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Dengue continua a ameaçar população de Salvador A direção do Sindicato dos Agentes Comunitários e Contendores de Doenças Endêmicas do Estado da Bahia (SINDACS-BA) mostra-se preocupada com o descaso das autoridades em relação ao combate da dengue em Salvador. Além dos problemas que afetam a categoria, cujos salários têm sido pagos constantemente com atraso, este ano o Dia Nacional de Combate a Dengue, conhecido como o dia “D”, não vai acontecer por falta de verbas. Para os agentes contendores de doenças endêmicas, o dia 'D' é um evento para conscientizar as comunidades e ensinar as formas de prevenção contra a dengue. No Verão, o índice de casos aumenta e sem a campanha os riscos são maiores. Até o dia 30 de outubro passado, foram registrados 1.310 casos de suspeitas de dengue, das quais 176 foram confirmadas como clássica, 28 como Febre Hemorrágica (FHD) com a ocorrência de cinco óbitos. (Pág. 3) Falta de equipamentos prejudica trabalho da Polícia Militar Além do efetivo insuficiente para atender ao policiamento das áreas mais críticas, o trabalho da Polícia Militar, na Capital, está comprometido pela falta de equipamentos, módulos sem segurança, sujos e sem ventilação, poucas viaturas, falta de munição, coletes à prova de bala com prazos de validade vencidos. (Pág. 3) Salvador não cumpre a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) de que nos centros urbanos deve-se manter uma relação de duas árvores para cada habitante. Na verdade, a cidade tem menos de 37% das árvores necessárias para tornar o meio ambiente mais saudável. Quem paga por isto é a população, pois com a má qualidade do ar cresce o número de pessoas com problemas respiratórios. (Pág. 4) SAÚDE Trabalhar ao sol exige proteção para a pele Cresce oferta de estágios no fim do ano Lei garante direito das diaristas Cuidado na hora de fazer empréstimos Solidariedade no Bairro da Paz Pág. 4 Pág. 5 Pág. 5 Pág. 10 Pág. 9 EMPREGOS DIREITOS ECONOMIA BAIRROS População de Massaranduba está abandonada. Calabar está sem posto de saúde. Cultura africana e cidadania no Bairro da Paz. (Pág.8) (Pág. 9) (Pág. 9) Sem áreas verdes, cidade oferece baixa qualidade de vida Sem áreas verdes, cidade oferece baixa qualidade de vida De janeiro a outubro Salvador registrou 1.310 casos de suspeitas de dengue, com cinco óbitos Até no Centro os módulos estão abandonados A expansão da cidade reduz as áreas verdes e a qualidade de vida da população

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O advento da Web 2.0 tem revolucionado a comunicação e a educação, de forma geral. Pensando no universo corporativo, como você vê o uso das chamadas redes sociais nos processos educacionais nas empresas? As redes sociais são ótimos dispositivos para uma divulgação de processos educacionais, tanto para colaboradores como para públicos externos, todavia, as redes sociais não são apenas canais de divulgação. A forma de interação com o público que as redes sociais oferecem é um formato único em comparação com os outros meios de comunicação. A TV, as publicações impressas e o rádio são vozes de via única, o emissor diz, porém o receptor não tem como dar retorno imediato. Nas redes, a comunicação se configura em via dupla, onde quem escuta também tem que ser ouvido. A interação é dinâmica e plena. Esse conteúdo disponível nas várias plataformas é base educacional e pode ser transformado como instrumento nas empresas.

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Dengue continua a ameaçarpopulação de Salvador

A direção do Sindicato dos Agentes Comunitários e Contendores de Doenças Endêmicas do Estado da Bahia(SINDACS-BA) mostra-se preocupada com o descaso das autoridades em relação ao combate da dengue em Salvador.Além dos problemas que afetam a categoria, cujos salários têm sido pagos constantemente com atraso, este ano o DiaNacional de Combate a Dengue, conhecido como o dia “D”, não vai acontecer por falta de verbas. Para os agentescontendores de doenças endêmicas, o dia 'D' é um evento para conscientizar as comunidades e ensinar as formas deprevenção contra a dengue. No Verão, o índice de casos aumenta e sem a campanha os riscos são maiores. Até o dia30 de outubro passado, foram registrados 1.310 casos de suspeitas de dengue, das quais 176 foram confirmadascomo clássica, 28 como Febre Hemorrágica (FHD) com a ocorrência de cinco óbitos. (Pág. 3)

Falta de equipamentos prejudicatrabalho da Polícia MilitarAlém do efetivo insuficiente paraatender ao policiamento das áreasmais críticas, o trabalho da PolíciaMilitar, na Capital, estácomprometido pela falta deequipamentos, módulos semsegurança, sujos e sem ventilação,poucas viaturas, falta de munição,coletes à prova de bala com prazos devalidade vencidos. (Pág. 3)

Salvador não cumpre arecomendação da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) de quenos centros urbanos deve-semanter uma relação de duasárvores para cada habitante. Naverdade, a cidade tem menos de37% das árvores necessárias paratornar o meio ambiente maissaudável. Quem paga por isto é apopulação, pois com a máqualidade do ar cresce o númerode pessoas com problemasrespiratórios. (Pág. 4)

SAÚDETrabalhar ao solexige proteçãopara a pele

Cresce oferta deestágios no fimdo ano

Lei garante direitodas diaristas

Cuidado nahora de fazerempréstimos

Solidariedadeno Bairroda Paz

Pág. 4

Pág. 5

Pág. 5

Pág. 10

Pág. 9

EMPREGOS

DIREITOS

ECONOMIA

BAIRROS

População de Massaranduba está abandonada.Calabar está sem posto de saúde.Cultura africana e cidadania no Bairro da Paz.

(Pág.8)(Pág. 9)

(Pág. 9)

Sem áreas verdes, cidadeoferece baixa qualidade de vidaSem áreas verdes, cidadeoferece baixa qualidade de vida

De janeiro a outubro Salvador registrou 1.310 casos de suspeitas de dengue, com cinco óbitos

Até no Centro os módulos estão abandonados

A expansão da cidade reduz as áreas verdes ea qualidade de vida da população

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Edito

rial

Jornal Leia Salvador.Informativo quinzenal produzido pela Faculdade 2 de Julho.

Editor Chefe:Editores Executivos:

Direção de Edição e Criação:Conselho Editorial:

Projeto Gráfico:Equipe de Reportagem:

Colaboradores:

Derval Gramacho (DRT MTba nº920)David Gentili (DRT MTba nº2545),

Ricardo Alt (DRT MTba nº2542) e Verbena CórdulaRicardo Alt

Cássia Carneiro, Josué da Silva Mello,Tecla Mello e Vinícius Silva Carvalho

Vinícius Silva CarvalhoCeleste Dias, Igor Pereira, Larissa Barreto

Lindomar Assis, Milena Ribeiro, Núbia Passos, Fernanda GamaTrícia Almeida

Jarbas Azevedo, Silvio Cesar Tudela,Tânia Mota.

