Latinports Boletim Informativo Maio-Agosto de 2012

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Maio-Agosto 2012 Ano 4, No. 2 México Avança a Passos Acelerados em Infraestrutura de Portos e Transporte Os Portos Latino-americanos Deveriam Perseguir os Mamutes do Mar? Ranking Latino-americano e Mundial de Portos de Contêineres 2011 Ver mas... Ver mas... Ver mas...

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  • 1. Maio-Agosto 2012Ano 4, No. 2Mxico Avana a PassosAcelerados em Infraestrutura dePortos e TransporteOs Portos Latino-americanosDeveriam Perseguir os Mamutesdo Mar?Ranking Latino-americano eMundial de Portos de Contineres2011Ver mas... Ver mas... Ver mas...

2. CONTEDOMayoAgosto2012PrximosEventosNovos MembrosNoticias Porturias Latino-AmericanasCorreio26 e 27 de Novembro: Terceiro SeminrioAnual Pblico-Privado Latino-Americano emValparaiso, ChileEntrevista feita pela Container Managementcom Pedro Brito, Ex-Ministro de Portosdo Brasil e Diretor daAgncia Nacional deTransporteAquavirio,AntaqEditorialPortadaLogosmbolo de III SeminarioAnual Pblico PrivadoLatinoamericano en Valparaiso-Via del Mar, Chile.DiseoJulian [email protected] Agora o Porto do Rio de Janeiro:Artigo doPresidente da Latinports, Richard KlienAMRICALATINAE OMUNDO- Mundo Martimo de Chile Entrevista a JulinPalacio, Director Ejecutivo de Latinports- Diretor Executivo da Latinports Conferencistaem Importantes Eventos Latino-Americanos- Latinports Obtm ImportanteAcordo noMxico- Outubro: Colmbia Capital Projects& Infrastructure, em Bogot- Novembro: Terceiro SeminrioAnualPblico-Privado Latino-Americano, emValparaiso-Via del Mar- Dezembro: TOC Container SupplyChainAmericas 2012, no Panam- Puerto de New Orleans, Estados Unidos- Sociedade Porturia Mardique, Colmbia- Revista Inland Port dos Estados UnidosDestacaApresentaes do Presidente do Portode Nova Orleans e o Director Executivo daLatinports, no Evento sobre Rio Magdalena naColmbia- Chile, Lder em Logstica e Competitividade naAmrica Latina- Canal Interocenico na Nicargua?- AModerna Logstica dos Terminais Fluviais- Segurana Jurdica nos Contratos deConcesso: Uma Chamada ao Bom-Senso- MxicoAvana a PassosAcelerados emInfraestrutura de Portos e Transporte- Ranking Latino-americano e Mundial dePortos de Contineres 2011PRESIDNCIAE DIRETORIAEXECUTIVALOGSTICA, COMPETITIVIDADE E PORTOS NAAMRICALATINA- Primeiro Ministro da China Props,na Cepal, Foro de Cooperao deAltoNvel com aAmrica Latina e o Caribe- Os Portos Latino-americanosDeveriam Perseguir os Mamutes doMar?- Aumento Generalizado eDesproporcional de Fretes Martimos:Um Cartel Mundial?TRANSPORTE MARTIMO EPORTOS- Amrica Latina pode se Colocar Vanguarda da Economia MundialJunto com a sia: Carlos Slim- Reorganizao dos Portos Ibricos? 3. Mayo - Agosto 2012OEditorialAo completar-se, no ms de agosto, trs anos da constituio da Latinports,os resultados no poderiam ser mais alentadores: triplicamos o nmero demembros, que j supera os 40 em 12 pases; realizamos trs eventos internacionaise apoiamos a mais de dez; proferimos mais de 20 conferncias em distintospases da Amrica e da Europa, promovendo o excelente posicionamento atualda Amrica Latina e do setor porturio, em particular; editamos 12 boletinsinformativos em trs idiomas; foi produzido o Latinports Mvel para consulta nossa pgina web em dispositivos como o iPhone ou iPad. E, o que maisimportante, divulgamos ao mundo as vantagens da privatizao porturia naAmrica Latina e a importncia do trabalho conjunto pblico-privado para odesenvolvimento logstico porturio da nossa regio (Portos Pblicos Operadospela Iniciativa Privada: Modelo Vencedor, como define o nosso presidenteRichard Klien, do Brasil). Por tudo isso, a marca Latinports se posicionou diantedo mundo como porta-voz do vigoroso desenvolvimento porturio latino-americano.Alm do fato de ser o boletim informativo que comemora nosso bem-sucedidoterceiro aniversrio, esta edio muito importante em termos discentes, comoa apresentao do porto de Nova Orleans como novo membro da associao,demonstrando o interesse da principal economia mundial no desenvolvimentoda Amrica Latina em geral, e dos nossos portos em particular, e o lanamentodo nosso terceiro grande evento anual, que ser realizado no ms de novembroem Valparaiso-Via del Mar, Chile, enfocado em logstica. Tudo isto nos obrigaa retribuir, cada vez mais, a todos aqueles que nos vm acompanhando em nossatarefa.Finalmente ns convidamos voc a consultar, de seus dispositivos mveis, nossosite completamente atualizado.Muito obrigado por seu apoio e at a [email protected] PalacioDirector Ejecutivo 4. Mayo - Agosto 2012 5. Mayo - Agosto 2012NOVEMBRO 26-27: TERCEIROSEMINRIO ANUAL PBLICO-PRIVADO LATINO-AMERICANO EMVALPARAISO-VIA DEL MAR, CHILEDepois da grande acolhida dos nossos eventosanuais anteriores, em Cartagena e Braslia, agora avez de Via del Mar. A realizao do nosso eventomagno no Chile tem um significado especial, poiseste pas lembrado como aquele que iniciou adescentralizao e privatizao porturia na AmricaLatina, um exemplo que com sucesso foi seguidopela maioria dos pases da regio. No entanto,transcorridos cerca de 20 anos desse transcendentalavano para o comrcio exterior de nossos pases, importante fazer uma parada no caminho paraolhar o futuro, e nada melhor que fazer isso no Chile,pas que continua inovando em todos os setores ecujos resultados o levaram a ser lder em logstica ecompetitividade na regio, tal como foi recentementedestacado pelo Banco Mundial e pelo Instituto deCompetitividade Aden.Assim sendo, nos dias 26 e 27 de novembro, segundae tera-feira, ser realizado, no Hotel SheratonMiramar de Via del Mar, o Terceiro SeminrioAnual Pblico-Privado Latino-Americano, comenfoque em um tema muito atual - Portos ePlataformas Logsticas de Comrcio Exterior. Sobo patrocnio do Empresa Portuaria Valparaiso eTerminal Pacfico Sul e com o apoio do Sistema deEmpresas (SEP), durante dois dias abordaremostemas como a liderana da Amrica Latina nomundo, as repercusses da ampliao do Canal dePanam no tamanho dos navios que chegaro regio, centros logsticos internos e sustentabilidadeporturia; sero apresentadas as experincias eperspectivas de importantes terminais de contineres,como o de Valparaiso, Santos, Callao, Cartagena eBuenos Aires. No ltimo dia, haver visitas guiadas 6. Mayo - Agosto 2012ENTREVISTAFEITAPELACONTAINER MANAGEMENT COMPEDRO BRITO, EX-MINISTRO DE PORTOS DO BRASIL EDIRETOR DAAGNCIANACIONAL DETRANSPORTEAQUAVIRIO,ANTAQao Terminal Pacfico Sul Valparaiso-TPS e Zona deExtenso e Apoio Logstico de Valparaiso-ZEAL.Esta ser uma excelente oportunidade para quenos atualizemos no tema da logstica porturia enos preparemos para os desafios apresentados pelaconjuntura econmica mundial, tudo isto dentro dofabuloso ambiente da tradicional Via del Mar.Maiores informaes sobre o evento (programa,inscrio, reserva de hotel, etc.) podem serencontradas na pgina web www.latinports.orgO contato tambm poder ser feito com EmiliaPer [email protected] ou Julin Palacio [email protected] 7. Mayo - Agosto 2012A Agncia Nacional de Transporte Aquavirio(ANTAQ), do Brasil, foi criada por Lei no anode 2001 para implementar as polticas formuladaspelo Ministrio de Transporte e pelo ConselhoNacional de Integrao de Polticas do Transporte(CONIT). Estas polticas compreendem aregulamentao, superviso e inspeo das atividades,a implementao do transporte por gua e dainfraestrutura porturia, assim como o uso das viasfluviais por parte de terceiros.Hoje em dia, o principal objetivo da ANTAQ encarregar-se da segurana institucional e legal dosetor de transporte aqutico, com a finalidade deassegurar o fluxo contnuo do investimento privadopara o interior, que vem sendo recebido pelo setordesde a aprovao da Lei dos Portos, em 1993. Umdos benefcios posteriores Lei foi a atualizao emodernizao de muitos dos portos e terminais dosetor, direcionadas aos mesmos nveis de eficincia,produtividade e servio de alguns dos melhores domundo.Entretanto, como facilitador para o acesso aos portosbrasileiros e para poder continuar incrementando aeficincia do setor, cabe ANTAQ priorizar as viasfluviais. Alm de tudo, as operaes dependem emgrande parte de um acesso eficaz aos portos, comoocorre com a cadeia logstica.Outra funo propiciar e manter um marcoregulador claro e moderno, particularmenteem relao s concesses porturias, para queelas continuem sendo to bem sucedidas comoem outros setores, como o energtico e, maisrecentemente, o setor aeroporturio.Creio que a integrao multimodal dos corredoreslogsticos, com prioridade para as vias fluviais efrreas, a tarefa mais importante da ANTAQe, indiscutivelmente, a mais difcil. A integraomultimodal j uma caracterstica estabelecida nosportos mundiais, razo pela qual so to eficientes.Os portos que atraem os maiores volumes de cargaso aqueles onde a carga entra (e sai) pelo modomais eficiente, ou pela combinao dos modos maiseficientes, seja por estrada, ferrovia ou vias fluviais.O maior desafio para o setor logstico dos portosbrasileiros assegurar a integrao intermodal, comtodos os lucros esperados tanto para as exportaescomo para as importaes, de forma igual.Outro importante desafio consolidar a navegaocosteira, que no Brasil ainda usa fraldas, ocasionandocom isso custos desnecessrios dentro da redelogstica. Hoje em dia, 60% da carga do Brasil transportada por estrada, mas se for o caso, equando o pas incremente seus investimentos emvias fluviais, a inteno que a participao destemodo de transporte passe dos atuais 13% a 29%.Contudo, outra importante funo da agncia a elaborao dos planos para as concesses dosportos e vias fluviais, que serviro de guia para osinteressados em investir em novos portos e terminaisao longo das costas e rios do Brasil.A ANTAQ uma organizao regional nica.Poderia explicar-nos suas origens e objetivos?E quais so os desafios? 