Lab Eletronica II Experimento 4

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELETRICIDADE DISCIPLINA: Laboratório de Eletrônica II PROFESSOR: Vilemar Gomes ALUNO(A): _____________________________________ Data: ____/____/_____ 4 o EXPERIMENTO 1. TÍTULO: Circuitos eletrônicos básicos à base de amplificador operacional aplicáveis em sistemas de controle 2. OBJETIVO: Confirmar experimentalmente, o princípio básico de funcionamento de alguns circuitos eletrônicos básicos, à base de amplificador operacional, que são aplicáveis em sistemas de controle 3. BASE TEÓRICA Muitos circuitos eletrônicos básicos centrados em amplificadores operacionais encontram aplicação em sistemas de controle. Neste experimento serão considerados alguns desses circuitos, dentre os comparadores, diferenciadores e integradores. 3.1. Circuitos comparadores Em sistemas de controle, freqüentemente necessita-se comparar uma variável com outra para verificar, a todo instante, qual delas está maior. Uma vez que as variáveis a serem comparadas, entre si, estão na forma elétrica, um circuito comparador pode ser utilizado para realizar a comparação desejada. Alguns exemplos de circuitos comparadores são apresentados na seqüência. Primeiro exemplo de circuito comparador Fig. 1 Para o circuito comparador da Figura 1, a tensão na saída tem o seguinte comportamento: V V V onde V v para V V V V onde V v para V v CC sat ref i sat EE sat ref i sat o 5 , 1 , 5 , 1 , A tensão de referência, Vref , aplicada à entrada inversora, pode ser produzida por +VCC vi + - vo Vref -VEE

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Circuitos eletrônicos básicos à base de amplificador operacional aplicáveis em sistemas de controle

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELETRICIDADE

    DISCIPLINA: Laboratrio de Eletrnica II

    PROFESSOR: Vilemar Gomes

    ALUNO(A): _____________________________________ Data: ____/____/_____

    4o EXPERIMENTO

    1. TTULO: Circuitos eletrnicos bsicos base de amplificador operacional

    aplicveis em sistemas de controle

    2. OBJETIVO: Confirmar experimentalmente, o princpio bsico de funcionamento

    de alguns circuitos eletrnicos bsicos, base de amplificador operacional, que

    so aplicveis em sistemas de controle

    3. BASE TERICA

    Muitos circuitos eletrnicos bsicos centrados em amplificadores operacionais

    encontram aplicao em sistemas de controle. Neste experimento sero

    considerados alguns desses circuitos, dentre os comparadores, diferenciadores e

    integradores.

    3.1. Circuitos comparadores

    Em sistemas de controle, freqentemente necessita-se comparar uma varivel

    com outra para verificar, a todo instante, qual delas est maior. Uma vez que as

    variveis a serem comparadas, entre si, esto na forma eltrica, um circuito

    comparador pode ser utilizado para realizar a comparao desejada. Alguns

    exemplos de circuitos comparadores so apresentados na seqncia.

    Primeiro exemplo de circuito comparador

    Fig. 1

    Para o circuito comparador da Figura 1, a tenso na sada tem o seguinte

    comportamento:

    VVVondeVvparaV

    VVVondeVvparaVv

    CCsatrefisat

    EEsatrefisat

    o 5,1,

    5,1,

    A tenso de referncia, Vref , aplicada entrada inversora, pode ser produzida por

    +VCC

    vi +

    - vo Vref -VEE

  • um divisor resistivo de tenso, aproveitando a tenso de alimentao.

    Na Figura 2 mostra-se a curva de transferncia, vo x vi , caracterstica do comparador da Figura 1.

    vo

    +Vsat

    Vref vi

    -Vsat

    Fig. 2

    Segundo exemplo de Circuito comparador

    Fig. 3

    A diferena deste comparador para o da Figura 1 que a tenso de referncia neste

    caso negativa. Para este caso, a tenso de sada dada por

    refisat

    refisat

    o VvparaV

    VvparaVv

    Portanto, a sua curva de transferncia, vo x vi , tem a forma mostrada na Figura 4. vo +Vsat

    vi

    -Vsat

    +VCC

    vi +

    - vo Vref -VEE

    Fig. 4

    -Vref

  • Terceiro exemplo de circuito comparador

    Fig. 5

    Note que a tenso vi est sendo aplicada entrada inversora. A tenso de sada tem o seguinte comportamento:

    refisat

    refisat

    o VvparaV

    VvparaVv

    A curva de transferncia tem a forma mostrada na Figura 6

    vo +Vsat

    +Vref vi

    -Vsat

    Fig. 6

    Quarto exemplo de comparador

    Fig. 7

    Para este exemplo a tenso de sada vo tem o seguinte comportamento:

    refisat

    refisat

    o VvparaV

    VvparaVv

    ,

    ,

    +VCC

    vi - + vo Vref -VEE

    +VCC

    vi - + vo Vref -VEE

  • Este equacionamento corresponde curva de transferncia mostrada na Figura 8.

