LECTINAS Onde se Obter, O Que São e Para Que Servem.pdf

download LECTINAS Onde se Obter, O Que São e Para Que Servem.pdf

of 26

Transcript of LECTINAS Onde se Obter, O Que São e Para Que Servem.pdf

  • LECTINAS: Onde se Obter, O Que So e Para Que Servem

    Arlys Jernimo de Oliveira Lima Lino Carneiro1; Cristina Halla

    2

    Resumo: As Lectinas consistem em Glicoproteinas capazes de se ligar a diversos tipos de

    carboidratos, possuindo diversas atividades biolgicas potencias. Essas atividades biolgicas, ira

    depender da afinidade da protena a um grupo de carboidratos. A exposio do tema ser

    desenvolvida em linhas gerais, no atendo-se a mincias das espcies de lectinas. Ao considerar

    a importncia das lectinas para sade, chegamos a concluso de que as complicaes decorrentes

    de infeces por fungos ou bactrias um desafio para a medicina bem como, a busca de

    produtos bioativos que venha a mitigar esses tipos de infeces se perpetua como desafio a

    cincia. Assim, o desenvolvimento de pesquisas que visem a deteco e purificao e

    caracterizao de lectinas tornam-se aliado na busca de compostos que possa combater as

    infeces por microrganismos patolgicos.

    Palavras chave: Antifngico, antitumoral, glicoprotenas, Importncia das lectinas, mtodos de

    se obter lectinas.

    Introduo

    As lectinas consistem em protenas, no imunolgicas, presente na maioria de todas as

    formas de vida, capazes de ligar-se a diversos tipos de carboidratos de membranas celulares.

    1 Bilogo pela FFPNM-UPE e Mestrando em Desenvolvimento Rural pela PADR-UFRPE

    2 Engenheira Qumica DEq-UFPE, Mestra em Bioqumica Experimental pelo DBq-UFPE, Professora do Instituto de

    Cincias Biolgicas da UPE (ICB-UPE).

  • O primeiro relato, a respeito de lectinas se deu em 1888, quando Stillmark, ao estudar a

    toxicidade de extratos de Ricinus communis (mamona), observou sua capacidade para aglutinar

    eritrcitos, devido presena de uma protena extrada, a ricina, descoberta que marcou o incio

    das pesquisas envolvendo lectinas (KENNEDY et al., 1995). Pouco tempo depois, outra

    hemaglutinina, chamada abrina, foi encontrada em sementes de Abrus precatorius (Jequiriti).

    Entretanto, o estudo sobre estas protenas s comeou a ganhar mpeto em 1960, abrindo uma

    vasta rea de aplicao para as lectinas (GABOR et al., 2004).

    O termo lectina (originado do latim lectus, que significa selecionado) refere-se

    habilidade dessas protenas ligarem-se seletivamente e reversivelmente a carboidratos

    (SHARON & LIS, 2002). Ao contrrio dos anticorpos, no so produtos de uma resposta imune.

    A nfase que dada quanto origem no-imunolgica das lectinas serve para distingui-las de

    anticorpos anticarboidratos que aglutinam clulas. Os anticorpos so estruturalmente similares,

    enquanto as lectinas diferem entre si quanto composio aminoacdica, requerimentos de

    metais, peso molecular e estrutura tridimensional (VAN DAMME et al., 1998).

    A rota biossinttica de muitas lectinas de plantas segue a seguinte via secretora: as

    lectinas so sintetizadas pelos ribossomos, entram no retculo endoplasmtico, so transportadas

    para o complexo de Golgi, de onde vo para os vacolos, ficando a armazenadas (ibid.).

    As lectinas so definidas como protenas de origem no imune que se ligam de maneira

    reversvel a carboidratos ou substncias que contenham acares, tais como glicoprotenas. Tm

    capacidade em aglutinar clulas e/ou precipitar glicoconjugados devido a sua capacidade

    especfica de reconhecimento e ligao sem, entretanto, alterar a estrutura de nenhum glicosil

    ligante (GOLDSTEIN et al., 1978; LIENER et al, 1986).

  • As lectinas foram descritas inicialmente por STILLMARK (1988), que observou a

    aglutinao de hemcias quando estudava o efeito txico de extratos de semente de mamona

    (Ricinus communis) sobre o sangue, sendo que posteriormente se confirmou que o material

    responsvel pela hemaglutinao era uma protena, a qual foi chamada posteriormente de ricina.

    Atualmente, se sabe que a ricina na verdade uma complexa mistura de molculas txicas e

    lectinas no-txicas.

    Estas protenas tm sido encontra as em larga escala, em uma variedade de formas de

    vida microrganismos, mamferos e vegetais - sendo que aquelas encontradas nos vegetais

    superiores tm sido mais estudadas (GILBOAGARBER et al, 1977; OTTENSOOSER et al,

    1974).

    Dentre os papis biolgicos detectveis nas lectinas, podemos citar sua ao fungicida,

    antimicrobiana e inseticida, alm de mimetizar as lectinas humanas e estimular clulas do

    sistema imune (FREIRE, 2003).

    1. Fontes de Lectinas

    Lectinas esto largamente distribudas na natureza, sendo encontradas em seres

    unicelulares (IMBERT et al., 2004), animais (MOURA et al., 2006) e vegetais (LEITE et al.,

    2005). Em vegetais, as lectinas so freqentemente isoladas de sementes (LATHA et al., 2006)

    e, em menores propores, de outros tecidos vegetais, tais como folhas (COELHO & SILVA,

    2000), cascas (INA et al., 2005), razes (WANG & NG, 2006) e flores (SUSEELAN et al.,

    2002). As lectinas de plantas que so produzidas em rgos de estocagem (sementes, na maioria,

    mas tambm tubrculos, bulbos e razes, dependendo da planta) dominam o cenrio da

    lectinologia por serem encontradas em quantidades preparativas.

  • As lectinas mais estudadas so da famlia Leguminosae. Entretanto, muitas lectinas de

    outras famlias tambm tm sido frequentemente isoladas e caracterizadas como, por exemplo,

    lectinas de Solanaceae (PEUMANS et al., 2003), Cucurbitaceae (PLA et al., 2004),

    Amaranthaceae (PORRAS et al., 2005), Cactaceae (ZENTENO et al., 1995), Euphorbiaceae

    (WITTSUWANNAKUL et al., 1998), Labiateae

    (FERNNDEZ-ALONSO et al., 2003),

    Moraceae (MOREIRA et al., 1998) e Urticaceae (KAVALALI, 2003), entre diversas outras.

    Dentro de Anacardiaceae, Viana (2002) isolou a lectina de entrecasca da aroeira-da-praia,

    Schinus terebinthifolius, que, dentre outras atividades biolgicas, foi capaz de induzir a liberao

    de perxido de hidrognio por macrfagos. Maciel (2000) purificou a lectina da entrecasca do

    cajueiro-roxo, Anacardium occidentale, e Oliveira et al. (2000) detectaram a presena de lectinas

    em Spondias tuberosa, o umbuzeiro. Em Mangfera indica (mangueira) encontrada uma

    aglutinina com atividades semelhantes a das lectinas, capaz de aglutinar clulas de bactrias

    (WAUTERS et al., 1995).

    2. Deteco e especificidade

    As lectinas so, em sua maioria, de ou polivalentes e so capazes de formar pontes entre

    carboidratos ou glicoprotenas, que se apresentam em soluo ou ligadas membrana celular

    (CORREIA et al., 2008) (Figura 3).

