LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA · 2019. 1. 31. · Catalogação de Publicação na Fonte....
Transcript of LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA · 2019. 1. 31. · Catalogação de Publicação na Fonte....
-
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CSS
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA
EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR
CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
NATAL/RN
2017
-
LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA
EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR
CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao curso de graduação
de Odontologia da UFRN como
parte integrante dos requisitos para
obtenção de grau de cirurgião-
dentista.
Orientadora: Profª Drª Patrícia dos
Santos Calderon.
NATAL/RN
2017
-
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - -
Departamento de Odontologia
Silva, Leonardo Florentino Grangeiro da. Efetividade do aconselhamento no gerenciamento da dor crônica
em pacientes com disfunções temporomandibulares / Leonardo Florentino Grangeiro da Silva. - 2017.
34 f.: il.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências
da Saúde, Graduação em Odontologia, Natal, RN, 2017.
Orientador: Patrícia dos Santos Calderon.
Coorientador: Ana Luísa de Barros Pascoal.
1. Transtornos da Articulação Temporomandibular - Trabalho de
Conclusão de Curso. 2. Aconselhamento - Trabalho de Conclusão de
Curso. 3. Dor orofacial - Trabalho de Conclusão de Curso. I.
Calderon, Patrícia dos Santos. II. Pascoal, Ana Luísa de Barros.
III. Título.
RN/UF/BSO BLACK D131
-
LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA
EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR
CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação de Odontologia
da UFRN como parte integrante dos requisitos para obtenção de grau
de cirurgião-dentista.
Aprovado em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Profª. Drª. Patrícia dos Santos Calderon
Departamento de Odontologia – UFRN
Orientadora
_____________________________________
Profº. Dr. Rodrigo Othavio de Assunção e Souza
Departamento de Odontologia – UFRN
_____________________________________
Profª. Ma. Ana Clara Soares Paiva Tôrres
Departamento de Odontologia – UERN/CAICÓ
-
EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR
CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Effectiveness of counseling on chronic pain management in patients with temporomandibular disorders.
Leonardo Florentino Grangeiro da Silvaa,
Ana Luísa de Barros Pascoala
Rodrigo Falcão Carvalho Porto de Freitasa
Patrícia dos Santos Calderona .
aDepartamento de Odontologia, UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal, RN, Brasil
Autor para correspondência:
Patrícia dos Santos Calderon
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Departamento de Odontologia
Avenida Senador Salgado Filho, 1757, Lagoa Nova, Natal-RN
CEP: 59056-000
Email: [email protected]
Fone: 55 (84) 3215-4138
E-mail dos autores:
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
-
Aos meus pais,
pelo amor incondicional e apoio constante,
e por contribuírem para a conquista de mais um objetivo.
-
AGRADECIMENTOS
À Deus, por iluminar meu caminho e permitir que eu siga em frente.
Aos meus pais, Edilene e Elionaldo, e meu irmão, Lucas, pelo apoio, pela compreensão e por fazerem com que eu acredite sempre em mim.
Aos meus filhos, Leonardo Lucca, Vitória Sofia e Bárbara, vocês são o meu maior tesouro, a razão da minha vida e do amor que carrego dentro do coração.
À minha orientadora, Profª Drª Patrícia Calderon, pelas orientações, pelos ensinamentos, pela paciência, por me passar sempre tanta tranquilidade e pela
confiança na condução desta pesquisa.
À minha co-orientadora Ma Ana Luísa, por estar sempre disposta a me ajudar, por toda dedicação e compromisso com as pacientes e por responder meus e-mails
prontamente, até mesmo nos finais de semana e feriados! Não sei o teria sido de mim sem você!
A todos os professores da Graduação, por transformarem as aulas num processo ensino-aprendizado prazeroso para construção do conhecimento na área da
Odontologia.
Aos meus colegas de faculdade, José Victor, Gileno Wágner, João Lucas e Henrique Galvão pela amizade construída ao longo do curso e por compartilharem das mesmas
angústias e inseguranças, junto com as alegrias e diversões nas salas de aula.
Ao meu amigo e dupla na clínica, Tácio Moreira por sua amizade e companheirismo, pela gentileza em ajudar e por todos os momentos que compartilhamos juntos.
-
“A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido. ”
Confúcio
-
RESUMO
Objetivo: avaliar a efetividade do aconselhamento sobre a intensidade de dor e a
qualidade de vida em pacientes com Disfunção Temporomandibular (DTM).
