LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA · 2019. 1. 31. · Catalogação de Publicação na Fonte....

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CSS DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES NATAL/RN 2017

Transcript of LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA · 2019. 1. 31. · Catalogação de Publicação na Fonte....

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

    CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CSS

    DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA

    EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR

    CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES

    NATAL/RN

    2017

  • LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA

    EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR

    CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES

    Trabalho de conclusão de curso

    apresentado ao curso de graduação

    de Odontologia da UFRN como

    parte integrante dos requisitos para

    obtenção de grau de cirurgião-

    dentista.

    Orientadora: Profª Drª Patrícia dos

    Santos Calderon.

    NATAL/RN

    2017

  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

    Sistema de Bibliotecas - SISBI

    Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - -

    Departamento de Odontologia

    Silva, Leonardo Florentino Grangeiro da. Efetividade do aconselhamento no gerenciamento da dor crônica

    em pacientes com disfunções temporomandibulares / Leonardo Florentino Grangeiro da Silva. - 2017.

    34 f.: il.

    Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) -

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências

    da Saúde, Graduação em Odontologia, Natal, RN, 2017.

    Orientador: Patrícia dos Santos Calderon.

    Coorientador: Ana Luísa de Barros Pascoal.

    1. Transtornos da Articulação Temporomandibular - Trabalho de

    Conclusão de Curso. 2. Aconselhamento - Trabalho de Conclusão de

    Curso. 3. Dor orofacial - Trabalho de Conclusão de Curso. I.

    Calderon, Patrícia dos Santos. II. Pascoal, Ana Luísa de Barros.

    III. Título.

    RN/UF/BSO BLACK D131

  • LEONARDO FLORENTINO GRANGEIRO DA SILVA

    EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR

    CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES

    Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação de Odontologia

    da UFRN como parte integrante dos requisitos para obtenção de grau

    de cirurgião-dentista.

    Aprovado em: ____/____/____

    BANCA EXAMINADORA

    _____________________________________

    Profª. Drª. Patrícia dos Santos Calderon

    Departamento de Odontologia – UFRN

    Orientadora

    _____________________________________

    Profº. Dr. Rodrigo Othavio de Assunção e Souza

    Departamento de Odontologia – UFRN

    _____________________________________

    Profª. Ma. Ana Clara Soares Paiva Tôrres

    Departamento de Odontologia – UERN/CAICÓ

  • EFETIVIDADE DO ACONSELHAMENTO NO GERENCIAMENTO DA DOR

    CRÔNICA EM PACIENTES COM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES

    Effectiveness of counseling on chronic pain management in patients with temporomandibular disorders.

    Leonardo Florentino Grangeiro da Silvaa,

    Ana Luísa de Barros Pascoala

    Rodrigo Falcão Carvalho Porto de Freitasa

    Patrícia dos Santos Calderona .

    aDepartamento de Odontologia, UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

    Natal, RN, Brasil

    Autor para correspondência:

    Patrícia dos Santos Calderon

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Departamento de Odontologia

    Avenida Senador Salgado Filho, 1757, Lagoa Nova, Natal-RN

    CEP: 59056-000

    Email: [email protected]

    Fone: 55 (84) 3215-4138

    E-mail dos autores:

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • Aos meus pais,

    pelo amor incondicional e apoio constante,

    e por contribuírem para a conquista de mais um objetivo.

  • AGRADECIMENTOS

    À Deus, por iluminar meu caminho e permitir que eu siga em frente.

    Aos meus pais, Edilene e Elionaldo, e meu irmão, Lucas, pelo apoio, pela compreensão e por fazerem com que eu acredite sempre em mim.

    Aos meus filhos, Leonardo Lucca, Vitória Sofia e Bárbara, vocês são o meu maior tesouro, a razão da minha vida e do amor que carrego dentro do coração.

    À minha orientadora, Profª Drª Patrícia Calderon, pelas orientações, pelos ensinamentos, pela paciência, por me passar sempre tanta tranquilidade e pela

    confiança na condução desta pesquisa.

    À minha co-orientadora Ma Ana Luísa, por estar sempre disposta a me ajudar, por toda dedicação e compromisso com as pacientes e por responder meus e-mails

    prontamente, até mesmo nos finais de semana e feriados! Não sei o teria sido de mim sem você!

    A todos os professores da Graduação, por transformarem as aulas num processo ensino-aprendizado prazeroso para construção do conhecimento na área da

    Odontologia.

    Aos meus colegas de faculdade, José Victor, Gileno Wágner, João Lucas e Henrique Galvão pela amizade construída ao longo do curso e por compartilharem das mesmas

    angústias e inseguranças, junto com as alegrias e diversões nas salas de aula.

    Ao meu amigo e dupla na clínica, Tácio Moreira por sua amizade e companheirismo, pela gentileza em ajudar e por todos os momentos que compartilhamos juntos.

  • “A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido. ”

    Confúcio

  • RESUMO

    Objetivo: avaliar a efetividade do aconselhamento sobre a intensidade de dor e a

    qualidade de vida em pacientes com Disfunção Temporomandibular (DTM).

