Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro...

16
Ano III / nº35 | Preço: Gratuito | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Diretor: Norberto Luís | Fevereiro 2017 Emigrantes reúnem em seminário na Lagoa PSD quer suspensão da venda da antiga fábrica Empresa lagoense tem sabido ultrapassar a crise Página 03 Página 08 Clemente é já o melhor marcador da história do Santa Clara. Conta atualmente com 37 golos marcados ao serviço dos encarnados. Página 12 Pub. Lagoense sente orgulho na sua carreira desportiva Foto: Henrique Barreira Página 09

Transcript of Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro...

Page 1: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Ano III / nº35 | Preço: Gratuito | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Diretor: Norberto Luís | Fevereiro 2017

Emigrantes reúnem emseminário na Lagoa

PSD quer suspensão davenda da antiga fábrica

Empresa lagoense tem sabido ultrapassar a crise

Página 03 Página 08

Clemente é já o melhor marcador da história do Santa Clara. Conta atualmente com 37 golos marcados ao serviço dos encarnados. Página 12

Pub.

Lagoense sente orgulhona sua carreira desportiva

Foto

: Hen

rique

Bar

reira

Página 09

Page 2: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017Página 02 EDUCAÇÃO - EBI ÁGUA DE PAU

Biblioteca de Água de Pau - As leituras dos nossos alunos

Durante o primeiro período,foram várias as visitas dos alunosda EBI de Água de Pau à bibliotecae várias as requisições efetuadas.Livros foram lidos, imagens foramobservadas, histórias foram ouvi-das… E assim se foi desenvolvendo

a curiosidade, o interesse, a con-centração, a atenção e… os hábi-tos de leitura!

Consultando a estatística das re-quisições de livros na BE (biblio-teca da escola), no períodotransato, destacaram-se os trêsprimeiros lugares! A equipa da BE

achou pertinente investigar onúmero de requisições efetuadaspor ciclo, por ano de escolaridade,por turma e por alunos, assimcomo averiguar os livros e os au-tores mais procurados pelos alu-nos da escola.

Desta forma, relativamente àsrequisições efetuadas, destacou-se, em larga escala, o primeirociclo, seguindo-se o terceiro e, porúltimo, o segundo ciclo.

Quanto aos anos de escolari-dade e às turmas que mais requi-sições fizeram, encontra-se, emprimeiro lugar, o primeiro ano, emseguida, o segundo ano e, em ter-ceiro lugar, o quarto ano. Asturmas destacadas foram o 1ºA,seguida do 1ºB e do 2ºD.

Passando aos alunos propria-mente ditos, a equipa da BE sele-cionou os “Leitores +”, ou seja, osalunos que efetuaram três, oumais, requisições. Assim, noprimeiro ciclo, foram destacados oMatias Raposo, do 4ºI, a Isabel

Valente, do 2ºD, e o Miguel Vieira,do 1ºA. Há a registar que o MatiasRaposo foi eleito o “Leitor +” doprimeiro ciclo e da BE! No segundociclo, foram destacadas a MatildeGalego, do 5ºA, a Nicole Silva, do5ºC, e a Maura Carvalho, do 5ºB.Por fim, no terceiro ciclo, desta-cou-se apenas o FranciscoAlmeida, do 9ºB.

Relativamente aos livros e aosautores mais procurados, no pri-meiro ciclo, salientou-se A girafaque comia estrelas, de JoséEduardo Agualusa. Em seguida,destacaram-se as coleções Ruca,de Joceline Sanschagrin e outrosautores, e os Ciclos, de CristinaQuental e Mariana Magalhães.Houve também uma grande prefe-rência por contos. Como autorespreferidos, encontram-se JoséEduardo Agualusa e Oscar Wilde.

No segundo ciclo, destacaram-se os livros A Fada Oriana, deSophia de Mello Breyner, A pescada baleia e outras narrativas, de

Raul Brandão, e O principezinho,de Antoine Saint-Exupéry. Outrosautores da preferência dos alunossão Alice Vieira, Virgínia Woolf eRegina Punha.

Quanto ao terceiro ciclo, oslivros mais procurados foram OAlienista, de Machado de Assis, oAuto da Barca do Inferno, de GilVicente, e Maria Moisés, de Ca-milo Castelo Branco. Jorge Amado,Oscar Wilde, Raul Brandão e Al-meida Garrett também figuramentre os escritores preferidos noterceiro ciclo.

E continuem a ler! Leiam, leiammuito! Independentemente daidade ou do nível de escolaridade,o importante é ler! A leitura é, eserá sempre, aquela amiga quenos faz sonhar, viajar e encantar…Por isso, sonhemos, viajemos e en-cantemo-nos!

Equipa da BE

Foto

s: E

BI A

gua

de P

au

Durante a primeira quinzenado mês de dezembro, a biblio-teca escolar da EBI de Água dePau promoveu, novamente, aFeira do Livro. Os livros expostostiveram como público-alvo,maioritariamente, os alunos dosensinos pré-escolar e do 1º ciclo,no entanto, o público juveniltambém conseguiu encontrar li-vros adequados à sua faixa etáriae aos seus interesses na feira. Osinteressados em adquirir obrasque constam do Plano Nacionalde Leitura, tiveram, então, aoportunidade ideal para, efetiva-mente, procederem à sua aquisi-ção.

Para além da divulgação/pro-moção de livros, a equipa da BE

tentou angariar fundos para oenriquecimento da coleção dabiblioteca.

Feira do LivroFesta de Natal das Línguas Estrangeiras

O último dia de aulas do pri-meiro período foi comemorado,pelos alunos do 3º ciclo da EBI deÁgua de Pau, em francês e inglês.

A festa de Natal das LínguasEstrangeiras celebrou a quadracom a leitura e dramatização dealguns poemas alusivos e com ainterpretação de temas natalíciosbem conhecidos como “Last Chris-tmas” e “Quand le Père Noël”. Ageneralidade das turmas partici-pou com uma intervenção prepa-rada nas aulas de francês e deinglês e com a colaboração numquestionário natalício sobre tradi-ções dos países onde se falamestas línguas.

O espetáculo iniciou-se com a

apresentação da peça “Um contode Natal”, uma adaptação doconto homónimo de CharlesDickens, pelos alunos de Expres-são Dramática do 9ºA, que procu-rou trabalhar a problemática dobullying e das relações interpes-soais em meio escolar, bem comoa importância da escola no per-curso de vida. Ebenezer Scrooge, oprotagonista do conto original deCharles Dickens, foi, na versão dosalunos do 9ºA, Eva Nazaré Cruz,uma aluna problemática quesofreu um processo de mudançagraças à intervenção de três espí-ritos de Natal. Com eles acaba porcompreender o valor da amizadee embarcar numa aventura repletade música, personagens diverti-

das, humor e uma grande lição. A festa de Natal das Línguas pro-

curou essencialmente estimular otreino da oralidade em línguasestrangeiras, motivar para a suaaprendizagem pela vertente lúdicadas atividades dinamizadas e pro-mover as qualidades “artísticas”dos alunos como forma de melho-rar a sua autoconfiança e valoriza-ção pessoal da escola.

Os alunos participaram commuito empenho e motivaçãonesta 2ª edição do espetáculo lin-guístico, exprimindo, no final dafesta, o seu desejo de fazer mais emelhor para o próximo ano.

A equipa da BE

Page 3: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 Página 03EDUCAÇÃO- EBI LAGOA/ OPINIÃO

Visitas de estudo ao OVGA Emigrantes reúnem emseminário na Lagoa

O edifício do Nonagon, naCidade de Lagoa, irá receber, emfevereiro, o 1.º Seminário da AEA– Associação dos EmigrantesAçorianos, intitulado “Perspeti-vas para um futuro do Emigrantede ontem ou de hoje”.

Abordagens económicas e so-ciológicas da atualidade vãoestar no centro das atenções dosperitos convidados pela AEA paraintervir neste seminário que seráaberto a todos os interessados,nomeadamente Emigrantes aço-rianos ainda na Diáspora ou járegressados. Este 1.º Seminárioda AEA terá comunicações dereputados académicos e de enti-dades governamentais, diplomá-ticas e associativas.

No dia 17 de fevereiro de 2017,durante a manhã, num painelmais direcionado para os Emi-grantes regressados (“deontem”) – Desafios colocadospelo envelhecimento populacio-nal na Diáspora Açoriana e nosAçores –, Piedade Lalanda,Teresa Medeiros e Emília Men-donça serão responsáveis porperspetivas açorianas, enquantoHelena Silva Hughes (EUA) e Ana-bela Nunes (Canadá) trarãovisões da Diáspora, em espaçosmoderados por Gilberta Rocha.

À tarde, Mário Fortuna será omoderador do debate viradopara a vertente económica e queremete de uma forma mais óbviapara os atuais Emigrantes (“dehoje”) – Programas/Oportunida-des de investimento econó-

mico/Empresarial no Canadá,EUA e Açores –, painel este queconta com contributos da Cônsuldos EUA em Ponta Delgada, Eli-zabeth Konick , do David MarionConselheiro e Cônsul da Embai-xada do Canadá em Portugal edo presidente da SDEA-Socie-dade para o DesenvolvimentoEmpresarial dos Açores, ArnaldoMachado.

