Laicado Dominicano Março Abril 2015

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Laicado Dominicano Março Abril 2015

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  • Maro/Abril 2015 Ano XLV - n 373

    Directora: ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95 Praa D. Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

    Fax: 226165769 - E-mail: [email protected] LAIC

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    Directora: ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95 Praa D. Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

    MENSAGEM URBI ET ORBIPSCOA 2015 PAPA FRANCISCO

    Queridos irmos e irms, Jesus Cristo ressus-citou!

    O amor venceu o dio, a vida venceu a mor-te, a luz afugentou as trevas! Por nosso amor, Jesus Cristo despojou-Se da sua glria divina; esvaziou-Se a Si prprio, assumiu a forma de ser-vo e humilhou-Se at morte, e morte de cruz. Por isso, Deus O exaltou e f-Lo Senhor do uni-verso. Jesus Senhor!

    Com a sua morte e ressurreio, Jesus indica a todos o caminho da vida e da felicidade: este caminho a humildade, que inclui a humilha-o. Esta a estrada que leva glria. Somente quem se humilha pode caminhar para as coisas do alto, para Deus (cf. Col 3, 1-4). O orgulhoso olha de cima para baixo, o humilde olha de baixo para cima.

    Na manh de Pscoa, informados pelas mu-lheres, Pedro e Joo correram at ao sepulcro e

    encontraram-no aberto e vazio. Ento aproxima-ram-se e inclinaram-se para entrar no sepulcro. Para entrar no mistrio, preciso inclinar-se, abaixar-se. Somente quem se abaixa compreende a glorificao de Jesus e pode segui-Lo na sua estrada.

    A proposta do mundo impor-se a todo o custo, competir, fazer-se valer Mas os cristos, pela graa de Cristo morto e ressuscitado, so os rebentos duma outra humanidade, em que se procura viver ao servio uns dos outros, ser no arrogantes mas disponveis e respeitadores.

    Isto no fraqueza, mas verdadeira fora! Quem traz dentro de si a fora de Deus, o seu amor e a sua justia, no precisa de usar violn-cia, mas fala e age com a fora da verdade, da beleza e do amor.

    Do Senhor ressuscitado imploramos a graa de no cedermos ao orgulho que alimenta a vio-lncia e as guerras, mas termos a coragem humil-de do perdo e da paz. A Jesus vitorioso pedimos que alivie os sofrimentos de tantos irmos nos-sos perseguidos por causa do seu nome, bem como de todos aqueles que sofrem injustamente as consequncias dos conflitos e das violncias em curso. Pedimos paz, antes de tudo, para a Sria e o Iraque, para que cesse o fragor das ar-mas e se restabelea a boa convivncia entre os diferentes grupos que compem estes amados pases. Que a comunidade internacional no permanea inerte perante a imensa tragdia hu-manitria no interior destes pases e o drama dos numerosos refugiados.

    Imploramos paz para todos os habitantes da Terra Santa. Possa crescer entre israelitas e pales-tinenses a cultura do encontro e se retome o pro-cesso de paz a fim de pr termo a tantos anos de sofrimentos e divises.

    Suplicamos paz para a Lbia a fim de que ces-se o absurdo derramamento de sangue em curso e toda a brbara violncia, e aqueles que tm a peito o destino do pas se esforcem por favorecer a reconciliao e construir uma sociedade frater-na que respeite a dignidade da pessoa. E alme-jamos que, tambm no Imen, prevalea uma vontade comum de pacificao a bem de toda a populao.

    (Continua na pgina 2)

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    Mas ento isso de evangelizar no para os padres e para as freiras? Os leigos tambm podem evangelizar? A tarefa da evangelizao cabe a todos os batizados que assim cooperam na misso da Igreja catlica e apostlica, misso que se fundamenta no mandamen-to do Senhor: Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura (Mc.16:15).

