Leitura, interpretação: texto misto (relato e crítica) · PDF file2...
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A leitura é uma forma de auxílio no momento de escolher um filme ou um espetáculo a que
assistir, ou então um livro para ler.
Há textos que nos permitem conhecer um pouco mais sobre um filme, um livro, um espetáculo, um CD, um trabalho... Esses textos são chamados de resenhas.
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Leitura, interpretação: texto misto (relato e crítica)
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Leitura e interpretação: resenha crítica
O que é resenha?Resenha é um gênero textual que apresenta a síntese das principais idéias contidas em
um texto ou uma obra cultural (livro, filme, peça de teatro, CD, entre outros) ou um aconteci-mento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma feira de livros, uma palestra etc.).
A resenha crítica é usada para avaliar (elogiar ou criticar) o resultado da produção in-telectual. Por isso, além de conter os elementos descritivos da obra analisada, apresenta o julgamento ou a apreciação do resenhista, que manifesta a sua avaliação nos seus comentá-rios, criticando ou elogiando. O resenhista descreve e avalia uma determinada obra a partir do conhecimento produzido anteriormente sobre o mesmo assunto. Os julgamentos inteiramente pessoais, que exprimem o sentimento do autor, tais como “eu gosto” ou “eu não gosto”, devem ser evitados, porque não são justificados pela razão.
As resenhas geralmente são publicadas em catálogos, jornais, revistas e sites especializados.
Estrutura de uma resenha
1. Identificação – apresenta os elementos essenciais de referência bibliográfica: autor, título da obra, localidade, editora, volume, atores, diretores etc.
2. Apresentação – sistematização do conteúdo da obra. Comentário de caráter geral.
3. Descrição – apresentação detalhada das partes que compõem a obra resenhada.
4. Avaliação – análise crítica, fundamentada num pressuposto teórico claro e pertinente.
5. Recomendação – identificação com a obra, convite a apreciar a obra ou não.
Opinião do leitor Davi Alvarenga Balduino Ala.
Data: 28/02/2007.
Animalismo stalinista
O meu contato com as obras de George Orwell deu-se na Universidade, principal-mente com 1984 e Lutando na Espanha. Porém, sempre hesitei em ler A Revolução dos Bichos, pois achava que seria uma fábula contada cegamente por um Orwell ávido por
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denegrir ainda mais o governo stalinista, pois algo parecido já fora feito em 1984. Além do mais, o Departamento de História da faculdade onde eu estudava era majoritariamente marxista, um motivo a mais para que os alunos não se conscientizassem em comparar regimes totalitaristas com aquele existente na União Soviética. O divisor de águas nas minhas leituras orwellianas ocorreu quando tive contato com os escritos de Hannah Arendt, mormente As Origens do Totalitarismo, nos anos finais da graduação. O principal argumento da filósofa política era a presença do totalitarismo tanto de esquerda (Stalin) quanto de direita (Hitler) no mundo pré-Segunda Guerra. Após me aprofundar nos estu-dos da obra de Arendt, após visualizar com maior nitidez a crise na esquerda mundial, tomei coragem de ler o pequeno grande livro de Orwell. Em A Revolução dos Bichos, encontrei não somente um retrato da construção do stalinismo, mas também uma obra que serve de alerta aos leitores sobre os riscos do “socialismo do século XXI”, divulgado com pompa por governantes latino-americanos. Infelizmente, a sombra do ‘’animalismo stalinista’’ pode permanecer por mais algumas décadas entre os homens.
(Disponível em: <www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha>. Acesso em: 8 out. 2007.)
1. Qual obra está sendo resenhada?
Solução:
O livro A Revolução dos Bichos de George Orwell.
2. Qual o assunto tratado que desencadeia a discussão no texto?
Solução:
O fato de sempre ter se negado a ler a obra e, ao lê-la, apreciar o que leu.
3. De acordo com o resenhista, qual é um bom motivo para ler a obra?
Solução:
Por considerar a obra um retrato da construção do stalinismo, mas também uma obra que serve de alerta aos leitores sobre os riscos do “socialismo do século XXI”.
4. Qual o significado da expressão “o pequeno grande livro de Orwell”?
Solução:
Um livro pequeno no tamanho, grande no conteúdo abordado.
