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Lampião, O Rei Do Cangaço

LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO

A HISTÓRIA EM VERSOS - II

GILSON LIRA

2.006

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Lampião, O Rei Do Cangaço

DEDICATÓRIA A DEUS, pela graça de viver, pelo dom de escrever. À memória dos meus pais: João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira À memória de minhas irmãs: Maryland e Marilene À querida esposa: Martha Eliani Aos filhos: Diego, Igor e Bárbara. Aos irmãos: Jefferson, Gilvanilton, Gilvanete, Wellington e Márcia Maria. À neta: Anny Victória Aos diretores, coordenadores, professores e estudantes que sempre apoiaram o nosso trabalho.

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Lampião, O Rei Do Cangaço

PREFÁCIO Este livro traz ao querido leitor a história deste grande mito do sertão nordestino, aqui transcrita em versos, sem, no entanto fantasiar a verdade dos fatos, mas quem sabe, colocar de maneira clara como eles transcorreram, já que para muitos, Lampião não passou de um bandoleiro e para outros foi um justiceiro que sem ter a lei ao seu lado, voltou-se contra ela, fazendo justiça pelas próprias mãos. No fundo a história de Lampião é a própria história de um Brasil coronelista, traduzindo o problema social no interior do país ocorrido nas décadas de vinte e trinta, mas que ainda hoje carrega os resquícios em várias regiões. A linguagem é simples como os próprios personagens abordados, os fatos aqui estão como realmente aconteceram, para que você, leitor, raça o julgamento deste mito do sertão nordestino: LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO. Gilson Lira

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Lampião, O Rei Do Cangaço

PRÓLOGO

O ano de 1.988 assinalou meio século de um mito que findou.

No aspecto social esse evento foi de todos o mais sanguinolento.

Em meio ao misticismo surge o longo ciclo do banditismo. A denominação genérica que faço

é que foi a época do cangaço.

Em 1.834, segundo alguns parceiros, surgiram os primeiros cangaceiros.

Diziam folhetos de escriturários que eram indivíduos solitários.

Homens que assim como direi,

viviam à margem da lei. Percorrendo toda aquela região,

nos íngremes caminhos do sertão.

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Lampião, O Rei Do Cangaço Agora uma relação aqui faço

de nomes famosos do cangaço: Inocêncio, João Calangro e Jesuíno

e o mais temível, Antônio Silvino.

Em 1.914, Silvino, esse derradeiro teve mudado o seu paradeiro. Como a própria história disse, cumpriu longa pena em recife.

Mas para aquela sofrida gente o que ficou famoso perpetuamente,

nos quatros cantos do sertão foi o que tinha a alcunha de “Lampião”.

Em serra talhada, de Pernambuco um pedaço, nascia o futuro rei do cangaço. Em 1.900, a sua data primeira,

da silva, Virgolino Ferreira.

Oito irmãos com ele no lugarejo, família típica de sertanejo.

Infância normal de simples viver, estudou, sabendo ler e escrever.

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NASCIMENTO DE UM BANDIDO

Quando de seus pais veio a morte,

esse fato mudou a sua sorte. A mando de famílias de poderes sociais, foram assassinados por cruéis policiais.

Virgolino estava nos arredores quando da morte dos seus genitores.

Ausente, ele cuidava do gado, chegando, ficou transtornado.

Procurou tomar conhecimento e desde o primeiro momento. O que veio na sua lembrança

foi aos responsáveis jurar vingança.

Em seguida reuniu a irmandade, dando a cada um uma atividade. A João chamou logo de manhã

e pediu que cuidasse de cada irmã.

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Lampião, O Rei Do Cangaço Por mais que a dor o estremeceu ao João bom conselho ele deu:

Que por mais que a dor o deprime, “que ele nunca caísse no crime”.

Ao irmão caçula, o Ezequiel,

deu um importante papel. Partir na companhia de parente

para estudar, ser “doutô”, boa gente.

Aos outros dois irmãos informou, para nós o que somente restou

É fazer da vingança o nosso viver, vamos lutar pra matar ou morrer.

A partir de 1.918 a nação brasileira, conheceu a saga dos irmãos Ferreira.

Marcharam sem rumo pra todos os lados, iniciando assim combates isolados.

Logo o grupo dos irmãos Ferreira ataca membros dos Carvalho e Nogueira.

Esses também de índole assassina, eram os responsáveis pela chacina.