    Ide! O verbo est conjugado no imperativo: Ide! Caminhai! Prossegui esta tarefa que Eu prprio iniciei e que, a partir de agora, vos deixo como misso! Jesus no diz: ficai quietos, dentro das vossas casas, a cuidar

    da vossa vidi-nha; ou: guar-dai o que vos deixei como uma memria do passado, tende um com-p o r t a m e n t o irrepreensvel, no faais as-neiras e, sobre-

    tudo, no vos meteis em grandes aventuras que isso pode sair-vos caro! O imperativo no para nos virar-mos para dentro, mas sim para fora, para o exterior, para os outros, para o risco de partirmos para alm de ns. A tarefa da evangelizao pressupe ento uma desinstalao, uma descentrao do Eu, a capacidade de sairmos da nossa rotina, do nosso conforto, da nos-

    sa segurana e corrermos o risco da viagem, o risco de irmos ao encontro do Outro, dos outros e do mundo. Nos mistrios da alegria contemplamos Maria que, aps ter acolhido na sua vida o dom supremo de Deus, fez-se ao caminho, partiu ao encontro, numa atitude de servio: Por aqueles dias ps-se Maria a cami-nho e dirigiu-se pressa para a montanha, a uma cidade de Jud. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel (Lc.1:39-40). Isto exige que nos aventuremos a partir, que te-nhamos disponibilidade para largarmos amarras, que nos faamos ao largo (Lc.5:4), como disse o Senhor a Pedro e aos discpulos e podemos contemplar nos mis-trios da luz, no anncio do Reino de Deus.

    Esta viagem no tem de ser necessariamente alm-mar, como os apstolos e outros missionrios de todos os tempos. Esta viagem e creio que isto importante sobretudo para a pregao dos leigos leva-nos at aos outros, queles de quem nos fazemos prximos, que-les que carecem de um sentido para a vida e muitas vezes vivem ao nosso lado, na nossa casa, no nosso emprego, na nossa comunidade, na nossa fraternida-de, no nosso bairro. A pregao dos leigos est mesmo mo-de-semear: nos nossos contextos atuais de vida que devemos testemunhar Jesus Cristo, que devemos anunciar a Alegria do Evangelho. Desde logo com a nos-sa coerncia de vida crist, mas tambm com o ann-cio explcito da Boa Nova.

    Jos Carlos Gomes da Costa, O.P.

    LAICADO DOMINICANO E PREGAO (2)

    (Continuao da pgina 1) Ao mesmo tempo, confiamos esperanosos ao Se-

    nhor misericordioso o acordo alcanado nestes dias em Lausanne, a fim de que seja um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno.

    Do Senhor Ressuscitado imploramos o dom da paz para a Nigria, o Sudo do Sul e as vrias regies do Sudo e da Repblica Democrtica do Congo. De to-das as pessoas de boa vontade se eleve incessante ora-o por aqueles que perderam a vida penso de modo particular aos jovens mortos na quinta-feira passada numa Universidade de Garissa, no Qunia, por quan-tos foram raptados, por quem teve de abandonar a prpria casa e os seus entes queridos.

    A Ressurreio do Senhor leve luz amada Ucr-nia, sobretudo queles que sofreram as violncias do conflito nos ltimos meses. Possa o pas reencontrar paz e esperana, graas ao empenho de todos as partes interessadas.

    Paz e liberdade, pedimos para tantos homens e mu-lheres, sujeitos a formas novas e antigas de escravido por parte de indivduos e organizaes criminosas. Paz e liberdade para as vtimas dos traficantes de droga, muitas vezes aliados com os poderes que deveriam de-fender a paz e a harmonia na famlia humana. E paz pedimos para este mundo sujeito aos traficantes de armas.

    Aos marginalizados, aos encarcerados, aos pobres e aos migrantes que tantas vezes so rejeitados, maltrata-dos e descartados; aos doentes e atribulados; s crian-as, especialmente as vtimas de violncia; a quantos esto hoje de luto; a todos os homens e mulheres de boa vontade chegue a voz consoladora do Senhor Je-sus: A paz esteja convosco! (Lc 24, 36). No temais! Ressuscitei e estou convosco para sempre! (cf. Missal Romano, Antfona de Entrada no dia de Pscoa).

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    Ao lembrar novo artigo para o Laicado foi-me recomendado no esquecer o tempero da ale-gria pascal. Com efeito ser nes-se tempo litrgico que chegar s vossas mos.