    A presena de lectinas em uma amostra pode ser facilmente detectada a partir de ensaios

    de aglutinao, nos quais elas interagem com carboidratos da superfcie celular atravs de seus

    stios, formando diversas ligaes reversveis entre clulas opostas (Figura 4). As lectinas podem

    aglutinar diversos tipos de clulas. O ensaio mais comumente utilizado o de hemaglutinao, o

    qual realizado atravs de uma diluio seriada da amostra contendo lectina e de posterior

  • incubao com eritrcitos; a rede formada entre os eritrcitos constitui o fenmeno de

    hemaglutinao. O inverso da maior diluio em que se observa a hemaglutinao (ttulo)

    corresponde atividade hemaglutinante (AH) (SANTOS et al., 2005).

    Figura 1. Representao esquemtica da ligao da lectina a um carboidrato (A). As linhas

    pontilhadas representam pontes de hidrognio. Fonte: Kennedy et al. (1995).

    Para assegurar que o agente aglutinante uma lectina, so necessrios ensaios

    subseqentes de inibio (IAH) da AH, utilizando-se uma soluo do carboidrato ligante (WU, J.

    H. et al., 2006). Os eritrcitos utilizados podem ser de humanos ou de animais, os quais podem

    ser tratados enzimaticamente (com tripsina, papana, entre outras) ou quimicamente (com

    glutaraldedo ou formaldedo), aumentando ou no a sensibilidade das clulas lectina

    (SANTOS et al., 2005; COELHO & SILVA, 2000).

    Figura 2. Representao esquemtica de aglutinao por lectinas, baseada em Kennedy et

    al.(1995). Lectina , e seus ligantes de superfcie da clula , carboidratos ou

    no-carboidratos, ligantes ou no.

  • A grande maioria de lectinas de plantas apresenta especificidade por carboidratos simples

    (monossacardeos) ou complexos (oligossacardeos e glicanas), os quais podem ser de origem

    vegetal ou no, como N-acetilglicosamina e cidos N-glucurnico, galacturnico, xilurnico, L-

    idurnico, silico e N-acetilmurmico (VAN DAMME et al., 1998).

    De acordo com Sharon & Lis (1990), algumas lectinas apresentam interaes mais fortes

    com oligossacardeos em comparao com monossacardeos, outras so quase exclusivas para

    oligossacardeos. Dessa forma, as lectinas podem ser classificadas com especificidade para

    monossacardeo ou para oligossacardeo (Tabela 1) (PEUMANS & VAN DAMME et al., 1998).

    As lectinas podem apresentar especificidade para eritrcitos, como a lectina de jujube,

    Zizyphus mauritiana (GUPTA & SRIVASTAVA, 1998), que s aglutina eritrcitos humanos, ou

    as lectinas do caranguejo Charybdis japonica (UMETSU et al., 1991) e do cogumelo Marasmius

    oreades (WINTER et al., 2002), especficas para eritrcitos do tipo B. Outras lectinas, no

    entanto, so caracterizadas como no especficas para grupos sanguneos (SITOHY et al., 2007).

    TABELA 1. FAMLIAS DE LECTINAS DE PLANTAS: OCORRNCIA E ESPECIFICIDADE

    Famlia Ocorrncia (nmero de

    lectinas identificadas)

    Especificidade

    Leguminosae >100 Manose/glicose; Fucose;

    Gal/GalNAc; (GlcNAc)n;

    cido Silico

    Ligadoras de quitina >100 (GlcNAc)n GlcNAc

    Ligadoras de manose de

    monocotiledneas

    >50

    Manose

    Cucurbitaceae

  • Jacalina 20 Gal/GalNAc

    Sia2-6Gal/GalNAc

    Gal: galactose; GalNAc: N-acetilgalactosamina; GlcNAc: N-acetilglicosamina

    3. Purificao de Lectinas

    Mtodos comuns utilizados na purificao de protenas so aplicados para purificar as

    lectinas. Extratos podem ser feitos a partir de uma soluo salina, como no caso do isolamento da

    lectina das sementes de corticeira, Erythrina speciosa, (KONOZY et al., 2003) ou usando

    tampes, como na obteno das lectinas de cotildones de pau-serrote, Luetzelburgia auriculata,

    (OLIVEIRA et al., 2002), dos tubrculos de tupinambo, Helianthus tuberosus, (SUSEELAN et

    al., 2002), e da entrecasca da seringueira, Hevea brasiliensis, (WITITSUWANNAKUL et al.,

    1998), sabugueiro, Sambucus racemosa, (ROJO et al., 2003), e amoreira, Morus nigra (ROUG

    et al., 2003).

    Para a preparao do extrato, o material submetido extrao sob perodo de tempo e

    condies de temperatura estabelecidas, sob agitao constante. A partir do extrato bruto, as

    protenas podem ser isoladas por alguns mtodos, tais como o fracionamento de protenas com

    sais. O sulfato de amnio, altamente hidroflico, remove a camada de solvatao das protenas

    fazendo com que as mesmas se precipitem (DELATORRE et al., 2006).

    As lectinas parcialmente purificadas pelo tratamento salino so geralmente submetidas ao

    processo de dilise em membranas semipermeveis, mtodo baseado na separao de molculas

    por diferenas de peso molecular; as protenas ficam retidas dentro da membrana enquanto

    molculas menores (como carboidratos ou sais), presentes na amostra, passam para a soluo

    solvente (THAKUR et al., 2007).

  • As lectinas podem ser purificadas homogeneidade atravs de cromatografia de

    afinidade (SUN et al, 2007), cromatografia de troca inica (SANTI-GADELHA et al., 2006) ou

    cromatografia de gel filtrao (MOURA et al., 2006). O que varia, principalmente, so as

    matrizes que so utilizadas nessas cromatografias, cuja escolha depende da especificidade a

    carboidratos (cromatografia de afinidade), carga lquida (cromatografia de troca inica) e

    tamanho molecular da protena (cromatografia de gel filtrao).

    A cromatografia de afinidade, tcnica mais amplamente utilizada tem como princpio de

    separao a habilidade das lectinas se ligarem especificamente a suportes polissacardicos,

    atravs de ligaes no-covalentes. A protena desejada obtida com alto grau de pureza,

    alterando-se as condies de pH, fora inica ou pela eluio com uma soluo contendo um

    competidor (PEUMANS & VAN DAMME, 1998).

    O isolamento de lectinas estimulado pela sua potencial utilizao em diversas reas da

    medicina clnica, bem como em pesquisa qumica e biolgica (DURHAM & REGNIER, 2006;

    BIES et al., 2004).

    4. Caractersticas estruturais das lectinas

    A especificidade de lectinas de plantas a carboidratos primeiramente determinada pela

    estrutura tridimensional dos seus stios de ligao que se apresentam conservada a nvel

    aminoacdico, dentro de famlias de lectinas (PEUMANS & VAN DAMME et al, 1998). As

    lectinas exibem uma elevada homologia em seus resduos de aminocidos, incluindo aqueles

    envolvidos na ligao a carboidratos e a maioria dos que coordena os ons metlicos, necessrios

    integridade das subunidades e ao correto posicionamento dos resduos para a ligao

    (SPILATRO et al., 1996).

  • Com base na estrutura geral das protenas, as lectinas de plantas tm sido subdivididas em

    merolectinas, hololectinas, quimerolectinas e superlectinas (PEUMANS & VAN DAMME et al.,

    1998). Merolectinas so aquelas que possuem apenas um domnio para ligao a carboidratos.

    So monovalentes e por isso no podem precipitar glicoconjugados ou aglutinar clulas.

