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ARENA CASTELÃO: - A Primeira Arena inaugurada para a Copa de 2014 AQUÁRIO: Entrevista com o arquiteto Aureo Castelo N° 01 MAIO 2013 EDIÇÃO LIMITADA BAMBU: - Alternativa Ecológica PASSADOXFUTURO De que lado você está? TECNOLOGIA DOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO NO BRASIL

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Revista de Arquitetura e Urbanismo da disciplina de Comunicação Visual I dos alunos da Unifor (T35EF) 2013.1

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ARENA CASTELÃO:

- A Primeira Arena

inaugurada para a

Copa de 2014

AQUÁRIO:

Entrevista com

o arquiteto Aureo Castelo

N° 01 MAIO 2013 EDIÇÃO LIMITADA

BAMBU:

- Alternativa Ecológica

PASSADOXFUTURO

De que lado você está?

TECNOLOGIA DOS

ESTÁDIOS DA COPA

DO MUNDO NO BRASIL

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Estamos na contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada em nosso país verde e amarelo, e mesmo com todos os problemas, atrasos e o famoso "jeitinho brasileiro" não dá para negar que a nação brasileira já está ansiosa com a data do evento.

Para que o evento fosse sediado aqui, o governo se comprometeu em entregar 12 estádios seguindo os padrões internacionais de segurança para que o evento ocorra dentro do previsto, que incluem novas tecnologias das mais diversas áreas, como conforto, f ac i l i dade de locomoção , segu rança e sustentabilidade. Falaremos um pouco sobre alguns dos principais artefatos tecnológicos que serão agregados a arquitetura de nossos estádios a seguir.

Um dos itens que devem receber o torcedor logo na chegada são as catracas inteligentes, que serão dotadas de câmera de alta definição, assim identificando quem é o torcedor, qual seu ingresso e aonde o mesmo irá sentar para assistir o espetáculo. Além disso, ela não precisa empurrar para passar, o que facilita em uma escoação rápida em casos de emergência.

Outra importante aquisição são as centrais de monitoramento de câmeras em high definition, que cobrirão completamente o estádio e ajudarão na identificação dos “bagunceiros”, podendo mostrar pequenos detalhes, como as feições dos rostos. Tudo isso sendo monitorado por uma grande equipe de segurança, que acompanhará cada movimento que acontece no interior e nos arredores do estádio. Contudo, também controlará diversos recursos eletrônicos, como iluminação, funcionamento das câmeras e dos telões.

Os telões de LED também entraram na cobertura da festa. No Maracanã, por exemplo, serão instalados quatro telões com 98 metros quadrados cada um, além de TVs menores, espalhadas pela arena.

As fachadas dos estádios serão incrementadas com painéis de LED que darão mais alegria aos jogos, dependendo dos times que estiverem jogando, suas cores serão adotadas nos painéis, e também serão capazes de exibir vídeos, lances dos jogos, informações e anúncios publicitários.

Uma das mais aguardadas são as coberturas inteligentes, como visto na Arena da Baixada, em Curitiba, que possui um teto retrátil, capaz de deixar a arena completamente coberta em apenas 15 minutos.

As fontes de coleta de água pluvial também serão muito importantes na economia de água, que aproveitarão as águas da chuva para irrigação da grama e limpeza de toda a arena.

Diversos estádios contarão com sistemas para geração de energia. Por se tratarem de estruturas enormes, terão diversas placas fotovoltaicas, praticamente todas as arenas contarão com esse recurso.

E que venha a Copa de 2014!

TECNOLOGIA DOS ESTÁDIOS NA

COPA DO MUNDO NO BRASIL

*fonte das Imagens:http://blogdeleandrocunha.blogspot.com.br

por Andressa Lourenço e Renata Marques

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Um edifício com características imponentes de sustentabilidade aliada à alta tecnologia tem tirado o sono de muita gente, embora nem tenha ainda saído do projeto, previsto para ser construído desde o final de 2008 em Dubai.