Métodos: Cinquenta pacientes diagnosticados pelo RDC/TMD como portadores
de DTM foram divididos em dois grupos, o grupo I consistiu em um grupo de
controle de lista de espera e o grupo II foi o grupo experimental no qual os
pacientes receberam terapia de aconselhamento. Todos os pacientes foram
acompanhados em retornos de 7, 15, 30 e 60 dias após o baseline. Em cada
sessão, os pacientes foram avaliados a respeito do nível de dor por meio de uma
Escala Visual Analógica (EVA). Para a análise do impacto da dor na qualidade de
vida, foi utilizado o questionário OHIP-14, sendo aplicado no baseline, 30 e 60
dias. A análise estatística foi realizada pelo teste de SPANOVA – Split-plot ANOVA
design, com pós-testes executados por meio do teste-t de Student para amostras
independentes e teste-t de Student para amostras dependentes, adotando nível
significância inferior a 5% (p
-
ABSTRACT
Objective: Evaluate the effectiveness of counseling on pain intensity and quality
of life in patients with Temporomandibular Dysfunction (TMD). Methods: Fifty
patients diagnosed by RDC/ TMD with TMD were divided into two groups, group I
consisted of a waiting list control group and the experimental group II, patients who
received counseling therapy. All patients were followed up for 7, 15, 30 and 60
days after the baseline. At each session, patients were assessed for pain level
using a Visual Analogue Scale (VAS). For the analysis of the impact of pain on
quality of life, the OHIP-14 questionnaire was used, during the baseline, 30 and 60
days. Statistical analysis was performed using the SPANOVA - Split-plot ANOVA
design, with post-tests performed using Student's t-test for independent samples
and Student's t-test for dependent samples, adopting a significance level below
5% (p
-
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 11
MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................ 12
RESULTADOS .......................................................................................................................... 14
DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 19
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 23
ANEXO ....................................................................................................................................... 26
-
11
INTRODUÇÃO
A etiologia das Disfunções temporomandibulares (DTM) é multifatorial,
podendo estar associada a fatores que vão desde desequilíbrios posturais e
hábitos parafuncionais orais à alterações psicossociais e de comportamento.1
Devido a essa etiologia e as diferentes estruturas orais que podem ser afetadas
(músculos, articulação), o tratamento da DTM não pode ser padronizado.
Diversos tipos de tratamento são encontrados na literatura, sendo eles
conservadores ou invasivos.2 As terapias invasivas promovem mudanças
oclusais irreversíveis, como como o ajuste oclusal por desgaste seletivo,
ortopedia funcional, cirurgia ortognática, dentre outras. Como métodos
conservadores a literatura cita o aconselhamento, uso de placa interoclusais,
utilização de fármacos e terapias físicas.3
Alguns autores mostram que as terapias reversíveis são preferíveis às
mais agressivas, uma vez que os sinais e sintomas das DTM podem ser
controlados de maneira efetiva com tratamentos conservadores.3,4
Dentre os métodos conservadores encontra-se o aconselhamento. Tal
tratamento, consiste na educação acerca das possíveis causas etiológicas, da
condição atual do paciente e de hábitos posturais e comportamentais.2 Além
disso, essa terapia aproxima o profissional do paciente, esclarecendo
diagnósticos diferenciais, o que ajuda a reduzir medo, estresse e ansiedade.5 De
acordo com a Trinidade e Teixeira 2000,6 o aconselhamento visa facilitar a
adaptação mais satisfatória do sujeito à situação atual, melhorando os recursos
pessoais de autoconhecimento, autocuidado e autonomia. Como resultado, o
aconselhamento procura fornecer elementos de desenvolvimento pessoal,
permitindo ao indivíduo mudar atitudes, comportamento ou percepção de uma
determinada situação problemática, facilitando as decisões mais apropriadas
entre as opções disponíveis em qualquer momento.7
Em uma revisão sistemática publicada em 2013, Freitas et al.8
encontraram que o aconselhamento foi capaz de reduzir a sensibilidade
muscular à palpação, além da abertura máxima bucal, com resultados
semelhantes à tratamentos realizados com dispositivo interoclusais. Apesar
disso, ainda são encontrados poucos ensaios clínicos controlados sobre o
-
12
assunto e as metodologias aplicadas são muito variadas o que dificulta a
comparação dos resultados das pesquisas.
Com base nas informações acima, o objetivo deste trabalho foi avaliar a
efetividade do aconselhamento como tratamento da DTM na melhora da
intensidade de dor e da qualidade de vida dos pacientes.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado um estudo clínico controlado no Departamento de
Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Este
trabalho foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa da UFRN sob o parecer
504/2011 (ANEXO A). A amostra consistiu em 50 pacientes randomizados em
bloco em dois grupos: controle (GI) e experimental (GII).
Para os critérios de inclusão, foram considerados elegíveis pacientes do
sexo feminino, que apresentaram diagnóstico positivo para DTM através do
Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD)
(ANEXO B). Além disso, deveriam apresentar dor orofacial persistente há pelo
menos uma semana de intensidade mínima moderada registrada na Escala
Visual Analógica (EVA) de dor (ANEXO C). Como critérios de exclusão foram
considerados: tratamento para DTM em curso, tratamento ortodôntico em
andamento, uso diário de analgésicos, antidepressivo ou relaxante muscular e
histórico de radioterapia na região de cabeça e pescoço.
A intensidade da dor do paciente, foi avaliada por meio de escala de
análise visual de 100mm. A dor "moderada" foi definida como um valor de 40mm
até 60mm, acima disso, dor severa.
Para registrar o impacto causado pela DTM na qualidade de vida dos
pacientes, o questionário Oral Health ImpactProfile – short form (OHIP-14)9
(ANEXO D) foi empregado. O questionário utilizado foi o modificado, de acordo
com Vieira 2003,10 substituindo as palavras "seus dentes e próteses" por "sua
articulação".
Os pacientes do grupo experimental receberam aconselhamento e foram
informados sobre sua condição e possíveis fatores etiológicos que contribuíram
para a patologia. Eles também foram educados sobre a posição de repouso
postural da mandíbula e instruídos a realizar mastigação bilateral e não
-
13
sobrecarregar a articulação temporomandibular e os músculos mastigatórios.
