Lá No Quintal - Eurico Salles

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PERMEAR COLETIVO Lá no quintal - Eurico Salles intervenções urbanas em comunidades

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Coletivo Permear Lá no Quintal - Eurico Salles

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PERMEARCOLETIVO

Lá no quintal - Eurico Sallesintervenções urbanas em comunidades

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Lá no quintal - Eurico Sallesintervenções urbanas em comunidades

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Índice

Primeiras aproximações

Tomando um café

Partilhando uma refeição

Pintando a cara

Fazendo arte

O Coletivo

intervenções urbanas em comunidades

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Como primeiro passo de um trabalho que envolva comu-nidades buscamos entender como a mesma funciona. Isso inclui duas perguntas:

“Que níveis hierárquicos pré-existem dentro da mesma?”

“Quais as caracteristicas dos grupos de indivíduos que a compõe?”

Conhecer as hierárquias é fundamental para respeitarmos possíveis lideranças locais consolidadas. O apoio das mesmas pode vir a ser peça chave seja do êxito ou da impraticabilidade do projeto. Saber as caracteristicas etárias, socioeconomicas e culturais (o que inclui o aspecto religioso) se mostra igual-mente importante para a definirmos uma metodo-logia e, mais do que isso, uma linguagem para as ações aproximativas.

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Primeiras aproximações

No caso de Eurico Salles, dada a existência de um Centro Comunitário com diretoria recém eleita, fomos diretamente ao encontro da mesma para explanar nosso projeto e intensões. Desse primeiro encontro sugerimos, então, que o segundo con-tasse com membros das diversas representatividades e grupos

consolidados no bairro, e demos à eles a responsabilidade de convidá-los e pré explicarem o contexto em que nós nos inse-

ríamos.

Antes mesmo dessa reunião marcada tivemos a sorte da diretoria do centro comunitário estar agendando um mutirão de limpeza da sede no dias que se seguiam. Não havia forma melhor para começar o contato com as pes-soas do que trabalhando lado a lado.

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Em uma das reuniões “formais” com a comunidade fize-mos uso de uma técnologia social chamada “World Café”. Essa metodologia de abordagem foi desenvolvida pelo instituto Elos (SP) e vem sendo usada em larga escala mundo à fora. A idéia geral parte de dois principios básicos:

1) As pessoas já possuem dentro delas a sabedoria e a cria-tividade para confrontar até mesmo os desafios mais difíceis.

2) A Inteligência Coletiva surge quando conectamos as pessoas de maneira criativa e Inovadora.

Assim, os participantes são dividos em mesas de 4 ou 5 pessoas e são convidados a discutirem nesses pequenos grupos

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Tomando um café

sobre perguntas lançadas por quem dirige a reunião. De tempos em tempos os grupos são mesclados e o debate continua. Ao fim um representante de cada mesa explana sobre todo o dis-cutido no processo.

Em um grupo em que o número de pessoas impossibili-taria que todos fossem ouvidos, o Café World é ideal por garantir a participação e a sensação de representatividade de todos.

O nome “Café” vem do fato do ambiente ser previamente preparado com mesas, decoração, música e comes e bebes a fim de garantir um conforto e descontração mínimos, lembrando uma cafereria.

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“Cada hábito alimentar compõe um minúsculo cruzamento de histórias” (Michel de Certeau, em A invenção do cotidiano).

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Partilhando uma refeição

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Quando recebemos o convite para compor o dia das cri-anças de Eurido Salles, sabíamos da importância desse dia para o bairro. Muitos moradores nasceram e cresceram naquele bairro, e acompanhavam todo processo de atividades, eventos, decisões com a associação. Exatamente por isso. Eles tinham nascido e crescido ali. Eles foram crianças naquelas ruas em uma época em que o quintal e a rua da frente eram bem mais misturados que hoje. Num tempo em que os vizinhos se conheciam e contavam uns com os outros muito mais que hoje. Eles foram crianças ali. Hoje vejo a importância dessa fase na criação da relação com o bairro em demandas que moradores ten-tam implementar, como por exemplo, a tentativa de fechar a rua dos Colibrís, a famosa rua do “calçadão”, para as crianças jogarem e sentirem o bairro como elas sentiram.