A Dynamic Tower, um projeto do arquiteto David Fisher da Dynamic Architecture, tem gerado polêmica aqui no Brasil por ter sido chamado de primeiro edifício rotativo do mundo, afinal outras propostas já haviam sido criadas com essa idéia.

O projeto em Dubai sintetiza essas duas correntes: habitação em um edifício giratório e a preocupação ecológica.

Em breve serão iniciadas as obras da torre de 420m de altura e 80 andares, com uso misto residencial – habitação, hotel 6 estrelas e comércio. Apenas o núcleo central será construído utilizando métodos tradicionais e demorará 6 meses. Enquanto isso, as estruturas modulares (90% do prédio) serão fabricadas em Jebel Ali (Dubai) e trazidas prontas para o local, onde serão içadas, posicionadas e conectadas ao núcleo central em apenas 2 dias.

O “Método Fisher”, como é chamado em homenagem ao arquiteto, além de econômico e de rápida execução, resulta em uma obra limpa e mais segura, pois evita os acidentes mais usuais do canteiro de obra tradicional. No local da construção serão necessários apenas 90 trabalhadores e engenheiros, e o tempo de construção será 30% menor do que da construção in loco. Outra vantagem da pré-fabricação foi a possibilidade de maior controle de qualidade, e a flexibilidade na customização das unidades.

Entre cada pavimento foram projetadas turbinas horizontais para captar a energia dos ventos e abastecer o prédio, além do sistema de captação de energia solar no teto. “Considerando que Dubai tem 4.000 horas de vento anualmente, as turbinas incorporadas ao prédio irão gerar 1.200.000 kWh de energia” diz Fisher. Uma vez que o consumo médio estimado residencial é de 20-24.000 kWh por ano, 4 turbinas apenas seriam necessárias para atender perfeitamente os 200 apartamentos do prédio, as outras 44 poderiam fornecer energia limpa para todo o entorno. Sua estrutura de fibra de carbono possui uma forma especial para reduzir o ruído, uma vez que se localizam logo abaixo e acima dos habitantes. Outra facilidade desse sistema é que a manutenção poderá ser feita utilizando a própria estrutura do edifício - um elevador terá uso dedicado ao seu acesso.

Um edifício com características imponentes de sustentabilidade aliada à alta tecnologia tem tirado o sono de muita gente, embora nem tenha ainda saído do projeto, previsto para ser construído desde o final de 2008 em Dubai.

A Dynamic Tower, um projeto do arquiteto David Fisher da Dynamic Architecture, tem gerado polêmica aqui no Brasil por ter sido chamado de primeiro edifício rotativo do mundo, afinal outras propostas já haviam sido criadas com essa idéia.

Além do dinamismo, a fachada giratória movimenta os anéis garantindo a insolação ideal a cada hora – possibilitando aos habitantes escolher a melhor iluminação ou vista, pois o movimento é controlado diretamente pelo morador através de comandos de voz.

E isso é apenas o princípio: a idéia de Fisher é replicar este conceito em várias outras cidades ao redor do planeta. Segundo ele, Nova York, Milão, Londres, Hamburgo e até São Paulo manifestaram interesse em construir edifícios mutantes ecologicamente sustentáveis. Atualmente, em Moscou a segunda Dynamic Tower já está em fase avançada de projeto.

DYNAMIC TOWER, UM ARRANHA-CÉU SUSTENTÁVEL

*Fonte das Imagens:http://www.ignezferraz.com.br/por Lia Fontenelle e Victoria Petri

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Passado x Futuro De que lado você está?

Prédio tombado, localizado no Centro de Cuiabá, seria desapropriado para a instalação de trilhos.