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Para realizar os objetivos propugnados, foram buscar outros grupos como aliados.

Grupos oriundos de outras cidades, tinham contas a ajustar com autoridades.

Assim sendo, os irmãos Ferreira, juntaram-se ao comando do sinhô Pereira. Este de família tradicional, mas bandoleiro, portava-se como um autêntico cavalheiro.

Tinha todos com respeito ao seu comando, não violentava as mulheres o seu bando.

A iniciativa do seu bando só cabia, às famílias com as quais combatia.

No primeiro combate travado

contra uma volante policial do estado, a winchester de Virgolino teve vez destacando-se pela sua rapidez.

Usando de inteligência e bom senso, atou ao gatilho um forte lenço.

A cadência que conseguiu na prática

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Lampião, O Rei Do Cangaço foi de uma arma semi-automática.

Após a luta, uma batalha ensanguentada, a força policial bateu em retirada.

O rifle de Virgolino em meio à escuridão, brilhava tal qual um Lampião.

A frase de efeito então resultou no nascimento da alcunha que ficou.

Virgolino Ferreira em toda região passou a ser chamado de “Lampião”.

Até 1.922, os irmãos Ferreira, permaneceram no comando do sinhô Pereira.

Neste ano o chefe do bando resolve parar, rico e com artrite vai se aposentar.

Indica Lampião para o comando, entregando-lhe a chefia do bando.

Pede a Lampião para que não esmoreça até que todo inimigo desapareça.

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A FAMA DE LAMPIÃO

Ao assumir o comando da ação, Virgolino imprime uma nova feição. Esquece os acertos antecedentes

de respeitar mulheres ou inocentes.

Parte pra luta no fronte atacando o município de Belmonte.

O seu prefeito Luís Gonzaga, aliado dos Nogueira entra na saga.

Lampião ataca com toda violência, ao inimigo não resta clemência.

O prefeito pula de sua casa no alto mas encontra a morte no salto.

Lampião toda residência saqueia e com pessoas no interior incendeia.

E para aproveitar o fim do jogo, joga o cadáver do inimigo no fogo.

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Lampião, O Rei Do Cangaço Sabedores de que estavam marcados

para serem todos assassinados, os membros da família Nogueira na polícia militar sentam fileira.

A cotação de Lampião é incomum, é o inimigo público número um. Passa ainda mais a ser caçado,

dentro ou fora do seu estado.

Mesmo sem o comportamento de pereira, ganhou simpatia pela ação bandoleira.

A forte personalidade de Lampião fez muitos admiradores no sertão.

Os policiais que combatiam cangaceiros também agiam como arruaceiros.

Extrema violência contra os moradores, eram também bárbaros torturadores.

Invadiam sem respeito todo teto, qualquer um era suspeito ou desafeto.

Mocinhas ou mulheres casadas eram covardemente violentadas.

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Assim durante tal desavença, não existia qualquer diferença.

Uns grupos de cangaceiros marginais, outros não passavam de cangaceiros legais.

Lampião era então um injustiçado, lutando contra os poderes do estado.

Era natural que em muito lugar, contasse com a simpatia popular.

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Lampião, O Rei Do Cangaço O CANGACEIRO GANHA A PATENTE DE CAPITÃO

Em 1.924, o cangaceiro Lampião, tinha ganhado uma razoável reputação.

Surge um movimento nacional que ameaça a tranqüilidade local.

Oriundo do sul para no nordeste entrar a Coluna Prestes, o movimento militar.

Espalhou-se um boato governista da criação de um estado comunista.

O político que o primeiro passo deu foi o deputado Floro Bartolomeu. um outro nome engrossou a lista, foi o padre Cícero Romão batista.

Estes organizaram grupos locais, para combater os inimigos governamentais.

O pânico começa a se generalizar do nome de Lampião o governo vai lembrar.

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o cangaceiro era um líder completo para executar o destemido projeto. mensageiros vão a busca do bando para oferecer a Lampião o comando.

Virgolino sempre caçado pra ser preso com esse convite fica muito surpreso. Em 1.925, o então temível Lampião,

recebe do governador a patente de capitão.

Foi sem dúvida um momento de glória que mudaria o curso da história.

Padre Cícero fez muito gosto e na pressão conseguiu-lhe o posto.

Capitão, a partir daquele momento, Lampião recebe um farto armamento.

Fuzis mauser, pistolas luger e munição, para que ele começasse a perseguição.

