Rottenburg

Os nossos respeitos ao valoroso Ir.'. ANTÓNIO ROCHA FADISTA M.'.I.'., Loja Cayrú 762GOERJ / GOB - Brasil

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#54

AS ORIGENS INICIÁTICAS

MOISÉSA iniciação hebraica revestiu-se de uma forma decerto mais sombria e mais feroz que as iniciaçõesegípcias e gregas, é certo que ela deve a sua forma atual à direção deste grande homem que foiinspirado por Deus. O legislador de Israel, era filho de um israelita, mas, no momento de seunascimento, a quantidade de meninos judeus fez o Faraó temer que o Egito fosse destruído. Haviadado ordem bárbara de que todas as crianças dos hebreus do sexo masculino fossem mortas, logo nomomento de nascer. As mulheres que eram destinadas a estes cuidados sempre cheias derepugnância, infringiam as ordens da autoridade. A criança chamada Asarsiph por sua mãe, nãopodia ser escondida por mais tempo; um grito ouvido por um guarda egípcio poderia perde-lo. Eisporque a mãe, confiante na bondade dos poderes superiores, colocou-o em uma cesta de rosas edeixou-o flutuar sobre o Nilo, perto do lugar onde a filha do Faraó, Termutos, tinha o costume de sebanhar com suas damas. Era em 1705 A . C. Como a mãe havia secretamente esperado, a jovemprincesa viu a criança e teve piedade; procurou uma ama para lhe proporcionar os cuidados e a mãesentiu-se assaz feliz por isso. Recebeu, então, o nome de Moisés (salvo das águas) e deram-lhe comoprotegido da filha do Faraó, uma instrução muito vasta nos santuários do Egito.

A iniciação hebraica se relaciona diretamente com a iniciação egípcia, e isto não foi um mistériopara os Judeus, pois que vemos nos Atos dos Apóstolos (cap.VII, v. 22): “Moisés, tendo sidoinstruído em toda a Sabedoria dos Egípcios, era um homem poderoso em obras e palavras”.

Estrabão, visitando o Egito, recebeu dos sacerdotes a mesma revelação. Afirmou-se que Moiséstinha sido sacerdote de Osíris. Eis o texto de Estrabão que se refere à existência de Moisés antes queo êxodo tenha tirado os hebreus da terra do Egito: “Moisés era um padre de Osíris que ocupavauma parte do país meridional”. “Em dissidência com o culto exterior, deixou o nomo, seguido deuma multidão de homens que adoravam a Divindade à sua maneira. Ele professava que o simbolismozoológico mantinha o povo no erro, a respeito das coisas sagradas; que o simbolismo andrológicodos Libios e dos Gregos, tinha o mesmo inconveniente; que, se o Deus vivo se manifesta através doUniverso inteiro, é uma razão para não particulariza-lo, emprestando-lhe uma das formas parciais doCosmos”. “Ajuntava que se devia limitar a adorar o Inefável em um templo digno dele, circundadode um território consagrado, mas desprovido de qualquer imagem representativa, de qualquer signo ede qualquer atributo figurado”. Recomendava que homens escolhidos dormissem no Templo, parareceber as comunicações oneirocríticas

ou outras que interessassem ao indivíduo ou à sociedade. “Segundo Moisés, o homem dasabedoria e da Justiça merecia esta graça, e devia colocar-se sempre em estado de receber obenefício, sempre digno de ser honrado pela manifestação da Suprema Vontade”. “Nada, em Moisés,

indicava intolerância”. “Deus e as ciências que se ligavam a seu culto: eis qual era a sua força”.“Um território neutro para fundar um Templo, uma Universidade de Deus: eis qual era o seufim”. “Prometia instituir uma religião, uma síntese social, sem exação sacerdotal, sem as fantasiasimaginativas, sob o pretexto de revelação, sem sobrecarga de formalismo, sem o impudor daspráticas”. “Moisés adquiriu um grande poder sobre a opinião pública destas paragens”. Há, pois,apesar das profundas semelhanças nas doutrinas, uma grande diferença na realização entre ainiciação do Egito e a que Moisés levou ao povo hebreu.

Bibliografia Pedro Neves e-mail [email protected]. Esta obra está licenciada sob umaLicença Creative Commons. Site maçônico (www.pedroneves.recantodasletras.com.br)

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#55

SERÁ ESTE O TEMPO?

Que bom chegou o natal!Vamos comprar presentes para todos, vovô, vovó, mamãe, papai, enfim, todos ganharão presentes,

que gracinha, é natal!Tempo de passar e deixar uma moedinha para os pedintes na esquina ou no sinal de trânsito, até

porque, temos que demonstrar a boa ação nesta época. Nem vou citar a bebida antes, só para na noitede natal ninguém reclamar que estamos enchendo o pote, puxa é natal e natal sem bebida fica semgraça. Vamos comprar logo o presente do amigo oculto da empresa, mandar uns cartões eletrônicosnos e-mails dos amigos, distribuir umas garrafas de vinho pra uns e isto tudo porque chegou o natal.

Na igreja nem chegamos na porta, até porque, vamos beber mesmo e preferimos assistir a missa

do Galo em casa, ao lado do pratinho de rabanada e cá entre nós, essa missa é um saco, mas fazer oque né, chegou o natal. Tempo de comprarmos uma roupa nova, um sapato, qualquer coisa para ficarmais atraente, mais bonitos, mais charmosos e isto tudo é porque chegou o natal.

Ih! Esqueci de falar do cara da cruz, eh eh, foi mal, não pegou legal. Acho até que ele não pensounada disto quando deu a sua vida por nós. Com certeza, ele não pensou que seria um feriado só para encher o pote e trocar presentes, não, não acredito que ele tenha pensado nisto, acho que ele estavaalém, do tipo nos salvar e pedir para nós fazermos o mesmo pelo próximo, sem precisar dar umamoedinha, porém, dar aquele calor humano, sem a pretensão de toma-lo de volta. Pior é que nãofazemos nenhum esforço de tira-lo da Cruz, quando rezamos olhamos este caboco no mesmo lugar,sangrando por nós e ao mesmo tempo, orando por nós.

Contudo, te peço, vamos tirá-lo desta cruz, vamos fazer este exercício, me ajude a faze-lo.

Comece Pegando uma escada, suba olhando para ele, se aproxime do braço esquerdo e comece aretirar o prego desta mão, faça devagar por favor, ele ainda sente as dores por nós. Muito bem, agoravamos retirar o da mão direita, isso bem devagar e vá conversando com ele, diga que voce o ama eque não se esqueceu de nada que ele nos ensinou. Agora os pregos dos pés, devagar, isso, deixe elese apoiar em seu corpo, com calma voce não irá cair com ele. Muito bem, deixe ele sentar na terramesmo e apoie a cabeça dele em seu colo. Viu como não foi difícil, agora pegue um pouco de águafresca e passe em seu rosto e nas suas feridas, ele está com sede de tudo, principalmente do seucoração . Enxugue as mãos, cuidado para não tocar em suas feridas, isto, agora diga para ele quevoce o ama, que voce sofre também por ele e de um abraço bem gostoso, isso, não fica com vergonhadele não, abrace ele com vontade, mas não aperte muito, ele está ali a 2010 anos tão cansado eesperando que voce diga FELIZ ANIVERSÁRIO MEU TODO.

Como voce esta se sentindo? Um beijo no coração de todos e FELIZ NATAL meus Irmãos,

Cunhadas e Sobrinhos Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/sera-este-o-tempo.html

#56

PERAÍ VOLTAMOS JÁ JÁ

No momento não podemos atender, após osinal (que vem do alto) deixe o seu nome e o seu recado, tão logo possa, entraremos emcontato com voce. Que GADU te ilumine e a nós não desampare. tu tu tu tu tu ....

BOAS FESTAS - BOA PASSAGEM DE ANO - NÃO BEBA MUITO - NÃO FAÇABOBAGENS - NÃO CHUTE O BALDE ETC, ETC, ETC...

Em nome de todos os Irmãos não só da Cavaleiros do Templo nº 26, mas de toda as nossasLojas que congregam a nossa Família, desejamos MUITA PAZ, UNIÃO e FORÇA para esteano de 2011.

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#57

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTEI

A segunda tentativa de promover-se a união e a organização internacional, antevista e abortada em1834, foi o Convento que se realizou em Lausanne na Suíça período de 06 a 22 de setembro de 1875,tendo como principais objetivos revisar e reformar as Grandes Constituições de 1786. Visou,também, à definição e à proclamação de princípios e à elaboração de um Tratado de Aliança eSolidariedade. Onze Supremos Conselhos se fizeram representar neste Convento: Inglaterra (e Paísde Gales), Bélgica, Cuba, Escócia, França, Grécia, Hungria, Itália, Peru, Portugal e o anfitrião Suíça.A Escócia e a Grécia, ambas representadas pelo mesmo Irmão se retiraram antes do término dostrabalhos, fato que levou a assinatura dos documentos finais a somente nove países. Os SupremosConselhos dos Estados Unidos (jurisdição sul), Argentina e Colômbia deram seu assentimento, masnão puderam mandar representantes. O do Chile mandou dizer que daria seu assentimento àsresoluções do Conclave. Após numerosas reuniões de trabalho em comissão e onze sessõesplenárias, o Conclave foi encerrado em 22 de setembro de 1875.

Foram basicamente discutidos os seguintes temas:a) uma revisão das Grandes Constituiçõesde 1786, retirando toda referência a Frederico II, tendo como base a versão latina, consideradacomo a carta fundamental do R.E.A.A.; b) a conclusão de um Tratado de União, de Aliança e deConfederação dos Supremos Conselhos; c) a proclamação de um Manifesto solene; d) umaDeclaração de Princípios do Rito, nos quais os cinco primeiros parágrafos foram incluídos noTratado de Aliança; e) adoção de um Monitor (Tuileur) Escocês, especificando para cada graudo 1º ao 33º, as especificações sobre a decoração da Loja, os títulos dos oficiais, os sinais deordem e de reconhecimento, os toques, as baterias, as aclamações, as marchas, as idadessimbólicas, as palavras sagradas e de passes, as jóias, painéis, alfaias, etc. f) apresenta umarelação dos Supremos Conselhos regularmente reconhecidos no mundo: Estados Unidos:Jurisdição Norte e Sul, Costa Rica, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Escócia, Colômbia,França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, México, Peru, Portugal, Argentina, Suíça, Uruguai eVenezuela. O Brasil não aparecia na lista e segundo Prober “o S.C.BRAS., na verdade um dosmais antigos do mundo, não figurava nesta relação dos 22 ‘reconhecidos’, por certo umarepresália por não ter participado”. A Ata da décima sessão faz menção à questão doreconhecimento do Brasil: o Convento reconhece a existência de um Supremo Conselho noBrasil. Porém, como existiam duas autoridades pretendendo este título, seriam enviados, peloSupremo Conselho da Suíça, os documentos para que ambas chegassem a um acordo. Casocontrário, o assunto deveria ser remetido ao tribunal criado pelo artigo VII do Tratado deAliança para que pudesse ser julgado.

Um ponto polêmico do Congresso de Lausanne foi a querela sobre o Grande Arquiteto do

Universo que será discutido, em seguida, num item específico deste trabalho. O artigo 3º do Tratadode Aliança e de Confederação estipulava que os Supremos Conselhos se reuniriam em Conventogeral em 1878 em Roma ou Londres e de dez em dez anos a partir desta data. Contudo, como esteConvento de Lausanne não foi ratificado como previsto, somente em 1900, por iniciativa do SupremoConselho da França, um novo, mas, modestíssimo Conclave estabeleceu-se em Paris. O Conclave,previsto para se reunir em Bruxelas em 1902, teve seu início em 10 de junho de 1907, 32 anos após oConclave de Lausanne, com o pomposo título de Primeira Conferência Internacional dos SupremosConselhos. Depois deste Conclave é que se assiste às reuniões regulares, somente interrompidaspelas duas guerras mundiais: a IIª Conferência em Washington - 1912, a IIIª em Lausanne - 1922, aIVª em Paris - 1929, a V.ª em Bruxelas - 1935, a VIª em Boston - setembro de 1939, a VIIª em Havana- 1956, a VIIIª em Washington - 1961, a IXª em Bruxelas - 1967, a Xª em Barranquilha na Colômbia -1970, a XIª em Indianápolis nos EEUU - 1975, a XIIª em Paris - 1980, a XIIIª em Washington - 1985,a XIVª no México - 1990, a XVª em Lausanne - 1995 e a XVIª será no Rio de Janeiro em 2000.

O artigo 7º do referido Tratado criava um tribunal composto de cinco Soberanos GrandesInspetores Gerais, membros ativos de cinco Supremos Conselhos, com a competência para julgar, emprimeira instância, diferenças que pudessem ser suscitadas entre os Supremos ConselhosConfederados, resguardado o direito de apelação à Confederação, que decidiria em última instânciao direito de apelação, por maioria de votos, no Conclave mais próximo a se realizar. Chegaram anomear os cinco primeiros Conselhos, mas com o tempo, restou letra morta. Os EEUU sempre seposicionaram contra uma Confederação com o incisivo argumento de que uma Confederação existiuuma vez no seu país e que exigiu uma guerra sangrenta para eliminá-la e uma Confederação Maçônicanão seria, pois, desejável pela ojeriza que os americanos têm a este nome!No texto revisional das Grandes Constituições o artigo II mantinha o caráter vitalício dos membrosdos Supremos Conselhos, ou seja, os Grandes Inspetores Gerais seriam nomeados ‘ad vitam’. Oartigo III limitava em nove anos o período de mandato dos cargos para os quais fossem eleitos. Oartigo V limitava em 33 o número máximo de membros ativos de cada Supremo Conselho. O artigo Xprescrevia que o Soberano Grande Inspetor Geral não poderia, valendo-se de sua autoridadeprivada, conferir qualquer Grau maçônico nem expedir diplomas ou patentes. O artigo XI anulavatodos os então Consistórios e Conselhos de Kadosh, vez que os graus 30, 31 e 32 somente poderiamser conferidos na presença de três Soberanos Grandes Inspetores Gerais. O artigo XVI ab-rogava osartigos XII, XIII e XIV das Grandes Constituições de 1786, desvestindo cada Supremo Conselho dasoberana autoridade da Maçonaria, pela impossibilidade de exercer os soberanos poderesmaçônicos de que se achava revestido Frederico II, bem como a perda também do poder legítimo dedeputar um Soberano Grande Inspetor Geral para estabelecer um Supremo Conselho no grau 33 emqualquer país, observadas as prescrições das Grandes Constituições. A versão revista das Grandes

Constituições de 1786, elaborada em Lausanne, foi, na prática, seguida por todos os SupremosConselhos, incluindo aqueles que não aceitaram oficialmente o dito Conclave. Convém salientar que,em 1880, os Supremos Conselhos da Inglaterra e da Bélgica denunciaram o Tratado. O Brasil nãosoube se posicionar em relação ao Congresso de Lausanne, ficando numa situação dúbia e confusa,ora aceitando ora negando. Seus rituais mantiveram a posição da lenda de Frederico II, sem nenhumaexplicação crítica, causando uma confusão entre os membros dos graus filosóficos. Isto pode serconstatado pelo prefácio da sétima edição das Grandes Constituições Escocesas editada peloSupremo Conselho:

“Tendo as “Constituições, Institutos e Regulamentos Maçônicos” adotados em Bordeaux em 1762e em Berlim em 1786, bem como as Resoluções do Congresso de Lausanne em 1785 (sic), as deBruxelas em 1907 e as de Washington em 1912 do Decreto do Sob. Gr. Comend. General ThomazCavalcanti de Albuquerque, se tornado as Leis que regulamentavam o R.E.A.A. no Brasil, foram elasanexadas aos Estatutos do Supremo Conselho e publicadas como “Leis que regem o Escocismo noBrasil”.

Verificava-se, mais tarde, o inconveniente de tal junção, pois os Estatutos podem sofreralterações, na dependência das necessidades, como vem acontecendo até a presente data. Destarteserem aqueles Documentos imutáveis em sua forma, quer pelo tempo quer pela tradição, baixou oSob. Gr. Comend. José Marcelo Moreira o Decr. 122, em 19/08/64, determinando a publicação emseparado de ambos os Documentos.

Assim, como conseqüência, foi publicada com o Título “Antigas Constituições Escocesas de 1762e 1786”, bem como as Resoluções de Lausanne (1875), deixando de figurar as de Bruxelas (1907) ede Washington (1912). Outras Edições têm vindo sucessivamente à luz, à medida que as anterioresvão sendo esgotadas. As últimas Edições surgem com um Título novo, sem qualquer justificativa“Grandes Constituições Escocesas”.

Como, com o decorrer do tempo, as Resoluções de Lausanne (1875), bem como as de Bruxelas emesmo as de Washington caíram em desuso, deixaremos de publicá-las na presente Edição, ficando amesma constituída apenas pelas duas primeiras que foram a fonte orientadora do Rito.A QUERELA DO G.A.D.U. Muita tinta já foi gasta para se refletir sobre o conceito de Deus na maçonaria mundial e a questãoainda não está clara. Vamos tentar enfocar a questão, sobretudo, nas Constituições de Anderson e noCongresso de Lausanne quando se reuniram os principais Supremos Conselhos do mundo doR.E.A.A. em 1875. No período operativo, a maçonaria hauriu o conceito de Deus da Igreja CatólicaApostólica Romana. Tanto nas Antigas Obrigações (Old Charges) inglesas quanto em documentosmais recentes, ou seja até a fundação da Grande Loja de Londres em 1717, prescrevem-se orações àSantíssima Trindade, à Virgem Maria, aos Santos Patronos. Somente nos manuscritos do final doséculo XVI, a Reforma Anglicana começou a retirar o culto dos Santos e da Virgem Maria. Convémsalientar que as Antigas Obrigações nunca usaram a expressão Grande Arquiteto do Universo nos

seus textos. Tal expressão somente passou a ser usada pelo pastor presbiteriano Anderson, que porsinal modificou substancialmente a fundamentação católica das Antigas Obrigações. Considera-se operíodo especulativo, a partir da fundação da Grande Loja de Londres, as Constituições de Andersondespontam como o documento basilar.

A Constituição de Anderson de 1723 no capítulo Deveres de um Franco-maçom reza oseguinte:

I - O que se refere a Deus e a Religião “O Maçom está obrigado, por vocação, a praticar amoral, e se compreender seus deveres, nunca se converterá em um estúpido ateu nemirreligioso libertino. Apesar de nos tempos antigos os maçons estarem obrigados a praticar areligião que se observara nos países em que habitavam, hoje crê-se mais conveniente nãoimpor-lhes outra religião senão aquela que todos os homens aceitam, o dar-lhes completaliberdade com referência as suas opiniões particulares. Esta religião consiste em ser homensbons e leais, quer dizer, homens honrados e probos, seja qual for a diferença de nome ou deconvicções. Deste modo a Maçonaria se converterá em um centro de unidade e é o meio deestabelecer relações amistosas entre pessoas que, fora dela, teriam permanecidoseparadas”.Neste parágrafo de Anderson, encontram-se as seguintes diretrizes: I) acredita emDeus; II) é um ser religioso e III) pratica uma forma de religião natural, podendo ser cristã ounão. Estaria Anderson querendo substituir o cristianismo por uma religião natural ou propondo acoabitação dos dois? Não se deve esquecer que Anderson era um pastor presbiteriano trinitário.Clarke levanta uma tese interessante ao notar que, na edição da Constituição de Anderson de 1738,ele faz referência a quatorze irmãos eruditos que leram, emendaram e finalmente aprovaram o textoescrito em 1723. Anderson estaria passando por sérias dificuldades financeiras na década de 20,pois apesar de ter casado com uma mulher de posses, perdeu parte considerável de suaspropriedades no escândalo da South Sea Bubble em 1720. Precisava trabalhar arduamente com suapena para fazer algum dinheiro extra e Clarke considera que Anderson era um simples secretáriodaquele comitê dos quatorze que teriam tido a responsabilidade de dar os princípios e idéias daConstituição de 1723. Muitos desses quatorze pertenciam à Sociedade Real, a primeira organizaçãocientífica do mundo. Não se deve esquecer que Desaguliers era um membro da Real Sociedade(Fellow of Royal Society - FRS) e amigo pessoal de Isaac Newton. Payne, Bayle e Desaguliersseriam, assim, os principais mentores além dos elementos de sangue real.

O espírito do texto é completamente deísta. Aqui convém fazer uma distinção entre deísmo eteísmo. Segundo Alberton “teísmo é a doutrina de escola filosófica que admite a existência de Deuspessoal, primeiro princípio e fim último de tudo o que existe; deísmo é um sistema filosófico-religioso ou espécie de religião natural. Não nega a existência de Deus. Entretanto, Deus só pode seralcançado por argumentos puramente racionais. Não há, pois, revelação e o Cristianismo se tornadesnecessário. A intervenção de Deus no mundo também é desnecessária, negando, por conseguinte,sua Providência. Por isto, também, repugna-lhe o milagre, bem como toda intervenção sobrenatural: a

Revelação e a Graça ou auxílio de Deus”. Teístas seriam aqueles que, no Ocidente judaíco-cristão,aceitassem como seu Deus, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó e deístas seriam como os cientistas queaceitam como Deus, o Deus de Leibniz e Spinoza.

Assiste-se, pois, a uma guinada na maçonaria inglesa, em termos religiosos, começando nocatolicismo romano na fase operativa, passando pelo protestantismo (religião anglicana) atédesembocar numa religião natural. Contudo, a reação teísta não se fez esperar. Já que a segundaedição da Constituição de Anderson de 1738 repõe a questão que tinha sido muito radical para oespírito teísta inglês e o concomitante ataque da primeira bula papal contra a maçonaria.

CONTINUA.... Um beijo no seu CoraçãoPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/o-congresso-de-lausanne-e-maconaria.html

#58

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTEII

A segunda edição alterou o artigo primeiro, passando à seguinte redação: “Um Maçom é obrigadona sua dependência a observar a Lei Moral como um verdadeiro Noaquita, e se entendeucorretamente o Ofício, nunca será um estúpido Ateu nem um Libertino irreligioso, nem agirácontra a sua Consciência. Nos tempos antigos os Maçons cristãos eram obrigados a concordarcom os usos cristãos de cada país por onde viajavam ou trabalhavam; mas sendo a Maçonariafundada em todas as Nações, mesmo as que praticam várias religiões, são eles agora unicamenteobrigados a aderir àquela religião na qual todos os homens estão de acordo (cada Irmão vivendoem sua própria e particular opinião), que é a de serem homens bons e sinceros, homens honradose probos, quaisquer que sejam as denominações, religiões ou crenças que possam distingui-los,por estarem todos de acordo com os três grandes artigos de Noé, que são suficientes parapreservar o Cimento da Loja. Assim a Maçonaria é o Centro de sua União e o Feliz Meio deconciliar pessoas que teriam ficado perpetuamente separadas". A segunda alteração veio em1756 com o Ahiman Rezon ou seja, a Constituição da Grande Loja dos Antigos do irlandês LaurenceDermott, na qual se acusava os modernos de haverem omitido as orações, descristianizado o Ritual eignorado os Dias Santos. Dermott propõe, então, uma verdadeira reafirmação de fé à Santa Igreja, nocaso agora a Igreja Anglicana, apesar de propor no Ahiman Rezon uma prece para o cristão diferenteda prece para o judeu que fosse iniciando. O caminho da volta teísta estava sendo remontado eatingirá o seu ápice com a fusão em 1813 da Grande Loja dos Antigos com a Grande Loja dosModernos, dando início, assim, à Grande Loja Unida da Inglaterra. A Constituição de Anderson de1815 será marcadamente teísta, como se verá a seguir:

“Um Maçom é obrigado, por seu título, a obedecer à lei moral e, se compreender bem a Arte,nunca será ateu estúpido, nem libertino irreligioso. De todos os homens, deve ser o que melhorcompreende que Deus enxerga de maneira diferente do homem, pois o homem vê a aparênciaexterna ao passo que Deus vê o coração. Um maçom é, portanto, particularmente compelido anunca atuar contra os ditames de sua consciência. Seja qual for a religião de um homem, ou suaforma de adorar, ele não será excluído da Ordem, se acreditar no glorioso Arquiteto do Céu eda Terra e se praticar os sagrados deveres da moral...”. A posição da Grande Loja Unida daInglaterra pode ser sintetizada da seguinte forma: durante um período relativamente curto - entre ofinal do século XVIII até 1835 - quase toda referencia cristã foi expurgada dos manuais e rituaisingleses - como foi exaustivamente demonstrado por N. B. Cryer - ao mesmo tempo, e talvez comouma compensação, o teísmo passa a dominar o coração e as mentes da maçonaria inglesa. Se oretorno teísta conseguiu cimentar a maçonaria inglesa, no continente causou um retrocesso à visão

liberal e à tolerância religiosa contidos na primeira Constituição de Anderson. Assiste-se, daí emdiante, a um embate entre o dogmatismo teísta inglês contra os deístas livres-pensadores franceses ebelgas. O cobertor era por demais curto. Se, por um lado cobria a ruptura inglesa, por outro,desencadeia o cisma francês. Assim, o Grande Oriente da França, em seus primeiros ‘Estatutos eRegulamentos Gerais’, de 1839, não faz nenhuma referência a Deus e à religião. Em 1849, algunselementos do Grande Oriente da França, pretendendo um estreitamento de relações com a GrandeLoja Unida da Inglaterra, elaboraram uma Constituição com cláusulas que exigiam a crença em Deuse a imortalidade da alma, mas com a recomendação de se respeitar a consciência individual. Asupressão do artigo teísta deu-se em 1877, no GOF, quando o pastor Desmons, com a presença de210 lojas, conseguiu o apoio de 2/3 para retirar a obrigação das lojas de trabalhar à Glória doGrande Arquiteto do Universo. Estava declarada a guerra maçônica entre a França e a Inglaterra quedura até os nossos dias. A Grande Loja Unida da Inglaterra declarou irregular tanto o GOF quanto aGrande Loja da França. Somente em 1911, com a fundação da Grande Loja Nacional Francesa -GLNF, a maçonaria inglesa deu foros de regularidade a uma instituição maçônica francesa. Para agrande parte da maçonaria mundial o que vige é a Constituição de 1815 da Grande Loja Unida daInglaterra.

O Congresso de Lausanne também pagou o seu preito à querela do GADU. Esse Convento, que foia primeira tentativa de os Supremos Conselhos do R.E.A.A. tentarem uma certa unificaçãoritualística e a montagem de uma confederação dos Supremos Conselhos que, por sinal não vingou,aconteceu em 1875, dois anos antes do cisma francês cujo clima ainda permitia certo compromissopré-ruptura. Houve a participação de onze Supremos Conselhos dos seguintes países: Inglaterra (ePaís de Gales), Bélgica, Cuba, Escócia, França, Grécia, Hungria, Itália, Peru, Portugal e o anfitriãoSuíça. O Brasil, apesar de ter um dos mais antigos Supremos Conselhos do mundo, infelizmente nãose fez presente. O Congresso de Lausanne havia que definir os princípios do R.E.A.A., em particular,o símbolo fundamental do G.A.D.U. Contrapunham-se, então, duas tendências: i) a tradição daOrdem: espiritualista e cristã contra ii) uma visão da época: liberalista e cientificista. Tentou-se,enfim, estabelecer um compromisso conforme pode se ler tanto no Tratado quanto na Declaração dePrincípios e no Manifesto.No Tratado, o pêndulo oscilava para o deísmo, no seu artigo 1º:“A franco-maçonaria é uma instituição de fraternidade universal cuja origem remonta ao berçoda sociedade humana; ela tem por doutrina o reconhecimento de uma força superior que elaproclama sob o nome de Grande Arquiteto do Universo;”Na Declaração, assiste-se a uma proposição mais espiritualista: “A franco-maçonaria proclama,como ela tem proclamado desde a sua origem, a existência de um princípio criador sob o nomede Grande Arquiteto do Universo”. Quanto ao Manifesto, reconhece-se, sem ambigüidade, ocaráter pessoal do Grande Arquiteto do Universo: “Para elevar o homem a seus próprios olhos,para torná-lo digno de sua missão sobre a Terra, a Maçonaria coloca o princípio que o Criador

Supremo deu ao homem, como bem mais precioso, a liberdade; a liberdade, patrimônio dahumanidade inteira, raio do alto que nenhum poder tem o direito de apagar nem amortecer eque é a fonte dos sentimentos de honra e de dignidade”. desenrolar do Conclave começou acomplicar, quando na sessão do dia 9, o representante dos Supremos Conselhos da Escócia e daGrécia – Irmão Mackersy - declarou que teria que retornar ao seu país. No dia 13 de setembro,endereçou um comunicado ao Convento informando que não poderia, em nome dos Poderes querepresentava, dar sua aprovação à Declaração de Princípios, pois os dizeres lhe pareciam poucoespiritualistas, sobretudo a definição reservada ao G.A.D.U. Força Superior, Princípio Criador -expressões que não condiziam com a crença num Deus pessoal. Curioso é que o Supremo Conselhoda Inglaterra enviou uma circular, em 26 de maio de 1876, aos seus corpos subordinados, assinadopelos seus dois representantes no Conclave de Lausanne, contendo uma admoestação ao delegadoescocês dizendo que se ele tivesse ficado até o final não teria feito a declaração de que o Conclaveusou expressões que não se coadunavam com um Deus pessoal. Pelo contrário, o ponto que oConclave mais fortemente insistiu foi o de colocar, como princípio absoluto e fundamental doR.E.A.A., a crença na personalidade de Deus como o Autor, o Criador, o Criador Supremo, o GrandeArquiteto do Universo, o Ser Supremo! Em 1877, o Grande Oriente de França suprimiu, para as suaslojas, a obrigação de trabalhar à “Glória do Grande Arquiteto do Universo” e teve início o cisma queseparou, radicalmente, a maçonaria francesa da inglesa. Apesar de o R.E.A.A. sempre ter mantido asua filiação cristã e rejeitado terminantemente a inovação do G.O.F. assiste-se a um distanciamentoda maçonaria anglo-saxônica que propunha um Deus Pessoal dos cristãos e dos judeus ao invés deum impessoal Princípio Criador. Sem se ater ao radicalismo do GOF, a proposição de Lausanneestava mais para o Anderson de 1723 do que o de 1738. A tendência moderna é que se dê razão àsproposições de Lausanne. Alex Horne chega a afirmar que saber se Deus seja visto como um DeusPessoal ou um Princípio ou Força Criadora impessoal deve ser um questão de escolha pessoal, sejade um indivíduo ou de um grupo. Quem considera que são ateus aqueles que reduzem Deus a umPrincípio Criador impessoal - e esta é a posição de Pike - não deveria, por coerência, aceitar que osbudistas pudessem ser iniciados na maçonaria. E, pelo que se sabem os budistas nunca foramimpedidos de se tornarem maçons.

A querela do G\A\D\U\ teve uma conclusão provisória em 1877 pela reunião em Edimburgo dosSupremos Conselhos da Escócia, da Grécia, dos EEUU (Jurisdição Sul), da Irlanda e da AméricaCentral. Tendo em vista o Cisma francês, estes últimos demandaram que a interpretação dada peloSupremo Conselho da Inglaterra à definição do G\A\D\U\ fosse reconhecida pelo conjunto dosSupremos Conselhos Confederados em Lausanne. Após uma troca de notas, os dois grupos - o deEdimburgo e os restantes - e sob a pressão conciliadora do Supremo Conselho da Suíça, cedeu-se àsexigências do grupo de Edimburgo, afim de realizar a unidade do escocesismo. A querela, pois,ainda não terminou. Deísmo, teísmo, descristianização, etc. são termos que tenderão a manter apolêmica na maçonaria por um longo tempo. Em suma, Lausanne mantém a tradição cristã do

R.E.A.A. nos seus diversos graus, mas, em termos de princípios, caminha para uma posiçãoconciliadora entre o deísmo e o teísmo.

V - CONCLUSÃO A principal conseqüência positiva do Conclave de Lausanne foi a de abrir as reuniões periódicas

de grande parte dos Supremos Conselhos, chamados daí por diante de Conferências. Os únicosSupremos Conselhos que não aderiram a estas Conferências foram os da Inglaterra, da Escócia e daIrlanda. Na Conferência de Bruxelas de 1907, participaram 20 Supremos Conselhos, incluindo asduas Jurisdição dos EEUU, e muitos entendimentos foram alcançados mais por consenso pragmáticosdo que por força de texto legal. Estabeleceu-se a liberdade de cada Supremo Conselho adotar aversão revista das Constituições de 1786 como proposta em Lausanne. Foram publicadas versões deLausanne em francês, principalmente na Bélgica, havendo, contudo, um desconhecimento doConclave por parte dos países de língua inglesa, a não ser por aqueles comentários de Albert Pikesobre a querela do GADU. No geral, a maçonaria norte-americana desconhece completamenteLausanne. Os principais pontos do Conclave foram a revisão das Constituições de 1786, geralmenteaceitas hoje em dia e a proclamação de um Princípio Criador chamado GADU. O Princípio Criadorpermeia, até hoje, os principais documentos do GOB e do Supremo Conselho. O art. 2º daConstituição do GOB reza o seguinte: Um dos principais pontos do Conclave foi a proclamação deum Princípio Criador chamado G.A.D.U. O Princípio Criador permeia, até hoje, os principaisdocumentos do GOB e do Supremo Conselho do Brasil para o R.E.A.A. O art. 2º da Constituiçãodo GOB reza o seguinte:

“São postulados universais da Instituição Maçônica:I - a existência de um princípio criador: o Grande Arquiteto do Universo”.Os Estatutos do Supremo Conselho do Brasil para o R.E.A.A. afirma o seguinte, no seu

preâmbulo: Sua doutrina, que tem por base as Grandes Constituições de 1786 e osRegulamentos Gerais de 1762, é fundamentada na hierarquia de 33 (trinta e três) graus, com oobjetivo de desenvolver entre os maçons os seguintes princípios: 1) a existência de um PrincípioCriador, o Grande Arquiteto do Universo... Outro ponto importante foi que o Conclave permitiua todas as jurisdições do Rito Escocês ter idênticas Constituições apesar da diferença de rituais.O consenso não foi estabelecido em torno dos três primeiros graus: graus vermelhos ou azuis? Eaqui a divisão ficou entre os latinos e os anglo-saxônicos: os latinos usando o avental vermelhodo Mestre Maçom e os anglo-saxônicos continuando com os seus aventais azuis. O Brasil seguiua tendência anglo-saxônica, a partir da ruptura de Bhering em 1927, tanto no GOB quanto nasGrandes Lojas. O Monitor (Tuileur) Escocês, editado em 1876 pelo Supremo Conselho da Suíçanão teve nenhum caráter obrigatório. Documento único de referências, preciso e completo, fezdiversas e, em alguns casos, profundas alterações no tocante à tradição dos graus escoceses.Desnecessário dizer que o Monitor coloca o avental maçônico do Mestre Maçom na cor do rito,isto é, vermelho. Um ponto também de suma importância foi que os corpos presentes ao

Conclave seguiram a definição deística do GADU mais como um Princípio Criador do que comoum Ser Supremo. Dizem que o mote - Ordo ab Chao - foi reforçado em Lausanne parasimplesmente expressar o alívio dos delegados por terem conseguido colocar alguma ordem nocaos que reinava antes no R.E.A.A.

Os maçons ibero-americanos assim como os franceses tinham uma longa história de perseguiçãopor parte da Igreja Católica e, portanto, estavam desejosos de um vago requerimento “deístico” queos colocasse em guarda frente às atitudes anti-clericais prevalecentes então naqueles tempos. De umponto de vista sul-americano e, principalmente, brasileiro, o Conclave de Lausanne representou ummarco referencial. Desde 1875 o R.E.A.A., aceitando francamente princípios mais democráticos erealizando as reformas que exigiam o estágio da nossa civilização, deixou de ser o que tinha sido atéaquele momento, isto é, uma associação mística, eminentemente aristocrática e autoritária, que seintitulando maçônica, colocava-se freqüentemente em oposição aberta aos reais princípiossustentados pela verdadeira maçonaria. Lausanne representou, mesmo que isto ainda não tenhaaportado no Brasil, um verdadeiro espírito filosófico que tinha vindo para substituir a até entãovigente massa informe de doutrinas místico-religiosas e de lendas jesuítico-templárias de todogênero que, durante muito tempo, desviaram as inteligências maçônicas de seu verdadeiro caminhoda Arte Real. Já não existe no R.E.A.A. um Poderoso Soberano Grande Comendador absoluto eeterno ditando regras absolutas para serem cumpridas por um bando de carneiros amestrados. Trata-se, agora, de fazer com que este sopro democrático lançado em Lausanne prossiga, oxigenando asestruturas dos Supremos Conselhos de todo o mundo. Neste limiar do século XXI, a Internet poderáser um instrumento poderosíssimo para dar um sentido mais participativo ao R.E.A.A.

Se a sociedade do século XVIII era analógica, supersticiosa e religiosa e a nossa sociedade émais analítica, racionalística e agnóstica no dizer de Michel Brodsky ex-venerável da Loja dePesquisa Quatuor, Coronati, a nosso ver, Lausanne está mais para a sociedade moderna do que para atradicional, pois começa desmistificando a lenda de ter Frederico II redigido as GrandesConstituições do R.E.A.A.; propõe uma visão moderna do G.A.D.U. e busca uma certa unidade nadiversidade então vigente.

BibliografiaTexto extraido da Wikipédia - Enciclopedia livreUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#59

O APRENDIZ IMPERFEITO

Aprender a partir do percebimento das imperfeições, não dos outros, mas de si, este é o único everdadeiro aprender. Aprendiz no sentido de estar apto a aprender, a compreender aquilo que sevivência, para então assimilar como experiência definitiva, que será incorporada a si mesmo.Imagine um paraíso repleto de coisas perfeitas, onde tudo seria regido pela mais perfeita harmonia,sem falhas, sem nada para ser corrigido, ampliado, ajustado, que papel então teria seus inquilinos?Estes não estariam mais sujeitos a aprender coisa alguma, uma vez que não mais existiriam objetivosa serem conquistados, nem falhas a serem reparadas. Quando se observa o crescimento de qualquercoisa, logo se percebem os vários estágios, cada qual com seus aspectos peculiares, que delimitamclaramente fases de transição, onde a transformação cíclica é a única certeza. Entre uma fase e outra,há a transferência de um estágio imperfeito para outro mais adequado, mas, jamais perfeito. Umacriança, por exemplo, ao crescer fisicamente, também torna possível ao seu cérebro assimilar novosexperimentos, pois ganha nova capacidade mental. Ela não deixa de ser criança, mas se transformaem outra mais capaz. Os limites próprios do primeiro estágio desaparecem, são substituídos por ummodelo mais eficaz, mais adequado à nova realidade, que é uma necessidade desse crescimentofísico.O constante e sempre cíclico transformar-se é que caracteriza aquilo que é eterno. Não existe oeterno estático, pois este não poderia escapar das leis de transformação de si mesmo, onde aquiloque não muda, definha e morre. É uma lei natural, o que não se transforma, ou se adequa, ou melhora,se desgasta até o fim. A eterna criança, envelheceria como criança, não passaria pelos demaisestágios existenciais, não teria sentido sua existência. Para os pais, não iria diferir em nada de umboneco de plástico desses que já existem nas lojas, que até são capazes de falar, cantar, comer, quesimulam com perfeição uma criança pequena. Num mundo de perfeição, um aprendiz não terianenhum espaço para sua transformação, sua experiência vital e espiritual, onde as falhas são seusverdadeiros mestres de conhecimento. Apenas em condições dessa natureza poderá ele progredir, sequalificar, deixar de ser potencial para se transformar em capaz. Deverá aprender a partir daquiloque é imperfeito, poderá então através desse experimento, através dos devidos ajustes em si mesmo,deixar para trás os estágios de menor capacidade, para os de maior capacidade. Trata-se de umcaminho espinhoso, uma vez que todos a sua volta, sem exceções, estarão na mesma trilha, dentro domesmo modelo de viver imperfeito. Imperfeito quer dizer transitório, e perfeito significaria opermanente. Mas, não existe o permanente estático, por isso não existe o perfeito. Mas perfeito é oeterno ciclo de reciclagem, da transformação do inadequado para o mais adequado.

Perfeito é o aprendiz que se conscientiza disso, em cujo caminho a eternidade se revela, com suasinfinitas possibilidades, seu eterno movimento de auto ajustar-se. E tudo isso são coisas perfeitas, oreconhecer-se imperfeito, o incompleto que vê na transformação de si mesmo progresso. Não se trata

do transformar-se sem aprender, mas do aprender pelo transformar-se. E assim o aprendiz se percebeimperfeito, por isso não julga nem a si mesmo. Apenas observa, pratica em si mesmo aquilo queaprendeu com suas próprias limitações e falhas. Não vê o perfeito como objetivo derradeiro, poisisto ele não conhece, mas nas próprias imperfeições a possibilidade de mudar. Não julga o mundoimperfeito a partir de si mesmo também imperfeito, mas observa em si tais imperfeições,compreende a necessidade de mudar, aprende com esse mudar. Observe o cíclico movimento da terraem volta do sol, onde nenhum dia é igual ao anterior. Amplie isso aos confins do universo, até ondenossa imaginação é capaz de alcançar, e o que se deduz são os eternos estágios, onde o ponto deorigem de qualquer coisa, sempre aponta para sua transformação. Se essa transformação parecemenos para nós, deve significar mais para outro, e assim por diante.

Uma pedra preciosa bruta se transforma em mais quando lhe tiram as arestas, logo, para esta, omenos significa mais. Diante da imperfeição, finalmente, o aprendiz se torna capaz de transformar-se,de desenvolver novas qualidades, de migrar para novos estágios existenciais, mas nunca sem antesconhecer seus limites. Afinal de contas, um limite precisa ser percebido claramente, ou não haverámudanças. Observar, perceber, e finalmente compreender a si mesmo, faculta a transformação, e estasignifica que houve aprendizado. Eterno é seu movimento, perfeito o seu ritmo, perfeito a sua causa eefeito, perfeito é o eleger do imperfeito como a força motriz de todas as transformações.

Bibliografia:Esta Peça de Arquitetura, foi solicitada pelo nosso Venrável Mestre Ailton de Oliveira e

enviada pelo nosso Ir.’. Gabriel Campos de Oliveira - pertencente ao GOB de Divinopolis -MG

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#60

POR DEBAIXO DA ARMADURA

Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muitoconceito, porque por ele o Senhor dera vitória à Síria: era ele herói da guerra, porém leproso. LEIA2º Reis 5.1-19. A Historia de Naamã é um exemplo categórico de que: Nem sempre o que estadebaixo da armadura corresponde ao que pensamos ser o seu conteúdo. Armadura é algo imponente,impressionante e exterior. Analisando de forma conceitual teremos muitos aspectos interessantes daarmadura. Exemplo. Ela protege o rosto do guerreiro, porém não impede a visão do mesmo. Elapermite que o guerreiro entre no campo de batalha com vitória total sob os despidos de armadura.Ela impetra medo aos oponentes do guerreiro vestido de sua armadura. Etc. etc. etc. Na palavra deDeus, encontramos vários exemplos interessantes referentes à armadura. Exemplos esses que nosdeixam várias micro-lições, porém apenas uma macro-lição que é: O guerreiro é mais importante quea armadura, jamais o contrário. Algumas situações bíblicas elucidam este conceito.

LEIA 1º Samuel 17.24-58. O jovem Davi, ao chegar no campo de batalha israelense e ver ooponente um gigante filisteu (Golias) afrontar um exército inteiro que se mantinha calado. Bradou:Quem é este incircunciso filisteu que afronta o exército do Deus vivo? E pediu ao Rei Saul, paraenfrentar o gigante. O rei, sem outra opção, permitiu que o garoto enfrentasse o gigante...Contextualizando. Autorizou a colisão entre fusquinha e caminhão. Entretanto, ofereceu ao fusquinha(Davi) sua armadura, Davi até tentou usá-la, mas não conseguiu, pois era muito grande... Por fim, foimesmo sem ela e sabemos o fim maravilhoso da história. Sem armadura e com 5 pedras do ribeiro nasacola, enfrentou o Gigante vestido de uma enorme armadura, com apenas uma pedra, girou suafunda, lançou a pedra e abateu o gigante.

LEIA 1ª Reis 22.29-35. O rei Acabe, um homem dissimulado e cruel, ao tentar enganar o ReiJosafá, sabendo que poderia morrer na batalha, conduziu a situação de forma a Josafá entrar nabatalha trajado de rei (pois seria alvo fácil diferenciado entre os demais) e ele Acabe entrar nabatalha trajado de soldado. Estando em meio a muitos soldados trajados de armadura, como eleestava, seria muito difícil ser descoberto. Porém, um soldado sírio atirou uma flecha ao ocaso, queatingiu o rei Acabe nas juntas de sua armadura... (e ele morreu por este ferimento). Tanto o primeirocomo o segundo exemplo elucidam claramente que a armadura pode impressionar, confundir e impor-se aos homens, jamais a Deus. A vitória é daqueles que, por baixo da armadura, têm um coraçãoíntegro guardado em Deus. Não uma aparência de força, espiritualidade ou poder... Pois a Deusninguém engana; tudo que o homem semear isso também colherá.

O que tem debaixo de sua armadura? Onde você tem depositado sua confiança? De que importam

os resultados que os outros vêem? São perguntas que você deve responder com toda sinceridade,

pois destas respostas dependem sua vida, seu futuro. Davi, sem armadura, venceu o gigante; Acabevestido de armadura, em uma situação bem arquitetada maquiavelicamente, foi atingido por umaflecha lançada ao ocaso. Sua Armadura é de um homem ou mulher espiritual? Você realmente é?Lembre-se: nosso verdadeiro caráter é revelado no escuro. É preciso que possamos, com um espelhofrente aos olhos, nos autoconfrontar, e se o resultado desse confronto for dizer: Por fora sou umherói, mas por dentro sou um ladrão; que possamos sair dessa revolta, pensar e voltar, quebrarnossos grilhões, pois Deus tem vida plena e vale à pena retornar e ver, ver o amor antigo, o abraçoamigo, a festa começar, pois, arrependidos, nós os filhos de Deus sempre teremos um lar para ondevoltar, sempre teremos um rio Jordão para mergulhar.

Importa que não escondamos nossa lepra, porque escondê-la só noslevará ao fim que a lepra pode gerar, que é a carne podre invadindo os limites do corpo e o levandoà morte.

Não morra, clame por cura. Deus ama você!Bibliografia Preletor Romney Cruz OSMITH - BRASILUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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A DIGNIDADE HUMANA - UMA VISÃO MAÇÔNICA

A maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escolamútua que impõe este programa: trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano...Rezao ritual do Aprendiz Maçom do R.E.A.A. adotado pela Grande Loja do Estado Do Rio Grande DoSul, que a "maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escolamútua que impõe este programa: trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano ".Mais adiante, uma frase, que particularmente reputo como uma das mais ricas e mais representativasde nossos verdadeiros objetivos: " A Maçonaria é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz ahumanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelorespeito à autoridade e à religião". "Felicidade do gênero humano" e " tornar feliz a humanidade".Não raro, em todas as obras e rituais maçônicos, deparamo-nos com a palavra "humanidade". A idéiado valor intrínseco da pessoa humana encontra suas origens no pensamento clássico e no ideárioCristão. Na cultura ocidental, diversas referências encontramos sobre a criação do homem " àimagem e semelhança de Deus", premissa de que foi extraída a idéia de que todo ser humano édotado de um valor próprio, intrínseco, na figura de uma só pessoa humana está representada toda ahumanidade.

Ao longo da história, podemos comparar a evolução da espécie humana com a idéia do que ahumanidade pensa sobre sua própria condição existencial. No pensamento estóico, verificado nasclássicas tragédias gregas, , já estava patente que o ser humano possuía uma dignidade que odistinguia das demais criaturas, no sentido de que todos são portadores da mesma, em que pese asdiferenças sociais e culturais. Mesmo durante o medievo, Tomás de Aquino continuou sustentando adivindade da "dignitas humana". Immanuel Kant sustenta que o homem não pode ser tratado - temmesmo por ele próprio - como objeto, pois em si está representada toda a humanidade. Os ideais darevolução francesa, com seu tríplice "Liberdade, igualdade e fraternidade", foram uma espécie decondensação de todo um pensamento filosófico produzido pela humanidade ao longo de suaexistência. No moderno pensamento filosófico e social, a questão da dignidade da pessoa humanaestá cada vez mais, ocupando espaço como a questão fundamental, pilar de toda existência social,não obstante flagrantes situações de desrespeito individual à condição humana, como bem vimos nosrecentes conflitos que permearam o Séc XX. Mas, repito, desrespeito individual, uma vez quepraticados por grupos contra grupos. A utópica realização plena da dignidade da pessoa humanacontinua a ser incansavelmente buscada pelas relações sociais e jurídicas de grupos de nações egrupos de pessoas, mesmo que entre este último, inconscientes de sua própria busca. Quanto àcaracterística utópica dessa busca, lembro-me vagamente das palavras de Galleano, que situa autopia no horizonte de suas intenções. A cada dez passos que tenta aproximar-se desse horizonte, dez

passos ele se afasta. Vinte passos, e vinte passos afastados. Pergunta-se: "Mas afinal, porque abusco? Qual o objetivo de sua existência, se já me convenci de que é inalcançável?" E responde-se:"Seu objetivo é exatamente este, obrigar-me a dar os passos."

E a Maçonaria atual, em que ponto desta busca utópica se situa? Qual sua atuação no sentido decolaborar, enquanto Ordem, no reconhecimento universal da Dignidade da Pessoa Humana? Ahistória é rica em relatar a participação de Maçons enquanto indivíduos, e da Maçonaria enquantoinstituição, na petrificação dos ideais humanitários. A revolução Francesa, o abolicionismo daescravatura no Brasil, os diversos fatos e atos de ilustres maçons no reconhecimento e naimplementação de um Estado igualitário, justo e perfeito. Ao lapidar a pedra bruta em que sereconhece, o Maçom tem por dever aparar as mundanas arestas que o tornam falível enquantoindivíduo, para que em si possa espelhar todo o valor da humanidade plena. Tem por dever absolutopreparar-se para ser o ponto reflexivo de tudo que em si representa esta idéia. Ao jurarmos “conservar-me sempre cidadão honesto e digno, nunca atentando contra a honra de ninguém...",estamos perante o Grande Arquiteto do Universo, prometendo envidar todos os esforços no sentidode valorizar um dos aspectos mais marcantes inerentes à dignidade da pessoa humana: A honra.Honra e Dignidade são palavras quase que sinônimas, pois encerram valores magnos pertinentes eexclusivos do ser humano. Dignidade, ou honra neste caso, são amplamente garantidas na CartaConstitutiva do Brasil, e em quase todas as Constituições do mundo livre, em suas cláusulasimutáveis, ou pétreas. Mas como transformar a utópica afirmativa impressa na Constituição em fatosconcretos, no nosso dia a dia? Não podemos mais, a exemplo do passado, destinar o Tronco deSolidariedade para a compra e alforria de um escravo, ou fomentar revoluções libertárias no interiorde nossos templos.

Não podemos mais ficar adstritos aos Templos, enquanto lá fora a sociedade a qual pretendemosmodificar através de nosso interior aperfeiçoamento, peca pela omissão quanto ao respeito a essaDignidade. Quantas e quantas vezes, ao final de uma sessão, após um lauto ágape, embarcamos emnossos carros e, na primeira esquina, olhamos indiferentes ao ser humano, descalço, que implora ao"tio" uns trocados? Quantas e quantas vezes, enquanto cidadãos, encaramos impotentes e apáticos aação do Estado contra as minorias menos abastadas? Quantas e quantas vezes, passamos por umanimal maltratado e ficamos penalizados com sua situação, e quando olhamos nosso semelhante, nãodamos a devida atenção? Ora, direis, contar estrelas... Quão inócua é a observação dos problemassem a devida apresentação de soluções práticas, e quão fáceis é o tratamento filosófico a umasituação real. Mas a Maçonaria, se não esquecesse que a utopia é inatingível e não desse osprimeiros passos rumo ao horizonte utópico, não teria como contabilizar entre seus feitos, umarevolução francesa, uma abolição da escravatura, e tantas outras ações tomadas a partir de um idealhumanitário. A nós, modernos Maçons, restam ainda muitos caminhos a serem trilhados. Se, unidostal nossa simbólica Cadeia de União, agregar esforços conjuntos e reconhecermos nosso papel na

luta pela Dignidade da Pessoa Humana em termos contemporâneos, ou seja: a garantia à vida, àsaúde, à alimentação, à moradia, e à uma existência plena, estaremos justificando às geraçõesmaçônicas passadas, e quiçá, às futuras, nossa razão de existir.

A proposta atual, e factível, é a educação da geração vindoura. Que nossas Lojas, nossos Maçons,aproveitem instituições já consagradas como apoio à educação infanto-juvenil, tais como oescotismo, os De Molay, as APJ's, os Amigos da Escola, as Filhas de Jó, e outras, para que atravésde doações individuais ou enquanto Ordem - e tais doações não necessariamente financeiras -possam trabalhar valores que, num contexto a médio e longo prazo, farão a diferença na plena, e aísim, concreta, valorização da Dignidade da Pessoa Humana.

Que assim seja.Bibliografia extraída do site www.comunidademaconica.com.br Autor desta Peça de

Arquitetura Ir.’. Marcio Ailto Barbieri Homem A.'.R.'.L.'.S.'. José Carlos Bergman nº 175(GLMERGS) PORTO ALEGRE - RS

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HERMETISMO E MAÇONARIA

APONTAMENTOS SOBRE HERMETISMO ECIÊNCIA Doutrina, História, AtualidadeFreqüentemente nos encontramos com o tema das relações entre Hermetismo e a ciência experimentalem diversos autores, a ponto de ser hoje uma referência habitual na História da Ciência.Efetivamente, as disciplinas que formarão a Ciência Moderna, quer dizer a Cosmologia, Matemática,Geografia, Física, Medicina, Farmacopéia, Química e Engenharia em geral, etc., ou seja, o conjuntode matérias, com a inclusão de algumas disciplinas recentes como a Psicologia, que formam acivilização ocidental e que outras tradições elaboraram igualmente e das quais somos herdeiros foio produto de uma corrente sapiencial de energias postas sob a avocação do deus Hermes, tantoquanto outras realizações culturais que mencionamos em outros artigos. Neste caso o tema atual tevepara nós, como fator desencadeante, a investigação sobre o catálogo de duas grandes bibliotecas, adenominada Colombina, que se acha depositada em Sevilha, e a Biblioteca Chemica terminada declassificar por John Ferguson em 1906. Vários séculos separam a ambas as bibliotecas, que refletem,por esta circunstância, duas maneiras de abordar o tema da Ciência, embora com abundantes pontosem comum: referimo-nos à visão medieval do Conhecimento, e à renascentista (Hermético-Alquímica), que constituiu uma adaptação da primeira (consideramos um pouco forçada a divisãoentre a Idade Média e o Renascimento, tanto quanto a oposição Platão-Aristóteles feita de modoradical), que por sua vez o era da Antigüidade greco-romana-alexandrina, à qual se somam ascontribuições com bizantinos e árabes para novos tempos e circunstâncias, e que terminarádesembocando num conjunto que, totalmente invertido com respeito às citadas concepções medievale renascentista (e clássica), que tinham como meta final o descobrimento e a experiência do mistério,da sacralidade da revelação, negará suas origens e nos conduzirá ao desolado e catastrófico mundoatual. Embora, para alguns "sábios" oficiais que não são capazes de ver além de um palmo de seusnarizes, a situação é tão boa que é quase paradigmática e seguem sustentando a "crença" em umprogresso indefinido (especialmente baseado nas conquistas médicas e tecnológicas), apesar de quea iminente destruição da Civilização ocidental, que arrasta o Oriente, é óbvia para qualquer leitor deperiódicos ou telespectador habitual, enquanto o "sábio" oficial, conjuntamente com a massa, à qualrepresenta, não é capaz de abandonar suas ilusões, às quais venera, pois as considera seu ser e amarca distintiva de um tempo e um meio ao qual tem a honra de pertencer e que deve ser respeitadopor todos se não quer ser marginalizado, enterrado em vida.

Aqui devemos fazer a ressalva de que não nos ocuparemos da ciência atual, mas sim de suasorigens, e se deve tomar este artigo, segundo seu título indica, como simples notas para um estudoque acaso algum dia escrevamos. Quanto a novas perspectivas da ciência de vanguarda,

(exemplificada pela gnose de Princeton), que constituem uma forma que toma a ciência ocidental,assinalamos seu interesse e suas boas intenções, assim que são capazes de relacionar seus conteúdoscom a metafísica oriental, etc., embora seu método, e os supostos mentais em que se apóia, não sãoos mesmos da Alquimia nem da cosmologia tradicional (mas continuam sendo profanos eracionalistas, apesar da repulsa que pretendem destes valores), nem os da física do Newton, nem damedicina do Paracelso, etc., quer dizer os da concepção da ciência como possibilidade dedesenvolvimento num mundo concebido como inacabado, mas sempre sacro, tal como a inserção dohomem nele, e não meras constatações empíricas, ou seja concepções profanas devidas à conquistade um ser humano que se permite descobrir, ou melhor, inventar, uma realidade autônoma que aantigüidade ignorante já suspeitava. Tampouco se pode generalizar sobre estes aspectos, pois estaforma de ver também poderia manifestar-se como uma simbólica de enorme interesse que estáesperando seus hermeneutas; embora não sabemos se na atualidade, por circunstâncias cíclicas, hátempo material para isso. Em qualquer caso o nascimento da História da Ciência, tal qual hoje aconhecemos, está relacionado com as idéias da Tradição Hermética e as investigações eexperiências dos hermetistas, autênticos sábios sempre perseguidos pela ignorância e pelospersonagens oficiais que a encarnam– que têm supremo respeito pelos ensinos do CorpusHermeticum, que definem uma atitude clara com respeito ao homem e seu papel na Criação segundo omanifesta este texto:

O cosmo está pois submetido a Deus, o homem ao cosmo, os seres sem razão ao homem:Deus, Ele, está acima de todos os seres e vela sobre todos. As energias são como os raios deDeus, as forças da natureza como os raios do cosmo, as artes e as ciências como os raios dohomem. As energias atuam através do cosmo e alcançam ao homem pelos canais físicos domundo; as forças da natureza atuam por meio dos elementos, os homens através das artes e dasciências.

De todas as maneiras, qualquer trabalho sobre a origem da hoje chamada ciência, deve estudar edestacar a Roger Bacon (Somerset c.1214, Oxford 1294) como o melhor representante medieval,precursor de uma atitude de abertura para as ciências da natureza e da experimentação, que seacostumou a vincular com determinadas invenções, como a lente de aumento e o microscópio, aobservação do tamanho dos planetas, das nebulosas espaciais, a criação de engenhos mecânicos,obras hidráulicas e de engenharia, etc. etc.

A este filósofo hermético-alquímico medievalo tem por discípulo do Pitágoras, Euclides ePtolomeu. Deixou uma extensa obra que inclui: Quaestiones supra libros Physicorum Aristotelis;Quaestiones supra indecimum prime philosophiae Aristotelis; Id. supra librum de generatione etcorruptione; id de animalibus; id. de causis; id. de caelo et mundo; Opus maius; Opus minus; Opustertium; id., Speculum alchimiae; De mirabili potestate artis et naturae; Speculum astronomiae;Compendium studii philosophiae; Communia naturalium; De multiplicatione specierum; Compendiumstudii theologiae; De secretis operibus artis et naturae et nullitate magia. Desta abundante produção

queremos mencionar alguns fragmentos que expressam sucintamente seu pensamento, totalmenterevolucionário para sua época; basta-nos recordar que seu livro Opus Maius, do qual selecionaremosestas citações, foi publicado no mesmo ano que a Suma Teológica de Tomás de Aquino, cujo mestre,Alberto Magno, escreveu, como ele, sobre Alquimia. De outro lado, recordaremos que "para o RogerBacon, Hermes era o 'pai dos filósofos'," segundo L. Thorndike: - Expostas as raízes da sabedoriados latinos nas línguas, na matemática e na perspectiva, quero agora pôr ao descoberto asraízes da mesma pela ciência experimental, já que, sem a experiência, nada se pode sabersuficientemente. De fato, dois são os modos de conhecer, ou seja, pela argumentação e pelaexperiência. A argumentação conclui e nos faz conceder a conclusão, mas não nos deixa certossem fazer desaparecer toda dúvida, de maneira que fique o ânimo aquietado com acontemplação da verdade, se não a encontrar pela via da experiência: muitos têm argumentospara provar as proposições, mas como não têm experiência, desprezam-nas, e assim não evitamo mal, nem vão atrás do bem. Se alguém que nunca viu o fogo demonstrou com argumentossuficientes que o fogo queima e ataca às coisas e as destrói, nunca por só isso se aquietaria oânimo do que lhe ouvisse, nem fugiria do fogo antes de pôr a mão ou um objeto combustível aofogo, para comprovar assim pela experiência o que o raciocínio lhe tinha demonstrado. Mas umavez obtida a experiência do fato da combustão, fica com certeza, o ânimo descansa com aevidência da verdade. Logo não basta o raciocínio, mas sim se requer a experiência. Mas comoesta ciência experimental é ignorada por completo da massa dos que estudam, não posso, por isso,tratar de lhes convencer de sua utilidade se antes não faço ver sua eficácia e sua índole especial.Pois bem: esta é a única que sabe muito bem por experiência o que se pode fazer pelas forçasnaturais, e o que se pode pelo esforço da arte, pela fraude, que pretendem e que sonham os poemas,as conjurações, as invocações, as deprecações, os sacrifícios, tudo isso de arte da magia, e o queneles se faz, para eliminar toda falsidade, e reter somente a autêntica arte.

