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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento DERAL - Departamento de Economia Rural Análise da Conjuntura Agropecuária Ano 2013/14 LEITE MARÇO 2014 Leite no Brasil O Brasil vem apresentando aumento gradativo na produção leiteira, de 2002 a 2012 a produção cresceu quase 50%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 2012, produziu 32,3 bilhões de litros, volume 49,2% superior à produção de 2002 (21,6 bilhões de litros). TABELA 01 - PRODUÇÃO LEITEIRA – Brasil – Evolução em 10 Anos (em mil litros) Ano Produção (em mil litros) 2002 21.642.780 2003 22.253.863 2004 23.474.694 2005 24.620.859 2006 25.398.219 2007 26.137.266 2008 27.585.346 2009 29.085.495 2010 30.715.460 2011 32.096.214 2012 32.304.421 Variação 2002/2012 49,2 % Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal Responsável: Médico Veterinário Fábio P. Mezzadri 1 Contato: e-mail: [email protected] ; (41) 3313-4102

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Análise da Conjuntura AgropecuáriaAno 2013/14

LEITE

MARÇO 2014

Leite no Brasil

O Brasil vem apresentando aumento gradativo na produção leiteira, de 2002 a 2012 a

produção cresceu quase 50%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 2012, produziu 32,3 bilhões de litros, volume 49,2%

superior à produção de 2002 (21,6 bilhões de litros).

TABELA 01 - PRODUÇÃO LEITEIRA – Brasil – Evolução em 10 Anos (em mil litros)

Ano Produção (em mil litros)

2002 21.642.780

2003 22.253.863

2004 23.474.694

2005 24.620.859

2006 25.398.219

2007 26.137.266

2008 27.585.346

2009 29.085.495

2010 30.715.460

2011 32.096.214

2012 32.304.421

Variação 2002/2012 49,2 %Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal

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TABELA 02 - Produção de origem animal - Ranking descendente

Leite - Produção de origem animal (Mil litros)

Ano 2012

“ranking” Grande Região

1 Sudeste 11.591.140

2 Sul 10.735.645

3 Centro-Oeste 4.818.006

4 Nordeste 3.501.316

5 Norte 1.658.315Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal

O cenário da atividade leiteira brasileira mostra que o Sudeste e o Sul se destacam

nesta atividade. As regiões participaram com 69%, dos 32,3 bilhões produzidos em 2012

pelo país, conforme dados do IBGE.

No ano de 2012, entre os estados, Minas Gerais manteve o primeiro lugar no “ranking”

da produção leiteira, representando 28%, do total produzido, seguido pelo Rio Grande do

Sul, com 13%, Paraná com 12% e Goiás com 11%.

O volume produzido e os números dos outros estados da federação estão expostos na

tabela a seguir.

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Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal - PPM

A produção brasileira de leite no ano de 2012, fechou na marca dos 32,3 bilhões de

litros, com crescimento de 0,64% em relação ao ano anterior. Crescimento modesto,

entretanto se compararmos a 2010, o crescimento foi de 5,1%.

Existem algumas teorias para justificar o baixo desempenho na produtividade a nível

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Ano 2012

“ranking” Unidade da Federação Produção em (mil litros)1 Minas Gerais 8.905.9842 Rio Grande do Sul 4.049.4873 Paraná 3.968.5064 Goiás 3.546.3295 Santa Catarina 2.717.6516 São Paulo 1.689.7157 Bahia 1.079.0978 Mato Grosso 722.3489 Rondônia 716.82910 Pernambuco 609.05611 Pará 560.91612 Rio de Janeiro 538.89013 Mato Grosso do Sul 524.71914 Ceará 461.66215 Espírito Santo 456.55116 Maranhão 381.63717 Sergipe 298.51618 Tocantins 269.883

19 Alagoas 245.64720 Rio Grande do Norte 198.05221 Paraíba 142.54622 Piauí 85.10323 Amazonas 48.16524 Acre 42.73225 Distrito Federal 24.61026 Amapá 10.99627 Roraima 8.794

TABELA 03 - BRASIL - “Ranking” descendente da Produção Leiteira

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nacional. Estima-se que aproximadamente 90% dos sistemas de produção de leite são

extensivos e que nestes, o pasto corresponde a 85% da dieta, sendo assim os problemas

nutricionais e de manejo são os maiores responsáveis pelo baixo desempenho produtivo.