    Métodos: Cinquenta pacientes diagnosticados pelo RDC/TMD como portadores

    de DTM foram divididos em dois grupos, o grupo I consistiu em um grupo de

    controle de lista de espera e o grupo II foi o grupo experimental no qual os

    pacientes receberam terapia de aconselhamento. Todos os pacientes foram

    acompanhados em retornos de 7, 15, 30 e 60 dias após o baseline. Em cada

    sessão, os pacientes foram avaliados a respeito do nível de dor por meio de uma

    Escala Visual Analógica (EVA). Para a análise do impacto da dor na qualidade de

    vida, foi utilizado o questionário OHIP-14, sendo aplicado no baseline, 30 e 60

    dias. A análise estatística foi realizada pelo teste de SPANOVA – Split-plot ANOVA

    design, com pós-testes executados por meio do teste-t de Student para amostras

    independentes e teste-t de Student para amostras dependentes, adotando nível

    significância inferior a 5% (p

  • ABSTRACT

    Objective: Evaluate the effectiveness of counseling on pain intensity and quality

    of life in patients with Temporomandibular Dysfunction (TMD). Methods: Fifty

    patients diagnosed by RDC/ TMD with TMD were divided into two groups, group I

    consisted of a waiting list control group and the experimental group II, patients who

    received counseling therapy. All patients were followed up for 7, 15, 30 and 60

    days after the baseline. At each session, patients were assessed for pain level

    using a Visual Analogue Scale (VAS). For the analysis of the impact of pain on

    quality of life, the OHIP-14 questionnaire was used, during the baseline, 30 and 60

    days. Statistical analysis was performed using the SPANOVA - Split-plot ANOVA

    design, with post-tests performed using Student's t-test for independent samples

    and Student's t-test for dependent samples, adopting a significance level below

    5% (p

  • SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 11

    MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................ 12

    RESULTADOS .......................................................................................................................... 14

    DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 19

    CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 23

    ANEXO ....................................................................................................................................... 26

  • 11

    INTRODUÇÃO

    A etiologia das Disfunções temporomandibulares (DTM) é multifatorial,

    podendo estar associada a fatores que vão desde desequilíbrios posturais e

    hábitos parafuncionais orais à alterações psicossociais e de comportamento.1

    Devido a essa etiologia e as diferentes estruturas orais que podem ser afetadas

    (músculos, articulação), o tratamento da DTM não pode ser padronizado.

    Diversos tipos de tratamento são encontrados na literatura, sendo eles

    conservadores ou invasivos.2 As terapias invasivas promovem mudanças

    oclusais irreversíveis, como como o ajuste oclusal por desgaste seletivo,

    ortopedia funcional, cirurgia ortognática, dentre outras. Como métodos

    conservadores a literatura cita o aconselhamento, uso de placa interoclusais,

    utilização de fármacos e terapias físicas.3

    Alguns autores mostram que as terapias reversíveis são preferíveis às

    mais agressivas, uma vez que os sinais e sintomas das DTM podem ser

    controlados de maneira efetiva com tratamentos conservadores.3,4

    Dentre os métodos conservadores encontra-se o aconselhamento. Tal

    tratamento, consiste na educação acerca das possíveis causas etiológicas, da

    condição atual do paciente e de hábitos posturais e comportamentais.2 Além

    disso, essa terapia aproxima o profissional do paciente, esclarecendo

    diagnósticos diferenciais, o que ajuda a reduzir medo, estresse e ansiedade.5 De

    acordo com a Trinidade e Teixeira 2000,6 o aconselhamento visa facilitar a

    adaptação mais satisfatória do sujeito à situação atual, melhorando os recursos

    pessoais de autoconhecimento, autocuidado e autonomia. Como resultado, o

    aconselhamento procura fornecer elementos de desenvolvimento pessoal,

    permitindo ao indivíduo mudar atitudes, comportamento ou percepção de uma

    determinada situação problemática, facilitando as decisões mais apropriadas

    entre as opções disponíveis em qualquer momento.7

    Em uma revisão sistemática publicada em 2013, Freitas et al.8

    encontraram que o aconselhamento foi capaz de reduzir a sensibilidade

    muscular à palpação, além da abertura máxima bucal, com resultados

    semelhantes à tratamentos realizados com dispositivo interoclusais. Apesar

    disso, ainda são encontrados poucos ensaios clínicos controlados sobre o

  • 12

    assunto e as metodologias aplicadas são muito variadas o que dificulta a

    comparação dos resultados das pesquisas.

    Com base nas informações acima, o objetivo deste trabalho foi avaliar a

    efetividade do aconselhamento como tratamento da DTM na melhora da

    intensidade de dor e da qualidade de vida dos pacientes.

    MATERIAL E MÉTODOS

    Foi realizado um estudo clínico controlado no Departamento de

    Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Este

    trabalho foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa da UFRN sob o parecer

    504/2011 (ANEXO A). A amostra consistiu em 50 pacientes randomizados em

    bloco em dois grupos: controle (GI) e experimental (GII).

