Laboratorio de Redacao No25

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LABORATÓRIO DE REDAÇÃO 25 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias OSG.: 72579/13 PROPOSTA I (ENEM) TEMA: A LEITURA E UM MUNDO MELHOR Texto I DO CADERNO H Mário Quintana A Arte de Ler O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento, já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria. A Carta Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto e vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida. A Coisa A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. As Indagações A resposta certa não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas. Texto II A LINGUAGEM E A VIDA SOCIAL Tem-se discutido muito sobre as funções essenciais da linguagem humana e a hierarquia natural que há entre elas. É fácil observar, por exemplo, que é pela posse e pelo uso da linguagem, falando oralmente ao próximo ou mentalmente a nós mesmos, que conseguimos organizar o nosso pensamento e torná-lo articulado, concatenado e nítido; é assim que, nas crianças, a partir do momento em que, rigorosamente, adquirem o manejo da língua dos adultos e deixam para trás o balbucio e a expressão fragmentada e difusa, surge um novo e repentino vigor de raciocínio, que não só decorre do desenvolvimento do cérebro, mas também da circunstância de que o indivíduo dispõe agora da língua materna, a serviço de todo o seu trabalho de atividade mental. Se se inicia e desenvolve o estudo metódico dos caracteres e aplicações desse novo e preciso instrumento, vai, concomitantemente, aperfeiçoando-se a capacidade de pensar, da mesma sorte que se aperfeiçoa o operário com o domínio e o conhecimento seguro das ferramentas da sua profissão. E é este, e não o outro, antes de tudo, o essencial proveito de tal ensino. CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Matoso. Manual de expressão oral e escrita. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1986. Texto III FUNÇÕES SOCIAIS DA LEITURA 1. Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada; 2. Estimular o desejo de outras leituras; 3. Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação; 4. Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido.

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  • LABORATRIO DE REDAO 25

    Linguagens, Cdigos e suas TecnologiasOSG.: 72579/13

    PROPOSTA I (ENEM)

    TEMA: A LEITURA E UM MUNDO MELHOR

    Texto I

    DO CADERNO HMrio Quintana

    A Arte de Ler

    O leitor que mais admiro aquele que no chegou at a presente linha. Neste momento, j interrompeu a leitura e est continuando a viagem por conta prpria.

    A Carta

    Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito sria: tinha at ponto e vrgula! Nunca fi quei to impressionado na minha vida.

    A Coisa

    A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita comea a desconfi ar que no foi propriamente dita.

    As Indagaes

    A resposta certa no importa nada: o essencial que as perguntas estejam certas.

    Texto II

    A LINGUAGEM E A VIDA SOCIAL

    Tem-se discutido muito sobre as funes essenciais da linguagem humana e a hierarquia natural que h entre elas. fcil observar, por exemplo, que pela posse e pelo uso da linguagem, falando oralmente ao prximo ou mentalmente a ns mesmos, que conseguimos organizar o nosso pensamento e torn-lo articulado, concatenado e ntido; assim que, nas crianas, a partir do momento em que, rigorosamente, adquirem o manejo da lngua dos adultos e deixam para trs o balbucio e a expresso fragmentada e difusa, surge um novo e repentino vigor de raciocnio, que no s decorre do desenvolvimento do crebro, mas tambm da circunstncia de que o indivduo dispe agora da lngua materna, a servio de todo o seu trabalho de atividade mental. Se se inicia e desenvolve o estudo metdico dos caracteres e aplicaes desse novo e preciso instrumento, vai, concomitantemente, aperfeioando-se a capacidade de pensar, da mesma sorte que se aperfeioa o operrio com o domnio e o conhecimento seguro das ferramentas da sua profi sso. E este, e no o outro, antes de tudo, o essencial proveito de tal ensino.

    CMARA JNIOR, Joaquim Matoso. Manual de expresso oral e escrita. 9. ed. Petrpolis: Vozes, 1986.

    Texto III

    FUNES SOCIAIS DA LEITURA

    1. Ampliar a viso de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;

    2. Estimular o desejo de outras leituras;

    3. Possibilitar a vivncia de emoes, o exerccio da fantasia e da imaginao;

    4. Permitir a compreenso do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido.

  • Laboratrio de Redao 2013

    2 Linguagens, Cdigos e suas TecnologiasOSG.: 72579/13

    PROPOSTA II (ENEM)

    TEMA: AS MANIFESTAES E AS MUDANAS DO BRASIL

    Texto

    COMO EXPLICAR AS MANIFESTAES EM 140 CARACTERES

    Se eu tivesse de resumir em no mximo 140 caracteres tudo que o Brasil est experimentando por causa das manifestaes, diria apenas o seguinte:

    O brasileiro est descobrindo que d muito e recebe pouco. Foi um grito contra o vandalismo cotidiano do desperdcio.O resto consequncia. por isso e s por isso que a paixo do brasileiro, o futebol (com os gastos da Copa), pela primeira vez no foi apenas

    circo, mas educao democrtica.Da se v o medo das autoridades, a comear da presidente, em ir ao estdio assistir ao fi nal da Copa das Confederaes.

    Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gibertodimenstein

    PROPOSTA III (OUTROS VESTIBULARES)

    Texto

    DIRIO

    O dirio serve para registrarmos os fatos ocorridos no dia a dia, para expressarmos nossas ideias, emoes, desejos e at para fazermos aquele desabafo que tanto nos incomoda.

    Sabia que esse gnero textual tambm permite que os fatos nele contidos sejam fi ctcios? Sim, semelhantemente ao texto

    narrativo, que nem sempre retrata uma histria verdadeira, ele pode constituir-se de algo inventado, como, por exemplo, o Dirio de Bridget Jones, do qual se originou at um fi lme.

    No que se refera estrutura, podemos dizer que, normalmente, apresenta algumas caractersticas:

    Vocativo como no est escrevendo para uma pessoa especfi ca, mas sim para voc mesmo, pode comear assim: Meu querido dirio.

    A data essa parte essencial, pois, daqui a uns vinte anos, poder rever o que registrou numa determinada ocasio. Desenvolvimento trata-se da parte na qual registrar as informaes que desejar, no se esquecendo dos detalhes

    mais importantes.

    Texto adaptado de: http://www.escolakids.com/conhecendo-mais-um-genero-textual-o-diario.htm

    Imagine que voc quer escrever algo importante que marcou sua vida, hoje, para ser lido somente daqui a 50 anos. Escreva um dirio, registrando suas ltimas experincias.

    Vinicius/RBS 1/08/13 Rev.: TONY