    1. A alegria uma constante de quem tem como alimento a Palavra da Vida; faz dele um discpulo: sereis meus discpulos conhecereis a verdade e a verdade vos tornar livres! (Jo.31-32) e Paulo acrescenta: foi para a li-berdade que Cristo nos liber-tou. (Gal.5,1). Ora uma tal experincia coabita neces-sariamente com a alegria. A alegria pascal a abundn-cia e fonte que alimenta toda a nossa histria. A hist-ria individual e coletiva, isto , da humanidade. No evangelho da missa de hoje (26 de maro) Jesus tem esta sada diante dos judeus que discutiam com Ele: Abrao exultou ao ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria!(Jo. 8,56).

    A alegria ou salvao de Deus constante: de sempre e para sempre! A sua fonte: Jesus Cristo on-tem, hoje e por toda a eternidade! Sempre e para sempre! A orao eucarstica 2 associa-nos aos que desde o prin-cpio do mundo viveram na vossa amizade e convida-nos a participar na eterna alegria de Deus! Chama-se salvao de Deus, transversal ao espao e ao tempo, (desde o princpio do mundo!) A liturgia deste tem-po pascal faz-nos viver um presente cheio de futuro sem negar a memria; mas o passado e o presente esto nas nossas celebraes em funo do futuro, do nosso fu-turo e do futuro do mundo - o mais importante. Men-sagem desenvolvida com grande oportunidade pelo frei Bento no PBICO de 29.03.14.

    2.Neste tempo dominicano e luz de S. Domingos impe-se-nos honrar o jubileu em curso cuja razo fundamental incendiar o mundo da alegria que nas-

    ce da pregao do Evangelho. esta a nossa misso como Ordem de Pregadores. Recomendo o comentrio ao tema do Mestre Geral, fr. Bruno Cador na agradvel traduo do Srgio Branco ( https://flsdporto.wordpress.com). Trata-se duma reflexo que nenhum dominicano pode dispensar. O texto aponta aspetos fundamen-tais da nossa vocao e como os pr em prtica nos dias de hoje. Na introduo, a experincia

    dos primeiros discpulos, pela proximidade com Jesus, fez deles entusiastas anunciadores do Evangelho. Para Domingos de Gusmo est aqui a fonte de inspirao, e para ns, seus seguidores. Marca forte a nossa identi-dade: Consagrados pregao; enviados

    Seguem-se outros pargrafos com indicaes teis para o exerccio da nossa condio de dominicanos e o tempero das recomendaes do papa Francisco, to inesperadas como oportunas e mais e mais! No fal-ta material doutrinal para alimentar a nossa formao na linha de satisfazer um dever de todo o leigo domini-cano, conforme o n 13 Estatutos Vida das Fraterni-dades. A nossa ateno formao nunca demais. Ela tem efeitos imediatos na nossa alegria de viver a f. Ser crente sem alegria transformar a f num con-junto de normas disse recentemente o papa e acres-centou: a alegria vem com a f! Sem alegria no h crente!

    QUANDO FOR ELEVADO DA TERRA ATRAI-REI A MIM TODOS OS HOMENS!(JO.12,32) indican-do de que morte morreria Elevado na cruz e elevado do sepulcro!..., A Madalena e a cada um de ns que o procura (!...) a pergunta: Porque choras? E muda as nos-sas lgrimas e angstias na alegria de o anunciar!

    Frei Marcos Vilar, o.p.

    PALAVRA DO PROMOTOR

    Senhor Deus, nosso Pai, Tu s a luz que nunca pode ser extinta; e agora ds-nos uma luz que vai afas-tar toda a escurido. Tu s amor sem frieza e incutiste tal calor nos nossos coraes que, quando nos encon-tramos, podemos amar-nos todos uns aos outros. Tu s a vida que desafia a morte e abriste para ns o cami-nho que conduz vida eterna.

    Nenhum de ns um grande cristo; todos somos humildes e vulgares. Mas a Tua graa o suficiente para ns. Desperta em ns aquele pequeno grau de

    alegria e de gratido de que somos capazes, a tmida f que conseguimos reunir, a obedincia cautelosa que no podemos recusar e, assim, a plenitude da vida que preparaste para todos ns atravs da morte e ressurrei-o do Teu Filho. No permitas que nenhum de ns permanea aptico ou indiferente glria maravilhosa da Pscoa, mas permite que a luz do nosso Senhor ressuscitado chegue a cada canto dos nossos coraes insensveis.