* Os textos publicados são de resposabilidade dos autores

Av. Leovigildo Filgueiras, 81, Garcia, Salvador - Bahia(71) 3114-3426

[email protected] mil exemplares

Gráfica Santa Helena

Telefone:E-mail:Tiragem:Impressão:

Expe

dien

te

Lazer & Diversão 0800Um Estado deplorável

Diante de tantos assuntos quebeiram o absurdo, tem-se tornado umatarefa difícil, missão quase impossível,para os jornalistas escolher o tema damanchete ou aquele que vai serexplorado em editorial.

A incompetência do governoinstalado no Planalto, airresponsabilidade do Estado diantedas questões sociais, a insensibilidadedo Congresso ante a miséria do povopromovem notícias de estarrecerqualquer cidadão digno e de um paísdecente.

O presidente Lula vocifera diante das câmerasde TV que sem a CPMF não há como governar emais: a não aprovação da prorrogação, como elequer, desta taxa indecente vai comprometer aReforma Tributária.

O presidente esquece que a CPMF foi instituídaabsurdamente apenas para salvar o sistema desaúde, aliás, o único que não viu este dinheiro. Masele reclama porque sem este dinheiro não vai serfácil bancar a reeleição e a corrupção.

Para solucionar a crise da aviação brasileira,criada pela fragilidade da inteligência dos quecomandam o setor, o ministro da Defesa, NelsonJobim, propõe, em vez de melhorar a infra-estruturados aeroportos e das companhias, que se controle acrise pelo aumento das tarifas e passagens aéreasem até 1.200%. Esta é a prova cabal de suainapetência para o cargo.

Onde estão os organismos públicos de defesa docidadão? As pessoas morrem dentro de um espaçopúblico pelo descaso das autoridades de plantão enão há quem faça o Estado cumprir a lei que éindenizar as famílias enlutadas em conseqüência dairresponsabilidade e inoperância do governo? O quevai acontecer com as vítimas da Fonte Nova?

E agora vem a conversa de que falta dinheiropara o combate à dengue. Salvador está sob aameaça de uma epidemia porque não há recursos (ea CPMF?) para cumprir o programa de erradicaçãoda doença. É fazer pouco caso da vida das pessoas.

O que será do cidadão? A quem recorrer diantede tanto descaso e de tanta inconseqüência? Ospoderes constituídos têm o dever de explicar queEstado é este que se exime de todaresponsabilidade e transfere toda a carga para umasociedade que acumula prejuízos e desprazeres háquase cinco séculos.

Exposições:

- , mostrafotográfica do artista visual Edgar Oliva,retrata os tradicionais presépios daChapada Diamantina.

Visitação: até 16 de dezembro

- ,acervo de pinturas do colecionador eamigo de Cândido Portinari.

Visitação: até 9 de dezembro

Oestá localizado na antiga Casa de Orações dos Jesuítas, construção em estilocolonial datada de 1936, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan) em 18 de Julho de 1938. Foi restaurada pela Caixa EconômicaFederal a partir de 1997 e entregue à comunidade em 22 de outubro de 1999. Asvisitas podem ser feitas sempre de segunda a domingo, das 9h00min às 18h00min.

Rua Carlos Gomes, 57 Centro.(71) 3322-0228, 3322-0219

A Grande Arca: Arte e Fé

Portinari na coleção Castro Maya

Complexo Cultural da Caixa

Endereço:Telefones:

Pintura e Fotografiana Caixa Cultural

Espaço 2 de Julho

filhas Angústias, Madalena, Martírio,Amélia e Adela a viver em um luto deoito anos, mantidas sob fortevigilância dentro de casa. A situaçãofoge ao controle quando a filha maisvelha, Angústias, fica noiva de umgalante rapaz das redondezasdespertando a ira das outras irmãs.

O Solar Conde dos Arcos fica naAvenida Leovigildo Filgueiras, 81,Garcia. O espetáculo está em cartazde sexta a domingo, sempre às20h00min. Os ingressos podem seradquiridos ao preço de R$ 12(inteira) e R$ 6 (meia).

Os moradores da cidade baixa têmsofrido quase que diariamente com afalta de água no local. Geralmente têmque pedir para a Embasa mandarcarro-pipa, mas o atendimento ésempre demorado. Assim, a populaçãopara ter água, tem que pagar o carro-pipa! Principalmente os moradores daBoa Viagem e Ribeira.

Atenciosamente

Finalmente um jornal gratuito emSalvador! Parabéns pela iniciativa.Espero que não esteja ligado a algumaigreja "comercial".

Abraço

Prezado Senhor, obrigadopelas felicitações. Veja em nossoexpediente e verá se tratar de umaInstituição de Educação Superior quebanca este projeto.

Estou escrevendo este e-mail paraprimeiramente agradecer pordisponibilizar informações gratuitaspara a população, que muitas vezesnão tem dinheiro para comprar jornal epor ser um jornal que trata de assuntosmuitas vezes não abordados e seabordados não são passados de formaimparcial como vocês apresentam.

Caros amigos do Leia Salvador,Gostei da reportagem sobre o SUS,mas apesar de mostrar sem "máscara"como é a rotina do atendimento noshospitais e clinicas conveniadas com oSistema Único de Saúde, deveriatambém ser mencionado nareportagem um outro fator importanteque é a destinação dos recursos daCPMF, uma vez que a famigerada tarifafoi criada para elevar os investimentose melhorar a situação da saúde noPaís. Infelizmente sentimos (na pele eno íntimo) os efeitos destairresponsável e desumana maneira deadministrar o dinheiro público!

Caros amigosAqui no Instituto Raiz Cidadã

recebemos o Leia Salvador 6 eparabenizamos toda a equipe do LeiaSalvador pela qualidade das matérias.Em nossas palestras utilizamos o jornalpara discutir as seguintes matérias:excluídos pelo endereço, cadeirantessofrem nos ônibus, meio ambientecomo direito humanoDesde já, ficamos com o compromissode continuarmos a lê-los no site.

Abraços

Coordenação Pero Vaz.

Daisy Requião

Dimitri GanzelevitchNR:

Luiz Pitta

Jucênio Cordeiro

Robson Correa

Até o dia 16 de dezembro o SolarConde dos Arcos, da Fundação 2 deJulho, é o cenário da peça “A Casade Bernarda Alba”, do poeta eescritor espanhol Federico GarciaLorca, assassinado, em 1936, pelafrente militar católica, durante aguerra civil naquele país. O interiordo solar foi transformado em palco dearena e o público tem a oportunidadede assistir a apresentação desta obraem um cenário histórico.

