Laudo Segurança Estrutural

6
Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135 LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL

description

Laudo Segurança Estrutural

Transcript of Laudo Segurança Estrutural

Page 1: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

LAUDO TÉCNICO

DE SEGURANÇA ESTRUTURAL

Page 2: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL

1. APRESENTAÇÃO

O presente memorial tem por finalidade descrever as medidas de segurança contra incêndio e pânico na UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SANTA CECÍLIA DO SUL, situada na Rua Maximiliano de Almeida, Santa Cecília do Sul - RS, com área total de 1.168,57 m².

2. REQUISITOS DE LEGISLAÇÃO Este PPCI tem como base legal a LEI COMPLEMENTAR Nº 14.376, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013 (atualizada até a Lei Complementar n° 14.690, de 16 de março de 2015). A edificação possui as seguintes classificações. Tabela 1: (H-3) – Hospital e assemelhado – Postos de saúde Tabela 2: Altura: II – H ≤ 6,00 m Tabela 3: Médio – Entre 300 e 1.200 MJ/m² Tabela 4: Edificação construída: área total: 1.168,57 m² 3. CONTROLE DE MATERIAIS DO CONCRETO ARMADO INTRODUÇÃO

Em conformidade com a LEI COMPLEMENTAR Nº 14.376, para esta medida fora aplicada atendendo os critérios da IT Nº 08/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com o intuito de estabelecer as medidas serem atendidas a fim de garantir estabilidade e segurança estrutural da edificação.

Descrição do sistema - da IT nº 08/2011 Resistência ao fogo dos elementos de construção do CB de SP.

Conforme ANEXO A, da tabela para estes tipos de edificação do grupo e sua divisão “H-3” temos: Classe P1 com h < 6 m da classificação da altura da edificação (h) tenha para H-3 TRRF de 30 min.

Conforme ANEXO B, da Tabela de resistência ao fogo para alvenarias, temos: - Paredes de tijolos de barro cozido (5cm x 10cm x 20cm) de massa 1,5kg, espessura total de 15cm, de meio tijolo com revestimento, apresenta Resistência ao fogo de 4 horas.

Pela mesma IT nº 08/2011 do CBSP, onde cita em seu item 5.5 – Dimensionamento de elementos estruturais em situação de incêndio, para o item 5.5.2 – Concreto, orienta a adoção da NBR 15200/04; recomendando, também, o uso da NBR 5628/01 para

Page 3: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

dimensionamento de estruturas em observância dos ensaios de resistência ao fogo de peça em concreto armado.

Descrição do sistema – pela NBR 15200 da ABNT.

Os requisitos gerais da NBR 15200 estabelecem em 4.1 “O projeto de estruturas de concreto em situação normal deve atender às prescrições da ABNT NBR 6118 e, em se tratando de estruturas de concreto pré-moldado, também da ABNT NBR 9062. O projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio é baseado na correlação entre o comportamento dos materiais e da estrutura em situação normal, ou seja, à temperatura ambiente (considerada próxima a 20oC), com o que ocorre em situação de incêndio”.

No item 4.2 são objetivos gerais para a verificação da estrutura submetidas ao fogo: ― limitar o risco à vida humana; ― limitar o risco da vizinhança e da própria sociedade; ― limitar o risco da propriedade exposta ao fogo.

Para considerar que os objetivos estabelecidos se, após a verificação da estrutura ao

fogo, são atingidos e demonstrados que esta estrutura mantem, ou possam garantir as seguintes funções, no item 4.3:

― função corta-fogo – a estrutura não permite que o fogo a ultrapasse ou que o calor a atravesse em quantidade suficiente para gerar combustão no lado oposto ao incêndio inicial. A função corta-fogo compreende o isolamento térmico e a estanqueidade à passagem de chamas;

― função de suporte – a estrutura mantém sua capacidade de suporte da construção como um todo ou de cada uma de suas partes, evitando o colapso global ou o colapso local progressivo.

Todos os requisitos descritos no item 4.3 da NR 15200 estão inseridos num conjunto

maior de requisitos gerais de proteção contra incêndio que compreende: ― reduzir o risco de incêndio; ― controlar o fogo em estágios iniciais; ― limitar a área exposta ao fogo (compartimento corta-fogo); ― criar rotas de fuga; ― facilitar a operação de combate ao incêndio; ― evitar ruína prematura da estrutura, permitindo a fuga dos usuários e as operações

de combate ao incêndio inicial.

As funções estabelecidas em 4.3 devem ser verificadas sob as combinações excepcionais de ações, no estado limite último, de modo que sejam aceitáveis plastificações das estruturas de concreto armado e ruínas locais que não determinem

Page 4: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

colapso além do local. A ABNT NBR 14432 define, em função das características da construção e do uso da edificação, as ações que devem ser consideradas para representar a situação de incêndio. A ABNT NBR 8681 estabelece qual a combinação de ações a ser considerada.

As propriedades do concreto armado sofrem deformações com a ação do fogo em caso de incêndio se não estiverem corretamente dimensionado e protegido contra o calor, tanto para os agregados miúdos e graúdos e no aço utilizado na armadura.

