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Laudo de Avaliação
AP-0450/15-01
BEMATECH S.A.
Laudo AP-0450/15-01 1
LAUDO: AP-0450/15-01 DATA-BASE: 31 de março de 2015
SOLICITANTES: TOTVS S.A., doravante denominada TOTVS.
Sociedade anônima aberta, com sede à Av. Braz Leme, nº 1.631, 2º Andar, Jardim São Bento, na Cidade e Estado de
São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 53.113.791/0001-22.
MAKIRA II EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. doravante denominada MAKIRA II.
Sociedade anônima fechada, com sede à Av. Braz Leme, nº 1.631, 2º Andar, Casa Verde, na Cidade e Estado de São
Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 20.738.513/0001-01.
OBJETO: BEMATECH S.A., doravante denominada BEMATECH.
Sociedade anônima aberta, com sede à Av. Rui Barbosa, nº 2.529, Módulos 06, 07 e 08, Ipê, na Cidade de São José
dos Pinhais, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 82.373.077/0001-71.
OBJETIVO: Determinação do valor econômico das ações de emissão de BEMATECH, pela metodologia da rentabilidade futura, para
fins da incorporação de ações pela MAKIRA II, nos termos e para os fins do artigo 252 da Lei nº 6.404/76 (Lei das S.A.).
Laudo AP-0450/15-01 2
SUMÁRIO EXECUTIVO
A APSIS foi nomeada por TOTVS e MAKIRA II para elaborar uma projeção
financeira contendo o valor econômico das ações de emissão de BEMATECH,
pela metodologia da rentabilidade futura, para fins da incorporação de ações
pela MAKIRA II, nos termos e para os fins do artigo 252 da Lei nº 6.404/76
(Lei das S.A.).
No presente relatório, utilizamos a metodologia de rentabilidade futura para
determinar o valor econômico de BEMATECH.
A metodologia de rentabilidade futura baseia-se na análise retrospectiva,
projeção de cenários e em fluxos de caixa descontados. A modelagem
econômico-financeira inicia-se com as definições das premissas
macroeconômicas, de vendas, de produção, custos e investimentos da
empresa ou unidade de negócio que está sendo avaliada. As premissas
macroeconômicas utilizadas neste trabalho estão baseadas nas estimativas
divulgadas pelo IBGE, Banco Central, BNDES, etc. As projeções de volume e
preço de venda de serviços, custos e investimentos foram estimadas de
acordo com o desempenho histórico de BEMATECH.
ESTIMATIVAS
A partir do Fluxo de Caixa Líquido projetado da BEMATECH para 07 (sete)
anos e 09 (nove) meses, e considerando perpetuidade a partir de 2022,
descontamos estes valores ao valor presente, utilizando taxa de desconto
nominal de 15,8% a.a.
VALOR FINAL ENCONTRADO
O quadro a seguir apresenta o resumo do valor econômico por ação de
BEMATECH, na data-base de 31 de março de 2015:
Taxa de retorno esperado 14,8% 15,8% 16,8%
Taxa de crescimento perpetuidade 5,0% 5,0% 5,0%
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 251.441 243.057 235.108
VALOR RESIDUAL DESCONTADO 346.386 295.296 254.037
VALOR OPERACIONAL DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 597.827 538.354 489.145
ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (20.936) (20.936) (20.936)
EVENTO SUBSEQUENTE* (7.930) (7.930) (7.930)
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 568.961 509.488 460.279
QUANTIDADES DE AÇÕES**
VALOR ECONÔMICO POR AÇÃO (R$) 11,38 10,19 9,21
* Ajuste referente ao valor gasto na recompra de ações.
**Quantidade de ações líquidas das ações em tesouraria em 31/07/2015.
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A.
49.990.870
Laudo AP-0450/15-01 3
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 6
4. CARACTERIZAÇÃO DE BEMATECH --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
5. METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
6. MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 12
7. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
8. RELAÇÃO DE ANEXOS ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24
Laudo AP-0450/15-01 4
1. INTRODUÇÃO
A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA., doravante denominada APSIS,
com sede à Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar, Centro, na Cidade e Estado
do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 27.281.922/0001-70, foi
nomeada por TOTVS e MAKIRA II para validar a projeção financeira contendo
o valor econômico das ações de emissão de BEMATECH, pela metodologia da
rentabilidade futura, para fins da incorporação de ações pela MAKIRA II, nos
termos e para os fins do artigo 252 da Lei nº 6.404/76 (Lei das S.A.).
Na elaboração deste trabalho, foram utilizados dados e informações
fornecidos por terceiros, na forma de documentos e entrevistas verbais com
o cliente. As estimativas utilizadas neste processo estão baseadas nos
documentos e informações, os quais incluem, entre outros, os seguintes:
ITR de março de 2015 de BEMATECH;
Demonstrativos financeiros históricos de BEMATECH disponíveis
publicamente;
Projeção de receitas, custos e despesas elaboradas pela diretoria de
BEMATECH; e
Entrevista com diretoria da BEMATECH.
A equipe responsável pela realização deste trabalho é constituída pelos
seguintes profissionais:
AMILCAR DE CASTRO Diretor Bacharel em Direito
ANA CRISTINA FRANÇA DE SOUZA Vice-Presidente Engenheira civil (CREA/RJ 1991103043)
ANTONIO LUIZ FEIJÓ NICOLAU Diretor Advogado (OAB/RJ 167.543)
EDUARDO DE CASTRO ROSSI Diretor Engenheiro Eletricista (CREA/SP5062320397)
LUIZ PAULO CESAR SILVEIRA Vice-Presidente Engenheiro Mecânico e Contador (CREA/RJ 1989100165 e CRC/RJ-118263/P-0)
MÁRCIA APARECIDA DE LUCCA CALMON Diretora Contadora (CRC/SP-143169/O-4)
MÁRCIA MOREIRA FRAZÃO DA SILVA Diretora Contadora (CRC/RJ-106548/O-3)
MAURÍCIO EMERICK LEAL Gerente Economista
MIKAEL MARTINS SILVA Supervisor Economista
RENATA POZZATO CARNEIRO MONTEIRO Presidente Pós-Graduada em Direito (OAB/RJ 109.393)
SERGIO FREITAS DE SOUZA Vice-Presidente Economista (CORECON/RJ 23521-0)
SILVIA CRISTINA OGOSHI Diretora Arquiteta e Urbanista (CAU/SP 51360-1)
Laudo AP-0450/15-01 5
2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS
As informações a seguir são importantes e devem ser cuidadosamente lidas.
O Relatório objeto do trabalho enumerado, calculado e particularizado obedece criteriosamente aos princípios fundamentais descritos a seguir:
Os consultores não têm interesse, direto ou indireto, nas companhias
envolvidas ou na operação, bem como não há qualquer outra
circunstância relevante que possa caracterizar conflito de interesses.
Os honorários profissionais da APSIS não estão, de forma alguma,
sujeitos às conclusões deste Relatório.
No melhor conhecimento e crédito dos consultores, as análises,
opiniões e conclusões expressas no presente Relatório são baseadas
em dados, diligências, pesquisas e levantamentos verdadeiros e
corretos.
Assumem-se como corretas as informações recebidas de terceiros,
sendo que as fontes das mesmas estão contidas e citadas no referido
Relatório.
Para efeito de projeção, partimos do pressuposto da inexistência de
ônus ou gravames de qualquer natureza, judicial ou extrajudicial,
atingindo as empresas em questão, que não os listados no presente
Relatório.
O Relatório apresenta todas as condições limitativas impostas pelas
metodologias adotadas, quando houver, que possam afetar as
análises, opiniões e conclusões contidas no mesmo.
O Relatório foi elaborado pela APSIS e ninguém, a não ser os seus
próprios consultores, preparou as análises e correspondentes
conclusões.
A APSIS assume total responsabilidade sobre a matéria de Avaliações,
incluindo as implícitas, para o exercício de suas honrosas funções,
precipuamente estabelecidas em leis, códigos ou regulamentos
próprios.
O presente Relatório atende a recomendações e critérios
estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
Uniform Standards of Professional Appraisal Practice (USPAP) e
International Valuation Standards Council (IVSC), além das
exigências impostas por diferentes órgãos, como Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), Ministério da Fazenda, Banco
Central, Banco do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Regulamento do
Imposto de Renda (RIR), Comitê Brasileiro de Avaliadores de Negócios
(CBAN) etc.
O controlador e os administradores das companhias envolvidas não
direcionaram, limitaram, dificultaram ou praticaram quaisquer atos
que tenham ou possam ter comprometido o acesso, a utilização ou o
conhecimento de informações, bens, documentos ou metodologias de
trabalho relevantes para a qualidade das conclusões contidas neste
trabalho.
Laudo AP-0450/15-01 6
3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE
Para elaboração deste Relatório, a APSIS utilizou informações e
dados de históricos auditados por terceiros ou não auditados,
fornecidos por escrito pela administração da empresa ou obtidos das
fontes mencionadas. Sendo assim, a APSIS assumiu como verdadeiros
e coerentes os dados e informações obtidos para este Relatório e não
tem qualquer responsabilidade com relação a sua veracidade.
O escopo deste trabalho não incluiu auditoria das demonstrações
financeiras ou revisão dos trabalhos realizados por seus auditores.
Sendo assim, a APSIS não está expressando opinião sobre as
demonstrações financeiras da Solicitante.