    Fig. 8

    Quinto exemplo de circuito comparador

    Fig. 9

    A tenso de sada :

    0,

    0,

    isat

    isat

    ovparaV

    vparaVv

    A curva de transferncia correspondente a este equacionamento est mostrada na

    Figura 10.

    Fig. 10

    vo +Vsat

    -Vref vi

    -Vsat

    +VCC

    vi +

    - vo -VEE

    vo

    +Vsat

    0 vi

    -Vsat

  • Comentrios finais sobre comparadores

    Alm dos exemplos simples de circuitos comparadores mostrados nesta seo,

    existe uma classe de comparadores com duas tenses de referncia (chamadas

    tenses de disparo), que podem ser do tipo janela ou do tipo regenerativo (com

    histerese), os quais no so considerados neste experimento, mas podem ser vistos

    em livros, como por exemplo 1. Eletrnica, vol. 2 de Malvino, A. Paul 2.

    Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos, de Pertence, Antnio.

    3.2 Circuito diferenciador Um outro circuito bsico centrado em amplificador operacional, que pode ser

    aplicado em sistemas de controle o circuito diferenciador. De modo geral, um

    circuito diferenciador produz em sua sada uma tenso que proporcional taxa

    de variao da tenso de entrada.

    Circuito bsico Na Figura 11 est esquematizado um circuito diferenciador bsico.

    Considere idealizado o amplificador operacional. Assim tem-se

    R

    v

    dt

    vdCii oi

    0)0(21

    dt

    dvRCv io

    A funo de transferncia do circuito da Figura 11 dada por

    sRCsC

    R

    sV

    sV

    i

    o /1)(

    )( (1)

    onde fjs 2 .

    Da expresso (1) note que [Vo(s) / Vi(s)] diretamente proporcional freqncia

    f do sinal aplicado, o que torna o diferenciador muito sensvel a variaes de

    freqncia.

    -

    +

    R

    C

    i2

    vo

    vi

    i1

    Fig. 11

  • Por isto, o diferenciador elementar da Figura 11 apresenta srias

    desvantagens:

    - instabilidade de ganho

    - sensibilidade a rudos

    - processo de saturao muito rpido

    Diferenciador prtico Conforme dito, o circuito diferenciador anterior apresenta desvantagens como

    por exemplo um processo de saturao muito rpido. Para solucionar esses

    problemas, acrescentam-se ao circuito da Figura 11: um resistor em srie com o

    capacitor de entrada e outro no terminal da entrada no inversora do operacional,

    obtendo-se o circuito esquematizado na Figura 12.

    Para este circuito a funo de transferncia

    1/1)(

    )(

    1

    2

    1

    2

    CsR

    CsR

    sCR

    R

    sV

    sV

    i

    o (2)

    Da expresso (2) note que para 11 CR obtm-se a expresso aproximada:

    1

    2

    1

    2

    )(

    )(

    R

    R

    CsR

    CsR

    sV

    sV

    i

    o

    Portanto, para que este circuito funcione como diferenciador, a freqncia deve

    ser tal que 11 CR ou, equivalentemente, CR

    f12

    1

    -

    +

    R2

    C

    i2

    vo

    R1 vi

    i1

    21 // RRRB

    Fig. 12

  • Para que o diferenciador prtico da Figura 12 apresente um bom desempenho,

    razovel considerar as seguintes condies de projeto:

    fCR

    RR

    10

    1

    10

    1

    12

    (3)

    3.3. Circuito Integrador

    Estuda-se nesta seo um dos circuitos mais importantes envolvendo o am-

    plificador operacional.

