LEITURA COMO FONTE DE CONHECIMENTO · expressa a vida e suas múltiplas ... É função da escola e...
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LEITURA COMO FONTE DE CONHECIMENTO:
ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO DO LEITOR
Ronilce Moreira Bueno Gonçalves*
Silvana Oliveira**
RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados de cada uma das etapas desenvolvidas
a partir do Projeto intitulado Leitura Como Fonte de Conhecimento: Estratégias
para Formação do Leitor, selecionado pelo Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, da Secretaria Estadual de Educação do Paraná e
desenvolvido sob a orientação da Prof. Dra. Silvana Oliveira, da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, durante o período compreendido entre fevereiro de
2012 a fevereiro de 2014. Desta forma, o artigo aborda as seguintes etapas:
consolidação do Projeto, na qual definiu-se a Fundamentação Teórica;
desenvolvimento do material didático, configurado como uma Unidade Didática
que propôs a leitura de contos dos autores: Lourenço Cazarré, Luiz Vilela e
Ruth Rocha; e a implementação do Projeto na Escola, cujo resultado alcançado
foi a prática da Leitura Literária que contribuem no processo de formação do
leitor.
Palavras-chave: Leitura Literária, Lourenço Cazarré, Luiz Vilela, Ruth Rocha.
* Professora da Rede Estadual de Educação, PDE 2012e-mail: [email protected]
**Professora associada da UEPG e Dra. em Teoria e História Literária pela UNICAMP
1. INTRODUÇÃO
Este artigo retoma o projeto que pretendeu identificar quais estratégias
contribuem no processo de formação do leitor visando conscientizar que a
leitura potencializa a conquista da autonomia, exercitar a leitura como prática
fundamental no processo de aprendizagem e privilegiar a Literatura na escola
como meio de emancipação do saber.
A leitura tem sido tema de muitos estudos acadêmicos que podem
apontar caminhos para fomentar sua prática. Porém, o que se vê são os baixos
índices de leitores nas escolas de Ensino Fundamental pelo Brasil afora. A
maioria dos alunos não possui o hábito da leitura, não tem acesso a livros
paradidáticos, revistas, gibis ou jornais, e o projeto foi desenvolvido com o
intuito de buscar meios para suprir essa carência. A leitura tem um valor muito
grande, pois ela traz efeitos positivos para o leitor o qual vai adquirir
conhecimento, enriquecer-se culturalmente, ampliar as condições de convívio
social e de interação.
Ler é importante porque leva a pessoa a ter contato com uma
diversidade de ideias, adquirindo uma visão mais ampla de mundo. Ler
também é um exercício de imaginação, pois a imagens se formam na mente a
partir da bagagem cultural e do estado emocional do leitor. A leitura é um
passaporte para todos os lugares culturas e mundos, proporciona momentos
reflexivos e a formação de ideias próprias e maduras sobre os fatos, trazendo
crescimento pessoal e intelectual. Com conhecimento de assuntos diversos,
reflexão e vocabulário amplo, a pessoa escreverá um texto com mais destreza
e agilidade. Ler é compreender os discursos e também completá-los e
descobrir o que não está claramente dito. A reinvenção da realidade por meio
de textos literários, nos dá a dimensão das emoções, sentimentos, críticas e
vivência do homem na busca de sentido para a existência. Nos textos literários
há sempre a representação do universo interior e exterior de pessoas que
expressa a vida e suas múltiplas possibilidades e ler esses textos é ampliar o
nosso próprio universo simbólico, desenvolver a nossa capacidade de
comunicar e criticar, é um ato contínuo de recriação e invenção.
Segundo BLOOM ( 2001, p.17 ) uma das funções da leitura é nos
preparar para um transformação, e a transformação tem caráter universal. A
leitura nos oferece a oportunidade de optar e decidir sobre o universo que nos
toca, proporciona uma forma própria de pensar e reorganiza o mundo através
da palavra. Nas obras literárias temos a liberdade de interpretação, pois ela
propõe muitos planos de leitura.
No ato da leitura alguns conhecimentos prévios são necessários ao
leitor: linguísticos, textuais e de mundo. De acordo com FREIRE ( 1992, p. 11)
a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente. A leitura é fundamental para o
aprendizado, o qual é adquirido por meio de técnicas e estratégias bem
elaboradas com o intuito de levar o leitor ao conhecimento científico e à
reflexão e é também a forma de se ampliar o vocabulário. A leitura é um
instrumento essencial no processo de construção de conhecimento e também
propicia o acesso à informação com autonomia. O ato de ler é uma
necessidade para a aquisição de significados. Ela estimula a imaginação e a
reflexão crítica.