Não nos responsabilizamos por perdas ocasionais à Solicitante e suas
controladas, a seus sócios, diretores, credores ou a outras partes
como consequência da utilização dos dados e informações fornecidos
pela empresa e constantes neste Relatório.
Nosso trabalho foi desenvolvido unicamente para o uso dos
Solicitantes e seus sócios, visando ao objetivo já descrito. Portanto,
este Relatório não deverá ser publicado, circulado, reproduzido,
divulgado ou utilizado para outra finalidade que não a já
mencionada, sem aprovação prévia e por escrito da APSIS.
As análises e as conclusões contidas neste Relatório baseiam-se em
diversas premissas, realizadas na presente data, de projeções
operacionais futuras, tais como: preços, volumes, participações de
mercado, receitas, impostos, investimentos, margens operacionais
etc. Assim, os resultados operacionais futuros da empresa podem vir
a ser diferentes de qualquer previsão ou estimativa contida neste
Relatório, especialmente caso venha a ter conhecimento posterior de
informações não disponíveis por ocasião da emissão do Laudo.
Esta avaliação não reflete eventos e seus impactos, ocorridos após a
data de emissão deste Laudo.
A APSIS não se responsabiliza por perdas diretas ou indiretas nem por
lucros cessantes eventualmente decorrentes do uso indevido deste
Laudo.
Destacamos que a compreensão da conclusão deste Relatório
ocorrerá mediante a sua leitura integral e de seus anexos, não
devendo, portanto, serem extraídas conclusões de sua leitura
parcial, que podem ser incorretas ou equivocadas.
Laudo AP-0450/15-01 7
4. CARACTERIZAÇÃO DE BEMATECH
A BEMATECH é uma empresa brasileira, de
capital aberto e com mais de 20 anos de
experiência no mercado. Criada pelos
engenheiros eletrônicos Marcel Malczewski e Wolney Betiol, a fim de
desenvolver e comercializar sistemas de impressão matricial, a BEMATECH
tem grande destaque hoje no segmento de tecnologia para o comércio, por
meio de uma plataforma integrada de equipamentos, sistemas de gestão,
serviços e meios de pagamento.
Com 1200 colaboradores, distribuídos no Brasil, China, Taiwan, EUA,
Argentina, Chile, Portugal e México, a companhia oferece soluções completas
para as áreas de varejo, food service e hospitality.
A empresa está presente em mais de 500 mil pontos de venda. Além disso,
sua linha de impressoras é responsável por mais de 60% de todos os
checkouts nos estabelecimentos automatizados no Brasil.
EVENTOS
1990: Criação da Bematech Ltda.;
1991: Mudança para Bematech Indústria e Comércio de Equipamentos
Eletrônicos S.A. e início do projeto de mini-impressora matricial;
1993: Início das vendas de impressoras para automação bancária;
1995: Inauguração da filial em São Paulo e início da construção do
canal de comercialização;
1996: Homologação da Impressora Fiscal;
1997: Desenvolvimento do primeiro Bloco Impressor com tecnologia
térmica do Brasil e lançamento do programa Bematech Software
Partners;
2000: Surgimento da lei de obrigatoriedade do cupom fiscal,
alavancando as vendas. Reformulação da empresa para as regras do
novo mercado da Bovespa;
2001: Primeira exportação de bloco de impressão matricial para os
EUA;
2002: Início da comercialização de produtos YANCO, abertura de uma
unidade fabril em Manaus e vencimento da licitação para
fornecimento de impressoras para as urnas eletrônicas;
2003: Criação da universidade Bematech;
2004: Lançamento da linha de impressoras fiscais térmicas com
tecnologia MFD (Memória Fita Detalhe), e do projeto Bematech One
Stop Shop – BOSS;
Laudo AP-0450/15-01 8
2005: Criação de 9 filiais próprias no país e estruturação do foco de
vendas;
2006: Aquisição das empresas GSR7 e Gemco;
2007: Abertura de unidades na Argentina e Alemanha e abertura do
capital no Novo Mercado da BOVESPA;
2008: Aquisição da W2M, Logic Controls, MisterChef, Snack Control e
CMNet;
2009: Novo diretor presidente e integração dos negócios adquiridos;
2010: Nova marca e ampliação de portfólio;
2011: Início de reestruturação;
2012: Aquisição do restante da CMNet e alta no valor da empresa.
Laudo AP-0450/15-01 9
5. METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO
ABORDAGEM DA RENDA: FLUXO DE CAIXA
Esta metodologia define a rentabilidade da empresa como sendo o seu valor
operacional, equivalente ao valor descontado do fluxo de caixa líquido
futuro. Este fluxo é composto pelo lucro líquido após impostos, acrescidos
dos itens não caixa (amortizações e depreciações) e deduzidos investimentos
em ativos operacionais (capital de giro, plantas, capacidade instalada etc.).
O período projetivo do fluxo de caixa líquido é determinado levando-se em
consideração o tempo que a empresa levará para apresentar uma atividade
operacional estável, ou seja, sem variações operacionais julgadas relevantes.
O fluxo é então trazido a valor presente, utilizando-se uma taxa de
desconto, que irá refletir o risco associado ao mercado, empresa e estrutura
de capital.
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO
Para o cálculo do fluxo de caixa líquido utilizamos como medida de renda o
Capital Investido, conforme o quadro a seguir, baseado nas teorias e práticas
econômicas mais comumente aceitas no mercado, especialmente das obras:
DAMODARAN, Aswath. Avaliação: Princípios e Prática. In: ______ (Autor) Finanças Corporativas: teoria e prática. 2ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2004. p. 611-642.
PRATT, Shannon P. Income Approach: Discounted Economic Income Methods. In: ______ (Autor) Valuing a Business: The Analysis and Appraisal of Closely Held Companies. 3ª Edição. EUA: Irwin Professional Publishing, 1996. p. 149-202.
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DO CAPITAL INVESTIDO
Lucro antes de itens não caixa, juros e impostos (EBITDA)
( - ) Itens não caixa (depreciação e amortização)
( = ) Lucro líquido antes dos impostos (EBIT)
( - ) Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CSSL)
( = ) Lucro líquido depois dos impostos
( + ) Itens não caixa (depreciação e amortização)
( = ) Fluxo de caixa bruto
( - ) Investimentos de capital (CAPEX)
( + ) Outras entradas
( - ) Outras saídas
( - ) Variação do capital de giro
( = ) Fluxo de caixa líquido
Laudo AP-0450/15-01 10
VALOR RESIDUAL
Após o término do período projetivo é considerada a perpetuidade, que
contempla todos os fluxos a serem gerados após o último ano da projeção e
seus respectivos crescimentos. O valor residual da empresa (perpetuidade)
geralmente é estimado pelo uso do modelo de crescimento constante. Este
modelo assume que, após o fim do período projetivo, o fluxo de caixa líquido
terá um crescimento perpétuo constante. O mesmo calcula o valor da
perpetuidade no último ano do período projetivo, através do modelo de
progressão geométrica, transportando-o, em seguida, para o primeiro ano de
projeção.
TAXA DE DESCONTO
A taxa de desconto a ser utilizada para calcular o valor presente dos
rendimentos determinados no fluxo de caixa projetado representa a
rentabilidade mínima exigida pelos investidores, considerando que a empresa
será financiada parte por capital próprio, o que exigirá uma rentabilidade
maior que a obtida em uma aplicação de risco padrão, e parte por capital de
terceiros.
Esta taxa é calculada pela metodologia WACC - WeightedAverage Cost of
Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média
ponderada do valor econômico dos componentes da estrutura de capital
(próprio e de terceiros), descrito a seguir.
As taxas livres de risco normalmente são baseadas nas taxas de bônus do
Tesouro Americano. Para o custo do capital próprio, utilizam-se os títulos
com prazo de 30 anos, por ser um prazo que reflete mais proximamente o
conceito de continuidade de uma empresa. Para o custo do capital de
terceiros, consideram-se os títulos com prazo de 10 anos, por refletirem mais
adequadamente o prazo que uma empresa pode captar recursos no mercado
internacional.
VALOR DA EMPRESA
O fluxo de caixa líquido do Capital Investido é gerado pela operação global
da empresa, disponível para todos os financiadores de capital, acionistas e
demais investidores. Sendo assim, para a determinação do valor dos
acionistas, é necessária a dedução do endividamento geral com terceiros.
Outro ajuste necessário é a inclusão dos ativos não operacionais, ou seja,
aqueles que não estão consolidados nas atividades de operação da empresa,
sendo acrescidos ao valor operacional encontrado.
Custo do capital próprio
Re = Rf + beta*(Rm – Rf) + Rp + Rs
Rf Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do Tesouro Americano para títulos de 30 anos, considerando a inflação americana de longo prazo.
Rm Risco de mercado – mede a valorização de uma carteira totalmente diversificada de ações para um período de 20 anos.
Rp Risco País – representa o risco de se investir num ativo no país em questão em comparação a um investimento similar em um país considerado seguro.
Rs Prêmio de risco pelo tamanho – mede o quanto o tamanho da empresa a torna mais arriscada.
beta Ajusta o risco de mercado para o risco de um setor específico.
beta alavancado Ajusta o beta do setor para o risco da empresa.
Laudo AP-0450/15-01 11
Custo do capital de terceiros
Rd = Rf (*) + alfa + Rp
Rf (*) Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do Tesouro Americano para títulos de 10 anos, considerando a inflação americana.