8. Mayo - Agosto 2012O mesmo se poderia dizer do setor ferrovirio, quese espera aumente de 25% para 32% nos prximos15 anos. Estas mudanas modais garantiro umamaior integrao intermodal e, ao mesmo tempo,aumentaro a eficincia porturia, bem comobeneficiaro a navegao costeira. Alm disso, haverbenefcios para o meio ambiente: um navio oucomboio de barcaas que substituam centenas decaminhes emitir muito menos CO2 por toneladade carga transportada.A redefinio dos programas de estudo e pesquisada ANTAQ, com a finalidade de fortalecer seupapel de guia para o setor porturio, outrodesafio enfrentado pela agncia. Atualmente, vemsendo discutido com as autoridades porturias olanamento de um novo ndice para o manejo daqualidade ambiental e, alm disso, preparado umndice de satisfao, a ser lanado em breve paraos usurios dos portos brasileiros. Ainda mais: estsendo desenvolvida uma srie de estudos em apoioaos esforos do setor porturio para continuaratraindo investimentos e, ao mesmo tempo,aumentar a eficincia. O aumento da eficincia dalogstica brasileira um dos principais objetivos daagncia.Prestei meus servios em vrias funes ministeriais,includa a de Ministro de Estado para a IntegraoNacional e, mais recentemente, como Ministro daSecretaria de Portos da Presidncia da Repblica,entre o ano de 2007 e dezembro de 2011. Durantemeus perodos como ministro, fui gestor de umasrie de iniciativas que, considero, provaram serresponsveis por uma significativa transformaodo ambiente porturio brasileiro, uma das quais adragagem. Quando o Presidente Lula me nomeoudiretor da recm-criada Secretaria Especial de Portos(SEP), em 2007, o Brasil no realizava dragagens emseus portos h mais de 10 anos e, em alguns casos,h mais de 15 anos. Em vista disso, eu estabeleci oPlano Nacional de Dragagem, e com a participaode companhias estrangeiras foram outorgadoscontratos no s para o aprofundamento do calado,como tambm para a realizao de uma dragagem demanuteno.O plano depois envolveu 20 dos portos maisimportantes do Brasil e as melhorias resultantes noacesso tornaram factvel a navegao costeira, bemcomo criaram as condies para o desenvolvimentodos centros em portos como o de Santos, RioGrande, Suape, Pecm e Itaqui.Estes, por sua vez, foram a causa de uma importantereduo nos custos e nus porturios, tornandoas exportaes do pas mais competitivas e nossasimportaes mais econmicas. O resultado final foique a capacidade de manejo de carga nos portosbrasileiros aumentou em 30% no total; no portode Santos, por exemplo, duplicou-se no s acapacidade de rendimento como tambm o tamanhodos navios que o referido porto conseguia manejar.Adicionalmente dragagem, fui responsvel por umasrie de trabalhos de melhorias na infraestrutura, emum total de US$5 bilhes, como parte do Plano deAceleramento do Crescimento (PAC), do Presidente.Estas obras incluram a construo de quebra-Em suas atribuies ministeriais anteriores,que melhorias sistmicas foram de suaresponsabilidade para os setores dos portos elogstica do Brasil, e que to relevantes so elashoje em dia? 9. Mayo - Agosto 2012Pedro Brito, direita, com o diretor executivo da Latinports, JulinPalacio, no ltimo evento anual da associao em Cartagena, Colmbia.ondas no canal de acesso ao Porto do Rio Grande;a construo de atracadouros nos portos de Santos,Itaqui e Vila do Conde; e a ampliao do Porto doRio de Janeiro, entre outras. Alm disso, tambmlanamos o programa de investimento em terminaisde passageiros, que daro as boas vindas aos turistasque vierem para a Copa do Mundo de 2014 e para osJogos Olmpicos de 2016.Outra importante medida, que aumentar aeficincia e ao mesmo tempo ajudar a reduzircustos e tempos de espera dos navios nos portosbrasileiros o projeto do Porto Sem Papel (PWP),estabelecido em conjunto com o Servio Federalpara o Processamento de Dados e com todas asautoridades porturias. Aps esta implementao osportos conseguiram reduzir o tempo de despachode mercadorias, passando de uma mdia de 5.7 diasa 2.5 dias, o que, ainda que longo em comparaocom os portos internacionais, nos acerca muito maisa eles.diretores nomeados por recomendao poltica nascompanhias dos cais foi uma mudana que aindahoje em dia vem trazendo vantagens em eficincia eprodutividade.O planejamento estratgico de longo prazo noexistia no setor porturio brasileiro quando a SEP foicriada, e dentro do programa PAC temos promovidosociedades e contratos como o da UniversidadeFederal de Santa Catarina, com apoio do Porto deRotterdam. Em conjunto, esto sendo concludosplanos de longo prazo para o setor porturio doBrasil, que definem horizontes de investimento, tantopblicos como privados, para os prximos 20 anos,com planos especficos direcionados aos 10 maioresportos brasileiros. Este planejamento de longoprazo vital para o desenvolvimento do setor poisestabelece objetivos estratgicos para os prximosanos, indicando quais investimentos devem ser feitospelo governo e quando deveriam ser feitos; isto algo que mudar para sempre o ambiente dos portosdo Brasil.Tambm gostaria de destacar o progresso queobtivemos ao incrementar o profissionalismoem toda a indstria porturia. Foram nomeadosdiretores capacitados em portos e logstica, tantoem instalaes pblicas como privadas, e eles deramuma nova viso estratgia porturia do Brasil.A substituio, por profissionais do ramo, dosProgresso no profissionalismo 10. Mayo - Agosto 2012Mayo - Agosto 2011 11. Mayo - Agosto 2012AGORA O PORTO DO RIO DE JANEIRO:ARTIGO DO PRESIDENTE DALATINPORTS,RICHARD KLIENA cidade do Rio de Janeiro acaba de receber o ttulode Patrimnio Mundial como Paisagem CulturalUrbana da Humanidade, concedido pela Unesco.Nessa paisagem se integram a vida urbana e a riquezada Baa de Guanabara, com suas guas abrigadas ecanal de acesso natural. Aqui se instalou o Porto doRio, indutor de atividade econmica nos Estados doRio de Janeiro e de Minas Gerais e do intercmbiocom outros povos, cumulando em sucessivos ciclosdo desenvolvimento regional: No sculo 19, a abertura dos portos s naesamigas, em 1808, com a chegada da corte dePortugal ao Brasil, impulsionou o crescimento como estabelecimento de indstrias, a construo deestradas, a criao do Banco do Brasil e da Junta doComrcio; No sculo 20, reinaugurado o porto, em 1910,ao tempo do prefeito Pereira Passos, iniciou-se onovo ciclo econmico, acompanhando as obrasde modernizao, melhorias na integrao porto-cidade, expanso do complexo porturio do Rio deJaneiro, bases de sustentao da chamada CidadeMaravilhosa; Neste comeo do sculo 21, colhendo os frutosda Lei de Modernizao dos Portos, editada em1993, ocorreu a expanso de atividades mediante aslicitaes que transferiram as operaes dos terminaisporturios iniciativa privada, com compromissos devultosos investimentos em modernos equipamentos,sistemas e capacitao dos recursos humanos. 12. Mayo - Agosto 2012Os resultados na modernizao dos portosbrasileiros se evidenciaram especialmente namovimentao de contineres, em decorrncia datendncia mundial de conteinerizao de 70% dacarga geral transportada globalmente, contrastandocom uma participao de 20% na dcada de 1970.Adotando o modelo consagrado de Portos Pblicoscom Operao Privada, os terminais de contineresgeridos por arrendatrios privados em aoconjugada com as Autoridades Porturias (no casodo Rio de Janeiro, a CDRJ Companhia Docasdo Rio de Janeiro) quintuplicaram a movimentaode contineres, contribuindo decisivamente para odeslanche da corrente de comrcio internacional.Considerado um dos principais corredores logsticosde carga do Pas, o Estado do Rio de Janeiro seinsere na chamada Rtula Logstica Nacional,em que o Porto do Rio ocupa o quarto lugarem valor de movimentao de cargas, com umaparticipao de mercado de 6,4%, apurada em2011. A movimentao do Porto do Rio totalizou8 milhes de toneladas, sendo que 65% desse totalcorresponderam a cargas conteinerizadas e veculos.Merece destaque o alto valor agregado de suascargas, da ordem de US$2.063/t. Comparativamente,registra-se Santos com US$ 1.497/t e Paranagu comUS$ 864/t, sendo a mdia nacional da ordem de US$593/t.O reconhecimento desse potencial impulsionadordo desenvolvimento mobilizou uma grandecoalizo pr-porto, desde a primeira edio, em2006, do programa Porto do Rio Sculo XXI,at seus desdobramentos, que levaram versoatual. A reunio dos stakeholders na elaboraodo masterplan do Porto do Rio foi decisiva. AAssociao Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ),a Federao das Indstrias do Estado do Rio deJaneiro (Firjan), a Associao de Comercio Exteriordo Brasil (AEB), a Associao Brasileira dosTerminais Porturios (ABTP), a Comisso Portos,o Sindicato dos Operadores Porturios (Sindoperj),o Sindicado das Agencias de Navegao Martima(SindaRio), a Fetranscarga e a Sindicarga, em aoconjunta com o Governo Federal (representadopela Secretaria dos Portos SEP, da Presidnciada Republica, e pela Companhia Docas do Riode Janeiro CDRJ), o Governo do Estado e aPrefeitura do Rio asseguram a exequibilidade doprojeto. o seguinte o artigo escrito pelo presidente do comit executivo da Latinports, Richard Klien,para a edio Julho-Agosto da Brazilian Business, revista da Cmara de Comrcio Brasil-EstadosUnidos: 13. Mayo - Agosto 2012Estima-se, ao longo dos prximos cinco anos,investimentos na logstica centrada no porto no valorde R$ 3 bilhes, que incluiro mais de R$ 1 bilhode investimentos privados nas instalaes porturias.Os projetos pblicos, com significativo aporte derecursos do Plano de Acelerao do Crescimento(PAC), promovem a adequao dos acessosmartimos e terrestres (nos modais rodovirio eferrovirio) ao porto. Como resultado final, a cargamovimentada anualmente dever dobrar e alcanarUS$ 40 bilhes em cinco anos.Em decorrncia do aumento progressivo dosnavios porta-contineres, so apurados continuadosganhos de escala nas operaes martima e porturia.No caso do Porto do Rio, a adequao espacialdos terminais de contineres repercute tambmna reestruturao do cais para navios roll-on/roll-off. Os projetos de expanso desenvolvidos pelosterminais de contineres LibraRio e MultiRio, e deveculos Multicar, no Cais do Caju, recentementeaprovados pela Agencia Nacional de TransportesAquavirios (Antaq), possibilitaro a atraosimultnea de at quatro navios porta-contineresSuper Post Panamax. A linha de cais ser aumentadapara 1.600 metros, com um acrscimo de 522metros.Atendendo crescente demanda da indstriaautomobilstica, que conta com novas montadorasinstaladas e outras em vias de implantao nosEstados do Rio e de Minas, o terminal roll-on/roll-off operado pela MultiCar adicionar um segundobero de atracao com 180 metros de extenso,duplicando sua capacidade operacional. A estocagemde veculos ser ampliada com a construo deedifcios-garagem, passando a capacidade para 326mil veculos/ano e 450 mil veculos/ano em umasegunda etapa.Com 1.960 metros de extenso reunindo osterminais de contineres e de veculos, o Cais doCaju, aps as obras de expanso que se iniciaroainda em 2012, ser o maior cais contnuo de grandecalado do Pas, possibilitando a quadruplicao damovimentao atual de contineres e a duplicao damovimentao de veculos.Registre-se, ainda, o aumento expressivo de demandaao porto de outros servios, notadamente atividadesde apoio offshore, em trecho do cais de SoCristvo, estendendo-se faixa de cais da Gamboa 14. Mayo - Agosto 2012at o Armazm 14, em uma extenso de 1.800metros. O principal fato gerador dessa demanda o desenvolvimento das atividades nas plataformasde petrleo da Bacia de Santos, com vista aos novospotenciais de extrao de petrleo identificados coma descoberta do pr-sal, alm dos compromissosj firmados com a Petrobrs para as atividadescorrentes das plataformas ocenicas.Na frente de mar do cais da Gamboacorrespondente aos armazns 7 a 13 estoprogramadas obras de reforo de cais para viabilizaros servios de dragagem at a profundidade de 13metros. Esta profundidade, garantida at a conexocom o canal de acesso principal ao porto, manteras condies operacionais dos atuais terminais deuso mltiplo, servindo movimentao de cargageral no conteinerizada (produtos siderrgicos eimportao de papel de imprensa, entre outras), esuprir a recepo dos navios de importao de trigo,destinados retrorea do cais de So Cristvo.Entre os planos de expanso, destaca-se o Terminalde Passageiros, projeto estratgico para os planosda cidade, atendendo ao crescente fluxo de naviosde cruzeiro martimo e Olimpada de 2016. Paraexpandir o terminal, ser construdo novo per deatracao, em formato de Y, para atracao adicionale simultnea de at seis navios de grande porte.Prev-se atender a mais que o dobro da quantidadede turistas pelo Porto do Rio, algo em torno de 1,5milho de passageiros/ano, em comparao com osatuais 650 mil. Na ocasio da Olimpada, poderose hospedar no porto, como em hotis flutuantes,visitantes de todo o mundo, para acompanhar osXXXI Jogos Olmpicos. 