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L33N: Liminaridade e Empreendedorismo Educativo: uma viagem de descoberta MANUAL DE EMPREENDEDORISMO PARA, EM E ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO Número do acordo de projeto: 2015-1-BEO2-KA2O1-O12334

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L33N: Liminaridade e Empreendedorismo Educativo: uma viagem de descoberta

MANUAL DE EMPREENDEDORISMO PARA, EM E ATRAVÉS

DA EDUCAÇÃO

Número do acordo de projeto: 2015-1-BEO2-KA2O1-O12334

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L33N: Liminaridade e Empreendedorismo Educativo: uma viagem de descoberta Manual de Empreendedorismo para, em e através da Educação Número do acordo de projeto: 2015-1-BEO2-KA2O1-O12334 Autores: Zoe Radulescu, Paula Araujo, Albertina Marques, Abilio Ribeiro, Ilknur Kulali, Judit Kertesz, Kati Orav, Dora Belme, Jani Turku, Colin Gilfillan, Ondrej Duda, Alena Juvova, Guido Cajot, Patricia Huion Imagem: Kati Orav Edição: Patricia Huion Tradução: Isabel Costa

© União Europeia, [2017] O conteúdo desta publicação não reflete a opinião oficial da União Europeia. A informação e

as opiniões expressas no Manual L33N são da inteira responsabilidade dos autores.

ISBN 978-9949-88-086-7

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Conteúdos: TABELA DE CONTEÚDOS 3 MANUAL DE EMPREENDEDORISMO PARA, EM E ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO 4 INTRODUÇÃO 5 O ALFABETO DO ENSINO EMPRESARIAL 8 AUDÁCIA 9 PONTES 10 CAPACIDADE CRIATIVA 11 PENSAR O DESIGN 12 ECOLOGIA 13 AULA INVERTIDA 14 REDE 15 AJUDA 16 APRENDIZAGEM INTUITIVA 17 EXECUTAR 18 AMABILIDADE 19 LIMINARIDADE 20 MENTALIDADE 21 NAVEGADORES 22 MEDALHAS 23 APRENDIZAGEM AUTÓNOMA 24 QUESTÕES 25 RECRUTAR 26 PARTILHA DE HISTÓRIAS 27 O PROFESSOR EMPREENDEDOR 28 VANTAGEM COMPETITIVA INJUSTA 29 CRIAÇÃO DE VALOR 30 BEM-ESTAR 31 X (OU O DESCONHECIDO) 32 SIM 33 ZÉNITE 34 A ATHENAEUM DO EMPREENDEDOR 35 A ECOLOGIA DO EMPREENDEDORISMO 36

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MANUAL DE EMPREENDEDORISMO, PARA, EM E ATRAVÉS DA

EDUCAÇÃO

● O Alfabeto do Ensino Empresarial

● Boas Práticas

● Clubes de Empreendedorismo

● Grelha de Aprendizagem

● Laboratórios Liminares

● A Athenaeum do Empreendedor

● A Ecologia do Empreendedorismo

● Documentário L33N

A CAPACIDADE DOS ALUNOS DE RESPONDEREM DE MODO EMPREENDEDOR

A CAPACIDADE DOS ALUNOS DE RESPONDEREM DE MODO EMPREENDEDOR

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Introdução Cinco instituições de ensino e cinco empreendedores na Europa propuseram-se a responder

a duas questões:

“Como se melhora a capacidade de um aluno para pensar e responder de modo

empreendedor durante o percurso escolar?”

“Que questões deve um professor (estagiário) colocar quando se propõe a incorporar

competências empresariais na sua prática de ensino?”

● Tomaz Pelayo (Portugal)

● Ion Ghica (Roménia)

● MEB (Turquia)

● Palacky University (República Checa)

● UC Limburg (Bélgica)

● Kating Noored (Estónia)

● NETRA (Hungria)

● Shared Enterprise CIC (Reino Unido)

● Dans.Art.Com (Holanda)

A CAPACIDADE DOS ALUNOS DE RESPONDEREM DE MODO EMPREENDEDOR

JUNTAMENTE COM ESTES CINCO EMPREENDEDORES, PROPUSERAM-SE A EXPLORAR O ENSINO EMPRESARIAL

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INSPIRÁMO-NOS NA DANISH FOUNDATION FOR ENTREPRENEURSHIP –YOUNG ENTERPRISE PARA FAZER A PONTE

ENTRE A EDUCAÇÃO E O EMPREENDEDORISMO:

● Improvment Oy (Finlândia)

● “a capacidade de um indivíduo para transformar ideias em ação. Implica criatividade,

inovação, iniciativa e assunção de riscos, assim como a capacidade de planificar e

gerir projetos, de modo a atingir objetivos” (1).

● “O empreendedorismo passa por aproveitar ideias e oportunidades e transformá-las

em valor para os outros. O valor criado pode ser financeiro, cultural, ou social” (1).

● “A educação empresarial está relacionada com conteúdos, métodos e atividades

que apoiam a criação e o desenvolvimento de conhecimentos, competências e

experiências de modo a que seja desejável e exequível para os alunos iniciarem e

participarem de processos de criação de valor empresarial” (2).

● “uma abordagem, mais comum nos cursos de formação de

professores, onde o que está a ser ensinado é refletido pela forma

como é ensinado. Por exemplo, os alunos trabalham em grupo para

aprenderem sobre trabalho de grupo; outro exemplo seria ensinar

sobre aprendizagem cooperativa fomentando a colaboração entre

estudantes. Por vezes, o termo é usado de modo geral, esperando-

se que os professores que dão a formação incutam boas práticas

nos professores que estão a formar” (3).

● para: alunos/professores do ensino secundário, professores

formadores e professores formandos, empreendedores,

intervenientes da comunidade local e parceiros europeus

● em: o manual não tem conteúdos específicos e pode ser utilizado em

ambientes de ensino multidisciplinares, com alunos de diferentes

idades e formações

● através: o manual é um convite à descoberta do empreendedorismo

de forma empreendedora, testando, experimentando, conhecendo

com uma atitude empreendedora; conhecendo, observando e

escutando empreendedores.

PARTIMOS DAS COMPETÊNCIAS DEFINIDAS NO QUADRO DE COMPETÊNCIAS EMPRESARIAIS (ENTRECOMP) E DA

SUA DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDORISMO:

POR FIM, PARA DESPERTAR ESTE DESEJO DE ENVOLVIMENTO COM PROCESSOS EMPRESARIAIS, OPTÁMOS

POR UM ENSINO CONGRUENTE:

DESTA FORMA, CRIÁMOS UM MANUAL DO EMPREENDEDORISMO PARA, EM E ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO:

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Como se melhora a capacidade de um aluno para pensar e responder de modo empreendedor durante o percurso escolar?

● O Alfabeto do Ensino Empresarial: o Manual L33N organizado em 26 letras que ligam

as características do ensino empresarial ao Quadro EntreComp e a debates sobre

educação

● Boas Práticas: relacionar as práticas de ensino existentes com competências

empresariais

● Clubes de Empreendedorismo: criar espaços para explorar atividades de ensino

empresarial

● Grelha de Aprendizagem: uma narrativa de descoberta lúdica e associativa para os

conceitos do ensino empresarial

Que questões deve um professor (estagiário) colocar enquanto se propõe a incorporar competências empresariais na sua prática de

ensino?

● Laboratórios Liminares: passar de modelos educacionais

clássicos para ambientes de ensino empresarial, abandonando velhos

hábitos, criando momentos para alternativas que conduzam a decisões a

adotar.

● A Athenaeum do Empreendedor: aprender sobre

empreendedorismo com empreendedores.

● A Ecologia do Empreendedorismo: descobrir o

empreendedorismo/competências empresariais em contextos

educacionais.

● Blogue L33N: histórias para empreendedores educacionais.

● Documentário L33N: um convite ao ensino por pares, para criar ambientes

educativos empresariais.

Esperamos honestamente que o Manual L33N o possa inspirar a dedicar-se ao ensino

empresarial. Esperamos continuar a contribuir para esta comunidade de intervenientes no

empreendedorismo, transformando salas de aula, escolas inteiras, planos curriculares em

ambientes empresariais com uma “vantagem competitiva injusta” para o mercado de

trabalho, preparando os alunos não para “procurar empregos, mas para aproveitar

oportunidades em todos as aspetos das suas vidas”.

Patricia Huion [email protected] project Manager L33N Fontes

1. Bacigalupo, M., Kampylis, P., Punie, Y., Van den Brande, G. (2016). EntreComp: The

Entrepreneurship Competence Framework. Luxembourg: Publication Office of the

European Union; EUR 27939 EN; doi:10.2791/593884

2. Lackéus, M. (2015). Entrepreneurship in Education. What, why, when, how. Retrieved

from https://www.oecd.org/cfe/leed/BGP_Entrepreneurship-in-Education.pdf

3. http://www.dictionaryofeducation.co.uk

O LIVRO TRATA AS DUAS QUESTÕES QUE COLOCÁMOS LOGO NO INÍCIO:

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O ALFABETO DO ENSINO EMPRESARIAL

Esperamos genuinamente que queira prosseguir esta viagem!

Foi por isso que desenvolvemos este alfabeto, para que desenvolva novas

oportunidades de ensino, enquanto professor.

Pode usar o alfabeto como:

● Uma listagem: o meu método de ensino é congruente? Quantas letras posso

assinalar?

● Um desafio: reestruture o seu método de ensino de acordo com uma letra.

● Um jogo: percorra o papel com um dedo e pouse-o aleatoriamente. Comece a partir

dessa letra.

