Leitura, análise e interpretação de textos científicos Aproximando-se do fazer ciência.

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Leitura, análise e Leitura, análise e interpretação de textos interpretação de textos científicos científicos Aproximando-se do Aproximando-se do fazer ciência fazer ciência

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Leitura, análise e interpretação Leitura, análise e interpretação de textos científicosde textos científicos

Aproximando-se do fazer Aproximando-se do fazer ciênciaciência

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Conteúdo a ser abordadoConteúdo a ser abordado

Leitura, análise e interpretação de textos Leitura, análise e interpretação de textos científicos.científicos.

a.a. O ato de lerO ato de ler

b.b. Gêneros discursivosGêneros discursivos

c.c. O texto científicoO texto científico

d.d. Estratégias de leitura de textos Estratégias de leitura de textos científicoscientíficos

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LeituraLeitura, análise e interpretação de , análise e interpretação de textos científicostextos científicos

Leitura Leitura

Processo de decodificação;Processo de decodificação;

Processo de atribuição de sentido;Processo de atribuição de sentido;

Processo simbólico que consiste em Processo simbólico que consiste em abordar o real através da mediação abordar o real através da mediação simbólica.simbólica.

Nível básico de entendimentoNível básico de entendimento

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Leitura, Leitura, análiseanálise e interpretação de e interpretação de textos científicostextos científicos

1.1. AnáliseAnálise

Decomposição do todo em partes Decomposição do todo em partes visando separar os elementos de uma visando separar os elementos de uma realidade complexa;realidade complexa;

Redução a unidades mínimas de Redução a unidades mínimas de compreensão objetivando facilitar o compreensão objetivando facilitar o entendimento de determinado assunto.entendimento de determinado assunto.

Nível mais profundo de entendimentoNível mais profundo de entendimento

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Leitura, análise e Leitura, análise e interpretaçãointerpretação de de textos científicostextos científicos

1.1. InterpretaçãoInterpretação

Tornar claro o sentido de alguma coisa;Tornar claro o sentido de alguma coisa;

Fazer uso de ferramental capaz de Fazer uso de ferramental capaz de abordar determinado assunto abordar determinado assunto explicitando seus múltiplos sentidos, explicitando seus múltiplos sentidos, visíveis ou latentes;visíveis ou latentes;

Nível avançado de entendimentoNível avançado de entendimento

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ConcluindoConcluindo

O processo de leitura de textos comporta O processo de leitura de textos comporta gradações que vão desde a simples gradações que vão desde a simples leitura até a interpretação dos textosleitura até a interpretação dos textos

Leitura

Interpretação

Análise

Superfície do texto

Camadas internas do texto

Estrutura do texto

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Os Discursos e o texto científicoOs Discursos e o texto científico

Desenho Ícones Símbolos Oralidade Narrativa Poesia Cartas Filosofia Matemática Livros Romance Dogma Ciência Tratado Entrevista Jornal Fotografia Cinema Revista Cinema Diagrama Texto Científico Teoria Paradigma Tese Dissertação Monografia Relatório Digital e-mail [...]

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O que são textos?O que são textos?

Que semelhanças podemos estabelecer Que semelhanças podemos estabelecer entre o texto poético, o romance, o digital, entre o texto poético, o romance, o digital, o filosófico e o texto científico além dos o filosófico e o texto científico além dos outros tantos que apresentamos?outros tantos que apresentamos?

Que elementos eles possuem em comum Que elementos eles possuem em comum e que nos permitem classificá-los de e que nos permitem classificá-los de textos ?textos ?

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O texto científicoO texto científico

[1] sua [de Popper] rejeição total da [1] sua [de Popper] rejeição total da indução e sua rejeição concomitante da indução e sua rejeição concomitante da certeza ‘sensória’, [...] manifesta como certeza ‘sensória’, [...] manifesta como fenomenalismo ou fisicalismo; [2] sua fenomenalismo ou fisicalismo; [2] sua substituição da verificação pela refutação, substituição da verificação pela refutação, com a correspondente ênfase na ousadia com a correspondente ênfase na ousadia e engenhosidade na formulação de e engenhosidade na formulação de hipóteses científicas; (Giddens, hipóteses científicas; (Giddens, O O Positivismo e seus CríticosPositivismo e seus Críticos ) )