    Para os critérios de inclusão, foram considerados elegíveis pacientes do

    sexo feminino, que apresentaram diagnóstico positivo para DTM através do

    Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD)

    (ANEXO B). Além disso, deveriam apresentar dor orofacial persistente há pelo

    menos uma semana de intensidade mínima moderada registrada na Escala

    Visual Analógica (EVA) de dor (ANEXO C). Como critérios de exclusão foram

    considerados: tratamento para DTM em curso, tratamento ortodôntico em

    andamento, uso diário de analgésicos, antidepressivo ou relaxante muscular e

    histórico de radioterapia na região de cabeça e pescoço.

    A intensidade da dor do paciente, foi avaliada por meio de escala de

    análise visual de 100mm. A dor "moderada" foi definida como um valor de 40mm

    até 60mm, acima disso, dor severa.

    Para registrar o impacto causado pela DTM na qualidade de vida dos

    pacientes, o questionário Oral Health ImpactProfile – short form (OHIP-14)9

    (ANEXO D) foi empregado. O questionário utilizado foi o modificado, de acordo

    com Vieira 2003,10 substituindo as palavras "seus dentes e próteses" por "sua

    articulação".

    Os pacientes do grupo experimental receberam aconselhamento e foram

    informados sobre sua condição e possíveis fatores etiológicos que contribuíram

    para a patologia. Eles também foram educados sobre a posição de repouso

    postural da mandíbula e instruídos a realizar mastigação bilateral e não

  • 13

    sobrecarregar a articulação temporomandibular e os músculos mastigatórios.

    Técnicas para aliviar a dor e a tensão foram ensinadas a corrigir hábitos

    posturais, alimentos e irregularidades do sono. Os pacientes receberam

    instruções escritas (ANEXO E) para referência futura, como forma de reforçar as

    informações fornecidas durante a consulta inicial. Em retornos subsequentes aos

    7, 15, 30 e 60 dias de seguimento, as instruções foram repassadas e os

    pacientes foram perguntados se haviam detectado quaisquer hábitos

    relacionados ao início e manutenção de sintomas dolorosos de DTM, como

    forma de destacar ainda mais a associação entre a presença desses

    comportamentos nocivos e os sinais e sintomas de degradação das DTM.

    O grupo controle foi formado por pacientes da lista de espera por

    atendimento. Esses pacientes também foram diagnosticados como portadores

    de DTM por meio do RDC/TMD. Os pacientes que fossem chamados para iniciar

    o tratamento, foram automaticamente desligados da pesquisa.

    Todos os pacientes responderam o OHIP-14 e a EVA de dor, no baseline.

    No controle de 7 dias, todos os pacientes preencheram a EVA de dor. Nos

    controles de 15 e 30 dias, todos os pacientes responderam o OHIP-14 e a EVA

    de dor. E no controle de 60 dias, os pacientes foram submetidos ao RDC/TMD

    além de responder ao OHIP-14 e a EVA de dor.

    Devido à distribuição normal dos dados e ao teste de esfericidade

    (Mauchly´s Test: p=0,468), apesar de não se observar homogeneidade das

    intercorrelações (M de Box: p= 0,01), o teste de SPANOVA – Split-plot ANOVA

    design foi realizado. Como pós-testes, foram executados o teste-t de Student

    para amostras independentes e o teste-t de Student para amostras dependentes.

    Todos os resultados foram considerados significativos em p

  • 14

    RESULTADOS

    A amostra foi constituída de 50 pacientes com DTM, composta

    exclusivamente por pessoas do sexo feminino, sendo 24 alocados para o Grupo

    I (Controle) e 26 para o Grupo II (Grupo aconselhamento). Durante o curso do

    tratamento, 6 (11,5%) participantes do Grupo I e 3 (12,5%) participantes do

    Grupo II não compareceram a pelo menos um dos retornos periódicos sendo

    excluídos da análise estatística. Ao final de 60 dias de acompanhamento, obteve-

    se 18 pacientes no grupo I e 23 no Grupo II, e representando uma perda de

    seguimento de 18,0%.

    O cálculo do poder da amostra foi realizado utilizando a diferença de

    médias com o auxílio do programa OpenEpi. Para a intensidade de dor o poder

    da amostra foi de 99,95% e para o impacto da DTM na qualidade de vida, 100%.

    A faixa etária dos pacientes envolvidos no estudo variou de 17 a 70 anos,

    com média de 37,46 ± 12,50 anos. Com relação ao diagnóstico, 9 (18%)

    pacientes apresentaram DTM muscular, sendo 5 (10%) do GI e 4 (8%) do GII.

    Três (6%) apresentaram DTM articular, 1 (2%) do GI e 2 (4%) do GII. Foram

    diagnosticados com DTM de origem mista 38 (76%) pacientes, distribuídos em

    18 (36%) no GI e 20 (40%) no GII.