    Hololectinas tambm possuem domnio especfico para ligao a carboidratos, mas contm, pelo

    menos, dois domnios idnticos ou mais domnios homlogos ligantes a acares; sendo di ou

    multivalentes, aglutinam clulas e/ou precipitam glicoconjugados. A maioria das lectinas de

    plantas pertence a esse grupo.

    Quimerolectinas so protenas com um ou mais domnios de ligao a carboidratos e um

    domnio no-relacionado. Esse domnio diferente pode ter uma atividade enzimtica bem

    definida ou outra atividade biolgica, mas age independentemente dos outros domnios de

    ligao a carboidratos. Superlectinas consistem exclusivamente de pelo menos dois domnios de

    ligao a acares diferentes. Esse pode ser considerado um grupo especial de quimerolectinas,

    consistindo de dois domnios estruturalmente e funcionalmente diferentes de ligao a

    carboidratos (VAN DAMME et al., 1996).

    5. Lectinas ligadoras de Quitina

    Lectinas ligadoras de quitina tm sido isoladas de diversas fontes, incluindo bactrias,

    insetos, plantas e mamferos. Muitas delas apresentam atividade antifngica, uma vez que a

    quitina o componente-chave da parede celular de fungos (TRINDADE et al., 2006; SITOHY et

    al., 2007).

    Lectinas de plantas, em particular, tm sido estudadas sob vrios aspectos, incluindo seu

    potencial antifngico, devido sua atuao em proteger as plantas, podendo ser exploradas

  • atravs da introduo de material gentico que codifique a expresso deste tipo de lectina atxica

    ao homem (VAN DAMME et al, 1996; FIELDS & KORUNIC, 2000).

    As lectinas ligantes de quitina tambm tm sido estudadas do ponto de vista estrutural. As

    mais estudadas so aquelas pertencentes famlia das hevenas, assim chamadas por possurem

    em comum o domino hevenico como motivo estrutural de reconhecimento da quitina. A

    hevena uma lectina constituda por 43 aminocidos (cerca de 4,5 kDa), encontrada na

    seringueira (Hevea brasiliensis). especialmente rica em resduos de glicina e cistena e sua

    estrutura mantida por 4 pontes dissulfeto, o que lhe confere uma estabilidade notvel,

    caracterstica que se estende s demais lectinas da famlia das hevenas. Mesmo depois de

    aquecida a 90 C por 10 minutos, a hevena ainda inibe o crescimento de fungos (NEUMANN et

    al., 2004).

    6. Propriedades biolgicas e potencial biotecnolgico de lectinas

    As lectinas, por terem a habilidade de se ligar a mono e oligossacardeos, apresentam uma

    variedade de efeitos biolgicos, alguns dos quais servindo como base para a aplicao de lectinas

    na investigao de atividades qumicas e biolgicas, tais como ao contra insetos (COELHO et

    al., 2007), fungos (SITOHY et al., 2007), bactrias (SANTI-GADELHA et al., 2006) e inibio

    do crescimento de clulas tumorais (PETROSSIAN et al., 2007).

    A observao de que a lectina com atividade antifngica isolada de Phaseolus vulgaris

    exerceu forte ao inibitria sobre a protease HIV-1 (NG et al., 2002) mais um exemplo do

    potencial aplicativo dessas protenas.

    Lectinas tm sido utilizadas na deteco e separao de glicoconjugados (PAIVA et al.,

    2003); na determinao de tipos sanguneos e diagnsticos de processos de desenvolvimento,

  • diferenciao e transformao neoplsica (LI et al., 2007, in press) e no tratamento de condies

    pr-cancerosas (WROBLEWSKI et al., 2001).

    A lectina de Cratylia mollis (feijo camaratu) foi capaz de isolar a enzima lecitina

    colesterol aciltransferase, importante no metabolismo do colesterol (LIMA et al., 1997); o

    complexo pde ser, ento, utilizado para o estudo de glicoprotenas de soro humano.

    Algumas lectinas de planta apresentam ao inseticida, o que possibilita o uso destas

    protenas como bioinseticida, atuando sobre larvas de insetos que causam danos produo

    agrcola (MACEDO et al., 2007).

    Devido ao fato de algumas lectinas possurem habilidade para mediar mucoadeso,

    citoadeso e citoinvaso de drogas (GABOR et al., 2004), essas molculas tm sido exploradas

    em sistemas de liberao de drogas. Lectina de folhas de Bauhinia monandra (pata-de-vaca) e a

    lectina de Lens culinaris (lentilha) foram incorporadas e tambm adsorvidas na superfcie de

    nanopartculas, mostrando ser ferramentas potenciais em medicamentos de administrao oral,

    com liberao controlada (RODRIGUES et al., 2003).

    Algumas lectinas so capazes de atuar sobre linfcitos, fazendo com que tais clulas

    passem de um estado quiescente para um estado de crescimento e proliferao. A lectina da

    babosa Aloe arborescens (KOIKE et al, 1995) e a lectina de semente de Cratylia mollis

    (MACIEL et al., 2004) so alguns exemplos de lectinas com atividade mitognica que podem ser

    utilizadas em ensaios in vitro.

    7. Atividade Antimicrobiana de lectinas

    Muitas substncias, inclusive protenas, esto sendo avaliadas quanto ao seu efeito

    antimicrobiano. As protenas antimicrobianas, em animais, constituem parte do sistema imune

  • inato. Em plantas, elas tambm esto envolvidas no mecanismo de defesa (YE & NG, 2001).

    Protenas isoladas de tecidos vegetais mostraram forte atividade antibacteriana (ORDEZ et al.

    2006) e antifngica (WANG & NG 2003; WANG & BUNKERS, 2000).

    A habilidade que lectinas de plantas tm em reagir com carboidratos expostos na

    superfcie celular de micrbios tornou possvel o emprego dessas biomolculas como sondas-

    diagnstico para identificao de bactrias patgenas, que esto baseadas na reao de

    aglutinao seletiva entre lectina e bactria (DOYLE & SLIFKIN, 1994).

    Ratanapo et al. (2001) mostraram a interao de duas lectinas com especificidade para

    cido N-glicosilneuramnico contra bactrias fitopatognicas, propondo uma possvel funo na

    defesa de plantas.

    Lectinas parcialmente purificadas a partir de sete plantas medicinais do Sul da frica

    foram avaliadas quanto ao efeito antibacteriano frente s bactrias Staphylococcus aureus e

    Bacillus subitilis atravs de mtodo de aglutinao, apresentando efeito inibitrio no crescimento

    das mesmas (GAIDAMASHVILI & VAN STANDEN, 2002).

    Athamna e colaboradores. (2006) analisaram os diferentes padres de aglutinao de

    bactrias promovidas por 23 lectinas e mostraram que a interao lectina-bactria uma boa

    ferramenta para identificar rapidamente espcies de Mycobacterium. Alm disso, a atividade

    antimicrobiana de lectinas (RATANAPO et al., 2001) estimula a avaliao delas como novos

    antibiticos.

    As lectinas possuem a capacidade de se ligarem especificamente a hifas fngicas e

    atuarem impedindo o consumo de nutrientes e a incorporao de precursores necessrios para o

    crescimento do fungo. Atuam ainda sobre a germinao de esporos fngicos, provavelmente num

  • estgio muito inicial do processo, inibindo-a, de modo que h um prolongamento do perodo

    latente que precede a germinao (LIS & SHARON, 1981).