Entretanto esta experimentação da qual trata R. Bacon não é só física, como se poderia pensar, elemesmo se encarrega de nos transmitir isso já que seu grau mais alto é a Revelação; quer dizer que oConhecimento do Sagrado é a maior experiência, embora também inclua a magia em suas duasvertentes: a que se apóia na natureza das coisas, e a que se utiliza de truques que de algum jeitoviolentam essa natureza, ou seja, que há uma magia "boa" e outra "má", ou melhor, há duas formas deatuar com relação à natureza, uma é lícita e a outra não é. Há algo de profético nesta divisão, caso setenha em conta o posterior desenvolvimento da civilização ocidental, e a supremacia atual dasegunda sobre a primeira, quer dizer do empirismo, da racionalização, do método estatístico e dafalsa idéia de uma evolução e de um progresso indefinido, material e técnico, capaz de solucionartodos os males. Para o pensamento de R. Bacon, se a experimentação for uma forma da magia naturale a alquimia uma forma da teurgia aplicada ao Conhecimento e à obtenção de uma conquista total – aPanacéia Universal – todo o processo de aprendizagem (matemático, cosmográfico, físico, médico,de laboratório) é parte de um Saber Único, a Ciência Sagrada. Embora pareça curioso, este tipo de

conceitos materializaram finalmente na Ciência Moderna, cujos supostos, como expressamos, estãototalmente invertidos com respeito a estas conclusões e a toda idéia relacionada direta ouindiretamente com o sagrado, discutindo, ou negando, inclusive, suas origens históricas, como jáassinalamos. Entretanto, aos efeitos deste trabalho tomaremos o final do século XV como ponto dereferência para tratar do tema das origens das ciências da Natureza, em estreita relação com opensamento esotérico e com a magia natural. De fato, daremos início a nosso breve itinerário noscentrando na Academia de Florença, fundada por Cosme de Medici, no castelo de Careggio,imediatamente depois de que se reunira nessa cidade o concílio de 1436-1439 celebrado para aunião das Iglesias cristãs, com a presença de Gemisto Pleton e J. Bessarion, entre outros, o quepermitiu um enorme fermento nos estudos sobre a antigüidade clássica, e abriu as portas doRenascimento, desde esta Academia dirigida por Marsílio Ficino, secundada por uma plêiade defilósofos, artistas, literatos, homens públicos e de Estado, comerciantes, etc., iniciativa que, poroutra parte, começou a se emular em outros círculos italianos, começando pelo papado, os duques deFerrara e Milão, e em geral pelas bibliotecas, cenáculos e os príncipes e suas cortes.

No artigo "Os Livros Herméticos" mostramos o que são as doutrinas herméticas, que contidas noCorpus Hermeticum, e em consonância com as idéias de Pitágoras, Platão, do Neoplatonismo eNeopitagorismo, do cristianismo de Dionísio Areopagita e da Cabala Hebraica, descrevem asemanações que, a partir da Unidade, por um processo de opacidade ou materialização, descendemformando distintos planos ou mundos, que vão do invisível e incriado, passando por distintos grausmais ou menos sutis de manifestação, ou angélicos, até a mais grosseira solidificação material. Aocontrário, os ensinos herméticos nos mostram como é possível remontar esta ordem e, a partir dedeterminadas substâncias, que guardam em si o mistério de seu ser, chegar à própria Origem, pormeio de uma série de transmutações que os alquimistas, postos sob a avocação do deus Hermes,realizavam partindo da matéria, especialmente a metálica, à qual relacionavam com as energias dosastros, ou regentes. Certamente esta atitude, que por outra parte não é exclusiva do Ocidente, pois seproduziu em outras tradições, possibilitou a investigação e a experimentação e portanto fundamentouo nascimento das ciências aplicadas ao estudo e a modificação da natureza. De fato, a História daCiência não deixou jamais de advertir esta origem pré-científica e "mágica" das ciências, por maisracionalista que fora seu enfoque ou por mais asséptico que pretendesse ser o método sustentado,pelo simples fato de que é muito difícil negar evidências perfeitamente documentadas, em que pesequalquer intenção do contrário.

As cosmogonias mais autenticamente científicas e "modernas", como as de Galileu ou Newton,sem contar a de Giordano Bruno, revelam sua origem hermética, considerada como ignorânciadurante vários séculos pelo "pensamento científico", oposto à Cosmogonia Unânime de distintospovos, à sua Ciência Sagrada, o que deu lugar, valha o paradoxo, à própria ciência profana que,apesar de derivada dela, logo a seguir a nega, em virtude de determinados desenvolvimentos que tem

que adotar, afastando-se cada vez mais de seus propósitos e origens. O tema é complexo e delicado,mais ainda pelos enganos básicos que tem nosso enquadramento moderno, acrescentados desde oséculo XIX, em relação ao que hoje se entende por "cientista" – e ainda filosófico –, mas nos bastapor agora assinalar que uma corrente muito forte de historiadores nascidos no próprio campocientífico, investiga sem preconceitos, na atualidade, este processo que desemboca nosdescobrimentos e inventos da sociedade técnica contemporânea. Como antecedente importante e dealgum modo pioneiro destacaremos "A History of Magic and Experimental Science", de LynnThorndike, em seis volumes, editada pela Columbia University Press de 1923 a 1941. Maisrecentemente, e para citar um só exemplo, mencionaremos a polêmica obra "Mentalidades ocultas ecientíficas no Renascimento" editada por Brian Vickers, que reúne uma série de trabalhosinterdisciplinares sob este sugestivo título, produto de um simpósio organizado em 1982 pelo Centerof Renaissance Studies, Zurich, e publicada pela Cambridge University Press. Dentre os professoresde diferentes universidades americanas e européias que debatem e esclarecem estes assuntos emépoca recente, devem ser mencionados Thomas S. Kuhn, Gastón Bachelard, Gilbert Durand, KarlPopper, A. C. Crombie, A. Asti Vera, L. W. Hull, E. Garin, P. O. Kristeller, A. Koestler, e os jánomeados neste artigo, etc. Sobre a História e Filosofia da Ciência há hoje uma abundante literatura,grande parte dela já traduzida ao castelhano. Igualmente deve se destacar outra coleção com um títuloda mesma forma sugestivo, Alchemy Revisited: Proceedings of the International Conference on theHistory of Alchemy, atas de uma conversa celebrada em 1989 em Gröningen, em que igualmenteparticipa B. Vickers e distintos autores que, de uma ou outra maneira, chegaram a este tipo deinvestigações por distintos caminhos e em diferentes níveis. Na realidade, só desejamos assinalarestas publicações com o ânimo de indicar o interesse atual pelo tema, que se expressa também emduas revistas: Ambix, e Renaissance Quarterly. De nossa parte pensamos que este tema das origens "mágicas" da Ciência é o suficientementeimportante para tratá-lo, já que de fato se trata, como em outros casos, da influência da TradiçãoHermética na cultura do Ocidente, a ponto de constituir uma corrente subterrânea, secreta, que aalimentou com seus acertos e enganos até o dia de hoje, em perfeita simultaneidade com os ritmos eos ciclos que fazem o tempo e a historia em que se manifestam as Idéias. Além disso, é óbvio o valorfilosófico, e gnoseológico, que pode ter um debate desta natureza, e as inumeráveis perspectivas quese podem abrir por seu intermédio. De fato, o desenvolvimento científico facilitou ao homemcontemporâneo numerosas vias que até muito recentemente não sonhava sequer em conhecer –aaceleração, neste sentido prodigiosa, é geometricamente proporcional a esse desenvolvimento, à parque se foram fechando outros ângulos de visão e que, ao multiplicar as possibilidades de controle edomínio sobre a "matéria", começou a se ter sobre ela uma perspectiva cada vez mais limitada eexcludente; as diferentes técnicas e seus diversos usos são o exemplo mais destacado a respeito. Emtodo caso não seremos nós os que insistirão sobre este problema, hoje em dia convertido numaameaça constante à humanidade, advertido já faz mais de oitenta anos por diversos autores, entre os

quais devem nomear-se em primeiro lugar as críticas ao mundo moderno de René Guénon, e que hojetomam características de uma gravidade tão monstruosa como os sinalizados todos os dias pelaecologia através de valentes grupos de choque, surgidos no calor das circunstâncias.

Como dizíamos, foi mostrado por numerosos autores que se referem a isto de distintas maneiras.Do ponto de vista da História da Ciência, e particularmente do método científico, Elías Trabulse seexpressa assim: A experiência, ou seja a constatação empírica dos fenômenos, é a primeiracaracterística básica de nosso esquema e, por extensão, de todos os paradigmas científicos queapareceram do século XVIII até nossos dias. O desenvolvimento de técnicas de precisãoadmirável permitiram "dominar racionalmente o curso da experiência", o que conduziu àrepetição, provocada e controlada, dos fenômenos que se desejavam observar. Está claro queesta atitude que vai desembocar na multiplicidade absoluta está implícita no Renascimento e nosdesenvolvimentos científicos posteriores se faz patente. Por outra parte isso se observa em todas asmanifestações, sejam estas sociais, econômicas, artísticas, culturais, e sua eclosão vertiginosamenteacelerada se deve a temas relacionados com o ciclo pelo qual a humanidade atravessa. Por issomuitos –com alguma razão– fixaram a Idade Média como o período limite em que ainda era obtidauma comunicação direta entre céu e terra. Entretanto, vimos que a Tradição Hermética subsistiu aténossos dias, embora certamente em forma oculta e minoritária, havendo inclusive passado pormomentos de glória e grandeza durante muitos séculos, adotando diversas formas. De fato, apermanência da Ciência Sagrada permitiu o atraso do caos total e reordenou, na medida de suaspossibilidades, uma e outra vez o pensamento do homem no Ocidente, iluminando-o com suasabedoria, em suma, revelando-se nele.

Entretanto, e na mesma época em que aparece o racionalismo, a ciência troca intempestivamente orumo, cortando a conexão que mantinha unidos os três mundos, espiritual, anímico e material,simplificando tudo, fazendo só uma distinção binária: corpo e alma como antagônicos, sempreexcludentes. Este processo de inversão fica documentado não só na "filosofia" e no racionalismo deDescartes, mas também passa a ser parte da bagagem do homem moderno como o atesta a históriadessa Ciência que, a pouco de seu desenvolvimento, nega suas próprias origens e rompe as raízesque a mantinham ainda unida com a Cosmogonia e a Ontologia, com o Ser Universal e com aMetafísica.

BIBLIOGRAFIA:FEDERICO GONZÁLES UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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A MAÇONARIA E A NATUREZA HUMANA

Bem sabemos que a Maçonaria ou as doutrinas maçônicas estão sempre próximas da naturezahumana. Todos sentimos desde a infância o desejo de entendermos o universo. Todos pretendemosconstruir uma imagem deste Universo, de o ordenarmos ao nosso jeito, à nossa volta, construindohistórias, o gérmen da fonte criadora que culmina, sem o sabermos, na filosofia maçônica. Pelosimples fato que o homem nunca deixará de promover o desejo de conhecer, das exigências da acção,na busca incessante da Verdade. Se, para a Igreja a Verdade já existe, para a Maçonaria ela é umabusca incessante, absorvendo as necessidades do próprio espírito, sempre num esforço pessoal sobreo Mundo e o destino. Realizado ao longo da vida nas Lojas maçônicas, o maçon continua no seuesforço à procura da Verdade, quer num inquérito pessoal, quer sobre o Mundo e o seu destino;inquérito silencioso cujas conclusões encontra no seu dia-a-dia, ou nos momentos de calma oualheamento nas Lojas onde reúne, com mudanças interiores que ficam evidentes e profundamentemeditadas. Assim se manifesta a Maçonaria, um genuíno agente de progresso intelectual.

Esta curiosidade superior é muitas vezes confundida com sentimento religioso. Mas ele constitui aaptidão que é própria da nossa espécie. Nela reside o sentimento maçônico, uma vida espiritual pormais humilde que seja é a derradeira ambição das criaturas humanas. A Maçonaria regular etradicional não pode pois representar sentimentos religiosos e muito menos a religião, seja ela qualfor. Nem confirmar ou definir a existência de uma crença ou de um criador. Mas representa o homemespiritual que se afirma por si mesmo numa procura incessante da Verdade. Uma afirmação que fazprogredir a ciência através de todas as formas e experiências. Que coloca as religiões como mais umponto de partida. Mas esclarecendo que o esforço humano vai para além delas. A consciênciahumana é a imagem de um Mundo por explicar. Mas de que mundo falamos? Do Mundo material edo Mundo espiritual.

O maçon, desta forma, começa por apresentar uma consciência humana de um mundo por explicare parte desta forma completamente livre para a busca da Verdade. Procura trazer a ânsia da suacuriosidade, da sua certeza intelectual e do seu prazer pela defesa da perfeição moral. Por estedesejo de aperfeiçoamento moral e pela certeza intelectual da sua consciência na busca da Verdade,exprime-se conforme a sua época e civilização, sendo certo que deseja ver claro em si e à sua volta.

BIBLIOGRAFIAPeça de Arquitetura dos IIrr.'. Álvaro Carva e José Prudêncio, ambos Obreiros da Grande

Loja Nacional Portuguesa e membros do Supremo Conselho de Portugal do Rito Escocês Antigoe Aceito.

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SÃO JOÃO E A TRADIÇÃO MAÇÔNICA

Na mesma data em que se comemora o solstício de verão, 24 de junho, no Hemisfério Norte, dia deSão João Batista, estamos comemorando aqui, o solstício de inverno. Recordemos as festas juninas(São João). No dia 25 de dezembro, comemoramos o solstício de verão e, no Hemisfério Norte, osolstício de inverno. É a data do nascimento de Avatares como: Krishna, Mitra, Hórus, Buda e JesusCristo, todos considerados grandes Sóis (Deuses). Perceba que quem trouxe a Maçonaria para oHemisfério Sul, não se preocupou com isso. Simplesmente copiou seus Templos com as mesmascaracterísticas, esquecendo-se de “inverter as posições” de suas “estrelas”, seus “planetas” etambém o altar de nossas Dignidades. A Terra faz um movimento de translação ao redor do Sol emuma órbita plana, quase redonda, com período definido de um ano. Enquanto isso, ela gira em tornode si mesma, originando os dias. O equinócio (Do latim: aequinoctiu = noite igual; aequale = igual +nocte = noite) é o ponto da órbita da Terra onde a duração do dia e da noite são iguais. É o dia apartir do qual, os dias ou as noites começam a crescer (respectivamente primavera e outono), até quese chegue ao solstício (Do latim: solstitiu = Sol Parado), que é o ponto da órbita da Terra onde existea maior disparidade entre a duração do dia e da noite. Os solstícios são, então, o dia e a noite maislongos do ano (no verão e inverno, respectivamente).

Iniciando então no solstício de inverno (noite mais longa do ano), é a partir dessa data que os diascomeçam a crescer, até que se alcance uma igualdade entre o dia e a noite (equinócio de primavera),e continua até o ápice do dia no solstício de verão (dia mais longo do ano), data a partir da qual osdias diminuirão até que, mais uma vez, a igualdade se faça presente entre dia e noite (equinócio deoutono), seguindo, novamente, para o solstício de inverno, onde começamos nossa explicação, em umciclo perpétuo. Durante o intervalo de um ano temos dois solstícios e dois equinócios. Desse modo épossível dividir o intervalo de um ano em quatro períodos, a saber: Primavera, Verão, Outono eInverno. Esses períodos são chamados de estações do ano. As estações do ano são conseqüência dasvariações da inclinação do eixo da Terra, girando em sua órbita elíptica em torno do Sol. Não tem aver com a distância da Terra ao Sol. O solstício deve ser comemorado com “ágapes solsticiais”.Isso não significa se reunir para comer ou beber, mas sim para compartilhar, agradecer e unirenergias a serviço do “Mais Elevado” e da ajuda à humanidade. E por esse motivo,compartilhar umacomida simples. O historiador José Castellani, explica: “Por herança recebida dos membros dasorganizações de ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa práticachegou à Maçonaria moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporaçõesoperativas. Como as datas dos solstícios são 21 de junho e 21 de dezembro, muito próximas dasdatas comemorativas de São João Batista, 24 de junho, e de São João Evangelista, 27 de dezembro,elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando à atualidade. Hoje, a posse

dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ouem data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira Obediência maçônica do mundo foifundada em 1717, no dia de São João Batista.

Graças a isso, muitas corporações, embora houvesse um santo protetor para cada um dessesgrupos profissionais, acabaram adotando os dois São João como padroeiros, fazendo chegar essehábito à moderna Maçonaria, onde existem, segundo a maioria dos ritos, as Lojas de São João, queabrem os seus trabalhos (à glória do Grande Arquiteto do Universo Deus e em honra a S. João, nossopadroeiro), englobando, aí, os dois santos. No templo maçônico, essas datas solsticiais estãorepresentadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significaque o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem éinviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João.Tradicionalmente, por meio da noção de porta estreita, como dificuldade de ingresso, o maçomevoca as portas solsticiais, estreitos meios de acesso ao conhecimento, simbolizados no círculocósmico, no círculo da vida, no zodíaco, pelo eixo Capricórnio Câncer, já que Capricórniocorresponde ao solstício de inverno e Câncer ao de verão (no Hemisfério Norte, com inversão para oSul). A porta corresponde ao início, ou ao ponto ideal de partida, na elíptica do nosso planeta, noscalendários gregorianos e também em alguns pré-colombianos, dentro do itinerário sideral.

O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, conceitoque, inicialmente, lhe serviu de base para organizar o trabalho agrícola. Graças a isso é que surgiramos cultos solares, com o Sol sendo proclamados – como fonte de calor e de luz – o rei dos céus e osoberano do mundo, com influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores dahumanidade. E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios comoaberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, emcada círculo tropical. A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus,representado como divindade bifásica, graças à sua marcha pendular entre os trópicos; o seu próprionome mostra essa implicação, já que deriva de janua, palavra latina que significa porta. Por isso, eleera, também, conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, sendo representado com um molho de chavesna mão, como guardião das portas do céu. Posteriormente, essa alegoria passaria, através da tradiçãopopular cristã, para São Pedro, mas sem qualquer relação com o solstício.

Janus era um deus bicéfalo, com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizavaa tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro. OsCésares da Roma imperial, em suas celebrações e para dar ingresso ao Sol nos dois hemisférioscelestes, antepunham o deus Janus, para presidir todos os começos de iniciação, por atribuir-lhe aguarda das chaves. Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental o solstíciode Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no Hemisfério Norte e inverno noHemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens,enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista

(inverno no Hemisfério Norte e verão no Hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e,por isso, denominada Porta dos Deuses. Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dosHomens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbise Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundoextraterreno . A importância dessa representação das portas solsticiais pode ser encontrada com oauxílio do simbolismo cristão, pois, para o maçom, as festas dos solstícios são, em última análise, asfestas de São João Batista e de São João Evangelista. São dois São João e há, aí, uma evidenterelação com o deus romano Janus e suas duas faces: o futuro e o passado, o futuro que deve serconstruído à luz do passado. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento detransição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento deJesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra. Foi a semelhança entre as palavrasJanus e Joannes (João, que, em hebraico é Ieho-hannam = graça de Deus) que facilitou a troca doJanus pagão pelo João cristão, com a finalidade de extirpar uma tradição “pagã”, que se chocavacom o cristianismo. E foi desta maneira que os dois São João foram associados aos solstícios epresidem as festas solsticiais.

Continua, aí, a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias maislongos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; diante de São João (do inverno), com as trevas,Capricórnio e a Porta de Deus, o São João (do verão), com a luz, Câncer e a Porta dos Homens (valerecordar que, para os maçons, simbolicamente, as condições geográficas são, sempre, as doHemisfério Norte). Dentro dessa mesma visão simbólica, podemos considerar a configuração daconstelação de Câncer. Suas duas estrelas principais tomam o nome de Aselos (do latim Asellus, i =diminutivo de Asinus, ou seja: jumento, burrico). Na tradição hebraica, as duas estrelas sãochamadas de Haiot Ha-Kadosh, ou seja, animais de santidade, designados pelas duas primeiras letrasdo alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e ao boi. Diante delas, há um pequenoconglomerado de estrelas, denominado, em latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria,curral, manjedoura, e que, em francês, é crèche, também com o significado de presépio, manjedoura,berço. Essa palavra créche já foi, inclusive, incorporada a idiomas latinos, com o significado delocais onde crianças novas são acolhidas, temporariamente. Esse simbolismo dá sentido àobservação material: Jesus nasceu a 25 de dezembro, sob o signo de Capricórnio, durante o solstíciode inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno e um boi. Essa data de nascimento,todavia, é puramente simbólica. Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo deCâncer, quando os dias são mais longos no Hemisfério Norte.

O sentido cristão, no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, sóhaveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo –segundo a teologia cristã – e o outro pólo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob osigno de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível. Dois elementos, entretanto, um material eum religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro. O material refere-se aos

hábitos dos antigos cristãos e o religioso, ao mitraismo da antiga Pérsia, adotado por Roma: Osprimeiros cristãos do Império Romano, para escapar às perseguições, criaram o hábito de festejar onascimento de Jesus durante as festas dedicadas ao deus Baco, quando os romanos, ocupados com osfolguedos e orgias, os deixavam em paz. Mas a origem mitraica é a que é mais plausível paraexplicar essa data totalmente fictícia: os adeptos do mitraismo costumavam se reunir na noite de 24para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa festividade chamada – no mitraismoromano – de Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol triunfante). Durante toda a fria noite, ficavamfazendo oferendas e preces propiciatórias, pela volta da luz e do calor do Sol, assimilados ao deusMitra. “O cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o com a luz domundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas”.

O BATISTA São João Batista, também dito “o Precursor”, era filho de Isabel, prima da VirgemMaria e, por conseguinte, também parente de Jesus. Ele ganhou o epíteto de “batista” porque, no rioJordão, “batizava” as pessoas, derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-asespiritualmente (batismo significa banho). Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meiovestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Qunram, pertodo mar Morto. Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinhavários seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequerde “lhe desatar as sandálias.” Vituperava a Herodes Antipas, o rei imposto pelos romanos aosjudeus, porque Antipas mandara matar a seu meio-irmão para ficar com a sua esposa. Antipasmandou decapitar a João Batista, atendendo ao pedido de Salomé, sua enteada, filha de seu meio-irmão, acima referido. O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de suacomemoração.

O EVANGELISTA O outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no deEvangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4o Evangelho, de trêsepístolas e do famoso Apocalipse. Essa palavra quer dizer “revelação”. Nele, João relata asrevelações que teria tido sobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar no fimdos tempos, catástrofes, guerras, pestes, castigos, a palavra “apocalipse” ganhou a conotação de“algo ruim, apavorante, cataclismático, terrificante”. A linguagem é extremamente simbólica, dedifícil compreensão. É comemorado em 27 de dezembro. MAÇONARIA OPERATIVA Naverdade, porém, como vem registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das Constituições deAnderson, de 1723, e com elas publicado, o dia que os maçons operativos do passado tinhamescolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no diade São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro. Aliás, notem que afundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24 de junho. Veja-secomo vem redigido esse cânone dos Regulamentos Gerais, aprovados, pela segunda vez, no dia deSão João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João, duque de Montagu, para

Grão-Mestre:“XXII. Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em

uma COMUNICAÇÃO ANUAL e Festa, em algum Lugar apropriado, no Dia de São João Batista ouentão no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento,pois essa reunião ocorreu nos anos passados no Dia de São João Batista: Provido(…)”

RAZÕES ESOTÉRICAS Só por uma segunda opção a reunião e festa ocorreria, portanto, no dia27 de dezembro, na festa do outro São João. Mas, por quê? O porquê dessa alternativa tem umaexplicação esotérica, que remonta às prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dosromanos. Eles acompanhavam as tropas romanas, para o trabalho de reconstrução e instalação daadministração imperial, nas terras conquistadas e colonizadas. E com eles ia a sua religião oureligiões, para ser mais exato, ainda que entre os romanos a predominante fosse a da adoração àMitra, que era representado por uma figura humana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outrosdeuses, notadamente, Jano, com suas cabeças que, sabidamente, simbolizavam os solstícios. Essessolstícios estavam sempre presentes nas festas pagãs, porque eram vinculadas à Natureza. É aí queencontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e natalinos, que a novareligião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo que conseguiufoi a substituição. Todavia, no seio da Maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce, ambas as datassobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados. Os colégios, principalmente osdos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistérios de antiqüíssimas sociedadesiniciáticas, todas praticantes de ritos solares.

**Celso Ferrarini - JornalistaPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/sao-joao-e-tradicao-maconica.html

#65

O CRESCIMENTO MAÇÔNICO NOS GRAUS FILOSÓFICOS

A expressão Graus Filosóficos já se tornou corrente na Maçonaria. Usa-se a mesma emcontraposição a Graus Simbólicos. Conquanto já faça parte de nossos usos & costumes, inclusivesendo útil para diferenciar os graus anteriores dos posteriores criados na história dos Ritos, essasexpressões objetivam conceitos extremamente inadequados que nos servem de paradigmasinconscientes.Quando nos referimos à Maçonaria, independentemente dos graus dos quais estejamosfalando, invariavelmente nos vem à mente a idéia de uma "filosofia". Não há como ser diferente, poisuma instituição que pretende a construção de um determinado modelo de homem, almejando com issouma profunda transformação social, terá obrigatoriamente uma "filosofia", que é permanentementeatualizada em suas lendas, ritos, mitos, símbolos e doutrinas. Mesmo se estiver de acordo com esseraciocínio, o leitor atento provavelmente estará se perguntando a razão de colocarmos "filosofia"entre aspas. Para diferenciá-la de Filosofia, com "f" maiúsculo. Desejamos defender aqui a tese deque, ao falarmos de Maçonaria, existe uma diferença entre "filosofia" e Filosofia, e que isso éfundamental para nossa práxis.

Estudar e conhecer Filosofia pode ser sinônimo de erudição ou indicação de um statusprofissional. Erudito, segundo os dicionários, é quem tem instrução vasta e variada, que é sabedor demuitas coisas. Um professor de Filosofia, um filósofo profissional ou alguém com "amor àsabedoria" (que é o que significa o termo) podem ser eruditos em Filosofia; conhecer autores eobras, sistemas filosóficos e história da Filosofia. Isso não faz de nenhum deles um filósofo, nosentido existencial. Assim como conhecer profundamente Teologia não faz de alguém um religioso. Começa a aparecer a pedra de toque para fazer a distinção que pretendemos. Dois parágrafos acimafalávamos de práxis. Devemos diferenciar práxis de prática. Prática se refere, ainda segundo odicionário, ao ato ou efeito de praticar; à experiência nascida da repetição dos atos. Necessitamosprática para dirigir automóveis ou para realizar uma cirurgia. Já práxis é a totalidade nosso agirenquanto seres humanos. Cada ação humana implica aspectos objetivos (como fazer, falar, produzir)e aspectos subjetivos (como valores, ideologias, condicionamentos de toda ordem e as atitudes delesdecorrentes). Prática se refere ao que eu sei fazer; práxis se refere ao que eu sou.

Paulo Freire, o notável pedagogo brasileiro, já nos ensinava que a atividade essencialmentehumana é a reflexão, e a práxis humana deve ser composta de ação « reflexão; assim mesmo: umaação de mão dupla onde as partes são inseparáveis com o perdão da redundância. Quando em nossaexistência nosso agir está dissociado da reflexão, nos alienamos. Quando alienados, por mais ativosque sejamos, não somos os senhores de nossa história; não estamos na direção de nossas vidas.Somos levados pelas circunstâncias. Para desalienar-se é preciso "filosofar", perquirir, duvidar. Osfatos nos são dados pela existência, e podem ser organizados pela Economia, pela Sociologia, pela

Antropologia, mas é "filosofando" que os interpretamos, que os julgamos e que os transcendemos. Nesse sentido de um compromisso consciente com a existência é que devemos ser seres ativos ereflexivos, isto é, adotar uma postura naturalmente filosófica. Essa postura implica numa atitudeinquiridora e cética, sem ser relativista ou cínica. Devemos ser filósofos no sentido do idealmarxiano de ser pescador pela manhã, poeta à tarde e filósofo à noite, sem que sejamos pescadoresprofissionais, poetas profissionais ou filósofos profissionais. A Filosofia nos será ferramenta deaprimoramento do olhar e do raciocínio, e para isso é importante conhecer os filósofos e seuspensamentos. "Filosofar", porém, será nossa atitude constante.

Eis porque, meus Irmãos, conceber graus filosóficos e não-filosóficos na Maçonaria é defenderuma posição maçonicamente contraditória, pois não pode haver Maçonaria que não sejaessencialmente filosófica. E, consequentemente, não pode haver maçom que não seja filósofo . Sefomos iniciados, então nos basta "saber" sinais, toques e palavras; "conhecer" algumas instruções eprincípios. Se somos iniciados, então sinais, toques e palavras servirão para reconhecermos pessoascom as quais teremos uma identidade de interesses, de convicções, de posturas sociais e espirituais;viveremos nossos princípios, pois eles serão coincidentemente compreendidos e livremente aceitos. A Iniciação é uma conversão, uma metanóia. Os Irmãos que nos acolhem numa Loja, dirigentes ounão, podem apenas nos fazer o convite, nos mostrar o caminho e nos fornecer as ferramentas. O simterá que ser nosso. A transformação de nossa atitude perante nós mesmos e perante o mundo é tarefaexclusivamente nossa. E responderemos solitariamente às nossas consciências pela nossa decisão. Senão realizarmos essa conversão, continuaremos freqüentando Lojas simbólicas , onde apenasrepetiremos enfadonhos gestos e palavras, e Lojas filosóficas , onde apenas recordaremos ocobridor e leremos os rituais. E voltaremos à nossa vida real sem marcas, sem sinais, sem toques esem palavras.

BIBLIOGRAFIA Francisco C. L.

Pucci M.'. M.'. - ARLS Profeta Elias, Grande Loja do Paraná, BrasilUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#66

UM MODERNO FRANCÊS

O Rito Moderno ou Francês foi criado em Paris no ano de 1761, constituído aos 24 de dezembrode 1772 e, finalmente, proclamado aos 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França, sendoGrão Mestre Luís Felipe d'Orléans, Duque de Chartres, instalado solenemente aos 22 de outubro de1773. Na sua fundação, compunha-se apenas dos três primeiros graus e adotava as primeirasConstituições de Anderson de l723. Na época havia grande paixão pelos altos graus, surgindo a cadamomento novos graus e novos ritos, numa flagrante indisciplina. Em virtude da pressão de irmãos, oGrande Oriente de França se viu compelido a procurar uma fórmula para harmonizar as diferentesdoutrinas que vicejavam desordenadamente num emaranhado proliferar de altos graus, por influênciada Cavalaria, da nobreza e de misticismos, que serviam a vaidade dos que procuravam a Maçonaria,desfigurando a Ordem. Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão de maçons deelevada cultura para estudar todos os sistemas existentes e elaborar um rito composto do menornúmero possível de graus e que contivesse os ensinamentosmaçônicos. Após três anos de estudos, a comissão desistiu da empresa, mas recomendou manter apenas os trêsgraus iniciais. O Grande Oriente acatou as conclusões da comissão e enviou circulares a todas aslojas da obediência, aos 03 de Agosto de l777, afirmando que só seriam reconhecidos os trêsprimeiros graus simbólicos, o que causou uma grande reação de alguns irmãos, porque o Rito dePerfeição ou de Heredon já contava com 25 graus. Em razão disso, em 1782, criou uma novacomissão, com o nome de Câmara dos Ritos, cujas conclusões foram acolhidas, e, em conseqüência,em l786, nascia o Rito Francês ou Moderno de 7 grau. Graus Simbólicos: 1º Grau - Aprendiz2º Grau - Companheiro

3º Grau - Mestre Graus Filosóficos:1a. Ordem - 4º Grau - Eleito2a. Ordem - 5º Grau - Eleito Escocês3a. Ordem - 6º Grau - Cavaleiro do Oriente ou da Espada4a. Ordem - 7º Grau - Cavaleiro Rosa-CruzSó em l785, foram editados rituais oficiais para os três graus simbólicos, resultado da

uniformização e da codificação das práticas das Lojas Francesas nos anos anteriores. Com oRegulateur de 1801, todos os graus do Rito Moderno passaram a ter o seu ritual. Houve um período,em Portugal, no qual o Rito Moderno chegou a funcionar com um grau 8 (Kadosh Perfeito Iniciado) eaté um grau 9 (Grande Inspetor). Atualmente, no Brasil, se reorganizou o Rito Moderno,principalmente por motivos administrativos, nos 9 graus, os dois últimos na 5a. Ordem,acrescentando-se:

5a. Ordem - 8º Grau - Cavaleiro da Águia Branca e Preta, Cavaleiro Kadosh Filosófico,Inspetor do Rito. 5a. Ordem - 9º Grau - Cavaleiro da Sapiência - Grande Inspetor doRito. Os três primeiros graus se reúnem nas chamadas Lojas Simbólicas, filiadas às chamadasObediências Simbólicas. Os Graus 4 a 7 se reúnem nos chamados Sublimes Capítulos. O Grau 8 se reúne no Grande Conselho Estadual. E, o Grau 9 se reúne no Supremo Conselho, que temjurisdição nacional sobre todos os Graus Filosóficos.

O Rito Moderno, no que diz respeito aos graus simbólicos, é o mesmo rito que a Grande Loja daInglaterra, a dos “Modernos”, praticava antes de sua fusão com a dos “Antigos”. As inversões dascolunas, os modos de reconhecimento nos 1º e 2º graus, o início da marcha com o pé direito, aPalavra Sagrada do Aprendiz , eram práticas dos “Modernos Ingleses”. Mas, não são essasdivergências que distinguem o Rito Moderno dos outros ritos. No Grande Oriente do Brasil, Potênciamãe da Maçonaria Brasileira, existem atualmente aceitos 6 (seis) ritos: 1.- Adonhiramita; 2.-Brasileiro; 3- Escocês Antigo e Aceito; 4.- Francês ou Moderno; 5.- Schröder; 6.- York. Taldiversidade não constitui fator de dissensão, porque todos, além de serem unidos pelos fortes laçosde Fraternidade e de um Ideal comum, obedecem a normas legais, tais como as Constituições doGrande Oriente do Brasil e dos Grandes Orientes Estaduais, ao Regulamento Geral da Federação,leis e decretos.

O Rito Moderno, que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçom deve ter a faculdadede pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de defender osdireitos do homem e uma melhor distribuição de rendas. Essa tendência filosófica humanista é queparece contrapor-se aos aspectos de religião cultual O Rito Moderno não considera a Maçonariacomo uma Ordem Mística, embora seus três primeiros graus estejam impregnados da mística dascivilizações antigas. A busca da verdade, transitória e inefável, realiza-se pelo aprendiz na intuição,pelo companheiro na análise e pelo mestre na síntese, num processo evolutivo e racional. Os padrõesdo pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se prendem à épocamoderna, ao Humanismo. A síntese dos debates da Assembléia, em 1876, que levaram à resolução de1877, mostra bem, que : - ”A franco-maçonaria não é deísta, nem é atéia, nem sequer positivista.A instituição que afirma e pratica a solidariedade humana, é estranha a todo dogma e a todocredo religioso. Tem por princípio único o respeito absoluto da liberdade de pensamento econsciência. Nenhum homem inteligente e honesto poderá dizer, seriamente, que o GrandeOriente de França quis banir de suas lojas a crença em Deus e na imortalidade da alma quando,ao contrário, em nome da liberdade absoluta de consciência, declara, solenemente, respeitar asconvicções, as doutrinas e as crenças de seus membros”. “O Rito Moderno mantém-setolerantemente imparcial, ou melhor, respeitosamente neutro, quanto à exigência, para os seusadeptos, da crença específica em um Deus revelado, ou Ente Supremo, bem como da categóricaaceitação existencial de uma vida futura; nunca por contestante ateísmo materialístico, masunicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar de cada irmão, ou postulante.

Demonstra apenas, a evolução das crenças estimulando os seus seguidores ao uso da razão, paraformar a sua própria opinião. Procura ensinar que a idéia de Deus resulta da consciência e que asexteriorizações do seu culto não passam de um sentimento íntimo, que se pode traduzir das maisdiversas maneiras.” O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que desaprovao dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista, e portanto, adogmático, propugnapela busca da Verdade, ainda que provisória e em constante mutação. A filosofia do Rito se opõe aqualquer espécie de discriminação. A não admissão de mulheres dá-se em decorrência de tratados enão da natureza do Rito.

O Rito Moderno, afinal, é um desafio, que vale a pena arrostar. BIBLIOGRAFIA Texto

extraido da Aug.’. Ofic.’. LUZ DO ORIENTE, onde externamos o mais profundo respeito eadmiração por todos os IIRR.'. desta Resp.'. Loja.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#67

POR MISERICÓRDIA, ABRA A PORTA DO SEU CORAÇÃO.

Amados Irmãos. O momento não nos permite questionar ou discutir o que representa aHospitalaria Maçônica no âmbito maçônico ou profano. Nem mesmo se cumprimos ou não nossodever, enquanto Maçons que somos.O momento é de União, de darmos as mãos e nos cotizarmos emprol daqueles que, por conta dos intempéries do tempo, passam por agruras imensuráveis, as quais,por não estarmos vivenciando, não se mostram tão graves como na cristalina realidade que são. Asnecessidades prementes nos dão conta de que a prioridade é ainda a identificação de cadáveres (376até agora, confirmados), mas, absolutamente consciente, sei que logo, logo, serão necessárias váriasatitudes que visem o suprimento das necessidades básicas dos atingidos pela catástrofe. A regiãoserrana do estado do Rio de Janeiro, foi acomedida também por uma devastação que, até aqui, acha-se que será a maior já presenciada. Portanto, bem assim sabendo, urge que a nossa Potência, bemcomo a todas que queiram entrar nesta corrente de fraternidade, através das Augustas Lojas que se unam em prol de uma campanha a favor dos necessitados de talcatástrofe. Em sendo assim, na condição de simples Irmão e hospitaleiro, venho conclamar a todos osIrmãos para que se imbuam do interesse de ajudar e, através de suas Lojas, se unam e passem aarrecadar todo e qualquer tipo de ajuda possível.

Temos a certeza absoluta de que todas as Potências estarão unidas para o levante do verdadeiroExército Maçônico, não importando a Grande Administração e sim, o dever de cumprir comoMaçons que somos, na ajuda aos necessitados. Aos Veneráveis de toda a Nação Maçônica, quemovimentem na ação de suas Lojas que, certamente, com a voluntariedade de seus hospitaleiros,estarão dispostas para abrir espaços no recebimento de tudo que for possível arrecadar. Para se teruma idéia, os dados da catástrofe até hoje são:- 14.000 (quatorze mil) desabrigados; - Mais de 548mortos - Cinco áreas atingidas: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e Itaipava.

Em sendo assim, acreditamos no seu espírito frtaerno de, seja de que forma for, ajudar no que forpossível. Estamos disponibilizando nossa Loja para que sirva de Posto de Arrecadação, o quepedimos a todas as Lojas de nossa jurisdição.

E, à medida em que formos angariando boas quantidades, enviaremos para a Grande Loja, que, certamente, estará encontrando uma forma para entregar todo o material arrecadado. Para qualquerorientação, estamos nos disponibilizando a ajudar. Unamo-nos e avante... Força total para afelicidade de ajudar aos imediatos. Pela Hospitalaria de minha Loja e, com certeza, também,por nossa Grande Hospitalaria, pedimos a todos os IIRR.'. que a hora é esta, somos Maçons e precisam de nossa ajuda. Por favor meus Irmãos, está na hora de colocarmos em prática o quetambém juramos e ao mesmo tempo, mostrar a força que existe em nossa Irmandade,independente do Grande Oriente em que esteja. Não estamos discutindo Potências, até porque,

AJUDA NÃO PODE TER RÓTULO.ATENÇÃO A TODOSDA CAVALEIROS DO TEMPLO Nº 26 A pedido de nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira, vamos marchar na direção da ajuda em

que nosso Ir.'.Antonio Carlos Santos - Hospitaleiro da Aug.'. Resp.'. Loja Respandescer da Fenixnº 25 vem solicitando a todos.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO E MISERICÓRDIA AOS IRMÃOS NECESSITADOSPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/abra-porta-do-seu-coracao.html

#68

O MAÇOM E A SOLIDARIEDADE

A Solidariedade é uma das marcas características do Homem, que o distingue das demais criaturasporque brota de seu íntimo e se origina da Lei Natural impressa pelo Criador em seu espírito. Bastaatentarmos para as incontáveis tragédias que diuturnamente os meios de comunicação de massa noscolocam diante dos olhos. Em meio aos quadros terríveis, alguns dantescos, invariavelmenteaparecem, como anjos de misericórdia, aqueles que doam-se a si mesmos para minorar ossofrimentos alheios, às vezes sob o risco ou até mesmo com o sacrifício de suas próprias vidas. Seformos ao dicionário, encontraremos como definição que Solidariedade é: “Adesão ou apoio, nosentido moral, à causa, empreendimentos, princípios, etc., de outros de tal forma que um indivíduo sevincula à vida, aos interesses e às responsabilidades de um grupo social, de uma nação ou dahumanidade como um todo.” Se nosvoltarmos,agora, para a instituição maçônica veremos que nela a Solidariedade constitui umadas colunas mestras de sua construção, dada a universalidade da Ordem. É por meio dessesentimento que nos unimos, em espírito, a outros Irmãos Maçons, inclusive àqueles de cuja existênciasequer temos conhecimento mas com quem, a cada dia, do meio-dia à meia-noite, trabalhamosespiritualmente para construir a Paz e erguer o Templo da Fraternidade Universal. Como diz aQuinta Instrução de Aprendiz, a Solidariedade é o laço que nos une e nos fortalece na luta incansávele ininterrupta que devemos manter contra os inimigos magnos da felicidade do Homem. Mas, aindaque exaltada dentro da Ordem, ela não pode ser praticada apenas dentro do universo maçônico edeixada de lado na vida profana. Isso seria uma incoerência, porque antes de sermos Maçons somosirmãos universais, independente de nossas nacionalidades, cor, crença política ou religiosa.

Se um semelhante nosso sofre, quem quer que seja ou onde esteja, nossa natureza comum de filhosdo mesmo Pai deveria nos irmanar nesse mesmo sofrimento. Mas, é justamente aí, na visão dosofrimento que se tornam nítidos os dois lados contraditórios do problema: Luz e Trevas. Por que,diante de tragédias dos últimos anos, como as de Biafra, Ruanda, Angola, Zaire, África do Sul,Bósnia, para citar apenas algumas das mais cruentas, se vemos exemplos da mais exaltadaSolidariedade de um lado, de outro também se destaca uma fria Indiferença de tantas pessoas emesmo nações? O monstro de crueldade, Stalin, que durante tantos anos dirigiu com mão de aço aUnião Soviética, disse certa vez que “uma morte é tragédia, mas milhões são apenas uma estatística”e a realidade do mundo de hoje continua dando razão àquela afirmação de crueza inaudita. Quando osofrimento se torna, apesar de concreto, uma mera abstração que desaparece ao apertar do botão datelevisão ou do fechamento da página do jornal nós nos separamos dele, deixando de vê-lo sob aótica da Lei Natural. Não nos irmanamos, pois, não o sentimos como nosso também; nos alienamosdele, simplesmente.

Ao longo de minha vida, tanto profana como maçônica, tive a oportunidade de me deparar cominúmeras abordagens, textos e concepções sobre a Solidariedade, alguns superficiais, outros pordemais filosóficos mas, alguns também de conteúdo maravilhoso e inspirador. Dentre esses, lembro-me bem deste que se segue e que reproduzo na esperança de que sirva para alimentar a chama daFraternidade e da Solidariedade em nossos corações, única forma de nos sentirmos verdadeiramenteunidos e irmanados com todos os que sofrem e choram na solidão gelada em que são colocados pelodesamor. “Um discípulo chegou-se a seu Mestre e perguntou-lhe:

- Mestre, qual a diferença entre o Céu e o Inferno?Respondeu-lhe o Mestre:- Vi um grande monte de arroz, cozido e preparado como alimento. Ao redor dele estavam muitos

homens famintos. Eles não podiam se aproximar do arroz, mas possuíam longos palitos de dois a trêsmetros de comprimento. Pegavam, é verdade, o arroz mas não conseguiam levá-lo à própria bocaporque os palitos eram muito longos. E assim, famintos e moribundos, embora juntos, permaneciamsolitários curtindo uma fome eterna diante daquela inesgotável fartura. Isso era o Inferno. - Vi outrogrande monte de arroz, cozido e preparado como alimento. Ao redor dele estavam muitos homensfamintos, mas cheios de vitalidade. Eles não podiam se aproximar do arroz, mas possuíam longospalitos de dois a três metros de comprimento. Pegavam, é verdade, o arroz mas não conseguiam levá-lo à própria boca porque os palitos eram muito longos. Mas, com seus longos palitos, ao invés delevá-los à própria boca serviam-se uns aos outros o arroz e assim saciavam sua imensa fome, numagrande comunhão fraterna, juntos e Solidários. Isso era o Céu.”

Reflitamos um pouco sobre o que essa parábola oculta em sua linguagem figurada e se o mundohoje não é, em grande parte, aquele primeiro grupo de homens, juntos mas solitários, padecendo defome diante da fartura. Ao depararmos com o sofrimento, o que sentimos? O aguilhão da culpa, pornada fazermos, ou uma identificação? De nada serve racionalizar o problema, dizendo: “Não possofazer nada. Esse problema está muito longe e não tenho como ir até lá” ou “Faço o que posso comquem está mais próximo de mim e sempre contribuo com o Tronco de Beneficência de minha Loja”.Pode-se fazer mais, sim. Pode-se estender a ponte e compartilhar o sofrimento em espírito. Pode-seerguer os olhos para o Senhor da Compaixão e orar, em união com todo o sofrimento do mundo. Sesou Solidário apenas porque uma regra me diz que devo sê-lo que mérito há nisso, se até uma criançaé capaz de seguir regras, ainda que não saiba discernir o seu conteúdo? Se sou Solidário apenas comquem está mais próximo de mim, o que estou realizando se até mesmo os animais são capazes dedefender os seus?

Cada um de nós recebeu, embutida no espírito pelo Criador, a semente da Solidariedade. Ela estádentro de nós mas não lhe damos um solo, não a irrigamos, não nos tornamos jardineiros.Carregamos a semente adormecida, encerrada em uma cela; não a colocamos na terra. Temos medoque ela morra, o que é verdadeiro num certo sentido pois morrer ela precisa para que a árvore nasça.Cada desabrochar é morte e nascimento e a semente tem que morrer mas é precisamente por isso que

temos medo, porque protegemos a semente. Diz uma história oriental que certo rei tinha três filhos,todos fortes e talentosos e estava indeciso e confuso quanto a qual deles entregar o reino. Assim,chamou um Mestre e perguntou-lhe o que deveria fazer para resolver o impasse. O Mestreaconselhou-o a sair em uma longa viagem deixando com cada filho uma determinada quantidade desementes de uma flor muito rara e dando-lhes instruções para que as preservassem o maiscuidadosamente possível, eis que suas vidas dependeriam disso. Satisfeito com o conselho doMestre, o rei procedeu como lhe fora dito e partiu em viagem.

O filho mais velho era mais experiente nas coisas do mundo e calculou que o melhor seria guardaras sementes a salvo e assim poder devolvê-las a seu pai, intactas. Assim pensou e assim fez.Colocou-as em um cofre e pendurou a chave em uma corrente que levava permanentemente presa aopescoço. O segundo filho calculou que sendo as sementes de uma flor muito rara, deveria vendê-lase fazer um bom dinheiro. Quando o pai retornasse, compraria outras sementes novas pois ninguémsaberia dizer a diferença. Assim pensou e assim fez. O terceiro filho era menos experiente nascoisas do mundo e mais inocente e calculou que as sementes deveriam ter um significado. Pensouconsigo mesmo, “As sementes existem para crescer. A própria palavra já tem o sentido de Origem, oque indica que ela é uma busca e a menos que se torne algo, não tem significado. Ela é como umaponte que se tem que atravessar”. Assim pensou e assim fez. Foi ao jardim do palácio e plantou assementes. Após uma longa ausência, retornou o rei e quis logo saber das sementes, mandandochamar os filhos à sua presença.

O mais velho pensou que o mais novo iria ficar muito mal perante o pai, porque destruíra assementes; e o mesmo se daria com o segundo, porque as vendera. Mas, o mais novo não estavapreocupado em vencer, apenas em preservar as sementes e isso só conseguira quando entendera queelas precisavam morrer e depois renascer, para dar novas sementes. O rei chamou o mais velho edisse-lhe: “És um estúpido e por isso perdeste o reino, porque uma semente só pode ser preservadase tem a oportunidade de morrer no solo, se tem a oportunidade de renascer”. Ao segundo filhodisse: “Agiste melhor que teu irmão mais velho, mas também perdeste o reino, ainda que tenhascompreendido que as sementes envelheceriam. Mas, a quantidade não mudaria. Quando a semente épreservada, multiplica-se por milhões”.

Ao terceiro filho disse: “É teu o reino, porque soubeste compreender, na inocência, a mensagemque antes dos tempos já te fora dada pelo Criador”.

BIBLIOGRAFIAIr.'.Antonio Carlos de Souza Godói

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#69

ÉTICA - DO MODERNO AO PÓS-MODERNO - UM RITO OU UM MITO?!

Nos últimos anos, quando se fala em cultura, economia, política há sempre o debate sobre a ética.Na expressão ‘ética’ o homem define seus caminhos. Segundo Valls (2003, p. 07), "A ética édaquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguémpergunta”. A Ética encara a virtude como prática do bem e esta como a promotora da felicidade dosseres, quer individualmente ou coletivamente, onde são avaliados os desempenhos humanos emrelação às normas comportamentais pertinentes, é "o estudo dos juízos de apreciação que se referemà conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamenteà determinada sociedade, seja de modo absoluto” (HOLANDA, 1975). O caminho da virtude ésempre possível. Enquanto o homem existir, tem ele a possibilidade de modificar sua conduta eimprimir direção diferente às suas ações. E todos os homens orientam-se na vida por um critériovalorativo, conferindo assim um sentido pessoal em suas vidas.

Aristóteles (322-384 a.C.) fundamentou a maior parte de seu postulado teórico no empirismoonde, baseado no tipo de sociedade, desenvolveu algumas obras que enfoca as questões Éticasdaquele tempo: Ética a Eudemo, Ética a Nicômaco e uma Magna Moral . Aristóteles não descarta arelação entre Ser e o Bem, porém enfatiza que não é um único bem, mas vários bens, e que esse bemdeve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o homem, por exemplo, há a necessidade dese ter vários bens, para que este possa alcançar a felicidade humana. A virtude em Aristóteles, estáentre os melhores dos bens. Diz ainda que o homem não pode apenas viver, “mas ele precisa viverracionalmente, isto é, viver de acordo com a razão”. (VALLS, 2003 p. 30) O apreciar individualpropicia nortear adequadamente a procura de felicidade própria , que não será integral se não seharmonizar com a de todos os homens, isto é, a prática do bem é a felicidade e como ela deve serpraticada como ideal e como ato consciente. Platão (427-347 a.C.), postula em sua teoria que aquestão central da ética está na busca da felicidade pelo homem. Platão era um poeta. A sabedoriapara Platão, não está expressa no saber pelo saber, ou melhor, não se identifica o sábio pela suagrandeza de conhecimentos teóricos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem virtuoso tende aencontrar e contemplar o mundo ideal. A prática da virtude como Sumo Bem.

Historicamente a civilização tem períodos de ascendência e descendência aonde é possívelidentificar crises éticas. Sempre que a questão ética entra em crise, a civilização tende adesaparecer. Não são somente as questões políticas ou econômicas que forçam uma civilização aodeclínio, mas também seus valores. Kant no final do séc. XVIII, nega a existência da "bondadenatural". Nos corações dos homens só existem sentimentos negativos e para conseguirmos superartodos esses males, devemos almejar uma Ética racional e universal identificada no dever moral.Hegel encara a questão Ética de um outro prisma. Opondo-se ao argumento do coração como

determinante da vontade individual e a da moral racional de Kant, Hegel diz que somos seresindissociáveis. O ser humano é histórico e vive o coletivo em todas as suas ações, associado aosseus costumes e as suas manifestações culturais.

É por esse ângulo que Hegel argumenta sobre a vontade coletiva que guia nossas ações ecomportamentos. A família, o trabalho, a escola, as artes, a religião etc. norteiam nossos atos moraise determinam o cumprimento do dever. Podemos seguir a linha de pensamento de Hegel para tentardirecionar nosso raciocínio enfocando as relações éticas no contexto político-social expondo arelativização do comportamento ético na direção do dever à responsabilidade? A ética comoconjunto de normas e valores que rege uma sociedade deve necessariamente refletir a consciência eas ações das pessoas e trazer um tipo de organização sustentável. Na pós modernidade nosdeparamos com situações que não refletem valores de uma ética universal, onde pessoas injustiçadasperdem a vida, morrem de fome, passam as piores necessidades e situações de constrangimento porserem negras ou pobres.

A sociedade do século XX atingiu um alto grau de desenvolvimento tecnológico e científico. Nosúltimos 100 anos a humanidade evolui mais tecnologicamente do que em toda a história humana. Nopós-moderno podemos observar o paradoxo entre o grande desenvolvimento tecnológico e adecadência dos valores humanos. A falta de ética se instaura a partir do momento em que o homemutiliza de sua tecnologia para a destruição em massa e, no âmbito social, fomenta a exclusão. De umlado os avanços inegáveis da ciência e da tecnologia e do outro lado mais da metade da populaçãopassando fome. Estamos em declínio? Estamos passando por uma grande crise ética? Em termos deética a sociedade não evoluiu. Nos tempos atuais, não há mais afetividade, sentimento solidário.Hoje, pode-se dizer que tudo tem um preço. O ser humano perdeu a referência ética. A pós-modernidade é inerente às sociedades industriais, porque é inimaginável sem a mercadoria e oconsumo. O significativo avanço tecnológico foi condição sine qua non para a massificação dainformação, conforme pondera Santos: “o ambiente pós-moderno significa basicamente isso: entrenós e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação, ou seja, de simulação (....) hiper-realizamos mundo, transformando-o num espetáculo.” (SANTOS, 2000, p. 13)

A mercadoria exerce um poder de sedução sobre o indivíduo, que muitas vezes compra o produto

porque gostou da imagem desse produto e não por se tratar de uma real necessidade. Adquiriu osimulacro, pois acreditou que aquele objeto foi criado especialmente para ele. Com característicaconsumista, volta-se para o prazer, para o modismo, cuja principal preocupação é consigo mesmo.Só interessa a imagem, pois o indivíduo é aquilo que usa. No pós-moderno o coerente é serincoerente. Santos (2000) admite que o pós-moderno está inserido em um contexto no qual oindivíduo se encontra fragmentado, pois caos e ordem se mesclam de tal forma que não podemosdistinguir o que é um e o que é outro. Não há uma definição precisa, um único estilo que possadefinir a pós-modernidade; tudo é multifacetado, múltiplo. A arte busca “inspiração” em mais de uma

fonte, elimina fronteiras entre o erudito e o popular, utiliza a intertextualidade, imbrica estilos.Santos (2000, p. 12) fala sobre a essência da pós-modernidade quando “preferimos a imagem ao

objeto, a cópia ao original, o simulacro (a reprodução técnica) ao real. (...) Mas o simulacro, tal quala fotografia a cores, embeleza, intensifica o real”, fabricando algo mais interessante que a própriarealidade. O que separa real e imaginário é o ponto de vista estético. No pós-modernismo verifica-seuma dificuldade do homem em representar o mundo confuso e complexo, fragmentado, repleto deinformação, onde as contradições ocupam lugar de destaque. Com a perspectiva de crise ética qual éo papel conferido a educação, considerando que enquanto o homem existir, tem ele a possibilidadede modificar sua conduta e imprimir direção diferente às suas ações? Podemos dizer que osprocessos de mudança envolvem os paradigmas, que por sua vez influenciam as ações, pois “Fazem-nos acreditar que o jeito como fazemos as coisas é ‘o certo’ ou ‘a única forma de fazer’. Assimcostumam impedir-nos de aceitar idéias novas, tornando-nos pouco flexíveis e resistentes amudanças” (VASCONCELLOS, 2003 p. 31) Devemos enfatizar neste momento o papel relevante daeducação com base no proposto pela Unesco: A educação deve tentar vencer estes novos desafios:contribuir para o desenvolvimento, ajudar a compreender e, de algum modo, a dominar o fenômenoda globalização, favorecer a coesão social. Os professores têm um papel determinante na formaçãode atitudes — positivas ou negativas — perante o estudo. Devem despertar a curiosidade,desenvolver a autonomia, estimular o rigor intelectual e criar as condições necessárias para osucesso da educação formal e da educação permanente. (DELORS, 2001, p.152)

Morin (2002, p.23) afirma que no processo educacional “A verdadeira racionalidade, aberta pornatureza, dialoga com o real que lhe resiste. Opera o ir e vir incessante entre a instância lógica e ainstância empírica; é o fruto do debate argumentado das idéias, e não a propriedade de um sistema deidéias”, o que contrapõe a que Santos considera como essência da pós-modernidade quando“preferimos a imagem ao objeto, a cópia ao original, o simulacro”. E é sobre essa essência da pós-modernidade que, ao falar sobre o aprender a ser, neste mundo aonde o processo globalizador quecomeçou na economia, realçou as diversas culturas e permeia o processo educacional aponta para apreocupação da educação no sentido de evitar incorrer em riscos como: Risco de alienação dapersonalidade patente nas formas obsessivas de propaganda e publicidade, no conformismo doscomportamentos que podem ser impostos do exterior, em detrimento das necessidadesautênticas e da identidade intelectual e afetiva de cada um. — Risco de expulsão pelasmáquinas, do mundo do trabalho, no qual a pessoa pelo menos tinha a impressão de se moverlivremente e de decidir por si própria”. (FAURE, 1972.)

O risco da alienação transforma o homem em uma máquina consumista e consumidora, aonde osvalores éticos e morais se perdem, pois o homem esvazia-se de qualquer tipo de emoção esubjetividade, se isola, capitaliza, perde seus valores internos e o respeito por si, pelo outro e pelasociedade. Podemos dizer que os homens alteraram consideravelmente modelos sociais, econômicos,

políticos, estéticos e éticos na busca de identidade, relativamente nova para a sociedade que seestabelece a partir da modernidade e com a pós-modernidade. Na modernidade buscou-se o sujeitopensante, dotado de razão, com capacidade para realizar experiências, explicar e transformarracionalmente os fatos a atos que caracterizavam o mundo a sua volta. O período moderno vem com aRevolução Industrial, com a ciência que constrói a máquina a vapor, a produção de bens materiais, oritmo bem marcado do tempo. Ações e costumes se modificam, conseqüentemente determinadospadrões de comportamento também, e que passam a compor os estudos éticos. Não se pode tratar deética, sem fazer referência ao contexto social vivido.

Não é possível dizer, por exemplo, que a idéia de vontade em Hegel é melhor ou pior do que a idéiade vontade em Kant, se não for analisado o contexto vivido e as idéias que precederam o pensamentode grandes filósofos. Idéias por sinal que contribuíram para delinear o pensamento político, jurídico,ético e por que não dizer educacional da sociedade. Na modernidade o homem não é servo dossenhores feudais. Tem patrão. Há ideologias no chão da fábrica. Correntes de pensamentos vêmtratar da questão do Bem e Mal, da justiça, da sabedoria. É a busca racional de respostas, encontrocom a Verdade absoluta. Mas parece que o homem estava preso em uma caixa, pois o períodoaceitava modelo, estilo definido, a produção de bens avançando, e sufocando a necessidade humanade encontro com a tal Verdade. As criações do período moderno são organizadas para atender aohomem pós-moderno. A tecnologia avança, com luzes, imagens, palavras que levam a estabelecerprojetos de vida tão vulneráveis, quanto às imagens captadas pelas câmeras de alta resolução epossíveis de serem modificadas, melhoradas, reorganizadas, “deletadas” a qualquer tempo emqualquer espaço. O pós-moderno nasce com a arquitetura, computação, arte, moda cinema, música,envolvido não mais em uma sucessão de fatos, mas em um embaralhado de acontecimentos

Na modernidade havia um estilo, organizado, no pós-moderno tudo é aceito, há uma sobreposiçãode estilos, da composição métrica dos versos, da narração estilizada com discursos bem marcados,encontra-se no pós-moderno a escrita em forma de imagens que anunciam e denunciam. Porém todaaceitação de estilos revela o niilismo, ou o vazio, a ausência de projetos. Onde tudo pode, afinalquem é o indivíduo que tudo pode? A pós-modernidade trouxe os discursos globais, mas as idéiasque fortalecem os mesmos não surgem desveladas, não são objetivas, estão reunidas e articuladaspela linguagem, ou melhor, linguagens. Afinal a linguagem – palavra, desenho, escrita, pintura, foto,imagens carregam os códigos, geram mensagens e o consumo é de mensagens, mensagens que geramserviços. Coloca-se para fora da caixa, questões que no período moderno, ficaram trancadas, oueram ditas por meio do LOGOS (da palavra, da razão, do espírito). A arte expressa questões queantes eram passíveis de se buscar a sua lógica, de sofrer críticas infindáveis, pois poderiam desviara humanidade do caminho de busca da Verdade.