Técnicas para aliviar a dor e a tensão foram ensinadas a corrigir hábitos
posturais, alimentos e irregularidades do sono. Os pacientes receberam
instruções escritas (ANEXO E) para referência futura, como forma de reforçar as
informações fornecidas durante a consulta inicial. Em retornos subsequentes aos
7, 15, 30 e 60 dias de seguimento, as instruções foram repassadas e os
pacientes foram perguntados se haviam detectado quaisquer hábitos
relacionados ao início e manutenção de sintomas dolorosos de DTM, como
forma de destacar ainda mais a associação entre a presença desses
comportamentos nocivos e os sinais e sintomas de degradação das DTM.
O grupo controle foi formado por pacientes da lista de espera por
atendimento. Esses pacientes também foram diagnosticados como portadores
de DTM por meio do RDC/TMD. Os pacientes que fossem chamados para iniciar
o tratamento, foram automaticamente desligados da pesquisa.
Todos os pacientes responderam o OHIP-14 e a EVA de dor, no baseline.
No controle de 7 dias, todos os pacientes preencheram a EVA de dor. Nos
controles de 15 e 30 dias, todos os pacientes responderam o OHIP-14 e a EVA
de dor. E no controle de 60 dias, os pacientes foram submetidos ao RDC/TMD
além de responder ao OHIP-14 e a EVA de dor.
Devido à distribuição normal dos dados e ao teste de esfericidade
(Mauchly´s Test: p=0,468), apesar de não se observar homogeneidade das
intercorrelações (M de Box: p= 0,01), o teste de SPANOVA – Split-plot ANOVA
design foi realizado. Como pós-testes, foram executados o teste-t de Student
para amostras independentes e o teste-t de Student para amostras dependentes.
Todos os resultados foram considerados significativos em p
-
14
RESULTADOS
A amostra foi constituída de 50 pacientes com DTM, composta
exclusivamente por pessoas do sexo feminino, sendo 24 alocados para o Grupo
I (Controle) e 26 para o Grupo II (Grupo aconselhamento). Durante o curso do
tratamento, 6 (11,5%) participantes do Grupo I e 3 (12,5%) participantes do
Grupo II não compareceram a pelo menos um dos retornos periódicos sendo
excluídos da análise estatística. Ao final de 60 dias de acompanhamento, obteve-
se 18 pacientes no grupo I e 23 no Grupo II, e representando uma perda de
seguimento de 18,0%.
O cálculo do poder da amostra foi realizado utilizando a diferença de
médias com o auxílio do programa OpenEpi. Para a intensidade de dor o poder
da amostra foi de 99,95% e para o impacto da DTM na qualidade de vida, 100%.
A faixa etária dos pacientes envolvidos no estudo variou de 17 a 70 anos,
com média de 37,46 ± 12,50 anos. Com relação ao diagnóstico, 9 (18%)
pacientes apresentaram DTM muscular, sendo 5 (10%) do GI e 4 (8%) do GII.
Três (6%) apresentaram DTM articular, 1 (2%) do GI e 2 (4%) do GII. Foram
diagnosticados com DTM de origem mista 38 (76%) pacientes, distribuídos em
18 (36%) no GI e 20 (40%) no GII.
A Tabela 1 apresenta os valores de média (desvio-padrão) e os valores
de p das comparações entre os grupos para as variáveis idade, intensidade de
dor inicial e qualidade de vida inicial, sem diferenças significativas observadas
pelo Test-t de Student.
Tabela 1- Características gerais da amostra. Natal-RN, 2017.
Variáveis Grupo
Total Valor de p I II
Idade (anos) 39,96 (±13,93) 35,15
(±10,78) 36,46 (±12,50) 0,177
EVA Inicial (cm) 7,13 (±1,89) 6,88 (±1,81) 7 (±1,84) 0,649
OHIP-14 Inicial (pontos) 14,26 (±4,30)
12,57 (±5,66)
13,38 (±5,07) 0,243
Valores expressos em média (desvio padrão). Teste estatísticos usado: Teste-t de Studet para
amostras independentes. Estatisticamente significativo p
-
15
Intensidade de dor
O SPANOVA mostrou que houve efeito da interação entre o tempo e o
grupo sobre a redução intensidade de dor: F(4,152)=7,90 p
-
16
Tabela 2- Avaliação da intensidade de dor entre os momentos do estudo para os grupos I e II. Natal-RN, 2017.
Variáveis
Grupo I Grupo II
n Média
(desvio-padrão)
Valor de p
n Média
(desvio-padrão)
Valor de p
T0 – T7 23 0,17 (±1,55) 0,597 26 2,15 (±2,67) < 0,001
T7 – T15 23 -0,21 (±0,95) 0,285 25 -0,08 (±2,81) 0,888
T15 – T 30 22 0,63 (±2,27) 0,204 24 2,5 (±2,90) < 0,001
T30 – T60 18 0,33 (±2,82) 0,623 22 0,27 (±3,21) 0,694
T0 – T60 18 0,55 (±2,61) 0,380 23 4,39 (±3,51) < 0,001
N: tamanho da amostra expresso em valor absoluto. Valores de média expressos em
centímetros. Teste estatísticos usado: Teste-t de Student para amostras dependentes.
Significativo: p
-
17
Gráfico 2- Evolução impacto da DTM na qualidade de vida nos grupos I e II.
O teste-t para amostras dependentes foi aplicado para cada grupo a fim
de verificar a correlação entre as percepções do impacto da DTM na qualidade
de vida nos momentos subsequentes do estudo. Esses resultados são
apresentados na tabela 4 e a penalização do teste retornou à necessidade de
um p
-
18
Tabela 5- Avaliação do impacto da DTM na qualidade de vida entre os grupos em cada momento de avaliação. Natal-RN, 2017.