Alfa Risco Específico – representa o risco de se investir na empresa em análise.
Taxa de desconto
WACC = (Re x We) + Rd (1 –t) x Wd
Re = Custo do capital próprio.
Rd = Custo do capital de terceiros.
We = Percentual do capital próprio na estrutura de capital.
Wd = Percentual do capital de terceiros na estrutura de capital.
T = Taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social da cia.
Laudo AP-0450/15-01 12
6. MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA
No presente relatório, utilizamos a metodologia de rentabilidade futura para
a determinação do valor econômico de BEMATECH.
A modelagem econômico-financeira de BEMATECH foi conduzida de forma a
demonstrar a capacidade de geração de caixa de suas investidas operacionais
no período de tempo considerado, tendo sido utilizadas, basicamente, as
informações já citadas anteriormente.
As projeções foram realizadas para o período julgado necessário, sob plenas
condições operacionais e administrativas, com as seguintes premissas:
A metodologia está baseada na geração de fluxo de caixa livre
descontado;
Para determinação do valor da empresa, foi considerado um período
de 07 (sete) anos e 09 (nove) meses;
O fluxo de caixa livre foi projetado analiticamente para um período
de 07 (sete) anos e 09 (nove) meses, de abril 2015 até dezembro de
2022, e considerada a perpetuidade a partir de 2022 (crescimento
nominal de 5,0%);
Para período anual, foi considerado o ano fiscal de 01 de janeiro até
31 de dezembro;
Para o cálculo do valor presente, foi considerada a convenção de
meio ano (mid-year convention);
O fluxo foi projetado em moeda corrente e o valor presente
calculado com taxa de desconto nominal (considera a inflação);
A não ser quando indicado, os valores foram expressos em milhares
de reais;
Para a realização da previsão dos resultados nos exercícios futuros da
empresa, utilizou-se o balanço de BEMATECH, demonstrado nas
Informações Trimestrais (ITR) de março de 2015, (Anexo 2) como
balanço de partida.
No Anexo 1, apresentamos detalhadamente a modelagem econômico-
financeira, cujas projeções operacionais foram baseadas no desempenho
histórico da empresa.
Laudo AP-0450/15-01 13
PREMISSAS PARA PROJEÇÃO DE RESULTADOS
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
RECEITA OPERACIONAL
LÍQUIDA (ROL)
Varejo: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no segmento
de varejo de R$ 50.177 mil no período que abrange os meses de abril a dezembro
de 2015, R$ 72.373 mil em 2016, crescendo até atingir R$ 144.791 mil em 2022.
Hospitality: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento Hospitality de R$ 61.488 mil no período que abrange os meses de abril
a dezembro de 2015, R$ 85.287 mil em 2016, crescendo até atingir R$ 132.817
mil em 2022.
Alimentos: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento de Alimentos de R$ 20.758 mil no período que abrange os meses de
abril a dezembro de 2015, R$ 29.409 mil em 2016, crescendo até atingir R$
51.592 mil em 2022.
Bemacash: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento Bemacash de R$ 1.008 mil no período que abrange os meses de abril a
dezembro de 2015, R$ 8.200 mil em 2016, crescendo até atingir R$ 64.355 mil
em 2022.
Soluções Fiscais: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento de Soluções de Fiscais de R$ 85.542 mil no período que abrange os
meses de abril a dezembro de 2015, R$ 112.000 mil em 2016, crescendo até
atingir R$ 167.838 mil em 2022.
PaaS: foi considerada uma receita líquida de R$ 600 mil em 2016, crescendo até
atingir R$ 85.513 mil em 2022.
Meios de Pagamento: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas
Foram consideradas as projeções enviadas
pela administração da companhia e que
refletem a visão da administração da
BEMATECH.
Além de fazer uso dos seus 5.000 canais
de venda, a empresa vem investindo na
sua estrutura organizacional através da
criação de diretorias com uma visão
vertical, em que ela passa a atuar em
setores como varejo, serviços de
alimentação, Hospitality, entre outros.
Essa reestruturação permitirá à empresa
atingir as receitas projetadas.
A administração da companhia entende
que essa visão dedicada para cada
vertical e ofertas cross possibilitará
ganhos de escala.
A empresa vem reestruturando as áreas
responsáveis por cada vertical, a fim de
aumentar a agressividade da equipe de
vendas diretas através de investimentos
na diretoria comercial, revisão dos perfis
Laudo AP-0450/15-01 14
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
no segmento de Meios de Pagamento de R$ 17.915 mil no período que abrange os
meses de abril a dezembro de 2015, R$ 27.720 mil em 2016, crescendo até
atingir R$ 63.037 mil em 2022.
Serviços: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no segmento
de Serviços de R$ 16.449 mil no período que abrange os meses de abril a
dezembro de 2015, R$ 20.319 mil em 2016, crescendo até atingir R$ 24.057 mil
em 2022.
Equipamentos: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento de Equipamentos de R$ 52.748 mil no período que abrange os meses de
abril a dezembro de 2015, R$ 71.172 mil em 2016, crescendo até atingir R$
92.093 mil em 2022.
International: foi considerada uma receita líquida proveniente de vendas no
segmento International de R$ 32.728 mil no período que abrange os meses de
abril a dezembro de 2015, R$ 43.466 mil em 2016, crescendo até atingir R$
58.797 mil em 2022.
de vendedores e aumento da equipe.
A receita de Meios de Pagamento é
referente à especialização em varejo,
Serviços de Alimentação e Hospitality.
Além disso, a administração acredita que
a quantidade dos canais de venda torna a
BEMATECH mais atrativa.
As soluções fiscais são referentes ao
software que a BEMATECH desenvolveu
que já conecta o comerciante
diretamente ao fisco. As soluções são
adotadas conforme cada estado do Brasil,
que adotam uma forma diferente de
prestar contas ao fisco.
Ainda na estrutura de soluções fiscais, a
companhia está investindo em um time de
vendas e suporte, importantes para o
crescimento apresentado.
A receita Internacional é referente a
receitas provenientes do mercado
americano.
A receita de Bemacash é referente a um
novo produto que a companhia
desenvolveu, em que ele entrega uma
Laudo AP-0450/15-01 15
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
solução para a frente de caixa com
software de gestão integrado ao sistema
de nuvem. Além da gaveta de caixa, o
produto contém um tablet com o
software e emissor de NFC-e, impressora
de recibo e leitor de débito e crédito
mobile.
Além disso, o banco Itaú firmou uma
parceria com a BEMATECH na gestão de
suas agências comerciais através do
Bemacash.
A receita de PaaS é referente a uma
plataforma criada pela BEMATECH, onde
seus parceiros conseguem desenvolver
seus softwares e elaboram um produto já
integrado aos hardwares da BEMATECH.
Com isso, a BEMATECH recebe um
percentual das vendas.
A receita de Serviços é proveniente de
contatos de manutenção ou serviço de
garantia estendida, instalação dos
produtos e treinamentos dos funcionários
para melhor uso.
Laudo AP-0450/15-01 16
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
CUSTO DAS
MERCADORIAS
VENDIDAS E DOS
SERVIÇÕS PRESTADOS
Varejo: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Varejo de R$36.060 mil
para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 48.032 mil em 2016, alcançando
o valor de R$79.684 mil em 2022.
Hospitality: Foi projetado um custo relativo ao segmento Hospitality de R$
34.786 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 44.994 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 60.741 mil em 2022.
Alimentos: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Alimentos de R$
13.661 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 18.637 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 29.245 mil em 2022.
Bemacash: Foi projetado um custo relativo ao segmento Bemacash de R$ 1.273
mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 5.024 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 29.542 mil em 2022.
Soluções Fiscais: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Soluções Fiscais
de R$ 43.006 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 62.899 mil em
2016, alcançando o valor de R$ 95.542 mil em 2022.
PaaS: Foi projetado um custo relativo ao produto PaaS de R$ 390 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 42.842 mil em 2022.
Meios de Pagamentos: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Meios de
Pagamentos de R$ 12.182 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$
95.152 mil em 2016, alcançando o valor de R$ 42.100 mil em 2022.
Serviços: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Serviços de R$ 9.914
mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 11.979 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 13.613 mil em 2022.
A companhia projeta ganho de margem
nos custos operacionais devido às
reestruturações que ela adotou de criar
uma plataforma unificada a partir da
aquisição da UNUM.
Com isso, ela consegue administrar todas
as plataformas por apenas uma central de
gestão.
De acordo com administração da
companhia, eles irão focar na revisão de
processos, na simplificação das estruturas
de custos e despesas, reorientando-os
para suportar as verticais de atuação e
ofertas cross, buscando maior eficiência e
criando sinergia entre elas.
Já no primeiro trimestre de 2015, eles
começaram mudanças de instalações e
migração de colaboradores, redesenho
dos processos e operações de ERP, que
podem gerar aumento de custos e
despesas no primeiro momento, mas que
deixarão a estrutura mais simples e
rentável posteriormente.
Laudo AP-0450/15-01 17
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
Equipamentos: Foi projetado um custo relativo ao segmento de Equipamentos de
R$ 35.154 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 47.789 mil em
2016, alcançando o valor de R$ 61.986 mil em 2022.
International: Foi projetado um custo relativo ao segmento International de R$
22.945 mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 30.473 mil em 2016,
alcançando o valor de R$ 41.221 mil em 2022.