Uma tarefa: desenhe letras em pedaços de papel, pouse-os numa mesa e vire-os de

modo a não as conseguir ver. Peça ao formador ou aos seus colegas para

escolherem 5 letras e crie uma oportunidade de ensino empresarial com base nessas

cinco.

Uma selfie de ensino empresarial: alfabetize-se. Crie uma imagem ou história original

usando o alfabeto para se descrever.

Um diário de ensino: use o alfabeto para reflectir sobre as suas competências e

definir o seu próximo passo=letra.

Uma conversa: recorrendo às suas competências empresariais, pode usar o alfabeto

para iniciar uma conversa sobre ensino empresarial na sua escola, departamento,

comunidade.

SUGESTÕES DE UTILIZAÇÃO:

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OS PROFESSORES E OS EMPREENDEDORES NÃO PARECEM SER ALIADOS NATOS:

AUDÁCIA Motivação e perseverança

Mantenha-se focado e não desista

● Esteja determinado a transformar ideias em ação e a satisfazer a sua necessidade de

conquista

● Esteja preparado para ser paciente e para continuar a tentar alcançar ou seus

objetivos individuais ou de grupo a longo prazo

● Seja resiliente perante a pressão, a adversidade e os fracassos temporários

● “Os formadores de professores que procuram ser empreendedores precisam, por

vezes, de superar noções negativas de “empreendedorismo”. Apoiar o conceito de

empreendedorismo social – “gerar lucro”, ao invés de “tirar proveito” – associa-se

facilmente aos ideais comuns de ensino e pode ajudar a ultrapassar o viés” (1).

● “Os professores líderes são professores que assumem a iniciativa e a

responsabilidade pelas inovações na interação com o ambiente organizacional:

direção da escola, gestão, agências externas e por fim, mas não por último, pares.

Este tipo de empreendedorismo organizacional é crucial para o desenvolvimento do

profissionalismo dos professores e requer uma liderança partilhada nas escolas entre

a gerência e os professores. A educação no século XXI deveria ser marcada por uma

cultura profissional, e não burocrática. Numa cultura profissional os riscos são

apoiados e as comunidades de ensino profissional são fomentadas” (2).

Quando projetámos o Livro L33N, percebemos que ambas as comunidades partilham

imensas abordagens, mas que as definem de modo diferente. Porém, talvez o mais

importante seja podermos aprender uma com a outra.

● “Os professores não podem ensinar o empreendedorismo se eles próprios não forem

empreendedores” (1).

Fontes 1. Entrepreneurship Education: A Guide for Educators. Retrieved from

http://ec.europa.eu/DocsRoom/documents/7465

2. Glaser, L. (2013). Managing the paradox of corporate entrepreneurship. Amsterdam:

Free University [Academic Dissertation].

NÃO OBSTANTE, OS PROFESSORES DESEMPENHAM JÁ UMA SÉRIE DE ATIVIDADES EMPREENDEDORAS, SEM

QUE SEJAM DEFINIDAS COMO TAL:

ENQUANTO EMPREENDEDOR EDUCATIVO, É PRECISO AUDÁCIA PARA ORIENTAR PROFESSORES E

EMPRESÁRIOS NESTE AMBIENTE DE ENSINO MÚTUO POR PARES. PROVAVELMENTE, SERÁ PRECISO AINDA

MAIS AUDÁCIA PARA DESAFIAR E POSICIONAR OS PROFESSORES DE MODO EMPRESARIAL, TAL COMO O

L33N O FEZ AO LONGO DO LIVRO, POSTO QUE

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PONTES Trabalhar em Grupo

Formação de equipas, colaboração, criação de redes de contactos

● Trabalhe em equipa e colabore com outras pessoas para desenvolver ideias e passá-

las à ação

● Crie redes de contactos

● Resolva conflitos e enfrente a concorrência de forma positiva, quando necessário

“Em suma, crie uma atitude de aprendizagem em que esta seja encarada como “otimização

de redes”” (1)

“Elasticidade: a capacidade de transpor barreiras e funções para trabalhar fora da sua área e fazer uma série de atividades diferentes ao longo do dia” (2)

Enquanto empreendedor educacional, é crucial que crie a ponte entre empreendedores e

professores, para que o ensino empresarial faça sentido. São necessárias diferentes

perspetivas para relacionar o empreendedorismo na sua aceção mais restrita com a sua

aceção mais lata ou para relacionar o empreendedorismo com o Quadro EntreComp.

Convidar empreendedores para as aulas, ligar atividades de ensino a eventos exteriores,

relacionar tópicos diferentes, reunir alunos com níveis diferentes, misturar atividades

curriculares e extra-curriculares, relacionar o ensino em sala de aula com competições no

exterior, organizar aulas via Skype com outras nacionalidades são atividades que provaram

melhorar o ensino empresarial.

Num nível mais conceptual, o Livro L33N também relaciona o ensino empresarial com o

Quadro de Referência das Competências Digitais (DigiComp) (3) e com o ensino para o

futuro (4).

Fontes 1. Kapp, K.M. & O’Driscoll, T. (2010). Learning in 3D. Adding a New Dimension to

Enterprise Learning and Collaboration. San Francisco: John Wiley

2. Pink, H.D. (2013). To Sell Is Human. The Surprising Truth about Persuading,

Convincing, and Influencing Others. USA: Canongate

3. Vuorikari, R., Punie, Y., Carretero Gomez S., Van den Brande, G. (2016). DigComp

2.0: The Digital Competence Framework for Citizens. Update Phase 1: The

Conceptual Reference Model. Luxembourg Publication Office of the European Union.

EUR 27948 EN. doi:10.2791/11517 retrieved from

http://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/bitstream/JRC101254/jrc101254_digco

mp%202.0%20the%20digital%20competence%20framework%20for%20citizens.%20

update%20phase%201.pdf

4. http://cms.bsu.edu/about/administrativeoffices/entrepreneurial-learning

FAZER A PONTE ENTRE AS ATUAIS ATIVIDADES DE ENSINO E O QUADRO ENTRECOMP É MUITO PROPÍCIO

PARA A CRIAÇÃO DE UMA MENTALIDADE EMPRESARIAL.

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CAPACIDADE CRIATIVA Criatividade

Desenvolvimento de ideias criativas e objetivas

● Desenvolva ideias e oportunidades para criar valor, incluindo melhores

soluções para os atuais desafios, assim como para os novos

● Explore e experimente abordagens inovadoras

● Combine conhecimento e recursos para obter efeitos úteis

“Capacidade criativa: A capacidade para pensar de formas novas e imaginativas. Vários

estudos mostraram que a capacidade criativa é essencial para os empreendedores. A

criatividade é tipicamente usada na fase de exploração, de modo a identificar e descobrir

oportunidades de negócio” (1).

Na grelha de aprendizagem do L33N, nos clubes de empreendedorismo, nos laboratórios

liminares, incentivamos os participantes a criar ideias, a pensar fora da caixa, a identificar

oportunidades para novas formas de desenvolver atividades, a encontrar novos contextos

(3).

Relacionamos esta capacidade criativa de encontrar oportunidades de negócio/vida na fase

de análise. Não é tão importante nas fases de avaliação (planeamento, finanças) e de

exploração (gestão de recusos, ambiguidade e trabalho de equipa). Por outro lado,

asseguramos que nenhuma crítica ou pensamento pragmático prejudiquem a capacidade

criativa.

As pessoas referem-se várias vezes a esta capacidade como a permissão para pensar e agir de modo louco e pouco ortodoxo.

Os laboratórios liminares são propensos à criação desta atmosfera possibilista.

Fontes 1. Moberg K., Vestergaard L., Fayolle A., Redford D. Cooney T., Singer S., Sailer K.,

Filip D. (2014). How to assess and evaluate the influence of entrepreneurship

education. A report of the ASTEE project.retrieved from

http://ntsnet.dk/sites/default/files/ASTEE%20rapport%20juni%202014.pdf

2. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

3. https://www.schankacademy.com/demos/idea-workshop/index

“PODEMOS “POSSIBILITAR”. NÃO SABEMOS O QUE É POSSÍVEL, MAS PODEMOS TOMAR AS RÉDEAS DO

FUTURO AO SUGERIR POSSIBILIDADES” (2).

PENSAR EM POSSIBILIDADES TAMBÉM É INCENTIVADO NA DINÂMICA DA ECOLOGIA E AS HISTÓRIAS DA

ATHENAEUM DO EMPREENDEDOR TAMBÉM REVELAM POSSIBILIDADES.

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PENSAR O DESIGN Tomar a iniciativa

Ir em frente

● Inicie processos que criem valor

● Aceite desafios

● Aja e trabalhe de modo autónomo para alcançar objetivos, mantenha as suas

intenções e execute as tarefas programadas

“Quando os alunos começam a pensar o design, aprendem a navegar pelos sistemas

durante todo o processo. Trabalham em colaboração, mas também têm de tomar a iniciativa

e de se gerirem a si próprios. Eles são os donos do processo de gestão do projeto.

Aprendem a pensar de modo divergente e assumem riscos criativos, percebendo também

que a revisão e a rejeição fazem parte do processo de aprendizagem (…). Contudo, é útil

aprender a pensar como um empreendedor e pensar o design é uma das melhores formas

para cultivar esse tipo de mentalidade. Ensina-lhes uma abordagem de pensamento

diferente e essa mesma abordagem, essa mentalidade empresarial, é o que lhes é retirado

nas escolas. E, se funcionar, o que vai ver é um grupo de alunos prontos a enfrentar o

mundo” (1).