    Integrador bsico Na Figura 13 est esquematizado um integrador bsico. A chave ch s pode ser

    fechada quando o circuito estiver desligado. Quando isto feito, o capacitor se

    descarrega. ch

    Considere, mais uma vez, que o amplificador operacional idealizado. Portanto, vale

    a seguinte anlise para o circuito da Figura 13.

    t

    iooi dtv

    RCv

    dt

    vdC

    R

    vii

    0

    21

    1)0()0(

    -

    +

    C

    R

    i2

    vo

    vi

    i1

    Fig. 13

  • Integrador prtico O circuito esquematizado na Figura 14 apresenta um bom desempenho ( resposta

    estvel) quando os sinais de entrada so de baixa freqncia.

    Fig. 14

    A funo de transferncia do circuito da Figura 14 :

    )1(

    ]/1/[]/[

    )(

    )(

    21

    2

    1

    22

    CsRR

    R

    R

    sCRsCR

    sV

    sV

    i

    o (4)

    Da expresso (4), note que para 12 CR obtm-se a seguinte aproximao:

    1

    2

    )(

    )(

    R

    R

    sV

    sV

    i

    o

    Portanto, para que o circuito da Figura 14 funcione como integrador a freqncia

    deve ser tal que 12 CR , ou equivalentemente CR

    f22

    1

    A seguir apresentam-se duas condies de projeto que permitem melhorar a resposta

    do integrador prtico:

    fCR

    RR

    /10

    10

    2

    12

    (5)

    4. PREPARAO

    4.1. Para o circuito comparador da Figura 15, responda as questes seguintes

    a) supondo que a tenso de entrada vi assume o valor -100 mV, qual dos LEDs deve acender ?

    b) supondo agora que vi assume o valor +100 mV, qual LED deve acender ?

    Fig. 15

    +15 V

    vi +

    -

    -15 V

    R

    VERDE VERME

    LHO

    -

    +

    R2

    C

    R1

    vo

    vi

    RB=R1//R2

  • c) a corrente mxima de sada do amplificador operacional 741 25 mA. Logo

    a corrente no LED aceso deve ter como limite este valor. Com base nesta

    informao, calcular o valor de R. Sugere-se escolher um valor para IR < 25 mA, de

    modo que o valor calculado para R corresponda a um resistor disponvel no

    laboratrio.

    4.2 Considerando agora o circuito comparador esquematizado na Figura 16, calcular a tenso de referncia.

    Fig.16

    4.3 Projete um circuito diferenciador com a forma do circuio da Figura 12 dado

    R2=10 k, e esboce a forma de onda da tenso de sada, considerando que o sinal da tenso de entrada uma onda triangular com amplitude de 200 mV .

    4.4 Projete um circuito integrador sob a forma do circuito da Figura 14, dado R2=100

    k, e esboce a forma de onda da tenso de sada, considerando que o sinal de tenso na entrada uma onda quadrada com amplitude de 500 mV.

    5 PARTE PRTICA

    5.1 Monte o circuito comparador da Figura 15, coloque uma tenso vi = -100mV e

    verifique qual LED se acende. Compare com a resposta dada letra (a) do item 7.1

    Repita o procedimento colocando uma tenso vi=+100 mV. Compare o resultado

    deste caso com a resposta dada na letra (b) do item 7.1.

    5.2 Monte agora o circuito comparador da Figura 16. Coloque uma tenso vi um pouco menor que Vref e veja qual LED se acende. Repita o procedimento para vi

    um pouco maior que Vref.

    5.3 Monte o circuito diferenciador projetado no item 7.3, aplicando na entrada, um sinal de tenso triangular com amplitude de 200 mV e freqncia considerada no

    projeto. Observe a forma de onda da tenso de sada.

    +15 V

    vi +

    -

    -15 V

    R

    VERDE VERME

    LHO

    +15

    10 K

    10 K

  • 5.4 Aumente a freqncia do gerador para valores acima do limite CR12

    1

    .

    Observe e esboce as formas de onda dos sinais de entrada e de sada. Aumente

    mais ainda a freqncia do gerador e repita a observao.

    5.5 Monte o circuito integrador projetado no item 7.4, aplicando na entrada uma onda quadrada com amplitude de 500 mV e freqncia considerada no projeto.

    5.6 Diminua a freqncia do sinal de entrada para valores abaixo do limite CR22

    1

    .

    Observe o que acontece e esboce as formas de onda de entrada e de sada do

    circuito. Diminua mais ainda a freqncia, observando o que acontece.

    DIAGRAMA DE PINOS DO CI 741

    8 7 6 5

    -

    +

    2 3 4

    -VEE