15. Mayo - Agosto 2012de Panam, que por sua localizao estratgica noacesso do Canal de Panam os converte naqueles demaior movimento de contineres, basicamente pelotransbordo.Devemos, por tanto, ter muito cuidado com oselefantes brancos, pois por razes de localizao ede economia de mercado nem todos os portos daregio esto em condies de receber mega-porta-contineres em mdio prazo. Embora seja umimperativo preparar-nos para receber navios cada vezmaiores, como sugere a Cepal, devemos estar cientesdo nosso real potencial e agir em conformidade.Pesquisadores da Cepal alertaram que osportos da Amrica do Sul no esto encarandoo futuro, pois esto trabalhando no limite dainfraestrutura disponvel. Em sua opinio,qual a capacidade de trabalho na Amricado Sul? Existem diferenas notrias entrepases? Na Amrica Latina, estamos acostumadosa agir quando a gua chega ao pescoo. Emboraconcorde com a Cepal em que na maioria dos paseslatino-americanos vem trabalhando no limite dainfraestrutura, devo reconhecer que esto sendotomadas medidas a respeito, embora algumas vezessem o suficiente critrio. Uma coisa Santos, oporto que maior quantidade de carga de comrcioexterior mobiliza na Amrica Latina, ou os portosEm sua edio de 23 de Julho e com o ttulo um Imperativo Preparar-nos para Receber NaviosCada Vez Maiores, o diretor executivo de Latinports se refere realidade porturia da regio. Aseguir, transcrio da entrevista concedida Mundo Martimo:Julin Palcio est h mais de trinta anos no setor porturio, destacando-se sua passagem como Coordenador para Amrica Latinada American Association of Port Authorities (AAPA), projetos como a Sociedade Porturia Multimodal do Rio Magdalena(Colmbia) e assessorias empresa peruana Andemar. O executivo colombiano, atual diretor executivo da Latinports (AssociaoLatino-Americana de Portos e Terminais), conversou com a Mundo Martimo sobre os desafios futuros para os portos latino-americanosMUNDO MARTIMO, DO CHILE,ENTREVISTAJULIN PALCIO,DIRETOR EXECUTIVO DALATINPORTS 16. Mayo - Agosto 2012Igualmente, se instou uma maior coordenaologstica para o desenvolvimento e trabalhoporturio. Qual o balano da coordenaopblico-privado e quais so os desafios maisurgentes que devem encarados?A colaborao pblico-privada cada vezmaior, mas ainda h muito caminho a percorrer.A entra o trabalho da Latinports, cujo lema Governos e setor privado trabalhando emconjunto no desenvolvimento logstico porturioda regio. O desafio mais urgente desta relao o desenvolvimento de uma adequada logsticae infraestrutura de transporte, algo no qualcontinuamos muito atrasados em relao aospases desenvolvidos. Concordo, portanto, coma ex-ministra de fomento do primeiro governodo presidente Zapatero, da Espanha, Magdalenalvarez, para quem, no que se refere ao comrcioexterior, pouco serve um bom porto sem umaboa conectividade interna. Precisamente, emum recente evento sobre logstica de contineresda Associao Nacional de Empresrios daColmbia, propus a criao de um ministrio delogstica e infraestrutura de transporte, com base emexperincias positivas de pases como a Coria do Sule a Alemanha. Est aberto o debate.Quais so as tarefas atuais da Latinports e osfuturos projetos?A principal tarefa em nossa curta, porm frutfera,existncia tem sido a de estreitar as relaes entre ossetores pblico e privado, bem como a de divulgaras vantagens da descentralizao do setor porturioe a privatizao das operaes, o que definido pelopresidente do nosso comit executivo, Richard Klien,do Brasil, como Portos Pblicos com OperaoPrivada: Modelo Vencedor.Consequentes com as necessidades do setor,nosso enfoque atual, com viso de mdio prazo, a logstica e a infraestrutura de transporte ou,dito de outra forma, a conectividade interna. Porltimo, trabalhar em tudo aquilo que requeira o setorporturio da regio. 17. Mayo - Agosto 2012Aps dois dias de conferncias dirigidas aoconhecimento dos modelos eficientes deinfraestrutura porturia de outros pases no marcodos TLCs, a Associao Nacional de Empresrios daColmbia (ANDI) e a Bussiness Alliance for SecureCommerce (BASC) organizaram, em Barranquilla, oevento Modelos Eficientes no Comrcio Mundial,que deixou tarefas pendentes tanto para os governoslocal e nacional como para o setor privado. Oevento contou com importantes apresentaes derepresentantes dos portos de Le Havre, Hamburgo,Houston e Nova Orleans, da Associao Latino-Americana de Portos e Terminais (Latinports) e daPolcia Interporturia dos Estados Unidos, sendoo tpico principal a reabilitao do rio Magdalena.Conseguir reduzir ao mximo o custo do transporteinterno com a reabilitao da hidrovia do Magdalenaser a nica maneira do pas dar um grande saltoem competitividade, foi uma das concluses dosespecialistas internacionais da conferncia.Dois velhos amigos, Gary LaGrange, presidentedo porto de Nova Orleans, e Julin Palacio, diretorexecutivo da Associao Latino-Americana dePortos e Terminais, Latinports, foram conferencistas.LaGrange disse que a melhor forma de melhorar ainfraestrutura porturia desenvolver um programade manuteno do canal de acesso, particularmenteem Barranquilla, com disponibilidade de fundos parase fazer uma dragagem contnua do rio. Por outrolado, disse que deve haver um porto especializadoem contineres e granis, bem como em cruzeirospara a promoo do turismo. Eu aplaudo a iniciativaaqui havida com a concessao dos portos disseLaGrange. No caso de Nova Orleans, h umconsrcio de cinco portos no total no rio Mississipie todos trabalhamos juntos. Eu insisto que se osportos colombianos trabalharem unidos podemconseguir o que ns temos feito, que so 500 milhesde toneladas por ano. LaGrange insistiu que oMagdalena tem muito potencial. O Plano MestreREVISTAINLAND PORT DOS ESTADOS UNIDOSDESTACAAPRESENTAES DO PRESIDENTEDO PORTO DE NOVAORLEANS E O DIRECTOREXECUTIVO DALATINPORTS, NO EVENTO SOBRERIO MAGDALENANACOLMBIAO Rio Magdalena est Prestes a se Converter naPrincipal Artria da Colmbia 18. Mayo - Agosto 2012Por sua vez, Julin Palacio disse que era umconvicto de que s a hidrovia do Magdalena darum desenvolvimento importante para a regio,sempre e quando funcione da melhor forma emova uma grande quantidade de carga a custos bemeconmicos, Barranquilla est na desembocadurado Rio Magdalena, que deve ser a principal artria dopas, como a classifica o Presidente da Repblica,disse Palacio. Isso lhe d uma posio invejvel emum pas que tem a industria muito mal localizada.Qualquer pas do mundo gostaria de ter uma viacomo o rio Magdalena e ns a temos. Em casoscomo Nova Orleans ou Rotterdam, a logstica soque vem sendo elaborado deve ser monitoradobem de perto, porque creio que vai produzir coisasmuito boas diante do TLC. Por isso, entre minhasrecomendaes est a dragagem, a identificaodo que aqui produzido para fins de exportao,pois nos Estados Unidos h uma grande demandado caf especializado. Atualmente, recebemos noporto exportaes da maior processadora de caf daColmbia, concluiu LaGrange.os rios. Quando falamos de Rotterdam, o principalporto europeu onde 85% de sua carga a granel mobilizada pela hidrovia, nos perguntamos o que estacontecendo aqui; temos um Reno, um Mississipi ouum Sena e no o utilizamos. O rio j foi descoberto e oque se precisa faz-lo funcionar. Concluiu dizendoque o custo por quilmetro para aprofundamentodo rio muito mais barato em comparao com o dequalquer estrada e a manuteno mais econmica,bem como so muito maiores os benefcios.Coincidindo com o anterior, o presidente daRepblica, Juan Manuel Santos, anunciou a destinaode US$400 milhes do oramento nacional paraas obras de canalizao do rio Magdalena guasacima, uma licitao prestes a ser aberta com basenos estudos preliminares, contratados atravs da USTrade and Development Agency, e nos finais, quecontaram com a participao de Rob Davinroy, doCorpo de Engenheiros do Exrcito dos EstadosUnidos, Distrito de Missouri. Por outro lado, o PlanoMestre para o porto de Barranquilla, que agrupavrios terminais, e que est prestes a ser formalmenteapresentado pelas consultorias holandesas RotterdamMaritime Group e Pharos, estima entre 10 e 30milhes de toneladas anuais o potencial do rio a mdioprazo, nos dois sentidos (petrleo, carvo, gros,combustvel e contineres), por cuja atrao j estofazendo presena importantes companhias navaisinternacionais, como a Seacor Holdings Inc. queopera no rio Mississipi. Da a expresso do presidenteSantos de que Vamos Converter o Rio Magdalena naPrincipal Artria da Colmbia. 19. Mayo - Agosto 2012Em 25 de maio, em um painel compartilhado como Administrador do Canal de Panam, AlbertoAlemn, que se referiu ao efeito da ampliao doCanal no comrcio mundial, o diretor executivoda Latinports, Julin Palacio, apresentou umaconferncia denominada Efeito dos Navios PostPanamax na Amrica Latina, onde disse que emboraos portos da regio devam se preparar para recebernavios cada vez maiores, eles devem ter cuidado comos elefantes brancos, j que os portos no so imsque por sua profundidade atraem as companhiasnavais, e o aprofundamento dos canais de acessodeve estar de acordo com a demanda do mercadoe com o nicho ao qual pertencem os portos. Parareforar seu ponto de vista, fez referncia ao queexpressou em seu livro o ex-ministro de portos doBrasil, Pedro Brito: O Emma Maersk (atualmente omaior navio porta-contineres) no frequenta os portos daAmrica do Sul, no pelas limitaes dos nossos portos seno,acima de tudo, por uma questo de lgica do comrcio global,que flui de forma predominante no sentido Leste-Oeste, no eixosia-Europa-Estados Unidos. Os fluxos no sentidonorte-sul so complementares e de participaorestringida no comrcio global transportadoem contineres, concluindo que ..Todos osporto deve estar preparado para os navios que orequeiram e no para eventualidades de receber,uma vez por ano, um navio de 15.000 TEUs, como oEmma Maersk.Na abertura do evento, no qual compartilhou a mesaprincipal com o vice-ministro de infraestrutura e ogerente de logstica, infraestrutura e transporte daAssociao Nacional de Empresrios da Colmbia,ANDI, o diretor executivo da Latinports disse:Neste momento em que a Colmbia percebidainternacionalmente como uma economia de alto nvel econsiderada dentro do grupo de pases emergentes com melhordesempenho e melhores perspectivas na atualidade, o nome desteforo no poderia ser mais significativo: Portos e Contineres:Logstica e Competitividade. A logstica a chave para acompetitividade, onde os portos e o transporte interno tm quecumprir um papel transcendental, em um trabalho conjunto dogoverno e do setor privado. Da o slogan da Associao Latino-Americana de Portos e Terminais: Governos e setor privadotrabalhando juntos para o desenvolvimento logstico porturio daregio.Apesar das grandes transformaes do pas nos aspectoseconmico, poltico e social nos ltimos dez anos, segundo cifrasclaramente sustentadas pelo Centro de Estudos Econmicosda ANDI, no nenhum segredo que em matria deinfraestrutura de transporte a Colmbia um dos pases maisatrasados da regio, com o agravante de que a maior parteda nossa indstria est localizada no interior e depende quaseque totalmente do transporte por estrada, o mais caro de todose o que mais danos causam infraestrutura viria e ao meioambiente. No obstante, como no existe mal que sempreDIRETOR EXECUTIVO