DESPESAS
OPERACIONAIS
Despesas de Venda: Foi projetada uma despesa de R$56.675 mil para o período
de abril a dezembro de 2015, R$ 76.407 mil em 2016 alcançando o valor de
R$140.788 mil em 2022.
Despesas gerais e administrativas: Foi projetada uma despesa de R$ 32.909 mil
para o período de abril a dezembro de 2015, R$44.367 mil em 2016 alcançando o
valor de R$ 92.696 mil em 2022.
Salário da administração: Foi projetada uma despesa de R$ 9.002 mil para o
período de abril a dezembro de 2015, R$ 12.137 mil em 2016 alcançando o valor
de R$ 22.622 mil em 2022.
Outras Receitas/Despesas Operacionais: Foi projetada uma despesa de R$ 6.904
mil para o período de abril a dezembro de 2015, R$ 9.308 mil em 2016
alcançando o valor de R$ 17.350 mil em 2022.
Receita de benefícios fiscais: Foi projetada uma receita de R$ 17.293 mil para o
período de abril a dezembro de 2015, R$ 19.385 mil em 2016 alcançando o valor
de R$ 28.409 mil em 2022.
Depreciação e Amortização: Foi projetada uma receita de R$ 12.592 mil para o
período de abril a dezembro de 2015, R$ 17.681 mil em 2016 alcançando o valor
de R$ 34.357 mil em 2022.
De acordo com a administração da
companhia, pode-se observar um ganho
de margem devido à melhor rentabilidade
da estrutura organizada, a empresa
iniciou uma reestruturação da sua equipe
de vendas de acordo com as verticais
criadas. As receitas de benefícios fiscais são
reconhecidas no resultado ao longo do
exercício, com a finalidade de darem
suporte financeiro imediato, o que ocorre
no momento da sua apuração e atende às
condições do CPC 07 – Subvenção e
assistências Governamentais. Com base
no Decreto Estadual nº 1.922/2011,
estabelecimentos industriais fabricantes
de produtos de informática e automação,
que atendam ao dispositivo na Lei Federal
Laudo AP-0450/15-01 18
ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA
nº 8.248/1991 (Lei da informática), com
relação ao PPB – Processo produtivo
Básico, possuem concessão de crédito
presumido de ICMS equivalente à alíquota
prevista na respectiva operação de saída
dos bens arrolados no mesmo Decreto.
IR/CSLL Foi utilizada uma alíquota de 33,9% em 2015 e 2016, alcançando 34% em 2017 em
diante.
Regime de tributação sobre lucro real.
Laudo AP-0450/15-01 19
CAPITAL DE GIRO
Prazos projetados com base nos saldos das contas do balanço de BEMATECH,
encerrado em 31 de março de 2015, e informações públicas da empresa. A
variação do capital de giro foi calculada considerando os parâmetros abaixo,
a partir de abril de 2015:
Foram adotados 67 dias para o Contas a Receber, conforme comprovado nas
demonstrações financeiras publicadas pela companhia.
DEPRECIAÇÃO
Conforme administração da companhia, foi utilizado um valor próximo a 4%
da ROL para a depreciação.
INVESTIMENTOS
Foi considerado um investimento de R$ 204.686 mil para a manutenção e
expansão investimento do imobilizado e dos Desenvolvimentos de produtos
contabilizado, por todo o período projetivo.
Conforme administração da companhia, foi utilizado um valor próximo a 4%
da ROL para a o investimento.
AMOTIZAÇÃO DO ÁGIO
Foi considerada uma taxa de 20,00% a.a. de amortização sobre os ágios
gerados em aquisições realizadas por BEMATECH. Apenas o ágio gerado na
aquisição de UNUM começou a ser aproveitado em 2015. Os ágios gerados nas
aquisições de Mistercheg Sistemas de Automação Ltda. e CMNET
Participações Ltda. começarão a ser aproveitados em 2016 e o ágio gerado
na aquisição de CMNET Soluções em Informática e Agência de Viagens e
Turismo Ltda. começará a ser aproveitado em 2017.
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTO
A taxa de desconto foi calculada pela metodologia WACC - Weighted Average
Cost of Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média
ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital
(próprio e de terceiros).
Os valores dos parâmetros utilizados para o cálculo da taxa de desconto
seguem no Anexo 1 deste laudo. Porém, destacamos abaixo as principais
fontes destes parâmetros:
Taxa livre de Risco (custo do patrimônio líquido): Corresponde à
rentabilidade (yield), em 31/03/2015, do US T-Bond 20 anos (Federal
Reserve), site http://www.treas.gov/offices/domestic-finance/debt-
management/interest-rate/yield_historical.shtml;
USOS DIAS FONTE
Contas a receber 67 ROL
Estoques 39 CMV
Impostos a recuperar 37 ROL
FONTES DIAS FONTE
Fornecedores 38 CMV
Salários e encargos a pagar 44 DESPESAS OPERACIONAIS
Impostos e contribuições a recolher 4 ROL
Comissões a pagar 1 CMV & DESPESAS
Laudo AP-0450/15-01 20
Beta d: equivalente ao Beta médio da área, pesquisado no banco de
dados Bloomberg, programa fornecido pela empresa de mesmo
nome, com dados do mercado de ações e informações financeiras. Os
dados fornecidos pelo Bloomberg são os betas alavancados de
empresas diferentes, com estruturas de capital relativas às mesmas.
Desalavancamos os betas relativos a cada uma das empresas,
considerando as respectivas estruturas de capital. Assim, achamos os
respectivos betas brutos. Calculamos a média dos betas brutos
encontrados, para daí alavancarmos a mesma com a estrutura de
capital da empresa sendo analisada. Este cálculo é necessário para
corrigir as possíveis distorções no cálculo do beta geradas pela
diferença na estrutura de capital de cada empresa;
Prêmio de Risco: corresponde ao Spread entre SP500 e US T-Bond20
anos, conforme o Ibbotson 2014, publicação de mesmo nome com
análises de mercado (ações, inflação etc.) de longo prazo. Fonte:
2015 Valuation Handbook: Guide to Cost of Capital. Chicago, IL: Duff
& Phelps, LLC, 2015. Print;
Prêmio pelo Tamanho: corresponde ao prêmio de risco pelo tamanho
da empresa, considerando o mercado de ações norte-americano.
Fonte: 2015 Valuation Handbook: Guide to Cost of Capital. Chicago,
IL: Duff & Phelps, LLC, 2015. Print;
Risco Brasil: Portal Brasil (31/03/2015), site
http://www.portalbrasil.net/indices_dolar.htm;
Taxa livre de Risco (custo da dívida): Corresponde à rentabilidade
(yield), em 31/03/2015, do US T-Bond 10 anos (Federal Reserve),
site http://www.treas.gov/offices/domestic-finance/debt-
management/interest-rate/yield_historical.shtml;
Risco Específico (Alfa): O modelo para formação do custo da dívida
(Rd) é feito “de trás pra frente”, de forma a evitar distorções na
aplicação de modelos desenvolvidos para mercados maduros (como o
norte-americano) no jovem mercado brasileiro. O primeiro passo é
determinar o custo de captação para o setor em análise ou para a
empresa, caso ela tenha um porte que possibilite um tratamento
diferenciado pelas instituições financeiras. No caso de BEMATECH,
utilizamos um custo de captação nominal de 10,9% a.a.; e
Utilizada uma inflação americana projetada de 2,0% ao ano.
Por fim, com os parâmetros utilizados no cálculo, chegamos a uma taxa de
desconto real de 15,8% a.a.
CÁLCULO DO VALOR OPERACIONAL
A partir do Fluxo de Caixa Operacional projetado para os próximos 07 (sete)
anos e 09 (nove) meses e do valor residual da empresa a partir de então
(considerando uma taxa de crescimento na perpetuidade de 5,0%),
descontamos estes valores a valor presente, utilizando a taxa de desconto
nominal descrita no item anterior.
ATIVOS NÃO OPERACIONAIS
Não foram considerados ativos não operacionais nesta análise.
Laudo AP-0450/15-01 21
ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO
Foi considerado um endividamento líquido de R$ 20.936 mil na data-base,
conforme o quadro abaixo:
EVENTRO SUBSEQUENTE - AUMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA
A BEMATECH realizou a recompra de ações entre março de 2015 até julho de
2015, que resultou em um aumento de 644.400 ações em tesouraria para
1.577.400 até a data de incorporação.