José Carlos Teixeira, vogal dadireção da AEA e professor naUniversidade da Columbia Britâ-nica (Canadá), fará a nota deabertura deste 1.º Seminário daAEA, que pretende fornecer in-formação importante para quecada Emigrante possa delinearmelhor “um futuro”, que é o seu,quer decida regressar ou conti-nuar emigrado.

A participação no “1.º Seminá-rio da AEA – Perspetivas para umfuturo do Emigrante de ontemou de hoje” é gratuita e abertaao público em geral mas, pormotivos logísticos, é convenientefazer a inscrição em www.aeazo-res.org.

Recorde-se que a AEA, fundadaem outubro de 2010, tem comoobjetivos ser uma ponte, umelemento facilitador, entre aDiáspora e a Terra Mãe, defendere promover os direitos e interes-ses dos Emigrantes, apoiar e in-formar os Emigrantesregressados e os ainda residen-tes nos países de acolhimento.

DL/AEA

Todas as turmas do 6º Ano deescolaridade da EB 2, 3 Padre Joãodo Amaral visitaram as exposiçõespatentes no edifício do OVGAentre os meses de outubro e ja-neiro.

As visitas de estudo ao Obser-vatório Vulcanológico e Geotér-mico dos Açores realizaram-se noâmbito das aulas da área curricu-lar não disciplinar de Cidadania,mais concretamente no âmbito deHistória Geografia e Cultura dosAçores. Esta área, que entrou no

currículo do 6º ano, no arquipé-lago, no presente ano letivo(2016/2017), pretende o enrique-cimento curricular dos alunos, aoequilibrar a visão que têm dePortugal, da Europa e do Mundo,acrescentando-lhes a consciência

do ser aço-riano. Pre-tende-se queos alunosfaçam pesqui-sas (supervi-s i o n a d a s ) ,observem asrealidades eos fenómenosque os rodeiam para compreende-rem a realidade local e regional naqual estão inseridos.

Assim, tendo em conta que umdos conteúdos a lecionar, era a

”Geodinâmica e Formação dasIlhas”, achamos por bem levartodas as turmas do 6º ano aoOVGA, onde os alunos puderamter uma visita guiada, conduzidapor dois monitores com formaçãona área, que os levaram numa

“viagem” aos primórdios do arqui-pélago, permitindo-lhes conhecera posição dos Açores no contextodas placa tectónicas, ter a noçãode sismicidade e vulcanismo, bemcomo perceber os factos e conse-quências da atividade sísmica evulcânica que levaram à atualgeografia das ilhas. Durante a vi-sita puderam ainda atravessar um“túnel” que simula o interior deuma montanha em erupção, per-mitindo-lhes ouvir os diferentessons produzidos pela Terradurante o fenómeno.

Visitaram ainda outra exposição,no mesmo edifício, sobre a evolu-ção das espécies.

Esta foi, sem dúvida, uma expe-riência muito enriquecedora quepermitiu aos alunos sair da sala deaula e aprender num contextodiferente, permitindo-lhes exporalguns dos conhecimentos que jápossuiam e aprofundá-los, com-preendendo melhor as especifici-dades da região em que vivem.

Ana Páscoa

Top LeitorNa Biblioteca da EBI de Lagoa

atribuem-se prémios aos alunosque requisitam e lêem mais livros,publicando, no final de cada pe-ríodo, o TOP LEITOR. Assim, verifi-cou-se que as alunas querequisitaram mais livros eramtodas do 5º Ano, tendo ficado emprimeiro lugar Andreia Jesus, daturma A, com 19 livroslidos; em segundo lugar aaluna Inês Bernardo, daturma E, com 17 livros; eem terceiro Fabiana Ra-poso, também da turma Aque requisitou 12 livros.

Foi pedido às alunas quefizessem um pequeno textosobre o que significa, paraelas, a leitura. As duas alu-nas do 5º A responderamda seguinte forma:

“Olá, somos a AndreiaJesus e a Fabiana Raposo egostamos muito de ler, es-pecialmente aqueles livros

grandes. De todos os livros quelemos até agora todos têm histó-rias lindas e emocionantes, quenos fazem sonhar e viajar por ou-tros mundos. Temos também umagrande coleção de livros em casamas, como já os lemos todos, gos-tamos de requisitar livros na bi-blioteca da escola para podermoscontinuar a descobrir novos mun-

dos e personagens. Aqui vãoalguns dos livros que nós já lemose dos quais gostámos muito: Diá-rio de um Banana, Diário de umaTotó, Eu Cómico, o maior malucodo riso, entre outros”.

Andreia Jesus e Fabiana Raposo,alunas do 5º A

Foto

s: E

BI d

e La

goa

Page 4: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

PUBLICIDADEPágina 04 Diário da Lagoa | fevereiro 2017

Page 5: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Pub.

Página 05REPORTAGEM/ PUBLICIDADEDiário da Lagoa | fevereiro 2017

Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz comemorou o seu 20º aniversário

O Grupo de Cantares Tradicio-nais de Santa Cruz, na Cidade deLagoa, assinalou a 26 de dezembrode 2016, o seu 20º aniversário.

Criado em 1996 por um grupode amigos, tornando-se numaassociação no dia 14 de abril de2000, o Grupo de Cantares Tradi-cionais de Santa Cruz, conta com43 elementos, tendo por DiretorArtístico, Álvaro Cabral.

O Grupo já participou em diver-sos concertos, tendo um repertó-rio variado que o permitiu atuarem várias partes do mundo, no-meadamente na ilha de Santa

Maria, na ilha do Pico, nos EstadosUnidos da América, na ilha da Ma-deira e Portugal continental,tendo-se deslocado a Coimbra e aLagoa (Algarve).

No âmbito das comemorações,realizou-se uma missa, seguida deum concerto, na Igreja do Con-vento dos Frades, que contou coma participação da Banda Filarmó-nica Estrela D’Alva.

De forma a marcar o 20º aniver-sário, alguns convidados do Grupode Cantares confraternizaram numjantar, finalizando o convívio combolo e um brinde.

Para o Presidente do Grupo de

Cantares Tradicionais de SantaCruz, Fernando Jorge Moniz, estedia “é importante para todos nóse vai ficar marcado na nossa histó-ria”.

Os antepassados que fizeramparte do Grupo e que infelizmentejá não estão presentes, tambémforam saudosamente relembra-dos, demonstrando que os ele-mentos do Grupo de CantaresTradicionais de Santa Cruz muitasvezes deixam a “vida pessoal, pri-vada e profissional para trás” emprol das atividades do grupo.

Para Cristina Calisto Decq Mota,Presidente da Câmara Municipal

de Lagoa, foi com grande admira-ção, e deixando o “coração falar”,que felicitou o Grupo de CantaresTradicionais de Santa Cruz peloseu 20º aniversário, salientandoque “apesar de não saber cantar,não consigo deixar de cantar”sempre que atuam.

Este Grupo que “começou comobrincadeira e hoje nota-se o pro-fissionalismo, tem-se vindo a afir-mar”, deixando um legadohistórico e cultural para a Cidadede Lagoa.

De relembrar que o Grupo deCantares Tradicionais de SantaCruz foi condecorado, em 2009,

pela Câmara Municipal de Lagoa,com a medalha de mérito e lançouno mesmo ano o seu 1º álbumintitulado “Ilhas de Encanto”.

No dia 8 de dezembro de 2015,o Grupo inaugurou a sua sede eadquiriu a imagem de Santa Cecí-lia, padroeira dos músicos, em no-vembro de 2016.

No âmbito do 20º aniversário,foi entregue uma salva de prata aoGrupo, pelas mãos da Presidenteda Câmara Municipal da Lagoa,como forma de homenagear e aagradecer a dedicação e desempe-nho do mesmo.

DL/AS

O Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz, Lagoa, foi criado em 1996, contando atualmente com 43 elementos.

Foto

s: C

ML

Page 6: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Página 06 LOCAL/ OPINIÃO Diário da Lagoa | fevereiro 2017

"O Cabouco é uma freguesia defuturo”, diz Adriano Costa

Adriano Costa, presidente daJunta de Freguesia do Cabouco,afirmou, em declarações aoJornal Diário da Lagoa, que o anode 2016 foi extremamente posi-tivo, considerando que, noCabouco, “temos apostado navertente social, cultural e recrea-tiva. Temos também ajudado,através dos programas de em-prego”.

Em 2016, não destacaria ne-nhum projeto, sendo que o anotransacto foi sobretudo um anode planeamento. “Nós fizemosum levantamento de algumas si-tuações urgentes a solucionar em2017, e vamos solucioná-las. Háuma coisa que muito nos alegraque é o facto de nós continuar-mos a ter o galardão de freguesialimpa, ou seja, relativamente aoano de 2015, em 2016 recebemosesse mesmo galardão, o que paranós é uma enorme satisfação”.