DALATINPORTSCONFERENCISTAEM IMPORTANTES EVENTOSLATINO-AMERICANOS 20. Mayo - Agosto 2012dure, devo destacar a deciso do presidente Santos de reativarde forma significativa outros modos de transporte, como oferrovirio e o fluvial, os mais utilizados nos pases desenvolvidospara longas distncias.Com uma racionalizao do transporte utilizando-se os modosde forma complementria de acordo com sua vocao, ficariamotimamente conectados os principais portos do pas em ambosos oceanos com os mais importantes centros industriais e deconsumo nacionais, e seriam desenvolvidos nodos logsticos nointerior do pas. E uma das formas rpidas de conseguir isso atravs da lei de associaes pblico-privadas, cuja prontaregulamentao imperativa.Igualmente, no que se refere ao transporte internacional, emum estudo recente a Cepal diz que os navios porta contineres,que atualmente tm uma capacidade mdia de 13.000TEUs em nvel mundial (a mdia na Amrica do Sul deaproximadamente a metade), estaro chegando regio entreEm uma reunio realizada no incio de agosto noMxico, o diretor executivo de Latinports, JulinPalacio, e o diretor executivo da Associao deTerminais e Operadores Porturios- ATOP, JaimeAguilar, acordaram a realizao conjunta nesse pas,no ms de maio de 2013, do evento magno anualdas duas organizaes. Este evento de muitaimportncia para o Mxico, pois: se comemora os20 anos da expedio da Lei de Portos e o primeiroano da sua reforma, est tendo incio o novogoverno nacional e se posiciona como presidenteda Latinports o atual vice-presidente, Arturo Lpez,fundador da ATOP.os anos 2016 e 2020, com um calado operativo de 15 a 16metros, concluindo que estas projees so interessantes paraalertar sobre a necessidade de um planejamento eficaz daindstria logstico-porturia em mdio prazo, cuja oportunaexecuo permita evitar possveis gargalos e impactos negativossobre a economia regional. No entanto, devo alertar sobre oselefantes brancos, pois por questes de localizao e economia demercado nem todos os portos estaro em condies de receber estesmega porta-contineres.Adicionalmente, na introduo do painelExperincias e Perspectivas dos Terminais Martimosde Contineres na Colmbia, o diretor executivoda Latinports sugeriu a criao de um ministrio delogstica e infraestrutura de transporte, como parte dasoluo para o atraso em que se encontra o setor nospases latino-americanos.LATINPORTS OBTM IMPORTANTEACORDO NO MXICO 21. Mayo - Agosto 2012 22. Mayo - Agosto 2012MXICO AVANA A PASSOSACELERADOS EM INFRAESTRUTURADE PORTOS E TRANSPORTEAlejandro ChacnCoordenador GeneralPortos e Marinha MercantePor onde quer que se olhe, na Amrica Latinaas necessidades e os planos- de investimentoem infraestrutura somam bilhes de dlares, eatualmente a materializao destes investimentos a mais alta dos ltimos tempos, apesar de que aindah muito caminho a percorrer. No caso do Mxico,em junho de 2011 a Business News Americas, em seudocumento Infrastructure Intelligence Series, mencionouque no incio de 2008 o Governo mexicano criouo Fundo Nacional de Infraestrutura, de US$3.900milhes, para financiar projetos de US$25.000milhes nesse setor durante os seguintes cinco anosNo caso porturio, um artigo da ltima edio daContainer Management para a Amrica Latinainforma que os volumes de carga em continerescresceram no Mxico de forma constante, ese prev que este crescimento continue nosprximos anos. Para atender a demanda, o governomexicano implantou um importante programa dedesenvolvimento da infraestrutura porturia, a fimde incrementar a capacidade tanto para continerescomo para outro tipo de carga. No ano de 2011, oinvestimento porturio total, tanto pblico comoprivado, somou US$692 milhes, 7,7% maior que odo ano de 2010. Deste valor, o investimento privadocorrespondeu a US$270 milhes, um aumento de24,4% em relao a 2010.Atualmente existem vrios projetos em vias dedesenvolvimento. Um novo terminal de continerescom financiamento privado est sendo construdoem Manzanillo e dever ser concludo no finaldeste ano. O terminal ser operado pela ConteconManzanillo, subsidiria da ICTSI, o operadormundial de terminais com base em Manila. Esteterminal ser desenvolvido em trs fases e estprogramado para iniciar suas operaes no ms denovembro de 2013, com uma capacidade de 450.000TEUs no primeiro ano. Ter uma capacidade demanejo de 2 milhes de TEUs por ano.Programa de desenvolvimento da InfraestruturaPorturia 23. Mayo - Agosto 2012Por outro lado, a companhia chilena SAAM Puertosganhou a licitao para um terminal multipropsitoem Mazatln, Sinaloa, e investir US$30 milhes paramodernizar e operar as instalaes existentes. Estasse beneficiaro de outros projetos de infraestruturana regio, tal como a autopista Durango-Mazatln,que se espera esteja concluda no final de 2012.Felipe Caldern inaugurou uma srie de novostrabalhos de infraestrutura construdos em 25hectares de terrenos tomados do mar, com quaseUS$60 milhes de investimento pblico. As novasinstalaes duplicaram a capacidade do porto e lhepermitiram receber navios maiores.Outro importante projeto, a ampliao do portode Veracruz, deve comear este ano. Esta seruma tarefa massiva que requer um investimentototal superior a US$3.6 bilhes, dos quais US$2.2bilhes viro do setor privado. Na segunda metadedo ano de 2012 ser aberta uma licitao para aconstruo de um novo terminal de contineres,com quatro cais, com extenso total de 1.440 m. Istoaumentar a capacidade do porto para contineresem mais de 2 milhoes de TEU por ano. A meta atender a demanda de transporte martimo noGolfo do Mxico e no Atlntico, em particular parao comrcio desde e para o centro do Mxico. Oprojeto posteriormente compreender 37 cais nototal, atravs de uma srie de terminais distintos(contineres, minerais a granel e veculos, entreoutros) e incluir uma zona logstica.Alm dos seus planos para Veracruz, o governo temcomo objetivo desenvolver instalaes porturiasem outros lugares. No porto de Guaymas, estadode Sonora sobre a costa Pacfica, uma primeira fasedo desenvolvimento estar enfocada na criao deinstalaes para o manejo de granis lquidos e secos.Durante a segunda fase, ser construdo um terminalmultimodal de contineres. Tambm ser construdo,em Lzaro Crdenas, um terminal especializadopara veculos sobre uma rea de 40,4 hectares, comuma capacidade de manejo de 750.000 veculospor ano. O investimento ser de aproximadamenteUS$37,5 milhes. Finalmente, um novo terminalpara o manejo de material de pedra, minerais agranel e/o carga geral ser construdo no porto deAltamira. Estas instalaes tero uma rea total de11,8 hectares, bem como um cais de 300 metros, e oinvestimento aqui requerido est calculado em US$10milhes.Foi concludo outro processo de licitao emTuxpn, estado de Veracruz, para o desenvolvimentode algumas instalaes para contineres, com umacapacidade de 500.000 TEUs por ano. O ganhador,SSA Mxico, se beneficiar da nova estrada Mxico-Tuxpn, que entrar em servio este ano. Oinvestimento para estas instalaes, que impulsionara capacidade de Tuxpn em 22%, chega a US$260milhesAtualmente encontram-se em desenvolvimentovrios processos de licitao, incluindo um paraum terminal especializado em granis em PuertoMadero, Chiapas, que se beneficiar de vrias minassituadas na zona circundante, para exportaesanuais estimadas de 500.000 toneladas de cobre etitnio para a sia. Em Topolobampo, Sinaloa, muitoem breve estar concludo um processo de licitaopara a construo e operao de instalaes para omanejo de cobre e seus derivados. Calcula-se que serexportado um volume anual de 360.000 toneladasdo Arizona para a China, via Topolobampo. Nessemesmo porto, no princpio do ano o presidente 24. Mayo - Agosto 2012Unidos, em Pittsburg, via Brownsville. Tambm,um continer pode ser carregado na China com 40toneladas de carga e ser embarcado para Mazatln,para dai ser colocado no chassi de um caminho elevado s barcaas fluviais em Brownsville em umdia, de onde poder ser transportado a Pittsburg comuma grande economia em fretes (dois pelo preo deum). No entanto, para transportar um continer daChina aos Estados Unidos diretamente, ele s podeser carregado com 20 toneladas, para atender oslimites estabelecidos nas estradas dos Estados Unidos.Outra grande vantagem logstica desta nova rota decomrcio que o porto de Mazatln est localizadono Trpico de Cncer, 2.400 quilmetros ao nortedo Canal de Panam. Brownsville est situado justoao norte do Trpico de Cncer, como a maior parteda China, e consequentemente os navios podemeconomizar quase 5.000 quilmetros de desvio sul,alm das demoras e custos do Canal. Adicionalmente,o Panam est localizado distante do leste, ao sulde Miami, mais de 1.600 quilmetros ao leste deBrownsville. Para o comrcio Texas-China istosignifica cerca de 6.500 quilmetros de tempo extrade navegao, possivelmente 14 dias.Um caminho mexicano de Mazatln a Brownsvillepode fazer a viagem em um dia e as barcaas fluviaisnos Estados Unidos representam atualmente amelhor relao custo-benefcio no transporte interno,conectando o Mxico com a costa leste dos EstadosUnidos pela metade do custo por ferrovia e a umtero do custo por caminho.Esta nova estrada interocenica, programada paraser concluda em breve, se antecipar abertura donovo Canal de Panam. Todos os embarcadoresestadunidenses no Centro-Oeste ou no Nordeste,que dependem do comrcio com pases da bacia doPacfico, deveriam utilizar esta nova rota de comrciocomo uma alternativa ao Canal de Panam e aos carose cada vez mais congestionados portos da Costa Lestedos Estados Unidos. este o resumo do artigo de Joseph J. Linck na Inland Port.A revista estadunidense Inland Port, na seo SmartBusiness de sua ltima edio, traz um interessante artigoescrito por Joseph P. Linck (ex-diretor do porto de Brownsville),denominado Estrada Interocenica do Mxico para Concorrercom o Canal do Panam e Estender a rea de Influncia dasVias Navegveis dos Estados Unidos, do qual transcrevemosseus trechos mais interessantes:As enormes e enrugadas montanhas da SierraMadre, no oeste do Mxico sempre foram obstculosinsuperveis, dividindo os portos do Mxico Pacficodo Texas e dos Estados Unidos em geral. Mas nomais. Uma incrvel nova ponte denominada Baluarte,a maior na Amrica do Norte, finalmente conectoua Costa Pacfico do Mxico com o Texas atravsde uma moderna autopista, chamada AutopistaInterocenica. Esta importante obra est previstapara entrar em funcionamento este ano e finalmenteconectar os portos de Mazatln e Lzaro Crdenas,no Pacfico, com Brownsville e com o sistema de viasnavegveis dos Estados Unidos.Ao contrrio dos Estados Unidos, em estradasmassivas do Mxico os caminhes rotineiramentelevam 40 toneladas de carga (o dobro dos EstadosUnidos), e so o principal meio de transporte decarga do pas, competindo facilmente com a ferrovia.Estes caminhes completamente carregadospodem entrar nos Estados Unidos em Brownsvillepela lei estadual de portos que permite caminhessobrecarregados no corredor, e a carga e descargados mesmos.As vias navegveis dos Estados Unidos poderoatrair contineres pesados da China, com 40toneladas, e entreg-los na costa leste dos EstadosEstrada Interocenica Mxico-Estados Unidos 25. Mayo - Agosto 2012Baseada no exposto, a Latinports se incumbiu de pesquisar ascaractersticas desta estrada, encontrando as impressionantes quea descrevemos a seguir:A Estrada Federal 40 ou Estrada Interocenica,comea em