Recebe o alto posto por um decreto e o material bélico do mais completo. A Coluna Prestes era a sua direção, mas ele faz uma audaciosa incursão.

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Deixa de lado Prestes e seus seguidores, volta a combater os antigos perseguidores.

As cidades e povoados volta a saquear, sempre que o prefeito se recusa a pagar.

Apesar da polícia seguir atacando, seus irmãos e o lugar tenente tombando,

nem por tiro ou faca ele foi tocado, surge a lenda de ter o “corpo fechado”.

Em 1.927, chega o mais jovem irmão, este veio contra a vontade de Lampião. Ezequiel sempre teve muita coragem

e por sua vez segue Lampião na viagem.

Até 1.931, conseguiu sobreviver, quando em combate veio a morrer. Ainda jovem sob balas tombaria,

diante da polícia do estado da Bahia.

Para Virgolino era um estado marcado, a Bahia era um local predestinado.

Ali o seu irmão caçula morreu, ali seu grande amor conheceu.

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A PRESENÇA FEMININA NO BANDO

Maria Deia, o seu amor primeiro, era a esposa de um sapateiro. Para ela o sonho pretendido era conhecer o tal bandido.

Em 1.930, tomada de tal paixão, abandona o marido por Lampião. Passa então a ser sua querida,

sentimento que muda a sua vida.

Maria Deia encantava qualquer um, com sua beleza acima do comum. Lampião e o grupo mais se agita

e passam a chamá-la de Maria Bonita.

Deste fato em diante, sempre acompanhado da amante,

Lampião recebe homens de outros centros, chegando a ter mais de duzentos.

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Lampião, O Rei Do Cangaço Virgolino domina quase toda região, são sete estados da nossa união.

Ceará, R. Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia, Terras Boas.

Atacou e ocupou cidades de porte, mostrando ao governo como era forte.

Estava atento em todos instantes para defender-se das forças volantes.

Lampião conhecia bem cada trilha e utilizava táticas de guerrilha.

Essas eram tão eficazes e poderosas que destroçavam tropas bem numerosas.

Com a entrada de Maria Bonita no bando, Virgolino altera um pouco o comando,

aceita de vez a presença feminina e cada cangaceiro poder ter sua menina.

Na história poucas iriam participar, aliás, só duas conseguiram se celebrizar:

Dadá, mulher legítima de corisco e Cila, mulher tomada em confisco.

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O FIM DO BANDO DE LAMPIÃO

Durante vinte anos Lampião, sobreviveu às tentativas de prisão.

Em meio ao perigo seguiu suas trilhas escapando de tiros, veneno e armadilhas.

Em um determinado momento, o governo federal teve o intento de utilizar inutilmente um avião

para atacar o grupo de Lampião.

Mas em 38 chegou a hora e a vez em que a história assim se fez:

a polícia informada por delatores partiu para o local dos infratores.

A polícia militar de Alagoas

conseguiu levantar notícias boas. João Bezerra, um obscuro tenente,

partiu com toda a sua gente.

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Homem de perícia e muitas táticas, armados de fuzis e pistolas automáticas, em 29 de julho esperou pacientemente

até haver claridade suficiente.

João Bezerra e seu aspirante Ferreira, tomaram posição em mira certeira. A mauser automática foi preparada com o seletor na posição de rajada.

O raiar da aurora trouxe o movimento, era a hora marcada no acampamento.

O início de toda contenda, seria a saída de Lampião da tenda.

Ao sinal do tenente abriram fogo, a vida de todo grupo estava em jogo. No tiroteio rápido que foi desfechado, a polícia perdeu somente um soldado.

Do lado atacado gritos derradeiros, caíram na hora oito cangaceiros.

O tenente bezerra ferido de raspão, enquanto tombava o temível Lampião.

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Maria Bonita, gravemente ferida, foi degolada ainda com vida.

O instituto médico legal da Bahia confirmou que ela assim estaria.

Esse último grande embate que tirou Lampião de combate,

para a alegria de fazendeiros ricos em Sergipe, na região de Angicos.

A cabeça de todos os cangaceiros, de Lampião e dos companheiros,

foram levadas para a Bahia, em exposição em Salvador ficaria.

Corisco da batalha esteve ausente, era de Lampião o lugar tenente.

Tentou prosseguir na mesma senda, mas foi abatido em outra contenda.

Teve também a cabeça cortada e para a história ficou conservada.