A resistência à compressão e o módulo de elasticidade do concreto decresce com o aumento da temperatura, independente dos tipos de agregados e sua composição.

As propriedades de resistência ao escoamento e rigidez do aço das armaduras ativas e passivas tendo alterações com elevadas temperaturas. Notam-se no exame das tabelas, auxiliares para o dimensionamento, que o módulo de elasticidade e a resistência ao escoamento do aço, tanto da armadura ativa e passiva, decrescem com o aumento da temperatura.

Ação correspondente ao incêndio Estabelecido pela NBR 14432, a ação correspondente ao incêndio pode ser

representado por um intervalo de tempo de exposição ao incêndio-padrão, chamado tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF), definido a partir das características da construção e carga de incêndio dentro da construção.

A quantidade de calor transmitido à estrutura num intervalo de tempo (TRRF) provoca em cada elemento estrutural, uma função equivalente a sua forma e exposição ao fogo, certa distribuição e propagação de temperatura.

O aumento da temperatura gera uma redução da resistência dos materiais e da capacidade dos elementos estruturais, provocando também, alteração nos esforços solicitantes decorrentes de alongamentos axiais ou das variações de temperatura.

Com o aquecimento dos elementos estruturais, pilares, vigas e lajes, a rigidez destas peças diminui e a capacidade de adaptação plástica cresce proporcionalmente.

Verificação das estruturas de concreto armado em si tuação de incêndio Usualmente as estruturas são projetadas e executadas em temperatura ambiente,

independente de seus usos. A verificação do seu comportamento a ação do calor, devem ser verificadas em situações de incêndio. Matematicamente, estas verificações para resistir à ação do fogo devem ser feitas, calculando-se no seu Estado de Limite Último na combinação correspondente, pelas equações da NBR 6118/2013 da ABNT.

As tabelas de auxilio ao dimensionamento desta norma levam em consideração o TRRF para as dimensões mínimas, para cada elemento estrutural a ser projetado para as novas construções estarem protegidas contra o colapso em caso de incêndio.

Page 5: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

Sistema de combate a incêndio. Os equipamentos de combate e controle em geral, sinalizações e rota de fuga, número

de saídas de emergências, extintores, hidrantes, sinalizações e treinamento de pessoal para interagir no caso de incêndio e pânico estão em condições de atender aos requisitos exigidos em normas e legislação vigentes.

Recomendações. Os elementos de maior rigidez devem situar-se no interior da edificação, ou seja, na

parte central, entre duas juntas estruturais, para possibilitar uma dilatação da estrutura, idêntica em todas as direções.

É conveniente a adoção de elementos com menores percentagens de armadura, com seções de maiores dimensões: menor percentagem de armadura � melhor comportamento estrutural.

Colocação de um número maior de barras metálicas espalhadas na seção da estrutura, sem concentração das armaduras junto aos cantos das seções, onde ocorre maior acréscimo de temperatura que neles ocorre em casos de incêndios.

A garantia da segurança é obtida através da limitação, a determinados valores, de parâmetros geométricos dos elementos (larguras, espessuras, recobrimentos, etc.), em função do tempo em que se pretende garantir a segurança (EUROCODE).

Ao se adentrar em edificações que sofreram ação do fogo, do qual não se sabe a carga combustível consumida e se o dimensionamento das estruturas de concreto armado tem TRRF para suportar os tempos de escape e rescaldo, recomenda-se a instalação de escoramentos no centro das estruturas que se encontram livres (vigas e lajes), para diminuir a seção de flexão e assim evitar que ocorra o colapso e seu desabamento.

4. CONCLUSÃO

Em observância a Lei Complementar 14.376, a Instrução Normativa 001 de 2014 do

Corpo de Bombeiros/RS, da IT nº 08/2011 do Corpo de Bombeiros/SP, das Normas da ABNT, NBR 15200, NBR 14432, NBR 6118 e EUROCDODE, para novas edificações, a concepção de estruturas de concreto armado para resistência ao fogo, recomenda-se atender, fundamentalmente:

‐ à distribuição da rigidez dos elementos; ‐ à forma da seção dos elementos; ‐ ao posicionamento da armadura. Diante das conformidades técnicas construtivas e desempenho dos sistemas

vistoriados que serão construídos, e frente às suas condições funcional, agregada à manutenção periódica, classifico a edificação, de uma maneira global, como de GRAU DE

Page 6: Laudo Segurança Estrutural

Planta – Arquitetura e Engenharia| Rua 15 de maio- Ibiaçá RS – Fone (54) 3374-1135

RISCO BAIXO, sendo garantida sua ocupação pelos equipamentos de prevenção e sua estabilidade com segurança pelos elementos estruturais empregados.

A edificação analisada apresenta SEGURANÇA ESTRUTURAL.

Ibiaçá (RS), 14 de outubro de 2015.

_______________________________________________ Natan Crestani

Engenheiro Civil - CREA RS203.631 Responsável técnico