Deficiência na qualidade das pastagens e o volume inadequado ofertado aos animais,

são problemas que influenciam em muito a produção, contribuindo para isso, a falta de

correção dos solos, adubação inexistente ou ineficiente, lotação incorreta, plantas

invasoras, pragas e escolha incorreta de espécies adaptadas às regiões. Outros

problemas como: sanidade deficiente, mineralização inadequada, baixo mérito genético,

manejo incorreto, conforto térmico das propriedades e outras deficiências físicas que

acarretam em “stress” dos animais são também pontos que levam à ineficiência produtiva.

Embora a produção por animal esteja crescendo lentamente, o crescimento de 49,2%

na produção brasileira em dez anos, demonstra um aumento significativo do rebanho

leiteiro, especialmente em relação aos números de vacas ordenhadas.

Nas tabelas a seguir podemos observar a evolução da atividade leiteira brasileira na

última década:

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TABELA 04 - BRASIL – Leite – Evolução da Produção – Ano 2002 a 2012

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL

TABELA 05 - BRASIL – Vacas Ordenhadas – Evolução do Rebanho Ano 2002 a 2012

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL

TABELA 06 - BRASIL – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2002 e 2012) – Variação Prod. Vaca/Ano (2002-2012)

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Ano Volume (bilhões/lts) Variação %2002

49,52012 32,3

21,6

Ano 2002N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L) *

18.792.694 21.642.780 1.151 4,2

Ano 2012N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

22.803.519 32.304.421 1.416 5,2

Variação Produção Vaca/Ano % (2002/2012)

23

Fonte: IBGE e SEAB/DERAL

Elaboração: SEAB/DERAL

*considerando 270 dias de lactação

Ano cabeças Variação (%)2002 18.792.694

21,32012 22.803.519

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Conforme podemos observar na tabela anterior, em uma década a produção por vaca

no ano na média nacional cresceu 23%. Produção modesta comparada a outros países e

aos estados da região Sul.

TABELA 07 - BRASIL – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2008-2012) / média nacional a partir de dados do IBGE

BRASIL – ASPECTOS DO MERCADO EXTERNO

Como podemos analisar na tabela a seguir, as importações de lácteos que vinham

apresentando números elevados apresentaram queda em 2013 em relação ao ano

anterior. A alta de produtos lácteos, principalmente o leite em pó no mercado externo,

certamente foi um fator de relevância à restrição da entrada destes produtos em nosso

país, uma vez que as altas importações realizadas em anos interiores eram

impulsionadas pelos baixos preços que os produtos lácteos vindos de fora chegavam ao

nosso país, sendo muitas vezes a custos mais baixos que os produtos internos.

No ano de 2013, as importações caíram 12% em volume, em relação a 2012. Em

receita a queda foi de 6% no mesmo período.

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Ano 2008N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

21.585.281 27.585.346 1.277 4,7

Ano 2009N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

22.435.289 29.085.495 1.296 4,8

Ano 2010N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

22.924.914 30.715.460 1.340 5

Ano 2011N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

23.227.221 32.091.012 1.381 5,1

Ano 2012N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

22.803.519 32.304.421 1.416 5,2

*considerando 270 dias de lactação

Fonte: IBGE e SEAB/DERAL

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TABELA 08 - BRASIL- Lácteos - Balança Comercial - 2007 a 2014 (*jan-fev)

Ano Volume (T) Valor (US$ FOB)

Importações

2014* 16.947 72.915.966

2013 159.441 602.507.635

2012 180.852 638.282.032

2011 166.987 616.129.526

2010 113.413 336.167.307

2009 133.208 266.794.189

2008 78.286 213.158.647

2007 64.244 152.710.622

Exportações

2014* 15.401 57.170.541

2013 42.679 117.728.359

2012 43.147 119.632.078

2011 41.969 121.809.990

2010 58.440 156.476.667

2009 69.227 167.478.361

2008 148.718 541.590.055

2007 103.696 299.564.905Fonte: Agrostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC Nota: lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite modificado, leite condensado, creme de leite). (*) jan-fev 2014

O ano de 2014, iniciou apresentando um maior equilíbrio na balança comercial em

relação aos anos anteriores, aonde as importações superaram em grandes índices as

exportações.