São aceitos no pós-moderno o pensar, o refletir, o expressar questões como: CORPO –EMOÇÃO – POESIA – INCONSCIÊNCIA – DESEJO – ACASO – INVENÇÃO. Na ética se

passou a tratar do bem e do mal para além do sujeito, no sistema, elaborado e definido porindivíduos que em determinado momento, aparentemente apresentam interesses comuns. O pós-moderno é repleto de informações, estas muito rápidas, complexas, globais, que apresentam o mundoque se vive, mas que por conta da agilidade das informações não é possível representa-lo somentepela palavra. Neste sentido o enfoque da educação está no aprender a ser reflexivo, na tentativa denos impulsionar há uma nova maneira de ser e estar, com responsabilidade ética, conotaçõesanalítica e avaliativa, não baseada exclusivamente em causas, mas principalmente nasconseqüências, na coerência sobre as formas de pensar e agir.

REFERÊNCIAS:DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:

MEC: UNESCO, 2001FAURE, Edgar (Org.). Apprendre à être. Relatório da Comissão Internacionalsobre o Desenvolvimento da Educação UNESCO. Paris: Fayard, 1972 MORIN, Edgar. A cabeçabem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.Os sete saberes necessários à educação do futuro. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002.VASCONCELLOS, Maria José Esteves. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. 2. ed.São Paulo: Papirus, 2003. VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. Coleção primeiros passos, 16ª ed.São Paulo: Brasiliense, 2003 SANTOS, Jair F. O que é pós-modernismo. 21ª ed. São Paulo:Brasiliense, 2000

A Cavaleiros do Templo nº 26, registra esta verdadeira Peça de Arquitetura e ao mesmotempo, parabeniza a Autora deste artigo: Simone Zattar - participante desde Seg, 26 deNovembro de 2007. Please register or login to add your comments to this article

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Simone ZattarPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/etica-do-moderno-ao-pos-moderno-um-rito.html

#70

A MAÇONARIA E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

É a família a célula máter das nações, a ser defendida a todo custo. A ordem maçônica tem nainstituição familiar um dos seus sustentáculos. Sendo uma de suas utopias o advento da famíliauniversal, uma só pátria, um só governo. Segundo Mardok, a família é um grupo social caracterizadopor residência comum, cooperação econômica e reprodutiva. Atribui-se a família quatro funçõesfundamentais: a sexual, a econômica, a reprodutiva e a educacional. Tem-se que a primeira (sexual) ea terceira (reprodutiva) são importantes para a manutenção da própria sociedade, a segunda(econômica) para a manutenção da vida e a quarta (educacional) para a manutenção da cultura.

Na antiga Grécia, a mulher era objeto de uma iniciação especial. Recebia o ensino sagrado de seresposa e mãe, e de sacerdotisa do lar, dedicada ao seu marido e carinhosa educadora de seus filhos.Sua tarefa era transformar o lar num templo de amor e beleza. No ensino grego, indicavam-se áscrianças as imperfeições dos pais, a fim de que, em caso de desentendimentos ou aparentes injustiçasfamiliares, em lugar de entrarem em conflito contra os seus, deveriam elas desenvolver esforços paraesclarecer, a fim de atenuar suas imperfeições e melhorar a sua sorte. O culto à família, comportandoo amor dos ancestrais, a fundação de um lar, a criação dos filhos, surge-nos como um dos fatoresprimordiais do progresso humano, porque a individualidade não se realiza plenamente senão criandoa grande obra que se chama família, isto é, o lar, templo do pai, da mãe e dos filhos.

Felizes os lares cujos filhos tenham mais que amor, mais adoração pelos pais, quando estescumprem a sua missão divina, que consiste em dar aos filhos a suprema educação física, intelectuale, mormente, espiritual, porque desta educação depende o porvir do fruto de seus amores. Se hácasais que não tenham tempo ou coragem de oferecer a seus filhos uma educação primorosa, querenunciem em concebê-los. O teatrólogo Jeremy Taylor, que viveu no século XVII, afirma: “Omatrimônio, digam o que disserem os detratores, dá à vida mais garantia que o celibato. É possívelque, enquanto a velhice não chega, o homem solteiro tenha mais liberdade, mas também exposto aosmais graves riscos. Há no matrimônio mais alegria, embora nele se encontrem tristezas também. Écheio de penas, mas igualmente abundante de gozo; tem mais pesadas obrigações, porém, alegradas ealiviadas pela forca do amor. O matrimônio é a mãe das nações, alegra a vida e engrandece ospovos”.

É inacreditável que a Igreja Católica não permita a realização desse sagrado dever que Deusimpôs ao homem e à mulher, ao impedir que os seus sacerdotes formem núcleos familiares, como faza Igreja Protestante e todas as demais religiões. O homem moderno, diante do extraordinário avançoda ciência, da tecnologia e, em razão das suas ocupações de ordem profissionais está sendo, porestas, quase que absorvido totalmente, reduzindo dessa forma o seu tempo e o espaço para afazeresfamiliares. Por outro lado a mulher, outrora quase que exclusivamente a rainha-do-lar, vem

assumindo posições perante o âmbito da sociedade, as quais antes pertenciam tão-somente aohomem. Claro que a participação da mulher no desenvolvimento sócio-político-econômico-científico-cultural da humanidade é uma questão de justiça, que já se fazia tardia.

Há, entretanto, se considerar que em razão do avanço da mulher para o exercício pleno de todasas suas faculdades, tomou-se quase obrigatório o seu distanciamento dos afazeres domésticos e,consequentemente dos filhos, os quais já não contavam muito com a proximidade do pai, esteabsorvido pelos deveres profissionais. Em virtude de tais situações a criação e a educação dos filhostêm sido relegadas aos cuidados de terceiros, se não totalmente, quase na totalidade dos casos Teminício a separação entre pais e filhos. Daí a desunião e o desmantelamento de muitas famíliasmodernas, já que falta ao lar o calor permanente da esposa e mãe, que aquecia de afeição e iluminavade amor a maioria dos lares passados.

O casamento encontra-se em estado pré-falimentar, ante o aviltamento dos seus reais fundamentose objetivos, e pelo vilipêndio diante do casa-separa encenado pelas novelas e meios artísticos,assistidos e consagrados no Brasil, cujos comportamentos, além de contribuírem para debilitar aunião matrimonial, conseguem o seu grande objetivo, qual seja o de induzir o jovem à promiscuidadesexual e ao descaso total pela formação futura de uma família, nos moldes tradicionais, éticos emorais. Diante dessa lamentável realidade, urge que as instituições sociais, como a Maçonaria, sepostem atentas para evitarem o aniquilamento da família brasileira. Empreendendo ações conjuntas,visando o reordenamento nas condutas éticas e morais, de modo a restabelecer a dignidade e osobjetivos familiares, como procedimentos de salvaguarda à sua sobrevivência e à formação dasfuturas gerações.

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura pertence ao nosso valoroso Ir.’. Helio Pereira Leite da ARL União e

Silêncio N°1582 – GOB do Rio de Janeiro, onde parabenizamos pela não só importante, comotambém, fundamental mensagem.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/maconaria-e-importancia-da-familia.html

#71

VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNO

A Maçonaria recebe novos membros por intermédio da iniciação, o que a diferencia desociedades profanas. Naquele psicodrama é exigido do recipiendário o juramento de que tudo farápara defender seu irmão na ocorrência de infortúnios. É algo muito diferente ao irmão de sangue, quenos é dado de forma compulsiva. O irmão maçom é resultado de escolha consciente e racional, daí asamizades resultantes serem coladas com o cimento do amor fraterno. Um sábio maçom, quandoinquirido sobre sua interpretação do significado de fraternidade, usou a seguinte parábola:"Encontrava-me nas proximidades de uma colina coberta de neve e observava dois garotos que sedivertiam com um pequeno trenó. Quando os dois meninos chegavam embaixo da encosta, depois dehaverem escorregado, o rapaz mais velho colocava o mais novo às costas e subia pelo aclivepuxando o trenó por uma corda. O garoto mais velho chegava ao topo ofegante sob carga tão grande. E isto se repetiu várias vezes,até que resolvi inquirir: - Mas não é uma carga muito pesada esta que levas morro acima? - O garotomais velho respondeu sorrindo: - De forma alguma! Esta carga é leve! Pois este é meu irmão!" Para osábio irmão esta foi a definição exata de fraternidade. Para ele, o amor fraternal exige espíritoelevado, consta até de sacrifícios, mas não o considera como tal, e sim algo natural, a carga étransportada com alegria e sem reclamar - este sábio maçom foi o presidente norte-americanoAbraham Lincoln. Na escolha de um profano a ser iniciado, procura-se estimar no perfil emocionaldo proposto sua capacidade de desenvolver a vivência do amor fraterno. No questionário desindicância existem perguntas assim: "o profano vive em harmonia no lar?" "Qual sua reputação nomundo profano?" "Entre colegas de trabalho?" "Demonstra ser pessoa capaz de adaptar-se comfacilidade ao meio e ter bom convívio social?" Significa então que todo aquele que for consideradolimpo e puro, aprovado e iniciado, tem o amor fraterno como característica. Ele tem a capacidade desuperar eventuais dificuldades de relacionamento interpessoal, isto já faz parte dele. E para melhorarmais ainda, esta qualidade distintiva fundamental é depois sacramentada por juramento solene! Aconseqüência é o aquecimento do amor fraterno que reina depois entre os irmãos em loja.

Na iniciação o recipiendário recebe um avental branco, considerado seu ornamento máximo, e lheé dito que deve mantê-lo imaculado, limpo. Não se trata aqui de sujeira literal, esta pode até ocorrerpara o diligente obreiro. Mancha que pode até sair com água, e basta lavar. Aquele paramento dozeloso maçom deve ficar isento de qualquer nódoa moral ou comportamental, que só a água do amorfraterno limpa. Nenhum iniciado deve jamais usar seu avental e adentrar numa loja, se lá houverirmão que esteja odiando. Isto suja seu avental de forma indelével e afeta as energias que envolvem atodos. Deve considerar a dificuldade de resolver problema de relacionamento interpessoal como sefosse o escalar de uma encosta íngreme e coberta de neve, com aquele irmão às costas. Não é fácil!

Mas, mesmo ofegante, e sob carga tão grande, deve fazê-lo sorrindo. A razão deve suplantar aemoção, haja vista que isto já faz parte dele como iniciado. Se inquirido do peso da carga, este irmãodeve exclamar: - Deforma alguma! Esta carga é leve! Pois este é meu irmão!

Egoísmo e indiferença são sintomas de falta de amor, pois o contrário de amor não é ódio, é aindiferença! Quando existem situações de disputa ou mágoa, é importante que os envolvidosresolvam as querelas fora das paredes do templo, e só então coloquem seus aventais e adentrem. Aosuperarem suas diferenças, a benção do Grande Arquiteto do Universo, a divindade dentro dosiniciados, lhes proporcionará o aglutinante místico do amor fraterno que cimentará de forma brilhanteas duas pedras que ambos representam na grande edificação da humanidade. Isto é vivência real doamor fraterno, o aglutinante místico que mantém unidos os irmãos numa loja. Num agrupamento assimconstituído é certa a presença do Grande Arquiteto do Universo.

Poderá haver bem maior que um amor fraternal bem vivido? O Grande Arquiteto do Universo

certamente só está onde existem pessoas que se tratam como verdadeiros irmãos espirituais e ondecada um nutre profundo amor fraterno pelo outro. Todo irmão que passar por uma situação ondeeventualmente ocorre disputa ou ofensa, deve colocar aquele que considera ser seu ofensor às costase carregá-lo para o alto de seu coração. E, se inquirido do peso, deve exclamar: - De forma alguma!Esta carga é leve! Pois este é meu irmão.

BIBLIOGRAFIAPeça de Arquitetura do Irmão Charles Evaldo Boller Extraída do seu bloghttp://segredomaconico.blogspot.comUM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/vivencia-do-amor-fraterno.html

#72

TESEU E OS CORREDORES DA MAÇONARIA

Na Mitologia Grega, os heróis eram semideuses, filhos de um deus e uma mortal (ou de uma deusae um mortal), encarregados de cumprir tarefas para a humanidade. Os heróis gregos são homens, comexceção de Atlanta, heroína grega que participou da caçada ao javali de Caridon. Esses serespossuíam certos poderes, que os tornavam mais que humanos, mas menos que deuses, ficando àmercê desses – e, eram mortais. Assim era Teseu, o maior herói ateniense, filho de Egeu e Etra, e quevenceu o Minotauro, no labirinto de Creta.

O rei Egeu, de Atenas, não conseguia ter um filho, e resolveu consultar o Oráculo de Delfos. OOráculo respondeu-lhe que “não soltasse a boca do odre de vinho”, na volta a Atenas. No caminho,Egeu parou em Trezeno, para pedir ao rei Piteu que desvendasse a resposta da pitonisa. Piteu, quecompreendera logo o sentido da mensagem, embriagou Egeu e colocou Etra, sua filha, na cama deEgeu. E assim Teseu foi gerado. Teseu passou a viver com sua mãe. Aos dezesseis anos, já tendotornado-se famoso por seus feitos, vai a Atenas, e não foi reconhecido por seu pai. Egeu era casadocom Medeia, a feiticeira, que lhe dera um filho, Medo. Medeia compreendeu logo quem era o recémchegado, e resolveu envenená-lo. Mas Teseu, percebe a armadilha e, no jantar, puxou de sua espada– Egeu, imediatamente, reconheceu-o.

Quando os primos de Teseu, os “palântidas”, os cinqüenta filhos de Palas, irmão de Egeu, quesonhavam com a sucessão, souberam do acontecimento no jantar, resolveram tentar ainda conquistaro poder, mas Teseu conseguiu vencê-los. A grande tarefa de Teseu foi matar o Minotauro, nolabirinto de Creta: Minos encomendou a Dédalo a criação do labirinto de Cnossos, para aprisionar oMinotauro, fruto da infidelidade de Pasífae, esposa de Minos. Essa traição aconteceu por vingançade Posseidon, o rei dos mares, que dera um touro branco de presente a Minos, para sacrifício. Minosficou com o touro para si, e Posseidon, fez com que Pasífae sentisse desejo pelo touro. Dessa relaçãonasceu o Minotauro, que se alimentava de jovens atenienses. Dédalo confiou o segredo de como sairdo labirinto à Ariadne, filha de Minos, que o contou a seu amante Teseu. Quando, pela terceira vez,Atenas forneceria o tributo de jovens destinados ao alimento do Minotauro, Teseu decidiu fazer partedo grupo, para matar o monstro. Teseu derrotou-o e seguiu o conselho de Ariadne: amarrar um fio naentrada do labirinto e levá-lo consigo para depois poder achar o caminho de volta. O herói acabacom a obrigação do sacrifício de sete moças e sete rapazes.

O navio que transportava de volta Teseu e as setes moças e sete rapazes, estava com velas negras.“Se eu for vitorioso, disse Teseu a seu pai, içarei as velas brancas”. Mas, com a alegria da vitória,esqueceu a promessa feita a seu pai e não trocou as velas. Quando Egeu percebeu o navio com asvelas negras, persuadido de que seu filho tinha morrido, suicidou-se, jogando-se no mar. As antigasculturas que conhecemos, tinham sem exceção, uma coisa em comum: símbolos e rituais. A partir de

símbolos elas criavam rituais, não só para as principais fases de transição da vida (ritos depassagem), mas também para o dia a dia e suas exigências. Em nossa sociedade e cultura, os ritos depassagem foram perdidos (adolescência-maturidade, solteiro-casado, etc..), e a Maçonaria cumpreesse papel, ritualizando simbólica e filosoficamente, a senda do iniciado. Essa estrutura simbólica eritual da Maçonaria identifica numerosas heranças inconscientes coletivas, procedentes de diversas eantigas tradições. Os arquétipos ou símbolos são uma linguagem metafórica. Os rituais sãocerimônias de transformação interior, e estão carregados de alegorias que se impõem desvendar eassimilar. Os símbolos utilizados pela Maçonaria têm origens diversas, e a espada, o número sete e olabirinto são alguns deles.

O mito de Teseu é, claramente, a descrição de um ritual de passagem: do profano ao sagrado. Dohomem profano, ao maçom. Pode-se compreender esse mito como o caminho que faz o indivíduo, apartir do momento que decide ser maçom: é o caminho do iniciado. A espada que Teseu usa nobanquete, é símbolo da energia solar, do falo, da Criação e do Logos. Representa a força, a energiamasculina e a coragem. É também um símbolo de justiça, da divisão entre o bem e o mal, da decisão.Uma espada dentro da bainha significa temperança e prudência. Acessório muito usado nascerimônias maçônicas, geralmente como símbolo do poder e autoridade, e emblema dissipador dastrevas da ignorância. Nas reuniões de banquetes ritualísticos, é o nome que se dá à faca. O númerosete é místico - as sete cores do arco-íris, as sete notas musicais, os sete estados de consciência dohomem, os sete raios cósmicos, etc. O número da vida - a união do ternário (espírito) com oquaternário (matéria). Os sete espíritos ante o trono de Deus. Os sete Sacerdotes da Lei Cósmica. Ossete Senhores do Carma. Os sete ciclos da terra (quatro ciclos lunares com duração de sete dias). Aorigem do calendário atual. A renovação celular do corpo humano (sete em sete anos). Os seteorifícios do rosto humano. A plenitude, a ordem perfeita. A medida reguladora da coesão universal:sete planetas, sete divindades, sete metais, sete cores, sete dias da semana, sete chakras, sete pecadoscapitais e sete virtudes que lhe são contrapostas. A lei da evolução. O número dos adeptos e dosgrandes iniciados. Quando Teseu se coloca entre os jovens que seriam devorados pelo Minotauro,passa a fazer parte da magia do número sete.

No mito de Teseu, o ápice de sua história é a entrada no labirinto, que representa sua alma, seuinterior - ele vai até seu âmago destruir o mal ainda escondido. Somente Teseu conseguiu a façanhade sair vivo do labirinto, com a ajuda de Ariadne, que sabia o segredo. Esotericamente, por seuscaminhos tortuosos e desconhecidos, o labirinto é considerado um símbolo da iniciação e representaa descoberta do centro espiritual oculto, a dissipação das trevas para o renascimento na Luz, asuperação dos obstáculos e o encontro com o caminho da verdade.Teseu passou por todas as fases de um ritual: separação, purificação, morte e renascimento. Teseusimboliza as transformações que acontecem com o aspirante a maçom. Ele vai crescendo,enfrentando vários inimigos, até deparar-se com o mais terrível deles: sua própria fraqueza, seulabirinto. A Maçonaria ensina que, ao sair de ca da labirinto, o maçom estará enriquecido, mais

experiente e mais determinado – e que sempre haverá outros labirintos a serem conquistados, e nãodestruídos. O maçom é um Teseu, que sempre se aventurará nos labirintos de suas escolhas.

BIBLIOGRAFIAUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#73

COMO ENCONTRAR DEUS !

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Salmo19,1

A 4ª Instrução do 1º grau é aberta com a interrogação: “ O QUE É A MAÇONARIA”?A resposta: “Uma associação íntima, de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande

Arquiteto do Universo, que é Deus; como regra: a Lei Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade ea Lei Moral; por princípio: a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos: a Virtude, aSociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procurareunir sob a bandeira da paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênerohumano”.

O objetivo deste trabalho é fornecer subsídios nessa direção, proporcionando ao recém-iniciadoelementos de reflexão através dos quais possa, de forma consciente, trabalhar os seus sentimentos e asua razão, seja racionalizando sentimentos por intermédio do bom senso e da lógica, sejailuminando a inteligência e os pensamentos com as luzes dos bons sentimentos. Lapidar ospróprios sentimentos é tarefa árdua, mormente para os Aprendizes. Restringido à três páginas, nestastentaremos mostrar o que de mais importante representa a base de nossa doutrina, embora sabendoque ninguém pode definir o Grande Arquiteto do Universo. Entre todos os landmarks anglo-saxãoexiste um de extrema importância pelas discussões que provocou. É a crença na existência deDeus, considerado como o Grande Arquiteto do Universo.

Wirth comenta esse landmark nos seguintes termos: “Que esta crença esteja implicada pelo caráterreligioso fundamental da Franco-Maçonaria é algo que não contestaremos. O Iniciado quecompreende a Arte jamais será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso. (“Libertino” tem aquio sentido antigo: “Livre da disciplina da fé religiosa”). Essa certeza deve levar-nos a confiar emquem procura a luz com sinceridade. Não temos de exigir dele um credo determinado, que o Há doismil anos um homem veio ao mundo para pregar uma doutrina de amor, obrigue a aceitar umaconcepção teológica necessariamente discutível. Não erigimos o Grande Arquiteto do Universocomo um objeto de crença, mas vemos Nele o símbolo mais importante da Maçonaria, símbolo quedeve ser estudado como os demais, a fim de que se compreenda a Maçonaria e se construa, cada umpor si, num desafio ao egoísmo, o santuário de suas convicções pessoais.

A noção do Grande Arquiteto do Universo, na Maçonaria, é ao mesmo tempo mais ampla e maislimitada que a das diferentes religiões. (Note-se que não suprimimos a palavra “Deus”, mas quelhe acrescentamos o epíteto de “Grande Arquiteto do Universo”).

BONDADE E HUMILDADE DO ESPÍRITOA Franco-Maçonaria desde sua origem, adotou a expressão “O Grande Arquiteto do Universo”,

mostrando assim a sua concepção da divindade em suas relações com o mundo e com o homem.Sendo Deus o Ser Supremo admitido em todas as religiões, é a existência Suprema, Superior,Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria. O Cristianismo prega oamor, pedindo que seja feito ao próximo o mesmo que se almeja para si; Jesus de Nazareth, aqueleque deu sua vida pela salvação dos homens, respondeu aos Fariseus: “Amar a Deus com todas asforças e a seu próximo como a si mesmo, é da lei e dos profetas; não há maior mandamento”.Aos que perguntaram qual o caminho para o Reino dos Céus, declarou: “Procurai em primeirolugar a Justiça e o resto vos será dado em abundância”.

O Judaísmo quer que o nocivo não seja feito aos outros. Moisés, tirou da escravidão os filhos deIsrael, ditou: “Tu venerarás somente o DEUS único e não talharás imagens a sua semelhança;respeitarás o dia de descanso; não jurarás em vão; honrarás Pai e Mãe; não cometerás adultério;não roubarás os bens de outrem; não levantarás falso testemunho; não cobiçarás a mulher, nemos bens do próximo”.

O Islamismo ensina que, para ser um crente, é preciso desejar ao próximo o que se quer para simesmo; Maomé, o Profeta por excelência, do Islam dita: “Deus é Deus e não há outro Deus”.“Ninguém pode ser chamado verdadeiro crente se não desejar a seu irmão o que para si deseja”;

O Confucionismo dirige o pensamento para não fazer aos outros o que não se quer para si mesmo.Sua doutrina consiste, inteiramente, em ensinar a retidão do coração e o amor ao próximo. Há umaregra universal de conduta que se contém na palavra RECIPROCIDADE. “Tu que não és capaz deservir aos homens, como poderás servir, aos deuses? Não conheces a vida, como poderásconhecer a morte”?;

O Budismo quer que não seja feito ao semelhante aquilo que lhe pudesse magoar. Gautama, oBuda renunciou os direitos de nascimento e de fortuna. Sua lei é a lei do perdão para todos. Crenças e religiões de toda ordem existem e devem ser respeitadas. É admitido pelo Alto que cadaum busque o Criador em sua própria concepção teológica. O homem está ligado a Deus pela alma,que é sua essência e seu universo maior de compreensão, raciocínio e sentimento. Não necessita derepresentantes e intermediários para tanto.

Tantas outras seitas existem, tantos outros mandamentos escritos de diversas outras formaspermanecem, mas, acima de tudo, se há vínculos com a essência do Amor, da Bondade, da Justiça eda Sabedoria, ligados a Deus, apesar da variedade de suas revelações falam a mesma linguagem,porque ela corresponde às necessidades universais e aspirações permanentes da Natureza humana. Jamais utilizar a religião e a fé para o embrutecimento dos bons sentimentos, o cultivo da riquezamaterial ou o fanatismo que pode levar até à exaltação que impele o fanático a praticar atoscriminosos em nome da religião. Hoje se fala muito de espiritualidade e, com freqüência, o que sequer dizer é: “Não pertenço a nenhuma religião organizada”. A religião em si, não consegueeliminar completamente o lado mais tenebroso da humanidade. Não pode acabar com as guerras, acrueldade, a ganância e o sofrimento dos pobres, mas alivia tudo isso e dá uma visão perene de

nosso eu melhor e mais puro, e do mundo melhor que a Maçonaria almeja criar, oferecendo umantídoto ao medo que a morte desperta em nós e que nos transporta com fé e esperança há diasmelhores para a Humanidade.

O Maçom tem como dever honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo e cumprirá todosesses deveres porque tem a Fé, que lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos; oDevotamento que o leva a fazer o Bem e a Justiça, mesmo com risco de sua vida, sem esperar outrarecompensa, que a tranqüilidade de consciência. Precisamos estar mais presentes em nossas Lojas,porque lá os Irmãos, pela união e pelo pensamento se aproximam de Deus, buscando a esperança. Lános reeducamos para superar o individualismo e, diante de Deus, abrir o coração para aprendermosque o Grande Arquiteto do Universo é a autoridade final, e, que nós, Seus filhos temos o dever deseguir pelos caminhos que nos levam a Ele, que são sempre os mesmos que nos levam uns aos outros.

BIBLIOGRAFIAIr.’. Valdemar SansãoFontes de Consulta:- Rituais Maçônicos;- “O Despertar para a Vida Maçônica”Valdemar Sansão (aguardando publicação) UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO A fé em Deus não é um ato convencional que se expressa por um momento em casa e nos

templos.É um sentimento de confiança e amor, atuante e permanente, que deve ser praticado, não só

nos templos, como no lar, no ambiente de trabalho, no meio da sociedade.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/como-encontrar-deus.html

#74

SER OU ESTAR MAÇOM

Atualmente podemos afirmar que "Ser ou Estar alguma coisa" está se tornando uma expressãobastante difundida, que é utilizada para identificar se uma pessoa assumiu ou não seu posicionamentocorreto com respeito a qualquer organização da qual participa, como por exemplo - quandodesempenha-se um cargo público ou legislativo, tal qual o de "Estar Ministro", entre outrosexemplos, sendo inclusive utilizado com personagens em programas humorísticos. Absorvendo esteconceito e aplicando-o no seio de nossa Fraternidade percebemos que todos nós "Estamos Maçons"ao procedermos nossa Iniciação. Estamos Maçons ao freqüentarmos a Loja e pagarmos as suasmensalidades e taxas. Estamos Maçons quando participamos de uma atividade organizada pela loja,uma atividade filantrópica, uma palestra, uma visita a outra Loja. Ou até mesmo Estamos Maçonsquando meditamos sobre o nosso papel e partimos em busca da meditação interior em busca daverdade.

Mas o que é Ser Maçom ? O verbo SER não poderia ser considerado sinônimo do verbo ESTAR.A caracterização mais expressiva é de que estar é um verbo que indica um certo estado, portanto, hácomo que embutido em seu conteúdo uma certa passividade, enquanto que o verbo ser é ativo,representa ativação. Ser Maçom é um estado de espírito que deve caracterizar o membro presente atoda situação em que pode ajudar e cooperar para que o mundo torne-se de alguma forma melhor. SerMaçom é compreender que por mais poderosas que sejam as forças externas elas devem serdominadas pela energia que tem sede em sua própria personalidade. Ser Maçom é ter consciênciaque sua presença discreta pode dar apoio a novos projetos úteis à comunidade e constituir-se numvaloroso pilar de sustentação de valores mais nobres do indivíduo.

Ser Maçom é ser o eterno estudante que busca o ensinamento diário, tirando de cada situação umalição, e aplica com êxito os princípios estudados. Desenvolve em toda oportunidade de sua intuição,sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os outros. Temos que considerar que o SerMaçom deve, como livre pensador, questionar o porquê de determinados acontecimentos entendendoe vivenciando nos nosso aprendizado que palmilhamos lentamente, com passos firmes para nãotropeçar nos erros e vícios do passado, mesmo que em momentos saiamos da trajetória para podercompreender o mundo com uma visão holística de suas nuances.

O Maçom que se limita a ler ou estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e nãoprocura aplicar em sua vida diária os conceitos que lhe são transmitidos, na busca do desbaste daPedra Bruta, e em erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seusconhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o seubem-estar na busca de seu retorno ao Cósmico. O Ser Maçom é aquele estado em que sem abandonar

os hábitos de disciplina racional, a mente busca uma abrangência do universo, o conhecimentointrínseco dos fenômenos que estão ocorrendo, procurando desenvolver a sensibilidade e acompreensão das razões de estudo. O Maçom que desenvolveu sua mente para estar atenta eacompanhar a evolução dos fatos, sabe como conhecer as sutilezas que envolvem sua origens, é comoum oleiro que dá formas sutis ao barro bruto, enquanto que o Maçom modela sua própria consciêncianum confronto com sua própria personalidade.

Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira diversada nossa. Isto nos propicia excelentes oportunidades de nos adaptarmos a estas personalidades e,sobretudo, de aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. A sabedoria do bem viver édespertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos compreender o indivíduoatravés de suas particularidades. Ser Maçom é despertar este sentido de compreensão do indivíduo eestar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades. O exemplo de uma atitude mentalmoderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o Ser Maçom. E todos notam, que sob muitosaspectos, o Ser Maçom diferencia-se como indivíduo entre todos os outros. No aprendizado inicialaprendemos que além dos SS.'. TT.'. e PP.'. o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturasdentro da sociedade e no meio onde vive, traduzindo de maneira diuturna os nosso aprendizado e afilosofia dos postulados da Arte Real. Sentimos que temos que desempenhar um papel maiscomplexo na sociedade e dar uma contribuição positiva para que ela se torne superior.

Nós estamos Maçom ao entrarmos na Ordem e Somos Maçom quando o espírito dela entrar em

nós. A diferença é muito grande, mas facilmente perceptível. Irmãos unam-nos na trilha que leva aoTemplo ideal e tomemos o cuidado para não Estarmos Maçons, para não trilharmos a Maçonariasimplesmente cumprindo Rituais, envergando a mera condição de um "Profano de Avental".

Desejo que todos avaliem como é bom SER MAÇOM !BIBLIOGRAFIA Texto extraído do site www.polibusca.com.brA CAVALEIROS DO

TEMPLO Nº 26 informa que o autor não foi citado neste site.UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/ser-ou-estar-macom.html

#75

OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE I

Jahbulon ou Jabulon é uma palavra que foi utilizado para representar o nome inefável de Deus, emalgumas sociedades como a Maçonaria[1] e a Ordo Templi Orientis[2]. A palavra Jahbulon também érepresentada em outras formações como Yahbulon ou Jao-Bul-On ou Jah-Buh-Lun ou Jah-Bul-Lun ouJah-Bel-On. Foi utilizado historicamente, em alguns rituais do grau de Arco Real, no Rito de York[3],segundo Duncan; e de acordo com Francis X. King, também é utilizada nos rituais do Ordo TempliOrientis, visto que Aleister Crowley[4] teria contato com vários grupos clandestinos maçônico. Temhavido muita discussão sobre a origem e o significado desta palavra. Não há consenso mesmo entreos pesquisadores maçônico quanto ao referido nome. Há estudiosos maçônicos que apresentampalavra pela primeira vez no século XVIII[5] no ritual[6] do Arco Real, do Rito de York, como o nomede um explorador alegórico pesquisando as ruínas do Templo do Rei Salomão[7]; há enciclopedistamaçônico que afirma que a formação trissílaba é apenas para expor e esclarecer sobre otetragrama[8], e defende que Bel[9] seria um nome descritivo para Deus[10] em hebraico; já autores ex-maçons têm alegado que seria um maçônico nome de Deus[11], outros autores não maçons defendemque seria o secreto e não revelado nome de quem seria um único "Deus maçônico".Origem do nomeSegundo o historiador maçom Arturo Hoyos, a palavra Jahbulon foi primeiramenteusada em 1700, na França[12] antiga, no grau do Arco Real. Conforme Paul Naudon, seria a relação auma alegoria[13] maçônico na qual Jabulon era o nome de um explorador vivendo durante o tempo deSalomão[14] que descobriu as ruínas de um templo antigo. Segundo as explicações de Hoyos e deMorris, dentro das ruínas o explorador encontrou uma placa de ouro[15] sobre a qual o nome de Deus(Jeová[16]) foi gravado, contudo salientam, os autores, que em momento algum, da simbólicarepresentação, é feita ligação entre o nome do explorador e o nome de Deus. Afirmam que, comoexistem variantes deste ritual, diferentes formas do nome do explorador também são encontradasalém de Jabulom, como Guibulom. O Masonic Information Center, publica o pensamento que apalavra é provavelmente derivado de Giblim, de 1 Reis 5:18 referente a palavra gebalitas ougiblitas ou "homens da cidade de Biblos"; e, segundo Hoyos, devido a "uma má interpretação dasletras em hebraico", teria havia a concepção "trinitária" para o nome. Macrobius, em sua Saturnália(lib. i. 18), diz que ele foi um axioma admitido entre os pagãos, que o triliteral JAH, ou melhor ΙΑΩ,era o sagrado nome do Supremo Deus. E o oráculo Clarian, o qual foi de primórdios desconhecido,sendo perguntado qual dos orixás foi batizado ΙΑΩ, respondeu nestas memoráveis palavras: " 'Osiniciados estão obrigados a ocultar os misteriosos segredos. Saiba tu, que ΙΑΩ, será o Grande DeusSupremo, que regerá sobre todos'. "Agora parece por acaso, que no gema dos primeiros cristãos,encontramos estas mesmas letras, ΙΑΩ, que são uma abreviatura do nome de JEOVÁ, usado como ummonograma de expressar o nome do Salvador da humanidade, que foi assim representado - como era

existente antes do tempo, e como deve existir quando o tempo não mais [existir]. Em primeiro lugar,foi aprovada pela Igreja oriental, e significou Ιησους, Αλφα Ομεγα, Jesus, Alfa Omega, ou em outraspalavras: Jesus, o Primeiro e o Último. " - (The Insignia of the Royal Arch , p. 32.)A Arco Real Palavra estaria perfeitamente em consonância com o Grau, e com as característicasgerais de construção da maçonaria, deveria ser uma tríade, não só de sílabas, mas também das letras.Nossos irmãos transatlântico teriam visto em sua verdadeira luz; mas eles têm corrigido o erroignorantemente. Ela deveria ter sido, se o princípio de sua construção tivesse sido autorizada, aortodoxa: The Insignia of the Royal Arch, p. 34. Isso quer dizer, em vez de JAO-BUL-ON, or JAH-BUH-LUN, o Dr. Oliver sugere:

Siríaco Caldeu Hindu

JAO, BEL, AUN

JAH. BUL. AUM.

Para a página 15 do The Insignia, ele escreve assim: "Mas o Grau Arco Real é fundada sobre onúmero três, e, portanto, cada membro da palavra deveria ter sido triliteral. Entre os sírios, oscaldeus, os fenícios e outros, o inefável nome da Deidade foi Bel, Bal, Bul, Baal, ou Belin.... Maisuma vez, os egípcios e hindus reverenciavam On ou Om, isto é, Aun, ou Aum, como o nome da suagovernadora Deidade" .

E veja o Historical Landmarks , vol. ii. p. 549:"Um diz que foi Jau, um outro acha que foi Jaoth, um terço, Java; outros, Juba, Jao, Jah, Jehovah,

e Jove. Numa palavra, as letras do nome são perecíveis, bem como a pronunciação breve, mas o Serexistente por si só é inefável, incompreensível, e merecedor da nossa maior veneração. Ele foichamado pelos romanos Jove, ou Jah; pelo caldeus, os fenícios, e os celtas, Bel ou Bul; e pelosíndios, egípcios, e gregos, Om ou On".O nome Jahbulon gerou controvérsias periféricas sobre religião e maçonariaA revelação dessenome fez surgir muita oposição para o que seria ou não o caráter religioso da maçonaria[17]. Oscríticos afirmam que isso seria a indicação de um Deus maçônico e que ainda que negassem osmaçons haveria uma inclinação religiosa da Sociedade. Por sua vez, os defensores do caráter nãoreligioso da maçonaria apresentavam quase sempre a afirmação de que "Não existe um Deusmaçônico separado (exclusivo)" Essa frase, muito repetida por diversos sites maçons, deve seucrédito a Giuliano di Bernardo, autor que melhor defendeu esse pensamento em Filosofia daMaçonaria e copiada pelos demais autores, muitas vezes, referindo-se ao caráter não religioso damaçonaria. Di Bernardo fez uma notável defesa de tese para demonstrar que a maçonariaespeculativa, "estado atual da maçonaria", não é uma religião. Di Benardo, Grão-Mestre do GrandeLoja Regular da Itália, explica que a maçonaria operativa é uma religião, visto que "o Deus da

maçonaria operativa é o Deus cristão ontologicamente interpretado. Maçonaria tem, portanto, umareligião que é apenas a religião cristã. Desde que ela se identifica com a religião cristã, por causa dadefinição dada, não é uma religião. Maçonaria tem uma religião, mas não é uma religião". O seupronunciamento é mais profundo e bem elaborado, e segue:"A situação muda radicalmente quandoentram na fase da maçonaria especulativa, o que coincidiu com a sua moderna origens. Aadmissão à Loja de aceitação, que é de homens que não foram dedicados à construção dascatedrais material, expressa a necessidade de universalização maçônica. Essa é umanecessidade reconhecida pelas Constituições de Anderson, que inicia um processo dedescristianização da maçonaria. No entanto, este processo não tem de ser interpretada como arenúncia da religião, mas sim como a abertura a todas asreligiões".[18][19][20] "Anderson, por conseguinte, substitui a religião[21] cristã[22], expressão de uma fé[23] particular, com areligião universal de deísmo[24]. Ele não faz nada, mas substitui uma religião com outra religião,sendo que ambos têm de ser interpretadas no seu sentido ontológico[25]. Desde o Deus do deísmo nãoidentificar-se com uma religião, segundo a definição acima, ele é o Deus maçônico. Assim maçonarianão tem apenas uma religião, mas é uma religião em si". Apesar negar uma formação teológica paraa maçonaria, apresenta contudo um conceito teológico que melhor explica a ambigüidade do tema,para demonstrar que apesar que mesmo apresentando um "maçônico Deus", esse Deus maçônicorefletirá alguma forma deísta, portanto, a maçonaria[26] pertencerá ao deísmo[27] e aos seus conceitos,não tendo um Deus próprio fora do deísmo, logo não tendo um "deus maçônico" exclusivo. Apesar demuito copiado e repetido o ensinamento de Giuliano, sua exposição não nega a existência de um"macônico Deus". Sua exposição aponta para a não existência de um "maçônico Deus exclusivo",pois sempre haverá credos que o contenham, e nas suas próprias palavras a "maçonaria não temapenas uma religião, mas é uma religião em si". Todo esse assunto em torna da existência do queseria um possível deus exclusivo, secreto e desconhecido, não revelado a profanos, segundo aopinião de críticos, levou à condenação e debates acerca da maçonaria por vários grupos religiosos.Natanael Rinaldi, pastor e pesquisador do ICP, em "A maçonaria é uma religião?", afirma:O primeiro e principal dever de cada loja maçônica, de acordo com a determinação do art.17, letraa, da Constituição do Grande Oriente do Brasil[28], é este: "observar cuidadosamente tudo quanto dizrespeito ao espírito e à forma da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e asdecisões dos Altos Corpos da Ordem". Antes de qualquer coisa, vamos analisar o que é religião. NoDicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: "culto prestado a umadivindade…". Essa definição encaixa-se perfeitamente bem com as palavras de Rizzardo da Camino,33º grau maçônico, autor de mais de quarenta livros: "O maçom, dentro do templo maçônico, atravésda liturgia, cultua o grande arquiteto do universo". Com isso fica provado que o que acontece dentroda loja maçônica nada mais é do que um culto de adoração a uma divindade, ao Grande Arquiteto doUniverso (G.A.D.U.[29]). Existe um sistema de adoração dentro das lojas, conforme as palavras do

maçom Carl H. Claudy: "As lojas da maçonaria são construídas para Deus. Simbolicamente,‘construir para Deus’ significa edificar algo em honra, adoração e reverência a Ele. Mal o neófitoentra no Portão Ocidental recebe a impressão de que a maçonaria adora a Deus" Vejamos ainda oque diz o importante autor maçônico Henry Wilson Coil, em sua Enciclopédia Maçônica: "Amaçonaria certamente exige a crença na existência de um Ser Supremo, a quem o homem tem deprestar contas e de quem depende. O que a igreja pode acrescentar a isso, exceto levar o indivíduo àcomunhão com aqueles que tenham os mesmos sentimentos?… É exatamente isso que a Loja faz".Como a maçonaria exige a crença no Grande Arquiteto do Universo[30] e na imortalidade da almapara que o candidato se torne maçom, isto se torna uma grande evidência de que essa entidade éreligiosa e possui um credo ou uma doutrina. Na cerimônia de admissão e a cada passagem de grausão feitos juramentos que nada mais são do que promessas ou profissões de fé no Grande Arquitetodo Universo e na fraternidade maçônica.Controvérsias em torno do nomeHá autores que discorrem sobre a existência desse nome atribuído a Deus, afirmando que seriamdivindades secretas, reveladas por ex-maçons que trouxeram ao conhecimento da sociedade somentedepois da sua retirada da maçonaria, visto que seus livros não eram vendidos para não maçons emtempos antigos. A morte de seus autores e o fato de seus escritos terem entrado em domíniopúblico[31] foi gradualmente abrindo as portas de um conhecimento outrora reservado a sociedademaçônica, o que causou muitos desgastes e discussões entre maçons e ex-maçons. Sobre o nomeJahbulon, nem mesmo entre maçons, não há unanimidade, visto que enquanto alguns refutam, mesmoautores maçons referem-se ao nome Jabulon como uma revelação do nome de Deus, sem reservas.Outro autor que promove a visão de que a maçonaria tem o nome Jahbulon como o Deus maçônico,ou sua denominação peculiar é o Rev. Ankerberg. Hoyos critica e afirma que as alegações deAnkerberg não são originais e que Stephen Knight, autor de A Irmandade, já apontava para aexistência desse nome para representar a Deus na maçonaria A afirmação seria de que um "deus"adorado na maçonaria seria a combinação de "Jeová-Baal-Osiris.". [32]Hoyos afirma que tal alegativa"soa" por demais "sensacional". Apesar do conhecimento sobre esse nome para o leitor[33] leigo serdesconhecida, Walton Hannah já havia publicado sobre esse assunto em 1952[34] bem como Hubert S.Box, no mesmo período. Stephen Knight, discorre da seguinte forma ao falar do nome Jahbulon:"No ritual de exaltação, o nome do Grande Arquiteto do Universo[35] é revelado como JAH-BUL-ON- não um termo geral aberto a qualquer interpretação de que um maçom[36] poderá escolher, mas umaprecisa designação que descreve um ser sobrenatural específico – uma composição da compostadivindade, composta das três distintas personalidades fundidas em uma". Ankeberg afirma se tratarde um "nome secreto de Deus" revelados no Rito de York, Grau do Real Arco (o Sétimo Grau); ou noRito Escocês, Real Arco de Salomão, o Décima Terceiro Grau, às vezes chamado Cavaleiro do RealArco (de Enoch).No Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco, pode-se ler sobre a importância da inefável

palavra que somente pode ser recebida no Real Arco. O Grau do Real Arco era tão importante para aMaçonaria que no Act of Union [Ato de União] firmado entre as duas Grandes Lojas rivais – quederam origem a Grande Loja Unida da Inglaterra, em 1813 – ficou estabelecido um solene landmark:"A Maçonaria Antiga e Pura consiste apenas de três graus, a saber: o Aprendiz, Companheiro eMestre, incluindo a Suprema Ordem do Sagrado Real Arco." Este Landmark jamais foi alterado e atéhoje, nenhum outro grau foi reconhecido oficialmente pela Grande Loja Mãe e todo rito, sistema ougrau adicional da Maçonaria não pode conferir seus graus a um Mestre Maçom até que ele tenharecebido o Grau do Real Arco. Naturalmente, é como deveria ser, porque nenhum homem se tornaMestre Maçom completo até que ele tenha encontrado a Palavra e ela somente pode recebida no RealArco!Hoyos rebatendo a afirmação de Ankeberg diz: "É verdade que uma palavra semelhante é encontradaem algumas versões destes graus (lembrando que rituais maçônicos variam em todo o mundo), masnão é um Deus secreto, ou um nome secreto de Deus. Pode ser considerada uma má lingüísticatentativa de apresentar o nome de Deus em três idiomas[37], tais como "Dios-Dieu-Gott." O autorArturo de Hoyos critica Ankerberg de não conhecer o contexto destes rituais, e afirma que "os doisnomes nunca são equiparados", já Ankeberg, em contrapartida, apresenta o ritual contido no DuncanMonitor como uma equiparação ao nome de Deus. Abaixo segue o contido no Duncan Monitor:"Eles então equilibrar três vezes três, elevando a mão direita com alguma violência enquandoda esquerda para baixo. As mãos direitas são levantadas acima das suas cabeças e as palavras,Jah-buh-lun, Jehovah, Deus, são ditas num suspiro baixo, cada companheiro pronuncia as sílabasou letras alternadamente".BIBLIOGRAFIATexto extraido da Wikipédia - Enciclopédia livre na Internet

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#76

OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE II

Nos ritual descrito no Ritual Maçônico e Monitor Duncan, 1866, os três componentes unidos eunindo a mão direita com outra mão direita e esquerda com a outra mão esquerda passam apronunciar de forma alternada as sílabas da "palavra de passe" jah - bul - on - je – ho - vah noreconhecimento da sua entrega ao Grau do Arco Real. Três maçons ficam numa posição em que asmãos direitas de cada componente ficam unidas e elevadas com violência, enquanto as mãosesquerda ficam unidas abaixo no centro da formação, e a pronunciação lhes faltam, no esforçorespiratório da repetição silábica alternada e das mãos elevadas com força, provocando uma certadificuldade na respiração. Eles então equilibram três vezes três, elevando o lado direito com algumaviolência sobre a esquerda abaixo. As mão direitas, em seguida, são levantadas acima de suascabeças, e as palavras Jah-buh-lun, Jehovah, G-o-d, são dadas em baixo suspiro. cada companheiropronunciando as sílabas ou letras alternadamente"

No mesmo escrito de Duncan, a palavra Jehovah seria uma combinação de nomes sagrados, Jah,Bel e On, e sua apresentação separada seria a forma corrompida do nome Jehovah, bem como fazuma semelhante analogia para Aum, o inefável nome de Deus que seria a união de Brahma, Visnu eShiva. Abaixo transcreveremos o que está contido no Ducan Monitor: 226:1 Este inefável nome (emÍNDIA) foi Aum, que, na sua forma triliteral, foi significativo do criativo, mantenedor, e poderdestruidor, que é do Brahma, Visnu, e Shiva .-- Lexicon, p. 146. JEHOVAH. Das variedades destesagrado nome na utilização dos recursos entre os diferentes povos da terra, três merecem a atençãoespecial do Real Arco Maçon:

1. JAH. Este nome de Deus é encontrado no Salmo 68:4 2. BAAL ou BEL. Esta palavrasignifica um senhor, mestre, ou o possuidor, e por conseguinte não foi aplicada por muitas dasnações do Oriente para designar o Senhor de todas as coisas, o Mestre e do mundo. 3. ON. Esteera o nome pelo qual era JEHOVAH era adorado entre os Egípcios.Tenho feito estas observações sobre os três nomes de Deus em caldaico, siríaco e egípcio, Baal, Jah,e On, na expectativa de que os meus Arco Real Companheiros irão reconhecê-los facilmente em umaforma corrompida .-- Lexicon. Em um artigo sobre a palavra "Bel", o enciclopedista maçônicoAlbert Mackey faz uma explanação sobre esse nome unido ao nomes Jah e On, da seguinte forma: com Jah e On, foi introduzida no Real Arco como um representante do Tetragramaton [aqui o autorse referindo as letras hebraica YHWH ou JHVH, ou seja, "Jehovah", o acompanha e que às vezes,ignorantemente, dela têm sido feitos palavra para desviar. Na sessão do Grande Capítulo Geral dosEstados Unidos, em 1871 , este erro foi corrigido, e enquanto o Tetragramaton foi declarada ser averdadeiro omnific palavra, os outros três foram autorizadas a ser mantidas como meramenteexplicativo. William Gesenius equiparara Bel com palavra Baal, o nome de uma divindade fenício,

e também uma palavra hebraica que significa "senhor" ou "mestre"" e baseado nessa citação deGesenius, Hoyos defende que tal nome, quando faz parte de um outro nome, poderia ser usado paraidentificar Jeová. Um filho de David, por exemplo, é chamado tanto Eliada, "Deus sabe" (2 Samuel5:16), e Beeliada, "Baal sabe" (1 Crônicas 14:7). [1] [2] [3]

Outro homem, que era um amigo de David , foi nomeado Bealiah (1 Crônicas 12:5), significando"Jeová é Baal" ou "Jeová é o Senhor." (64) Depois de ganhar uma vitória sobre os filisteus, Daviddenominou a localização de Baal-Perazim (2 Samuel 5:20; 1 Crônicas 14:11), o que significa,"Senhor das aberturas de brechas". Referenciando as explicações de William Gesenius, tem-se oConciso Dicionário de Palavras na Língua Hebraica, (Concise Dictionary of the Words in theHebrew Language), onde James Strong diz que Bealiah (palavra #1183) é composta das palavrashebraicas ba'al (palavra # 1167) e yahh (palavra #3050). As referência bíblicas dadas por WilliamGesenius, ao leitor leigo, pode parecer errônea nalgumas traduções bíblicas, e podem melhor seremobservadas na Bíblia King James . A King James inclui uma nota que traduz Baalperazim comosendo a planice de rupturas de brechas. Defende Hoyos que On, tem significado "Jeová, poderosoSenhor" ou "Jeová, o Senhor, o EU SOU." Explica que: A mais significativa aplicação é encontradona Septuaginta, uma antiga versão grega do Antigo Testamento, onde Deus anunciou-se a Moisés,com a expressão ego eimi ho On, "Eu sou o Ser" (Êxodo 3:14). As palavras ho On significa "O Ser","O Eterno" ou "O EU SOU." No Novo Testamento grego as palavras ho On aparecem no Apocalipse1:4, significando "o que É." (… [4] [5]

"Alguns rituais do Arco Real Inglês sugerem que a sílabas significava "Senhor no Céu, o Pai deTodos", enquanto alguns rituais americanos observaram que as vogais em Jah-Bel-On, adicionadasàs quatro letras que soletram o nome do Deus em hebraico (YHWH ou JHVH : Yud, heh, VAW, heh),renderam a pronunciação em inglês "Jehovah", mais do que as vogais da palavra hebraica Adonaiforam combinadas com as quatro consoantes para produzir "Jahovah."Ordo Templi Orientis De acordo com Francis X. King em The Secret Rituais da OTO, a palavra éusada em dois rituais do Ordo Templi Orientis: a Lodge da Perfeição, no qual o candidato recebe oQuarto Grau que é chamado Mágico Perfeito e Companheiro do Santo Real Arco de Enoque); e oIniciado Perfeito (ou Príncipe de Jerusalém), que se inscreve entre os quarto e quinto graus. Kingedita, em seu livro a letra de uma canção que menciona a palavra "Jahbulon." Como o SimplesMaçom Ferramenta do Templo, Vê-la de pé! Príncipes de Jerusalém , Como zombaremos eescarneceremos! Boaz quebrado, Jaquim desaparecido, Livremente falado Jahbulon, Todosacima É derrubado Para o amor De Babalon . Jerry Cornelius escreveu que Grady McMurty,Califa OTO, acreditava que houve alguns erros e omissões na versão de Francis King do rituaisEspecificamente, McMurtry estava preocupado com a omissão de um documento relativo à IX ° Noentanto, segundo a Cornelius, McMurty considerado o livro suficientimente acurado para ser usadopara iniciações [6] [7] [8] [9]

Jahbulon no Movimento Rastafari Tem sido sugerido que a Rastafari palavra para Deus, Jah , vem

do termo Jahbulon. William David Spencer, em Dread Jesus ( ISBN 0-281-05101-1 ), propõe queArchibald Dunkley e Joseph Nathaniel Hibbert estavam entre os pregadores que inspiraram omovimento Rastafari, e que ambos eram membros da "Antiga Ordem Mística da Etiópia", derivadada ordem fraternal Prince Hall Freemasonry. Spencer acredita que várias características domovimento Rastafari derivam desta Loja, incluindo o nome de "Jah", derivado palavra Jah-Bul-On.[10] [11]

Exemplos de interpretações da palavra com base em suas sílabasDe acordo com o Rev. Canon Richard Tydeman, em uma alocução para o Supremo Grande

Capítulo da Inglaterra, em 13 de novembro de 1985, explica-nos que a palavra é um composto de trêstermos hebraico:

הי (Yah, EU SOU, o que indica eterna existência),לעב (bul, no alto, no céu) e

ןוא (On, força); pronunciando três aspectos ou qualidades de Deidade, a saber, ExistênciaEterna, Transcendência, e Onipotência; e equacionando a "O Deus Verdade e a Vida -Altíssimo - Todo Poderoso"

De acordo com Stephen Knight, seguindo Walton Hanna, a palavra é um composto dos nomes de trêsdeuses adorados no antigo Oriente Médio. Cada sílaba do "inefável nome" representa uma pessoadesta trindade JAH = Jahweh, o Deus dos hebreus BUL = Baal, o antigo deus Cananeu da fertilidadeassociada com "licenciosos ritos de mágica imitativa" ON = Osíris, o deus do submundo do antigoegito. " Jah ( Senhor) Baa l On , um nome em Gênesis na Bíblia (em "Potifar sacerdote de On"),sugerido por tempos mais antigos em ser um nome referente a Osíris, mas recentementesugerido como nome da cidade deHeliópolis. Defesa maçônica quanto ao diversificado uso [12] [13]

Grande parte do material disponível que discute a palavra Jahbulon não aborda a organizaçãoadministrativa e distinções jurisdicionais entre os órgão da maçonaria. Real Arco Maçonaria é umórgão da maçonaria. Em algumas áreas, faz parte do Rito York, e noutros, é um órgão independente.Para ser elegível para aderir deve ser primeiro um Mestre Maçon. A administração do Real Arco étotalmente separada da administração da Maçonaria. Mais importante, toda organização maçônica ésoberana apenas na sua própria jurisdição, e não tem qualquer autoridade em qualquer outrajurisdição. Isto significa que não existe qualquer padronização com relação às palavras, sinais,toques, ou qualquer outro maçônico "segredos".Críticas a palavra e seus usosWalton Hannah afirmou, em seu livro Darkness Visible que a interpretação que Jabulon foi um nomepara Deus de um alegadamente perturbado Albert Pike, o Soberano Grande Comendador daJurisdição do Sul do Rito Escocês, que, quando ele ouviu o primeiro nome, chamou-lhe uma "mestiçapalavra" parcialmente composto de uma "apelação do Diabo". A Igreja da Inglaterra em relatório

sobre a compatibilidade da Maçonaria e Igreja chegou a conclusões de oposição baseado em seispontos. Um desses pontos foi a interpretação para o Jahbulon de Knight: "JAHBULON, a descriçãodo nome de Deus, que aparece em todos os rituais é blasfemo, porque é uma amálgama dasdivindades pagãs. Com efeito, a utilização do termo está tomando o nome do Deus em vão." Ainterpretação da palavra como discutido por Knight levou algumas igrejas para incluí-la na suajustificação de objeções à Maçonaria. Estas igrejas afirmam, juntamente com uma série de outrosaspectos, que a maçonaria é incompatível com as suas filosofias religiosas. Ankerberg alega que aexistência de um "Deus maçônico" "prova" que o Grau do Real Arco - e por extensão toda aMaçonaria - é incompatível com o Cristianismo. A Convenção Batista do Sul, em seu anual de 1993, menciona o nome Jahbulon como incompatívelcom o Cristianismo. O Staff da NAMB (North American Mission Board) da Convenção Batista doSul, citando seu anual de 1993, menciona o nome Jahbulon como incompatível com o Cristianismo ecomenta: "A prevalência da utilização de conceitos ofensivos, títulos e expressões como "venerávelmestre" para o líder de um Loja; referências às suas construções como "mesquitas", "santuários", ou"templos"; e da utilização de Palavras como "Abaddon" e "Jah-Bul-On", o chamado secreto nome deDeus. Para muitos, esses termos não são somente ofensivas, mas sacrilégios". Alguns ministérioscristão assumem a posição de que é um Jahbulon o nome de uma divindade pagã maçônico, e, porisso, viola o segundo mandamento "Não terás outros deuses diante de mim." O grupo muçulmano,Missão Islã, afirma na sua página na Internet que "Maçons adoram secretamente um Deus-Diabo,conhecido como JAHBULON". e que existe uma ligação entre a maçonaria e o Dajjal , umequivalente muçulmano do Anticristo. A referência a Satanic Voices, de David Misa Pidcock, temsido amplamente propagadas na Internet, na sequência dos acontecimentos do 11 de setembro de2001. [14]

BIBLIOGRAFIATexto extraido da Wikipédia - Enciclopédia On Line, onde é citada a vasta pesquisa e com

seus diversos autores. UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#77

A ROSA CELESTIAL DA MAÇONARIA

Rosa-cruz é denominação da fraternidade filosófica, que, de acordo com a tradição mais em voga,teria sido fundada por Christian Rosenkreuz e representa uma síntese do ocultismo imperante naIdade Média. Harvey Spencer Lewis pretende, todavia, que rosenkreuz tenha sido, simplesmente, umrenovador, já que a instituição remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Amenophis IV. Orosacucianos, tem aceitado essa hipótese falseando, lamentavelmente a verdade histórica, pois, narealidade, essa fraternidade nasceu no período medieval, embora apresentando, em sua ritualística,muito do misticismo das antigas civilizações, como acontece com a maçonaria (muitos maçonstambém querem fazer crer que a Ordem Maçônica é antiquíssima e já existia no Antigo Egito e naPérsia, o que é, verdadeiramente, uma heresia histórica).

O rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia etc. A primeiramenção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “FamaFraternitatis”, onde são contadas as viagens do alemão Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos,locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.

A Ordem nas Américas Harvey Spencer Lewis foi à pessoa que reativou a AMORC na América do Norte, no início do

século XX, já que ela havia existido anteriormente, onde algumas pessoas que se destacaram comoBenjamim Franklin teriam pertencido à mesma. Na ocasião a Ordem era ativa em alguns países daEuropa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Harvey Spencer Lewis ao trazer aAMORC para a América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiumais tarde unificar todas as ordens no mundo, cuja essência fosse a mesma. A introdução do estudo àdistância permitiu a rápida proliferação da AMORC e em 1915 ele tornou-se o 1º IMPERADOR, (sesupremo da Organização), para a América do Norte. A unificação com a as demais ordens ocorreu noinício dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro imperador mundial. No Brasil, os estudos foramintroduzidos na década de 50, e o cargo supremo é ocupado por um grande mestre. O nome AMORC– Antiga e mística Ordem Rosa Cruz foi dado para diferenciar-se de outras ordens filosóficas demesmo nome, mas com diferente essência.

O Casamento Químico de Christian RosenkreuzO teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi o homem

que divulgou o rosacrucianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581,depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e,posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve

naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, comuma nova insuflação espiritual. A popularidade alcançada por Andréa, entretanto, com a SocietasSolis (Sociedade do Sol), a que ele procurou dar vida e a Ordem das Palmeiras, em que ele foiadmitido aos 60 anos de idade, não se comparou à que ele conseguiu ao publicar o seu romancesatírico “O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz”, que criticava, jocosamente, os alquimistase as ligas secretas, numa época que, de maneira geral, era de desorientação, onde o ar andava cheiode rumores e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foientão que a palavra Rosa-Cruz adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, numescrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de“Fama Fraternitatis R.C.’, sem necessidades de ser escrito por extenso, pois ele já era bementendido. Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e chamada “Confessio”, publicava aconstituição e a exposição dos fins que a Ordem era destinada. O Herói Viveu 150 Anos,Extinguindo-se Voluntariamente

De acordo com o “Confessio”, a ordem Rosa-cruz representaria uma alquimia de alto quilate, naqual em vez das pesquisas sobre a Pedra Filosofal, era buscada uma finalidade superior, ou seja, aabertura dos olhos do espírito, através dos quais pudesse, o homem, ficar apto a ver o mundo e osseus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, então, diante danecessidade espiritual da época, incrementada pela disposição de renovação e organização secreta,tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa. O herói do romance é oChristian Rosenkreuz já descoberto pela “Fama Fraternitatis” e que já tinha, no século XIV, viajadopelo Oriente e, ali, aprendido a “Sublime Ciência”; teria ele segundo a lenda que lhe cercou o nome,voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos deidade, quando, cansado na vida, extingui-se voluntariamente. Andréa, no romance, aproveitou-se donome que havia sido encontrado para ser a figura fundadora, mas o seu Rosenkreuz era velho eimpotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser químico. Todavia, ele tem cultura econhece muitos segredos, além de estar sempre ávido por conhecer outros, por esse motivo é que, emcera ocasião, como hóspede da família real, ele entra num quarto em que dorme Vênus; depoisquando, como outros convidados, ao ser proclamado cavaleiro da ordem da Pedra Dourada deve, deacordo com os estatutos da Ordem, repudiar toda a lascívia, torna-se público o seu erro. Assim,enquanto os outros vão embora, como cavaleiros da nova Ordem, ele tem que ali permanecer, naqualidade de porteiro, como castigo por ter descoberto Vênus.