    A Tabela 1 apresenta os valores de média (desvio-padrão) e os valores

    de p das comparações entre os grupos para as variáveis idade, intensidade de

    dor inicial e qualidade de vida inicial, sem diferenças significativas observadas

    pelo Test-t de Student.

    Tabela 1- Características gerais da amostra. Natal-RN, 2017.

    Variáveis Grupo

    Total Valor de p I II

    Idade (anos) 39,96 (±13,93) 35,15

    (±10,78) 36,46 (±12,50) 0,177

    EVA Inicial (cm) 7,13 (±1,89) 6,88 (±1,81) 7 (±1,84) 0,649

    OHIP-14 Inicial (pontos) 14,26 (±4,30)

    12,57 (±5,66)

    13,38 (±5,07) 0,243

    Valores expressos em média (desvio padrão). Teste estatísticos usado: Teste-t de Studet para

    amostras independentes. Estatisticamente significativo p

  • 15

    Intensidade de dor

    O SPANOVA mostrou que houve efeito da interação entre o tempo e o

    grupo sobre a redução intensidade de dor: F(4,152)=7,90 p

  • 16

    Tabela 2- Avaliação da intensidade de dor entre os momentos do estudo para os grupos I e II. Natal-RN, 2017.

    Variáveis

    Grupo I Grupo II

    n Média

    (desvio-padrão)

    Valor de p

    n Média

    (desvio-padrão)

    Valor de p

    T0 – T7 23 0,17 (±1,55) 0,597 26 2,15 (±2,67) < 0,001

    T7 – T15 23 -0,21 (±0,95) 0,285 25 -0,08 (±2,81) 0,888

    T15 – T 30 22 0,63 (±2,27) 0,204 24 2,5 (±2,90) < 0,001

    T30 – T60 18 0,33 (±2,82) 0,623 22 0,27 (±3,21) 0,694

    T0 – T60 18 0,55 (±2,61) 0,380 23 4,39 (±3,51) < 0,001

    N: tamanho da amostra expresso em valor absoluto. Valores de média expressos em

    centímetros. Teste estatísticos usado: Teste-t de Student para amostras dependentes.

    Significativo: p

  • 17

    Gráfico 2- Evolução impacto da DTM na qualidade de vida nos grupos I e II.

    O teste-t para amostras dependentes foi aplicado para cada grupo a fim

    de verificar a correlação entre as percepções do impacto da DTM na qualidade

    de vida nos momentos subsequentes do estudo. Esses resultados são

    apresentados na tabela 4 e a penalização do teste retornou à necessidade de

    um p

  • 18

    Tabela 5- Avaliação do impacto da DTM na qualidade de vida entre os grupos em cada momento de avaliação. Natal-RN, 2017.

    Variáveis n Média (desvio-padrão) Valor de p

    T0 Controle

    Aconselhamento

    24 26

    12,26 (±4,30) 12,58 (±5,66)

    0,243

    T30 Controle

    Aconselhamento

    22 24

    14,60 (±5,05) 3,58 (±3,20)

    < 0,001

    T60 Controle

    Aconselhamento

    18 23

    15,46 (±5,61) 4,48 (±5,07)

    < 0,001

    N: tamanho da amostra expresso em valor absoluto. Valores de média expressos em pontos.

    Teste estatísticos usado: Teste-t de Student para amostras independentes. Significativo p

  • 19

    DISCUSSÃO

    O presente ensaio clínico foi conduzido com o objetivo de avaliar a eficácia

    do aconselhamento como tratamento para as DTM. Para tanto, os pacientes com

    DTM tratados com aconselhamento foram comparados à um grupo controle de

    lista de espera, por meio da avaliação da intensidade de dor e do impacto da

    DTM na qualidade de vida. Os resultados demonstram que o aconselhamento

    foi efetivo para o controle dos sinais e sintomas da DTM e na melhora da

    qualidade de vida, seja em curto prazo (7 dias) ou longo prazo (60 dias).

    A escolha de um grupo controle sem intervenção foi importante para

    avaliar a possibilidade de melhora espontânea da sintomatologia em alguns

    pacientes. Isso porque, mudanças nos sinais e sintomas de DTM poderiam

    refletir a flutuação ou o curso natural da doença.11 WHITNEY & VON KORFF 12

    em 1992 afirmam que quando o paciente busca tratamento para dor, a melhora

    obtida pode ser devida a 3 tipos de efeitos: específico do tratamento

    recomendado; placebo; regressão à média (variação cíclica com o tempo).

    Assim, uma vez que o paciente busque tratamento com intensidade de dor

    elevada, tal intensidade pode diminuir com o passar do tempo,

    independentemente de o paciente receber ou não tratamento.12

    No entanto, nesse trabalho não foi observada redução significativa da

    intensidade de dor ao longo de 60 dias no grupo controle, bem como melhora na

    qualidade de vida das pacientes desse grupo. A ausência de redução

    significativa da intensidade de dor em pacientes no grupo controle põe em

    questão a teoria da regressão a média, uma vez que os resultados sugerem que

    os paciente com DTM não melhoram sem tratamento. No entanto, não é possível

    afirmar se esses resultados negativos manter-se-iam por período de tempo

    prolongado.