A peça conta a história deBernarda Alba que, após a morte doseu segundo marido, obriga as cinco

Voz do LeitorVoz do Leitor

Trícia Almeida

Solar Conde dos Arcos é palco parapeça de Garcia Lorca

O professor Josué Mello, diretorgeral da Faculdade 2 de Julho,recebeu Daniel Pereira, embaixadorde Cabo Verde, país da costaocidental africana, e os empresáriosbaianos Paulo Sérgio Pereira Silva eItamar Ribeiro (estudante do 8ºsemestre de Jornalismo), com oobjetivo de firmar uma parceriaeducacional entre a Faculdade e aprimeira universidade pública deCabo Verde, inaugurada há cerca deum ano.

Com a assinatura do protocolo deintenções, programada para breve,estudantes e professores vão poderse pós-graduar e lecionar nas duasinstituições. De acordo com Paulo

Sérgio, o interesse dos cabo-verdeanos é formar parcerias cominstituições educacionais que possammelhorar a qualidade de ensino emCabo Verde, país com 500 milhabitantes.

No encontro, o embaixadorDaniel Pereira externou o desejo emformalizar o intercâmbio deconhecimento e experiências. “Porser tão nova, nossa universidade temum déficit na área de professores.Sabemos que a 2 de julho érespeitada e quase centenária eesperamos que se concretize apossibilidade real de formarmosquadros cabo-verdeanos aqui”,afirmou.

Sílvio Tudela

Instituição recebe a visita doembaixador de Cabo Verde

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Segu

ranç

aFalta de equipamentos compromete trabalhoda Polícia Militar

O trabalho da Polícia Militar, emSalvador, está comprometido pela faltade equipamentos necessários parafazer o policiamento. Módulos semsegurança, poucas viaturas e as quecirculam ainda estão em péssimoestado, número insuficiente de policiaisna rua, falta de munição, coletes àprova de bala com prazos de validadevencidos, módulos sujos e semventilação fazem parte do ambiente edas condições de trabalho do efetivopolicial.

A 48º Companhia da Polícia Militar,em Sussuarana, tem 70 policiais eduas viaturas para fazer a coberturados bairros de Sussuarana Velha eNova, Mata Escura, Calabetão, SantoInácio, entre outros. “Seria necessárioum efetivo de no mínimo 500 homens edez viaturas para fazer a segurançadesses bairros”, diz o policial *Geraldo.

O major Costa, da 19ª CompanhiaIndependente da Polícia Militar nobairro de Paripe, garante que o seumódulo se encontra em perfeito estado,porém alguns de seus subordinadosapontam, além da falta de higiene nolocal, que das cinco viaturas usadaspara fazer a segurança do bairro,apenas uma está disponível. Ele diz

que conta com 120 homens para fazero policiamento dos bairros de Paripe,São Tomé de Paripe, Fazenda CoutosI, II, III e IV, missão para a qual serianecessário um número de policiais, nomínimo, quatro vezes maior. Alémdisso, ressalta a falta de armamento emunição.

De acordo com soldado *Josias,que trabalha no bairro do Uruguai, aprincipal dificuldade é a falta de

viaturas. Para garantir a segurança daárea, ele tem disponível apenas doisveículos, sendo que um é exclusivopara a ronda escolar.

No bairro de Castelo Branco, oposto policial que já foi invadido,encontra-se freqüentemente fechado.O aposentado José Sena, morador dolocal, diz que não há presença depoliciais nem no posto, nem nas ruas,“A solução é deixar as portas fechadas,

com grades de ferro”, diz. Já Maria deLurdes Nascimento, que mora noUruguai, observa que só tem rondaquando ocorre assalto e, na maioriadas vezes, quando os moradoresprecisam de apoio da polícia, não têmretorno.

A solução encontrada em algunsbairros para driblar a falta desegurança pública, competência eobrigação do Estado, é o apelo para asegurança privada como ocorre noJardim Cruzeiro, por exemplo. Oaposentado Carlos Alberto, moradordesse bairro, afirma que a vigilância,principalmente noturna, é feita por essetipo de segurança.

Esses fatores interferem nocotidiano da população, já que osmoradores se sentem desprotegidosdiante da violência que agoniza a vidaurbana. O comerciante Alex Costa,morador de São Caetano, diz que opoliciamento no bairro é precário. “Àsvezes tenho vontade de sair à noite,mas sinto medo de ser assaltado”,confessa.

*Para a segurança dos policias,os nomes presentes na matéria sãofictícios.

Celeste Dias

Nem mesmo as sedes das unidades recebem manutenção

Os agentes de endemiasresponsáveis pelo combate à dengue,leptospirose e raiva, em Salvador,encontram sérias dificuldades paraexercer sua função. Sem o auxílio deequipamentos de proteção individual(EPI) como luvas, botas, lanternas emáscaras, eles entram em aterrossanitários, lixões, casas e terrenosbaldios, desprotegidos e vulneráveis àcontaminação que eles próprioscombatem. “Por causa da falta dessesequipamentos três colegas estãoafastados. Eles ficaram doentes depoisde manusear, sem luvas, o produtoquímico usado na eliminação de larvasdo mosquito transmissor da dengue”,afirma Nelson Santos* (nome fictício),33 anos, agente de endemias.

Atrasos no salário e insuficiência deagentes também preocupam. Emoutubro passado, eles paralisaram asatividades porque o salário atrasou 13dias. “Vamos parar novamente caso nãorecebamos o auxílio alimentação, salárioe vale-transporte”, diz o coordenadorgeral do Sindicato dos AgentesComunitários e Contendores deDoenças Endêmicas do Estado daBahia (SINDACS-BA), Edvaldo LeiteSantana.

Como se não bastasse tantadeficiência em uma área já precáriacomo a saúde, neste ano o Dia Nacionalde Combate a Dengue, conhecido comoo dia “D”, não vai acontecer por falta de

verbas. Luciana da Silva* (nome fictício),agente de combate à dengue, consideraque “o dia 'D' é um evento paraconscientizar as comunidades e ensinaras formas de prevenção contra adengue. Com o verão, o índice de casosaumenta e sem a campanha os riscossão ainda maiores”. Até o dia 30 deoutubro de 2007, foram registrados1.310 mil casos de suspeitas de dengue,dessas 176 foram confirmadas comoclássicas, 28 como Febre Hemorrágica(FHD) e cinco óbitos foram registrados.