Variáveis n Média (desvio-padrão) Valor de p
T0 Controle
Aconselhamento
24 26
12,26 (±4,30) 12,58 (±5,66)
0,243
T30 Controle
Aconselhamento
22 24
14,60 (±5,05) 3,58 (±3,20)
< 0,001
T60 Controle
Aconselhamento
18 23
15,46 (±5,61) 4,48 (±5,07)
< 0,001
N: tamanho da amostra expresso em valor absoluto. Valores de média expressos em pontos.
Teste estatísticos usado: Teste-t de Student para amostras independentes. Significativo p
-
19
DISCUSSÃO
O presente ensaio clínico foi conduzido com o objetivo de avaliar a eficácia
do aconselhamento como tratamento para as DTM. Para tanto, os pacientes com
DTM tratados com aconselhamento foram comparados à um grupo controle de
lista de espera, por meio da avaliação da intensidade de dor e do impacto da
DTM na qualidade de vida. Os resultados demonstram que o aconselhamento
foi efetivo para o controle dos sinais e sintomas da DTM e na melhora da
qualidade de vida, seja em curto prazo (7 dias) ou longo prazo (60 dias).
A escolha de um grupo controle sem intervenção foi importante para
avaliar a possibilidade de melhora espontânea da sintomatologia em alguns
pacientes. Isso porque, mudanças nos sinais e sintomas de DTM poderiam
refletir a flutuação ou o curso natural da doença.11 WHITNEY & VON KORFF 12
em 1992 afirmam que quando o paciente busca tratamento para dor, a melhora
obtida pode ser devida a 3 tipos de efeitos: específico do tratamento
recomendado; placebo; regressão à média (variação cíclica com o tempo).
Assim, uma vez que o paciente busque tratamento com intensidade de dor
elevada, tal intensidade pode diminuir com o passar do tempo,
independentemente de o paciente receber ou não tratamento.12
No entanto, nesse trabalho não foi observada redução significativa da
intensidade de dor ao longo de 60 dias no grupo controle, bem como melhora na
qualidade de vida das pacientes desse grupo. A ausência de redução
significativa da intensidade de dor em pacientes no grupo controle põe em
questão a teoria da regressão a média, uma vez que os resultados sugerem que
os paciente com DTM não melhoram sem tratamento. No entanto, não é possível
afirmar se esses resultados negativos manter-se-iam por período de tempo
prolongado.
A escala visual analógica é um instrumento importante na avaliação da
intensidade de dor, sendo muito utilizada em estudos com pacientes com DTM.13
A EVA é de fácil e rápida aplicação, tem fácil entendimento pelo paciente, sendo
uma forma adequada para estimar a intensidade da dor presente.14
No presente estudo, a EVA foi usada para aferir a intensidade de dor das
pacientes com DTM no momento inicial da pesquisa e em todos os controles
-
20
subsequentes. Logo no primeiro controle, 7 dias, foi observada uma diminuição
significativa na intensidade de dor das pacientes do grupo aconselhamento,
enquanto que no grupo controle esse valor praticamente não se alterou. Esse
resultado foi observado ao longo de todo estudo, sugerindo que a terapia com
aconselhamento foi efetiva na redução da intensidade de dor de pacientes com
DTM. Esses resultados corroboram os achados de estudos prévios sobre
aconselhamento.4,15,16 No entanto, os trabalhos presentes na literatura objetivam
comparar o efeito do aconselhamento em relação a outras técnicas ou associado
a elas. Dessa forma, não foi encontrado nenhum estudo que comparasse o efeito
do aconselhamento sobre a intensidade de dor de pacientes com DTM tendo
como grupo controle pacientes com DTM em lista de espera.
A eficácia do aconselhamento sobre os sintomas da DTM pode ser devido
ao fato de que esta terapia atua no reforço de comportamentos positivos, além
de apresentar efeitos sobre os domínios psicológicos.15 Isso é especialmente
importante se consideramos que a DTM apresenta etiologia multifatorial e dessa
forma os fatores biopsicossociais não podem ser dissociados e devem ser
levados em consideração durante o gerenciamento dos sinais e sintomas da
disfunção. Outro efeito do aconselhamento sobre a intensidade da dor é citado
na literatura, autores relatam que o programa de aconselhamento pode ter
influência sobre a experiência prévia de dor, tanto sob aspetos cognitivos quanto
emocionais, afetando as modulações da dor.15,17
A qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVSB) pode ser
entendida como a percepção do paciente sobre a saúde bucal e é uma questão
muito importante em pacientes com DTM.18,19 Proposto inicialmente por SLADE
em 1997 9 e validado em diversos idiomas, o OHIP e sua forma abreviada, OHIP-
14, é o instrumento mais utilizado para avaliar a QVSB, especialmente em
pacientes com DTM.18 Diversos trabalhos na literatura avaliaram a QVSB em
pacientes com DTM utilizando o OHIP-14.18-20
Nesse estudo, a avaliação do impacto da DTM sobre a qualidade de vida
demonstrou as pacientes não tratadas sofreram piora progressiva na qualidade
de vida em todos os momentos avaliados. Ao contrário, as pacientes que
receberam aconselhamento tiveram uma melhora significativa nos índices do
OHIP-14 do baseline para o controle de 30 dias, mantendo o índice no
-
21
acompanhamento de 60 dias. Esses resultados sugerem que a terapia de
aconselhamento pode ter sido determinante para melhora do impacto da DTM
na qualidade de vida das pacientes, porém não há evidência científica que
suporte esse achado, uma vez que nenhum estudo que avaliasse a eficácia do
aconselhamento sob a perspectiva da qualidade de vida foi encontrado na
literatura.