Para o Livro L33N, pensar o design foi a base do nosso processo criativo. Explorámos a

experiência dos alunos (3) através de clubes de empreendedorismo (Clube Nutella, Argo,

clube de empreendedorismo Ayvacik, Talentos do Futuro), as necessidades da comunidade

através de trabalho de campo durante as reuniões de projeto em Portugal, na Roménia e na

Turquia, a experiência dos professores através de boas práticas e as expectativas dos

empreendedores através de ecologias empresariais e do athenaeum do empreendedorismo.

A variedade de perspetivas (diferentes nacionalidades de professores e empreendedores)

facilitou a deteção de questões emergentes e a criação de protótipos para os lanches de

aprendizagem, os laboratórios liminares e a grelha de aprendizagem.

Estes protótipos foram testados em escolas secundárias (Ayvacik, Tomaz Pelayo, Ghico),

em departamentos de professores (Univerisidade Palacky e PHST Graz) e com professores

e empreendedores durante o campo da inovação em Budapeste.

Fontes 1. http://www.opeduca.eu/Entrepreneurial_Learning_Reads.html#Neil_Kane

2. https://medium.com/synapse/the-creative-mastery-cycle-a42e5f82def3

3. http://dux.typepad.com/digital_library/

4. https://dschool.stanford.edu/resources/

PENSAR O DESIGN É A CRENÇA DE QUE TODOS PODEM CONTRIBUIR PARA A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO

MAIS DESEJÁVEL E UMA COMPETÊNCIA PARA AGIR QUANDO CONFRONTADO COM UM DESAFIO DIFÍCIL. ESSE TIPO DE OTIMISMO É BEM PRECISO NA EDUCAÇÃO (2).

É UMA FORMA OUSADA E ALTAMENTE ATRATIVA DE CRIAR ATIVIDADES DE ENSINO. E FOI POR ISSO QUE

TAMBÉM INCLUÍMOS MÉTODOS PARA PENSAR O DESIGN NA GRELHA (4).

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ECOLOGIA Trabalhar em Grupo

Formação de equipas, colaboração, criação de redes de contactos

● Trabalhe em equipa e colabore com outras pessoas para desenvolver ideias e passá-

las à ação

● Crie redes de contactos

● Resolva conflitos e enfrente a concorrência de forma positiva, quando necessário

“Uma vez que a educação empresarial estipula a interação com o mundo exterior para todos

os níveis de educação, deveriam existir oportunidades para os níveis de ensino primário e

secundário aprenderem com as estruturas de suporte mais avançadas encontradas nos

níveis de ensino superior, dada uma certa contextualização para ambientes escolares” (1).

“A ECO-System App é um projeto multissetorial que está a desenvolver apoio para os

ecossistemas de educação para o empreendedorismo. O objetivo geral é promover um

ambiente empresarial que impulsione o conhecimento dos ecossistemas com base no

ensino e experiência empresariais, envolvendo para isso professores, formadores e

educadores de todos os níveis de ensino, empresas, autoridades públicas e organizações

da sociedade civil”(2).

O blogue e o documentário L33N mostram como criar um ambiente empresarial, trabalhando:

com embaixadores que falam com os intervenientes dentro e fora das instituições de ensino;

com anjos que o apoiam com ideias e experiência; com colegas que já agem como

mediadores empresariais. Envolva os professores e os alunos em clubes de

empreendedorismo. Convide os empreendedores a falar sobre o seu empreendedorismo e

sobre as escolhas que tomaram numa athenaeum de empreendedorismo. Aplique a dinânica

da ecologia do empreendedorismo, salientando a interação de diferentes agentes,

capacitando participantes individualmente.

Fontes 1. Lackéus, M. (2015). Entrepreneurship in Education. What, why, when, how. Retrieved

from https://www.oecd.org/cfe/leed/BGP_Entrepreneurship-in-Education.pdf

2. www.ecosystemapp.net

3. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

“EM MOMENTO ALGUM O ESTUDO EM SALA DE AULA SE PODE EQUIPARAR A EXPERIÊNCIAS COMO ESTÁGIOS, SERVIÇO À COMUNIDADE E PROJETOS LIDERADOS POR EMPREGADORES COMO FORMA DE DESENVOLVER A

CONFIANÇA E A RESILIÊNCIA PARA LIDAR COM AS CIRCUNSTÂNCIAS” (3).

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AULA INVERTIDA Trabalhar em Grupo

Formação de equipas, colaboração, criação de redes de contactos

● Trabalhe em equipa e colabore com outras pessoas para desenvolver ideias e passá-

las à ação

● Crie redes de contactos

● Resolva conflitos e enfrente a concorrência de forma positiva, quando necessário

“A aula invertida em grupo: Este modelo acrescenta um novo elemento para ajudar os

alunos a aprender – eles próprios. A aula começa do mesmo modo que todas as outras,

com vídeos e outros recursos partilhados antes do início da aula. A mudança dá-se quando

os alunos chegam à aula e formam grupos para trabalharem na tarefa desse dia. Este

formato incentiva os alunos a aprenderem uns com os outros e ajuda-os não só a aprender

as respostas corretas, mas também a explicar aos seus pares porque essas respostas são

corretas” (1).

“Eles seguem um plano de estudo flexível e adaptável e preferem uma aprendizagem

interdisciplinar, baseada em projetos, com recurso a materiais didáticos, ao invés de

manuais. Colocam a tónica em processos e interações em grupo e, por vezes, encaram a

sala de aula como uma “sala de trabalho”, abrindo espaço para a diversidade – diversidade

de opiniões, de respostas e de soluções e para a reflexão sobre o processo de ensino” (2).

O diálogo é o modo pelo qual aprendemos e viajamos por esta mentalidade empresarial. A matéria do Livro L33N pode ser trabalhada em casa; porém, para o conhecer

minuciosamente, para se envolver com todos os desafios, precisa de um grupo – pares, colegas, business angels, membros da comunidade – para o debater.

Fontes 1. https://www.panopto.com/blog/7-unique-flipped-classroom-models-right/

2. Entrepreneurship education – A Guide for Educators

retrieved from http://ec.europa.eu/DocsRoom/documents/7465

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GRELHA Planear e gerir

Priorização, organização e acompanhamento

● Estabeleça objetivos a curto, médio e longo prazo

● Defina prioridades e planos de ação

● Adapte-se a alterações imprevistas

Todos os autores dos quatro modelos de progressão destacaram alguns aspetos

genéricos, tais como uma abordagem baseada em equipas, um foco na criação de valor,

ligar os alunos ao mundo exterior e deixá-los agir de acordo com os seus conhecimentos e

aptidões. Isto resulta numa verdadeira aprendizagem, assim como no desenvolvimento de

competências empresariais, tal como referido anteriormente neste relatório” (2).

Um ponto de partida mais viável na educação poderia passar por encarar a educação

empresarial como um meio para despertar mais interesse, satisfação, envolvimento e

criatividade entre os alunos (Johannisson, 2010, Lackéus, 2013). Alguns investigadores

apresentaram recentemente o potencial da educação empresarial para estimular uma maior

relevância percebida de assuntos ensinados entre os alunos, aumentando assim a

motivação e o envolvimento com a escola e minorando os problemas de tédio e abandono

escolar (Deuchar, 2007, Surlemont, 2007, Mahieu, 2006, Nakkula et al., 2004, Moberg,

2014a)” (2).

● História: onde os alunos podem ler as histórias dos seus patrocinadores

● Jogo: onde os alunos podem descobrir as chaves para abordagens alternativas

● Puzzle: onde os alunos podem abrir as portas das boas práticas para entrarem na rede

EntreComp

● Visualização: onde os alunos podem ver os empreendedores educacionais pioneiros

● Laboratório: onde os alunos podem perder velhos hábitos, explorar novos e escolher

os futuros

● Lanches: onde os alunos podem aprender rapidamente as características dominantes

do ensino empresarial

● Clube: onde os alunos podem encontrar exercícios para os seus clubes de

empreendedorismo

Fontes 1. Pinto, D. & Conrad L. (2015). Odyssey. Dynamic Learning System. UK: Liberalis

Books

2. Lackéus, M. (2015). Entrepreneurship in Education. What, why, when, how. Retrieved

from https://www.oecd.org/cfe/leed/BGP_Entrepreneurship-in-Education.pdf

“UMA GRELHA DE APRENDIZAGEM BI-DIMENSIONAL. OS PARTICIPANTES ESCOLHEM O MATERIAL E

EXPLORAM O CONTEÚDO DO PROGRAMA DE UMA SÓ VEZ. A VERDADEIRA APRENDIZAGEM, A CAPACIDADE

DE ASSOCIAR O QUE PODERÃO PARECER TEMAS, TÓPICOS OU PROCESSOS DÍSPARES, DÁ-SE NA

JUSTAPOSIÇÃO DE ATIVIDADES” (1).

OS PARTICIPANTES DO L33N NAVEGAM PELOS SEGUINTES SÍMBOLOS E TRAJETÓRIA NA GRELHA DE

APRENDIZAGEM:

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AJUDA Literacia económica e financeira

Desenvolvimento de know-how económico e financeiro

● Calcule o custo de transformar uma ideia numa atividade que gere valor

● Planeie, implemente e avalie as decisões financeiras ao longo do tempo

● Faça a gestão das finanças para garantir que a sua atividade que gera valor será

sustentável a longo prazo

“O empreendedorismo deveria ser ensinado desde tenra idade e não deveria ser orientado

apenas para o negócio. É uma boa oportunidade para mostrar como a educação

empresarial pode ajudar a promover outros tipos de atividades, como a inovação social. Isto

assegura resultados mais amplos, lançando os alicerces para que os cidadãos possam

alcançar “a realização pessoal, a inclusão social, a cidadania e a empregabilidade ativas

numa sociedade orientada para o conhecimento” (cf. COM, 2012). A educação empresarial

é essencial para uma educação relevante na Europa, mas só terá bons resultados se

integrar competências culturais, interpessoais e cívicas. Para serem empreendedoras, essas

competências são agora tão importantes quanto perceber sobre gestão ou finanças” (1).