Leia os textos a seguir e resolva as questões propostas:
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Texto I:
A batalha final entre o bem e o malO Senhor dos Anéis: o retorno do rei confirma a franquia de Peter Jackson como um
dos maiores sucessos da história do cinema
Poucos acreditavam em Peter Jackson quando ele disse que teria condições de levar a trilogia J. R. R. Tolkien para o cinema. A tarefa parecia estar mais à altura de um peso-pesado como Spielberg que de um cineasta da Nova Zelândia com um excelente longa realizado na sua terra natal (Almas Gêmeas), mas uma estreia apenas discreta em Hollywood (Os Espíritos). Isso faz de sua vitória artística e comercial, consolidada em O Senhor dos Anéis: o retorno do rei, a mais espe-tacular do cinema desde que George Lucas apareceu com Star Wars. O último capítulo, com A Sociedade do Anel e As Duas Torres comoantecessores, alcançou mais de US$1 bilhão de bilheteria (a segunda da história, atrás ape-nas de Titanic). Levou 11 estatuetas do Oscar, igualando-se a Ben-Hur e, de novo, Titanic.
O enredo de O Retorno do Rei é dividido em duas frentes. Enquanto Sam (Sean Astin) e Frodo (Elijah Wood) tentam chegar a Mordor tendo Collum (ser computado-rizado baseado nos movimentos de Andy Serkis) como guia; humanos, elfos, magos e hobbits combatem os exércitos de Sauron. Porém, Aragon (Viggo Mortensen), Gandalf (Ian McKellen) e demais aliados vão ter tanta dificuldade na união dos povos quanto na frente de batalha contra os Orcs.
A metáfora da aliança global para derrotar o nazismo na Segunda Guerra é reforçada por Jackson, como o próprio cineasta transpareceu em uma cena de As Duas Torres, com referência visual ao documentário de propaganda O Triunfo da Vontade, de Leni Riefens-tahl. Mas a luta para salvar a Terra Média tem vida própria, uma das mais bem engendra-das batalhas entre o bem e o mal já registradas, inicialmente na literatura e agora – com todas as cores dos efeitos especiais – em filme.
(Superguia Net. São Paulo: Globo, n. 28, jun. 2005. p. 8.)
1. O texto apresentado é um texto jornalístico, mais especificamente uma resenha. Esse gênero de texto é publicado em jornais, revistas, sites e quase sempre por um jornalista especializado no tema. O objetivo é expor a opinião desse jornalista sobre um filme, teatro, show musical, para orientar a escolha do espectador ou leitor. A resenha possui em sua estrutura características marcantes que a compõem. Assinale que características são essas?
a) ( ) Em geral, apresenta trechos informativos e opinativos.
b) ( ) O jornalista jamais pode expressar pontos negativos do que está sendo resenhado.
c) ( ) É importante citar as informações técnicas, como: nome de diretores, elenco, tempo de duração etc.
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d) ( ) A opinião do resenhista pode aparecer junto com trechos que estão narrando ou descrevendo a obra.
e) ( ) Tem como objetivo informar, comunicar fatos sem comentários nem interpre-tações.
2. Qual obra está sendo resenhada?
3. De acordo com a resenha, que livros compõem a trilogia (as três histórias) de J. R. R. Tolkien?
4. Reescreva abaixo dois trechos da resenha que comprovam que o filme foi adaptado de um livro.
5. Um dos elementos que compõem a resenha é o resumo do enredo da obra analisada. Em que parágrafo(s) é possível perceber isso?
6. A resenha é favorável ou desfavorável ao filme? Justifique sua resposta com uma passagem do texto.
7. Observe que, para compor o texto, o resenhista estabelece algumas comparações a fim de justificar seu ponto de vista. Complete o quadro, a seguir, expondo essas comparações a respeito dos temas indicados:
Tema Comparação
Outros diretores
Outros filmes
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Leia esta notícia:
O Senhor dos Anéis é o grande favorito da festa do Oscar
Com 11 indicações, o filme O Senhor dos Anéis: o retorno do rei é o grande favorito da festa do Oscar, uma cerimônia que promete recuperar o brilho perdido nos anos an-teriores. Nada poderá atrapalhar a 76ª edição do Oscar, cujas edições anteriores foram obscurecidas pela guerra no Iraque e os atentados de 11 de setembro, quando os dois primeiros filmes da saga concorriam na categoria Melhor Filme.
“Desta vez (O Senhor dos Anéis) ganhará. Hollywood premiará três anos de bom cinema”, avaliou o especialista Tom O’Neil, para quem o filme levará várias estatuetas, entre elas a de Melhor Filme e Melhor Diretor para o neozelandês Peter Jackson. Se o favoritismo se confirmar, Hollywood recompensará um dos projetos mais arriscados e caros da história do cinema, que compreendeu a filmagem de três longas simultaneamente, com um custo total de 270 milhões de dólares. Será também um reconhecimento a um sucesso de público e crítica, que teve uma arrecadação total de 2,8 bilhões de dólares. (...)”