Em 2017, Bayat et al.19 realizaram um estudo caso-controle para avaliar
a QVSB em pacientes com e sem DTM. Pela regressão logística, os autores
observaram que a intensidade de dor e o comprometimento psicossocial foram
os preditores mais importantes da QVSB e concluíram que promover a qualidade
de vida de pacientes com DTM exige enfatizar gerenciamento de dor crônica e
a manutenção de boa saúde mental.
Apesar dos diversos trabalhos sobre o efeito do aconselhamento nos
sinais e sintomas da DTM, um fator limitante para a comparabilidade entre os
estudos é a diversidade de metodologias e terminologias citadas como
programas de aconselhamento. Com base nisso, em 2015 onze especialistas
com mais de 10 anos de experiência no campo da DTM foram convidados na
tentativa de se chegar a um consenso sobre a definição, bem como construir um
programa de aconselhamento (self-management) que fosse apropriada para o
tratamento de pacientes com DTM, identificando os componentes mais
comumente utilizados, com informações claras e definições padronizadas, com
o intuito de possibilitar a comparação de resultados em pesquisas futuras e
assim avançar no estudo dessa modalidade terapêutica. Como resultado desse
processo estabeleceu-se os principais conceitos de aconselhamento e os
componentes para uso na prática clínica: educação; auto-exercício; auto-
massagem; terapia térmica; aconselhamento dietéticos e nutricional; e
identificação do comportamento parafuncional.21
O programa de aconselhamento utilizado na atual pesquisa apresenta
componentes preconizados pelo processo descrito acima 21 e mostrou-se efetivo
na redução do sinais e sintomas da DTM. Dessa forma, o aconselhamento pode
ser entendido como terapia de baixo custo, fácil aplicação com efeitos positivos
na redução da intensidade de dor e no impacto da DTM sobre a qualidade de
vida. Porém, ainda são escassos estudos que avaliem o efeito do
-
22
aconselhamento sobre os sinais e sintomas da DTM, comparando-o a um grupo
controle. Além disso, as diferenças entre as metodologias utilizadas para o grupo
de aconselhamento dificultam a comparabilidade entre os resultados.
CONCLUSÃO
Os resultados apresentados permitem-nos concluir que o
aconselhamento foi eficaz no tratamento de pacientes com DTM, produzindo
melhora significativa na intensidade de dor e na qualidade de vida ao longo do
período de acompanhamento.
-
23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Fernandes G1, van Selms MK, Gonçalves DA, Lobbezoo F, Camparis CM.
Factors associated with temporomandibular disorders pain in adolescents. J Oral
Rehabil. 2015; 42(2):113-9.
2. MARTINS APVB, AQUINO LMM, MELOTO CB, BARBOSA CMR. Counseling
and oral splint for conservative treatment of temporomandibular dysfunction:
preliminary study. Rev. odontol. UNESP. 2016; 45( 4 ):207-213.
3. Carrara SV, Conti PCR, Barbosa JS. Termo do 1º Consenso em Disfunção
Temporomandibular e Dor Orofacial. Dental Press J. Orthod. 2010; 15(3 ): 114-
120.
4. De Laat A, Stappaerts K, Papy S. Counseling and physical therapy as
treatment for myofascial pain of the masticatory system. J Orofac Pain.
2003;17(1):42-9.
5. Cunha LA, Caltabiano LV, Duarte MSR, Oliveira W. Influência do método de
aconselhamento nos sintomas de disfunção temporomandibular. Rev Assoc Paul
Cir Dent. 2006;60:370–3.
6. Trindade I, Teixeira JAC. 2000. Aconselhamento psicológico em contextos de
saúde e doença – Intervenção privilegiada em psicologia da saúde. Análise
Psicológica. 18(1): 3-14;
7. Pupo, LR. 2007. Aconselhamento em DST/aids: uma análise crítica de sua
origem histórica e conceitual e de sua fundamentação teórica [dissertação]. São
Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina; [accessed 2017 Dec
01]
8. de Freitas RF, Ferreira MÂ, Barbosa GA, Calderon PS. Counselling and self-
management therapies for temporomandibular disorders: a systematic review. J
Oral Rehabil. 2013; 40(11):864-74.
9. Slade GD. 1997. Derivation and validation of a short-form oral health impact
profile. Community Dent Oral Epidemiol. 25(4): p.284–290.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=de%20Freitas%20RF%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24102692https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Ferreira%20M%C3%82%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24102692https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Barbosa%20GA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24102692https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Calderon%20PS%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24102692https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24102692https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24102692
-
24
10. Vieira, BHOM. 2003. Prevalência e impacto da dor de dente em uma
população de mulheres grávidas no Rio de Janeiro, Brasil. 205 f. Tese
(Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Instituto de Medicina Social, Departamento de Epidemiologia, Rio de Janeiro.
11. de Felício CM, de Oliveira MM, da Silva MA. Effects of orofacial myofunctional
therapy on temporomandibular disorders. Cranio. 2010; 28:249-59.
12. Whitney CW, Von Korff M. Regression to the mean in treated versus
untreated chronic pain. Pain 1992;50: 281-285.