    A escala visual analógica é um instrumento importante na avaliação da

    intensidade de dor, sendo muito utilizada em estudos com pacientes com DTM.13

    A EVA é de fácil e rápida aplicação, tem fácil entendimento pelo paciente, sendo

    uma forma adequada para estimar a intensidade da dor presente.14

    No presente estudo, a EVA foi usada para aferir a intensidade de dor das

    pacientes com DTM no momento inicial da pesquisa e em todos os controles

  • 20

    subsequentes. Logo no primeiro controle, 7 dias, foi observada uma diminuição

    significativa na intensidade de dor das pacientes do grupo aconselhamento,

    enquanto que no grupo controle esse valor praticamente não se alterou. Esse

    resultado foi observado ao longo de todo estudo, sugerindo que a terapia com

    aconselhamento foi efetiva na redução da intensidade de dor de pacientes com

    DTM. Esses resultados corroboram os achados de estudos prévios sobre

    aconselhamento.4,15,16 No entanto, os trabalhos presentes na literatura objetivam

    comparar o efeito do aconselhamento em relação a outras técnicas ou associado

    a elas. Dessa forma, não foi encontrado nenhum estudo que comparasse o efeito

    do aconselhamento sobre a intensidade de dor de pacientes com DTM tendo

    como grupo controle pacientes com DTM em lista de espera.

    A eficácia do aconselhamento sobre os sintomas da DTM pode ser devido

    ao fato de que esta terapia atua no reforço de comportamentos positivos, além

    de apresentar efeitos sobre os domínios psicológicos.15 Isso é especialmente

    importante se consideramos que a DTM apresenta etiologia multifatorial e dessa

    forma os fatores biopsicossociais não podem ser dissociados e devem ser

    levados em consideração durante o gerenciamento dos sinais e sintomas da

    disfunção. Outro efeito do aconselhamento sobre a intensidade da dor é citado

    na literatura, autores relatam que o programa de aconselhamento pode ter

    influência sobre a experiência prévia de dor, tanto sob aspetos cognitivos quanto

    emocionais, afetando as modulações da dor.15,17

    A qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVSB) pode ser

    entendida como a percepção do paciente sobre a saúde bucal e é uma questão

    muito importante em pacientes com DTM.18,19 Proposto inicialmente por SLADE

    em 1997 9 e validado em diversos idiomas, o OHIP e sua forma abreviada, OHIP-

    14, é o instrumento mais utilizado para avaliar a QVSB, especialmente em

    pacientes com DTM.18 Diversos trabalhos na literatura avaliaram a QVSB em

    pacientes com DTM utilizando o OHIP-14.18-20

    Nesse estudo, a avaliação do impacto da DTM sobre a qualidade de vida

    demonstrou as pacientes não tratadas sofreram piora progressiva na qualidade

    de vida em todos os momentos avaliados. Ao contrário, as pacientes que

    receberam aconselhamento tiveram uma melhora significativa nos índices do

    OHIP-14 do baseline para o controle de 30 dias, mantendo o índice no

  • 21

    acompanhamento de 60 dias. Esses resultados sugerem que a terapia de

    aconselhamento pode ter sido determinante para melhora do impacto da DTM

    na qualidade de vida das pacientes, porém não há evidência científica que

    suporte esse achado, uma vez que nenhum estudo que avaliasse a eficácia do

    aconselhamento sob a perspectiva da qualidade de vida foi encontrado na

    literatura.

    Em 2017, Bayat et al.19 realizaram um estudo caso-controle para avaliar

    a QVSB em pacientes com e sem DTM. Pela regressão logística, os autores

    observaram que a intensidade de dor e o comprometimento psicossocial foram

    os preditores mais importantes da QVSB e concluíram que promover a qualidade

    de vida de pacientes com DTM exige enfatizar gerenciamento de dor crônica e

    a manutenção de boa saúde mental.