A escola deve ser um dos espaços privilegiados de experiência com a
leitura, é um desafio para todas as disciplinas, já que a leitura é um meio para o
desenvolvimento da capacidade de aprender. A escola tem a responsabilidade
de proporcionar o acesso ao conhecimento e para isso é necessário que se
tenha um acervo literário significativo para os alunos. Porém, apenas um bom
acervo não é suficiente, os alunos precisam de orientação dos professores
para desenvolver o hábito da leitura e é imprescindível que o professor seja
também um bom leitor e fale a respeito das leituras que realiza e leve seu
material de leitura para sala de aula. Faz-se necessário que o professor
perceba a influência que exerce sobre seus alunos e que ele pode ajudar no
processo de formação de leitores eficientes e críticos.
Lemos não apenas para aprender, mas também para pensar, pois a
leitura nos torna críticos e nos proporciona a capacidade de considerar
diferentes perspectivas, mas para que isso aconteça faz-se necessária uma
intervenção específica. O docente deve comentar sobre os livros preferidos,
indicar títulos, levar um exemplar para si mesmo quando os alunos forem à
biblioteca.
A falta de interesse dos alunos pela leitura é uma realidade e para
mudarmos esse quadro é imprescindível o uso de recursos interessantes e
atrativos. Com a revolução científica e tecnológica o computador tem sido
muito utilizado e como crianças e adolescentes passam horas navegando na
internet, faz-se necessário utilizar essa ferramenta a favor da prática da leitura.
Não podemos mais ignorar esse admirável novo espaço de
comunicação digital, precisamos aprender a lidar com esses novos fenômenos
linguísticos. Com a internet surgiram novos conceitos, novo léxico, novos
gêneros discursivos, novas formas de linguagem, novo código, novo estilo de
ler, escrever e conversar e tudo isso pode auxiliar o professor no processo
ensino aprendizagem. A Internet atinge de maneira muito particular os usos da
linguagem, para se comprovar isso é só ver como se dá a escrita nos blogs,
chats , facebook, e e-mails mais informais.
É função da escola e do professor transmitir ao aluno que a leitura traz
inerente a si um desafio e se o aluno não consegue assimilar conteúdos de
outras áreas, mas domina requisitos de um bom leitor, a escola e o professor já
terão cumprido sua tarefa.
A implementação do projeto aconteceu no Colégio Estadual Rivadávia
Vargas, na disciplina de Língua Portuguesa, no primeiro semestre do ano letivo
de 2013 com um grupo de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. A
expectativa era que participassem 15 alunos, mas a média de participação foi
de 06 alunos e a maioria meninos.
2. DESENVOLVIMENTO
De acordo com as DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais) ler é
familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos,
cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com
intensidade crescente em nosso universo cotidiano.
Ler é uma atividade que fascina e tem como objetivo estimular
pensamentos, transformar ideias, desenvolver a linguagem e a personalidade.
E não se pode esquecer que não é uma ação neutra, pois o ato da leitura
envolve simultaneamente aspectos políticos, culturais, sociais, históricos e
religiosos. A leitura proporciona a aquisição de conhecimento e não há outra
forma de adquirir conhecimentos teóricos senão através do ato de ler.
No ato da leitura alguns conhecimentos prévios são necessários ao
leitor: linguísticos, textuais, e de mundo. De acordo com FREIRE ( 1992, p. 11)
a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente.
Com o passar do tempo a função da leitura foi se modificando,
conforme afirma BAMBERGER ( 2010, p.10):
A leitura foi outrora considerada simplesmente um meio de receber
uma mensagem importante. Hoje em dia, porém, a pesquisa nesse
campo definiu o ato de ler, em si mesmo, como um processo mental de
vários níveis, que muito contribui para o desenvolvimento do intelecto.
O processo de transformar símbolos gráficos em conceitos intelectuais
exige grande atividade do cérebro; durante o processo de
armazenagem da leitura coloca-se em funcionamento um número
infinito de células cerebrais.