    Atividade antifngica foi observada em uma lectina isolada de sementes de Castanea

    mollissima (castanha-da-China) frente aos fungos B. cinerea, M. arachidicola e Physalospora

    piricola (WANG & NG, 2003), bem como na lectina de sementes de Talisia esculenta

    (pitombeira), a qual inibiu o crescimento dos fungos F. oxysporum, Colletotrichum

    lindemuthianum e Saccharomyces cerevisiae atravs da interao da lectina com as estruturas

    dos fungos (FREIRE et al., 2002). Xu et al. (1998) purificaram e caracterizaram uma lectina da

    Gastrodia elata, que inibiu o crescimento de hifas dos fungos fitopatgenos Valsa ambiens,

    Rhizoctonia solani, Gibberella zeae, Ganoderma lucidum e B. cinerea.

    Lectinas tambm tm sido usadas com grande sucesso como indicadores de fungos, uma

    vez que esses compostos so altamente especficos aos carboidratos presentes na parede celular

    dos mesmos (ZABEL & MORRELL, 1992). O conhecimento do perfil sacardico na superfcie

    fngica habilita o uso de lectinas como promissoras sondas celulares, que podem servir como

    carreadores de agentes antifngicos que utilizam como alvos especficos, os carboidratos

    existentes na superfcie da clula do microorganismo (LEAL et al., 2007).

    8. Atividade Antitumoral de Lectinas

    De acordo com De Meja EG & Prisecaru VI, 2005, lectinas resistentes a digesto e que

    conseguem manter sua conformao e funcionalidade durante a sua passagem pelo intestino so

    capazes a se ligar as clulas gastrintestinais ou conseguem chegar intactas ao sistema

    circulatrio. Foram detectadas em lectinas diversas atividades ainticancergena em teste in

    vitro, in vivo em estudos de casos humanos. O princpio teraputico genrico das lectinas

  • anticarcinognicas consiste, dada a sua funo de ligar-se a carboidratos de membranas, em a

    protena se ligar a membrana da clula mutante ou aos seus receptores causando apoptose por

    intensa aglutinao e, consequentemente ocorre a diminuio do tumor. Em estudos diversos,

    tambm foi verificado que a ingesto de lectinas acaba por interferir nas poliaminas (pool

    disponvel) frustrando o crescimento de tumores malignos.

    Consideraes

    As complicaes decorrentes de infeces por fungos ou bactrias um desafio para a

    medicina bem como, a busca de produtos bioativos que venha a mitigar esses tipos de infeces

    se perpetua como um grande desafio da cincia at os dias atuais.

    Assim, o desenvolvimento de pesquisas que visem a deteco e purificao e

    caracterizao de lectinas tornam-se um grande aliado na cincia na busca de compostos que

    possa combater as infeces por microrganismos patolgicos que possuam parede celular.

    Referncias Bibliogrficas

    ARAJO, E. L. Produo de Plantas Medicinais para Programas de Fitoterapia em Sade

    Pblica no Brasil. ISHS Acta Horticulturae 569: I Latin-American Symposium on the

    Production of Medicinal, Aromatic and Condiments Plants, 2002.

    ADETUMBI, M., JAVOR, G.T., LAU, B. H. Allium sativum (garlic) inhitbits lipid syntesis by

    Candida albicans. Antimicrob Agents Chemother, Washington, v.30,

    n.3, p. 499-501, Sep. 1986.

    AGRA M., F., FRANA P., F., BARBOSA, J., M. Synopsis of the plants known as medicinal

    and poisonous in Northeast of Brazil. Rev Bras Farmacogn 17: 114-140, 2007.

    ATHAMNA, A. et al. Rapid identification of Mycobacterium species by lectin agglutination.

    Journal of Microbiological Methods, v. 65, n. 2, p. 209-215, 2006.

    BALANDRIN, M.F.; KINGHORN, A.D.; FARNSWORTH, N.R. Plant-derived natural products

    in drug discovery and development. An overview. In: A.D. Kinghorn and M.F. Balandrin,

  • Editors, Human Medicinal Agents from Plants, ACS Symposium Series 534, American

    Chemical Society, Washington, USA (1993) ISBN 0-8412-2705-5, p. 212. 1993.

    BANDEIRA,M. F. Atividade antibacteriana do leo de copaba associado ao Ca(OH), e ao xido

    de zinco. In: 16 Reunio Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Odontologia, 1999,

    guas de So Pedro. Anais.... guas de So Pedro: SBPQO, 1999, p.9.

    BANERJEE, S., CHAKI, S., BHOWAL, J., CHATTERJEE, B. P. Mucin binding mitogenic

    lectin from freshwater Indian Belamyia bengalensis: purification and molecular characterization.

    Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 421, p. 125-134, 2004.

    BARBOSA-FILHO J., M., ALENCAR, A., A., NUNES, X.,P., TOMAZ, A., C., A., SENA-

    FILHO, J.,G., ATHAYDE-FILHO, P., F., SILVA, M., S., SOUZA, M., F., V., da-CUNHA, E.,

    V., L. Sources of alpha-, beta-, gamma-, delta- and epsilon-carotenes: A twentieth century

    review. Rev Bras Farmacogn 18: 135-154. 2008.

    BAYNES, J., DOMINICZAK, M.. Bioqumica Mdica. So Paulo, Manole. 2000

    BELTRO, A. E. S. 2000. Metablitos Secundrios Bioativos em Cultura de Tecidos de

    Sideroxylon obtusifolium Roem & Schult e Micropropagao de Mentha vilosa Hudson. Joo

    Pessoa, Paraba, 82 p. (Tese de Doutorado) Programa de Ps-Graduao em Produtos Naturais e

    Sintticos Bioativos do Laboratrio de Tecnologia Farmacutica. Universidade Federal da

    Paraba.

    BERMUDEZ, J. A. Z. Indstria Farmacutica, Estado e Sociedade: Crtica da Poltica de

    Medicamentos no Brasil. So Paulo: Hucitec/Sobravime, 1995.

    BOWDEN, G. & EDWARDSSON,S. Ecologia Oral e Crie dental. In: THYLSTRUP,A. &

    FEJERSKOV,O. Cariologia Clnica. 2 ed. So Paulo: Santos,1995, p.45-66.

    BOWDEN, G. Mutans streptococci caries and chlohexidine. J. cant. Dent. Assoc., Otawa, , v.62,

    n.9, p.700, Sep. 1996.

    BRASIL . Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Braslia: Senado, 1988.

    ______________,Ministrio da Sade. Lei n 8.080 (Lei Orgnica da Sade), de 19 de setembro

    de 1998. Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a

    organizao dos servios correspondentes, e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio,

    Braslia-DF, pp. 018055, col. 1, 20 set. 1998.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Lei n. 8.142, de 28 de setembro de 1990. Dispe sobre a

    participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade esobre as transferncias

    intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias. Dirio

    Oficial da Unio, Braslia,28 de dezembro de 1990.

    _______________. Ministrio da Sade. CEME (Central de Medicamentos), Relatrio de

    Atividades. Braslia: CEME, 1982.

  • _______________. Ministrio da Sade. CONASS (Conselho Nacional de Secretrios de

    Sade), 1997. Assistncia farmacutica. In: CONASS. Relatrio Final de Oficina de Trabalho.

    Aracaju, junho de 1997. Braslia: CONASS, p.91-114.

    _______________. Ministrio da Sade. Conferncia Nacional de Sade, 10. Onde d SUS, d

    certo! Relatrio Final. Braslia,1996.

    ______________. Ministrio da Sade. Conselho Nacional de Sade. 1 Conferncia Nacional

    de Medicamentos e Assistncia Farmacutica. Relatrio Final. Braslia: CNS,2005.Disponvel

    em: http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios.htm Acesso em :01 de setembro de 2005.