13. Conti PC, Corrêa AS, Lauris JR, Stuginski-Barbosa J1. Management of
painful temporomandibular joint clicking with different intraoral devices and
counseling: a controlled study. J Appl Oral Sci. 2015; 23: 529-35.
14. Martinez JE, Grassi DC, Marques LG. Analysis of the applicability of diff erent
pain questionnaires in three hospital settings: outpatient clinic, ward and
emergency unit. Rev. Bras. Reumatol. 2011; 51(4 ):304-08.
15. De la Torre Canales G, Manfredini D, Grillo CM, Guarda-Nardini L, Machado
Gonçalves L, Rizzatti Barbosa CM.Therapeutic effectiveness of a combined
counseling plus stabilization appliance treatment for myofascial pain of the jaw
muscles: A pilot study. Cranio. 2017; 35(3):180-86.
16. Glaros AG, Kim-Weroha N, Lausten L, Franklin KL. Comparison of habit
reversal and a behaviorally-modified dental treatment for temporomandibular
disorders: a pilot investigation. Appl Psychophysiol Biofeedback. 2007; 32(3-
4):149-54.
17. Townsen D, Nicholson RA, Buenaver L, Bush F, Gramling S. Use of a habit
reversal treatment for temporomandibular pain in a minimal therapist contact
format.J Behav Ther Exp Psychiatry. 2001; 32(4):221-39.
18. Almoznino G, Zini A, Zakuto A, Sharav Y, Haviv Y, Hadad A, Chweidan H,
Yarom N, Benoliel R. Oral Health-Related Quality of Life in Patients with
Temporomandibular Disorders. J Oral Facial Pain Headache. 2015; 29(3):231-
41.
-
25
19. Bayat M, Abbasi AJ, Noorbala AA, Mohebbi SZ, Moharrami M, Yekaninejad
MS. Oral health-related quality of life in patients with temporomandibular
disorders: A case-control study considering psychological aspects. Int J Dent
Hyg. 2017; 23. [Epub ahead of print].
20. Blanco-Aguilera A, Blanco-Aguilera E, Serrano-Del-Rosal R, Biedma-
Velázquez L, Rodriguez-Torronteras A, Segura-Saint-Gerons R, Blanco-Hungria
A. Influence of clinical and psychological variables upon the oral health-related
quality of life in patients with temporomandibular disorders. Med Oral Patol Oral
Cir Bucal. 2017; 22(6):669-78.
21. Durham J, Al-Baghdadi M, Baad-Hansen L, Breckons M, Goulet JP,
Lobbezoo F, List T, Michelotti A, Nixdorf DR, Peck CC, Raphael K, Schiffman E,
Steele JG1, Story W, Ohrbach R. Self-management programmes in
temporomandibular disorders: results from an international Delphi process. J Oral
Rehabil. 2016; 43(12):929-36.
-
26
ANEXO A
-
27
-
28
ANEXO B - Formulário de Exame do Eixo I do índice RDC/TMD (PEREIRA et al., 2004)
Você já teve dor na face, nos maxilares, têmpora, na frente do ouvido, ou no ouvido no mês passado?
Não 0 Sim 1
Você alguma vez já teve travamento articular que limitasse a abertura mandibular a ponto de interferir com a sua capacidade de mastigar?
Não 0 Sim 1
1. Você tem dor no lado direito da sua face, lado esquerdo ou ambos os lados?
2. Você poderia apontar as áreas aonde você sente dor?
Direito Esquerdo
Nenhum 0 Nenhuma 0 Nenhuma 0
Direito 1 Articulação 1 Articulação 1
Esquerdo 2 Músculos 2 Músculos 2
Ambos 3 Ambos 3 Ambos 3
Examinador apalpa a área apontada pelo paciente, caso não esteja claro se é dor muscular ou articular.
3. Padrão de Abertura: 4. Extensão do movimento vertical:
Reto 0 Incisivos maxilares utilizados 11 21
Desvio lateral direito (não corrigido) 1 a. Abertura sem auxílio sem dor Mm
Desvio lateral direito corrigido (“S”) 2 b. Abertura máxima sem auxílio Mm
Desvio lateral esquerdo (não corrigido)
3 c. Abertura máxima com auxílio Mm
Desvio lateral esquerdo corrigido (“S”)
4 d. Trespasse incisal vertical Mm
Outro tipo: 5 Tabela abaixo: para os itens “b” e “c” somente
DOR MUSCULAR DOR ARTICULAR
nenhuma
direito esquerdo
ambos nenhuma
direito esquerdo
ambos
0 1 2 3 0 1 2 3
0 1 2 3 0 1 2 3
5. Ruídos articulares (palpação):
a. Abertura b. Fechamento
c. Estalido recíproco eliminado durante abertura protrusiva
Direito Esquerdo
Direito Esquerdo
Direito Esquerdo
Nenhum 0 0 Nenhum 0 0 Sim 1 1
Estalido 1 1 Estalido 1 1 Não 0 0
Crepitação grosseira
2 2 Crepitação
grosseira 2 2
NA 8 8
Crepitação fina 3 3 Crepitação fina 3 3
Medida do mm mm Medida do mm mm
-
29
estalido na abertura
estalido de fechamento
6. Excursões
Tabela abaixo: para os itens “a”, “b” e “c”:
DOR MUSCULAR DOR ARTICULAR
nenhuma
direito esquerdo
ambos nenhuma
direito Esquerdo
ambos
a. Excursão Direita mm 0 1 2 3 0 1 2 3
b. Excursão Esquerda
mm 0 1 2 3 0 1 2 3
c. Protrusão mm 0 1 2 3 0 1 2 3
d. Desvio de linha média
mm
direito esquerdo
NA
1 2 8
7. Ruídos articulares nas excursões:
Ruídos direito Ruídos esquerdo
Nenhum Estalido Crepitação grosseira
Crepitação leve
Nenhum Estalido Crepitaçã
o grosseira
Crepitação leve
Excursão Direita
0 1 2 3 Excursão Direita
0 1 2 3
Excursão Esquerda
0 1 2 3 Excursão Esquerda
0 1 2 3
Protrusão 0 1 2 3 Protrusão 0 1 2 3
INSTRUÇÕES: ITENS 8-10 O examinador irá palpar (tocando) diferentes áreas da sua face, cabeça e pescoço. Nós gostaríamos que você indicasse se você não sente dor ou apenas sente pressão (0), ou dor (1-3). Por favor, classifique o quanto de dor você sente para cada uma das palpações de acordo com a escala abaixo. Circule o número que corresponde a quantidade de dor que você sente. Nós gostaríamos que você fizesse uma classificação separada para as palpações direita e esquerda.