    Apesar dos diversos trabalhos sobre o efeito do aconselhamento nos

    sinais e sintomas da DTM, um fator limitante para a comparabilidade entre os

    estudos é a diversidade de metodologias e terminologias citadas como

    programas de aconselhamento. Com base nisso, em 2015 onze especialistas

    com mais de 10 anos de experiência no campo da DTM foram convidados na

    tentativa de se chegar a um consenso sobre a definição, bem como construir um

    programa de aconselhamento (self-management) que fosse apropriada para o

    tratamento de pacientes com DTM, identificando os componentes mais

    comumente utilizados, com informações claras e definições padronizadas, com

    o intuito de possibilitar a comparação de resultados em pesquisas futuras e

    assim avançar no estudo dessa modalidade terapêutica. Como resultado desse

    processo estabeleceu-se os principais conceitos de aconselhamento e os

    componentes para uso na prática clínica: educação; auto-exercício; auto-

    massagem; terapia térmica; aconselhamento dietéticos e nutricional; e

    identificação do comportamento parafuncional.21

    O programa de aconselhamento utilizado na atual pesquisa apresenta

    componentes preconizados pelo processo descrito acima 21 e mostrou-se efetivo

    na redução do sinais e sintomas da DTM. Dessa forma, o aconselhamento pode

    ser entendido como terapia de baixo custo, fácil aplicação com efeitos positivos

    na redução da intensidade de dor e no impacto da DTM sobre a qualidade de

    vida. Porém, ainda são escassos estudos que avaliem o efeito do

  • 22

    aconselhamento sobre os sinais e sintomas da DTM, comparando-o a um grupo

    controle. Além disso, as diferenças entre as metodologias utilizadas para o grupo

    de aconselhamento dificultam a comparabilidade entre os resultados.

    CONCLUSÃO

    Os resultados apresentados permitem-nos concluir que o

    aconselhamento foi eficaz no tratamento de pacientes com DTM, produzindo

    melhora significativa na intensidade de dor e na qualidade de vida ao longo do

    período de acompanhamento.

  • 23

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  • 24

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  • 25

    19. Bayat M, Abbasi AJ, Noorbala AA, Mohebbi SZ, Moharrami M, Yekaninejad

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  • 26

    ANEXO A

  • 27

  • 28

    ANEXO B - Formulário de Exame do Eixo I do índice RDC/TMD (PEREIRA et al., 2004)

    Você já teve dor na face, nos maxilares, têmpora, na frente do ouvido, ou no ouvido no mês passado?

    Não 0 Sim 1

    Você alguma vez já teve travamento articular que limitasse a abertura mandibular a ponto de interferir com a sua capacidade de mastigar?

    Não 0 Sim 1

    1. Você tem dor no lado direito da sua face, lado esquerdo ou ambos os lados?

    2. Você poderia apontar as áreas aonde você sente dor?

    Direito Esquerdo

    Nenhum 0 Nenhuma 0 Nenhuma 0

    Direito 1 Articulação 1 Articulação 1

    Esquerdo 2 Músculos 2 Músculos 2

    Ambos 3 Ambos 3 Ambos 3

    Examinador apalpa a área apontada pelo paciente, caso não esteja claro se é dor muscular ou articular.

    3. Padrão de Abertura: 4. Extensão do movimento vertical:

    Reto 0 Incisivos maxilares utilizados 11 21

    Desvio lateral direito (não corrigido) 1 a. Abertura sem auxílio sem dor Mm

    Desvio lateral direito corrigido (“S”) 2 b. Abertura máxima sem auxílio Mm

    Desvio lateral esquerdo (não corrigido)

    3 c. Abertura máxima com auxílio Mm

    Desvio lateral esquerdo corrigido (“S”)

    4 d. Trespasse incisal vertical Mm

    Outro tipo: 5 Tabela abaixo: para os itens “b” e “c” somente

    DOR MUSCULAR DOR ARTICULAR

    nenhuma

    direito esquerdo

    ambos nenhuma

    direito esquerdo

    ambos

    0 1 2 3 0 1 2 3

    0 1 2 3 0 1 2 3

    5. Ruídos articulares (palpação):

    a. Abertura b. Fechamento

    c. Estalido recíproco eliminado durante abertura protrusiva

    Direito Esquerdo

    Direito Esquerdo

    Direito Esquerdo

    Nenhum 0 0 Nenhum 0 0 Sim 1 1

    Estalido 1 1 Estalido 1 1 Não 0 0

    Crepitação grosseira

    2 2 Crepitação

    grosseira 2 2

    NA 8 8

    Crepitação fina 3 3 Crepitação fina 3 3

    Medida do mm mm Medida do mm mm

  • 29

    estalido na abertura

    estalido de fechamento

    6. Excursões

    Tabela abaixo: para os itens “a”, “b” e “c”:

    DOR MUSCULAR DOR ARTICULAR

    nenhuma

    direito esquerdo

    ambos nenhuma

    direito Esquerdo

    ambos

    a. Excursão Direita mm 0 1 2 3 0 1 2 3

    b. Excursão Esquerda

    mm 0 1 2 3 0 1 2 3

    c. Protrusão mm 0 1 2 3 0 1 2 3

    d. Desvio de linha média

    mm

    direito esquerdo

    NA

    1 2 8

    7. Ruídos articulares nas excursões:

    Ruídos direito Ruídos esquerdo

    Nenhum Estalido Crepitação grosseira

    Crepitação leve

    Nenhum Estalido Crepitaçã

    o grosseira

    Crepitação leve

    Excursão Direita

    0 1 2 3 Excursão Direita

    0 1 2 3

    Excursão Esquerda

    0 1 2 3 Excursão Esquerda

    0 1 2 3

    Protrusão 0 1 2 3 Protrusão 0 1 2 3

    INSTRUÇÕES: ITENS 8-10 O examinador irá palpar (tocando) diferentes áreas da sua face, cabeça e pescoço. Nós gostaríamos que você indicasse se você não sente dor ou apenas sente pressão (0), ou dor (1-3). Por favor, classifique o quanto de dor você sente para cada uma das palpações de acordo com a escala abaixo. Circule o número que corresponde a quantidade de dor que você sente. Nós gostaríamos que você fizesse uma classificação separada para as palpações direita e esquerda.