(HOLLYWOOD, Maria Lorente, 27 fev. Disponível em: <www1.uol.com.br/diversao/senhordosaneis/noticias/>.)
8. Qual é o objetivo dessa notícia?
9. Segundo a notícia, o que fez da trilogia O Senhor dos Anéis um dos projetos mais arriscados e caros da história do cinema?
Texto II
A sátira nua dos Simpsons
Os Simpsons – o filme leva ao cinema o que o fã vê na TV. E por isso mesmo é bom
A família Simpsons está no cinema, assistindo a um longa-me-tragem do desenho Comichão e Coçadinha – uma paródia das velhas perseguições de gato e rato em Tom & Jerry. Homer Simpson – o pater familias americano arquetípico – levanta-se no meio da sessão para protestar. Por que, ele pergunta, as pessoas pagam o ingresso para ver
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um desenho que passa de graça na televisão? A cena que abre Os Simpsons – o filme (Estados Unidos, 2007) é claramente autoirônica. Trata-se, afinal, de uma versão cinematográfica do desenho mais longevo da televisão americana – dezoito temporadas no ar–, que o espectador brasileiro pode ver de graça na Globo. A animação digital está mais caprichada. Mas, no fundo, Os Simpsons – o filme é um episódio mais longo (87 minutos) de Os Simpsons, a série animada televisiva. Por que, então, alguém pagaria para vê-lo? Ora, por isso mesmo: é um episódio longo de Os Simpsons. O que mais se pode querer?
Criado em 1988 pelo cartunista Matt Groening para figurar como atração no programa da humorista Tracey Ullman, Os Simpsons em pouco tempo ocupou seu espaço próprio na grade de programação da Fox, emissora do magnata Rupert Murdoch. Conhecido por seu proselitismo afressivo das bandeiras mais conservadoras do Partido Republicano, Murdoch (que, como outras celebridades, já fez uma participação em um episódio do desenho) rendeu-se ao sucesso do clã formado por Homer, sua mulher, Marge, e os filhos Bart, Lisa e Meg. Desde suas primeiras temporadas, o desenho vem mantendo o tom liberal. O fil-me não foge ao figurino. As causas ambientais do democrata Al Gore estão no centro da trama caracteristicamente doidivanas: enquanto Lisa tenta conscientizar os habitantes de Springfield da poluição do lago da cidade, o desmiolado Homer despeja ali os dejetos de seu porco de estimação, precipitando uma catástrofe ecológica. A situação torna-se tão crítica que o presidente Arnold Schwarzenegger, aconselhado por um assessor inescrupuloso, decide isolar a poluída Springfield, trancando-a dentro de uma cúpula de vidro gigantesca.
Antes de Os Simpsons, Os Flintstones e Os Jetsons já retratavam a classe média ameri-cana com tinta galhofeira. Mas a sátira social de Groening desbravou novos territórios. As famílias dos desenhos anteriores eram relativamente felizes e acomodadas se comparadas aos Simpsons, que convivem de perto com o fracasso e a frustração: Homer submete-se a um emprego que detesta para sustentar os filhos; Marge desejava ter sido artista plástica, mas se contentou com as tarefas da casa, e a medíocre escola pública reprime tanto a inte-ligência sensível de Lisa quanto a inquietude subversiva de Bart. As primeiras temporadas, de um humor quase sombrio, eram mais radicais na exploração dessas insatisfações.
Homer era só um operário medíocre e meio imbecil, e não o aventureiro trapalhão que no filme faz manobras ousadas em uma motocicleta. Até o traço era mais tosco, cheio de arestas. Aos poucos, as formas foram se arredondando, e hoje Homer e sua turma são uma versão punk de Walt Disney – feiosos, mas muito fofinhos. Os Simpsons, enfim, perdeu seu lugar na vanguarda (South Park é mais anárquico). Mas o filme – lon-gamente planejado por Groening e pelo produtor James L. Brooks – prova a vitalidade da família. Os diálogos estão afiados e as gags visuais são impagáveis. A sequência em que Bart cruza Springfield, célebre, sobre seu skate – e sem roupas, com direito a um fugaz nu frontal – é de tirar o fôlego tanto pela agilidade da ação quanto pelas risadas que provoca. Comédias recentes feitas com gente de carne e osso raramente se revelam tão engraçadas – ou inteligentes – quanto Os Simpsons. Vale cada centavo do ingresso.