0 Sem dor/somente pressão
1 Dor leve 2 Dor moderada
3 Dor severa
8. Dor muscular extra-oral com palpação
Direito Esquerdo
Temporal posterior “parte de trás da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3
Temporal médio “meio da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3
Temporal anterior “parte anterior da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3
Origem do masseter “bochecha/abaixo do zigoma” 0 1 2 3 0 1 2 3
Corpo do masseter “bochecha/lado da face” 0 1 2 3 0 1 2 3
Inserção do masseter “bochecha/linha da mandíbula” 0 1 2 3 0 1 2 3
Região mandibular posterior (estilo-hióide/região posterior do digástrico) “mandíbula/região da garganta”
0 1 2 3 0 1 2 3
-
30
Região submandibular (pterigoide medial/supra-hióide/região anterior do digástrico) “abaixo do queixo”
0 1 2 3 0 1 2 3
9. Dor articular com palpação
Direito Esquerdo
Polo lateral “por fora” 0 1 2 3 0 1 2 3
Ligamento posterior “dentro do ouvido” 0 1 2 3 0 1 2 3
10. Dor muscular intra-oral com palpação
Direito Esquerdo
Área do pterigóideo lateral “atrás dos molares superiores”
0 1 2 3 0 1 2 3
Tendão do temporal “tendão” 0 1 2 3 0 1 2 3
Diagnóstico do Eixo I:
Grupo I: Desordens musculares (circule somente uma resposta)
A – Dor miofascial (Ia)
B – Dor miofascial com limitação de abertura (Ib)
C – Nenhum diagnóstico do grupo I
Grupo II: Deslocamento de disco (circule somente uma resposta para cada ATM)
ATM direita ATM esquerda
A – Deslocamento de disco com redução (IIa) A – Deslocamento de disco com redução (IIa)
B – Deslocamento de disco sem redução com limitação de abertura (IIb)
B – Deslocamento de disco sem redução com limitação de abertura (IIb)
C – Deslocamento de disco sem redução sem limitação de abertura (IIc)
C – Deslocamento de disco sem redução sem limitação de abertura (IIc)
D – Nenhum diagnóstico do grupo II D – Nenhum diagnóstico do grupo II
Grupo III: Outras condições articulares (circule somente uma resposta para cada ATM)
ATM direita ATM esquerda
A – Artralgia (IIIa) A – Artralgia (IIIa)
B – Osteoartrite da ATM (IIIb) B – Osteoartrite da ATM (IIIb)
C – Osteoartrose da ATM (IIIc) C – Osteoartrose da ATM (IIIc)
D – Nenhum diagnóstico do grupo III D – Nenhum diagnóstico do grupo III
-
31
ANEXO C - UTILIZAÇÃO DE ACONSELHAMENTO NO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E RANDOMIZADO
Orientando: Leonardo Florentino Grangeiro da Silva Orientadora: Profª Drª Patricia dos Santos Calderon
Data ______/_____/______ GRUPO I II
Dados Pessoais
Nome
Data de Nascimento ______/_____/______ Idade Sexo M F
Endereço Res
Bairro Cidade CEP
Telefone Res Profissão
Telefone Cel. Escolaridade
Questionário Geral
Você teve ou tem algum dos problemas abaixo?
Cardiovascular S N Hematopoiético S N
Gastrointestinal/ Fígado S N Neurológico S N
Musculoesqueletal S N Respiratório S N
Endócrino S N Tabagista (+10/dia) S N
Genitourinário S N Etilista (ocasional) S N
Alergias S N Quais?