Lampião, o rei do cangaço, não teve sucessor nesse espaço.

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Lampião, O Rei Do Cangaço

O chão duro que a seca assola, manchado de sangue na degola,

guarda em seu rastro poeril o ciclo do cangaço no Brasil.

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Lampião, O Rei Do Cangaço BIOGRAFIA

6ª no ensino fundamental Lira comp

ol, onde

Gilson Lustosa de Lira é natural de Natal, Rio Grande do Norte, nascido em 7 de março de 1.948, sendo filho de João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira (ambos falecidos). Aos 2 anos de idade, seus pais mudaram-se para a cidade de Cachoeiras de Macacu no Estado do Rio de Janeiro, onde estudou o ensino fundamental no Grupo

Escolar “Quintino Bocaiúva” e o ensino médio (técnico em contabilidade) no Colégio Carlos Brandão(CNEC). Concluiu Estudos Sociais na UFMT, Licenciatura Plena em História e Filosofia na APEC (SP) e fez Pós graduação em História e Filosofia na UFMT.

Já desde a unha versos. Quando a professora de Língua

Portuguesa passava uma redação, ele pedia para fazer uma poesia. Entretanto, somente quando começou a jogar futebol profissional, ele passou a produzir seus textos poéticos, aproveitando o tempo em que ficava nas concentrações. Assim em 1.979 lançou o seu 1º livro intitulado “Participação Literária” de Crônicas e Pensamentos. E aí não mais parou.

Outra paixão na vida do escritor foi o futebdesde os 12 anos já deu os primeiros passos em

Cachoeiras de Macacu, tendo atuado no Cachoeirense, 11 Unidos, Ipê e Independente.

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Lampião, O Rei Do Cangaço

istória, Filosofia e Língua Portu

Posteriormente atuou em Bom Jardim e Nova Friburgo, de onde foi para o Fluminense e Bangu do Rio de Janeiro nas divisões de base, aspirantes e alguns jogos na equipe principal do Bangu até 1.968. A partir daí teve passagens pelo Grêmio de Maringá (PR), Náutico (PE), Galícia (BA), ABC (RN), Grêmio Anapolino(GO), Operário (MT), Comercial (MS) e União (MT). Em Mato Grosso foi onde mais atuou tendo chegado em 1.973 e jogou até 1.980 quando encerrou a carreira no União E. C. de Rondonópolis. Nesse Estado conquistou 13 títulos, sendo 7 pelo Operário (Campeão Estadual(73), Bi-campeão da Copa Cuiabá(73/74), Campeão do Centro-Oeste(74), Campeão dos Torneios Ranulpho Paes de Barros, Semana da Pátria e Agripino Bonilha(73/74); e 3 títulos no Comercial (Campeão do Torneio Incentivo(77), Torneio Marcelo Miranda(77) e Taça Campo Grande(78); e 3 títulos no União (Campeão Invicto do Torneio Incentivo 75/76/79). Marcou em Mato Grosso 285 gols, sendo 199 pelo União (é o maior artilheiro de sua história), 41 pelo Operário e 45 pelo Comercial. Foi artilheiro do Campeonato Matogrossense em 1.973/1.975 e 1.976. Recordista de gols com 23 marcados numa única temporada e até hoje não ultrapassado. Bi-artilheiro no Torneio Incentivo em 1.976/1.979.

Foi professor de Hguesa, tendo atuado no Colégio Carlos Brandão

em Cachoeiras de Macacu (Professor de Contabilidade Geral e Bancária), E.E. Fernando Leite de Campos e EE Licínio Monteiro em Várzea Grande (MT), EE La Salle, 13 de Junho, EE Santo Antônio e

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Lampião, O Rei Do Cangaço

carreira no futebol em 1.980, traba

Lira é coordenador do Progr

EE Marechal Dutra, todos em Rondonópolis, MT. No Dutra trabalhou 27 anos dos quais em 11 foi Diretor. Aposentou-se com 31 anos dedicados à Educação em 1º de agosto de 2.003.

Após encerrar a lhou na Rádio Juventude de Rondonópolis como

comentarista esportivo e posteriormente como Narrador, sendo cognominado “O Microfone Artilheiro” do futebol brasileiro. Atuou também na Rádio Clube, Tropical Fm e foi Apresentador de um programa esportivo na TV Gazeta.

Atualmente Gilsonama Segundo Tempo Comunidade na Secretaria

de Esporte, Cultura e Lazer.