(TEIXEIRA, Jerônimo. A sátira nua dos Simpsons. Veja, 15 ago. 2007.)
A resenha crítica é um gênero textual do tipo argumentativo, pois menciona os aspectos positivos e negativos do objeto cultural analisado. Com base na afirmativa, responda:
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10. Qual o objeto cultural descrito e analisado no texto lido?
11. Qual é o tema apresentado por esse objeto?
12. Quanto à qualidade apresentada pelo objeto da resenha, a crítica é favorável ou des-favorável? Confirme a resposta com uma frase retirada do texto.
13. No texto, o autor faz uma comparação entre Os Simpsons, Os Flintstones e Os Jetsons, também obras que retratam a família norte-americana. Quanto ao comportamento, o que difere a família Simpsons das famílias Flintstones e Jetsons?
14. O autor da crítica destacou as diferenças entre o seriado da TV e o filme. Cite duas dessas diferenças que justificam o ponto de vista do autor frente à obra resenhada.
15. A crítica lida foi publicada na revista Veja, uma revista de circulação nacional, desti-nada principalmente ao público adulto.
a) A variedade linguística que predomina da resenha em estudo é:
( ) variedade informal, coloquial;
( ) variedade formal, culta.
b) Apesar disso, o texto é acessível a uma pessoa da sua idade? Justifique.
16. De acordo com a resenha, é correto afirmar que a série Os Simpsons, criada em 1988 pelo cartunista Matt Groening, demorou para fazer sucesso e ter espaço próprio na Fox? Justifique.
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17. Você assistiu ao filme ou leu o livro comentado nessa resenha? Por quê?
18. Criticar é analisar, apreciar, examinar, fazer um juízo de valor sobre uma obra, al-guém, costume etc., e não apenas apontar defeitos, maldizer, depreciar, censurar. É importante ler resenhas críticas de filmes, espetáculos e livros antes de assistir a eles ou lê-los? Por quê?
19. Leia esta sinopse:
Homer Simpson tem um novo bicho de estimação: um porco. Devido a um silo perfurado e cheio de fezes, um desastre de grandes proporções acontece em Springfield. Isso faz com que uma multidão sedenta por vingança se reúna diante da casa dos Simpsons, querendo Homer e sua família de qualquer jeito. Eles conseguem escapar, mas a partir de então os Simpsons passam a discutir e se divertir sobre o ocorrido. Paralelamente, o ocorrido chama a atenção do presidente dos Estados Unidos, Arnold Schwarzenegger, e do chefe da Agência de Proteção Ambiental, Russ Cargill, que planeja realizar um plano diabólico para conter o desastre ocorrido. Os Simpsons, criado por Matt Groening, é o desenho animado de maior longevidade na história da TV nos Estados Unidos. Tem, ao todo, dezoito temporadas completas e mais de 383 episódios desde sua estreia em 17 de dezembro de 1989. Surgiu inicialmente em 1987 como uma série de curtas de trinta segundos produzidos por Groening para a série de televisão The Tracey Ullman Show. A reação dos telespectadores foi tão positiva que Os Simpsons evoluiu para um programa, estreando como um especial de Natal de meia hora em 17 de dezembro de 1989, e depois como série regular em 14 de janeiro de 1990. A série foi elogiada pela crítica e ganhou inúmeros prêmios, inclusive um prêmio Peabody, dezessete prêmios Emmy, doze prêmios Annie, três prêmios Genesis, sete prêmios International Monitor e quatro prêmios Environmental Media. Em 14 de janeiro de 2000, a série ganhou uma Estrela na Calçada da Fama em Hollywood. É visto em mais de cem países. Altamente satírico, o seriado critica a sociedade estadunidense como um todo. Tem como alvos principais a classe média e a mediocridade americana.
(Disponível em: <www.cinemacomrapadura.com.br>.)
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a) A sinopse apresentada resume o filme em questão. Qual é, segundo o texto, o conflito central do filme?
b) Tanto a resenha crítica, o texto “A sátira nua dos Simpsons”, quanto a sinopse do filme afirmam tratar-se de uma obra satírica.
O que se entende por sátira?
O que, segundo os dois textos, está sendo satirizado no filme?
Explique o sentido da expressão destacada: “é o desenho animado de maior longevidade”.