A Mística Idéia da Rosa Provocou Grande Sedução Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de

positivo sobre a nova Ordem, que restou a impressão de que ela já existia, ainda que só comoimagem literária. Pode-se notar, facilmente, que a Pedra Filosofal dos alquimistas (que transformaria

os metais inferiores em ouro); além disso, o encontro dos convidados ao casamento, vindos de todasas partes do mundo, e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aosesforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo Rosa-cruz. Esse símbolo, além de sugestivo, corresponde à ansiedade daquela época. Alguns procuraramrelacioná-lo com as armas de Lutero, coisa que não pode ser facilmente aceita, pois ele poderia ser,nesse caso, relacionado, também, com as armas de Paracelso, convindo esclarecer que Andréarepresentou o seu Rosenkreuz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que, desde a época de seu avôJacob Andréa, adornavam as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiroRosa-Cruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo, nacruz do Gol-gota; a mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos queprovocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra, uma grande força desedução. Além disso, muitos rosacruzes vêem, no emblema, um símbolo alquimista, concretizandouma ambigüidade muito comum aos símbolos. Os rosacruzes atuais têm uma interpretação bem maismística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o ser humano, a parte material, enquanto arosa representaria o ser imaterial, a alma, espírito ou corpo astral.

A Junção dos Sexos Leva ao Segredo da Imortalidade Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosa-cruz era o segredo da

imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essapreocupação. Em botânica oculta, a rosa era uma flor iniciática, para diversas ordens religiosas,sendo, que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio,da Virgem (Rosa Mística); no quarto domingo da Quaresma, em todos os anos, o para benza a Rosade Ouro, que é considerada como um dos muitos sacramentais oferecidos pela Igreja, em sua liturgia.Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza o sexo masculino, poispara os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é aórbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); amboscruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono. Assim, a Rosa simboliza a Terra,como ser feminino, e a Cruz simboliza a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecundaa Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando,também, dela, a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.

A Alquimia Evidencia Uma Ligação Entre as Duas Ordens Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No

fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporaçõesoperativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram,paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos,hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos franco-maçons. Como aOrdem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, como já vimos, Dará daí a ligação do

rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante ogoverno de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditáriosda Casa d’Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo atéa Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas,exceção aos maçons o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas.

Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício

durante a Idade Média e o início de sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada,indevidamente, de “Especulativa”).Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas,em Roma, no século VI antes de Cristo, a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando emconsideração apenas, as evidências históricas autênticos e não as “lendas”, que fazem remontar aorigem de ambas as instituições ao antigo Egito. A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ouseja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá aoestudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa éacompanhado à distância, e assim como a maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito(iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.

O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contatosocial como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo,e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece aegrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.

Da Regeneração e Imortalidade a Reformador SocialA partir da metade do século XVIII e, principalmente, depois de José II, com a maciça entrada dos

rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria erosacrucianismo, tendo, a instituição maçônica, incorporado, aos seus vários ritos, o símbolomáximo dos rosacruzes: ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, ao 7º grau do Rito Moderno,ao 12º grau do Rito Adoniramita etc. O Cavaleiro Rosa Cruz, é, como o próprio nome diz, um graucavalheiresco e se constitui no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista ea sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dosritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismoatribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz,representando esta, o sacrifício e a Rosa o segredo da imortalidade, que nada mais é do que oesoterismo cristão, com a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a tipificação da transcendência daGrande Obra.

A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosacruzes, herdeiros dosalquimistas, modificando, um pouco, o seu significado e reduzindo-o a termos mais reais. Assim, o

segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, enquanto é aceito o princípio da regeneraçãosó pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do homem e através da constante investigaçãoda Verdade. O misticismo dos símbolos rosacruzes, todavia, foi mantido, pois embora a Maçonarianão seja uma ordem mística, ela, para divulgar, a sua mensagem de reformadora social, utiliza-se domisticismo de diversas civilizações e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas.

As Iniciações Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seusrespectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria ainiciação é ao grau de Aprendiz, e da AMORC, a admissão ao 1º grau de templo. As iniciações têm omesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momentose deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos ossímbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.

O Simbolismo Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com

cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente. Cadaponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando suaposição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz, na figura de um mestre instalado, queocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e acaminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado nacor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.

O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz, sendo que nesteúltimo não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que sãoacesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor. Outrasemelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto queos oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizandoo cargo que ocupa no ritual.

O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo Algumas das diferenças ficam por conta da

condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter místico-filosófico. Os iniciantes na Ordem RosaCruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto osaprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, oformato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem RosaCruz (AMORC) lembra as construções egípcias.

BIBLIOGRAFIA GLUSA - GRAN LOGIA UNIDA del SUR DE AMÉRICA "Per Amore,Justitia et Honor" - Dístico gentilmente traduzido para o latim, a pedido, pelo Ir.'. JoséCastellani - (in memorian)

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#78

AS RAIZES DO ANTI-MAÇONISMO

A Maçonaria foi e é perseguida pelos governos totalitários e diversas ordens religiosas. Éacusada de subversão à ordem pública e culto ao demônio. O anti-maçonismo é antigo, singular efantasioso e há muito é público. Na História surgiram poderosos detratores da Ordem Maçônica,imbuídos de preconceitos dissimulados, aproveitando-se do nível de ignorância e crendices, comomeio de gerar adeptos às suas inverdades. O método antigo, mas que infelizmente ainda existente.

O anti-maçonismo religioso.Sustentam os anti-maçons religiosos, que a tolerância religiosa é incompatível com a respectiva

doutrina. Outros, sob alegação de combate ao "culto às imagens", acusam a maçonaria de culto asímbolos demoníacos. Mas, o pano de fundo do anti-maçonismo religioso surge com o anglicanismo.Henrique VIII, rei da Inglaterra, desobedece o papa e divorcia-se de sua primeira mulher, casando-secom Ana Bolena, sendo excomungado. Posteriormente, em 1534, numa disputa de poder com o Papa,o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, colocou a Igreja sob a autoridade real:nascia a igreja anglicana. A Maçonaria especulativa sempre foi aceita pelo catolicismo. Tanto é queeram os maçons operativos quem construíam as antigas Igrejas e Catedrais, adornadas com inúmerossímbolos maçônicos.

Posteriormente, de iniciativa dos pastores protestantes ingleses James Anderson e J. T.Desaguliers surge a Grande Loja da Inglaterra. No ano de 1723, Anderson elabora a primeiraConstituição maçônica. Criava-se um sistema de regularidade para a Maçonaria e só quem fossereconhecido pela Grande Loja da Inglaterra pudesse ser considerado maçom regular. Para tanto erapreciso ter como princípio, dentre outros, a tolerância religiosa. Por isso mesmo, o conflito entreanglicanos e católicos, num movimento de contra-reforma da Igreja Católica, fez com que aintolerância religiosa transpirasse para a Maçonaria. Em 24 de abril de 1738, o papa Clemente XIIcondenou abertamente a maçonaria pela primeira vez (encíclica In Eminenti). A partir dessa palavraoficial da Igreja, foi proibido aos católicos pertencer á maçonaria. A questão se agravou com omovimento da Reunificação da Itália (período que foi de 1848-1870). O governo da Itália estavafragmentado e dividido entre bispos católicos, que eram proprietários de grandes propriedades deterras. Esse governo se via envolvido em escândalos e corrupção, e se sustentava explorando omisticismo medieval e no fundamentalismo religioso.

O movimento iluminista que combatia o misticismo, aproveitando-se do segredo e sigilomaçônico, reunindo-se em segredo nas Lojas Maçônicas, coordenou uma verdadeira revolução queretomou as propriedades das mãos da Igreja, destacando-se dentre eles Giuseppe Garibaldi, quededicou sua vida à luta contra a tirania. Esse episódio despertou o ódio do clero católico contra amaçonaria, a ponto do papa Leão XIII (1846), redigir a encíclica HUMANUM GENUS, dizendo: "a

Igreja católica e a maçonaria são como dois reinos em guerra" e que "a finalidade da maçonaria édestruir toda ordem religiosa e política do mundo inspirada pelos ensinamentos cristãos e substituí-las por uma nova ordem de acordo com suas idéias", estimulando "o sincretismo religioso, isto é, amistura das mais diferentes crenças".

O anti-maçonismo político.

Conhecedores da história e da participação da Maçonaria no processo da Reunificação da Itália,inúmeros os governantes, tanto de direta quanto de esquerda, se tornaram anti-maçons. O caráterdiscreto e sigiloso das reuniões maçônicas causou sempre o temor da "conspiração" e "subversãopolítica" e estimulou a fantasia popular acerca do "culto ao demônio".Essas sempre foram asacusações dissimuladas de seus perseguidores, aproveitando-se da ignorância de muitos e dacrendice popular. Todavia, os ideais maçônicos de liberdade de expressão do pensamento e aliberdade de crença religiosa, sempre foram os reais motivos pelos de sua perseguição e de seusmembros. Com a expansão do comunismo no início do século XIX, a maçonaria foi proibida naRússia (1917) e na Hungria (1919). A reação ao comunismo fez surgir o nazismo e fascismo, quetambém proibiram a Maçonaria (Mussolini na Itália-1925, Hitler na Alemanha-1933, Salazar emPortugal - 1935, Getúlio Vargas - Brasil, 1937, Franco na Espanha-1940). General Francisco Franco,ditador espanhol, decretou em 1940, todos Maçons de seu país estavam condenados a 10 anos deprisão.

Joseph Goebbels, ministro da propaganda regime nazista, inaugurou em 1937 uma "CampanhaAnti-Maçônica", sob alegação de as Lojas Maçônicas estavam impregnadas de judaísmo. Outroapóstolo nazista, Alfred Rosenberg, exaltando a superioridade da raça alemã, acusou a Maçonaria dedisseminadora da idéia de igualdade. Os maçons sempre ignoraram seus detratores achando que osilêncio era a melhor arma. Lamentavelmente esse silencio muitas vezes foi usado contra aFraternidade. Durante Segunda Guerra Mundial, as tropas nazistas que ocuparam a Bélgica,pilhariam as Loja Maçônicas e destruíram o que eles não puderam roubar. Entre os reféns tomadosnos povoados, na média 15%, eram Maçons, que era uma proporção enorme consideram isso há sóum Maçom a cada mil habitantes em Bélgica! (Revista de Philalethes, 1947 de maio)Conclusão. Dois fatos determinaram a ruptura entre a Igreja e a Maçonaria, dando origem ao anti-maçonismo. Oprimeiro foi a disputa política entre o papa e o rei da Inglaterra (século XVIII), o segundo a disputade terras entre bispos católicos e italianos (Século XIX). Maçons envolvidos nesses dois episódiosdeterminaram a ruptura entre a Maçonaria e a Igreja Católica. Nem o anti-maçonismo religioso, nemo político foram capazes de acabar com a Maçonaria. Mesmo perseguida, a influência da maçonariana história tem sido grande. Hoje são cerca de 6 milhões de maçons, em mais de 164 países, sendocerca de 150 mil no Brasil. Há grande quantidade de parlamentares, altos funcionários do governo,

líderes religiosos, muitos empresários e membros de outras elites. Vivemos atualmente um regimedemocrático, e por isso, a Maçonaria sobrevive abertamente. Por exemplo, na inauguração do novoPalácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil, compareceram 120 parlamentares, alémdo então Ministro da justiça, Maurício Correia.

Mas o anti-maçonismo não desiste. Além do anti-maçonismo religioso e político, uma nova ordemde anti-maçons surge no sistema democrático: o anti-maçom degenerado. Esse grupo é compostopelos descontentes com resultados políticos ou jurisdicionais e quando vencidos em suas pretensões,como último recurso, acusam as autoridades de favorecimento maçônico. Polemizam o ingresso dejuízes, delegados, políticos e outras autoridades na maçonaria, argumentando que a fraternidade seincompatibiliza com tais cargos, que requerem imparcialidade, mas a maçonaria pressupõe ofavorecimento, a parcialidade.É verdade que o maçom tem o dever de socorrer todos os necessitados, especialmente membros dafraternidade. Isso não pode ser confundido com favoritismo, pois esse dever significa dever decaridade para com o próximo. Antes de tudo, o Maçom faz juramento solene de obedecer as leis, agirsempre com ética e com os bons costumes, amar a família e defender a pátria com a própria vida. Acorrupção permeia todas as instituições sejam religiosas, políticas ou associativas e necessita sercombatida. Isso porque a corrupção é vício humano, tão combatido pela maçonaria. Apesar disso, amaçonaria não está imune a ela. Todavia, possui mecanismos de se livrar dos corruptos e desonestos.Consta das normas internas, que aquele que estiver envolvido em corrupção ou desonestidade, seráprocessado internamente, previsto como pena, a exclusão da ordem, com sua inscrição no "LivroNegro", impedindo definitivamente seu retorno.

BIBLIOGRAFIATexto enviado por nosso Venrável Mestre Ailton Oliveira e extraido do sitewww.construtoresdavirtude.com.br

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#79

O SOL E A LUA

Apesar de a Maçonaria Regular requerer que os seus candidatos confirmem a sua crença em Deus,não aprofunda o sujeito, deixando a religião e a sua prática ao Maçon enquanto indivíduo. Isto é aMaçonaria pretende afirmar a crença num Deus, mas não forçosamente no Deus Cristão. A maçonariapossibilita aos homens de todas as raças credos ou religiões o acesso ao estudo dos princípiosmorais e filosóficos praticados pelos seus iniciados há centenas de anos. Ao entrar no templo pelaprimeira vez a minha atenção recaiu desde logo nos símbolos do Sol e da Lua. Veio-me à idéia oTemplo do Sol e da Lua , locais de culto tão antigos como a noite dos tempos onde os homensprestavam homenagem aos Deuses, e logo de seguida o meu pensamento voou para o G.'. A.'. D.'. U.'.que vai guiando a humanidade. A Maçonaria não é uma religião, é um estado de alma, é um modo(para mim) gratificante de encarar a vida e o que me rodeia defendendo a existência de um SerSupremo ou num Princípio Criador. Uma religião é algo de muito mais complexo, algo que implicadetalhe, como a existência de um plano para salvação ou um caminho pelo qual se alcança umarecompensa depois da vida terrena. Implica também uma teologia que tenta descrever a naturezahumana bem como o modo ou forma pela qual o homem comunica com o seu Deus. A Maçonaria nãofaz nenhuma dessas coisas. Abre e fecha os seus trabalhos com uma prece ensinando ao homem quedeve reger também os seus empreendimentos no apoio espiritual do seu Eu divino. Mas não induz oshomens a rezar ou o que devem pedir. Ao invés disso ensina de um modo subtil que cada um tem queachar as suas respostas para as suas grandes perguntas na sua própria fé, na sua igreja, sinagoga ououtro templo religioso. Vejo a Maçonaria como uma organização fraternal que tem como princípiobásico a união entre irmãos, a prática da caridade e da inter-ajuda para além da busca daVerdade.Há um ditado que diz: "A Maçonaria escolhe homens de bem e faz deles homens aindamelhores". É normal dizer-se que os homens são o produto do meio que freqüentam. A Maçonariaoferece a cada um dos seus membros a oportunidade de conviver regularmente com homens de bomcarácter, o que reforça o seu próprio desenvolvimento pessoal e moral. A garantia dessa fraternalconvivência é conseguida evitando discussões político-partidárias ou religioso-sectárias, assuntos,que têm dividido os homens ao longo da história.O Sol é a Luz. A luz é Vida, e as irradiações entre aLuz e as Trevas transcendem a compreensão humana. Para muitos povos, o Sol é um dos símbolosmais importantes, sendo até venerado como um Deus. Tornou-se também a imagem simbólica daressurreição e, de, modo geral, de um novo começo.Na Alquimia ele corresponde ao Ouro. Nasimbologia maçônica o Sol encarna o espírito imutável, o ouro imaterial. Na maioria dos Templosele é representado a oriente onde o mestre da loja dirige os trabalhos. A palavra franco-maçonariaderiva do antigo egípcio Phre (Sol) e Mas (Luz), ou filho do Fogo e da Luz. A Lua desempenha umpapel significativo no pensamento simbólico, mágico e religioso da maioria dos povos. Ao contrário

do Sol, um astro de luz própria quase sempre interpretado como masculino e associado ao princípioYang, a Lua aparece geralmente como símbolo feminino, do suave, do que necessita de apoio eligada ao princípio Yin. Ela é o símbolo da transformação e do crescimento. A Lua é um símbolo dosritmos biológicos. A Lua é também o primeiro morto. Durante três noites, e em cada mês lunar, elaestá como morta, desapareceu... Depois reaparece e cresce em brilho.A Lua é para o homem osímbolo desta passagem da vida à morte, da morte à vida; é considerada, por muitos povos, comolugar desta passagem, a exemplo dos lugares subterrâneos. É por isso que numerosas divindadeslunares são ao mesmo tempo ctonianas e funerárias. A viagem à Lua ou até mesmo a vida imortal,segundo certas crenças, é privilegio de soberanos, heróis, iniciados, e mágicos. No paganismo o Sole a Lua aparecem como o Deus e a Deusa, Cerridwen e Kernunnos, Endovelicus e Ategina. A Lua éum símbolo do conhecimento indireto discursivo, progressivo, frio. Evoca metaforicamente a belezae também a luz refletida na imensidade tenebrosa. Os antigos alquimistas conheciam a influência daLua nas marés. Referiam-se aos anjos lunares como sendo o sal.Sabiam que, para a mentedesempenhar as suas funções, era necessária a presença de uma certa quantidade de sal no sangue.Por esse motivo os alquimistas relacionavam a Lua (e os líquidos) com a mente. O Sol e a Lua,representam também na simbologia maçônica a Luz e o seu reflexo, a atividade da vontade e o ladoimaginativo do ser humano. Assim presença do sol a Oriente no templo e da Lua a ocidente relembratambém ao iniciado o caminho que devemos percorrer: das trevas em direção à Luz. Este renascerconstante, a partir da morte simbólica, no caminho que vai das trevas à luz, pode ser associado àssucessivas mortes e ressurreições da natureza, retratada do ciclo imutável do ReinoVegetal. A palavra VITRIOL dos alquimistas rosacrucianos,«Visita o interior da terra, rectificando encontrarás a Pedra oculta», alude a procura da pedrafilosofal Alquímica, num convite à introspecção, à procura do Eu interior, como a expressão inscritano frontispício do Templo de Apolo em Delfos: Nosce te ipsum (Conhece-te a ti mesmo). A Pedradeve ser entendida em sentido amplo (o que não exclui o da Alquimia física), como a matéria(interior e exterior) que passa de pedra bruta a pedra cúbica, após a sua transformação pela Arte.Esta descida às profundezas da terra é um tema iniciático comum a muitas tradições, como a Egípciaà Grega, e a Maçônica (onde a câmara de reflexões é um lugar subterrâneo onde se morre para omundo profano).é este ciclo mostrado pelo Sol e a Lua, que simboliza todo o aperfeiçoamento docandidato, desde o momento em que ele é encerrado na Câmara de Reflexão, até que, como iniciado,percorre o caminho do conhecimento, que o leva à visão da luz total, também simbolizada pelo Sol,no Oriente. A Trilogia dialética Sol Lua culmina com o Espírito Superior, Deus o Arquitecto, aqueleque encontra o equilíbrio entre os opostos. Quem seguisse o Caminho do Artífice teria de fazer algomais. Deveria lembrar-se que estava a construir o templo de Deus. Um edifício em consciência, ondeele mesmo é uma pedra individual e única. Com o tempo, cada ser humano polirá a sua pedra e acolocará no Templo, completando-o. "Os AntigosMistérios não deixaram de existir quando o Cristianismo se tornou uma das religiões mais poderosas

no mundo. O grande Pan não deixou de existir, e a Maçonaria é a prova da sua sobrevivência. OsMistérios pré-cristãos assumiram, simplesmente, o simbolismo desta nova fé, perpetuados por meiodos seus símbolos e alegorias; as mesmas verdades que conhecidas pelos sábios desde o princípiodo mundo. Não há, portanto, uma verdadeira explicação que reúna um total concenso para o facto desímbolos cristãos encerrarem em si o que é escondido pela filosofia pagã. Sem as misteriosas chavestransportadas pelos líderes dos cultos egípcio, brâmane e persa, os portais da Sabedoria nãopoderiam ser abertos." - Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian SymbolicalPhilosophy. Cada um dos seres animados deste mundo recebe a sua vida e atividades do poder doespírito. Os elementos grosseiros estão regidos pelos mais subtis, e estes, por sua vez, por outros queos ultrapassam em subtileza, até se chegar ao poder puramente espiritual e divino. Deste modo, Deusinflui em tudo o que governa. O homem possui um germe de poder que, desenvolvido, podeconverter-se em árvore de admiráveis frutos; mas este germe só pode desenvolver-se pela influênciado calor radiante do centro incandescente do grande sol espiritual; e na mesma proporção em que nosaproximamos da Luz, recebemos também este calor.É inútil meditar sobre pontos místicos que seencontram para além do nosso horizonte mental. É inútil o intento de penetrar nos mistériosespirituais, antes que nos tenhamos espiritualizado. O conhecimento prático pressupõe prática e sópode ser adquirido por meio dela. Para obter poder espiritual é necessário praticar as virtudesespirituais da fé, esperança e caridade. Encontrar o Sol e a Lua dentro do nosso próprio templo écriar condições de uma nova vida, encontrar um novo caminho como aquele hoje percorro desde omomento em que fui levado para câmara da reflexão e trazido de novo para a luz. Bibliografia Textoextraído do site www.maconaria.net da Casa Maçônica de Lisboa UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO[1]

References

1. ^www.maconaria.net (www.maconaria.net)

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#80

OS PASSOS NA ÁRVORE DA VIDA

Irmanados, vivenciamos a maçonaria numa jornada de muitos mistérios Nesta jornada, muitas sãoas curiosidades que encontramos na busca pelo lapidar da pedra bruta, que somos nós. Comobuscadores dos conhecimentos ocultos na Árvore da Vida (Kabbalah), somos reconhecidos, nosentido plural, como “Adão Kadmon”. Caminhamos seguindo em frente, em passos evolutivos, oraem direção à direita, ora em direção à esquerda,onde o buscador vai tomar da água do conhecimento.Observe, na fonte da sabedoria, a figura central do HEXAGRAMA (Estrela de David), mostrado namatéria, que combina-se em em múltiplas superposições com HEXÁGONOS, dando origem àÁrvore da Vida.

Neste momento, pergunto aos irmãos se já questionaram o “POR QUE” de cada passo que damosna evolutiva ‘escada de Jacó’? Se não somos robôs, é mister que conheçamos nosso destino fraterno.Com liberdade, autodeterminação, e fraterna colaboração dos mestres, precisamos saber: ParaONDE vamos? COMO vamos? QUANDO vamos? Se o irmão ainda não fez estas perguntas a sipróprio, sugiro buscar respostas na arquitetura da Árvore da Vida, passada há milênios a Moisés,pelo G:.A:.D:.U:.

Como Maçons precisamos conhecer desta fonte de conhecimentos, para levar a fraterna ajuda atodos os irmãos iniciantes. Quem já bebeu da água do conhecimento da Árvore da Vida? Vamos fazeruma introspecção e questionamento. Certamente você já percebeu que tudo na maçonaria é tratadosimbolicamente. E o maior dos simbolismos está representado na figura das 10 SEPHIROTS (Árvoreda Vida). Note que são 10, não são 20, nem 30, nem qualquer outro número. São 10 (dez) como 10são os mandamentos também recebidos por Moisés.

Observe a figura da Árvore da Vida. Cada círculo tem um símbolo. São 10 círculos (sephirots).Cada círculo tem uma letra em hebraico e um som próprios, que os representam na “árvore” Paraalcançar o conhecimento de cada Sephira (no singular), e de cada caminho é preciso buscar osmistérios ocultos. É preciso laborar, num plano árduo para meros curiosos. O que você já conhecedestes conhecimentos? Na Árvore da Vida podemos encontrar as respostas para todas as perguntas.Como um Adão Aprendiz você está ainda no primeiro plano, o da TERRA, com os pés fincados nochão (Sephira Malkut). Dela você vislumbra 3 (três) sephirots, e três caminhos. Aqui são três os seusobjetivos a trilhar. De Malkut, observe e reflita sobre a importância do número três. Somente apósentender o “sigil” oculto em cada sephira e em cada caminho você estará apto a buscar outrosobjetivos.

E você meu irmão mestre. Já detém os conhecimentos dos mistérios ocultos nestes caminhos,assim como os daquelas sephirots onde terminam? Na maçonaria você os conheceu como ‘décadamaçônica”. Lembra-se? Como companheiro, e depois como mestre você vai trilhar outros caminhos.

Você vai precisar dar outros passos. É importante você conhecer o ‘por que’ de cada passo. Você secontenta, mecanicamente, em dar os passos que lhe são informados? Se ‘sim’ para você, estásperdendo o melhor das vivências. È como andar de trem com as janelas fechadas. Você jamaiscurtirá a beleza da natureza e o esplendor da vida lá de fora, que lhe é oculta sob as vendas dodesconhecimento e da ignorância.Cada detalhe, cada passo que damos tem um sentido agregado. Tem um símbolo, tem um significado.Quem não sabe aonde vai, nunca saberá onde está, e corre o risco de não chegar a lugar algum!

BIBLIOGRAFIA Extraída do blog http://cabalamaconaria.blogspot.com UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#81

MAÇONARIA E ESPÍRITISMO: O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Neste artigo, tenho como objetivo refletir basicamente, sobre alguns princípios da OrdemMaçônica, bem como, aspectos da ciência espírita, apontando a proximidade histórica que envolveas duas instituições, evidenciando os mecanismos propulsores, que as mesmas oferecem, para odesenvolvimento moral do ser humano.

A Ordem Maçônica tem sua origem nas corporações de ofício da Idade Média, onde pedreiros-livres dedicavam-se a construção de Igrejas e catedrais, a partir dos conhecimentos que lhes eraminerentes. A instituição pode ser dividida em duas fases: a operativa, onde os membros trabalhavammaterialmente, construindo os templos de forma especializada e especulativa, onde os membrospassam a se dedicar e atuar no campo mental, das idéias. Ligando-se então a discussões filosóficas, aMaçonaria, desenvolve um arcabouço de idéias que busca as primeiras bases da moral e da ética. Éuma instituição progressiva que acredita na imortalidade da alma, e em um principio criador.Incentiva a busca da verdade, sob a régua reguladora, da razão e da ciência. Tem como princípios aliberdade, a igualdade e a fraternidade. Pretende que seus membros desenvolvam a virtude,progredindo incessantemente rumo à “Luz do Oriente”, lapidando seu espírito e elevando-seincessantemente.

A ciência espírita, nasce com o fenômeno das mesas girantes, no século XIX, ocorrido em lugares

diversos. Como professor e intelectual, Allan Kardec, decide buscar explicações cientificas eracionais para aqueles acontecimentos. Abre-se então um leque de questões a serem estudadas eexperimentadas, com o objetivo de desvendar o mundo espiritual. Surge a ciência espírita que tratada natureza, origem e destino dos espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. Na expressãodo codificador: “ O espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrinafilosófica. Como ciência prática consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos;como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.”

Maçonaria e Espiritismo, ao longo da História, também acabam por se aproximar, em virtude daperseguição comum que as duas instituições sofreram no período absolutista, quando estes governos,estiveram diretamente atrelados a Igreja católica. A influência mútua que espíritas e maçons exercementre si é constante desde o século XIX até os dias de hoje. Muitos espíritas compõem as fileirasmaçônicas, e em uma mistura benéfica, estão eles, contribuindo para a evolução moral dahumanidade. Obreiros em prol do descortinamento mental, que impede a sociedade de ligar-se aosverdadeiros princípios da existência humana. Entre os membros eminentes do movimento espírita noBrasil e no mundo, estão muitos maçons atuantes, entre eles: Leon Denis, Camille Flammarion; Vianade Carvalho; Quintino Bocaiúva; Julio César Leal, e muitos outros confrades de ideal.

Na Revista Espírita de abril de 1864, Kardec e seus pares, perguntam à espiritualidade: “Que concurso pode o Espiritismo encontrar na franco-maçonaria?” Como resposta, obtém do

mundo espiritual, a seguinte resposta: “Para cimentar essa instituição generosa, duas vezes derrameio meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram tintas de sangue do pobre JacquesDe Molay. Assim, posso vir dizer-vos a minha opinião tocante ao Espiritismo e a franco-maçonaria.No século dezenove o espiritismo vem, com seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aosrosacruzes e com voz trovejante lhe diz: Vamos meus irmãos; eu sou verdadeiramente a voz que sefaz ouvir no Oriente e a qual o Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filho dos homens.!

Ainda alguns dias, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da parede dotemplo dos segredos; e nesse dia, a sociedade verá florescer no seu seio a mais bela flor espiritaque, deixando suas pétalas caírem, dará uma semente regeneradora da verdadeira liberdade.

O Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão a franco-maçonaria, todas asdificuldades estarão vencidas, todo obstáculo retirado, a verdade estará esclarecida e o maiorprogresso moral será realizado e terá transposto os primeiros degraus do trono, onde em brevedeverá reinar.” Jacques de Molay (Médium: Srta.Bréguet).” Diante do exposto, e como Espírita,integrante da Ordem Demolay e da Ordem Rosa Cruz, penso que podemos afirmar que Maçonaria eEspiritismo não se conflitam! Em muitos momentos da história do espiritismo no Brasil existemaçons apoiando o movimento espírita, cedendo suas Lojas Maçônicas para a realização de reuniõesdoutrinárias e apoiando politicamente a legalização do espiritismo junto ao Estado Brasileiro.Lembremos que somente após Constituição Brasileira de 1891 é que nosso País deixa de ter comoreligião oficial o Catolicismo e passa a tornar-se um estado laico. No âmbito regional a regra não semodifica, muitos maçons apóiam o movimento espírita, chegando a misturarem-se. No inicio doséculo XX, quando da fundação do Cento Espírita Esperança e Fé e do Hospital Allan Kardec,muitos maçons da Loja Maçônica Amor à Virtude e Independência III, apoiaram o movimento.

Concluindo nossa reflexão, Maçonaria e Espiritismo: um misto de oportunidades de aprendizados,caminhando na senda do conhecimento e conduzindo o ser humano à descoberta de suas própriaspotencialidades; lapidando suas fraquezas, caminhando em direção dos propósitos do Pai Celestial,do Grande Arquiteto do Universo, do Mestre Jesus e de todos os benfeitores espirituais.

BIBLIOGRAFIA Edgar Ajax dos Reis Filho Presidente do Conselho Municipal da Juventudee Sênior DeMolay do Capitulo Juventude e União de Franca.

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#82

MAÇONARIA, FAMÍLIA E A SOCIEDADE

Nenhum maçom, estará apto a executar propósitos tão elevados, como tornar feliz a humanidade, senão estiver perfeitamente harmonizado com os princípios e postulados maçônicos. O primeiropostulado diz: “Amar a Deus, a Pátria, a Família e a Humanidade”. O segundo complementa-o deforma peremptória: “Exigir de seus membros boa reputação moral, social e familiar, pugnando peloaperfeiçoamento dos costumes”. Note-se que tanto no primeiro como no segundo, a família merecedestaque e vem antes da humanidade. Não é mera coincidência, é lógico e absolutamente essencialque assim seja. Entre todos os deveres de um maçom, a família é o maior e o mais importante detodo

A família é a célula primeira da Humanidade, seu berço, sua unidade fundamental. É em seu larque o maçom deverá aplicar os princípios de amor ao próximo, da caridade e da tolerância,iniciando assim a construção de uma sociedade, mais equilibrada, igualitária e justa. O lar do maçomserá, com toda certeza, o começo de uma humanidade perfeita. É sob o teto de uma família bemformada, tutelada pela orientação fornecida por nossa ordem, que o maçom conseguirá transformar omundo, tornando feliz a humanidade. Ao pinçar o candidato á nossa sublime instituição, observemosantes de qualquer outro predicado, seu comportamento diante de sua família. É claro que suareputação moral, cívica e social são relevantes no processo de seleção, mas atenção especial áfamília do candidato deve ter peso significativo na escolha.

No mundo atual, a título de modernidade, prevalecem muitos valores de ordem material, frutosdas “necessidades” criadas por inteligentes publicitários, que, através da mídia, nos levam aoconsumismo desenfreado; contudo, nenhum bem material suplanta os valores de um lar harmônico efeliz. Na oficina humana, a matéria é transitória e todos os bens, na melhor das hipóteses, sãotransferidos para outras mãos, menos os ensinamentos e exemplos que modelam o caráter do homem.Durante nossos trabalhos, atendo ao que diz nosso irmão Chanceler, devemos indagar-nos: Quem é aHumanidade? Como torná-la feliz? Como eu posso ajudar?

- A Humanidade somos nós! A família é o grande templo a ser construído pelo homem maçom, suagrande pedra bruta a ser desbastada em primeiríssimo lugar, família esta onde ele, o maçom, é suagrande pedra angular, seu “Landmark” vivo”. Maçom será aquele homem que aprender a servir e arespeitar seu próximo mais próximo, sua própria família. Maçons existem que participam deinúmeras obras assistenciais e de promoção humana; dedicam-se incansavelmente aos preceitos dacaridade. São irmãos reconhecidos em suas comunidades como verdadeiros apóstolos do bem,porém e lamentavelmente, não são raros os casos de delinqüentes e órfãos, nascidos em lares deabnegados cidadãos. O que será que saiu errado? Seria tal dedicação ao sofrimento alheio uma forma

de fuga dos próprios problemas ou da sua família, por mais paradoxal que possa parecer.O trabalho caritativo de um maçom é de suma importância para seu crescimento e evolução, mas

de maneira alguma deve estar consagrado exclusivamente às entidades de filantropia, antes deve tersuas bases e raízes em seu lar. Para tornar feliz a humanidade, é primordial estarmos felizes etornarmos felizes nossos familiares. É imperioso que pratiquemos em nossos lares a verdadeira leido amor. Impossível e incoerente pensarmos macro (humanidade) sem antes pensarmos micro (nossafamília). A família do maçom deve estar integrada com nossos princípios, não pode estar apartadados nossos movimentos ou atividades sociais. A mulher do maçom jamais deve ser submissa aoextremo ou estar alheia ao seu convívio social. Tudo isso pode parecer “óbvio ululante”, contudo, ascunhadas “Amélias” pululam entre nós.

Quiçá toda loja possuísse uma fraternidade feminina ou cada cidade, Ordens Paramaçônica, ondenossas esposas, filhas e filhos pudessem integrar-se melhor à Maçonaria. É muito estranho observaro irmão que, falante e proativa em sua loja, adota postura taciturna e dialoga com sua família tão-somente por monossílabos! Há uma família, quando cônjuges e filhos vegetam debaixo do mesmoteto? Como querer ter a pretensão de tornar feliz a Humanidade? Irmãos com semelhantecomportamento não compreenderam ou não estão dignificando em absoluto nada a nossa instituição.Sem qualquer traço de utopia, entendo que o lar de um verdadeiro maçom deve estar alicerçado embases de ternura, de muita tolerância e amor. Em dias tão turbulentos e de profundas transformaçõescomo os atuais, o lar do maçom deve constituir-se em oásis de paz. Todos possuímos problemas,sejam eles no âmbito material, nas enfermidades, sejam nos desequilíbrios psíquicos e espirituais,todavia ninguém mais do que o maçom saberá disseminar a luz, a concórdia e a harmonia entre osseus.

Nessa breve reflexão sobre o maçom e sua família não há qualquer pretensão em aquilatar comodeve ser, ou não, seu comportamento no seio da família, apenas chamá-lo à ponderação para que nãoentre em conflito consigo mesmo, ou seja, incoerente com nossos princípios. Ser iniciado naMaçonaria é uma coisa, tornar-se maçom é outra completamente diferente. É difícil e escarpado ocaminho de um maçom em busca da perfeição. Apesar de explícito e muito claro em nossos rituais, érelevante relembrar que a Maçonaria não é um clube social ou de serviços, nem tampouco umasociedade de ajuda mútua, daí a necessidade de o maçom compreender o que se faz em nossasoficinas. A Maçonaria não é uma instituição que visa dar !status”, poder ou privilégios a quem querque seja.

No Evangelho de Lucas (13:24) temos algo que se encaixa bem á reflexão dos irmãos:“...esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não

poderão...” O caminho da perfeição requer do maçom toda atenção e muito esforço, renovaçãoconstante e aprimoramento espiritual. A Maçonaria ensina e orienta o maçom a converter asdificuldades interpostas em seu caminho em preciosas oportunidades de trabalho a favor do seucrescimento espiritual. Nesse amplo contexto, nossos familiares desempenharão papel preponderante

para nossa vitória e nosso sucesso enquanto maçons. O homem transformado e aperfeiçoado pelaMaçonaria, transfere novos valores e novos conceitos à família.

Sua família, calcada nesses novos e nobres valores, passa a ser uma referência dentro dacomunidade em que vive. Bons exemplos e boas referências são sementes de luz que dissipam asdensas trevas que recobrem nossa sociedade. Uma sociedade melhor resultará em uma humanidademais feliz e fraterna.

BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura pertence ao Irmão José Pellegrino Neto,extraído do site http://www.formadoresdeopiniao.com.br

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#83

A COR PÚRPURA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

A cor púrpura, principal do Rito Escocês Antigo e Aceito, é uma decorrência de suas origensmais remotas, no século XVII, na França, e da aristocratização que lhe foi imposta, a partir dosegundo quartel do século XVIII, também na França. Na realidade, os primeiros agrupamentosmaçônicos de feição moderna - dos Maçons Aceitos - na França, surgiram na esteira do séquito dosStuarts, a partir de 1649, quando Henriqueta de França, viúva do rei stuartista inglês Carlos I, quefora preso e decapitado após a vitória da revolução puritana de Oliver Crommwell, aceitava, doRei-Sol, Luis XIV, asilo no castelo de Saint-Germain-en-Laye. E haveria um sensível aumento dessesagrupamentos, a partir de 1688, quando da segunda queda dos Stuarts, com Jaime II, depois darestauração de 1660; nessa segunda queda, novamente, o asilo político seria em Saint-Germain,concedido pelo mesmo Luís XIV. Os Stuarts, que, a partir do século XIV, com Alan Fitzflaald,haviam ocupado os tronos da Escócia e da Inglaterra, eram reis católicos e os seus seguidores, osjacobitas, eram chamados de "escoceses", por sua feição partidária stuartista e não pela sua origemnacional.

Já com um grande contingente maçônico desse sistema "escocês", na França, um cavalheiroescocês, André Michel de Ramsay, que havia sido corrido da Escócia, por querer implantar GrausCavalheirescos na Maçonaria, produziu um discurso, em 1737, onde ele pretendia demonstrar o seuagradecimento, por ter passado de plebeu a nobre, depois de se tornar cavaleiro da Ordem de S.Lázaro. E nesse discurso - que não lhe foi possível pronunciar, por proibição do cardeal Fleury, masque foi publicado no ano seguinte - ele procura ligar as origens da Franco-Maçonaria aos reis epríncipes das Cruzadas. Embora isso fosse apenas uma fantasia, o certo é que renderia frutosduradouros, a partir de 1758, quando foi fundado, em Paris, o Conselho dos Imperadores do Orientee do Ocidente, ou Soberana Loja Escocesa de S. João de Jerusalém. A partir desse momento, osistema se tornava aristocratizado - como Rito de Héredom - ganhando a América do Norte, ondeteria a sua roupagem definitiva, a partir de 31 de maio de 1801, com a fundação, em Charleston - poronde passa o paralelo 33 da Terra - na Carolina do Sul, do primeiro Supremo Conselho do RitoEscocês dos Maçons Antigos e Aceitos.O que importa considerar, nesse apanhado bastante superficial dos primórdios do Rito, são os doisdados principais: 1. o Rito nasceu no catolicismo; 2. o Rito foi aristocratizado. O catolicismo possuicinco cores litúrgicas: branca, negra, verde, roxa e vermelha. Destas, a mais importante é aVERMELHA, que é a cor do sangue e o símbolo da efusão do sangue por amor; por isso é a cor dosmártires da Igreja, usada durante as celebrações em homenagem a esses mártires. Além disso, ela é acor que distingue a alta dignidade cardinalícia; os cardeais, que, na hierarquia mundana,correspondem aos príncipes, usam o chapéu - ou solidéu - vermelho e a faixa vermelha, como sinal

de sua distinção.E a cor da nobreza, da realeza, também é a vermelha. Todos os antigos reinantes, aoassumir o trono, recebiam, sobre os ombros, um manto vermelho; famosa é a púrpura imperial, comque os imperadores romanos - os Césares - eram revestidos, quando de sua ascensão ao tronoimperial. A própria púrpura cardinalícia, já referida, é um sinal de nobreza dos príncipes da Igreja.

Estabelecida a origem da cor vermelha no Rito Escocês Antigo e Aceito, podemos, então, lançaros olhos sobre as instruções e resoluções do Rito, antigas e modernas: Havendo necessidade, nasegunda metade do século XIX, de tomar algumas medidas que tornassem consensual a prática doRito Escocês Antigo e Aceito, inclusive no que se referia à cor do Rito e aos Aventais, embora estes,em todas as instruções anteriores, fossem orlados de vermelho, realizou-se em Lausanne, em 1875,um Congresso de Supremos Conselhos, que, em relação, especificamente, ao tema em pauta,resolveu: 1. O Avental terá dimensão variável de 30/35 cm por 40/45 cm; 2. O Avental do AprendizMaçom é branco, de pele de carneiro, com abeta triangular levantada e sem nenhum enfeite; 3. O Avental do Companheiro Maçom é branco, com a abeta triangular à abaixada, podendo teruma orla vermelha; 4. O Avental do Mestre Maçom é branco, com a abeta triangularabaixada, orlado e forrado de vermelho, tendo, no meio, também em vermelho, as letras M e B; 5. O Avental é o símbolo do trabalho e lembra, ao Obreiro, que ele deve ter uma vida laboriosa; 6. A cor do Rito Escocês Antigo e Aceito é a vermelha.

Alguns autores questionam as resoluções de Lausanne, porque este Congresso reuniu poucosparticipantes. Ora, como em qualquer sociedade, os ausentes, que deixam de atender ao chamamento,devem aceitar o que os presentes decidirem. Mas, além disso, aí estão Rituais e instruçõesanteriores e posteriores à Convenção de Lausanne, mostrando qual é, na realidade, a cor do Rito.Para ficar só nos nacionais, podemos citar os seguintes trechos, de publicações anteriores a 1875:"As paredes do templo, cortinas, mesas, doces, etc., são forradas de encarnado no rito escocês e deazul nos ritos moderno e Adonhiramita; nestes dois últimos, os galões e franjas dos paramentosdevem ser de prata ou de fazenda de cor branca, e no primeiro, de ouro" (Guia dos MaçonsEscoceses, ou Reguladores dos Três Graus Simbólicos do Rito Antigo e Aceito, do Grande OrienteBrasileiro - Rio de Janeiro - 1834 - página 46) - os grifos são meus.

"Grau 3º - Fita azul orlada de escarlate a tiracolo da esquerda para a direita, suspensa em baixo ajóia, que é um esquadro e um compasso de ouro entrelaçados. A jóia pode ser cravejada de pedras.Avental branco de pele forrado e orlado de escarlate, com uma algibeira abaixo da abeta, sobre aqual estão bordadas as letras M:. B:." (no mesmo Guia dos Maçons Escoceses, capítulo referente ainsígnias e jóias - página 49) - os grifos são meus. "O encarnado é o característico do escossismo"(Regulador Geral do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Império do Brasil - Rio de Janeiro - 1857- pág. 46) - os grifos são meus. O mesmo regulador, na mesma página, para estabelecer as diferençascom os outros dois Ritos então praticados no país, Moderno e Adonhiramita, destaca que, para essesRitos "o azul é o característico, razão porque são estes dos ritos chamados azuis" (os grifos são

meus). "A Loja é decorada com estofo ou tapeçaria encarnada" (Manual Maçônico ou Cobridor dosRitos Escocês Antigo e Aceito e Francês ou Moderno - 4ª ed. - Rio de Janeiro - 1875 - pág. 1) - osgrifos são meus.

"No Oriente há um docel de estofo encarnado com franjas de ouro" (no mesmo Manual Maçônico- pág. 2) - os grifos são meus. "Avental branco, forrado e orlado de encarnado, com uma algibeirapor baixo da abeta. No meio do Avental estão pintadas ou bordadas em encarnado as letras M:. B:.(no mesmo Manual Maçônico - pág. 11) - os grifos são meus. Como se pode ver, portanto, oCongresso de Lausanne não fixou novas regras; ele, apenas, regulamentou os costumes já vigentes,desde os primórdios do Rito.Posterior a 1875, pode-se citar, pelo menos, uma publicação brasileira, que confirma a resolução deLausanne: "Fita azul, orlada de escarlate, a tiracolo da esquerda para a direita, suspensa em baixo ajóia, que é um compasso e um esquadro de ouro entrelaçados. Avental branco de pele, forrado eorlado de escarlate com uma algibeira abaixo da abeta, sobre a qual estão bordadas as letras M:. B:.(Regulamento Geral da Ordem Maçônica no Brasil - Rio de Janeiro - 1902 - pág. 165, no capítuloque trata das insígnias e jóias do R:. E:. A:. A:.) - os grifos são meus. No caso específico do Brasil, o que se vê, hoje em dia, é a fuga às tradições e àsorigens do Rito Escocês, com a padronização de todos os paramentos de acordo com o Rito de York.Sim, pois Aventais de orla azul, com roseta - e de orla azul, com bolinhas de prata e níveis de metalpara o Venerável Mestre - são paramentos do Rito de York! Como isso surgiu, já foi exaustivamenteexplicado, em outras ocasiões. E a coisa chegou ao ponto de gerar situações absurdas, para não dizerridículas, como a que me foi narrada por um querido amigo de Brasília: um candidato, funcionário doMinistério do Trabalho, foi Iniciado e, logo depois, teve que cumprir missão na Itália, onde deveriapermanecer, pelo menos, um ano, o que fez com que sua Loja autorizasse suas Elevações em uma co-irmã italiana, também do Rito Escocês. Pois bem, cerca de dois anos depois, o Obreiro retornou, jácolado no Grau de Mestre e com o seu Avental de orla vermelha; com ele se apresentou em reuniãode sua Loja e foi impedido de ingressar. Ou seja: o único que estava com paramentos escocesescorretos, foi impedido de ingressar em Loja escocesa, por um bando de Obreiros com paramentos doRito de York! E mais dois casos podem ser citados, não absurdos como o primeiro, masesclarecedores. O primeiro: fazendo palestra em Santana do Livramento (RS), na fronteira com oUruguai, em 1989, constatei a presença - e chamei a atenção para isso - de diversos Obreiros deRivera, da Grande Loja do Uruguai, com seus paramentos de orla vermelha. O segundo: falando emLondrina (PR), em 1991, em Sessão não litúrgica (sem paramentos), sobre a cor dos Aventais eTemplos escoceses, fui interrompido por um Irmão do Equador, recém-chegado, o qual meperguntava, diante disso, qual era a cor usada no Brasil, no Rito Escocês; quando lhe disse que era aazul, ele reagiu com um riso de mofa, que valeu por mil palavras, e, puxando uma maleta, de lá tirou- e mostrou - o seu Avental de orla vermelha. Apesar de todos esses Rituais já terem sido mostrados

e publicados diversas vezes, sempre existem os que não pesquisam, não estudam, não procuram, mas"acham". Apenas "acham" que a cor do Rito deve ser a azul e ainda inventam que a cor vermelha foiuma criação brasileira do século passado, atribuindo-a a Cairu (Henrique Valladares), que sópontificou na Maçonaria nacional no fim do século XIX, muito depois dos Rituais de 1834, 1857 e1875. Para esses, nada melhor do que "matar a cobra e mostrar o pau", pois, em termos de RituaisESTRANGEIROS, podem ser citados vários:

Ritual do Grau de Mestre Maçom, editado em 1912, em Lisboa, pelo Grande Oriente LusitanoUnido e pelo Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa, ambos reconhecidos mundialmente, naépoca. Nesse Ritual, à página 10, pode-se ler: INSÍGNIAS - 1º - Avental branco orlado decarmezim, tendo bordadas no meio as letras M:. B:., também da mesma cor. - 2º - Banda de "moiré"azul orlada de carmezim, lançada do ombro direito para o flanco esquerdo, tendo na parte inferioruma roseta vermelha, da qual pende a jóia formada por um compasso aberto 45 graus, cruzado comum esquadro. A jóia também pode ser um triplo triângulo coroado. Além disso, Oliveira Marques,um dos maiores historiadores da Maçonaria, não só de Portugal, como de toda a Europa, publicou,em 1986, uma obra intitulada "Figurinos Maçónicos Oitocentistas - um guia de 1841-1842", combase em guias maçônicas encontradas no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, junto com um textode um decreto regulamentar de 15 artigos, com a chancela do Supremo Conselho de Portugal, datadodo "25º dia da lua de Sivan, do ano da Grande Luz de 5842" (25 de maio de 1842). A obra, quemostra os paramentos dos 33 Graus, com as roupas da moda, na época, exibe, no desenhocorrespondente ao Grau de à Mestre, o Avental de orla vermelha, com as letras M e B.

Ritual do Grau de Aprendiz Maçom do R:. E:. A:. A:. (não do Retificado), editado em 1971, pelaGrande Loja Nacional Francesa, que é a única Obediência francesa reconhecida em todo o mundo,inclusive, evidentemente, pela G. L. Unida da Inglaterra e pelas Grandes Lojas norte-americanas.Nesse Ritual, impresso à rue Christine de Pisan, 12, em Paris, pode-se ler, à página 1 - Decorationde la Loge - o seguinte: "La tenture des parois doit être en principe rouge". O que significa: "Atapeçaria (estofo, forro) das paredes deve ser principalmente vermelha". Mais adiante, na mesmapágina, quando aborda o trono e o altar, o Ritual especifica: "Au-dessus du trône est un dais rougeavec franges en or". O que significa: "Acima do trono há um dossel vermelho com franjas douradas".

A Grande Loja do Chile, em seus Cadernos Docentes, Primer Grado, edição de 1992, às páginas50 e 51, do capítulo "El Mandil", afirma: El mandil de piel blanca debe tener um ancho de 35 a 40centímetros, por 30 a 35 de altura, unido a una cinta también blanca, en el primer grado. Una orla decinta roja de 3 a 4 centimetros da al mandil de 2º grado el significado del celo y constancia com queel masón prosiegue la senda de su perfeccionamiento; y la misma orla y cinta roja con las inicialesM.B., constituirá el de Maestro. Ou seja: "O Avental de pele branca deve ter uma largura de 35 a 40cm, por 30 a 35 de altura, unido a uma cinta também branca, no primeiro Grau. Uma orla de fitavermelha de 3 a 4 cm dá, ao Avental do 2º Grau, o significado do zelo e constância com que o

Maçom prossegue no caminho do seu aperfeiçoamento; e a mesma orla de fita vermelha, com asiniciais M.B., constituirá o do Mestre".

Nota-se, que, para essa Grande Loja, como para algumas outras, até o Avental de Companheirotem a orla vermelha. O Irm:. Léon Zeldiz, atual Sob:. Gr:. Com:. do Supremo Conselho do R:. E:. A:.A:. do Estado de Israel, sabe disso, porque foi Iniciado no Chile. E, em carta a mim, na minhaqualidade de Grande Representante (Garante de Amizade) da Grande Loja do Estado de Israel, diziaque concordava comigo, inteiramente, que a cor do R:. E:. A:. A:. é a vermelha. E me explicava quea situação de Israel era sui-generis, porque, criada pela G:. L:. Unida da Inglaterra e trabalhando sóno Rito azul de York, foi um custo fazer ela aceitar as três Lojas do R:. E:. A:. A:.; se fosse colocadatambém a cor vermelha, seria provocar demais, já que a GLUI não aceita o R:. E:. A:. A:.. Então, emIsrael, como no Brasil, o Rito ficou azulado. Só que lá foi por questão de sobrevivência. E aqui?

A Grande Loja da Venezuela, em seu Ritual do Grau de Aprendiz do R:. E:. A:. A:., 15ª edição -1978 (lá não se muda o Ritual "n" vezes, como aqui), afirma, à página 5, em Decoracion de la Logia:

Paredes tapizadas, colgadas o pintadas de rojo. (...) Al Este hay un dosel de cualquier generoencarnado com flecos de oro; debajo, el trono donde se coloca el Presidente; delante del trono unaltar en que se pone una escuadra, un compás, la Constitución masónica, una Biblia, una espada. Ouseja: "Paredes atapetadas, forradas, ou pintadas de vermelho. (...) No Oriente há um dossel ,dequalquer gênero, vermelho, com franjas douradas; sob ele, o trono, onde se coloca o presidente;diante do trono um Altar com um Esquadro, um Compasso, a Constituição Maçônica, a Bíblia e umaEspada".

5. E, para finalizar, outra instrução européia, em obra aprovada pelo Supremo Consiglio del 33\per l'Italia, reconhecido pelos demais Supremos Conselhos do mundo. Trata-se do livro "GLIEMBLEMI ARALDICI DELLA MASSONERIA DI RITO SCOZZESE ANTICO ED ACCETTATO"(Os Emblemas Heráldicos da Maçonaria do Rito Escocês Antigo e Aceito), editado em 1988, porConvivio-Nardini Editore, de Firenze, e que traz o timbre do Supremo Conselho da Itália, paramostrar a procedência oficial. Pois, neste livro, sobre emblemas heráldicos dos 33 Graus escoceses,há uma parte complementar que descreve os Paramentos e Jóias de cada Grau. E, no de MestreMaçom (Maestro Massone), há a seguinte descrição: Grembiale bianco foderato e orlato di rosso.Nel mezzo vi sono le lettere M.B.. Il gioiello è un triplice triangolo coronato, attaccato al Cordonebleu con una rosetta rossa. Ou seja: "Avental branco, forrado e orlado de vermelho. No centro estãoas letras M.B.. A Jóia é um tríplice triângulo coroado, atado ao Cordão azul por uma rosetavermelha". UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/02/cor-purpura-do-rito-escoces-antigo-e.html

#84

RITO BRASILEIRO - MAÇONS ANTIGOS, LIVRES e ACEITOS

É muito comum quando tratamos do RITO BRASILEIRO, ouvir alguns Irmãos afirmarem ser o Ritomais patriota dos praticados no âmbito do Grande Oriente do Brasil, realmente o RITOBRASILEIRO é o que traduz, sem qualquer dúvida, o espírito do Povo, ou melhor, dos MaçonsBrasileiros, porem devemos considerar que todos os Ritos inspiram e buscam inculcar nos seusseguidores o Amor a Pátria, o cumprimento inflexível do Dever e a responsabilidade social dosmaçons para com a humanidade. Todos os Ritos procuram, através de seus ensinamentos, levarem osmaçons a uma reflexão sobre a trilogia que fundamenta a própria essência da Maçonaria: Liberdade,Igualdade e Fraternidade. Existe uma maior lição de patriotismo que a representada neste triângulo,base ideal de qualquer sociedade e suas relações intrínsecas.

O que faz então com que os Maçons associe o Patriotismo ao RITO BRASILEIRO? Vamos tentarentender o porquê, buscando uma síntese da história do RITO BRASILEIRO.Um grande Maçom ebrasileiro, o Soberano Grão-Mestre LAURO SODRÉ, sonhou com um Rito que fosse a expressão doespírito dos Maçons Brasileiros e unindo-se a outro grande Maçom e brasileiro, o Soberano Grão-Mestre NILO PEÇANHA, através do Decreto 500, em 1914, fundou o RITO BRASILEIRO. O Ritonasceu, portanto, da vontade de que fosse criado um Rito para os Maçons Brasileiros, não que osRitos que vieram da Europa, como o Adonhiramita, o Francês Moderno, o Escocês Antigo e Aceito eo de York, fossem inadequados aos Maçons Brasileiros, mas era desejo daqueles pioneiros, acriação de um Rito que fosse o espelho da Alma do Maçom Brasileiro, um Rito que colocasse oHomem como centro da história e não como um mero protagonista.

Um Rito renovador que buscasse o desenvolvimento do Homem e o Progresso da Humanidade, odesenvolvimento nacional através do estudo e da busca de soluções para os principais problemassociais que já incomodavam a Maçonaria daquela época. O RITO BRASILEIRO, não foi criado parasubstituir os demais Ritos praticados no âmbito da Maçonaria Brasileira, mas, tomando por baseexatamente esses Ritos que serviram para criar o Espírito Maçônico Brasileiro, é uma opção a maisaos Maçons, aqueles que buscam encontrar na Maçonaria uma visão desenvolvimentista eprogressista da sociedade brasileira e um estudo dos problemas que impedem esse progresso e suaspossíveis soluções.

Mas o Rito adormeceu, e somente em 1968, através Decreto 2080, foi reimplantado sob aorientação firme e segura do Soberano Grão-Mestre ÁLVARO PALMEIRA, que segundo conta oEminente Grão-Mestre JOSÉ COÊLHO DA SILVA, afirmou categoricamente: "Vou reimplantar deforma definitiva o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos em 33 (trinta e três) graus,como expressão máxima da Maçonaria renovada". ÁLVARO PALMEIRA, partiu então para umtrabalho incansável, organizar e estruturar o Rito, inicialmente dedicou-se a base, aos três graus

simbólicos, onde desenvolveu de forma ortodoxa a tradição e os postulados maçônicos universais,necessários à regularidade universal do Rito e ao aperfeiçoamento moral e cultural do Maçom.Contudo na formulação dos graus filosóficos procurou levar os Maçons ao Estudo, Análise e Buscade Soluções dos grandes Problemas enfrentados pela humanidade, em especial aqueles afetos aosinteresses da Pátria, mostrando a necessidade da evolução social, como forma concreta do bem estardos povos. Procurou também, seguindo os postulados maçônicos, afastar dos graus superiores asuperstição em todas suas formas, inclusive a religiosa, buscando a Fé Racional, fundamentada naTeologia, como expressão da característica Teísta do Rito.

Para alcançar esses objetivos fundamentais, o RITO BRASILEIRO desenvolve nos graus

filosóficos uma estrutura caracterizada pela busca do desenvolvimento social do Homem, através doestudo e solução dos problemas enfrentados pela humanidade, para tal estruturou estes graus deforma que nos graus 4 ao 18, procura analisar o Homem como Indivíduo, estudando os valoressociais, culturais e morais, a pratica individual do bem, tendo como objetivo final a PerfeiçãoHumana; nos graus 19 a 30, busca a análise do Homem como Ser Social, em suas intrincadasrelações psicossociais, através do estudo das atividades humanas relacionadas basicamente aotrabalho, a agricultura, a indústria, ao comércio, a economia e a justiça, fundamentando-se nasciências, nas religiões e na filosofia, buscando alcançar os meios para justa distribuição dos benssociais, criando bases sociais seguras que conduzam a Pátria a Paz, a Ordem e ao Bem Estar Social;nos 31 e 32, o Maçom é conduzido à análise do Homem como Cidadão, os Guardiões do BemPúblico e do Civismo buscam, através do estudo da organização e estrutura das Nações,compreenderem os princípios basilares da Ordem Pública e Social, analisando as diversasexpressões da Liberdade do Homem e dos Povos, dos Direitos e Deveres individuais e sociais, daprática da Política como forma de concretização dos objetivos nacionais e garantia da democracia, edo Civismo como expressão máxima do amor a Pátria; finalmente no grau 33 o Maçom é conduzido àimagem do Homem Ideal, síntese de toda esta trajetória, o Servidor da Ordem e da Pátria, não hámaior Honra que Servir aos seus Semelhantes, a nossa Ordem e a Pátria.

Concluindo, esperamos haver conduzido os Ilustres Irmãos, neste curto passeio pelo RITOBRASILEIRO, a análise e possíveis conclusões do porque de muitos Irmãos associarem o RITOBRASILEIRO ao Patriotismo. Na verdade o objetivo fundamental do Rito é a formação do Maçom,do Homem, de seu tempo, preocupado com os problemas que afetam a Humanidade, em particularcom a sociedade de que ele faz parte, que é capaz de buscar nos ensinamentos do passado, com asdevidas atualizações, o conhecimento necessário para solução dos problemas atuais. Um Maçompreocupado com o bem estar público e social, disposto ao combate a miséria, a imoralidade nagestão do bem público e a opressão social em quaisquer de suas formas alienantes e perversas, e alutar pelo desenvolvimento social através da educação, da melhor distribuição de renda e do direito

inalienável ao trabalho como fonte asseguradora da manutenção do indivíduo e de sua família.O objetivo do RITO BRASILEIRO é formar UM HOMEM, UM BRASILEIRO, UM MAÇOM

JUSTO E PERFEITO.BIBLIOGRAFIA Mui digno GM Eduardo Gomes de Souza Grau 33, Membro

Extranumerário do Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres eAceitos e Grão-Mestre Adjunto do GOERJ.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/02/rito-brasileiro-macons-antigos-livres-e.html

#85

SALA DE AULA - TURMA PARA TODOS OS GRAUS

Meus amados irmãos, tenho nestas passagens de pesquisas observado diversos blogs e sitesnacionais e internacionais e com o único propósito de colher, o que acredito ser, de melhor para onosso aprendizado. Na medida em que avançava, encontrava textos prós e contra para a Maçonaria,com as mais diversas ofensas e em muitas das vezes, sem o respeito nas palavras para com osleitores. Os mais fervorosos, já nos colocam como seguidores do mal, o anti-Cristo, outros noscolocam como adoradores do diabo e por aí vão os mais variados nomes.