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Outro texto científicoOutro texto científico

[...] o conhecimento não começa de [...] o conhecimento não começa de percepções ou observações ou de coleção percepções ou observações ou de coleção de fatos ou números, porém, começa, mais de fatos ou números, porém, começa, mais propriamente, de problemas. Poder-se-ia propriamente, de problemas. Poder-se-ia dizer: não há nenhum conhecimento sem dizer: não há nenhum conhecimento sem problemas; mas, também, não há nenhum problemas; mas, também, não há nenhum problema sem conhecimento. Mas isto problema sem conhecimento. Mas isto significa que o conhecimento começa da significa que o conhecimento começa da tensão entre conhecimento e ignorância tensão entre conhecimento e ignorância (Popper, A (Popper, A Lógica das Ciências SociaisLógica das Ciências Sociais ) )

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O texto poéticoO texto poéticoSua voz, seu corpo claro, seus olhos Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos / Já não a quero, é certo, porém infinitos / Já não a quero, é certo, porém talvez a queira / Ah ! é tão curto o amor, talvez a queira / Ah ! é tão curto o amor, tão demorado o olvido / Porque em noites tão demorado o olvido / Porque em noites como esta / Eu a apertei em meus braços, como esta / Eu a apertei em meus braços,

Minha alma se exaspera por havê-la Minha alma se exaspera por havê-la perdido / Mesmo que seja a última esta perdido / Mesmo que seja a última esta dor que me causa / E estes versos os dor que me causa / E estes versos os últimos que eu lhe tenha escrito (Pablo últimos que eu lhe tenha escrito (Pablo Neruda, Neruda, Poemas Poemas n.20)n.20)

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Elementos do texto poéticoElementos do texto poético

Demanda sensibilidade com o leitor;Demanda sensibilidade com o leitor;

Estabelece relação de cumplicidade;Estabelece relação de cumplicidade;

Mexe de maneira significativa com o Mexe de maneira significativa com o emocional do leitor;emocional do leitor;

Usa linguagem simples e retrata situações Usa linguagem simples e retrata situações do cotidiano;do cotidiano;

Não demanda pré-requisitos para leitura.Não demanda pré-requisitos para leitura.

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O texto autobiográficoO texto autobiográfico

Inclinou-se, baixou as pálpebras e Inclinou-se, baixou as pálpebras e adormeceu. Daquele rosto de estátua saiu adormeceu. Daquele rosto de estátua saiu uma voz de gesso. Perdi a cabeça: quem uma voz de gesso. Perdi a cabeça: quem estava contando? O que? E a quem? Minha estava contando? O que? E a quem? Minha mãe ausentara-se: nenhum sorriso, nenhum mãe ausentara-se: nenhum sorriso, nenhum sinal de conivência, eu estava no exílio. Além sinal de conivência, eu estava no exílio. Além disso, eu não reconhecia sua linguagem. disso, eu não reconhecia sua linguagem. Onde é que arranjava aquela segurança? Ao Onde é que arranjava aquela segurança? Ao cabo de um instante, compreendi: era o livro cabo de um instante, compreendi: era o livro que falava (Sartre, que falava (Sartre, As palavras e as coisasAs palavras e as coisas).).

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Elementos da autobiografiaElementos da autobiografia

Expressa uma visão pessoal do autor;Expressa uma visão pessoal do autor;

Os territórios entre os fatos e os Os territórios entre os fatos e os acontecimentos estão bem contaminados;acontecimentos estão bem contaminados;

Há um sentimento de credulidade por Há um sentimento de credulidade por parte do autor e uma aceitação por parte parte do autor e uma aceitação por parte do leitor;do leitor;

Escrita em linguagem coloquial traz Escrita em linguagem coloquial traz elementos reflexivos na sua estrutura.elementos reflexivos na sua estrutura.