Foto: Eduarda Fernandes

Patrimônio

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A implantação do VLT, deve ser o prin-cipal legado da Copa do Mundo em Cuiabá. O sistema, escolhido pelo governo do Estado, prevê a construção de 33 estações em duas linhas tron-cos: a maior será a que vai ligar o Centro ao Aeroporto. A outra linha sairá da avenida Fernan-do Correa da Costa com destino à praça Bispo Dom José, onde haverá integração entre as duas linhas troncos. Serão 22,2 quilômetros de trilhos. Os objetivos do novo sistema, são mel-horar a qualidade de vida da população, o de-slocamento urbano, a eficácia dos serviços de transporte por meio de integração entre diferentes meios de locomoção, reduzir o fluxo de veículos individuais e modernizar o transporte coletivo. A c o n t e c e que para a obra ser concluída, alguns prédios precisaram ser desapropriados, e aí começam os problemas, uma vez que o juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara Especia–lizada da Fazen–da Pública, sus-pendeu a des–apropriação de um imóvel que fica localizado no centro de Cuiabá, região atendida pelo VLT e onde seria instalado seus trilhos. O autor da decisão, declarou que a propriedade foi tombada como patrimônio históri-co da cidade pelo Instituto do Patrimônio Históri-co e Artístico Nacional (Iphan) e que há contro-vérsia, já que o governo estadual autorizou a desapropriação. O governo do estado informou que todas as desapropriações foram autorizadas pelo Iphan, mas que a decisão judicial será cum-prida. Desse modo, o magistrado intimou o super-intendente do Iphan a esclarecer se o imóvel foi tombado ou não pelo governo federal. Enquan-to isso, o prédio não poderá ser demolido. Se-gundo o juiz, há documentos datados de 2002, 2006 e 2009, emitidos pelo Instituto dizendo que o imóvel foi tombado pelo governo federal.“Ora, se o governo federal realmente tombou o imóvel, não pode o governo do estado editar decreto autorizando a sua desapropriação, pois isso implica em invadir competência legistativa da União, em det-rimento do direito difuso da sociedade brasileira”, salientou o juiz. Ele ainda pontua que imóveis tomba-dos pertencem à população e “às futuras gerações”. Em março deste ano, o governo do estado ingressou com uma ação de reintegração de posse com pedido de liminar contra os proprietários do imóvel, já falecidos, pedindo o direito de posse e

demolição do prédio alegando a necessidade de execução de obras de mobilidade urbana que vis-am preparar Cuiabá para a Copa do Mundo. A liminar foi concedida. Porém, a ONG Moral ingres-sou com uma petição junto ao processo do herdeiro dos proprietários do prédio, apresentando vários documentos de tombamento do imóvel. De acor-do com o advogado da entidade, Bruno Boaven-tura, o imóvel faz parte do conjunto arquitetônio e histórico da capital. “Temos três declarações do Iphan, o livro de registro de tombo e dois mapas do IPDU (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá) mostrando que ali faz par-te do patrimônio histórico da capital”, afirmou. Moradores locais tem opiniões dividi-

das. Uns discordam da decisão do juiz, já que o mesmo não mora na região e não sabe das condições que o prédio se en-contram, e defendemque o progresso deve chegar. Já outros re-clamam que, no pas-sado, em função do progresso, a Cate-dral da cidade foi demolida em 1968

e hoje todos lamentam o fato. Questionamentos como este são encontra-dos em todos os lugares e sempre com as opin-iões divididas. Em João Pessoa – PB, doze imóveis que integram o acervo histórico, artístico e cul-tural da capital que estão na iminência de ruir e quanto a isso, o coordenador da Defesa Civil in-formou que já solicitou providências ao Institu-to do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Iphaep) sobre es-ses imóveis, e que a maior difi-culdade está na localização dos proprietários. E aí fica o questionamento: O que é mais importante? Manter a tradição ou permitir que a modernidade avance sem intervenções?

