Leis Da Natureza - Eduardo Alfonso

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  • 7/23/2019 Leis Da Natureza - Eduardo Alfonso

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    Dr. Eduardo Alfonso

    LEIS DA NATUREZA

    A maior parte das leis da natureza to simples que o homem no lhe d a menor

    importncia

    Extradas do livro LA RELIGION DE LA NATURALEZA, de Dr Eduardo Alfonso,Editorial Kier, tambm publicado no livro MEDICINA NATURAL EM CUARENTALECIONES, do mesmo autor

    A NATUREZA REGIDA POR LEIS

    No estudo da natureza, atravs do exame e da comparao dos fenmenos, o homem vaidescobrindo que existe uma ordem natural, regida por leis. Esta ordem natural se realizaatravs da harmonia, que a adequada relao entre as partes e o todo. Por isto, a natureza,em seu conjunto, chama-se universo, ou seja, a relao do uno com o todo.

    1. LEI DO MOVIMENTO

    O movimento o modo de manifestao universal. A vida movimento, a inrcia amorte. Tudo, afinal, vibrao, a alternao de movimento e repouso. No existemovimento contnuo. O dia e a noite, o sono e a vigilncia, a vida e a morte, ainspirao e a expirao, a sstole e a distole etc... so grandes vibraes da natureza,anlogas em tudo s do som, da luz, eletricidade etc.

    2. LEI DO AMOR

    O amor, a atrao de dois ou mais seres para unificar-se, estimula a criao e aconservao da vida. O amor supe renncia de si mesmo a favor de todos e requer,para manifestar-se, a conscincia de que todos somos irmos, sados da mesma origem.O amor o reconhecimento da unidade em tudo. Manifesta-se como fora centrpetanos astros, todos os planetas subordinam-se unidade do sistema planetrio. Nosminerais e nos corpos qumicos, manifesta-se como afinidade, como instinto e atraosexual nos animais. No homem, como carinho e simpatia e, em graus elevados, comoamor espiritual, idealismo e sacrifcio. O amor atrai todos os seres at a sua unidade deorigem.

    3. LEI DA EVOLUO

    Todo ser tem fora e tendncia para converter-se em algo superior. A evoluo empregacomo meio o misterioso mecanismo da vida e da morte. A inteligncia e a vontadeevoluem atravs de corpos materiais que, por sua vez, tambm evoluem. Mas a formase destri quando d o seu mximo rendimento a favor da evoluo espiritual, passandoo esprito, que mentalidade e finalidade, formas mais elevadas.

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    4. LEI DOS CICLOS

    Tudo o que existe evolui atravs de ciclos, chamando-se ciclo uma trajetria no tempoe no espao, ao final da qual os seres avanam um grau em sua evoluo. As sementes

    germinam, nascem, do um planta que, por sua vez, produz sementes contendopotencialmente as novas experincias vitais da planta. O ano inicia com a primavera,amadurece com o vero, entristece com o outono e adormece no inverno e renascecomo uma nova primavera. Na vida humana, o ciclo inicia na doce primavera dainfncia, segue o perodo pico da maturidade, o lrico da velhice e termina na morte(comeo de um ciclo puramente espiritual) para continuar em nova manifestao.

    5. LEI DA FINALIDADE

    A evoluo tem um sentido finalista, visa a consecuo de um objetivo transcendental emetafsico. Tende a buscar estados mais elevados, afinando e aperfeioando a matria ea inteligncia. A negao da finalidade na natureza equivale a afirmar que tudo se movee vie por capricho e sem outro motivo.

    6. LEI DA HIERARQUIA

    Tudo e todos esto subordinados quilo que superior em grau evolutivo e tem poderde mando sobre tudo aquilo que lhe inferior na escala evolucional. O esprito rege amatria, a inteligncia, o corpo; o crebro, aos membros; os animais mais inteligentesvencem os menos inteligentes, o homem vence os animais e seus semelhantes menosdotados ... Existe uma hierarquia evolutiva que garante o triunfo do melhor e maisperfeito.

    7. LEI DA HARMONIA

    A convivncia exige uma adequada relao entre as partes e o todo, expressa pelomximo de liberdade e rendimento na funo de cada parte, juntamente com o mximode ajuda mtua em favor do todo. Nada, nem ningum, tem valor por si mesmo, senopor suas relaes com as demais partes. Tudo, segundo a lei da harmonia, cooperaordenadamente com o plano natural, cumprindo o papel correspondente a seu grauevolutivo. O egosmo desmedido, como o sacrifcio extremado, no podem conduzir abons resultados: o segundo porque destri o indivduo e o primeiro porque destri acoletividade.

    8. LEI DA ADAPTAO

    Todos os seres adaptam suas vidas ao meio que os rodeia para defender-se contra ele eaproveit-lo em seus benefcios. A adaptao recproca, porquanto o meio ambiente modificado pelos seres que ali convivem. As plantas muito expostas ao sol tornam-semais verdes; o indivduo adapta-se aos costumes da sociedade para no ser eliminado erealizar seus propsitos particulares. O micrbio dentro do organismo troca de forma,

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    reveste-se de uma cpsula e segrega anticorpos para absorver os nutrientes e defender-se contra as defesas do organismo que o sustenta.

