LEITURA DO MUNDO. O objetivo da escola é formar cidadãos capazes de ler o mundo, produzindo...

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LEITURA DO MUNDO

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  • LEITURA DO MUNDO
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  • O objetivo da escola formar cidados capazes de ler o mundo, produzindo discursos orais ou escritos, adequados a diferentes situaes enunciativas, compreendendo o que est escrito e o que est subentendido, numa leitura que consegue selecionar contedos, inferir interpretaes e antecipar significados nos mais diferentes gneros.
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  • A leitura no uma simples prtica escolar, mas um processo desencadeado pela vontade ou necessidade do leitor em compreender os textos que esto sua volta.
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  • O verdadeiro leitor aquele que busca entender o que est escrito, mobilizando tudo que sabe sobre a lngua: o sistema de escrita, as caractersticas do gnero, o suporte, o assunto ou tpico, o contexto, o autor e sua poca.
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  • Aprender a ler subtende aprender a escrever, pois leitura e escrita so atividades complementares, intimamente ligadas, como as faces de uma mesma moeda.
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  • GNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA
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  • So modelos comunicativos que nos possibilitam gerar expectativas e previses para compreender um texto e, assim, interagir com o outro. Conta de luz, telenovela, fofoca, aula so alguns exemplos de gneros que, pelo seu constante uso social, no oferecem muitas dificuldades de compreenso.
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  • Ensinar um gnero pressupe um convvio anterior com esse gnero. Assim, importante pensar para quem se escreve, por que se faz, qual a real necessidade de faz-lo, o que o leitor conhece efetivamente o tema, o que pensa dele, como fazer-se compreender, como usar a lngua na produo desse texto, como o texto solicita uma ou outra estratgia de leitura. Tais questes na escola tornam necessrio construir um currculo que valorize tanto a funo social do texto como a sua forma.
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  • CAPACIDADES DE LINGUAGEM DOMINANTES AGRUPAMENTOSGENEROS TEXTUAIS Refere-se discusso de questes sociais controversas, exige sustentao e negociao nas tomadas de posio. ARGUMENTAREditorial, carta de reclamao, artigo de opinio, ensaio argumentativo, debate regrado, resenha crtica...
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  • Voltado construo e transmisso de saberes, exige apresentao textual para organizao das idias e dos conceitos. EXPOR Conferncia, palestras, resumo de texto expositivo,seminrio, verbete de enciclopdia, comunicao oral, relatrio cientifico... Refere-se as instrues e prescries de aes voltadas regulao mtua de comportamento. INSTRUIRReceita, regulamento, regra de jogo, manual de instruo, regimento, mandamento...
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  • Voltado cultura literria ficcional e recriao da realidade, caracteriza-se pela intriga no campo do verossmil. NARRAR Lenda, romance, fbula, novela, biografia, conto de aventura e de fadas, crnica literria, adivinha, piada, fico cientifica... Refere-se a documentao e memorizao de aes humanas que representam pelo discurso de experincias vividas situaes no tempo e no espao. RELATARNotcia, reportagem, anedota, caso, dirio intimo, testemunho, currculo de relato histrico, de viagem e policial...
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  • GNER0 Um gnero uma atividade scio-cultural que tem: 1. propsito social 2. estrutura previsvel 3. padres lxico-gramaticais previsveis Ex.: artigo de opinio, notcia de jornal, horscopo, relatrio de pesquisa, receita culinria....
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  • TIPOS TEXTUAIS Segundo Werlich (1973),tipos textuais: 1. Descritiva - Sobre a mesa havia milhares de vidros. 2. Narrativa - Os passageiros aterrissaram em Nova York no meio da noite. 3. Expositiva - O crebro tem 10 milhes de neurnios. 4. Argumentativa - A obsesso com a durabilidade nas Artes no permanente. 5. Injuntiva - pare!, seja razovel! Obs.: A expresso tipo de texto, muito usada nos livros didticos e no nosso dia-a-dia, equivocadamente empregada.
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  • Ingredientes: 1/2 kg de charque; 01 cebola grande picada; 05 tomates sem sementes cortados em pedacinhos; 04 colheres (sopa) de salsa picada; 02 pimentes verdes picados; 04 colheres (sopa) de cebolinha verde picada; 01 xcara (ch) de arroz; sal e pimenta a gosto Preparo: Lave o charque e deixo-o de molho de vspera, para perder o sal, depois pique-o, em pedaos no muito pequenos. Refogue-o em todos os temperos. Caso o charque perca muito sal, pode ser necessrio temperar o revogado com sal. Acrescente o arroz cristal lavado e escorrido, misturando com um garfo. Cubra o preparado totalmente com gua fervente, em quantidade que deixe o arroz mido depois de cozido. Mexa e deixe a panela sobre o fogo baixo. O arroz deve terminar o cozimento s com o vapor. Arroz de Carreteiro
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  • ESTRATGIAS DE LEITURA A leitura um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construo do significado do texto a partir do que est buscando nele, do conhecimento que j possui a respeito do assunto, do autor e do que sabe sobre a lngua caractersticas do gnero, do sistema de escrita...