Esses eventos geraram um desembolso de caixa de R$ 7.930 mil, conforme
quadro abaixo:
Caixa ( + ) 104.395
Outros Créditos CP( + ) 5.541
Caução contratual ( + ) 8.246
Depósitos Judiciais ( + ) 11.504
Outros Créditos LP( + ) 14.681
Empréstimos e Financiamentos de CP ( - ) 6.837
Debêntures CP ( - ) 12.477
Participação nos resultados/bônus ( - ) 5.658
Dividendos e juros sobre o capital ( - ) 18.313
Obrigações por aquisições de investimentos CP ( - ) 50
Provisão para contingências CP ( - ) 634
Outras contas a pagar CP ( - ) 6.770
Empréstimos e Financiamentos de LP ( - ) 18.555
Debêntures LP ( - ) 38.397
Provisão para contingências LP ( - ) 21.274
Obrigações por aquisições de investimentos LP ( - ) 35.999
Outras contas a pagar LP ( - ) 339
TOTAL (20.936)
ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (R$ mil)
Desembolso para recompra de ações ( - ) 7.930
TOTAL (7.930)
EVENTOS SUBSEQUENTE (R$ mil)
Laudo AP-0450/15-01 22
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH
Sintetizando os itens anteriormente mencionados, detalhados no Anexo 1, chegamos aos seguintes valores:
Taxa de retorno esperado 14,8% 15,8% 16,8%
Taxa de crescimento perpetuidade 5,0% 5,0% 5,0%
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 251.441 243.057 235.108
VALOR RESIDUAL DESCONTADO 346.386 295.296 254.037
VALOR OPERACIONAL DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 597.827 538.354 489.145
ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (20.936) (20.936) (20.936)
EVENTO SUBSEQUENTE* (7.930) (7.930) (7.930)
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 568.961 509.488 460.279
QUANTIDADES DE AÇÕES**
VALOR ECONÔMICO POR AÇÃO (R$) 11,38 10,19 9,21
* Ajuste referente ao valor gasto na recompra de ações.
**Quantidade de ações líquidas das ações em tesouraria em 31/07/2015.
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A.
49.990.870
Laudo AP-0450/15-01 23
7. CONCLUSÃO
À luz dos exames realizados na documentação anteriormente mencionada e tomando por base estudos da APSIS, concluíram os peritos que o valor econômico de
BEMATECH encontra-se entre R$ 9,21 (nove reais e vinte e um centavos) e R$ 11,38 (onze reais e trinta e oito centavos) por ação, suportando, portanto, o
valor da incorporação de ações de R$ 11,00 (onze reais) por ação. Cabe ressaltar que o referido valor é a melhor estimativa calculada com os dados disponíveis.
O laudo de avaliação AP-0450/15-01 foi elaborado sob a forma de Laudo Digital (documento eletrônico em Portable Document Format - PDF), com a
certificação digital dos responsáveis técnicos e impresso pela APSIS, composto por 24 (vinte e quatro) folhas digitadas de um lado e 03 (três) anexos. A APSIS
Consultoria Empresarial Ltda., CREA/RJ 1982200620 e CORECON/RJ RF/02052, empresa especializada em avaliação de bens, abaixo representada legalmente
pelos seus diretores, coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que, porventura, se façam necessários.
Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2015.
LUIZ PAULO CESAR SILVEIRA
Vice-Presidente
ANTONIO LUIZ FEIJÓ NICOLAU
Diretor
Laudo AP-0450/15-01 24
8. RELAÇÃO DE ANEXOS
1. CÁLCULOS AVALIATÓRIOS
2. DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE
3. GLOSSÁRIO E PERFIL DA APSIS
RIO DE JANEIRO - RJ Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar Centro, CEP 20011-001 Tel.: + 55 (21) 2212-6850 Fax: + 55 (21) 2212-6851
SÃO PAULO - SP Av. Angélica, nº 2.503, Conj. 42 Consolação, CEP 01227-200 Tel.: + 55 (11) 3662-5453 Fax: + 55 (11) 3662-5722
ANEXO 1
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - DADOS
DADOS BEMATECH S.A.ABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
(R$ mil)
RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROL) 338.814 470.910 531.946 598.079 681.686 767.926 842.929 884.870
(% crescimento ROB) 13,0% 12,4% 14,0% 12,7% 9,8% 5,0%
Varejo 50.177 72.737 86.075 97.819 113.741 127.789 138.556 144.791
(% crescimento) 18,3% 13,6% 16,3% 12,4% 8,4% 4,5%
Hospitality 61.488 85.287 91.650 100.621 110.594 119.560 127.097 132.817
(% crescimento) 7,5% 9,8% 9,9% 8,1% 6,3% 4,5%
Alimentos 20.758 29.409 32.433 36.623 41.565 45.927 49.371 51.592
(% crescimento) 10,3% 12,9% 13,5% 10,5% 7,5% 4,5%
Bemacash 1.008 8.200 17.674 28.290 40.387 52.506 61.564 64.335
(% crescimento) 115,5% 60,1% 42,8% 30,0% 17,3% 4,5%
Soluções Fiscais 85.542 112.000 126.000 133.999 143.500 152.435 160.611 167.838
(% crescimento) 12,5% 6,3% 7,1% 6,2% 5,4% 4,5%
PaaS - 600 4.600 14.700 30.804 54.324 77.768 85.513
(% crescimento) 666,7% 219,6% 109,6% 76,4% 43,2% 10,0%
Meios de Pagamentos 17.915 27.720 33.264 39.917 47.900 55.005 60.323 63.037
(% crescimento) 20,0% 20,0% 20,0% 14,8% 9,7% 4,5%
Serviços 16.449 20.319 20.318 20.317 21.194 22.108 23.062 24.057
(% crescimento) 0,0% 0,0% 4,3% 4,3% 4,3% 4,3%
Equipamentos 52.748 71.172 74.726 77.875 81.209 84.686 88.312 92.093
(% crescimento) 5,0% 4,2% 4,3% 4,3% 4,3% 4,3%
International 32.728 43.466 45.205 47.917 50.792 53.585 56.265 58.797
(% crescimento) 4,0% 6,0% 6,0% 5,5% 5,0% 4,5%
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 1/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - DADOS
DADOS BEMATECH S.A.ABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
(R$ mil)
CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (CSP) (208.981) (289.378) (317.657) (345.843) (386.718) (433.039) (473.346) (496.620)
(% ROL) -61,7% -61,5% -59,7% -57,8% -56,7% -56,4% -56,2% -56,1%
Varejo (36.060) (48.032) (52.028) (54.195) (62.596) (70.327) (76.253) (79.684)
(% ROL) -71,9% -66,0% -60,4% -55,4% -55,0% -55,0% -55,0% -55,0%
Hospitality (34.786) (44.994) (44.953) (45.953) (50.578) (54.679) (58.125) (60.741)
(% ROL) -56,6% -52,8% -49,0% -45,7% -45,7% -45,7% -45,7% -45,7%
Alimentos (13.661) (18.637) (19.608) (20.925) (23.561) (26.033) (27.985) (29.245)
(% ROL) -65,8% -63,4% -60,5% -57,1% -56,7% -56,7% -56,7% -56,7%
Bemacash (1.273) (5.024) (9.006) (13.493) (18.610) (24.195) (28.369) (29.646)
(% ROL) -126,3% -61,3% -51,0% -47,7% -46,1% -46,1% -46,1% -46,1%
Soluções Fiscais (43.006) (62.899) (73.073) (79.676) (81.687) (86.773) (91.427) (95.542)
(% ROL) -50,3% -56,2% -58,0% -59,5% -56,9% -56,9% -56,9% -56,9%
PaaS - (390) (2.530) (7.365) (15.433) (27.216) (38.962) (42.842)
(% ROL) 0,0% -65,0% -55,0% -50,1% -50,1% -50,1% -50,1% -50,1%
Meios de Pagamentos (12.182) (19.152) (22.766) (26.718) (31.991) (36.736) (40.287) (42.100)
(% ROL) -68,0% -69,1% -68,4% -66,9% -66,8% -66,8% -66,8% -66,8%
Serviços (9.914) (11.979) (11.814) (11.566) (11.993) (12.511) (13.050) (13.613)
(% ROL) -60,3% -59,0% -58,1% -56,9% -56,6% -56,6% -56,6% -56,6%
Equipamentos (35.154) (47.798) (50.187) (52.358) (54.660) (57.001) (59.441) (61.986)
(% ROL) -66,6% -67,2% -67,2% -67,2% -67,3% -67,3% -67,3% -67,3%
International (22.945) (30.473) (31.692) (33.594) (35.609) (37.568) (39.446) (41.221)
(% ROL) -70,1% -70,1% -70,1% -70,1% -70,1% -70,1% -70,1% -70,1%
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 2/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - DADOS
DADOS BEMATECH S.A.ABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
(R$ mil)
DESPESAS OPERACIONAIS (75.605) (105.153) (120.212) (135.622) (155.864) (175.582) (192.731) (202.321)
(% ROL) -22,3% -22,3% -22,6% -22,7% -22,9% -22,9% -22,9% -22,9%
Despesas de Venda (56.675) (76.407) (85.614) (96.047) (109.341) (123.174) (135.204) (141.931)
% ROL -16,7% -16,2% -16,1% -16,1% -16,0% -16,0% -16,0% -16,0%
Despesas gerais e administrativas (32.909) (44.367) (50.117) (56.348) (64.225) (72.350) (79.417) (83.368)
% ROL -9,7% -9,4% -9,4% -9,4% -9,4% -9,4% -9,4% -9,4%
Salário da administração (9.002) (12.137) (13.710) (15.415) (17.569) (19.792) (21.725) (22.806)