    0 Sem dor/somente pressão

    1 Dor leve 2 Dor moderada

    3 Dor severa

    8. Dor muscular extra-oral com palpação

    Direito Esquerdo

    Temporal posterior “parte de trás da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Temporal médio “meio da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Temporal anterior “parte anterior da têmpora” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Origem do masseter “bochecha/abaixo do zigoma” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Corpo do masseter “bochecha/lado da face” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Inserção do masseter “bochecha/linha da mandíbula” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Região mandibular posterior (estilo-hióide/região posterior do digástrico) “mandíbula/região da garganta”

    0 1 2 3 0 1 2 3

  • 30

    Região submandibular (pterigoide medial/supra-hióide/região anterior do digástrico) “abaixo do queixo”

    0 1 2 3 0 1 2 3

    9. Dor articular com palpação

    Direito Esquerdo

    Polo lateral “por fora” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Ligamento posterior “dentro do ouvido” 0 1 2 3 0 1 2 3

    10. Dor muscular intra-oral com palpação

    Direito Esquerdo

    Área do pterigóideo lateral “atrás dos molares superiores”

    0 1 2 3 0 1 2 3

    Tendão do temporal “tendão” 0 1 2 3 0 1 2 3

    Diagnóstico do Eixo I:

    Grupo I: Desordens musculares (circule somente uma resposta)

    A – Dor miofascial (Ia)

    B – Dor miofascial com limitação de abertura (Ib)

    C – Nenhum diagnóstico do grupo I

    Grupo II: Deslocamento de disco (circule somente uma resposta para cada ATM)

    ATM direita ATM esquerda

    A – Deslocamento de disco com redução (IIa) A – Deslocamento de disco com redução (IIa)

    B – Deslocamento de disco sem redução com limitação de abertura (IIb)

    B – Deslocamento de disco sem redução com limitação de abertura (IIb)

    C – Deslocamento de disco sem redução sem limitação de abertura (IIc)

    C – Deslocamento de disco sem redução sem limitação de abertura (IIc)

    D – Nenhum diagnóstico do grupo II D – Nenhum diagnóstico do grupo II

    Grupo III: Outras condições articulares (circule somente uma resposta para cada ATM)

    ATM direita ATM esquerda

    A – Artralgia (IIIa) A – Artralgia (IIIa)

    B – Osteoartrite da ATM (IIIb) B – Osteoartrite da ATM (IIIb)

    C – Osteoartrose da ATM (IIIc) C – Osteoartrose da ATM (IIIc)

    D – Nenhum diagnóstico do grupo III D – Nenhum diagnóstico do grupo III

  • 31

    ANEXO C - UTILIZAÇÃO DE ACONSELHAMENTO NO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E RANDOMIZADO

    Orientando: Leonardo Florentino Grangeiro da Silva Orientadora: Profª Drª Patricia dos Santos Calderon

    Data ______/_____/______ GRUPO I II

    Dados Pessoais

    Nome

    Data de Nascimento ______/_____/______ Idade Sexo M F

    Endereço Res

    Bairro Cidade CEP

    Telefone Res Profissão

    Telefone Cel. Escolaridade

    Questionário Geral

    Você teve ou tem algum dos problemas abaixo?

    Cardiovascular S N Hematopoiético S N

    Gastrointestinal/ Fígado S N Neurológico S N

    Musculoesqueletal S N Respiratório S N

    Endócrino S N Tabagista (+10/dia) S N

    Genitourinário S N Etilista (ocasional) S N

    Alergias S N Quais?

    Você está bem de saúde? S N Data da última consulta médica ______/_____/______

    Está sendo tratado por outro problema? S N Explique

    Resultado da Avaliação

    RDC/TMD (0) Muscular Articular Ambos

    RDC/TMD (60) Muscular Articular Ambos Sem DTM

    EVA (0) _____ EVA (7) ____ EVA (15)____ EVA (30) ____ EVA (60) ____

    OHIP (0) ____ OHIP (30) ____ OHIP (60) ____

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Nenhuma dor

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Nenhuma

    dor

    ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR (BASELINE)

    A pior dor possível

  • 32

    ANEXO D - Versão do OHIP-14 adaptado para DTM, em português

    (BARROS, 2005)

    Nome: ___________________________________________ Data ______/_____/______

    Marque com um X a resposta

    (4)

    Sem

    pre

    (3)

    Fre

    qu

    ente

    me

    nte

    (2)

    Às v

    ezes

    (1)

    Rara

    me

    nte

    (0)

    Nu

    nca

    o s

    abe

    1. Você teve problemas para falar alguma palavra por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    2. Você sentiu que o sabor dos alimentos ficou pior por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    3. Você sentiu dores em sua boca ou articulação?