Porque isto ocorre? Neste tempo em que me encontro em nossa Ordem, ouvi relatos de Irmãos quetristes ficaram por saberem de irmãos que largaram a Ordem não dando a mínima justificativa, outrosque lutaram para entrar tão somente para tentar expor a Ordem ao ridículo, sem falar dos queabandonaram por nada conseguirem de conquistas materiais, como se a Maçonaria fosse um cabidede emprego ou de fortuna, até porque, traduziram erroneamente a frase “se voce entrar para aMaçonaria, sua vida vai ter uma transformação”, mas que transformação seria esta citada? Talvez onascimento do amor ao próximo ou quem sabe até o nascimento do amor a si mesmo.

Por outro lado, “não podemos esperar das pessoas as nossas reações”, contudo, alguns sitesinsistem em colocar que a Maçonaria é um conduíte entre as organizações políticas da elite global(Clube de Roma, Sociedade Teosófica, rosacruzes, Lucis Trust, World Goodwill, etc.). Inseremneles o reconhecimento da Maçonaria como uma organização religiosa ocultista com a capacidade defazer a ligação entre a religião e a política. Creio que a exposição da Maçonaria Especulativa, deu-se com o passar dos tempos a conotação da “liberdade de expressão maçônica”, sem a serenidadeda reserva de conduta, a prova disto, estão nos sites de algumas Lojas citando basicamente umaIniciação, observando algumas passagens sem a menor preocupação da exposição e

não coloco tão somente aqui no Brasil, temos DVDs com explicações, debates de teólogos eChanceleres italianos e ingleses, inserindo o Grande Conselho Consultivo europeu e com isto, sintoque a nossa Ordem ficou sem a devida proteção, onde muitos de nossos Irmãos perderam suas vidaspara defende-la. Esta transformação ou modernização maçônica, conotam na mudança de valores e ato falho, ao meu ver, que acredito estar faltando até mesmo no questionário para o profano, noquisito “porque voce quer ser Maçom?” e creio que estão esquecendo de inserir também “ondevoce quer chegar sendo Maçom?” Bem, para esta resposta o irmão dirá que o profano poderáresponder qualquer coisa, mas a resposta não está para quem envia e sim para quem a questiona,tendo a profunda análise do aceitar ou não o candidato e isto só poderá acontecer se o Mestre forbem orientado pelo Venerável de sua Loja.

Para mudarmos um conceito de liberdade de expressão, seria necessário que tivessemos

o profundo respeito pela nossa Irmandade, teríamos que ter bem os pés no chão, no conceito deensinar ao Aprendiz e Companheiro, na sua devida proporção, com a suspensão dos AugustosTrabalhos para a passagem de "debates abertos inteligentes" e após os mesmos, o retorno para asOficinas,o que poderia ocorrer uma vez ao mes. Creio também na criação de seminários paraMestres e Veneráveis, na reciclagem de informações enriquecendo da Maçonaria Operativa para aMaçonaria Especulativa, neste mergulho imaginário para melhor entender, com apresentações detrabalhos, com discussões do Grande Conselho de cada Potência e isto para que possamos ter futurosVeneráveis bem mais preparados para defender a Ordem com a certeza da informação para seuscomandados e não por reuniões mensais.

Pensemos meus Amados Irmãos, se falam de nós é porque nós assim deixamos, até porque sófazem na vida conosco, aquilo que nós permitimos e somos nós responsáveis por nossos fracassos epor nossas vitorias, seremos nós responsáveis pelo crescimento de nossa Loja. Temos que abrir maisos nossos corações, ajudando mais o Aprendiz, não permitindo simplesmente o ato mecânico a nossafrente da informação, até porque, somos todos eternos Aprendizes. Pensemos bem meus Irmãos, sóteremos respeito pelos profanos, não importando qual seja a religião do mesmo, se nós Maçons,cumpridores dos nossos deveres com a família e com a Pátria, honrando nossos compromissos comnossos governantes e marchando nas fileiras do exército de nosso GADU, se tivermos realmente aconsciência de estarmos MAÇONS, pois como a vida é apenas uma passagem, estamos e nãosomos.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOTexto de total responsabilidade de Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

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#86

O TEMPO E OS CALENDÁRIOS

Como a nossa vida é relativamente curta, estamos acostumados a pensar em 10 ou 20 anos, por issoum século costuma ser uma referência de um longo período de tempo. Mas temos que nos lembrar deque a história do nosso planeta e da raça humana vai muito mais além do que os livros nos contam.Devemos nos lembrar então que existem períodos de tempo muito maiores, pensando em de milhõese bilhões de anos. O tempo é medido por mudanças e é dessa forma que percebemos o tempo.Existem muitas formas de marcar o tempo como, por exemplo, o pêndulo, relógio de areia,movimento da Lua ao redor da Terra e da Terra ao redor do Sol. São fenômenos físicos cíclicos ouperiódicos, ou seja, se repetem em períodos determinados e sempre iguais.Inicialmente a civilizaçãoocidental pensava que a Terra seria tão velha quanto os seres humanos, possuindo aproximadamente6000 anos, quando Tudo teria sido criado, inclusive o tempo. Uma tentativa de quantificaçãoimportante, considerada em calendários de alguns Ritos até hoje, ocorreu em 1654 quando umarcebispo irlandês calculou, com base em dados bíblicos, que a Terra teria sido criada 4004 anosa.C. Um outro cálculo, feito por um pastor anglicano, chegou em 4000 anos a.C. Atualmente, alémdos calendários, a metodologia de datação absoluta, através dos métodos C14, tem grande aceitação.Estabeleceu-se assim que a Terra teria se formado há 5,0 bilhões de anos, as rochas mais antigas há4,5 bilhões de anos e a vida humana surgiu há 2,0 milhões de anos.Os calendários são as tentativasde elaboração de sistemas que se baseiam em fenômenos astronômicos, envolvendo a posição emovimento do Sol e da Lua. Os primeiros calendários tentavam marcar o início e o fim do inverno everão. O homem logo percebeu que em determinadas épocas do ano o Sol estaria mais próximo oumais afastado da Terra. Assim foram definidos os chamados equinócios, 21 de março e 23 desetembro, datas do ano em que o dia e a noite são exatamente iguais em duração, e solstício, 21 dejunho e 21 de dezembro, datas do ano em que são desiguais. Com o passar dos tempos o sistema decontagem de tempo ficou mais sofisticado, foram elaborados os calendários, que foramaperfeiçoados ao longo da história. Mas o meu objetivo mesmo era definir os calendários queformaram o calendário maçônico.Calendário gregoriano é resultante da reforma do calendáriojuliano e foi introduzido pelo Papa Gregório XIII, onde em cada quatro anos existe um ano bissexto,que está em uso até hoje. Para efeito de acerto para implantação, foi estabelecido na ocasião que odia 04/10/1562 passaria a ser 15/10/1562. Calendário hebraico é lunar e solar ao mesmo tempo eleva em consideração o ano agrícola, religioso e o civil. Se considerarmos o ano agrícola e oreligioso, o ano hebraico se inicia no mês de Nissam, março. Considerando o ano civil, o ano teminício em Tishiri, setembro. Para se calcular o ano no calendário hebraico basta somar ao ano daE.'.V.'. o número 3760.Calendário maçônico gregoriano onde o ano tem início em 21 de março,dividido em 12 meses com 30 ou 31 dias. O 12° mês, fevereiro, possui apenas 28 dias. Tanto os

meses como os dias não recebem denominações especiais. Trata-se na verdade de uma mistura entreos calendários gregoriano e hebraico. Para se saber o ano, acrescenta-se o número 4000 ao ano daE.'.V.'.. O Rito Escocês Antigo e Aceito utiliza, nos Graus Superiores, o calendário hebraico devidoao fato deste Rito ter sido fundado por Irmãos de origem judaica. Este mesmo Rito utiliza no Brasilum calendário baseado no hebraico com início em 21 de março, acrescentando-se ao ano da E.'.V.'. onúmero 4000. O calendário do Rito Moderno, o rito oficial do GOB, atribui aos meses igual númerode dias que o calendário gregoriano, acrescentando o número 4000 ao ano da E.'.V.'., formandoassim o ano da V.'.L.'., quando teria sido criada a Terra e Tudo o que nela existe. Recordando oGênesis: "Faça-se a Luz e a Luz feita" Bibliografia:SPOLADORE, H. 1991 Calendários eMaçonariaPedro Juchem M.'.M.'. - Loja Venâncio Aires II, nº 2369, GOB RS , Or.'. Venâncio Aires,RS, BrasilUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO.Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/02/o-tempo-e-os-calendarios.html

#87

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS

Os três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a todos os ritos maçônicos,representam a essência total de toda a doutrina moral da Maçonaria. Na primitiva Franco-maçonaria,formada pelas organizações de ofício, só existiam os Aprendizes; e os mestres-de-obras eramescolhidos entre os mais experientes Aprendizes. O grau de Companheiro seria criado já nosprimórdios da Maçonaria dos Aceitos também chamada, impropriamente, de Especulativa no séculoXVII; e essa era a situação, quando da fundação, a 24 de junho de 1717, da Pemier Grand Lodge, deLondres, a primeira do sistema obidencial. O grau de Mestre seria criado em 1725, mas sóintroduzido em 1738, pela Grande Loja londrina. A parti daí, iria se concretizar a totalidade dadoutrina moral e da mística da instituição maçônica.

Os três graus simbólicos, síntese do universo maçônico, mostram a evolução racional da espécie

humana, ou seja: intuição (Aprendiz), análise (Companheiro) e síntese (Mestre). O Aprendiz, aindainexperiente, embora guiado pelos Mestres, realiza o seu trabalho de forma praticamente empírica,através da intuição, apenas, representando o alvorecer das civilizações, dominadas pelo empirismo ;o Companheiro, já tendo um método de trabalho analítico e ordenado, simboliza uma mais avançadafase da evolução da mente humana, enquanto o Mestre, juntando, através da síntese, tudo o que estádisperso,, para a conclusão final da obra, representa o caminho derradeiro da mente, na busca daperfeição.

Simbolicamente, nesses três graus, os maçons dedicam-se à construção do templo de Jerusalém,

símbolo das obras perfeitas dedicadas a Deus, de acordo com a concepção da Ordem dosTemplários, criada em 1118 e regida pelos estatutos idealizados por São Bernardo. A construção dotemplo, no caso, representa a construção moral e ética do iniciado. Para a concretização dessesimbolismo, a Maçonaria criou a lenda do terceiro grau, de forte cunho moral, segundo a qual haviaum arquiteto, Hiram Abi ("Hiram, meu pai"), que fora enviado ao rei Salomão por Hiram, rei dacidade fenícia de Tiro, para ser o mestre das obras do templo ; isso, evidentemente, é pura lenda,pois, Hiram Abi era, simplesmente, um entalhador de metais. Diz, também, a lenda, que Hiramdividia os seus obreiros, de acordo com suas aptidões, em graus Aprendiz, Companheiro e Mestre dando-lhes a oportunidade de progredir, pelo seu trabalho. Embora isso também seja, lenda, pois nãohavia Maçonaria na época da construção do templo de Jerusalém e nem graus de Companheiro eMestre (embora alguns ingênuos acreditem nisso), mostra duas lições morais: a cada um segundo assuas aptidões e a cada um segundo os seus méritos. Hiram, a personificação da Sabedoria, acabariasendo morto pela personificação de vícios degradantes, a inveja, a cobiça e a ignorância,

representadas em três Companheiros, que, sem os méritos, procuravam ser Mestres, a qualquer custo(o que também é apenas lenda e não realidade).

Esses traços gerais da lenda já que o seu desenvolvimento e as suas minúcias são reservadas aosiniciados no terceiro grau mostram que o maçom, ao atingir o grau de Mestre, já deve possuir aplenitude do conhecimento iniciático, moral, social e metafísico, necessário e pertinente aosobjetivos da Ordem maçônica, restando-lhe, então, o trabalho, sempre constante, na busca daperfeição, nunca atingida, mas sempre perseguida, pois ela é o estímulo sempre presente na vida doser humano.

Terá, então, o Mestre, a humildade de se prostrar perante os grandes mistérios da vida e os

insondáveis escaninhos da Natureza, despojando-se de todas as vaidades, incluindo-se, entre elas, abusca desvairada dos galardões, símbolos da fatuidade, e a busca da ascensão a qualquer custo,numa escala que quase nunca reflete um conhecimento apreciável e um desejável mérito pessoal.Deverá, então, o Mestre, lembrar-se, sempre, de que a verdadeira beleza é a interior, mesmo que oexterior não seja coruscante e não brilhe em faíscas de ouro e prata, pois o maçom, o verdadeiromaço, o maçom integral é um Mestre pelas suas qualidades mentais e espirituais e não por suaposição na escala, ou por seus vistosos paramentos. O hábito não faz o monge, diz a velha sabedoriapopular, e se pode até acrescentar que um muar ajaezado de ouro nunca poderá ser confundido comum corcel de alta linhagem.

Na Loja Simbólica, verdadeira e única essência da Maçonaria universal, o iniciado percorre umlongo caminho, desde as trevas do Ocidente até à luz do Oriente, tendo o seu lugar de acordo com assuas aptidões e a sua ascensão de acordo com os seus méritos. Sua ascensão não deverá, nunca, serdevida a favores pessoais, a apadrinhamentos, a rapapés e bajulações, ou ao poder corruptor dosmetais, expedientes, esses, tão comuns na sociedade, em geral, mas excluídos dos templos daverdadeira Maçonaria, desde os seus primórdios, nos velhos tempos em que só existiam Aprendizese Companheiros, que usavam um simples avental de couro, símbolo humilde do trabalho, sem asriquezas flamejantes de uma nababesca farrambamba. Acham, muitos maçons desavisados, que osgraus simbólicos são secundários e representam um mero apêndice da maçonaria, uma etapa primáriae elementar, um trampolim para grandes escaladas, quando, na realidade é basilar e relevante a suaimportância a ponto deles constituírem, segundo consenso, a "pura Maçonaria" --- pois, comoalicerces de toda a estrutura maçônica universal, nada mais existiria de maçônico sem eles, restandoapenas as honorificências, de que o mundo não maçônico é tão prenhe.

BIBLIOGRAFIA Texto extraído do livro "Liturgia e Ritualística do Grau de MestreMaçom" Editora A Gazeta Maçônica - 1987Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/02/importancia-dos-graus-simbolicos.html

#88

O RITO DA FLORESTA

Ao confrontarmos esta realidade percebemos dois lados distintos de um mesmo material, o ladoda vida e o lado da morte, ao lado da vida a madeira é o instrumento que impulsionou o progresso dahumanidade, servindo de templo a deus e de refúgio aos homens. Ao lado da morte, confrontamos amorte da madeira onde ela incendeia e vira cinzas sacrificando assim o seu corpo para nos alimentarcom o calor produzido pela sua queima, na verdade ela apenas sofre uma metamorfose,transformando a sua forma, mas mantendo o seu espírito, pois uma vez queimada ela vira cinzas evolta para a terra de encontro ao seu criador de onde um dia brotou. "...Porque há esperança para aárvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos..." (JÓ 14.7)Ao lançar uma semente ao solo o homem espera o nascer de uma planta e enxerga apenas mais umaárvore ao longo do campo, mas nós não somos apenas homens meus caros Primos Fendedores, nóssomos iniciados nos mistérios da natureza e vimos à luz do mundo proveniente do Grande Arquitetodo Universo, para nós o sentido da semente deve ser mais amplo, pois podemos nos comparar a umasemente lançada ao solo, ao semear o solo em uma mesma cova, várias sementes são lançadas com aesperança que uma delas nasça e vire uma bela árvore, não muito diferente do nosso inicio da vidaonde dentro do útero milhares de espermatozóides nadam ao atingir o óvulo a ser fecundado, aárvore ao ser germinada recebe o sopro da vida assim como nós ao sermos criados recebemos nossaalma e o sopro do GADU que nos ilumina e nos cede um pouco da sua luz para que caminhemossobre a terra, o crescer de uma planta se assemelha ao nosso crescimento onde temos que lutar parasobreviver a cada dia, ambos precisamos de água e tememos sucumbir durante a vida, ambosfazemos grandes esforços para que os nossos frutos sejam férteis e úteis e que maior satisfação paranós do que saber que os nossos frutos alimentaram alguém e o fizeram crescer e se tornar feliz, todosnós lutamos a cada dia para subir mais um degrau na escada de Jacó assim como a árvore traça o seucaminho vertical, na velhice nos contentamos em fazer uma boa sombra para os que estiverem anossa volta e ao deixar este mundo partimos felizes por ter deixado um legado de felicidade ondemuitos se lembraram de nós pelos frutos que deixamos ou por nossa majestosa presença. "...O frutodo justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio é..." (PROVÉRBIOS 11.30)

A potencia natural da árvore e da madeira está descrita através dos tempos, serviu de cruz paraJesus, de combustível para a fogueira onde aqueceu muitos povos, mas também consumiu muitacarne, como na dualidade da vida o homem também pode percorrer dois caminhos o da madeirausada para construir e aquecer e aquele usado para destruir, assim como a dualidade da vida aárvore que já viu enforcarem muitos em seus galhos serviu de casa e lar. "... Inseparável do fogo,portanto da luz, a sombra. A sombra da árvore que, gira em torno de si forneceu o primeiro

relógio solar, o primeiro quadrante solar...". O bastão é de fato o princípio das ferramentas detrabalho é a mola impulsionadora da Ao lançar uma semente ao solo o homem espera o nascer deuma planta serviu como primeiro elemento de manejo, originado a partir deste as ferramentas queseriam usadas no manejo da madeira e mais tarde da pedra, serviu também de símbolo de poder.

O Ritual da Floresta teve seu surgimento associado às confrarias de fendedores (lenhadores), quededicavam a vida ao culto da madeira e a alquimia que consistia na transformação da matéria vivaem objetos de serventia ao homem. A sua técnica e a transmissão de seus segredos de ofício foramincorporados aos rituais que permitiam que o bom fendedor realizasse o trabalho com maestria eseguindo as leis naturais. Com o Ritual da Floresta os fendedores buscavam o seu caminho até Deususando como base de ensinamento as suas técnicas copiadas do seio da floresta e assim associadas àpresença do criador, extraindo o caminho moral a partir de seus instrumentos de ofício.

Este rito era praticado nas grandes florestas da França, Suíça, Noruega, Alemanha e Áustria, oritual tem sua fonte provável nos Carpinteiros anteriores, os mais antigos, com grande influênciacristã, sendo essencial a todos os carpinteiros de todas as especialidades e os Bons PrimosFendedores. A natureza nos traduziu grande parte de nossos rituais e da nossa cultura ela ensina omodo de ser e de agir, podemos colher dentro de uma floresta milhares de ensinamentos aoobservarmos um único ramo de um galho, como disse Hermes o Trimegisto "tudo que está em cima,está em baixo" ou seja, a terra é um espelho do céu e os ensinamentos de Deus podem ser notados aoobservarmos a harmonia de uma floresta. No seio da floresta muitos ritos e rituais nasceram oschamados pagãos tentavam encontrar Deus através da natureza e muitos por isso foram condenadospor praticas de bruxaria, porem muitos foram respeitados e hoje sabemos que foram percussores daatual maçonaria, os Druidas, por exemplo, eram magos da virtude e os seus rituais aconteciam dentrodas florestas associando o homem ao poder da natureza e construindo assim o saber básico daformação da vida.

P. - Quantas madeiras um irmão deve conhecer? R. - Quatro. P. - Quais são elas? R - Ocarvalho, o ulmeiro, a espinheira e o cedro. P. - Dê-me uma explicação. R. - O ulmeiro é amadeira que serviu para fazer o ataúde de nosso senhor, o carvalho a cruz onde ele expirou, aespinheira a coroa que lhe foi colocada o cedro onde Judas se enforcou.

Muito antes dos pedreiros livres terem surgido, os madeireiros livres já existiam, as confrariasde madeira são muito anteriores as de pedra, muitos dos rituais hoje existentes foram extraídos destasconfrarias que já existiam há séculos, Hiran Abiff ao ser convidado a participar da construção dotempo de Salomão já trouxe consigo todo o conhecimento necessário para trabalhar na madeira, poisseu pai prevendo que o filho seria um grande mestre construtor e necessitaria deste conhecimento já ohavia introduzido na confraria dos "Bons Primos Fendedores" onde este aprendeu e desenvolveu asua técnica de construção, trabalhando nas florestas do Líbano tanto na sua confraria como em obrasde destaque, razão pela qual sua fama cresceu e seu nome foi especialmente escolhido por Hiram Reide Tiro para tomar parte nos trabalhos de construção no Templo de Jerusalém. "...A natureza é um

Templo onde pilares vivos às vezes deixam escapar confusas palavras, o homem passa porflorestas de símbolos que observam com olhares familiares..."

João disse: (O Senhor) "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... E já está posto omachado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada nofogo... ...Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem apósmim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará noEspírito Santo, e em fogo... ... ele queimará a palha em fogo inextinguível." (Mateus 3.8, 3.10, 3.11 e3.12) "...Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor... ...Porque é como aárvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quandovem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de darfruto..." (JEREMIAS 17.7 e 17.8) "...No monte alto de Israel o plantarei; e produzirá ramos, edará fruto, e se fará um cedro excelente. Habitarão debaixo dele aves de toda a sorte; à sombrados seus ramos habitarão... ...Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati aárvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca; eu, oSenhor, o disse, e o farei..." (EZEQUIEL 17.23 e 17.24)

Como vimos à madeira a árvore e a vida estão intimamente ligadas o elo fundamental que

transmite a força entre os seres, o raio de luz vindo do supremo árbitro dos mundos é uno e estável eage de forma a transmutar a matéria inerte em força de vida, ela une o homem à natureza e cria laçosinseparáveis numa relação de harmonia com a base da vida. Estas poucas palavras apenas servirampara que os Primos possam ter uma idéia dos Sagrados Rituais das Florestas, e de sua relação com ohomem e com a maçonaria. A verdade é um pelicano de asas abertas à espera do abraço acolhedorda busca do conhecimento, este texto não encerra o assunto nem é absoluto em pensamento, eleapenas abre as portas do conhecimento para que cada um possa iniciar a sua busca peloconhecimento gravado no seio da natureza. "Aquele que escuta a voz do vento e se cala diante docarvalho, ganha a sabedoria das coisas que inertes transmitem mais palavras do que um oradoreufórico" Ir.'. Flávio uma citação inspirada após a leitura deste maravilhoso livro.

BIBLIOGRAFIAOs Sagrados Rituais Maçônicos das Florestas, Príncipe Asklépius D'Sparta. Ed Madras, São

Paulo, 1998.Biblia Sagrada Flávio Dellazzana, M.'. M.'.A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'., BRASILUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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BANQUETE RITUALÍSTICO

Joaquim Gervásio de Figueiredo diz que o banquete é uma festividade maçônica realizada emLoja ou Oficina de Banquete, em grau de Aprendiz, para que dele possam participar todos osmaçons. Ele afirma, ainda, que “embora seja uma tradição muito antiga, as primeiras regrasnormativas dessa cerimônia datam de 1721 e referiam-se aos banquetes anuais realizados no dia deSão João Batista, por motivo da eleição do Grão-Mestre da Grande Loja de Inglaterra...” Quanto aoságapes o mesmo autor assim se expressa, in verbis: “ÁGAPES (gr.). Refeição em que os cristãosprimitivos se reuniam para comemorar a última ceia de Jesus Cristo com seus discípulos, e davam-semutuamente o ósculo de paz e fraternidade. Estava associada à Eucaristia. Ambas essas cerimôniasforam depois separadas, e por último os ágapes foram suprimidos pela Igreja, alegando prática deabusos. A Maçonaria o conserva nos graus capitulares.” (o destaque é da transcrição) Rizzardo daCamino , em síntese, assim se manifesta sobre o banquete: A Maçonaria moderna (1723) elegia osseus dirigentes por ocasião das reuniões convocadas para o banquete, tendo sido sempre ao redor deuma mesa que se tomavam as decisões importantes e como exemplo cita a Ceia do Senhor e a dosCavaleiros da Távola Redonda. Segundo este autor, o vocábulo banquete está em desuso entre nós,tendo sido substituído pela palavra “ágape”, como, por exemplo, ocorre após as Iniciações, quandodeve haver uma confraternização festiva e essa abrange o comer e o beber com moderação. Rizzardoda Camino diz ainda que “a origem da palavra é simplória; como para tomar um lugar na mesa, comcomodidade é preciso sentar-se, isso era feito nos ‘bancos’, de onde derivou a palavra Banquete”.

Quanto ao ágape, assim se expressa o autor: “ÁGAPE – De origem grega, significando, amor;termo usado nos tempos do cristianismo primitivo; reunião para refeições entre os que se amam.Nessas refeições, e o exemplo marcante foi a Santa Ceia, os Discípulos reuniram-se com o Mestrepara comer o cordeiro pascal, com pão e vinho; o significado de hoje seria a comunhão litúrgica.Ágape, com acentuação proparoxítona, é o termo usado em maçonaria para as reuniões de refeição;no Grau 18, o de Príncipe Rosa Cruz, os trabalhos são conclusos com esse Ágape.”

II – INTRODUÇÃOComo visto, ágape era uma refeição que os antigos (primitivos) cristãos faziam em comum. Eles

se reuniam em torno de uma mesa disposta em formato de ferradura, pois para eles esta disposiçãotransmitia a idéia de imagem do céu em suas épocas solares. Assim, a reunião de mesa tinha o cunhoritualístico religioso. Era o Kidush. O Kidush (da raiz hebraica kodesh = sagrado ) significa“santificação, sagração” e era realizado na véspera de uma festa religiosa, ou na véspera do shabat(sábado), para realçar a santificação do dia. A última ceia de Jesus com os apóstolos foi um Kidush,que precedeu à Pêssach (Páscoa).A realização de Kidush, muito comum entre os essênios, deu origem à eucaristia, haja vista que a

Igreja herdou muitas das práticas hebraico-judaicas. Assim, a Liturgia Eucarística da Missa é umadas partes em que a influência hebraica mais se manifesta . A Oração Eucarística é considerada oponto central da ação de graças e consagração em que se revive a última Ceia de Jesus, quando,lançando as bênçãos sobre o pão e o vinho, ele os distribui entre os convivas; depois da devidapreparação, realiza-se a Comunhão entre os fiéis, que se reveste do recebimento do corpo e dosangue do Cristo, como alimento espiritual. Também, entre os demais povos da antiguidade, osbanquetes eram freqüentes. Qualquer evento extraordinário se transformava em motivação para queuma família, uma associação ou um grupo social se reunisse, para comemorar ao redor de uma mesa.Além dos hebreus, que demonstravam particular prazer com suas festividades, os egípcios e osgregos as celebravam, com singular recolhimento de convidar os deuses para os seus banquetessagrados. De igual forma, os romanos não se esqueciam de convidar os Deuses festins, colocando-osem leitos que circundavam as mesas guarnecidas com iguarias. Os Maçons, co-participando dosbanquetes primitivos, mantiveram as tradições antigas, realizando um belo culto ao simbolismo emseus dias festivos. Segundo Castellani , “por herança recebida dos membros das organizações deofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática chegou à Maçonariamoderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações operativas. Como as datasdos solstícios são, aproximadamente, 22 de junho e 22 de dezembro, muito próximas das datascomemorativas de São João Batista - 24 de junho - e de São João Evangelista - 27 de dezembro –elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando a atualidade. Hoje a possedos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ouem data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira obediência Maçônica do mundo, aPremier Grand Lodge, foi fundada em 1717, em Londres, no dia de São João Batista”. Há que serfeito um registro, ainda que não diretamente vinculado ao tema, mas para que possa ter uma visãoampla, e não estreita, do assunto envolvendo a Loja de Mesa ou Banquete Ritualístico.A Maçonaria da atualidade, denominada como especulativa, deveria, na verdade, ser conhecidacomo Maçonaria dos Aceitos, haja vista que a forma atual da instituição maçônica somente seiniciaria no final do século XVI, quando foi aceito o primeiro homem não ligado à arte de construir,em 1600, na “St. Mary’s Chapell Lodge” (Loja da Capela de Santa Maria), em Edimburgo, naEscócia. Desde então, as organizações operativas, devido ao declínio da arquitetura gótica, parasobreviver passaram a admitir homens não ligados à arte, em geral pessoas de destaque nasociedade, os quais passaram a ser denominados de Maçons Aceitos. Este processo de aceitaçãoprogrediu com tal velocidade que ao final do século XVII o contingente de aceitos superava,largamente, o de operativos, propiciando a criação da primeira Obediência Maçônica da história, aPremier Grand Lodge, de Londres, no início do século XVIII, precisamente no dia 24 de junho de1717.A Premier Grand Lodge foi fundada por quatro Lojas de Londres, mas esta novidade (sistemaobediencial) não foi bem aceita pelos demais Maçons ingleses, das Lojas livres, os quais criticavam,

entre outras coisas, a descristianização dos Rituais, passando a tratar os membros da Grande Lojacomo “modernos”. A 17 de julho de 1751, para combater os “Maçons Modernos”, uma assembléiade Maçons declarava a intenção de reviver a Antiga Arte Real, segundo os verdadeiros princípiosmaçônicos. Na seqüência foi instalada uma outra Grande Loja denominada de Grande Loja dos“Antigos”, formada, em sua maioria, por Maçons Irlandeses, residentes em Londres. Em 27 dedezembro de 1813, ou seja, mais de sessenta anos depois, foi consumada a união das duasObediências Maçônicas, da qual resultou a United Grand Lodge of England (Grande Loja Unida daInglaterra). Daí, então, a adoção pela Maçonaria das datas de 24 de junho e 27 de dezembro e,provavelmente, por conseqüência, os dois São João – o Batista e o Evangelista – terem se tornado ospadroeiros das Lojas de aceitos, de diversos Ritos até a atualidade. Apesar de Castellani dizer que“essas Lojas são chamadas de São João, provavelmente em decorrência do título que as corporaçõesde construtores tinham, na Idade Média: Confraternidade de São João”.

O que é de conhecimento geral é que as festas de São João Batista, a 24 de junho – solstício deinverno, em nosso hemisfério – e de São João Evangelista – solstício de verão, em nosso hemisfério– são celebradas pelos Maçons com Sessões Especiais. Como não se sabe a qual São João grandeparte da Maçonaria honra como padroeiro, os dois são aceitos como tal. Mas, a maioria dos autoresdestaca São João Batista como o verdadeiro padroeiro, por ter sido ele tomado como patrono pelosmembros das sociedades de construtores romanos – os “collegiati” – convertidos ao cristianismo, eainda pelo fato de os colégios de arquitetos celebrarem, assim como os povos da antiguidade,naquele hemisfério (Norte), o solstício de verão. Esta tese foi reforçada pela fundação da primeiraObediência Maçônica do mundo – a Premier Grand Lodge – a 24 de junho de 1717.

III – LOJA DE MESAPassemos, então, ao conjunto de procedimentos que são utilizados no decorrer de uma Loja de Mesaou, como coloquialmente vem sendo denominado, de um Banquete Ritualístico. O que é um BanqueteRitualístico? É a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa derefeições. De maneira geral, o Banquete Ritualístico deve ser realizado nos edifícios maçônicos, emsalas apropriadas. Pode, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo estejadisposto de maneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que o BanqueteRitualístico deve estar a coberto dos olhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística. Comodito, o Banquete Ritualístico, antigo costume maçônico, deveria ser realizado pelo menos uma vezpor ano, de preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisférioNorte). Os solstícios ocorrem quando o Sol atinge sua posição mais afastada do equador terrestre:para o hemisfério sul, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral(meridional, sul), enquanto o solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge sua posição maisboreal (setentrional, norte).

O solstício de inverno, em nosso hemisfério, ocorre a 21 de junho, que é, então, a época maispropícia para o Banquete Ritualístico, embora muitas Oficinas o realizem no dia 24 de junho,

aproveitando o solstício e homenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista,conforme visto na Introdução deste trabalho. O Banquete Ritualístico também pode ser realizado nosolstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, ou a 27 de dezembro, em homenagem aSão João, o Evangelista. Tudo o que é usado no Banquete Ritualístico tem um nome simbólico,ligado à arte de construir, aos materiais de construção e aos instrumentos necessários ao trabalho deedificação, são seguintes os nomes simbólicos: • Areia amarela: a pimenta do reino • Areiabranca: o sal • Armas, ou Canhões: os copos • Bandejas: as travessas • Bandeja grande: a mesado banquete • Bandeiras: os guardanapos • Bandeira grande: a toalha de mesa • Barricas: asgarrafas • Demolir os materiais: comer • Espadas, ou Alfanjes: as facas • Fazer fogo: beber •Materiais: as iguarias servidas na Loja de Mesa • Picaretas: os garfos • Pólvora amarela: acerveja • Pólvora forte: o vinho, ou o licor • Pólvora fraca: a água • Pólvora preta: o café •Telhas: os pratos

A mesa do banquete é disposta em forma de ferradura, com as extremidades correspondendo aoOcidente e a cabeceira (mesa de honra), ao Oriente. O Venerável Mestre ocupa o centro da parte damesa que constitui o Oriente, tendo, à sua esquerda, os Mestres Instalados e, se for o caso, oVenerável de Honra, e, à sua direita, as Dignidades do Simbolismo, presentes à sessão. Os demaisOficiais e Dignidades, colocam-se como em Loja, ou seja: O Orador e o Secretário colocam-se nasextremidades da mesa de honra, frente a frente; ao lado deles, colocam-se o Chanceler e oTesoureiro, tendo, junto a si, o Hospitaleiro; o 2º Vigilante senta-se na metade do lado Sul, ou naextremidade ocidental, ou sudoeste, da mesa (da ferradura); na metade da mesa do lado Norte,coloca-se o Experto; o 1º Vigilante ocupa a extremidade noroeste da mesa, variando a posição,conforme o rito (inversão dos lugares dos Vigilantes, Orador, Secretário, etc.); o Mestre deCerimônias fica próximo à extremidade, ao Norte, junto ao 1º Vigilante e à disposição deste;finalmente, o Cobridor fica na extremidade sudoeste, de frente para o Oriente (se ali estiver o 2ºVigilante, ficará ao lado dele). Os demais obreiros colocam-se à vontade, em torno da mesa, semprena parte externa da ferradura, com Aprendizes e Companheiros ocupando o mesmo local que lhescompete nos templos. Se o espaço na parte externa não for suficiente, admite-se a ocupação de algunslugares na parte interna. Na mesa deve ter uma fita estreita, azul ou encarnada, conforme o Rito,indicativa do alinhamento das armas. Na parte interna da mesa, sobre um pedestal colocado junto àmesa de honra, à frente do Venerável Mestre, estarão as Três Grandes Luzes Emblemáticas daMaçonaria (o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso), dispostas no grau de Aprendiz Maçom. Isso éfundamental, pois não pode haver sessão ritualística sem a presença das Três Grandes LuzesEmblemáticas.

Sobre a mesa de honra, diante do Venerável, estará um candelabro de sete braços (o menoráhebraico), um pedaço de pão e um copo de vinho tinto; à frente do 1º Vigilante, estará um candelabrode cinco braços e, à frente do 2º Vigilante, um candelabro de três braços. A presença do pão e dovinho é uma lembrança do ritual hebraico de kidush , incrementado pelos essênios. Todos os

participantes da Loja de Mesa estarão paramentados e as Dignidades e Oficiais usarão as jóias deseus cargos. Algumas Obediências costumam recomendar que não sejam usados os aventais, poiseles seriam reservados para os trabalhos da Loja no templo; isto, todavia, não é correto, pois, emqualquer sessão ritualística, o maçom deve portar o seu avental, sem o qual será considerado comose estivesse nu. Também recomendam, muitas Obediências, principalmente européias, que, além dobanquete ritualístico, realizado por ocasião do solstício de inverno, seja realizado um outro, emforma "profana", por ocasião do solstício de verão. Nessa oportunidade, é recomendada umaexcursão ao campo, para o reencontro com o Sol e a Natureza, em sua plenitude, seguida debanquete, com a presença de familiares e amigos dos maçons da Loja.

IV – CONCLUSÃOA Loja de Mesa ou Banquete Ritualístico reveste-se de uma cerimônia sagrada, que deveria ser

praticada pelas Lojas, anualmente, com toda solenidade, nas duas grandes festas tradicionais e,eminentemente simbólicas, que são as chamadas Festas Solsticiais ou de São João. Nessas festas sãocelebrados os Banquetes Fraternais. Algumas Lojas realizam, anualmente, o Banquete Ritualístico,por ocasião da data de sua fundação. Este é o caso da Augusta Respeitável, Estrela da DistinçãoMaçônica, Loja Simbólica Águia do Planalto, fundada em 7 de setembro de 1969, que realiza, desdeo ano de 1999, o seu banquete ritualístico em data próxima à de fundação. O Banquete Ritualístico,como visto, tem reminiscências antiqüíssimas – Ceia dos Apóstolos, Ceia Pascoal dos Judeus e osÁgapes do Amor dos Cristãos – razão pela qual deve se revestir da maior seriedade. Não é umabrincadeira. É uma comunhão fraternal, razão pela qual é realizado longe das vistas profanas,portanto, deve ser evitado o excesso de bebida e de comida. Infelizmente, em algumas ocasiões, temse presenciado, neste tipo de Ágape Sagrado, mera festa de comilança.

O Banquete Ritualístico é um momento de confraternização, que é exercer uma confraternidade,em nome de todos os Maçons do orbe terrestre, de salientar os laços que unem os Irmãos dessaOrdem Universal. Neste momento deve-se estar conectado com o Grande Arquiteto do Universo,entendendo que, no momento dessa confraternização, dever-se-ia estar recebendo o mesmo alimentoespiritual, alimento propiciador de uma ligação espiritual forte, mantenedora de um laço invisível einquebrantável, que deve estar isento de qualquer mácula, pois advém de seres Iniciados. LOJA DEMESA

Por: José Castellani , do livro Dicionário de Termos Maçônicos.É a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa de refeições.É também chamada, embora impropriamente, de banquete ritualístico.De maneira geral, a Loja de Mesa deve ser instalada nos edifícios maçônicos, em salas

apropriadas. Podem, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo seja disposto demaneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que a Loja de Mesa deve ser coberta aolhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística.

A Loja de Mesa, antigo costume maçônico, deve ser instalada pelo menos uma vez por ano, de

preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisfério Norte). Ossolstícios ocorrem quando o Sol atinge sua posição mais afastada do equador terrestre : para ohemisfério sul, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral (meridional,sul), enquanto o solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge sua posição mais boreal(setentrional, norte). Este último ocorre a 21 de junho, que é, então, a época mais propícia para aLoja de Mesa, embora muitas Oficinas a realizem no dia 24 de junho, aproveitando o solstício ehomenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista. Também pode, ela, serrealizada no solstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, ou a 27 de dezembro, emhomenagem a São João, o Evangelista. Nos primórdios da Franco-Maçonaria, ainda na de ofício, ouoperativa, eram comuns, nos solstícios, esses repastos fraternais; posteriormente, por influência daIgreja e dada a proximidade dos solstícios com as datas dedicadas aos dois São João, eles passarama ser realizados nestas. Também recomendam, muitas Obediências, principalmente européias, que,além do banquete ritualístico, realizado por ocasião do solstício de inverno, seja realizado um outro,em forma "profana", por ocasião do solstício de verão. Nessa oportunidade, é recomendada umaexcursão ao campo, para o reencontro com o Sol e a Natureza, em sua plenitude, seguida debanquete, com a presença de familiares e amigos dos maçons da Loja.

Obra Transcrita pelo Valoro Ir .’. Marcos A. P. NoronhaV.’.M.’. da Loja UniversitáriaOrdem, Luz e Amor nº 3848Ex- V.’. M.’. da Loja Águia do Planalto nº 1767 (biênios 1999-2001e 2001-2003)Atual Pres. da Comissão de Graus da Loja Águia do PlanaltoNos Altos Corpos doREAA é o atual Aterzata do Capítulo Estrela de BrasíliaREFERÊNCIABIBLIOGRÁFICA:CAMINO, Rizzardo da. Dicionário Maçônico. 2a. Edição. Rio de Janeiro.Editora Aurora, 1991.CARVALHO, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos – Cargos em LojaNº 1. 3a. Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 1988.CASTELLANI, José.Cadernos de Estudos Maçônicos – Consultório Maçônico II. 1a. Edição. Londrina. EditoraMaçônica “A Trolha” Ltda, 1989.CASTELLANI, José. Dicionário de Termos Maçônicos. 1a.Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 1989.CASTELLANI, José. Loja deMesa. 1a. Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 2004.FIGUEIREDO, JoaquimGervásio de. Dicionário de Maçonaria. 2a. Edição (revista e ampliada). São Paulo. EditoraPensamento, 1974.GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Rituais Especiais. Ritual de Banquete.Aprovado pelo Decreto nº 0259, de 26 de maio de 1999 da E?V?ZOCCOLI, Hiran Luiz.Cadernos de Estudos Maçônicos Nº 6 – A Iniciação Maçônica. 1a. Edição. Londrina. EditoraMaçônica “A Trolha” Ltda, 1989.Em astronomia, zênite (br.) ou zénite (pt.) é o ponto superiorda esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador na superfície do astro onde seencontra (isto é, o exato ponto acima de sua cabeça), ou a interseção da vertical superior dolugar com a esfera celeste. É o marco referencial de localização de posições de objetos celestes.O zênite também denominado auge, apogeu, culminância opõe-se a nadir.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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FÉ - ESPERANÇA - CARIDADE

Na escada de Jacó lá estão destacadas essas três palavras A FÉSou a irmã mais velha da Esperança e da Caridade. Chamo-me Fé. Sou grande e forte. Aquele queme possui não teme o ferro nem o fogo, pois ele é à prova de todos os sofrimentos físicos e morais.Irradio sobre vós com um facho cujos jatos brilhantes se refletem no fundo dos vossos corações evos comunico a força e a vida. Entre vós, dizem que transporto montanhas, mas eu vos digo: venhoerguer o mundo, porque o Espiritismo é a alavanca que me deve ajudar. Uni-vos a mim. Eu venhoconvidar-vos. Eu sou a Fé.

Eu sou a Fé! Moro com a Esperança, a Caridade e o Amor, no mundo dos Espíritos Puros. Muitasvezes deixei as regiões etéreas e vim à Terra para vos regenerar, dando-vos a vida do Espírito. Mas,fora os mártires dos primeiros tempos do Cristianismo e alguns fervorosos sacrifícios de tempos emtempos, ao progresso da Ciência, das letras, da indústria e da liberdade, não encontrei entre oshomens senão indiferença e frieza, e tristemente retomei o meu voo para o Céu. Julgais-me em vossomeio, mas vos enganais, porque a Fé sem obras é um simulacro de Fé. A verdadeira Fé é vida eação. Antes da revelação do Espiritismo a vida era estéril; era uma árvore ressequida pelos raios eque nenhum fruto produzia. Reconhecem-me por meus atos: eu ilumino as inteligências; aqueço efortaleço os corações; afasto para bem longe as influências enganadoras e vos conduzo para Deuspela perfeição do espírito e do coração. Vinde colocar-vos sob minha bandeira. Eu sou poderosa eforte. Eu sou a Fé. Sou a Fé, e o meu reino começa entre os homens, reino pacífico que os tornaráfelizes no presente e na eternidade. A aurora do meu aparecimento entre vós é pura e serena; seu solserá resplendente e seu ocaso virá docemente embalar a Humanidade nos braços de eternasfelicidades. Espiritismo! Derrama sobre os homens o teu batismo regenerador. Eu lhes faço um apelosupremo. Eu sou a Fé.

GEORGES, bispo de PérigueuxA ESPERANÇAMeu nome é Esperança. Sorrio à vossa entrada na vida; sigo-vos passo a passo e não vos deixo

senão nos mundos onde para vós se realizam as promessas de felicidade, incessantementemurmuradas aos vossos ouvidos. Sou vossa fiel amiga. Não repilais minhas inspirações. Eu sou aEsperança. Sou eu que canto através do rouxinol e que solto, aos ecos das florestas, essas notaslamentosas e cadenciadas que vos fazem sonhar com o Céu. Sou eu que inspiro à andorinha o desejode aquecer os seus amores ao abrigo de vossas moradas; que brinco na brisa ligeira que acaricia osvossos cabelos; que espalho aos vossos pés o suave perfume das flores dos vossos canteiros, e quasenão pensais nesta amiga tão devotada! Não a repilais: é a Esperança!

Tomo todas as formas para me aproximar de vós: Sou a estrela que brilha no azul; o quente raio

de sol que vos vivifica; embalo as vossas noites com sonhos ridentes; expulso para longe as negraspreocupações e os pensamentos sombrios; guio vossos passos para o caminho da virtude;acompanho-vos nas visitas aos pobres, aos aflitos, aos moribundos, e vos inspiro palavras afetuosase consoladoras. Não me repilais. Eu sou a Esperança. Eu sou a Esperança! Sou eu que, no inverno,faço crescer na casca dos carvalhos o musgo espesso com que os passarinhos fazem seus ninhos; soueu que, na primavera, corôo a macieira e a amendoeira de flores rosas e brancas e as espalho sobre aTerra como um tapete celeste, que faz aspirar a mundos felizes. Estou convosco principalmentequando sois pobres e sofredores, e minha voz ressoa incessantemente aos vossos ouvidos. Não merepilais. Eu sou a Esperança. Não me repilais, porque o anjo do desespero me faz uma guerra cruel ese esgota em vãos esforços para junto de vós tomar o meu lugar. Nem sempre sou a mais forte, equando ele consegue me afastar vos envolve com suas asas fúnebres; desvia os vossos pensamentosde Deus e vos conduz ao suicídio. Uni-vos a mim para afastar sua funesta influência, e deixai-vosembalar docemente em meus braços, porque eu sou a Esperança. FELÍCIA, filha da médium.

A CARIDADEEu sou a Caridade, sim, a verdadeira Caridade. Em nada me pareço com a caridade cujas práticas

seguis. Aquela que entre vós usurpou o meu nome é fantasista, caprichosa, exclusiva, orgulhosa.Venho premunir-vos contra os defeitos que, aos olhos de Deus, empanam o mérito e o brilho de suasboas ações. Sede dóceis às lições que o Espírito de Verdade vos dá por minha voz. Segui-me, meusfiéis: eu sou a Caridade. Segui-me. Conheço todos os infortúnios, todas as dores, todos ossofrimentos, todas as aflições que assediam a Humanidade. Sou a mãe dos órfãos, a filha dos velhos,a protetora e suporte das viúvas. Curo as chagas infectas; trato de todos os doentes; visto, alimento eabrigo os que nada têm; subo aos mais humildes tugúrios e às mais miseráveis mansardas; bato àporta dos ricos e poderosos porque onde quer que exista uma criatura humana, há, sob a máscara dafelicidade, dores amargas e cruciantes. Oh! Como é grande minha tarefa! Não poderei cumpri-la senão vierdes em meu auxílio. Vinde a mim: eu sou a Caridade.

Não tenho preferência por ninguém. Jamais digo aos que de mim necessitam: “Tenho os meuspobres; procurai alhures.” Oh! falsa caridade, quanto mal fazes! Amigos, nós nos devemos a todos.Crede-me. Não recuseis assistência a ninguém. Socorrei-vos uns aos outros com bastantedesinteresse para não exigirdes reconhecimento da parte dos que tiverdes socorrido. A paz docoração e da consciência é a suave recompensa de minhas obras: eu sou a verdadeira Caridade.Ninguém sabe na Terra o número e a natureza de meus benefícios. Só a falsa caridade fere e humilhaaqueles a quem beneficia. Evitai esse funesto desvio. As ações desse gênero não têm mérito peranteDeus e atraem a sua cólera. Só ele deve saber e conhecer os generosos impulsos de vossos corações,quando vos tornais os dispensadores de seus benefícios. Guardai-vos, pois, amigos, de darpublicidade à prática da assistência mútua; não mais lhe deis o nome de esmola; crede em mim: eusou a Caridade. Tenho tantos infortúnios a aliviar que por vezes tenho os seios e as mãos vazios.Venho dizer-vos que espero em vós. O Espiritismo tem como divisa Amor e Caridade, e todos os

verdadeiros espíritas quererão, no futuro, conformar-se a esse sublime preceito ensinado pelo Cristohá dezoito séculos. Segui-me, pois, irmãos, e eu vos conduzirei ao Reino de Deus, nosso pai. Eu soua Caridade. ADOLFO, bispo de Argel.

Instruções dadas por nossos Guias sobre as três comunicações acima. Meus amigos, vós deveister pensado que um de nós havia dado os ensinamentos sobre a fé, a esperança e a caridade. E tínheisrazão. Felizes por ver Espíritos tão elevados vos dando, com freqüência, conselhos que vos devemguiar em vossos trabalhos espirituais, não é menor nossa suave e pura alegria, quando vimos ajudar-vos na tarefa do vosso apostolado espírita. Podeis, pois, atribuir ao Espírito de Georges acomunicação sobre a Fé; sobre a Esperança, a Felícia: aí encontrareis o estilo poético que tinha emvida; e a da Caridade ao senhor Dupuch, bispo de Argel, que na Terra foi um de seus fervorososapóstolos. Ainda teremos que tratar da caridade sob outro ponto de vista. Fá-lo-emos dentro dealguns dias.

Texto enviado por nosso Venrável Mestre Ailton de OliveiraBIBLIOGRAFIA (Bordeaux - médium: Sra. Cazemajoux - Revista Espírita, fevereiro de

1862)UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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REINTEGRAÇÃO DO COMPANHEIRO

A Passagem a Companheiro é um anti-clímax. Depois de uma cerimónia de Iniciação que omarcou, depois de um período de Aprendizagem em que foi confrontado com uma luxuriantequantidade de símbolos, em que focou a sua atenção nos aspectos da espiritualidade, o novoCompanheiro ascende a esse grau através de uma cerimónia simples e singela e inicia um período detrabalho em que depara com muitos poucos símbolos novos e lhe é pedido que foque a sua atençãoem algo que, provavelmente, foi objeto dela na maior parte da sua vida: o Homem, as Ciências e asArtes.

De repente, a novidade desaparece, o que se vislumbra nesta parte do caminho do maçon é omesmo que qualquer profano medianamente culto vê no seu dia a dia. Naturalmente que o panoramase mostra menos interessante, que é admissível e até natural o pensamento de que não se vislumbragrande diferença entre a Maçonaria e o Mundo Profano. Naturalmente que o novo Companheirodescobre em si um misto de sentimentos que lhe desagradam: desilusão, estranheza, indiferença. Paraquê voltar a estudar o que já se estudou? Ou que real vantagem se tira de iniciar um estudo,autodidacta e limitado, de uma qualquer outra disciplina científica ou artística diferente daquela aque profissionalmente nos consagrámos? Não será o grau de Companheiro o mais gritante dosanacronismos da Maçonaria?

Talvez porventura no século XVIII se justificasse. Então imperava o analfabetismo, muitas dasciências davam os primeiros passos, o Iluminismo era ainda recente... Mas, nos dias de hoje, queinteresse e justificação tem pedir-se a homens cultos, muitos licenciados e doutorados que... estudemo Homem e as ciências e as artes? Tudo isto são interrogações legítimas, preocupaçõescompreensíveis, hesitações evidentes. Mas por tudo isto é necessário passar, para se concluir aformação maçónica!

Em primeiro lugar, este quadro cinzento permite que se tire uma lição: a Maçonaria não é umglorioso caminho de excelsas novidades, que o maçon percorre pisando a passadeira vermelha daexaltação espiritual. Ou, pelo menos, não é só isso. A Maçonaria, como tudo na vida, tem coisasagradáveis e coisa menos agradáveis. Tem o que nos dá prazer e conforto e motivação. Mas tambémtem o que nos é mais penoso, menos atractivo, mais aborrecido.

A Maçonaria é, no fundo, um método de aprendizagem da Vida. E a Vida é assim mesmo: tem oagradável e o menos agradável, o exaltante e o aborrecido, o saboroso e o insosso. Isto para além deque o que é saboroso para uns é insosso para outros, o que agrada a una quantos, é indiferente atantos outros, o que exalta estes aborrece aqueles. A diversidade de opções, de vias, a integração evalorização da individualidade através do grupo implicam que todos, de quando em vez e mesmofrequentes vezes, suportem algo que lhes é menos agradável em prol dos demais. A diversidade é

uma riqueza, mas também um fardo! Em segundo lugar, há que aprender ou relembrar que o Homem étão mais interiormente rico quanto mais diversificados forem os seus interesses. Vivemos em temposde especialização. Em contraponto, a Maçonaria lembra-nos as vantagens (mas também osinconvenientes...), a riqueza (e o esforço...), a essencialidade (e a penosidade...) de se ser umHomem integral, harmoniosamente desenvolvido científica, cultural e espiritualmente.

Mas a aquisição destas noções, o relembrar destes princípios constitui, inicialmente, um choque.O novo Companheiro tem a sensação de que, em vez de progredir, está a regredir. E, mesmo que onão verbalize, não se pode impedir de sentir um certo desapontamento. É por isso que é essencial umtrabalho de reintegração do Companheiro. Não uma simples integração no grupo, que já está feita,mas de reintegração no espírito de crescimento, de aperfeiçoamento, através das diferentesferramentas que agora se lhe pede que utilize.

Os Mestres, e em particular o Primeiro Vigilante da Loja (o oficial que tem a seu cargo oacompanhamento da coluna dos Companheiros), devem, nesta fase, colocar-se á inteira disposiçãodo Companheiro. Procurar esclarecer-lhe as dúvidas. Apontar-lhe o caminho. Traçar-lhe objectivos.Permitir-lhe que venha a perceber, à luz dos conhecimentos simbólicos que, enquanto Aprendiz,adquiriu, a necessidade deste período especificamente destinado ao estudo do que é terreno, do que ématerial, do que é humano.

É a hora de relembrar ao Companheiro todos os símbolos de dualidade com que se confrontou eesperar que ele tire as suas conclusões. É o momento de lhe relembrara a frase, que lhe soou talveztão enigmática, de que o que está em cima é como o que está em baixo.

É afinal a ocasião para que o Companheiro ganhe a noção de que, mesmo quando lida com coisasmuito práticas, ainda então e assim isso tem um significado simbólico. E aí o Companheiro regressaa águas conhecidas. É altura de realçar que novos conhecimentos, ricos cambiantes, diferentestonalidades se surpreendem ao revisitar, à luz dos conhecimentos que adquirimos em Maçonaria e damelhoria espiritual que progressivamente buscamos alcançar, as ciências e as artes que tão bemjulgamos conhecer. E então estará aberta a via para que a desilusão desapareça, o aborrecimentoesmoreça, a estranheza se dissipe. O Companheiro, devidamente apoiado, por ele mesmocompreenderá a razão de ser deste regresso às coisas terrenas e do Homem, a necessidade de oempreender, o trampolim que constitui para o avanço seguinte.

No fim, o Companheiro compreenderá algo que aprendeu na sua Passagem: que, por vezes, é

necessário um desvio e um regresso ao rumo, para poder prosseguir caminho...BibliografiaEscrito Pelo Irmão e Mestre Rui BandeiraARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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companheiro.html

#92

UM PAPA NA MAÇONARIA

Não é de hoje a perseguição da Igreja Católica , contra a Maçonaria. Há séculos somosperseguidos e dentre os perseguidores, destacamos o Papa Pio IX pelo sentimento anticristão contraa Maçonaria. Mostrou-se rancoroso contra a Instituição depois de Papa. Pio IX chamava-se GiovanniFerreti Mastai. Ele foi Maçon, tendo pertencido ao quadro de obreiros da Loja Eterna Cadena, dePalermo (Itália). Sob o número 13.715 foi arquivada, em 1839 na Loja Fidelidade Germânica, doOriente de Nurenberg uma credencial de que foi portador o Irmão Giovanni Ferreti Mastai,devidamente autenticado, com selo da Loja Perpétua, de Nápolis.

Como Irmão, como Maçon, Giovanni Ferreti Mastai foi recebido na Loja Fidelidade Germânica.O Irmão Ferretti nasceu em 1792. Passou dois anos no Chile, servindo como secretário do vigárioapostólico Mazzi; foi Arcebispo de Spoleto em 1827, bispo de Imola em 1832 e foi elevado aCardeal, em 1840, e eleito Papa em 1846.

Confrontando- se as datas, verifica-se que, em 1839, quando o Irmão Ferretti foi fraternalmenterecebido na Loja Maçônica na Alemanha, já era Bispo.

Ascendendo a Papa, Giovanni Ferretti Mastai traiu seu Juramento, feito em Loja Maçônica, com amão sobre o Livro da Lei e honrou a Maçonaria com o seu ódio, culminando com a publicação, em08 de dezembro de 1864, do Syllabus, e em que amontoou todas as bulas papais e encíclicas contra aMaçonaria, de que fizera parte. A Loja Eterna Cadena, filiada à Grande Loja de Palermo, em 26 demarço de 1846 considerando o procedimento condenável do Irmão Giovanni, resolveu expulsá-locomo traidor, depois de convocá-lo para defender-se. Sua expulsão foi determinada por VictorManuel, Rei da Itália e de toda a Península e Grão-Mestre da Maçonaria da Itália, que decretou maistarde, em 1865 sua expulsão da Ordem por ter excomungado todos os membros da Maçonaria. Suaexpulsão pelo Rei italiano e Grão-Mestre foi classificada como Perjuro.

A Igreja Católica sempre tem procurado ocultar este episódio. Pio IX que tão ferozmente investiucontra os Maçons, sobretudo os da Itália, foi feito prisioneiro em 20 de setembro de 1870, pelospatriotas que lutavam e conquistaram a Unificação Italiana, tendo à frente vários Maçons inclusive,entre eles: Garibaldi, Mazzini, Cavour, Manzoni e outros. Apesar de feroz inimigo da Maçonaria,que traiu, Pio IX foi tratado com consideração pelos Maçons, seus aprisionadores. Viram nele oantigo Irmão transviado e, embora fosse ele um Perjuro, prevaleceu o Princípio Sagrado deFraternidade. Foi belíssima a lição de amor ao próximo, dada pelos Maçons ao Papa Pio IX.

Em conseqüência da bula Syllabus de Pio IX, contra a Maçonaria, é que surgiu no Brasil, arumorosa Questão dos Bispos, também denominada Questão Epíscopo-maçônica, quando Dom Vital,Bispo de Olinda, e Dom Antonio Macedo, Bispo do Pará, pretenderam que o Syllabus sesobrepusesse às Leis Civis Brasileiras, exigindo que as Irmandades religiosas eliminassem do seu

seio os numerosos Maçons católicos que a compunham. As Irmandades reagiram e recorreram àJustiça, tendo tido ganho de causa. Os Bispos não acataram a decisão da Justiça.

Foram julgados e condenados a quatro anos de prisão, com trabalho forçado. Um ano e poucodepois o Duque de Caxias, Maçon, então Presidente do Ministério do Segundo Império, anistiou-os.

Texto enviado pelo Venerável Mestre Ailton de OliveiraUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#93

ELEVADORES DAS ALMAS

Ser Maçom é realmente gratificante. Fico pensando e ao mesmo tempo, usando a imaginação e não estou só neste pensamento, pois creio que muitos o façam da mesma forma, com a mesmapergunta: após o descanso da matéria, o que acontece? Vamos citar dois exemplos. A doutrinacristã, estabelece que a alma segue o seu curso, em direção ao céu ou ao inferno. Já o espíritakardecista, cita o desligamento do espírito, como um estágio de descanso, como se estivesse ele,espírito, em um hospital, principalmente os que morreram por acidentes. São caminhos diferentes,mas o sentido é o mesmo ou seja, a tentativa de um conforto em vida, achando como será o outrolado. Vejamos como isto funciona.

Creio que se encaixa como uma sala de aula, no trabalho apresentado e aplicação no dever de

casa e embora todos os dias temos algo acontecendo em diferentes módulos, não podemos deixar deaplicar o que nos é ensinado. Conhecemos pessoas que vem ao mundo, crescem sem crescer, montamsuas famílias sem a menor preocupação ou sem a menor responsabilidades de mante-las, enfim,pessoas que falo as vezes que “vão na padaria comprar carnes”, pois estão totalmente perdidas emsuas vidas. Nada acontece de positivo com elas, estão sempre a espreita, aguardando um momentopara dar um bote ou outras pessoas que vivem secando outros, como se alguém fosse culpado peladerrota que foi cavada em sua própria vida.

Denomino estas pessoas de “almas em elevadores”, pessoas que nascem, crescem e desencarnamsem colocar o seu marco na terra, sem ao menos saber o que estão fazendo aqui e que muitas dasvezes, estão sempre brigando, não permitindo uma ajuda e são tão amargas e tão fechadas, queperdem seu brilho, não permitindo sequer um carinho, um afago, achando que ser avarento erancoroso é ser econômico, porém, nestes dois últimos quisitos a economia em seu interior é,nfelizmente, o amor pelo próximo.