Além da função da leitura ser diferente nos dias de hoje, há também
outros suportes que oferecem a oportunidade para se realizar o ato da leitura,
como por exemplo a internet, sobre a qual (Oliveira, 2003) expõe:
...a internet, percebida enquanto suporte para informações
hipertextuais com possibilidades infinitas de interseção, demanda uma
linguagem própria para sua compreensão, abordagens de leitura não-
lineares e, consequentemente, apresenta uma textualidade específica
para sua apreensão. Inserida no ambiente escolar, a internet é
proposta como base para uma nova linguagem para a aquisição e
construção de conhecimentos e como uma nova e revolucionária
ferramenta para o trabalho docente, na medida em que vivemos em
uma sociedade em rede, numa ampla teia de relações sociais na qual
cresce, cada vez mais, a exigência de diálogo, interatividade,
intervenção, participação e colaboração.
Segundo BLOOM ( 2001, p.17 ) uma das funções da leitura é nos
preparar para um transformação, e a transformação tem caráter universal. A
leitura nos oferece a oportunidade de optar e decidir sobre o universo que nos
toca, proporciona uma forma própria de pensar e reorganiza o mundo através
da palavra. Nas obras literárias temos a liberdade de interpretação, pois ela
propõe muitos planos de leitura.
Existem muitos tipos de leitura, mas esse trabalho teve como foco
central a leitura literária. De acordo com Soares Amora e Hênio Tavares,
citados em Franco e Oliveira ( 2009,p.18) os conceitos de literatura dividem-se
em duas eras: clássica e moderna. A era clássica se inicia com Platão e
Aristóteles e vai até o século XVIII e a era moderna começa com o
Romantismo até os nossos dias.
Segundo Franco e Oliveira (2009, p.18) na era Clássica a
preocupação primeira é com o conceito no que diz respeito a linguagem
utilizada para se determinar se determinada composição é arte literária ou não.
Em segundo lugar vem o conteúdo estabelecendo-se que a arte literária é a
arte que cria, através da palavra, uma imitação da realidade. Na Era Moderna a
literatura passa a ser compreendida como o conjunto da produção escrita e
relacionada a ideia de ficção e criação. As coisas são retratadas sob a ótica do
artista, a partir da sua subjetividade, sendo a obra um retrato da sua
interioridade.
Para Compagnon (2003, p.31), um dos teóricos mais respeitados hoje
em dia, citado por Franco e Oliveira (2009, p.19), “no sentido mais amplo,
literatura é tudo o que é impresso ( ou mesmo manuscrito), são todos os livros
que a biblioteca contém”. O conceito de literatura varia de acordo com o
momento histórico e com as condições de recepção de seu material. Pode-se
dizer que literatura é uma reunião de diversos aspectos estruturais, sociais e
culturais dentro de uma manifestação cultural.
Umberto Eco (1994) fala sobre os fundamentos necessários para se
estabelecer uma relação autor-leitor que permita uma perfeita compreensão da
história e o deleite dela. Aos leitores de ficção é necessário um acordo
ficcional, ou seja, um contrato de leitura para aceitação de que uma história
imaginária seja uma verdade presumida, mesmo que possa contradizer a
realidade. Sobre a leitura de ficção Eco (1994 ) afirma:
Ler ficção significa jogar um jogo através do qual damos sentido à
infinidade de coisas que aconteceram, estão acontecendo ou vão acontecer no
mundo real. (...) Essa é a função consoladora da narrativa – a razão pela qual
as pessoas contam histórias e têm contado histórias desde o início dos tempos.
E sempre foi função suprema do mito: encontrar uma forma no tumulto da
experiência humana.
A produção literária no Brasil, embora tardia, é bastante significativa e se
difundiu a partir do século XIX, com o fim da censura à imprensa vigente no
Segundo Império. A partir daí os autores tiveram a oportunidade de ver
impressos nos jornais e em livros os seus escritos, romances, ensaios e
poemas.
A Semana de arte Moderna é um divisor de águas na produção artística
brasileira, embora pautada nos movimentos artísticos europeus, trouxe a
literatura de vanguarda de uma forma bem brasileira. A partir daí houve uma
crescente produção literária em nosso país que se estende até os dias de hoje.
De acordo com Franco e Oliveira ( 2009, p. 38) Aristóteles classificou as
produções artísticas de seus contemporâneos que tinham como matéria-prima
a linguagem e chegou a três gêneros literários que ainda hoje são utilizados:
gênero épico (narrativo), gênero lírico (poesia), gênero dramático (teatro).
Porém na literatura contemporânea muitas obras literárias misturam a estes
três gêneros.
Para esta pesquisa optou-se pelo gênero narrativo. A história desse
gênero se inicia com os textos Odisseia e Ilíada de Homero. As modalidades
narrativas são: conto, novela, romance e crônica. Cada umas dessas
modalidades tem características próprias.
