Lc.7

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Texto: Lucas 7:18-23 O que fazer quando as evidências não são suficiente para nos convencer? Enfrentar o que nos fere na presença daquele que nos cura. Dizem que contra fatos não há argumentos. Mas pergunto a vocês: “ Essa linguagem, esse argumento, resolve, explica, soluciona as crises e dilemas do coração?”. João Batista ouve de dois discípulos (pessoas íntimas, de confiança) os feitos notáveis de Jesus. São feitos inquestionáveis, divulgados por toda a Judéia e região. Todas as evidências apontavam para a conclusão de que as suas interrogações eram infundadas. Eu não cri em vão, os fatos mostram isso e contra fatos não há argumentos. (Cf.Lc.7:18a). Agora perceba o passo seguinte, o segundo ato dessa peça dramática (verso 18b e 19). I. As vezes, as experiências passadas, não são suficientes para nos libertar das crises atuais II. As crises tem um poder progressivo, avassalador, de aos poucos minar, destruir, a nossa base, o que nos sustenta (v.19) Dois aspectos colaboram para essa realidade: 1. Não estamos preparados para viver as crises. Fomos ensinados a eliminar tudo que nos lembre dor, problemas, sofrimento. Não vamos falar de

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Texto: Lucas 7:18-23

Texto: Lucas 7:18-23

O que fazer quando as evidncias no so suficiente para nos convencer? Enfrentar o que nos fere na presena daquele que nos cura.

Dizem que contra fatos no h argumentos. Mas pergunto a vocs: Essa linguagem, esse argumento, resolve, explica, soluciona as crises e dilemas do corao?. Joo Batista ouve de dois discpulos (pessoas ntimas, de confiana) os feitos notveis de Jesus. So feitos inquestionveis, divulgados por toda a Judia e regio. Todas as evidncias apontavam para a concluso de que as suas interrogaes eram infundadas. Eu no cri em vo, os fatos mostram isso e contra fatos no h argumentos. (Cf.Lc.7:18a).

Agora perceba o passo seguinte, o segundo ato dessa pea dramtica (verso 18b e 19).

I. As vezes, as experincias passadas, no so suficientes para nos libertar das crises atuais

1. As crises tem um poder progressivo, avassalador, de aos poucos minar, destruir, a nossa base, o que nos sustenta (v.19) Dois aspectos colaboram para essa realidade:2. No estamos preparados para viver as crises. Fomos ensinados a eliminar tudo que nos lembre dor, problemas, sofrimento. No vamos falar de coisas tristes, vamos falar de alegria. No podemos viver as nossas dores e tristezas. Precisamos o tempo todo estar com um sorriso no rosto, mesmo que ele seja virtual e mentiroso (o Rodrigo eliminado do Fama , ontem).

3. Ns nos acostumamos com as solues instantneas e fceis. III. As boas novas (significado de evangelho) trazem a nossa memria e ao nosso corao a esperana (vs.21 e 22)

Concluso: Os sofrimentos que todos ns suportamos requerem, certamente, mais do que simples palavras, mesmo palavras espirituais. Frases eloqentes no podem aliviar nossa dor profunda, mas sempre encontramos algo especial que nos conduz atravs dos sofrimentos. Ouvimos um convite para deixar que nosso lamento se transforme numa fonte de cura, que nossa tristeza se torne uma passagem da dor ao consolo. Quem Jesus declarou que seria bem-aventurado? Aqueles que choram. (Mateus 5:4.) Aprendemos a olhar nossas perdas de frente, e no a fugir delas. Ao aceitar sem repulsa as dores da vida, poderemos encontrar o inesperado. Ao convidar Deus para participar de nossas dificuldades, fundamentaremos nossa vida at mesmo seus momentos tristes em alegria e esperana. Ao parar de querer apossar-nos da vida, receberemos mais at do que conseguimos agarrar por ns mesmos. E aprenderemos o caminho para um amor mais profundo pelos outros.

Como podemos aprender a viver assim? Muitos de ns somos tentados a pensar que, se sofremos, a nica coisa importante o alvio da dor. Queremos escapar a qualquer custo. Mas quando aprendemos a mover-nos atravs do sofrimento, em lugar de tentar evit-lo, vamos aceit-lo de modo diferente. Estaremos dispostos a deix-lo ensinar-nos. Comearemos, at mesmo, a perceber como Deus pode us-lo. O sofrimento deixa de ser um aborrecimento ou maldio de que temos que fugir sem poupar esforos, para tornar-se um caminho para uma realizao mais profunda. Basicamente, lamentar significa enfrentar o que nos fere na presena dAquele que pode curar.

Gostaria de convidar voc para ler comigo o verso 22. Feliz aquele que enfrenta s suas crises, no buscando solues mgicas e instantneas, ou simplesmente fugindo, mas na minha presena, disse Jesus.