Cobertura - Os 1.200 agentes deendemias que cobrem 93 áreas nacapital são considerados insuficientespara realizar o trabalho de erradicaçãoque se pretende com a prevenção dadoença e dos focos do mosquitotransmissor, de acordo com oSINDACS-BA. A falta de uma equipemaior e melhor preparada reflete nosdados coletados pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) que confirmao elevado índice de infestação de 5,6%em um ciclo, enquanto que para um

município ser considerado imune àsdoenças endêmicas, deveria registrarmenos de 1%. Os ciclos são etapastrabalhadas em um ano e no totaldeveriam ser seis ciclos para cobrirSalvador, mas devido aos poucosagentes e falta de materiais, esse ciclonão foi concluído, permitindo que acapital baiana esteja vulnerável à açãodo mosquito. A reportagem do LeiaSalvador tentou obter, sem sucesso,informações da Secretaria da Saúde doMunicípio sobre a questão.

Deficiências no combate deixam Salvadorvulnerável à dengueProblemas administrativos dificultam ações preventivasMilena Ribeiro

Saúd

e

Os focos de dengue se mantêm resistentes na capital

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Na cidade, o parquedivide opiniõesFreqüentadores não se sentem seguros

Uma das maiores reservas de MataAtlântica em área urbana do Estado daBahia, o Parque Joventino Silva,popularmente conhecido como Parqueda Cidade, localizado na Pituba, divideopiniões e gera polêmica quando oassunto é a segurança oferecida aos300 visitantes que transitam,diariamente, pelos seus 72 mil metrosquadrados de extensão.

Na opinião de Paulo Ramos daCosta, 22, a vigilância é insuficiente ecoloca em risco a segurança dosvisitantes. “Freqüento o parque paracaminhar à tarde e vejo poucopoliciamento em locais onde jáocorreram assaltos”, diz. Um dosvigilantes, que preferiu não seidentificar, confirmou que fazer asegurança de toda área é muitocomplicado em virtude do tamanho doparque: “Seis policiais e quatrovigilantes não são suficientes para darsegurança a todas as pessoas quepassam por aqui, principalmente nosfinais de semana quando o fluxo émaior e, além disso, não há mais amoto que fazia a ronda e a viaturageralmente fica parada”.

O gerente do parque, MárioMamede, embora confirme o número

insuficiente de policiais e a falta derecursos, garante que as ocorrênciassó acontecem no entorno do parque enão dentro da área. Ele diz que: “Oscarros são arrombados na entrada doparque e os ladrões apenas usam oacesso do parque para fugir. No diaseguinte as matérias falam sobreassalto no Parque da Cidade, quandona verdade registramos aqui umassalto a cada dois meses”.

Já a resposta de Edvando LuizCastro, Superintendente de Parques eJardins, parece estar de acordo com asituação, ele diz que já foi feita umasolicitação para a prefeitura reforçar onúmero de vigilantes e que estabeleceuuma parceria com a Polícia Militar como objetivo de ampliar o efetivo dasegurança, “com isso desenvolveremosum trabalho melhor e daremos aosvisitantes a devida proteção”, conclui.

Milena Ribeiro

Os garis são os principais atingidos por trabalharem expostos ao sol e sem protetor solar,mas a prefeitura e a Vega parecem não se preocupar com o problemaLindomar Assis

Trabalhar sob o sol é uma rotina demuitos profissionais e, apesar dissotrazer conseqüências graves para asaúde, principalmente o câncer depele, muitos trabalhadores, a exemplode garis, guardadores de veículos evendedores de botijões de gás sãosubmetidos a essa “tortura” semqualquer tipo de proteção oferecidapelos empregadores. Dados doSindicato dos Trabalhadores emLimpeza (Sindlimp) revelam que cercade 3,5 mil profissionais desta áreaestão constantemente expostos ao solem Salvador.

De acordo com a dermatologistaVitória Almeida, em peles de coloraçãoescura o câncer começa a sedesenvolver geralmente após dez ou20 anos de exposição freqüente ao sol.Aqueles com peles mais claras devemevitar ficar ao sol por muito tempo. Elaorienta: “As pessoas não devemproteger somente o rosto, mas tambémos braços e as mãos. Além disso, oindivíduo deve se preocupar em usarfiltro solar e fazer a reaplicação a cadaduas horas”, aconselha.

A médica alerta para algumaslesões no corpo que podem

desenvolver o câncer de pele: sinaisescuros, principalmente na regiãoplantar (sola do pé); feridas que nãocicatrizam; manchas que estejammudando de cor e aumentando detamanho.

Antônio Barros Filho, 37,entregador de botijão de gás, reclamamuito dos problemas que tem sofridona pele devido à constante exposiçãoao sol. “Minha pele está muitoqueimada. Sinto um ardor muito grande

e, às vezes, chega a despelar”,reclama. Antônio é funcionário daBrasilgás, onde trabalha há sete anos,sem nenhum tipo de proteção solar,mesmo já tendo reivindicado o produtodiversas vezes.

O gari Ademilton Dalton, 26,ressalta que a prefeitura nunca deuimportância a essa realidade, e nãofornece o protetor. De acordo com odiretor executivo do Departamento deSaúde do Sindicato dos Trabalhadoresem Limpeza (Sindlimp), EdsonConceição de Araújo, só os coletoresde lixo que trabalham no caminhãorecebem o protetor solar. Conforme osindicalista, a Vega argumenta que ostrabalhadores responsáveis por varreras ruas não ficam tão expostos ao sole, por este motivo, não fornece a eles oproduto. “Recebemos, em média, todosos dias, dois trabalhadores queimadosde sol, com a pele descascando e combolhas”, informa. Ele diz que a Veganão fornece o protetor solar por ser umproduto caro.

A equipe do Leia Salvadortentou, sem resultado, falar comdirigentes da Vega para sobre oassunto.

População sofre comproblemas respiratórios porfalta de áreas verdesPlantio de mais árvores na cidade pode contribuirpara a diminuição de doenças

Lindomar Assis

A recomendação da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) de semanter uma relação de duas árvorespor habitante nos centros urbanos estálonge de ser uma realidade emSalvador. Com uma população superiora dois milhões e 700 mil habitantes, acidade possui menos de 37% dasárvores necessárias para tornar o meioambiente mais saudável para os seushabitantes. O médico pneumologistaJoão Nepomuceno Machado Neto,atribui a este desequilíbrio a existênciado alto número de pessoas comproblemas respiratórios.

De acordo com Machado Neto, abaixa quantidade de árvores de umacidade influencia o aumento do índicede doenças como asma, bronquitecrônica, pneumonia e enfisemapulmonar. Em ambientes mais áridos,onde falta vegetação, ou onde ela éescassa, “a população deve redobraros cuidados para não contrair essasenfermidades, ingerindo grandes

quantidades de líquido e evitando aomáximo a exposição ao sol”, orienta.

A assistente operacional Aline Silvados Santos, 27, moradora daLiberdade, um dos bairros menosarborizado da cidade, diz: “Aqui o ar émuito quente e poluído. Minha irmãteve renite alérgica por causa do temposeco”.