O Livro L33N centra-se nesta perspetiva mais ampla, embora os alunos se tenham deparado com requisitos e realidades financeiros nas suas áreas de estudo e nos clubes de empreendedorismo. Referimo-nos a outras iniciativas de aprendizagem empresarial

para mais desafios (2), (3), (4), (5).

Fontes 1. https://lllplatform.eu/news/new-approach-entrepreneurship-education-paradigm-

shifteu/

2. http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies

3. http://www.tesguide.eu/web_article/the-virtual-guide.htm

4. www.i-linc.eu

5. https://bantani.com

6. http://www.yedac.eu

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APRENDIZAGEM INTUITIVA

“A aprendizagem intuitiva passa por aprender as relações entre os

factos através da descoberta de possibilidades… como uma

aprendizagem de improviso – “um processo de aprendizagem em

tempo real no qual as empresas aprendem a resolver problemas

inesperados ou a aproveitar oportunidades no momento” (1).

Eles focam-se em ideias, possibilidades, teorias e informações abstratas (teoria e modelos)

e usam a intuição para estabelecer relações entre o que estão a aprender. Os alunos

intuitivos preferem descobrir relações e possibilidades. Eles gostam da inovação, mas não

da repetição e compreendem rapidamente novos conceitos. Os alunos intuitivos sentem-se

à vontade com abstrações e fórmulas matemáticas, mas não gostam de estudar o que quer

que seja que implique decorar ou cálculos rotineiros. Tendencialmente, trabalham depressa

e são inovadores” (2).

O Manual L33N apresenta uma série de vias para a aprendizagem empresarial. A perceção acontece na mente do aluno ou através do diálogo. Ver novas possibilidades, estabelecer

novos contactos, reimaginar-se, colaborar em novos desafios depende da adoção intuitiva de uma mentalidade empresarial.

Fontes 1. Rae D. & Wang C.L. (eds) (2015). Entrepreneurial Learning. New Perspectives in

Research, Education and Practice. London: Routledge.

2. Characteristics of learning styles retrieved from

https://lo.unisa.edu.au/mod/book/view.php?id=417217&chapterid=69092

OS ALUNOS INTUITIVOS DIZEM COISAS COMO… “VAMOS PENSAR PRIMEIRO”.

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EXECUTAR Motivação e perseverança

Manter-se focado e não desistir

● Esteja determinado em transformar ideias em ação e a satisfazer a sua

necessidade de concretização

● Prepare-se para ser paciente e continue a tentar alcançar os seus objetivos

individuais ou de grupo a longo prazo

● Seja resiliente perante a pressão, a adversidade e o fracasso temporário

“Convença os alunos de que eles conseguem mudar e desenvolver as suas competências empresariais. Permita-lhes experimentar como os desafios se podem transformar em “oportunidades para melhorar”, como a perseverança pode tranformar fracassos em

abordagens mais eficazes” (1).

“A força de caráter tem dois componentes: a paixão e a perseverança” (2).

Muitas vezes, o empreendedorismo é visto como um modo de vida para o qual os professores e os alunos não estão aptos. Esta conclusão surge várias vezes nas

trajetórias de ensino. No Manual L33N usamos a força de caráter e uma mentalidade de crescimento para fomentar uma mentalidade empresarial.

Fontes

1. David Scott Yeager & Carol S. Dweck (2012) Mindsets That Promote Resilience:

When Students Believe That Personal Characteristics Can Be Developed,

Educational Psychologist, 47:4 , 302-314 , DOI: 10.1080/00461520.2012.722805

2. Duckworth, A. (2016). Grit. The Power of Passion and Perseverance. London:

Vermilion http://wrap.warwick.ac.uk/73258/1/WRAP_THESIS_Cacciotti_2015.pdf fear

of failure doctoraatsthesis.

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AMABILIDADE Autoconsciência e autoeficácia

Acredite em si mesmo e continue a progredir

● Reflita sobre as suas necessidades, aspirações e desejos a curto, médio e

longo prazo

● Identifique e avalie os seus pontos fortes e os seus pontos fracos individuais e

em grupo

● Acredite na sua capacidade para influenciar o rumo dos acontecimentos,

independentemente das incertezas, dos contratempos e dos fracassos temporários

”Esta foi uma das curiosas dinâmicas em que reparei. Muitos deles falavam da necessidade

de conhecer o público e de sentir e viver o mesmo que eles. Poucos usavam a palavra

“empatia”. Falavam mais sobre humildade ou sobre escutar os outros. Mas a ideia estava lá.

A empatia é fundamental” (1).

Desenvolver relacões afáveis e educadas em diversas sociedades tecnológicas

Envolver-se e aprender com outras gerações” (2)

Para ouvir, sentir, envolver-se e aprender com as comunidades, os empreendedores, os

professores, os legisladores, os estudantes são vitais para a aprendizagem empresarial.

Estas atividades têm de ser organizadas e explicadas, pois abrir a mente para as

experiências do outro não é tarefa fácil.

Fontes 1. http://www.opeduca.eu/Entrepreneurial_Learning_Reads.html#Neil_Kane

2. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

“TER SUCESSO A NÍVEL INTERPESSOAL IMPLICA APRENDER A:

O BLOGUE, A ATHENAEUM DO EMPREENDEDORISMO E A DINÂMICA DA ECOLOGIA SÃO FORMAS DE

EXPLORAR AS EXPERIÊNCIAS DO OUTRO.

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LIMINARIDADE Visão

Trabalhe para a visão de futuro

● Imagine o futuro

● Elabore uma visão para transformar ideias em ações

● Visualise cenários futuros para ajudar a conduzir o esforço e a ação

“As pessoas liminares não estão aqui nem ali; estão entre as posições designadas e dispostas por lei, costume, convenção e cerimónia” (1).

O processo liminar é composto por três fases:

• Dissensão reflexiva: afastar-se das formas de pensamento existentes (desaprender) • Projeção imaginativa: perspetivar os contornos de alternativas futuras • Exploração preliminar: selecionar e eliminar alternativas (2).

● Fracassar para abrir novas janelas – perseverança

● “Conseguir fazer” o impossível – determinação

● “Inventar” o irrealista – visão

● Criar o improvável – criatividade

● Avaçar para o proibido – coragem

● Assumir riscos – tolerância ao risco

Criámos espaços liminares: clubes de empreendedorismo, grupos no Facebook, campos de inovação, webinários online, conferências.

E criámos uma identificação hifenizada para os professores, enquanto propulsores de mudança: professor-empreendedor ou empreendedor educativo.

Veja os nossos Laboratórios Liminares, criados por Dora Belme e

Patricia Huion:

https://l33n.eu/wp-content/uploads/2016/05/six-liminal-labs-.pdf

Fontes 1. Turner, Victor Witter. The Ritual Process: Structure and

Anti-structure. Chicago: Aldine Pub., 1969

2. http://wrap.warwick.ac.uk/58670/1/WRAP_Henfridsson_orsc%252E2013%252E0883.

pdf

NO MANUAL L33N TRABALHÁMOS ESTES PROCESSOS EM SEIS LABORATÓRIOS DIFERENTES: DOIS

LABORATÓRIOS POR FASE:

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MENTALIDADE Autoconsciência e autoeficácia

Acredite em si mesmo e continue a progredir

● Reflita sobre as suas necessidades, aspirações e

desejos a curto, médio e longo prazo

● Identifique e avalie os seus pontos fortes e os seus

pontos fracos individuais e em grupo

● Acredite na sua capacidade para influenciar o rumo dos acontecimentos,

independentemente das incertezas, dos contratempos e dos fracassos temporários

“O sucesso começa aqui. Ensinar o empreendedorismo muda mentalidades, muda vidas,

muda o mundo. Temos de munir os jovens com uma visão inovadora e a força de caráter de

um criador – as competências para se destacarem numa economia inovadora. E estando os

economistas a prever empregos no futuro que ainda nem sequer existem, as competências

empresariais são vitalícias” (1).

A grelha de aprendizagem do L33N desafia os alunos e professores a sentirem-se à vontade

com os riscos, uma vez que não sabem que desafio os aguarda por detrás de cada símbolo

e palavra desconexa. Têm de tomar a iniciativa de percorrer a grelha e de se adaptarem a

uma variedade de tarefas para as quais têm de colaborar e de confiar na própria

inteligência. Têm de ser inovadores e capazes de encarar os problemas como

oportunidades para as suas vidas.

Fontes 1. http://nfte.com/why-entrepreneurship/#solution-mindset

2. Moberg K., Vestergaard L., Fayolle A., Redford D. Cooney T., Singer S., Sailer K.,

Filip D. (2014). How to assess and evaluate the influence of entrepreneurship

education. A report of the ASTEE project.retrieved from

http://archive.ja.ye.org/Download/jaye/ASTEE_REPORT.pdf

FOMENTE UMA MENTALIDADE EMPREENDEDORA. FAÇA OS ALUNOS COMPREENDER “O SEU PAPEL

ENQUANTO AGENTES E CRIADORES ATIVOS DO SEU PRÓPRIO FUTURO. ESTA MENTALIDADE CONTRASTA COM

UMA MENTALIDADE PASSIVA E APÁTICA” (2).