    4. Você se sentiu incomodado(a) ao comer algum alimento por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    5. Você ficou preocupado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    6. Você se sentiu estressado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    7. Sua alimentação ficou prejudicada por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    8. Você teve que parar suas refeições por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    9. Você encontrou dificuldades para relaxar por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    10. Você se sentiu envergonhado(a) por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    11. Você ficou irritado(a) com outras pessoas por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    12. Você teve dificuldades em realizar suas atividades diárias por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    13. Você sentiu que sua vida em geral ficou pior por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    14. Você ficou totalmente incapaz de fazer suas atividades diárias por causa de problemas com sua boca ou articulação?

    Pontuação: ________

  • 33

    ANEXO E - ACONSELHAMENTO PARA O PACIENTE DE DTM

    1. Modifique sua dieta

    Tente comer alimentos moles como sopa, iogurte, purês, etc. Evite comer alimentos duros

    ou que tenha que mastigar por muito tempo. Não masque chiclete.

    2. Não abra muito a boca

    Evite bocejar, gritar, cantar e longas sessões no dentista.

    3. Relaxe seus músculos da mandíbula

    Tente não apertar seus dentes. Pratique manter sua língua no céu da boca, atrás dos

    seus dentes da frente, seus lábios juntos e dentes separados.

    4. Mantenha boa postura

    Mantendo boa postura de cabeça, pescoço e costas irá ajudar a relaxar seus músculos

    da mandíbula.

    5. Melhore seu sono

    Tente ter um sono necessário para descansar. Evite dormir “de bruços” ou em outras

    posições que tensionem seus músculos da mandíbula e pescoço.

    6. Pratique exercícios aeróbicos Caminhadas e hidroginástica são excelentes meios de ajudar a combater a sua dor, além

    de melhorar a sua saúde geral.

    LEMBRE-SE: A SUA COOPERAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA O SUCESSO DO

    TRATAMENTO!

    REGRAS BÁSICAS PARA UM SONO MELHOR

    Aqui estão 11 regras que têm ajudado muitas pessoas não apenas a dormir melhor, mas também a se sentirem melhor durante o dia. Estes são bons conselhos para qualquer pessoa: 1. Durma apenas o quanto você precisa para se sentir descansado no próximo dia Esticar o seu sono não é uma boa ideia. Dormir demais enfraquece a capacidade do sono

    de fazê-lo sentir-se renovado. Também atrapalha o seu “relógio biológico”. Se você dormir demais, é bem provável que tenha dificuldade de dormir na próxima noite.

    1. Mantenha um horário regular de sono

    Manter um horário regular de sono significa ir dormir e acordar na mesma hora tanto durante a semana quanto nos finais de semana. Isso o ajudará a desenvolver um ritmo de sono regular.

    3. Não fique tentando dormir

    Se ao deitar o sono não vier, não force. Isto apenas cria uma certa ansiedade, deixando-o mais acordado ainda. Levante da cama e faça alguma coisa diferente por um tempo. Volte à cama quando se sentir sonolento.

    4. Reduza o barulho e a claridade do seu quarto

  • 34

    Aviões, tráfego, música não desejada e luz podem perturbar o seu sono, ou mesmo torná-lo mais leve sem que isso o acorde totalmente. Você deve procurar uma maneira de minimizar esses ruídos indesejáveis em seu quarto. Usar tampões de orelha ou um som baixo de fundo pode ajudar.

    5. Mantenha a temperatura de seu quarto agradável para você

    Um quarto muito quente ou frio pode perturbar ou interromper seu sono. 6. Não vá dormir com fome

    Um lanche leve antes de dormir pode ajudá-lo a dormir como mais facilidade, assim como previne que pontadas de fome o acordem durante a noite. Mas não coma demais antes de dormir, pois a indigestão também pode acordá-lo.

    7. À noite não beba líquidos com cafeína

    Mesmo que você não sinta, a cafeína do café, chá, refrigerantes tipo cola e dos chocolates podem perturbar o seu sono.

    8. Não tome bebidas alcoólicas antes de dormir

    Embora o álcool antes de dormir possa ajudar uma pessoa tensa a dormir, esse sono não é muito saudável. Isso na verdade vai acordá-lo durante a noite, além disso, o álcool pode deixá-lo embriagado na manhã seguinte.

    9. Tente não fumar à noite

    Embora o cigarro ajude a acalmar uma pessoa dependente de nicotina, ele também age como um estimulante que pode atrapalhar o sono.

    10. Exercite-se todos os dias

    Exercícios ocasionais podem não melhorar o seu sono. No entanto, exercícios regulares podem tornar o seu sono mais profundo e relaxante. Porém, evite se exercitar muito há menos de 2 horas antes de dormir.

    11. Tente ter uma vida ativa

    O nível de atividade durante o dia influencia o seu ritmo de sono. Ficar ativo durante o dia e fazer coisas agradáveis podem ajudá-lo a dormir melhor.