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Pintando a Cara

A riqueza do imaginário infantil é um dom que esquece-mos com o amadurecimento, mas que nunca devemos abando-nar por completo. Assim mantemos a sensibilidade de perceber nas pequenas coisas a infinitude do mundo. Temos muito que aprender com as crianças. Olhar para uma criança é olhar pro amanhã. Fazer um sorriso brotar de um rosto pequeno é acredi-tar no futuro buscando o melhor.

Nesse evento pensamos em algo bem lúdico para a mulecada. Tinta de rosto, um rolo gigante de papel, várias es-teiras e almofadas, lapis de cor, canetinha e muita tinta para colorir, giz para desenhar brincadeiras de quintal no chão (ou qualquer coisa da imaginação que coubesse), algodão doce, fan-toche de dedo, e muita imaginação para fazer desse, um mo-mento gigante!

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Falar das bonecas baiomi, do painel pintado e das arvores plantadas.

Raquel Drumond Bowen, nossa convidada, ofereceu uma oficina de bonecas abayomi para os moradores, no dia do almoço comu-nitário na praça. Montamos uma tenda grande, esteiras e almo-fadas para compor o ambiente, e muitos pedaços de pano para criar. As bonecas de pano, muito simples, eram confeccionadas pelas escravas a partir de sobras de pano reaproveitadas, feitas apenas com nós, sem o uso de cola ou costura e com mínimo uso de ferramentas, de tamanho variando de 2 cm a 1,50 m, sem-pre negras, representando personagens, de circo, da mitologia, orixás, figuras do cotidiano, contos de fada e manifestações fol-clóricas e culturais. A palavra abayomi tem origem iorubá, signifi-cando aquele que traz, felicidade ou alegria. (Abayomi quer dizer encontro precioso: abay=encontro e omi=precioso)

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Fazendo arte

Convidamos o Coletivo Feminina para nos ajudar na confecção de alguns paineis junto com os moradores. Desde crianças até adultos deixaram de lado a vergonha e se sujaram de tinta pro-duzindo os paineis de temáticas divérsas, com o uso de pinceis e tinta spray.

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Gabriel RamosGraduando em Arquitetura e Urbanismo, também é escritor e curioso multimídia. Em 2011, coorganizou a semana Poetas no Espaço: espaço palavra criação e foi colabo-rador da Revista Nós#4 com o texto “A poé-tica da pixação”.http://gabrieltramos.com/longevoquando/

Paula MachadoMoça menina que veio de Rio Bananal, uma cidade bonita do interior do ES, à procura de conhecimentos no ramo da Arquitetu-ra e Urbanismo. Entre cores e flores, tem prazer em vivenciar a cidade, juntamente com o PIPA EMAU e o Coletivo PERMEAR, famílias nas quais ajuda a construir sonhos.

Rafael MachadoGraduando em Arquitetura e Urbanismo, canta ópera, cultiva helicônias, costumava pintar telas e tocar sax. Cursa o técnico em artes cênicas da escola de teatro FAFI. Tenta enxergar em meio à vida corrida pontos de luz aos quais se entregar. “Educação é questão de salvação pública”

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O Coletivo

Thairo PandolfiNascido em Linhares, é estudante de Ar-quitetura e Urbanismo, fotógrafo quando pode e simpático a tudo que se mova, emita som ou cores, flertando com poesia e músi-ca. Busca promover a cidade e os encontros recentemente com o Ocupar Gramados e o Volta à Ilha.

Thiara PelissariHumana, pedaço da vida, cor e forma da ‘simbiose essencial’. Filha de uma família que lhe introduziu o valor imensurável do amor, das pessoas e da natureza. Se en-volve em arquitetura e urbanismo, técnicas naturais de construção, voluntariados soci-ais, e intervenções artísticas.

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