    ______________. Ministrio da Sade. Conferncia Nacional de Sade, 12 . Relatrio Final.

    Braslia, 2003.Disponvel em : http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/. Acesso em: 01 de

    setembro de 2005.

    ______________. Ministrio da Sade. Poltica Nacional de Medicina Natural e Prticas

    Complementares- PMNPC. Braslia, 2005. Disponvel em: www.conasems.org.br/Doc_diversos/

    cit/POLITICAMNPC140205.pdf Acesso em:

    05 de julho de 2005.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Relatrio final da 8 Conferncia Nacional de Sade in:

    Conferncia Nacional de Sade, 8. Anais... Braslia: Centro de Documentao do Ministrio da

    Sade,1987,p.381-9.

    _______________. Ministrio da Sade. Resoluo CIPLAN n. 08, de 08 de maro de 1988.

    Implanta a prtica da fitoterapia nos servios de sade. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa

    do Brasil, Braslia, DF, mar. 1988.

    _______________. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Proposta de Poltica

    Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterpicos. Verso Sistematizada. Braslia -

    DF, maro, 2002. 31p. (Documento no publicado).

    BRANCO, A. T.; BERNAB, R. B.; FERREIRA, B. S.; OLIVEIRA, M. V. V.; GARCIA, A. B.;

    SOUZA-FILHO, G. A. Expression and purification recombinant lectin from rice (Oryza sativa

    L.). Protein expression & Purification, 33, 34-38, 2004.

    BRUSTEIN, V.P.; CAMPOS, G.M.T.; CUNHA, M.G.; COELHO, L.C.B.B.; CORREIA, M.T.S.

    in: Anais da Anual da Sociedade Brasileira de Bioqumica e BiologiaMolecular-SBBq, guas de

    Lindia-MG, 2005.35. Suton, D.; Radiobiologia, 1977.

    CARVALHO, J.H. A. et al. Utilizao de plantas medicinais pela populao das reas de

    unidades elementares da fundao SESP. Rio de Janeiro: Ministrio da Sade/ Fundao

    SESP,1988. 40p.

  • CODETEC (Companhia de Desenvolvimento Tecnolgico),. A Indstria Farmacutica.

    Diagnstico e Perspectivas. Campinas: Codetec (mimeo), 1991.

    CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Parecer 4/1992. Reconhecimento da acumpuntura e

    da fitoterapia. Disponvel em:

    Acesso em: 05 de setembro de 2005.

    CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA.Parecer 6/1991. Projeto Lei sobre exerccio da

    medicina e os atos privativos dos mdicos. Disponvel em: Acesso em: 05 de setembro de 2005.

    COELHO, L. C. B. B.; SILVA, M. B. R. Simple method to purify milligram quantities of the

    galactose-specific lectin from the leaves of Bauhinia monandra. Phytochemical Analysis v. 11,

    p. 295-300, 2000.

    COELHO, M. B.; MARANGONI, S.; MACEDO, M. L. R.. Insecticidal action of Annona

    coriacea lectin against the flour moth Anagasta kuehniella and the rice moth Corcyra cephalonica

    (Lepidoptera: Pyralidae). Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology &

    Pharmacology, v. 146, n. 3, p. 406-414, 2007.

    CORREIA, M. T. S.; COELHO, L. C. B. B.; PAIVA, P. M. G. Lectins, carbohydrate recognition

    molecules: are they toxic?. In: Yasir Hasan Siddique. (Org.). Recent Trends in Toxicology.

    Kerala, India: Transworld Research Network, v. 37, p. 47-59. 2008.

    De Meja EG & Prisecaru VI. Lectins as bioactive plant proteins: a potential in cancer treatment.

    Department of Food Science and Human Nutrition, University of Illinois at Urbana-Champaign,

    Chicago. 2005.

    DATTA, K.; USHA, R.; DUTTA, S. K.; SINGH, M. A comparative study of the winged bean

    protease inhibitors and their interaction with proteases. Plant Physiology and Biochemistry, v.

    39, p. 949 - 959, 2001.

    DELATORRE, P. et al.. Crystal structure of a lectin from Canavalia maritima (ConM) bin

    complex with trehalose and maltose reveals relevant mutation in ConA-like lectins. Journal of

    Structural Biology v. 154, p. 280286, 2006.

    DIAS, B.F.S. A implementao da Conveno sobre Diversidade Biolgica no

    Brasil: Desafios e Oportunidades. Campinas: Fundao Tropical de Pesquisas e

    Tecnologia Andr Tosello. 10p.

    DI STASI, L. C. Plantas Medicinais : Arte e Cincia. Um Guia de Estudo Interdisciplinar.

    Editora da universidade Estadual Paulista. So Paulo. 1996.

    DOYLE. R. J.; SLIFKIN, M. LectinMicroorganism Interactions, New York: Marcel Decker, Inc., 1994.

  • DURHAM, M.; REGNIER, F. E. Targeted glycoproteomics: Serial lectin affinity

    chromatography in the selection of O-glycosylation sites on proteins from the human blood

    proteome. Journal of Chromatography A, v. 1132, n. 1-2, p. 165-173, 2006.

    DUNPHY, J. L., BARCHAM, G. J., BISCHOF, R. J., YOUNG, A. R., NASH, A., MEEUSEN,

    E. N. T. Isolation and characterization of a novel eosinophil-specific galectin released into the

    lungs in response to allergen challenge. The Journal of Biological Chemistry, v. 277, n. 17, p.

    14916-14924, 2002.

    ELISABETSKY, E. Pesquisas em plantas medicinais. Cincia e cultura. v.39, n.8, p. 697-702.

    Ago. 1997.

    FARNSWORTH, N.R. Medicinal plants in therapy. Bull World Health Organ. Geneva, v.63,

    n.3, p.965-81,1985

    FERNNDEZ-ALONSO, J.L et al. Lectin prospecting in Colombian Labiatae. A systematic-

    ecological approach. Biochemical Systematics and Ecology, v. 31, n. 6, p. 617-633, 2003.

    FERREIRA, S. H. (org.). Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. Rio de

    Janeiro: Academia Brasileira de Cincias, 1998.

    FREIRE, M.G. Isolamento, caracterizao fsico-qumica e estudo das atividades inseticida,

    microbicida e inflamatria da lectina de sementes de Talsia Esculenta (ST. HILL) RALDLAK.

    2003. 189p. Tese (Doutorado em Bioqumica). Instituto de Biologia, Universidade Estadual de

    Campinas. Campinas,SP, 2001.

    FREIRE, M. G. M. et al.. Isolation and partial characterization of a novel lectin from Talisia

    esculenta seeds that interferes with fungal growth. Plant Physiology and Biochemistry v.40, p.

    61-68, 2002.

    GABOR, F. et al. The lectin-cell interaction and its implications to intestinal lectin-mediated

    drug delivery. Advanced Drug Delivery Reviews v. 56, n.4, p. 459-480, 2004.

    GAIDAMASHVILI, M. & VAN STANDEN J. Interaction of lectin-like proteins of South

    African medicinal plants with Staphylococcus aureus and Bacillus subtilis. Journal of

    Ethnopharmacology v. 80, p. 131-135, 2002.

    GOLDESTEIN, I. J. et al. Chemical taxionomy molecular biology and function of plant lectin,.

    New York: R. Liss Incorp, 1983, p.225-36.