    Karl Barth

    ORAO

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    NOTCIAS DAS FRATERNIDADES

    FRATERNIDADE DO PINHEIRO DA BEMPOSTA

    No passado dia 11 de Fevereiro faleceu a irm Albina Pereira de Assuno, com a idade de 84 anos. Pertencia Fraternidade do Pinheiro da Bemposta.

    Maria Catarina Arede Fernandes, o.p. (Secretria da Fraternidade)

    FRATERNIDADE DE SANTANA PAREDE Eleio do Conselho da Fraternidade de SantA-

    na - Parede para o trinio 2014 a 2018 Na reunio de 29 de Novembro de 2014 a Frater-

    nidade de SantAna - Parede, elegeu por voto secreto os conselheiros para a constituio do novo conselho para o trinio de 2014 a 2018. Aps a eleio dos conselheiros os mesmos reuniram para distribuio dos cargos entre si, ficando Conselho da Fraternidade assim constitudo:

    Presidente - Maria de Lurdes Santos Vice-Presidente Maria de Jesus Neves Secretria Maria do Cu A. Silva Formador Lus Santos Administradora Anabela Lopes Dias Conselheiro/vogal Jos Carlos Coelho Retiro Quaresmal A Fraternidade Leiga de SantAna, com as Irms

    de Santa Catarina de Sena da Comunidade do HO-SA, realizaram no dia 21 de Fevereiro 2015, na sala de estudo do Hospital de SantAna um dia de retiro com o tema A ALEGRIA DO EVANGELHO A ESPIRITUALIDADE DA QUARESMA, que teve como pregador o Padre Jos Jacinto Ferreira Farias Dehoniano -UCP. Este retiro foi aberto comunida-de local e nele participaram cerca de 30 pessoas.

    M. Cu Silva, o.p.

    RETIRO QUARESMAL

    De 13 a 15 de Maro, decorreu o Retiro de Qua-resma das Fraternidades Leigas de So Domingos, em Ftima

    Subordinado ao tema da Caridade, vinte e nove

    pessoas, um pouco de todo o pas, participaram, no evento que decorreu nas instalaes anexas ao Con-vento de So Domingos dos frades dominicanos.

    As meditaes temticas foram orientadas pelo Fr. Joo Peliz do convento de Ftima, pela Cremilde Ro-drigues, da Fraternidade de Estremoz e pela Irm Ire-ne Catarina, das Irms de Santa Catarina de Sena, a qual em breve ir juntar-se em misso da sua congre-gao na Albnia.

    Estiverem presentes membros das fraternidades do Porto, Parede, So Domingos de Benfica, Estremoz, Elvas e Ftima. Contamos tambm com a presena do Promotor Provincial. Fr. Marcos Vilar.

    Gabriel Silva, O.P.

    DESPESAS RECEITAS Expedio (6 nmeros) 944.37

    Paginao e impresso (6 nmeros) 582.60 Donativos 1669.20

    Despesas variadas (etiquetas) 22.48

    Total de despesas 1549.45

    Saldo positivo 119.75

    CONTAS DO JORNAL 2014

    Felizmente temos saldo positivo, mas o fundo de maneiro continua insufi-ciente! Conseguimos 50% de reduo nos preos do papel e impresso, mas os donativos baixaram cerca de 20%.Apelamos generosidade dos leitores pois s a compra de envelopes nos custar cerca de 200

    Cristina Busto, O.P. e Maria do Carmo Ramos, O.P.

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    O Pai procura os adoradores em esprito e em verdade

    (Joo 4, 23-24)

    1- Entraste nesta igreja ou nesta capela onde encontras Jesus na Pre-sena Eucarstica. Entra agora no teu corao, na parte mais profunda do teu ser. 2- Est tudo em silncio ao teu re-dor. Faz silncio em ti. Faz calar to-das as vozes interiores, no sigas os pensamentos inteis. Os teus pro-blemas, as tuas preocupaes, as tuas angstias, no as guardes con-tigo, mas oferece-as a Jesus. Duran-te este tempo de adorao, ocupa-te Dele e Ele tomar conta de ti, muito melhor do que tu prprio. Pede a graa do abandono e da confiana. 3- Pe o teu olhar em Jesus Eucaris-tia. Comea a fazer falar o teu cora-o, quer dizer comea a amar Aquele que nos amou primeiro. 4- Evita pronunciar oraes somen-te com os lbios sem pensar nas