Davi MoraesDeborah Firmeza

Juan MarquesJuliana Cavalcante

“...se o governo federal realmente tombou o imóvel, não pode o governo do estado editar decreto autorizando a sua desapropriação, pois isso im-plica em invadir competência legista-tiva da União, em detrimento do di-reito difuso da sociedade brasileira.”

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Patrimônio

Foto: Sara Maia

Vila Morena - Estoril

A história e a atual polêmica da primeira edificação da orla de For-taleza, tombada em 19 de setembro de 1986 através da Lei n° 6.199.

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Construída pelo pernambucano descen-dente de portugueses, José Magalhães Porto, e sua esposa, Francisca Frota Porto, apelida-da ‘Morena’, às vésperas dos anos 1920, a Vila Morena serviu de residência durante muitos anos, localizada na rua dos Tabajaras, número 406, na Praia do Peixe, hoje Praia de Iracema. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos estrangeiros que aqui aportaram, principalmente soldados americanos, alugaram a Vila Morena para ser o United States Office- USO, em 1943, quando a Praia do Peixe já era Praia de Iracema, nome dado pela cronista Adília de Albuquerque, es-posa do jornalista Tancredo Moraes. Após a guer-ra, dois portugueses alugaram a casa, e colocaram um restaurante com especialidade em pratos portugueses. Em 1952, Zé Pequeno assumiu a direção da casa, que passou a rece-ber a boêmia de Fortaleza, composta principal-mente por intelectuais. Surgia assim o ‘Estoril’. Feita de taipa, a edificação tinha por-tas e janelas com vidros importados, duas es-cadas ‘caracol’, ‘frades de pedra’ na frente, calçadas em pedra cristal e vitrais coloridos. Com o passar do tempo, a edificação deteriora-va-se, mas nada era feito pela Prefeitura, que simplesmente a deixou ruir, em 1992, para, pos-teriormente, reconstruí-la em concreto armado. A partir da administraçãodo prefeito Antô-nio Cambraia, em 1994, o casarão foi reconstruí-do e passou a ser administrado pelo Governo Mu-nicipal, tornando-se restaurante e espaço cultural. No ano de 2010, o Estoril passou por uma grande reforma mas, sem manutenção, o espaço já necessita de novos reparos na parte elétrica, portões, paredes e telhado, devido a infiltrações. Atualmente, o estoril é alvo da campanha “O Estoril também é meu”, que vem ganhando adeptos nas redes sociais. A casa , hoje de respons-abilidade da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), não possui projeto definido na atual gestão e poderia voltar a sua função original de restaurante. Após a entrega do Estoril restaurado, o espaço abrigou atividades esporádicas como a Feira da Música, o Manifesta e a Bienal de Dança. Uma polêmica esta sendo gerada pela não privatização do local. Manifestantes cri-aram no Facebook uma pagina ‘’Estoril de To-das as Artes’’ defendendo que o local não deve ser entregue à iniciativas privadas e sim mante-lo como um espaço público cultural.

A preocupação surgiu porque a Prefeitu-ra, ano passado, lançou edital para contratação de empresa que assumisse um bar-restaurante no local. Entretanto, dia 31 de dezembro, ain-da na gestão Luizianne Lins, o edital foi suspen-so e um contrato para exploração do espaço foi assinado com a empresa Walk Produções. Para a diretora Herê Aquino, não deve haver espaço gastronômico no local. “Apesar de já ter sido um bar, era alternativo. Ednardo, Fagner, Belchior andavam por lá na década de 1980. Hoje acredito

que não caiba um restau-rante lá dentro.”, afirma. Questionado sobre as propostas de gestão para o futuro do espaço, o atual secretário de cul-tura do Município, Mage-la Lima, afirmou que um dos espaços se tornará gastronômico. “A gente

precisa ter espaços que contemplem diferentes usos. O restaurante será apenas um espaço de convivência como sempre teve”, garante. O secretário informou que, em cerca de três meses, os editais de ocupação artística serão lançados.