Fiel ao seu plano, o executivoda junta do Cabouco apostou, noano que passou, em diversas ati-

vidades, destacando-se o Corsode Carnaval, a realização de umtorneio de futsal, a iluminação deNatal, os trilhos realizados, assimcomo um conjunto de outrasações para a população em geral.

Cultivando um relacionamentosempre saudável com a autarquialagoense, com as secretarias ecom o governo regional, AdrianoCosta lança-se para 2017 comuma forte aposta para a sua fre-guesia: “a nossa grande apostaem 2017 vai no sentido de proje-tar a freguesia para o exterior,não só através da requalificaçãodo parque industrial no tecidoeconómico, mas também atravésdas atividades que nós vamosfazendo anualmente. O que que-remos afirmar cada vez mais éque o Cabouco é uma freguesiade futuro”.

Os projetos estão visionados:pavimentar a estrada de Portugale das Comunidades com acessoao Parque Industrial do Chã deRego de Água, requalificandoesse mesmo parque, e também a

própria requalificação do polides-portivo do Cabouco.

Já a nível cultural e social, des-taca-se o “Corso de Carnaval queestá previsto para o dia 26 defevereiro”, assim como outrogrande evento, o “Cabouco Sem-pre a Abrir”, evento não só musi-cal, mas também recheado deoutras atividades recreativas.Uma outra garantia dada pelopresidente é a continuação dotorneio de futsal.

2017 é também ano de eleiçõesautárquicas, que irão definir ofuturo das autarquias e das juntasde freguesia de todo o país. Rela-tivamente a uma possível candi-datura de Adriano Costa, omesmo contém-se, referindo,apenas, que está “disponível”.

Termina, deixando uma men-sagem para todo o povo doCabouco: “juntos conseguimosfazer do Cabouco uma freguesiade futuro”.

DL/AS/JTO

Adriano Costa assumiu a presidência da Junta de Freguesia em abril de 2016.

A densidade populacional da freguesia do Cabouco é de 368 hab/km².

O último aceno

NorberTo da PonTe, deixou-nos !

Do que vale a vida? Vale tantoenquanto respirarmos e conse-guirmos viver, desde que nasce-mos. Está certo, isso é o quetodos sabem e dizem.

Nascemos, crescemos, arran-jamos amigos, ou inimigos, ar-ranjamos uma vida. Entramos nasociedade que nos rodeia, comou sem boa motivação. Se temosmotivação vivemos bons mo-mentos de vida. Se não temosmotivação, andamos por aí a veros outros viver e a vida passa aolado e ninguém dá por nós.

Pela vida, alguns arranjam fa-mília, constroem alicerces, alar-gam horizontes e comecem afazer coisas para si, para os ou-tros e para a sociedade. Unsaprovem, outros nem por isso,mas há sempre os que dissofalam bem ou mal….nem queseja por interesse ou conveniên-cia!

Tudo ou muito se faz na vidapara se ser feliz. Mas, ninguém écompletamente feliz nesta vida!

O que existem são momentosfelizes! A soma de momentos fe-lizes é que é aquilo que podemoschamar de felicidade! Mais nada!Sou eu a pensar sozinho ou comalguém que me segue o pensa-mento, enquanto tem paciênciade ler o que aqui escrevo.

Tanta coisa para dizer o se-

guinte: - o Norberto Ponte, tevemomentos felizes, poucos oumuitos, não sei quantificar, maseu assisti a alguns e o recordareipor esses, no resto da minhavida, pois tenho os dias conta-dos. Só não sei é quantos são!

O Norberto Ponte cresceu,construiu alicerces, alargou hori-zontes e fez coisas para si, sua fa-mília e para a sociedadelagoense.

Há três dias, na quinta-feiraatravessei de carro a rua 25 deAbril, no Rosário da Lagoa e vi oNorberto Ponte à porta do seurestaurante. Estava de pé, con-templativo, e com os olhosolhamo-nos na passagem en-quanto nos acenávamos de mãolevantada, num cumprimento deamizade antiga. Foi o últimoaceno que fizemos um ao outro.

Na madrugada de domingo, 22de janeiro de 2017, NorbertoPonte faleceu de repente com 44anos de idade. Seu coraçãoparou e sua vida terminou.Adeus Norberto, obrigado porteres sido meu amigo. Até umdia, em que nos voltemos a cru-zar…se isso vier a acontecer, nãosei !

Sentidas condolências para asua esposa, filhas e toda a famí-lia.

RoberTo MedeirOs um munícipe lagoense

Norberto Ponte tinha ligação a várias instituições da Lagoa.

Page 7: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 Local

[ OS DE CÁ ]Guilhermina Maria Barbosa

A 20 de Julho de 1935 nascia,na freguesia de Santa Cruz,Lagoa, a poetisa GuilherminaMaria Barbosa. Enfermeira deprofissão, esta poetisa lagoensenunca deixou que a sua veia poé-tica secasse, dedicando-se à poe-sia popular de forma entusiasta emuito saudável – impregnando-ade amor, gratidão, cor e amizade.

A poesia popular de Guilher-mina Maria Barbosa é uma poe-sia colorida, bem à semelhançada pessoa que a transporta dire-tamente para o papel. Repa-rando no prefácio da suaprimeira obra – Em jeito de par-tilha -, e citando o Padre Alexan-dre Medeiros, a “Gui”- como elea trata -, “encontra a facilidadede vislumbrar um raio de luz nomeio da noite, um arco-íris dealegria na tempestade de tris-teza”.

Se há poetas e poetisas que es-crevem para si e sobre si, é justodizer que, aqui, neste caso emparticular, temos alguém queescreve para os outros, para oserguer, para os elevar e valorizar

– o que acontece nas diversas de-dicatórias e homenagens queescreve. Na vertente da poesiapopular, Guilhermina MariaBarbosa é uma verdadeira sábiana arte – muito subestimada,ainda - de encontrar a rima certa,de colocá-la no verso certo, nomomento certo, de forma opor-tuna, trabalhada e bem cuidada.E como toda a poesia, é tambémimportante que a poesia popularseja sentida – e esta poetisalagoense sente-a, verdadeira-mente.

Com duas obras publicadas (Emjeito de partilha, 2012, e Relatode Vivências, 2015), a “Gui”honra-nos, a todos, com a suapoesia de cariz popular.

Profundamente religiosa, man-tém, com Deus, uma relação degrande proximidade – relaçãoessa que transporta, de formavívida e assídua, para a sua es-crita. Marcada sempre por umaprofunda gratidão à vida e aDeus, a poesia de GuilherminaMaria Barbosa pauta-se, sempre,por um uso muito medido, quaseestético, das palavras.

Usa um vocabulário simples,que chega, sem dificuldades ediscriminações, a todas as pes-soas.

Considerando que “é grande ovalor da vida” (in Relato deVivências, 2015), a mesma, numdos seus vários poemas, afirmaque se sente agradecida “pelogosto de viver”. Este é, certa-mente, um exemplo de profundae notável gratidão. Apelidando,quem passa na rua, como “irmã”ou “irmão”, Guilhermina praticauma poesia tão doce quantodócil. Uma poesia tão religiosaquanto amiga. Uma poesia tãosimples quanto verdadeira etransparente.

Sem esquecer a sua freguesia,sendo que, com ela, mantémuma relação de grande cumplici-dade e proximidade, esta poetisanatural de Santa Cruz, celebra,com mérito popular, quem amarcou. No seu segundo livro –Relato de Vivências – é possívelque nos arregalemos com algunsversos expostos na contracapado dito livro: “Vivenciar faz parteda vida.Na vida tudo tem um sentido po-sitivo, se o soubermos encontrar.As vivências positivas transmi-tem-nos alegria e felicidade.As vivências menos boas, seforem aceites com sabedoria,poderão contribuir também paraa busca da felicidade”.

É esta a mensagem. É com istoque temos de aprender.Obrigado, “Gui”.

JTO

A poesia popular de Guilhermina Maria Barbosa é uma poesia colorida.

Página 07

LagoaComVida com 4 dias

O Festival Lagoa ComVida, queserá realizado pela 3ª vez numaco-produção entre a empresa AllE-vents e Câmara Municipal deLagoa, será realizado de 29 dejunho a 2 de julho.

Trata-se de uma decisão da or-ganização que visa recompensar,de alguma modo, os festivaleirosque no ano transato não tiveram aoportunidade de assistir ao con-certo da Carminho que foi cance-lado. Assim sendo, o concerto seráreagendado para um destes dias,podendo os festivaleiros apresen-

tar a pulseira do passe geral doano passado para assistir aomesmo.

De resto, este será novamenteum Festival que promete conciliardesporto, natureza, juventude emuita animação musical direcio-nada a diferentes gerações,mesmo aos mais novos.

A frente marítima do Portinhode S. Pedro será novamente o re-cinto escolhido para a realizaçãodaquele que, atualmente, repre-senta o maior festival do concelho.