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NAVEGADORES Reconhecer oportunidades

Use a imaginação e as suas capacidades para reconhecer oportunidades para

gerar valor

● Explore o panorama social, cultural e económico para identificar e aproveitar

oportunidades para gerar valor

● Descubra que necessidades e desafios precisam de ser respondidos

● Estabeleça novos contactos e reúna elementos dispersos do panorama para

criar oportunidades para gerar valor

“Os alunos enquanto navegadores. A derradeira característica do panorama do trabalho é a incerteza, a volatilidade e a precariedade. Cada vez mais trabalhadores serão

freelancers, criarão portfólios, estarão distantes (possivelmente, em diversas áreas geográficas) e terão de se reinventar para agarrarem novas oportunidades e indústrias”

(1).

“A Economia do Trabalho Temporário (Gig Economy) representa uma enorme mudança na

forma como trabalhamos. Implica assumir o controlo da sua vida e da sua carreia. Implica

encontrar aquilo de que gosta e em que é melhor. A experimentação é parte desse processo

de descoberta: a capacidade de ouvir o que os seus clientes querem e de o dar – ou a

flexibilidade para experimentar algo novo, porque acha que as pessoas vão gostar” (2).

Fontes 1. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

2. https://www.forbes.com/sites/michakaufman/2014/11/28/the-thankful-gig-entrepreneu

r/#37e24fca244a

NO MANUAL L33N INCLUÍMOS VÁRIAS HISTÓRIAS DE PESSOAS QUE ENCONTRARAM NOVAS FORMAS DE

EMPREGABILIDADE PARA INSPIRAR OS PARTICIPANTES A TORNAREM-SE OS NAVEGADORES DAS VIAGENS

FEITAS À SUA MEDIDA.

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MEDALHAS Autoconsciência e autoeficácia

Acredite em si mesmo e continue a progredir

● Reflita sobre as suas necessidades,

aspirações e desejos a curto, médio e longo prazo

● Identifique e avalie os seus pontos fortes e os seus pontos fracos individuais e

em grupo

● Acredite na sua capacidade para influenciar o rumo dos acontecimentos,

independentemente das incertezas, dos contratempos e dos fracassos temporários

“Os professores empreendedores recompensam a iniciativa individual, a tomada de

responsabilidade e a assunção de riscos” (2).

No Manual L33N criámos medalhas, uma vez que muitas atividades se dão fora da sala de aula e, portanto, não são validadas pelos planos curriculares existentes:

Medalha de Potencial (desempenho futuro)

Medalha de Conquista (demonstração de conquistas)

Medalha de Aptidão (demonstração de competências)

Medalha de Compromisso (atitudes, valores, crenças)

Medalha de Membro

Medalha de Incentivo (cunho de bom trabalho)

Medalha de Participação

Fontes 1. http://remakelearning.org/competencies/

2. Entrepreneurship Education: A Guide for Educators. Retrieved

from http://ec.europa.eu/DocsRoom/documents/7465

3. https://www.schankacademy.com/demos/idea-workshop/1-fight-fire-with-technology/r

esources

“O ALUNO É RECETIVO A CRÍTICAS CONSTRUTIVAS, IDEIAS INUSITADAS, NOVAS FORMAS DE PENSAMENTO E

CRESCIMENTO. O ALUNO ESTÁ DISPOSTO A REAVALIAR IDEIAS E OPINIÕES PESSOAIS QUANDO

CONFRONTADO COM NOVAS INFORMAÇÕES” (1).

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APRENDIZAGEM AUTÓNOMA Lidar com a incerteza, a ambiguidade e o risco

Tome decisões lidando com a incerteza, a ambiguidade e o risco

● Tome decisões quando o resultado dessa decisão for incerto, quando a

informação disponível for parcial ou ambígua ou quando existir o risco de resultados

inesperados

● No processo de criação de valor, inclua formas estruturadas para testar ideias e

protótipos desde o início, de modo a reduzir o risco de falhar

● Lide com situações rápidas de modo imediato e flexível

“Os alunos adoraram. Adoraram o elemento surpresa, adoraram estabelecer relações entre

conteúdos e adoraram ser eles a escolher os temas abordados naquela aula” (2).

Clique nos símbolos cor de laranja; Descubra o que cada símbolo representa; Escolha o seu percurso; Comece pela chave verde (primeiro símbolo da segunda fila); Complete todos os desafios escondidos atrás dos símbolos da mesma cor e complete o desafio final do símbolo branco no final desta linha diagonal; Ou mude para a direita para mudar de cor; Ou mude para a direita para mudar de símbolo; Complete todos os desafios escondidos por trás do seu símbolo em todas as cores; Ou avance, tal como o cavalo no tabuleiro de xadrez; Complete todos os desafios dos símbolos onde o seu cavalo tem de parar; Ou lance um dado e avance fila após fila, até chegar a um símbolo branco; Quando parar, faça o exercício; Escreva um diário; Termine com um exercício da fila branca; Partilhe o exercício final no ambiente virtual que o seu dinamizador criou.

Fontes 1. Schank, R. C. (2016). Education Outrage. Torrance, Ca, USA: Constructing Modern

Knowledge Press.

2. Pinto, D. & Conrad L. (2015). Odyssey. Dynamic Learning System. UK: Liberalis

Books

“DEIXE OS ALUNOS PERCORREREM A SUA PRÓPRIA TRAJETÓRIA DE APRENDIZAGEM. OFEREÇA-LHES O

MÁXIMO DE OPORTUNIDADES DE ESCOLHA. A VERDADEIRA QUESTÃO É A TOMADA DE DECISÕES. AQUILO

QUE É PRECISO DECIDIR É SECUNDÁRIO À QUESTÃO DE SABER COMO TOMAR UMA DECISÃO” (1).

A GRELHA BASEIA-SE NESTE PRINCÍPIO. OS ALUNOS TÊM DE ESCOLHER, DESDE O INÍCIO, UM CAMINHO, UM

SÍMBOLO, UMA COR, UMA FORMA DE PROCEDER. ISTO PERMITE-LHES PARTILHAR UMA APRENDIZAGEM

PESSOAL QUE CONDUZ OS SEUS PARES PARA OUTRAS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM:

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QUESTÕES Lidar com a incerteza, a ambiguidade e o risco

Tome decisões lidando com a incerteza, a ambiguidade e o risco

● Tome decisões quando o resultado dessa decisão for incerto,

quando a informação disponível for parcial ou ambígua ou quando

existir o risco de resultados inesperados

● No processo de criação de valor, inclua formas estruturadas para testar ideias e

protótipos desde o início, de modo a reduzir o risco de falhar

● Lide com situações rápidas de modo imediato e flexível

“Ser mais apaixonado pela solução do que pelo problema é um problema. Ame o problema, não a solução” (1).

“Ser capaz de colocar as questões certas é mais útil do que dar as respostas certas.

Infelizmente, as nossas escolas têm a tónica oposta. Ensinam-nos a responder, mas não a

questionar” (2).

Talvez uma das tarefas mais desafiantes para os participantes seja encontrar questões e

explorá-las. Este desafio foi cumprido durante os lanches de aprendizagem (encontrar os

tópicos) e nos webinários.

Fontes 1. https://blog.leanstack.com/the-entrepreneur-s-journey-7a4a662ce8f0?inf_contact_key

=79b60d83c1223dbd0930c4f6002f2971b755b3da02c42ac7c6654a974b54bb1d

2. Pink, H.D. (2013). To Sell Is Human. The Surprising Truth about Persuading,

Convincing, and Influencing Others. USA: Canongate .

3. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

CERTIFIQUE-SE DE QUE OS ALUNOS NÃO PROCURAM RESPOSTAS IMEDIATAS. VALORIZE UMA ATITUDE DE

INDAGAÇÃO ONDE A RESPOSTA CORRETA É UMA QUESTÃO PARA O DESCONHECIDO. FOQUE-SE NO

PROCESSO E NA PERSEVERANÇA (3).

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RECRUTAR Mobilizar os outros

Inspire, entusiasme e convença outros

● Inspire e entusiasme os intervenientes relevantes

● Obtenha o apoio necessário para atingir bons resultados

● Demonstre uma boa capacidade de comunicação, persuasão, negociação e liderança

“Princípio do mosaico – criar parcerias. Crie parcerias com pessoas e organizações dispostas a assumir um compromisso real para criar o futuro em conjunto consigo – um produto, uma empresa, um mercado. Não se preocupe muito com análises competitivas e

planeamento estratégico” (1).

O Manual L33N foi criado em parceria entre professores e empreendedores, assim como

entre professores e aluno, e ainda anjos, embaixadores, colegas. As famílias e as

comunidades também foram envolvidas. Foram convidados colegas de outras instituições

de ensino na Europa via I-Linc, Bantani Education e pela equipa IFTE. Por fim, o L33N será

adotado pela Budapest University of Technology and Economics.