O assessor da Superintendência deParques e Jardins (SPJ), Tiago TeixeiraNeto, admite que a quantidade deárvores plantadas em Salvadordiminuiu, pois a prefeitura cortou osinvestimentos previstos para reduzir oscustos. O assessor disse que aredução de árvores na cidade tambémse deve à expansão imobiliária,principalmente a construção civil.

Quem deseja reflorestar seu bairropode pedir apoio à Superintendênciade Parques e Jardins.

Projeto Adote uma Árvore

Fone: 3186-1500 ou 3186-1532.

Cida

de

Trabalhadores correm risco de contrair câncer de pele

Saúd

e

O gerente do Parque da Cidade, Mário Mamede

Garis trabalham sem protetor solar

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Apesar de executarem a mesmatarefa, as diaristas e as empregadasdomésticas se diferenciam apenas pelacarga horária e salário aos quais sãosubmetidas. As trabalhadoras quedesempenham sua função com umaperiodicidade entre duas a quatrovezes por semana, já possuem vínculoempregatício, portanto, devem tambémter seus direitos assegurados.

Essa prática foi garantida porjurisprudência, o que significa dizer, aforma como o tribunal interpreta eaplica os direitos, mas para que sejamregulamentados e se torne lei énecessário que seja aprovado noCongresso Nacional. “Por se tratar deuma função nova, ainda não teveexpressividade para que fosseregulamentada”, garante Marinalva deDeus Barbosa, 40 anos, Presidente doSindicato dos Trabalhadores

Empr

egoDiaristas têm direitos, sim!

Larissa Barreto

Domésticos no Estado da Bahia(Sindoméstico).

Carteira assinada, folgas nosdomingos e feriados, 13º salário, fériasremuneradas de 30 dias, licençamaternidade de quatro meses, sãoalguns direitos resguardados à classe,mas na opinião da presidente pela faltade informação, as diaristas acabamsendo enganadas.

Sirlei Almeida, 32 anos e quatroatuando como diarista, apenas ficousabendo dos seus direitos quando foiorientada pelo porteiro do prédio emque trabalhou a procurar o sindicato.“Trabalhava três vezes por semana eganhava meio salário mínimo, mas semcarteira assinada. Quando perguntava,a minha patroa dizia que não possuíadireitos. Agora que ela me demitiu vimreivindicar os dois anos em quetrabalhei”, diz a trabalhadora.

Direitos assegurados pela Justiça do Trabalho:

Carteira assinada;Salário capaz de atender àsnecessidades básicas;Folgas nos domingos e feriados;13º salário;Férias remuneradas de 30 dias;Abono de férias

;(1/3 do salário)

Licença gestante de 120 dias;

Estabilidade à gestante durante agravidez;Licença paternidade para o homem

;Aviso prévio;Aposentadoria por invalidez.

(quatro meses)

(cinco dias)

Oferta de estágios aumenta no período de fériasNúbia Passos

Fim de ano para muitas pessoas ésinônimo de férias, festas, presentes eviagens. Porém, para quem estudaeste período representa um momentofavorável de conseguir o tão esperadoestágio. As oportunidades aumentamporque muitos contratos deaprendizagem vencem,disponibilizando mais vagas nomercado, o que representa uma grandechance para quem deseja aprender eadquirir experiência profissional.

Em Salvador, devem ser abertas,somente em dezembro, cerca de 1.600vagas, distribuídas entre o nível médio,técnico e universitário. Os estágios sãodivididos em remunerados, em que o

contratado recebe uma bolsa-auxílio, eos voluntários. Darci Paulino, gerente-regional do Centro de Interação deEmpresa - Escola (CIEE) ressalta que osdois tipos de estágios são importantespara a formação do estudante, “eleaprende e garante um diferencial nomercado de trabalho: a experiência”.

O número de estágios ainda ébastante pequeno em relação à procura,por isso, quem busca uma vaga deveficar atento às oportunidades quesurgem nesta época. “Só na capitalbaiana, aproximadamente 70 milestudantes estão cadastrados emagências de integração à espera de umavaga”, informa Paulino.

Qualificação profissional é de extrema importânciaQuem busca uma vaga no mercado

de trabalho precisa estar qualificado.Para fazer cursos, investir na formaçãoprofissional nem sempre é necessárioter dinheiro. No Serviço Municipal de

Intermediação de Mão-de-obra (SIMM),na Internet e em agências de integraçãosão oferecidos cursos preparatóriosgratuitos que podem ajudar oscandidatos no processo de seleção.

SIMM: 2203-2027

Ânima: 3207-1566/ 2376

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ONDE? Suigenerisba: 3341-2223

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CIEE: 2108-8922

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www.suigenerisba.com.br

www.cideestagio.com.br

www.ciee.org.br

www.iel.org.br

Garanta a sua vaga,elabore um bom currículo!Larissa Barreto

Para os interessados em garantiruma vaga no mercado de trabalho,antes de tudo é necessário ter emmãos um bom currículo. Isso éimportante pelo fato de ser a primeiraavaliação da empresa em relação aocandidato. Para isso, faz-se necessárioestar atento às informações que devemconstar ou não, evitandoconstrangimento e, até mesmo perdade uma oportunidade de trabalho.

“Fico na dúvida do que colocar.Acho que deve ter informações básicascomo: nome completo, telefone,endereço e experiências”, contaAdriano Régis, 19 anos, estudante.

Na opinião de Emanuel Bonfim, 51,gerente do Serviço Intermunicipal deMão-de-obra (SIMM), nos pontosprincipais é “preciso ser breve edirecionado. Geralmente as pessoasfazem um modelo para levar em todasas entrevistas de trabalho, isso não éaconselhável. O importante é fazer

currículos diferentes priorizando ointeresse da empresa em questão”,afirma Bonfim.

Uma questão bastante discutida emrelação à forma de como fazer um bomcurrículo é se deve ter foto ou não,Bonfim informa que só deve sercolocada se for solicitada. ShirleaneBarros, 27, desempregada, afirma queantes não utilizava foto, mas desde quefoi orientada a colocar, coloca emtodos. “Já perdi uma vaga depromotora de vendas porque nãocoloquei foto de corpo inteiro”.

Para quem tem dúvidas sobrecomo elaborar o currículo, podeadquirir a Cartilha do Trabalhadoroferecida gratuitamente pelo SIMM, ouparticipar da oficina realizada com oprofessor Renato sobre posturaprofissional, que acontece toda quarta-feira, das 9 às 10 horas, no SIMM,ofertada a 30 pessoas enquantoesperam atendimento.