O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta e com apenas um
conflito. Na novela há uma sucessão de conflitos e tem o recurso do suspense
da ação em capítulos. O romance é uma longa narrativa em prosa com vários
conflitos simultâneos com personagens principais e secundários que muitas
vezes não tem relação direta umas com as outras. E a crônica é o registro de
experiências do dia-a-dia, com um significado pessoal do autor para alcançar
maior destaque na emoção do leitor.
Na pesquisa foram utilizados os contos dos autores: Ruth Rocha, Luiz
Vilela e Lourenço Cazarré.
2.1. MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para a implementação do projeto de leitura foi elaborado o Material
Didático-Pedagógico com o objetivo de auxiliar no processo de formação do
leitor, sugerindo estratégias de leitura que podem contribuir com o incentivo ao
hábito de ler e a tomada de consciência dessa prática. O material é composto
de textos literários com a intenção de exercitar a leitura e a interpretação, como
prática fundamental no processo de aprendizagem e privilegiar a Literatura na
escola.
Os textos que compõem o material foram cuidadosamente selecionados,
com o objetivo de contribuir no processo de construção de conhecimento. São
textos narrativos do gênero conto que abordam temáticas do cotidiano que
auxiliam na formação humana, cultural, intelectual e social dos alunos leitores.
Os contos apresentados na Unidade Didática narram histórias do
universo infanto-juvenil, em situações e ambientes variados. O processo da
leitura é dividido em quatro etapas: leitura, compreensão, interpretação e
avaliação e produção. Cada etapa tem especificidades e finalidades
diferenciadas.
A Unidade Didática foi dividida em oito seções. E no início de cada
seção há sempre uma frase e uma imagem relacionadas à leitura. Nas
informações dadas sobre os escritores há uma tentativa de aproximar o autor
do aluno-leitor para que os alunos percebam que todo escritor é também um
leitor e que ele também pode ser um leitor e um escritor.
As estratégias utilizadas nas atividades propostas têm como principal
objetivo fazer com que o aluno conheça bem o texto e perceba seus aspectos
relevantes e que quando for realizar outras leituras se utilize dessas estratégias
para entender o que lê.
No início de cada seção há um bate-papo inicial com o aluno sobre o
autor do texto a ser estudado. Nas atividades de compreensão do texto,
sugere-se o uso do dicionário para proporcionar a ampliação vocabular. As
questões interpretativas direcionam para o entendimento mais profundo, isto é,
levam o aluno a entender as entrelinhas.
A primeira seção é um convite para que o aluno entre no mundo da
leitura, com sugestão do vídeo Ler, de Luis Fernando Veríssimo, o qual
mostra que as possibilidades de leitura são muito variadas e que temos
acesso a elas o tempo todo, em muitos lugares. Na sequência sugere-se o
vídeo Vida Maria que faz uma reflexão sobre a situação daqueles que
gostariam de ler, mas são impedidas por falta de acesso a materiais de leitura.
Para concretizar a atividade de leitura, disponibilizam-se: gibis, revistas, livros,
bulas de remédio, folders, listas telefônicas, propagandas, cartazes, avisos,
cartões, bilhetes, e-mails e jornais. A atividade seguinte é a leitura feita pelo
professor dos textos Marcelo, marmelo, martelo e A menina que aprendeu a
voar, escritos por Ruth Rocha e um vídeo com a entrevistada própria autora.
Finalizando a seção, são apresentadas reflexões sobre leitura e um pouco de
teoria sobre Literatura.
A segunda seção traz o texto Apanhei Assim Mesmo..., da autora Ruth
Rocha, a ser lido pelo professor, abordando a temática da autoafirmação
masculina e um problema de relacionamento entre pai e filho: a falta de
diálogo. Os personagens do texto utilizam-se da linguagem informal, e na
atividade de compreensão diferencia-se a linguagem formal da linguagem
informal. Na produção, solicita-se que o aluno reescreva a história lida para um
amigo com objetivo de mostrar que se escreve para um leitor específico.
A terceira seção apresenta também um texto da autora Ruth Rocha
intitulado Rubens, o semeador, tendo como temática o meio ambiente. É uma
história verdadeira, pois Rubens Matuck é um artista plástico que coloca a
natureza como tema central de sua obra. Nas atividades, a intenção é fazer
com que o aluno perceba a natureza a sua volta e conscientizá-lo sobre a
importância de preservá-la.