DL/CML

Lagoa recebe curso sobreazulejaria de fachada

A Biblioteca Municipal TomazBorba Vieira vai promover, nosdias 9, 10 e 11 de março, um cursolivre sobre azulejaria de fachada.O curso será ministrado por Fran-cisco Queiroz, Doutor em Históriada Arte pela Universidade doPorto e Coordenador adjunto dalinha “Heritage, Culture and Tou-rism” do Centro de Estudos da Po-pulação, Economia e Sociedade,da Universidade do Porto e terá aduração de oito horas.

Neste curso livre será estudadaa azulejaria aplicada à arquiteturaportuguesa do séc. XIX e do iníciodo séc. XX, tendo como foco a azu-lejaria de fachada, tentando-seresponder às questões “como”,“quem”, “quando” e “porquê”. Aabordagem será interdisciplinar,abrangendo a análise histórica, aartística e iconográfica, os artistase as fábricas e a integração na ar-quitetura, entre outros aspetos.

Serão ainda apresentados dadosinéditos, como resultado de umainvestigação recente, mostrando-se o exemplo do Brasil e dos Aço-res. Serão igualmente abordadasquestões relativas aos pavimentoscerâmicos (e semelhantes), assimcomo as estátuas; os ornatos emfaiança e terracota usados paradecorar fachadas e jardins (calõesde beiral, balaustradas e arabes-cos, vasos decorativos, pinhas e

globos), elementos que se com-plementam entre si e formam,muitas vezes, conjuntos notáveis.Considerando a história da cerâ-mica no Concelho de Lagoa, tam-bém nesta formação serãoestudadas questões relativas àprodução, conservação e restaurode exemplares localizados nesteconcelho.

Refira-se que, em relação a ou-tras formações sobre azulejariaque já foram realizadas em Portu-gal, esta distingue-se pela sua par-ticular atenção à azulejaria defachada e ao período romântico.

Neste contexto, e para todos osinteressados, nos dias 9 e 10 demarço as aulas serão ministradasem horário pós-laboral, das 18h30às 20h30 e no dia 11 de março,das 10h30 às 12h30, havendo,oportunidade para, logo após o al-moço, uma visita guiada tendocomo ponto de encontro a fa-chada da antiga fábrica de Bernar-dino da Silva, junto ao Porto dosCarneiros.

As inscrições têm o valor de 10euros e poderão ser efetuadas naBiblioteca Municipal Tomaz BorbaVieira ou através do telefone296912510 e ainda através dos se-guintes endereços eletrónicos: [email protected], ou [email protected]

DL/CML

Page 8: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Página 08 REPORTAGEM Diário da Lagoa | fevereiro 2017

Empresa lagoense tem sabido ultrapassar a crise sem despedimentos

Empresa familiar e com 180anos de existência, a Costa Pereira& Filhos Lda, é uma referência naCidade de Lagoa, pela venda e dis-tribuição de materiais de constru-ção.

A empresa passou de geraçãoem geração e é atualmente admi-nistrada pela herdeira LuísaPereira, sócia principal e seusfilhos, Augusto, Patrícia e RicardoPereira.

Para Augusto Pereira, o negócioda Costa Pereira & Filhos, temvindo a renovar-se ao longo dosanos. Iniciou, com o seu bisavômaterno, como um negócio deforno de cal, depois foram introdu-zindo algumas ferragens e quin-quilharias. Já no tempo do seu avômaterno, a empresa passou peloramo da serração de madeiras eoficina de automóveis. Atual-mente, para além das ferragens, anova geração introduziu todo otipo de material de construção edecoração para a habitação.

Augusto Pereira, trabalha na em-presa familiar há praticamente 30anos, defendendo que trabalharem família é mais “fácil” principal-mente porque se dão bem, mastambém tem o seu lado mais difícilporque existe sempre a tentaçãode misturar a família com aempresa.

“Na minha opinião, a famíliadeve ficar do lado de fora da portae aqui dentro somos colegas detrabalho para a empresa. A dificul-dade está aí as vezes”, esclareceuAugusto Pereira ao Jornal Diárioda Lagoa.

A Costa Pereira & Filhos dá em-prego a 15 funcionários, onde pra-ticamente todos são lagoenses e,apesar da crise, nenhum perdeu oseu emprego.

Augusto Pereira explica quequando entrou na firma, elaestava com “enormes dificulda-des”, principalmente derivado àstaxas de juro elevadas. Por outrolado, salienta que foi necessáriofazer alguns investimentos, melho-

rar as instalações e colocar artigosem stock.

“Mas nós, felizmente, sempretivemos uma gestão muito rigo-rosa. O que é da empresa é da em-presa. Todos nós temos os nossossalários, e levamos isso muito asério”, esclarece um dos adminis-tradores da Costa Pereira & Filhos.

Por outro lado, Augusto Pereira,salienta que ao longo dos anosforam crescendo, mas sempre deuma forma muito segura, dandoum passo de cada vez e principal-mente com muita dedicação eclaro “alguma sorte à mistura”.

Assim sendo, “quando veio acrise, felizmente nós tínhamosuma boa almofada e conseguimosaguentar” e o desaparecimento deoutras empresas concorrentestambém ajudou a manter asvendas.

“Nós não sentimos a crise pro-priamente dita. Tirando no movi-mento, na afluência à loja, aspessoas procuravam artigos maisbaratos, tinham mais cuidado,

mas nós felizmente conseguimospassar pela crise bem e aliás acrise ainda não acabou”, refere Au-gusto Pereira.

No que diz respeito às novas tec-nologias, para o empresário, hojeem dia, são fundamentais, mastambém podem ser uma “faca dedois gumes”, pois retiram muitamão-de-obra e muito emprego,sendo que outros setores denegócio terão de surgir, de formaa que o futuro seja promissor,nomeadamente para o Concelhode Lagoa e até para o mundo. Umadas soluções apontadas pelolagoense passa pelo turismo, onde“temos de andar para a frente e atecnologia deve ser uma aposta”.

A empresa Costa Pereira &Filhos é uma das mais antigas doConcelho, o que provoca um sen-timento de orgulho nos seus admi-nistradores, afirmando que estãoao nível das melhores do país.

“Antigamente, notava-se quehavia uma diferença temporalentre nós e o continente, no mí-nimo de um ano. Quando surgiaalguma novidade cá, já tinha apa-recido lá, há um ano, ou um ano etal. Hoje em dia, isso não acon-tece, nós, inclusivamente, temossido pioneiros em algumas coisase com alguns fornecedores temossido pioneiros até no país”, refereAugusto Pereira.

Assim sendo, já não existe anecessidade, como existia antiga-mente, de pegar num avião e de ircomprar materiais a Lisboa e hojea empresa tem clientes oriundosde todo o arquipélago açoriano eisso, sem esquecer, os clienteslagoenses que “tanto nos orgu-lham”.

Um dos lados positivos da crise,foi a tomada de consciência daspessoas e da necessidade devoltar a comprar no comércio

local, de forma a gerar mão-de-obra e a impulsionar a economia.

2016 foi um bom ano, tendo aempresa crescido significativa-mente, mas espera-se que em2017 haja um abrandamento.Segundo Augusto Pereira, estes“altos e baixos” têm sempre aver com as eleições regionais, poisdurante as mesmas há mais obraspara acabar e “isto sempre foiassim, independentemente dequem lá está no poder”.

Por isso, prevê-se que, em 2017,haja uma quebra, que o ano sejamais comedido e isso apesar daseleições autárquicas, pois nuncairá “mexer” da mesma maneira.Finalmente, para o empresário, acrise ainda não acabou. Na reali-dade, existe uma “euforia, em quea memória das pessoas é curta”,pois parece que já está tudo resol-vido quando tudo continua porresolver.

Para Augusto Pereira, “nósvamos ser sempre um país que vaiviver em crise, porque temos umproblema de justiça”, onde as pes-soas, façam o que fizerem, nãotêm consequências. No que dizrespeito ao comércio, o empresá-rio recorda o facto de serempassados cheques sem coberturae no tribunal a situação arrasta-sedurante anos e não acontece nadade maior.

Manter-se atualizada, compe-titiva, inovadora, conseguindo ar-ranjar soluções alternativas,diferenciando-se da concorrênciae oferecendo mais, numa relaçãopreço-qualidade, são alguns dossegredos que faz a empresa CostaPereira & Filhos perdurar notempo e ser de referência naCidade de Lagoa.

DL/AS

São vários os produtos que se podem encontrar nesta empresa lagoense, que tem vindo a renovar-se ao longo dos anos. Fotos: DL

Augusto Pereira é um dos administradores desta empresa lagoense.

Page 9: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

O grupo parlamentar doPSD/Açores propôs a suspensão,por um período de três anos, davenda das instalações da antigaFábrica do Álcool da Lagoa, demodo a ser encontrada uma “so-lução viável” para este “inegávelpatrimónio” da ilha de São Miguel.

