leon denis congresso.indb 3 06/11 ... - ALLAN KARDEC EDITORA · ta Allan Kardec, não nos cansamos...

leon_denis_congresso.indb 3 06/11/2007 16:20:43

Léon Denis e o Congresso espírita internaCionaL De paris

(6 a 13 De setembro De 1925)

Campinas – sp2007

organizaDora

Daisy Jurgensen maChaDo

traDução De

aniDerCi roDrigues azzen


SumáApresentação .....................................................XILéon Denis e o Congresso de 1925 ................ XVCongresso Espírita Internacional – Paris 1925 – .................................................1Prefácio ...............................................................3Introdução ..........................................................7Comissão de Organização do Congresso .........11Relação dos Delegados Presentes no Congresso ................................................13Federação Espírita Internacional ...................... 17Discurso do Senhor George Berry ...................19Discurso do Sr. Forthuny Inauguração da Exposição Espírita .............27


Exposição Espírita .............................................33Discurso do Senhor Léon Denis ......................39Discurso do Senhor Gabriel Delanne ..............49Biografia de Gabriel Delanne ...........................59Discurso do Senhor Conan Doyle ...................63Biografia de Arthur Conan Doyle ....................69Palavra de Léon Denis ......................................75A História do Desenvolvimento do

Espiritismo em Tours ..................................85Discurso de Encerramento do Senhor Léon Denis ....................................105

rio


Apresentação

O ano de 2007 marca os 80 anos da desencarna-ção de Léon Denis, o “apóstolo do Espiritismo”, como ficou conhecido por seu gigantesco trabalho de divul-gação da doutrina codificada por Allan Kardec.

Autor de várias obras de destaque que o imortali-zaram e lhe assinalaram o espírito lúcido, Léon Denis não precisaria de nós mais nenhum reconhecimento. O mundo já o reverencia de coração e mente, ao ler em suas páginas lições imortais de humanidade, não só a restri-ta ao plano físico, mas principalmente a que desvenda o ser humano como espírito imortal, desdobrando-se infinitamente no suceder das encarnações e planos, confirmando, inclusive, as palavras de Jesus, quando afirmava que na Casa do Pai há muitas moradas...

Mesmo assim, nós, da direção do Centro Espíri-ta Allan Kardec, não nos cansamos de agradecer pela


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oportunidade de aprendizado legada por Léon De-nis. Atualmente, muitas de suas obras são publicadas e republicadas, confirmando que o seu pensamento permanece um farol para as novas gerações.

Imbuídos deste sentimento e, considerando que nunca é demais trazer a lume novas informações, gostaríamos de oferecer a você, caro leitor, uma rara oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Léon Denis e sua obra.

Como “apóstolo do Espiritismo”, Léon Denis se emprenhou, além da literatura, nos grandes encon-tros realizados na Europa, tendo participado de al-guns memoráveis congressos espíritas entre o fim do século XIX e no primeiro quartel do século XX.

Neste livro, recolhemos os discursos proferidos por Léon Denis no Congresso Espírita Internacional de 1925, realizado de 6 a 13 de setembro de 1925, em Paris. Foi o último evento de que o venerando mes-tre participou, tendo sido o seu presidente de honra. Outros discursos de eminentes personalidades parti-cipantes também foram recolhidos, e formam, nes-ta obra, que tem a singela pretensão de resgatar um momento histórico importante do Espiritismo, um mosaico de excertos literários.