20. Para que um texto seja coerente estruturalmente é indispensável que apresente ele-mentos repetitivos; a repetição, porém, pode ser um problema da expressão escrita. Um dos processos para evitar a repetição é a substituição por um termo equivalente. Que termos gerais podem substituir as palavras a seguir?
a) martelo
b) liquidificador
c) ouro
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d) sala
e) comédia
f) greve
g) automóveis
h) morte
i) funcionários
j) ingressos
k) time
l) cachoeiras
21. Leia o texto a seguir:
Os ministros do governo Lula deslocar-se-ão no final de semana para o coração do Nordeste pobre e seco. Eles vão com um deputado local, o governador do estado de Recife, onde verão o retrato de uma realidade da qual nenhum cidadão do Sul ou Sudeste têm a mínima ideia.
a) Que vocábulo do texto repete o termo ministros?
b) Que vocábulo do texto repete deslocar-se-ão?
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22. Leia o texto:
Animação gótica para crianças e adultos, do diretor Tim Burton, tem roteiro inspirado num conto do folclore russo, que narra o triângulo amoroso entre um homem, uma mulher e ... O conto original, baseado em fatos verídicos, aborda o antissemitismo no Leste Europeu do século XIX. Pretensamente poético, o longa conta com um visual caprichado, em “movimento parado”, uma combinação de técnicas novas e antigas, que torna o filme, ao mesmo tempo, orgânico e “modernoso”.
(GODOY, Omar. Gazeta do Povo. 21 out. 2005. Caderno G. p. 1. Adaptado.)
A que filme se refere o trecho dessa resenha?
Leia a ficha técnica a seguir, que servirá de base para a sua produção de texto:
Ficha técnica Superman – o retorno
Gênero: Aventura
Duração: 153 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 30 de junho de 2006
Estréia - Brasil: 14 de julho de 2006
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Michael Dougherty, Dan Harris
Produção: Jon Peters, Gilbert Adler
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Última atualização: 6 de agosto de 2006
Sinopse: Após os acontecimentos dos dois primeiros filmes da série, o Homem de Aço retorna à Terra depois de uma misteriosa ausência de seis anos, na aventura Superman Returns, o excitante e aguardado novo capítulo na saga de um dos mais amados super-heróis do mundo. Enquanto um antigo inimigo planeja uma maneira de destruir seus poderes de uma vez por todas, o Super-Homem tem que encarar uma triste realidade: a mulher que ele ama, Lois Lane, seguiu com sua vida. Ou será que não? Esse retorno amargo o desafia a tentar uma reaproximação enquanto precisa buscar seu lugar numa sociedade que aprendeu a viver sem ele. Numa tentativa de proteger o mundo que adora cataclisma, o Super-Homem embarcará numa jornada de redenção que o levará das profundezas do oceano aos mais longínquos confins do espaço sideral. Diversos nomes foram cotados para assumir o papel do herói, entre eles, nomes como Jim Caviezel, Brendan Fraser, Ashton Kutcher, Josh Hartnett, Paul Walker e David Boreanaz. Mas por escolha do próprio diretor Bryan Singer, o papel ficou com o desconhecido ator Brandon Routh, que antes havia feito apenas pequenas participações em séries de TV. Superman Returns possui um orçamento de nada menos que 260 milhões de dólares.
(Disponível em: <http://cinemacomrapadura.com.br/filmes>. Acesso em: 8 out. 2007.)
Com base nos dados da ficha técnica e em conhecimentos sobre cinema, escreva uma resenha sobre o filme Superman - o retorno.
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Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
No maravilhoso espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti...
(QUINTANA, Mario. Nariz de Vidro.São Paulo: Moderna, 1984.)
poesia é um dos gêneros literários mais impor-tantes na história dos povos, pois possibilita a
exteriorização de significados interiores, que em outro gênero não seria possível transmitir. E, para construir um texto poético, o poeta usa inúmeros recursos, en-tre eles a métrica, a rima e o ritmo.
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Estudo do verso
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A arte de compor versos: versificação
O poema é uma obra literária apresentada geralmente em verso, uma composição poéti-ca de certa extensão, com enredo.
O procedimento de compor um texto em versos é chamado de versificação.
As principais características de um texto em verso são:
verso: cada linha do poema;
ritmo: cadência musical do verso;
métrica: técnica de medir o número de sílabas do verso;
rima: recurso musical.
Mas o que é verso?O verso é uma sucessão de sílabas ou fonemas que formam uma unidade rítmica e meló-
dica correspondente a uma linha do poema.
Ex.: “Atirei um limão doce
Na janela de meu bem: VERSO (linha poética)
Quando as mulheres não amam,
Que sono as mulheres têm!”
(BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.)