Segundo um projeto de resolu-ção, que será agora analisado emcomissão, “dependerá exclusiva-mente do governo regional encon-trar uma solução que impeça avenda no mercado daquelas insta-lações”, dado que estas são pro-priedade da empresa de capitaispúblicos Sinaga.

De acordo com o deputado so-cial-democrata António VascoViveiros, a própria Câmara Muni-cipal da Lagoa “já manifestou o de-sejo de afetar aquele imóvel a umprojeto de interesse municipal,abrangendo um museu, um polode indústrias criativas e um mer-cado”.

No entanto, a autarquia reco-nheceu “terem sido infrutíferas asdiligências desenvolvidas junto dogoverno regional dos Açores paraencontrar uma solução compatívelcom aqueles propósitos”.

Os social-democratas preten-dem, por isso, a “suspensão ime-diata”, por um período de três

anos, da venda das instalações daantiga fábrica do álcool da Lagoa,“permitindo que a autarquiapossa, conjuntamente com o go-verno regional dos Açores, encon-trar uma solução viável paraaquelas instalações”. “Duranteaquele período, a autarquia, se en-tender conveniente, poderá elabo-rar um Plano de Pormenor queacautele, no futuro, uma utilizaçãocompatível com os valores cultu-rais e arquitetónicos a preservar”,refere que o projeto de resolução.

Segundo António Vasco Viveiros,pretende-se desta forma que “sejaencontrada uma solução alterna-tiva que possa acolher os projetos

que a autarquia tem para aqueleimóvel ou outros de interesse pú-blico ainda mais abrangentes quepossam surgir”.

Recorde-se que as instalações daantiga fábrica do álcool da Lagoaforam colocadas à venda pelaadministração da empresa açuca-reira, Sinaga, através de uma imo-biliária, pelo valor de 3,5 milhõesde euros.

O assunto será agora analisadopela Comissão da Economia daAssembleia Legislativa da RegiãoAutónoma dos Açores, que iráouvir os envolvidos nesta matéria,no caso concreto a Sinaga, ogoverno e a autarquia.

Refira-se que o município deLagoa já entregou ao governoregional um estudo, realizado porum grupo de trabalho, mas, daparte do executivo açoriano, nãoobteve ainda qualquer resposta.

Fonte da autarquia refere aonosso jornal que adquirir a antigafábrica está fora de questão, atéporque o montante pelo qual aantiga fábrica está à venda é muitoelevado, e a Câmara não temcapacidade de proceder à suaaquisição.

Por outro lado, refere a mesmafonte, a autarquia, enquanto enti-dade licenciadora, vai intervir eusar todos os meios ao seualcance para garantir a preserva-ção dos elementos históricos dafábrica. Para já, está a chaminé dafábrica, cujo processo de classifi-cação, como de interesse munici-pal, ainda não está concluído.

Recorde-se que as instalaçõesda antiga fábrica do álcool daLagoa, construída em 1882, nãolabora há quase meio século.

DL

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 LOCAL Página 09

PSD propõe suspensão da venda da antiga fábrica de álcool daLagoa de modo a ser encontrada uma “solução viável”

Foto: DLA antiga fábrica do álcool na Lagoa, que está em avançado estado de degradação, está à venda por 3,5 milhões de euros.

Foto: DR

Foto: DR

Page 10: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Página 10 OPINIÃO/ POESIA Diário da Lagoa | fevereiro 2017

VOZ DO PASSADO - A IMPRENSA LAGOENSE ANTIGA | 04

A QUINZENA | Nº1 | Redactor – San-tos Cordeiro | Editor – J.J. Carreiro | Typ.Do «Campeão Popular» – Sexta-feira 4 deJulho de 1890“A nossa conducta” – Nota da Redacção

Quando um jornal vê a luz da publici-dade, é da praxe explicar àqueles queserão de futuro seus leitores, o caminhoque deverá seguir, e, é por isso que empoucas palavras “A Quinzena” escreveu aopúblico «a sua conducta» ou forma comoiria desempenhar o seu modesto papel, naindustrial e florescente vila da Lagoa. Pre-tendiam ser imparciais na politica, refe-rindo-se porém a acções dos políticos, semcontudo se importarem com a sua vida pri-vada. Teriam uma pequena secção literáriae outra noticiosa.

NoticiárioNa noite de 23 e dia 24 de Junho (1890)

realizaram-se as sumptuosas festas quetodos os anos são feitas a expensas do se-nhor Bernardino (da Silva), respeitável ca-valheiro desta vila, proprietário dumaimportante fábrica de louça ( CerâmicaVieira).

Na noite de 23 arraial e fogo de artifício,tocando nesta ocasião as bandas d’Águade Pau e Estrela d’Alva, desta vila. Ambastocaram muito tendo no entanto a espe-cializar um lindo ordinário tocado pelabanda d’Água de Pau e uma explêndidavalsa, intitulada «A Saudades», compostapelo nosso amigo Francisco Parreira Alla-pez e uma bela mazurka do sr. QuintilianoFurtado, tocadas pela Filarmónica «Estrelad’Alva».

Domingo festa e coroação e à tarde im-pério.

Tudo correu na melhor ordem.(A QUINZENA – Sexta-feira 4 de Julho de1890)

Procissão de Nossa senhora do Montedo Carmo no lugar do Cabouco

Realizou-se domingo passado naquelepitoresco lugar as festas em honra da Srado Carmo. A comissão encarregada dosfestejos envidou todos os esforços para omaior brilhantismo deles. Acompanhou aprocissão a filarmónica «Estrela d’Alva».Sabemos quem não ficou muito contentecom isso …

Pois é coser as raminhas nas . . Cal …ças! E é fazer que se não importa … porémpara a outra vez pedimos a S. Revd.º quenão apresse o passo, porque pode cair episar-se. (« A Quinzena» nº 22 - 25 de Julhode 1891)

EDITAL – Higiene Sanitária / Rosário O Dr. Comendador Álvaro Pereira de Bet-tencourt Lopes, Administrador do Conce-lho da Vila da Lagoa por sua MajestadeEl-rei &.

Faço saber que (…) precavendo váriasmedidas sanitárias, para evitar ou diminuirqualquer epidemia, sempre esperada,com mais ou menos intensidade n’estaquadra, e vendo que o mal que precavia equis evitar aparece na freguesia do Rosáriodeste concelho; devido talvez em parte aopouco caso que fazem os povos dos con-selhos higiénicos e pouca fé nos mesmos,desprezando a máxima – «quem ama operigo, ou não o evita cai nele».

Obriga-me o mal a aconselhar de novo.– Limpeza máxima nas habitações, estru-meiras e pátios, remoção de estrumes ouabafados com um palmo de terra de es-pessura sobre toda a sua superfície.Proíbe-se nas casas de habitação ou suasproximidades se conservem substânciasorgânicas e animais, em decomposição.Proíbe-se aos pescadores o lavarem osbarcos a não ser à borda d’água.

(…) Recomendando-se ás pessoas quetratam dos enfermos o enterrarem, logo,os vómitos e excrementos d’aqueles…

(…) E, não se fazendo como fica dito mui-tas famílias ficarão sem chefe e muitospais sem filhos. O interesse é de nós todos,todos devemos ser fiscais d’estas determi-nações. Os que não cumprirem, incorrerãonas penas do artº 188º 1º do cod. Penal, eserão punidos correccionalmente.Aceitam-se denúncias.

Para constar se passou o presente ecomo este mais 11.--Administração do Concelho, 8 de Setem-bro de 1891O Secretário da AdministraçãoJoão Jacintho de Medeiros Carreiro

Factos & Boatos Na Caloura em Água de Pau, a solicitude

da Junta Geral levou-a à expropriaçãod’um trecho de terreno junto ao porto,para construção d’um varadouro, cujasobras foram interrompidas, nun xe xabeporquê.

Eis quanto devemos á primeira corpora-ção administrativa do districto. No tocanteá nossa corporação municipal a situaçãonão é mais grata. D’isso porem nos ocupa-remos oportunamente. Que não perdepela demora.(O SUL – 13 de Outubro de 1900 -- Redac-ção e Administração – Canto, Rua do Dr.José Pereira Botelho – Rosário – Gerente,Proprietário e Responsavel - GuilhermeGouvêa Fragoso).

Criando Amor

1Procurando mais uma rima

Por entre os versos intercaladosHá sempre alguém que lastimaPor momentos mal passados.

2Outros bons momentos viveramChorando a saudade de entãoNas épocas antigas nasceram

Em tempos que já lá vão.

3Naqueles tempos de pudor

Que ninguém pode esquecerOuve quem semeou amor

Para mais tarde colher.

4Com muito amor e estima

Recordam os anos passadosAo ver que se aproximaO Dia dos Namorados.

5Longos anos passados para traz

Já essa tradição via-seSabemos que o amor não se faz

Apenas o amor cria-se.

6São Palavras com valorAlgumas dicas vos douJesus nunca fez amorMas apenas o criou.

7Pedindo eu ao Redentor

Que isso que digo se justificaNão há fábricas de amorO amor não se fabrica.