Nome completo, telefone, e-mail e endereço;Seja breve, utilize no máximo duas folhas brancas, um tipo de letra, sem enfeites;Cursos mais importantes e próximos da área que deseja atuar;Escreva seus objetivos e habilidades;Enumere os empregos mais recentes e/ou com experiências próximas à vaga desejada;Só coloque fotografia se for solicitada;Ser honesto nas informações é importante na busca de emprego.

Dicas para elaboração de um bom currículo:

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Qualidade no ensino influencia entrada de jovens nomercado de trabalhoSimônica Capistrano

“Quando penso que já estou a umpasso de terminar o ensino médio medá calafrios. As oportunidades deemprego são muito poucas.Principalmente para mim, que estoudeixando a escola pública. Ainda nãome sinto preparada para encarar omercado de trabalho”, relata TalitaAraújo, 17, estudante do CentroEducacional Edgar Santos. Esse éapenas um exemplo da insegurançaprovocada em meninos e meninas quedeixam o ensino médio todos os anos ecomeçam a se preparar para enfrentaro restrito mercado de trabalho ou umavaga nas universidades.

Como toda mudança envolvedesafios, a insegurança quanto aofuturo é normal. Porém, os jovens não

devem se deixar levar pelas frustraçõese encarar os desafios que terão pelafrente. De acordo com a psicólogaKarina Werneck, o medo de encarar ofuturo é normal, desde quando nãoimplique na desistência definitiva deuma procura por oportunidades deemprego. “Já tive pacientes que forama uma primeira entrevista, perderam noexame e não conseguiram maisparticipar de outras. Até hoje têm medode procurar emprego”, conta.

Levantamento realizado peloDepartamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese), aponta que entre os 3,5milhões de desempregados existentes

DESEMPREGO

nas grandes metrópoles como Recife,Salvador, São Paulo, Distrito Federal,Porto Alegre e Belo Horizonte, 46,4%desse total são formados por pessoasde 16 a 24 anos. O caso mais graveacontece em Salvador, onde 42,8% dosjovens entre 16 e 24 anos estãodesempregados.

A inexperiência e a baixaescolaridade de muitos candidatos sãoalguns dos fatores que podem explicaresse fenômeno. “Oferecemos atravésdo Serviço Municipal de Intermediaçãode Mão de Obra (SIMM) oficinas queajudam os jovens na elaboração decurrículos, como se portar diante deuma entrevista, dentre outros. Vemos,entre outras coisas, a ausência de umaboa comunicação. Nossos jovens estão

Empr

ego

despreparados. Mas, as oficinas ajudammuito a mudar isso. E a procura tem sidomuito grande”, afirma Antônio Jorge CruzPimentel, coordenador de programas decapacitação da Secretaria da EconomiaEmprego e Renda (Sempre).

Carla Nascimento, 19, estudou desdecriança no Colégio Antônio Vieira. Estácursando Publicidade e conseguiu umestágio em uma agência publicitária.Garante que o colégio a preparou paraenfrentar os desafios do mercado detrabalho. “Tive bons estudos e agora jácurso uma faculdade. Não encontreidificuldades para encontrar um estágio.Agora está muito mais fácil. Aqui emSalvador há vários programas quecontratam estudantes para trabalhar”,relata.

Eu, você e o mundo, preservandoo que é nosso. Uma história de 80 anos

Colégio 2 de Julho1927 - 2007

Av. Leovigildo Filgueiras, 81, Garcia, Salvador, CEP 41.100-000 - Tel (71) 3114-3400 - www.colegio2dejulho.com.br

Av. Leovigildo Filgueiras, 81Garcia - Salvador - Bahia

CEP 40.100-000 / (71) 3114-3434www.f2j.edu.br

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e um repleto deAno Novo

A Instituição 2 de Julho deseja um

Feliz Natal

Paz, Amor, Saúde e Amizade

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Ocupação indiscriminada ameaça a vidada populaçãoMilena Ribeiro

Chuvas, plantações irregulares,acúmulo de lixo, esgoto, construção defossas e escavações são fatores queprejudicam as encostas deixandomoradores e casas em situação derisco, o que reforça a importância dealertar as comunidades, principalmenteno Verão, quando há um aumento naquantidade de chuvas, fator que maisprovoca acidentes por facilitar odeslizamento de terras.

“Não fomos informados do perigo.Plantei um pé de pinha e escavei olocal, isso causou deslizamento deterra e eu perdi minha casa. Se tivessesido avisada teria como me prevenir”,desabafa Angélica Carlos de Jesus, 44anos, moradora do Vale das Pedrinhas.Casos como esses são comuns emSalvador e na maioria das ocorrênciasa falta de informação é o principalmotivo.

Há 30 anos morando embaixo deuma encosta, o construtor civil GilsonRamos da Fonseca já chegou a fazerum abaixo assinado para a Prefeiturafazer a contenção da AvenidaNordestina, onde mora, e garante quenão teve nenhum retorno. “Solicitei queeles viessem fazer uma manutenção,pois a casa de cima já provocoudeslizamento, mas somente umengenheiro esteve aqui para olhar asituação, não voltou mais, e elesmandaram uma lona de proteção.Porém minha família continuaconvivendo com o perigo”, afirma.

De acordo com a Coordenadora dePlanejamento da Defesa Civil(Codesal), Denise Fraga, durante todoo ano é realizado um trabalhoeducativo nas comunidades com umgrupo de ações preventivas,“Distribuímos 32 mil informativos nasestações de transbordo e 10 milcartilhas em escolas para orientar,sugerir medidas importantes econscientizar a população de comoidentificar ameaças de desabamentose, nesses casos, como se deve agir”,informa.

Bai

rros

Fraga ressalta que os riscos dedesabamentos diminuem quando ascomunidades estão bem informadas einteragem com a Codesal. Conforme acoordenadora, “a Operação Chuva e aDefesa Civil Itinerante sãoresponsáveis pelo acompanhamentode 15 e 11 áreas, respectivamente, etambém envolvem 2.049 estudantesem trabalhos educativos”.

Em 2006, foram registrados 7.337mil ocorrências, entre elas ameaças de

OPERAÇÕES desabamentos de casas e deslizamentosde terras. Em 2007, no período de 1 dejaneiro a 31 de outubro ocorreram 3.111casos, o que talvez aponte para umaredução significativa, mesmo que essenúmero ainda seja grande. Para Fraga,essa queda se deve não somente àdiminuição de chuvas, mas também àpotencialização do acompanhamento nascomunidades: “Se realmente não fosserealizado um trabalho de prevenção, nãochegaríamos a esses resultados”,conclui.

A população do bairro deMassaranduba e comunidadeslocalizadas naquela área, sofrem com oabandono dos órgãos públicos.Serviços essenciais como saneamento(vide fotos), saúde e segurança nãoexistem. Nas ruas, moradores ecrianças caminham sobre esgotos a céuaberto, suportando o mau cheiro. A faltade água é constante, não há segurançae o posto de saúde, localizado no bairrodo Uruguai, tem poucos médicos esempre falta de medicamentos.