Na quarta seção a proposta é a leitura silenciosa do texto Briga de
Guris, de Lourenço Cazarré. A história se passa em uma cidade do Rio Grande
do Sul e aparecem vários termos do vocabulário gaúcho. Ampliando
conhecimentos, exemplificam-se os regionalismos de alguns Estados
brasileiros como Nordeste, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul regiões Paraná.
Sugere-se o livro Jacu Rabudo, escrito por Hein Leonardo Bowles, no qual
estão registrados os falares do povo pontagrossense, como por exemplo: Deu
aio! Daonde? Erguê o charque! Debuiando água! Na produção e avaliação,
sugere-se um vídeo que mostra a participação dos judocas brasileiros no Pan-
Americano de Judô no Canadá em 2012 e solicita-se que os alunos pesquisem
sobre um dos tipos de luta.
Na quinta seção o conto a ser lido pelo professor intitula-se Véspera de
aula, de Lourenço Cazarré, que fala da ansiedade que sente um aluno na
véspera do início das aulas e relata os primeiros dias no ginásio. Na produção,
a proposta é que o aluno escreva sobre seu último dia de férias e como foram
os primeiros dias de aula para que analise sua vida escolar.
A sexta seção traz mais um texto do autor Lourenço Cazarré, com o
título A vida é uma coisa estranha, no qual há uma tentativa frustrada de
solidariedade. No texto há presença da linguagem figurada, como por exemplo:
desativem os motores que a aula vai começar. Nas atividades propostas há
vários questionamentos sobre a vida com a intenção de levar o aluno pensar
sobre sua própria vida.
A sétima seção traz um conto fantástico de Luiz Vilela intitulado As
formigas, que faz uma comparação entre o comportamento das pessoas e o
das formigas. O menino faz amizade com as formigas que moram na parede do
seu quarto e conversa com elas. A proposta da produção de texto é a criação
de um conto fantástico.
E a oitava seção tem como fonte de leitura o blog:
http://euleioeuleio.blogspot.com, criado especialmente para o projeto. Propõe-
se a leitura de dois textos de Ruth Rocha: Marcelo, marmelo, martelo, uma
história engraçada de um menino que quer trocar o nome das coisas e A
menina que aprendeu a voar, comparando com o curta metragem “História
trágica com final feliz”. A proposta de leitura no blog objetiva mostrar que a
leitura também pode ser feita na internet e não apenas por materiais
impressos.
2.2 GRUPO DE TRABALHO EM REDE
A proposta da temática1 foi refletir sobre a importância da leitura. No
Fórum 1 solicitou-se que os professores comentassem a seguinte frase de
Paulo Freire “a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a
posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele.
Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.”As contribuições foram
significativas e a maioria concordou que para se formar um aluno-leitor é
necessário levar em conta a realidade em que vive, iniciar com leituras que
sejam do seu interesse.
Contribuições importantes postadas pelos professores: “a leitura exige
do leitor a capacidade de interação com o mundo que o cerca, relacionando o
texto com as suas experiências prévias: conhecimento linguístico,
conhecimento textual e o conhecimento de mundo: linguagem e realidade se
prendem dinamicamente, uma está associada a outra; a área da leitura ocupa,
no encadeamento anual da aprendizagem, um lugar de destaque. Se a leitura
é estimulada e exercitada com maior atenção por nós professores de língua e
literatura, esta intervém em todos os setores intelectuais e isso repercute
especialmente na manifestação escrita e oral do aluno.”
No Diário 1, os professores deveriam elaborar um texto abordando as
seguintes questões: Por que é importante trabalhar a leitura de textos literários
em sala de aula? Que contribuições a leitura destes textos trazem na formação
do aluno-leitor? Que estratégias podem ser utilizadas para contribuir para o
incentivo ao hábito de ler?
Os textos foram bem elaborados e todos concordam que é importante e
necessário trabalhar textos literários em sala de aula. Contribuições
importantes: " Os textos literários nos abrem as portas para o passado; quando
usamos um texto literário resgatamos informações sobre o contexto estético,
cultural, social e político em que foi escrito e estamos nos valendo do seu
poder de expandir nossa memória e a nossa imaginação. Tomar o texto como
objeto de estudo é uma necessidade metodológica para um ensino que
pretenda ser significativo e formador e a formação do leitor literário deve
contribuir efetivamente para ampliação da autonomia intelectual para a
formação da ética e da perspectiva crítica do aluno, capaz de levar ao
conhecimento e à transformação.