Nos meses de janeiro e fevereiro as exportações apresentaram valores próximos as

importações. Este crescimento se deve em parte pela desvalorização do real frente ao

dólar e pela valorização do leite em pó no mercado externo (em torno de US$ 5 mil /

tonelada), favorecendo as negociações internacionais.

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BRASIL- Lácteos – Importações Argentinas e Uruguais

Comparativo (2010 – 2012)

Como pode ser analisado nas tabelas a seguir é muito expressiva a entrada de lácteos

da Argentina e Uruguai no Brasil. No ano de 2012, do total de lácteos importados pelo

nosso país, a Argentina contribuiu com 45% no volume enviado e também 45% em

receita. Em 2013, as importações argentinas aumentaram um ponto em

representatividade, passando para 46%, em receita e volume. Entretanto, o volume

importado foi menor, certamente devido a alta das cotações dos produtos lácteos no

mercado externo como já citado, uma vez que o volume das importações ficaram abaixo

das cotas impostas. Fato favorável aos produtores, pois regula a oferta interna e mantém

as cotações.

TABELA 09

Fonte: MAPA – Agrostat Elaboração: SEAB/DERAL

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BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Argentinas

Ano 2012

Totais Arg/ Br (Valor %) Arg/ Br (Volume%)Valor (US$) Peso (T)

45 45638.282.032 180.852

ArgentinaValor (US$) Peso (T)288.829.276 81.378

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TABELA 10

Fonte: MAPA – Agrostat Elaboração: SEAB/DERAL

TABELA 11

Fonte: MAPA – Agrostat Elaboração: SEAB/DERAL

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BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Argentinas

Ano 2013Totais Arg/ Br (Valor %) Arg/ Br (Volume%)

Valor (US$) Peso (T)

46 46602.507.635 159.441

ArgentinaValor (US$) Peso (T)280.226.487 73.609

BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Uruguaias

Ano 2012Totais Urug./ Br (Valor %) Urug./ Br (Volume%)

Valor (US$) Peso (T)

43 51602.507.635 159.441

UruguaiValor (US$) Peso (T)

259.377.556 81.494

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TABELA 12

Fonte: MAPA – Agrostat Elaboração: SEAB/DERAL

As importações de lácteos provenientes do Uruguai em 2012, foram maiores em volume

que as importações argentinas e sua representatividade em relação ao total importado

pelo Brasil também foi maior (51%). Em 2013, as importações do Uruguai caíram em

percentuais de representatividade, volume e receita.

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BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Uruguaias

Ano 2013Totais Urug./ Br (Valor %) Urug./ Br (Volume%)

Valor (US$) Peso (T)

36 40602.507.635 159.441

UruguaiValor (US$) Peso (T)

215.793.201 65.096

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TABELA 13 - LEITE – Brasil - “Ranking” de Produção Municipal – Ano 2012

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)

Na tabela acima podemos observar o destaque do Estado do Paraná na produção

leiteira nacional, segundo o levantamento do IBGE (PPM ano 2012), dos 20 primeiros

municípios produtores de leite do nosso país, 4 são paranaenses, sendo que o 1º lugar

ficou com Castro com 226,8 milhões de litros produzidos.