    GUPTA, N.; SRIVASTAVA, P. S. Purification and characterization of a lectin from seeds and

    cotyledonary callus of Zizyphus mauritiana. Plant Cell Reports v. 17, p. 552-556, 1998

  • IMBERT, A. et al. Structures of the lectins from Pseudomonas aeruginosa: insights into the

    molecular basis for host glycan recognition. Microbes and Infection, v. 6, n. 2, p. 221-228,

    2004.

    INA, C. et al. Screening for and purification of novel self-aggregatable lectins reveal a new

    functional lectin group in the bark of leguminous trees. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1726,

    n. 1, p. 21-27, 2005.

    KAWAGISHI, H., TAKAGI, J., TAIRA, T., MURATA, T., USUI, T. Purification and

    characterization of a lectin from the mushroom Mycoleptodonoides aitchisonii.

    Phytochemistry, v. 56, p. 53-58, 2001.

    KENNEDY, J. F. et al. Lectins, versatile proteins of recognition: a review. Carbohydrate

    Polymers, v. 26, n. 3, p. 219-30, 1995.

    KOIKE, T. et al. A 35 kDa mannose-binding lectin with hemagglutinating and mitogenic

    activities from Kidachi Aloe (Aloe arborescens Miller var. natalensis Berger). The Journal of Biochemistry v. 118, p. 1205-1210, 1995.

    KONOZY, E. H. E., BERNARDES, E. S., ROSA, C., FACA, V., GREENE, L. J., WARD, R. J.

    Isolation, purification, and physicochemical characterization of a D-galactose-binding lectin

    from seeds of Erythrina speciosa. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 410, p. 222-229,

    2003.

    LEITE, Y .F. M. M. et al. Purification of a lectin from the marine red alga Gracilaria ornata and

    its effect on the development of the cowpea weevil Callosobruchus maculatus (Coleoptera:

    Bruchidae). Biochimica et Biophysica Acta, v. 1724, p. 137-145, 2005.

    LATHA, V. L.; RAO, R. N.; NADIMPALLI, S. K. Affinity purification, physicochemical and

    immunological characterization of a galactose-specific lectin from the seeds of Dolichos lablab

    (Indian lablab beans). Protein Expression and Purification, v. 45, n. 2, p. 296-306, 2006.

    LI, Y. R. et al. A novel lectin with potent antitumor, mitogenic and HIV-1 reverse transcriptase

    inhibitory activities from the edible mushroom Pleurotus citrinopileatus. Biochimica et

    Biophysica Acta, in press, 2007.

    LIMA, V. L. M. et al. Immobilized Cratylia mollis lectin as potential matrix to isolate plasma

    glycoproteins including lecithin cholesterol acyltransferase. Carbohydrate Polymers, v. 33, n.

    1, p. 27-32, 1997.

    LIMA, D. As plantas medicinais no Brasil: h muito o que pesquisar e a descobrir. Rev. Dilogo

    mdico. V.13, n.4, p.39-41.1987.

    LIS, H.; SHARON, N. Lectins in higher plants. In: MARCUS, A. The Biochemistry of Plants,

    a Comprehensive Treatise. Proteins and nucleic acids. v.6 New York: Academic Press, p. 371-

    447, 1981.

  • LEAL, A. et al. Novo mtodo para marcao com lectinas em fungo filamentoso. In: 5

    Congresso Brasileiro de Micologia, Programao e resumos, Recife, 2007.

    LEHNINGER, A.L. 2002. Princpios de Bioqumica. So Paulo, Sarvier.

    MACEDO, M. L. R. et al. Talisia esculenta lectin and larval development of Callosobruchus

    maculatus and Zabrotes subfasciatus (Coleoptera: Bruchidae) Biochimica et Biophysica Acta,

    v. 1571, n. 2, p.83-88, 2002.

    MACEDO, M. L. R. et al. Purification and characterization of an N-acetylglucosamine-binding

    lectin from Koelreuteria paniculata seeds and its effect on the larval development of

    Callosobrucus maculatus (Coleoptera: Bruchidae) and Anagasta kuehniella (Lepidoptera:

    Pyralidae). Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 51, n. 10, p. 2980-2986, 2003.

    MACEDO, M. L. R. et al. Insecticidal action of Bauhinia monandra leaf lectin (BmoLL) against

    Anagasta kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae), Zabrotes subfasciatus and Callosobruchus

    maculatus (Coleoptera: Bruchidae). Comparative Biochemistry and Physiology A, v. 146, n.

    4, p. 486-498, 2007.

    MATOS, F. J. A. Farmcias Vivas. 2 ed. Fortaleza: [ s.n.],1994. 62 p.

    MATOS, F. J. A. Living pharmacies. Cincia e Cultura. v. 49, n. 5-6, p. 409-412.

    MOURA, R. M. et al. CvL, a lectin from the marine sponge Cliona varians: Isolation,

    charactrization and its effects on pathogenic bacteria and Leishmania promastigotes.

    Comparative Biochemistry and Physiology A, v. 145, n. 4, p. 517-523, 2006.

    MOREIRA, R. A. et al. Isolation and partial characterization of a lectin from Artocarpus incisa

    L. seeds. Phytochemistry, v. 47, n. 7, p. 1183-1188, 1998.

    MONTENEGRO L. H. M, Oliveira PES, Conserva LM, Rocha EMM, Brito AC, Arajo RM,

    Trevisan MTS, Lemos RPL 2006. Terpenides e avaliao do potencial antimalrico, larvicida,

    anti-radicalar e anticolinestersico de Pouteria venosa (Sapotaceae). Rev Bras Farmacogn 16

    (Supl.): 611-617.

    MACIEL, E. V. M. et al.. Mitogenic activity of Cratylia mollis lectin on human lymphocytes.

    Biologicals v. 32, n. 1, p. 57-60, 2004.

    MACIEL, M. I. Purificao e caracterizao parciais da lectina de entrecasca do cajueiro

    roxo (Anacardium occidentale L.) e sua aplicao. Dissertao de Mestrado. Bioqumica.

    Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2000.

    MICHELIS, E. Fitoterapia como Prtica institucional: a experincia do Estado do Rio de Janeiro.

    Jornal Brasileiro de Fitomedicina. So Paulo, v.2, n.1-4, p.30-35, jan/dez. 2002

  • NEUMANN D. et al. Computational modeling of the sugar-lectin interaction. Advanced Drug

    Delivery Reviews, v. 56, n. 4, p. 437-457, 2004.

    NG, T. B. et al. Inhibitory effects of antifungal proteins on human immunodeficiency virus type

    1 reverse transcriptase, protease and integrase. Life Sciences v. 70, p. 927-935, 2002.

    PAIVA, P. M. G.; COELHO, L. C. B. B. 1992, Purification and partial characterization of two

    lectins isoforms from Cratylia mollis Mart. (Camaratu Bean). Applied Biochemistry and

    Biotechnology, v. 36, p. 113-118.

    PAIVA, P. M. G., et al. Purification and primary structure determination of two Bowman-Birk

    type trypsin isoinhibitors from Cratylia mollis seeds. Phytochemistry, v. 67, n. 6, p. 545-552,

    2006.

    PEUMANS, W. J.; ROUG, P.; VAN DAMME, E. J. M. The tomato lectin consists of two

    homologous chitin-binding modules separated by an extensin-like linker. Biochemical Journal,

    v. 376, p. 717-724, 2003.

    PEUMANS, W. J.; VAN DAMME, E. J. M. Lectins as plant defense proteins. Plant Physiology,

    v. 109, n. 2, p. 347-352, 1995.