Reynosa, Tamaulipas, justo ao lestedo porto de Brownsville, Texas, e termina naEstrada Federal 15, em Villa Unin , Sinaloa,perto de Mazatln e da Costa Pacfica. chamadaInterocenica porque, assim que estiver concluda,as cidades de Matamoros, Tamaulipas, no Golfo deMxico, e Mazatln, Sinaloa, no Oceano Pacfico,estaro unidas. Sua longitude total de 1.145quilmetros.O trajeto crtico entre Durango e Mazatln, prestesa ser finalizado, de 230 quilmetros atravessando aparte ocidental da Sierra Madre, tem 90 quilmetrosde tneis, viadutos e impressionantes pontes (63tneis e 115 pontes na zona montanhosa maisagreste) e um custo de US$1.260 milhes. As pontesmais representativas so: Neveras, com 320 metrosde largura e 101 metros de altura, e sobre tudo a jmencionado Baluarte, de 1.124 metros de longitudee 402 metros na parte mais alta, se converter emuma das mais extensas e altas do mundo, e namais alta ponte pnsil. Com a finalizao destetrajeto, no fim do ano, o tempo de percurso entreDurango e Mazatln ser de duas horas e meia, o querepresentar uma economia de quatro horas.Esta importante obra de engenheira, alm de ser umagrande facilitadora do comrcio, beneficiar os 21milhes de pessoas que habitam o nordeste do pas. 26. Mayo - Agosto 2012Terminal Intermodal Logstica de HidalgoO conceito da regionalizao porturia vemestimulando os operadores de portos e terminais aolhar para o interior como apoio ao seu principalnegcio nos terminais. O Terminal IntermodalLogstica de Hidalgo-TILH uma instalaoporturia no interior, de propriedade e operadapela Hutchison Ports Holding HPH (com umaparticipao de 80%), aberta no comeo do ano de2012. Est situada na parte sul do estado de Hildalgo,a cerca de 50 quilmetros ao norte da Cidade doMxico, uma das maiores reas metropolitanas domundo com uma populao de mais de 21 milhesde habitantes. A HPH o operador predominantedo terminal de contineres do Mxico, e administraaproximadamente 50% do rendimento dos portosde contineres do pas em quatro importantesinstalaes nos terminais (Ensenada, Veracruz,Manzanillo e Lzaro Crdenas).Como cidade de origem ou destino, pela Cidadedo Mxico passam 40% da carga de contineresmanejada pela HPH, gerando 700.000 TEUspor ano. Nos ltimos anos foram realizadosimportantes desenvolvimentos na parte norte darea metropolitana, e vrios grandes varejistas efabricantes estabeleceram instalaes de distribuiona rea. O local inclui uma zona standard e novade instalaes logsticas com 127 hectares (Zona deAtividades Logsticas Hidalgo, 80% de propriedadeda companhia mexicana de transporte emcaminhes, Unne), localizada ao lado das instalaesdo terminal intermodal em uma rea de 53 hectares,com outros 10 hectares destinados aduana. Aaquisio dos terrenos foi um trabalho complexoque demorou trs anos, pois a propriedade dosterrenos rurais era coletiva e exigiu um processode transferncia primeiro ao Estado e depois aosinteresses privados (HPH e Unne). Reconhecendo opotencial dessas instalaes e sua rea logstica parao desenvolvimento regional e de emprego, o setorpblico contribuiu construindo uma via de acesso,uma ponte e os servios pblicos (eletricidade, gua eesgotos).As TILH so instalaes intermodais onde oscontineres so empilhados na terra, diferentementeda armazenagem padro norte-americana, combase em chassis. A capacidade intermodal inicial dasinstalaes de 200.000 TEUs, e quando concludastodas as fases de ampliao, a capacidade aumentariapara mais de 1 milho de TEUs. Em sua atualdistribuio, o terminal tem 4 desvios ferroviriosde 600 metros, conectados diretamente com a redeferroviria de duas das maiores ferrovias do Mxico:KCSM e Ferromex. Devido sua geografia, na reametropolitana da Cidade do Mxico so escassas asgrandes superfcies de terreno plano, o que implica 27. Mayo - Agosto 2012que o local de TILH necessitou de importantesmodificaes (a maioria de preenchimento eajuste de nveis) para que ficasse adequado paraas operaes intermodais. O principal valor daspropostas das instalaes : Mudana modal. Como em muitos pases emdesenvolvimento, a participao de caminhes nadistribuio para o interior muito alta no Mxico, oque implica congestionamento, consumo de energia,poluio do ar e demoras. A expectativa que oporto no interior favorecer uma mudana modalpara a ferrovia na participao da carga destinada Cidade do Mxico, melhorando assim a capacidadede carga (economias ferrovirias em escala) e o usode um modo de energia mais eficiente. Uma dasvantagens-chave das instalaes sua conectividadedireta tanto com as faixas martimas do Pacficocomo com as do Atlntico onde a HPH opera osterminais porturios. O Veracruz, sobre o Atlntico,fica a 500 km de distncia, enquanto o LzaroCrdenas e Manzanillo, sobre o Pacfico, ficam a600 km de distncia. Esta distncia situa os serviosferrovirios no umbral da competitividade comercial. Despacho de aduana e tempo de permanncia.Os importadores tm a opo, atravs de entregasdelimitadas, de diferir o despacho de aduana para ointerior, em vez de faz-lo na entrada do porto. Istopode reduzir os custos de inspeo, bem como asdemoras. Os terminais do interior com suficienteespao de armazenamento podem oferecer tambmum tempo conveniente de permanncia, o queimplica que podem atuar em parte como bodegapara seus clientes, pois um continer em um portodo interior pode ser considerado como parte doinventario de um centro prximo de distribuio. Centro de embarque. Como uma instalaointegrada aos portos martimos a ela vinculados, aTILH atua como centro de desconsolidao (paraimportaes) e de consolidao (para exportaes).Isto pode ser efetivo para atrair e reter clientes,assim como para melhorar a qualidade do serviode transporte, pois os terminais porturios HPH eTILH so uma nica rede funcional de transporte.Alm do acesso ao interior desde os portos sobre oAtlntico e o Pacfico (fluxos longitudinais), a TILHtem o potencial de converter-se em um centro decarga para o comrcio do TLC com a Amricado Norte (fluxos latitudinais) o que permanecedominado pelo servio por caminho. Seu acessoao corredor Lzaro Crdenas Laredo cidadede Kansas oferece uma oportunidade comercialestratgica. Acessibilidade metropolitana. Um grupologstico (terminal intermodal e centros prximos dedistribuio) oferece uma plataforma melhor situadapara prestar servios rea metropolitana (Cidadedo Mxico) que os servios diretos por caminhodesde os terminais porturios, em particular seestiverem bem conectados com um sistema urbanode estradas. Existem tambm mais oportunidadesde desconsolidar a carga em embarques maisapropriados para a demanda urbana (alta frequncia)e condies de trfico (congestionamento).Como o TILH representa um novo modelo 28. Mayo - Agosto 2012intermodal para o Mxico, vem enfrentando odesafio de obter servios ferrovirios regulares atsuas instalaes.(Tomado do The Geography of Transport System)Com sua publicao no Dirio Oficial em 11de junho passado, entrou em vigncia o decretomediante o qual so modificadas, adicionadas erevogadas disposies da Lei dos Portos do Mxico,aprovada pelo Congresso em 25 de abril. Enquantoisso, as concesses, permisses e contratos decesso parcial de direitos e obrigaes de terminaisoutorgados antes da data de entrada em vigor destedecreto, continuaro com o uso para o qual foramoutorgadas at a concluso da sua vigncia ou de suaextenso, se for o caso.A Secretaria de Comunicaes e Transporte-SCTrevelou que este decreto detalha mais aspectos dadefinio de terminais pblicos e de uso particular,bem como as pautas para investidores e a integraode um comit de planejamento. Nesse sentido,especifica que por seu uso os terminais martimos einstalaes porturias so pblicos quando se tratarde contineres e carga geral ou exista a obrigaode coloc-los disposio de qualquer solicitante,enquanto que sero particulares quando o titular asdestine para seus prprios fins e aos de terceiros pormeio de contrato, sempre e quando os servios e acarga de que se trata sejam de natureza similar aosautorizados originalmente para o terminal.Esta resoluo tambm estabelece quecorresponder autoridade porturia impulsionara competitividade dos portos mexicanos emsuas instalaes, servios e tarifas, atendendo aosinteresses da nao. Adicionalmente fomentar queos diferentes tipos de servios de transporte queconvergem nos portos nacionais se interconectemde forma eficiente e que os servios por meio dosquais se atendam embarcaes, pessoas e bens emnavegao entre portos ou pontos nacionais, sejamprestados de maneira eficiente.A SCT especifica que poder autorizar somente umavez a ampliao da rea dos terminais e instalaesporturias de uso pblico que tenham sido matriade contratos de cesso parcial de direitos, registradosnesta dependncia. Assim, as superfcies poderoaumentar em at uma posio adicional de chegadacom longitude mxima de 350 metros e suasrespectivas superfcies terrestres. Tais ampliaessero outorgadas sempre e quando existam pelomenos dois terminais ou instalaes porturias domesmo giro de distintos operadores em um porto,esclareceu a dependncia.O planejamento do porto ser de responsabilidadede um Comit de Planejamento, integrado peloAdministrador Porturio, pelo Capito de porto,um representante da Secretaria do Meio Ambientee Recursos Naturais e pelos cessionrios ouprestadores de servios porturios. Este comittratar, entre outros assuntos, do programa-mestre dedesenvolvimento porturio e suas modificaes; daalocao de reas, terminais e contratos de serviosporturios que venha a realizar o administradorporturio; bem como de qualquer assunto que afete aoperao em longo prazo do porto.Secretaria de Comunicaes e TransporteDifunde Reforma Lei dos Portos 29. Mayo - Agosto 2012As reformas Lei dos Portos de Mxico favorecemem grande medida os atuais operadores, disse BNamericas Hugo Cruz, advogado da BitazConsultores. As reformas parecem bastantetendentes a proteger os atuais operadores dosterminais, afirmou Cruz.O alvo das crticas dos analistas da indstria tem sidoo artigo 10 da lei, que estabelece que os terminaisso pblicos, ainda quando se referem a terminaisde contineres ou de carga geral em mos deoperadores privados. Alm disso, os terminais estodisponveis para qualquer usurio que solicite acesso.Segundo a lei, a ampliao e acesso a estes terminaispblicos se realizaro por meio de licitaes pblicasque sero adjudicadas por um comit de planificao.Isto significa que as empresas que queiram mobilizarprodutos por um porto tero que passar por umprocesso licitatrio, indicou Cruz.Tambm causa preocupao a composio docomit de planificao. Embora esteja constitudopor trs funcionrios do governo, todos os atuaisprovedores de servios dentro do terminal tero apoder de aprovar ou rejeitar planos de expanso eo ingresso de novas entidades, adicionou. O fatode ter sido colocada a deciso em mos de quempode ser afetado no me parece lgico, manifestouCruz, que acrescentou que isto despoja o governoda responsabilidade do desenvolvimento porturio.Antes das reformas, os operadores formaram umcomit que entregou recomendaes sobre osplanos de expanso ou sobre os novos operadores.Agora decidem quem entra e quem no, afirmou oadvogado.Na sua qualidade de diretor geral de portos de1996 a 2003, Cruz participou da elaborao da leioriginal como representante legal do organismodescentralizado Portos Mexicanos. Antes dapromulgao da lei original, os portos