Davi MoraesDeborah Firmeza

Juan MarquesJuliana Cavalcante

“Apesar de já ter sido um bar, era alternativo. Ednardo, Fagner, Belchior andavam por lá na déca-da de 1980. Hoje acredito que não caiba um restaurante lá dentro.”

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ENTREVISTAS

O Acquario do Ceará será localizado onde antes pertencia ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – Dnocs, próximo ao “Pirata”. Com 21,5 mil metros quadrados de área construída e tanques com capacidade para 15 milhões de litros, o Acquário terá em seus quatro pavimentos áreas de lazer, dois cinemas 4D, simuladores de submarino, equipamentos que proporcionam interação entre público e aquário e túneis submersos que levarão os visitantes ao interior do tanque de animais marinhos.

A previsão é que o equipamento receba, anualmente, 1,2 milhão de visitantes, gerando uma receita de R$ 21,5 milhões. Para a economia local, após a construção do equipamento, o impacto no mercado de trabalho será de 150 empregos diretos, 1.000 indiretos e 18 mil empregos na cadeia produtiva.

Porém o mesmo foi embargado devido vários motivos burocráticos. Para debater esse tema foram escolhidos dois professores da Universidade de Fortaleza com pontos de vistas divergentes, professores Áureo Freire Castelo Branco e Rodrigo Porto Oliveira.

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1. Quando se formou arquiteto? Em qual instituição de ensino?

Em 1985, na UFC.

2. Que projetos marcaram sua carreira ou foram importantes para seu desenvolvimento profissional?

Como profissional liberal que sou, todos foram importantes. Um exemplo é o

o youtube.

3. O que a convivência com alunos de arquitetura trouxe de beneficio ao seu desenvolvimento pessoal e profissional?

No período em que fui aluno a participação em eventos, por várias partes do Brasil, ligadas ao campo da arquitetura me deram conhecimento da enorme diversidade conceitos que temos no país. Hoje mantenho amizade e proximidade com os colegas do tempo da faculdade e a convivência com alunos me obriga a constante atualização de conhecimentos.

4. Quais são seus planos para o futuro?

Um doutorado, quem sabe?

5. O que você tem a dizer aos estudantes de arquitetura?

Que escutem os professores.

SESI SENAI Sobral inaugurada em Dezembro de 2011. Observe o vídeo n

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6. O que você tem a dizer sobre o Acquario do Ceará?

Esta história do aquário nunca foi muito bem explicada. De onde surgiu a ideia, com que dinheiro será construído, quem vai pagar, quem bancará a manutenção... o que se sabe é querem, a muito tempo, com a desculpa de higienizar aquela área, embeleza-la para torna-la mais turística e desta forma o estado produzir grandes obras para grandes empreiteiras e valorizar os empreendimentos vindouros na região. As residências, inclusive aquele predinho em frente, serão demolidas, ali vai surgir uma enorme praça com estacionamento em baixo. As casinhas da comunidade passarão pelo processo de gentrificação (em pouco tempo serão compradas pela classe média). Na Europa e Estados Unidos este tipo de equipamento é deficitário e há muito deixou de atrair visitantes em proporções que justifiquem sua manutenção. Por outro lado a carência de equipamentos sociais em Fortaleza salta aos olhos. Seria bastante interessante se a administração pública de Fortaleza promovesse concursos de ideias para cidade... tanto se pensaria nas necessidades da capital, afastaria suspeitas que envolvessem interesses, bem como se discutiria a necessidade de um aquário e onde implantar este e outros equipamentos.

Entramos em contato com o professor Rodrigo Porto porem não obtivemos resposta.

Áureo FreireCastelo Branco

Karlla, Marcos, Rosa, Sarah

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TELHADO VERDEJá há algum tempo, o telhado verde ou ecotelhados (como

também pode ser chamado), vem ganhando espaço quando se trata de inovação em sustentabilidade.