De acordo com o número de versos que apresentam, as estrofes recebem as seguintes denominações:
Dístico – dois versos
Terceto – três versos
Quadra ou quarteto – quatro versos
Quintilha – cinco versos
Sextilha ou sexteto – seis versos
E o ritmo?É a marcação melódica que nasce da alternância entre sílabas pronunciadas com maior e
com menor intensidade. O ritmo (a musicalidade) é o que permite a memorização do texto.
Ex.: “Tu, ontem
Na dança
Que cansa,...”(Casimiro de Abreu)
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A métrica
É a medida das sílabas que formam cada verso, ou seja, o número de sílabas poéticas apresentadas pelos versos. A divisão em sílabas poéticas se baseia na forma como a poesia é falada ou declamada, por isso é diferente da contagem de sílaba gramatical.
Compare a divisão silábica gramatical com a divisão silábica poética dos versos:
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.” (Gonçalves Dias)
Sílabas gramaticais Sílabas poéticas
Mi-nha ter-ra tem pal-mei-ras,On-de can-ta o Sa-bi-á...
Mi/ nha / ter/ ra/ tem / pal / mei / rasOn/ de / can/ ta o/ sa / bi / á
Em cada verso há oito sílabas gramaticais, mas também em cada verso há sete sílabas poéticas.
Há uma diferença entre o número de síla bas gramaticais e o de sílabas poéticas, porque estas se contam auditivamente, pelo ritmo.
A técnica de medir (dividir e contar) o número de síla bas poéticas é chamada metrifica-ção ou escansão.
Em cada verso, devemos contar ape nas até a última sílaba tônica. As sílabas átonas do fim do verso não têm valor de sílaba poética. Exemplo:
Eu quero fazer um poema. paroxítona
Rachado e sentimental. oxítona
Como as bandas de música. proparoxítona
De meu país natal. oxítona
De acordo com a quantidade de sílabas poéticas, dá-se um nome à palavra.
1 (monossílabo)
2 (dissílabo)
3 (trissílabo)
4 (tetrassílabo)
5 (pentassílabo)
6 (hexassílabo)
7 (heptassílabo)
8 (octossílabo)
9 (eneassílabo)
10 (decassílabo)
11 (hendecassílabo)
12 (dodecassílabo)
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Agora, leia o poema abaixo:
Sobre a ambição
/Só/
/de / pó/
/Deus/o/fez/
/mas/e/le, em/vez/
/de/se/con/for/mar,/
/quis/ser/sol,/quis/ser/mar,/
/e/ser/céu/. Ser/tu/do, en/fim!/
/Mas/na/da/pô/de! E/foi/as/sim/
/que/se/pôs/a/cho/rar/de/furor.../
/Mas/-ah!/ - foi/so/bre a/su/a/pró/pria/dor/
/que as/lá/gri/mas/tris/tes/ro/la/ram/E o/pó/
/mo/lha/do,/fi/cou/sen/do/lo/do – e/lo/do/só !/
(ALMEIDA, Guilherme de. Meus versos mais queridos. São Paulo: Ediouro, 1984.)
Esse poema é formado de 12 versos, sendo que se inicia com um verso de uma sílaba e vai ampliando a metrificação, até terminar com um verso de 12 sílabas. Cada verso, de pendendo do número de sílabas poéticas, recebe um nome especial.
Assim, de acordo com o número de sílabas poéticas, os versos classificam-se em:
Sílabas poéticas Tipos de versos
1 monossílabo
2 dissílabo
3 trissílabo
4 tetrassílabo
5 pentassílabo ou redondilha menor
6 hexassílabo
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7 Heptassílabo ou redondilha maior
8 octossílabo
9 eneassílabo
10 decassílabo ou heroico
11 hendecassílabo
12 dodecassílabo ou alexandrino
mais de 12 sílabas bárbaro
sem medida padronizada versos livres
Agora, leia este outro poema:
Poemas de amiga
Gosto de estar ao teu lado,
Sem brilho.
Tua presença é uma carne de peixe,
De resistência mansa e de um branco
Ecoando azuis profundos.
Eu tenho liberdade em ti.
Anoiteço feito um bairro.
Sem brilho algum.
Estamos no interior duma asa
Que fechou.
(ANDRADE, Mário de. Poemas. São Paulo: Global, 1998.)
O poema acima é formado de dez versos, reunidos em três grupos, assim distribuídos:
1.° grupo: 5 versos;
2.° grupo: 3 versos;
3.° grupo: 2 versos.
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Cada um desses grupos de versos chama-se estrofe.
A Rima
Rima é o recurso musical baseado na semelhança sonora das palavras no final dos versos (rima externa) e, às vezes, no interior do verso (rima interna).