A doméstica Marilene Santos dizque a filha adoeceu e teve que levá-laao hospital São Jorge, no Largo de

Roma, superlotado e sem recursos.Após a longa espera para ser atendida,a médica recomendou que a pacientefosse encaminhada para o hospitalErnesto Simões, no Pau Miúdo.

Na Rua Serra do Mel, o esgotocorre a céu aberto e, além do maucheiro, a população convive cominsetos e ratos. A moradora Ivonice deFreitas, que vive ali com seus quatrofilhos e três netos, o neto de três anosde idade tem problema de asmaalérgica e a situação do ambiente sóagrava o quadro de saúde da criança.Devido às longas filas no hospital eladiz que “o médico me mandou comprarum nebulizador, vou fazer isso. Assimdiminui o sofrimento meu e dele (oneto)”.

Outro morador do local, CarlosLima, ressalta que, além da dificuldadecom água, tem a falta de saneamento.Na Baixa do Petróleo, embora aprefeitura tenha retirado pessoas quemoravam em palafitas, há ainda muitagente residindo próximo ao esgoto. Noscasos mais críticos, os moradoresaterram o esgoto próximo de suascasas.

Celeste DiasTrícia Almeida

Moradores deMassarandubareclamam dafalta de serviçospúblicos

Falta de segurançapreocupa moradores do Stiep

A segurança pública é um assuntoque tem preocupado os moradores doStiep. A população do bairro vive commedo, pois, conforme Maria LuciaAzevedo, 55, a polícia não faz aronda e os moradores têm que pagarpor segurança particular. Essasegurança tem um custo mensal deR$ 40 por morador e as pessoas quenão tem dinheiro para pagar ficamdesprotegidas. “Estamos, totalmente,esquecidos pelas autoridadespúblicas, pois a polícia só aparece nobairro quando tem algum chamado”,diz Maria Lucia que mora no bairro há

mais de 30 anos.A situação é mais complicada

quando diz respeito ao comércio dolocal, pois a maioria das lojascomerciais fica em local aberto, emárea mais sujeita à ação dosassaltantes e ladrões. Com a falta depoliciamento no local a comercianteJoana Silva, 35, que já foi vítima deassalto tentou acionar o 16º Batalhãoda Polícia Militar localizado no bairrovizinho do Costa Azul. O Tenente Britoinforma que o Stiep é área deresponsabilidade da guarnição sediadana região do Iguatemi.

Fátima Ribeiro, moradora do bairroSão Gonçalo do Retiro, reclama dafalta de transporte coletivo. Ela diz queapenas dois ônibus servem àpopulação local e que os veículosestão em condições precárias (ônibusvelhos e quebrados). Além da longaespera nos pontos de ônibus, osmotoristas nem sempre param, quandosolicitados.

Graça Torres, moradora de SãoMarcos, também reclama do serviço detransporte coletivo. Ela diz que,principalmente de manhã, hámotoristas que não param nos pontos.

Transporte coletivonão atende àpopulação

Moradores das encostas vivem sob constante ameaça

CONTATO CODESAL: (71) 3255-8700

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Projeto social desperta cidadania no Bairro da PazLarissa Barreto

Embora conhecido pelo altoíndice de violência, o Bairro da Pazpossui vários projetos sociaisvoltados para a prestação de serviçoscom o objetivo de preservar a culturaafricana e despertar a cidadania. OProjeto Étnico Cultural da Bahia,dirigido pelo percussionista SidneyArgolo é um deles.

“A gente quer viver bem, a gentequer paz. Para mudar isso, temosque modificar esse sistema, e otrabalho artístico faz com que ascrianças saiam da criminalidade”,afirma Argolo, um jovem de 27 anosque sentiu a necessidade de passarseus conhecimentos artísticos paraoutros jovens da comunidade, paracontribuir na conscientização etransformação social. Opercussionista, que já trabalhoutocando na Timbalada, com CarlinhosBrown e outros artistas baianos, diz

ser necessário contribuirpositivamente para a melhoria dacomunidade.

Desenvolvido no ano de 2000 eatualmente composto por 40 pessoas,o diferencial do grupo se dá pelo fatode seus membros produzirem ospróprios instrumentos percussivos,além de desenvolverem atividades dedança, de técnicas de teatro, estudose pesquisas sobre a cultura de origemafricana.

Outra preocupação do grupo émanter os costumes religiosos. Daí aparceria com o Terreiro-creche LadêPadê Mim, fundado em 1967, na Bocado Rio, e mudado para o Bairro daPaz em 1982, onde Argolo trabalhacomo voluntário e freqüenta os ritos. Acreche, fundada pela Ialorixá MariaEuzébia do Rosário, 76, assiste a 45crianças, do maternal à 4ª série doensino básico.

Bai

rros

Ação socioeducativa muda a vida de jovens da periferiaTrícia Almeida

Há 17 anos a Associação dasComunidades Paroquiais de MataEscura e Calabetão (Acopamec)desenvolve um conjunto de açõessocioeducativas com as crianças eadolescentes carentes da região. Aintenção é afastar o público atendidodo envolvimento com o uso e tráfico dedrogas e atividades criminosas. Emparceria com a Pastoral da Criança eoutras entidades, a associação jáencaminhou mais de 10 mil jovens aomercado de trabalho através do Setorde Emprego e Renda (Sempre).

Izaque Macedo, 22, auxiliaradministrativo da Acopamec, chegou àinstituição em 1999, onde participou deatividades artísticas, pedagógicas erecreativas que contribuíram para seucrescimento pessoal e profissional.“Trabalhei como cabeleleiro e hojeestou aqui ensinando a outros tudo queaprendi”, comemora.

Além do Setor de Emprego eRenda, a entidade conta com o Casas-lar, que funciona como abrigo parameninas vítimas de violência física epsicológica que fogem de casa e vão

para as ruas. “Vim para cá com 10anos fugindo das surras de meu pai.Minha vida era difícil e sofrida, descobrium novo mundo, cheio deoportunidades. Hoje faço trabalhossociais”, diz Micheli Ribeiro, 21.

Na Acopamec são oferecidos 11cursos, entre eles o de panificação,que encaminha o jovem aprendiz àPanificadora Boa Esperança, quefunciona na própria instituição.Sandoval Souza, 18, já trabalha háquatro meses como auxiliar de padeiroe conta que aprendeu a ter

responsabilidade, independênciafinanceira e ainda ajuda em casa.

Através de doações e de parceriassão assistidos em média 2.500 jovens ecrianças por ano. Os trabalhosrealizados nas oficinas sãocomercializados e os lucros sãorevertidos para a manutenção dasobras com o selo Artesão da Paz.