    palavras que ests a dizer. Evita ler pginas das Escrituras umas atrs das outras durante o teu tempo de orao. Entra na orao do corao. Escolhe um versculo dum salmo, uma frase do Evangelho, uma pe-quena orao simples, e repete-a com o corao, doce e continua-mente at que ela se torne a tua orao, o teu grito, a tua splica. Podes escolher a orao que se adapta melhor tua situao atual. Por exemplo: Jesus, Filho de Deus Vivo, tem piedade deste pecador que sou eu. Meu Pai abandono-me em Ti, Jesus, amo-te, Tu s o meu pastor, Tu ests comigo , Jesus doce e humilde de corao, torna o meu corao semelhante ao teu, ou simplesmente Jesus, Jesus. 5- No passes todo o tempo somen-te a lamentar-te ou a pedir Entra em ao de graas, no reconhecimento. Em vez de consi-derares o que te falta, d graas pelo que s, pelo que tens. D gra-as pelo que te ser dado amanh! 6- Podes ser tomado pela fadiga ou pela distrao.

    Coragem, logo que ds conta, recomea a orao do corao, do-cemente. Pede a ajuda do Esprito-Santo para que Ele te socorra na tua fraqueza e para que Ele se tor-ne cada vez mais o teu mestre inte-rior. 7- Jesus o centro da Igreja Ele quer estar no centro da tua exis-tncia. Contemplando-o, aprendes, pouco a pouco a passar do eu ao tu e da vontade de realizar os teus projetos para o acolhimento da Sua vontade sobre ti. 8- Ele exposto solenemente. Aco-lhe a luz que emana da Sua pre-sena. Como o sol aquece e faz derreter a neve, o mesmo te aconte-ce quando te expes a Ele, que po-der continuar a iluminar as trevas que envolvem o teu corao, at as dissipar completamente. 9- Ele esconde-se sobre as aparn-cias simples e pobres do po. Ele vem at Ti pobre, para que possas aprender a acolher na verdade as tuas pobrezas e as dos teus irmos. 10- Ests em silncio, permanece em silncio. Maria, Estrela da ma-nh e Porta do Cu, est junto de ti, no teu caminho; ela indica-te o trajeto e introduz-te na Cmara do Rei. Ela que te far compreen-der, no silncio, que contemplan-do Jesus, que tu descobrirs a Pre-sena da Trindade em ti. E poders experimentar na tua vida as pala-vras do salmo 34: Quem olha para Ele resplandecer sem sombra nem perturbao no seu rosto.

    (Texto recolhido na igreja de Notre-

    Dame des Sablons,BruxelasBlgica por M. Paz Ramos)

    10 CONSELHOS PARA O TEMPO DE ADORAO

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    CONFERNCIAS SOBRE A MADRE TERESA DE SALDANHA

    CONVENTO DOS CARDAES

    No mbito das comemoraes do ano Jubilar

    2014/2015, o Convento dos Cardaes est a promover um ciclo de conferncias sobre a Madre Teresa de Sal-danha e a sua aco na Sociedade e na Igreja portugue-sa do sc. XIX.

    16 de Abril : Dra. Rute Sousa Teresa de Salda-nha A emancipao da mulher no sc. XIX

    14 de Maio : Ir. Rita Maria Nicolau Teresa de Sal-danha Carisma e Profecia

    Convento dos Cardaes, 18h30. www.conventodoscardaes.com

    PASSEIO DA FAMLIA DOMINICANA PROGRAMA

    vora, 18 de Abril 2015

    10h00 10h30 Acolhimento Junto do Semin-rio de vora.

    11h00 Conferencia Tema: Presena Dominica-na em vora

    (conferencista Professora Dra. Antnia Fialho Con-de)

    13h00 Almoo partilhado, no refeitrio do Semi-nrio.

    14h30 Visita guiada, ao local onde existiu um dos conventos

    16h00 Eucaristia na Igreja do Espirito Santo.

    AGENDA DA FAMLIA DOMINICANA

    Locais a visitar: Caleruega, S. Do-mingos de Silos, Osma, Palncia e Salamanca.