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“Ranking” Município (Mil/litros)1 Castro - PR 226.800

2 Patos de Minas - MG 150.089

3 Morrinhos - GO 144.150

4 Jataí - GO 141.723

5 Carambeí - PR 129.600

6 Piracanjuba - GO 123.280

7 Ibiá - MG 117.584

8 Unaí - MG 115.000

9 Patrocínio - MG 111.892

10 Coromandel - MG 111.207

11 Concórdia - SC 97.318

12 Catalão - GO 93.500

13 Marechal Cândido Rondon - PR 93.398

14 Passos - MG 91.038

15 Prata - MG 90.590

16 Uberlândia - MG 90.270

17 Paracatu - MG 85.840

18 Curvelo - MG 85.208

19 Pompéu - MG 84.235

20 Toledo - PR 83.295

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PARANÁ

Conjuntura Leiteira Paranaense no Ano de 2013

Como podemos observar nas tabelas anteriores, as cotações do litro do leite

começaram o ano de 2013 a R$ 0,84 e se elevaram 26% até outubro, quando foi

observado o maior preço do ano (R$ 1,06), nesta ocasião a baixa oferta do produto,

ocasionada pelas variadas intempéries climáticas, como: excesso de chuvas, frio intenso,

geadas severas e estiagem, contribuíram para o decréscimo na oferta e para a

sustentação das cotações.

A partir dai já se iniciou um declínio nas cotações caindo 4,7% de outubro a dezembro,

onde já foram registrados aumentos na oferta do produto, devido a maior disponibilidade

de pastagens já em melhores condições no mês de dezembro.

Os preços do leite recebidos pelos produtores no ano de 2013, foi o melhor dos últimos

anos, o que incentivou os produtores a novos investimentos na atividade visando aumento

da produção, além de atrair novos produtores a este setor. O ano de 2013 como já citado

anteriormente embora atípico na questão climática e apresentando quedas na produção,

foi compensado pela recuperação dos preços do litro e pela queda na cotação de alguns

insumos como o milho o que de certa forma equilibrou a rentabilidade.

TABELA 14 - LEITE – Paraná – Preços Médios Recebidos pelos Produtores – Jan/2013 a Fev/2014

Fonte: SEAB/DERAL

O ano de 2014, iniciou-se com a cotação de R$ 0,99. Preço 1,9% inferior a dezembro do

ano anterior, mas 17,8% superior a janeiro de 2013, o que marca a valorização do

produto.

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Produto Unidade FEV/14 JAN/14 DEZ/13 NOV/13 OUT/13 SET/13 AGO/13 JUL/13 JUN/13 MAI/13 ABR/13 MAR/13 FEV/13 JAN / 13

Leite cota l 0,96 0,99 1,01 1,03 1,06 1,04 1,01 0,95 0,91 0,87 0,85 0,82 0,84 0,84

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CENÁRIO ATUAL PARANAENSE

TABELA 15 - LEITE – Paraná – Preços Médios Anuais Recebidos pelos ProdutoresAno Preços Médios (R$/litro)

2011 0,78

2012 0,80

1013 0,94

2014 (1ºbimestre) 0,97Fonte: SEAB/DERAL

O preço médio do litro pago aos produtores no Paraná em 2012 foi de R$ 0,80, 2,5%

superior a média do ano de 2011, quando o preço foi de R$ 0,78. A média de 2013, foi de

R$ 0,94, superior 17,5% ao ano anterior.

O ano de 2014 teve a média no primeiro bimestre de R$ 0,97, valor um pouco superior a

média de 2013.

TABELA 16 - LEITE – Paraná – Variação dos Preços Pagos aos Produtores (R$/litro)

Fonte:SEAB/DERAL

O mês de fevereiro de 2014, apresentou acréscimo no valor de 14,2% em relação a

fevereiro de 2014.

Geralmente nesta época existe uma maior oferta de leite no mercado, pois o clima da

época favorece as pastagens e a boa disponibilidade de alimento aos rebanhos.

Entretanto, este ano tivemos uma estiagem entre meados de janeiro e fevereiro, aliada

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Fevereiro de 2013 Fevereiro de 2014 Variação (%)

0,84 0,96 14,2

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a temperaturas muito altas o que retardou o desenvolvimento e prejudicou a qualidade

das pastagens em muitas regiões do Paraná, fator que segurou a oferta e manteve os

preços em patamares mais elevados. Outra razão da menor oferta em relação a mesma

época de outros anos, foi o decréscimo nas importações do produto.