Fontes 1. http://www.effectuation.org

Page 27: L33N: Liminaridade e Empreendedorismo Educativo: uma ... · apoiados e as comunidades de ensino profissional são fomentadas” (2). Quando projetámos o Livro L33N, percebemos que

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PARTILHA DE HISTÓRIAS Mobilizar recursos

Reúna e faça a gestão dos recursos de que necessita

● Reúna e faça a gestão dos recursos materiais, não materiais e

digitais de que precisa para transformar as ideias em ação

● Tire o máximo partido dos recursos limitados

● Reúna e faça a gestão das comepetências necessárias em qualquer fase,

incluindo técnicas, legais, fiscais e digitais

Mobilizar os outros

Inspire, entusiasme e convença outros

● Inspire e entusiasme os intervenientes relevantes

● Obtenha o apoio necessário para atingir bons resultados

● Demonstre uma boa capacidade de comunicação, persuasão, negociação e liderança

“Na sua história de aprendizagem, o aluno percorre o caminho desde o questionamento até à

descoberta, encerrando o processo ao aplicar o que aprendeu. Emerge uma pessoa que luta

contra a falta de conhecimento e, no final, descobre novas coisas sobre si próprio e o mundo

que o rodeia. Por outras palavras, a transformação é a aprendizagem que permite concluir

uma tarefa (...). As histórias usam ritmo e antecipação para envolverem emocionalmente os

alunos de uma forma que outras abordagens de ensino não conseguem fazer. Quando

chegam à escola, os alunos já conhecem a morfologia da história e esperam encontrá-la em

prática (Egan, 1989). Faz sentido que o consideremos uma metodologia” (2).

“As histórias sobre epifanias (...) tendem a envolver uma espécie de revelação, uma forma de

dividir o mundo entre o antes e o depois” (3).

O ensino empresarial consiste em criar uma nova zona de conforto para novas abordagens.

No L33N usamos a partilha de histórias tanto para aprender uns com os outros, como para

compreender o que foi ensinado (na grelha de aprendizagem, nos lanches, nos laboratórios

liminares, na athanaeum do empreendedorismo).

Fontes 1. Schank, R. C. (2016). Education Outrage. Torrance, Ca, USA: Constructing Modern

Knowledge Press.

2. Ohler, J. (2013). Digital Storytelling in the Classroom. New Media Pathways to

Literacy, Learning and Creativity. California: Corwin.

3. Robinson, K. with Aronica L. (2009). The Element. How Finding your Passion

Changes Everything. London: Penguin Books

“APRENDEMOS AO PARTILHAR HISTÓRIAS DURANTE UMA CONVERSA” (1).

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PROFESSOR-EMPREENDEDOR Visão

Trabalhe para a visão de futuro

● Imagine o futuro

● Elabore uma visão para transformar ideias em ações

● Visualise cenários futuros para ajudar a conduzir o esforço e a ação

● “A atual forma de pensamento sobre ensino empresarial baseia-se numa série

de temas recorrentes:

A educação empresarial é mais do que a preparação para gerir um

negócio. É sobre o desenvolvimento de atitudes, competências e

conhecimentos empreendedores, os quais, por seu turno, devem ajudar

o aluno a “transformar ideias em ação”.

Os professores não podem ensinar o empreendedorismo sem que eles

próprios não sejam também empreendedores.

As competências empresariais requerem métodos ativos para levarem

os alunos a dar largas à criatividade e à inovação.

As competências e as aptidões empresariais podem ser adquiridas ou

trabalhadas apenas através de experiências reais.

As aptidões empresariais tanto podem ser multidisciplinares como um

assunto em particular.

A educação empresarial deve focar-se tanto nas “competências

empresariais”, como no empreendedorismo, atendendo ao facto de que

a maior parte dos alunos vai usar as aptidões empresariais no contexto

de empresas ou instituições públicas. (…)

A discussão sobre a educação empresarial deve ser promovida não só

nas instituições de ensino, mas também nas empresas e na

comunidade em geral.

Os professores e as escolas não serão capazes de concretizar as suas

ambições sem a colaboração e a parceria com colegas, empresas e

outros intervenientes” (1).

O Livro L33N não só capacita professores e formandos para se tornarem professores empreendedores, como também destaca a forma como os professores são já

empreendedores educacionais, em certa medida. Daí os desafios destinados a professores e os laboratórios liminares.

O ensino em equipa que liga os professores a empreendedores externos também funcionou muito bem para o desenvolvimento da grelha de aprendizagem.

Fontes 1. Entrepreneurship Education: A Guide for Educators. Retrieved

from http://ec.europa.eu/DocsRoom/documents/7465

Page 29: L33N: Liminaridade e Empreendedorismo Educativo: uma ... · apoiados e as comunidades de ensino profissional são fomentadas” (2). Quando projetámos o Livro L33N, percebemos que

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VANTAGEM COMPETITIVA INJUSTA Mobilizar recursos

Reúna e faça a gestão dos recursos de que necessita

● Reúna e faça a gestão dos recursos materiais, não materiais

e digitais de que precisa para transformar as ideias em ação

● Tire o máximo partido dos recursos limitados

● Reúna e faça a gestão das comepetências necessárias em qualquer fase,

incluindo técnicas, legais, fiscais e digitais

“Os empreendedores educacionais enfrentam uma cultura completamente diferente da de

outros empreendedores. Eles têm de lidar com um mercado de educação burocrático e

orientado para a tarefa, onde o comprador do produto (legislador) não é o cliente (alunos,

pais, professores) ” (2).

Posicione os contextos educacionais como ambientes empreendedores com uma vantagem competitiva injusta (3). Os professores empreendedores não só possuem informações

privilegiadas das culturas educacionais, como também têm acesso a listas de alunos, às suas necessidades e aspirações. Eles têm os contatos e as infraestruturas para

encorajar os alunos a participar de atividades extra-curriculares, ouvir as suas ideias e dizer-lhes que é bom cometer erros – os quais estão no centro do ensino empresarial, de

acordo com o projeto ASTEE.

Partimos do trabalho de campo para descobrir em que se devem focar os clubes de

empreendedorismo. Tornámos explícito o que era tácito no conhecimento das culturas

educacionais em diferentes nações, através da dinâmica de ecologia do empreendedorismo.

Utilizámos as redes educacionais para definir o atual estado da arte e para encontrar

embaixadores, dinamizadores, anjos, empreendedores educacionais. Utilizámos as

infraestruturas de escolas e de universidades para testar a nossa abordagem. Utilizámos o

nosso conhecimento das atuais práticas de ensino para criar desafios de ensino empresarial.

Fontes 1. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press.

2. Kurshan, B. (2017). The Necessary Mindsets of Education Entrepreneurs. retrieved

from https://www.forbes.com/sites/

3. http://www.huffingtonpost.com/quora/what-is-an-unfair-competi_b_12472458.html

“… FORMAR PROFESSORES PARA SEREM UM LUGAR DE SEGURANÇA, A PARTIR DE ONDE AS CRIANÇAS

ASSUMEM O RISCO DE NOVAS EXPERIÊNCIAS “(1).

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CRIAÇÃO DE VALOR Aprender com a experiência

Aprenda fazendo

● Use qualquer iniciativa para a criação de valor como uma oportunidade de

aprendizagem

● Aprenda com os outros, incluindo pares e mentores

● Reflita e aprenda tanto com o sucesso, como com o fracasso (o seu próprio e o

de outros)

“O empreendedorismo tem tanto a ver com a mudança e a aprendizagem que o

empreendedor experiencia ao interagir com o ambiente, como com a mudança e a criação

de valor que o empreendedor gera por meio das suas ações. Desta forma, a aprendizagem

e a criação de valor são vistas como dois dos principais aspetos do empreendedorismo (...).

Deixar que os alunos criem valor para os intervenientes externos resultará no

desenvolvimento das suas competências empresariais” (1).

“Crie um ecossistema para o ensino baseado fora das escolas ou online” (2)

Uma vez que a experiência é o cerne do aprender fazendo, a grelha L33N procura fornecer

experiências aos estudantes que se tornem participantes ativos e não meros observadores.

Isto inspira e incentiva uma aprendizagem ativa, posto que os alunos assumem um papel

responsável, descobrem formas de terem sucesso e desenvolverem ferramentas de

resolução de problemas sozinhos, usam a criatividade e aplicam as competências que

aprenderam nas situações do dia-a-dia.

Fontes 1. Lackéus, M. (2015). Entrepreneurship in Education. What, why, when, how. Retrieved

from https://www.oecd.org/cfe/leed/BGP_Entrepreneurship-in-Education.pdf

2. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press.

3. Perkins, D. (2014). Future-wise: Educating our Children for a Changing World. USA:

Jossey-Bass

“EU ESCUTO E ESQUEÇO. EU VEJO E RECORDO. EU FAÇO E COMPREENDO.” (CONFÚCIO)

“OBJETIVO DE VIDA: NÃO SÓ DEVEM OS ALUNOS FAZER A DIFERENÇA; ELES DEVEM VIVER” (3)

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BEM-ESTAR Pensamento ético e sustentável

Avalie as consequências e o impacto de ideias, oportunidades e ações

● Avalie as consequências das ideias que acrescentam valor e o efeito da ação

empresarial na comunidade alvo, no mercado, na sociedade e no ambiente

● Reflita sobre o quão sustentáveis são os objetivos sociais, culturais e económicos a

longo prazo e sobre o curso da ação que escolheu

● Aja de modo responsável

”Esta parte do desenvolvimento do talento dos alunos visa capacitá-los e habilitá-los para

criarem valor social e para enfrentarem desafios da sociedade.

Toda a mentalidade empresarial que a abordagem OPEDUCA cria acaba por alimentar a

capacidade e a confiança dos jovens para enfrentar e adotar uma atitude proativa em prol

do desenvolvimento sustentável em geral – capacitando-os e habilitando-os para serem os

empreendedores de um futuro mais sustentável” (1).

Peça a empreendedores para contarem como o empreendedorismo não só aumenta o seu

próprio sentimento de bem-estar, mas também lhes permite expandir seu "círculo de

preocupação".

Peça a pessoas das comunidades locais para falarem sobre as suas necessidades. Convide

os empreendedores sociais para mostrarem como as necessidades são transformadas em

oportunidades para criar bem-estar. Relacione com o empreendedorismo educacional para

aumentar o bem-estar do aluno.