Registramos aqui as estratégias sugeridas no grupo para contribuir e
incentivar o hábito da leitura: os alunos comentem o livro lido com os colegas,
expondo suas opiniões e apresentando as razões pelas quais recomendam (ou
não) a leitura; confeccionar cartazes para divulgar o livro lido, expondo-os no
mural da classe, nos corredores da escola ou da biblioteca; compor paródia de
uma música bem conhecida para apresentar o livro aos colegas; confeccionar
maquetes abordando três momentos da obra; dramatizar um trecho do livro
lido; criar histórias em quadrinhos a partir do enredo do livro; organizar um "júri
simulado" para julgar a atitude de uma personagem; criar novas aventuras para
as personagens do livro. Diante de tudo que foi comentado, percebe-se que a
leitura literária em sala de aula é um grande desafio, mas os professores a
valorizam e procuram utilizar-se de estratégias para criar o hábito desse tipo de
leitura nos alunos.
No Fórum 2 foi solicitado que os participantes do GTR postassem suas
observações referentes à Produção Didático-Pedagógica. As contribuições
foram significativas e também foram sugeridas mais algumas atividades.
Postagens importantes: ”Interessante os questionamentos que faz no início do
de cada seção, faz os alunos refletirem sobre o tema que irá abordar. Muitos
professores iniciam o trabalho com textos e/ou livros sem mencionar o quanto
a leitura é importante e o que ela acrescenta ao nosso viver .O vídeo Vida
Maria emociona muito e nos faz refletir que não é só em casa que acabamos
com os sonhos das crianças, na escola temos esse poder também. Se não
utilizamos as atividades adequadas rompemos com o querer aprender.
Outro item importante a destacar é a possibilidade do aluno escolher o
material, pois impor pode desmotivá-lo .
No Diário 2 solicitou-se que elaborassem um texto, tendo como
direcionamento as seguintes questões: É relevante exercitar a prática de leitura
e interpretação de textos literários no processo de aprendizagem e privilegiar a
Literatura na escola como emancipação do saber. Que contribuições essa
prática pode trazer para o incentivo ao hábito de ler? Quais atividades
propostas na Produção Didático-Pedagógica você considera relevantes para a
formação de um leitor eficaz? Os textos foram bem elaborados e com
comentários relevantes sobre o material Didático-Pedagógico. Trecho do texto
de uma das cursistas: “Dentre as atividades propostas considero as mais
importantes aquelas de caráter interpretativo, uma vez que a criança adquire
fluência no ato de ler e evolui da simples compreensão imediata à interpretação
das ideias do texto. A apreensão do real se dá através da fantasia. Através da
vivência de situações mágicas, a criança resolve seus conflitos e adapta-se
melhor ao mundo em que vive. Os interesses infantis dirigem-se para o
maravilhoso, os seres sobrenaturais, de um lado, e o humor, o folclore, as
histórias de índios, de outro. Ao adentrar neste mundo de fantasia, desenvolve
o espírito de observação, de crítica, de busca de novas soluções. O jovem, por
sua vez, começa a se preocupar com a realidade, embora permaneçam
eventuais momentos de fantasia e, assim, a capacidade de discernimento do
real e a maior experiência de leitura leva o jovem não só interpretar os dados
oferecidos pelo texto como também posiciona-se diante deles, iniciando-se nos
juízos de valor. A promoção da leitura, na sala de aula, só terá êxito na medida
em que se voltar para a realidade como ela é e atender às necessidades das
crianças e jovens. Portanto, as sugestões apresentadas são norteadoras, mas
devem ser adaptadas a cada situação particular e constantemente
enriquecidas. Daí a importância de o professor selecionar textos, livros para
que o aluno possa escolher o que mais o interessa, deste modo o professor
atingirá os objetivos educacionais relacionados à leitura e à literatura, ou seja,
formar um leitor eficaz.”
No Fórum 3, solicitou-se que refletissem e opinassem sobre os
resultados da Implementação do Projeto apresentados até o momento: já
trabalhei até a 4ª Seção e posso dizer que os objetivos estão sendo atingidos.
Os alunos estão participando ativamente de todas as atividades propostas. A
alternância entre leitura, vídeos, produção, pesquisas, interpretação está
dando resultado, pois percebo que os alunos estão interessados. Por meio da
mediação, estão respondendo as questões propostas no material Didático-
Pedagógico.