A multinacional Coca-Cola aderiu

ao uso dos ecotelhados em sua sede da

Vonpar em Porto Alegre-RS e na Cidade do

Mexico. Essa decisão de utilizar o telhado

verde faz parte do compromisso que a

Coca-cola assumiu em fazer uma diferença

positiva no

mundo.

O

prédio da

Coca-cola

na cidade

do México

teve uma

renovação

bem

pontual em

seu terraço

seguindo o

mesmo compromisso assumido em Porto

Alegre. Grande parte do local recebeu

telhado verde dividido em três níveis. Bem

no topo as plantas escolhidas foram os

cactos e algumas nativas da região

mexicana. Num segundo nível foi feito um

paisagismo com espécies que tem

coloração diversa e outras que florescem.

No terceiro nível foram escolhidas plantas

comestíveis, criando uma horta que serve

de exemplo para futuros projetos de

sustentabilidade .

O projeto foi concebido pela

Rojkind Arquitectos + Agent e conta ainda

com cisterna de recolhimento de água da

por Gabrielle Nunes e Beatriz Alves

chuva, com capacidade de devolver 4.872

litros ao ciclo de água anualmente. Foram

inseridos ainda coletores solares que

produzem 3.840 Kw anualmente. O telhado

captura 81 kg de partículas poluentes do ar

e CO2 anualmente.

Ÿ Novas áreas

verdes;

Ÿ Menos gás

carbônico;

Ÿ Isolamento térmico;

Ÿ Limpeza;

Ÿ Cuidados;

Ÿ Acústica;

Ÿ Propaganda;

Ÿ Status;

Ÿ Ecossistema;

Ÿ Melhora a umidade relativa do ar e,

consequentemente, a qualidade de vida.

Ÿ Se o telhado verde não for bem cuidado ele

pode atrair pragas urbanas como, por

exemplo, o mosquito da dengue;

Ÿ O custo de um telhado verde também é

alto, mas pelos benefícios que traz, acaba

compensando. Infiltrações e umidade são

outras desvantagens, caso a aplicação do

telhado verde seja mal feita.

Portanto, o telhado verde traz muitos

benefícios, mas precisa ser muito bem cuidado.

VANTAGENS

DESVANTAGENS

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Alternativa ecológica

Construir com bambuA construção com bambu é uma tecnologia

bastante simples que não prejudica o meio

ambiente. Nela são usados materiais locais e o

bambu é retirado de uma plantação renovável

de bambu próxima e se protege através de um

húmus natural. Nada é desperdiçado ou

importado já que os mesmos habitantes locais

podem construir com bambu e defumá-lo com

aparatos feitos em casa.

O bambu é um material de construção

esteticamente bonito e apropriado para uma

área propensa a terremotos. A estrutura do

bambu mantém muito bem sua forma durante

um terremoto porque é flexível e resistente. As

casas de bambu podem ser atraentes,

econômicas e, se bem planejadas, podem

durar bastante. Em geral, o bambu é mais forte

que o aço.

Ainda que uma casa possa ser inteiramente

construída com bambu (com exceção da

chaminé), geralmente ele é combinado com

outros materiais de construção como a madeira

ou argila, dependendo de sua disponibilidade,

idoneidade e custo.

Unindo várias peças de bambu é possível

construir uma estrutura grande. O bambu é

cortado em seções ocas de cerca de 15 cm.

Para formar um conjunto, faz-se um pequeno

orifício em uma seção única que é cheia com

concreto e na qual se coloca uma vareta de

aço. É importante que o elo na estrutura de

bambu, seja colocado na emenda ou o mais

próximo possível à emenda. Essa técnica pode

ser usada para suportar arcos ou tetos amplos.

O cimento adiciona força sem reduzir a

flexibilidade do bambu.

Utilizados no processo estrutural em pilares,

vigas e treliças, painéis de vedação vertical,

estruturas de telhado entre outros.