O bem-estar é um tema recorrente na athenaeum do empreendedor. Tanto o documentário, como o blogue, a dinâmica da ecologia e os lanches abordam essa relação entre bem-estar,

empreendedorismo social e empreendedorismo educacional. Fontes

1. http://www.opeduca.eu/Entrepreneurial_Learning.html

2. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press

“ALCANCE UM SENTIDO DE IDENTIDADE ESTÁVEL, COM FORMAS DEFINIDAS DE CULTIVO PESSOAL E DE REVITALIZAÇÃO. APRENDA DE MODO RESPONSÁVEL PARA A SUA SAÚDE FÍSICA E MENTAL E PARA O SEU BEM-ESTAR” (2).

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X (OU O DESCONHECIDO) Criatividade

Desenvolvimento de ideias criativas e objetivas

● Desenvolva ideias e oportunidades para criar valor, incluindo melhores

soluções para os atuais desafios, assim como para os novos

● Explore e experimente abordagens inovadoras

● Combine conhecimento e recursos para obter efeitos úteis

“Educar para o desconhecido favorece uma visão de aprendizagem intensa ao procurar

promover a curiosidade, o esclarecimento, a capacitação e a responsabilidade num mundo

complexo e dinâmico. Favorece um alcance amplo e visionário para uma aprendizagem

significativa” (1).

1. Existe uma resposta. Descubra-a e siga em frente (= exame), 2. Evite os erros (= boas notas), 3. Estude o que vai sair no exame, 4. Faça progressos contínuos.

Porém…

1. Ainda não sabemos a resposta, 2. Existem várias respostas possíveis, 3. Pare de evitar situações nas quais poderá cometer erros, 4. Aceite os erros como formas de inovação, 5. Você não sabe que informação vai usar, 6. Poderão haver longos períodos durante os quais vai estar a ler, a meditar, a

rascunhar ideias e experimentar possíveis soluções“(2).

O Manual L33N ajuda-o a desbravar o desconhecido através da mudança das salas de aula para clubes de empreendedorismo, dando autonomia aos alunos, envolvendo-se com o

crowd-learning, compartilhando resultados em ambientes virtuais e procurando consistentemente questões para os próximos webinários.

Fontes 1. Perkins, D. (2014).F uture-wise: Educating our Children for a Changing World. USA:

Jossey-Bass

2. http://www.inc.com/art-markman/4-things-you-learned-in-school-that-make-you-less-c

reative.html?cid=sf01001&sr_share=twitter

“4 COISAS QUE APRENDEU NA ESCOLA QUE O TORNAM MENOS CRIATIVO COMO PODERÁ TRANSPOR A SUA EDUCAÇÃO E DAR LARGAS À CRIATIVIDADE

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SIM Lidar com a incerteza, a ambiguidade e o risco

Tome decisões lidando com a incerteza, a ambiguidade e o

risco

● Tome decisões quando o resultado dessa decisão for incerto, quando a

informação disponível for parcial ou ambígua ou quando existir o risco de resultados

inesperados

● No processo de criação de valor, inclua formas estruturadas para testar ideias e

protótipos desde o início, de modo a reduzir o risco de falhar

● Lide com situações rápidas de modo imediato e flexível

“O NÃO é seguro, Enquanto o sim é arriscado. Sim às possibilidades Sim ao risco Sim a olhar alguém nos olhos e dizer-lhe a verdade” (1).

“Aprender a "antecipar, assumir e gerir riscos" é uma das habilidades incluídas no quadro interdisciplinar de Competências de Aprendizagem e Pensamento Pessoais para alunos dos 11 aos 19 anos, que se destina a apoiar e complementar a aprendizagem dentro dos planos

curriculares. Isto oferece possibilidades de incorporação de riscos no currículo e de encorajar os jovens a serem mais aventureiros e curiosos na sua aprendizagem” (...)

Os estudos sugerem que os empreendedores classificam os cenários de negócios ambíguos

de modo mais positivo do que as outras pessoas, sendo mais propensos a perceber:

● os pontos fortes, ao invés dos pontos fracos

● oportunidades versus ameaças

● potencial para melhorar o desempenho versus deterioração (2)

Fontes 1. Godin, S. (2012). V is for Vulnerable. Life Outside the Comfort Zone. An ABC for

Grownups. USA: Portfolio Penguin

2. Rolfe, H. (2010). Learning to Take Risks, Learning to Succeed retrieved from

https://www.nesta.org.uk/sites/default/files/learning_to_take_risks_learning_to_succe

ed.pdf

TAL COMO PODE SER VISTO NO DOCUMENTÁRIO L33N, O ENSINO EMPRESARIAL TEM A VER COM DEIXAR A

ZONA DE CONFORTO. ESSE É O GRANDE RISCO QUE TODOS OS PARTICIPANTES ENFRENTARAM NA VIAGEM

L33N.

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ZÉNITE Identificar oportunidades

Use a imaginação e as suas competências para identificar

oportunidades para criar valor

● Identifique e aproveite oportunidades para criar valor explorando o panorama

social, cultural e económico

● Identifique as necessidades e desafios que precisam de ser respondidos

● Crie novos contactos e reúna elementos dispersos para criar oportunidades

para gerar valor

“Embora poucas ocupações sejam completamente automatizadas, 60% de todas as

ocupações têm, pelo menos, 30% de atividade tecnicamente automatizadas” (1).

“Hoje em dia, a educação tem de ensinar a prosperar num mundo em mudança” (2).

E, claro, há muitas críticas sobre a educação, mesmo sobre a educação para o

empreendedorismo, por não ir ao encontro das necessidades e expectativas das

sociedades. Roger Schank, por exemplo, discute os “Padrões Nacionais de Conteúdo

para a Educação Empresarial”:

● Explicar a necessidade da descoberta empresarial

● Debater os processos de descoberta empresarial

● Usar recursos externos para complementar a experiência do empreendedor

“O nosso sistema escolar sempre valorizou o conhecimento, a explicação e a descrição, em

detrimento da prática e de aprender com os próprios erros” (3).

Desta forma, o Manual L33N, abstém-se de ensinar sobre o empreendedorismo. Ao invés,

inspira os alunos a criarem em conjunto novos caminhos no futuro, através da experiência,

da experimentação, da escuta, da colaboração, da reflexão, da criação e da partilha.

Fontes 1. Manyika, J. et al. (2017). A Future That Works. Automation, employment and

productivity. Retrieved from

http://www.supplychain247.com/paper/a_future_that_works_automation_employment

_and_productivity

2. Hannon, V. with Peterson A. (2017). Thrive. Schools Reinvented for the Real

Challenges We Face. London: Innovation Unit Press.

3. Schank, R. C. (2016). Education Outrage. Torrance, Ca, USA: Constructing Modern

Knowledge Press.

EXISTEM MUITAS HISTÓRIAS ASSUSTADORAS, HOJE EM DIA:

HÁ MUITA PRESSÃO SOBRE A EDUCAÇÃO PARA PREPARAR OS ALUNOS PARA O FUTURO:

A LISTA CONTINUA E O AUTOR SENTE-SE INDIGNADO, PORQUE

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PORQUÊ?

QUEM?

COMO?

A ATHENAEUM DO EMPREENDEDOR modificado a partir do método “Biblioteca Viva” por KATI ORAV

O QUÊ?

A Athenaeum do Empreendedor funciona como uma Biblioteca Viva. Porém, enquanto a Biblioteca Viva é uma ferramente de equidade que visa desafiar o preconceito e a discriminação, a nossa Anatheum do Empreendedor é uma abordagem para mergulhar no mundo dos empreendedores. Funciona como qualquer outra biblioteca: os alunos podem pesquisar as publicações disponíveis, escolher o livro que querem ler e requisitá-lo por um período limitado de tempo. Depois de o lerem, devolvem o livro à biblioteca e, se o quiserem, podem requisitar outro. A única diferença é que, na Biblioteca Viva, os livros são pessoas – os empreendedores – e a leitura consiste numa conversa. Depois da conversa, os alunos vão trabalhar em grupos para criarem em conjunto um modelo ou esquema sobre “Como tornar-se num empreendedor?”.

● Cooperação entre escolas e empreendedores;

● Os alunos podem mergulhar no mundo dos empreendedores;

● Os alunos podem ter ideias sobre o que fazer da vida e dos estudos;

● Os empreendedores podem partilhar as suas experiências e apresentar as suas

empresas;

● Um dos benefícios para os empreendedores também poderá ser encontrar novos

talentos para as suas empresas.

● Estudantes entre os 12 e os… que tenham curiosidade sobre a vida;

● Professores que queiram que os alunos tenham uma mentalidade empresarial;

● Empreendedores locais que estejam preparados para partilhar as suas histórias e

recrutar novas ideias e talentos.

● Os alunos escolhem um empreendedor que queiram escutar. Podem ir sozinhos ou

em pequenos grupos (não mais de 3 alunos). Depende de quantos alunos e de

quantos empreendedores tiver;

● A conversa com o empreendedor dura 20-30 minutos (depende do tempo que tiver

disponível). Os alunos usam a minuta “Empreendedor” para tirarem notas;

● Pode fazer todas as sessões que quiser, dentro do tempo que tiver disponível.

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● Depois da(s) conversa(s), os alunos dividem-se em grupos (não mais de 5 alunos).

De preferência, não junte os que falaram com o(s) mesmo(s) empreendedor(es);

● Os empreendedores podem sair, mas, se quiser que eles vejam os resultados, será

uma boa altura para lhes oferecer um café.