As contribuições foram muito significativas e importantes para avaliação
do Projeto. Muitos elogios foram feitos pela forma como foi elaborado o
material Didático Pedagógico. Comentário de um dos participantes postado no
Fórum: “ Os textos trazidos por você são interessantes e a alternância de
veículos (livro, vídeo, áudio, imagens...) facilitam o trabalho, pois não deixa
ficar cansativo. Para aqueles que não adquiriram o hábito de ler, a leitura
cansa; temos então que partir para encontrar formas que auxiliem sem cansar
e. aos poucos, ir aumentando o grau de dificuldade”.
2.3 IMPLEMENTANDO O PROJETO
O presente trabalho foi desenvolvido com um grupo de alunos do 6º ano
em contra-turno, sendo que a participação foi voluntária. No primeiro encontro
foram apresentadas as mais diversas possibilidades de leitura. Foram
disponibilizados vários materiais como: livros, bulas de remédio, revistas,
catálogos, jornais, cartões, histórias em quadrinhos, cartões, cartazes e listas
telefônicas. Dentre os materiais expostos, a maioria dos alunos preferiu as
histórias em quadrinhos pela facilidade de leitura e entendimento. Apresentou-
se o vídeo Vida Maria que mostra a impossibilidadede uma menina aprender a
ler porque precisava auxiliar sua mãe nas tarefas domésticas. Ficaram
impressionados e solicitaram que o vídeo fosse repetido. Ao ouvirem o conto
de Ruth Rocha, Marcelo, marmelo, martelo, os alunos riram muito porque o
personagem Marcelo renomeava todas as coisas, criando palavras muito
esquisitas. Esse primeiro encontro foi produtivo e percebeu-se que o conceito
de leitura que eles tinham era que somente pode ser praticada nos livros e que
não têm o hábito da leitura. A partir do vídeo de Luís Fernando Veríssimo
puderam ampliar esse conceito, pois mostra as várias possibilidades de leitura
que podemos realizar em nosso dia-a-dia.
No segundo encontro ouviram atentos o conto Apanhei Assim Mesmo,
de Ruth Rocha, lido pela professora e comentaram sobre as atitudes do
personagem Tuca. Na atividade de compreensão utilizaram o dicionário para
pesquisar as palavras desconhecidas do texto, percebeu-se que gostam desse
tipo de atividade e auxiliam-se entre si. Para melhor entendimento do texto,
propôs-se uma segunda leitura, dessa vez silenciosa, mas os alunos têm
dificuldade, pois não conseguem fazer silêncio e consequentemente não se
concentram. As questões de compreensão e interpretação foram respondidas
coletivamente, tendo a mediação da professora, pois há muita dificuldade para
elaborar as respostas. Como no texto estudado havia a linguagem informal,
trabalhou-se a diferença entre a linguagem formal e informal e perceberam
essa diferença com facilidade. A proposta de produção de texto de reescrever
a história lida foi realizada também coletivamente. Após reescrita a história de
maneira resumida, cada aluno digitou o texto no laboratório de informática da
escola e foi impresso para que cada um entregasse para um colega, alguns
optaram por entregar para a mãe ler.( vide anexo 1)
No terceiro encontro a leitura do texto Rubens, o semeador, de Ruth
Rocha, foi feita por alguns alunos, a pedido deles, porque gostam de ler em voz
alta, porém não compreendem muito bem, pois cada aluno lê um trecho e isso
dificulta o entendimento e sempre há umas conversas, o aluno que vai ler não
sabe onde o outro parou e se leem uma palavra errada os outros riem, a
entonação de voz não é feita corretamente. Essa estratégia é boa para
praticarem o ato da leitura, mas não favorece o entendimento do texto.
Observou-se que a temática do conto não despertou muito interesse. A
expectativa era que ao saber que a história de Rubens é verdadeira causasse
uma admiração por uma pessoa que proteje e defende a natureza, mas isso
não fez diferença nenhuma. A segunda leitura feita pela professora ajudou na
compreensão do texto, mas com relação a temática, não mudou nada. Na
atividade proposta de pensarem no trajeto da casa até a escola e lembrarem se
existiam árvores, tiveram dificuldade, deixando claro que não dão a devida
importância para a natureza. A surpresa foi na atividade de produção que era
elaborar cartazes com desenhos de árvores e uma frase em defesa da
natureza. Realizaram essa atividade com muito entusiasmo e os cartazes
foram afixados no mural da escola. (vide anexo 2)
No quarto encontro a leitura do texto Briga de guris, de Lourenço
Cazarré, foi feita silenciosamente. O título da história despertou curiosidade e o
vocabulário gaúcho chamou atenção. Além dos termos gaúchos apresentou-se
mais algumas expressões utilizadas em diferentes regiões do Brasil. Quando
falou-se do livro Jacu Rabudo, ficaram interessadíssimos, pois muitos dos
termos que constam no livro, eles utilizam no dia-a-dia. A segunda leitura foi
feita em voz alta pela professora. Para identificação do tema do conto foram
apresentadas alternativas e foi mais fácil para perceberem a ideia central. A
etapa da produção e avaliação sobre os tipos de luta foi produtiva e todos
preferiram a internet como fonte de pesquisa.