    Custo por pessoa: 140,00 Inclui viagem de autocarro, duas

    estadias completas e almoo no dia 27, Sbado.

    No inclui o almoo de sexta- feira dia 26, e o almoo de Domin-go dia 28.

    Sada de Lisboa, dia 26 de Junho, pelas 7h30.

    Para mais informao, contacte: 962 380 633 (Lurdes Santos).

    PEREGRINAO A CALERUEGA Famlia Dominicana de Portugal Dias 26 a 28 de Junho de 2015

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    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    O PERIGO DOS PESTICIDAS

    Os pesticidas so os produtos txicos utilizados para controlo ou destruio de pragas como fungos, insectos, ervas daninhas ou outros. A eles andam as-sociados os adubos qumicos que aumentam a produ-o dos alimentos em quantidade, mas diminuem a qualidade dos mesmos, tornando-os causadores de muitas doenas.

    Segundo Jorge Ferreira da revista O Gorgulho da Colher para Semear, o glifosato o herbicida (da famlia dos pesticidas) mais vendido em Portugal e no Mundo. Surge com diversos nomes comerciais em 60 apresentaes. Os mais conhecidos so o Roundup e o Spasor. Ele um dos maiores res-ponsveis pela contaminao ambiental que nos est a destruir a ns e a todo o Planeta.

    Embora a passo de caranguejo, todos nos vamos apercebendo dos efeitos malficos destes produtos que estamos a utilizar, todos os dias, nas nossas hor-tas, jardins, pomares, vinhas, bermas de caminhos e de estradas, etc., ou que outros utilizam nos alimen-tos que ns compramos.

    Eles conseguem intoxicar e poluir os ares, os solos, as hortcolas, os frutos, as guas superficiais e subter-rneas e matar toda a espcie de insectos, aves, rp-teis, mamferos, selvagens ou domsticos que, por ventura os ingiram, quando se alimentam dos produ-tos onde eles foram aplicados ou respiram o ar que eles poluram.

    E o homem no escapa a esta mortandade pois eles no respeitam a vida humana. Quantas doenas por causa dos pesticidas e fertilizantes qumicos: can-cro, parkinson, alzheimer, leucemia, dermatose, do-enas respiratrias, alergias, intoxicaes alimentares, defeitos neurolgicos e congnitos, etc., etc.

    Mas a Natureza foi feita pelo mais Sbio dos s-bios, por isso, nela existem todos os meios de que necessitamos para combater pragas ou doenas das plantas que nos servem de alimento, sem recorrermos

    aos qumicos, mas sim atravs de outras plantas. Se no os conhecemos, temos que nos informar

    junto de pessoas que se dedicam por exemplo agri-cultura biolgica, ou da Associao Colher para Se-mear cujo email [email protected] ou ainda atravs da Net, onde encontraremos infor-maes de como obter pesticidas e adubos naturais que a Natureza nos oferece.

    o caso da erva cavalinha que pode ser utilizada como fungicida preventivo ou repelente de pragas. No primeiro caso, combate e evita as doenas das fru-teiras, vinhas e hortcolas: o mldio, o odio, a ferru-gem, a lepra e outras.

    No segundo, elimina ou Receita, como fungicida preventivo 50 gramas de cavalinha seca para 5 litros de gua de nascente. Deixar ferver uma hora, em lu-me brando. Deixar arrefecer e filtrar. Para utilizar, pe-se um copo deste preparado para 4 copos de gua, no pulverizador. Agita-se bem e pode aplicar-se. Pulverizam-se as rvores de fruto na Primavera e no Vero com o tempo. Pode pr-se em hortcolas e na vinha (quando as videiras j tiverem 2 ou 3 folhi-nhas), para preveno de doenas. Conserva-se no fresco, ao abrigo da luz e do ar.

    No utilizar recipientes de metal. Receita, como repelente de pragas 100 gramas de

    cavalinha seca para 1 litro de gua. Ferve uma hora em lume brando e usa-se na proporo de 1 para 4, tal como na receita anterior.

    Aplica-se tarde, em 3 tratamentos, espaados de uma semana. repelente para caros, A cavalinha pode apanhar-se no campo ou comprar-se nas ervan-rias.