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  • Uma estratgia de leitura um amplo esquema para obter, avaliar e utilizar informaes. H estratgias de seleo, de antecipao, de inferncia e de verificao.
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  • Estratgias de seleo: permite que o leitor se atenha apenas aos ndices teis, desprezando os irrelevantes. Ao ler, fazemos isso o tempo todo: nosso crebro sabe, por exemplo, que no precisa se deter na letra que vem aps o q, pois certamente ser u; ou que nem sempre o caso de se fixar nos artigos, pois o gnero est definido pelo substantivo.
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  • Estratgias de antecipao: tornam possvel prever o que ainda est por vir, com base em informaes explcitas e em suposies. Se a linguagem no for muito rebuscada e o contedo no for muito novo, escritas em um texto, possvel eliminar letras em cada cinco outras, sem que a falta de informaes prejudique a compreenso. Alm de letras, silabas e palavras, antecipamos significados. O gnero, o autor, o ttulo e muitos outros ndices nos informam o que possvel que encontremos em um texto. Assim, se formos ler uma histria de Monteiro Lobato chamada Viagem ao cu, previsvel que encontraremos determinados personagens, certas palavras do campo da astronomia e que, certamente, alguma travessura acontecer.
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  • Estratgias de inferncia: permite captar o que no est dito no texto de forma explcita. A inferncia aquilo que lemos, mas no est escrito. So adivinhaes baseadas tanto em pistas confirmam, e s vezes no; de qualquer forma, no so adivinhaes aleatrias. Alm do significado, inferimos tambm palavras, slabas ou letras. Boa parte do contedo de um texto pode ser antecipada ou inferior em funo do contexto: portadores, circunstncias de apario ou propriedades do texto. O contexto, na verdade, contribui decisivamente para a interpretao do texto e, com frequncia, at mesmo para inferir a inteno do autor.
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  • Estratgias de verificao: tornam possvel o controle da eficcia ou no das demais estratgias, permitindo confirmar, ou no, as especulaes realizadas. Esse tipo de checagem para confirmar ou no a compreenso inerente leitura.
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  • A seleo de gneros e textos que sero lidos deve ter como parmetro, as possibilidades de aprendizagem dos alunos. Assim, trs procedimentos bsicos precisam ser considerados: a) no selecionar textos fceis demais, pois isso no possibilitar nem a constituio, nem a ampliao, nem o aprofundamento de habilidades de leitura; b) no selecionar textos difceis demais, pois isso impossibilitar a compreenso dos textos; c) selecionar textos que sejam mais difceis, mas que sejam possveis de serem compreendidos, ainda que isso requeira uma ao colaborativa inicial.
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  • AO DOCENTE a) Trabalho no Coletivo: coordenado pela/o professora/professor: este o momento cuja finalidade , por um lado, fazer circular informaes relevantes sobre determinado aspecto do conhecimento, buscando-se a apropriao delas pelos alunos; por outro lado, a inteno modelar procedimentos no caso da discusso que ora se coloca, procedimentos de leitura oferecendo referncias aos alunos.
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  • b ) Trabalho em Duplas/Grupo: nesse momento, a inteno , por um lado, observar quais aspectos requeridos coletivamente foram apropriados pelos alunos; por outro, a inteno criar mais um espao de interao no qual as informaes apropriadas pelos diferentes parceiros circulem, abrindo a possibilidade de novas apropriaes e novos aprendizados por todos os envolvidos ou, mesmo, de consolidao de apropriaes realizadas.
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  • c ) Trabalho Individual: esse o momento de se constatar quais foram as aprendizagens realizadas, efetivamente, pelos alunos; quais foram os contedos apropriados por eles. Nessa etapa, tem-se a informao a respeito de quais aspectos precisaro ser novamente tematizados, reiniciando-se o movimento do trabalho.
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  • OFICINA 01 Gesto de Amor
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  • OFICINA 02 Testemunha Tranquila
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  • Leitura Colaborativa ou Compartilhada. Texto: Testemunha Tranquila Autor: Stanislaw Ponte Preta.
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  • O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e como no parecia ter ningum por perto forou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, pra ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau-caratr.