    9. LEI DA SELEO

    Na luta para adaptar-se ao meio ambiente, prevalecem os mais sos, mais fortes,inteligentes e os melhores, garantindo deste modo o progresso evolutivo de toda ahumanidade. Os estudos de Darwin e Lamarc so o melhor testemunho desta lei. Asepidemias que varrem toda a espcie humana em determinados ciclos e deixam persistiros organismos mais fortes e mais puros, arrastam tambm aquelas pessoas cultas,virtuosas e aparentemente vigorosas, porque natureza no importam idias e espritos(estes no morrem), seno os corpos, pois em corpos sos e vigorosos a seleo damente, do esprito, a evoluo sempre pode se operar, mas em corpos degenerados sograndes as dificuldades para a plena manifestao dos estados elevados de conscincia.

    10. LEI DA HERANA

    Todos os serem adquirem ou herdam os caracteres fsicos e psquicos de seusprogenitores. Esta lei se cumpre mediante determinadas sub-leis, entre as quais as quese referem aos animais e plantas, genialmente descobertas por Mendel. Graas lei deherana, o adquirido pela lei de adaptao e purificado pela seleo, se mantm e seeleva atravs da vida. Os caracteres psquicos (paixes, pensamentos, instintos,emoes) se herdam tambm, segundo leis menos conhecidas. Tomenos o exemplo dacontinuao em nossos filhos de certas tendncias psicolgicas nossas. O bom se herdapara o progresso da espcie, mas tambm se herda o mal, conduzindo degeneraodos seres. Pensem bem, pois, nessa lei, os que ho de dar descendncia ao mundo.

    11. LEI DA ANALOGIA

    O que est no mundo fsico e tangvel anlogo ao que existe no mundo metafsico einvisvel. O que se realiza no grande tambm se realiza no pequeno. Em todos osaspectos da vida regem as mesmas leis naturais. Os sistemas planetrios so deconstituio anloga aos tomos. A mesma lei de ramificao rege o curso dos rios daterra, a corrente sangnea e nervosa do corpo, os galhos das rvores, os sistemas denumerao etc. Nas criaes industriais v-se a fatalidade que atua esta lei: a cmarafotogrfica uma reproduo do olho dos vertebrados. O piano e a harpa so o fielretrato do rgo de Corti no ouvido interno. Nada existe inventado pelo homem cujomecanismo no preexista em algum ser da natureza.

    12. LEI DOS CONTRRIOS

    Para que todo ser ou coisas seja percebida, necessita-se de um contraste, uma diferenaou uma variao. Se no houvesse luz, no haveria sombra. Se no houve verdade noexistiria mentira. Sem vcio no haveria virtude. Toda vibrao fruto das forascentrfuga e centrpeta. Quando uma cessa, o movimento se anula. A percepo dequalquer coisa exige a existncia de seu contrrio, que complementa e constitui com ela

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    uma unidade. a lei dos opostos complementares, digna de ser meditada pelos quecrem que o mal pode ser suprimido sem que deixemos de saber o que bem.

    13. LEI DE CAUSA E EFEITO

    Todo ato ou fenmeno tem uma causa produtora que, por sua vez, produz tambm umefeito, o qual no outra coisa seno a causa reproduzida em outra forma. Aenfermidade existe por causas mrbidas, os objetos artificiais por causas construtoras.O universo existe porque existe uma causa criadora. O que se chama sorte ou desgraa nada mais que a reao do mundo cada ser, segundo a lei de causa e efeito. Esta lei ajustia da natureza, mas no elimina o livre arbtrio dos seres, porque est reservado sua vontade o fazer ou no fazer alguma coisas. O que ele no pode esquivar lei decausa e efeito, uma vez cometido o ato.

    14. LEI DA UTILIDADE

    Todo ser ou ato responde a uma necessidade ou utilidade dentro do plano da evoluo.A natureza no cria nada intil. econmica e justa em suas manifestaes, ainda queprdiga em sua potencialidade, fazendo desaparecer o intil. Todo rgo que nofunciona se atrofia. Todo aquele que para nada serve, destrudo e incorporado circulao da matria elementar. Os cadveres se decompem, o cordo umbilical seatrofia, seca e cai uma vez cumprida a sua misso etc. Em troca, vemos que a natureza esplendida, como demonstra o nmero imenso de sementes que d a cada planta, deespermatozides em cada gota de lquido masculino, de vulos no ovrio ... a maior dosquais se perdem. A necessidade o supremo estmulo de todo ato vital.

    15. LEI DA DESIGUALDADE

    O movimento tem por origem uma desigualdade ou excitao. A igualdade estvel. Seno houvesse desigualdade de tenso eltrica entre duas fontes unidas por um condutor,no se estabeleceria a corrente. Se no houvesse uma diferena qumica entre osalimentos e o corpo, no haveria digesto e nutrio. Se no houvesse diferena entreidias, no haveria movimento intelectual, nem progresso. A desigualdade a origemdo movimento e da vida. Quanto maior seja a iniciativa e a vontade de cada ser, maisest em suas mos ser dono e senhor das trocas que do origem s desigualdadesexcitantes da vida e, por conseguinte, o meio ambiente ser, em sua maior parte, criadopela atividade de maior iniciativa e vontade intrnseca.