Telefone Produções: 3306-8124e-mail: [email protected]

Para saber mais:

Mais de 20 mil moradores do Calabar sofrem semPosto de SaúdeA população do bairro se sente esquecida pela prefeitura e exige soluçãoNúbia Passos

“O Calabar não pode ficar noesquecimento”, reclama Júlia da Silva,aposentada e moradora do bairro. Estacomunidade de Salvador tem hojeaproximadamente 22 mil habitantes eainda assim não possui sequer umPosto de Saúde da Família (PSF). Emabril de 2006, o Posto de Saúde dolocal, construído pela Fundação JoséSilveira em parceria com a Associaçãodos Moradores, foi demolido. “Na épocao prefeito e o secretário da Saúdegarantiram que em seis meses o postoficaria pronto, mas continuamosesperando até hoje”, reclama CláudioSousa, vice-presidente da Associaçãode Moradores.

Após a demolição do posto, aprefeitura colocou o atendimento noChame-Chame, mas, de acordo com osmoradores, a falta de pagamento dosfuncionários ocasionou o fechamento doserviço, obrigando quem precisa ser

atendido a se deslocar até o 5º Centro,na Avenida Centenário. “A maioria daspessoas vai andando porque não temcondições para pagar o transporte”,afirma Clélio Araújo, agente de saúde.

Conforme conta Cláudio Sousa,quando demoliram o Posto o secretárioafirmou que já tinham verbas para aconstrução, no entanto, o local onde aunidade deveria ser construída estáservindo de estacionamento e depósitode entulho. Ele afirma que a prefeituracomunicou a inclusão do Posto doCalabar em um projeto que pretendeconstruir quatro novos postos emSalvador, e que o dinheiro já estádisponível.

Até o fechamento desta edição aRedação do Leia Salvador tentou,insistentemente, contactar a Assessoriade Comunicação da SecretariaMunicipal da Saúde, para falar sobre oassunto, mas não conseguiu.

Projeto tem ajudado a incluir jovens na sociedade

No local do posto de saúde, estacionamento

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Empréstimos podem levar consumidor à falênciaComprador precisa ter consciência da sua capacidade de pagamento para evitar prejuízos maiores

Cartões de crédito bloqueados,contas atrasadas, saldo bancárionegativo são problemas enfrentadospor muitos consumidores. Para aquelesmais desesperados, isso não éproblema, basta ir a uma agênciabancária, a algumas financeiras oumesmo agiota e tomar um empréstimopara quitar suas dívidas ou até adquiriroutras.

De acordo com o diretor deAtendimento e Orientação aoConsumidor do Procon -Superintendência de Proteção eDefesa do Consumidor, EduardoBandeira, o empréstimo só deve sertomado se o consumidor for fazer uminvestimento que futuramente tenha umlucro para pagar. “No entanto, muitaspessoas fazem empréstimos paracomprar objetos que não têm muitanecessidade”, observa. Ele alerta queao contrair um empréstimo, a pessoase submete a pagar altas taxas de

Lindomar Assis

juros e, se perde a capacidade defazer o pagamento, ter nome incluídono cadastro de devedores do SPCServiço de Proteção ao Crédito, eSerasa (empresa privada de serviçosespecializados em pesquisas, análisese informações econômico-financeirospara apoio a decisões de crédito enegócios).

O funcionário público federalRaimundo Nonato, 59, já teve muitosproblemas com empréstimos. “Antesde pagar uma dívida contraí outra.Como não tinha dinheiro para pagar,fiz empréstimo e acabei incluído noSPC e Serasa”, conta. Ele é umconsumidor que geralmente parcela assuas compras em até 12 vezes e nãoanalisa os juros. Ele diz que essastaxas são altas e o correto é comprar àvista. No entanto, ressalta que ganhapouco e por isso recorre aosparcelamentos.

A professora aposentada Edna

Silva Maurício, 49, diz que já tevemuitas complicações financeiras porcausa dos empréstimos, mas hoje fazuma reserva para utilizar todo mês paranão correr o risco de tomarempréstimos. “Já tomei empréstimo porproblemas de saúde, mas hoje nãofaço mais”, afirma.

Henrique Tomé da Costa Mata,doutor em economia, alerta que quantomaior o tempo para o consumidorliquidar uma compra, maiores são osriscos de se endividar e a partir daíbuscar um empréstimo: “Muitosconsumidores se iludem com o períodolongo para pagar uma mercadoria. Issoé uma armadilha. No entanto, é umerro muito comum entre osconsumidores”. Henrique aconselhaque antes de fazer uma compra apessoa deve planejar e analisar assuas condições financeiras: “Paraquem toma empréstimos, é precisoanalisar as condições de pagamento”.

O consumidor pode consultar o Procon para tirar dúvidas antes de parcelar uma compra ou fazer um empréstimo:Fone: (71) 3321 2409 e-mail: [email protected]

Econ

omia

Segurança nos produtos e serviços é direitodo consumidorIgor Pereira

Existe um tipo de acidente do qualmuitos consumidores já foram vítimase nem sabem. Um corte na mãodurante a abertura de uma lata, ummachucado resultante de uma freadabrusca do ônibus ou quedas emsupermercados ou shoppings emdecorrência de piso molhado ousujeira são situações que podemcaracterizar acidente de consumo. Alesão pode ser decorrente de defeitono produto ou pela falta de informaçãoquanto ao perigo e uso correto deste.

De janeiro de 2005 a outubro de2007 foram registradas junto aoProcon apenas 13 denúncias, sendo12 queixas de produtos e uma deserviço. O consumidor tem direito àindenização de todos os danos

materiais e morais. De acordo com ocoordenador do órgão, MarceloNeves, a responsabilidade por umacidente de consumo é da empresa,fornecedor ou prestador de serviço.“São eles que terão que provar,através de testemunho oudocumentos, que a lesão foiocasionada por falta de atenção doconsumidor, mas a princípio oconsumidor sempre tem razão”,alerta.

Esse tipo de acidente se dáquando um produto ou serviçoprestado venha causar danos àsaúde ou à segurança das pessoas.O Codecon Código de Defesa doConsumidor, prevê como direitobásicoa proteção à vida, à saúde e a

segurança contra produtos e serviçosconsiderados perigosos ou nocivos.Exige que o fabricante informe, demaneira clara e adequada, sobre apericulosidade dos produtos colocadosà venda.

O consumidor que se sentir vítimade um acidente de consumo deveprimeiramente comunicar ao SACServiço de Atendimento aoConsumidor, da empresa ouprestadora do serviço. Se oatendimento inicial não atender àsnecessidades o comprador deveprocurar um órgão de defesa doconsumidor com a nota fiscal emmãos e passar as informações dacompra (nome, modelo, tamanho, datade validade, lote, etc.).

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