estavamlimitados, careciam de alguns investimentosimportantes e estavam sob o controle dossindicatos, disse. O objetivo da lei original eraabrir o setor aos investidores privados, com o fimde transformar os portos em empresas com nveisinternacionais de produtividade, de acordo comCruz. Estas metas foram plenamente alcanadascom essa lei, manifestou o advogado.Embora Cruz tenha criticado as reformas, reconheceque a lei requeria modificaes. No entanto, asreformas vo contra o esprito original da lei.Acabar com a abertura do setor porturio aoinvestimento privado, que era o que contemplava a leioriginal; uma contrarreforma, assinalou.A revista especializada T21, em sua edio doms de junho, destaca a reforma lei dos portos,subtitulando que Depois de 19 anos semmodificao, o legislativo realiza mudanas na leidos portos que, segundo os legisladores, com quatromudanas substanciais se modernizar o sistemaporturio com a participao do setor pblico eprivado.Reformas lei porturia favorecem atuaisoperadores?A Opinio dos Operadores 30. Mayo - Agosto 2012Jaime Aguilar, diretor da Associao de Terminais eOperadores Porturios (ATOP), afirma que agorao investidor beneficiado com extenso de 20 anosnos contratos: Essas condies de garantia tinhamque ser dadas, e agora a lei facilita muito isso, sendouma das grandes conquistas. Sustenta que coma reforma as prorrogaes no sero automticas,mas ficam mais claros os requisitos para quem sesente no direito de solicitar a dilatao. Finalmente,ser de competncia da autoridade outorg-las ouno. Mas com a modificao se refora a certezajurdica de quem apostou no investimento,ressalta. Tambm, no artigo stimo da nova lei dosportos se autoriza por nica vez a ampliao dorea dos terminais e instalaes porturias de usopblico, at uma posio adicional de atraque comlongitude mxima de 350 metros e suas respectivassuperfcies terrestres, sempre e quando existam pelomenos dois terminais ou instalaes porturias domesmo giro de distintos operadores em um porto.Por sua vez, Len Fregoso, presidente da ATOP,ressalta que isto tambm vem trazer confiana aosatuais investidores que j tm 20 anos nos portos.Para Germn Tirado, Coordenador de RelaesInstitucionais da Hutchison Port Holdings (HPH), otamanho das embarcaes atuais exigia a ampliaodos terminais porturios: algo exponencial, poisos terminais so uma estrutura fsica que no se podeesticar. A ideia no buscar a concentrao em umterminal, j que os terminais anteriores competiroem igualdade de condies com os novos, e isso muito relevante.Antes da nova lei, existia a figura do Comitde Operao, organismo sobre o qual recaaa responsabilidade de aprovar o plano-mestrede desenvolvimento a cargo do AdministradorPorturio que o submetia ao Comit, e em muitosdos portos se adotou que os cessionrios teriamum representante, ou seja, somente um voto.Esperamos que agora, sim, se reconhea odireito de antiguidade aos cessionrios, como parteimportante da comunidade porturia, como queminveste a maior parte no porto, comenta GermnTirado. Era um problema de justia, acrescentaJaime Aguilar. Com este Comit de Planejamento, oprimeiro que vamos ver uma ordem no sistema deportos.Jaime Aguilar, diretor executivo de ATOP 31. Mayo - Agosto 2012Em concluso, termina informando o artigo daT21, diversos organismos concordam em que areforma lei de portos impulsiona a produtividadee competitividade dos portos mexicanos, enfrentaa concorrncia internacional e regional que poderiadeslocar o Mxico das principais rotas martimas,promove e d confiana jurdica aos investimentosde recursos privados para a modernizao, expansoe atualizao tecnolgica dos portos mexicanos, epropicia a explorao da infraestrutura nacional paraque convirjam nos portos os distintos modos detransporte utilizados na rede logstica.O investimento em infraestrutura durante o governodo presidente eleito do Mxico, Enrique Pea, sermuito maior que o da atual administrao, assinalouem uma roda de imprensa Csar Duarte, presidenteda Conferncia Nacional de Governadores(Conago), segundo informou no final de agostoa BNamericas. A exploso de investimento eminfraestrutura que o presidente Enrique Peavisualiza para o pas pode ser trs ou quatro vezesmaior do que temos visto nos ltimos anos,afirmou Duarte durante a reunio da Conago dazona central do pas.Os governadores da regio central do Mxico sereuniram para definir projetos de infraestruturaque sero incorporados no prximo oramentoe analisar iniciativas estratgicas para o PlanoNacional de Infraestrutura do perodo 2013-2018.J esto disponveis os recursos para triplicar oatual oramento de infraestrutura, que viriamprincipalmente do investimento de empresasprivadas como resultado de associaes pblico-privadas (APP), segundo Duarte. Um perfeitoexemplo da importncia das APPs a construoda estrada Durango-Mazatln, no valor de US$1.880milhes, que foi concretizada sem usar um nicocentavo do oramento federal e que utilizou oinvestimento privado das concessionrias, disseJorge Herrera, presidente da rea de infraestruturada Conago (ver Autopista Interocenica Mxico-Estados Unidos, no incio deste artigo).Ainda que a lei nacional de APP tenha sido aprovadaem janeiro deste ano, todos os governadores queparticiparam da reunio enfatizaram a importncia daaprovao de regulamentos, situao esta que aindacontinua pendente. Outros desafios enfrentadospelo setor consideram a introduo de oramentosplurianuais para reduzir a incerteza que cerca osprojetos de longo prazo, e uma lei para assegurarque as obras em andamento tenham continuidade,ainda que haja mudanas nos governos, concluiuHerrera.Investimento em Infraestrutura ser TriplicadoDurante o Novo GovernoEnrique Pea, Presidente Eleito do Mxico 32. Mayo - Agosto 2012 33. Mayo - Agosto 2012CHILE, LDER EM LOGSTICA ECOMPETITIVIDADE NAAMRICA LATINAO Chile aparece mencionado como o pas coma melhor logstica da Amrica Latina, seguido deperto pelo Brasil e pelo Mxico, conforme uminforme do Banco Mundial. O Chile ficou no 39lugar entre 155 pases, enquanto que o Brasil sesituou no 45 lugar e o Mxico no 47, segundo oinforme intitulado Conectar-se para Competir 2012:Logstica Comercial na Economia Mundial. A listatem como base seis fatores: a eficincia do processode despacho de mercadorias por aduana, a qualidadeda infraestrutura relacionada com o comrcio eo transporte, a facilidade de organizar remessas apreos competitivos, a concorrncia dos servios delogstica e a frequncia com que as remessas chegamao destino em tempo.O Chile, o Brasil e o Mxico tambm se situaramentre as 10 naes de ingressos mdios-altos queobtiveram melhores resultados, junto com a fricado Sul e a China; no entanto, nos ltimos trs anos seestancaram as melhorias em logstica nos pases. Istoprovavelmente reflete certas condies que afastaramas prioridades dos governos da reforma logstica,como a recesso mundial e a crise da dvida soberanada Europa, estabelece o informe.A infraestrutura relacionada com o comrcio, emespecial as estradas, ainda obstaculiza o desempenhologstico e o mesmo acontece com a qualidade dainfraestrutura ferroviria e porturia, segundo oinforme. A infraestrutura constitui o principal motordo progresso, assim como uma estreita cooperaoentre os setores pblico e privado, indicou em umcomunicado Mona Haddad, diretora setorial dodepartamento de comrcio internacional do BancoMundial.Um artigo do jornal El Tiempo, de Bogot, nofinal de julho, informa que o Brasil, que nos ltimos15 anos se converteu em uma das sete maioreseconomias do mundo e, depois de Estados Unidos, a potncia do continente, registra, conforme vriosanalistas, um estancamento por conta de fatoresinternos e externos que, inclusive, podem fazercom que seja revisado seu modelo de crescimentobaseado em seus recursos naturais. E no queo gigante sul-americano esteja em declnio. OsEste pas sofre devido crise europeia, mas segundo analistas,em 2013 vir a recuperao.A Economia do Brasil se Desacelera 34. Mayo - Agosto 2012economistas consultados coincidem em que osescassos decimais de crescimento que registrar em2012 e em 2013 so ms noticias para um pas quetinha mostrado ser um aluno favorecido em relaoao que vinha passando com as crises hipotecria efinanceira nos Estados Unidos, e depois com a devrios pases europeus.Sebastin Briozzo, diretor de qualificaes soberanasda empresa Standard and Poors, disse ao ELTIEMPO que a economia brasileira nunca foi oextraordinariamente boa como se afirmava, mastambm no tem sido to ruim quanto queremaparentar nos ltimos meses. O analista considerouque com crescimentos em torno de 3 por cento nosltimos 10 anos e um salto a 7,6 por cento em 2010,a aterrissagem brasileira tem sido em um ambientede desacelerao de scios como a China, mastambm por ajustes acelerados de suas autoridadeseconmicas. A este respeito, Alfredo Coutio,diretor para a Amrica Latina da Moodys Analytics,disse a este jornal que o estancamento do Brasil nosdois primeiros trimestres de 2012 em boa parteexplicado pela agressividade da poltica monetriana primeira metade de 2011, com forte aumentodas taxas do banco central, somado s condiesmonetrias restritivas, que afetaram a indstria e ocrdito. Por isso disse que, por enquanto, tem quealiviar o doente e depois gerar economia e inversopara orientar economia, o que pode durar vriosmeses.Segundo o Portfolio da Colmbia, o jornalestadunidense diz que as moedas so slidas eestveis, a inflao est controlada, as qualificaescreditcias so altas e os governos sabem atuar emmomentos difceis.E o Brasil, depois de ser a menina bonita no aspectoeconmico, hoje no tem muitos motivos para sorrir:menos gerao de emprego, expressa na criao de1,04 milhes de vagas no primeiro semestre, 25,9%menor que no mesmo perodo do ano passado; umaqueda da utilizao da capacidade instalada em tornode 70% em mdia nos quatro primeiros meses doano, um crescimento do Produto Interno Bruto deapenas 0,2% nos primeiros trs meses do ano emrelao ao trimestre anterior, e uma queda do 0,2%da produo industrial at abril passado. Porm, umdos indicadores mais preocupantes da economiabrasileira a deteriorao de sua carteira de crditos,pois o nmero de dvidas por pagar cresceu 19,1%no primeiro semestre em relao ao mesmo perodode 2011.Por enquanto, o recente anncio da presidentebrasileira, Dilma Rousseff, de reduzir os impostos emanter os investimentos e os subsdios para os maispobres abre a esperana de que, diferentemente dareceita de austeridade aplicada na Europa, permitaque o gigante regional volte a retomar seu curso.A Colmbia e o Peru so os novos TigresEconmicos da Amrica Latina: The Wall StreetJournal 35. Mayo - Agosto 2012CANAL INTEROCENICO NANICARGUA?No fechamento desta edio, no ltimo dia de agosto, naprimeira pgina do jornal El Tiempo, da Colmbia, apareceuo seguinte titular baseado em uma entrevista com o ministro dafazenda do pas, que est entregando o cargo: A EconomiaColombiana superou a da Argentina. O alto funcionrioexplica que atualmente o produto interno bruto do pas deUS$362.000 milhes e o da Argentina de US$347.000milhes, o que converte a Colmbia na terceira economia daAmrica Latina, depois do Brasil e do Mxico.Tambm se refere situao poltica e social daColmbia. O enfrentamento com as Farc continuaativo, assim como o trfico de drogas. Mas graasao fortalecimento do exrcito, reduo dos atosterroristas e sequestro e persecuo dos chefes donarcotrfico, a Colmbia parece ter convencido osinvestidores estrangeiros de que as mudanas soduradouras, conclui WSJ.O jornal estadunidense lembra que at alguns anosatrs as nicas possibilidades de investimento quese consideravam viveis eram o Brasil, o Mxico eo Chile. Isso mudou; um novo grupo de pases daregio est surgindo como uma alternativa vivel,sustenta. De acordo com The Wall Street Journal-WSJ, tanto a Colmbia como o Peru se encontramno auge de crescimento econmico. No anopassado, a Colmbia cresceu 5,9% e o Peru 6,9%.Em 2012, espera-se que o PIB da Colmbia seexpanda 4,7% e o do Peru, 5,5%, de acordo como Fundo Monetrio Internacional, salienta. Nareportagem do WSJ tambm vem tona o fatode que tanto a Colmbia como o Peru tem graude inverso das trs principais qualificadoras domundo. S o Chile est acima deles na regio, e suasqualificaes os colocam no nvel do Brasil e Mxicoe de alguns pases, acrescenta. 