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Um texto digitalUm texto digital

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A estrutura do texto digitalA estrutura do texto digital

<div id="content" class="posts"> <h2><a <div id="content" class="posts"> <h2><a href="http://asmayr.pro.br/?p=19" href="http://asmayr.pro.br/?p=19" rel="bookmark" title="Permanent Link to rel="bookmark" title="Permanent Link to Guerra ou Terrorismo?">Guerra ou Terrorismo?">Guerra ou Guerra ou Terrorismo?Terrorismo?</a></h2> <h4>June 3rd, </a></h2> <h4>June 3rd, 2008<!-- by asmayr --> &middot; <a 2008<!-- by asmayr --> &middot; <a href="http://asmayr.pro.br/?p=19#respond" href="http://asmayr.pro.br/?p=19#respond" title="Comment on Guerra ou title="Comment on Guerra ou Terrorismo?">No Comments</a></h4> Terrorismo?">No Comments</a></h4> <div class="entry"> <p>&#8220; <div class="entry"> <p>&#8220; AA guerra guerra é uma forma de terrorismo cujo orçamento é uma forma de terrorismo cujo orçamento é ilimitado é ilimitado &#8221;</p> </div> &#8221;</p> </div>

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Elementos do texto digitalElementos do texto digital

Expressos em linguagem cifrada, com Expressos em linguagem cifrada, com preocupação claramente objetiva;preocupação claramente objetiva;

Utiliza-se de símbolos gráficos que Utiliza-se de símbolos gráficos que possuem significados próprios atendendo possuem significados próprios atendendo a protocolos;a protocolos;

Demandam conhecimento prévio da de Demandam conhecimento prévio da de programação para sua escrita;programação para sua escrita;

Não exige conhecimento programação por Não exige conhecimento programação por parte do leitor.parte do leitor.

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O texto filosóficoO texto filosófico

A epopéia goza de vantagem peculiar no A epopéia goza de vantagem peculiar no concernente a sua extensão: enquanto na concernente a sua extensão: enquanto na tragédia não é possível imitar, no mesmo tragédia não é possível imitar, no mesmo momento, as diversas partes simultâneas de uma momento, as diversas partes simultâneas de uma ação, exceto a que está sendo representada em ação, exceto a que está sendo representada em cena pelos atores; na epopéia, que se apresenta cena pelos atores; na epopéia, que se apresenta em forma de narrativa, é possível mostrar em em forma de narrativa, é possível mostrar em conjunto vários acontecimentos simultâneos, os conjunto vários acontecimentos simultâneos, os quais, se estiverem bem relacionados ao tema quais, se estiverem bem relacionados ao tema central, o tornam mais grandioso. (Aristóteles, central, o tornam mais grandioso. (Aristóteles, Arte PoéticaArte Poética))

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Elementos do texto filosóficoElementos do texto filosófico

Utiliza de linguagem conceitual própria;Utiliza de linguagem conceitual própria;

Constrói sua argumentação sobre o Constrói sua argumentação sobre o método dedutivo;método dedutivo;

Usa da lógica como recurso privilegiado Usa da lógica como recurso privilegiado em suas fundamentações;em suas fundamentações;

Opera no nível valorativo;Opera no nível valorativo;

Tem pretensões de ser universal, radical e Tem pretensões de ser universal, radical e de conjunto.de conjunto.

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Um diagramaUm diagrama

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Elementos do diagramaElementos do diagrama

Combina elementos simbólicos com Combina elementos simbólicos com notações matemáticas;notações matemáticas;

Oferece uma visão de conjunto imediata Oferece uma visão de conjunto imediata facilitando a interpretação dos dados;facilitando a interpretação dos dados;

Fotografa um determinado momento da Fotografa um determinado momento da realidade e expressa-o a partir de realidade e expressa-o a partir de modelos simbólicos;modelos simbólicos;

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Uma fotografiaUma fotografia

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Elementos da fotografiaElementos da fotografia

De compreensão imediata;De compreensão imediata;

Não demanda instrumental de abordagem Não demanda instrumental de abordagem prévio;prévio;

Capta um momento específico da história;Capta um momento específico da história;

Presta-se a múltiplas interpretações;Presta-se a múltiplas interpretações;

Interage com as experiências do leitor que Interage com as experiências do leitor que a interpreta a partir de suas vivências.a interpreta a partir de suas vivências.

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Semelhanças entre discursosSemelhanças entre discursos

Todos eles são textos!Todos eles são textos!

Representam o real.Representam o real.

Expressam o real de forma simbólica.Expressam o real de forma simbólica.

Possuem caráter informacional.Possuem caráter informacional.

Orientam-se em direção ao leitor.Orientam-se em direção ao leitor.