Ao passo que, quando cito que ser Maçom é gratificante e enriquecedor, é porque o aprendizado

que recebemos com os nossos Mestres em Templo, nos dá a linha mestra da conduta, nos testando nacondução de nossas vidas, como estrada, com um norte mais promissor. Insiro a Maçonaria, nãocomo religião e sim como escola de conduta, de humanismo e de união familiar, porém, também nãovejo nada de mais para quem é Maçom e não tem nenhuma religião definida se vê-la como tal, atéporque, se juntarmos todos os irmãos, teremos uma torre de Babel religiosa e quando citamos quesomos “homens livres e de bons costumes” é porque nesta citação, está o ser livre de caminhos,com a certeza de seguir a trilha para o encontro de GADU e porque de bons costumes? Por saber dasresponsabilidades que nos cercam, tanto no calor da nossa vida familiar, quanto em nossas

responsabilidades profanas.Tal transformação se dá quando aceitamos em pertencer ao Augusto Quadro desta Arte Real e

principalmente em participar das fileiras de GADU e até porque, após a cada iniciação, sentimos anossa vida se transformar, porém, esta transformação é dada de dentro para fora, em um despertarsem se importar com a idade material, sem a preocupação do erro inicial, até porque, nuncaestaremos, enquanto Maçons formos, sozinhos, dito isto na certeza que haverá sempre um irmão, umMestre para nos guiar, como desde a nossa Iniciação.Texto de total responsabilidade de Yrapoan Machado, obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/02/elevadores-de-almas.html

#94

MAÇOM - DENTRO E FORA DO TEMPLO

O tema “MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” está intrinsecamente relacionado aosprincípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Comosabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidadeinerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos eacatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como,o amor à Pátria, crença no G\A\D\U\, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento àsleis do nosso país. Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presençanas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, dasolidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude. Destacamos, resumidamente, comoessenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemosatravés dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIAO somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou

através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos umadecisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algumbenefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”. O único meio eficaz parase combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão dopróprio significado de cada um desses conceitos, ou seja: - Ignorância significa o desconhecimentoou falta de instrução, falta de saber. - Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes deter os conhecimentos adequados. - Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneoque, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, afalsa idéia a respeito do sobrenatural. - Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um atoimpróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude. Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário paracomportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, masprecisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.

Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - Oque o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar quefará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiverprometido". TOLERÂNCIA

É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de

pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos. Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com

respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto,há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que,mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nossoparecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamostacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade. Deus é tolerante com o pecador, não como pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia.Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente. Devemos ser tolerantes com nossosfilhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressarnosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.

É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade emgeral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência,como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência,religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estarsocial”. A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nossovoto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado eapoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, umaatitude tolerante.

Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca asusam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância éindispensável para todo aquele que a exige. Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que atolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens daOrdem, que admite e respeita as opiniões contrárias. Shakespeare disse “não importa” o quão boaseja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos sertolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado porquem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudoseja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância .Emsíntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir oseu exemplo. A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dosensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.

ÉTICAPor definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações

humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formaçãocristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo,não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e

cristã. A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade,de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada,organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva. Amaçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade,regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo,a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da condutahumana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre umapostura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe defamília exemplar.

Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto osistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que osacolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes. O forte sentimento defraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, daunião ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz. No mundoprofano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nemvendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar opecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo,homens que fiquem com o direito, embora o céu caia. O objetivo de uma instituição maçônica é ode criar tais homens.

CARIDADEEstamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a

caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, daeducação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contasnada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem.A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem deoutrem”. Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosospoderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fée esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque hácaridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seupróximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida desuas forças. O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando suafelicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela

superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo diacarregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a

falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegosguiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontadeestiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre,tenha caridade! Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca osoutros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento,sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatose palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida comcaridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra. A CARIDADE éuma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇAPara escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça,

definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que éseu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência. Assim, para definirmos a justiçana maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiçaencontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão,certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais sãocolocados em seus pratos. Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição dejustiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para quecada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquiloque é seu.

Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seulivro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem oscostumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquerperspectiva religiosa ou moral. Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de umgoverno, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazertudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política,é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieumostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudoestaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povoexercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar oscrimes ou as desavenças particulares”. Como se percebe, para podermos viver em sociedade oumesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive emsociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo deinteração social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja,tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.

Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam

mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejare de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidadesassistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio. A Maçonaria é umasociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cadaMaçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é oda igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, aprópria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo,raramente discutido e talvez não completamente entendido. O homem, principalmente o Maçom deveser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguircom imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios eprincipalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muitoparticularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem,aviltam e envelhecem.

Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesiana sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos dafortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo areverencia a Deus. À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere aMaçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço eaprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria culturauniversal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as

necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimentode novos lideres”. Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar oudesenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder. O líderpara descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente oResultado. Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal,quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante dosucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, suacredibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidadeindeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores.Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobreos ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral

de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cadapessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é

remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitoscompartilhados. O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas paragerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É aliderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em umcontexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem: -Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitaçãosobre a realização de sonhos compartilhados; - Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé,lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos àemoção; - Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promoversolenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização; -Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho,compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores; -Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas eguiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade; - Integridade: ser honesto econfiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissosconcluindo-os.

PERSEVERANÇAA maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem

sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe quea alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditandono Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo. A perseverança é umaqualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossasatividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossasatitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro. Precisamos interagir com osindivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre oestado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto deinformações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que

proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar obem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maiorsatisfação individual e em equipe. Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige umprocesso de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a

nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderános exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamoseducando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa). É bom lembrarque os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam essesvalores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades. Usandoespontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo, leva-nos à verdade ea luz.

CONCLUSÃOO Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria

busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorânciaé o vício que mais aproxima o homem do irracional. Assim sendo e por ser Maçom, deve eleconduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípiosmaçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade. Não se aprende tudode uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, aação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações,trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir ohomem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância. O Maçom deve ter emanter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito,procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprirsempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros daSociedade Maçônica.

O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polirconstantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seusdefeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seuspares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.

BIBLIOGRAFIA Trabalho enviado pelo I.'. Milton Antonio Sonvezzo, M.'.M.'. da LojaGraal do Ocidente, federada ao Grande Oriente do Brasil. Esta RL, juntamente com mais três,formam o Templo Ocidente e, uma vez ao ano, promovem um evento denominado "SEMTO"que significa Seminário dos Mestres do Templo Ocidente. Este trabalho foi apresentado noúltimo evento, realizado em 01 de Setembro de 2003. Contribuíram para este trabalho osII.'.Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, EugênioMorganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, OswaldoChagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei VenceslauFaria e Walter Benegra.

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#95

O CONCEITO DE GADU

Esse ensaio tem como objetivo uma leitura dos conceitos humanistas do filósofo Ludwig Feuerbach(1804/1872) aplicados à maçonaria. É mais uma colaboração a se colocar definitivamente de ladotodas as especulações que implicam na negação desta como religião ou de seu caráter religioso quealguns maçons insistem promiscuamente em lhe atribuir. Para familiarizar o leitor, apresentoinicialmente um bosquejo do pensamento filosófico de Ludwig Feuerbach. A essência do pensamentode Feuerbach é resumida na forma de uma teologia humanista que desloca a divindade de um Deusexterior ao homem para o próprio Homem. Segundo Feuerbach a religião (todas) racionaliza Deus,mas o faz sobre o sujeito errado, os predicados atribuídos a Deus deviam ser imputados àHumanidade tendo ela todas as condições para se tornar no que realmente pode ser: Deus. Essaexegese revela que, sob um primeiro sentido sobrenatural, se esconde o verdadeiro significadoantropológico do fenômeno religioso. Tudo o que o homem atribui a Deus, na realidade, pertence asua própria essência.

Feuerbach não nega Deus, apenas o reconduz àquilo que considera ser a sua verdadeirapersonalidade, o homem. O homem é o criador de todos os Deuses ou, dito por outras palavras, osujeito de qualquer religião só pode ser humano. Ele afirma que foi este pressentimento que levou ateologia ortodoxa a inventar um Deus homem – Cristo. Não sendo a maçonaria uma religião, nemsendo sua missão unificar credos religiosos diferentes, não existe, portanto, um Deus maçônico únicoe a crença em Deus tal qual apresentada pelos teólogos, não deve ser a pedra basilar do edifíciofilosófico, doutrinário, da maçonaria, mas sim o princípio humanístico da evolução incessante peloqual a crença do Grande Arquiteto do Universo, que o maçom não conhece, mas concebe em seuimaginário, traduz uma idéia de entidade dinâmica, produto de postulados abstratos revestidos deatributos humanos e que, na realidade, são projeções da própria essência humana e, nesta medida, háuma identidade essencial com o Deus admitido nas religiões.

A utopia maçônica de tornar a “humanidade mais feliz” passa pelo necessário investimento nocaminho ‘evolutivo’ do homem, de modo a torná-lo um ser socialmente melhor, mais evoluído. Énecessário se ter em mente que o homem a ser ‘transformado’ pela maçonaria já existe –simbolicamente, na forma de Pedra Bruta – portanto, a obra maçônica deverá ser ordenada e dirigidapelo Grande Arquiteto, que nela irá operar na matéria bruta já existente e transformá-la em suamorada, mas esse ente abstrato, no qual o maçom deve depositar a sua crença, não deve serconfundido com o Deus das religiões, Aquele que criou o mundo a partir do nada, o que poderá geraruma desordem intelectual e, em alguns, espiritual. Tal conflito pode ser evitado, proposta dessetrabalho, se procurarmos entender o conceito de Grande Arquiteto do Universo com base na teologiahumanista de Feuerbach, o que nos levará à descoberta do deus-racionalizado que já existe dentro de

cada um de nós na forma de atributos humanos a serem despertos pelo autoconhecimento.Despertando nossa percepção a esses atributos, estaremos separando os nossos objetivos e isolandoos conflitos, uma vez que a espiritualidade de cada um estará não somente preservada, cada um comsua crença religiosa, mas, acima de tudo respeitada por todos como parte da tolerância e dafraternidade despertas pela efetiva prática da racionalidade.

O conceito de Grande Arquiteto do Universo deve permanecer inefável, pois ele se apresenta

como o ‘modelo’ da perfeição a ser perseguida, uma vez que a grande obra humanística da maçonariaé a transformação do homem - o erguimento do ‘templo interno’ para que nele habite o ‘deus’ íntimode nossa própria compreensão que deve se manifestar no maçom, com sua completa liberdade demanifestação - pela luz da sabedoria, ou seja, através de sua evolução o maçom deverá seautomodelar e se tornar habitável pelos atributos humanos que atuarão em sua personalidade e otransformará em um homem virtuoso próximo a utópica perfeição do homem.

"A religião é o ópio do povo" (em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") é uma

citação da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (em alemão, Kritik des hegelschen Staatsrecchts)de Karl Marx, obra publicada em 1844. A comparação da religião com o ópio não é original deMarx e já tinha aparecido, por exemplo, em escritos de Immanuel Kant, Herder, Ludwig Feuerbach,Bruno Bauer, Moses Hess e Heinrich Heine. Este último, grande poeta, em 1840, no seu ensaio sobreLudwig Börne escreveu: “Bendita seja uma religião, que derrama no amargo cálice da humanidadesofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé eesperança.” Moses Hess, num ensaio publicado na Suíça em 1843, também utilizou a mesma idéia:“A religião pode fazer suportável a infeliz consciência de servidão... de igual forma o ópio é de boaajuda em angustiantes doenças.” Marx vai contestar Feuerbach profundamente, acusando-o de apelarpara uma essência humana em detrimento de um constructo social.

Cito as Teses de Marx sobre Feuerbach. Teses sobre Feuerbach Karl Marx1845

1- A principal insuficiência de todo o materialismo até aos nossos dias - o de Feuerbach incluído- é que as coisas [der Gegenstand, a realidade, o mundo sensível são tomados apenas sobre a formado objecto [des Objekts] ou da contemplação [Anschauung]; mas não como atividade sensívelhumana, práxis, não subjetivamente. Por isso aconteceu que o lado ativo foi desenvolvido, emoposição ao materialismo, pelo idealismo - mas apenas abstratamente, pois que o idealismonaturalmente não conhece a atividade sensível, real, como tal. Feuerbach quer objetos [Objekte]sensíveis realmente distintos dos objetos do pensamento; mas não toma a própria atividade humanacomo atividade objetiva [gegenständliche Tätigkeit]. Ele considera, por isso, na Essência doCristianismo, apenas a atitude teórica como a genuinamente humana, ao passo que a práxis é tomadae fixada apenas na sua forma de manifestação sórdida e judaica. Não compreende, por isso, o

significado da atividade "revolucionária", de crítica prática. 2- A questão de saber se ao pensamentohumano pertence a verdade objetiva não é uma questão da teoria, mas uma questão prática. É napráxis que o ser humano tem de comprovar a verdade, isto é, a realidade e o poder, o caráter terrenodo seu pensamento. A disputa sobre a realidade ou não realidade de um pensamento que se isola dapráxis é uma questão puramente escolástica.

3- A doutrina materialista de que os seres humanos são produtos das circunstâncias e da

educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de outras circunstâncias ede uma educação mudada, esquece que as circunstâncias são transformadas precisamente pelos sereshumanos e que o educador tem ele próprio de ser educado. Ela acaba, por isso, necessariamente, porseparar a sociedade em duas partes, uma das quais fica elevada acima da sociedade (por exemplo,em Robert Owen). A coincidência do mudar das circunstâncias e da atividade humana só pode sertomada e racionalmente entendida como práxiss revolucionante.

4- Feuerbach parte do fato da auto-alienação religiosa, da duplicação do mundo no mundo

religioso, representado, e num real. O seu trabalho consiste em resolver o mundo religioso na suabase mundana. Ele perde de vista que depois de completado este trabalho ainda fica por fazer oprincipal. É que o fato de esta base mundana se destacar de si própria e se fixar, um reino autônomo,nas nuvens, só se pode explicar precisamente pela autodivisão e pelo contradizer-se a si mesmadesta base mundana. É esta mesma, portanto, que tem de ser primeiramente entendida na suacontradição e depois praticamente revolucionada por meio da eliminação da contradição. Portanto,depois de, por exemplo a família terrena estar descoberta como o segredo da sagrada família, é aprimeira que tem, então, de ser ela mesma teoricamente criticada e praticamente revolucionada. 5-Feuerbach, não contente com o pensamento abstrato, apela ao conhecimento sensível [sinnlicheAnschauung]; mas, não toma o mundo sensível como atividade humana sensível prática.

6- Feuerbach resolve a essência religiosa na essência humana. Mas, a essência humana não é uma

abstração inerente a cada indivíduo. Na sua realidade ela é o conjunto das relações sociais.Feuerbach, que não entra na crítica desta essência real, é, por isso, obrigado: 1. a abstrair doprocesso histórico e fixar o sentimento [Gemüt] religioso por si e a pressupor um indivíduoabstratamente - isoladamente - humano; 2. nele, por isso, a essência humana só pode ser tomadacomo "espécie", como generalidade interior, muda, que liga apenas naturalmente os muitosindivíduos. 7- Feuerbach não vê, por isso, que o próprio "sentimento religioso" é um produto social eque o indivíduo abstrato que analisa pertence na realidade a uma determinada forma de sociedade. 8-A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismoencontram a sua solução racional na práxis humana e no compreender desta práxis.

9- O máximo que o materialismo contemplativo [der anschauende Materialismus] consegue, isto é, omaterialismo que não compreende o mundo sensível como atividade prática, é a visão [Anschauung]dos indivíduos isolados na "sociedade civil". 10- O ponto de vista do antigo materialismo é asociedade "civil"; o ponto de vista do novo [materialismo é] a sociedade humana, ou a humanidadesocializada. 11- Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão,porém, é transformá-lo.

Texto enviado por nosso Venerável Mestre Ailton de OliveiraBIBLIOGRAFIA IR.’..Ubyrajara de Souza Filho e complementado pelo IR.’.. Francisco Maciel, inserindo acontestação de Max aos conceitos humanistas do escritor e filósofo Ludwig Feuerbach “à luz dohumanismo de Feuerbach”Fonte: Publicado pela primeira vez: por Engels, em 1888, comoapêndice à edição em livro da sua obra Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã Clássica,Estugarda 1888, pp. 69-72. Publicado segundo a versão de Engels de 1888, em cotejo com aredação original de Marx. Traduzido : do alemão por Álvaro Pina. Transcrito por Fred LeiteSiqueira Campos para The Marxists Internet Archive. Copyright: © Direitos de tradução emlíngua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo,1982. Fonte na web: http://www.marxists.org/portugues/mmaciel escriba.

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#96

LIVRE E DE BONS COSTUMES

A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminholongo a percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons emaus momentos. Os bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão sermotivo de esmorecimento e desistência da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nasLojas Maçônicas, diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra bruta que deve talhar-se a si mesmo parase tornar uma pedra cúbica. É o início da sua jornada Maçônica. O nutrimento elementar para aviagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução recebida: A régua de 24polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, o Maçom vai recebendo outros objetos, tais como onível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros. Os utensílios de trabalho,obviamente, são simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não nosatermos apenas às definições morais. E é com o manuseio dessas ferramentas que se começa a tomarconsciência do valor iniciático da Maçonaria em nossa 3a instrução. O espírito Maçônico ensina,aos seus adeptos, um comportamento original que não se encontra em nenhum outro grupo dehomens. Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.

Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção dapalavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornemescravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só ofará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentadosem sua personalidade. O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nosensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se aoaprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pelaJustiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeitacompreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeirafraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmentepaz e compreensão entre os povos.

Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento dequalquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição. A qualidadeou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito damesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmentemoral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o quese quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercerqualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitivapara a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade. Bem verdade é

que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos embenefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que os possibilitam ser, cada vez mais,úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremosfazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.

O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico.Para ser homem livre, não basta ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Tem liberdade ohomem que não é escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintosde fera humana.Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado avícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suastentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo,sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suasqualidades, anulando-as. Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos osvícios que infamam, que desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todasas propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho dassombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeiçãointangível.

Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vidapelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designaro complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dosindivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadasfinalidades da própria vida humana. A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéiaou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela. O bommaçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que édefeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom,livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai osseus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental damaçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menossofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para ampararum semelhante. O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com asderrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e serenose vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabeque é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos. O bom maçom, livre e debons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar, é amigoda família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não temqualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e amaçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos

de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com osobjetivos da maçonaria.

O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê noauxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cujaprática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumpridapode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói. Finalmente, o verdadeiromaçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos defraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar avaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçomdeve cultivar. Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam otrabalho em que façam destacar a maçonaria. O valor da existência de um maçom é julgado pelosseus atos, pelo exercício do bem.

BIBLIOGRAFIAMarcos Antonio Cardoso de Moraes A.’.M.’.Dicionário Aurélio – 1999Ritual de Ap.·.M.·. do REAAAdaptação do Texto Original do Ir.·. Nery Saturnino - A.·.R.·.L.·.S.·. Amor e Fraternidade.

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#97

TRABALHO EM EQUIPE - TOLERÂNCIA É O SEGREDO!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo caféda manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez umlanchedesses, depois de um dia de trabalho, muito duro. Naquela noiteongínqua, minha mãe pôs umprato de ovos, lingüiça e torradasbastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de teresperadoum pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez,foi pegar a sua torrada,sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.Eu não me lembro do querespondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia eengolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando porhaver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Amor, eu adorei a torradaqueimada... só porque veio de suas mãos"

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei seele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse: " -Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Alémdisso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas nãosão perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhorpai, mesmo que tente, todos os dias!

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevaras diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentossaudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um asfalhas do outro."

Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando, ela não sabeusar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazeruma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazervocê dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante estetempinho, com sua mãe você chorava, pelo xampu, pelo pentear, etc. A soma de nós dois monta omundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitareste nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, estemundo vá desmoronar, não vai; novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher,pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, se esforce para ser sempre tolerante,principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, à você e ao próximo.

Penso que, o grande problema do mundo atual e globalizado, é a intolerância pelo ser e o correrincansável pelo ter! Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu

próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma,incluindo a sua. As pessoas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez sentir.

Texto enviado pelo companheiro Luiz Carlos Dias do Rotary Clube.UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#98

RELACIONAMENTO FRATERNO – PERDÃO - RETIDÃO - INVEJA

No evangelho de Mateus, Jesus inicia uma sessão de ensinamentos com a seguinte frase: “Se o seu

irmão pecar contra você (...)”. Diante do que é colocado, Pedro levanta uma palpitante questão:“Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim?” O Mestre dosMestres responde de forma enigmática, dizendo que não deveria fazê-lo somente sete vezes, mas sim,“setenta vezes sete” (Mateus 18.21-22). É interessante que a primeira preocupação que nos ocorre aolermos este trecho é qual seria o significado da frase ”setenta vezes sete”. Isso muitas vezes desvia anossa atenção de alguns outros elementos bem mais importantes no texto. Um deles é o fato que esteconjunto de ensinamentos trata dos desencontros entre “Irmãos”.

No entanto, se ambicionamos crescer espiritualmente, não há outro jeito. Devemos ter em mente

que não é um feito impossível, basicamente, compete-nos começar por honrar e venerar oG.’.A.’.D.’.U.’. , confiando na Sua Justiça; melhorar o nosso procedimento, praticando o bem detodas as formas ao nosso alcance. Perdoar aos que nos tenham ofendido, pois aquele que se recusa aperdoar, não somente não é maçom, como não é nem mesmo cristão. Orar pelos que nos vêem comoinimigos. O sacrifício que nos obriga a amar aqueles que nos ultrajam e nos perseguem é penoso;mas. é precisamente isso que nos torna superiores a eles; se nós os odiarmos como nos odeiam, nãovaleremos mais do que eles. Não se odeia quando se preza, odeia-se apenas aquele que está à nossaaltura ou superior a nós. Perdoar é experimentar um pouco de Deus. Deus conhece os nossos méritose sabe medir nossos esforços e apenas Dele devemos esperar a recompensa pelas nossas ações. Queo Grande Arquiteto do Universo permita-nos, ao recebermos palavras duras e malévolas, um insulto,injúria ou injustiça, que voltemos os olhos para Ele e jamais que o nosso braço se levante contra umIrmão para vingar o agravo.

É admirável como a Sabedoria Divina transforma o ódio em pura afetividade, unindo os maiores

desafetos em laços de genuína fraternidade através do trabalho regenerador e do perdão. Somosprotagonistas de grandes erros e enormes males. Admiramo-nos como podemos transportar conoscoos rancores por tempo indeterminado, protelando soluções definitivas; como o ódio é forçaperniciosa que se volta sempre sobre quem o alimenta, lesando-o de forma muito mais grave do queo alvo de nossas intenções, devemos repudiá-lo até mesmo por “malandragem” sabedoria. Assim, aoconfiarmos na justiça de Deus, cedo ou tarde vamos encontrar a oportunidade para reparação do malque causamos. O Grande Arquiteto do Universo, em sua magnanimidade, reúne os desafetos sobadequadas condições para que o amor sublimado prevaleça, apagando todos os vestígios de raiva,

ódio e ressentimentos. Em contrapartida, se nos pautamos pelo bem, mostramos aos nossos inimigose desafetos que estamos nos transformando.

Por outro lado, é notório que não conseguimos atrair simpatia para a nossa pessoa em todos os

círculos. No presente estágio em que a humanidade terrena se encontra, é impossível agradar a todosos que nos cercam. Como também é fato que nem todos com os quais convivemos nos agradam ou seafinam conosco. No entanto, temos que contribuir com o melhor das nossas possibilidades para oequilíbrio da existência comum, e cumprimento de um juramento solene. Retidão - O maçom tem porobrigação demonstrar que é possuidor da virtude da Retidão necessária para quem deseja vencer naciência e na virtude. Retidão significa que as ações dos maçons devem ser retilíneas, sem contornos,subterfúgios e desvios. O comportamento social e ético, esotérico e espiritual, deve para o maçomser “transparente”. Simbolicamente, o maçom “transita” a sua jornada sobre a Régua das Vinte eQuatro Polegadas, significando que durante todo o dia deve manter-se correto. A sinceridade, acoragem e a perseverança, deverão ser companheiros inseparáveis do maçom. Cremos que algumasmedidas nos parecem indispensáveis para evitarmos granjear desafetos gratuitos. São reflexões quenos conduzem a conclusões relevantes e nos fazem calar todo impulso de crueldade que ainda teimaem dirigir-nos os atos e habitar-nos as intenções. Entre elas sempre: - honrarmos e venerarmos oGrande Arquiteto do Universo;

- tratarmos todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como nossos iguais e irmãos;- praticarmos a Justiça recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses

de todos. Agindo com justiça e com compaixão estaremos certos em todas as circunstâncias;- tratarmos a todos que nos procuram com respeito e consideração;- irmos ao encontro dos deserdados da fortuna e dos aflitos, praticarmos a Caridade e a

Beneficência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, oMutualismo, o Cooperativismo e outros meios de Ação Social;

- ampliarmos a nossa disposição de ouvir o que os outros têm a nos dizer;- não ofendermos e muito menos humilharmos a quem quer que seja;- combatermos a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos, que acarretam o

obscurantismo; - lutarmos contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição; - dilatarmos a nossa capacidade de Paciência e Tolerância, que deixa a cada um o direito de

seguir sua religião e suas opiniões, pois que cada um está situado num degrau de evolução;- demonstrarmos empatia pelas necessidades dos outros; e, se necessário, extirparmos o mal

que se aninha, mas sem abdicarmos da generosidade;- por fim, se possível, tentemos – ou pelo menos facilitemos - a reconciliação com o inimigo.

Se não for possível um entendimento, deixemos ao desafeto o ônus do fracasso. Por outro lado, não convém abrigarmos dentro de nós sentimentos de inimizade contra quem quer

que seja. Compartilhar espaços com quem nos prejudicou ou tenta nos prejudicar, reiteramos, não étarefa fácil. Todavia, não devem partir de nós atitudes inamistosas, sobretudo em Loja. Inveja – Ainveja não é propriamente um vício ou ato de maldade; ele pode surgir e desaparecer em uma fraçãode segundo. É a reação inesperada que alguém possa ter ao presenciar que um conhecido seu, oupróprio irmão, receba um favor ou um destaque. Obviamente, essa atitude é maléfica ao próprioagente, que carreia para dentro de si uma porção de “veneno”. A inveja, por sua vez, comoexcrescência da alma humana, constitui um eficiente modo de construção de inimigos. Corroído peloimportuno sentimento, seu infeliz portador só vê demérito onde há mérito. Normalmente, o indivíduoinvejoso se sente incomodado com as conquistas, capacidades e recursos alheios, entre outras coisas.

Infelizmente, as inimizades – sejam elas motivadas pela inveja ou não – estão presentes em todos

os agrupamentos humanos. As organizações humanas são terreno fértil para inimizades e inveja,inclusive nas Lojas maçônicas. Dentro da Maçonaria, constatamos, infelizmente, a presença deinvejosos, que sofrem quando alguém é eleito para cargo elevado, ou quando um autor do meio lançauma nova obra, ou quando um irmão recebe uma condecoração, ou até mesmo um simples elogio.Irmãos sentem inveja da amizade, do relacionamento, da capacidade intelectual, da oratória, daposição social conquistada por outro e assim por diante. Sendo a inveja uma reação negativa, eladeve ser eliminada prontamente; os atos de desamor ferem a quem não ama; a inveja vem sempreacompanhada por outro sentimento menor, como a cobiça, e tudo que é negativo, a Maçonaria arepele e evita.

A reação contra o “pensamento invejoso” é o aplauso imediato e o rejúbilo com o qual foi

agraciado por algo que aspiraríamos para nós. Essa atitude negativa não ocorre apenas dentro dasLojas maçônicas, mas também no mundo profano. Concluindo - Devemos ler, reler e meditar sobre a4ª Instrução. Ela realça nossos possíveis erros e defeitos mostrando como repará-los. Todos nósdevemos colher os frutos de seus ensinamentos, oportunidade de amizade saudável e relacionamentofraterno. Aquilo que for semeado será colhido, semeai a boa semente que seus frutos serão bons!

BIBLIOGRAFIA A Cavaleiros do Templo nº 26 parabeniza o Irmão Klebber S Nascimentopela brilhante Peça de Arquitetura apresentada no TEMPLO DE ESTUDOS MAÇÔNICOS dosite http://www.formadoresdeopiniao.com.br

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#99

A CRUZ E SEUS SIMBOLISMOS

A Cruz, pode ser encontrada em um número muito grande de variações. Símbolo antiqüíssimo euniversal, a cruz é encontrada com grandes variações morfológicas. O significado é sempre o daconjunção dos opostos: o eixo vertical (masculino), com o eixo horizontal (feminino); o positivo como negativo; o superior com o inferior; o tempo com o espaço; o ativo com o passivo; o Sol com aLua; o dia com a noite; o masculino e o feminino a vida com a morte; e assim por diante. A Cruz é adisposição de dois objetos, um atravessado sobre o outro; é a insígnia de várias ordens honoríficas; éo antigo instrumento de suplício, formado por duas peças atravessadas uma sobre a outra, em que seprendiam criminosos.

É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na históriade povos distintos (e distantes) como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índiosamericanos. Ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através daqual a alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através daexperiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingema iluminação.

Cruzes no Rito Escocês Antigo e Aceito Os principais tipos de cruz, com interesse para o Rito Escocês Antigo e Aceito, são os seguintes:Cruz SimplesEm sua forma básica a cruz é o símbolo perfeito da união dos opostos, do masculino com o

feminino, mantendo seus quatro “braços” com proporções iguais. Alguns estudiosos denominam estacomo Cruz Grega. Formada por quatro segmentos iguais (como um sinal de +), é a forma básica,símbolo perfeito da união dos opostos. É também chamada de cruz grega.

Cruz de Santo AndréSímbolo da humildade e do sofrimento recebe esse nome por causa de Santo André, que implorou

a seus algozes para não ser crucificado como seu Senhor por considerar-se indigno. Acredita-se queo santo foi martirizado em uma cruz com essa forma. Em aspa- com o formato de um “xis” (x) –simboliza a união do mundo superior com o mundo inferior e tem esse nome porque consta que SantoAndré teria sido supliciado numa cruz com esse formato. Ela simboliza, também, o infinitoincognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito. É uma das “chaves” para alfabetosmaçônicos.

Cruz de Santo Antônio ou Taurecebeu esse nome por reproduz a 19a letra grega Tau. É considerada por muitos, como a cruz da

profecia e do Antigo Testamento. Dentre suas muitas representações estão o martelo de duas cabeças,como sinal daquele que faz cumprir a lei divina, encontrado na cultura egípcia, e a representação dahaste utilizada por Moisés para levantar a serpente no deserto. Reproduz o desenho da letra grega tau(T). Símbolo muito antigo, já era usado pelos antigos egípcios, como a representação de um martelode duas cabeças. Sinal “daquele que faz cumprir”; para os gauleses, representava o martelo do deusescandinavo Thor.

Cruz Quádrupla

Formada por duas paralelas horizontais e duas verticais (#), que se cruzam, formando umquadrado fechado no centro, ela reforça, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também, peloespaço delimitado que forma, a limitação da capacidade do homem. Junto com a cruz de SantoAndré, é “chave” para alfabetos maçônicos.

Cruz AnsataUm dos mais importantes símbolos solar da cultura egípcia. A Cruz Ansata consistia em um

hieróglifo representando a regeneração e a vida eterna, vida ou ato de viver e formando parte daspalavras saúde e felicidade. Como símbolo microcósmico, isto é, análogo ao homem, o círculorepresenta a cabeça humana, o eixo horizontal os braços e o eixo vertical, o resto do corpo. A idéiaexpressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Existetambém a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa suacabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo. Importante símbolo solar egípcio, éuma cruz em tau, com um círculo na parte superior, a qual, na realidade, era um hieróglifo, com osignificado de vida.

Esotericamente, expressa a idéia do círculo da vida, colocado na superfície da matéria inerte,para vivificá-la. Também, como a estrela hominal de cinco pontas, essa cruz pode ser chamada dehominal, ou seja, assimilada à figura humana, com o círculo representado a cabeça, a haste horizontalrepresentando os membros superiores, e a haste vertical representando o tronco e os membrosinferiores.

Cruz de Malta, ou Cruz de São João Também conhecida como e emblema dos Cavaleiros de São Joã,o da Ilha de Malta, que foram

levados pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de suas oito pontas, queexpressam as forças centrípetas do espírito e a regeneração. Até hoje a Cruz de Malta é muitoutilizada em condecorações militares.

Com oito pontas como significado místico — ou quatro, bipartidas na extremidade — é, nosentido místico, a representação das forças centrípetas do espírito.

Cruz de Lorena, ou Cruz PatriarcalOutrora conhecida como Cruz de Lorena, o seu nome é alusivo à região da Lorraine (Lorena),

situada na parte oriental da França. Possui um “braço” menor que representa a inscrição colocadapelos romanos na cruz de Jesus. Foi muito utilizada por bispos e príncipes da igreja cristã antiga. Formada por um ramo vertical e por dois horizontais desiguais – o inferior mais longo do que osuperior – representava os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. É emblema privativo dosmembros efetivos do Supremo Conselho.

Cruz Forcada, ou Teutônica Composta de um ramo vertical e outro horizontal, cada um deles tem, nas pontas, um pequeno

ramo tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de forcada porque forcado é um utensílio delavoura, formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto debifurcação.

Cruz Rosa-Cruz Os membros da Rosa Cruz costumam explicar seu significado, na intersecção dos braços da cruz, éinterpretada como o corpo físico do homem, com os braços estendidos, em saudação ao Sol – quesimboliza a Luz Maior – no Oriente. E com a rosa em seu peito permite que a luz ajude seu espírito adesenvolver-se e florescer. Quando colocada no centro da cruz a rosa representa um ponto deunidade. Com a rosa , no centro da cruz, simboliza a alma humana, o “eu” interior, que vai sedesenvolvendo no homem, à medida que ele recebe mais luz. Colocada no centro exato da cruz, arosa representa o ponto de unidade. O Sol representa aqui a LUZ MAIOR. A rosa parcialmentedesabrochada, no centro da cruz, representa a alma do homem, o seu interior, desenvolvendo-sedentro dele à medida que recebe e conquista mais Luz. Essa rosa no centro da cruz, tambémrepresenta o ponto da unidade.

Diante o exposto, chega-se à conclusão de que somos em síntese uma CRUZ em evolução noUniverso, e que só depende de nós próprios, qual a melhor ou pior forma que ela se apresentaráperante o Supremo Arquiteto do Universo, quando tivermos que nos confrontar com a LUZ DIVINA.

Cruz Cristã O mais conhecido símbolo é o mais exaltado emblema da fé cristã, também chamada de CRUZ

LATINA. Na origem, era um patíbulo, constituído por uma trave vertical de madeira e outra travehorizontal, próximo ao topo. Os romanos a utilizaram para a execução de criminosos, da mesmaforma que ainda nos dias de hoje se usa a forca com a mesma finalidade. Por conta disso, ela nosremete ao sacrifício que Jesus Cristo ofereceu pelos pecados das pessoas. Além da crucificação, elarepresenta a ressurreição e a vida eterna.

Cruz de AnuUtilizada tanto por assírios como caldeus para representar seu deus Anu, esse símbolo sugere a

irradiação da Divindade do Espaço em todas as direções.Cruz Gamada (Suástica) Dos mais importantes símbolos de toda a humanidade. A suástica representa a energia do cosmo

em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos: o destrógiro, onde seus “braços” se movempara a direita e representam o movimento evolutivo do universo (positivo), e o sinistrógiro, onde aomover-se para a esquerda nos remete a uma dinâmica involutiva (negativo). No século passado, essacruz adquiriu má reputação ao ser associada ao movimento político-ideológico do nazismo.

Cruz de JerusalémFormada por um conjunto de cruzes, possui uma cruz principal ao centro, representando a lei do

Antigo Testamento, e quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o cumprimentodesta lei no evangelho de Cristo. Tal cruz foi adotada pelos cruzados graças a Godofredo de Bulhão,primeiro rei cristão a pisar em Jerusalém, representando a expansão do evangelho pelos quatrocantos da terra.

Cruz da Páscoa Chamada por alguns de Cruz Eslava possui um “braço” superior representando a inscrição INRI,

colocada durante a crucificação de Cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um significado dúbio,dos quais se destaca a crença de que um terremoto ocorrido durante a crucificação causou suainclinação.

Cruz do Calvário Firmada sobre três degraus que representam a subida de Jesus ao calvário, essa cruz exalta a fé, a

esperança e o amor em sua simbologia.Cruz Papal

Derivação da Cruz Patriarcal, usada como hierarquia por todos os Papas conhecidos.BILBIOGRAFIA

Esta Peça de Arquitetura foi editada pela ARL MAÇÔNICA OBREIROS DE IRAJÁ, atravésde seu site www.obreirosdeiraja.com.br e a Cavaleiros do Templo nº 26 respeitosamente sente-se honrada em poder divulgar este belíssimo trabalho. NON NOBIS, DOMINE, NON NOBIS, SEDNOMINI TUO DA GLORIANPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/03/cruz-e-seus-simbolismos.html

#100

ORDENS DE APERFEIÇOAMENTO MAÇÔNICO

PRIMÓRDIOS DAMAÇONARIA

É improvável que o atual sistema da Maçonaria tenha tido qualquer relação com a construção dotemplo de Salomão. Aquele monumento de arquitetura foi aceito pela Maçonaria como um símbolo eas muitas referências a ele são puramente simbólicas. Lembre-se de que o objetivo da Maçonaria nãoé ensinar história, mas sim verdades morais. Ninguém sabe quando ou onde se originou a Maçonaria.Não existem registros para mostrar os primórdios da fraternidade. Muitos elementos contribuírampara seu crescimento e desenvolvimento. Deus plantou no coração do homem um desejo de buscar asociedade de seus companheiros e este anseio por companheirismo foi um grande fator contribuintenas origens da Maçonaria. Por necessidade de construir uma forma de abrigo da inclemência dotempo, veio à arte da construção ou da arquitetura, e isso formou o plano ou o material com o qual aMaçonaria foi desenvolvida. Em diversas partes do velho mundo serão encontradas ruínas deconstruções colossais que foram erigidas por associações de homens mostrando que foram unidospara levar a cabo seus planos. Na Idade Média, havia grupos de trabalhadores especializadostrabalhando pela Europa, e envolvidos na construção de grandes catedrais. Entre esses trabalhadoresespecializados, a Maçonaria assumiu uma forma bruta de fraternidade e, a partir desse humildecomeço, através de um longo processo de desenvolvimento temos a Maçonaria de hoje. Existemmuitas provas de que o atual sistema da maçonaria especulativa teve seus inícios nas antigas guildasde trabalho dos franco-maçons viajantes. Essas diversas sociedades tiveram um forte crescimento atéo início do século XVII, quando eles tiveram dificuldade de se manter por causa da falta deoperações de construções. No ano 1717 eles mudaram suas regras para admitir homens de todas asprofissões e isso marca o início do atual sistema da Franco-Maçonaria filosófica ou especulativa.Alguns homens muito sábios tomaram os diversos materiais e implementos da arte operativa eatravés de um sistema ímpar de símbolos e alegoria desenvolveram a Maçonaria da qualdesfrutamos.

Nenhuma organização de tão alta importância é tão pouco compreendida como a Maçonaria. Não

é uma ordem no sentido em que aquele termo é aplicado às sociedades secretas do período, mas simuma Sociedade, Fraternidade, Irmandade ou Instituição. Não é um clube, pois ela não diverte. Não éum sistema de sinais e apertos de mãos para um uso conveniente, pois ela não oferece nada nosentido de benefícios para doenças e morte, há não ser um devido preparo mental e filosófico. Nacerimônia pela qual você passou lhe foram dadas muitas definições sobre a Maçonaria. Algumasdelas, talvez, foram mais ou menos entendidas. Disseram a você que é um sistema de antiga instrução

moral hieroglífica ensinada por tipos, emblemas e figuras alegóricas, a forma antiga e primitiva deensinar aos homens. Reduzir isto a uma linguagem mais simples seria dizer que a Maçonaria é umsistema de moralidade disfarçado de alegoria. Mas definir a Maçonaria na linguagem mais simplespossível seria dizer que é a ciência e a arte de viver corretamente. Como ciência, ela tem a ver com adescoberta e classificação desses princípios que visam à conduta moral correta; a arte diz respeito aviver esses princípios antes do mundo. Tudo indica que os homens que formularam a Maçonariatinham em mente a idéia de uma fraternidade cuja moralidade satisfaria sua concepção de uma vidareligiosa e que seria mais bem exemplificada em suas relações diárias com o mundo e uns com osoutros.

Na Maçonaria podemos encontrar uma mistura das melhores filosofias de todo o mundo. Isso não

significa que aqueles velhos filósofos que vocalizaram essas verdades eram Maçons, mas significaque os homens que formularam a Maçonaria colecionaram as melhores vocalizações dos bons esábios homens do passado e as cimentaram em um belo mosaico e o chamaram de Maçonaria. UmPouco dessas estruturas:

Grande Loja de Mestre Maçom da Marca do Brasil – GOB Conhecida também como o Grau da Amizade. A Sessão é dividida em duas partes: O candidato

passa pelo cerimonial onde é reconhecido como Homem da Marca e posteriormente é Avançadocomo Mestre Maçom da Marca. O Grau da Marca era um complemento do grau de companheiro.Nessa ocasião era costume, um companheiro de pedreiro, escolher uma marca que fosse diferente detodas usadas por quaisquer outro naquela Loja. A Lenda do grau é singularmente instrutiva e bemfundamentada nas declarações das Sagradas Escrituras. Seu maior ensinamento é que “a educação é oprêmio do trabalho que contém uma mensagem dramática – de que a fraude nunca poderá ser bem-sucedida.”

A sua estrutura e qualificação é assim: * Venerável Mestre; * Primeiro Vigilante; * Segundo Vigilante; * Mestre

Supervisor; * Primeiro Supervisor; * Segundo Supervisor; * Capelão; * Tesoureiro; * Fiel de Registro; * Secretário; Diretor de Cerimônias; * Primeiro Diácono; * SegundoDiácono; * Guarda Interno e * Guarda Externo. Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautasda Arca Real do Brasil – GOB

Esse grau é um dos mais lindos e ricos em instruções, talvez por isso, estimulou a Grande Loja deMestres Maçons da Marca a tomar a ação decisiva de colocar esse Grau/Ordem sob sua proteção. AElevação, nesse grau comemora a providência e misericórdia de Deus e relata a lenda do dilúvio.Referência tomada diretamente do volume das Sagradas Escrituras. Se por um lado o grau da Marcaé conhecido como o Grau da Amizade, Nautas da Arca Real é sem sombra de dúvida, o Grau doAmor Fraternal. Para você ser elevado nesse Grau é necessário ter sido Avançado no Grau daMarca. Os principais oficiais dessa Loja representam Noé e seus dois filhos, Sem e Jafé.

A sua estrutura e qualificação é assim: * Venerável Comandante (Noé); * PrimeiroVigilante (Jafé); * Segundo Vigilante (Sem); * Capelão; * Tesoureiro; * Escriba; *Diretor de Cerimônias; * Primeiro Diácono; * Segundo Diácono; * Esmoler; * GuardaExterno e * Guarda Interno.

Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Arco Real do Brasil – GOB Por muitos anos o Arco Real foi praticado como suplemento do Terceiro Grau. Era considerado

pelos Antigos como um quarto grau. Mas os modernos possuíam uma postura totalmente nova paraesse grau. É descrito por muitos historiadores como sendo, “a mais sagrada parte da Maçonaria,sendo sua raiz, coração e essência.” Também é considerado como a conclusão do sistema daMaçonaria Simbólica. Para ser Exaltado nessa Ordem, você precisa ser Mestre Maçom de uma LojaRegular e Reconhecida pelo GOB. A cerimônia se desenvolve em uma época muito posterior aotérmino do glorioso reinado do Rei Salomão. O Templo de Jerusalém tinha sido destruído, o reino daJudéia fora divido e os membros de suas tribos, rendidos…

A Babilônia finalmente caiu sob o comando de Ciro, o Grande, tornando-se parte do poderoso

Império Persa, e esse dirigente extraordinariamente humano liberou os judeus do cativeiro e osconvidou a retornar a Jerusalém para começar a reconstrução do Templo. O restauro dos segredosgenuínos de um Mestre Maçom é fornecido pela lenda com a contribuição de uma descobertamomentosa feita por trabalhadores, e desse fato produz uma das mais interessantes e instrutivasexplicações da natureza de Deus. O reconhecimento do Arco Real era essencial para a Unificaçãodas Duas Grandes Lojas dos Antigos e dos Modernos. Isto foi alcançado pela ambigüidade do textoda declaração preliminar do Livro das Constituições, que afirma que a pura e antiga Maçonariaconsiste de três graus e não mais, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, incluindo aSuprema Ordem do Santo Arco Real. As lições contidas no ritual nos fazem lembrar a retomar ocaminho do encontro com Deus, tal qual no Livro das Sagradas Escrituras, de onde vêm as nossaspalavras, lembrando-nos da misericórdia e do perdão de Deus.

Devemos sempre ter em mente que a Maçonaria é um sistema peculiar de moralidade velada em

alegorias e ilustrada por símbolos. E também que os nossos rituais são baseados em lendas e não emfatos. Por isso devemos cada um de nós, interpretar que realmente foi “perdido e depoisencontrado…” Devemos interpretar as palavras no sentido metafísico… Como se a palavraencontrada fosse algo como: Descobrindo alguma coisa como se pela primeira vez… Pensarmetafisicamente é pensar, sem arbitrariedade, em dogmatismo… A sua estrutura e qualificaçãoé assim: * Primeiro Principal – Zorobabel; * Segundo Principal – Ageu; * TerceiroPrincipal – Josué; * Escriba Esdras – Secretário; * Escriba Neemias; * Tesoureiro; *Diretor de Cerimônias; * Esmoler; * Principal Forasteiro; * Primeiro Assistente deForasteiro; * Segundo Assistente de Forasteiro e * Guardião. Grande Priorado do Brasil –

Grande Priorado das Ordens Unidas – Religiosas Militares e Maçônicas – do Templo e de SãoJoão de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta do Brasil.

Essa Ordem é dividida em dois graus, por assim dizer. Os Cavaleiros Templários e os Cavaleiros

de Malta. Ambas são dirigidas pelo Grande Priorado do Brasil – GOB. Para ter ingresso e serInstalado (armado) nessa Ordem é necessário você ter sido Exaltado como Companheiro no ArcoReal e professar a fé na Santíssima Trindade. Temos notícias que em 1791 houve a união de seteacampamentos independentes, foi realizado o primeiro Conclave da ordem, como a conhecemos hoje.As assembléias onde os Cavaleiros Templários se reúnem são conhecidas como Preceptórios e quema dirige é o Preceptor. As assembléias de Cavaleiros de Malta são conhecidas como Priorado equem a dirige é o Prior. A Cerimônia é realizada num Templo que representa uma capela. Aestrutura e qualificação dos Cavaleiros Templários são assim: * Eminente Preceptor; *Capelão; * Primeiro Guardião; * Segundo Guardião; * Tesoureiro; * Escrivão; *Marechal; * Esmoler; * Principal Arauto; * Segundo Arauto; * Capitão da Guarda; * Primeiro Porta Estandarte; * Capitão da Guarda e * Guarda.

Para ter ingresso na Ordem dos Cavaleiros de Malta, o Irmão tem que ter ser Mestre Maçom,

Exaltado a Companheiro no Arco Real e Instalado Cavaleiro Templário. Essa Ordem foioriginalmente fundada em Jerusalém, durante a primeira cruzada, aproximadamente no ano de N.S.1099, para dar alívio aos peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro. Aqui também a cerimônia érepresentada pela passagem pelos graus de Cavaleiro de São João, incluindo o Passe Mediterrâneo.E dividida em duas Câmaras, uma representando a Casa do Capítulo ou Sala do Conselho doPriorado. A outra representa a Casa da Guarda. A cerimônia é uma forma simbólica, onde érealizada a antiga viagem que São Paulo fez indo de leste para oeste. Ocasião onde os irmãos serãoinstalados como Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta. Chegandoposteriormente a Terra Prometida…

Estrutura e qualificação dos Cavaleiros de Malta são assim: * Eminente Prior; *Capitão Geral; * Tenente Geral; * Primeiro Tenente; * Segundo Tenente; * Capelão; * Marechal; * Marechal Adjunto; * Hospitaleiro; * Almirante; * Conservador; *Intendente; * Depositário; * Tesoureiro; * Chanceler; * Capitão da Guarda e *Guarda

De todas elas possuímos a devida Carta Patente, dando-nos o total e amplo direito defuncionamento em nosso PAÍS. São dezessete as Ordens praticadas e devidamente Reconhecidas naInglaterra e estamos trabalhando para trazê-las, aos poucos para o Brasil. Muitas já estão em vias defato.

BIBLIOGRAFIA

Esta Peça de Arquitetura é de autoria do Ir.’.Wagner Veneziani Costa Membro Efetivodo Supremo Conselho do Grau 33 para o REAA; Grão-Mestre da Grande Loja de

Mestres Maçons da Marca; M.A.D.E. Grande Senescal do Grande Priorado do Brasil,ARLS Madras, N0 3359 e Sublime Imprensa Maçônica, N0 3999.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#101

O RITO CRÍPTICO

Nenhum Rito da Maçonaria Livre conseguiu ser tão bem sucedido nos últimos anos como oconjunto de graus conhecidos como o Rito Críptico. O crescimento atingido tem sido importante detal forma que atualmente um em cada dois Maçons do Arco Real é Maçom Críptico. A suapopularidade é bem merecida porque não existem graus mais belos e significativos em toda aMaçonaria Livre do que os conferidos num Conselho de Maçons Crípticos. A Maçonaria Livre émuito filosófica e ensina os seus ideais através de alegorias ou histórias. Esta filosofia é moralista ereligiosa. Contudo, a Maçonaria Livre não é uma religião, ou um seu substituto. Um requisito para sermembro da Maçonaria Livre é a crença declarada em Deus e na vida eterna.

È imperativo que o candidato professe pessoalmente uma fé num Ser Supremo antes de tornar-seMaçom Livre. A Maçonaria Livre nunca tenta alterar as crenças de cada um. nem nos oferece umateologia ou plano de salvação. Contudo, oferece um plano moral para ser aplicado neste mundo.Deixa ao Maçom a faculdade de tratar da sua salvação na próxima vida através da sua própriareligião. Uma das razões para a popularidade dos Graus Crípticos é porque completam a história daalegoria maçônica. A “Palavra” representa na alegoria maçônica a busca pelo homem de objetivospara a vida e para a natureza de Deus. Simbolicamente, a Maçonaria Livre ensina, na Loja, como aPalavra se perdeu e sobre a esperança da sua recuperação. O Arco Real, no Capítulo, ensina comoela foi redescoberta. A Maçonaria Críptica, no Conselho, completa esta história ensinando como sepreserva a Palavra inicial.

ORIGEM DOS GRAUSTal como em muitos dos graus maçónicos, as origens dos graus crípticos estão cobertas de

mistério. Há cerca de 200 anos surgiram os graus de Mestre Real e Mestre Escolhido (chamadosgraus da Preservação) como se surgissem de lado nenhum. Leitores maçons viajantes através doLeste conferiram-nos a Maçons, enquanto empenhados na instrução dos obreiros da Loja e dosCompanheiros do Capítulo. Até o Supremo Conselho do Rito Escocês incluiu o grau de MestreEscolhido como um dos seus graus "separados". Mas estes belos graus não permaneceram separadospor muito tempo. No estado de Connecticut nasceu o primeiro Grande Conselho em 1819. NaVirginia e na West Virginia os graus foram desenvolvidos nos Capítulos do Arco Real, onde aindapermanecem. Nos anos de 1870 um Grande Conselho Geral foi formado para os Estados Unidos.Hoje este Grande Conselho conta como associados a maioria dos Grandes Capítulos dos EUA bemcomo os da parte ocidental do Canadá e outros Estados fora do Continente americano.

Até há poucos anos atrás, a Maçonaria Críptica não constituía requisito para ser membro dos

Shriners ou duma Comenda de Cavaleiros Templários. Contudo, nos anos mais recentes um grande

número de Grandes Comendas de Cavaleiros Templários tornaram os graus Crípticos um pré-requisito para as Ordens do Templo. Tornaram-se, assim, consequentemente um pré requisito do Ritode York para o Shrine. Parece existir uma tendência crescente para que esta política seja adotada porum número crescente de Comendas nos próximos anos.

A ABÓBADA E OS MISTÉRIOSTodos os estudiosos da Bíblia e os arqueólogos conhecem as abóbadas ou crípticas sob o Templo

do Rei Salomão. Duvidamos que os Graus Maçónicos tenham sido conferidos naquelas abóbadas.Contudo, tal lenda continua a persistir através da Maçonaria Livre. O autor Maçônico, Albert G.Mackey, escrevendo acerca da abóbada diz: " A Abóbada era, então, nos antigos mistérios símbolode sepultura; para a iniciação era símbolo de morte, onde só a Divina Verdade pode ser encontrada.Os Maçons Livres adotaram a mesma idéia. Ensinam que a morte é apenas o princípio da Vida; quese o primeiro, ou o Templo evanescente da nossa vida transitória está à superfície, devemos descer àabóbada secreta da morte antes de encontrarmos a sagrada jazida da Verdade que adorna o nossosegundo Templo da Vida Eterna". Este ensinamento não é invulgar na Maçonaria Livre visto que osrequisitos prévios para a iniciação incluem que se professe a crença em Deus e na vida eterna. OUSO DO NOME CRÍPTICO

Os graus do Rito de York são classificados em Simbólicos (Loja de Mestres Maçons).

Capitulares (Capítulo de Maçons do Arco Real), Crípticos (Conselho de Maçons Crípticos), eCavalheirescos (Comenda Templária). O Rito Críptico tem o seu nome derivado da palavra Crípticaporque a cena dos graus de Mestre Real e Mestre Escolhido ocorre na Cripta subterrânea sob oTemplo do Rei Salomão. A palavra críptica significa escondido, daqui a sua utilização na descriçãodestes graus. O último grau do Rito Críptico não é críptico porque não cumpre o requisito da cena sedesenrolar na abóbada. Deve ser considerado como um grau apêndice do Rito Críptico que nãopossui conexão quer histórica ou simbólica com os de Mestre Real e Mestre Seleto, como veremos àfrente.

O GRAU DE MESTRE REAL É o primeiro grau do Rito Críptico. Os Candidatos que recebem este grau ficam impressionados

com a dignidade do ritual e com a relevância dos seus ensinamentos. Contém uma seção que égeralmente vista como uma peça relevante de trabalho ritual quando bem desempenhada projetandouma representação de grande simbolismo e conteúdo filosófico. A apresentação ritualística no grauexplica os artigos contidos no Santo dos Santos do Templo do Rei Salomão, incluindo a Arca daAliança. O conhecimento dos quais é essencial para aqueles que desejem compreender cabalmenteos graus procedentes. As principais personagens nestes graus é Salomão e a sua corte.

O GRAU DE MESTRE ESCOLHIDO O grau de Mestre Escolhido nem sempre esteve associado com o de Mestre Real. A maioria dos

escritores atribui a Jeremy Cross, um leitor, autor e educador maçônico viajante do início do séculoXIX, ter combinado os dois graus num rito. Há fortes evidencias que apoiam a teoria de que o grauprovém dum grau semelhante (6º grau) do Rito Escocês chamado Secretário Íntimo do Rei Salomão.Qualquer que seja a sua origem, a lenda deste grau é antiga. A cena deste grau situa-se na abóbada doTemplo do Rei Salomão. Os acontecimentos que caracterizam o grau são suficientemente excitantespara lhe darem um grande interesse. A apresentação ritualística contém a história que "completa oCírculo de Perfeição" da Antiga Maçonaria.

O SUPER EXCELENTE MESTRE Como foi dito, o grau de Super Excelente Mestre não é um grau da Críptica. Mas, está relacionado

com os acontecimentos que conduziram à recuperação da Palavra perdida. Este belo grau fala-nosdum período da história em que todos os maçons livres estão interessados, que é o período que sesegue à destruição do primeiro Templo. A essência do grau é pressagiada na apresentação peloViandante Principal no Arco Real quando faz a seguinte referencia: Sedecías, o último Rei de Judá,tinha vinte e um anos, quando subiu ao trono e reinou onze anos em Jerusalém. O seu comportamentodesagradou ao Senhor, seu Deus. etc…".

O grau de Super Excelente Mestre é um dos graus melhor delineados, mais tocantes e belos.

Contém muitos ensinamentos para aplicarmos na nossa vida quotidiana. Numa representação deacontecimentos excitantes, as personagens bíblicas ganham vida representando o drama histórico daBíblia Sagrada. Aqui Nabucodonosor ainda reina ; Sedecías experimenta os resultados da sua vidaperversa e Ezequiel e Jeremias profetizam as promessas de Deus Todo Poderoso.

Observação: Peça de Arquitetura Publicada no Yorkie Vol.2 n.º1 (Setembro de 1998) UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#102

O AVENTAL DO APRENDIZ

Em Loja, o Aprendiz Maçon usa um avental retangular completamente branco, com uma abasuperior, de forma triangular, igualmente integralmente branca, que é usada levantada. Ensina oRitual do Rito Escocês Antigo e Aceite – aquele que é praticado pela Loja Mestre AffonsoDomingues – que a cor branca do avental simboliza a pureza do seu coração, recomendando ainda aoAprendiz que evite conspurcar o seu avental.

Em determinada passagem do mesmo Ritual, o Aprendiz é informado de que deve usar o avental

com a aba levantada, sem que sejam dadas quaisquer explicações ou justificações para essadeterminação. Pese embora o fato de o Ritual apresentar a cor branca do avental de Aprendiz comosímbolo de pureza, é minha convicção de que a escolha dessa cor tem uma origem muito maisprosaica. Retenhamos, antes do mais, que a Maçonaria Especulativa, tal como foi fixada no séculoXVIII, em Inglaterra, deriva de uma Maçonaria Operativa, existente desde, pelo menos, há algunsséculos atrás, que regia o ofício dos construtores em pedra e que agrupava os respectivosprofissionais, nas suas diversas vertentes (Mestres de Obras ou Arquitetos, Pedreiros, Canteiros,Escultores, etc.).

O uso de avental por profissionais de diversas profissões tem origens antigas e permanece actual.Os ferreiros e ferradores usavam avental e, pelo menos aqueles, ainda hoje usam; os cozinheirosusavam e usam avental; os trabalhadores em pedra usavam avental, etc.. O propósito do uso destapeça é evidente: a proteção da roupa envergada pelos respectivos portadores, evitando que esta sejasuja ou danificada pelos materiais trabalhados pelo profissional. Naquelas épocas, o nível de vidados artesãos não era propriamente desafogado. A proteção da sua roupa era-lhes indispensável, oavental de proteção utilizado era confeccionado no material que, exercendo essa proteção, fosse maisabundante e barato.

Os aventais eram, assim, confeccionados na matéria-prima que então abundava na Europa e era

barata: a pele de ovelha, com a respectiva lã. A razão porque o avental era branco decorre assim doprosaico fato de a lã ser dessa cor! E obviamente que não se ia encarecer o artefacto tingindo-o,porquanto se tratava de uma peça de trabalho, destinada a ficar suja no decorrer do trabalho, não deuma peça de adorno. Não era apenas o Aprendiz de trabalhador em pedra que usava avental de pele elã branca. Eram todos os trabalhadores em pedra.

Evidentemente que, com a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativa, a

razão do uso dessa peça alterou-se, passando tal uso a ter valor simbólico, primeiro, de distinção de

grau, seguidamente, e de adorno finalmente (particularmente nos Altos Graus e em Grande Loja, emque, por vezes, são utilizados vistosos, belos - e caros! - aventais). E, com essa transição, o aventalperdeu o seu valor de proteção de vestuário. Daí que, enquanto que, nos tempos da MaçonariaOperativa o avental se destinava a ser sujo em vez da roupa que ele protegia, com o advento daMaçonaria Especulativa essa necessidade desapareceu e, portanto, passou a desejar-se quepermaneça sempre limpo, quer material, quer simbolicamente, neste plano representando a pureza decaráter que o seu portador deve ter e que deve procurar sempre, mais e mais, aperfeiçoar.

O avental branco, em bom rigor, não é o avental do grau de Aprendiz: é o avental do maçon!

Aliás, ainda hoje, em muitas Lojas dos Estados Unidos é comum entregar-se àquele que é iniciadoum avental de pele de ovelha, com lã, branco, o qual é religiosamente guardado e nunca utilizadopelo maçon seu proprietário, a não ser em ocasiões festivas ou cerimoniais. Qualquer que seja o graude quem o usa, o avental de pele e lã branco é ali utilizado como peça de adorno cerimonial!

Ainda hoje, em todas as Obediências, o avental branco pode ser usado por qualquer maçon, qualquerque seja o seu grau e qualidade. As únicas diferenças são que, por um lado, o Aprendiz só pode usaravental branco, enquanto que os maçons de outros graus podem usar o avental branco ou o do seugrau; e, por outro, que o Aprendiz deve usar o avental branco com a respectiva aba levantada,enquanto que os demais maçons, quando usam avental branco, o fazem com a respectiva aba baixada.

O atual Grão-Mestre da GLLP/GLRP, Muito Respeitável Irmão Mário Martin Guia utilizahabitualmente um singelo, mas belíssimo, avental todo branco, adornado apenas por um discretobordado, também branco, assim simbolizando que até mesmo o Grão-Mestre se deve sempreconsiderar um eterno Aprendiz. Quanto à razão do uso do avental com a aba levantada pelo Aprendiz(e aqui, efetivamente, só por este), não explicada ou justificada no ritual, deve buscar-se também nasraízes operativas da Maçonaria e na função de proteção do avental, importadas e adaptadas para aMaçonaria Especulativa. Porque o Aprendiz ainda não é versado nem experiente na Maçonaria,porque é natural que cometa erros, porque ainda está aprendendo a trabalhar a pedra bruta do seucaráter, a sua necessidade de proteção é simbolicamente maior. Daí que deva aumentar a área deproteção proporcionada por essa peça, para tal usando a respectiva aba levantada.

Quando as mais agudas arestas do seu caráter estiverem já trabalhadas, quando esse caráter se

tiver já aperfeiçoado e o maçon não o trabalhe já como uma pedra bruta, antes o cinzele como se faza uma pedra cúbica, então a necessidade de proteção terá diminuído e o maçon poderá então passar ausar o seu avental com a aba baixada. Mas, quando assim for, já, em reconhecimento do esforço queefetuou, os Mestres da Loja providenciaram o seu aumento de salário – e já não será Aprendiz!

BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, foi editada em outubro de 2007 pelo nosso IR.’.

Rui Bandeira, mui digno Mestre da ARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES da cidade deLisboa - Portugal

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/03/o-avental-do-aprendiz.html

#103

A SAGRADA HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

AS ORDENS DE CAVALARIA A idéia básica desta peça de arquitetura, é fazer uma rápidaanálise das Ordens de Cavalaria que marcaram a Idade Medieval. Este trabalho não pretende deforma alguma esgotar o assunto; é apenas uma rápida visão das Ordens dos Templários,Hospitalários e Teutônicos. Capítulo 1 - Os Templários Nome Completo: Pobres Cavaleiros deCristo e do Templo de Salomão.Os Cavaleiros Templários são os membros da mais antiga e poderosa das três Ordens Militantes queserão abordadas neste trabalho (Templários, Hospitalários e Teutônicos). Sua sede localizava-sepróxima ao Templo de Salomão, motivo pelo qual foram chamados Templários. Em 1.118 AD aOrdem tinha sido sancionada oficialmente pela Igreja católica romana e tinha muitos membros ehavia enriquecido. Eles eram uma Ordem bem organizada, com muitos contatos externos, inclusiveentre os sarracenos e o poderoso grupo conhecido como "Os Assassinos de Hashshashin". OsTemplários lutaram corajosamente pelo Cristianismo durante a 2ª Cruzada, mas depois que Jerusalémfoi recapturada pelos Turcos, retiraram-se para Chipre.

Uma vez removidos da Terra Santa, os Templários tiveram o propósito de sua existência junto ao

Clero e a nobreza, estremecidos, o que possibilitou a vergonhosa cobiça de suas riquezas pelo Reida França, Felipe IV "O Belo" e seu assecla o Papa Clemente. Entre as invenções dos Templários,podemos citar a principal que foi a idéia original da criação dos bancos, com seus cheques e outrosmétodos de crédito projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa. OsTemplários não foram a primeira Ordem Militar a encontrar o que o autor do texto chama de "osvampiros" e que eu expressaria como o "lado negro da força", mas, foram eles certamente, osprimeiros a combater estes "vampiros" sob uma base organizada. A perseguição inumana aosTemplários e o aparente sucesso destes vampiros, incitou o que o autor denomina como "as criançasde Cain", a organizarem-se e conspirarem para dissolver a Ordem. Conforme citado acima, o ReiFelipe IV (um fantoche destes vampiros) torturou e matou muitos Templários, além de confiscar suaspropriedades, com a anuência de um Papa dominado e subserviente Mas, segundo o autor, osTemplários foram apenas fragmentados e sobrevivem em Sociedades Secretas, amplamente dispersase com Lojas em todo o mundo.

Os Templários são (o autor refere-se a eles no presente) pessoas intelectuais e empresariais comalto nível aquisitivo. O equipamento (atualmente apenas ritualístico) de combate é igual aostradicionais cavaleiros porém, não é admitido o uso de nenhuma marca, broche, símbolo ou emblemade identificação. Suas batas monásticas e cerimoniais são distintivas, com uma cruz alargadavermelha (a Cruz Patté ou de Malta) fixada sobre um fundo branco. Sua bandeira é um céu preto em

um campo branco ou a tão conhecida bandeira quadriculada (usada para designar os vencedores emcompetições). Os Templários foram uma força fragmentada por mais de 600 anos e sobreviveramcomo uma organização secreta. A sede da Ordem reavivada está na Escócia, em um castelo ecatedral misteriosos, conhecidos como Rosslyn. Situado na área central escocesa, este lugar místicofoi tema de muitos rumores e lendas sobre ter contido muitos dos segredos e tesouros dos Templáriosdurante séculos

Os atuais Templários pertencem a um grupo cauteloso e fechado, que, após a amarga experiênciade princípios do século 14º, costumam manter-se herméticos a estranhos. São pessoas que dão muitaimportância à investigação e pesquisa. A presença feminina era na antigüidade, permitida desde queem funções não combatente e mesmo assim, após adotar o hábito de freira. O autor afirma que existeatualmente, muita pressão para a aceitação de mulheres na Ordem. Eu gostaria neste momento deinterromper o texto para comentar que atualmente, estão pipocando dezenas de Grupos que sedenominam descendentes dos Templários de Origem. É preciso ter-se muito cuidado e muito bomsenso na análise de tais grupos. Quase todos os Templários são obcecados pelo conhecimento; sendoeste, considerado como primário para o desenvolvimento da habilidade de pesquisa. Elesnormalmente têm conceitos profissionais altamente educados. Cultivam o desenvolvimentointelectual, bem como o burocrático, investigativo, lingüístico, legislativo e habilidades financeiras.Possuem também, fortes contatos, Influência e recursos.

Princípio Histórico Os Cavaleiros Templários, tiveram sua origem em um pequeno grupo de cavaleiros cruzados, cuja

tarefa original era a de manter as estradas da Terra Santa seguras, protegendo os peregrinos contra osataques dos muçulmanos ou bandidos. Formado aproximadamente em 1.115 por Hugo de Payens ouBorgonha e mais oito cavaleiros, conquistaram rapidamente a simpatia do Rei Baldwin II deJerusalém, que lhes concedeu o direito de usar parte do antigo Templo de Salomão como sendo suasede. Em 1.118, o pequeno grupo, jurou ante ao Patriarca de Jerusalém que eles manteriam os votosmonásticos de pobreza, obediência e castidade enquanto protegeriam a rota dos peregrinos entreJerusalém, Jerico e o Jordão. O número de cavaleiros cresceu rapidamente, pois, o conceito de umgrupo devoto de guerreiros que faziam o trabalho de Deus na Terra Santa angariou grandepopularidade. Com este aumento de seu efetivo, Hugo resolveu interagir junto ao Papa para que seuscavaleiros fossem reconhecidos como uma ordem monástica oficial, com regras específicas para opapel de combatente do Cristianismo. Em 1.124 Hugo viajou para a Europa para conseguir apoiopara o seu novo grupo de guerreiros - monges. O Papa convocou um Concílio da Igreja Católica emTroyes, e S. Bernardo de Clairvaux auxiliou na aprovação da Ordem, além de ser o responsável pelaelaboração de suas Regras.

Com a aprovação do Papa e de S. Bernardo que já gozava na época de grande reputação, aOrdem ganhou muitas adesões de novos cavaleiros. Em 1.130, Hugo já possuía 300 novos membros.A nova Ordem foi conduzida por um Mestra Principal (Grão Mestre), pelo Seneschal, Marechal,

Chefe e Preceptor (mestre de províncias). Cada província foi dividida em várias preceptorias, cadauma com seu próprio capitão de cavaleiros e um lugar-tenente. Os Templários permitiram o ingressona Ordem de membros subordinados na categoria de sargentos (não pertenciam à nobreza), bemcomo cavaleiros que só serviam em um curto espaço de tempo; foi permitido o casamento, desde que,em caso de morte, todos os bens do casal fossem transferidos para a Ordem. A Ordem começou areceber também, presentes em forma de terras e dinheiro. Na plenitude de seu poder, a Ordempossuiu mais de 9.000 títulos e solares (pequenos castelos) ao longo da Europa e da Terra Santa.Segundo os historiadores, foi esta vasta riqueza que causou a queda da Ordem, pois causou a inveja ea cobiça do Rei Felipe "O Belo" da França. Por volta de 1.177, cerca de 80 Templários conduzindooutros 300 cavaleiros, conduziram um ataque de cavalaria que culminou por vencer Saladino quechefiava um exército muito maior. Os muçulmanos foram derrotados, o que aumentou o prestígio daOrdem. Infelizmente, as glórias de vitórias como esta, eram estragadas através de várias derrotasestúpidas.

Em 1.187, o Mestre Principal da Ordem, Gerard Ridefort conduziu uma força de 90 Templários e40 outros cavaleiros, contra 7.000 homens da cavalaria muçulmana. Só ele e dois outros Templáriosescaparam com vida. Mas eles demonstraram com isso, a determinação templária de lutar até oamargo fim. Em 1.243, com a perda de Jerusalém para os muçulmanos, só 36 Templáriossobreviveram (de um total de 300 sobreviventes). Em 1.250, 200 Templários morreram nas ruas deMansurah depois que o Grão Mestre deles tinha adverti-los de uma iminente emboscada. Porocasião da derrota final da Cristandade na Terra Santa - o outono de Acre - os cavaleiros foramforçados a buscar refúgio no "chapterhouse" deles, cujas paredes, com o ataque muçulmano, jáestavam sofrendo severos danos. Enquanto negociavam um tratado de rendição, os muçulmanoscomeçaram a sacrificar civis que estavam abrigados dentro dos limites da Ordem. Obedecendo aosvotos que haviam feito quando da entrada na Ordem, os Templários restantes correram em defesadeles/delas. Enquanto isso, o oficial que negociava o tal tratado, foi covardemente decapitado.Depois de outra semana de lutas, os Templários restantes, morreram junto com 2.000 atacantesmuçulmanos quando o edifício da Ordem desmoronou sobre eles no último ataque.

Até que a Ordem fosse dissolvida em 1291, os Templários também foram pressionados aenvolverem-se em uma nova cruzada, que culminaram em mais fracassos. Segundo o autor, a Ordemnesta ocasião, já tinha sido reduzida a um grupo de banqueiros. Conforme já mencionamos, o ReiFelipe VI " O Belo " organizou a queda da Ordem. O autor conta-nos que foram "plantados" espiõesentre os graus, com um plano cuidadosamente organizado de acusar a Ordem de heresia, que seria oúnico motivo plausível para a sua dissolução e principalmente, confisco de seus bens. Em 1305, umdestes espiões, o renegado Templário Esquiu Floyrian, foi amplamente utilizado por Felipe para oataque à Ordem na França. Ataques semelhantes estavam montados na Inglaterra e Espanha, mas asacusações caíram no ridículo. Seguiram-se vários anos de disputas legais, durante os quais, o GrãoMestre Jacques de Molay colocou sua fé na suposta invulnerabilidade da Ordem contra a autoridade

da nobreza e confiou em proteção papal; porém, os ataques foram feitos individualmente contra osmembros da Ordem, o que os tornou vulneráveis às torturas. Em 1312, foi dissolvida a Ordem.

Capítulo 2 - Os Hospitalários Nome completo: Cavaleiros Hospitalários de S João,Jerusalém, Rhodes e Malta

Formada depois da Primeira Cruzada, A Ordem dos Hospitalários dedicou-se originalmente àmedicina, curando e provendo o repouso para os peregrinos. Devido às contínuas invasõesmuçulmanas, os Hospitalários adotaram a filosofia guerreira dos Templários e rapidamentededicaram-se à defesa Militar da Cristandade. Porém, os Cavaleiros Hospitalários nuncaesqueceram suas origens e sempre mantiveram hospitais para cuidar dos doentes e feridos. OsCavaleiros de São João têm uma filosofia de cura, e todos são treinados em medicina . OsHospitalários foram a única Ordem a sobreviver incólumes aos turbulentos séculos (ainda hoje aOrdem Hospitalária é atuante, com Sede na Ilha de Malta, no Mediterrâneo) em que atuaram. Duranteos últimos séculos, eles agiram freqüentemente em auxílio ao braço da espionagem do Vaticano. Amaioria das pessoas os vêm como dedicados à obras beneficentes, especialmente em auxílio pelomundo inteiro em serviços de ajuda a desastres. Os membros desta Ordem, aparecem em público,normalmente, muito bem vestidos.

Como a maioria dos médicos, eles acreditam em padrões altos de limpeza e higiene. Seu uniformecerimonial é negro com uma cruz branca (a Cruz maltesa). Ocasionalmente, os guerreiros mongesmais antigos, usam batas vermelhas com a Cruz maltesa branca.

Desde que foram expulsos de sua sede na Ilhade Malta em 1.700, por Napoleão, os Hospitalários tiveram que contentar-se com uma propriedadepequena perto do Vaticano em Roma. Porém, foi permitido recentemente aos cavaleiros, reaveremseu castelo de Valletta; entretanto, o maltês já não os aceita como senhores. Os membros destaOrdem são geralmente escolhidos entre os médicos, homens de ciência ou com tendências aosacerdócio. Conforme comentamos acima, um braço dos Hospitalários foi fortemente envolvido naespionagem do Vaticano, durante séculos. O autor levanta a suspeita de que ainda hajam membros daOrdem dedicados à esta tarefa. Esta é a Ordem mais tradicional (do ponto de vista de submissão aoPapa) e coloca grande ênfase em religião e cerimônias religiosas. Como resultado, só são permitidaspara as mulheres servir dentro da Ordem de uma maneira não combatente. O Hospitalários têm umforte sensos de justiça. Eles não auxiliarão nenhuma pessoa ou criatura que eles pensam que são máse isto os põe freqüentemente em conflito os com o Templários e Teutônicos.

Princípios Históricos: Os Cavaleiros Hospitalários, pertencem à uma Ordem cuja poderosa cuja documentação os torna

oficiais e legais até os dias de hoje. Seus tradicionais rivais foram os Cavaleiros Templários. Suaestrutura básica é bastante parecida com a dos templários porém com um maior enfoque em saúde emedicina. A Ordem de São John originou-se com um hospital dedicado a São João em Jerusalém,

aproximadamente em 1.070, 30 anos antes da Primeira Cruzada, por um grupo de comerciantesitalianos que queriam cuidar dos peregrinos. Foi constituída como uma Ordem aproximadamente em1.100, logo após a Primeira Cruzada, quando assumiu seu primeiro Grão Mestre Principal (que oautor não cita o nome). O Hospitalários seguiram assim aos Templários mas com enfoque para otrabalho médico.

Por volta de 1.126, porém, aproximadamente oito anos depois dos Templários aparecerampublicamente, os Cavaleiros de São John tinham começado a assumir um caráter crescentementemilitar que ficaria, com o tempo, mais proeminente que o próprio serviço de hospital, para o qualtinham sido instituídos. O autor cita aqui que em sua opinião, os Hospitalários podem ter sidoobrigados a adotar o braço combatente, porque os Templários não estavam fazendo o trabalho a elesdestinado, dedicando-se a percorrer a Terra Santa em busca de relíquias Santas, em vez de protegeros peregrinos. Os Hospitalários, junto com os Templários e Teutônicos, tornaram-se o exércitoprincipal e poder financeiro na Terra Santa. Este poder expandiu-se ao longo do Mediterrâneo.Como os Templários, eles ficaram imensamente ricos. A Ordem desenvolveu-se em um exércitovasto, organização eclesiástica e administrativa com centenas de cavaleiros, um exército parado,numerosos serviços secundários, uma cadeia de fortalezas e propriedades enormes de terra pelomundo Cristão. A Ordem permaneceu verdadeira a suas origens e mantém até os dias atuais,hospitais atendidos por seus próprios providos cirurgiões e demais funcionários.

Em 1.307, quando os Templários foram acusados de uma série de ofensas contra a ortodoxiacatólica, o Hospitalários conseguiram ficar imunes de qualquer estigma. Eles retiveram o favor dopapado. Na Inglaterra e em outros lugares, ex-propriedades dos Templários foram entregadas paraeles - impulsionando ainda mais suas riquezas. Depois de 1.291, os Cavaleiros de São Joãoretiraram-se para Chipre. Em 1.309 eles estabeleceram sua sede na Ilha de Rhodes que governaramcomo o principado privado. Eles ali permaneceram durante dois séculos e resistiram a dois ataquesdos Turcos.

Em 1.522, um terceiro ataque os forçou a abandonar a ilha e em 1.530 eles novamenteestabeleceram-se em Malta. Em 1.565, Malta foi sitiada pelos Turcos em uma tentativa ambiciosapara conquistar o Mediterrâneo. Em uma defesa épica, 541 Cavaleiros Hospitalários e sargentosjunto com 1.500 soldados a pé e mercenários repeliram os repetidos ataques, de 30,000 inimigos. Aderrota histórica infligida aos Turcos, destruiu seus planos de invasão. Seis anos depois, em 1.571, aFrota da Ordem, junto com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, ganharam uma decisivabatalha naval de Lepanto e quebraram o poder marítimo turco. A frota dos Hospitalários foipremiada com créditos pelos afundamentos.

No 16º século eles eram ainda um exército supremo com poderes navais consideráveis no mundoCristão, contando com força e recursos financeiros comparável à maioria das nações. Mas a reformaprotestante tinha começado a quebrar a força da Europa Católica, e a própria Ordem viu-se fendidacom novas convicções.

A Europa passou para uma idade nova de tolerância religiosa e mercantilismo. O Cavaleiros ainda estavam em Malta em 1.798, entretanto a Ordem havia transformado-se em

apenas uma sombra do que eles eram. A Freemasonry tinha corroído as suas submissões católicas equando Napoleão invadiu a ilha a caminho do Egito, os cavaleiros não ofereceram nenhumaresistência. Quando Horatio Nelson recapturou as ilhas, os cavaleiros puderam ali restabelecer umapresença não oficial. Em 1.834, uma base oficial era estabelecida em Roma. Uma vez maisdedicados ao hospital e ao trabalho junto à saúde, os cavaleiros mantêm sua fortaleza em Mala mas,não têm nenhum poder de governo. De maneira muito interessante, foi considerado seriamente apossibilidade de entregar Israel para os Hospitalários depois de Segunda Guerra Mundial. Do pontode vista de direitos internacionais, os Cavaleiros de Malta são encarados como um principadosoberano independente, com a opção de um assento nas Nações Unidas (o qual eles nunca ocuparam).Podem ser identificadas embaixadas na África e países americanos latinos com plenos privilégiosdiplomáticos. Capítulo 3 - Os Teutônicos

Nome completo: A Ordem Sagrada dos Cavaleiros Teutônicos . A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi fundada em 1.190 por Cruzados alemães na Palestina e

foi reconhecida pelo Papa em 1.199. Instituída depois dos Cavaleiros Templários, e dosHospitalários, restringiu a admissão à Ordem, apenas aos membros da nobreza alemã. A novaOrdem, constituiu-se no principal grupo militar alemão. Em 1.229 os Cavaleiros Teutônicoscomeçaram uma cruzada para converter e pacificar os eslavos pagãos da Prússia. Eles esmagaram oseslavos nativos e adotaram para si próprios, um estado de semideuses. A forma impiedosa decombater o inimigo, rendeu aos Teutônicos, a reputação de guerreiros malignos. Os CavaleirosTeutônicos tornaram-se cínicos, e acreditavam que a eliminação total do inimigo era o único meio deerradicar rapidamente o mal. Para atingir seus objetivos, seu treinamento militar era supremo. Osmembros desta Ordem são normalmente fortes e refletem seu treinamento militar. Vestidos parabatalha, são iguais a todos os demais cavaleiros; em alguns casos um Teutônico pode ter algunssuplementos opcionais alinhavados em seu vestuário entretanto, normalmente, suas batas são brancase adornadas com uma cruz preta simples. Após as batalhas da Idade Média, durante vários séculos,um pequeno grupo dos Teutônicos serviu em Viena como uma pequena chama que mantinha vivaOrdem; porém, agora que a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi restabelecida, eles readquiriramsua antiga sede no Castelo de Marienburg.

Os membros da Ordem são encarados pela população em geral, como pessoas normais quepertencem à uma Ordem semi clerical, dedicada ao trabalho de caridade; mas, segundo o autor, osmembros da Ordem têm força para dobrar barras de ferro, o que as afasta da média da população. OsCavaleiros Teutônicos escolhem os seus sócios cuidadosamente, geralmente provenientes de políciasespeciais ou forças armadas de vários pontos ao redor do mundo. A maioria do CavaleirosTeutônicos vêm destes exércitos ou equipes de força policial. Os cavaleiros são muito reservados e

raramente revelam sua identidade em público. Esta é a única Ordem que obriga os seus membros àsantigas regras de não manter contatos familiares. Os fundos financeiros deles são quase impossíveisde serem localizados, seus detalhes pessoais são protegidos até mesmo de Teutônicos da mesmacategoria e suas habilidades de luta são cuidadosamente desenvolvidas. Para pertencer à Ordem énecessário possuir muito bons atributos físicos e ser um excelente lutador. Sua fama é a de possuíremum temperamento agressivo, e freqüentemente estão ansiosos para entrar em uma briga. Este tipo deatitude é interpretado freqüentemente pelos Hospitalários e Templários como puro instinto animal.As outras Ordens não apreciam o ódio e a preocupação com que o Teutônicos agem com os inimigos.

Os Teutônicos normalmente ficam frustrados com estratégias a longo prazo. Eles gastam a maiorparte de suas vidas treinando para lutar e querem pôr todo o treinamento em prática rapidamente.Eles tendem a serem difíceis de se dar bem socialmente. Eles repugnam o artifício ou as táticas sutise acreditam na confrontação frente-a-frente como melhor tática de aproximação. Isto os conduziufreqüentemente, em desentendimentos com os Hospitalários e Templários. Às vezes os Teutônicosquando fora da Ordem, ignoram as instruções de seus próprios oficiais, se julgarem que a mesma éimprópria ou incorreta. Princípios Históricos

Os Cavaleiros Teutônicos são um exército e Ordem religiosa alemã, baseada nos Hospitalários eTemplários. É a mais jovem das três Ordens militares, foram fundados em 1.190 como uma unidadede auxilio, por Comerciantes alemães preocupados com os compatriotas sujeitos às doenças . Osmembros do grupo estabeleceram-se entre os integrantes do exército Cristão acampado fora do Acre.Pouco depois, foi-lhes concedido terras para construir um hospital, e também um estado Monástico.Os Teutônicos foram então, surpreendidos com a instrução pelo Papa Innocent III, para se tornaremuma Ordem Militar. O braço militar era baseado no modelo dos Cavaleiros Templários e o hospitalnos Cavaleiros Hospitalários.

A Ordem dos Teutônicos não restringiu então, aos seus membros, a exigência de pertencer ànobreza alemã. Os únicos limites eram ser um homem livre e não estar casado. A Ordem geralmenteusava um hábito branco com uma cruz preta. Cada um dos 12 Capítulos da Ordem, havia um líderconhecido como Komtur, significando o oficial de diligências. Quando um Grão Mestre morria, todosos Komturs reuniam-se para eleger 13 membros que, em troca, elegeria um novo Grão Mestre. Osoutros oficiais do comando (Grosskomtur), eram: o Ordensmarshall, o Tressler (o tesoureiro), oSpittler (Hospitalários) e o Trapier (chefe de quartel). A Ordem nunca se distinguiu na Terra Santa.Não lutou nenhuma batalha famosa, nem desfrutou inicialmente a riqueza de apoio dada às outrasOrdens. È parcialmente por causa desta falta de apoio que permaneceu um movimento puramentegermânico; fato este que logo direcionou seus interesses para a própria Pátria. Em 1.216 a ordemperdeu a maioria de seus cavaleiros e seu Grão Mestre em ação na defesa da Terra Santa. A Ordemficou em Acre até a queda do reino em finais do 13º século, quando os Teutônicos aumentaramgradativamente sua força nos Bálcãs. A Ordem ajudou o Rei Andrew da Hungria nos meados de1.210 a desalojar os Kumans que estavam invadindo a Transilvânia. Outro que pediu ajuda à Ordem

foi o Duque polaco Conrad de Masovia, que pediu para a Ordem proteção contra os pagãos queinvadiam suas terras. A Ordem era inumana em sua briga contra as tribos pagãs, até mesmo compequenos contingentes de cavalaria eram praticamente invencíveis em face a qualquer inimigo. OsTeutônicos não tinham misericórdia. Qualquer homem, mulher ou criança conquistado tinha que seconverter ou seriam executados. Os nativos tornaram-se servos da Ordem, controlados de uma sériede fortalezas poderosas. Os domínio teutônicos estenderam-se pelos Bálcãs da Polônia, pela Lituâniae Suécia.

Nos 100 anos seguintes eles estenderam seu domínio ao longo do Báltico do Golfo da Finlândiapara as margens do Pomeranian. Os Teutônicos colonizaram a terra com alemães e estabeleceram umgoverno central forte com sede em Marienburg, Prússia. Rebeliões nos anos 1.260 forçaram a Ordemem seus limites. Depois que vários castelos balcânicos e Acre caíram em finais do 13º século, oscavaleiros migraram a sede deles para Veneza. O território perdido nos Bálcãs foi logo recapturado.Os Cavaleiros Teutônicos governaram a nova terra deles eficazmente. A maioria dos colonos achouestranho ter que responder a assuntos financeiros a monges que não foram autorizados a possuirqualquer coisa, mas isto limitou a corrupção e permitiu que os negócios fossem operados comeficácia. Durante princípios de 1.300, a Inquisição atacou os Templários e Teutônicos com asacusações de crueldade e bruxaria; entretanto o teatro de operações dos Teutônicos (Prússia e aCosta do Báltico), colocou-os em segurança, além do alcance de qualquer autoridade que poderiaagir contra eles.

As regras dos Teutônicos não era fácil. No 14º século aconteceram uma série de batalhascontínuas contra os lituanos; até 80 expedições ao todo com até sete em um ano. Os Teutônicosalcançaram o cume de seu poder e reputação durante este período, aparecendo então, algumas dasmelhores mentes militares da era. Derrotado pelos polacos e lituanos na Batalha de Tannenberg em1.410, os Cavaleiros Teutônicos foram forçados em 1.466, a ceder a Prússia Ocidental e Pomereliapara a Polônia e mover sua sede para Konigsberg na Prússia Oriental. Em 1.525 o Grão Mestre daOrdem, Albert de Brandenburg, converteu-se ao Luteranismo . A imagem teutônica, como tambémparte da própria Ordem, foi seqüestrada pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial. A CruzadaEslava da Ordem foi sustentada como um exemplo de superioridade alemã e foi usada como umadesculpa para outro ataque à Rússia. Muitos membros da SS auto nomearam-se como Cavaleiros daOrdem Militar. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos ainda existe na Áustria como uma organizaçãosemi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade.

Capítulo 4 - Os Lugares Santos VALLETA, MALTA (Hospitalários) Entre suas características originais, possui uma série de albergues (pousadas), representando

áreas da Europa, tais como Aragão, França, Alemanha, Provence, Castilha, Itália e Inglaterra. Nacosta norte da ilha está a baía onde S. Paulo naufragou em sua tentativa de chegar em Roma. Apresença dos Cavaleiros permanece, com várias estruturas e fortificações que comemoram locaiscom significado religioso; mas mais proeminente é a do castelo do mar de Sant'Angelo, o forte de St

Elmo e o subúrbio cercado de Vittoriosa, abrangendo dois promontórios que proveram um portonatural facilmente defendido. Todos estes pontos são parte do que tornou-se a cidade de Valleta. Acidade foi nomeada em homenagem ao Grão Mestre Jean de la Valette, veterano do ataque de Rhodessendo considerado como o defensor próspero de Malta contra os Turcos otomanos. No centro dasfortificações construídas para defender o Porto Principal está a Catedral de São João, construídapelos Cavaleiros Hospitalários como centro da adoração, em 1.578. O exterior da Catedral éaustero, mas dentro dela é surpreendentemente extravagante. No chão de um quarto estão 375 tabletes(lajotas) de mármore, cada uma ricamente decorada e registrando as ações da Ordem. Este quarto éconhecido como o mausoléu de cavalheirismo.

O grande hospital - contendo um dos quartos maiores em toda a Europa - é o ponto alto daconstrução médica Hospitalária. O pupilo principal mede 185 pés de comprimento por 35 pés delargura, com 31 pés de altura (pé direito). Construído por volta de 1.570, está atualmente desativado.Foram observados padrões rígidos de limpeza e higiene, pelos Hospitalários, que cuidaram dospacientes usando utensílios de prata para assegurar higiene, além de contarem com um corpo decirurgiões da Ordem, considerados como os melhores e mais bem treinados de toda a Europa. Acidade foi tomada por Napoleão Bonaparte em 1.798 sem resistência. Reduzidos a algumaspropriedades de terra e um edifício em Roma, os Hospitalários buscaram consolo nas origens de suaOrdem e devolveram suas Regras. Com o tempo, com o reaparecimento de seu poder e prestígio, foidevolvida sua propriedade dentro de Valleta.

CASTELO de MARIENBURG, POLÔNIA (Teutônicos) A sede dos Cavaleiros Teutônicos na Prússia Oriental (agora Polônia), castelo de Marienburg foi

construído originalmente em 1.276 pelo Grão Mestre Von Winrich Kniprode como uma fortalezafuncional e sua importância foi estratégica para o comando e sede dos Teutônicos por volta de 1.309.Como os Cavaleiros ampliaram seus territórios e trouxeram paz para a área, o castelo tornou-se ummagnífico hotel para os nobres visitantes e Cavaleiros que quiseram tomar parte nas campanhas daOrdem. Reformado completamente durante o 19º século, foi bombardeando pelos Aliados que oreduziram a ruínas durante Segunda Guerra Mundial. O Governo polonês devolveu o castelo aosTeutônicos como meio de restabelecer a tradição e manter o local histórico.

CAPELA de ROSSLYN, ESCÓCIA (Templários) Três milhas sul de Edinburgh e sete milhas da antiga sede dos Templários, na Escócia, em

Balantrodoch, está a aldeia chamada Rosslyn. Empoleirado na extremidade de um desfiladeiro sobrea cidade encontramos a Capela de Rosslyn - gotejando tão pesadamente com esculturas góticas,nórdicas e Célticas que parece ser parte de algo maior. Pretendia-se originalmente que Capela deRosslyn fosse a Capela da Senhora, parte de uma estrutura maior que pretendeu ser a maior Catedralna Europa. A falta de capital e a necessidade de atenção em outro lugar (?) impediu a obra de ser

completada.O interior da capela que teve suas fundações iniciadas em 1.446, contém muitas imagens

esculpidas além de padrões geométricos e símbolos que são muito populares entre os Freemasons.BIBLIOGRAFIA Tradução e adaptação de Vicente Pereira Soares Neto M.'.M.'.Obtido no

Site da Loja Virtual da Arte Real Brasil http://www.geocities.com/SoHo/Museum/6506/ Autor: Ir.'. EDSON FERNANDO DA SILVA SOBRINHO

NON NOBIS. DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO DA GLORIAN Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/03/sagrada-istoria-dos-cavaleiros.html

#104

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL

Atualmente, observamos como a Maçonaria no mundo tem apresentado seu declínio, seja por falta deinteresse dos profanos bem como o desinteresse de nossos Irmãos que se retiram voluntariamente oude forma obrigatória das fileiras maçônicas, e muitas vezes sem alcançar o mestrado. Nossa Ordemenvelhece, e os novos irmãos, que interessados estão, não encontram motivação para fortalecer ascolunas de nossas Oficinas. No Brasil, isto se apresenta claramente. As causas principais tem sido aconstante confrontação de interesses e, a falta de respeito às verdadeiras e autênticas tradiçõesmaçônicas. Dirigentes ocupam cargos em situações não muito claras, e muitas vezes sem preparaçãopara ocupar os mesmos.

Muitos de nossos irmãos observam a maçonaria como uma instituição social, confundindo comClubes de Beneficência. Nossas reuniões se encontram, dia a dia, com a falta da verdadeira intençãode nossos rituais. Ante esta preocupação, decidimos fazer algo, conscientes da difícil tarefa deempreender um projeto que resgatasse nossas Augustas Tradições. Sabemos que este não é umproblema isolado, em cada região do mundo está ocorrendo o mesmo. Porém há irmãos tratando deencontrar a solução. Demos o primeiro passo na busca de criar uma consciência maçônica, danecessidade de recuperar nossa instituição. De sentirmos mais contentes de participar em nossostrabalhos, contentes de usar nossos aventais, de usar fielmente nossas ferramentas, de ser pontuaiscom o cumprimento de nossas obrigações, de construir uma maçonaria forte e reconhecida por todos.Não é nosso propósito disputar, com nenhuma organização, jurisdição maçônica, nem territórioalgum.

Somos maçons praticando uma maçonaria séria, não membros de um clube social Sabemos quemuitos sentem na própria carne, os motivos que nos levaram a dar este passo, também alguns não seatreverão, para não perder suas prerrogativas. Não julgaremos, e seguiremos unidos dentro de nossoslaços fraternais. Este ato, não é o resultado da rebeldia inoportuna ou por falta de êxito dentro dainstituição, nem por descontentamento com irmãos. É simplesmente de não conformar de verdesaparecer os valores desta instituição, que tanto deu pela Humanidade. Nossa luta é resgatar aunidade e a fraternidade dentro das tradições herdadas. Aqueles respeitáveis Irmãos, que decidiremvoluntariamente de acompanhar-nos, serão reconhecidos como verdadeiros e livres maçons, e areunificação e o respeito de nossa instituição será a melhor recompensa.

Aos que, pelo contrário, decidam nos atacar e nos colocar obstáculos no caminho a seguir,também os agradecemos desde já, por que nos farão cada dia mais fortes e decididos a continuaradiante. Nosso único fim, é poder ter uma maçonaria sólida em suas bases, onde reine a verdadeiraharmonia, a fraternidade de seus membros. Que a filosofia maçônica e a caridade voltem a serpraticadas em nossas Oficinas. Respeitáveis irmãos, nosso coração está aberto para todas as Lojas e

irmãos que desejam recuperar o caminho das verdadeiras tradições maçônicas. A Grande Loja Regular de São Paulo, se coloca à disposição para esclarecer cada uma das

inquietudes que possam surgir, como manteremos abertos todos os canais possíveis de comunicaçãocom os maçons brasileiros, com o propósito de os manter informados de tudo quanto acontece nestaGrande Loja, bem como nos países irmãos. Agrademos sua atenção e consideração, e nosdespedimos com a certeza de nos encontrar novamente entre o esquadro e o compasso.

BIBLIOGRAFIA CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL -C:.M:.R:.B:. Recebam meus QQ.'. IIr.'. um Tríplice e Fraternal Abraço. Ir.'. Uataú Brasil deAzevedo GM - Grande Loja Regular de São Paulo

Ir.'. Wagner da Silva Gênio GMA - Grande Loja Regular de São PauloPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/04/carta-aberta-aos-franco-macons-do.html

#105

O QUE SE FALA DA MAÇONARIA

Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras. Elacostuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nosséculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espéciede panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria énormalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônicacaminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidadeforam o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e JeanDesaguliers, um cristão francês.

Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonariaem todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspectoenigmático. Não iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandadeassumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a umaantiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandadeque abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelosilêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocadorebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro,vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estudaaté uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargoeclesiástico.

Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar oassunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas:“Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradiçãonisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da LojaMaçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense.Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membrosde sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, amaioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que hámais a presença histórica maçônica”, informa.

Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pelareportagem, o ex policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm aperder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que hádesconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado,

acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodesou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe defato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons seidentificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento,que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E,também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós,maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sualiderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, sefor o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duaspartes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidentedo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada deações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno daadesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, aIgreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).

O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez váriasentrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, regiãometropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursospara custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras defilantropia:

“Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso namaçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências dareligião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.

“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continuao religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu osesclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelaro nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e possogarantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em CristoJesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos grausfilosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria porindicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentesem relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhecesuficientemente o grupo.

SEM CAÇA ÀS BRUXASProcurados com insistência pela reportagem, os pastores RobertoBrasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio daIPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação

com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiterianade Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome.Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiuque os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, paraque deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata doassunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz quea divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificaçãocom o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que,assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, aslojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato daquestão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema decem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta delidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – casode seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobricoisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusivedaquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxasfaça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaraçãocontra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez,por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons.“O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmentediferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andarjuntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado,Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencidode que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medidaque adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”,concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda oassunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveramligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituiçãocontraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador,conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentesserviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológicoe bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristãoevangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: umadoutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha

lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.” Ligações perigosasCrentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em

relação à maçonaria. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil sãoantigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em SantaBárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert PorterThomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, oprimeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. Quando omissionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter ondereuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) –aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para ostrabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 dejulho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPBporque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi entãofundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçamnão só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimasresoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda adenominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinasmaçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoasoriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, decandidatos ainda ligados àquela entidade.

BIBLIOGRAFIATexto enviado por nosso Venerável Mestre da Cavaleiros do Templo nº 26Ailton de Oliveira Fonte: Cristianismo Hoje - editado por Marcelo Barros – site:www.inforgospel.com.br

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#106

O QUE É RITO ?

Algo muitas vezes difícil de compreender tanto para os profanos como para os Maçons é amultiplicidade de ritos praticados pela Augusta Ordem. Os primeiros estão naturalmente desculpadosuma vez que não entendem a não aplicabilidade da noção geral de rito à particularidade deste termona Maçonaria. Os segundo são geralmente vítimas, dado pertencerem a uma obediência que trabalhanum só rito (o que não é uma falta) mas que padecem de falta de instrução adequada enclausurando-os no sistema iniciático que os viu nascer sem a subsequente educação necessária. Ora a IniciaçãoMaçónica é um acto libertador pois que graças ao trabalho em Loja nos leva aos confins doUniverso! Então o que é um Rito? Uma definição muito profanadir-nos-ia tratar-se de um hábito cujaorigem tem pouca importância, por vezes mesmo inexplicável, que rege certas fases da vida. Istovale para a vida familiar, a vida profissional, (gestos dos artífices), a vida espiritual…. Maissignificativa é a definição que se reporta ao espiritual, que entre outros nos diz: «conjunto decerimónias em uso nas comunidades religiosas; organização tradicional das cerimónias».Estadefinição é que nos interessará uma vez que situa o Rito no espaço-tempo sagrado onde os iniciadosevoluem.

A Maçonaria transmite o seu conhecimento esotérico progressivamente permitindo que quem a

procura tenha tempo de a digerir : faz-se por graus. Graus de conhecimento, concretamente, graushierarquizando os Maçons na escada dos meios de aquisição que lhes é posta à disposição. Cada umdestes graus comporta cerimónias de recepção, provas, discursos e instruções que só são valiosos eeficazes numa única condição: têm que se encadear entre eles numa perfeita coerência dialéctica.Portanto o encadeamento dos graus de conhecimento de um método particular, na Maçonaria define-se como UM RITO. A ideia de coerência é fundamental, primordial, e condiciona a existênciaespiritual do Rito maçónico. Tomemos por exemplo o R.E.R com uma Iniciação em seis graus, ondeo primeiro constitui o Beabá e o sexto o toque final. Portanto não será bom ou mesmo correctointerromper no grau de Companheiro e prosseguir a progressão num rito de coloração completamentediferente como por ex. no Memphis-Misraim sem que se tenha recomeçado ab initio toda umaeducação, sob orisco de uma dissolução completa do conhecimento Iniciático adquirido. Os meusIrmãos responder-me-ão que não é proibido mudar para um rito que parece corresponder melhor àssuas necessidades espirituais precisas. Certo, mas prudência, e perseverança... Já muito jovensmaçons na sua ânsia de mudar de rito muito rapidamente se vieram a perder numa implosão radicalao nível do plano mental e espiritual. Porquê a pluralidade dos Ritos?

Apesar de difícil confirmação julga-se que a nível mundial existiram em tempos cerca de 480ritos maçónicos diferentes. Tal cenário fez com que eminentes movimentos maçónicos ao longo da

sua história tenham tentado uniformizar os Ritos. Entre 1717 e 1823 a Grande Loja de Londrestornou-se na Grande Loja Unida de Inglaterra e esforçou-se por uniformizar a Maçonaria, impondoprogressivamente ao conjunto de Lojas que trabalhavam sob a sua jurisdição um método de trabalhoque reduzia os rituais às bases estritas simbólicas das profissões de construtores. De facto constata-se que este esforço deu os seus frutos na Inglaterra que pratica o rito de Emulação em cerca de 95%das suas Lojas….. Com um espírito completamente diferente e menos organizado, o Grande Orienteda França também tentou a uniformização das práticas rituais, com a finalidade de aproximar os seusmembros. O que veio quase praticamente a ser conseguido….- mas só no seu seio… Com efeito,aquilo que à cerca de 150 anos atrás parecia uma federação de ritos bem definidos, do FrancêsModerno ao Escocês Antigo e Aceite, do Escocês Rectificado ao Misraim de Bedarride, veio atransformar-se numa simples federação de lojas que praticam uma versão muitolivredo Rito Francês,de resto muito variável de Loja para Loja.

Portanto atente-se que a reforma inglesa que pretendeu revolucionar e uniformizar suavemente aBabilónia Maçónica, só conheceu sucessos notórios na Escócia e Irlanda, mas não conseguiuinfluenciar os novos países de cultura britânica que surgiram nos séculos XVII e XIX. A implantaçãodo rito de Emulação nos países latinos e na França só conheceu um sucesso diminuto. O mesmo seveio a passar com o Grande Oriente da França relativamente aos países francófonos. Esta dicotomiareformista chegou mesmo a ter efeitos perniciosos, com os ingleses a retirar o reconhecimento aosirmãos do Grande Oriente em 1877, data em que o espírito laico que pulsava nas terras da Gálialevou a Obediência a permitir a livre escolha de invocar ou não o G.A.D.U. Então como acreditar nacacofonia ritual que mais do que unir parece levar à desunião dosfilhos da viúva ? A resposta ésimples: um sueco médio e um português médio não reagem da mesma maneira perante a mesmasituação. Uma população tradicional possui um florilégio de culturas, de mentalidades e de cuidadosespirituais próprios. Isto parece uma argumentação pouco simplória para alguns, mas como seexplica a nascença de um Rito Sueco na Suécia, e que por exemplo a França só conheça trabalhoassíduo no Rito Francês? O primeiro responde com a Iniciação à demanda de uma população de fortecomponente luterana, a uma história rude, e por tal uma dialéctica muito cristã e muito impregnadapor uma vertente calvaleiresca. O segundo faz eco a uma cultura mais latina, menos militarista, de umeclectismo mais marcado por uma ligeira atracção ao misterioso, a um clerocatólico mais propenso auma influência moral e espiritual mais diminuta. Mais subtilmente dito, o francês poder-se-á sentirmais atraído para os trabalhos operativos e teúrgico dos santuários herméticos de Memphis eMisraim, enquanto que o outro, o sueco,se envolvena busca da moral e estabilidade mais prosaica,preferindo abandonar-se totalmente ao duro e longo caminho da aprendizagem do Rito de York.

Apesar de tudo a Torre de Babel Maçónica é Una! Ela é Una porque todos os povos que aconstruíam partilhavam os mesmos ideais em múltiplas línguas. A Maçonaria é constituída porhomens diferentes perante o Eterno. Os Maçons utilizam os seus meios limitados e as suascontingências locais na busca da Palavra Única. Esta busca sublime em todos os Ritos, longe de ser

desacreditada pela oposição permite o acesso de cada um a um método de regresso à Palavra Únicatranscendendo rivalidades e incompreensões. É por isso que um Rito Maçónico, seja ele qual for,parte sempre de uma aprendizagem alegórica da Arte Real, passa pelo desaparecimento doRespeitável Mestre Hiram e dos seus segredos, e continua-se por uma aventura que nos conduzirá aencontrar algo de ainda mais sublime. E apesar de alguns Ritos ignorarem mesmo a pessoa de Hiram,as forças postas em movimento serão sempre da mesma natureza.

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura pertence aos valorosos IIRR.'. Edgar Gencsi, M.’.M.’.. R.’.L.’.

Miramar, nº 36 a Or.’. de Matosinhos, G.’. L.’. R.’. P.’. UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#107

A CATEDRAL E O APRENDIZ

A construção de uma edificação é algo que envolve muito trabalho, muito empenho, e sobretudo odomínio de técnicas precisas transmitidas por alguém, para quem o ofício já não tenha segredos, paraoutro alguém ignorante no ofício no qual se iniciou, e com um longo caminho na sua frente rumo àperfeição. O ofício, qualquer um, precisa não só de quem tenha conhecimentos q.b. para nele atuar,mas também de certos utensílios essenciais à realização das tarefas. A tarefa do Aprendiz começa,desde logo, por ser, a identificação desses utensílios: o que são, como se chamam, para que servem,quando se utilizam e finalmente como se utilizam.

O Aprendiz, em regra, alguém que pensaria ter conseguido o mais difícil, isto é, o ingresso no seiode uma comunidade especial, porque diferente de outras, constata ter de se empenhar, pelaaprendizagem com uma entrega total, sob pena de, não merecer a confiança nele depositada paraaceder ao conhecimento. Estes quatro parágrafos são diretamente aplicáveis a qualquer um, aqualquer sociedade organizada, seja ela de cariz profissional, social, filantrópico, etc. Naantiguidade, já os Romanos legislaram no sentido das profissões serem hereditárias, impedindo-se,desse modo, a extinção de algumas delas. Na Idade Média as profissões organizaram-se emCorporações ou ofícios, nos quais poucos tinham o ensejo de ingressar, tal a necessidade de cadacorporação guardar ciosamente os seus segredos, os seus conhecimentos.

Tal aconteceu com os Pedreiros franceses, os Maçons, ou Arquitetos, responsáveis pelasconstruções de Catedrais. Os seus ensinamentos só eram transmitidos a Aprendizes, sendo estes,homens de características especiais, a quem tinham sido reconhecidas capacidades de integrar umacomunidade tão eclética. Essa comunidade era a Maçonaria operativa. Os Maçons eram entãoautênticos edificadores, construtores ou arquitetos dos mais belos monumentos que ainda hoje sepodem admirar. Construções sólidas, duradouras, quase intemporais, encerrando em si um saberacumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.

A Maçonaria já não é operativa, mas sim filosófica. O Aprendiz Maçon tem porém que percorrer o caminho da sua iniciação, assim como percorreu o

caminho que a antecedeu, enquanto profano, livre e de bons costumes. O templo, também conhecidopor loja, é o espaço físico onde ele e os seus demais irmãos, uns Aprendizes, como ele, outros jáCompanheiros, outros ainda Mestres, se reúnem fraternalmente e em comunhão espiritualdesenvolvem os seus trabalhos. Essa é, porventura, a catedral da comunidade iniciática a quepertence. Aí é a fonte onde o Aprendiz saciará a sua sede de aprendizagem. Aí será onde uma mãoamiga o amparará e guiará na senda do seu aperfeiçoamento. Esse Templo é o lugar sacralizadoorientado segundo a discrição bíblica do Templo de Salomão. Todos os templos maçônicos são

iguais, contêm os mesmos signos visuais. Mas cada templo possui um espírito particular quecaracteriza a respectiva assembléia de maçons. É então aqui, no nosso Templo, que estamos acoberto da indiscrição dos profanos, onde não "chove", e onde nos sentimos seguros na senda dadescoberta das verdades e dos mistérios da nossa congregação.

A Catedral que o Aprendiz procurará construir, então qual é ? Encomendas como na Idade Média já não existem. A catedral do coletivo, o templo ou loja, essa

está já construída, e a ser aperfeiçoada com o contributo de todos os irmãos, através da suaparticipação. Verdadeiramente a Catedral que o Aprendiz terá de construir é a sua própria Catedralinterior. De pedra bruta, o Aprendiz terá de desbastar o seu potencial interior, ainda disforme, eimperfeito. Que a sabedoria do Oriente me ilumine, ao desbastar a minha pedra disforme, que a forçanão me falte, neste trabalho interior, e, no final, que a beleza seja seu apanágio, e a minha catedralestará pronta.

Que a minha postura, perante a vida, e os outros, seja tão reta quanto o é o esquadro; Que,

enquanto Maçon, eu me mantenha solidariamente eqüidistante dos homens, tal compasso cujodesenho geométrico perfeito, simboliza, o maçon, na extremidade cujo movimento de rotação seopera sobre si, para desenhar o círculo. Que eu seja aprumado e me mantenha ao nível de os meusirmãos me considerarem digno de me considerar entre iguais, no seu seio. E tal como a colher dopedreiro alisa a superfície irregular, eliminando as suas imperfeições, assim espero, tal como ela,conseguir suprimir os meus, muitos defeitos, aperfeiçoando, o meu caracter. Estes signos maçónicos,o esquadro, o compasso, o nível, o prumo a colher de pedreiro, serão os meus utensílios que comigotransportarei para usar no meu trabalho interior, para construir a minha Catedral Interior, na certezaque a Catedral de todos os meus irmãos será o somatório da catedral da cada um de nós.

Sei irmãos o longo caminho a ser percorrido no trilho da Maçonaria simbólica, constituída pelos3 graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. O fim deste trilho apenas significará o início de umoutro representado pelo Maçonaria Filosófica. Como comunidade eclética que somos oreconhecimento entre nós é feito com sinais e palavras próprias, para que os profanos não searroguem qualidades que não têm perante nós. E também para que de entre nós não invoquemos grausaos quais não acedemos ainda. Isso só deverá ser possível depois dos nossos irmãos Mestresacharem que está chegada a altura. Será chegada a minha vez de ultrapassar os meus 3 anosmaçónicos de idade ?

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura pertence a ARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#108

EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADE

Vivemos em busca de algo que nem sempre sabemos o quê. E baseados nesta busca, passamos avida fazendo escolhas. Desde cedo somos obrigados a fazer escolhas. Escolhemos com o que vamosbrincar, quem será nosso amigo, o que vamos ser quando crescer, que caminho profissional vamosseguir, com quem vamos nos casar. Escolhemos também coisas mais simples, como o que vamoscomer, que caminho vamos fazer, com que roupa vamos sair. Mas se pararmos para pensar, veremosque nossa vida nada mais é do que uma grande seqüência de escolhas que fazemos a cada instante denossa existência. Das mais simples às mais complexas, das mais mutáveis às mais definitivas, asescolhas são a essência de nossa vida. Mas será que escolhemos com consciência e de acordo comnossa própria verdade? Geralmente não.

É certo que a todo momento criamos nossa realidade. Tudo que nos acontece é fruto de nossasescolhas. Isto porque, em primeiro lugar, uma escolha sempre leva a outras. Além disso, muitasvezes escolhemos sem saber, pois nossos pensamentos e sentimentos possuem mais força do quepodemos imaginar. Isto porque pensamentos e sentimentos são vibrações capazes de materializaracontecimentos em nossa vida. E como muitos deles são inconscientes, nem sempre sabemos oquanto estamos materializando determinadas coisas em nossa vida. E tanto os pensamentos esentimentos conscientes como os inconscientes têm poder. Muitas vezes, os inconscientes têm atémais poder por buscar uma forma de se fazerem presentes.

Mostra quais nossas motivações e onde nossas escolhas se baseiam: se em fatores conscientes ouinconscientes, se escolhemos de acordo com o que nos é mais fácil ou confortável, se na nossaverdade ou em padrões herdados ou aprendidos etc. O mapa também pode nos mostrar quais osdesafios e dificuldades que encontramos em nosso caminho, onde tendemos a esbarrar ao fazer umaescolha e ao buscar nosso futuro. Nos apresenta, também, as oportunidades que temos que aproveitar,além de nos mostrar quais nossos verdadeiros talentos. É como um mapa que nos mostra o caminhodo tesouro, que é nossa verdade, nosso bem mais precioso. Quando paramos de escolher baseados noque nos prende, no que não é compatível com nossa essência, tudo começa a fluir em nossa vida epodemos de fato encontrar a felicidade. O caminho pode ser trabalhoso, difícil, cheio de obstáculos.

Mas sem dúvida vale a pena encontrar-se com aquilo que mais importa em nossa vida: nossaprópria verdade. Ao fazermos isso, é como que um milagre estivesse se manifestando. Passamos afazer escolhas mais conscientes. Conseguimos mudar o que precisa ser alterado, fortalecer o queprecisa ser mantido e então estamos prontos para viver em plenitude a nossa felicidade. Por isso,convido todos a fazerem esta busca, a reverem as escolhas e a encontrarem-se consigo mesmos. Valea pena tentar !

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura foi escrita por Titi Vidal e extraida do blog http://titividal.com.br/[1] ACaveleiros do Templo parabeniza o autor pelo brilhante tema.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^http://titividal.com.br/ (titividal.com.br)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/05/em-busca-da-propria-verdade.html

#109

ORAÇÃO AO G.'.A.'.D.'.U

Oh! Grande Arquiteto do Universo, Faça que minhas decisões, meus dias, meus pensamentos,sejam os exatos reflexos dos seus ensinamentos, e que eu possa, assim, caminhar com integridade...

Quando fizer algo em favor dos outros, que meu nome seja simplesmente, como os demais, citado,sendo em tempo algum, jamais exaltado, pois, apenas estarei cumprindo minha obrigação de Maçom.Grande Arquiteto do Universo, fazei com que eu não me sinta inebriado por nada, que minhaspalavras brotem do fundo do coração, e não sejam, simples arranjos de letras fabricados em meucérebro e transmitidos, Apenas para causar comoção!!! Não permita que meu ego aprenda a conjugarsomente a primeira pessoa do singular, Incute em meu ser, o sentido do "nós"!!! Que minhas açõessejam corretas e se difundam, brandamente, por intermédio da minha voz.

Se um dia detiver o poder em minha vida profana,que seja ele manso, digno, algo que não seufana, posto que é efêmero! Que eu não imponha regras quando ajudar a um irmão, pois deverei fazê-lo com carinho, desprendimento, empolgação, não permita que eu aprenda a julgar... Ensina-me aperdoar, a não guardar ódio em meu coração, pois se assim não for, serei apenas mais um namultidão. Sentimentos como a cobiça e a vaidade, afaste-os do meu caminho. pois, caso contrário, écerto que um dia estarei sozinho.

E assim, quando o limite máximo me for imposto, que a serenidade esteja presente em meu rosto,

que a alegria do dever cumprido se faça presente. ai então, os amigos haverão de lembrar que pelarepetição dos meus atos, colecionei e emoldurei todos os fatos, se não fiz melhor, ao menos tentei.não importa quem eu seja, aprendiz, companheiro, Mestre ou Venerável, devo trazer o rosto sempreafável, pois esta é a verdadeira razão... Gestos, sinais, simbologias, para dar sentido às nossas vidas,muitas vezes, vazias. É Por isso que nos reunimos...

Para tratarmos de assuntos que enlevam o espírito, Para polirmos nossas imensas pedras brutas,Para vivermos em paz, para vencermos nossas lutas... Combater o despotismo, a tirania, os vícioshumanos, referimo-nos aos de fora como profanos, e muitas vezes, cometemos as mesmas e velhasfalhas!!!Grande Arquiteto, Obrigado pela oportunidade que eu tive, Obrigado pelos irmãos que ganhei, e,especialmente, por esta vida que passei!!! Se outra oportunidade me fosse dada, se outra vidapudesse ser vivida, se tivesse a opção de escolher, seria eu novamente um membro dessa Loja, Ondese aplicam normas de consciência e retidão, e, assim, teria eu novamente a chance de poder dizer,Que fui um verdadeiro Maçom!!!BIBLIOGRAFIAPeça de Arquitetura do valoroso Irmão Valdemar Sansão, a quem respeitosamenteagradecemos pelamensagem exposta na internet para todos os Irmãos, sendo ela, um guia de

Luz para um mapa da verdadeira Maçonaria.Esta Peça foi extraida do Portal Maçônico Samauma

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#110

O DESPERTAR DOS CHACRAS

O homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos físicos (olfato, audição, paladar,

tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados na grande maioria de nós. Eventualmente, um ou outrosentido suprafísico se manifesta, dando-nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:Clarividência - Clariaudiência - Intuição - Telepatia Viagem Astral - Recordação de VidasPassadas - Polividência

1.Clarividência: É a Terceira Visão. Com este poder, apresenta-se ante nosso olho interior todo ouniverso oculto, as dimensões superiores e inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, osdesencarnados e as formas-pensamento. Desenvolve-se a clarividência despertando o chacra frontal(entre as sobrancelhas) e trabalhando-se a Ira. As virtudes para se despertar este chacra sãopaciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com fantasia). A cor deste chacra éazul com matizes de rosa e prata. O mantra para seu despertar é INRI…

2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido podemos escutar a

voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das Esferas, compreender cada palavra pronunciada,valorizar a virtude do amor à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra destesentido é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O mantra é ENRE…

3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do coração. Com este

sentido captamos o profundo significado das coisas e ficamos sabendo com antecedência o que fazer.Os místicos afirmam que este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). Avirtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO…4. Telepatia:Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo passamos por ele; isso se chama captação depensamento, e é despertado com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgarninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de Solar por ser o acumuladordos átomos ígneos, ou Prana, que vêm do Sol. Aclaramos que a Transmissão das ondas depensamento se faz por meio do chacra frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e oamarelo.O mantra é UNRU…

5. Viagem Astral: Todos, sem exceção, saímos do corpo físico nas horas de sono. Nossos sonhossão vivências (quase sempre inconscientes) de fatos ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão.Quem de nós, em um dado momento, estando relaxados, de repente nosso corpo sente um levechoque, como que assustados? Na verdade, sem o saber, estivemos saindo gradativamente do corpo

físico e voltamos bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder, consegueconversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos templos das igrejas elementais,viajar a qualquer lugar do mundo, acima e sob a terra. Quando todos os chacras, especialmentecardíaco, prostático e hepático, estão em perfeita sintomia com as forças sutis do Cosmos, a saídaastral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem trabalhados são apreguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra é FARAON…

6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema nervoso equilibrado, ouseja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados de energias transmutadas. Porém, os chacrasligados a esse poder são os pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtuderequerida para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando-se com os chacraspulmonares conseguimos absorver a experiência e o conhecimento acumulados de vidas passadas. Acor é o violeta. O mantra é ANRA…7. Polividência:É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase espiritual, ou pré-Samadhi. O chacracoronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e saída da Essência. A polividência é acapacidade da nossa consciência (Essência ou Budhata), desligar-se parcialmente de seus setecorpos e penetrar na Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas assete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM…

Despertando os 7 ChacrasExistem 7 Templos sagrados no mundo astral ligados aos elementos cósmicos e nos conectamos

magneticamente a eles por meio de nossos sete principais chacras, batizados no esoterismo crísticode Igrejas do Apocalipse ou Velas do Candelabro do Templo. De acordo com o Yoga, os chacrasprincipais são :Muládhara (Igreja de Éfeso ou Básico):situa-se entre os genitais e o ânus, e sua raiz fica na ponta da espinha dorsal. Liga-nos ao elementoTerra e seus mantras principais são o IAO e o S (como o silvo prolongado de uma serpente). Osgrandes magos afirmam que ao se despertar esse centro dominamos externamente os gnomos epigmeus, além dos fenômenos telúricos, como terremotos, erosão, pragas de formigas, lesmas eoutros. Internamente, desenvolvemos a Paciência, a Diligência e a Laboriosidade. Todos os chacrasdas pernas (dos joelhos, do descarrego nos calcanhares, das solas dos pés etc.) estão subordinadosao Básico. A Kundalini acha-se encerrada no chacra muládhara e deste chacra emanam quatro Nádissemelhantes a pétalas da flor de lótus. Muládhara é a morada do Tattwa Prittivi (ou, ElementoEtérico da Terra).

Swadhishtana (Igreja de Smirna, Prostático; chamado de uterino, nas mulheres):Localiza-se a quatro dedos acima dos órgãos sexuais, no púbis. Seus mantras principais são M eBhuvar. Com ele trabalhamos o Tattwa Apas, com os elementais das águas, ondinas e nereidas,dominando as nuvens chuvosas, as ondas dos mares, as enchentes e as leis de equilíbrio da natureza

(chamadas de Leis do Trogo Autoegocrático Cósmico Comum. É um nome complexo, mas significaTragar e Ser Tragado, Receber e Doar, Dar para Receber). Interiormente, desenvolvemos aCastidade, a Fidelidade e a compreensão da Prosperidade. Este chacra é o centro de irradiação econtrole de outros, como o da bexiga, testículos (ou ovários) e rins.

Manipura (Igreja de Pérgamo ou Solar): Confere o poder da telepatia. Mas também dominamos

o Fogo, e seus seres, as Salamandras e os Vulcanos. Psiquicamente, pode-se dominar os incêndios,as fogueiras, o poder curativo das velas. Seus mantras principais são: U e RAM. Tattwa Tejas. Estechacra domina os chacras secundários e terapêuticos, como do fígado, do baço, do pâncreas, o daboca do estômago etc.

Anahát (Igreja deTiatira, Cárdias): O chacra cardíaco, por nosligar aos elementais do Ar, Silfos e Sílfides, Fadas e Elfos, nos dá poderes sobre o vento, osfuracões, as brisas, a levitação, o teletransporte. Tattwa Vayú. Também nos confere a compreensãoda natureza pela teologia, pelos rituais e a mensagem dos símbolos pela Intuição. O Cárdias controlaos chacras pulmonares, os das axilas, dos cotovelos e os das palmas das mãos.

Vishudda, Ajna e Sahásrara (Igrejas deSárdis, Filadélfia e Laodicéia; Laríngeo, Frontal e Coronário): Auxiliam-nos a trabalhar ecompreender as energias cósmicas, superiores, do Ser, como o desapego, a sabedoria, a verdade, ainteligência, a justiça, a misericórdia etc., já que a Loja Branca Atômica de nosso corpo físico situa-se no cérebro. Esses três chacras sagrados têm sob sua influência outros, como o do cerebelo, o“chacra oculto”, os sete chacras especiais que circundam o coronário, o do hipotálamo, do timo, dopalato etc.