36. Mayo - Agosto 2012Aprovada pela Assembleia Nacional, o presidenteDaniel Ortega sancionou em julho a lei paraconstruo de um grande canal interocenico naNicargua, alternativo ao do Panam, informou aAFP. O projeto -um sonho que a Nicargua perseguedesde sua independncia- prope abrir um canalpor qualquer das seis possveis rotas de mais de 200quilmetros que sero determinadas por um estudode factibilidade.Conforme o governo, o canal custar cerca de 30.000milhes de dlares que sero financiados por pasesque tm expressado interesse na execuo da obra,como a Rssia, China, Brasil, Venezuela, Japo eCoria do Sul. O objeto desta obra monumental propiciar um progresso o suficientemente rpido nao para erradicar a pobreza. A iniciativa prevtambm a criao da Autoridade do Grande Canal,com uma diretoria de seis membros nomeados pelopresidente e ratificados pelo Parlamento, que seroeleitos a primeira vez por um perodo no superior adez anos, prazo previsto para a realizao da obra. Aentidade ter autonomia funcional e administrativapara administrar os fundos com pases ou empresasestrangeiras interessadas em manejar as obras.A Latin Business Chronicle, citando o La Prensado Panam, informou que o governo da Nicarguaautorizou o consrcio holands Royal Haskoning-DHV e a Ecorys a realizar estudos de pr-viabilidadepara a construo de um canal interocenico atravs do Rio San Juan, limtrofe com a Costa Rica.O acordo foi assinado entre o recm-nomeadoministro presidente para a Autoridade do GrandeCanal, o vice-chanceler Manuel Coronel, e osconsultores holandeses, que disseram ao La Prensaque os fundos para o estudo de factibilidade foramdoados pelo Holanda e que escolheram o consrciodesse pas porque foi o que ofereceu o tempomais curto para realiz-lo. Este estudo permitir Autoridade do Canal tomar uma deciso finalsobre a rota que ser utilizada para impulsionar esteambicioso projeto, sublinhou a chancelaria. Apesarde soberania nicaraguense, o Rio San Juan marcaa fronteira com a Costa Rica, sendo sua margemdireita territrio costarriquense, e as autoridades deSan Jos advertiram que um projeto de tal magnitudeno pode ser desenvolvido sem contar com o avalda Costa Rica, em conformidade com os tratadoslimtrofes vigentes.O Publimetro da Colmbia destacou que, segundo ogoverno nicaraguense, o projeto seria complementaro Canal de Panam e, portanto, no meramentecompetitivo. A publicao acrescenta que naestimativa mais otimista do governo o canal poderiaestar concludo em 2019 e teria capacidade de captar416 milhes de toneladas, o que representaria quase4% da carga mundial. Em 2025 o canal poderiareceber 573 milhes de toneladas, ou seja, 4.5% dacarga martima mundial.O presidente Ortega, conforme o Publimetro,expressou que a Nicargua o melhor lugar paraconstruir um canal, dado que o impacto no meioambiente seria menor e porque esse pas tem ampladisponibilidade de gua e terras baixas. Em relao aoCanal do Panam, a Nicargua considera que estarsaturado a pesar de sua ampliao, devido a queno poder receber os navios cada vez maiores domercado.Complemento e no Concorrncia do Canal doPanam 37. Mayo - Agosto 2012A LOGSTICA MODERNA DOSTERMINAIS FLUVIAISHistoricamente, o sistema fluvial tem sido vistocomo uma artria de transporte com terminaissituados estrategicamente ao longo de sua rota.Esses terminais tendem a estar situados em pontosonde eles poderiam prover servios de apoio vizinhana local ou a indstrias regionais. Noentanto, os requerimentos do sculo XXI alteraramesse enfoque.Os despachos modernos requerem sistemasde transporte completamente integrados, quepossam responder com velocidade e eficinciaaos requerimentos dos servios locais, regionaise mundiais. Em vez de operar como terminaisisolados, as instalaes porturias esto sendovistas cada vez mais como componentes de umsistema integrado. Eles devem operar como centroslogsticos regionais, portos interiores ou, s vezes,ainda como portos virtuais.Um centro logstico regional se posiciona em simesmo como um enlace essencial para um sistemageral de transporte, apoiando os produtores,embarcadores e destinatrios, usando uma integraodo sistema aqutico, ferrovirio e de transporte areopara prover seus servios. Um porto interior difereligeiramente, cumprindo algumas das funes de umporto de guas profundas, embora esteja localizadosobre uma via navegvel ou em um lugar do litorale, entre seus benefcios, permite contar com tempopara a classificao de mercadorias a serem entreguesperto dos centros regionais de distribuio e longedos congestionados portos martimos, provendo deservios de valor agregado as mercadorias movidasatravs da rede de abastecimento.A Latinports quis complementar este artigo com uma dasconcluses do primeiro evento especializado em logsticade contineres, realizado pela Associao Nacional deEmpresrios da Colmbia, ANDI, em julho passado:Daniel NegronVice-presidenteThomas Miller Inc 38. Mayo - Agosto 2012SEGURANA JURDICA NOSCONTRATOS DE CONCESSO:UMA CHAMADA AO BOM-SENSOA falta de conectividade dos portos com outros modos detransporte, como o ferrovirio e o fluvial, afetam o acesso avrias zonas de produo e consumo de mercadorias, motivo peloqual se requer o desenvolvimento de alternativas viveis para oUm porto virtual, por sua vez, no opera desde umalocalizao especfica seno que utiliza a Internetpara facilitar o comrcio domstico regional einternacional, apoiando as operaes de exportaoe importao mediante utilizao de tecnologia paramelhorar o uso de sistemas de transporte. Isto provaos usurios de uma simples localizao virtual todosos servios relativos ao comrcio, logstica, seguranae outras atividades de transporte relacionadas.Por consider-lo de interesse, transcrevemos o artigo intituladoLand of Opportunities, escrito para o suplemento latino-americano da Container Management por Johnny J.Medranda, Gerente Regional para a Amrica Latina e oCaribe da RAM Spreades e Ex-Gerente Comercial daTIDE, falida concesso da Hutchison em Manta, Equador.transporte massivo distinto do rodovirio, que permitam umaintegrao dos processos logsticos e o fortalecimento do transportemultimodal que facilitem, em termos de preos competitivos, amobilizao de mercadorias para o comrcio exterior. 39. Mayo - Agosto 2012decises para os contratos de concesso podemter interesses em outros negcios da concorrncia,o que causa srios conflitos de interesses. Naetapa inicial de desenvolvimento de negcio deum projeto, o promotor dever identificar osprincipais jogadores e descobrir tudo o que pudersobre eles, para evitar ter que tratar posteriormentecom quintas colunas que podem prejudicar oinvestimento.Outro aspecto a considerar a sujeira varrida paradebaixo do tapete que no tenha sido solucionadade forma apropriada no momento da elaboraodo contrato. Isto inclui os possveis obstculos quenada tm a ver com os signatrios em si, mas quepodem converter-se posteriormente em verdadeirosproblemas e conduzir a custosas batalhas legais.Entre os exemplos esto os estivadores ou asdisputas trabalhistas pendentes que involucramas linhas de navegao ou seus agentes. Se estesaspectos no so resolvidos ou solucionados deforma apropriada dentro do contrato de concesso,mais adiante o promotor pode se ver exposto acenrios financeiros imprevistos. As disputas destetipo no solucionadas podem espantar as linhasde navegao, tornando o negcio insustentvel.O promotor deve garantir de forma explcita,como parte do contrato, que a autoridade porturiaou o governo local faro todos os esforosnecessrios para encerrar uma disputa desse tipo.Se uma disputa no se resolve dentro de umprazo especfico de tempo, o promotor podealegar justa causa para se retirar do contrato e dasindemnizaes pelas reclamaes.Como os conquistadores que buscaram a msticacidade do Eldorado, os aventureiros ainda chegam Amrica Latina e ao Caribe - agora no em buscada cidade dourada, mas sim de oportunidades dedesenvolvimento na indstria dos portos da regio -.Alguns promotores porturios em nvel mundial jencontraram suas prprias oportunidades de ouro naregio. Esse o caso da HPH no Mxico, Panam eArgentina; da DP World no Peru, Brasil, Argentinae Repblica Dominicana; da APM Terminals noBrasil, Costa Rica, Peru e Argentina; da SSA Marineno Mxico, Panam e Chile; e da ICTSI no Mxico,Brasil, Colmbia, Equador e Argentina. Estesoperadores e investidores porturios mundiais eregionais desenvolveram operaes porturias detipo mundial, trazendo com eles a competitividaderequerida para prosperar e sobreviver. No entanto,nem tudo o que brilha distncia significa ouro.Existem casos em que os promotores dos portosassinaram de boa-f contratos de concesso delongo prazo, somente para que seus sonhos setransformem em pesadelos. Ao assinar, ambasas partes talvez tivessem a inteno de alcanaros objetivos que foram fixados em termos deinfraestrutura e volume, mas alguns prospectosinicialmente excitantes e os clidos sentimentos deboa f podem, em certos casos, se transformar emum otimismo cego que leva as partes a ignorarem asverdadeiras ameaas para a viabilidade do negcio.Os investidores deveriam estar cientes sobre algunsdos desafios mais comuns que afetam a regio latino-americana e caribenha no que diz respeito a contratospblicos. Para comear, nenhum pas do mundo estimune corrupo pblica. Alguns funcionrios dogoverno involucrados no processo de tomada de 40. Mayo - Agosto 2012Outro importante desafio, e um que muito difcilde ser antecipado, o dos jogadores dos meios locaise suas relaes com a comunidade local e o governo.Alguns meios inescrupulosos, includa a TV, o rdioe a imprensa, vo querer ter o negcio do investidorpara sua publicidade, quer o investidor necessite ouno tal publicidade. Se eles no aceitam, no importao quo educado sejam, podem vir a ser demonizadosaos olhos do pblico. No entanto isto no se aplica atodos os meios, pois algumas organizaes so muitoprofissionais e entendem que no podem esperarum grande negcio desde o inicio. Os promotoresporturios devem entender o comportamento dosmeios locais ou contratar um experto local quepossa tratar com eles de forma apropriada. Deveroestar prontos para estabelecer com os scios daautoridade porturia uma frente comum diante dosolhos da comunidade e do governo. Geralmente,uma boa estratgia seria que a autoridade porturiatrate com os meios locais enquanto o promotormaneja as relaes pblicas com os meios nacionais einternacionais.As relaes