% ROL -2,7% -2,6% -2,6% -2,6% -2,6% -2,6% -2,6% -2,6%
Outras Receitas/Despesas Operacionais (6.904) (9.308) (10.515) (11.822) (13.475) (15.179) (16.662) (17.491)
% ROL -2,0% -2,0% -2,0% -2,0% -2,0% -2,0% -2,0% -2,0%
Receita de benefícios fiscais 17.293 19.385 20.846 21.432 22.064 24.855 27.282 28.640
% ROL 5,1% 4,1% 3,9% 3,6% 3,2% 3,2% 3,2% 3,2%
Depreciação e Amortização 12.592 17.681 18.898 22.577 26.683 30.058 32.994 34.636
% ROL 3,7% 3,8% 3,6% 3,8% 3,9% 3,9% 3,9% 3,9%
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 3/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - ÁGIO
ÁGIO BEMATECH S.A. Data-baseABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
(R$ mil) 31/03/2015 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
ÁGIO CUSTO (ORIGINAL) 31.880 31.880 108.525 127.534 127.534 127.534 127.534 127.534 127.534
VALOR RESIDUAL 30.286 25.504 80.444 73.946 48.439 22.933 - - -
AMORTIZAÇÃO ÁGIO ORIGINAL - 4.782 21.705 25.507 25.507 25.507 22.933 - -
ÁGIO TOTAL 1.594 4.782 10.889 25.507 25.507 25.507 19.131 14.618 -
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 4/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - CAPITAL DE GIRO
CAPITAL DE GIRO BEMATECH S.A. MAR 2015 ABR - DEZ 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
(R$ mil)
USOS 170.352 152.767 167.438 188.141 210.309 238.900 268.842 294.885 309.527
Contas a receber 95.174 79.907 87.642 99.001 111.309 126.869 142.920 156.878 164.684
Estoques 28.711 28.643 31.299 34.358 37.407 41.828 46.838 51.197 53.715
Impostos a recuperar 46.467 44.217 48.497 54.782 61.593 70.203 79.085 86.809 91.128
FONTES 61.602 44.977 49.218 54.798 60.475 68.299 76.665 83.943 88.090
Fornecedores 33.859 27.932 30.522 33.505 36.478 40.789 45.674 49.926 52.381
Salários e encargos a pagar 14.717 11.812 12.965 14.821 16.721 19.217 21.648 23.762 24.945
Impostos e contribuições a recolher 12.100 5.014 5.499 6.212 6.985 7.961 8.968 9.844 10.334
Comissões a pagar 926 218 232 260 292 332 374 411 431
CAPITAL DE GIRO 108.750 107.790 118.220 133.343 149.834 170.602 192.178 210.942 221.437
VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO (960) 10.430 15.124 16.491 20.768 21.576 18.764 10.495
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 5/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - FLUXO
FLUXO BEMATECH S.A. 2012 2013 2014 MAR 2015
(R$ mil)
(% crescimento) 11,3% 16,5%
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL) 328.390 365.384 425.576 98.063
CUSTOS DOS SERVIÇOS ( - ) (202.201) (221.713) (245.709) (60.524)
LUCRO BRUTO (=) 126.189 143.671 179.867 37.539
margem bruta (LB/ROL) 38,4% 39,3% 42,3% 38,3%
DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS ( - ) (63.912) (66.994) (91.689) (21.657)
LAJIDA/EBITDA ( = ) 62.277 76.677 88.178 15.882
margem Ebitda (Ebitda/ROL) 19,0% 21,0% 20,7% 16,2%
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO ( - ) (17.417) (16.234) (16.225) (4.393)
LAIR/EBIT ( = ) 44.860 60.443 71.953 11.489
IMPOSTO DE RENDA/CONTRIB. SOCIAL ( - )
Taxa de IRCS Efetiva (IRCS/EBIT)
LUCRO LÍQUIDO (=)
margem líquida (LL/ROL)
FLUXO DE CAIXA LIVRE 2012 2013 2014 MAR 2015
(R$ mil)
ENTRADAS
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO
SAÍDAS
INVESTIMENTOS IMOBILIZADO E INTANGÍVEIS ( - )
SALDO SIMPLES
VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO ( - )
SALDO DO PERÍODO
Período Parcial
Mid-Year Convention
Fator de Desconto @ 15,85% 15,8%
Fluxo de Caixa Descontado
Saldo a ser Perpetuado
Perpetuidade @ 5,00% 5,0%
VALOR OPERACIONAL
(R$ mil)
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 6/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - FLUXO
FLUXO BEMATECH S.A.
(R$ mil)
(% crescimento)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL)
CUSTOS DOS SERVIÇOS ( - )
LUCRO BRUTO (=)
margem bruta (LB/ROL)
DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS ( - )
LAJIDA/EBITDA ( = )
margem Ebitda (Ebitda/ROL)
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO ( - )
LAIR/EBIT ( = )
IMPOSTO DE RENDA/CONTRIB. SOCIAL ( - )
Taxa de IRCS Efetiva (IRCS/EBIT)
LUCRO LÍQUIDO (=)
margem líquida (LL/ROL)
FLUXO DE CAIXA LIVRE
(R$ mil)
ENTRADAS
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO
SAÍDAS
INVESTIMENTOS IMOBILIZADO E INTANGÍVEIS ( - )
SALDO SIMPLES
VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO ( - )
SALDO DO PERÍODO
Período Parcial
Mid-Year Convention
Fator de Desconto @ 15,85%
Fluxo de Caixa Descontado
Saldo a ser Perpetuado
Perpetuidade @ 5,00%
VALOR OPERACIONAL
(R$ mil)
ABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
13,0% 12,4% 14,0% 12,7% 9,8% 5,0%
338.814 470.910 531.946 598.079 681.686 767.926 842.929 884.870
(208.981) (289.378) (317.657) (345.843) (386.718) (433.039) (473.346) (496.620)
129.833 181.532 214.289 252.236 294.967 334.888 369.582 388.250
38,3% 38,5% 40,3% 42,2% 43,3% 43,6% 43,8% 43,9%
(75.605) (105.153) (120.212) (135.622) (155.864) (175.582) (192.731) (202.321)
54.228 76.380 94.077 116.614 139.104 159.306 176.851 185.929
16,0% 16,2% 17,7% 19,5% 20,4% 20,7% 21,0% 21,0%
(17.374) (28.570) (44.405) (48.084) (52.189) (49.189) (47.612) (34.636)
36.854 47.809 49.672 68.530 86.914 110.117 129.239 151.294
(12.506) (16.231) (16.864) (23.276) (29.527) (37.416) (43.917) (51.416)
-33,9% -33,9% -34,0% -34,0% -34,0% -34,0% -34,0% -34,0%
24.348 31.578 32.807 45.253 57.387 72.701 85.322 99.878
7,2% 6,7% 6,2% 7,6% 8,4% 9,5% 10,1% 11,3%
ABR - DEZ
20152016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
41.722 60.149 77.213 93.338 109.577 121.890 132.934 134.514
24.348 31.578 32.807 45.253 57.387 72.701 85.322 99.878
17.374 28.570 44.405 48.084 52.189 49.189 47.612 34.636
(13.553) (18.836) (21.278) (23.923) (27.267) (30.717) (33.717) (35.395)
(13.553) (18.836) (21.278) (23.923) (27.267) (30.717) (33.717) (35.395)
28.169 41.312 55.935 69.415 82.309 91.173 99.217 99.119
960 (10.430) (15.124) (16.491) (20.768) (21.576) (18.764) (10.495)
29.129 30.883 40.811 52.924 61.542 69.597 80.452 88.624
0,75 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,38 1,25 2,25 3,25 4,25 5,25 6,25 7,25
0,95 0,83 0,72 0,62 0,54 0,46 0,40 0,34
27.566 25.695 29.311 32.811 32.935 32.151 32.082 30.506
30.506
295.296
538.354
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 7/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - TAXA DE DESCONTO
EQUITY / PRÓPRIO 91%
DEBT / TERCEIROS 9%
EQUITY + DEBT 100%
INFLAÇÃO AMERICANA PROJETADA 2,0%
INFLAÇÃO BRASILEIRA PROJETADA 4,5%
TAXA LIVRE DE RISCO (Rf) 2,3%
BETA d 0,71
BETA r 0,76
PRÊMIO DE RISCO (Rm - Rf) 6,2%
PRÊMIO DE TAMANHO (Rs) 3,7%
RISCO BRASIL 3,2%
Re Nominal em US$ (=) 14,0%
Re Nominal em R$ (=) 16,7%
CUSTO DA DÍVIDA
TAXA LIVRE DE RISCO (Rf*) 1,9%
RISCO ESPECÍFICO (ALFA) 5,7%
RISCO BRASIL 3,2%
Rd Nominal em R$(=) 10,9%
Rd Nominal com Benefício Fiscal (=) 7,2%
WACC
CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO 16,7%
CUSTO DA DÍVIDA 7,2%
TAXA DE DESCONTO NOMINAL EM R$ (=) 15,8%
ESTRUTURA DE CAPITAL
CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 8/9
LAUDO DE AVALIAÇÃO AP-0450/15-01 ANEXO 1 - VALOR ECONÔMICO
Taxa de retorno esperado 14,8% 15,8% 16,8%
Taxa de crescimento perpetuidade 5,0% 5,0% 5,0%
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 251.441 243.057 235.108
VALOR RESIDUAL DESCONTADO 346.386 295.296 254.037
VALOR OPERACIONAL DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 597.827 538.354 489.145
ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (20.936) (20.936) (20.936)
EVENTO SUBSEQUENTE* (7.930) (7.930) (7.930)
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A. (R$ mil) 568.961 509.488 460.279
QUANTIDADES DE AÇÕES**
VALOR ECONÔMICO POR AÇÃO (R$) 11,38 10,19 9,21
* Ajuste referente ao valor gasto na recompra de ações.