A partir de maio é comum se esperar uma alteração mais significativa nas cotações,

devido à diminuição da oferta rotineira durante o período de entressafra. Os custo da

produção do leite, também tem peso sobre as cotações e a rentabilidade da atividade e

dependem diretamente do comportamento dos preços dos principais insumos como

“subprodutos” do milho e soja, os mais utilizados nas dietas do gado leiteiro.

Evolução e Números da Pecuária Leiteira Paranaense

TABELA 17 - PARANÁ – Leite – Evolução da Produção – Ano 2002 a 2012

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL

TABELA 18 - PARANÁ – Vacas Ordenhadas – Evolução do Rebanho Ano 2002 a 2012

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL

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Ano Volume (bilhões/lts) Variação %2002 1,9

1052012 3,9

Ano cabeças Variação (%)2002 1.187.065

362012 1.615.916

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TABELA 19 – PARANÁ – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2002 e 2012) – Variação Prod. Vaca/Ano (2002-2012)

TABELA 20 - PARANÁ – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2008-2012) / média estadual à partir de dados do IBGE

Conforme podemos observar nas tabelas anteriores, segundo os dados do IBGE

Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), a cadeia leiteira paranaense, tem evoluído em vários

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Ano 2008N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.331.683 2.825.931 2.122 7,80

Ano 2009N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.489.241 3.339.306 2.242 8,30

Ano 2010N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.550.396 3.595.775 2.319 8,6

Ano 2011N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.588.638 3.819.187 2.404 8,9

Ano 2012N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.615.916 3.968.506 2.455 9

Fonte: IBGE e SEAB/DERAL

Elaboração: SEAB/DERAL

Ano 2002N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L) *

1.187.065 1.985.343 1.672 6,1

Ano 2012N° de vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ano (L) Prod.vaca/dia (L)*

1.615.916 3.968.506 2.455 9

Variação Produção Vaca/Ano % (2001/2011)

47

Fonte: IBGE e SEAB/DERAL

Elaboração: SEAB/DERAL

* considerando 270 dias de lactação

SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL - Departamento de Economia Rural

parâmetros. A produção entre os anos de 2002 a 2012 teve um acréscimo significativo de

105%. Levando-se em conta o aumento de 36% nos números de vacas ordenhadas, e de

47% no volume produzido por vaca ao ano no mesmo período, conclui-se que durante

esta década o ganho maior foi realmente por animal, ou seja o ganho na qualidade dos

rebanhos foi maior que seu crescimento em quantidade, produzindo-se mais leite, com

um número de vacas ordenhadas mais produtivas. Esta melhoria não foi somente na

qualidade genética dos animais, o avanço também foi na modernização das propriedades,

nos sistemas de produção, na sanidade e na qualidade nutricional das vacas leiteiras.

TABELA 21 - Comparativo no Aumento de Índices Percentuais da Cadeia Produtiva do Leite Brasil e Paraná (2002 a 2012)

Fonte: IBGE/PPM e SEAB/DERAL Elaboração: SEAB/DERAL

Comparativamente ao Brasil, o Estado do Paraná, obteve bons níveis de crescimento

na atividade no período de 2002 a 2012, como podemos observar na tabela anterior. Isto

se deve a vários fatores que beneficiam nosso estado, por exemplo: incentivos à

produção (linhas de crédito, programas governamentais de apoio, assistência técnica,

organização da comercialização, etc...), boas condições climáticas e diversidade de solos

o que contribui para o cultivo de diversas espécies forrageiras de qualidade e a custo

relativamente baixo, uso cada vez maior de genética superior somado ao uso de

biotecnologias da reprodução, manejo correto dos rebanhos, sanidade (controle das

principais doenças), qualidade nutricional (uso de suplementação alimentar nos períodos

críticos do ano, minimizando as perdas em produção), entre outras iniciativas que

concorrem ao sucesso do setor leiteiro.