Provocam sensações de ordem emotiva Provocam sensações de ordem emotiva ou racional que suscita uma posição do ou racional que suscita uma posição do leitor. leitor.

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Diferenças entre discursosDiferenças entre discursos

Requisitam diferentes formas de Requisitam diferentes formas de compreensão, sejam de natureza compreensão, sejam de natureza sentimental ou racional.sentimental ou racional.

Demandam códigos capazes de Demandam códigos capazes de decodificar o que está sendo veiculado; decodificar o que está sendo veiculado;

Prestam-se a acentuar diferentes Prestam-se a acentuar diferentes enfoques;enfoques;

Orientam-se a públicos específicos.Orientam-se a públicos específicos.

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ConcluindoConcluindo

Os gêneros textuais prestam-se a Os gêneros textuais prestam-se a diferentes finalidadesdiferentes finalidades

A escolha do gênero dependerá do objeto A escolha do gênero dependerá do objeto de estudo e da metodologia adotadade estudo e da metodologia adotada

Objeto

Metodologia

Gênero TextualEscolhido

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O ato de lerO ato de ler

Leitura é algo intencional. Demonstra Leitura é algo intencional. Demonstra intenção por parte do sujeito;intenção por parte do sujeito;

Busca-se explorar as entrelinhas, o já dito Busca-se explorar as entrelinhas, o já dito e o ainda não dito;e o ainda não dito;

Leitura é sempre diálogo (Leitura é sempre diálogo (diadia=através, =através, logoslogos=palavra, razão) =palavra, razão) dialogar é dialogar é reconstruir o logos, a palavra, conferir reconstruir o logos, a palavra, conferir sentido ao mundosentido ao mundo

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Questões de ordem práticaQuestões de ordem prática

Como abordar o texto científico?Como abordar o texto científico?

Como ler o texto científico?Como ler o texto científico?

Que recursos podemos utilizar para Que recursos podemos utilizar para entender um texto científico?entender um texto científico?

Como ser inteligente (Como ser inteligente (inter=inter=dentrodentro, , legere=legere=lerler)) diante de um texto científico? diante de um texto científico?

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Como são os textos científicosComo são os textos científicos

Expressos em linguagem própria da Expressos em linguagem própria da comunidade científica, privilegiando o rigor comunidade científica, privilegiando o rigor e o caráter denotativo;e o caráter denotativo;

Escritos de forma lógica, articulada, Escritos de forma lógica, articulada, sistematizada;sistematizada;

Apresentam uma estrutura bem Apresentam uma estrutura bem construída que permite a comunicação construída que permite a comunicação ocorrer com o mínimo de ruído;ocorrer com o mínimo de ruído;

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Como são os textos científicosComo são os textos científicos

Possuem formatação própria estabelecida Possuem formatação própria estabelecida pela comunidade científica;pela comunidade científica;

Expressam resultados de pesquisas de Expressam resultados de pesquisas de nível teórico ou prático, dependendo da nível teórico ou prático, dependendo da área de estudo;área de estudo;

Na visão do leitor iniciante:Na visão do leitor iniciante:

São tidos como áridos, de difícil São tidos como áridos, de difícil compreensão, muito pesados ...compreensão, muito pesados ...

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Leitura de textos científicosLeitura de textos científicos

Reconhecer – Decodificar o texto;Reconhecer – Decodificar o texto;Organizar – Montar unidades de Organizar – Montar unidades de significação dispostas em uma significação dispostas em uma seqüência lógica perceptível;seqüência lógica perceptível;Extrapolar – Ampliar o universo Extrapolar – Ampliar o universo apresentado oferecendo significados apresentado oferecendo significados adicionais, atribuir sentido, confrontar-se adicionais, atribuir sentido, confrontar-se com o texto de maneira crítica, com o texto de maneira crítica, posicional.posicional.

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1.1. Reconhecer (1/2)Reconhecer (1/2)

Este momento tem caráter exploratório e Este momento tem caráter exploratório e visa um primeiro contato com o texto e visa um primeiro contato com o texto e com o universo para o qual ele aponta.com o universo para o qual ele aponta.Garimpar informações disponíveis nos Garimpar informações disponíveis nos elementos exteriores ao texto como capa, elementos exteriores ao texto como capa, orelhas, folhas de rosto, apresentações, orelhas, folhas de rosto, apresentações, prefácio, fichas catalográficas, sumário e prefácio, fichas catalográficas, sumário e também nos apêndices, bibliografia geral também nos apêndices, bibliografia geral e específica, fotos, tabelas, gráficos. e específica, fotos, tabelas, gráficos.