**Quantidade de ações líquidas das ações em tesouraria em 31/07/2015.
VALOR ECONÔMICO DE BEMATECH S.A.
49.990.870
APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 9/9
ANEXO 2
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ANEXO 3
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Glossário ABL – área bruta locável. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Abordagem da renda - método de avaliação pela conversão a valor presente de benefícios econômicos esperados. Abordagem de ativos - método de avaliação de empresas onde todos os ativos e passivos (incluindo os não contabilizados) têm seus valores ajustados aos de mercado. Também conhecido como patrimônio líquido a mercado. Abordagem de mercado - método de avaliação no qual são adotados múltiplos comparativos derivados de preço de vendas de ativos similares. Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou goodwill) - benefícios econômicos futuros decorrentes de ativos não passíveis de serem individualmente identificados nem separadamente reconhecidos. Amortização - alocação sistemática do valor amortizável de ativo ao longo de sua vida útil. Amostra – conjunto de dados de mercado representativos de uma população. Aproveitamento eficiente – aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, em uma data de referência, observada a tendência mercadológica nas circunvizinhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente. Área equivalente de construção - área construída sobre a qual é aplicada a equivalência de custo unitário de construção correspondente, de acordo com os postulados da ABNT. Área homogeneizada - área útil, privativa ou construída com tratamentos matemáticos, para fins de avaliação, segundo critérios baseados no mercado imobiliário. Área privativa - área útil acrescida de elementos construtivos (tais como paredes, pilares etc.) e hall de elevadores (em casos particulares).
Área total de construção – resultante do somatório da área real privativa e da área comum atribuídas a uma unidade autônoma, definidas conforme a ABNT. Área útil – área real privativa subtraída a área ocupada pelas paredes e outros elementos construtivos que impeçam ou dificultem sua utilização. Arrendamento mercantil financeiro - o que transfere substancialmente todos os riscos e benefícios vinculados à posse do ativo, o qual pode ou não ser futuramente transferido. O arrendamento que não for financeiro é operacional. Arrendamento mercantil operacional - o que não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do ativo. O arrendamento que não for operacional é financeiro. Ativo - recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados dos quais se esperam benefícios econômicos futuros para a entidade. Ativo imobilizado - ativos tangíveis disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, na locação por outros, investimento, ou fins administrativos, esperando-se que sejam usados por mais de um período contábil. Ativo intangível - ativo identificável não monetário sem substância física. Tal ativo é identificável quando: a) for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, tanto individualmente quanto junto com contrato, ativo ou passivo relacionados; b) resulta de direitos contratuais ou outros direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. Ativos não operacionais - aqueles não ligados diretamente às atividades de operação da empresa (podem ou não gerar receitas) e que podem ser alienados sem prejuízo do seu funcionamento. Ativos operacionais - bens fundamentais ao funcionamento da empresa. Ativo tangível - ativo de existência física como terreno, construção, máquina, equipamento, móvel e utensílio.
2
Avaliação - ato ou processo de determinar o valor de um ativo. BDI (Budget Difference Income) – Benefícios e Despesas Indiretas. Percentual que indica os benefícios e despesas indiretas incidentes sobre o custo direto da construção. Bem – coisa que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito, que integra um patrimônio. Benefícios econômicos - benefícios tais como receitas, lucro líquido, fluxo de caixa líquido etc. Beta - medida de risco sistemático de uma ação; tendência do preço de determinada ação a estar correlacionado com mudanças em determinado índice. Beta alavancado – valor de beta refletindo o endividamento na estrutura de capital. Campo de arbítrio – intervalo de variação no entorno do estimador pontual adotado na avaliação, dentro do qual se pode arbitrar o valor do bem desde que justificado pela existência de características próprias não contempladas no modelo. CAPEX (Capital Expenditure) – investimento em ativo permanente. CAPM (Capital Asset Pricing Model) - modelo no qual o custo de capital para qualquer ação ou lote de ações equivale à taxa livre de risco acrescida de prêmio de risco proporcionado pelo risco sistemático da ação ou lote de ações em estudo. Geralmente utilizado para calcular o Custo de Capital Próprio ou Custo de Capital do Acionista. Capital investido – somatório de capital próprio e de terceiros investidos em uma empresa. O capital de terceiros geralmente está relacionado a dívidas com juros (curto e longo prazo) devendo ser especificadas dentro do contexto da avaliação. Capitalização - conversão de um período simples de benefícios econômicos em valor. Códigos alocados – ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as características qualitativas dos imóveis. Combinação de negócios - união de entidades ou negócios separados produzindo demonstrações contábeis de uma única entidade que reporta. Operação ou outro evento por meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independente da forma jurídica da operação. Controlada - entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal como uma associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora).
Controladora - entidade que possui uma ou mais controladas. Controle - poder de direcionar a gestão estratégica política e administrativa de uma empresa. CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis Custo – total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de um bem em uma determinada data e situação. Custo de capital - taxa de retorno esperado requerida pelo mercado como atrativa de fundos para determinado investimento. Custo de reedição – custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em vista o estado em que se encontra. Custo de reprodução – gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar eventual depreciação. Custo de substituição – custo de reedição de um bem, com a mesma função e características assemelhadas ao avaliando. Custo direto de produção – gastos com insumos, inclusive mão de obra, na produção de um bem. Custo indireto de produção – despesas administrativas e financeiras, benefícios e demais ônus e encargos necessários à produção de um bem. CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Dado de mercado – conjunto de informações coletadas no mercado relacionadas a um determinado bem. Dano – prejuízo causado a outrem pela ocorrência de vícios, defeitos, sinistros e delitos, entre outros. Data base – data específica (dia, mês e ano) de aplicação do valor da avaliação. Data de emissão – data de encerramento do laudo de avaliação, quando as conclusões da avaliação são transmitidas ao cliente. DCF (Discounted Cash Flow) - fluxo de caixa descontado.
3
D&A – Depreciação e Amortização. Depreciação - alocação sistemática do valor depreciável de ativo durante a sua vida útil. Desconto por falta de controle - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de 100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de parte ou da totalidade de controle. Desconto por falta de liquidez - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de 100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de liquidez. Dívida líquida – caixa e equivalentes, posição líquida em derivativos, dívidas financeiras de curto e longo prazo, dividendos a receber e a pagar, recebíveis e contas a pagar relacionadas a debêntures, déficits de curto e longo prazo com fundos de pensão, provisões, outros créditos e obrigações com pessoas vinculadas, incluindo bônus de subscrição. Documentação de suporte – documentação levantada e fornecida pelo cliente na qual estão baseadas as premissas do laudo. Drivers – direcionadores de valor ou variáveis-chave. EBIT (Earnings Before Interests and Taxes) - lucro antes de juros e impostos. EBITDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization) - lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Empreendimento – conjunto de bens capaz de produzir receitas por meio de comercialização ou exploração econômica. Pode ser: imobiliário (ex.: loteamento, prédios comerciais/residenciais), de base imobiliária (ex.: hotel, shopping center, parques temáticos), industrial ou rural. Empresa - entidade comercial, industrial, prestadora de serviços ou de investimento detentora de atividade econômica. Enterprise value – valor econômico da empresa. Equity value – valor econômico do patrimônio líquido. Estado de conservação – situação física de um bem em decorrência de sua manutenção.
Estrutura de capital - composição do capital investido de uma empresa entre capital próprio (patrimônio) e capital de terceiros (endividamento). Fator de comercialização – razão entre o valor de mercado de um bem e seu custo de reedição ou substituição, que pode ser maior ou menor que 1 (um). FCFF (Free Cash Flow to Firm) - fluxo de caixa livre para a firma, ou fluxo de caixa livre desalavancado. Fluxo de caixa - caixa gerado por um ativo, grupo de ativos ou empresa durante determinado período de tempo. Geralmente o termo é complementado por uma qualificação referente ao contexto (operacional, não operacional etc.). Fluxo de caixa do capital investido – fluxo gerado pela empresa a ser revertido aos financiadores (juros e amortizações) e acionistas (dividendos) depois de considerados custo e despesas operacionais e investimentos de capital. Fração ideal – percentual pertencente a cada um dos compradores (condôminos) no terreno e nas coisas comuns da edificação. Free float – percentual de ações em circulação sobre o capital total da empresa. Frente real – projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso. Gleba urbanizável – terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana, visando o seu aproveitamento eficiente, por meio de loteamento, desmembramento ou implantação de empreendimento. Goodwill – ver Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou goodwill) Hipótese nula em um modelo de regressão – hipótese em que uma ou um conjunto de variáveis independentes envolvidas no modelo de regressão não é importante para explicar a variação do fenômeno em relação a um nível de significância pré-estabelecido. Homogeneização – tratamento dos preços observados, mediante a aplicação de transformações matemáticas que expressem, em termos relativos, as diferenças entre os atributos dos dados de mercado e os do bem avaliando. IAS (International Accounting Standard) – Normas Internacionais de Contabilidade.