Gabriel Delanne, Sir Arthur Conan Doyle, George Berry, André Rippert, Oliver Lodge e Jean


apresentação Xiii

Meyer, entre outros, compuseram o quadro de ilus-tres participantes do congresso, sediado na Casa dos Espíritas, em Paris. Representantes de diversos paí-ses de todos os cantos do mundo estiveram presentes no congresso, que teve, em seu programa de traba-lhos, estudos filosóficos e científicos do Espiritismo sobre: telepatia, levitação, ação curativa com ou sem contato direto, deslocamento de objetos, fenômenos luminosos, clarividência, psicometria, premonição, manifestações espontâneas, métodos e aparelhos em-pregados ao magnetismo, aparições, ação da prece, da música e até da melhor forma de iluminação dos recintos, psicografias inspiradas e diretas, materializa-ção, ectoplasma, ideoplasma, existência e ação do pe-rispírito, orientação dos estudos espíritas, estudo das reencarnações como fonte de entendimento das de-sigualdades sociais, propaganda espírita (publicações periódicas, jornais, literatura, teatro, conferências e instituições espíritas) e, por último, uma exposição de arte espírita com fotografias do pensamento e da força psíquica, fotografias de duplos e de espíritos, quadros mediúnicos e composições musicais.

O livro original Congrès Spirite International – Compte Rendu, publicado em Paris em 1927, serviu de base para o nosso trabalho. Acreditamos, inicialmen-te, que de todos os textos constantes da obra, os mais interessantes, como fonte histórica, que vêm reforçar nossa fé e ampliar nosso conhecimento, eram os dis-cursos proferidos, dos quais Léon Denis ocupa lugar


XiV Léon Denis e o Congresso espírita internaCionaL De paris

de destaque. Nossa companheira Aniderci Rodrigues Azzen se incumbiu da tradução dos textos originais dos discursos.

Não abandonamos de todo, porém, a idéia de, futuramente, aproveitar os demais trabalhos apre-sentados no congresso. Muitos deles, na verdade, guardam valor histórico sem preço, especialmente por terem trazido importantes informações, se não inéditas, muito reveladoras, num período de grandes abalos sociopoliticoculturais numa Europa encrava-da entre duas Guerras Mundiais.

A direção


Léon Denis e o Congresso de 1925

A publicação destas notícias sobre o famoso e inolvidável Congresso Espírita Internacional de 1925, em Paris, o último assistido por Léon Denis, porta o significado de uma singela homenagem a uma das figuras mais importantes do Espiritismo, considerado, com muita justiça, o sucessor de Allan Kardec e o consolidador do Espiritismo na Europa de seu tempo.

— * —

Léon Denis nasceu em 1o de janeiro de 1846, na Lorena, aldeia de Joanna D’Arc. Filho de modesto funcionário público, Joseph Denis, teve na infância, como mestras exclusivas, a necessidade, a adversida-de e as dores, aliviadas pelo amor de sua mãe, Ana Lúcia Denis.


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Durante seu desenvolvimento, muitas oportunida-des teve de corromper-se, em companhia dos que cons-tituíam seu ambiente natural, como conseqüência da própria vida que o destino lhe impusera. Seu espírito, todavia, era portador de, já, imensa realização e, atra-vessando vitoriosamente a juventude, entrou na fase adulta incólume, puro, honesto, trabalhador, bom.

Não possuindo recursos para freqüentar esco-las, tornou-se autodidata por imperativo espiritual, pois sua sede de conhecimentos não tinha limites: desde jovem atirava-se a todos os livros que encon-trava e, mais tarde, após percorrer as ciências huma-nas, encontrou na filosofia a sua grande inclinação e a própria revelação de sua estupenda capacidade de perceber. Conseguia, desde logo, transmitir o mais profundo conhecimento filosófico sob a moldura de uma simplicidade bela e humana, que atraía a imediata compreensão popular. E essa foi a grande norma do filósofo: escrever para reformar. Por isso seu estilo é tão humano, direto, lúcido, poético; seu trabalho, confortador, reformador, cristão.

Desde o seu primeiro livro escreveu com o pen-samento voltado para todos os sofredores, especial-mente para a plebe que ele tanto amou: “É sobretudo para vós, homens e mulheres do povo, trabalhadores para os quais a estrada é áspera, a existência difícil, o céu mais negro, o vento da adversidade mais frio; é para vós que este livro foi escrito... Provando-vos que


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