8Quem for com mulher por dinheiro

Ou mesmo que vá por prazerVai trair o companheiro

Que raio de amor vai fazer.

9Pode até não ter companheiro

Ou vice-versa chegamos ao topoSe alguém faz sexo por dinheiro

Está a vender o seu corpo.

10Sabem que o amor esfria-sePor traição ou por maldade

Mas maior amor cria-seCom carinho e amizade.

11O amor não vem por esmolaSempre vem por coisas boas

Já começa na escolaEm convívio com as pessoas.

12Nossa mãe nosso esplendorNossa rainha-mãe queridaCom o filho nunca fez amorE lhe ama para toda a vida.

13Uma namorada ou namoradoSe enamoraram pela amizade

Depois de o amor criadoJá se amem de verdade.

14Mas primeiro deve se criar

As coisas no lugar devem pôrPara depois desfrutar

Os frutos daquele amor.

15Homem que vai com uma criança

Para apenas se satisfazerVagabundo sem confiança

Que amor está a fazer?

16A cada dia se renova

Os versos que este jornal trazDeixando aqui a prova

Que o amor nunca se faz.

17Entre amizade e o carinho

O respeito que é dado com ardorUm abraço, um sorriso, um beijinhoÉ assim que se cria um lindo amor.

18Criaram laços sem fim

Com alguns Santos de valorPelos namorados de São Valentim

Santo António pelo amor.

19Amizade traz carinho com fulgor

Faz até sentir num bem-estarCria com carinho teu lindo amor

Para mais tarde o poder desfrutar.

20Muitos já criaram seus amores

Tais amores sem ter fimPor isso guardem floresNo Dia de São Valentim.

21Termino aqui essa labutaNestes poemas com valorOlhai aquele que desfrutaDos frutos do seu amor.

João Silvério Sousa

Por: RoberTo MedeirOs

Page 11: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 REPORTAGEM/ LOCAL Página 11

Adriana Rebelo não aceita que sefaça de Santa Cruz um "museu"

A Presidente da Junta de Fre-guesia de Santa Cruz consideraque o ano de 2016 foi o primeiroano de um novo ciclo, sendo queos dois primeiros anos do seumandato foram marcados pela im-possibilidade de se fazer algo maisdo que “navegar à vista” face atodas as contingências e incerte-zas impostas pela crise.

Em declarações ao Jornal Diárioda Lagoa, Adriana Rebelo faz umbalanço positivo e de esperançano futuro, apesar dos tempos con-tinuarem difíceis e marcados pelanecessidade de dar respostas às si-tuações de emergência social.

A autarca destacou a 25ª ediçãodas Festas de Santo António queconsagraram Santa Cruz como afreguesia organizadora das maio-res festas populares da Cidade deLagoa.

“Foram dias de uma beleza quesaltou à vista de todos os lagoen-ses e de todos os que nos visita-ram”, disse Adriana Rebelo,reforçando a ideia de que o ano de2016 ficou também marcado pelaconcretização de um trabalho difí-cil, principalmente no que diz res-peito à consolidação das contas dajunta.

A Presidente sente que os san-tacruzenses podem orgulhar-se deter uma junta de freguesia quehonrou “todos os seus compro-

missos” e isso apesar de todas asdificuldades geradas pela diminui-ção dos recursos públicos.

A dimensão da crise económicae social impediu a concretizaçãode todo o programa eleitoral que,Adriana Rebelo apresentou aossantacruzenses nas eleições de2013.

No decorrer do seu mandato,explica que foi obrigada a mudarmuitas das prioridades iniciaispara acudir à realidade do que seestava a passar na freguesia.Segundo referiu, isso provocoualgumas dúvidas, nomeadamentese a crise não iria ser utilizada pelamesma e pelo seu executivo comojustificação de alguma inoperânciafutura ou até mesmo se os recur-sos financeiros da Junta seriamutilizados para atividades de pro-moção pessoal, em prol das elei-ções autárquicas de 2017.

No entanto, para a autarca, oano de 2015 foi importante paradesvanecer essa dúvida junto daoposição e dos fregueses em gerale isso principalmente por teremconseguido concretizar o edifíciopolivalente e a intervenção no res-tauro e recuperação dos imóveisda Junta de Freguesia.

“Gostaria de destacar esta inter-venção, que continua em curso,porque o seu fruto é a melhoria daqualidade de vida de freguesesque por ela ansiavam há muito”,

salientou Adriana Rebelo.À nossa reportagem disse ter

plena consciência de que aindafalta acabar muita coisa, referindo,no entanto, que tudo aquilo quepropuseram no início do ano foirealizado ou está em vias de o ser.

Segundo adiantou, infelizmente,nem tudo acontece com a veloci-dade pretendida, derivado aofacto de que muitas das ações dasJuntas de Freguesia dependem deoutras entidades.

“Esta realidade de termos quealinhar a teia das competênciasdas várias entidades públicas –umas vezes legítima e necessária;outras nem por isso – faz com queos prazos calendarizados sejamsempre alterados na prática”, afir-mou a Presidente da Junta deFreguesia de Santa Cruz.

Para Adriana Rebelo, não sepode esconder de ninguém e so-bretudo dos jovens, que a insula-ridade obrigue a que um açoriano,para ter sucesso, tem que fazermais e melhor, demonstrando quetem capacidades acima da média.Por outro lado, nesta entrevista, aautarca deixa uma mensagem àsgerações mais novas, explicandoque os santacruzenses deveriamdar um contributo decisivo, poisSanta Cruz tem pessoas de valorque se deveriam candidatar.

Finalmente, Adriana Rebelo dizter plena consciência de que vaiser um desafio nos próximos anos,a luta pela instalação de equipa-mentos e realização de eventos naFreguesia de Santa Cruz.

“Da minha parte, não me resig-narei a aceitar que se faça deSanta Cruz um museu”, finaliza aPresidente da Junta de Freguesiade Santa Cruz, Adriana Rebelo.

DL/AS

A Freguesia da Santa Cruz tem 3671 habitantes, segundo dados dos censos de 2011.

Andriana Rebelo, Pres. da Junta de Freguesia de Santa Cruz.

Foto: DL

Câmara Municipal deLagoa lamenta

falecimento de JaimeSousa Lima

Faleceu a 31 de dezembro de2016, Jaime Sousa Lima, antigoPresidente da Câmara Municipalde Lagoa entre 1955 e 1959 eque ficou conhecido como sendo“um grande impulsionador dosector industrial na Lagoa.”

Segundo uma nota da autar-quia, enviada à nossa redação,Jaime de Sousa Lima desempe-nhou o “cargo de Presidente daCâmara Municipal com enormededicação e em prol da quali-dade de vida no concelho”.

O antigo autarca foi agraciadocom a Medalha de Ouro doMunicípio em 2003, como reco-nhecimento pelo trabalho pres-tado ao concelho, sendoconsiderado como um dos últi-mos grandes impulsionadores dedesenvolvimento económico esocial do concelho de onde eranatural.

Recorde-se que, durante o seumandato, empenhou a quasetotalidade do seu tempo em prolde ações e projetos visando amelhoria da qualidade de vidados lagoenses e seu concelho,dos quais se destacam: o abaste-cimento de água potável naLagoa (1955); a constituição daFederação de Municípios, comvista à produção, transporte edistribuição de energia elétricana ilha de S. Miguel (1955); a

construção da ponte em Alverna-ria, localizada sobre a ribeira queliga os lugares da Caloura e dasArrudas, na Freguesia de SantaCruz (1955); a construção daConduta da Adutora (1956); apavimentação das principais ruas(1956-1958); a substituição darede de abastecimento de águapotável na zona baixa da cidade,incluindo a construção de umreservatório de 650m3 (1956); ocontrato com o Comando Distri-tal da Polícia de SegurançaPública, que previa a deslocaçãode um guarda de 1.ª classe(1956). Projetou ainda a constru-ção de três reservatórios em1956; iluminou os Bairros dosPobres e dos Pescadores (1957);foi responsável pela reparaçãodo mercado de peixe de Água dePau (1957) e pelo aproveita-mento da Nascente dos Louri-nhos para o abastecimento deágua (1957).

Ainda segundo avança amesma nota da autarquia, JaimeSousa Lima destacou-se tambémpelos grandes investimentos, no-meadamente a construção de fá-bricas, o que possibilitou acriação de mais postos de traba-lho, sendo um grande impulsio-nador do desenvolvimento dosetor industrial na Lagoa.

DL/CML

Jaime Sousa Lima foi presidente da CML entre 1955 e 1959.

Foto

: CM

L

Page 12: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017REPORTAGEM/ PUBLICIDADEPágina 12

“Sempre que tinha algum sucesso, lembrava-me da minha terra”

Jogador de futebol desde os 9anos, Paulo Clemente Ventura éum lagoense de renome nomundo desportivo. Oriundo daFreguesia de Santa Cruz, na Cidadede Lagoa, ganhou paixão pelofutebol no Clube Operário Despor-tivo, tendo passado por diversosclubes de futebol em PortugalContinental, nomeadamente oLouletano, Gondomar, Chaves, Oli-veirense, Arouca, Farense, sendoque atualmente joga nos Açores,no Clube Desportivo Santa Clara.