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IASB (International Accounting Standards Board) – Junta Internacional de Normas Contábeis. Idade aparente - idade estimada de um bem em função de suas características e estado de conservação no momento da vistoria. IFRS (International Financial Reporting Standard) – Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo IASB. Imóvel – bem constituído de terreno e eventuais benfeitorias a ele incorporadas. Pode ser classificado como urbano ou rural, em função da sua localização, uso ou vocação. Imóvel de referência – dado de mercado com características comparáveis às do imóvel avaliando. Impairment – ver Perdas por desvalorização Inferência estatística – parte da ciência estatística que permite extrair conclusões sobre a população a partir de amostra. Infraestrutura básica – equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de acesso. Instalações - conjunto de materiais, sistemas, redes, equipamentos e serviços para apoio operacional a uma máquina isolada, linha de produção ou unidade industrial, conforme grau de agregação. Liquidação forçada – condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em prazo menor que a média de absorção pelo mercado. Liquidez – capacidade de rápida conversão de determinado ativo em dinheiro ou em pagamento de determinada dívida. Loteamento – subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com abertura de novas vias de circulação de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das já existentes. Luvas – quantia paga pelo futuro inquilino para assinatura ou transferência do contrato de locação, a título de remuneração do ponto comercial. Metodologia de avaliação – uma ou mais abordagens utilizadas na elaboração de cálculos avaliatórios para a indicação de valor de um ativo.
Modelo de regressão – modelo utilizado para representar determinado fenômeno, com base em uma amostra, considerando-se as diversas características influenciantes. Múltiplo – valor de mercado de uma empresa, ação ou capital investido, dividido por uma medida da empresa (EBITDA, receita, volume de clientes etc.). Normas Internacionais de Contabilidade - normas e interpretações adotadas pela IASB. Elas englobam: Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS); Normas Internacionais de Contabilidade (IAS); e interpretações desenvolvidas pelo Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRIC) ou pelo antigo Comitê Permanente de Interpretações (SIC). Padrão construtivo – qualidade das benfeitorias em função das especificações dos projetos, de materiais, execução e mão de obra efetivamente utilizados na construção. Parecer técnico – relatório circunstanciado ou esclarecimento técnico, emitido por um profissional capacitado e legalmente habilitado, sobre assunto de sua especificidade. Passivo - obrigação presente que resulta de acontecimentos passados, em que se espera que a liquidação desta resulte em afluxo de recursos da entidade que incorporam benefícios econômicos. Patrimônio líquido a mercado - ver Abordagem de ativos. Perdas por desvalorização (impairment) - valor contábil do ativo que excede, no caso de estoques, seu preço de venda menos o custo para completá-lo e despesa de vendê-lo; ou, no caso de outros ativos, seu valor justo menos a despesa para a venda. Perícia – atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos. Pesquisa de mercado – conjunto de atividades de identificação, investigação, coleta, seleção, processamento, análise e interpretação de resultados sobre dados de mercado. Planta de valores – representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de metro quadrado de terreno ou do imóvel em uma mesma data. Ponto comercial – bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial, decorrente de sua localização e expectativa de exploração comercial. Ponto influenciante – ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera significativamente os parâmetros estimados ou a estrutura linear do modelo.
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População – totalidade de dados de mercado do segmento que se pretende analisar. Preço – quantia pela qual se efetua uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele. Prêmio de controle - valor ou percentual de um valor pró-rata de lote de ações controladoras sobre o valor pró-rata de ações sem controle, que refletem o poder do controle. Profundidade equivalente – resultado numérico da divisão da área de um lote pela sua frente projetada principal. Propriedade para investimento - imóvel (terreno, construção ou parte de construção, ou ambos) mantido pelo proprietário ou arrendatário sob arrendamento, tanto para receber pagamento de aluguel quanto para valorização de capital, ou ambos, que não seja para: uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, como também para fins administrativos. Rd (Custo da Dívida) – medida do valor pago pelo capital provindo de terceiros, sob a forma de empréstimos, financiamentos, captações no mercado, entre outros. Re (Custo de Capital Próprio) – retorno requerido pelo acionista pelo capital investido. Risco do negócio - grau de incerteza de realização de retornos futuros esperados do negocio, resultantes de fatores que não alavancagem financeira. Seguro - transferência de risco garantida por contrato, pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança de prêmio, a indenizar a outra pela ocorrência de sinistro coberto pela apólice. Sinistro - evento que causa perda financeira. Taxa de capitalização - qualquer divisor usado para a conversão de benefícios econômicos em valor em um período simples. Taxa de desconto - qualquer divisor usado para a conversão de um fluxo de benefícios econômicos futuros em valor presente. Taxa interna de retorno – taxa de desconto onde o valor presente do fluxo de caixa futuro é equivalente ao custo do investimento. Testada - medida da frente de um imóvel.
Tratamento de dados – aplicação de operações que expressem, em termos relativos, as diferenças de atributos entre os dados de mercado e os do bem avaliando. Unidade geradora de caixa - menor grupo de ativos identificáveis gerador de entradas de caixa que são, em grande parte, independentes de entradas geradas por outros ativos ou grupos de ativos. Valor atual - valor de reposição por novo depreciado em função do estado físico em que se encontra o bem. Valor contábil - valor em que um ativo ou passivo é reconhecido no balanço patrimonial. Valor da perpetuidade - valor ao final do período projetivo a ser adicionado no fluxo de caixa. Valor de dano elétrico - estimativa do custo do reparo ou reposição de peças, quando ocorre um dano elétrico no bem. Os valores são tabelados em percentuais do Valor de Reposição e foram calculados através de estudos dos manuais dos equipamentos e da experiência em manutenção corretiva dos técnicos da Apsis. Valor de investimento - valor para um investidor em particular, baseado em interesses particulares no bem em análise. No caso de avaliação de negócios, este valor pode ser analisado por diferentes situações tais como sinergia com demais empresas de um investidor, percepções de risco, desempenhos futuros e planejamentos tributários. Valor de liquidação - valor de um bem colocado à venda no mercado fora do processo normal, ou seja, aquele que se apuraria caso o bem fosse colocado à venda separadamente, levando-se em consideração os custos envolvidos e o desconto necessário para uma venda em um prazo reduzido. Valor de reposição por novo – valor baseado no que o bem custaria (geralmente em relação a preços correntes de mercado) para ser reposto ou substituído por outro novo, igual ou similar. Valor de seguro - valor pelo qual uma companhia de seguros assume os riscos e não se aplica ao terreno e fundações, exceto em casos especiais. Valor de sucata - valor de mercado dos materiais reaproveitáveis de um bem, na condição de desativação, sem que estes sejam utilizados para fins produtivos. Valor depreciável - custo do ativo, ou outra quantia substituta do custo (nas demonstrações contábeis), menos o seu valor residual.
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Valor em risco - valor representativo da parcela do bem que se deseja segurar e que pode corresponder ao valor máximo segurável. Valor em uso - valor de um bem em condições de operação no estado atual, como uma parte integrante útil de uma indústria, incluídas, quando pertinentes, as despesas de projeto, embalagem, impostos, fretes e montagem. Valor (justo) de mercado - valor pelo qual um ativo pode ser trocado de propriedade entre um potencial vendedor e um potencial comprador, quando ambas as partes têm conhecimento razoável dos fatos relevantes e nenhuma está sob pressão de fazê-lo. Valor justo menos despesa para vender - valor que pode ser obtido com a venda de ativo ou unidade geradora de caixa menos as despesas da venda, em uma transação entre partes conhecedoras, dispostas a tal e isentas de interesse. Valor máximo de seguro - valor máximo do bem pelo qual é recomendável que seja segurado. Este critério estabelece que o bem com depreciação maior que 50% deverá ter o Valor Máximo de Seguro igual a duas vezes o Valor Atual; e aquele com depreciação menor que 50% deverá ter o Valor Máximo de Seguro igual ao Valor de Reposição. Valor presente - estimativa do valor presente descontado de fluxos de caixa líquidos no curso normal dos negócios. Valor recuperável - valor justo mais alto de ativo (ou unidade geradora de caixa) menos as despesas de venda comparado com seu valor em uso. Valor residual - valor do bem novo ou usado projetado para uma data, limitada àquela em que o mesmo se torna sucata, considerando estar em operação durante o período. Valor residual de ativo - valor estimado que a entidade obteria no presente com a alienação do ativo, após deduzir as despesas estimadas desta, se o ativo já estivesse com a idade e condição esperadas no fim de sua vida útil. Variáveis independentes – variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel objeto da avaliação. Variáveis qualitativas – variáveis que não podem ser medidas ou contadas, apenas ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por exemplo, padrão construtivo, estado de conservação e qualidade do solo).
Variáveis quantitativas – variáveis que podem ser medidas ou contadas (por exemplo, área privativa, número de quartos e vagas de garagem). Variáveis-chave – variáveis que, a priori e tradicionalmente, são importantes para a formação do valor do imóvel. Variável dependente – variável que se pretende explicar pelas independentes. Variável dicotômica – variável que assume apenas dois valores. Vício – anomalia que afeta o desempenho de produtos e serviços, ou os torna inadequados aos fins a que se destinam, causando transtorno ou prejuízo material ao consumidor. Vida remanescente – vida útil que resta a um bem. Vida útil econômica - período no qual se espera que um ativo esteja disponível para uso, ou o número de unidades de produção ou similares que se espera obter do ativo pela entidade. Vistoria – constatação local de fatos, mediante observações criteriosas em um bem e nos elementos e condições que o constituem ou o influenciam. Vocação do imóvel – uso economicamente mais adequado de determinado imóvel em função das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais. WACC (Weighted Average Cost of Capital) - modelo no qual o custo de capital é determinado pela média ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital (próprio e de terceiros).
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