entre a autoridade porturia e opromotor do porto so absolutamente crticas. Sepor qualquer razo esta relao se deteriora umavez assinado o contrato, o promotor dever voltaratrs, reflexionar e mudar de curso, se for o caso. Amenos que o promotor j tenha estabelecido umnegcio considervel e tenha slidas relaes coma alta esfera na rede pblica de mando, no teroportunidade alguma contra a autoridade porturiaem qualquer disputa interna. O promotor deverestar sempre proativo no avanar do jogo e nodever deixar que qualquer problema se interponhaentre ele e o seu scio. A relao parecida com umcasamento, ou um vnculo familiar. O promotordever entender que uma concesso pode durar 20ou 30 anos, enquanto os governos em geral mudammais o menos a cada cinco anos e os funcionrios dogoverno vem e vo.Outro aspecto a ser considerado a infraestruturadentro do porto que o vincula a um mercado muitomais amplo. Se ela no a adequada, o governo podeprometer melhor-la em um tempo razovel. Noentanto, o promotor deve garantir que isto fiquepor escrito no contrato, e se as deficincias no sesolucionam dentro de um prazo especfico de tempo,esta pode ser outra razo para se retirar e reclamar asindenizaes. Nunca deixe que a palavra razovelfaca parte do contrato: isto somente levar aambiguidades no futuro. Seja muito especfico sobreo que a outra parte dever fazer e quando. Se umpromotor estiver nesta situao, deveria precaver-se no caso de que as autoridades locais outorguemcontratos para a construo de vnculos crticos parao interior a companhias de propriedade de gruposque tambm sejam proprietrios de portos daconcorrncia. Chame-o conspirao, corrupo ouconflito de interesses: este um risco real e acontecena realidade.Um promotor porturio dever tambm revisaras normas locais antinarcticos, que podemparalisar um negcio antes que comece. Imagineum continer entrando em sua zona primria noporto. As autoridades antinarcticos o inspecioname depois o colocam no ptio de contineres. Antesda chegada do navio de contineres, antinarcticosdecide ao acaso devolver o continer e verific-lo novamente, e isso se torna uma rotina. Implicacustos desnecessrios para o exportador, que podese decidir por enviar seus contineres por outroporto. O promotor dever revisar os nveis dasinspees antinarcticos no porto e fazer comque as autoridades se comprometam a manter umRelaes Crticas 41. Mayo - Agosto 2012computadores aos colgios, dando trabalho no portoa estudantes locais, doando leitos aos hospitais locais,apoiando times esportivos, etc. claro que deverhaver um plano e um oramento para tais atividades.O promotor tampouco dever ser considerado umaobra de caridade. Dever trabalhar bem prximodas cmaras de comrcio locais e forjar vnculoscom os lderes sociais. O promotor faz parte de umaperspectiva maior que o prprio porto. Algumasvezes, e infelizmente para o promotor, o porto e acidade esto intimamente ligados e por isso algumascoisas podem se tornar polticas. O jogo deverdesenvolvido de forma sbia.Os governos e as autoridades porturias,igualmente, devem estar cientes dos aspectos quepodem limitar sua capacidade de maximizar asoportunidades criadas pelo negcio porturio. Commuita frequncia so donos da infraestrutura e,portanto, tm um importante ativo estratgico, masinfelizmente nem sempre o exploram de formaeficiente. Podem vir a investir milhes de dlaresem infraestrutura e depois deixar que outros sebeneficiem da mesma, deixando muito pouco para si;algumas vezes, nem sequer o suficiente para cobrir amanuteno.As autoridades porturias devero regularmentemandar seu pessoal, tanto de nvel tcnico comocomercial, a conferncias da indstria e capacitaofora das instalaes. Devero ter pessoal pronto epreparado para aproveitar as novas oportunidades,no caso de administrarem o porto ou, no caso deuma concesso, prontos para assumir as operaesse necessrio. As autoridades porturias deverorealmente entender o valor do seu prprio porto sedecidirem tom-lo em concesso. Necessitaro depessoal bem capacitado, para evitar uma possvelexplorao por parte dos consultores, investidores ouregime razovel. O promotor dever revisar tambmas normas de aduana, como as relacionadas com olugar onde se pode nacionalizar as mercadorias emtrnsito (despacho de aduanas, pagamento de direitose obteno de permisso para sair do porto). Se asmercadorias em trnsito so nacionalizadas no portode entrada e no no seu destino final, isto cria umproblema logstico para o importador, incrementandoos custos e reduzindo os incentivos para embarcarmercadorias pelo terminal. Uma vez mais, asautoridades correspondentes devem se comprometera modificar as normas que possam levar a perdas nonegcio.Outro aspecto um pouco mais sutil a relao entreo promotor do porto e a comunidade local, quedeve ser educada para entender que as mudanasno porto no ocorrem da noite para o dia, e queos navios no estaro fazendo fila no dia seguinte assinatura do contrato de concesso. Ainda maisimportante, a comunidade dever entender que opromotor no proprietrio nem da carga nemdas linhas de contineres. Deve-se saber que umpromotor/operador porturio e o terminal so apenasas ferramentas para facilitar o comrcio nacionale internacional. Deve-se estabelecer expectativasrazoveis. O promotor no deve deixar a autoridadeporturia solta, exigindo que imediatamente ocorrammilagres. Isto realmente importante em terminaispequenos ou em novos empreendimentos. Opromotor dever tratar de se integrar comunidade.Dever considerar contribuir com os programasda comunidade: por exemplo, oferecendo bolsasnos colgios ou universidades locais, doandoMaximizando as Oportunidades 42. Mayo - Agosto 2012RANKING LATINO-AMERICANO E MUNDIALDE PORTOS DE CONTINERES 2011Ao antes exposto, a Latinports agrega a importncia de definirclaramente as condies e oportunidade para as prorrogaesdos contratos, pois muitas vezes esta negociao complexademais e atenta contra a eficincia dos portos e/ou terminais,devido a que durante o perodo de negociao principalmentequando se faz no final da concesso , os investimentos a mdioe longo prazo so prorrogados diante da falta de garantias pararecuper-las em caso que os contratos no sejam prorrogados.A seguir esto os quinze principais portosde contineres na regio, a maioria dos quaisascenderam no ranking mundial, onde o Panam older em transbordo e Santos em comrcio exterior(entre parnteses a posio ao redor do mundo):Prorrogao dos ContratosRanking Latino-americano:promotores. Para que eles possam determinar o valoratual e o futuro potencial, devero entender totalmenteo negcio, sua dinmica, os vnculos com a cadeialogstica, a competncia local e regional, as tendnciaseconmicas, as possveis alianas e outros aspectos.Este no um trabalho para quem tem corao fraco.Quando um contrato de concesso assinado e ambasas partes compreendem seus direitos e obrigaes,elas devem tentar estabelecer uma comunicaosimples, mas clara, em termos de informes, estatsticas,auditorias, etc. O promotor do porto no deverdeixar-se amarrar pela burocracia ou ser obrigado areinterpretar constantemente as clusulas do contrato.Em caso de ocorrer ruptura da sociedade, o contratodever ser bastante especfico sobre quanto temposer permitido autoridade porturia utilizar oequipamento porturio do promotor. O contrato nopode mencionar o tempo mnimo ou razovel parase manter o porto em operao. Intencionalmenteou no, este tempo mnimo se converter empermanente.Outro aspecto do contrato est relacionado coma jurisdio da ao legal no caso de ocorrer umadisputa. Alguns pases da regio j no remetem aostribunais a soluo de disputas, recorrendo aos seusprprios sistemas judicirios locais. Se isto ocorrer,o promotor pode sentir uma terrvel inseguranapois o caso poder no ser conduzido de formaimparcial. Os promotores devero perguntar-sede antemo, ainda que um contrato seja firmadocom as melhores das intenes, o que aconteceriase houvesse uma mudana de governo, hostil aosseus prprios interesses. Para assegurar o xitoem qualquer projeto, o promotor do porto e suarespectiva scia, a autoridade porturia, devem tomartempo para estabelecer clara e explicitamente at oltimo detalhe, seja bvio ou no, para minimizar apossibilidade de um conflito. Dizendo isto, a AmricaLatina e o Caribe so realmente as novas terras dasoportunidades, e o El Dobrado daqueles que seatrevem a abrir o caminho. 43. Mayo - Agosto 2012Digno de nota que do Top 100 de portos em todoo mundo, quase 10 por cento so latino-americanos(trs so parte dos cinquenta primeiros: PanamAtlntico e Pacfico e Santos).(*) Se excluirmos San Juan, que latino-americano, maspertence aos Estados Unidos, Montevidu (Uruguai) teria olugar 15 (118 do mundo), com 861,164 TEUs.Onze portortos asiticos (chins nove) dentro dosquinze primeiros portos de contineres em todo omundo, como veremos abaixo:A Mundo Martimo fez o seguinte resumo da GlobalContainer Terminal Operators Annual Review & Forecast2012, publicado pela Drewry Shipping Consultantsde Londres no final de agosto:Na ltima dcada a indstria porturia assistiuimportantes mudanas, mostrando um slidocrescimento e expanso mundial. A entrada da Chinana Organizao Mundial do Comrcio (OMC),em 2001, e o consecutivo boom nos volumesgraas terceirizao e ascenso econmicamundial, a crise financeira mundial de 2008 quelevou primeira queda no trfico de contineresem 2009, o expressivo aumento no tamanho dosnavios de contineres e o surgimento dos portosasiticos especialmente os da China como atoresdestacados no cenrio mundial, so apenas algunsdos componentes que mudaram a cara da indstriaporturia mundial.Ranking Mundial:Reviso Anual de Operadores Mundiais deTerminais de Contineres e Prognstico 2012 44. Mayo - Agosto 2012Algumas das principais mudanas sofridas pelaindstria porturia na ltima dcada so: o aumentono trfico de contineres nos portos, mais queduplicado desde 2002, sendo que a participao dosportos chineses chegou a 30%. Quase um tero dosTEUs manejados mundialmente correspondem aosportos chineses, e quanto ao total de TEUs movidos,mais de 75% so manejados por operadoresporturios globais (*), uma cifra significativamentemaior se comparada com os 58% que estas grandesempresas manejavam em 2002. Outra alterao refletida no tamanho das embarcaes: em 2002o maior navio em servio atingia 7 mil TEUs,enquanto que atualmente abundam os barcos de 15mil TEUs e j esto chegando os de 18 mil TEUs.Enquanto algumas coisas mudam, outras se mantminalteradas. O informe mostra que os principaisatores da indstria h 10 anos continuam sendomajoritariamente os mesmos de hoje. Tomando-sea movimentao total de TEUs, a Hutchinson Ports(**) continua na dianteira, enquanto que a PSA (**)e a APM Terminals intercambiaram o segundo eterceiro lugar. No quarto lugar est a DP World,antes ocupado pela P&O Ports (que foi adquiridapela DP World em 2006). Um novo participantese junta no quinto lugar em 2011, a Cosco Group,refletindo a emergente importncia que os chinesesvm ganhando na indstria.Em uma indstria globalizada, as fuses soinevitveis. As companhias navais foramconsolidando alianas corpulentas em tamanho,porm insuficientes em quantidade, especialmente narota sia-Europa que atualmente est sob o domniode quatro grandes grupos.Tanto como observar uma dcada atrs, igualmenteinteressante considerar como ser a indstria daquia 10 anos. No infor