“Pálida, à luz da lâmpada sombria, (a)
Sobre o leito de flores reclinada, (b)
Como a lua por noite embalsamada, (b)
Entre as nuvens do amor ela dormia”. (a)(Álvares de Azevedo)
A palavra sombria, marcada com a letra (a), termina com o mesmo som da palavra dormia (a). A palavra reclinada, marcada com a letra (b), termina com o mesmo som da palavra em-balsamada (b). A essa igualdade ou semelhan ça de sons entre as palavras no fim de cada verso denomi namos rima. Assim, sombria rima com dormia e reclinada rima com embalsamada.
Mas há uma classificação das rimas.
Quanto à disposição da estrofe, as rimas podem ser:
1. emparelhadas (ou paralelas) – São as que se sucedem duas a duas (esquema AABB...);
“Estava de ouro na janela o poente: (a)
e cerrei a janela calmamente; (a)
no meu cigarro havia um céu inteiro: (b)
e deixei-o apagar-se no cinzeiro; (b)
o romance que eu lia era o mais lindo: (c)
e marquei minha página, sorrindo.” (c)(Guilherme de Almeida)
2. alternadas (ou cruzadas) – As rimas se alternam (esquema ABAB);
“Na névoa da manhã, tranquila e suave (a)
Vieste do fundo incerto do passado; (b)
Ainda tinhas o mesmo passo da ave (a)
e o mesmo olhar magoado...” (b)(Ronald de Carvalho)
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3. opostas (ou interpoladas) – As rimas se opõem (esquema ABBA).
“Vai-se a primeira pomba despertada. (a)
Vai-se outra mais...Mais outra...e enfim dezenas (b)
De pombas vão-se dos pombais apenas (b)
Raia, sangüínea e fresca, a madrugada.” (a)(Raimundo Correia)
Leia os poemas atentamente e complete a questão solicitada:
I. II.
Lápide 2
epitáfio para a alma
aqui jaz um artista
mestre em disfarces
viver
com a intensidade da arte
levou-o ao infarte
deus tenha pena
dos seus disfarces
(Paulo Leminski)
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
[...]
(Fernando Pessoa)
Compare os dois textos, apontando semelhanças e diferenças na estrutura e na forma.
Solução:
O texto de Leminski é escrito em versos livres, apresentando rimas irregulares. A estro-fe do poema de Pessoa traz versos de sete sílabas (redondilhas maiores) e apresenta rimas alternadas (ABAB). Se diferenciam quanto à forma, e os dois poetas se aproxi-mam quanto ao tema abordado – o poeta, a personagem, embora em tom diferente: o primeiro é irônico; o segundo é mais grave ainda.
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Leia o poema abaixo:
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(BANDEIRA, Manuel. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.)
1. De quantos versos e de quantas estrofes é formado o poema?
2. Divida a segunda estrofe em sílabas poéticas.
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3. Há rima neste poema?
4. Qual a denúncia social presente no poema?
Leia o poema antes de responder às questões:
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– Não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
(MEIRELES, Cecília. Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1974.)
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5. De quantos versos e de quantas estrofes é for mado o poema?
Parodiar um texto é imitar, recriar uma obra. Muitos poemas já foram parodiados. Veja:
Elegância
Pisando em violetas,
A vaca avança.
Que elegância!
Fujio (Japão) Ciber-Fujio
Ciber-Fujio
Na tela do monitor
O hipertexto avança:
Que elegância!
Sergio Caparelli (Brasil)
6. Os dois poemas apresentam a mesma forma. O título do poema de Sergio Caparelli já demostra que se trata de uma paródia: faz menção ao nome de Fujio. A temática é diferente, mas os dois utilizam o mesmo verso final – Que elegância! A paródia pode ter um tom irônico, crítico ou cômico.
Agora é a sua vez. Que tal parodiar o poema Motivo, de Cecília Meireles?
Tente manter a mesma quantidade de versos e estrofes.
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Leia o texto e responda ao que se pede:
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia.
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Quadrilha. In: Alguma poesia. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 79.)
7. Podemos dizer que a busca do encontro, de se emparelhar, é uma ideia forte do poe-ma? Explique sua resposta.
8. E o desencontro? Também pode ser considerado uma ideia forte do poema? Por quê?
9. Podemos dizer que Estados Unidos, convento, desastre, tia e suicídio são pala-vras que lembram a mesma ideia no texto? Qual?
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10. Como você interpreta o fato de Lili (“que não amava ninguém”) ter sido a única que acabou casando?
Leia:
Para onde é que vão os meus versos
Para onde é que vão os versos
Que às vezes passam por mim
Como pássaros libertos?