Na sua carreira profissional, temorgulho de salientar que, apesar

de nunca ter jogado na PrimeiraLiga de Futebol, já marcou 155golos, sendo que 41 deles foramao serviço do Clube Operário Des-portivo em três épocas, 21 no Lou-letano, 2 no Gondomar, 33 noChaves, 12 no Oliveirense, 7 peloArouca, 2 no Farense e no SantaClara já conta atualmente com 37golos marcados.

Segundo Clemente Ventura, ini-cialmente não foi por profissãoque começou a jogar futebol, massim por prazer, porque tinha umaverdadeira paixão por aquilo quefazia e principalmente detestavaperder.

“Na minha base, na minha essên-cia como jogador, os princípios en-sinados pelo Operário foramimportantes para mim, porque noclube da Lagoa, sempre nos disse-ram que tínhamos de vestir o fato-de-macaco, éramos Operário,tínhamos de trabalhar muito. Cos-tumo dizer na brincadeira com osmeus colegas que só visto o smo-king na passagem de ano, fora issovisto o fato-de-macaco, porquetenho de trabalhar, tenho de sermais forte do que os outros”,recorda o jogador.

Orgulhoso de ser lagoense, Cle-mente Ventura sente que o Ope-

rário é o único clube dos Açoresque dá oportunidade aos jovens.

“A mim deu-me uma oportuni-dade. A mim e a muitos que têmsaído da Lagoa. No futebol profis-sional, o Santa Clara não dá. Infe-lizmente, os jogadores chegam láe olham só para o estatuto dojogador”, explica o atual jogadordo Santa Clara.

Por outro lado, Clemente senteque até agora teve uma carreira“engraçada”, dentro daquilo que éo mundo do futebol, que na reali-dade não é uma vida fácil.

Apesar de ter conseguido passarda 3º divisão no Operário, para a2º B no Chaves, e de ter subido àPrimeira Liga no Arouca, semesquecer que jogou uma final daTaça de Portugal onde fez um golo,o sentimento de ingratidão ficasempre marcado pelo facto denunca ter jogado na Primeira Liga.

“Sinto orgulho. Agora, eu achoque o futebol, por vezes, é ingrato.E eu acho que comigo foi ingrato.Já tenho 155 golos na minha car-reira e nunca joguei na PrimeiraLiga”, afirma Clemente Ventura.

Essa “injustiça”, de certa formatem uma explicação, pois o joga-dor nunca quis ter um empresário,sendo que “hoje em dia, infeliz-mente, quem manda no futebolsão os empresários”.

A palavra “orgulho” é recorrenteno diálogo de Clemente, principal-mente quando se refere à Cidadede Lagoa. “Eu sinto muito orgulhoem ser lagoense. E consegui sairdaqui e mostrar a todos os jovensque é possível”, salienta nestaentrevista ao Jornal Diário daLagoa.

“Só aqui no Operário e no UniãoDesportiva Oliveirense é que sentia mística do que é um clube defutebol. O Santa Clara está agora atentar ganhar essa mística. NoOperário chegávamos aqui e haviaum espírito de união, o pessoal eramuito amigo, muito unido, conse-guíamos superar, mesmo contra

equipas mais fortes. É raro que umjogador de qualidade não vingueno Operário, porque é bem tra-tado”, explica orgulhosamente olagoense.

Segundo Clemente Ventura, éessencial saber agarrar as oportu-nidades e tirar da mente das pes-soas a ideia de que um jogadorlagoense não consegue vingar naequipa sénior.

Outro clube marcante a nívelpessoal e profissional para Cle-mente, foi o Desportivo de Chaves,onde se sentiu verdadeiramentejogador, foi idolatrado e as pes-soas ainda hoje acompanham asua carreira.

“Apanhei um grande treinadorna altura, o Leonardo Jardim, quefoi para o Sporting e hoje está noMónaco. Foi alguém que me aju-dou muito a evoluir na minha car-reira”, explica.

Depois de ter saído do Farense,foi jogar para o Santa Clara, umclube que aprendeu a gostar e que

o tem tratado muito bem. Em doisanos e três meses já é o melhormarcador da história do SantaClara.

Voltar aos Açores e jogar na suailha, é sempre bom, mas tambémtraz um peso adicional, pois aspessoas são muito mais exigentescom os jogadores da casa, queconhecem bem, do que com os de

fora.Por outro lado, Clemente Ven-

tura, explica que, atualmente, omal do futebol português é quetoda a gente fala de arbitragens,de polémicas e ninguém fala doque é verdadeiramente impor-tante: o futebol com os seus joga-dores, os golos, os passes, osdribles…

“Vejo muita gente a falar de ar-bitragem e de corrupção, que éaquilo que não interessa ao espe-táculo”, frisou o desportista.

Com 33 anos, já não lhe restamuitos anos para jogar futebol,apesar de se sentir ainda commuita força e garra. No futuro,quando pendurar as chuteiras, irátirar o 12º ano escolar e tentarficar ligado ao futebol.

Para os jovens jogadores de fu-tebol, Clemente explica que osegredo é trabalhar muito, termais vontade e sobretudo acredi-tar em si, sem que ninguém nosconsiga deitar abaixo. E foramessas dicas que seguiu ao longo dasua carreira profissional de fute-bol.

“Faria tudo igual, o percurso exa-tamente o mesmo, não mudavanada. Conheci gente fantástica,bons colegas, bons treinadores,tive sorte que as pessoas sempretinham um carinho especial pormim, tive muita gente que meapoiava e isso é que me deixa feliz.Em todos os clubes de onde saí,deixei a minha marca, não só pelosgolos que marquei, mas tambémpela pessoa que fui”, respondeuClemente Ventura ao nosso jornal.

Finalmente, deixou uma mensa-gem de agradecimento a todos oslagoenses pelo orgulho que sem-pre depositaram nele, pelas men-sagens de carinho e salienta quenunca se esqueceu da sua terra.“Todas as vezes, sempre que tinhaalgum sucesso, lembrava-me daminha terra”, frisa Clemente Ven-tura.

DL/AS

Clemente diz-se orgulhoso da sua carreira de futebolista.

Foto: DR

Foto: DR

Foto

: Hen

rique

Bar

reira

Page 13: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 PUBLICIDADE Página 13

Page 14: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Ficha TécnicaDiário da LagoaRegisto ERC: 126473Deposito Legal: 402139/15Propriedade: Símbolos e Cedilhas -AssociaçãoDiretor/ Editor: Norberto SilveiraRedação: Norberto Silveira (CP4248), Andréa de Sousa (TPE553)

Direção Comercial: Suzi MonizColaboradores nesta edição:Luís Moniz, João Silvério Sousa, Agru-pamento 1290 de Santa Cruz, RobertoMedeiros, Funerária Carvalho.Periodicidade: MensalImpressão: Gráfica Funchalense.Rua da Capela da Nossa Senhora daConceição, nº 50 - Morelena2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

Tiragem: 750 exemplaresSede: Rua Calhau D Areia, nº299560-057 Lagoa - AçoresEdição e Redação: Rua do Estaleiro,nº6, 9560-080 - Lagoa - AçoresEmail: [email protected]: 935 319 608

Estatuto Editorial disponível na páginada internet em:

http://diariodalagoa.com

nota: Os conteúdos dos artigos de opi-nião, aqui publicados, são da respon-sabilidade de quem os assina.Os anúncios aqui publicados são daresponsabilidade dos respetivos anun-ciantes, salvo erro tipográfico.

Hoje falo como chefe que sou. Jáando nesta caminhada escutista àdoze anos, aqui sou feliz , acarinhandoos que pedem amor e atenção, ensi-

nando o que sei e aprendendo a sermelhor a cada dia.

Como dizia o nosso velho, RobertBaden Powell: "Deixe o mundomelhor do que aquilo que o encon-

traste.". Já são muitos de anos deaventuras, de arranhões e pés magoa-dos dos trilhos inesquecíveis, o cora-ção cheio de pessoas insubstituíveis,uma vida tão vivida para mais tardepoder recordar e partilhar com osmais novos, o quão belo é serescuteiro.

Recordo também aqueles momen-tos menos bons, em que nos desmo-tiva mas aí sempre vem algo oualguém que nos acende a chama quenos aquece o coração. Afinal, quandose corre por gosto, não cansa e todosos dias há um novo amanhecer."Ao redor da fogueira, vimos ouvir osconselhos, que nos dão os nossoschefes, nosso irmãos mais velhos."Este excerto pertence ao hino dofogo, o momento em que estamosunidos, quentinhos com o calor domesmo, realizados e cansados, ondejá os vivi com 18 anos e hoje com maisuns quantos em cima, hoje sendochefe que sou, chefe com orgulho depertencer a este movimento, a chefeque fui construindo ao longo dotempo, com todas as barreiras e pe-dras, hoje estou aqui e fazendo o me-lhor que aprendi. Ser escuteiro é serfeliz, ser feliz é onde Deus nos levar!