    ______________________________________. Plant lectins: versatile proteins with important

    perspectives in biotechnology. Biotechnology and Geneteic Engineering Rewiews, v. 15, p.

    199 - 228, 1998.

    PETROSSIAN, K.; BANNER, L. R.; OPPENHEIMER, S. B. Lectin binding and effects in

    culture on human cancer and non-cancer cell lines: Examination of issues of interest in drug

    design strategies. Acta Histochemica, v. 109, n. 6, p. 491-500, 2007.

    PERFEITO J. P, Santos ML, Lpez KSE, Paula JE, Silveira D 2005. Characterization a nd

    biological properties of Pouteria torta extracts: a preliminary study. Rev Bras Farmacogn 15:

    183-186.

    KONOZY, E. H. E. et al. Isolation, purification, and physicochemical characterization of a D-

    galactose-binding lectin from seeds of Erythrina speciosa. Archives of Biochemistry and

    Biophysics v. 410, p. 222-229, 2003.

    OLIVEIRA, D. K.; COELHO, L. C. B. B.; PAIVA, P. M. G. Different lectins in Spondias

    tuberosa (umbu). In: XXIX Reunio Anual da Sociedade Brasileira de Bioqumica e Biologia

    Molecular (SBBq), 2000, Caxambu.

    OLIVEIRA, J. T. A. et al. Purification and physicochemical characterization of a cotyledonary

    lectin from Luetzelburgia auriculata. Phytochemistry v. 61, p. 301-310, 2002.

  • OMENA, M. C. et al. Larvicidal activities against Aedes aegypti of some Brazilian medicinal

    plants. Bioresource Technology, v. 98, p. 2549-2556, 2007.

    ORDEZ R. M. et al. Antimicrobial activity of glycosidase inhibitory protein isolated from

    Cyphomandra betacea Sendt. fruit. Peptides, v. 27, p.1187-1191, 2006.

    RATANAPO, S.; NGAMJUNYAPORN, W.; CHULAVATNATOL, M. Interaction of a

    mulberry leaf lectin with a phytoathogenic bacterium, P. syringae pv mori. Plant Science, v.

    160, p. 739-744, 2001.

    REYNOSO-CAMACHO, R., DE MEJA, E. G., LOARCA-PIA, G. Purification and acute

    toxicity of a lectin extracted from tepary bean (Phaseolus acutifolius). Food and Chemical

    Toxicology, v. 41, p. 21-27, 2003.

    RICE, E.L. Allelopathy: an update. The Botanical Revivew, Bronx, v.4: p.15-109. 2. ed. New

    York. 1979.

    ROJO, M. A. et al. Isolation and characterization of a new D-galactose-binding lectin from

    Sambucus racemosa L. Protein and Peptide Letters, v. 10, n. 3, p. 287-293, 2003.

    ROJO, M. A., YATO, M., ISHII-MINAMI, N., MINAMI, E., KAKU, H., CITORES, L.,

    GIRBS, T., SHIBUYA, N. Isolation, cDNA cloning, biological properties, and carbohydrate

    binding specificity of sielboldin-b, a type II ribosome-inactivating protein from the bark of

    japanese elderberry (Sambucus sieboldiana). Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 340,

    p. 185-194, 1997.

    ROUG, P. et al. A structural basis for the difference in specificity between the two jacalin-

    related lectins from mulberry (Morus nigra) bark. Biochemical and Biophysical Research

    Communications, v. 304, p. 91-97, 2003.

    SUSEELAN, K. N. et al. Purification and characterization of a lectin from wild sunflower

    (Helianthus tuberosus L.) tubers. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 407, p. 241-247,

    2002.

    SHARON, N.; LIS, H. Legumes lectins a large family of homologous proteins. FASEB J, v. 4, p. 3198-3208, 1990.

    SHARON, N. Lectin-carbohydrate complexes of plants and animals: an atomic view. Trends in

    Biochemical Science, v. 18, p. 221-226, 1993.

    SHIOMI, K.; KAMIYA, H.; SHIMIZU, Y., Purification and characterization of an agglutinin in

    the red alga agardhiella tenera. Biochim. Biophys. Acta v. 576, p.118-127, 1970.

  • S, R. A.; PAIVA, P. M.G.; COELHO, L.C.B.B. Cerne de Myracrodruon urundeuva:

    Isolamento e Caracterizao uma Lectina. Recife, PEQualificao de doutorado em Qumica, Universidade Federal de Pernambuco].

    SANTOS, A. F. S. et al. Detection of water soluble lectin and antioxidant component from

    Moringa oleifera seeds. Water Research, v. 39, p. 975980, 2005.

    SANDES, A.R.R.; DI BLASI, G. Biodiversidade e Diversidade Qumica e gentica; Aspectos

    relacionados com a propriedade intelectual no Brasil. In: Biotecnologia Cincias &

    Desenvalvimento. n.13 ano II, p.28, 2000.

    SANTI-GADELHA, T. et al. Purification and biological effects of Araucaria angustifolia

    (Araucariaceae) seed lectin. Biochemical and Biophysical Research Communications, v. 350,

    n. 4, p.1050-1055, 2006.

    SAMPAIO, A. H., ROGERS, D. J., BARWELL, C. J. A galactose-specific lectin from the red

    marine alga Ptilota filicina. Phytochemistry, v. 48, n. 5, p. 765-769, 1998a.

    SILVA, M.D.C.; PAIVA, P. M.G.; Correia, m.t.s.; Coelho, L.C.B.B. 2005, Uma Lectina do

    lquem Cladonia verticillares: Purificao e Caracterizao Parcial. Recife, PEDissertao de mestrado, Universidade Federal de Pernambuco].

    SILVA, A. C. Madeiras da Amaznia: caractersticas Gerais, nome vulgar e usos. Manaus:

    Sebrae, 2002.

    SILVA, M. D.C. et al. Purified Cladonia verticillaris lichen lectin: Insecticidal activity on

    Nasutitermes corniger (Isoptera: Termitidae). International Biodeterioration &

    Biodegradationv, 63, n. 3, p. 334-340. 2009.

    SITOHY, M.; DOHEIM, M.; BADR, H. Isolation and characterization of a lectin with antifungal

    activity from Egyptian Pisum sativum seeds. Food Chemistry, v. 104, n. 3, p. 971-979, 2007.

    STRYER, L. Bioqumica, Rio de Janeiro, Guanabara Kooagan. 2004.

    SHARON, N.; LIS, H. Legumes lectins a large family of homologous proteins. FASEB J, v. 4, p. 3198-3208, 1990.

    SUN, J. et al. Purification and characterisation of a natural lectin from the serum of the shrimp

    Litopenaeus vannamei. Fish & Shellfish Immunology, v. 23, n. 2, p. 292-299, 2007.

  • SUSEELAN, K. N.; MITRA, R.; PANDEY, R.; SAINIS, K. B.; KRISHNA, T. G. Purification

    and characterization of a lectin from wild sunflower (Helianthus tuberosus L.) tubers. Archives

    of Biochemistry and Biophysics, v. 407, p. 241-247, 2002.

    SPADARO, A. C. C., FONSECA, M. J. V. Cromatografia por bioafinidade. In: COLLINS, C.

    H., BRAGA, G. L., BONATO, P. S. (coordenadores). Introduo a Mtodos Cromatogrficos.

    7. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP. cap. 7, p. 117-140, Campinas,1997.

    SPILATRO, S. R. et al.. Characterization of a new lectin of soybean vegetative tissues. Plant

    Physiology, v. 110, p. 825-834, 1996.