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Parâmetro Brasil (%) Paraná (%)Evolução na Produção (bilhões de litros) 50 105Vacas Ordenhadas (cabeças) 21 36Produção Vaca/Ano (litros) 23 47

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ESTADO DO PARANÁ – MERCADO EXTERNO

TABELA 22 - PARANÁ - Lácteos - Balança Comercial - 2007 a 2014*Ano Volume (T) Valor (US$ FOB)

Importações

2014* 1.223 3.183.566

2013 10.371 19.403.589

2012 11.150 29.593.197

2011 8.850 26.513.041

2010 11.504 26.407.222

2009 10.527 16.655.876

2008 9.994 20.285.197

2007 9.604 20.353.547

Exportações

2014* 739 3.253.722

2013 1.399 5.965.403

2012 1.440 6.079.116

2011 2.218 9.545.526

2010 3.347 13.353.625

2009 1.785 6.612.586

2008 4.336 16.075.966

2007 5.265 18.457.357Fonte:Agrostat Brasil a partir de dados da SECX/MDIC Elaboração:SEAB/DERALNota:lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite modificado, leite condensado, creme de leite). (*) jan-fev

Assim como o Brasil o Estado do Paraná, também reduziu suas importações de lácteos

no ano de 2013. Em volume a queda foi de 7%, e em valores de 34%, em relação a 2012.

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Estado do Paraná Números do Setor Leiteiro

Ano 2012

• Produção (2012) – 3,9 bilhões de litros;

• N° de produtores – 114 mil aproximadamente;

• 3º Produtor no “ranking” nacional, antecedido por Minas Gerais (1º com 8,9 bilhões/lts) e Rio Grande do Sul (2º com 4,0 bilhões de lts);

• Cotações (preços pago aos produtores/ semana 03/03 a 06/03) – R$ 0,94;

• Nº vacas ordenhadas – 1.615.916 em um rebanho total de aproximadamente 2,63 milhões de cabeças;

• Produtividade Média das Vacas – 2.455 litros/vaca/ano, superior a média nacional (1,3 mil/litros/vaca/ano). Nas regiões mais tecnificadas, existem rebanhos que chegam a atingir 10,9 litros de média. Entretanto existe uma grande diferenciação conforme o porte e nível tecnológico dos produtores, variando de 7,1 litros/vaca/dia a 18,5 litros/vaca/dia, não sendo incomum encontrar rebanhos nas regiões mais tecnificadas aonde os animais ultrapassam 30 litros/vaca/dia;

• Principais Bacias Leiteiras do Estado – Centro Oriental (Campos Gerais), Oeste e Sudoeste, as quais concentram 48,5% dos produtores e 53,0 da produção estadual de leite;

• Valor Bruto da Produção – VBP 2012 – 3,34 (R$ bilhões);

• Nº de Estabelecimentos Industriais - O segmento de laticínios paranaense conta com 301 estabelecimentos industriais formais. A grande maioria, 239 deles (79%), enquadra-se na categoria de micro e pequeno porte; 33 de médio porte; 15 de médio-grande e 14 estabelecimentos de grande porte (IPARDES);

• O município maior produtor nacional de leite é Castro, com 226.800 (mil/litros) por ano. Dos 20 primeiros colocados, quatro municípios são paranaenses;

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Principais Bacias Leiteiras do Estado do Paraná

Regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Oriental Núcleos de Cascavel, Toledo, Francisco Beltrão, Pato Branco e Ponta Grossa

A região Sudoeste, foi a que mais cresceu nos últimos anos, em níveis de rebanho e

produtividade leiteira. Já as regiões Oeste e Centro-Oriental, apresentaram um

crescimento mais modesto, sendo essas as três que se destacam, como as mais

produtivas no Estado do Paraná.

Sudoeste

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM

No que diz respeito a produção leiteira, do ano 2008 a 2012, o Paraná obteve

significativo crescimento de 40%. A região Sudoeste no mesmo período cresceu 67%.

Sendo a região que mais cresceu na atividade leiteira no estado.