Liliana TavaresAgrupamento 1290 Stª Cruz

Página 14 LOCAL/ NECROLOGIA Diário da Lagoa | fevereiro 2017

Atividade da PSP NECROLOGIAFreguesia de Nª Sª do Rosário

José Manuel Botelho CabralNasceu: 10-06-1951Faleceu: 26-12-2016

No âmbito da atividade policialrecordamos, neste quadro,algumas das ações desenvolvidaspelos elementos da Esquadra daPSP de Lagoa, e divulgada através dorelatório diário do ComandoRegional da PSP.

Ressalvamos que estes são dadosque não refletem a totalidade da ati-vidade dos elementos desta esqua-

dra.11JAN2017 - Foi detido, um indiví-

duo do sexo masculino, maior deidade, por furto em interior de veí-culo.

14JAN2017 - Foi detido, um indiví-duo do sexo masculino, de 32 anos,por condução de um veículo, sob a in-fluência de álcool, com uma TAS de1.31 g/l.

17JAN2017 - Foi detido, um indiví-

duo do sexo masculino, de 46 anos,por condução de veículo, sob a in-fluência de álcool, com a TAS de 1.34g/l.

21JAN2017 - Foi detido, um indiví-duo do sexo feminino, de 18 anos, porcondução de veículo, sem habilitaçãolegal; bem como foi detido um indiví-duo do sexo masculino, de 46 anos deidade por cumplicidade.

Freguesia de Santa Cruz

Ilda de JesusNasceu: 18-06-1923Faleceu: 27-12-2016

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Maria das Mercês Correia CoelhoNasceu: 02-07-1939Faleceu: 28-12-2016

Mais conteúdos aqui.

“Alerta” - Ser Escuteiro!

Espaço dedicado ao Agrupamento de Escuteiros 1290 de Santa Cruz - Lagoa

Foto

s: d

ireito

s res

erva

dos

Freguesia de Água de Pau

Ana Maria Branco Pacheco RoqueNasceu: 29-09-1954Faleceu: 05-01-2017

Freguesia de Santa Cruz

Rosa MariaNasceu: 22-08-1927Faleceu: 11-01-2017

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Francisco Pacheco do Rego LopesNasceu: 31-05-1937Faleceu: 14-01-2017

Freguesia do Cabouco

Norberto Carlos Cordeiro da PonteNasceu: 26-05-1972Faleceu: 22-01-2017

Page 15: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Diário da Lagoa | fevereiro 2017 Página 15PASSATEMPO / HORÓSCOPO

Soluções do passatempo do mês de janeiro de 2017

Labirinto: Descubra o caminho correto.

Descubra as dez diferenças.

PASSATEMPO HORÓSCOPO DE FEVEREIROCarneiro (21/3 a 20/4)

A vida afetiva reflete a necessi-dade de controlar a forma como manifestaa sua sinceridade e opina, relativamente àspessoas circundantes.

A nível profissional estabeleça prioridadese controle a impulsividade, evitando ma-goar (inconscientemente) os envolventes.

Touro (21/4 a 21/5)

A vida afetiva evolui positiva-mente se adotar um comportamento calmoe paciente, demonstrando os seus verda-deiros sentimentos.

A nível profissional a sua grande dedica-ção e persistência são elementos funda-mentais, para determinar a evolução nacarreira.

Gémeos (22/5 a 21/6)

A vida afetiva encontra satisfaçãoem novas amizades especiais, ou reestrutu-rando as associações (desgastadas) maisantigas.

A nível profissional há bons sinais de su-cesso, com concentração e empenho, so-bretudo, para quem está a iniciar novosprojetos.

Caranguejo (21/6 a 23/7)

A vida afetiva permite resolverproblemas antigos e, conciliando a coragemcom a inovação, vai transformar o seu rela-cionamento.

A nível profissional tenha uma atitudeousada e, tomando iniciativas, poderá ma-nifestar toda a sua imaginação em novasatividades.

Leão (24/7 a 23/8)

A vida afetiva confere relaçõesharmoniosas e românticas, fundadas na ge-nerosidade do caráter que compreendetoda a família.

A nível profissional progride sempre quemerecer o sucesso em seu redor, eviden-ciando o seu visionismo e respeito pelospares.

Virgem (24/8 a 23/9)

A vida afetiva estará sujeita a in-fluências muito positivas e abre um ciclomais abundante e agradável, nas suas rela-ções.

A nível profissional ocupará absoluta-mente o seu pensamento e todo o tempodisponível, desenvolvendo novos planosprodutivos.

Balança (24/9 a 23/10)

A vida afetiva favorecida promoveconvívios sociais importantes, que trazemalegria e ajudam a descobrir novas possibi-lidades.

A nível profissional obterá rendimentosfinanceiros e estabilidade na carreira, tra-balhando com concentração e disciplina.

Escorpião (24/10 a 22/11)

A vida afetiva propõe um envolvi-mento ativo, sedutor e magnético, de formaa constituir relações positivamente sur-preendentes.

A nível profissional toda a energia posi-tiva contribui para algumas mudanças esentirá que esta fase é bastante compensa-dora.

Sagitário (23/11 a 21/12)

A vida afetiva instável marca com-portamentos imprevistos, resultantes defortes paixões, contudo, evite relações dedualidade.A nível profissional a competência e expe-riência serão fundamentais para atingir osucesso, com serenidade e muita tolerân-cia.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A vida afetiva marca aconteci-mentos inesperados que podem contribuir,evidentemente, para a evolução dos rela-cionamentos.

A nível profissional deve fomentar umapostura compreensível e sentirá umagrande capacidade para renovar as suas ta-refas.

Aquário (21/1 a 19/2)

A vida afetiva anuncia mudançasexcitantes e realmente, atravessa umaépoca de paixões intensas. Confiante, sigaa sua intuição.

A nível profissional expanda a sua origi-nalidade e as grandes oportunidades deve-rão surgir, renovando o seu futuro.

Peixes (20/2 a 20/3)

A vida afetiva indica um períodopropício para o convívio social e verá que asua presença vai levar a sua fé a ajudar osoutros.

A nível profissional entra numa fase demais trabalho, mas, procure dedicar tempoàs atividades particulares que harmonizemo seu Ser.

Page 16: Lagoense sente orgulho na sua carreira desportivaRaposo foi eleito o “Leitor +” do primeiro ciclo e da BE! No segundo ciclo, foram destacadas a Matilde Galego, do 5ºA, a Nicole

Pub.

Desde o dia 16 de janeiro, queestá em marcha a edição de 2017do Orçamento Participativo Jovemdo município de Lagoa.

Segundo fonte da autarquia, aprimeira fase será dedicada àdivulgação desta iniciativa, sendoa informação lançada aos poucospara facilitar a compreensão doseu funcionamento. A autarquialagoense irá procurar aproximar-se

ainda mais da população jovem,para encorajá-la a partilhar as suaspropostas sobre aquilo que do seuponto de vista pode melhorar asua comunidade e contribuir parao bem estar global.

Assim, ao longo das próximas se-manas, os jovens entre os 12 e os30 anos que residem, estudam, outrabalham no município de Lagoapodem ir organizando as suasideias, pois quando menos espera-

rem poderão cruzar-se com aequipa do Orçamento Participa-tivo Jovem. Das escolas às residên-cias, do comércio local às redessociais, a iniciativa pretende che-gar a todo lado e permitir a sub-missão de propostas individuaisou em grupo a partir de qualquerponto geográfico, através de umaparelho com acesso à internet.

O grande objetivo passa por tor-nar o processo mais interativo doque no ano passado, para poten-ciar a adesão dos jovens. Recorde-se que em 2016 foi realizada aexperiência piloto do OrçamentoParticipativo Jovem, da qual saiuvencedora a proposta para umparque de campismo. Desde queforam conhecidos os resultados, aCâmara Municipal de Lagoa temfeito todas as diligências necessá-rias para a execução desta pro-posta.

Trata-se de um processo natural-mente longo e complexo, que teverecentemente uma evoluçãomuito importante ao conseguir-sedefinir o terreno onde será

erguido o parque de campismo deLagoa. Perspetiva-se que muitoem breve seja divulgada uma ma-quete do projeto e que este Verãojá seja possível tirar partido dele.

Uma nota enviada à nossa reda-ção indica que a Câmara Municipalacredita na repetição do sucesso

desta iniciativa, esperando que osjovens lagoenses sejam cada vezmais interventivos e que acredi-tem nas suas ideias e na sua capa-cidade para melhorar o seu meioenvolvente.

DL/CML

Orçamento Participativo Jovem 2017 já está em marcha na Lagoa

Diário da Lagoa | fevereiro 2017Última LOCAL / PUBLICIDADE

Pub.

O Clube de Patinagem de Santa Cruz realizou, no passado dia 22 de janeiro, o “Dia doPatinador 2017”. Participaram 53 patinadores, dos quais 21 pela primeira vez.

Fotos: Inês Melo