Durabilidade das construções

Vantagens do bambu

Muito se tem estudado para mudar a

característica “provisória” de uma construção

com bambu. Desse modo, se forem tomados

certos cuidados no corte de uma touceira, feito

o tratamento preservativo e construído da

maneira correta, uma construção de bambu

pode apresentar durabilidade superior a 25

anos, equivalente a do eucalipto, por exemplo.

” O bambu é relativamente forte e rígido

” O bambu pode ser cortado com ferramentas

simples.

” A superfície do bambu é dura e limpa

” O bambu pode ser cultivado em pequena escala” O retorno do capital é mais rápido do que se fosse usada madeira.” As estruturas de bambu são flexíveis durante tormentas e terremotos” O bambu pode ser usado com sucesso para reforçar um terreno deficiente, como por exemplo evitar desabamentos de terra ou para reforçar um caminho.

Desvantagens do bambu

” O bambu tem uma durabilidade natural baixa

e necessita de tratamento

” O fogo representa um grande risco

” Os talos do bambu não são totalmente retos,

são estreitos. As emendas estão a distâncias

diferentes e podem ser importunas quando se

trabalha o material.

” A normalização é praticamente impossível

devido à variação dos tamanhos.

ESTACIONAMENTO EM LEIPZIG, NA ALEMANHA, TODO FEITO COM BAMBU, INAUGURADO EM 2004.

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por Priscila Sobreira e Isadora Pinheiro

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Arena CASTELÃO

Nos anéis de Circulação do Público, nível de acesso das arquibancadas inferiores e superiores, estão localizados os equipamentos sanitários e os comér-cios de alimentação. No subsolo, ficam os vestiários dos jogadores e as instalações de apoio técnico. Com respeito à sua localização urbana o estádio se encontra em uma situação privilegiada no centro geográfico da cidade e perto do aeroporto, rodeado por corredores estruturais da malha urbana e próxi-mo a áreas verdes de proteção ambiental. do Gover-no do Ceará.O estádio, no entanto, se configura como um objeto isolado da cidade, tanto fisicamente como espacial-mente.(Governo do Estado do Ceará, ANEXO 2 - Termo de

Referência, Vigliecca e Assoc.)

A PRIMEIRA INAUGURADA PARA A COPA DE 2014

O Estádio Governador Plácico Aderaldo Castelo foi projetado no ano de 1973 e seu formato respondia satisfatoriamente aos requisitos da época. Esta obra foi sede de grandes eventos esportivos e sua imagem está consolidada na memória dos cearenses. Hoje o estádio representa um valor patrimonial e cultural que estimamos deve permanecer na sua essência. Os acréscimos e as modificações que se propõem respeitam e estimulam a leitura da concepção básica do projeto original, no entanto oferecendo uma imagem renovada de modernidade e identidade. Assim como a cidade possui momumentos que formam parte de um acervo cultural internacional, pretendemos que esta transformação torne esta área - e em esperial este estádio - um evento arquitetôni-co de grande valor que venha a se somar como mais um ponto de interesse turístico da cidade.

A Concepção Original | O estádio conhecido como “Castelão” foi concebido para abrigar 62.000 espectadores. Através de uma planta oval, este público está dividido entre uma arquibancada inferi-or de declividade aberta e uma arquibancada superi -or parcialmente coberta com uma estrutura metálica. É nesta arquibancada superior do lado leste que se encontra um espaço reservado à tribuna de honra e à imprensa.Hoje a entra principal do estádio e o acesso às arqui -bancadas superiores passam por uma estrutura inde -pendente responsável por abrigar a sede da Secre-taria dos Esportes do Governo do Ceará.

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O projeto do novo estádio é do escritório Vigliecca & Associados. Este terá seu entorno concebido como uma ação integrada que urbanamente identifica e enfatiza esta condição de localização inigualável, assim como áreas livres e pouco consolidadas para um intensa, rápida e segura transformação urbana, pólo de desenvolvimento que terá o estádio e a seus anexos como inequívoca centralidade.