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  • PAUSA 1 At agora, quem vocs acham que ser a testemunha? Porque ela estaria tranquila? O que ela iria testemunhar? Onde est essa testemunha? Que pistas no texto nos permitem fazer essa afirmao?
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  • E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou at o telefone e desligou com cuidado, na certa, para que o aparelho no tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto, pensei, porque ele no quer que ningum note a sua presena:logo s pode ser ladro ou coisa assim. Mas no era. Se fosse ladro estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas pra levar. O cara ao contrario parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraado at uma poltrona, onde sentou e ficou quieto.
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  • PAUSA 2 Como ser que a testemunha consegue saber o que o possvel ladro est fazendo dentro do apartamento?
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  • Pior que ladro. Esse cara deve ser um assassino e est esperando algum chegar para matar, tornei eu a pensar, e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por no conhecer o homem e portanto ser difcil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu no tinha nada a ver com aquilo.
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  • PAUSA 3 O que ser que a testemunha vai presenciar? Voc mudou de ideia a respeito? E sobre quem seria a testemunha voc mudou de ideia? Explique.
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  • De repente ele retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos parou em frente porta do apartamento. O detalhe era visvel pela rstia de luz, que vinha por baixo da porta.
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  • PAUSA 4 Como a testemunha consegue enxergar dentro e fora do apartamento ao mesmo tempo? Que situao est para acontecer? O que presenciar a testemunha? Que pistas no texto te permitem afirmar isso?
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  • Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? pensei eu. Pois era uma graa meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala que eu pude ver. Era boa s pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avanou e fechou a porta com um pontap... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direo bonitinha e pataco!... tocou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba!... tacou outra.
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  • PAUSA 5 Algum crime est prestes a acontecer? O que ser? Por que voc levantou essa hiptese?
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  • Os caros leitores perguntaro: - E voc? Assistindo quilo sem tomar uma atitude? A resposta razovel. Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televiso, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir. ____________________________________________________________ As hipteses levantadas por voc correspondem ao apresentado no texto? Que pistas levaram voc a estas hipteses?
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  • OFICINA 03 A velha contrabandista Stanislaw Ponte Preta
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  • A Velha Contrabandista Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrs da lambreta. O pessoal da Alfndega - tudo malandro velho - comeou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrs, o fiscal da Alfndega mandou ela parar. A velhinha parou e ento o fiscal perguntou assim pra ela: - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco a atrs. Que diabo a senhora leva nesse saco?
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  • A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontlogo, e respondeu: - areia! A quem sorriu foi o fiscal. Achou que no era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro s tinha areia. Muito encabulado, ordenou velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrs.
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  • Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrs, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um ms seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas s vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi a que o fiscal se chateou:
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  • -Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfndega com 40 anos de servio. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ningum me tira da cabea que a senhora contrabandista. - Mas no saco s tem areia! - insistiu a velhinha. E j ia tocar a lambreta, quando o fiscal props: - Eu prometo senhora que deixo a senhora passar. No dou parte, no apreendo, no conto nada a ningum, mas a senhora vai me dizer: qual o contrabando que a senhora est passando por aqui todos os dias? - O senhor promete que no "espia"? - quis saber a velhinha. - Juro - respondeu o fiscal.
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  • - lambreta.
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  • 1. supondo-se que o fiscal no tenha cumprido a promessa feita a vovozinha e tenha registrado a ocorrncia. Como ele relataria o fato ao seu chefe?
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  • 2. Tendo sido feita a denuncia a vovozinha, ficou preza. Na cadeia, ela escreveu uma carta para seu comparsa. Como seria esta carta?
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  • 3. A vovozinha foi denunciada pelo fiscal da alfndega, que no cumpriu a promessa, claro! Em seu julgamento ela precisou de um advogado de defesa. Como voc argumentaria em favor da velhinha?
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  • 4. No julgamento da vovozinha, um grupo,far a sua defesa. O seu papel o de advogado de acusao e/ou promotor de justia. Redija um texto argumentando a grave infrao cometida pela velhinha.
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  • 5. A vovozinha, condenada, viu que, por sua idade j muito avanada, poderia vir a falecer na cadeia, ento, resolveu escrever ao neto, justificando os seus atos e passando para ele as instrues necessrias caso ele resolvesse entrar no negcio. Como seria esta carta?
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  • 6. A velhinha foi inocentada. Convidou os amigos para comemorar. Confeccione um convite para esse encontro.
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  • Atividades em grupo
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  • TEMAS DAS OFICINAS 04. Quebra gelo 05. Os dois garotos 06. Histrias em quadrinhos 07. Quadro de pregas 08. Cineminha 09. Jornal
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