Você está bem de saúde? S N Data da última consulta médica ______/_____/______
Está sendo tratado por outro problema? S N Explique
Resultado da Avaliação
RDC/TMD (0) Muscular Articular Ambos
RDC/TMD (60) Muscular Articular Ambos Sem DTM
EVA (0) _____ EVA (7) ____ EVA (15)____ EVA (30) ____ EVA (60) ____
OHIP (0) ____ OHIP (30) ____ OHIP (60) ____
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nenhuma dor
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nenhuma
dor
ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR (BASELINE)
A pior dor possível
-
32
ANEXO D - Versão do OHIP-14 adaptado para DTM, em português
(BARROS, 2005)
Nome: ___________________________________________ Data ______/_____/______
Marque com um X a resposta
(4)
Sem
pre
(3)
Fre
qu
ente
me
nte
(2)
Às v
ezes
(1)
Rara
me
nte
(0)
Nu
nca
Nã
o s
abe
1. Você teve problemas para falar alguma palavra por causa de problemas com sua boca ou articulação?
2. Você sentiu que o sabor dos alimentos ficou pior por causa de problemas com sua boca ou articulação?
3. Você sentiu dores em sua boca ou articulação?
4. Você se sentiu incomodado(a) ao comer algum alimento por causa de problemas com sua boca ou articulação?
5. Você ficou preocupado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?
6. Você se sentiu estressado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?
7. Sua alimentação ficou prejudicada por causa de problemas com sua boca ou articulação?
8. Você teve que parar suas refeições por causa de problemas com sua boca ou articulação?
9. Você encontrou dificuldades para relaxar por causa de problemas com sua boca ou articulação?
10. Você se sentiu envergonhado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?
11. Você ficou irritado(a) com outras pessoas por causa de problemas com sua boca ou articulação?
12. Você teve dificuldades em realizar suas atividades diárias por causa de problemas com sua boca ou articulação?
13. Você sentiu que sua vida em geral ficou pior por causa de problemas com sua boca ou articulação?
14. Você ficou totalmente incapaz de fazer suas atividades diárias por causa de problemas com sua boca ou articulação?
Pontuação: ________
-
33
ANEXO E - ACONSELHAMENTO PARA O PACIENTE DE DTM
1. Modifique sua dieta
Tente comer alimentos moles como sopa, iogurte, purês, etc. Evite comer alimentos duros
ou que tenha que mastigar por muito tempo. Não masque chiclete.
2. Não abra muito a boca
Evite bocejar, gritar, cantar e longas sessões no dentista.
3. Relaxe seus músculos da mandíbula
Tente não apertar seus dentes. Pratique manter sua língua no céu da boca, atrás dos
seus dentes da frente, seus lábios juntos e dentes separados.
4. Mantenha boa postura
Mantendo boa postura de cabeça, pescoço e costas irá ajudar a relaxar seus músculos
da mandíbula.
5. Melhore seu sono
Tente ter um sono necessário para descansar. Evite dormir “de bruços” ou em outras
posições que tensionem seus músculos da mandíbula e pescoço.
6. Pratique exercícios aeróbicos Caminhadas e hidroginástica são excelentes meios de ajudar a combater a sua dor, além
de melhorar a sua saúde geral.
LEMBRE-SE: A SUA COOPERAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA O SUCESSO DO
TRATAMENTO!
REGRAS BÁSICAS PARA UM SONO MELHOR
Aqui estão 11 regras que têm ajudado muitas pessoas não apenas a dormir melhor, mas também a se sentirem melhor durante o dia. Estes são bons conselhos para qualquer pessoa: 1. Durma apenas o quanto você precisa para se sentir descansado no próximo dia Esticar o seu sono não é uma boa ideia. Dormir demais enfraquece a capacidade do sono
de fazê-lo sentir-se renovado. Também atrapalha o seu “relógio biológico”. Se você dormir demais, é bem provável que tenha dificuldade de dormir na próxima noite.
1. Mantenha um horário regular de sono
Manter um horário regular de sono significa ir dormir e acordar na mesma hora tanto durante a semana quanto nos finais de semana. Isso o ajudará a desenvolver um ritmo de sono regular.
3. Não fique tentando dormir
Se ao deitar o sono não vier, não force. Isto apenas cria uma certa ansiedade, deixando-o mais acordado ainda. Levante da cama e faça alguma coisa diferente por um tempo. Volte à cama quando se sentir sonolento.
4. Reduza o barulho e a claridade do seu quarto
-
34
Aviões, tráfego, música não desejada e luz podem perturbar o seu sono, ou mesmo torná-lo mais leve sem que isso o acorde totalmente. Você deve procurar uma maneira de minimizar esses ruídos indesejáveis em seu quarto. Usar tampões de orelha ou um som baixo de fundo pode ajudar.
5. Mantenha a temperatura de seu quarto agradável para você
Um quarto muito quente ou frio pode perturbar ou interromper seu sono. 6. Não vá dormir com fome
Um lanche leve antes de dormir pode ajudá-lo a dormir como mais facilidade, assim como previne que pontadas de fome o acordem durante a noite. Mas não coma demais antes de dormir, pois a indigestão também pode acordá-lo.
7. À noite não beba líquidos com cafeína
Mesmo que você não sinta, a cafeína do café, chá, refrigerantes tipo cola e dos chocolates podem perturbar o seu sono.
8. Não tome bebidas alcoólicas antes de dormir
Embora o álcool antes de dormir possa ajudar uma pessoa tensa a dormir, esse sono não é muito saudável. Isso na verdade vai acordá-lo durante a noite, além disso, o álcool pode deixá-lo embriagado na manhã seguinte.
9. Tente não fumar à noite
Embora o cigarro ajude a acalmar uma pessoa dependente de nicotina, ele também age como um estimulante que pode atrapalhar o sono.
10. Exercite-se todos os dias
Exercícios ocasionais podem não melhorar o seu sono. No entanto, exercícios regulares podem tornar o seu sono mais profundo e relaxante. Porém, evite se exercitar muito há menos de 2 horas antes de dormir.
11. Tente ter uma vida ativa
O nível de atividade durante o dia influencia o seu ritmo de sono. Ficar ativo durante o dia e fazer coisas agradáveis podem ajudá-lo a dormir melhor.