    Alm da cavalinha, existem outras solues natu-rais como a sabonria do sabo azul, a soluo de vi-nagre e gua, a do preparado com urtigas que funcio-na principalmente como ptimo fertilizante para as razes das plantas, tornando-as mais resistentes s do-enas e s pragas, o sal, as tampas de frascos com cer-veja no meio das culturas, etc...

    Contudo, a melhor maneira de fazer a preveno de doenas e pragas usar a diversidade de plantas, pois elas protegem-se umas s outras e criam diversi-dade de outros seres vivos que se autocontrolam. A monocultura atrai as pragas; temos que ter uma viso mais alargada dos problemas actuais e pensar e agir em termos da construo de um futuro mais saudvel para os nossos filhos e netos.

    Manuela Antunes Catana, op

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    F i c h a T c n i c a Jornal bimensal Publicao Peridica n 119112 ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de So Domingos Contribuinte: 502 294 833 Depsito legal: 86929/95 Direco e Redaco Cristina Busto (933286355) Maria do Carmo Silva Ramos (966403075) Colaborao: Maria da Paz Ramos

    Administrao: Maria do Cu Silva (919506161) Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2 Dt 2800 476 Cova da Piedade Endereo: Praa D. Afonso V, n 86, 4150-024 PORTO E-mail: [email protected] Tiragem: 410 exemplares

    O s a r t i g o s p u b l i c a d o s e x p r e s s a m a p e n a s a o p i n i o d o s s e u s a u t o r e s .

    Laicado Dominicano Maro/Abril 2015

    UMA LIO DE VIDA

    Ana Sofia Teixeira nasceu com retignite pigmentar, uma doena degenerativa que vai diminuindo a viso de forma gradual. Isso no a impediu de frequentar a faculdade e concluir um mestrado em Psicologia Cl-nica com uma tese dedicada ao sofrimento emocional em pessoas com deficincia visual, na qual obteve 20 valores.~

    Com cinco por cento de viso num olho e um por cento no outro, Ana Sofia perdeu grande parte da vi-so durante a adolescncia, quando esforava a vista a estudar.

    Em 2008 chegou Universidade de Aveiro (UA) para estudar Psicologia, aps ter lutado pelo seu so-nho de entrar numa faculdade. medida que fui crescendo, que me fui conhecendo melhor, aprendi a aceitar a minha limitao visual, a aprender a lidar com as dificuldades e a olhar-me como um ser muito especial, conta Ana Sofia, citada por um comunicado enviado ao Boas Notcias.

    A jovem reconhece que o caminho no foi fcil, mas com o apoio incansvel das Irms Dominicanas

    de Santa Catarina de Sena, com as quais cresci desde os meus quatro anos de idade na Casa da Sagrada Fa-mlia da Guarda, e com uma grande fora de vontade (...) consegui ultrapassar aos poucos os obstculos que a vida me apresentava e ainda transformar os proble-mas em oportunidades.

    Para alm do mestrado, Ana Sofia ainda teve a oportunidade de realizar um estgio curricular, entre Agosto e Novembro de 2014, o que, para a estudante, "foi quase como ir para alm do impossvel". O esfor-o e dedicao valeu-lhe um 20 na tese e um 17 na nota final do mestrado.

    Tive de abdicar de muitas coisas e ter mesmo mui-ta fora de vontade", salienta. Para a tese, a jovem en-trevistou cerca de 208 pessoas com deficincia visual em todo o pas, de forma a estudar o sofrimento emo-cional nesta populao.

    Existem poucos estudos sobre o tema

    O estudo mostrou essencialmente que as pessoas que apresentam mais sofrimento emocional so "as que tm deficincia adquirida, as solteiras e as que percecionam que a deficincia visual interfere negati-vamente na sua vida, acrescenta a estudante.

    Em Portugal, bem como no resto do mundo, no existem praticamente quaisquer informao ou estu-dos relacionados com este tema, o que a psicloga jus-tifica com a "pouca sensibilizao da comunidade cien-tfica" para se debruar sobre esta rea.

    Ana Sofia agradece ainda UA, que tem como pre-missa a incluso e a oferta de solues adaptadas aos estudantes com deficincia. S neste ano letivo esto matriculados nesta instituio de ensino cerca de 60 alunos com necessidades educativas especiais.

    Fonte: http://boasnoticias.pt