Deixo-os passar sem captura,
Vejo-os seguirem pelo ar
— um outro ar, de outros jardins...
Aonde irão? A que criaturas
Se destinam, que os alcançam
Para os possuir e amestrar?
De onde vêm? Quem os projeta
Como translúcidas setas
E eu, por que os deixo passar,
Como alheias esperanças?
(Cecília Meireles. Poesia Completa: poemas II. São Paulo: Nova Fronteira, S.d.)
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11. De quantos versos é composto o poema?
12. De quantas estrofes é composto o poema?
13. Separe o primeiro verso em sílabas poéticas?
14. Classifique o primeiro verso quanto ao número de sílabas poéticas.
15. Classifique as estrofes quanto ao número de versos.
16. Identifique e classifique as rimas nesta estrofe:
“Para onde é que vão os versos ( A)
Que às vezes passam por mim
Como pássaros libertos?” ( A )
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Leia o poema e resolva as questões propostas:
Dois e dois: quatroRaul Seixas
Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena.
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
como é azul o oceano
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás do terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
— sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
17. Quantas estrofes e quantos versos há no poema?
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18. Quais são os pares de rimas que existem no poema?
19. Que tipo de rima o poeta empregou na primeira estrofe?
20. No poema, o poeta apresenta duas dificuldades da vida. Quais são elas? Qual a relação possível de se estabelecer entre elas? Copie os versos que deixam clara essa idéia.
21. Nos versos seguintes o poeta expressa uma idéia em oposição às dificuldades da vida. Qual é essa ideia?
22. Antítese é a figura de linguagem que consiste no emprego de palavras com sentidos opostos. Identifique no poema dois versos em que essa figura se faz presente. Copie-os.
23. Assinale a alternativa correta.
Por todo o poema há um sentimento predominante, que é:
( ) a incerteza; ( ) a angústia; ( ) o otimismo.
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Justificativa:
24. O poeta tem algumas certezas que reforçam a ideia de que vale a pena viver. Quais são elas?
25 Podemos afirmar que o poeta valoriza a vida por considerá-la perfeita e ideal? Justifique.
26. No poema, afirma-se que a liberdade é pequena. Você concorda com essa afirmativa? Justifique.
27. Para o poeta tantas coisas valem a pena. E, para você, o que realmente vale a pena?
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A semântica é a parte da gramática que estuda o sentido das palavras de uma língua. Faz parte da semântica o estudo da antonímia. Mas o que é antonímia?
28. Leia os versos:
Eu nasci há 10 mil anosRaul Seixas
Os números
[...]
Sonhei com um bando de número invadindo o meu sertão
E de tanta coincidência que eu fiz essa canção
[...]
Dois
E no dois o homem lucra entre coisas diferentes,
Bem e ____, amor e ______, preto e _____, bicho e _____
Rico e _____, claro , _____ , noite e _____ , corpo e ____
[...]
Pra encerrar
Eu falei de tanto número, talvez esqueci algum,
[...]
Quem souber que conte outra, ou que fique sem nenhum.
a) Qual o significado do termo: “um bando de número”?
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b) Você certamente observou que foram omitidos alguns termos do texto. Caberá a você, de acordo com o contexto, indicar quais termos de sentido contrário comple-tariam corretamente as lacunas.
29. Substitua as palavras destacadas por outra de sentido contrário. Faça as alterações necessárias:
a) Os preços altos afastaram os clientes das lojas.
b) Como era uma pessoa sensível, suas opiniões sobre arte sempre foram consideradas.
c) A medida adotada era benéfica a todos os empregados, por isso permaneceriam na empresa.
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30. O escritor inglês Lewis Carrol (1832-1898), autor de Aventuras de Alice no País das Maravilhas, criou um jogo chamado doublete. Veja um exemplo:
TUDO
TODO
LODO
LADO
NADO
NADA
a) A partir do que você observou, explique como é formado um doublete.
b) Tente criar DOUBLETES para os seguintes pares de antônimos. Apresente-os à turma.
BEM/MAL LONGE/PERTO FOGO/GELO
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Leia estes versos, eles servirão de referência para o seu texto.
Meus oito anosCasimiro de Abreu
Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
[...]
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh ! dias da minha infância!
Oh ! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
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E beijos de minha irmã!
[...]
Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! .
Você sente saudade? Do que você tem saudade?
Escreva um texto dissertativo ou poético respondendo a essas questões. Procure dar um título expressivo e trabalhar com ideias opostas, antônimos.
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EF_POR.113
ALUNO: TURMA: DATA:
TÍTULO:
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6
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