Enfim, nosso organismo psíquico contém uma fantástica constelação de chacras que nos ligam àsmais variadas energias cósmicas e telúricas. Alguns afirmam que nosso corpo astral possui cerca de10 mil chacras e o corpo mental está estruturado com mais de 200 mil chacras. Isso, sem contar oschacras dos outros corpos. Conhecendo a parte enferma da alma e do corpo, deficiências ou combloqueios, podemos trabalhar com as salamandras, os gnomos etc. Conhecendo o procedimentoritualístico, os símbolos, os mantras, os nomes das Deidades especialistas em determinadas energias,podemos iniciar um verdadeiro trabalho magístico. O grande segredo é o Conhecimento prático, enão unicamente a teoria estéril.Prática 1Procure mais uma vez uma postura de relaxamento e meditação. Imagine que seus chacras tomam aforma de luminosas flores cor de rosa. Dos mantras acima citados (para despertar um dos sentidosparanormais), escolha um deles que você sinta mais afinidade e pratique por cerca de 10 minutos.Visualize que o chacra correspondente ao mantra escolhido se transforma num templo dentro de você.Penetre com a Imaginação Consciente dentro desse templo e sinta a Sabedoria ali contida. Ore à suaMãe Divina e peça que Ela preencha seu corpo e sua Consciência com Amor, Sabedoria e Força.

Lembre-se: cada exercício deve ser praticado por pelo menos uma semana, e todos por toda suavida. Sinta a energia contida em cada prática. Ao final de cada exercício mântrico, agradeça ao PaiCelestial por mais esta oportunidade de espertar sua Consciência.Prática 2Fique de pé, feche os olhos e relaxe seu corpo. Imagine que das solas de seus pés saem gigantescasraízes coloridas e muito fortes. Essas raízes penetram no mais profundo da terra, alcançando asregiões mais inacessíveis do corpo planetário. Invoque a Divina Mãe Terra. Suplique-lhe seusatributos e poderes, tais como saúde, estabilidade, sabedoria, contemplação, compreensão profundaetc. Imagine que tudo o que você pediu está penetrando pelas raízes de seus pés e se espalha por todoo coro e finalmente até sua Alma e sua Consciência.

BIBLIOGRAFIA Esta fantástica Peça de Arquitetura, foi extraida do "O DESPERTARDOS CHACRAS" que se encontra no site http://www.gnosisonline.org "VAMOS MEDITARMEUS IRMÃOS"

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#111

O HOSPITALEIRO

O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa, de detectar as situações denecessidade e de prover o alívio dessas situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando oauxílio de outros maçons ou, mesmo, de toda a Loja, quer, se a situação o justificar ou impuser,solicitando, por meio da Grande Loja e do Grande Oficial com esse específico encargo, o GrandeHospitaleiro ou Grande Esmoler, a ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros. Um dostraços distintivos da Maçonaria, uma das características que constituem a sua essência deFraternidade, é a existência, o cultivo e a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre osseus membros. Solidariedade que não significa cumplicidade em ações ilícitas ou imorais, ouencobrimento de quem as pratica, ainda que Ir.’., ou auxílio ou facilitação à impunidade de quemviole as leis do Estado ou as regras da Moral. O maçon deve ser sempre um homem livre e de bonscostumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras da Moral e daDecência.

Livre, porque autodeterminado e, portanto, responsável pelos seus atos, bons e maus. Perante aSociedade e perante os seus Irmãos. A solidariedade dos maçons existe e pratica–se e sente-se emrelação às situações de necessidade, aos infortúnios que a qualquer um podem acometer, às doençasque, tarde ou cedo, a todos afetam, às perdas de entes queridos que inevitavelmente a todos sucedem.Sempre que surgir ou for detectada uma situação de necessidade de auxílio, de conforto moral ou desimples presença amiga, os maçons acorrem e unem-se em torno daquele que, nesse momento,precisa do calor de seus IIr.’.. Esse auxílio, esse conforto, essa presença, são coordenados peloHospitaleiro. Note-se que a palavra utilizada é “coordenados”, não “efetuados” ou “realizados”.O Hospitaleiro não é o Oficial que efetua as ações de solidariedade, desobrigando os demaiselementos da Loja dessas ações. O Hospitaleiro é aquele elemento a quem é cometida a função deorganizar, dirigir, tornar eficientes, úteis, os esforços de TODOS em prol daquele quenecessita.

É claro que, por vezes, muitas vezes até, a pretendida utilidade do auxílio ou apoio ou presençadetermina que seja só o Hospitaleiro a efetuar a tarefa, ou delegá-la a outro Irmão que seja maisconveniente que a efetue. Pense-se, por exemplo, na situação, que aliás inevitavelmente ocorre comalguma freqüência, de um Irmão que é acometido de uma doença aguda, que necessita de umaintervenção cirúrgica ou que precisa estar por tempo apreciável hospitalizado, acamado ou emconvalescença. Se todos os elementos da Loja se precipitassem para o visitar, isso já não seriasolidariedade, seria romaria, isso já não seria auxílio, seria perturbação. O Hospitaleiro assume,assim, em primeira linha, a tarefa de se informar do estado do Ir.’., de o auxiliar e confortar e deorganizar os termos em que as visitas dos demais Ir.’. se devam processar, de forma a que, nem o

IIr.’. se sinta negligenciado, nem abandonado, nem, por outro lado, fique assoberbado com invasõesfraternais ou constantemente assediado pelos contatos dos demais, prejudicando a sua recuperação eo seu descanso, maçando-o, mais do que confortando-o. Também na expressão da solidariedade oequilíbrio é fundamental…

A solidariedade maçônica pode traduzir-se em atos (visitas, execução de tarefas em substituição

ou auxílio, busca, localização e obtenção de meios adequados para acorrer à necessidade existente),em palavras de conforto, conselho ou incentivo (quantas vezes uma palavra amiga no momento certoilumina o que parece escuro, orienta o que está perdido, restabelece confiança no inseguro), nosimples ato de estar presente ou disponível para o que for necessário (a segurança que se sentesabendo-se que se não precisa, mas, se precisar, tem-se um apoio disponível…) ou na obtenção edisponibilização de fundos ou meios materiais (se uma situação necessita ou impõe dispêndio deverbas, não são as palavras ou a companhia que ajudam a resolvê-la: é aquilo com que se compramos melões…). A escolha, a combinação, o acionamento das formas de solidariedade aconselháveisem cada caso cabe ao Hospitaleiro. Porque a ajuda organizada normalmente dá melhores resultadosdo que os atos generosos, mas anárquicos e descoordenados…

O Hospitaleiro deve estar atento ao surgimento de situações de necessidade, graves ou ligeiras,

prolongadas ou passageiras, e atuar em conformidade. Mas não é omnisciente. Portanto, qualquermaçon que detecte ou conheça uma dessas situações deve comunicá-la ao Hospitaleiro da sua Loja. Edepois deixá-lo avaliar, analisar, atuar, coordenar, e colaborar na medida e pela forma que forsolicitado que o faça. Porque, parafraseando o princípio dos Mosqueteiros de Alexandre Dumas, aideia é que sejam “todos por um”, não “cada um pelo outro, todos ao molho e fé em Deus”… Asolidariedade maçônica é assegurada, em primeira linha, entre IIr.’.. Mas também, com igualacuidade, existe em relação às viúvas e aos filhos menores de maçons já falecidos. Porque asolidariedade não se extingue com a vida, cada maçon, auxiliando a família daqueles que já partiram,sabe que, quando chegar a sua vez de partir, deixará uma rede de solidariedade em favor dos seusque dela necessitem verdadeiramente!

E a solidariedade é algo que não se esgota em circuito fechado. Para o maçon, a beneficência é

um simples cumprimento de um dever. As ações de solidariedade ou beneficência em relação a quem– maçon ou profano – necessita, em auxílio das organizações ou ações que benevolamente ajudamquem precisa são, em relação à Loja, coordenadas pelo Hospitaleiro. O ofício de Hospitaleiro é,obviamente, um ofício muito importante em qualquer Loja maçônica. Deve, por isso, serdesempenhado por um maçon experiente, se possível um ex-Venerável.

O símbolo do Hospitaleiro é uma bolsa ou um saco, ou ainda uma mão segurando um saco. Bolsa

em que o Hospitaleiro deve guardar os meios de auxílio. Bolsa que deve figurativamente semprecarregar consigo, pois nunca sabe quando necessitará de prestar auxílio, material ou moral. Sacocomo aquele em que, em cada sessão, se recolhe os donativos que cada maçon dá para o Tronco daViúva. Mão segurando o saco, no modo e gesto como, tradicionalmente, após a recolha dos óbolospara o Tronco da Viúva, o Hospitaleiro exibe o saco contendo esses óbolos perante a Loja,demonstrando estar à disposição de quem dele necessite.

Mas o ofício de Hospitaleiro, a função que assegura, vão muito vão além do auxílio material.Muitas vezes, o mais importante auxílio que é prestado não implica a necessidade de recorrer aometal, que só é vil se não o soubermos nobilitar pelo seu adequado e útil uso. A propósito desolidariedade: já se decidiu se contribui, na medida do que puder e quiser, para auxiliar a Inês? Sesim, não guarde para amanhã o que pode fazer hoje. Relembre aqui como pode ajudar e… trate disso!Já! Não se deixe vencer pela inércia!

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura foi escrita pelo Irmão Rui Bandeira e a mesma, extraida do site

www.revistauniversomaconico.com.br UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#112

CARGOS & DEVERES EM UMA LOJA

O primeiro dever dos dirigentes de uma Loja Maçônica é o PLANEJAMENTO. A curto prazo,esse planejamento consiste na simples e criteriosa elaboração da Ordem do Dia. A diretoria deve,com antecedência, estabelecer os pontos de interesse da Oficina que serão apreciados na reunião.Ninguém deve ser pego de surpresa, com as calças na mão. A médio e longo prazos, o planejamentocompõe-se da DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA LOJA: 1 - para que estamos aqui? 2 - emque ponto estamos? 3 - para onde vamos? 4 - que estratégias usar? 5 - quem cuidará de quê? 6 - metas de crescimento coletivo e/ou desenvolvimento pessoal 7 -auxílio aos Irmãos que, poracaso, tenham dificuldades para acompanhar o processo de concretização dos objetivos daOficina.

Esses sete pontos perfeitos, aplicáveis ao justo progresso de qualquer empreendimento,

pressupõem pessoas incumbidas de um OFÍCIO, envolvidas entusiasticamente numa ocupação. Essaocupação pressupõe certo grau de habilidade e a aceitação dos riscos e dificuldades que envolvamos encargos. Só então, surge a transcendência do que chamamos Missão. Por isso, os que possuemesse grau de habilidade são chamados OFICIAIS. Tradicionalmente, em todos os países, a estruturados cargos oficiais em Loja é o mesmo e seus nomes derivam do idioma e do antigo sistemaparlamentar inglês. São os seguintes os principais cargos dessa dinâmica OFICIAL e cujos títuloscoloco, inicialmente, em inglês a exemplo das Lojas criadoras dos ritos. Em francês não é muitodiferente: Worshipful Master é o mesmo que Venerável Mestre e vénérable, em francês, cargoexistente e obrigatório em TODOS os tipos de Loja – sejam simbólicas, especiais, de estudo, depesquisas, autorizadas, ocasionais ou outras.

Isso porque, segundo o Landmark X, “o Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja é

exercido por um Venerável e dois Vigilantes. Qualquer reunião de maçons congregados sob qualqueroutra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidente, não seria reconhecida comoLoja.” Worshipful significa, para os ingleses, digno, honrado e respeitável. É assim que dever ser,ora essa… Os dois vigilantes são chamados Sênior Warden, ou Primeiro Vigilante Premiersurveillant em francês que, entre outras coisas, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS APRENDIZES; e oJúnior Warden deuxième surveillan]. O Segundo vigilante, entre outros encargos. além de batermalhete, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS COMPANHEIROS. A palavra Warden, em inglês,significa gerente ou pessoa encarregada da observância de certas condutas; em francês, surveillant éaquele que mantém a ordem no local de trabalho, diferente do vigilant/vigilante que, nesses idiomas,tem o sentido de vigiar, que não é o nosso caso.

Vejam bem a quantas andaram nossas traduções! Acontece que muitos dos tradutores dos antigos

rituais não conheciam a filologia nem a lingüística, nem a morfologia do inglês ou do francês dosSéculos XVII e XVIII. Resultado: caíram nos falsos cognatos: Assim, “latir” espanhol gera o falsocognato latir – voz do cachorro – enquanto que significa bater, pulsar; apelido é sobrenome; exquisitaé o mesmo que “deliciosa”; data em inglês significa dados, informações; injury, significa ferimento…Continuando Cargos & Deveres Numa Loja – O Marshal, Conductor ou Master of Ceremonies, maîtredes cérémonies é o Mestre de Cerimônias. Aqui a tradução está correta. DELE É O DEVER DECONDUZIR OS RITUAIS. É o Diretor Ritualístico da Loja. Se a Oficina trabalha com ordem eperfeição, se os rituais são feitos com correção e sem atropelos, o mérito é do Conductor Mestre deCerimônias. Nesse particular, aconselho os Mestres de Cerimônias a não aceitarem ingerências emsuas funções, tampouco estalidos de dedos da platéia. O Chaplain é o CAPELÃO da Ordem,reminiscência da função desempenhada pelos capelães nas antigas Ordens de Cavalaria: capelaniacastrense, ordinariato militar e capelania militar com atribuições religiosas, judiciais e deaconselhamento. É o responsável pela GUARDA DA LEI, pelo exato cumprimento da LegislaçãoMaçônica e dos Landmarks.

É, digamos assim, o ministério público da Oficina devendo, portanto, ser exímio conhecedor da

Constituição e Regulamento da Potência a que pertença a Loja, de todas as leis, decretos eresponsável pelo trâmite processual da documentação inerente à regularidade da Loja. No Brasil,traduzimos o título a partir do francês l’orateur e Chaplain virou ORADOR. Pronto: alguns oficiaisque ocupam esse posto julgaram seu dever estribado na elaboração de entediantes DISCURSOS.Tornam-se tribunos sem toga e, muitas vezes, invadindo a seara dos Vigilantes ou do Mestre deCerimônias, chamando a si o direito de conduzir rituais e dar instruções. E dá-lhe discurso! (RuyBarbosa, maçom brilhante, jurista, diplomata, escritor, filólogo, e ORADOR DE VERDADE,levantaria do túmulo, ostentando nas mãos sua obra Anistia Inversa – Casa De Teratologia Jurídica, egritaria um BASTA!)

O tesoureiro é o Treasurer dos ingleses ou guardião dos tesouros da Ordem, conforme o uso dos

antigos Templários e ordens de cavalaria. O tesoureiro é o guarda do tronco e responsável pelo justoandamento das finanças e economia da Oficina. Noutras palavras: é o administrador de patrimônio daLoja. (Lembro-me que, nos meus dias de Aprendiz, um instrutor ensinava que o tronco desolidariedade tinha seu nome devido aos Templários que escondiam seus tesouros e moedas sobgrossos troncos das árvores na floresta de Ardennes! Uau, acreditem se quiserem! pois “le tronc debienfaisance” ou simplesmente TRONC significa, no caso, o cofre onde são depositadas asoferendas e esmolas. Vale lembrar que beneficência quer dizer filantropia e caridade; a isso sedestina o tronco).

Secretary – secretário – é o chefe de gabinete do Venerável Mestre. Forma o principal elo deadministração com o Tesoureiro e o Orador, cuidando para que a Oficina não se depare comproblemas de ordem administrativa, legal e financeira. Dirigida por três, composta por cinco ecompletada por sete, longe de interpretações esotéricas, o sucesso das Lojas está no planejamentodemocrático, DISCUTIDO E AVALIADO COM CADA IRMÃO, na elaboração criteriosa daOrdem do Dia. Os demais Oficiais não citados nesse artigo (Chanceler, Hospitaleiro, Diáconos,Expertos, Guarda e Cobridore, Mestres de Harmonia, de Banquetes, Arquiteto, Bibliotecário, Porta-Espadas e Bandeira, etc.) atuam entre as engrenagens do Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário eMestre de Cerimônias. Ninguém pode (nem deve) MONOPOLIZAR as sessões da Loja ou tornar-sealvo constante das atenções. Na Maçonaria buscamos uma ESCOLA e não professores.

Todos querem participar, muitos querem ser auxiliados em seu progresso na Maçonaria. AOficina, como um todo, quer saber quais as metas de crescimento coletivo e pessoal, querem saberPARA QUE estão ali, que ponto chegamos e para onde vamos. Era mais ou menos isso que osmarinheiros perguntavam a Cristovam Colombo: – “Maestro, dónde vamos?!”

BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, expressa apenas a opinião pessoal do autor, o Irmão José Maurício Guimarães e este artigo não representa a palavra oficial de nenhumaLoja, Potência ou Corpo Maçônico.

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#113

IRMÃOS COM TRÊS PONTINHOS

A palavra irmão, tal como se encontra no dicionário, significa pessoa que descende de um ou dosdois pais comuns. Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples eprecisa não é suficiente para definir a palavra irmão no sentido mais amplo do termo.Muitasreligiões, notadamente os evangélicos no Brasil, utilizam o termo irmão para definir aquele queprofessa a mesma religião que a sua, esse sentido deriva da crença que todos somos filhos de umúnico Deus e, portanto a humanidade formaria, segundo esse entendimento, uma grande família, sendotodos irmãos. É sem dúvida uma bela e filosófica visão e talvez seja um fim a ser alcançado.

Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux, tinham uma tradição que era a seguinte: todo

menino nascido na tribo, durante os primeiros meses era amamentado por todas as mulheres da tribo,dessa forma esse menino ao tornar-se um guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo comosuas mães e todos os velhos como seus avós, destarte todos os outros guerreiros eram seus irmãos eestando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos, sendo esse um sentimentotão forte que jamais um irmão seria abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrermorriam juntos, irmãos na vida e na morte. Na Maçonaria temos o costume de tratar-nos comoirmãos, demonstrando dessa forma o caráter fraternal de nossa organização. Quando um profanorecebe a luz em um templo, durante o ritual de iniciação, a primeira coisa que ele vê são seus irmãos,jurando protege-lo sempre que for preciso.

A partir desse momento todos que a ele se referem o tratam por irmão, os filhos de seus irmãospassam a tratá-lo como tio e as esposas de seus irmãos passam a ser suas cunhadas. Forma-se nessemomento um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.

É difícil precisar, no entanto, como esse vinculo se cria e se mantém. Porque? ao sermos

reconhecidos como Maçons o outro lado prontamente abre um sorriso amigo e te abraça, como se játe conhecesse de toda a vida. Que força é essa que nos une e faz com que homens de diferentes,raças, credos, profissões e classes sociais, tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles,que entre irmãos de sangue? A Maçonaria que passou por várias fases em sua existência desde aMaçonaria operativa até as atuais Lojas Maçônicas, foi refinando a maneira pela qual seus membrossão escolhidos e convidados para integrar nossas colunas, o possível candidato sem saber está sendoobservado em seus atos e na forma de conduta na vida profana, sendo que ao ser formalmenteconvidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando agora cumprir os regulamentos darespectiva potência maçônica, para levar a cabo o ingresso do novo membro.

Talvez devido ao fato de que todo o Maçom, por saber dos rigores dessa seleção, que pese o fatode que algumas vezes cometemos erros, iniciando irmãos que nem de longe mereceriam essa honra,nós temos a tendência a confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes.Aquele que ao apor sua assinatura em uma folha qualquer acrescentar os três pontinhos deve saberque está dizendo ao mundo, “Sou Livre e de Bons Costumes”. E como tal será cobrado em suas açõese atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano. Creio que muitos irmãos adentram ànossa ordem sem a devida reflexão da responsabilidade que isso lhes impões, repetem os juramentossem entender a verdadeira abrangência de suas palavras, o fazem por que isso faz parte do ritual, damesma forma que pessoas que jamais freqüentam a igreja se casam e juram amor eterno e fidelidadediante do sacerdote sem, no entanto ter a menor intenção de cumprir esse juramento.

È compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem sem o devido conhecimento da mesma, até

porque esse conhecimento é pouco divulgado e muitas vezes os padrinhos e aqueles que fazem assindicâncias não esclarecem o profano devidamente sobre as responsabilidades que estaráassumindo. O que não é aceitável é que depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas deconduta exigidas o irmão continue agindo como antes do ingresso, ou seja, o irmão transforma-senaquilo que costumamos chamar de “Profano de Avental”, é aquele irmão que embora imbuído deboas intenções não permeou seu espírito com os ensinamentos da Maçonaria e mesmo que permaneçana Ordem por toda a vida jamais será um Maçom no mais completo sentido da palavra. Nossa ordemnecessita de irmãos que tenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade, tal qual osguerreiros Sioux, que sendo filhos genéticos de pais diferentes se sentem irmãos, porque participamde algo que é maior que cada um deles individualmente.

Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que tem orgulho de pertencer a essa

instituição e estão dispostos a sacrifícios pessoais em benefício da mesma . Ele deve lembrar-sesempre que ele não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela escolhido por reunir as condiçõesnecessárias para tal. No entanto ele escolheu ficar e deve ser fiel aos seus juramentos.

Precisamos,portanto de Irmãos com três pontinhos de verdade. BIBLIOGRAFIA Peça enviada pelo nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira e escrita por nosso amado

Irmão Sidney CorreiaUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#114

O VAIDOSO ARROGANTE

Baixa autoestima e complexo de inferioridade. Nenhum ditador provocou ou vem provocandotanto dano à Maçonaria quanto o maçom vaidoso, esse sapador inveterado, esse Cavalo de Tróia quea destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele éindiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principaldestruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles emtudo o que não presta e raramente em alguma virtude. Uma característica marcante que se nota nessetipo de maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoavirtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece acomparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar naprática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidadesexemplares do maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar.Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de umcarro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato esse afã em mente, não se furta emutilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticoscorruptos.

Narcisismo em um dos extremos, e baixa autoestima no outro, eis as duas principais

características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos,podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscosignorantes e os letrados pretensiosos. Por serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuaisnecessários para conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria embusca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isso obter algum prestígio. Navida profana, não conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem atodos os tipos de chantagem. Por isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!)como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco a dorcrônica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem em suas personalidadesenfermas. O segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveisexceções.

Capacitado e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, dessegrave desvio de caráter conhecido pelo nome de “Narcisismo”, que o torna ainda pior do que o seuêmulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais reluzentes, essemaçom é uma criatura pedante e intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é umser que se sente rejeitado; sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por

fantasmas imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que todas asatenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito do que os Irmãos que atuamem áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do Irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar oseu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar- lhe no rosto uma imperfeiçãosua ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor se acenderá automaticamente e o que estiverao seu alcance para reprimi-lo e intimidá-lo ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase,própria do selvagem chefe de bando: “Sabe com quem está falando!!!” Desse modo, ele acabaexternando outra vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem arrogante: acovardia.

O número de Irmãos que detesta ou despreza esse tipo de maçom é condizente com a quantidade

de medalhas que ele acumula na gaveta ou usa no peito. Na vida profana, seus amigos não sãoverdadeiros; são cúmplices, comparsas, associados e gente que dele se acerca na esperança de obteralguma vantagem. E nisso se insere a mulher com a qual vive fraudulentamente. Todos os que orodeiam, inclusive ela, estão prontos a meter-lhe um merecido chute no traseiro tão logo os laços deinteresse que os unem sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro de falsidades e o seu lar umarmazém de conflitos. Raramente familiares seus são vistos em nossas festas de confraternização.Quando aparecem, em geral contrariados, não conseguem esconder as marcas indeléveis deinfelicidade que ele produz em seus rostos. Em sua marcha incessante em busca de distinções sociaisque supram a sua insaciável necessidade de auto-afirmação, é comum vermos esse garimpeiro demetais de falso brilho farejando outras organizações de renome, tais como os clubes Lyons e Rotary,e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes fazem falta em seu lar. A Maçonaria, quetem a função de melhorar o homem, a sociedade, o país, e a família, acaba assim se convertendo emuma fonte de problemas para os seus familiares; e ele, em uma fonte de problemas para aMaçonaria.

Um volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que esse inimigo da paz e daharmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói nossa instituição por dentro, qual umcancro a roer-lhe as células, de modo que limitar-nos-emos a expor os mais comuns. Incapaz de polira Pedra Bruta que carrega chumbada no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar–se moral eintelectualmente, de lutar para subtrair-se das trevas da ignorância e dos vícios que corrompem ocaráter; de assimilar conhecimentos maçônicos úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade deMestre poder transmiti-los aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem?Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de modo a retardar-lhes o progresso! Ao invés deestudar a Maçonaria, para poder contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de quemodo ele procede? Veda a discussão sobre assuntos com os quais deveria estar familiarizado,fomentando apenas comentários sobre as vulgaridades supérfluas do seu cotidiano!

Ao invés de encorajar o seu talento, de ressaltar suas virtudes e estimular o seu desenvolvimento,o que faz ele? Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao invés dedefender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para aevolução da humanidade, como ele age? Censura arbitrariamente aqueles cujas idéias não estejam emharmonia ou sejam contrárias às suas! Ao invés de fomentar debates dos temas de importânciasingular para o bem da loja em particular e da Maçonaria em geral, como age ele? Tenta impedir asua realização por carecer de atributos intelectuais que o capacitem a participar deles! E, nos queraramente promove, como se comporta? Considera somente as opiniões daqueles que dizem “sim” e“sim senhor” aos seus raramente edificantes projetos! Tal como o maçom supersticioso, esse infelizem cujo peito bate um coração cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e indissimulado pelaliberdade de expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam asinstituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a Maçonaria hasteou nopassado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão e da arbitrariedade.

Dos atos indecentes mais comumente praticados por esse falsário, o que mais repugna é vê-lo

pregando “humildade” aos Irmãos em Loja, em particular aos Aprendizes e Companheiros, cobertoda cabeça aos pés de fitões, joias e penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é vê–loarrotando, em alto e bom som, ter “duzentos e tantos anos de Maçonaria” e exibindo ocorrespondente em estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas, insígnias,chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto os compromissos que eleassumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda instituição. Cego, ignorante e vaidoso,nosso personagem não percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam. Como já foidito, a Maçonaria serve apenas de vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentrodela sem a incômoda presença de outros impostores – os quais não têm poder suficiente para enxotar– ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso, imitando alguns animais inferioresaos humanos na escala zoológica, que fixam os limites de seus territórios com os odores de suassecreções e não toleram a presença de estranhos. Qualquer Irmão que comece a brilhar ao lado dessacriatura rasteira é considerado por ela inimigo. A luz e o progresso do seu semelhante o incomoda,fere o seu ego vaidoso. Por esse motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para obem da Loja; por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os possui) aosAprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou os ministra em dosespífias, para que futuramente não sejam tomados como exemplos e ofusquem ainda mais a suamediocridade.

Um maçom exemplar, íntegro, que cumpre rigorosamente os compromissos que assumiu quandoingressou em nossa Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopesnão conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como potencial“concorrente”, que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus. O maçom arrogante mal conhece

o significado de nossas belas e simples alegorias. Se as conhece, as despreza. Sua mente acha-sepreocupada unicamente com o sucesso de suas empreitadas, em encontrar maneiras de estarpermanentemente ao lado das pessoas cujos postos ambiciona. Fama e poder são os seus dois únicosobjetivos, tanto na vida maçônica, como na profana. As palavras Liberdade, Igualdade eFraternidade, que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do seu vocabulário, e comfrequência é visto pisoteando os valores que elas encerram.

A história, a filosofia e os objetivos de nossa Veneranda Instituição não lhe despertam o menor

interesse, pois é frio, calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los eassimilá-los. Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos ospormenores. É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros: uma criaturavil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta bons Irmãos, e termina por destruir ou fragmentar aLoja (ou Lojas), resultado às vezes de anos de trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar soba sua batuta ou se mostre contrária às suas aspirações egoístas.

A insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila –, vai crescendo conforme ele

vai “subindo” nos altos graus (ou graus filosóficos), lixo maçônico fabricado por impostores nopassado unicamente para explorar a estupidez e a vaidade de homens como ele. Sentindo-seimportante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa digna de um rei, ele passa aconsiderar-se superior aos Irmãos de graus “inferiores”, em particular aos Aprendizes eCompanheiros, ignorando o que reza o segundo Landmark, que estabelece a divisão da MaçonariaSimbólica em apenas três graus. Mas reservar um tempo para dedicar-se à sua Loja, um momentopara confraternizar com Irmãos íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a sie aos demais, essas são as suas últimas preocupações.

O seu tempo disponível ele o reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado elisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos para enterrar-lhe umpunhal nas costas na primeira oportunidade que surgir. Perceba o leitor com que velocidade esse“Irmão” deveras atarefado arruma tempo quando é chamado para arengar em um tabladorepresentando a Maçonaria! Note a pontualidade com que chega na passarela onde vai desfilar e serfotografado com os seus paramentos. Observe como ele fica cheio de si quando é agraciado com umarodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de alguma revista maçônica!Perceba como se curva aos pés dos que têm mais prestígio e poder do que ele! Note como ele osbajula!

Esse prevaricador vagabundo não trabalha e não deixa os outros trabalharem para não ter de

arregaçar as mangas também. Quando se mete a ministrar instruções aos Aprendizes e Companheirosele o faz de modo precário, sem estar familiarizado com elas. Raramente sabe responder questões

que os Irmãos lhe dirigem. Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso pesquisar! Ele nãofaz nada porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no íntimo não gosta da Maçonaria enão ama seus irmãos! Nossas “reuniões” são para ele um fardo. Nas vezes que comparece em Loja,exige ser ouvido e jamais dá atenção ao que falam os demais, obrando para que a sua palavra sempreprevaleça nas decisões a serem tomadas. Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia – o quesignifica que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar as suas imposturas –,retira-se antes da “reunião” terminar ou, quando permanece, o faz com o olhar fixo no relógio.Campeão em faltas e em delitos, quando esse falso maçom comparece à loja ele o faz para darpalpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e soluções inconsistentescom os problemas que surgem em nossas relações. Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas,aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.

BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, é de autoria do valoroso IR.’. Rubens Carlos deOliveira da A.’.R.’.L.’.S.’. Trabalho e Fraternidade Nº 06 e o mesmo, foi enviado para a RevistaUniverso Maçônico pelo M.’.M.’. Ir.’. Euclides Alves da Graça • Or.’. Cuiabá / MT(Representante da Editora Domínio)

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#115

O QUE É MAÇONARIA

A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.Por que é Filosófica?É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das

causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.Por que é Filantrópica?É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo

contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem-estar do gênero humano, semdistinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens pormeio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.

Por que é Progressista?É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador

regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculoao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão oda razão com base na ciência. Quais são os seus princípios?

A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; aigualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ounacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e,portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações

Qual o seu lema?Ciência - Justiça - Trabalho: Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para

equilibrar e enaltecer as .relações humanas; e Trabalho por meio do qual os homens se dignificam ese tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para omelhoramento intelectual, moral e social da humanidade.

Qual é seu objetivo?Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes. O que entende a Maçonaria por moral?Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e

universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. Eessa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Aopenetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça. O queentende a Maçonaria por virtude?

A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o

cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interessepessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte, quandose trata do cumprimento do dever.

O que entende a Maçonaria por deverA Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não

basta respeitar a propriedade apenas, mas, também, devemos proteger e servir aos nossossemelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo ededicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal. A Maçonaria éreligiosa?

Sim, é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador,absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO,porque é uma entidade espiritualista em contra posição ao predomínio do materialismo. Estes fatoresque são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica doUNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividademaçônicas.

A Maçonaria é uma religião?Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre

si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união doshomens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.

Para ser Maçom é necessário renunciar à religião a qual se pertence?Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem

em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus. Geralmente existe essacrença entre os católicos, mas ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, oCura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na AméricaCentral; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó;Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino,Frei Caneca e muitos outros.

Quais outros homens ilustres que foram Maçons?Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares

como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritorescomo Castellar, Mazzini e Espling.

Somente na Europa houve Maçons ilustres? Não. Também na América existiram. Os libertadores da América foram todos maçons.

Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin eO'Higgins, na Argentina; Bolivar, no Norte da América do Sul; Marti, em Cuba; Benito Juarez, noMéxico e o Imperador Dom Pedro I no Brasil.

Quais os nomes de destaque no Brasil que foram Maçons?D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias),

Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, NiloPeçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.

Então a Maçonaria é tolerante?A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus. membros a mais ampla tolerância.

Respeita as. Opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas asreligiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgarsituações de privilégio a qualquer uma delas em particular.

O que a Maçonaria combate?A ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a

dominação e os privilégios. A Maçonaria é uma sociedade secreta?Não, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários

países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários,enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio doingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte domundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.

Quais as principais obras da Maçonaria no Brasil?A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da

nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa. Quais as condições indispensáveis para pertencer a Maçonaria?Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente

de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou oficiolícito e honrado que lhe permita prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentaçãodas obras da Instituição.

O que se exige dos Maçons?Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos

seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com osprincípios que as regem; amor à Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento àsleis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; condutacorreta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir àsreuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em todaa sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas ereligiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejamdivididos por pequenas questões da vida civil.

O que é um Templo Maçônico?

É um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas quelhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços paramelhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranqüilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente osvalores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.

O que se obtêm sendo Maçom?A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que,

por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais emqualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de havercontribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito peloshomens. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade,à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade,Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas. O segredo maçônico,que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre osespíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, umadefesa necessária e legítima, porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu devercorrelativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos esegundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes, e nem admite em seu seio, pessoasque não tenham um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham umaprofissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face àsdespesas da sociedade e socorros aos necessitados.

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura foi extraida da Aug.'. e Resp.'. Loja Fraternidade de Santos nº 132,

através do seu site www.maconaria.com.br UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#116

O BEM, O MAL E A LIÇÃO DA PEDRA BRUTA

Uma análise dos símbolos maçônicos que têm como objetivo a edificação e aprimoramento do serhumano, e a necessidade de se lapidar e trabalhar o espírito. Ao entrar para a Ordem, a primeiraimagem com a qual o Aprendiz Maçom toma contato, sob um ponto de vista sintetiza boa parte (senãotodos) dos símbolos pertinentes a seu presente estágio e, sob outro aspecto, ela traz em si a indicaçãodo trabalho que começou a ser realizado por aquele que iniciou o seu longo aprendizado.Descrevendo rapidamente, a imagem apresenta um jovem olhando em direção a um bloco disformede pedra. Este jovem, provavelmente um pedreiro ou um escultor, traz consigo os instrumentos de seuofício: um malho e um cinzel. Em uma primeira vista, logo notamos que, pelo menos os já citadosquatro elementos básicos da imagem, saltam aos nossos olhos. Repetindo, são eles: o própriopedreiro, o malho, o cinzel e a pedra bruta.

Para podermos iniciar nossas rápida exposição – tanto sobre esses elementos quanto sobre o

conjunto que a imagem em si representa, como um todo – é necessário que voltemos um pouco notempo para nos lembrar da época em que assim chamada Maçonaria, hoje especulativa, eraconsiderada operativa. Naquele tempo, com a evolução da arte de se construir, o material utilizadonas edificações aos poucos passaria de madeira para pedra e, depois, da pedra para a pedratrabalhada. Assim, as construções iam se tornando mais sólidas e belas. O trabalho na pedra brutavisava, principalmente, a preparar um conjunto de peças para que essas se moldassem e seencaixassem em um todo maior de pedras, e que todo as estivessem em conformidade com o projetodos “construtores”. No campo operativo, boa parte do trabalho de lapidação executado pelo novosPedreiros era feito com o suo de, entre tantos outros materiais, três elementos básicos : a Pedra emsi, o Martelo (ou Malho) e o Prego (ou Cinzel).

Talvez como efeito do avanço industrial, quando a máquina começava a substituir a mão-de-obra

humana, por volta da segunda década do século 18, a Maçonaria passaria a ser considerada de ordemespeculativa. Assim, boa parte dos componentes materiais até então utilizados no ofício e na arte daconstrução passaria a compor símbolos, cuja natureza, ainda associada às edificações, agora tambémestariam relacionados a aspectos internos do ser humano, sejam esses aspectos de ordem moral,sejam de ordem espiritual. Dessa forma, o que antes era visto como a preparação para se produzirpeças perfeitas, agora ganhava os contornos de símbolos que visavam à edificação do verdadeirohomem. Para tal, assim como acontecia com os blocos de pedra bruta, o próprio homem necessitariaser trabalhado, ou lapidado, para que sua perfeição enfim se mostrasse.

Na já citada imagem do Grau de Aprendiz, vemos o jovem pedreiro trabalhando a pedra bruta.

Para a realização desse trabalho, ele emprega o Cinzel e o Malho. O Malho se encontra em sua mãodireita, enquanto o Cinzel está na esquerda. Comparando a pedra com o homem, é mostrado que ela,em seu estado bruto, se encontra disforme, distante de um possível estado de perfeição que, maistarde, será representado pela Pedra Cúbica; igualmente, esse trabalho de lapidação poderá ocorrercom o próprio ser humano.Ora se identificando com a Pedra, ora com o Pedreiro, o Aprendiz terátodos os elementos necessários para trabalhar a si próprio. Esses elementos estão representadospelos já mencionados Malho e Cinzel.

Superficialmente, alguns autores relacionam o Malho ao elemento ativo da obra de desbaste daPedra Bruta, enquanto que o Cinzel seria o elemento passivo. O primeiro estaria associado à força eao intelecto, enquanto que o segundo diria respeito à arte de esculpir propriamente dita. Em umaanálise um pouco mais criteriosa, o Malho seguro pela mão direita, é entendido como sendo umsímbolo da ação pura da vontade o Aprendiz, atuando com perseverança e continuidade sobre aPedra, enquanto o Cinzel é visto como a capacidade de orientação e observação, a capacidade desaber discernir o que deve ou não ser retirado do bloco em trabalho. Sob o ponto de vista iniciático,Malho e Cinzel podem ser percebidos, respectivamente, como a Tradição, que prepara, e como aTradição, que prepara, e como a Revelação, que cria. Um é inútil sem o outro, e eles atuam emconformidade com o Princípio Hermético da Polaridade, que diz que “tudo é duplo”. Se uma formade assimilação do símbolo do Grau de Aprendiz o mostra trabalhando a Pedra Bruta, um outroentendimento, de ordem ainda superior, nos fala que o Aprendiz, sendo a própria Pedra a serdesbastada, “sofrerá” a ação do Grande Escultor, que fará uso dos elementos necessário à realizaçãoda Obra final.

Mas qual seria a relação direta do Bem e do Mal com a lição Pedra Bruta? Estes dois conceitos,

Bem e Mal, ocuparam e certamente continuarão ocupando a mente de todos e quaisquer estudantesdas Ciências Antigas. Genericamente tomados como conceitos absolutos – nos quais primeiramentepoderíamos simplesmente optar por um (normalmente o Bem) e esquecer o outro – tais aspectos dacriação são de tamanha relatividade que defini-los satisfatoriamente pode parecer tarefa assaz dura,senão francamente impossível. Assim, iremos nos limitar a dissertar de modo livre e sucinto sobre osmesmos sempre tendo em mente o símbolo da Pedra Bruta, bem como nossa fé e confiança no GrandeArtesão. Em princípio, quanto mais livre de conceitos (sobremodo conceitos religiosos)preestabelecidos estiver a mente de alguém, mais apta esta mente estará para perceber os notáveisequívocos, alguns seculares, com os quais estamos obrigados a conviver. Por exemplo, tornou-se usocomum associar Deus tão somente ao Bem, relegando todos os aspectos supostamente vis da criação,as “coisas” ruins, ao seu eterno opositor. Dessa forma, a perene luta Bem versus Mal, tendo seupalco há muito armado, segue seu rumo em direção ao eterno.

Somente como ilustração para este equívoco, citamos um trecho, extraído dos códigos de uma das

crenças mais populares de nosso país. Este trecho afirma, de modo claro, taxativo, lapidar e final ser“[....] Deus, soberanamente justo e bom...”. A suposição de que algo seja “justo e bom”, mesmomuito antes de poder ser considerada primária, deve ser vista como realmente é, ou seja, ilógica, atémesma contraditória. O Segundo Princípio elaborado por aquele Três Vezes Grande, o Princípio deCorrespondência nos diz que “o que está em cima é como o que está em baixo...”. Segundo a lógicahermética, sabemos que, em tese, um juiz, quando emite uma sentença ou julga uma causa humana,intenta nada mais ser senão justo. Ele não deseja ser nem bom e nem mau, mas apenas justo. Asdemais partes envolvidas são as que, segundo a conveniência de cada uma, entendem ter sido o seuveredicto, a sentença, boa ou má.

Da mesma forma, seguindo o Princípio Hermético das Correspondências, podemos supor omesmo a respeito do Grande Juiz, o Criador. Se Ele é justo, como o crêem todos, é apenas justo.Nós, suas criaturas, é que, dentro de nossa limitada compreensão, entendemos serem as Sua açõesmera conseqüência de um possível Bem o Mal. E exatamente nisto, em Sua Justiça, está a SuaPerfeição. Não é à toa que os maçons se utilizam do mote “Justo e Perfeito”, e nunca “Justo e Bom”.Seguindo o raciocínio sobre o Bem e o Mal, no trabalho de lapidação da Pedra Bruta duas vontadesparecem agir de modo concomitante : a primeira vontade seguirá os desígnios do Criador, que ésoberana. A vontade secundária partiria da própria Pedra, ou do indivíduo a ser trabalhado, no caso,o Aprendiz. Em ambas possibilidades, intenta-se obter o produto final na forma de uma pedra Justa ePerfeita. Ela é Justa, pois está adequada à Sua Obra, e é Perfeita, pois também está em conformidadecom a Perfeição de Seu Plano Maior.

O livre-arbítrio que, em princípio, parece dirigir a vontade de Aprendiz, nada mais é do que afaculdade que lhe dá a chance de estar em harmonia com a vontade Maior que o criou. Nesse caso, asduas vontades, sendo harmônicas, passam a ser uma única Vontade. Então, poderíamos entender oBem como sendo a capacidade do Aprendiz de pôr a própria vontade em sintonia com a vontadeSuperior, enquanto o Mal simplesmente representaria a opção contrária a esta. Um outro aspecto dosímbolo, presente no processo de tornar desbastada a pedra bruta, também muito teria a acrescentar.Sob um certo ponto de vista, a Pedra Bruta é entendida como um estado original de liberdade,enquanto que a pedra trabalhada é vista como sendo nade mais do que o produto da submissão deuma individualidade pela força. Mas por hora, devido á densidade deste particular modo deentendimento da lição da Pedra Bruta, não gostaria de me aprofundar.

Para encerrar, diria apenas que cabe a cada um de nós descobrir a sutil diferença entre aperfeição da pedra trabalhada e a submissão que o desbastar da pedra por vezes representa. Nãoreconhecer tal diferença pode nos levar a ser, simplesmente, um mero produto de nosso meio, maisuma peça moldada à revelia de nossa própria vontade, de nosso próprio querer. Enfim, talvez adiferença possa estar no fato de que, enquanto uma traz em si mesma o objetivo de toda Iniciação, ouseja, a fiel expressão da vontade do conjunto Criador e Criatura, constituindo uma verdadeira jóiaunia – a outra não passara de um mero capricho da manipulação profana, apenas mais um tijolo na

parede, fadado a nada mais senão o esquecimento.BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura, esta na página da web www.ippb.org.br do Instituto de Pesquisas

Projeciológicas e Bioenergéticas do nosso IR.'. Carlos Raposo, pesquisador da história de ordenssecretas, filosofia oculta e ciências herméticas, e também responsável pelo site Arte Magickawww.artemagicka.com

O nosso blog agradece este belo trabalho e solicita aos IIRR.'. que visite esta página e acompanheeste sério trabalho.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/08/o-bem-o-mal-e-licao-da-pedra-bruta.html

#117

O PASSO LATERAL DA MARCHA DE COMPANHEIRO

A Marcha é uma técnica adotada nos três Graus Simbólicos. Como recém-elevados ao Grau de

Comp.’.Maç.’., a Sublime Instituição abriu-nos uma porta a mais para ser explorada através dosestudos. E, estudando, notamos pequenas diferenças ritualísticas entre as diversas Potências, mas nãonos esqueçamos que todos somos Maçons e, como tais, temos como meta final o mesmo resultadomoral, ou seja, a construção de nosso Templo Interior para a Glória do G.’.A.’.D.’.U.’., nãoimportando a Potência à qual pertençamos.Enquanto AApr.’.MMaç.’., ainda sem sabermos ler e nemescrever, somente soletrar, obrigatoriamente temos que ser guiados e orientados por nossos MM.’. naluta e na perseverança em nosso caminhar na senda da Perfeição, isto é, pelo caminho que nos levadas trevas à Luz, do Ocidente para o Oriente, do mundo objetivo dos sentidos para o mundo subjetivodo espírito. Este objetivo não é somente dos AApr.’. mas também dos CComp.’. e dosMM.’..

Sendo assim, nossos passos, sempre iniciados com o pé esquerdo, são obrigatoriamente retos edirigidos, sempre na mesma direção, pelos IIr.’. mais experientes e compreende três passos delongitude desigual e proporcional a 3-4-5, lembrando o Teorema de Pitágoras e, a cada passo,juntando os pés em ângulo reto, em esquadria. Estes três passos simbolizam as três qualidadesmorais que caracterizam a conduta do Apr.’.:- Retidão, Decisão e Discernimento. Tambémsimbolizam que o maçom deve andar sempre retamente, em busca da virtude e da perfeição. ComoCComp.’., devemos sempre nos recordar de que tudo tem lógica e, portanto, a lógica é o caminhomais seguro que pode existir. Também temos que ter sempre em mente que devemos nos guiar a nósmesmos, uma vez que procuramos desenvolver o autodomínio. No Grau de Comp.’., a Marcha é acontinuação do caminhar iniciado no grau anterior. É a Marcha do Apr.’. acrescida de mais doispassos.

Ao passarmos do Nível à Perpendicular, ou dos cuidados do 1o.Vig.’. para os do 2o.Vig.’., ouseja, da Coluna onde operávamos com Força para a Coluna onde iremos trabalhar com a Beleza, esedentos por novos conhecimentos, deixamo-nos dominar pelos nossos devaneios:- Abandonamos alinha central trilhada enquanto AApr.’., dando o primeiro passo da marcha de Comp.’. em linhaoblíqua para a direita ou para a esquerda, dependendo da Potência. Este passo lateral e oblíquo érealizado conduzido por nossa faculdade de criar e, assim, arriscamo-nos aos perigos dodesconhecido. Por isso, este passo denomina-se de Imaginação. Saindo da trajetória a que estávamosobrigados enquanto AApr.’., significa que já podemos e devemos variar nossos caminhos em buscada Verdade. A Razão, vigia e controla constantemente os devaneios da criação, ou seja, daImaginação.

A Razão, que acompanha e reconduz a Imaginação de volta à realidade, sempre que esta se

exceder, é simbolizada pelo pé direito que segue o esquerdo, formando uma esquadria. E é este péesquerdo que dará o segundo passo, em ângulo reto, denominado de Afetividade, retornando aoequador da Loja, demonstrando Obediência e Amor ao Trabalho. Neste passo do pé esquerdo, odireito o acompanha, simbolizando o regresso da Imaginação ao caminho inicial da Retidão, daDecisão e do Discernimento, evidenciado nos três passos iniciais. A esquadria formada ao terminara marcha leva o nome de Razão, protetora da Inteligência. O primeiro passo oblíquo também poderiase denominar de Livre Arbítrio significando que não precisamos mais caminhar em linha reta, pois jáadquirimos conhecimento, podendo sair da trajetória. O segundo passo seria o da Consciência, poisjá conseguimos discernimento e, por conseguinte, sabemos voltar ao caminho da retidão quandonossa Razão assim ordenar. Isto demonstra que, quando nos desviamos da linha reta a que estávamosobrigados como AApr.’., é porque os nossos MM.’. já nos consideraram aptos a observar, procurar,experimentar e quantificar os métodos para assimilar e usufruir da filosofia contida e ensinada noGrau de Comp.’.. Como todo adolescente, sentimo-nos cheios de energia e totalmente independentes, auto-suficientes.Julgamo-nos possuidores dos conhecimentos, dos segredos e dos mistérios do caminho a serpercorrido e não levamos em conta as sábias orientações dos mais velhos e mais experientes quepodem nos mostrar os atalhos para evitar passos desnecessários. Assim, através do livre-arbítrio deque somos dotados, abandonamos, impetuosamente, a linha central por onde até então trilhávamos eoptamos por outros caminhos para chegarmos à Verdade, contrariando aqueles métodos impostos quenortearam nosso procedimento desde o início de nossa senda. Ao contrariarmos as regras seguidasaté então, nós, os CComp.’., como adolescentes no caminho da Perfeição, não devemos serreprimidos em nosso processo criativo nem tampouco doutrinados com teorias que determinem nossoprogresso, mas orientados para tais teorias. É por isso que no Grau de Comp.’. há uma mudança noposicionamento das Três Luzes Emblemáticas, onde o Compasso, agora, está entrelaçado aoEsquadro, ou seja, uma perna do Compasso está livre do domínio moral do Esquadro simbolizandoque nós, os CComp.’. já nos encontramos em condições de trilhar pelos caminhos da Verdade, embusca do saber, livre de preconceitos e de superstições.

Os cinco passos do Comp.’. também nos recordam a Conjugação dos Quinários:- De cinco anos éa idade do Comp.’.; os golpes de malhetes; as pancadas de bateria; os toques no sinal dereconhecimento. Cinco são as luzes que iluminam e cinco os pilares que sustentam a Loja de Comp.’..De cinco viagens se compõe a elevação ao Grau. Quintessência é o quinto elemento. Quinta Ciênciaé a classificação da Geometria dentro das Sete Artes ou Ciências Liberais e, posicionada ao MeioDia, a Estrela Rutilante com suas cinco pontas a lembrar-nos que a Mente deve ser posta em Ação eMovimento, portanto, devemos Criar e Trabalhar com Sabedoria e Conhecimento!

Esta Peça de Arquitetura tem como finalidade um breve estudo sobre o tema "O Passo

Lateral da Marcha de Comp.’.Maç.’.".BIBLIOGRAFIACompanheiro Maçom – Ir.’. Inácio Jorge Paulo Filho – Ed. Country Curso

de Maçonaria Simbólica – Companheiro – Theobaldo Varoli Filho – A Gazeta Maçônica Graude Companheiro e Seus mistérios – Jorge Adoum – Ed. Pensamento Caminhos da Perfeição: OCompanheiro – Walter de Oliveira Bariani – Ed. Maçônica A Trolha Cartilha do Companheiro –José Castellani e Raimundo Rodrigues – Ed. Maçônica A TrolhaUM BEIJO NO SEUCORAÇÃOPermalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/09/o-passo-lateral-da-marcha-de.html

#118

QUEM É O SUBSTITUTO IMEDIATO DO VENERÁVEL MESTRE?

Recentemente em um bate papo informal com alguns Irmãos surgiu este questionamento: Quem é osubstituto imediato do Venerável Mestre? Prontamente alguns Irmãos responderam: o substitutoimediato do Venerável Mestre é o Irmão 1° Vigilante. Na falta deste o Irmão 2° Vigilante.A maioriados Irmãos presentes concordou com a afirmação feita, porém, um Irmão Decano, que atentamenteouvia as respostas, em determinado momento disse: "O substituto imediato do Venerável Mestredeve ser um Irmão Mestre Instalado".Bem, a partir da afirmação do Irmão Decano gerou-se uma seriede duvidas e perguntas: E se o Irmão 1° Vigilante não for Instalado? E se o Irmão 2° Vigilantetambém não for Instalado? Quem assume a direção dos trabalhos? A única maneira de encontrarmosrespostas a estas perguntas é a busca através de pesquisas, senão vejamos:

Para se chegar até a cadeira de Venerável Mestre é necessário que o Mestre Maçom passe do

Ocidente para o Oriente. “O caminho que deveis trilhar para atingirdes o domínio de vos mesmo, épelo trabalho e pela observação ¹”. Primeiramente precisa subir os quatro degraus que separam oOcidente do Oriente sendo eles: Força, Trabalho, Ciência e Virtude. Alcançado estas virtudes oIrmão que pretende chegar à cadeira do Venerável Mestre, ou o trono do Venerável, ou o trono daSabedoria, deverá subir mais três degraus, sendo eles: Pureza, Luz e Verdade. Assim, se procedendo,o Irmão é conduzido e devidamente Instalado através de Ritual apropriado no trono da Sabedoria, olugar que lhe compete em Loja.

Lembrando que Mestre Instalado não é grau, e sim, uma Classe de Maçons. Em seu trabalhointitulado "Mestre Instalado é Grau?", o Ilustre Irmão Amilcar Silva Júnior nos diz: "...pelo queentendo, é evidente que Mestre Instalado não é grau. Nem simbólico nem filosófico". É um direito eum privilegio do Venerável Mestre de instalar seu sucessor. Diz o Irmão Kurt Max Hauser - P.·. G.·.M.·. da M.·. R.·. G.·. L.·. M.·. E.·. R.·. G.·. S.·., em seu trabalho intitulado "Ritos Maçônicos": "Nenhuma outra autoridade, incluindo o Grão Mestre, salvo em casos excepcionais, devidamentejustificados, pode praticar tais cerimonias, sem atentar contra este direito e contra a independência eautoridade da Loja".

É um direito e privilégio do Venerável Mestre de outorgar graus. Somente o Mestre Instalado temdireito e privilegio de outorgar os graus simbólicos. Na cerimônia de Iniciação após o Neófito Terrecebido a Luz, o Venerável Mestre que foi instituído na Classe de Mestre Instalado, segurando aespada recebe e constitui o Neófito a condição de Aprendiz Maçom e membro da Oficina. Assim,deverá ser usada a mesma formula para a cerimônia de Elevação e Exaltação, conforme determina oRitual do grau. Toda sessão Maçônica deverá ser dirigida por um presidente. O Presidente de umaLoja Maçônica é o Obreiro que pela vontade dos Irmãos foi eleito Presidente da Oficina e

devidamente Instalado através de Ritual apropriado no trono da Sabedoria. O 1° vice-presidente de uma Loja Maçônica é o Irmão 1° Vigilante sendo o Irmão 2° Vigilante o

2° vice-presidente, ambos eleitos pela vontade dos Irmãos. Verifica-se então que na ausência doVenerável Mestre o substituto imediato é o Irmão 1° Vigilante (1° vice-presidente). Na ausência doVenerável Mestre e do 1° Vigilante, o substituto imediato é o Irmão 2° Vigilante (2° vice-presidente). Este procedimento se dará em qualquer sessão, mesmo que seja a de Iniciação, Elevaçãoe Exaltação. Os Irmãos 1° Vigilante (1° vice-presidente) e o Irmão 2° Vigilante (2° vice-presidente)são os substitutos legais do Presidente.

Na sessão de Iniciação os substitutos legais do Venerável Mestre no momento da "sagração" senão pertencerem a "Classe de Mestre Instalado", "não poderão sagrá-los", ou seja, não poderáreceber o Neófito a condição de Aprendiz Maçom. Deverá o substituto legal solicitar ao “IrmãoMestre Instalado" presente a sessão que neste momento, segurando a espada receba e constitua oNeófito a condição de Aprendiz Maçom e membro da Oficina. O mesmo procedimento deverá serfeito nas sessões de Elevação e ou Exaltação. Poderão os substitutos legais do Venerável Mestre,achando-se que estão impedidos de dirigirem a sessão magna, por não pertencerem a Classe deMestre Instalado, solicitar ao antigo Venerável Mestre que dirija os trabalhos ou ainda solicitar aalgum Irmão Mestre Instalado presente a sessão que dirija os trabalhos. Conclui-se então que naausência do Venerável Mestre o substituto imediato e que deve assumir os trabalhos é o 1° Vigilante(1° vice-presidente), e na ausência de ambos quem deve assumir os trabalhos é o segundo substitutoimediato, o Irmão 2° Vigilante (2° vice-presidente). Porém se os Irmãos substitutos não pertencerema Classe de Mestre Instalado não poderão em hipótese alguma receber e constituir Maçons.

BIBLIOGRAFIAEsta Peça de Arquitetura, foi extraida do Portal Maçônico e pertence ao Irm. Antônio Carlos Rios DaAcademia Maçônica de Letras de MS Cadeira nº 19 Fundador da A R L S Expansão da Luz Nº 35 G O M S- C O M A B UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/09/quem-e-o-substituto-imediato-do.html

#119

MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS

Há mais de cinco mil anos, na Mesopotâmia os sumerianos e babilônicos, representaram asconstelações imaginando formas animais. O desenvolvimento da matemática astronômica permitiuaos sábios da Mesopotâmia através das observações celestes calcularem com precisão seu arco de30º a partir da elíptica orbital do Sol e assim criou os doze signos zodiacais. O Zodíaco chegou aoEgito Antigo pela dominação babilônica. Os gregos herdaram o Zodíaco dos Egípcios e deram onome para essa zona do espaço de “Zodiako Kyklos”, círculo de animais. Os gregos inventaram umaparelho mecânico chamado ANTICÍTERA que media com precisão as divisões do calendário emdia, mês e ano, o mapeamento celeste perfeito do zodíaco, as posições dos corpos celestes, omovimento do Sol e as órbitas lunares. O Sistema Zodiacal grego aperfeiçoado propagou para aÍndia, Roma e Bizâncio e os árabes no período medieval, salvaram-no do total desaparecimentopermanecendo até os dias atuais.

No nosso templo as Colunas Zodiacais são símbolos que indica o caminho que nós irmãosdevemos percorrer durante o ano para seu desenvolvimento moral, intelectual e ético. Na iniciaçãofomos purificados pelos quatros elementos fogo, terra, ar e água. O símbolo do Zodíaco tambéminfluencia na nossa vida de acordo com o mês de nossa iniciação. Na Coluna Zodicial Sul osiniciados atingiram a perfeição desbasta a pedra bruta, e na coluna Zodicial Norte, completa-se opolimento da sua Pedra Bruta transformando-a em Pedra Cúbica.

Em nosso templo temos a seguinte disposição Zodiacal:Venerável Mestre: Sol 1º Vigilante: Netuno 2º Vigilante: Urano 1º Experto: Saturno Orador:

MercúrioSecretário: Vênus Tesoureiro: Marte Meste de Cerimônias: LuaAs 12 colunas zodiacais representadas no Templo estão postadas junto às paredes, sendo seis ao

Norte e seis ao Sul. Sobre seu CAPITEL está o PENTÁCLO (Pentáclo é a representação de cadasigno com o planeta e o elemento que o caracteriza). A seqüência das colunas é de Áries a Peixes,iniciando-se com Áries ao Sul próximo à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Norte.

Coluna nº 1: ARIES - Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo. Corresponde à

cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o fogo interno encontrado no Candidato àprocura de Luz. Coluna nº 2: TOURO - Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra. Corresponde ao pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o candidato admitido nasprovas de iniciação. Coluna nº 3: GÊMIOS - Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, ElementoAr. Corresponde aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a faculdade intelectual, a união e

a razão simbolizam o recebimento da luz pelo candidato. Coluna nº 4: CÂNCER - Mês Julho,Feminino, Corresponde a Lua, Elemento Água. Representa o nascimento, simboliza a instrução doiniciado. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios, digestivos é Zabulão, representa o equilíbrioentre o material e o intelectual.

Coluna nº 5: LEÃO - Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento Fogo. Correspondeao coração, centro vital da vida física é Judá. O Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o calordos Irmãos dentro da Loja.

Coluna nº 6: VIRGEM - Mês Setembro, Feminino, Planeta Mercúrio, Elemento Terra.Corresponde às funções do organismo. É Ascher, representa para o Aprendiz o aperfeiçoamento, adedicação no desbastamento da Pedra Bruta. Coluna nº 7: LIBRA - Mês Outubro, Masculino,Planeta Vênus, Elemento o ar. Refere ao grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entreas forças construtivas e destrutivas. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá emcima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo

A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de

Mestre Maçom.Coluna nº 8: ESCORPIÃO - Mês Novembro, Feminino, Planeta Marte, Elemento água.

Representa as emoções e sentimentos poderosos, a constante batalha contra as imperfeições. Colunanº 9: SAGITÁRIO - Mês Dezembro, Masculino, Planeta Júpiter, Elemento fogo, Representa a menteaberta e o julgamento crítico. Coluna nº 10: CAPRICORNIO - Mês Janeiro, Feminino, PlanetaSaturno, Elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança. Coluna nº 11: AQUÁRIO -Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa o sentimento humanitário eprestativo. Coluna nº 12: PEIXES - Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água. Simboliza o desprendimento das coisas materiais.

“Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O

que vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em um sussurro, proclamai do altodo edifício.”

Yehoshua Ben Joseph, também conhecido como Jesus CristoBibliografiaEsta Peça de Arquiterua, foienviada pelo nosso Venrável Mestre Ailton de Oliveira e pertence ao

nosso valoroso Ir.'. Túlio da Silva Sbampato Ap.’.M.’. da ARL Maçônica Vigilantes do Divino, aquem agradecemos muito por este brilhante trabalho.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#120

O BODE NA MAÇONARIA Desmistificando o Bode da Entidade Dentro da nossa organização,muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808.Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III anod.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para olado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando aoouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquelemonologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais acuriosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo,conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiaçãodos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia,mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindoo sentimento ou problema. Mas por que bode? Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente.Como o bode nado fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos,respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, oconfessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto ahistória não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que elafaz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas. Voltemosem 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novolíder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todasas instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seusdireitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra naclandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçonsforam presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou umcovarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frasea seu superior: - “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigoarrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para osinquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala, sabe guardar segredo.BIOGRAFIA: Nosso muito querido e eterno Irmão JOSÉ CASTELLANIUm beijo em seu coraçãoPermalink: http://feedproxy.google.com/~r/CavaleirosDoTemploXxvi/~3/p8p3PLJSNhs/o-bode-na-maconaria-desmistificando-o.html