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1. Reconhecer (2/2)1. Reconhecer (2/2)

Vôo panorâmico sem preocupação de Vôo panorâmico sem preocupação de compreensão do conteúdo. Leitura compreensão do conteúdo. Leitura despretensiosa. Assinalar os termos despretensiosa. Assinalar os termos desconhecidos e as expressões cujo desconhecidos e as expressões cujo entendimento está confuso; entendimento está confuso;

Inteirar-se do vocabulário e esclarecer Inteirar-se do vocabulário e esclarecer as expressões que podem se prestar a as expressões que podem se prestar a equívocos;equívocos;

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2. Organizar (1/3)2. Organizar (1/3)

Construção de um esquema capaz de Construção de um esquema capaz de oferecer uma visão ampla dos principais oferecer uma visão ampla dos principais momentos do texto. momentos do texto.

Seleção de tópicos pontuais ou palavras Seleção de tópicos pontuais ou palavras chave que demarcam o universo do chave que demarcam o universo do texto.texto.

Marcar estrutura lógica sobre a qual o Marcar estrutura lógica sobre a qual o texto está construído;texto está construído;

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2. Organizar (2/3)2. Organizar (2/3)

Seleção de momentos chave que Seleção de momentos chave que expressam o texto (teórico) ou dados da expressam o texto (teórico) ou dados da pesquisa (experimental);pesquisa (experimental);

Assinalar os pensadores, correntes de Assinalar os pensadores, correntes de pensamento, paradigmas, metodologias pensamento, paradigmas, metodologias utilizadas, amostragens significativas, utilizadas, amostragens significativas, universo pesquisado;universo pesquisado;

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2. Organizar (3/3)2. Organizar (3/3)

Construção de um resumo do tipo Construção de um resumo do tipo Indicativo (Indicativo (abstractabstract) abordando o autor ) abordando o autor ou os dados de que o texto se ocupa. ou os dados de que o texto se ocupa. Pretende ser imparcial;Pretende ser imparcial;Construção de um resumo do tipo Construção de um resumo do tipo Informativo (Informativo (summarysummary) que é capaz de ) que é capaz de explicitar a estrutura lógica, metodologia explicitar a estrutura lógica, metodologia utilizada e aspectos mais internos do utilizada e aspectos mais internos do texto;texto;

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3. Extrapolar3. Extrapolar

Construção de uma resenha capaz de Construção de uma resenha capaz de expressar a leitura do leitor revelando expressar a leitura do leitor revelando seu posicionamento crítico e sua análise seu posicionamento crítico e sua análise propriamente dita. propriamente dita.

Pressupõe tomada de posição e Pressupõe tomada de posição e capacidade de diálogo para além do capacidade de diálogo para além do universo proposto pelo autor.universo proposto pelo autor.

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ConcluindoConcluindo

A abordagem do texto científico deve ser A abordagem do texto científico deve ser feita da superfície para as estruturas feita da superfície para as estruturas internas mais profundas;internas mais profundas;

Reconhecer

Extrapolar

Organizar

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Análise textualAnálise textual

Preparação do textoPreparação do texto

Visão de ConjuntoVisão de Conjunto

Busca de esclarecimentosBusca de esclarecimentos– VocabulárioVocabulário– Doutrina Doutrina – FatosFatos– AutoresAutores

EsquematizaçãoEsquematização

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Análise temáticaAnálise temática

Compreensão mensagemCompreensão mensagem– TemaTema– ProblemaProblema– TeseTese– RaciocínioRaciocínio– Idéias SecundáriasIdéias Secundárias

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Análise interpretativaAnálise interpretativa

Interpretar a mensagemInterpretar a mensagem

Posicionamento e influênciasPosicionamento e influências

PressupostosPressupostos

Associação de IdéiasAssociação de Idéias

CríticaCrítica

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ProblematizaçãoProblematização

Levantamento e discussão Levantamento e discussão de problemas relacionadosde problemas relacionadoscoma mensagem do autorcoma mensagem do autor