    __________________. How proteins bind carbohydrates: lessons from legume lectins. Journal

    of Agricultural and Food Chemistry v. 50, p. 6586-6591, 2002.

    __________________. How proteins bind carbohydrates: lessons from legume lectins. Journal

    of Agricultural and Food Chemistry v. 50, p. 6586-6591, 2002.

    RODRIGUES, J. S. et al. Novel core (polyester)-shell(polysaccharide) nanoparticles: protein

    loading and surface modification with lectins. Journal of Controlled Release, v. 92, p. 103-112,

    2003.

    TATENO H.; WINTER H. C.; PETRYNIAK J.; GOLDSTEIN I. J. Purification,

    characterization, molecular cloning and expression of novel members of jacalin-related

    lectins from rhizomes of the true fern Plebodium aureum (L) J. Smith (Polypodiaceae). Journal Biology Chemistry, v. 278, p. 10891-10899, 2003.

    THAKUR, A. et al. Purification and characterization of lectin from fruiting body of Ganoderma

    lucidum: Lectin from Ganoderma lucidum. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1770, n. 9,p.

    1404-1412, 2007.

    TRINDADE, M. B. et al. Structural characterization of novel chitin-binding lectins from the

    genus Artocarpus and their antifungal activity. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1764, p. 146-

    152, 2006.

    TRIGUEROS, V., LOUGARRE, A., ALI-AHMED, D., RAHB, Y., GUILLOT, J.,

    CHAVANT, L., FOURNIER, D., PAQUEREAU, L. Xerocomus chrysenteron lectin:

    identification of a new pesticidal protein. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1621, p. 292-298,

    2003.

    UMETSU, K.; YAMASHITA, K.; SUZUKI, T. Purification and carbohydrate-binding

    specificities of a blood type B binding lectin from hemolymph of a crab (Charybdis japonica).

    Journal of Biochemistry, v. 109, p. 718-721, 1991.

  • VAN DAMME, E. J. M. et al. The NeuAc(-2,6)-GalNAc-binding lectin from elderberry (Sambucus nigra) bark type-2 ribosome-inativatining protein with an usual specificity and

    structure. European Journal of Biochemistry, v. 235, p. 128-137, 1996.

    ___________________________ Plant Lectins: A Composite of Several Distinct Families of

    Structurally and Evolutionary Related Proteins with Diverse Biological Roles. Critical Reviews

    in Plant Sciences, v. 17, n. 6, p. 575-592, 1998.

    VIANA, A. M. A. Isolamento, caracterizao parcial e atividades biolgicas da lectina de

    entrecasca de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi.). Dissertao de Mestrado. Bioqumica.

    Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2002.

    VIANA, G. S. B. et al. Aroeira do Serto (Myracrodruon urundeuva Fr. All.): estudo

    botnico, farmacognstico, qumico e farmacolgico. 2 ed. Fortaleza: Edies UFC, 1995.

    WAUTERS, G.; CHARLIER, J.; JANSSENS, M. Agglutination of pYV1 Yersinia enterocolitica

    strains by agglutinin from Mangifera indica. Journal of Clinical Microbiology, v. 33, n. 3, p.

    772774, 1995.

    WANG, H. X.; BUNKERS, G. J. Potent heterologous antifungal proteins from cheeseweed

    (Malva parviflora). Biochemical and Biophysical Research Communications, v. 279, p. 669-

    673, 2000.

    WANG, R., KONG, C., KOLATKAR, P., CHUNG, M. C. M. A novel dimer of a C-type lectin-

    like heterodimer from the venom of Calloselasma roddostoma (Malayan pit viper). FEBS

    Letters, v. 508, p. 447-453, 2001.

    WANG, H.X.; NG, T. B. Purification of Castamollin, a novel antifungal protein from Chinese

    chestnuts. Protein Expression & Purification, v. 32, p. 44-51, 2003.

    WANG, H. X.; NG, T. B. Concurrent isolation of a Kunitz-type trypsin inhibitor with antifungal

    activity and a novel lectin from Pseudostellaria heterophylla roots.

    Biochemical and Biophysical Research Communications, v. 342, n. 1, p. 349-353, 2006.

    WONG, J. H., NG, T. B. Purification of a trypsin-stable lectin with antiproliferative and HIV-1

    reverse transcriptase inhibitory activity. Biochemical and Biophysical Research

    Communications, v. 301, p. 545-550, 2003.

    WITITSUWANNAKUL, R.; WITITSUWANNAKUL, D.; SAKULBORIRUG, C. A lectin from

    the bark of the rubber tree (Hevea brasiliensis). Phytochemistry, v. 47, n. 2, p. 183-187, 1998.

    WROBLEWSKI, S. et al. Potencial of lectin-N-(2-hydroxypropyl) methacrylamide

    copolymerdrug conjugates for the tratament of pre-cancerous conditions. Lournal of Controlled

    Release, v. 74, p. 283-293, 2001.

  • XU, Q. et al. Purification and characterization of a novel anti-fungal protein from Gastrodia

    elata. Plant Physiology Biochemistry, v. 36 , n. 12, p. 899-905, 1998

    WU, J. H. et al. Carbohydrate recognition factors of the lectin domains present in the Ricinus

    communis toxic protein (ricin). Biochimie, V. 88, N. 2, P. 201-217, 2006.

    XAVIER, M. N. Teraputica aloptica versus fitoterapia em pacientes idosos portadores de

    candidose bucal. 1997. 110p. Dissertao (Mestrado em Estomatologia) - Faculdade de

    Odontologia Universidade Federal da Paraba, Joo Pessoa, 1997.

    XIMENES, N.C.A.; COELHO, L. C. B. B.; Cunha, M.G.; Takaki, G.M.C.; Correia, M. T. S.

    2004, Purificao e caracterizao de duas formas moleculares da lectina de vagem de

    Caesalpinia frrea Recife, PEDissertao de mestrado, Universidade Federal de Pernambuco].

    YE, X. Y.; NG, T. B. Peptides from pinto bean and red bean with sequence homology to cowpea

    10-KDA protein precursor exhibit antifungal, mitogenic, and HIV-1 reverse transcriptase-

    inhibitory activities. Biochemical and Biophysical Research Communications, v.285, p. 424-

    429, 2001.

    _________________ Isolation of a new cyclophilin-like protein from chickpeas with mitogenic,

    antifungal and anti-HIV-1 reverse transcriptase activities. Life Sciences, v. 70, p. 1129-1138,

    2002.

    ZABEL, R. A.; MORRELL, J. J. Wood microbiology: decay and its prevention. Academic

    Press. 1 ed. 1992.

    ZHANG, P-F., CHEN, P., HU W-J., LIANG, S-P. Huwentoxin-V, A novel insecticidal peptide

    toxin from the spider Selenocosmia huwena, and a natural mutant of the toxin: indicates the key

    amino acid residues related to the biological activity. Toxicon, v. 42, p. 15-20, 2003.

    ZENG, X.; NAKAAKI, Y.; MURATA, T.; USUI, T. Chemoenzymatic synthesis of

    glycopolypeptides carrying alpha-Neu5Ac-(2-->3)-beta-D-Gal-(1-->3)-alpha-D-GalNAc, beta-

    D-Gal-(1-->3)-alpha-D-GalNAc, and related compounds and analysis of their specific

    interactions with lectins. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 383, p. 28-37, 2000.

    ZENTENO, E. et al. Specificity of the isolectins from the plant cactus Machaerocereus eruca for

    oligosaccharides from porcine stomach mucin. Glycoconjugate Journal, v. 12, p. 699706, 1995.