No quinto encontro os alunos pediram para ler o texto de Lourenço
Cazarré, Véspera de aula, mas não conseguem compreender bem a história
porque cada um quer ler um trecho e isso dificulta a concentração, pois sempre
há conversas durante a leitura. Quando o professor lê, se concentram e
compreendem melhor. Tentam responder as questões individualmente, porém
alguns ainda necessitam de auxílio. Percebeu-se que tem dificuldade para
explicar com suas palavras o significado de expressões com sentido figurado.
Na produção de texto observou-se que tem dificuldades na escrita e elaboram
textos curtos para terminar rapidamente a tarefa. (vide anexo 3)
No sexto encontro o conto lido intitula-se A vida é uma coisa estranha,
do autor Lourenço Cazarré. Percebeu-se ainda uma grande dificuldade para
entender o sentido figurado das palavras, especificamente a palavra
eletricidade utilizada no texto no sentido de agito, bagunça, barulho das
crianças. A dificuldade na escrita também é grande, necessitando da mediação
do professor para elaboração das respostas. Relatam que estão enjoados de
responder as questões propostas.
No sétimo encontro o texto As Formigas, de Luiz Vilela, foi lido por um
aluno, compreenderam bem e gostaram do texto por ser curto. Notou-se que a
atividade mais atrativa dentre as propostas é a utilização do dicionário. A
dificuldade foi na etapa da produção de texto pela falta de criatividade para
criar um conto fantástico.
No oitavo encontro utilizou-se o blog para leitura dos textos Marcelo,
marmelo, martelo e A menina que aprendeu a voar, de Ruth Rocha. Após a
leitura de cada história os alunos precisavam responder algumas perguntas e
essa atividade foi feita individualmente, sem auxílio da professora. Tiveram
facilidade para responder as questões do primeiro texto, porque já tinha sido
lido no primeiro encontro. Já nas questões do segundo texto tiveram dificuldade
porque ainda não conheciam a história e não prestaram atenção ao ler no blog.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leitura é fonte de conhecimento e as possibilidades de leituras são
inúmeras. Para onde quer que olhemos temos oportunidade de realizar leituras.
Especificamente a leitura literária nos proporciona sensações incríveis, mexe
com a nossa imaginação e com nossas emoções. A Literatura é uma arte!
A expectativa desse trabalho era que se conseguisse mostrar aos alunos
que a leitura pode ser realizada utilizando-se de fontes diversas e que ela é
importantíssima em nossa vida. No desenvolvimento das atividades propostas,
os participantes do projeto foram percebendo que não se lê apenas nos livros,
e que a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano.
O foco principal deste trabalho foi identificar estratégias que pudessem
contribuir com o hábito de ler e após serem desenvolvidas as atividades de
leitura propostas no Material Didático-Pedagógico, concluiu-se que o objetivo
foi atingido, conforme relato de um aluno após o termino do projeto: “ O projeto
de leitura foi fundamental para mim, pois aprendi a ler melhor, a escrever
melhor, a me interessar por livros como Marcelo, martelo, marmelo de Ruth
Rocha”.
Com base na experiência vivenciada e no depoimento citado acima,
podemos afirmar que os resultados obtidos foram animadores e que podemos
sim acreditar que a leitura pode se tornar um hábito. O projeto pode ser
implementado no 7º e 8º ano do Ensino Fundamental.
REFERÊNCIAS
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VILELA, Luiz. Contos da infância e da adolescência. - 2.ed.- São Paulo:
Ática, 2005.
ANEXO 1 – Texto produzido coletivamente pelos alunos participantes do
processo de Implementação no Encontro n 2, referente à atividade de
Produção de Texto proposta na Unidade Didática.
ANEXO 2 – Desenho produzido por aluno participante do processo de
Implementação no Encontro n. 3, referente à atividade de Produção de
Texto proposta na Unidade Didática.
ANEXO 3 – Texto produzido por aluno participante do processo de
Implementação no Encontro n. 5, referente à atividade de Produção de Texto
proposta na Unidade Didática