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Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Sudoeste Paranaense

TABELA 23

Ano Paraná Sudoeste2008 2.827.931 547.3272009 3.339.306 795.8252010 3.595.775 848.3422011 3.815.582 904.743

2012 3.968.506 914.472Evolução (%) 08/12 40 67

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DERAL - Departamento de Economia Rural

O número de vacas ordenhadas, cresceu 21% no Estado, enquanto no sudoeste o

crescimento foi de 15%.

Relacionando o crescimento da produção no sudoeste de 67%, com um aumento de

15% do rebanho de vacas em lactação, podemos concluir que a região tem melhorado

sua tecnologia de produção e qualidade genética dos animais, possuindo em seu rebanho

vacas de boa produção. Esta região apresenta potencial para crescimento.

Oeste

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Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)TABELA 24

Ano Paraná Sudoeste2008 1.331.683 210.6972009 1.489.241 237.1262010 1.550.396 236.8472011 1.588.638 240.928

2012 1.615.916 242.328Evolução (%) 08/12 21 15Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM

Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Oeste Paranaense

TABELA 25

Ano Paraná Oeste2008 2.827.931 783.1772009 3.339.306 909.4842010 3.595.775 887.7052011 3.815.582 991.3172012 3.968.506 974.993

Evolução (%) 08/12 40 24

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DERAL - Departamento de Economia Rural

A região Oeste entre os anos de 2008 a 2012, apresentou crescimento de 24% na

produção leiteira, crescimento abaixo do que o Paraná mostrou no mesmo período.

O número de vacas ordenhadas, cresceu 21% no Estado, enquanto no Oeste o

crescimento foi de 6%.

Relacionando o crescimento da produção no Oeste de 24%, com um aumento de 6%

do rebanho de vacas em lactação, podemos concluir que a região possui um rebanho de

alto potencial produtivo.

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Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)TABELA 26

Ano Paraná Oeste2008 1.331.683 287.6032009 1.489.241 298.0772010 1.550.396 285.8602011 1.588.638 313.365

2012 1.615.916 304.380Evolução (%) 08/12 21 6Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM

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Centro-Oriental

Entre o período analisado, o crescimento produtivo da Região Centro-Oriental foi de

52%, contra 40% do crescimento paranaense.

O número de vacas ordenhadas, cresceu 21% no Estado, enquanto no Centro-Oriental o

crescimento foi de 32%.

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Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Centro-Oriental

TABELA 27

Ano Paraná Centro-Oriental

2008 2.827.931 361.3952009 3.339.306 391.1602010 3.595.775 432.7122011 3.815.582 521.3852012 3.968.506 550.359

Evolução (%) 08/12 40 52

Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)TABELA 28

Ano Paraná Centro-Oriental2008 1.331.683 90.7322009 1.489.241 92.4592010 1.550.396 110.1882011 1.588.638 117.537

2012 1.615.916 120.063Evolução (%) 08/12 21 32Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM

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Relacionando o crescimento da produção na região Centro-Oriental de 52%, com um

aumento de 32% do rebanho de vacas em lactação, confirmamos a excelência desta

região na produção leiteira, que vêm evoluindo e se igualando em índices e qualidade de

rebanho aos países maiores produtores.

Perspectivas para o Setor Leiteiro

Como podemos analisar nas tabelas anteriores, as principais regiões produtoras do

Estado vêm apresentando crescimento na produção leiteira. Este crescimento deve

continuar em 2014, pois os produtores estão estimulados e melhor capitalizados pelos

bons preços de 2013, apesar de que, a pecuária leiteira ainda se recupera de um longo

período de baixos preços e rentabilidade.

O cenário atual é de pequena queda nas cotações, entretanto esta baixa é momentânea

devido a uma maior oferta pelas boas condições atuais das pastagens. Existe a

expectativa dos preços se manterem nestes patamares atuais, com possível alta, devido

ao início do período de entressafra que se aproxima (maio/junho) e menor oferta do

produto no mercado, com consequente queda nos índices nacionais e paranaenses de

captação do leite.

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