Complexo Multifuncional | Do ponto de vista da viabilidade financeira, a opção por um complexo multifuncional se torna obrigatória. Estádio, restau-rantes, museus, salas de convenções, centros culturais, comércios, praças estarão concebidos para receber diversos tipo de espetáculos, tanto esporti-vos como culturais ou outras manifestações da comunidade que reunidas estabelecerão uma siner-gia que garantirá uma animação permanente ao complexo.

Segurança e Conforto | Independente do tamanho e do investimento estabelecido, a segurança dos espectadores, autoridades, jornalistas e jogadores é o principal e primordial aspecto a ser abordado no projeto. O projeto estabelece uma única cobertura para todos os espectadores que permitirá ventilação e insolação adequada do gramado facilitanto sua conservação e oferecendo conforto aos espectado-res. A extremidade da cobertura será translúcida evitando a linha de sombra que melhora o conforto e as condições técnicas das transmissões de TV.

(Governo do Estado do Ceará, ANEXO 2 - Termo de Referência, Vigliecca e Assoc.)

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PLANTA DE SITUAÇÃO

CORTE

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C o m p a t i b i l i d a d e Ambiental | O está-dio, devido a sua con-cepção original e os outros edifícios do complexo estão sufici-entemente distancia-dos em relação às áreas urbanas do entorno existentes (mais de 200m) como também das propos-tas no novo plano diretor para o entor-no, não oferecendo, desta forma, nenhum incômodo.

Sustentabilidade | A responsabilidade com o meio ambiente é mais um destaque da obra do Arena Cas-telão. Durante a con-strução, todo o mate-rial de demolição do estádio foi reciclado, e foram incorporados diversos recursos que reduziram, por exem-plo, a emissão de gases de efeito estufa.Vale destacar também que os equipamentos utilizados na Arena

Acesso às pessoas Portadoras de Defi-ciência | O projeto tomará todas as p r o v i d ê n c i a s necessárias para rece-ber pessoas com defi-ciências. Acessos específicos esta-belecendo rampas, elevadores e platafor-mas nas arquibanca-das, dentro das áreas cobertas, com espaços para cadeiras de rodas e acompan-hantes. Sanitários especiais e outras instalações obede-cerão às normas ofici-ais estabelecidas pela ABNT.

ACESSOAO CAMPO

tem a capacidade de reduzir em até 90% a quantidade de água, se comparados com outros equipamentos existentes.

O gramado recebeu uma nova configu-ração de dimensões (155m X 103m), o que permitiu a instalação de serviços, como a instalação de painéis e a localização dos bancos dos reservas, a uma distância de 8m da demarcação do campo de jogo.Nas arquibancadas foram instaladas cadeiras com encosto e numeração em todos os setores, sendo feito também o cálculo da curva de visibilidade do campo.Os sanitários estão localizados no nível de acessos do público geral e possuem entrada e saída em portas opostas para facilitar o fluxo das pessoas.

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Links úteis

Ÿ ArchDaily

Ÿ ArchNewsNow.com

Ÿ Architecture Planet

Ÿ World Architecture Community

Ÿ E-architect

Agenda:

Ÿ Bienal de Arquitetura Latino-

americana ( BAL 2013 ) , na

Espanha em abril de 2013.

Ÿ 24º Congresso Pan-americano de

Arquitetos, em Maceió, em

novembro de 2013.

Curiosidades

AS 3 MELHORES FACULDADES DE ARQUITETURA DO MUNDO:

Ÿ 1 Southern California Institute of Architecture (Los Angeles, California)Ÿ 2 Architectural Association (London, England)Ÿ 3 Massachusetts Institute of Technology (Massachusetts, EUA)

por Amanda Morais; Camile Fontenelle; Erica Leal; Victor Matos