● Durante 15-20 minutos, os alunos usam a minuta “Captação de grupo” para partilhar

com os outros o que escreveram e para captarem juntos alguns aspetos da(s)

conversa(s). Sinta-se à vontade para desenhar a minuta num quando, para a

poderem preencher juntos;

● Em 20-30 minutos o grupo vai esboçar um modelo ou esquema sobre “Como tornar-

se um empreendedor?”;

● Os grupos apresentam os trabalhos;

● Dê feedback aos alunos e, se os empreendedores estiverem presentes, peça-lhes

que também o façam;

● Pode oferecer um prémio ou medalha aos alunos.

O processo demorará, na totalidade, um mínimo de 1 hora e meia; idealmente, durará 3 ou mais horas.

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O ECOSSISTEMA DO EMPREENDEDORISMO

A ECOLOGIA DO EMPREENDEDORISMO por Jani Turku

Capítulo sobre a ecologia do empreendedorismo e sobre

como os legisladores podem criar uma mudança de

mentalidade com dinâmicas de grupo.

Entrepreneurship and intrapreneurship

O empreendedorismo é um motor importante para o crescimento da economia, embora não

tenha o mesmo significado para todas as pessoas. Resumidamente, o empreendedorismo

envolve um compromisso de transformar uma ideia num negócio rentável. O empreendedor

tem sido definido como “uma pessoa que começa, estrutura e gere qualquer empresa –

especialmente um negócio –, por norma, com risco e iniciativa consideráveis”. O

empreendedor é alguém que tem uma ideia, seja de produto ou serviço, e que transforma

esse conceito numa realidade; ele trá-lo para o mercado e torna-o num produto

comercialmente viável que as pessoas queiram e precisem.

O espírito empresarial refere-se à definição mais lata de empreendedorismo: o espírito

empresarial é o ato de agir como um empreendedor, enquanto trabalha por conta de

outrem.

O espírito empresarial corresponde às iniciativas que um funcionário enceta

autonomamente dentro de uma empresa, sem que nada lhe seja solicitado. Este

funcionário assume a responsabilidade de transformar uma ideia num produto acabado

rentável, sendo assertivo, inovador e correndo riscos. Normalmente estas pessoas são

motivadas, proativas e focadas para a ação, sentindo-se à vontade em tomar a iniciativa

para criar um produto ou serviço inovador, mesmo dentro dos limites de uma empresa.

O espírito empresarial pode ser uma janela para o empreendedorismo, uma vez que

recorre à criatividade para aprimorar os bens e serviços existentes, assim como para

responder a outras necessidades do mercado. Desta forma, sendo estas competências

desenvolvidas no conforto de um ambiente empresarial, é possível testar teorias e

descobrir métodos mais eficazes para resolver problemas.

O ecossistema do empreendedorismo é constituído por um ambiente empresarial favorável

e por uma estratégia de desenvolvimento económico. O governo, as escolas, as

universidades, o setor privado, os negócios familiares, os investidores, a banca, os

empreendedores, os líderes sociais, os centros de investigação, o exército, os

representantes dos trabalhadores, os estudantes, os advogados, as cooperativas, as

comunas, as multinacionais, as fundações privadas e as agências de ajuda internacional

poderão ser os intervenientes do empreendedorismo. Os seis domínios do ecossistema

empresarial são:

• Mercados,

• Política,

• Finanças,

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ECOSSISTEMA EMPRESARIAL EDUCATIVO

• Cultura,

• Apoios sociais,

• Capital humano.

Cada ecossistema empresarial é único. Embora o ecossistema

empresarial de qualquer sociedade possa ser descrito com recurso aos mesmos seis

domínios, cada ecossistema resulta da interação altamente complexa e idiossincrática de

centenas de elementos. É importante avaliar o ecossistema empresarial de cada região

para precisar caminhos causais em ocasiões específicas; os caminhos causais genéricos

não são tão úteis. Os ecossistemas empresariais resistentes são relativamente

autossustentáveis. Se os seis domínios forem sólidos o suficiente, fortalecer-se-ão uns

aos outros e a sociedade não precisará de investir tanto para os sustentar. O

ecossistema empresarial funciona como qualquer outro ecossistema – só está em

equilíbrio quando todos os seus componentes trabalham em harmonia.

O empreendedorismo educativo assenta na crença de que a mentalidade empresarial é

uma condicionante eficaz para influenciar os resultados escolares, preparar as pessoas

para um mundo em constante mudança e muni-las com as competências necessárias na

construção do futuro.

O empreendedorismo educativo deve ser colaborativo – deve ser um esforço de

colaboração entre educadores, alunos, programadores, designers e profissionais de

negócios, resultando assim em soluções educacionais de elevado impacto. Acima de

tudo, a preocupação é para com os resultados escolares – embora aqui se trate de mais

do que meras competências disciplinares. Porém, o mais importante são as pessoas na

sala de aula.

Os elementos de um ecossistema empresarial educativo são semelhantes aos de um

ecossistema empresarial. Um sistema pode ser composto por benfeitores, serviços,

cursos e peritos que promovem o empreendedorismo através da educação. Para avaliar

os ecossistemas empresariais, podemos definir um conjunto de domínios, e.g.:

• Política,

• Finanças,

• Infraestruturas,

• Mercados,

• Capital humano,

• Apoios sociais / Serviços / Contactos,

• Cultura,

• I&D / Inovação,

• Qualidade de vida,

• Condições macroeconómicas.

Para determinar a qualidade e a complexidade destes domínios em cada ambiente, temos

de identificar o que existe em cada localidade e o que deveria ser desenvolvido no futuro,

para assegurar um ecossistema empresarial educativo totalmente funcional.

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1. DOMÍNIOS

3. AGENTES

2. CONTACTOS

DINÂMICA DE GRUPO PARA A INTRODUÇÃO AO ECOSSISTEMA EMPRESARIAL EDUCATIVO

Panorâmica da dinâmica

Uma vez que todos os Ecossistemas Empresariais Educativos são diferentes, decidimos

criar uma dinâmica que ilustrasse os vários elementos. O objetivo é que os jogadores

metam “mãos à obra” para identificar e definir os pontos fortes e os pontos fracos dos

ambientes e políticas locais. Pretende-se com o jogo influenciar os legisladores a criarem

uma mudança de mentalidade e levá-los a tomar medidas para criar um melhor

ecossistema empresarial educativo.

COMPONENTES DA DINÂMICA E PREPARAÇÃO

Os elementos da dinâmica incluem:

Pode usar o conjunto de domínios mencionados anteriormente. Se estiver a jogar com

jogadores avançados, dê-lhes liberdade para criarem os seus próprios elementos.

Material: folhas de papel colorido diferentes, cartões, Legos, etc.

Material: notas adesivas, folhas de papel colorido, peças de jogos de tabuleiro, blocos

de madeira, Legos pequenos, etc.

Material: cordas, partes de Legos. Se o jogo for totalmente realizado num cavalete,

então bastará desenhar com marcadores.

Lembre-se! Uma vez que a dinâmica vai sendo construída com os jogadores, quaisquer materiais servem.

Sejam quais forem os materiais que escolher, prepare-os de antemão e em grandes

quantidades. Quando a sua equipa começar a dinâmica, esta não deve ser interrompida

por falta de materiais. Os melhores não são muito bem definidos, havendo espaço para dar

largas à imaginação.

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CONFIGURAÇÃO DA DINÂMICA

OBJETIVO DA DINÂMICA

1. Faça uma breve introdução sobre a ecologia empresarial e o ecossistema

empresarial educativo. Divida as pessoas em grupos de 2-8 pessoas e deixe-os

escolher o ambiente da dinâmica, para se inspirarem.

2. Defina o tempo limite para a primeira ronda – entre os 30 e os 90 minutos. As

equipas vão criar a primeira versão nesta ronda. Se houver várias equipas, no final da

primeira ronda peça às pessoas para trocarem ideias com os outros grupos, para se

inspirarem pelas criações uns dos outros.

3. A segunda ronda (20-60 minutos) é a de aperfeiçoamento, onde a equipa verifica

se todos os elementos estão corretos e acrescenta o que estiver em falta. Os grupos

têm liberdade para copiar e desenvolver as melhores ideias ou elementos dos outros.

No final desta ronda os grupos mostram novamente o seu trabalho a todos os

participantes.

4. Terceira ronda, i.e., segunda ronda de aperfeiçoamento. Pode acrescentar mais

rondas de aperfeiçoamento, se necessário – mas, normalmente, duas são suficientes.

Se pretender intensificar a dinâmica, peça aos grupos para trocarem papéis e

desenvolverem o trabalho de outros.

5. Ronda de documentação e encerramento. Peça para tirarem fotografias, gravarem

um vídeo ou criarem uma publicação num blogue com os resultados dos grupos. Se

for possível, deixe os trabalhos no lugar para que outras pessoas os experimentem.

O principal objetivo consiste em criar o seu próprio enquadramento para um ecossistema

empresarial educativo. Pode ser um questionário, um jogo de tabuleiro ou qualquer outra

coisa. Em muitos casos, não é verdadeiramente um jogo, mas uma manifestação tangível

do ambiente local e de como melhorar o ecossistema. A discussão e o desenvolvimento

são aspetos importantíssimos do jogo – por vezes, ainda mais do que o resultado. O

processo criativo é propenso à criação de ideias, aprofunda aspetos do desenvolvimento e

destaca os pontos fortes e os pontos fracos dos sistemas locais. Ao longo do jogo, pode

facilmente conseguir mudanças de mentalidade e identificar ações para melhorar o seu

ecossistema empresarial educativo.

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