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SínteseSíntese

Reelaboração da Reelaboração da mensagemmensagemcom base na reflexão com base na reflexão pessoalpessoal

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Últimas consideraçõesÚltimas considerações

A prática da leitura de textos científicos é A prática da leitura de textos científicos é indissociável do processo de construção indissociável do processo de construção de textos acadêmicos. As leituras geram de textos acadêmicos. As leituras geram produções que por sua vez demandam produções que por sua vez demandam novas leituras em um processo cícliconovas leituras em um processo cíclico

Leituras

Produções

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Últimas consideraçõesÚltimas considerações

1.1. Quanto maior a familiaridade com o Quanto maior a familiaridade com o universo pesquisado mais natural se universo pesquisado mais natural se torna o ato de ler. Dominar o vocabulário torna o ato de ler. Dominar o vocabulário e apropriar-se do referencial teórico são e apropriar-se do referencial teórico são condições decisivas para alcançar uma condições decisivas para alcançar uma melhoria na qualidade das leituras dos melhoria na qualidade das leituras dos textos científicos.textos científicos.

Domine o instrumental com propriedadeDomine o instrumental com propriedade

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Últimas consideraçõesÚltimas considerações

1.1. Importância de documentar as leituras Importância de documentar as leituras realizadas dos textos científicos de realizadas dos textos científicos de forma criteriosa, capaz de servir de forma criteriosa, capaz de servir de referência para trabalhos futuros;referência para trabalhos futuros;

Documente sempre.Documente sempre.

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Tipos de documentaçãoTipos de documentação

Temáticas – Construídas em função dos Temáticas – Construídas em função dos temas abordados, usam como fonte temas abordados, usam como fonte anotações sala de aula, notas pessoais, anotações sala de aula, notas pessoais, Bibliográficas – Ordenam as leituras Bibliográficas – Ordenam as leituras realizadas, devem elencar autor, obra e realizadas, devem elencar autor, obra e resumo dos principais momentos do texto;resumo dos principais momentos do texto;Gerais – Próxima do memorial tem como Gerais – Próxima do memorial tem como função ampliar o horizonte da pesquisa. função ampliar o horizonte da pesquisa. Aponta para o futuro.Aponta para o futuro.

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Últimas consideraçõesÚltimas considerações

1.1. Prática constante resulta em melhoria da Prática constante resulta em melhoria da qualidade das leituras realizadas e qualidade das leituras realizadas e domínio de técnicas de leitura;domínio de técnicas de leitura;

A prática aperfeiçoa o processoA prática aperfeiçoa o processo

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Últimas consideraçõesÚltimas considerações

1.1. Não limite-se ao que foi lido. Construa Não limite-se ao que foi lido. Construa hipóteses desafiadoras que gerem novas hipóteses desafiadoras que gerem novas leituras. Dialogue incisivamente com o leituras. Dialogue incisivamente com o autor. Duvide dos resultados. Proponha autor. Duvide dos resultados. Proponha novas abordagens. Reveja a novas abordagens. Reveja a metodologia empregada. Seja minucioso metodologia empregada. Seja minucioso e arguto.e arguto.

Seja capaz de construir ciência!Seja capaz de construir ciência!

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Referências BibliográficasReferências Bibliográficas

CARVALHO, Maria Cecília M. de (org).CARVALHO, Maria Cecília M. de (org).Construindo o Construindo o sabersaber: Metodologia científica fundamentos e : Metodologia científica fundamentos e técnicas.Campinas, SP: Papirus, 1989.técnicas.Campinas, SP: Papirus, 1989.KOCHE, José C. KOCHE, José C. Fundamentos de metodologia Fundamentos de metodologia científicacientífica. 22 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.. 22 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.LAKATOS, Eva Maria. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho Metodologia do trabalho científicocientífico: procedimentos básicos, pesquisa : procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. bibliográfica, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.São Paulo: Atlas, 2001.SEVERINO, Antônio J. SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho Metodologia do trabalho científicocientífico. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2002.. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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AvançandoAvançando

quanto de verdade quanto de verdade suportasuporta, ,

quanto de verdade quanto de verdade ousaousa um espírito? um espírito?

(F. Nietzsche, (F. Nietzsche, Ecce Homo)Ecce Homo)